investigadores não sabem para onde vai ciência portuguesa · 0 dinheiro total gasto por portugal...

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CRISE NA CIÊNCIA Investigadores não sabem para onde vai a ciência portuguesa Quebra no financiamento, incapacidade de travar a fuga de cérebros, excesso de burocracia e regras pouco claras nos concursos levam cientistas a questionar a política do Governo LNEC fez modelos em escala reduzida de inúmeras barragens em Portugal. Na imagem, a zona de Foz Tua

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CRISE NA CIÊNCIA

Investigadores não sabem

para onde vai a ciência portuguesaQuebra no financiamento, incapacidade de travar a fuga de cérebros, excesso de burocracia e regraspouco claras nos concursos levam cientistas a questionar a política do Governo

LNEC fez modelos em escala reduzida de inúmeras barragens em Portugal. Na imagem, a zona de Foz Tua

Teresa Firmino, NicolauFerreira e Samuel Silva

0dinheiro total gasto porPortugal em ciência, querevela o esforço do paísnesta área, tem vindo a di-minuir desde 2009. Depoisde nesse ano se ter aplicado

1,64% do Produto Interno Bruto (PIB)em ciência, o maior pico alguma vezatingido no país, a queda tem sidocontínua: 1,59% do PIB em 2010;1,52% em 2011 e agora - segundo osdados preliminares relativos a 2012do "Inquérito ao Potencial Científicoe Tecnológico Nacional", divulgadosno final do ano passado -, esse valorvoltou a cair para 1,50%. É igual ao de2008. É um dos sinais na origem domal-estar que se vive na comunidadecientífica portuguesa. E está longe deser o único.

A redução das verbas da Fundaçãopara a Ciência e a Tecnologia (FCT),a diminuição do financiamento das

universidades, dos laboratórios doEstado e dos laboratórios associados,a promoção da ideia do "investiga-dor excepcional", repetida adaeter-num por Leonor Parreira, secretáriade Estado da Ciência, e pela FCT, aalteração dos calendários e das re-gras dos concursos públicos para ainvestigação, os resultados do con-curso Investigador FCT, a crescente

burocratização nas instituições, acontínua emigração de investigado-res, tudo isto contribuiu para 2013ter sido marcado por várias mani-festações contra a política de ciên-cia. Surgiram críticas duras da partede personalidades da comunidadecientífica, além de ter nascido a Pla-taforma em Defesa da Ciência e do

Emprego Científico.Os protestos não diminuíram com

a viragem do ano. Os resultados doconcurso das bolsas individuais dedoutoramento e pós-doutoramen-to, publicados pela FCT na últimaquarta-feira, apagaram a esperançade 5190 candidatos que se inscre-veram nestes concursos. Menos de10% das candidaturas foram apro-vadas. De 2012 para 2013, o númerode bolsas de doutoramentos baixou

quase 40% (mesmo tendo em contaas 431 bolsas dadas em 2013 nos no-

vos programas de doutoramento da

FCT, criados e geridos pelas univer-sidades). E o número de bolsas de

pós-doutoramento caiu ainda mais,chegando a um corte de 65%.

Reagindo a estes resultados, o

biólogo Alexandre Quintanilha pe-diu aos investigadores que se unis-sem. "Se a comunidade científicanão perceber nesta altura que istoé um ataque geral à grande maioriados investigadores no país e se nãose unir para ver se consegue alteraresta situação, então teremos aqui-lo que merecemos", disse à agênciaLusa o professor da Universidade doPorto e antigo director do Institutode Biologia Molecular e Celular doPorto. Logo na quarta-feira, a Asso-

ciação dos Bolseiros de InvestigaçãoCientífica marcou um protesto paraa próxima terça-feira, às 15h, à portada FCT em Lisboa.

0 primeiro-ministro, Pedro Passos

Coelho, negou, sexta-feira na AR, terhavido uma diminuição nas bolsas de

doutoramento, já que nos próximosanos diz que serão atribuídas 1070destas bolsas pelos novos programasdoutorais da FCT. "Portanto, senhora

deputada, não há nenhuma diminui-ção de bolsas", respondeu o líder doPSD à deputada d'Os Verdes, Heloísa

Apolónia.Mas muitas vozes do sistema cien-

tífico português dizem que algo mu-dou, para pior. "Nas últimas décadas,criaram-se instituições com pesso-as de várias áreas do conhecimento,criaram-se condições para aparecermassa crítica. Estas instituições têmcapacidade de competir lá fora", re-fere ao PÚBLICO Alexandre Quintani-lha, secretário-geral do Conselho dosLaboratórios Associados, os 26 labo-ratórios criados desde 1999. "Tudoisto está a ser desmantelado. Estamos

a voltar rapidamente dez ou 20 anos

para trás. Há alguém que acha que o

remédio que estava a ser aplica- •*¦* do não resolvia. Mas isso é falso. "

Para o investigador, o dinhei-ro aplicado na ciência portuguesanunca foi muito: "0 financiamentopúblico para a ciência ainda é míni-mo, comparando com outros paísesem que os valores normais são de3% do PIB." Mesmo em 2009, quan-

do o PIB gasto em ciência alcançou1,64%, representando 2764 milhõesde euros, a percentagem ficou longeda média da União Europeia de 2,01%(valores de 2009) e ainda mais longedo PIB gasto pela Finlândia, Suéciae Dinamarca, todos acima dos 3%."Reduzir de forma transversal emtodas as áreas numa altura de crisenão faz sentido, quando há áreas quegastam pouco e precisam de uma es-

tratégia de longo prazo", frisa Ale-xandre Quintanilha.

Da parte dos actuais responsáveisda FCT, tem sido afirmado que têmprocurado gastar ao máximo seu

orçamento. Por exemplo, em 2013,com uma dotação de 467 milhões de

euros (que inclui verbas do Estadoe fundos estruturais europeus), a

execução foi alta, chegando aos 424milhões de euros.

Em 2009, durante o Governo deJosé Sócrates e com Mariano Gago àfrente do Ministério da Ciência (atémeados de 2011, ano da transiçãopara o executivo de Passos Coelho),a fundação chegou a ter orçamenta-dos 639 milhões de euros para gas-tar, mas só injectou efectivamenteno sistema científico português 466milhões. Ou seja, apenas mais 22 mi-lhões do que no ano passado. 0 picodo dinheiro gasto pela FCT deu-seem 2010, com 469 milhões de euros.Para 2014, o orçamento previsto daFCT é de 436 milhões de euros.

Contrariando a visão de que nãohá agora uma aposta na ciência, oactual presidente da FCT, MiguelSeabra, argumenta que até está ahaver mais dinheiro injectado nainvestigação portuguesa (ver entre-vista nas páginas 16/17). E mostra umgráfico: a seguir à chegada da troika,em 2011, diz que tanto o dinheiro daFCT realmente gasto na ciência comoas verbas do programa-quadro quefinancia a investigação na Europa au-

mentaram. Por isso, conclui, em 2012

e 2013, o montante total destas duasfontes de financiamento cresceu •*•* face aos anos anteriores. Ultrapas-sa mesmo 2010, o ano em que a FCTaplicou mais dinheiro, diz.

No entanto, Miguel Seabra estáa comparar duas coisas incompa-ráveis: por um lado, o dinheiro re-almente gasto pela FCT; por outro

lado, o dinheiro europeu alocadoa cientistas em Portugal. No entan-to, estes dados não revelam se esses

fundos foram todos gastos. Se setivesse usado o critério dos fundos

potenciais também para o dinheiroda FCT, então em 2009 a fundaçãotinha aplicado quase 639 milhões deeuros - quando, na verdade, gastou446 milhões. Ainda segundo essaleitura, nesse ano, já com a crise emcurso desde 2008, potencialmentea ciência portuguesa teria tido umasituação bastante desafogada - comum total de 706 milhões de euros,incluindo o dinheiro europeu do séti-

mo Programa-Quadro para a Investi-

gação e Desenvolvimento Tecnológi-co, de 2007 a 2013, e negociado pelogoverno de José Sócrates. Segundoa FCT, para a maioria dos projectoscientíficos financiados pelo sétimo

programa-quadro ainda não há da-dos finais das verbas efectivamente

gastas, pelo que não está disponívelessa informação.

Uma burocracia asfixianteEm Novembro, em entrevista ao PÚ-

BLICO, Manuel Sobrinho Simões,director do Instituto de Patologia e

Imunologia Molecular da Universi-dade do Porto (Ipatimup), acusavao Governo de "rebentar com tudo"no sector da ciência. Agora reafirma

que a "destruição criativa do ensino

superior continua", e avisa: "Isto terá

consequências terríveis em todos osdomínios da vida do país, muito paraalém da investigação."

As principais críticas do médicoe cientista do Porto vão para a FCT,cujos concursos continuam a terdatas-limite "pouco consistentes",regras "pouco claras" e a ser "poucofiáveis", dada a permanente altera-

ção das regras. "As dotações são tãodiminutas e as taxas de sucesso tãobaixas que seria preferível não abriros concursos", defende. A contrata-

ção dos investigadores estrangeirospara os painéis de avaliação fica"caríssima" e há concursos em queo número de avaliadores internacio-nais é superior ao número de bolsas

atribuídas, ilustra."O descontentamento actual é cau-

sado em parte pelo medo de vir umcorte muito grande do orçamento,que ainda não aconteceu", diz por

sua vez Alexandre Quintanilha. "Mashá uma espécie de complexidade as-

fixiante da burocracia. As pessoas es-

tão a ficar exaustas com a burocracia

que existe, estava a diminuir poucoa pouco e agora está a dar um saltoenorme".

José Manuel Mendonça, directordo Instituto de Engenharia de Sis-

temas e Computadores (Inesc) do

Porto, que nasceu há 30 anos e se

tornou laboratório associado em2002, lembra que o sistema cientí-fico português é ainda muito frágil."A crise e os cortes estão a apanharo sistema científico não consolidado.Há muitas áreas que não têm ligaçõescom empresas. Tem de haver umaaposta continuada para que o siste-

ma se consolide."De 2012 para 2013, o Inesc-Porto

sofreu cortes no financiamento direc-to estatal, passando de 1,6 milhões

para 800 mil euros. Segundo o seu

director, o instituto tem compensa-do este emagrecimento indo buscar

dinheiro aos fundos regionais e a 40projectos europeus. Mas tambémaqui há uma barreira.

"Temos de enfrentar um pesoburocrático brutal. As normas e os

regulamentos concebidos para fi-nanciar hospitais, auto-estradas,são as mesmas do sistema aplicadoa projectos de investigação", diz JoséManuel Mendonça. "A burocracia deBruxelas é 30 vezes mais leve do quea que nós inventámos."

Escolher áreasO belga Jean-Pierre Contzen diz queem Portugal a burocracia é velha.Formado em Física Nuclear, Cont-zen participou nas negociações de

pré-adesão de Portugal à então CEE,na qual foi conselheiro na ciência e

tecnologia. Mais tarde, foi conse-lheiro do ex-ministro da Ciência Ma-riano Gago. Há dois anos, dizia aoPÚBLICO, que a ciência portuguesaestaria em maus lençóis se a crise se

mantivesse para lá dos dois anos.Janeiro de 2014 chegou e "o vapor

não está completamente fora da lo-comotiva", diz-nos Contzen, porquea diminuição do PIB em investigaçãoainda foi pequena. Mas a burocraciaé uma questão sistémica: "Existe emtodo o sítio, o problema de Portugal

é a falta de confiança. As pessoas são

muito relutantes em delegar, o queleva a criar mais burocracia."

Como observador do sistema cien-tífico português, Jean-Pierre Contzen

produziu vários relatórios sobre oslaboratórios do Estado portugueses- agora oito instituições com fun-ções estatais e de investigação emdiferentes áreas, como o InstitutoPortuguês do Mar e da Atmosfera(IPMA), o Laboratório Nacional de

Energia e Geologia ou o Instituto Na-cional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.Naqueles relatórios, o último publi-cado em 2006, defendia directivas

governativas claras sobre o que fazer

com estas instituições além de umamaior autonomia.

No Orçamento do Estado para2014, o financiamento para estes oi-to laboratórios é de 161 milhões deeuros - menos 32 milhões do que em2013. Entre 2005 e 2010, estas insti-

tuições perderam cerca de 1000 pes-soas. Hoje, são apenas 2200, segundoFrederico Carvalho, físico aposenta-do e presidente da Organização dosTrabalhadores Científicos.

"Há muitos anos que têm estadobloqueados os recrutamentos paraos laboratórios do Estado e as pes-soas que estão lá a trabalhar vão-sereformando. Esses investigadoresnão têm possibilidade de passar a

informação aos mais novos", dizFrederico Carvalho.

Também o presidente do IPMA,Miguel Miranda, considera impor-tante avançar-se com a reforma doslaboratórios do Estado e a reorgani-zação da carreira científica - aspec-tos que permitiriam clarificar a visãonacional para o que se exige a esteslaboratórios e as regras de contrata-

ção de investigadores, por exemplo."Temos dificuldades em fazer contra-

tações", constata. Miguel Mirandadefende ainda a abertura de con-cursos específicos para os projectosde investigação dos laboratórios doEstado, porque, diz, há uma diferen-

ça entre a investigação para resolver

problemas do país, como competeaos laboratórios do Estado, e a ciên-cia movida pela curiosidade.

É precisamente a racionalizaçãodo sistema científico português queJean-Pierre Contzen tem defendi-

do. "Há demasiada fragmentação.Quais são as vias de investigação es-

tratégicas? Nenhum país consegueter investigação em todas as áreas",explica, acrescentando que "noscasos em que não há massa crítica,deve-se trabalhar num consórcio in-ternacional".

Mas durante uma crise, acrescenta

Contzen, há aspectos que não podemser descurados. "Tem de haver umnúmero suficiente de pessoas jovensa ser integradas nos laboratórios doEstado para que crise não deixe umamarca persistente no sistema cientí-fico. Qualquer política, em tempo de

crise, deve tentar preservar o capitalhumano. Para o belga a tão faladafuga de cérebros é um problema queultrapassa Portugal e é europeu.

Já Carlos Fiolhais, divulgador deciência e físico da Universidade deCoimbra, teme esta diáspora cientí-fica portuguesa e aponta o dedo aosconcursos da FCT, não se recordandode uma taxa de aprovação de candi-daturas tão baixa como a anunciadana última quarta-feira: "Há pessoasexcelentes sob qualquer critérioque não tiveram apoio." E, alerta,são pessoas que "não vão encontrar

emprego facilmente". O resultadoserá um aumento do número de jo-vens que saem do país, antecipa. Ejánão serão apenas os melhores. "Vãotambém os menos bons. Vão todos.A questão é saber quem fica."

Para o divulgador de ciência, a

consequência mais "crítica" destedesinvestimento é que "deixou dehaver convergência com a Europa".O investimento em ciência e a ca-pacidade de gerar conhecimentodevia ser uma ideia "partilhada portodos", defende, acrescentando quede pouco vale o esforço para reduziro défice e diminuir a dívida externaportuguesa se, depois disso, nãohouver ciência ou cultura para man-ter. "Ninguém tem uma ideia para odestino disto." E, socorrendo-se da

linguagem do futebol - o único temaque parece unir o país, diz -, tenta

ser optimista: "Pode ser que algumgolo entre por acaso."

Sem ciência não há aplicaçãoPara José Mendes, vice-reitor da Uni-versidade do Minho (UM) para a Ino-

vação, o desinvestimento no ensino

superior e na ciência tem uma con-

sequência evidente. "A geração de

conhecimento, a inovação e a passa-gem para as empresas sai obviamen-te prejudicada", considera.

Naquela que é a universidade por-tuguesa com maior número de pa-tentes registadas, luta-se contra os

cortes do financiamento público pa-ra manter os níveis de investimentoem projectos científicos. Apesar dis-

so, Mendes elogia o papel do Estado

na evolução do sector nos últimosanos. "Tem sido o único motor deinvestimento em I&D [investigaçãoe desenvolvimento]", defende, acu-sando ao mesmo tempo as empresasde "faltarem à chamada".

No Inesc-Porto, de onde nos últi-mos dez anos saíram dez empresasspin-offs, a partir da investigação de

ponta ali desenvolvida, há um incen-tivo para ajudar a transformar a in-

vestigação em tecnologia aplicável.Mas José Manuel Mendonça é categó-rico em relação ao desinvestimentona investigação fundamental: "Secortarmos a ciência fundamental, a

montante, daqui a cinco anos, nãotemos a ciência aplicada."

Portugal ainda está na cauda daEuropa em termos de presença dedoutorados na indústria. E essa é

uma das saídas para o momentoactual perspectivada pelo físico Jo-sé Fernando Mendes, vice-reitor daUniversidade de Aveiro (UA) para a

investigação. "Não terão as empresas

capacidade para absorver parte des-

tes investigadores que têm um con-tributo a dar no desenvolvimento daeconomia nacional?"

Como as universidades e outroscentros de investigação não têm ca-

pacidade financeira para absorver to-dos os investigadores, José FernandoMendes considera "muito provável"

que o país acabe por perder cerca de80% dos investigadores que formou e

financiou durante todos estes anos.Para este responsável, se a UA quer

continuar a fazer da ligação às em-presas um dos seus factores de dife-

renciação, o cenário tem de mudar."Neste momento, está em causa nãosó o desenvolvimento das unidadesde I&D como também, nalguns casos,a sua própria manutenção", alerta.

"É preciso fazer algo", concordaJosé Mendes, da Universidade do Mi-nho. Sugere, por isso, uma reformafiscal que promova os investimentos

em inovação, que o acesso a fundos

europeus por parte das empresaspossa estar dependente da contra-

tação de doutorados ou que o Esta-do introduza nos seus processo de

contratação cláusulas de inovação,forçando as empresas a associarem-se com os centros de conhecimento

para concorrer a compras do sectorpúblico.

Se as instituições de investigaçãonão estiverem bem preparadas, os in-

vestigadores excepcionais não se re-velam, avisa por sua vez José ManuelMendonça, lembrando que CristianoRonaldo teve onde evoluir em Portu-

gal: "0 grande investigador, a estrela,nunca está sozinho, tem de ter umaequipa, senão é só um habilidoso quepublica coisas sem relevância nenhu-ma. Para isso, é preciso instituiçõese equipamento. Senão, as estrelas

que aparecem, a primeira coisa quefazem é ir para o estrangeiro."

Bolsas dedoutoramentoaprovadasdiminuíram 40%e bolseiros vãomanifestar-se na

terça-feira na FCT

Ciências sociais. Investigaçãoe ensino na entrevista de ManuelVlllaverde Cabral à revista 2

Dotações são tãodiminutas e taxasde sucesso tãobaixas que seriapreferível não abriros concursos [daFCT].

Sobrinho SimõesMédico e cientista

As pessoas estãoa ficar exaustascom a burocracia

que existe. Estavaa diminuir poucoa pouco e agoraesta a dar um saltoenorme.

Alexandre QuintanilhaBiólogo

Vão também osmenos bons. Vãotodos. A questão ésaber quem fica.

Carlos FiolhaisFísico