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IV ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 1 de 5 INVESTIGANDO OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS SOBRE DROGAS PARA CONSTRUIR UMA PROPOSTA DE PREVENÇÃO NA ESCOLA Mariel Hidalgo Flores [email protected] Mestranda em Educação em Ciências e Matemática/PUCRS Colégio Estadual Júlio de Castilhos – Porto Alegre/RS Regina Maria Rabello Borges [email protected] Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática/PUCRS Resumo Este artigo apresenta alguns resultados de uma dissertação em desenvolvimento no Mestrado em Educação em Ciências e Matemática na PUCRS: “Mente Brilhante - uma proposta de prevenção às drogas na escola”. Focaliza resultados da análise de depoimentos e entrevistas com alunos do 3 o . ano do ensino médio de uma Escola Estadual, no ano de 2002, em Porto Alegre, que está servindo como subsídio à construção de uma proposta interdisciplinar de prevenção às drogas na escola. O texto apresenta idéias emergentes das respostas ao seguinte questionamento: “Em sua opinião, quais os prejuízos físicos, psicológicos e sociais causados pelo uso de drogas lícitas e/ou ilícitas?” A partir desses depoimentos, estão sendo elaboradas e desenvolvidas algumas atividades nas turmas entrevistadas, com o objetivo de contribuir para conscientização a respeito dos efeitos biopsicossociais prejudiciais das drogas, visando prevenir o uso desses produtos. Palavras-chave: Drogas; Prejuízos Biopsicossociais; Prevenção; Saúde. Introdução A saúde, bem estar físico, psicológico e social do ser humano, relaciona-se à integração dos vários sistemas orgânicos. Para isso o cérebro é fundamental, sendo responsável pela funcionalidade de todo o complexo fisiológico do organismo. Contudo, ao fazer uso de substâncias psicoativas que provocam alterações neurofisiológicas, há conseqüências biopsicossociais (neurológicas, fisiológicas, psicológicas, comportamentais), que dependerão da quantidade da substância utilizada, da freqüência do uso, do tipo de substância e da via de administração. Por isso a dissertação “Mente Brilhante - uma proposta de prevenção às drogas na escola”, desenvolvida no Mestrado em Educação em Ciências e Matemática na PUCRS, focaliza esse tema, a partir de uma pesquisa referente ao uso de drogas realizada com alunos de 3 o . ano do ensino médio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos (Porto Alegre/RS), no ano de 2002. Esse artigo resume os resultados obtidos a partir da análise de depoimentos dos alunos. Metodologia A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa e a metodologia utilizada na interpretação dos resultados foi análise de conteúdo, com fundamentação teórica baseada em MORAES (1999), buscando, a partir dos depoimentos, identificar o nível de informações dos

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IV ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS

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INVESTIGANDO OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS SOBRE DROGAS PARA CONSTRUIR UMA PROPOSTA DE PREVENÇÃO NA ESCOLA

Mariel Hidalgo Flores [email protected]

Mestranda em Educação em Ciências e Matemática/PUCRS Colégio Estadual Júlio de Castilhos – Porto Alegre/RS

Regina Maria Rabello Borges [email protected]

Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática/PUCRS

Resumo Este artigo apresenta alguns resultados de uma dissertação em desenvolvimento no Mestrado em Educação em Ciências e Matemática na PUCRS: “Mente Brilhante - uma proposta de prevenção às drogas na escola”. Focaliza resultados da análise de depoimentos e entrevistas com alunos do 3o. ano do ensino médio de uma Escola Estadual, no ano de 2002, em Porto Alegre, que está servindo como subsídio à construção de uma proposta interdisciplinar de prevenção às drogas na escola. O texto apresenta idéias emergentes das respostas ao seguinte questionamento: “Em sua opinião, quais os prejuízos físicos, psicológicos e sociais causados pelo uso de drogas lícitas e/ou ilícitas?” A partir desses depoimentos, estão sendo elaboradas e desenvolvidas algumas atividades nas turmas entrevistadas, com o objetivo de contribuir para conscientização a respeito dos efeitos biopsicossociais prejudiciais das drogas, visando prevenir o uso desses produtos. Palavras-chave: Drogas; Prejuízos Biopsicossociais; Prevenção; Saúde. Introdução

A saúde, bem estar físico, psicológico e social do ser humano, relaciona-se à

integração dos vários sistemas orgânicos. Para isso o cérebro é fundamental, sendo responsável pela funcionalidade de todo o complexo fisiológico do organismo. Contudo, ao fazer uso de substâncias psicoativas que provocam alterações neurofisiológicas, há conseqüências biopsicossociais (neurológicas, fisiológicas, psicológicas, comportamentais), que dependerão da quantidade da substância utilizada, da freqüência do uso, do tipo de substância e da via de administração. Por isso a dissertação “Mente Brilhante - uma proposta de prevenção às drogas na escola”, desenvolvida no Mestrado em Educação em Ciências e Matemática na PUCRS, focaliza esse tema, a partir de uma pesquisa referente ao uso de drogas realizada com alunos de 3o. ano do ensino médio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos (Porto Alegre/RS), no ano de 2002. Esse artigo resume os resultados obtidos a partir da análise de depoimentos dos alunos.

Metodologia

A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa e a metodologia utilizada na interpretação dos resultados foi análise de conteúdo, com fundamentação teórica baseada em MORAES (1999), buscando, a partir dos depoimentos, identificar o nível de informações dos

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alunos sobre os efeitos das drogas, na tentativa de utilizá-los para construir uma proposta interdisciplinar de prevenção às drogas na escola.

As idéias prévias dos alunos foram reconhecidas nas suas respostas ao questionamento: Em sua opinião, quais os prejuízos físicos, psicológicos e sociais causados pelo uso de drogas lícitas e/ou ilícitas?

Das respostas, emergiram idéias que foram agrupadas em três categorias: prejuízos físicos, psicológicos e sociais. Posteriormente, algumas atividades foram sugeridas e desenvolvidas, como parte da proposta de prevenção às drogas na escola, a partir dos depoimentos dos alunos, servindo como estímulo para conscientização dos efeitos biopsicossociais prejudiciais das drogas.

Razões que levam alunos a recusar drogas Ao expor o que sabiam sobre os prejuízos físicos, psicológicos e sociais causados pelo uso de drogas, os alunos enfatizaram razões para rejeitar o seu uso, conforme a análise a seguir, que intercala depoimentos de alunos e de autores especializados nesse estudo. - Prejuízos Físicos Dos 60 depoimentos coletados no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, metade dos alunos enfatizou os prejuízos físicos causados pelas drogas. Eles consideram que o sistema nervoso é o mais afetado pelo uso de drogas entre todos os sistemas orgânicos, provocando danos neurológicos, como o prejuízo da memória, que devido a dificuldade para lembrar fatos, compromissos e responsabilidades, compromete a saúde do corpo, a estrutura emocional e as relações interpessoais. Isso é correto, pois a mente, conforme Damásio (2000), é um processo de consciência exclusivo dos seres humanos, abrangendo operações conscientes e inconscientes. Um aluno reconheceu isso ao afirmar que a droga, seja qual, for tem o poder de destruir a mente de uma pessoa, alienado-a e deprimindo-a.

Em muitos casos, os usuários acabam priorizando tanto a droga, que se estabelece uma relação de dependência química, o indivíduo não sente mais fome, desleixa-se de sua aparência, tornando-se um escravo de seus instintos impulsivos. Nessa perspectiva de vida com dependência, a droga é utilizada como uma válvula de escape para manter o cérebro “fora” da sua percepção normal. Segundo Brandão (2002), o cérebro é um sistema aberto e auto-organizativo em constante processo de transformação de si, estando sempre à beira de estados críticos.

A conseqüência dessa fuga de si mesmo e da má alimentação aparece rapidamente, conforme reconhece um grupo de alunos: o dependente sofre um emagrecimento, com fraqueza física e mental, e uma diminuição no sistema imunológico, desencadeando algumas patologias, que debilitam a saúde. Por exemplo, nos sistemas digestório, cardiológico e respiratório podem surgir doenças devido ao uso de drogas. Um aluno reconhece que o cigarro pode provocar câncer e lesões nesses sistemas, encurtando o fôlego, e provocando dificuldades na realização de atividades físicas, inclusive nos fumantes passivos, que participam sem vontade própria da fumaça liberada pelo cigarro do usuário. No sistema reprodutor, o álcool e outras drogas podem ocasionar distúrbios, como impotência. Na gravidez, podem gerar mutações gênicas, má formação fetal e até aborto, como foi reconhecido em alguns depoimentos.

Um aluno revelou preocupação com os acidentes de trânsito causados por usuários alcoolizados que dirigem automóveis com os reflexos cerebrais diminuídos. Realmente, o álcool tem efeito depressor sobre o cérebro, inibindo a memória e a capacidade de entender,

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discernir, memorizar ou lembrar os fatos mais simples do dia-a-dia. O uso continuado poderá causar lesões no lobo pré-frontal frontal semelhantes às observadas em fases tardias da doença de Alzheimer ou em outras doenças degenerativas do sistema nervoso (Oliveira, 1997).

- Prejuízos Psicológicos

Aproximadamente um quarto dos alunos enfatizou os prejuízos psicológicos causados pelas drogas, ressaltando que a confusão mental faz a pessoa desconectar-se da realidade, vivendo num mundo ilusório e de fantasias. Na maioria dos casos, o indivíduo nem sabe o que fez no dia anterior, por perda da consciência, tornando o pensamento difuso e descontínuo, extrapolando os limites aceitos pela sociedade, ficando fora de si, em desequilíbrio mental temporário ou permanente. Segundo Goleman (1995), no cérebro existe uma região chamada amígdala, que tem a função de avaliar o significado emocional dos fatos, e posteriormente repassar ao córtex e neocórtex cerebral, que, pelo pensamento ponderado, tomará decisões apropriadas. Porém, com o uso de drogas, podem ocorrer atitudes impulsivas e inexplicáveis, pois as conexões cerebrais “falham”, fazendo o indivíduo reagir pelos sentimentos e emoções (cérebro límbico), dominando a racionalidade (neocórtex), conforme reconhecem alguns alunos.

Um grupo de alunos reforça o temível problema da droga como instrumento de escravização do ser humano. Como esclarece Oga (1996), uma vez estabelecida a dependência, a pessoa torna-se escrava, em função do sistema de recompensa cerebral, onde a droga aparece ao usuário como sendo a única capaz de ajudá-lo a sobreviver e superar suas dificuldades.

Outro dano psicológico causado pelo consumo de substâncias tóxicas, reconhecido pelos alunos, é a crise na auto-estima, podendo levar o indivíduo a alterações no autocontrole. Segundo Bouer (2003), essa estrutura de vida moderna, com menos diálogo e mais recompensa material pelos pais ausentes, gera uma incapacidade para lidar com frustrações, resultando em dificuldades comportamentais entre os jovens. Geralmente, na tentativa de solucionar esses problemas, os pais transferem a sua responsabilidade a terceiros: escola e psicólogo. - Prejuízos Sociais

Cerca de um quarto dos alunos destacou os prejuízos sociais causados pelas drogas, reconhecendo que modificações de conduta, nesses casos, comprometem as relações sociais, gerando desconfiança, perda de emprego, evasão escolar, delinqüência e graves infrações às leis. Com isso, o sujeito tem sua dignidade destruída, passando a viver totalmente às margens da sociedade, com discriminação e preconceito, como se fossem loucos ou decadentes sociais. Esse preconceito gera muitos desentendimentos, pois a dependência de drogas é favorecida pela própria sociedade, que a produz e comercializa. No entanto, quando o usuário torna-se dependente, é rotulado de mau caráter, fraco ou incapaz. De acordo com alguns alunos, há um conflito de valores entre as pessoas, que desestabiliza as relações sociais.

Conforme Tiba (2003), os valores na vida de uma criança são de suma importância na prevenção às drogas e devem ser introduzidos pelos pais. Os principais são: disciplina, gratidão, religiosidade, cidadania e ética. Em concordância, Bouer (2003) acrescenta que o estilo de vida atual leva a criança a socializar-se mais cedo, sofrendo influências dos grupos que freqüenta, agregando, muitas vezes, valores que não foram desenvolvidos pelo núcleo familiar.

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Na pesquisa, cada aluno reconhece alguns dos prejuízos provocados pelo uso de drogas lícitas e ilícitas, contribuindo para a sua tomada de decisão frente a essa problemática. Então a escola pode aproveitar o seu momento educativo, se os professores promoverem o intercâmbio desses conhecimentos em sala de aula e organizarem debates, favorecendo o engajamento de ambos em programas de prevenção às drogas na escola.

Considerações sobre a proposta de prevenção

Para trabalhar prevenção às drogas na escola é importante conhecer a realidade com a qual pretende-se trabalhar, buscando um trabalho de conscientização e destacando a importância da preservação da saúde cerebral, para uma vida com maior qualidade, sugerindo-se aos jovens alguns hábitos para uma melhor performance do cérebro, conforme Oliveira (1997).

É importante a comunicação do conhecimento pelos alunos, seja pela produção textual, debate e/ou pela montagem de painéis informativos, como eles realizaram na escola. Conforme Bouer (2003), deve-se trabalhar a autonomia e a responsabilidade do adolescente. Para isso contribuem o trabalho interdisciplinar e a pesquisa em sala de aula, amparados pela biblioteca da escola, conforme a proposta educacional do Educar pela Pesquisa, de Pedro Demo.

Uma atividade bastante motivadora para iniciar o trabalho foi assistir ao filme, “O Bicho de Sete Cabeças”. Isso permitiu uma visão mais profunda de um caso real vivido por um adolescente, contribuindo na formação de opinião. Essa atividade foi aproveitada para sondar a auto-estima dos alunos, com uma dinâmica de grupo que valorizou as qualidades de cada participante, pois a melhor prevenção às drogas é você gostar de si mesmo (Tiba, 1998).

É importante também desenvolver a inteligência emocional, que equilibra a mente racional e a emocional (Goleman, 1995). Para manter a razão e a emoção em equilíbrio, é conveniente oportunizar debates, estendendo o convite à família, promovendo uma conscientização coletiva a respeito dos efeitos prejudiciais das drogas. Ao final do ano letivo, pode-se avaliar a eficácia da proposta de prevenção desenvolvida, solicitando aos alunos, cinco razões para evitar o uso de drogas e cinco razões para que se faça uso delas, provavelmente não encontrarão essas últimas, evidenciando resultados positivos e favoráveis à proposta. Assim sendo, a escola pode contribuir na formação das necessidades intelectuais, comportamentais e afetivas dos alunos, desenvolvendo programas de prevenção escolar (Almeida, 1999).

Enfim, preservar a saúde cerebral é fundamental para manter o equilíbrio biopsicossocial e ter uma vida com melhor qualidade. Mas esse trabalho de prevenção nunca estará concluído enquanto houver problemas de drogas na escola e na sociedade, requerendo, portanto, um olhar especial por parte do poder público e de toda a comunidade. Referências ALMEIDA, Cleide Rita Silvério de. Drogas – uma abordagem educacional. São Paulo: Olho d’agua, 1999. 99 p.

BOUER, Jairo. Drogas em família. Época. Rio de Janeiro: Globo S.A., n. 262, p.13-17, maio 2003.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Vida, conhecimento, cultura e educação - algumas idéias provisórias. Educação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. Semestral. v.25, n.46, 2002. p.2-65

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DAMÁSIO, António R. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 330 p.

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas: Autores Associados, 2000. 129 p.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. 375 p.

MORAES, Roque. Análise de Conteúdo. Revista Educação. v. 22, no. 37. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999. p.7-31.

OGA, Seizi. Fundamentos de toxicologia. São Paulo: Atheneu, 2003. 516 p.

OLIVEIRA, Maria Aparecida Domingues de. Neurofisiologia do Comportamento. Uma relação entre o funcionamento cerebral e as manifestações comportamentais. Canoas: ULBRA, 1997. 260 p.

TIBA, Içami. 123 respostas sobre drogas. São Paulo: Editora Scipione, 1998.

______. Amor demais estraga. Veja. São Paulo: Abril, v. 1805, ano 36, n. 22, p. 11-15, jun. 2003.