iph00078 aula 0x fatores econômicos

45
Prof. Dr. Guilherme Marques Gestão de Recursos Hídricos Aula 0x: Fatores Econômicos Prof. Guilherme Fernandes Marques, PhD Prof. Carlos Andre Mendes, PhD

Upload: eduardo-castro

Post on 06-Nov-2015

235 views

Category:

Documents


15 download

DESCRIPTION

zczxxc

TRANSCRIPT

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Gesto de Recursos Hdricos

    Aula 0x: Fatores Econmicos

    Prof. Guilherme Fernandes Marques, PhD Prof. Carlos Andre Mendes, PhD

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Fatores econmicos

    Quase sempre, impactos sociais e decorrentes do uso do solo trazem tambm um importante aspecto econmico;

    Nem todos fatores econmicos se aplicam ao escopo de um determinado projeto e seus impactos. Mantenha o foco;

    Fatores econmicos discutidos nessa aula: Emprego e renda;

    Valor da terra;

    Taxas;

    Receitas;

    Gastos;

    Viabilidade econmica da comunidade de negcios existente

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Emprego e renda

    Impactos do projeto nesse quesito ocorrem de forma direta e indireta;

    Impactos diretos no emprego e renda so normalmente temporrios e de curta durao durante a construo da obra (estrada, barramento, desenvolvimentos residenciais);

    Entretanto, impactos diretos podem tambm ocorrer em projetos que criem empregos de longa durao: minas, aterros, centros de compras, prises, dentre outros).

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos diretos e de curto prazo da construo

    O impacto direto na renda e emprego, pode normalmente ser determinado por meio de multiplicadores:

    Custos estimados de construo podem ser convertidos em nmero estimado de postos de trabalho criados a partir de ndices da indstria da construo (TCPO).

    Alm de empregos, impactos diretos e operacionais de longo prazo da construo sero gerados por meio da compra de materiais: Estimativas podem ser feitas conforme a origem geogrfica dos materiais;

    Fonte da informao: oramento do projeto;

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos diretos e de longo prazo da construo

    O nmero de empregos permanentes criados normalmente descrito nas caractersticas do projeto;

    Um nmero grande de empregos criados em uma rea cuja disponibilidade de mo-de-obra limitada pode causar reteno na populao e aumento na imigrao; A possibilidade desse impacto se relaciona diretamente ao tipo de emprego

    criado.

    Informaes importantes: Descrio da rea de entorno: caractersticas da fora de trabalho local;

    Tipo de emprego criado (dados do empreendimento);

    Diviso entre empregados transferidos de outras reas e demanda por novos empregados.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos diretos e de curto prazo da construo

    Emprego gerado pela construo Valores

    Oramento global $130.000.000

    Gastos com mo-de-obra (70%) $91.000.000

    Salrio mdio anual $35.000

    Total de empregos sobre perodo de 3 anos (pessoa-ano)

    2600

    Empregos preenchidos localmente (80%) 2080

    Empregos de longo prazo (operacionais)

    Folha de pagamento anual $12.000.000

    Frao gasta localmente (70%) $8.400.000

    Salrio mdio anual $25.000

    Postos de trabalho criados por ano 336

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos regionais indiretos e de longo e curto prazos

    Emprego e ganhos indiretos so gerados na medida em que a renda da fora de trabalho gasta em bens e servios dentro da rea de influncia do projeto;

    Esses chamados efeitos econmicos secundrios tambm so determinados com emprego de multiplicadores para os tipos especficos de empregos;

    No mbito da Resoluo CONAMA, tais efeitos so tratados em duas categorias: Efeitos cumulativos e sinrgicos;

    Externalidades

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Multiplicadores origem e exemplos

    Modelo insumo-produto (Wassily Leontief, 1936) desenvolvido para a anlise de relaes produtivas Inter setoriais:

    Permite comparar estruturas econmicas de produo ou produtividade entre um pas ou uma regio;

    Permite comparar os impactos da adoo de determinadas polticas em diferentes regies;

    Torna possvel verificar repercusses em diferentes setores, devido a alteraes na demanda final de um deles.

    Em funo do encadeamento dos setores da economia, o modelo possibilita avaliar os setores impactados e como a produo aumenta ou diminui, em resposta a alterao na demanda final.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Modelo insumo-produto: anlise Input-Output

    Quantifica sistematicamente as inter-relaes mtuas entre vrios setores de um sistema econmico;

    Busca representar toda a tecnologia disponvel em uma economia por meio de uma matriz de coeficientes tcnicos, em que cada coluna representa a tecnologia de cada setor;

    A estrutura da tecnologia de produo de cada setor do sistema descrita por um conjunto de equaes lineares que expressam o equilbrio entre o input total e o output agregado de cada bem ou servio produzido em um intervalo de tempo;

    Quando todos os setores e aquisies so endgenos, o modelo fechado (Considera os componentes da demanda final como exgenos ao sistema);

    Quando existe uma demanda externa no modelada, o modelo aberto.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Modelo insumo-produto: anlise Input-Output

    Elaborando o estudo de um sistema I-O: Organizar os fluxos econmicos em uma tabela I-O (entrada-sada); Construir 3 quadros principais:

    Quadro de transaes; Quadro de coeficientes tcnicos; Quadro de coeficientes de interdependncia.

    Hipteses bsicas: Homogeneidade: cada setor produz um nico output com uma nica estrutura de

    inputs. No existe substituio entre outputs de diversos setores nem entre inputs do mesmo setor;

    Coeficientes tcnicos so constantes: Os inputs de cada setor so propores do nvel de output do mesmo setor. A quantidade de input aumenta e diminui na proporo direta do aumento ou diminuio do output total do setor;

    No existe economia de escala: o resultado total da produo de vrios setores

    igual soma dos efeitos separados;

    A oferta de cada produto infinita e perfeitamente elstica.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Modelo insumo-produto: Quadro de transaes (matriz insumo-produto, MIP)

    Registra de um lado os insumos utilizados pelas diferentes atividades econmicas e do outro o destino das produes;

    Descreve os fluxos de bens e servios entre os setores individuais;

    Divide-se a economia em um determinado nmero de subsistemas setoriais;

    Cada subsistema ou setor requer inputs dos demais sistemas para produzir seu prprio output, que vendido aos demais subsetores;

    O output de cada setor distribudo ao longo da linha que lhe corresponde no quadro.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Modelo insumo-produto: Quadro de transaes (matriz insumo-produto, MIP)

    Bloco I (Xij): Mostra a oferta intermediria da produo de um setor i para outro j (fluxos de bens ou servios produzidos e consumidos no processo de produo). Os outputs de cada setor so distribudos ao longo do vetor linha correspondente, e os inputs de cada setor so registrados nos respectivos vetor coluna. Trata-se de uma matriz quadrada;

    Bloco II (Fiu): Mostra a produo setorial fornecida para as vrias categorias de demanda final (valores das diferentes categorias da procura final que os setores produtivos satisfazem);

    Bloco III (Yik): Mostra a utilizao de inputs primrios (aqueles que no so produzidos e sim importados) pelos setores produtivos, configurando-se como um subsistema de distribuio;

    Bloco IV (Yiu): Mostra os fatores primrios e as importaes dos setores que seguem para as categorias da demanda final.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Modelo insumo-produto: Quadro de transaes (matriz insumo-produto, MIP)

    Os blocos I e II combinados medem a distribuio da produo setorial como demanda intermediria ou final (KURESKI et al, 2008). A produo bruta de um setor i Xi ento dada por:

    O qual corresponde soma do fornecimento da demanda intermediria do setor j (xij) com o fornecimento da demanda final da categoria u (fiu);

    ento definido o coeficiente tcnico direto aij como insumo por unidade do valor bruto da produo da atividade j e substitudo na expresso acima

    xij + fiuu

    j

    = xi

    aij =xijx j

    xi = aijxj + fiuu

    j

    Como: Temos que:

    fiuu

    = fi

    xi = aijxj + fij

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Modelo insumo-produto: Quadro de transaes (matriz insumo-produto, MIP)

    Fazendo um exemplo para 2 setores (KURESKI et al, 2008):

    Em forma matricial:

    Ou

    Cuja soluo

    Demanda intermediria (j) x1 = a11x1 +a12x2 + f1

    x2 = a21x1 +a22x2 + f2

    1-a11 -a12

    -a21 1-a22

    .

    x1

    x2

    =

    f1

    f2

    I -A[ ] X = F

    X = I -A[ ]-1F

    I uma matriz identidade A a matriz de coeficientes tcnicos diretos F o vetor da demanda final (exgeno) X o vetor da produo bruta setorial

    [I-A]-1 a matriz inversa de Leontief, tambm conhecida como matriz de impacto total, ou necessidades diretas e indiretas

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    Para a matriz inversa de Leontieff (KURESKI et al, 2008), calculam-se os coeficientes tcnicos para o pas:

    E os coeficientes tcnicos so calculados como

    Bn=Un g-1 Bn a matriz de coeficientes tcnicos nacionais;

    Un a matriz de consumo intermedirio nacional; g o vetor d valor bruto da produo nacional

    bnij =unij

    gj

    Bnij o coeficiente tcnico do setor j; Unij o consumo intermedirio do produto i para o setor j; g o valor bruto da produo do setor j

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    Multiplicadores de emprego e renda (KURESKI et al, 2008): A gerao de emprego e renda nas atividades econmicas partem de um aumento na demanda final (ex: 1 milho de reais);

    Contabilizam-se os empregos diretos, que correspondem diviso do total de empregados pelo valor bruto da produo da atividade:

    Segundo KURESKI et al (2008) a demanda por insumos intermedirios da atividade que apresentou aumento da demanda final se reflete no crescimento da produo das demais atividades, que por sua vez tambm compraro mais insumos (rodadas da economia). A cada nova rodada traz compra de insumos e gera empregos indiretos, calculados como:

    l j =ejx j

    Lj o coeficiente de emprego direto; ej o nmero de empregados da atividade j xj o valor bruto da produo da atividade j

    MEI = L I -A[ ]-1Y

    MEI multiplicador de emprego do tipo I; L o multiplicador de emprego direto I matriz identidade A matriz dos multiplicadores diretos Y a demanda final

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    O incremento no aumento da produo tambm resulta no aumento do emprego em funo do aumento na renda (efeito renda);

    Quando indivduos ocupoam novos postos de trabalho e recebem salrios, estes so utilizados na compra de produtos e acrscimo na demanda final de novos empregos;

    Essa frmula resulta no coeficiente de emprego total gerado pelo aumento na demanda final, incluindo o efeito renda. O efeito renda pode ser obtido de forma isolada, subtramos de MEII os empregos diretos e indiretos (MEI)

    MEII = L I -A_

    -1

    Y

    MEII multiplicador de emprego do tipo II; L o multiplicador de emprego direto I matriz identidade A matriz dos multiplicadores diretos (agora incluiu tambm o consumo das famlias: matriz endogeneizada) Y a demanda final

    ER=MEII -MEI MEI multiplicador de emprego do tipo I; MEII multiplicador de emprego do tipo II; ER efeito renda no emprego

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    J o multiplicador de renda apresenta para a atividade j , o volume de renda do salrio, consequencia do aumento de uma unidade monetria na demanda final (ex: 1 milho de reais). O multiplicador de renda direto dado por

    A partir desse valor, so obtidos os coeficientes tcnicos de renda diretos e indiretos:

    crj =sjxj

    crj o multiplicador de renda direto; ej o valor dos salrios da atividade j xj o valor bruto da produo da atividade j

    CWI =CR I -A[ ]-1Y

    CWI multiplicador de renda do tipo I; CR multiplicador de renda direto; I matriz identidade A matriz dos coeficientes tcnicos diretos Y demanda final

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    Por fim, o efeito-renda nos salrios calculado novamente endogenizando o consumos das famlias ( separado do consumo final e includo na matriz A)

    Finalmente, o impacto do efeito-renda sobre os salrios, resultante de um aumento na demanda final (ex: R$ 1 milho) dado por

    CWII =CR I -A_

    -1

    Y

    CWII multiplicador de salrio do tipo II; CR multiplicador de salrio direto; I matriz identidade A matriz dos coeficientes tcnicos diretos Y demanda final

    ER=CWI -CWII ER efeito da renda na gerao de nova renda CWI multiplicador de renda tipo I; CWII multiplicador de renda tipo II;

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    Segundo a Tabela 3, a a atividade de Agropecuria apresenta um coeficiente tcnico de 240 empregos para aumento de 1 R$ milho em sua demanda final;

    A atividade de Refino de petrleo ficou me ltimo (1 emprego por R$ milho) em funo do elevado nmero de equipamentos utilizados;

    A atividade de construo civil ficou em 8o lugar (3 empregos diretos, 28 indiretos e 33 pelo efeito-renda)

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    A tabela 4 j apresenta o resultado do MEII. A administrao pblica ficou em 1o, com a maior participao do salrio no valor adicionado;

    O setor de comrcio vem em 2o. Embora no produza bens, esse setor, a comercializao dos produtos gera renda (diferena entre produtos vendidos e comprados, que usada para pagar aluguel, gua, luz, telefone e salrios)

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Exemplo: Estimativa da matriz insumo-produto do Brasil, 2004

    A indstria do Acar ficou em 20o. Para cada R$ 1 milho gastos na demanda final, so gerados R$264.055 de renda (2004) sendo 91,6 mil por efeito direto, 92,2 mil por efeito indireto e 80,1 mil por efeito renda.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Outros efeitos multiplicadores

    A induo no crescimento da populao local tambm traz efeitos secundrios adversos na comunidade (externalidades) quando a demanda por servios excede a capacidade da infraestrutura local:

    Vias de trfego e acesso

    Saneamento

    Drenagem urbana

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Taxas, impostos e gastos

    Projetos que criam empregos e induzem crescimento tm reflexos positivos na arrecadao;

    Novos residentes pagam impostos, a propria indstria algo do EIA tambm paga;

    Uma exceo so projetos que convertem reas provadas em reas pblicas;

    A avaliao dos fatores econmicos deve incluir impactos fiscais no municpio: importante descrever receitas totais, incluindo gastos com IPTU, impostos sobre

    venda de produtos, licenas, taxas de funcionamento.

    Gastos pblicos com a aquisio de terrenos a serem doados para atrair a indstria so pontos de questionamento em audincias.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Valor da terra

    Mesmo antes de qualquer trabalho de construo ter incio, o valor da terra j pode ser afetado com o conhecimento do fato;

    O possibilidade de impactos negativos de certos tipos de projetos no vaor da terra (cemitrios, aterros, estaes de tratamento, etc) deve ser prevista de forma objetiva: Informao via autoridades locais, corretores e registros histricos de projetos

    similares;

    Independete do resultado da anlise, projetos com impactos negativos demandam uma interao efetiva com a comunidade local, desenvolvida o quanto antes: Nesses casos, o fato de o impacto ser real ou apenas provvel pode no fazer

    diferena aos olhos da comunidade;

    No ignorar a percepo da sociedade -> aspectos polticos

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Valor da terra

    Mesmo antes de qualquer trabalho de construo ter incio, o valor da terra j pode ser afetado com o conhecimento do fato;

    O possibilidade de impactos negativos de certos tipos de projetos no vaor da terra (cemitrios, aterros, estaes de tratamento, etc) deve ser prevista de forma objetiva: Informao via autoridades locais, corretores e registros histricos de projetos

    similares;

    Independete do resultado da anlise, projetos com impactos negativos demandam uma interao efetiva com a comunidade local, desenvolvida o quanto antes: Nesses casos, o fato de o impacto ser real ou apenas provvel pode no fazer

    diferena aos olhos da comunidade;

    No ignorar a percepo da sociedade -> aspectos polticos

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Valor da terra

    A anlise do valor da terra fortemente relacionada com a avaliao dos prprios impactos de uso do solo;

    O projeto proposto deve ser avaliado em termos de sua compatibilidade com o uso do solo local na rea de entorno;

    Outros fatores relevantes que geralmente influenciam o efeito potencial no valor da terra: Localizao do projeto relativo ao entorno ( possvel trazer impactos positivos aqui ? Voc

    pode citar exemplos ?) Valores de mercado das propriedades antes do estabelecimento do projeto; Previses econmicas (juros e desemprego); (obs: se forem feitas pelo Mantega, pular essa parte...) Distribuio espacial da disponibilidade de habitao e sua variabilidade de preos dentro do

    raio de deslocamento para ir ao trabalho; Polticas da comunidade local quanto ao crescimento (exemplo de Davis, EUA); Disponibilidade da infraestrutura necessria (servios pblicos, estradas, transporte pblico,

    recreao, escolas); Incentivos especiais para o desenvolvimento;

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Valor da terra

    O impacto potencial nas habitaes deve ser avaliado a partir de projees de imigrao devido ao emprego direto e indireto gerado pelo projeto: Avaliar a disponibilidade de habitao (corretores, cmara de comrcio,

    sindicato construo civil, agncias de planejamento); Avaliar se a demanda criada pelo projeto pode ser atendida pela oferta

    existente, ou se ir demandar novas habitaes; Eventuais aumentos na demanda iro afetar diretamente o mercado

    imobilirio residencial e comercial na comunidade.

    Percepo do pblico sobre segurana: Alguns projetos podem induzir percepo sobre o local e influenciar taxas

    de crime (prises, estao de transporte pblico, grandes centros comerciais);

    Como nos demais, o analista deve avaliar esse efeito de forma objetiva, mas jamais subjugar a percepo da sociedade sobre o impacto.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Comunidade de negcios existente

    Envolve a determinao do impacto potencial nas comunidades de negcios existentes na rea de influncia: Redes de hipermercados; Infraestrutura de transportes pode afetar o acesso aos estabelecimentos

    durante a fase de construo; Os negcios existentes tambm podem ser afetados por desapropriaes e

    outras mudanas que limitem vagas de estacionamento; O deslocamento de parte das atividades comerciais pode afetar as

    restantes, em funo das relaes de dependncia.

    Efeitos de de curto prazo da construo dos projetos envolvem: Perda de acesso; Interrupo no trnsito; Perda de estacionamento; Engarrafamentos locais;

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Comunidade de negcios existente

    Atividades de varejo e servios so as mais sensveis aos impactos temporrios no acesso;

    Critrios para avaliar o grau potencial do impacto incluem: Tipologia do negcio; Dependncia do fluxo de pedestres; Tamanho do negcio; Estabilidade econmica.

    Esses fatores devem ser avaliados conforme a durao e caratersticas da construo;

    Por outro lado, as caractersticas dos negcios locais podem ser identificadas por meio de reunies com empresrios locais e questionrios (volume de vendas, tipo de consumidor, nmero de empregados);

    Esses resultados iro indicar quais negcios podem eventualmente no sobreviver fase de construo. Essa possibilidade deve ser identificada da forma mais objetiva possvel no EIA

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Comunidade de negcios existente

    Atividades de varejo e servios so as mais sensveis aos impactos temporrios no acesso;

    Critrios para avaliar o grau potencial do impacto incluem: Tipologia do negcio; Dependncia do fluxo de pedestres; Tamanho do negcio; Estabilidade econmica.

    Esses fatores devem ser avaliados conforme a durao e caratersticas da construo;

    Por outro lado, as caractersticas dos negcios locais podem ser identificadas por meio de reunies com empresrios locais e questionrios (volume de vendas, tipo de consumidor, nmero de empregados);

    Esses resultados iro indicar quais negcios podem eventualmente no sobreviver fase de construo. Essa possibilidade deve ser identificada da forma mais objetiva possvel no EIA

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Comunidade de negcios existente

    Atividades de varejo e servios so as mais sensveis aos impactos temporrios no acesso;

    Critrios para avaliar o grau potencial do impacto incluem: Tipologia do negcio; Dependncia do fluxo de pedestres; Tamanho do negcio; Estabilidade econmica.

    Esses fatores devem ser avaliados conforme a durao e caratersticas da construo;

    Por outro lado, as caractersticas dos negcios locais podem ser identificadas por meio de reunies com empresrios locais e questionrios (volume de vendas, tipo de consumidor, nmero de empregados);

    Esses resultados iro indicar quais negcios podem eventualmente no sobreviver fase de construo. Essa possibilidade deve ser identificada da forma mais objetiva possvel no EIA;

    Outros projetos podem envolver a realocao de grande nmero de funcionrios (ex: centro administrativo em Belo Horizonte) com potenciais ramificao para comrcio e servios locais (restaurantes, estacionamentos, etc).

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Comunidade de negcios existente

    Atividades de varejo e servios so as mais sensveis aos impactos temporrios no acesso;

    Critrios para avaliar o grau potencial do impacto incluem: Tipologia do negcio; Dependncia do fluxo de pedestres; Tamanho do negcio; Estabilidade econmica.

    Esses fatores devem ser avaliados conforme a durao e caratersticas da construo;

    Por outro lado, as caractersticas dos negcios locais podem ser identificadas por meio de reunies com empresrios locais e questionrios (volume de vendas, tipo de consumidor, nmero de empregados);

    Esses resultados iro indicar quais negcios podem eventualmente no sobreviver fase de construo. Essa possibilidade deve ser identificada da forma mais objetiva possvel no EIA;

    Outros projetos podem envolver a realocao de grande nmero de funcionrios (ex: centro administrativo em Belo Horizonte) com potenciais ramificao para comrcio e servios locais (restaurantes, estacionamentos, etc).

    A perda de negcios trs efeitos secundrios indiretos como perda de salrios e renda, impostos, aumento nos custos de viagens.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos cumulativos e sinrgicos Outros planos e projetos propostos

    importante avaliar o projeto, em coordenao com setores de planejamento, segundo a compatibilidade ou conflito com outros projetos propostos ou mesmo planos de desenvolvimento;

    O que um impacto cumulativo ?

    a contribuio integral do projeto proposto que, enquanto isolada no constitui impacto adverso, porm, ao se somar aos efeitos esperados dos demais projetos, pode ser aquela que que contribui para que o impacto passe a ser adverso (a ltima gota).

    Outros planos e projetos na rea de influncia devem ser descritos incluindo situao atual e cronograma de obras:

    Podem ocorrer conflitos diretos (vias de acesso, reas de estacionamento;

    Impactos potenciais tendem a ser cumulativos.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos cumulativos e sinrgicos Outros planos e projetos propostos

    Frequentemente, a rea sujeita aos impactos cumulativos se estende alm da rea de influncia do projeto em particular: Demanda cumulativa por materiais e mantimentos durante a fase de

    construo;

    Demanda cumulativa por servios pblicos e infrasestrutura;

    Impactos fiscais devido perdas e ganhos na arrecadao de impostos;

    Impactos cumulativos no trfego devido desvios ou congestionamentos;

    Impactos agravados em negcios locais devido sobreposio no perodo de construo de projetos diferentes;

    Efeitos cumulativos de longo prazo na demanda por habitaes ou servios;

    Efeitos de longo prazo em gastos pblicos locais devido ao aumento na populao e uso de servios pblicos (expanso e manuteno).

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Efeitos cumulativos e sinrgicos Outros planos e projetos propostos

    A avaliao dos impactos cumulativos depende da informao disponvel sobre os outros projetos na rea de influncia;

    Pode no estar disponvel (outros projetos em fase preliminar);

    Fazer uso do melhor julgamento possvel, usar exemplos de projetos similares.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Medidas mitigadoras

    Emprego e renda: Previses de imigrao de empregados e o resultante aumento na

    populao podem ser compensadas com o planejamento antecipado da infraestrutura necessria;

    O proponente do projeto pode contribuir com melhorias e infraestrutura adicional (novas vias temporrias de acesso, habitaes, realocao de servios);

    Impactos potenciais da imigrao e seus reflexos no desenvolvimento econmico tambm podem ser minimizados com zoneamento adequado das atividades.

    Impostos, receitas e gastos: A empresa proponente pode mitigar gastos com servios de utilidade

    pblica incluindo a infraestrutura necessria no prprio projeto: poos de gua subterrnea para abastecimento e estaes de tratamento de efluentes.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Medidas mitigadoras

    Valor da terra - A mitigao de impactos no valor da terra tende a ser especfica a cada projeto, podendo incluir: Elementos no projeto ou em seu permetro, como paisagismo projetado

    para isolamento visual; Definio de horrios de trabalho de modo a evitar picos de trfego; Direcionamento da luz para evitar perturbar reas residenciais; Aplicao de gua para controle de poeira; Emprego de servio de segurana; Instalao de cercas de segurana;

    De modo geral, so medidas para tornar o projeto um bom vizinho aos olhos da vizinhana e assim reduzir impactos negativos no valor dos imveis adjacentes;

    Programas e campanhas de comunicao e educao (jornais, rdios, etc), alm de reunies com o pblico, tambm podem contribuir para melhorar a impagem do projeto.

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Medidas mitigadoras

    Comunidade de negcios locais existentes, podem ser mitigados: Criando estgios de construo;

    Proviso de sinalizao adequada para informar o pblico dos comrcios em operao na rea;

    Proviso de reas de estacionamento alternativa;

    Reservando as atividades mais potencialmente causadoras de distrbios para horrios no comerciais

    Impactos cumulativos: Reviso de projetos de outros empreendimentos;

    Fora do controle do empreendimento em anlise;

    Importante coordenao com autoridades regionais e locais responsveis pelo planejamento e uso do solo (secretarias de planejamento e infraestrutura do municpio)

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Todo EIA envolve decises

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Todo EIA envolve decises

    Escolha poltica entre caminhos alternativos;

    Comparar custos e benefcios;

    Negociao, barganha e trade-offs;

    Equilibrar fatores econmicos, sociais e ambientais

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Todo EIA envolve decises, e decises tm trade-offs (Adaptado de Harou, 2012)

    O desempenho de cada projeto avaliado; Cada ponto indica o desempenho de um dado projeto em relao aos objetivos em questo

    Beneficio A

    Beneficio B

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Trade-offs (Adaptado de Harou, 2012)

    Beneficio A

    A curva tima de Pareto construda (mtodo de busca especfico*) escolhendo os pontos no dominados (aqueles onde no possvel melhorar um objetivo sem piorar outro)

    Curva tima de Pareto (trade-off)

    Beneficio B

    * MOHS : Multi-objective heuristic search

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    Beneficio A

    Parece um bom trade off, qual projeto esse ?

    Beneficio B

    Trade-offs (Adaptado de Harou, 2012)

  • Pro

    f. D

    r. G

    uilh

    erm

    e M

    arq

    ues

    3, 4 objetivos?

    Nuvem de portflios no dominados (3 objetivos)construindo uma superfcie de trade off

    Cada ponto corresponde a um plano timo de Pareto

    (Kollat and Reed, 2007)