iob - legislação trabalhista - nº 27/2014 - 1ª sem julho · o país, no dia 05.10.2014 -...

19
Boletim j Manual de Procedimentos Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 27/2014 Veja nos Próximos Fascículos a Aposentadoria do professor a Contratação de empregados - Documentação necessária a Reintegração de empregados / a Trabalhista Contrato de trabalho - Eleições/2014 e suas implicações trabalhistas e previdenciárias 1 / a IOB Setorial Turismo Turismólogo 9 / a IOB Comenta Pedido de demissão de empregado em gozo de estabilidade provi- sória 14 / a IOB Perguntas e Respostas Eleições/2014 - Implicações trabalhistas Empregado convocado para trabalhar nas eleições durante o gozo das férias 16 Empregado nomeado para trabalhar nas eleições - Direito à folga compensatória 16 Feriado 16 Folga compensatória - Momento de gozo 16

Upload: truongcong

Post on 14-Oct-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

Boletimj

Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista

e PrevidenciáriaFascículo No 27/2014

Veja nos Próximos Fascículos

a Aposentadoria do professor

a Contratação de empregados - Documentação necessária

a Reintegração de empregados

/a TrabalhistaContrato de trabalho - Eleições/2014 e suas implicações trabalhistas e previdenciárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

/a IOB Setorial

TurismoTurismólogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

/a IOB ComentaPedido de demissão de empregado em gozo de estabilidade provi-sória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB Perguntas e Respostas

Eleições/2014 - Implicações trabalhistasEmpregado convocado para trabalhar nas eleições durante o gozo das férias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Empregado nomeado para trabalhar nas eleições - Direito à folga compensatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Feriado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Folga compensatória - Momento de gozo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Page 2: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : eleições/2014 : implicações trabalhistas.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2194-4

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)14-05896 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

Page 3: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

27-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

As eleições serão realizadas simultaneamente

em todo o País em 05.10.2014 (1º turno), e em 26.10.2014 (2º turno), por

sufrágio universal e voto direto e secreto, sendo os mencionados dias considerados

feriados, razão pela qual é proibido o trabalho, excetuados os casos em que a

execução dos serviços seja imposta pelas exigências técnicas das

empresas

a TrabalhistaContrato de trabalho - Eleições/2014 e suas implicações trabalhistas e previdenciárias SUMÁRIO 1. Introdução 2. Eleições/2014 - Realizações 3. Empregado - Alistamento eleitoral - Falta ao serviço 4. Eleições - Feriado nacional - Considerações 5. Trabalho no dia destinado a eleições 6. Empregado convocado para compor as mesas

receptoras, de justificativas ou as juntas eleitorais - Folga compensatória remunerada

7. Instruções para a concessão da folga prevista no art. 98 da Lei nº 9.504/1997

8. Direito à folga compensatória de empregado convocado para trabalhar nas eleições durante o gozo das férias

9. Contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais - Inexistência de vínculo empregatício

10. Implicações previdenciárias 11. Servidores públicos - Ausência legal ao

serviço - Garantia 12. Propaganda política na empresa

- Empregador - Utilização do poder disciplinar - Faculdade

13. Empregado - Candidato à eleição - Contrato de trabalho - Efeito

14. Condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais

15. Penalidades aplicáveis ao eleitor que não cumprir com seu dever eleitoral

1. InTrodução

As eleições estão regulamentadas no Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), Lei nº 9.504/1997, Lei Complementar nº 64/1990, bem como por outras normas, incluindo resoluções, instruções e outros atos normativos específicos emanados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Neste texto, tecemos as considerações básicas sobre a data das eleições/2014 e as implicações

trabalhistas e previdenciárias relacionadas ao tema, lembrando que existem outras condições específicas sobre o assunto, bem como que eventuais controvér-sias dos temas abrangidos deverão ser dirimidas nos órgãos competentes, observando-se, ainda, que a decisão final competirá ao Poder Judiciário, caso seja intentada ação nesse sentido.

2. ElEIçõEs/2014 - rEalIzaçõEs

As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e para Senador da República, Deputados Federal, Estadual e Distrital, mediante pleito direto e simultâneo, serão realizadas em todo o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores).

Será considerado eleito o candidato a pre-sidente ou a governador que obtiver

a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os

nulos.

Se nenhum candidato aos cargos de Presidente da República e Gover-

nador de Estado e do Distrito Federal alcançar

maioria absoluta na primeira votação, será feita nova eleição

em 26.10.2014 (último domingo do mês) em segundo turno, concorrendo os dois

candidatos mais votados e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.

2.1 datas das eleições

O TSE, por meio da Resolução TSE nº 23.399 (Instrução nº 962-63.2013.6.00.0000 - Classe 19), determinou que as eleições serão realizadas simulta-

Page 4: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-02 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

neamente em todo o País em 05.10.2014 (1º turno), e em 26.10.2014 (2º turno), onde houver, por sufrágio universal e voto direto e secreto.

3. EmprEgado - alIsTamEnTo ElEIToral - FalTa ao sErvIço

O empregado, mediante comunicação com 48 horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor ou requerer transferência.

4. ElEIçõEs - FErIado nacIonal - consIdEraçõEs

O art. 380 do Código Eleitoral dispõe:

Art. 380 - Será feriado nacional o dia em que se realizarem eleições de data fixada pela Constituição Federal; nos de-mais casos, serão as eleições marcadas para um domingo ou dia já considerado feriado por lei anterior.

O TSE, por meio da Resolução TSE nº 21.255/2002, aprovou a Instrução nº 61 - Classe 12, a qual contém a seguinte ementa:

Funcionamento de shopping center em dia de elei-ção - Feriado nacional - Impossibilidade de abertura do comércio em geral, excetuando-se os estabelecimentos que trabalham no ramo de alimentação e entretenimento - Garantia aos funcionários do exercício do voto - Pedido parcialmente deferido.

Do voto do relator destacamos:

....O SENHOR MINISTRO FERNANDO NEVES (relator): Sr. Presidente, o dia fixado para a votação é feriado, nos termos do art. 380 do Código Eleitoral. O legislador teve a preocupação de garantir ao eleitor tempo e condições para o exercício do voto.

Sobre esse assunto, a douta Assessoria Especial da Pre-sidência - AESP assim opinou quando analisou consulta formulada pelo ...:

“[...]

7. Poderíamos inferir, sem risco de posicionamento adivi-nhatório, que a intenção do legislador foi transformar o dia das eleições em uma grande festa cívica, onde o cidadão pudesse festejar a cidadania, dirigindo-se às urnas para sufragar quem considere legítimo representante dos inte-resses da nação, em legítimo exercício de direito e garantia constitucional. E, para festejar, é preciso tempo, disponibi-lidade para o lazer, que somente um feriado permite. Além do mais, há que se imaginar que também se pensou no tempo e nas distâncias que o cidadão deveria percorrer para chegar até às Seções Eleitorais e votar.

[...]

10. À exceção dos servidores da Justiça Eleitoral, dos convocados para comporem as mesas receptoras de voto e dos demais prestadores de serviço indispensáveis à segurança e à saúde, ou outros que a lei determinar, todos os demais cidadãos estarão livres de prestação de serviço no dia das eleições”.

Como bem apontado pela AESP, somente alguns serviços devem ser mantidos no dia da votação.

Assim, penso que o comércio de um modo geral não deve funcionar, inclusive nos shoppings centers, ficando excepcionados da vedação os estabelecimentos que tra-balham no ramo da alimentação e do entretenimento, os quais, entretanto, deverão garantir a seus empregados o exercício do voto.

[...]

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, respondeu ao pleito, nos termos do voto do relator.

5. TraBalho no dIa dEsTInado a ElEIçõEs

A Lei nº 605/1949 prevê que é vedado o trabalho em dias de feriados, civis e religiosos, excetuados os casos em que a execução dos serviços for imposta pelas exigências técnicas das empresas.

Nos serviços em que for exigido o trabalho (em razão do interesse público ou pelas condições peculiares às atividades das empresas, ou ao local onde elas se exercitarem, que tornem indispensável a continuidade do trabalho em todos ou alguns dos respectivos serviços) nos feriados civis e religiosos, a remuneração dos empregados que trabalharem nesses dias será paga em dobro, salvo se a empresa determinar outro dia de folga.

Vale ressaltar que nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção dos elencos teatrais e congêneres, será estabelecida escala de revezamento, previamente organizada e constante de quadro sujeito à fiscalização.

Dessa forma, havendo escala de revezamento e considerando que o trabalho do empregado recaia em 05.10.2014, data do 1º turno, ou 26.10.2014, data do 2º turno das eleições, consideradas feriado nacional, o empregador, sem prejuízo da concessão da folga correspondente ao descanso semanal remu-nerado, o qual deverá incidir em outro dia da semana, observadas todas as condições legais impostas para elaboração e validade da escala de revezamento, deverá:

Page 5: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a) conceder outro dia de folga, diferente do des-tinado ao repouso semanal remunerado, para compensar o trabalho realizado pelo empre-gado em dia considerado feriado; ou

b) efetuar em dobro o pagamento da remune-ração do feriado trabalhado pelo emprega-do.

Não obstante os critérios anteriormente descri-tos, o empregador também deverá observar as con-dições para concessão e pagamento de repousos semanais e feriados previstas em eventuais cláusu-las de documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional.

5.1 pagamento em dobro - Interpretação

Nos termos do art. 9º, da Lei nº 605/1949, e do § 3º, do art. 6º, do Regulamento do Repouso Semanal Remunerado (RRSR), aprovado pelo Decreto nº 27.048/1949, é previsto que nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga.

A interpretação dos dispositivos legais ora men-cionados foi objeto de ampla discussão jurídica tanto na doutrina como na jurisprudência, notadamente em razão do significado e da aplicação prática da expressão “pagamento em dobro”.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Súmula nº 461, esclareceu que: “é duplo, e não triplo, o pagamento do salário nos dias destinados a des-canso”.

A citada Súmula do STF foi publicada no Diário da Justiça (DJ) de 08, 09 e 12.10.1964 e teve como precedente o Agravo de Instrumento (AI) nº 32.529, publicado no DJ de 20.08.1964.

Nos argumentos constantes do mencionado agravo de instrumento, que teve votação unânime, o STF manifestou sua interpretação no sentido de que o pagamento em dobro do trabalho realizado pelo empregado em dia destinado a descanso é o resul-tado do pagamento do respectivo dia já compreen-dido no salário normal mais a remuneração simples equivalente ao dia de repouso trabalhado.

Não obstante a previsão contida na Súmula STF anteriormente descrita, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da Resolução nº 121/2003, publicada no DJ de 19, 20 e 21.11.2003 e republicada em 25.11.2003, editou a Súmula nº 146, que reprodu-zimos a seguir para melhor entendimento:

146 - Trabalho em domingos e feriados, não compen-sado (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 93 da SBDI-1)

O trabalho prestado em domingos e feriados, não compen-sado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remunera-ção relativa ao repouso semanal.

Anteriormente à publicação da citada Resolução nº 121/2003, a Súmula nº 146 trazia a seguinte reda-ção, de acordo com a Resolução Administrativa TST nº 102/1982, publicada no DJ de 11 e 15.10.1982:

146. O trabalho realizado em dia feriado, não compen-sado, é pago em dobro e não em triplo (ex-prejulgado nº 18).

A Orientação Jurisprudencial da Seção de Dissídios Individuais - Subseção 1 (OJ-SDI 1) nº 93, inserida em 30.05.1997 e atualmente cancelada em decorrência de sua incorporação à Súmula TST nº 146, dispunha:

DOMINGOS E FERIADOS TRABALHADOS E NÃO COM-PENSADOS. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 146.

O trabalho prestado em domingos e feriados não compen-sado deve ser pago em dobro sem prejuízo da remunera-ção relativa ao repouso semanal.

Lembramos que o Precedente Normativo nº 87 do TST transcrito adiante, que integra a jurisprudência iterativa da Seção de Dissídios Coletivos (SDC-TST), aprovado pela Resolução Administrativa TST nº 37/1992, segue o mesmo entendimento da Súmula TST nº 146.

PN-087 TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS. PAGA-MENTO DOS SALÁRIOS (positivo): É devida a remunera-ção em dobro do trabalho em domingos e feriados não compensados, sem prejuízo do pagamento do repouso remunerado, desde que, para este, não seja estabelecido outro dia pelo empregador. (Ex-PN 140).

Portanto, de acordo com a Súmula TST nº 146, que atualmente predomina e norteia as decisões do Poder Judiciário Trabalhista, a expressão “em dobro” significa o valor dobrado das horas traba-lhadas em domingo, feriado ou outro dia destinado ao repouso, mais o valor desses dias incluso na remuneração do empregado, ou por cumprimento integral da jornada semanal, conforme o caso, o

Page 6: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-04 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

que equivale ao pagamento em triplo, ou seja, o pagamento do salário mensal mais duas vezes o valor do dia do repouso.

WExemplosD

- Salário mensal do empregado: R$ 880,00

- Salário/hora (R$ 880,00 ÷ 220): R$ 4,00

- Nº de horas trabalhadas no feriado: 8

- Valor em dobro relativo às horas trabalhadas no feriado: R$ 64,00 (R$ 4,00 × 8 × 2)

- Total a receber no mês: R$ 944,00 (R$ 880,00 + R$ 64,00)

5.2 Empresa - concessão de tempo suficiente para exercício do direito de votar

A empresa autorizada por lei a trabalhar em dias de repouso (domingos e feriados) deverá conceder aos empregados tempo suficiente para que possam exercer seu direito de voto, sem prejuízo da remu-neração do tempo efetivamente gasto, que, dentro dos critérios de bom senso e razoabilidade, será determinado e administrado pelo empregador ou por consenso entre as partes, visto que, nos termos do art. 234, combinado com o art. 297 do Código Eleitoral, quem impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio (voto) será punido com detenção de até 6 meses e pagamento de 60 a 100 dias/multa, cuja unidade é fixada pelo juiz competente.

O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os maiores de 16 e menores de 18 anos. Entretanto, por constituir um direito, mesmo que o empregado não esteja obrigado a votar, isto é, vote facultativamente, a empresa deve conceder-lhe tempo suficiente para o exercício do voto.

Cumpre ressaltar, ainda, que o serviço eleitoral tem preferência sobre qualquer outro, e é obrigatório. Por constituir-se como tal, não poderá a empresa propor, sob pena de nulidade do ato, qualquer acordo ao empregado para que este compense o dia em que cumpriu as exigências da Justiça Eleitoral.

6. EmprEgado convocado para compor as mEsas rEcEpToras, dE jusTIFIcaTIvas ou as junTas ElEIToraIs - Folga compEnsaTórIa rEmunErada

Reza o art. 98 da Lei nº 9.504/1997, a qual estabe-lece as normas a serem observadas para a realização

das eleições, que os eleitores nomeados para compor as mesas receptoras ou juntas eleitorais e os requisi-tados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.

O art. 232 da Resolução TSE nº 23.399/2013, no mesmo sentido, também estabelece que os eleitores nomeados para compor as mesas receptoras de votos, de justificativas, as juntas eleitorais, os convo-cados para atuarem como apoio logístico nos locais de votação e os demais requisitados para auxiliar nos trabalhos eleitorais, inclusive aqueles destinados a treinamento, preparação ou montagem de locais de votação, serão dispensados do serviço e terão direito à concessão de folga, mediante declaração expedida pelo juiz eleitoral ou pelo Tribunal Regional Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.

Notas

(1) Compreendem-se como vantagens todas as parcelas, de natureza remuneratória ou não, que decorram da relação de trabalho.

(2) O direito ao gozo em dobro pelos dias trabalhados alcança institui-ções públicas e privadas.

Dessa forma, tanto os empregados que atuarem nas seções eleitorais, compondo as mesas receptoras (presidente, mesário, secretário etc.), como os que forem convocados para apuração dos votos terão direito àquela ausência remunerada ao trabalho.

Essas ausências, portanto, não serão consideradas faltas ao trabalho, não trazendo, por consequência, quaisquer prejuízos ao empregado na contagem de suas férias, no repouso semanal remunerado ou no cálculo do 13º salário, entre outros direitos.

Cabe observar, ainda, que não poderão ser nomeados para compor mesas receptoras de votos e as de justificativas os menores de 18 anos.

6.1 Empregados convocados para treinamento - Folga - direito

Os juízes eleitorais, ou quem estes designarem, deverão instruir os mesários e os convocados para apoio logístico sobre o processo de votação e de

Page 7: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

justificativa em reuniões para esse fim, convocadas com a necessária antecedência, ensejando crime de desobediência, previsto no art. 347 do Código Eleitoral, o não comparecimento injustificado, alcan-çando inclusive terceiros que, por qualquer meio, obstruam o cumprimento da ordem judicial.

Conforme já vimos, o art. 365 do Código Eleitoral, instituído pela Lei nº 4.737/1965, determina que o serviço eleitoral prefere a qualquer outro e é obriga-tório.

Dessa forma, os empregados que prestarão serviços nas seções eleitorais serão previamente convocados pela Justiça eleitoral com a finalidade de participar dos atos preparatórios para a realização das eleições. O atendimento a essa convocação é obrigatório, ficando o convocado faltante sujeito às penalidades previstas na legislação eleitoral.

7. InsTruçõEs para a concEssão da Folga prEvIsTa no arT. 98 da lEI nº 9.504/1997

O TSE, por meio da Resolução TSE nº 22.747/2008, aprovou instruções para aplicação das disposições do art. 98 da Lei nº 9.504/1997, que dispõe sobre a dispensa do serviço pelo dobro dos dias prestados à Justiça Eleitoral nos eventos relacionados à realização das eleições, conforme os subitens seguintes.

7.1 dias de convocação

A expressão “dias de convocação” constante do art. 98 da Lei nº 9.504/1997 abrange quaisquer eventos que a Justiça Eleitoral repute necessários à realização do pleito, inclusive as hipóteses de treina-mentos e de preparação ou montagem de locais de votação.

Assim sendo, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, os empregadores ficam obri-gados a conceder folga compensatória aos empre-gados que forem convocados tanto para atuarem nas seções eleitorais como para participarem nos mencionados atos preparatórios para a realização das eleições.

7.2 conversão das folgas em pecúnia - Impossibilidade

Os dias de compensação pela prestação de ser-viços à Justiça Eleitoral não podem ser convertidos em retribuição pecuniária.

7.3 Folga - concessão

O direito ao gozo das folgas pressupõe a exis-tência de vínculo laboral à época da convocação e, como tal, é oponível à parte com a qual o eleitor mantinha relação de trabalho ao tempo da aquisição do benefício e limita-se à vigência do vínculo.

A concessão do benefício será adequada à respectiva jornada do beneficiário, inclusive daquele que labora em regime de plantão, não podendo ser considerados para esse fim os dias não trabalhados em decorrência da escala de trabalho.

7.4 suspensão e interrupção do contrato de trabalho

Nos casos em que ocorra a suspensão ou interrupção do contrato de trabalho ou do vínculo, a fruição do benefício (folgas) deverá ser acordada entre as partes a fim de não se impedir o exercício do direito.

Em caso de ausência de acordo entre as partes quanto à compensação, caberá ao juiz eleitoral aplicar as normas previstas na legislação; não as havendo, resolverá a controvérsia com base nos princípios que garantem a supremacia do serviço eleitoral, obser-vando especialmente:

a) que o serviço eleitoral prefere a qualquer ou-tro, é obrigatório e não interrompe o interstício de promoção dos funcionários para ele requi-sitados;

b) a relevância da contribuição social prestada por aqueles que servem à Justiça Eleitoral;

c) que o direito assegurado por lei ao eleitor que prestou serviço à Justiça Eleitoral é persona-líssimo, só podendo ser pleiteado e exercido pelo titular.

8. dIrEITo à Folga compEnsaTórIa dE EmprEgado convocado para TraBalhar nas ElEIçõEs duranTE o gozo das FérIas

O empregador pode ficar em dúvida se o empre-gado que for convocado para trabalhar nas eleições durante o gozo das férias tem direito às respectivas folgas compensatórias.

Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, art. 130, o empregado, desde que não tenha faltado injustificadamente ao serviço por mais de 5 dias no curso do período aquisitivo, tem direito a 30 dias de

Page 8: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-06 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

férias a cada 12 meses de vigência do contrato de trabalho. Lembramos, por oportuno, que a finalidade das férias é proporcionar o descanso e lazer ao empregado, com vistas a repor o desgaste sofrido ao longo do período trabalhado.

Portanto, se o empregado trabalhou nas eleições durante o gozo das férias, ele foi prejudicado, tendo em vista que lhe foi subtraído dias de seu descanso. Dessa forma, e com base na Resolução TSE nº 22.747/2008, o empregado fará jus a folgas compen-satórias previstas na legislação eleitoral, cuja fruição deverá ser acordada entre as partes, observando-se o disposto no subitem 7.4.

9. conTraTação dE pEssoal para prEsTação dE sErvIços nas campanhas ElEIToraIs - InExIsTêncIa dE vínculo EmprEgaTícIo

A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratan-tes.

Dessa forma, as pessoas contratadas para pres-tar serviços apenas nas campanhas eleitorais, tanto para os candidatos (pessoas físicas) como para os partidos (pessoas jurídicas), não serão consideradas empregadas dos contratantes.

Entretanto, a contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais observará os seguintes limites, impostos a cada candidato:

a) em Municípios com até 30.000 eleitores, não excederá a 1% do eleitorado;

b) nos demais Municípios e no Distrito Federal, corresponderá ao número máximo apurado na letra “a”, acrescido de 1 contratação para cada 1.000 eleitores que exceder o número de 30.000.

As contratações observarão ainda os seguintes limites nas candidaturas aos cargos a:

a) Presidente da República e senador: em cada Estado, o número estabelecido para o Municí-pio com o maior número de eleitores;

b) governador de Estado e do Distrito Federal: no Estado, o dobro do limite estabelecido para o Município com o maior número de eleitores, e,

no Distrito Federal, o dobro do número alcan-çado na letra “b” anterior;

c) deputado federal: na circunscrição, 70% do limite estabelecido para o Município com o maior número de eleitores, e, no Distrito Fede-ral, esse mesmo percentual aplicado sobre o limite calculado na forma da primeira letra “b”, considerado o eleitorado da maior região ad-ministrativa;

d) deputado estadual ou distrital: na circunscri-ção, 50% do limite estabelecido para deputa-dos federais.

Nos mencionados cálculos a fração será despre-zada, se inferior a 0,5, e igualada a 1, se igual ou superior.

A contratação de pessoal por candidatos a vice--presidente, vice-governador e suplente de senador é, para todos os efeitos, contabilizada como contratação pelo titular, e a contratação por partidos fica vinculada aos limites impostos aos seus candidatos.

Na prestação de contas a que estão sujeitos na forma da lei eleitoral, os candidatos são obrigados a discriminar nominalmente as pessoas contratadas, com indicação de seus respectivos números de ins-crição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

São excluídos dos limites mencionados a mili-tância não remunerada, pessoal contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e dele-gados credenciados para trabalhar nas eleições, e os advogados dos candidatos ou dos partidos e coligações.

10. ImplIcaçõEs prEvIdEncIárIas

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 872/2008, a Secretária da Receita Federal do Brasil disciplinou os procedimentos a serem observados na declaração e no recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades ou fundos (terceiros), decorrentes da contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais, conforme os subitens seguintes.

10.1 pessoa contratada para prestar serviços - Enquadramento previdenciário

A pessoa física contratada, respectivamente, por comitê financeiro de partido político ou por candidato

Page 9: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a cargo eletivo, para prestação de serviços em cam-panha eleitoral é segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), na qualidade de contribuinte individual.

10.2 comitê financeiro - Equiparação à empresa

Os comitês financeiros de partidos políticos se equiparam à empresa em relação aos segurados contratados para prestar serviços em campanha eleitoral.

Entretanto, a mencionada equiparação não é aplicada ao candidato a cargo eletivo que contrate segurados para prestar serviços em campanha elei-toral.

10.3 comitê financeiro - obrigações

O comitê financeiro de partido político tem a obrigação de:

a) arrecadar a contribuição do segurado contri-buinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração; e

b) recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo, utilizando-se de sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

Além das mencionadas obrigações, o comitê financeiro de partido político deve arrecadar, mediante desconto no respectivo salário-de-contribuição, e recolher a contribuição ao Serviço Social do Trans-porte (Sest) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), devida pelo segurado contri-buinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário que lhe presta serviços em campanha eleitoral.

10.4 declarações na guia de recolhimento do FgTs e Informações à previdência social (gFIp)

A ocorrência de fatos geradores de contribuições previdenciárias e de contribuições devidas a outras entidades ou fundos (terceiros), bem como as demais informações pertinentes, deverão ser declaradas à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) me-diante GFIP.

Nota

As determinações constantes dos subitens 10.3, 10.4 e 10.5 se aplicam aos fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro do ano em que as inscri-ções no CNPJ forem feitas.

10.5 comitês financeiros de partidos políticos e de candidatos a cargos eletivos - Inscrição no cnpj

A Instrução Normativa RFB/TSE nº 1.019/2010, alterada pela Resolução nº 1.179/2011, determinou que estão obrigadas à inscrição no CNPJ, na forma nela estabelecida, os candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes, e os comitês financeiros dos partidos políticos.

A natureza jurídica a ser atribuída na inscrição cadastral será:

a) para os comitês financeiros dos partidos políti-cos: 399-9 - Associação Privada;

b) para os candidatos a cargos eletivos: 409-0 - Candidato a Cargo Político Eletivo.

Para fins da mencionada inscrição, o código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) a ser atribuído será 9492-8/00 - Atividades de Organizações Políticas.

Os números de inscrição no CNPJ serão divulga-dos nas páginas da RFB e do TSE, na Internet, nos endereços <http://www.receita.fazenda.gov.br> e <http://www.tse.gov.br>, respectivamente, até 31 de dezembro do ano em que se deu a inscrição, ou em data posterior, a critério de cada instituição.

11. sErvIdorEs púBlIcos - ausêncIa lEgal ao sErvIço - garanTIa

Os servidores públicos federais, estaduais e municipais da administração pública direta e indireta, quando convocados para compor as mesas recep-toras de votos, de justificativa, as juntas eleitorais e os requisitados para auxiliar os seus trabalhos terão, mediante declaração do respectivo juiz eleitoral, direito de ausentar-se do serviço em suas repartições pelo dobro dos dias de convocação pela Justiça Eleitoral.

12. propaganda políTIca na EmprEsa - EmprEgador - uTIlIzação do podEr dIscIplInar - FaculdadE

Faculta-se ao empregador, como titular da empresa, fixar normas reguladoras das condições gerais e específicas do trabalho. É o chamado “poder regulamentar”.

Page 10: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-08 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Assim, por meio do regulamento interno, o empre-gador poderá prever, entre outras disposições, que aos empregados é proibido, no âmbito da empresa, fazer propaganda própria ou de outrem, escrita ou falada, inclusive mediante o uso de camisetas, buttons, distintivos, adesivos, bandeiras, correio eletrônico etc., de candidatos ou partidos, sem prévia autorização.

13. EmprEgado - candIdaTo à ElEIção - conTraTo dE TraBalho - EFEITo

Inexiste na legislação trabalhista procedimento específico a ser adotado pela empresa caso o empre-gado se candidate e seja eleito deputado, senador, governador ou a qualquer outro cargo público.

O afastamento de empregados que se can-didatam a cargos eletivos é disciplinado pela Lei Complementar nº 64/1990.

Assim, observadas as determinações da mencio-nada Lei Complementar, há entendimentos no sentido de que o empregado poderá solicitar ao empregador a concessão de uma licença sem remuneração, a fim de dedicar-se à sua campanha eleitoral, cabendo ao empregador concedê-la ou não.

Uma vez concedida, a licença não remunerada suspende o contrato de trabalho, não sendo conside-rado o período correspondente para efeito de férias, 13º salário etc.

Cumpre ressaltar que esse período de licença deve ser anotado na parte destinada às anotações gerais da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e na ficha ou livro de Registro de Empregados. Não obstante essas considerações, há doutrinadores que entendem que a candidatura do empregado a cargo eletivo determina a suspensão do contrato de trabalho. Nessa situação, o afastamento não depende da vontade do empregador.

14. conduTas vEdadas aos agEnTEs púBlIcos Em campanhas ElEIToraIs

São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, entre outras, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:

a) ceder servidor público ou empregado da ad-ministração direta ou indireta federal, estadual

ou municipal do Poder Executivo ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou co-ligação, durante o horário de expediente nor-mal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;

b) nomear, contratar ou de qualquer forma ad-mitir, demitir sem justa causa, suprimir ou rea-daptar vantagens ou por outros meios dificul-tar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar ser-vidor público, na circunscrição do pleito, nos 3 meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvadas:

b.1) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;

b.2) a nomeação para cargos do Poder Judi-ciário, do Ministério Público, dos Tribu-nais ou Conselhos de Contas e dos ór-gãos da Presidência da República;

b.3) a nomeação dos aprovados em concur-sos públicos homologados até o início daquele prazo;

b.4) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiá-vel de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;

b.5) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e agentes peni-tenciários;

c) fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu po-der aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir de 180 dias antes das eleições e até a posse dos eleitos.

15. pEnalIdadEs aplIcávEIs ao ElEITor quE não cumprIr com sEu dEvEr ElEIToral

O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição incorrerá na multa de 3% a 10% sobre o salário-mínimo, imposta pelo juiz eleitoral.

Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor:

Page 11: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a) inscrever-se em concurso ou prova para car-go ou função pública, bem como investir-se ou empossar-se neles;

b) receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como funda-ções governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza manti-das ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, corres-pondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

c) participar de concorrência pública ou adminis-trativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias;

d) obter empréstimos em autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas fede-rais ou estaduais, institutos e caixas de pre-

vidência social, bem como em qualquer esta-belecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

e) obter passaporte ou carteira de identidade;

f) renovar matrícula em estabelecimento de ensi-no oficial ou fiscalizado pelo governo;

g) praticar qualquer ato para o qual se exija qui-tação do serviço militar ou imposto de renda.

(Constituição Federal, art. 14, caput; Lei nº 605/1949, arts. 8º e 9º; Regulamento do Repouso Semanal Remunerado - RSR, aprovado pelo Decreto nº 27.048/1949, art. 6º; Lei nº 9.504/1997, arts. 73, 98, 100 e 100-A; CLT, arts. 2º, 130, 472 e 473, V; Lei nº 8.868/1994, art. 15; Lei nº 4.737/1965, arts. 7º, 48, 82, 234, 297 e 380; Lei nº 8.212/1991, art. 15; Lei nº 12.891/2013; Resolução TSE nº 21.255/2002; Resolução TSE nº 22.747/2008; Resolução TSE nº 23.399/2013; Instrução Normativa RFB nº 872/2008; Instrução Nor-mativa RFB/TSE nº 1.019/2010; Resolução TSE nº 23.390/2013)

N

a IOB SetorialTuRISmO

Turismólogo

1. InTrodução

Na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), encontram-se relacionadas as seguintes atividades no ramo do turismo:

a) coordenador de turismo;b) diretor de produção e operações de turismo; c) diretores de operações de serviços em empre-

sa de turismo, de alojamento e de alimentação; d) gerente de operações de turismo;e) gerente de produtos de turismo; f) gerente de turismo;g) gerente operacional de turismo;h) gerentes de operações de serviços em empre-

sa de turismo, de alojamento e alimentação;

i) guia de turismo; j) guia de turismo especializado em atrativo tu-

rístico;k) guia de turismo especializado em excursão in-

ternacional;l) guia de turismo especializado em excursão

nacional;m) guia de turismo especializado em turismo re-

gional; n) operador de turismo;o) supervisores dos serviços de transporte, turis-

mo, hotelaria e administração de edifícios; p) técnico em turismo;q) técnicos em serviços de turismo e organiza-

ção de eventos;r) tecnólogo em gestão de turismo.

Ainda, segundo a CBO, os trabalhadores em turismo exercem as seguintes atividades:

Page 12: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-10 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a) diretores - dirigem, no mais alto nível, e como representantes dos proprietários ou acionistas ou por conta própria, as atividades de produ-ção e operação de empresas de prestação de serviços em turismo, alimentação e hotelaria, definem política e diretrizes, traçam plano ope-racional, operacionalizam negócios, produzem resultados, coordenam equipes, garantem qualidade de produtos e serviços, analisam mercado e atuam como relações públicas;

b) gerentes - gerenciam e promovem produtos e serviços em empresas de turismo, de hospe- dagem e de alimentação, coordenam áreas operacionais de alojamento, alimentação, re-creação e lazer em hotéis, pousadas, pensões, restaurantes e bares, administram recursos humanos e financeiros, executam rotinas ad-ministrativas e prestam assessoria;

c) guias - executam roteiro turístico, transmitem informações, atendem passageiros, organi-zam as atividades do dia, realizam tarefas bu-rocráticas e desenvolvem itinerários e roteiros de visitas;

d) técnicos e operadores de turismo - montam e vendem pacotes de produtos e serviços turís-ticos e organizam eventos sociais, culturais e técnico-científicos, dentre outros, contratam serviços, planejam eventos, promovem e re-servam produtos e serviços turísticos e coor-denam a realização de eventos.

2. aTIvIdadEs do TurIsmólogo

A Lei nº 12.591/2012 disciplinou o exercício da profissão de turismólogo, determinando que são atividades deste profissional:

a) planejar, organizar, dirigir, controlar, gerir e operacionalizar instituições e estabelecimen-tos ligados ao turismo;

b) coordenar e orientar trabalhos de seleção e classificação de locais e áreas de interesse tu-rístico, visando ao adequado aproveitamento dos recursos naturais e culturais, de acordo com sua natureza geográfica, histórica, artís-tica e cultural, bem como realizar estudos de viabilidade econômica ou técnica;

c) atuar como responsável técnico em empreen-dimentos que tenham o turismo e o lazer como seu objetivo social ou estatutário;

d) diagnosticar as potencialidades e as deficiên-cias para o desenvolvimento do turismo nos municípios, regiões e Estados da Federação;

e) formular e implantar prognósticos e proposi-ções para o desenvolvimento do turismo nos municípios, regiões e Estados da Federação;

f) criar e implantar roteiros e rotas turísticas;g) desenvolver e comercializar novos produtos

turísticos;h) analisar estudos relativos a levantamentos so-

cioeconômicos e culturais na área de turismo ou em outras áreas que tenham influência so-bre as atividades e serviços de turismo;

i) pesquisar, sistematizar, atualizar e divulgar in-formações sobre a demanda turística;

j) coordenar, orientar e elaborar planos e proje-tos de marketing turístico;

k) identificar, desenvolver e operacionalizar for-mas de divulgação dos produtos turísticos existentes;

l) formular programas e projetos que viabilizem a permanência de turistas nos centros receptivos;

m) organizar eventos de âmbito público e priva-do, em diferentes escalas e tipologias;

n) planejar, organizar, controlar, implantar, gerir e operacionalizar empresas turísticas de to-das as esferas, em conjunto com outros pro-fissionais afins, como agências de viagens e turismo, transportadoras e terminais turísticos, organizadoras de eventos, serviços de anima-ção, parques temáticos, hotelaria e demais empreendimentos do setor;

o) planejar, organizar e aplicar programas de qualidade dos produtos e empreendimentos turísticos, conforme normas estabelecidas pe-los órgãos competentes;

p) emitir laudos e pareceres técnicos referentes à capacitação ou não de locais e estabeleci-mentos voltados ao atendimento do turismo receptivo, conforme normas estabelecidas pe-los órgãos competentes;

q) lecionar em estabelecimentos de ensino técni-co ou superior;

r) coordenar e orientar levantamentos, estudos e pesquisas relativamente a instituições, empre-sas e estabelecimentos privados que atendam ao setor turístico.

3. guIas dE TurIsmo

No que tange aos guias de turismo, cabe obser-var que a Lei nº 8.623/1993, regulamentada pelo Decreto nº 946/1993, disciplinou a profissão de guia de turismo, assim considerado o profissional devida-

Page 13: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

mente cadastrado no Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) que exerça atividades de acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas.

4. cadasTro dos prEsTadorEs dE sErvIços TurísTIcos (cadasTur)

As sociedades empresárias de qualquer natureza, as sociedades simples, os empresários individuais, os profissionais autônomos, os serviços sociais autô-nomos, bem como cada uma de suas projeções em qualquer parte do País, estão sujeitos ao Cadastur, e será:

a) obrigatório para:

a.1) agências de turismo;

a.2) meios de hospedagem;

a.3) transportadoras turísticas;

a.4) organizadoras de eventos;

a.5) parques temáticos;

a.6) acampamentos turísticos; e

a.7) guias de turismo; e

b) facultativo para:

b.1) restaurantes, cafeterias, bares e similares;

b.2) centros ou locais destinados a conven-ções, feiras, exposições e similares;

b.3) parques temáticos aquáticos;

b.4) empreendimentos de equipamentos de entretenimento e lazer;

b.5) marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico;

b.6) empreendimentos de apoio à pesca des-portiva;

b.7) casas de espetáculos, shows e equipa-mentos de animação turística;

b.8) prestadores de serviços de infraestrutura de apoio a eventos;

b.9) locadoras de veículos para turistas; e

b.10) prestadores especializados em segmen-tos turísticos.

O cadastro será processado gratuitamente e obrigará também os cadastrados facultativos ao cum-primento dos termos da Portaria MTur nº 197/2013.

Estão dispensados do cadastro os estandes de serviço e divulgação instalados em eventos temporá-rios, de duração máxima de 15 dias.

Para cada atividade discriminada neste item deverá haver requerimento individual de inscrição no Cadastrur, ainda que se trate de um mesmo prestador, observando-se que para o exato enquadramento nas atividades o prestador deverá atender ao código correspondente que franqueia a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), localizado no site www.cadastur.turismo.gov.br, na aba “CNAE”.

4.1 documentos básicos

São documentos básicos para o cadastro:

a) cartão de inscrição no CNPJ;

b) ato constitutivo da razão social e seu registro no órgão competente;

c) registro na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), no caso de cooperativas; e

d) carteira de identidade (Registro Geral), para os microempreendedores individuais.

Para os guias de turismo, profissionais autônomos, o credenciamento será feito mediante a apresentação dos seguintes documentos:

a) carteira de identidade (Registro Geral);

b) cartão do cadastro de pessoa física (CPF); e

c) certificado de conclusão de curso técnico de formação profissional de guia de turismo, cujo plano de curso tenha sido aprovado pelo Mi-nistério da Educação.

O guia de turismo que pleitear cadastro na quali-dade de microempreendedor deverá apresentar, ainda, o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI).

4.2 procedimento

O requerimento de cadastro deverá ser feito por meio do site www.cadastur.turismo.gov.br, observados os seguintes procedimentos:

a) pelo prestador de serviços:a.1) preenchimento do formulário, conforme a

atividade pleiteada, no sistema;a.2) aceite do Termo de Responsabilidade,

no sistema; ea.3) envio, por meio físico ou eletrônico, no

prazo de 30 dias, de cópia dos docu-mentos; e

b) pelo órgão delegado:

Page 14: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-12 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

b.1) conferência dos documentos enviados pelo prestador e expedição do recibo de documentos, no sistema; e

b.2) análise do pedido de cadastro em até 30 dias e, se for o caso, expedição, por meio eletrônico, do comunicado de apro-vação.

É responsabilidade do prestador de serviços turísticos a veracidade das informações prestadas, bem como a autenticidade da documentação apre-sentada, sujeitando-se o prestador às sanções e penalidades previstas na legislação pertinente.

Constatadas dúvidas ou falhas nos documentos, será enviado ao prestador, também por meio ele-trônico, comunicado de pendência, que deverá ser solucionada no prazo de 10 dias.

O descumprimento dos prazos estipulados na letra “a.3” ou no parágrafo anterior, implica o cancela-mento do pleito.

Deferido o cadastro pelo órgão delegado, caberá ao Ministério do Turismo disponibilizar no sistema o correspondente certificado de cadastro, definido nos moldes do Manual de Orientações para Cadastramento dos Prestadores de Serviços Turísticos no Ministério do Turismo.

NotaO Manual de Orientações para Cadastramento dos Prestadores de Ser-

viços Turísticos no Ministério do Turismo encontra-se disponibilizado no site www.cadastur.turismo.gov.br, no link “Manuais”.

4.3 certificado de cadastro

O Ministério do Turismo disponibilizará ao prestador de serviço o certificado de cadastro para cada uma das atividades exercidas, que deverá ficar exposto na área de atendimento, visível ao público.

A autenticidade dos certificados poderá ser cons-tatada no site www.cadastur.turismo.gov.br, na aba “Certificados”.

A obtenção do certificado de cadastro será feita mediante acesso ao site www.cadastur.turismo.gov.br, por meio do login e senha, no link “Meu Certificado”, devendo ser impresso em bureau de serviço, de acordo com as seguintes especificações:

a) papel couché fosco, gramatura 130 g;

b) formato A4;c) impressão em policromia, a laser, 200 dots/

inch; ed) colocação de moldura e vidro protetor.

NotaÉ vedada a obtenção do certificado de cadastro por outra forma ou

com especificações diferentes das mencionadas neste subitem.

4.4 alteração do cadastro

O cadastro poderá ser alterado a qualquer tempo, obedecidos os seguintes procedimentos:

a) no site www.cadastur.turismo.gov.br, opção “Alterar Cadastro”, o prestador realizará as modificações desejadas e enviará por meio fí-sico ou eletrônico, em até 10 dias, a documen-tação comprobatória do seu pleito; e

b) o órgão delegado analisará o pedido em até 15 dias e emitirá comunicado de aprovação ou comunicado de pendência, no sistema, con-forme o caso.

A alteração de dados cadastrais não implicará ampliação do prazo de validade do cadastro.

4.5 renovação do cadastro

O prestador deverá renovar o seu cadastro a cada 2 anos, observando-se que os procedimentos para sua renovação serão realizados a partir de 90 dias antes do seu vencimento, no sistema Cadastur.

Quando não houver qualquer tipo de alteração na documentação do prestador no momento da renova-ção, o cadastro ocorrerá mediante manifestação de interesse do prestador de serviços, por meio eletrô-nico, estendendo-se o prazo de validade para mais 2 anos.

Nos casos em que houver alteração de docu-mentos, o prestador deverá enviá-los, por meio físico ou eletrônico, para que estas sejam registradas e analisadas pelo órgão delegado.

A renovação do cadastro de guia de turismo ocorrerá a cada 5 anos e deverá ser solicitada pelo site www.cadastur.turismo.gov.br, opção “Renovar Cadastro”, a partir de 90 dias antes de seu vencimento.

4.6 cancelamento do cadastro

O cancelamento de cadastro deverá ser solicitado quando ocorrer a extinção do estabelecimento ou a desativação da atividade cadastrada.

Page 15: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Quando solicitado o cancelamento, o órgão dele-gado expedirá o recibo de documentos, analisará o pedido em até 10 dias e enviará, se for o caso, a comunicação de cancelamento ao interessado.

O prestador com cadastro cancelado poderá solicitar novo cadastro, cumpridas as exigências previstas no subitem 4.2.

4.7 desativação do cadastro

O cadastro poderá ser desativado por solicitação do prestador quando da interrupção temporária dos serviços.

O prestador de serviços com cadastro desativado poderá solicitar sua reativação, desde que cessada a situação que ensejou a sua desativação e obedecidos os procedimentos previstos no subitem 4.5.

4.8 reclamações

As reclamações serão processadas da seguinte forma:

a) quando feitas pelos cadastrados, com relação ao órgão delegado, deverá haver:

a.1) preenchimento e envio do formulário “Re-clamação”, disponível no site www.ca-dastur.turismo.gov.br;

a.2) apuração, pela Secretaria Nacional de Políticas de Turismo (SNPTur), dos fatos relatados; e

a.3) resposta ao reclamante; e

b) quando feitas por consumidores, com relação aos cadastrados, deverá haver:

b.1) preenchimento e envio do formulário “Reclamação”, disponível no site www.cadastur.turismo.gov.br, ou relato direto à ouvidoria do Ministério do Turismo, pelo endereço [email protected] ou pelo telefone 0800-606-8484;

b.2) encaminhamento da reclamação à SNPTur, para apuração dos fatos relatados; e

b.3) resposta ao reclamante.

O encaminhamento de reclamações ao Ministério do Turismo não exclui a prerrogativa do interessado em encaminhá-las aos órgãos locais de defesa do consumidor.

4.9 comitê consultivo do cadastur (cccad)

Ao CCCad, cujos membros terão mandato de 2 anos, caberá:

a) acompanhar, avaliar e aprimorar o Cadastur;

b) apreciar e dirimir os casos omissos referentes a qualquer etapa do cadastro; e

c) apresentar propostas para análise crítica, re-visão e atualização dos critérios e requisitos definidos.

O CCCad terá participação de representantes designados em ato específico, a saber:

a) um titular e um suplente da Secretaria Nacio-nal de Políticas de Turismo (SNPTur), do Minis-tério do Turismo;

b) um titular e um suplente da Secretaria Nacio-nal de Programas de Desenvolvimento do Tu-rismo (SNPDTur), do Ministério do Turismo;

c) um titular e um suplente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur);

d) um titular e um suplente da Associação Nacio-nal de Secretários e Dirigentes de Turismo das Capitais e Destinos Indutores (Anseditur); e

e) dois titulares e dois suplentes do Conselho Na-cional de Turismo (CNT).

O direito a voto será exercido pelo membro titular ou, na sua ausência, pelo respectivo suplente.

A Presidência do CCCad será exercida pelo Secretário Nacional de Políticas de Turismo, do Minis-tério do Turismo, a quem caberá o voto de desempate.

O CCCad realizará uma reunião a cada semestre, a ser convocada com no mínimo 15 dias de antece-dência.

A participação no CCCad será considerada pres-tação de serviço público relevante, não remunerada, devendo as despesas de seus membros correrem por conta das entidades que representam.

O funcionamento do CCCad será definido em regimento interno a ser aprovado no prazo de 60 dias de sua instalação.

(Lei nº 12.591/2012; Lei nº 8.623/1993; Decreto nº 946/1993; Portaria MTur nº 130/2011; Portaria MTur nº 197/2013)

N

Page 16: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-14 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a IOB Comenta

Pedido de demissão de empregado em gozo de estabilidade provisória

Muitas empresas têm dúvidas sobre a legalidade de se proceder a rescisão contratual, a pedido, do empregado que se encontra em gozo de estabilidade provisória. A questão é saber se o trabalhador em questão pode renunciar à garantia que legalmente lhe é concedida.

O que a lei assegura ao trabalhador quando lhe confere o direito à estabilidade provisória é a garantia de que o seu contrato de trabalho será protegido contra a dispensa imotivada promovida pelo empregador. Em outras palavras, ao conferir a garantia provisória de manutenção do vínculo empre-gatício, a lei limita o poder de mando do empregador ao proibir que este, por iniciativa própria e sem fins justificados, proceda à ruptura do contrato de traba-lho do empregado beneficiado pela garantia. Dessa forma, o trabalhador legalmente estável não pode ser dispensado do seu emprego, salvo no caso de justa causa devidamente comprovada.

Quando a estabilidade provisória é concedida por força de documento coletivo de trabalho (acordo, convenção ou sentença normativa), é comum a cláusula instituidora da garantia permitir a conver-são do período de estabilidade em indenização, situação em que o contrato de trabalho poderá ser rompido desde que o empregador, além das verbas rescisórias normais, pague, a título de indenização, o período de estabilidade, o que não ocorre com as estabilidades legais, as quais vedam a ruptura contratual e não permitem a transação da garantia em indenização.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) deter-mina, em seu art. 500, que o pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo sindicato e, se não o houver, perante a autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou da Justiça do Trabalho.

Ante o exposto, uma vez atendidos os dispo-sitivos legais anteriormente mencionados e, ainda,

considerando ser a estabilidade uma limitação ao poder de ação do empregador, e não do empregado, e, ainda, dada a inexistência de qualquer dispositivo legal que vede em qualquer circunstância o pedido de demissão, mesmo porque não haveria como obrigar o empregado a manter um contrato que não mais lhe interessa, entendemos que o trabalhador em gozo de estabilidade provisória pode romper por sua livre iniciativa o contrato de trabalho, renunciando, por consequência, à garantia que lhe foi conferida por lei ou pelo documento coletivo de trabalho.

Para que posteriormente não haja a alegação de que a renúncia à garantia de emprego se deu por coação, poderá o empregador exigir a emissão do pedido de demissão de próprio punho, no qual o tra-balhador deixe claro que o faz de livre e espontânea vontade, estando ciente de que o pedido em questão configura a renúncia à estabilidade.

Reproduzimos a seguir algumas decisões judi-ciais acerca do tema.

Agravo de instrumento - Recurso de revista - Gestante - Pedido de demissão - Estabilidade provisória indevida - Matéria fática - Decisão denegatória - Manutenção - O art. 10, II, “b”, do ADCT veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirma-ção da gravidez até cinco meses após o parto, sem exigir o preenchimento de nenhum outro requisito que não a própria condição de gestante. A par disso, a estabilidade provisória assegurada à empregada gestante prescinde da comunicação da gravidez ao empregador, uma vez que a lei objetiva a proteção do emprego contra a resi-lição unilateral do contrato de trabalho, impedindo que a gravidez constitua causa de discriminação. Na hipótese, o Regional, diante do contexto-fático probatório exami-nado (oral e documental), consignou a Reclamante pediu demissão e que não restou comprovado qualquer vício de consentimento capaz de invalidar o seu ato. Assim, somente pelo reexame do conjunto fático-probatório seria possível decidir em sentido contrário - O que, contudo, é vedado nesta instância recursal. Inteligência da Súmula 126/TST. Decisão denegatória que se matem. Agravo de instrumento desprovido. (TST - AIRR 2194/2004-038-02-40.6 - Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado - DJ-e 12.11.2010, pág. 1155)

[…] Membro Cipa - Estabilidade - Quando as razões de recurso vão além do que consta na decisão recorrida, tem-se como ausente o devido prequestionamento do tema. Na hipótese, a decisão regional consignou que o pedido de demissão, formulado pelo autor, se deu

Page 17: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

de forma legal, segundo documento juntado aos autos, sendo impertinente a discussão acerca da estabilidade de cipeiro, não se inferindo da fundamentação da deci-são recorrida a abordagem sob o prisma da necessidade, quando do pedido de demissão pelo autor, da anuência das entidades mencionadas no art. 500 do CLT. Recurso de revista não conhecido. (TST - RR 8193/2002-900-02- -00 - Rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho - DJ-e 27.11.2009, pág. 498)

Estabilidade provisória da gestante - Pedido de demissão destituído de validade - Aplicação do artigo 500 da CLT - Em se tratando de empregada gestante, detentora de estabilidade provisória, a validade do pedido de demissão está condicionada à assistência do respectivo Sindicato ou da autoridade do Ministério do Trabalho, nos termos do artigo 500 da CLT. Este dispositivo legal prevalece inclusive nas hipóteses de estabilidade provisória, com a finalidade de resguardar a aplicação da legislação trabalhista e os direitos da trabalhadora. Assim, é dispensável a prova de coação e vício de consentimento do referido ato, mesmo que firmado de próprio punho pela obreira, porquanto imprescindível a assistência legal, garantindo-se à empre-gada a plena ciência das consequências do ato. Logo, o pedido de demissão formulado é nulo de pleno direito, nos termos dos artigos 9º e 500, da CLT c/c artigos 104, inciso III , e 166, inciso IV, do CCB , aplicáveis à espécie por força do artigo 8º Consolidado. (TRT-3ª Região - RO 485/2010- -136-03-00.3 - Relª Desª Deoclécia Amorelli Dias - DJ-e 14.09.2010, pág. 121)

Doença equiparada a acidente do trabalho - Direito à estabilidade provisória - Pedido de demissão - Renúncia - Validade - O pedido de demissão de empregador detentor da estabilidade acidentária, por implicar em renúncia do direito à estabilidade provisória (art. 118 da Lei 8.213/91) só é válida mediante assistência do sindicato da categoria, sobretudo quando se tratar de empregado com mais de um ano de casa. Aplicação do disposto nos art. 477, § 1º, e 500, ambos da CLT. No caso dos autos, ficou demons-trado não ter sido o reclamante assistido pelo sindicato da categoria no momento em que subscreveu o pedido de demissão, comprovando-se também que após formalizar tal pedido o reclamante enviou telegrama à reclamada comunicando sua retratação ao seu pedido de desliga-mento. Neste contexto, não se pode validar o pedido de demissão, tornando devida a indenização substitutiva da estabilidade acidentária. (TRT-3ª Região - RO 411/2009- -043-03-00.3 - Relª Juíza Conv. Maristela Iris S. Malheiros - DJ-e 17.03.2010, pág. 90)

Empregada gestante - Pedido de demissão renúncia à estabilidade provisória no emprego - À empregada grá-vida que se demite espontaneamente do emprego não há como assegurar a estabilidade provisória disciplinada no art. 10, II, “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (TRT-3ª Região - RO 492/2009-050-03-00.0 - Rel. Des. Marcus Moura Ferreira - DJ-e 18.12.2009, pág. 127)

Estabilidade provisória da gestante - Pedido de demissão - A estabilidade provisória da gestante somente protege a trabalhadora da dispensa arbitrária ou sem justa causa,

nos termos do art. 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT da Constituição da República . Tendo a autora pedido demis-são, não tem direito à referida estabilidade, tampouco à indenização decorrente do desrespeito ao referido disposi-tivo legal. (TRT-4ª Região - RO 0042500-55.2008.5.04.0781 - 5ª Turma - Rel. Juiz Conv. Clóvis Fernando Schuch Santos - DJ-e 20.08.2010)

Estabilidade provisória - Empregada gestante - Renúncia à estabilidade por pedido de demissão - Inexistência de prova de suposto vício de consentimento - Validade - A presunção de coação ou vício de consentimento que decorre da renúncia gratuita, pura e simples, da estabili-dade provisória, formalizada por pedido de demissão, não prescinde de prova para sua caracterização. Empregada que sustenta a nulidade do ato por intermédio do qual denuncia o contrato de trabalho ao argumento de titularizar estabilidade provisória de gestante, não tem em seu pro-veito presunção de vício de consentimento a macular o ato, o qual deve restar devidamente provado. (TRT-4ª Região - RO 0061900-90.2009.5.04.0661 - 10ª Turma - Rel. Des. Milton Varela Dutra - DJ-e 04.06.2010)

Estabilidade provisória - Acidente de trabalho - Transação - Pedido de demissão formulado pelo reclamante - Se o empregado, ciente da condição de detentor de estabili-dade em virtude de acidente de trabalho, propõe a sua rescisão contratual, mediante acordo que lhe assegura vantagens que não auferiria na hipótese de demissão a pedido (dentre elas 50% da indenização a que teria jus, nos termos do art. 118 da Lei nº 8.213/1991), dúvida não há acerca da sua intenção de transacionar o direito que lhe foi conferido de permanecer no emprego. Saliente-se que, na presente hipótese, não restou demonstrado qualquer vício de consentimento capaz de invalidar a transação, sendo certo, ainda, que houve participação do sindicato no ato da rescisão contratual. Recurso a que se nega provimento. (TST - RR 691.535/2000.6 - 1ª Turma - Rel. Min. Lelio Bentes Corrêa - DJU 02.09.2005)

Estabilidade provisória - Extinção do contrato por iniciativa do empregado - O art. 118 da Lei nº 8.213/91 garante o emprego do trabalhador acidentado por 12 meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário. Se neste pe-ríodo o vínculo de emprego se extinguiu por iniciativa do empregado, sem a comprovação de coação ou vício na manifestação de vontade, a iniciativa implica na renúncia tácita à estabilidade. (Acórdão unânime da 7ª Turma do TRT da 3ª Região - RO 7.912/02 - Relª Juíza Wilméia da Costa Benevides - DJ MG 22.08.2002, pág. 14)

Apesar do posicionamento adotado pelo Conselho Técnico IOB, tendo em vista a possibilidade de entendimento diverso, o empregador deverá acau-telar-se diante da ocorrência concreta da situação ora retratada, podendo, por medida preventiva, consultar o MTE ou, ainda, o sindicato da respectiva categoria profissional acerca da questão. Caberá à Justiça do Trabalho a decisão final caso a parte que se sinta prejudicada promova a competente ação.

N

Page 18: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-16 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a IOB Perguntas e Respostas

ElEIçõES/2014 - ImPlICaçõES TRaBalhISTaS

Empregado convocado para trabalhar nas eleições durante o gozo das férias

1) O empregado convocado para trabalhar nas eleições durante o gozo das férias tem direito às res-pectivas folgas compensatórias?

Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, art. 130, o empregado, desde que não tenha faltado injustificadamente ao serviço por mais de 5 dias no curso do período aquisitivo, tem direito a 30 dias de férias a cada 12 meses de vigência do contrato de trabalho. Lembramos, por oportuno, que a finalidade das férias é proporcionar o descanso e lazer ao empregado, com vistas a repor o desgaste sofrido ao longo do período trabalhado.

Portanto, se o empregado trabalhou nas eleições durante o gozo das férias, ele foi prejudicado, tendo em vista que lhe foi subtraído dias de seu descanso.

Dessa forma, e com base na Resolução TSE nº 22.747/2008, o empregado fará jus a folgas compen-satórias previstas na legislação eleitoral, cuja fruição deverá ser acordada entre as partes.

(CLT, art. 130; Resolução TSE nº 22.747/2008)

Empregado nomeado para trabalhar nas eleições - Direito à folga compensatória

2) O empregador tem a obrigação de conceder fol-ga ao empregado que foi convocado para trabalhar em processo eleitoral?

Sim. Reza o art. 98 da Lei nº 9.504/1997, a qual estabelece as normas a serem observadas para a realização das eleições, que os eleitores nomeados para compor as mesas receptoras ou as juntas elei-torais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo de salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.

O art. 232 da Resolução TSE nº 23.399/2013, no mesmo sentido, também estabelece que os eleitores

nomeados para compor as mesas receptoras de votos e justificativas, as Juntas Eleitorais, os convo-cados para atuarem como apoio logístico nos locais de votação e os demais requisitados para auxiliar nos trabalhos eleitorais, inclusive aqueles destinados a treinamento, preparação ou montagem de locais de votação, serão dispensados do serviço e terão direito à concessão de folga, mediante declaração expedida pelo juiz eleitoral ou pelo Tribunal Regional Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.

Dessa forma, tanto os empregados que atuarem nas seções eleitorais, compondo as mesas recepto-ras (presidente, mesário, secretário etc.), como os que forem convocados para apuração dos votos terão direito a essa ausência remunerada ao trabalho.

Tais ausências, portanto, não serão consideradas faltas ao trabalho, não trazendo, por consequência, quaisquer prejuízos ao empregado na contagem de férias, no repouso semanal remunerado ou no cálculo do 13º salário, entre outros direitos.

Cabe observar, ainda, que não poderão ser nomeados para compor mesas receptoras de votos e justificativas os menores de 18 anos.

(Lei nº 9.504/1997, art. 63, § 2º, e art. 98)

Feriado

3) O dia em que se realizarem eleições é conside-rado como feriado?

Sim. Será feriado nacional o dia em que se rea-lizarem eleições, conforme os arts. 28, 29 e 77 da Constituição Federal, combinados com o art. 380 do Código Eleitoral, instituído pela Lei nº 4.737/1965.

Folga compensatória - Momento de gozo

4) Em que momento serão gozados os dias de folga do trabalhador que foi convocado para trabalhar nas eleições?

Conforme disposto no art. 98 da Lei nº 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições, os eleitores

Page 19: IOB - Legislação Trabalhista - nº 27/2014 - 1ª Sem Julho · o País, no dia 05.10.2014 - primeiro domingo do mês (ano anterior ao término dos mandatos dos seus antecessores)

27-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

nomeados para compor as mesas receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.

Em relação ao período de gozo da referida folga (se imediatamente posterior ao trabalho ou não), não foi fixado pela legislação que tal folga deva ser

imediata ao trabalho eleitoral. Assim, caso não haja determinação expressa da Justiça Eleitoral (no ofício), recomendamos que o período de folga seja gozado imediatamente após as eleições. Contudo, se houver impossibilidade, o referido período deverá ser com-binado entre empregador e empregado, utilizando-se de bom senso e razoabilidade.