iob - icms/ipi - piauí - nº05/2016 - 5ª sem janeiro

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Nota fiscal de entrada - Hipóteses de emissão a ICMS - Isenção do imposto a ICMS - Transporte parcelado ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 05/2016 Piauí / a Federal IPI Base de cálculo - Inclusão do valor do frete 01 / a Estadual ICMS Base de cálculo 03 / a IOB Setorial Federal Empresarial - ICMS/ISS - Simples Nacional - Adoção de sublimites para 2016 07 / a IOB Comenta Exigência do ICMS na operação de consignação mercantil 08 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Ressarcimento de créditos fiscais - Processo judicial - Restrição 09 IPI/ICMS Sped - NF-e - Danfe - Emissão 09 ICMS/PI Diferencial de alíquotas - Construção civil - Mercadoria - Desvio da finalidade - Destinação à revenda 10 Drawback - Isenção - Requisitos 10

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IOB ICMS-IPI, Piaui,05-2016,5a Sem Janeiro

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Nota fiscal de entrada - Hipóteses de emissão

a ICMS - Isenção do imposto

a ICMS - Transporte parcelado

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 05/2016

Piauí

/a FederalIPIBase de cálculo - Inclusão do valor do frete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSBase de cálculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

/a IOB SetorialFederalEmpresarial - ICMS/ISS - Simples Nacional - Adoção de sublimites para 2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

/a IOB ComentaExigência do ICMS na operação de consignação mercantil . . . . . . . . 08

/a IOB Perguntas e RespostasIPIRessarcimento de créditos fiscais - Processo judicial - Restrição . . . . 09

IPI/ICMSSped - NF-e - Danfe - Emissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

ICMS/PIDiferencial de alíquotas - Construção civil - Mercadoria - Desvio da finalidade - Destinação à revenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Drawback - Isenção - Requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : base de cálculo : inclusão do valor.... -- 11. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2642-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

15-11337 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

05-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 PI

a Federal

IPI

Base de cálculo - Inclusão do valor do frete SUMÁRIO 1. Introdução 2. Valor tributável 3. Produtos isentos ou sujeitos a alíquotas diferenciadas 4. Exemplo

1. INTRODUÇÃO

Para efeito de apuração do valor tributável do IPI, devem ser incluídas na base de cálculo todas as despesas cobradas ou debitadas ao destinatário.

Examinaremos, neste texto, os aspec-tos fiscais da inclusão do valor do frete, como despesa acessória, na base de cálculo desse tributo, com fundamento no Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)

2. VALOR TRIBUTÁVEL

Constitui valor tributável dos produtos nacionais o total da operação de que decorrer a saída do estabe-lecimento industrial ou equiparado a industrial.

Note-se que o valor da operação compreende o preço do produto acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.

(RIPI/2010, art. 190, caput, II, § 1º)

2.1 Transporte realizado por empresa coligada, controladora, controlada ou interligada

Para efeito da base de cálculo do IPI, será consi-derado como cobrado ou debitado pelo contribuinte

ao comprador ou destinatário o valor do frete quando o transporte for realizado ou cobrado por empresa coligada, controladora, controlada ou interligada do estabelecimento contribuinte ou por empresa com a qual este mantenha relação de interdependência, ainda que o frete seja subcontratado.

Notas

(1) São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influên-cia significativa (Lei nº 6.404/1976, art. 243, § 1º).

(2) Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle co-mum, que (Lei nº 6.404/1976, art. 116):

a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo perma-nente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e

b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.

(3) Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de

outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, pre-ponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (Lei nº 6.404/1976, art. 243, § 2º).

(4) Consideram-se interligadas as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo só-

cio ou acionista (Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, § 2º, “b”).

(5) Duas firmas são consideradas interdependentes quando (RIPI/2010, art. 612):

a) uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física;

b) de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;

c) uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação, ex-ceto a venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador;

d) uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente, de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto, exceto a venda de matérias-primas e pro-dutos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador; ou

Constitui valor tributável dos produtos

nacionais o total da operação de que decorrer a

saída do estabelecimento industrial ou equiparado a

industrial

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-02 PI Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

e) uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado.

(RIPI/2010, arts. 190, § 2º, e 612; Lei nº 6.404/1976, arts. 116 e 243, §§ 1º e 2º; Decreto-lei nº 1.950/1982)

3. PRODUTOS ISENTOS OU SUJEITOS A ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS

As despesas de transporte cobradas ou debita-das ao destinatário (incluídas na base de cálculo do IPI), quando relativas a produtos sujeitos a diversas alíquotas ou beneficiados com isenção, deverão ser rateadas proporcionalmente ao peso de cada produto.

Cabe observar que o rateio somente deverá ser realizado quando não for possível determinar o valor efetivo do transporte atribuído a cada produto.

(Instrução Normativa SRF nº 87/1989, item 3)

4. EXEMPLO

Suponhamos que a empresa “A” tenha vendido à empresa “B” produtos sujeitos às alíquotas de 0%, 10% e 15% e que tenha cobrado do adquirente o valor correspondente a despesas de transporte.

Apenas para ilustrar, admitamos, ainda, que não tenha sido possível determinar o valor do frete corres-pondente a cada produto.

Assim, para efeito de cálculo, tomaremos por base os valores e os pesos mencionados no quadro a seguir. Veja que os dados são fictícios e servem apenas como exemplo.

Valor a) da operação R$ 47.600,00 b) dos produtos sujeitos à alíquota de 0% R$ 12.100,00 c) dos produtos sujeitos à alíquota de 10% R$ 23.800,00 d) dos produtos sujeitos à alíquota de 15% R$ 11.700,00 e) do frete cobrado R$ 11.200,00

Peso a) do total dos produtos 64.000 kg b) dos produtos sujeitos à alíquota de 0% 12.000 kg c) dos produtos sujeitos à alíquota de 10% 20.000 kg d) dos produtos sujeitos à alíquota de 15% 32.000 kg

Com base nos valores e nos pesos mencionados nos quadros anteriores, o contribuinte procederá ao cálculo do percentual correspondente à participação de cada produto na composição do frete cobrado do adquirente.

Para tanto, deverá multiplicar o peso da merca-doria (individualmente) por 100 e dividir o resultado alcançado pelo peso total.

Para facilitar, poderá ser aplicada a seguinte fórmula:

Peso da mercadoria tributadaà alíquota de ...% x 100

= % da composição do fretepeso total das mercadorias

Aplicada essa fórmula, teremos o seguinte quadro:

a) produtos tributados à alíquota de 0%: 12.000 x 100

= 18,75%64.000

b) produtos tributados à alíquota de 10%:20.000 x 100

= 31,25%64.000

c) produtos tributados à alíquota de 15%: 32.000 x 100

= 50,00%64.000

Depois de obtidos os percentuais corresponden-tes à participação de cada produto na composição do frete, efetua-se o cálculo, em real, do valor do frete relativo a cada um dos produtos, tal como ilustrado a seguir.

a) produtos tributados à alíquota de 0%: R$ 11.200,00 x 18,75% = R$ 2.100,00b) produtos tributados à alíquota de 10%: R$ 11.200,00 x 31,25% = R$ 3.500,00c) produtos tributados à alíquota de 15%: R$ 11.200,00 x 50,00% = R$ 5.600,00

Assim, depois dos cálculos preliminares, deverá ser efetuada a apuração do valor do IPI com o valor do frete incluso, em relação a cada um dos produtos, o que, no nosso exemplo, resulta nos valores mencio-nados no quadro a seguir.

a) produtos tributados à alíquota de 10%a.1) valor das mercadorias R$ 23.800,00a.2) valor do frete (proporcional) R$ 3.500,00a.3) base de cálculo do IPI (a.1 + a.2) R$ 27.300,00a.4) IPI devido (a.3 x 10%) R$ 2.730,00b) produtos tributados à alíquota de 15%b.1) valor dos produtos R$ 11.700,00b.2) valor do frete (proporcional) R$ 5.600,00b.3) base de cálculo do IPI (b.1 + b.2) R$ 17.300,00b.4) IPI devido (b.3 x 15%) R$ 2.595,00

Nota

Tendo em vista que o IPI incide sobre o valor da mercadoria acrescido do valor do frete cobrado do destinatário, no caso dos produtos tributados à alíquota zero não haverá valor a ser recolhido sobre o frete. Vale assinalar que os cálculos efetuados com esses produtos (no exemplo) servem apenas para a apuração proporcional relativamente aos produtos tributados.

N

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 PI

ICMS

Base de cálculo SUMÁRIO 1. Introdução 2. Inclusão do valor do ICMS na sua própria base de

cálculo 3. Base de cálculo efetiva 4. Transferência da mercadoria de um estabelecimento

para outro do mesmo titular 5. Valores que integram a base de cálculo do ICMS 6. Reajuste de preço depois da remessa nas operações

ou prestações interestaduais 7. Mercadoria adquirida para industrialização ou

comercialização e posteriormente destinada a uso ou consumo

8. Substituição tributária 9. Base de cálculo estimada 10. Base de cálculo reajustável 11. Base de cálculo arbitrada 12. Base de cálculo reduzida 13. Diferencial de alíquota 14. Jurisprudência

1. INTRODUÇÃO

A base de cálculo de um tributo é a grandeza eco-nômica ou numérica sobre a qual se aplica a alíquota para obter o quantum a pagar. A base de cálculo tem de ser uma circunstância inerente ao fato gerador, de modo a afigurar-se como sua verdadeira e autêntica expressão econômica.

Assim sendo, a base de cálculo dos tributos é fundamental para o atendimento do princípio consti-tucional da capacidade contributiva, principalmente no caso do ICMS, que é um imposto indireto e regido pelo princípio da não cumulatividade.

Neste texto, vamos analisar as disposições legais relativas à base de cálculo do ICMS previstas na legis-lação tributária vigente no Estado do Piauí.

2. INCLUSÃO DO VALOR DO ICMS NA SUA PRÓPRIA BASE DE CÁLCULO

Esse mecanismo é oriundo do antigo Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICM), segundo o qual o montante do imposto integra a própria base de cálculo, constituindo seu destaque na nota fiscal mera indicação para fins de controle. Isso resultou no que se convencionou chamar de “cálculo por dentro”. Tal

sistemática prevaleceu por ocasião do surgimento do atual ICMS.

Para elucidação do exposto neste item, elabora-mos o seguinte cálculo:

a) valor da mercadoria sem o ICMS incluso = R$ 200,00;

b) valor total da nota fiscal com o ICMS incluso: (R$ 200,00 / 0,83) = R$ 240,96;

c) base de cálculo do ICMS = R$ 240,96;

d) destaque do ICMS na nota fiscal = R$ 40,96.

(RICMS-PI/2008, art. 22, § 6º, I)

3. BASE DE CÁLCULO EFETIVA

De acordo com a legislação tributária do Estado do Piauí, deverão ser considerados os seguintes valo-res para fins de base de cálculo do imposto:

a) o valor da operação:

a.1) na saída de mercadoria de estabeleci-mento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;

a.2) na transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém-geral ou em de-pósito fechado deste Estado;

a.3) na transmissão de propriedade de mer-cadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

b) o valor da operação de que decorrer a entra-da, neste Estado, de energia elétrica, petróleo, lubrificantes e combustíveis líquidos e gaso-sos dele derivados, oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização;

c) na falta do valor a que se referem as letras “a” e “b” anteriores, a base de cálculo será:

c.1) o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do lo-cal da operação ou, na sua falta, no mer-cado atacadista regional, se o remetente for produtor, extrator ou gerador, inclusi-ve de energia;

c.2) o preço FOB estabelecimento industrial à vista, se o remetente for industrial;

a Estadual

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-04 PI Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

c.3) o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda a outros comerciantes ou industriais, se o remetente for comer-ciante;

Nota

Para a aplicação do disposto nas letras “c.2” e “c.3”, será adotado, sucessivamente, o seguinte critério:

a) o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente;

b) se o remetente não tiver efetuado a venda da mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regio-nal.

Na hipótese da letra “c.3”, se o estabelecimento remetente não efetuar vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75% do pre-ço de venda corrente no varejo.

d) o valor total da operação, compreendendo mercadoria e serviço, no fornecimento de ali-mentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento;

e) o preço do serviço na prestação de transporte interestadual e intermunicipal e de comunica-ção, inclusive radiochamadas. Entre os servi-ços de comunicação, estão incluídos:

e.1) o acesso;

e.2) a adesão;

e.3) a atividade;

e.4) a habilitação;

e.5) a disponibilidade;

e.6) a assinatura;

e.7) a utilização dos serviços, incluídos os su-plementares e as facilidades adicionais que otimizem ou agilizem o processo de comunicação, independentemente da denominação que lhes seja dada;

f) o valor corrente do serviço no local da presta-ção, quando o preço desta não for determina-do;

g) o valor da operação, no fornecimento de mer-cadoria com prestação de serviços não com-preendidos na competência tributária dos mu-nicípios;

h) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada com prestação de serviços com-preendidos na competência tributária dos municípios e com indicação expressa de inci-dência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável;

i) a soma das seguintes parcelas, no desemba-raço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior:

i.1) valor da mercadoria ou do bem constan-te dos documentos de importação;

i.2) valor do Imposto de Importação (II);

i.3) valor do Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI);

i.4) valor do Imposto sobre Operações Finan-ceiras (IOF);

i.5) valor de quaisquer outros impostos, ta-xas, contribuições e despesas aduanei-ras;

Nota

Quando da operação de importação, o contribuinte deverá observar ainda os seguintes critérios:

a) o preço de importação expresso em moeda estrangeira será con-vertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do II, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior, se houver variação da taxa cambial até o pagamento efetivo do preço;

b) o valor fixado pela autoridade aduaneira para a base de cálculo do II, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado. Para os fins previstos na letra “i.1”, entende-se como quaisquer despesas aduaneiras aquelas efetivamente pagas ou devidas no desembara-ço da mercadoria, tais como diferenças de peso, classificação fiscal, multas por infrações, Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, adicional de tarifa portuária, armazenagem, capatazia, estiva, arqueação, despachante e outras necessárias e compulsó-rias cobradas do adquirente ou a ele debitadas pelas repartições al-fandegárias na atividade de controle e desembaraço da mercadoria.

Na hipótese de não inclusão de quaisquer dessas despesas, na base de cálculo do ICMS devido pela importação, o contribuinte deverá proceder à apuração e ao recolhimento do imposto, até o prazo previsto, para o paga-mento normal, com base no RICMS-PI/2008, art. 108.

j) o valor da prestação do serviço acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização, no recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;

k) o valor da operação, acrescido dos valores do II, IPI e de todas as despesas cobradas ou de-bitadas ao adquirente, nas aquisições em lici-tação pública de mercadorias importadas do exterior e apreendidas;

l) o valor da operação ou da prestação sobre o qual foi cobrado o imposto no Estado de ori-gem;

Nota

Na hipótese da letra “l”, o imposto a pagar será o resultante da aplica-ção do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interes-tadual, devido à entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria oriunda de outro Estado, destinada a consumo ou Ativo Permanente, ou de serviço cuja prestação tenha se iniciado em outro Estado e não esteja vincu-lada à operação ou prestação subsequente.

m) o valor constante do documento fiscal de ori-gem, incluídos o IPI e as despesas acessó-rias, acrescido do valor calculado com base em percentual fixado no RICMS-PI/2008, arts. 1.291, § 1º, e 1.304, na entrada de mercadoria neste Estado, sem destinatário certo;

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 PI

n) o valor fixado em ato normativo pela Secreta-ria da Fazenda ou o valor atribuído pela auto-ridade fiscal, na entrada de mercadoria neste Estado, sem documentação fiscal ou com do-cumentação inidônea;

o) o valor de mercado, relativamente às merca-dorias encontradas em estabelecimento não inscrito no Cadastro de Contribuintes do Esta-do do Piauí (Cagep);

p) o preço corrente de venda em relação ao es-toque final, na hipótese de encerramento da atividade do contribuinte;

q) o valor total cobrado do proprietário, incluído o das mercadorias e do serviço, salvo se com-preendido na competência tributária do muni-cípio, na hipótese de devolução de mercado-ria recebida de terceiro para efeito de indus-trialização;

r) o valor da operação de venda do bem arren-dado ao arrendatário, nunca inferior ao preço de mercado, na hipótese de arrendamento mercantil, observada a redução de base de cálculo nas operações de saída de bens e veí-culos usados de que trata o RICMS-PI/2008, art. 44, III e IV;

s) o valor total da operação, compreendido o montante das contraprestações pagas duran-te a vigência do arrendamento, acrescido da parcela paga a título de preço de aquisição sem prejuízo dos acréscimos legais, na hipó-tese de aquisição pela arrendatária, de bens arrendados em desacordo com as disposi-ções contidas no RICMS-PI/2008, art. 4º, IV, e arts. 848 a 855.

Nota

O art. 4º, IV, do RICMS-PI/2008 trata da não incidência do ICMS nas operações com arrendamento mercantil, e os arts. 844 a 855 do mencionado Regulamento estabelecem os requisitos necessários para a desoneração do ICMS nessas operações.

(RICMS-PI/2008, art. 22, I a XIX, §§ 2º a 6º e 10 a 13)

3.1 Devolução

No caso de devolução de mercadoria, será utilizada a mesma base de cálculo constante do documento que acobertar a operação anterior de recebimento da mercadoria ou bem, inclusive em transferência, na operação interestadual de devolu-ção, total ou parcial.

(RICMS-PI/2008, art. 22, XX)

4. TRANSFERÊNCIA DA MERCADORIA DE UM ESTABELECIMENTO PARA OUTRO DO MESMO TITULAR

Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado neste ou em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto será:

a) o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;

b) o custo da mercadoria produzida, assim en-tendido como a soma do custo de matéria-pri-ma, material secundário, mão de obra e acon-dicionamento;

c) tratando-se de mercadorias não industrializa-das, o seu preço corrente no mercado ataca-dista do estabelecimento remetente.

(RICMS-PI/2008, art. 22, § 1º)

5. VALORES QUE INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO ICMS

Além do próprio imposto, como já vimos no item 2, integram a base de cálculo do ICMS:

a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição;

b) frete, se o transporte for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e for co-brado separadamente.

Não integra a base de cálculo do imposto o montante do IPI quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.

(RICMS-PI/2008, art. 22, §§ 6º e 7º)

6. REAJUSTE DE PREÇO DEPOIS DA REMESSA NAS OPERAÇÕES OU PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS

Nas operações e prestações interestaduais entre estabelecimentos de contribuintes diferentes, se houver reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a diferença ficará sujeita ao imposto no estabelecimento do remetente ou do prestador.

(RICMS-PI/2008, art. 22, § 8º)

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-06 PI Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

7. MERCADORIA ADQUIRIDA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO E POSTERIORMENTE DESTINADA A USO OU CONSUMOQuando a mercadoria oriunda de outro Estado

entrar no estabelecimento para fins de industrialização ou comercialização e depois se destinar a consumo ou ao Ativo Fixo do estabelecimento, será acrescen-tado, na base de cálculo, o valor do IPI cobrado na operação de que decorreu a entrada.

(RICMS-PI/2008, art. 22, § 9º)

8. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIAA base de cálculo para fins de substituição tributária,

sob a forma de retenção ou antecipação do imposto e para exigência deste em ação fiscal, atenderá ao dis-posto no RICMS-PI/2008, arts. 1.148 e 1.149.

(RICMS-PI/2008, art. 23)

9. BASE DE CÁLCULO ESTIMADAPara atender o interesse da Fazenda Pública devida-

mente justificado, o Poder Executivo poderá determinar, por decreto, que o imposto seja calculado por estimativa, relativamente a contribuinte cujo volume ou modalidade de negócio aconselhe tratamento fiscal mais simplifi-cado, garantida, ao final do período, a complementação ou a restituição, em forma de crédito fiscal, em relação, respectivamente, às quantias com insuficiência ou em excesso, conforme dispuser a legislação tributária.

(RICMS-PI/2008, art. 26)

10. BASE DE CÁLCULO REAJUSTÁVELNa saída de mercadoria e prestação de serviço

que apresentar preço incompatível com os pratica-dos no mercado, a base de cálculo não será inferior ao preço fixado em ato normativo expedido pela Secretaria da Fazenda, ressalvada ao contribuinte a comprovação da exatidão do valor por ele indicado.

(RICMS-PI/2008, art. 32)

11. BASE DE CÁLCULO ARBITRADAO valor das operações e prestações poderá ser

arbitrado pelo Auditor Fiscal da Fazenda Estadual (Affe), sem prejuízo das penalidades cabíveis, nos seguintes casos especiais:

a) não exibição ao Fisco, dentro do prazo de notifi-cação, dos elementos comprobatórios do valor real da operação ou prestação, ou exibição in-completa dos elementos exigidos pelos agen-tes do Fisco, inclusive nos casos de perda ou inutilização dos livros ou documentos fiscais;

b) falta de apresentação dos livros fiscais e con-tábeis, ou apresentação de livros e documen-tos escriturados ou preenchidos em desacor-do com as normas regulamentares, quando da infração resultar a inexequibilidade do levanta-mento fiscal pretendido;

c) fundada suspeita de que os documentos não re-fletem, em relação à operação ou à prestação:c.1) o valor real;c.2) a natureza; ouc.3) a situação tributária da mercadoria;

d) declaração, nos documentos fiscais, sem motivo justificado, de valores notoriamente inferiores ao preço corrente das mercadorias ou dos serviços;

e) transporte ou estocagem de mercadorias de-sacompanhadas de documentos fiscais, sen-do estes inidôneos;

f) prestação de serviço de transporte desacom-panhado de documentação fiscal;

g) utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal em desacordo com o disposto na legis-lação tributária.

(RICMS-PI/2008, art. 37)

12. BASE DE CÁLCULO REDUZIDAAs operações e as prestações beneficiadas com

a redução da base de cálculo do ICMS encontram-se relacionadas no RICMS-PI/2008, art. 44, cujo tema será analisado em edição futura.

(RICMS-PI/2008, art. 44)

13. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAA base de cálculo do ICMS é o valor da operação

ou da prestação sobre o qual foi cobrado o imposto no Estado de origem, na entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outro Estado, destinada a consumo ou ativo não circulante, ou de serviço, cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado, não estando vinculado a operação ou presta-ção subsequente, devendo o montante do ICMS rela-tivo à diferença de alíquotas integrar a base de cálculo.

(Lei nº 4.257/1989, art. 24, XII)

14. JURISPRUDÊNCIADe acordo com a Súmula nº 457, de 25.08.2010

(DJE de 08.09.2010), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS.

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 PI

FEDERAL

Empresarial - ICMS/ISS - Simples Nacional - Adoção de sublimites para 2016

Para efeito de recolhimento do ICMS pelo regime do “Simples Nacional”, em seus respectivos territórios, os Estados e o Distrito Federal poderão optar pela apli-cação dos valores de receita bruta anual, de acordo com a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita bruta para essa finalidade.

A opção produzirá efeitos a partir do ano-calen-dário subsequente, salvo deliberação do Conselho Gestor do Simples Nacional (CGSN).

A mencionada opção implica adoção do mesmo sublimite de receita bruta, para fins de recolhimento do ISS dos municípios localizados nas respectivas Unidades da Federação, assim como do ISS devido no Distrito Federal.

As Unidades da Federação que adotaram subli-mites de receita bruta deveriam ter se manifestado mediante decreto do Poder Executivo, até o último dia útil do mês de outubro, e notificado a opção ao CGSN até o último dia útil do mês de novembro.

A Resolução CGSN nº 124/2015 divulgou a rela-ção de Estados que adotaram os sublimites de receita bruta para 2016.

1. SUBLIMITES PARA 2016

Para os sublimites de receita bruta, são adotadas as seguintes regras:

a) os Estados cuja participação no PIB brasileiro seja de até 1% poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual de até 35, 50 ou 70% do valor correspondente a R$ 3.600.000,00;

b) os Estados cuja participação no PIB seja de mais de 1% e de menos de 5% poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual de até 50 ou 70% do valor correspondente a R$ 3.600.000,00.

2. SUBLIMITE DE ATÉ R$ 1.800.000,00

Os Estados que tiverem até 1% ou mais de 1% e menos de 5% de participação no PIB poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das fai-xas de receita bruta anual de até 50% do limite previsto no inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006 (50% x R$ 3.600.000,00 = R$ 1.800.000,00).

A seguir, são relacionados os Estados que optaram por esse sublimite para 2016 com as suas respectivas legislações sobre o assunto.

ESTADO FUNDAMENTO LEGALAcre Decreto nº 3.602/2015 - DOE AC de 29.10.2015

Amapá Decreto nº 5.002/2015 - DOE AP de 21.10.2015Rondônia Decreto nº 19.957/2015 - DOE RO de 22.07.2015Roraima Decreto nº 19.791-E/2015 - DOE RR de 21.10.2015

3. SUBLIMITE DE ATÉ R$ 2.520.000,00

Os Estados que tiverem até 1% ou mais de 1% e menos de 5% de participação no PIB poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das fai-xas de receita bruta anual de até 70% do limite previsto no inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006 (70% x R$ 3.600.000,00 = R$ 2.520.000,00).

A seguir, são relacionados os Estados que optaram por esse sublimite para 2016, com as suas respectivas legislações sobre o assunto.

ESTADO FUNDAMENTO LEGALMaranhão Decreto nº 31.260/2015 - DOE MA de 29.10.2015

Mato Grosso Decreto nº 310/2015 - DOE MT de 28.10.2015Mato Grosso

do Sul Decreto nº 14.292/2015 - DOE MS de 29.10.2015

Pará Decreto nº 1.422/2015 - DOE PA de 26.10.2015Piauí Decreto nº 16.290/2015 - DOE PI de 16.11.2015

Tocantins Decreto nº 5.330/2015 - DOE TO de 27.10.2015

4. PARTICIPAÇÃO NO PIB ACIMA DE 5%

Os Estados que tiverem participação no PIB acima de 5% ficam obrigados à adoção de todas as faixas de receita bruta anual.

Nos demais Estados não relacionados nos qua-dros anteriormente reproduzidos e no Distrito Federal, serão adotadas em 2015 todas as faixas de receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 19, caput, §§ 2º e 3º; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 9º, 10 e 11; Resolução CGSN nº 124/2015)

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a IOB Setorial

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-08 PI Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

Exigência do ICMS na operação de consignação mercantil

O ICMS incide sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte de natureza interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Ocorre o fato gerador do imposto, dentre outras hipóteses, no momento da saída, a qualquer título, de mercadoria, do estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro do mesmo titular. A caracteriza-ção do fato gerador independe da natureza jurídica da operação ou da prestação que o constitua.

Perante a legislação do ICMS, contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que rea-lize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações relativas à circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

E, para efeito do cumprimento das exigências previstas na legislação tributária estadual, ficou definido que estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas, físicas ou jurídicas, exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontram armazenadas as mercadorias ou os bens.

Com base nas sobreditas premissas, o legislador estadual inclui entre as operações sujeitas à inci-dência do ICMS as saídas de mercadorias a título de consignação mercantil.

A legislação regulamentar do ICMS do Piauí dis-põe sobre os procedimentos fiscais aplicáveis à ope-ração de consignação mercantil, mas não estabelece o conceito desta operação.

Entende-se a consignação mercantil como um contrato pelo qual o comerciante recebe mercadoria com a finalidade de vendê-la por conta própria e em seu próprio nome, pelo valor que obtiver, prestando ao consignante o preço combinado entre ambos.

Na operação de consignação mercantil, dentre outros procedimentos fiscais, destaca-se que o

consignante efetua a remessa da mercadoria para o consignatário mediante emissão de nota fiscal, com destaque do ICMS, quando devido. Da mesma sorte, é a operação efetuada pelo consignatário quando da venda da mercadoria ao adquirente, ou seja, no documento fiscal emitido na hipótese, deverá ser lançado ICMS, quando devido, observado ainda o princípio da não cumulatividade, que permite ao consignatário creditar-se do imposto destacado na nota fiscal emitida pelo consignante por ocasião da remessa.

Em que pese o enquadramento da consignação mercantil entre as operações regidas pela legislação estadual do ICMS, destaca-se que o Superior Tribunal de Justiça (STF) posicionou no sentido de que, neste caso, não há circulação de bens, nem a mudança de proprietário. Não há circulação jurídica que pressupõe efetivo ato de mercancia.

Transcrevemos a ementa de acórdão proferido pelo referido órgão do Poder Judiciário, cuja decisão afastou a incidência do ICMS e enquadrou a operação de consignação mercantil no subitem 10.5 da Lei Complementar nº 116/2003, consistente no agencia-mento, corretagem, intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsa de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios.

Alertamos que a decisão proferida no recurso especial a seguir exposto produz efeitos entre os litigantes. As disposições legais previstas na legisla-ção estadual piauiense que tratam da consignação mercantil estão em vigor, produzem seus efeitos regu-larmente e devem ser observadas pelo contribuinte.

EMENTA

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. ICMS. OPERAÇÃO DEVENDA PELA AGÊNCIA DE AUTOMÓVEIS DE VEÍCULO USADO CONSIGNADO PELO PROPRIETÁRIO. NÃO INCI-DÊNCIA.

1. Recurso especial pelo qual se discute se a operação de venda promovida por agência de automóveis de veículo usado consignado pelo proprietário está sujeita, ou não, à incidência de ICMS a ser pago pelo estabelecimento comercial.

a IOB Comenta

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 PI

2. Constatado que a Corte a quo empregou fundamenta-ção suficiente para dirimir a controvérsia, é de se afastar a alegada violação do art. 535 do CPC.

3. A Primeira Seção, ao julgar o REsp 1.125.133/SP, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 10/9/2010, submetido ao rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), decidiu que “a circulação de mercadorias versada no dispositivo constitucional [art. 155, II] refere-se à circulação jurídica, que pressupõe efe-tivo ato de mercancia, para o qual concorrem a finalidade de obtenção de lucro e a transferência de titularidade”, que “pressupõe a transferência (de uma pessoa para outra) da posse ou da propriedade da mercadoria [...] (Roque Anto-nio Carrazza, in ICMS, 10ª ed., Ed. Malheiros, p. 36/37)”.

4. Ponderado esse entendimento jurisprudencial, constata--se que a mera consignação do veículo cuja venda deverá ser promovida por agência de automóveis não representa circulação jurídica da mercadoria, porquanto não induz à transferência da propriedade ou da posse da coisa, ine-xistindo, dessa forma, troca de titularidade a ensejar o fato gerador do ICMS. Nesse negócio, não há transferência de propriedade (domínio) à agência de automóveis, pois, con-forme assentado pelo acórdão recorrido, ela não adquire o veículo de seu proprietário, mas, apenas, intermedeia a venda da coisa a ser adquirida diretamente pelo compra-dor. De igual maneira, não há transferência de posse, haja vista que a agência de automóveis não exerce nenhum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.228 do Código Civil). Isso porque a consignação do veículo não pressupõe autorização do proprietário para a agência usar ou gozar

da coisa, nem tampouco a agência pode dispor sobre o destino da mercadoria (doação, locação, destruição, des-montagem, v.g.), mas, apenas, promover a sua venda em conformidade com as condições prévias estabelecidas pelo proprietário. Em verdade, a consignação do veículo significa mera detenção precária da mercadoria para fins de exibição, facilitando, dessa forma, a consecução do serviço de intermediação contratado.

5. Recurso especial não provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Sérgio Kukina, Ari Pargendler, Arnaldo Esteves Lima e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.

Brasília (DF), 26 de fevereiro de 2013 (Data do Julgamento)

MINISTRO BENEDITO GONÇALVES

Relator

(RICMS-PI/2008, arts. 1º, 2º, 171 e 963 a 967; Acórdão do REsp nº 1321681)

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a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Ressarcimento de créditos fiscais - Processo judicial - Restrição

1) O contribuinte com processo judicial pode solici-tar ressarcimento de créditos do IPI?

É vedado o ressarcimento a estabelecimento per-tencente a pessoa jurídica com processo judicial ou com processo administrativo-fiscal de determinação e exigência de crédito do IPI cuja decisão definitiva, judicial ou administrativa, possa alterar o valor a ser ressarcido.

Ao requerer o ressarcimento, o representante legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da lei, de que a pessoa jurídica não se encontra na situação em apreço.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 25)

IPI/ICMS

Sped - NF-e - Danfe - Emissão

2) Qual é a quantidade de vias do Documento Au-xiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) exigida para acompanhar o trânsito de mercadorias?

O contribuinte deverá emitir o Danfe em uma única via, salvo quando houver disposição expressa em outro sentido.

Quando a legislação tributária exigir a utilização de vias adicionais ou previr utilização específica para as vias das notas fiscais, o contribuinte que utilizar NF-e deverá emitir o Danfe com o número de cópias exigidas.

(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusula nona; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2015; Manual de Orientação do Contribuinte, versão 6.0, item 7)

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-10 PI Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

ICMS/PI

Diferencial de alíquotas - Construção civil - Mercadoria - Desvio da finalidade - Destinação à

revenda

3) Qual é o procedimento aplicado caso ocorra desvio da finalidade, com destinação à revenda, na operação de aquisição de bens destinados à aplicação em obra pela empresa de construção civil?

Caso as mercadorias ou os bens adquiridos para emprego em obras sejam desviados de sua finalidade e destinados à revenda, será exigido o pagamento do ICMS calculado pela aplicação dos seguintes multipli-cadores diretos:

a) 10,10%, relativamente às mercadorias oriun-das das Regiões Norte, Nordeste e Centro--Oeste, inclusive o Estado do Espírito Santo;

b) 15,10%, relativamente às mercadorias oriun-das das Regiões Sul e Sudeste, exceto o Esta-do do Espírito Santo.

(RICMS-PI/2008, art. 793, § 2º)

Drawback - Isenção - Requisitos

4) Quais os requisitos para a isenção do ICMS nas importações sob o regime de drawback?

Para a isenção do ICMS nas entradas, no estabe-lecimento importador, de mercadorias importadas sob o regime de drawback, deve ser observado que:

a) elas sejam beneficiadas com a suspensão dos impostos federais: Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados;

b) delas resultem produtos industrializados, in-clusive semielaborados, para exportação;

c) o benefício fique condicionado à efetiva expor-tação, pelo importador, do produto resultante da industrialização da mercadoria importada, comprovada mediante a entrega, à repartição

a que estiver vinculado, de cópia da Declara-ção de Despacho de Exportação (DDE), devi-damente averbada com o respectivo embar-que para o exterior, até 45 dias após o término do prazo de validade do ato concessório do regime, na inexistência deste, de documento equivalente expedido pelas autoridades com-petentes;

d) o importador deva entregar, na repartição fis-cal da sua jurisdição, até 30 dias após a libera-ção das mercadorias importadas, pela reparti-ção federal competente, cópia da Declaração de Importação, da correspondente nota fiscal de entrada e do ato concessório do regime ou, na inexistência deste, de documento equiva-lente, em qualquer caso, Diário Oficial com a expressa indicação do bem a ser exportado, devendo ainda o importador proceder à en-trega de cópias dos seguintes documentos, no prazo de 30 dias, contados da respectiva emissão:

d.1) ato concessório aditivo, emitido em de-corrência da prorrogação do prazo de validade originalmente estipulado;

d.2) novo ato concessório, resultante da trans-ferência dos saldos de insumos importa-dos ao abrigo de ato concessório original e ainda não aplicados em mercadorias exportadas;

e) nas operações que resultem em saídas, inclu-sive com a finalidade de exportação, de pro-dutos resultantes da industrialização de ma-téria-prima ou insumos importados com esta isenção, tal circunstância deverá ser informa-da na respectiva nota fiscal, consignando-se, também, o número do correspondente ato concessório do regime de drawback.

(RICMS-PI/2008, art. 1.409)