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NOME DO MÊS - 1999 / 4(42) O IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - foi criado em abril de 1968 na Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP). Hoje, o IPEF é uma das mais importantes instituições de pesquisas florestais do mundo. O êxito desse modelo pioneiro e bem sucedido, reside na estreita integração entre a universidade e a indústria, com orientação para resultados. A história do Instituto teve início em meados da década de 60, quando o governo federal brasileiro decidiu promover o crescimento do setor florestal proporcionando incentivos fiscais às empresas interessadas no plantio de florestas. Naquela época, era mínimo o conhecimento sobre o cultivo de plantas de rápido crescimento. As técnicas mais sofisticadas viriam a ser desenvolvidas mais tarde, graças à associação desses dois importantes parceiros: as empresas e o Departamento de Ciências Florestais da Universidade de São Paulo, através do IPEF. IPEF: 30 ANOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO FLORESTAL Prédio do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, onde está localizada a Biblioteca do IPEF e alguns laboratórios que são utilizados nos projetos do Instituto. SEMINÁRIO PCMIP 10 AGENDA DE EVENTOS 12 NESTA EDIÇÃO ANUÁRIO IPEF 03 SETOR DE SEMENTES 05 PROJETO CORUMBATAÍ 06 AGRISHOW 99 08 WORKSHOP PTECA 09 MARÇO/ABRIL-1999 23(143) A ênfase inicial desta parceira concentrou-se na introdução de espécies florestais, silvicultura, produção de sementes e plantio de árvores florestais. Uma rede de projetos de pesquisas experimentais foi implementada para determinar a forma mais apropriada de preparar, fertilizar, plantar e irrigar o solo, a fim de melhorar a produção das florestas, determinar as espécies mais adequadas e compreender a relação entre os genótipos e o meio ambiente. Algumas espécies exóticas (eucalipto e pinus), que já estavam sendo cultivadas com êxito no país, foram reintroduzidas e reavaliadas. Espécies nativas (araucária, bracatinga etc.) foram também estudadas minuciosamente quanto ao comportamento, requisitos e produtos finais. O primeiro objetivo era muito claro: produção de madeira industrial de alta qualidade, em áreas florestais altamente produtivas. O IPEF passou a ser internacionalmente reconhecido na década de 80, quando a propagação vegetativa do eucalipto transformou-se no mais notável dos desenvolvimentos de pesquisa. Várias abordagens para aprimorar essa técnica foram avaliadas, a fim de encontrar formas mais adequadas de melhorar a qualidade de florestas: hibridização, enxerto, microestaquia, clonagem e cultura de tecidos. A qualidade da madeira orientada para aplicações industriais foi alvo do mesmo nível de pesquisa. As primeiras tentativas foram direcionadas para a densidade da madeira, tornando- se mais estreita com a tecnologia de papel e celulose, secagem e preservação da madeira, madeira serrada e painéis de madeira. Sofisticados laboratórios foram acrescentados à rede, tanto na universidade como nos centros de pesquisa das fábricas. (Continua na pag. 2)

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NOME DO MÊS - 1999 / 4(42)

O IPEF - Instituto de Pesquisas eEstudos Florestais - foi criado em abril de1968 na Universidade de São Paulo,Escola Superior de Agricultura “Luiz deQueiroz” (ESALQ/USP). Hoje, o IPEF éuma das mais importantes instituições depesquisas florestais do mundo. O êxitodesse modelo pioneiro e bem sucedido,reside na estreita integração entre auniversidade e a indústria, comorientação para resultados.

A história do Instituto teve inícioem meados da década de 60, quando ogoverno federal brasileiro decidiupromover o crescimento do setor florestalproporcionando incentivos fiscais àsempresas interessadas no plantio deflorestas. Naquela época, era mínimo oconhecimento sobre o cultivo de plantasde rápido crescimento. As técnicas maissofisticadas viriam a ser desenvolvidasmais tarde, graças à associação dessesdois importantes parceiros: as empresase o Departamento de Ciências Florestaisda Universidade de São Paulo, através doIPEF.

IPEF: 30 ANOS DE PESQUISAE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL

Prédio do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, onde está localizada aBiblioteca do IPEF e alguns laboratórios que são utilizados nos projetos do Instituto.

SEMINÁRIO PCMIP

10

AGENDA DE EVENTOS 12

N E S T A E D I Ç Ã O

ANUÁRIO IPEF

03

SETOR DE SEMENTES

05

PROJETO CORUMBATAÍ

06

AGRISHOW 99

08

WORKSHOP PTECA 09

MARÇO/ABRIL-1999 23(143)

A ênfase inicial desta parceira concentrou-se na introdução de espécies florestais,silvicultura, produção de sementes e plantio de árvores florestais. Uma rede de projetos depesquisas experimentais foi implementada para determinar a forma mais apropriada depreparar, fertilizar, plantar e irrigar o solo, a fim de melhorar a produção das florestas,determinar as espécies mais adequadas e compreender a relação entre os genótipos e o meioambiente.

Algumas espécies exóticas (eucalipto e pinus), que já estavam sendo cultivadas com êxitono país, foram reintroduzidas e reavaliadas. Espécies nativas (araucária, bracatinga etc.)foram também estudadas minuciosamente quanto ao comportamento, requisitos e produtosfinais. O primeiro objetivo era muito claro: produção de madeira industrial de alta qualidade,em áreas florestais altamente produtivas.

O IPEF passou a ser internacionalmente reconhecido na década de 80, quando apropagação vegetativa do eucalipto transformou-se no mais notável dos desenvolvimentos depesquisa. Várias abordagens para aprimorar essa técnica foram avaliadas, a fim de encontrarformas mais adequadas de melhorar a qualidade de florestas: hibridização, enxerto,microestaquia, clonagem e cultura de tecidos.

A qualidade da madeira orientada para aplicações industriais foi alvo do mesmo nível depesquisa. As primeiras tentativas foram direcionadas para a densidade da madeira, tornando-se mais estreita com a tecnologia de papel e celulose, secagem e preservação da madeira,madeira serrada e painéis de madeira. Sofisticados laboratórios foram acrescentados à rede,tanto na universidade como nos centros de pesquisa das fábricas. (Continua na pag. 2)

MAR-ABR/992

M A T É R I A D A C A P A

O IPEF sempre teve em mente a busca de soluções para seus associados.Trabalhando em rede de cooperação, os programas de pesquisa conjuntos vêm sendocriados ano a ano. Atualmente, eles estão voltados para tópicos como manejo integradode pragas florestais, silvicultura e manejo, certificação florestal, gerenciamentoambiental, monitoramento de microbacias, educação ambiental, silvicultura clonal,viveiros florestais, nutrição florestal e monitoramento do impacto de florestas plantadas.O objetivo é trabalhar em parceria, em projetos comuns, e compartilhar os resultados.As empresas associadas ao Instituto podem também obter serviços de consultoriaaltamente qualificada e contratar projetos de pesquisa específicos.

O Instituto tem uma estrutura enxuta e dinâmica, que visa a obtenção deresultados em quatro áreas: desenvolvimento de conhecimentos por meio depesquisas, informações, eventos e fornecimento de material genético de amplavariabilidade, qualidade e adaptado às diferentes condições e níves de melhoramento.

A infra-estrutura proporcionada pela Universidade de São Paulo (USP) inclui oatendimento às seguintes principais áreas: anatomia da madeira, química da madeira,melhoramento genético, fisiologia das árvores, hidrologia e ecologia florestal, áreasnaturais protegidas, avaliação de sementes florestais, métodos quantitativos aplicadosem florestas, processamento mecânico da madeira, secagem e preservação da madeira,uso energético da madeira, papel e celulose e painéis de madeira. Um total de 25professores e 11 consultores estão vinculados com o desenvolvimento técnico-científico,mediante suas atuações em pesquisas, eventos, publicações, visitas etc.

No decorrer de sua existência, o IPEF tem recebido sólido apoio de alguns dosprincipais órgãos governamentais de pesquisa e desenvolvimento (FINEP, CNPq,FAPESP, CAPES etc.).

Na parceria com a USP, o IPEF conta também com duas estações experimentaisem ciências florestais (Anhembi - 700 hectares - e Itatinga - 2.200 hectares) paracondução de experimentos, treinamento, preservação da biodiversidade edisponibilização de material de origem florestal. Todos os anos, a expressiva quantidadede 2,5 toneladas de sementes é disponibilizada pelo Instituto, sobretudo a partir decoletas realizadas nas mencionadas estações.

O IPEF faz substanciais investimentos em informações: a revista Scientia Forestalisé conhecida no mundo todo. Outras publicações, como livros, relatórios técnicos,apostilas de cursos e anais de congressos são também publicados regularmente. OInstituto tem um Centro de Informações Técnicas cujo acervo é composto de mais60.000 referências bibliográficas.

Além das mais de 60 organizações integradas ao IPEF, com participações emprojetos e atividades específicas, o Instituto conta atualmente com as seguintesassociadas titulares: Aracruz, Bahia Sul, CAF Santa Bárbara, Cenibra, Champion,Duratex, Eucatex, Inpacel, Klabin, Lwarcel, Pisa, Riocell, Ripasa, Suzano e Votorantim.O crescimento do IPEF tem sido evidente pelo ingresso de novas empresas no seuquadro de associadas. Recentemente, associou-se ao Instituto a multinacionalMonsanto do Brasil Ltda. No âmbito internacional merece destaque ainda a associaçãodo grupo Pulsar, através de sua empresa florestal Desarrollo Forestal S.A. de C.V., doMéxico.

Este texto é uma tradução e adaptação do artigo de Celso E. B. Foelkel* publicado no TappiJournal, do mês de dezembro de 1998.*Celso Foelkel foi vice-presidente do IPEF no período de abril de 1997 a abril 1999.

IPEF NOTÍCIAS

Publicação do Instituto de Pesquisas e EstudosFlorestais (IPEF), órgão conveniado com aUniversidade de São Paulo, através do Depto. deCiências Florestais da ESALQ/USP.

Presidente do IPEFManoel de Freitas

Vice-PresidenteEdson Antonio Balloni

Reitor da Universidade de São PauloProf. Dr. Jacques Marcovitch

Diretor da Escola Superior de Agricultura Luizde Queiroz (ESALQ)Prof. Dr. Júlio Marcos Filho

Chefe do Departamento de Ciências Florestaisda ESALQ/USP e Diretor Científico do IPEFProf. Dr. José Otávio Brito

Gerência Administrativa e de DesenvolvimentoEdward Fagundes Branco

Coordenação de P & DProf. Dr. Antonio Natal GonçalvesProf. Dr. Fábio PoggianiProf. Dr. Fernando SeixasProf. Dr. Ivaldo Pontes Jankowsky

Central Técnica de InformaçõesMarialice Metzker Poggiani

Coordenação de SementesIsrael Gomes Vieira

RedaçãoBianca Rodrigues Moura

DiagramaçãoBianca Rodrigues MouraLuiz Erivelto de Oliveira Junior

CorrespondênciaCaixa Postal 53013400-970 – Piracicaba – SPFone: (019) 430-8606 Fax: (019) 430-8666E-mail: [email protected] Page: www.ipef.br

Tiragem: 7.000 exemplares

Gráfica: Linha ImpressaRua Silva Jardim, 1.034 - Piracicaba - SPFones/Fax: (019) 434-6346 / 434-6512

Distribuição Gratuita.Reprodução permitida desde que citada a fonte.

IPEF NOTÍCIAS 3

O IPEF está desenvol-vendo em parceria com o ServiçoMunicipal de Água e Esgoto(SEMAE) de Piracicaba/SP, umprojeto de recuperação da baciado Rio Corumbataí, afluente doRio Piracicaba, que hojeabastece 80% da cidade e, atédezembro deste ano, devechegar a 100%.

O projeto, intitulado“Conservação dos recursoshídricos e da cobertura florestalna Bacia do Rio Corumbataí”, foiassinado no dia 07 de abril e terávigência por três anos. Osprofessores Virgílio MaurícioViana, do Departamento de CiênciasFlorestais, e Carlos Alberto Vettorazzi, doDepartamento de Engenharia Rural daESALQ/USP, são os coordenadorescientíficos do projeto, e o engenheiro florestalJoão Carlos Teixeira Mendes, o coordenadortécnico.

A Bacia do Corumbataí temaproximadamente 1,7 mil quilômetrosquadrados, envolve oito municípios e forneceágua para aproximadamente 500 milhabitantes. A reduzida cobertura florestal -

atualmente há apenas 6% de remanescentesde mata ciliar - acarreta uma série deprejuízos à qualidade e quantidade da águados mananciais. Durante os dois primeirosanos, o projeto elaborará um Plano Diretorpara a recuperação e conservação dacobertura florestal da Bacia. Ao mesmotempo, serão desenvolvidas ações práticasde educação ambiental e recuperaçãoflorestal, na qual está prevista a recuperaçãode 210 hectares de mata ciliar e 60 hectaresde remanescentes florestais.

Organizado em Lisboa nos dias 4, 5e 6 de novembro de 1998, o workshop“Gestão Sustentada de Espaços Florestais- experiências e instrumentos de apoio àdecisão” contou com a presença de 80profissionais portugueses. O Prof. LuizCarlos Estraviz Rodriguez, doDepartamento de Ciências Florestais daESALQ/USP, foi um dos organizadores epalestrante no evento, juntamente com osprofessores Dietmar W. Rose (Universidadede Minesota, EUA), José Guilherme Borgese Margarida Tomé (ISA - Univ. Técnica deLisboa), Ana Amaro (Instituto Superior deGestão) e Manuel Fernando Páscoa(Instituto Politécnico de Coimbra).

O destaque do evento, após aspalestras do primeiro dia, foram os dois diasde demonstrações e treinamentoorganizados nos laboratórios de informática

do centro de convenções. Os participantespuderam trabalhar com os instrutores einteragir com os sistemas de apoio à decisãoapresentados.

O Prof. Luiz Carlos, responsável porum dos laboratórios, demonstrou os seussistemas nas áreas de ordenamento florestale de otimização de planos de colheita comtécnica de programação matemática.Apresentado pelo Prof. José Guilherme, umdos destaques foi o sistema SADFlorâ(Sistema de Apoio à Decisão Florestal).Integrado ao trabalho do Prof. Luiz Carlos noBrasil, esse sistema é parte de um projetode pesquisa cooperativa Brasil - Portugal,apoiado pelo CNPq, e que visa o“Desenvolvimento e consolidação de umsistema de apoio à decisão em recursosflorestais”. O Prof. Luiz Carlos permaneceutrabalhando nesse projeto na Universidade

PROJETO PRETENDE RECUPERAR BACIA DOCORUMBATAÍ EM TRÊS ANOS

P E S Q U I S A

WORKSHOP MOSTRA EVOLUÇÃO NA ÁREA DEGESTÃO FLORESTAL EM PORTUGAL

I N T E R N A C I O N A L

Professores José Guilherme Borges (ISA -Universidade Técnica de Lisboa) e Dietmar W.Rose (Universidade de Minesota, EUA),durante workshop em Portugal

Área da nascente do Rio Corumbataí

O projeto implantará áreas demata ciliar, utilizando sistemasagroflorestais em alguns casos,dando ênfase para oplanejamento de atividades derecuperação ao nível demicrobacia. Nessa perspectiva,os fragmentos florestaisassumem um papel chave como“ilhas de biodiversidade”. Serãofeitos também plantios debordadura, visando atenuar osefeitos de borda e o plantio decorredores de vegetação paraaumentar a conectividade entre osremanescentes florestais.

A implementação deste projetocontribuirá não só para a conservação dosrecursos hídricos da Bacia, mas também paraa conservação da biodiversidade regional, umdos fatores críticos para a manutenção dacobertura florestal e o desenvolvimentosustentável da região.

Participam também deste projeto aPrefeitura do Município de Piracicaba, atravésdas Secretarias de Defesa do Meio Ambientee Agricultura e Abastecimento, o ConsórcioIntermunicipal das Bacias dos RiosPiracicaba e Capivari e outras instituições.

Técnica de Lisboa até o dia 21 de novembrode 1998.

Nesse período visitou também aPortucel Florestal e, na companhia do seuDiretor Técnico Eng. Pedro Moura,acompanhou a entrega de um sistema deplanejamento florestal desenvolvido emparceira com a Universidade Técnica deLisboa.

IPEF NOTÍCIAS 5

IPEF MARCA PRESENÇA NAAGRISHOW’99

Estande do IPEF na feira, localizado no pavilhão deuniversidades e instituições de pesquisa

E V E N T O

PCMIP REALIZA DIA DE CAMPO COM AUTO GIRONA ARACRUZ

T E C N O L O G I A

O IPEF participou como expositor dasexta edição da maior feira agrícola daAmérica Latina. A Agrishow é realizadaanualmente no Núcleo de Agronomia da AltaMogiana, na cidade de Ribeirão Preto/SP,ocupa um espaço de 250 hectares e reúnecerca de 350 expositores.

Durante o megaevento, que aconteceuno período de 25 a 30 de abril, o Institutodisponibilizou amostras e informações sobreas espécies de sementes florestais nativase exóticas disponíveis para comercializaçãono Setor de Sementes.

Os visitantes do estande tiveramtambém a oportunidade de conhecer as

diversas opções de parceria Universidade-Empresa através do IPEF, bem como osdiferentes programas temáticos de pesquisagerenciados pelo Instituto, que foramapresentados através de painéis expostosdurante toda a feira.

O estande, localizado no pavilhão deinstituições de pesquisa e universidadespatrocinado pela FINEP (Financiadora deEstudos e Projetos), recebeu um númeroestimado de 20 mil visitantes, dentre elesprofissionais de países como Argentina,Alemanha, Austrália, México, Itália, Françae Estados Unidos, durante os seis dias dafeira.

No dia 22 de abril o PCMIP,Programa Temático de Manejo Integradode Pragas Florestais, realizou um dia decampo na associada Aracruz, no EspíritoSanto, onde aconteceu uma demonstraçãooperacional do Auto-Giro Gespi, com oobjetivo de desenvolver atividades deproteção florestal que possam serrealizadas com essa aeronave. O encontroteve a participação das empresas AracruzCelulose e Bahia Sul, sob a coordenaçãodos engenheiros Robert Cardoso Sartorio,Zoé Antonio Donatti (Aracruz), Alberto J.Laranjeiro , Rubens Mazzilli Louzada(IPEF), Márcio Gardelim (Gespi) e Prof.Carlos Alberto Vettorazzi (ESALQ/USP).

O vôo foi realizado em uma área de

aproximadamente 3.000 ha, utilizando-se umDGPS, um software, que auxiliou anavegação, e uma câmara fotográfica, queregistrou os eventos escolhidos durante ovôo: focos de formigas, áreas de florestaqueimadas, divisas e áreas de preservação.

A utilização do Auto-Giro em umsistema de proteção florestal é viável desdeque sejam feitos investimentos em pesquisae que aprimorem-se os trabalhosdesenvolvidos até o momento, já que a áreade imageamento aéreo tem se desenvolvidomuito rapidamente nos últimos anos.

Dando continuidade a este projeto depesquisa, o PCMIP estará organizando nasegunda quinzena de julho outrademonstração do Auto-Giro, na Votorantim

Celulose e Papel, unidade Luiz Antônio/SP,e antecipadamente convida as empresasinteressadas em participar desse dia decampo, quando será testado um novosoftware de navegação, mais adaptado àrealidade florestal.

O PCMIP tem se mantido atento àsinovações tecnológicas e pretende aindaeste ano desenvolver um sistema deproteção florestal, utilizando o Auto-Girocomo principal ferramenta.

Para maiores informações, osinteressados podem entrar em contato comos engenheiros Alberto Laranjeiro ouRubens Louzada, nos telefones (019) 430-8612 e 430-8613, ou e-mail:[email protected].

O Departamento de CiênciasFlorestais da ESALQ/USP acaba deganhar um novo espaço para atuação emdiversas áreas relacionadas ao manejo deunidades de conservação e outras áreasprotegidas.

Foi inaugurado, em 17 de maio, oLaboratório de Áreas Naturais Protegidas(SANP). Suas atividades estão voltadasao uso público, impactos, trilhas,interpretação e paisagismo em áreasnaturais, assim como estudos deintegração da população humana nestasáreas. Para áreas florestadas, visando aqualidade visual de povoamentos florestais,é oferecido um estudo de paisagem parao manejo adequado da mesma.

O SANP tem por objetivodesenvolver pesquisas, elaborar e avaliarplanos de uso público e planos de manejo,promover cursos e eventos, além defavorecer o intercâmbio, através deparcerias, possibilitando a troca deinformações e oportunidades de estágioe voluntariado.

A professora Teresa Cristina Magroé a responsável pelo SANP, sendo acoordenação de projetos feita pelasengenheiras florestais Valéria M. F. Vieirae Anna Júlia Passold.

Maiores informações sobre oSANP podem ser obtidas no telefone(019) 430-8650, fax 430-8601 ou e-mail:[email protected]. Visitetambém o site do Setor, no endereçowww.jatoba.esalq.usp.br.

I N A U G U R A Ç Ã O

MAR-ABR/996

O balanço das atividades do IPEF em 1998demonstra que o Instituto cumpriu, em mais um

ano, seu papel fundamental de instrumentoviabilizador do desenvolvimento científico,tecnológico e sustentável do setor florestal.

Os resultados só foram possíveis graças às bemestruturadas áreas de atuação do IPEF, representadas pelosseus projetos de pesquisa & desenvolvimento, peladisponibilização de material genético com origem e qualidadecertificadas, pela formação e treinamento de recursos humanose pela difusão de informações, contribuindo a cada ano para oaprimoramento das atividades do setor florestal brasileiro einternacional.31ª Assembléia Geral Ordinária do IPEF

O Relatório Anual de Atividades do IPEF em 1998 foiapresentado durante a 31ª Assembléia Geral Ordinária (AGO),realizada no último dia 23 de abril, na ESALQ/USP. Este ano,em comemoração ao início da quarta década de atuação doInstituto, a reunião foi realizada juntamente com o evento “IPEFPortas Abertas para o Século XXI”, que contou com aparticipação de profissionais da comunidade científica eempresarial do setor, além dos representantes das empresasassociadas, que tradicionalmente participam da AGO.

Além da retrospectiva de 98, que possibilitou aosparticipantes conhecerem a atuação do IPEF e as diferentesoportunidades de parceria universidade-empresa disponíveis,ocorreram também eleições para importantes cargos dedireção. Para a Presidência, foi reeleito o engenheiro florestalManoel de Freitas, vice-presidente de recursos naturais daChampion Papel e Celulose, e para a Vice-Presidência foi eleitoo engenheiro florestal Edson Antonio Balloni, diretor florestalda Pisa - Papéis de Imprensa. Foi renovado também parte doConselho Deliberativo do Instituto, para o qual foram eleitaspara um mandato de quatro anos as empresas Duratex, Klabin,Pisa e Suzano.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA GERANDO CRESCIMENTOE COMPETITIVIDADE DO SETOR FLORESTAL

A N U Á R I O I P E F

No aspecto técnico, o evento contoucom a apresentação da palestra do professorFábio Poggiani, do Departamento de CiênciasFlorestais da ESALQ/USP, intitulada“Utilização de Resíduos Urbanos como Fontede Nutrientes em Florestas”. Foram aindarealizadas visitas temáticas às instalaçõesdo IPEF e do Departamento de CiênciasFlorestais.

A solenidde de associação de duasempresas ao IPEF foi um dos destaques doevento: a Monsanto do Brasil Ltda. e aDesarrollo Forestal S.A. (Grupo Pulsar), doMéxico, que é a primeira associada titularcom sede e atuação fora do Brasil.Destaques de 98

Em abril o Prof. Walter de Paula Limapassava o cargo de Diretor Científico ao Prof.

José Otávio Brito, para o mandato de 1998-2000. Ocorreram também significativasmudanças nas possibilidades de associaçãoao IPEF. Foram criadas três categorias deassociadas, visando atendernão somente as empresasflorestais, mas também estreitaro relacionamento com as

Prof. José O. Brito(centro), e, da

esquerda para direita,Luciano Fonseca e

Carlos E. Pessoa, daMonsanto, e Jesús R.

Rivas e Francisco Gilli,da Desarrollo, na AGO

empresas e organizações de base florestalque direta ou indiretamente estãocomprometidas com o desenvolvimentotecnológico florestal.

IPEF NOTÍCIAS 7

A N U Á R I O I P E Fi p e f P A R C E R I A S

PESQUISA & DESENVOLVIMENTOO IPEF gerenciou em 1998 sete

programas temáticos atuando comocooperativas de pesquisa nas áreas demanejo integrado de pragas florestais;silvicultura e manejo; nutrição de plantas;monitoramento ambiental de microbaciashidrográficas; educação, legislação econservação ambiental; silvicultura clonal eviveiros florestais; e gestão ambiental. Sãomais de 100 projetos em andamento, queenvolvem 60 empresas e instituiçõesnacionais e internacionais e 300 profissionais,entre eles, 40 pesquisadores deuniversidades e 11 consultores do IPEF.SEMENTES FLORESTAIS

O Setor de Sementes disponibilizouno Brasil e no exterior 2,22 toneladas desementes florestais, superando em 13% odesempenho de 1997. Esses númerospossibilitaram ao IPEF ultrapassar a marcade 100 toneladas de sementesdisponibilizadas desde sua criação, queviabilizaram a produção de seis bilhões demudas ou o equivalente a uma área plantadade três milhões de hectares. Atualmente éum dos maiores bancos de germoplasma daAmérica Latina, envolvendo 89 espécies/procedências de eucalipto, 29 de pinus e 54espécies de essências nativas.

INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DERECURSOS HUMANOS

Às 60 mil referências bibliográficas daBiblioteca “Prof. Helládio do Amaral Mello”,credenciada como o mais completo centrode informações florestais do Brasil, foramacrescidos 175 livros, 59 teses e 556fascículos de periódicos, em 1998.Atendendo um público de sete mil usuários,recebeu aproximadamente 40 mil consultase emprestou 17 mil publicações durante oano. Foi publicado o número 52 da RevistaScientia Forestalis, o número 31 da SérieTécnica e o número 186 da Circular Técnica,além de 13 Boletins Informativos IPEF.

Os eventos realizados pelo Institutocontaram com a participação de 1.200pessoas provenientes de 10 países, gerando24 relatórios técnicos e memórias deeventos. A área de eventos do IPEF passoua desenvolver também os projetos demarketing do Instituto, iniciando suasatividades com o desenvolvimento do livro“A Floresta e o Homem”, editado peloInstituto. A publicação, cujo lançamento estáprevisto para o segundo semestre deste ano,resgata a história da silvicultura no Brasil,retratando os episódios mais relevantes daatuação do IPEF desde sua fundação, em1968.

MONSANTO

N O V A A S S O C I A D A

AS TRÊS UNIDADES DE NEGÓCIODO IPEF

A empresa Desarrollo Forestal, doGrupo Pulsar do México, entra no quadro deassociadas do IPEF na condição de primeiromembro internacional. A empresa tem comoobjetivo desenvolver um dos projetosflorestais mais competitivos do mundo econta com o apoio do IPEF para alcançá-lo.

A Pulsar Internacional é um dosgrupos empresariais mais dinâmicos doMéxico, tendo iniciado suas operações háapenas 12 anos. Nesse curto espaço detempo, o Grupo Pulsar tornou-se o sextomaior do país, com faturamento anual aoredor de 2,3 bilhões de dólares.

As principais áreas de atuação daPulsar são o setor financeiro e o deagrobiotecnologia, cuja atividade principal éa produção de sementes de vegetais, áreaem que tem a maior participação em nívelmundial: detém 26% do mercadointernacional, com operações de produção

A Monsanto Company nasceu em1901. No Brasil, sua história inicia-se nosanos 50, quando suas matérias-primascomeçaram a ser comercializadas no País.Em 1976 inaugurou sua fábrica em SãoJosé dos Campos/SP, hoje um dos maisavançados complexos industriais dacompanhia em todo o mundo.

A empresa vende aproximadamenteUS$ 8,6 bilhões em todo mundo, com cercade 32 mil empregados. Nos últimos quatroanos, a Monsanto do Brasil mais queduplicou seu faturamento, chegando a US$600 milhões em 98. Detém algumas dasmais reconhecidas marcas nos segmentosagrícola, farmacêutico, de adoçantes demesa e ingredientes para indústriaalimentícia.

Com larga tradição no segmento deherbicidas, a Monsanto possui não só umaampla linha de produtos, que atendem àsdiferentes necessidades dos agricultores epecuaristas, como detém a mais forte ereconhecida marca de herbicida: oRoundup , líder de vendas em todo omundo. Aprovado para uso em mais de 100países, tem por princípio ativo o glifosato,desenvolvido no inicio dos anos 70. Graçasàs suas características amigáveis ao meioambiente, ele tem sido o instrumento dedisseminação dos sistema de Plantio Direto,a mais eficiente técnica de cultivo existente.

A Monsanto tem como áreaprioritária de desenvolvimento abiotecnologia, que tem mostrado ser ummarco no estabelecimento de culturas maisprodutivas e de melhor qualidade. Áreascomo genoma, integrando as pesquisasgenéticas nos setores de agricultura,farmácia e nutrição tendem a otimizar autilização de recursos de pesquisas. Tendoinvestido mais de US$ 8,0 bilhões empesquisa, a empresa definiu, também, asespécies florestais como sendo de altointeresse empresarial.

Pretende disponibilizar nos próximos3 a 5 anos, os primeiros produtos oriundosda pesquisa com biotecnologia, para o setorflorestal. A inserção de genes de interessecomercial em plantas de Eucalipto,representa um dos muitos passos nadireção de disponibilizar tecnologias quepossibilitem um manejo florestal intensivoe cada vez mais economicamente viável,aumentando a competitividade do setor emuma escala global. A Monsanto se associaao IPEF pretendendo atuar numa parceriaque traga benefícios para ambas as partese tenha como maior privilegiado, sempre,o usuário final da tecnologia.

A S S O C I A D A I N T E R N A C I O N A L

DESARROLLO FORESTAL - GRUPO PULSARem 31 países e vendas de produtos a 120países. Conta com 70 centros de pesquisaem 19 países, envolvendo cerca de 250cientistas e investindo anualmente cerca de100 milhões de dólares em pesquisas.

No sudeste do México, o grupo irádesenvolver um projeto visando estabeleceruma área líquida de 210 mil hectares, de umtotal de 300 mil, com produção mínima de 8milhões de toneladas de madeira por ano (aprodução total do país é de 6 milhões detoneladas por ano), com investimentos aoredor de 300 milhões de dólares paraimplementação, utilizando, principalmente,espécies tropicais de eucalipto. É estratégiado projeto contar com a melhor tecnologiasilvicultural disponível no mundo. Para obteresses resultados, um dos fatoresdeterminantes foi a participação contínua detécnicos brasileiros, alguns pertencentes aoIPEF.

MAR-ABR/998

SEMINÁRIO DEBATE ACERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

Participantes do evento durante a demonstração do protótipo deequipamento tratorizado de distribuição de isca formicida

E V E N T O

Decreto Lei no ES estimuladesenvolvimento do setor florestal

O Governo de Estado do EspíritoSanto aprovou em 22 de março deste anoo Decreto Lei no 4.428, que aprovanormas para o licenciamento deprogramas ou projetos dereflorestamento.

O Decreto, que disciplina aocupação do solo para novos plantiosflorestais no estado, estimulará osinvestimentos necessários aodesenvolvimento do setor, viabilizando umaumento significativo da área plantada noEspírito Santo. Permitirá também engajarprodutores rurais em programas defomento florestais, evitar a concentraçãofundiária, proteger a pequena propriedadee propiciar o desenvolvimento florestalsustentado.

Publicação analisa impactosambientais decorrentes doreflorestamento

Acaba de ser publicado o número52 dos Cadernos Didáticos doDepartamento de Ciências Florestais daUniversidade Federal de Viçosa. Aedição, intitulada “Critérios paraavaliação ambiental de plantios florestaisno Brasil”, de autoria do professor da UFVElias Silva, visa identificar os impactosambientais decorrentes do florestamento/reflorestamento no Brasil, segundofatores dos meios físico, biótico eantrópico.

Na publicação, são explicitados operfil histórico-econômico dessaatividade, suas atividades impactantes eas variáveis-chave que demonstram oestágio de adequação ambiental doempreendimento florestal sob análise. Otelefone do professor Elias Silva é (031)899-1198, fax 899-2478 e e-mail:[email protected].

NOTAS

Nos dias 6 e 7 de maio, o PCMIP/IPEF,a FCA/UNESP/Botucatu e a DuratexFlorestal S.A. realizaram o 18º Semináriodo PCMIP: Certificação Ambiental e oManejo Integrado de Pragas Florestais, quecontou com a participação de 12 empresasflorestais, universidades, empresas deprodutos e serviços, totalizando 51 pessoasentre engenheiros, técnicos e estudantes.

No primeiro dia, as palestras foramproferidas no auditório da FCA/UNESP, emBotucatu/SP, local com instalaçõesprivilegiadas, ressaltadas nas avaliações doevento. O principal enfoque foi o processode certificação nas empresas florestais, comos exemplos da Duratex, Eucatex,Floresteca e Bahia Sul, representadas emsuas apresentações por Alexande Nardini eFabiano Bida, Horácio de Figueredo Luz,Fausto H. Takizawa e Sérgio Luiz Camargo,respectivamente.

Presenças fundamentais foram as dasempresas certificadoras e credenciadoras:FSC (Forest Stewardship Council), ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas),SCS (Scientific Certification Systems) eIMAFLORA (Instituto de Manejo eCertificação Florestal e Agrícola),representadas por Walter Suiter Filho,Mariana Fellows Garcia, Roberto E. Bauche Tasso Rezende de Azevedo,respectivamente, que elucidaram eesclareceram a dinâmica do processo decertificação, ressaltando os principais pontosa serem observados para a sua obtenção.

No segundo dia do evento, na visitaàs instalações da Duratex Florestal emAgudos/SP, além da apresentação daempresa realizada pelos engenheirosValério Cosme Sales Tibúrcio e José Luiz da

Silva Maia, foi possível verificar na práticacomo a empresa convive com a certificaçãoe quais as vantagens e responsabilidadesassumidas com a Certificação ISO 14.001 eSelo Verde.

No campo ocorreu a demonstração doprotótipo de equipamento tratorizado dedistribuição de isca formicida. A parte datarde do segundo dia de reunião, teve a suadinâmica alterada, com a realização de umworkshop sobre pragas florestais.

Visando atender o anseio manifestadopelas empresas em reuniões anteriores doPrograma, este workshop proporcionou àsempresas a oportunidade de manifestar asituação do manejo de pragas, possibilitandoa troca de informações técnicas.

Apesar das formigas cortadeirascontinuarem sendo as pragas que requeremmaior atenção e cuidados, outros insetos,tais como coleobrocas, lagartasdesfolhadoras e principalmente os cupins,têm despertado interesse crescente, devidoo aumento de sua ocorrência.

As conclusões dessa reunião farãoparte da memória do evento que está sendopreparada e oportunamente será enviada atodos os participantes.

A avaliação do evento realizadapelos participantes, apontou como pontosfortes a boa recepção, o cumprimento doshorários, o profissionalismo na organização,a troca de informações e o debate final dealto nível, lamentando-se apenas aausência de apresentação das indústriasquímicas.

A comissão organizadora agradece aDuratex Florestal S.A., pelo apoio e esforçoempreendido na realização do evento, queforam essenciais para o sucesso do mesmo.

Visita da Sociedade Americana deEngenheiros Florestais ao IPEF e LCF

O IPEF e o Departamento deCiências Florestais (LCF) da ESALQ/USPreceberam no último dia 3 de maio a visitade um grupo de profissionais da áreaflorestal americana, organizada pela SAF- Society of American Foresters.

Os participantes assistirampalestras sobre os aspectos culturais nopaís, o patrimômio e o setor florestalbrasileiro.

Durante a viagem, o grupo visitoutambém a empresa Champion Papel eCelulose Ltda. e a Sociedade Brasileirade Silvicultura (SBS).

IPEF NOTÍCIAS 9

O IPEF realizou nos dias 10 e 11 demarço, no Parque Florestal da ChampionPapel e Celulose Ltda., em Mogi Guaçu/SP,o III Workshop sobre Educação, Conservaçãoe Legislação Florestal. O evento contou coma participação de 26 pessoas e teve comoobjetivo principal lançar o Programa Temáticode Educação, Conservação e LegislaçãoAmbiental - PTECA/IPEF.

Desde 1996 o Instituto mantém umprograma de educação ambiental, realizandoworkshops para promover a troca deinformações, a capacitação e oaprimoramento profissional, e buscandodetectar as necessidades das empresasnesta área. Este ano o programa evoluiu epassou a atuar também nas áreas deconservação e legislação florestal. Estaterceira edição do Workshop foi um fórumpara levantar as demandas do setor florestalno processo de gestão, a fim de propor umtrabalho conjunto envolvendo diversasempresas e instituições, trabalhando aeducação, a conservação e a legislaçãoambiental de forma interdisciplinar, o querepresenta a nova filosofia do Programa e suaforma de atuação.

Considerando que a gestão ambientalna empresa não consiste apenas naeducação ambiental e sua aplicação àcomunidade e funcionários, mas que envolvetambém seus entornos, abrangendoatividades de conservação e legislação

florestal, a criação do PTECA foi ocaminho encontrado para atender aosetor f lorestal de forma maisabrangente e completa.

O evento possibilitou ao PTECAestabelecer três linhas de pesquisasa serem desenvolvidas: os ProjetosCooperativos, a Rede Temática, e oProjeto Piloto. Além destas linhas deatuação, o Programa atenderá tambémàs necessidades pontuais de cadaempresa através de projetosespecíficos.

Os projetos Cooperat ivosatenderão à todas as empresas,visando a capaci tação para aimplementação, avaliação e possívelreformulação de programas emeducação ambiental já existentesnesta área, trabalhando conteúdos deconservação e legislação ambiental.A Rede Temática é uma proposta doPTECA em disponibilizar na home-page do IPEF, o tema legislaçãoflorestal, promovendo a troca deinformações e a alimentação de bancode dados de acesso restrito àsempresas participantes do Programa.O projeto Piloto será um projeto de referênciaa todos os outros a serem desenvolvidosdentro do Programa, cujo tema será“Indicadores de Biodiversidade”.

O evento recebeu uma avaliaçãopositiva dos participantes, cujo ponto forte

foi a metodologia participativaadotada, possibilitando aospresentes apresentarem suasdemandas e expectativas,gerando discussão e troca deexperiências e idéias no grupo.Através desta metodologia, osresultados gerados pelo eventotêm uma maior aplicabilidadepara todos, já que o workshopconstitui-se na discussão dotrabalho do dia-a-dia de cadaum, com temas sugeridos pelospróprios participantes.

A realização do eventono Parque Florestal daChampion contribuiu para osucesso do evento, já que aempresa tem um programa de

IPEF REALIZA WORKSHOP NO PARQUE FLORESTALDA CHAMPION E LANÇA O PTECA

Participantes do workshop percorrendo uma dastrilhas do Parque Florestal da Champion

E V E N T O

educação ambiental junto à escolas eprogramas ambientais no entorno daempresa.

A preocupação com o meio ambienteatinge atualmente qualquer empresa, face ascobranças por parte da sociedade e domercado pela gestão ambiental. O PTECApretende atuar em parceria com as empresasflorestais, contribuindo para o atendimentodessas demandas.

O PTECA está sob a coordenaçãocientífica dos professores da ESALQ/USPMarcos Sorrentino e Paulo YoshioKageyama, e coordenação técnica daengenheira Mônica C. Cabello de Brito,consultora do IPEF. Participam também doprograma o Prof. Flávio Bertin Gandara, daESALQ/USP, e Cristina Diniz, RenataEvangelista de Oliveira e Maria José BritoZakia, todas consultoras do IPEF.

Os interessados em maioresinformações sobre como participar doPTECA, podem ser obtidas com aengenheira Mônica no telefone (019) 430-8671, fax (019) 430-8666 ou e-mail:[email protected].

Engenheira Monica, duranteapresentação do PTECA aosparticipantes do workshop

Programa de Educação Ambiental do IPEF passa a aturar tambémnas áreas de legislação e conservação ambiental

MAR-ABR/9910

VENDAS: (019) 430-8615 FAX: (019) 430-8616E-mail: [email protected] Page: www.ipef.br/sementesContato: Israel Gomes Vieira / Renato Dias Fernandes

Sementes de Eucalyptus e Pinus prontas para comercializaçãoESPÉCIE PROCEDÊNCIA GRAU IDENTIFICAÇÃO ORIGEM R$ / Kg SEM..

MELHORAM. VIÁVEIS/Kg

E.botryoides Itatinga-SP APS-F1 T13 e T14 NSW: Austrália 229,65 440.000

E.brassiana Anhembi-SP APS-F1 T24 A26 QLD: NE Coen 123,90 180.000

E.camaldulensis Anhembi-SP APS-F1 T3 C76 QLD: Petford 229,65 1.100.000

E.citriodora Restinga-SP APS-F1 T79 QLD: Austrália 187,10 104.000

E.cloeziana Anhembi-SP ACS-F1 T16 A73 QLD: Helenvale, Herberton 123,90 129.000

E.exserta Anhembi-SP APS-F1 T24 A26 QLD: Maryborough 123,90 256.000

E.grandis Anhembi-SP PSC-F1 T11 B41 NSW: Coff‘s Harbour 310,70 536.000

E.grandis Anhembi-SP APS-F1 T20 D84 NSW: Coff‘s Harbour, Kyogle; QLD: Kuranda,Wondecla, Ravenshoe, Herberton, Paluma 229,65 876.000

E.grandis Bofete-SP APS-F3 NSW: Coff‘s Harbour 229,65 1.037.000

E.grandis Resende-RJ PSM NSW: Coff‘s Harbour 281,70 540.000

E.maculata Restinga-SP APS Austrália 158,90 89.000

E.microcorys Rio Claro-SP ACS Austrália 159,40 309.000

E.paniculata Rio Claro-SP ACS Austrália 159,40 437.000

E.pellita Anhembi-SP ACS-F1 T19 C113 QLD: Coen 167,90 297.000

E.phaeotricha Anhembi-SP ACS-F1 T24 T88 QLD: Mt. Mullen e Atherton 167,90 89.000

E.pilularis APS-F1 T7 B82 NSW: Nambucca, Wallingat, Dorrigo, Broken Bago, Woolgolga, Bulahdelah; QLD: Mt. Glorius, Fraser Island, Gallagowan, Bellthorpe 194,70 62.000

E.propinqua Anhembi-SP ACS-F2 T2 E48 Austrália 167,90 496.000

E.robusta Anhembi-SP ACS Austrália 167,90 297.000

E.saligna Itatinga-SP APS-F1 19,20,38,39 NSW: Batmans Bay 229,65 377.000

E.tereticornis Anhembi-SP APS-F1 T3 B75 QLD: Mareeba, Helenvale, Mt. Garnet e Cooktown 189,40 261.000

E.urophylla Anhembi-SP APS-F1 T8 A32 Indonésia-Flores: Altitude de 600 a 1000m 229,65 599.000

E.urophylla Anhembi-SP APS-F1 T8 B33 Indonésia-Timor: Laclubar, Turiscai, Remexio,Bessi-Lao, Aileu, Eremera, Queorema,Maubisse, Dilli, Edan,Tacololic 229,65 686.000

E.urophylla Anhembi-SP APS-F1 T10 B71 Indonésia- Outras IIhas: Lomblem: IIeape; Alor:Woipui, Raululang; Adonara: Wetuna, Oseana;Pantar: Gulman Palmen 229,65 732.000

E.urophylla var. platyphylla Anhembi-SP APS-F2 T10 F157 Anhembi T10 B71 (ex-Indonésia-Flores) 397,80 em análise

E.botryoides x E.saligna Itatinga-SP APS-F1 T38 e T39 NSW: Austrália 252,20 462.000

E.pellita x E.resinifera Anhembi-SP ACS-F1 T6 D105 QLD: N.E. Coen 252,20 225.000

E.propinqua x E.spp Anhembi-SP ACS-F1 T2 E48 Austrália 252,20 em análise

E.urophylla x E.grandis Anhembi-SP TP-F4 T1 F129 Anhembi-SP T8 D65 (ex-Indonésia-Flores) 397,20 663.000

E.urophylla x E.grandis Anhembi-SP TP-F5 T15 B153A Anhembi-SP T1 F129 (ex-Indonésia Flores) 397,20 825.000

Pinus elliotti var. elliottii Capão Bonito-SP APS-F2 T35 E.U.A. 190,20 em análise

Pinus oocarpa Agudos - SP APS-F1 América Central 252,70 86,50%

Pinus taeda Capão Bonito-SP APS-F1 E.U.A. 190,20 em análise

Legenda:ACS = Área de Coleta de Sementes, APS = Área de Produção de Sementes, PSC = Pomar de Sementes Clonal, TP = Teste de Progênies, PSM =Pomar de Sementes por Mudas e Fn (n = 1 a 5) = Geração de Melhoramento

IPEF NOTÍCIAS 11

S E M E N T E S

Sementes de espécies Nativas e Exóticas disponíveis para venda

Aroeira pimenteira Schinus terebinthifolius Anacardiaceae P 24.930 86,30

Aroeira salsa Schinus molle Anacardiaceae P 22.000 180,00

Abricó-da-praia Mammea americana Clusiaceae S 1.000 32,00

Alfineiro-do-japão Ligustrum japonicum Oleaceae S 46.700 95,00

Angico branco Anadenanthera colubrina Mimosaceae S 15.600 79,00

Baba de boi Cordia Superba Borraginaceae P 3.000 65,00

Cabreúva Myroxylon peruiferum Fabaceae S 2.000 77,20

Canafístula Peltophorum dubium Caesalpinaceae S 25.600 98,00

Cedro rosa Cedrela fissilis Meliaceae S 17.400 226,00

Candeia / Cambará Gochnatia polymorpha Compositae P 485.000 250,25

Copaíba Copaifera langsdorffii Caesalpinaceae C 1.800 66,70

Embaúba Cecropia sp. Crecopiaceae P 700.000 215,00

Flamboyant Delonix regia Caesalpinaceae S 2.300 34,70

Flor-da-china Koelrenteria paniculata Sapindaceae S 18.000 77,00

Ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha Bignoniaceae S 110.000 134,50

Ipê-felpudo Zeyheria tuberculosa Bignoniaceae S 14.000 134,50

Ipê-rosa Tabebuia avellanedae Bignoniaceae S 8.000 84,50

Ipê-roxo Tabebuia heptaphylla Bignoniaceae S 8.400 94,50

Jacarandá bico de pato Machaerium nyctitans Papilionoideae P 5.100 59,80

Jacarandá paulista Machaerium villosum Fabaceae S 10.000 57,50

Jerivá Syagruz romanzoffiana Palmae P 135 8,50

Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia Apocynaceae P 28.700 96,00

Monjoleiro Acacia polyphylla Mimosoideae P 9.500 85,00

Mulateiro Calycophyllum spruceanum Rubiaceae C 800.000 218,50

Mulungu Erythrina sp. Fabaceae P 5.500 75,00

Murta Murraya paniculata Myrtaceae 16.300 92,00

Mutamba-da-várzea Guazuma sp. Sterculiaceae P 533.000 172,50

Mutamba-preta Guazuma ulmifolia Sterculiaceae S 186.000 138,00

Olho-de-dragão Andenanthera pavonina Mimosaceae P 3.900 73,00

Paineira Chorisia speciosa Bombacaceae S 3.100 65,00

Palmito-juçara Euterpe edulis Palmae S/C 770 34,50

Pau-D’alho Gallesia integrifolia Phytolaccaceae S 15.000 68,20

Pau formiga Triplaris brasiliana Polygonaceae S 2.530 40,50

Pau sangue Pterocarpus violaceus Papilionoideae P 1.500 31,00

Pau viola Cytharexyllum myrianthum Verbenaceae P 19.600 78,00

Quaresmeira Tibouchina granulosa Melastomaceae P 3.000.000 290,00

Teca Tectona grandis Sterculiaceae P 1.200 69,00

Topa Ochroma pyramidale Bombacaceae P 168.500 138,00

NOME COMUM NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA BOTÂNICA GRUPO ECOL. NR. SEM/KG R$ / Kg

Observação:Grupo Ecológico P = Pioneira S = Secundária C = Climácica / P = Espécies que crescem a pleno sol; alta produção de sementes todos os anos;sementes geralmente com dormência; crescimento muito rápido; madeira leve; longevidade 5 a 15 anos. / S = Espécies que necessitam de pleno soldesde o início ou sombra durante a fase juvenil e depois pleno sol como as pioneiras; a produção de sementes é irregular (anual, bianual, etc);crescimento rápido a intermediário; madeira desde leve até média densidade; longevidade 10 a 100 anos. / C = Espécies que crescem à sombra;produção irregular de sementes; crescimento lento; madeira pesada; longevidade maior que 100 anos.

Informações úteis: 1) Custos de despacho não incluídos. / 2) Procedimento de pagamento: depósito bancário antecipado a favor do IPEF -Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais; Banco do Brasil (Agência 0056-6; Conta Corrente 4368-0) ou BRADESCO (Agência 0145-7; ContaCorrente 15.143-2).

O IPEF realizará nos dias 15 e16 de junho o 1º Simpósio sobre Res-tauração Ecológica de EcossistemasNaturais, na ESALQ/USP, em Piracica-ba/SP. O evento, voltado para pesqui-sadores e demais profissionais atuantesna área de restauração ecológica, temcomo objetivo divulgar, somar expe-riências e discutir temas ligados àrestauração como o processo de recu-peração e manejo da integração ecoló-gica do ecossistema.

O termo restauração tem sidousado no Brasil com um significado deretorno às condições originais exatasdo ecossistema, o que logicamente estáaquém de nossa capacidade. Mesmoporque é praticamente impossível de-terminarmos quais eram as condiçõesoriginais do ambiente e que processos

atuaram, uma vez que os ecos-sistemas são extremamente dinâ-micos, independentemente da escalade tempo adotada.

Atualmente, restauração tem sereferido ao retorno de uma porção de-gradada da paisagem a uma condiçãomelhorada e mais natural, incluindotanto aspectos estruturais como funcio-nais dos ecossistemas, que permitemque uma comunidade evolua e a su-cessão natural ocorra. O termo passoua ser mais utilizado depois da evoluçãodo conceito de sustentabilidade, porincluir de forma mais explícita a preo-cupação com a “saúde” dos ecos-sistemas. Poderíamos considerar tam-bém a restauração como a arte e ciên-cia de recriar comunidades ecológicasviáveis.

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 1 e 2 de julho de 1999

2o Curso de Produção de Mudas de EspéciesFlorestais - Enfoque Nativas

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 28 e 29 de julho de 1999

Inscrições e informações:Tel.: (019) 430-8602 / Fax: (019) 430-8666E-mail: [email protected]: www.ipef.br/eventos

Produção, Tecnologia e Comercialização de Sementes Florestais

Av. Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 53013.470-970 - Piracicaba - SP - Brasil

E-mail: [email protected]://www.ipef.br/sementes

RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMASSERÁ TEMA DE EVENTO DO IPEF

1o Curso de Extensão e Capacitação emManejo de Microbacias Hidrográficas

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 15 e 16 de junho de 1999

1o Simpósio Brasileiro sobre RestauraçãoEcológica de Ecossistemas Naturais

Local ESALQ/USP - Piracicaba/SPData 24 e 25 de junho de 1999

4o Programa de Reciclagem em MétodosQuantitativos-Avaliação de Projetos Florestais(Técnicas de Matemática Financeira)

IMPRESSO

Instituto de Pesquisas e Estudos FlorestaisDepartamento de Ciências FlorestaisEscola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Universidade de São PauloAv. Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 53013.400-970 - Piracicaba - SP - BrasilE-mail: [email protected] Page: www.ipef.br

S E M I N Á R I O

Workshop sobre Secagem de Madeira SerradaData 26 e 27 de agosto de 1999Local ESALQ/USP - Piracicaba/SP