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Investigação Confirmatória Rápida de Passivos Ambientais de Derivados de Petróleo em Solo e água em Concessionárias de Veículos Luiz Henrique Lopes Vilas [email protected] OVMA Leopoldo Concepcion Loreto Charmelo [email protected] UNEC Alex Cardoso Pereira [email protected] UNEC Lauro Silva Ramos [email protected] FEAM Vitor Souza Vieira [email protected] OVMA Resumo:A real inclusão dos aspectos ambientais nas análises econômicas esbarra na dificuldade de quantificação do passivo ambiental em concessionárias de veículos. O objetivo deste trabalho é analisar se as metodologias de avaliação de impactos ambientais (AIA) e adequação ambiental (AA) são suficientemente adequadas e permitem estipular valores do passivo ambiental de concessionárias de veículos. Analisam-se as características destas duas áreas e suas relações com o tema em estudo. Também são analisados casos concretos que utilizam as metodologias citadas, bem como seus critérios e aplicabilidade na avaliação do passivo ambiental. Analisam-se planilhas de custos e valores que têm sido usados em trabalhos recentes. Verificou-se que as metodologias de AIA são instrumentos que auxiliam as fases de identificação, levantamento e caracterização do passivo ambiental. Conceitualmente, a AIA também pode auxiliar nas fases de determinação de medidas mitigadoras das não conformidades ambientais. Conclui-se também que as metodologias de AA são ferramentas muito importantes para a identificação de aspectos quantitativos e qualitativos de insumos e serviços, relacionados diretamente com a avaliação do passivo ambiental de concessionárias de veículos, contudo nenhuma das duas proporciona um subsídio adequado para determinar o real custo financeiro de um passivo ambiental. Palavras Chave: Passivo Ambiental - Impacto Ambiental - Avaliação Ambiental - Adequação

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Investigação Confirmatória Rápida dePassivos Ambientais de Derivados de Petróleo

em Solo e água em Concessionárias deVeículos

Luiz Henrique Lopes [email protected]

OVMA

Leopoldo Concepcion Loreto [email protected]

UNEC

Alex Cardoso [email protected]

UNEC

Lauro Silva [email protected]

FEAM

Vitor Souza [email protected]

OVMA

Resumo:A real inclusão dos aspectos ambientais nas análises econômicas esbarra na dificuldade dequantificação do passivo ambiental em concessionárias de veículos. O objetivo deste trabalho é analisarse as metodologias de avaliação de impactos ambientais (AIA) e adequação ambiental (AA) sãosuficientemente adequadas e permitem estipular valores do passivo ambiental de concessionárias deveículos. Analisam-se as características destas duas áreas e suas relações com o tema em estudo.Também são analisados casos concretos que utilizam as metodologias citadas, bem como seus critérios eaplicabilidade na avaliação do passivo ambiental. Analisam-se planilhas de custos e valores que têm sidousados em trabalhos recentes. Verificou-se que as metodologias de AIA são instrumentos que auxiliamas fases de identificação, levantamento e caracterização do passivo ambiental. Conceitualmente, a AIAtambém pode auxiliar nas fases de determinação de medidas mitigadoras das não conformidadesambientais. Conclui-se também que as metodologias de AA são ferramentas muito importantes para aidentificação de aspectos quantitativos e qualitativos de insumos e serviços, relacionados diretamentecom a avaliação do passivo ambiental de concessionárias de veículos, contudo nenhuma das duasproporciona um subsídio adequado para determinar o real custo financeiro de um passivo ambiental.

Palavras Chave: Passivo Ambiental - Impacto Ambiental - Avaliação Ambiental - Adequação

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Ambiental - Concessionárias

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1. INTRODUÇÃO O conceito de meio ambiente vem sendo melhor compreendido pela humanidade em

toda sua dimensão holística, percebendo que o meio ambiente não se restringe somente aos meios físicos e bióticos, também o meio antrópico, com todas suas relações sociais, de hábitos e culturais, faz parte do meio ambiente. Essa melhor compreensão trouxe associado o entendimento de que os problemas ambientais crônicos, que fazem parte dos processos ocorridos no dia-a-dia, acabam gerando maiores prejuízos à qualidade de vida do que os problemas agudos, gerados esporadicamente de forma acidental.

Devido a essa melhor compreensão do meio ambiente, observa-se, em nível mundial e brasileiro, que a sociedade também percebeu que o equilíbrio e a qualidade ambiental estão intimamente associados com a saúde e o bem estar da humanidade e de que essa estabilidade e equilíbrio, por sua vez, estão associados com as atividades desenvolvidas pelo homem. Assim, passou a exigir mais cuidados com os aspectos ambientaisprovocados pelas atividades humanas, principalmente as dos setores industriais e de serviços, que por sua natureza de transformação e de concentração de atividades, acabam gerando um maior potencial poluidor.

As exigências da sociedade no que diz respeito à diminuição da degradação ambiental são manifestadas basicamente por meio de mecanismos legais e mercadológicos. Os mecanismos legais são claramente observados no maior rigor das leis e na diminuição constante dos indicadores máximos de poluição permitidos na legislação.

No mecanismo mercadológico, embora observado de forma menos ativa no Brasil do que em outros países, observa-se que a sociedade brasileira, a cada dia, aumenta sua preferência pelas empresas e empreendimentos que adotam atitudes de conservação ambiental, passando inclusive a fazer parte do "marketing" das empresas. Por outro lado, constata-se que a própria sociedade tem aumentado seus esforços para contribuir com a diminuição da degradação ambiental, principalmente pela substituição de produtos que possuem nos seus processo de produção e/ou manutenção, menor potencial poluidor, que são mais eficientes na reutilização e que a logística reversa seja fácil de ser realizada.

No Brasil o setor automotivo tem sido um dos mais pujantes em termos econômicos, tendo recebido inclusive incentivos fiscais. De acordo com a Fenabrave (2008), as medidas fiscais e a queda de juros foram essenciais para fazer com que as vendas do setor automotivo no País fosse uma das menos afetadas no mundo no primeiro semestre de 2009, o que demandou constante reposição de peças e manutenção da frota, proporcionando um aumento na demanda de recursos naturais, com conseqüente aumento na geração de resíduos diversos, que acabam impactando o meio ambiente, principalmente quando disponibilizados inadequadamente. Por sua vez, é sabido que as atividades da indústria automobilística são causadoras, de forma direta ou indireta, de impactos ambientais. Contudo, em termos ambientais observa-se que este setor ainda esta em processo de aplicação de processos e atividades que eliminem ou mitiguem os impactos ambientais, principalmente nas atividadesde pós-venda.Nesse sentido, os serviços de pós-venda são realizados, na sua grande maioria, pelas distribuidoras e concessionárias de veículos das diferentes marcas e são elasque representam a "marca" perante o consumidor final, razão pela qual o desempenho ambiental do distribuidor ou concessionária deveria ser de muita preocupação por toda a cadeiaprodutiva automotiva, englobando: fabricação, vendas e manutenção.

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Em função de os "serviços ambientais" serem de difícil valoração, por não poderem ser facilmente avaliadosutilizando os critérios e princípios preconizados pelasprincipais teorias econômicas aceitas e também, pelas peculiaridades das atividades automobilísticas, verifica-se existir uma crescente demanda pela definição de valores e quantidades para estes impactos, de forma a correlacioná-los e incluí-los no balanço econômico da atividade econômica.

O interesse sobre a avaliação de passivos ambientais é relativamente recente, deste modo, ainda existem muitas imperfeições e imprecisões, no que diz respeito principalmente: à área direta ou indiretamente atingida e quantificação dos custos. A sistemática mais utilizada é de que esses custos, também denominados de passivos ambientais, são estimados de acordo com os valores a serem gastos com a regularização ambiental até que seja possível atingir padrões aceitos e instituídos tecnicamente ou por força de leis.

O processo de regularização ambiental inicia com o conhecimento das condições de funcionamento ambiental momentâneo do empreendimento e de como esse funcionamento impacta os meios: físico (solo, atmosfera e água), bióticos (flora e fauna) e antrópicos (homem e suas relações sociais). A correta caracterização do funcionamento desses meios permitirá a determinação sobre a necessidade e níveis de intervenção necessários, para que os mesmos desempenhem ou continuem a desempenhar sua função ecológica correta dentro do sistema produtivo do empreendimento. A definição dos níveis de intervenção, técnicas, métodos e condições, constituem a base para a definição de valores relativos ao passivo ambiental.

Uma vez que a valoração dos passivos ambientais passara a ser de responsabilidade do empreendimento e a fazer parte de movimentação contábil das empresas, é normalque os custos dos passivos ambientais façam parte do desempenho econômico e financeiro da empresa, como também do valor imobiliário do imóvel onde se situa o empreendimento.

Decorrente de toda a problemática na avaliação do passivos ambientais, ele pode ser considerado um tema amplo e agregador do conhecimento acumulado em outras ciências e temáticas ambientais. Entre estas, destacam-se: a avaliação de impactos ambientais (AIA), a recuperação de áreas degradadas (RAD), os sistemas de informação geográfica (SIG), os sistemas de gestão ambiental (SGA), a valoração econômica de recursos naturais (VERN) e o monitoramento ambiental (MA).

2. OBJETIVOS

1.1. OBJETIVO GERAL.

Analisar se as metodologias de avaliação de impactos ambientais (AIA) e de adequação ambiental (AA), são suficientemente adequadas e permitem estipular valores dos passivos ambientais de concessionárias de veículos.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.

• Analisar e descrever as características das metodologias demandadas pela avaliação de impactos ambientais, de adequação ambiental e de passivos ambientais de concessionárias de veículos;

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• Integrar os temas relativos à avaliação de impactos ambientais, de adequação

ambiental na possibilidade de valoração financeira de passivos ambientais e;

• Definir aspectos de abordagem relativamente à definição e escolha dos métodos mais adequados para a avaliação do passivo ambiental das concessionárias de veículos.

3. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

A avaliação de impactos ambientais foi introduzida formalmente com embasamento jurídico no ano de 1980, a partir da Lei Federal n. 6803/1980, que dispõe sobre a criação do zoneamento industrial em zonas de poluição crítica (Silva, 1999).

Souza (2004), considera que a avaliação relacionada a fatores ambientais está fundamentada no que certas atividades podem estar promovendo, como alterações positivas ou negativas, para o meio ambiente. Podendo assim, ser ferramenta importante para a tomada de decisões no sentido de instalar ou não um determinado empreendimento. Segundo o mesmo autor, os impactos ambientais podem ser tanto positivos, quando valorizam o meio ambiente, quanto negativos, quando o desvalorizam.

O detalhamento do conceito de impactos sobre o meio ambiente, demonstra que sua avaliação pode ser feita com razoável margem de objetividade, de modo que ela pudesse ter aceitação e representatividade social e transformar-se em instrumento do processo de tomada de decisões no licenciamento ambiental. Para tanto, essa avaliação deveria ter características técnicas mínimas regulamentadas pelo poder público e ser traduzida em um documento público acessível aos vários segmentos da sociedade interessados no processo de licenciamento (Braga et. al., 2005).

As indústrias transformadoras de matérias-primas em produtos manufaturados assim como as empresas prestadoras de serviços que utilizam produtos potencialmente poluidores possuem grande responsabilidade na proteção, manuseio e utilização dos recursos naturais. Justifica-se assim a procura crescente de desenvolvimento de processos e produtos que tragam na sua concepção a otimização do uso de matérias-primas, a utilização de tecnologias limpas, bem como a minimização da geração de resíduos(Innocentini et. al., 2011).

A realização do levantamento de um estudo de impactos ambientais deve considerar de forma resumida as seguintes tarefas: o levantamento, a definição e classificação dos impactos através da construção da planilha de aspectos e impactos; a quantificação dos impactos; a quantificação da geração de resíduos sólidos e a identificação dos pontos prioritários para tomadas de ações (Vilas, 2006).

Munn (1975) dá uma versão das características básicas que uma avaliação de impactos ambientais deve possuir, sendo elas:

• Descrever a ação proposta e as alternativas também; • Prever a natureza e a magnitude dos efeitos ambientais;

• Identificar as preocupações humanas relevantes;

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• Listar os indicadores de impacto a serem utilizados e para cada um definir sua magnitude para o conjunto de impactos, os pesos de cada indicador obtidos do decisor ou das metas nacionais e;

• A partir dos valores encontrados, determinar os valores de cada indicador de impacto e

o impacto ambiental total. Dentre os principais métodos de avaliação de impacto ambiental podemos citar o

método Delfos, também conhecido como “ad hoc”, a listagem de controle (checklist), as matrizes de interação, as redes de interação e os modelos de simulação (Barrow, 1997).

Kaercher et. al., trabalhando com a avaliação de impactos ambientais na produção de biodiesel em escala piloto, utilizando uma matriz, concluiu que é de extrema importância a questão ambiental, em particular quanto ao álcool utilizado na produção do biodiesel. Para que se alcance um impacto menor deste processo produtivo, é imprescindível que toda a matéria prima seja renovável. Desta forma, pode-se observar o quanto as ações efetivas de controle são positivas, quando adotadas, afetam os fatores ambientais nas suas características relevantes e permitem maior sustentabilidade do processo. Da mesma forma que Potrich et.al. (2007), este autor, no seu trabalho, não contribuiu com subsídios par a valoração econômica e financeira dos passivos ambientais.

As concessionárias de veículos por utilizarem nas suas atividades produtos com potencial poluidor representam uma forte potencialidade de impactar o meio ambiente, devido, em grande parte, ao emprego de produtos químicos nos processos e uma geração importante de resíduos, tanto sólidos, como líquidos e gasosos. Atualmente várias abordagens vem sendo adotadas na era da ecologia industrial para minimizar a geração de impactos ambientais. A ecologia industrial surge com princípios bem definidos ligados a integração de atividades produtivas e reciclagem de recursos. Os modelos e as metas da ecologia industrial apontam para um modo de organização da economia segundo princípios de defesa do meio ambiente e exploração sustentável dos recursos naturais (Hinz, et. al., 2006); (Giannetti, et. al., 2003) e (Graedel, et. al., 2000).

Innocentini e da Silva (2011) no seu trabalho intitulado de "Considerações sobre avaliação de passivo ambiental de imóveis rurais" concluem que um dos pontos fracos das técnicas estudadas de avaliação de impactos ambientais é a determinação dos custos do impacto ambiental gerado das atividades licenciadas. Este fator é uma demanda generalizada dos métodos de avaliação de impactos ambientais. A elaboração e determinação de medidas mitigadoras dos impactos ambientais é a primeira fase relacionada ao controle dos impactos, porém as mesmas devem ser analisadas no contexto de sua viabilidade. A viabilidade de implantação de uma medida refere-se aos aspectos técnicos, operacionais e econômicos. O custo de implantação de uma medida mitigadora, indiretamente relaciona-se com o custo do impacto ambiental, de sorte que em qualquer estudo de impacto ambiental, o custo das medidas necessariamente é uma variável a ser definida. Considera-se também que o custo da mitigação é diretamente proporcional ao valor do passivo ambiental do ecossistema analisado, apesar da existência de outros custos indiretos que devem ser contabilizados.

Num estudo de Avaliação de Impactos Ambientais no setor automotivo Potrich et.al. (2007) utilizaram a Matriz de Leopold que segundo os autores permite uma rápida identificação, ainda que preliminar, dos problemas ambientais envolvidos em determinado processo, também permite identificar para cada atividade, os efeitos potenciais sobre as variáveis ambientais. Este método foi utilizado na tentativa de confrontar os impactos de alta

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e média significância obtidos a partir da planilha de aspectos e impactos ambientais com as medidas de controle já adotadas pela empresa. Contudo em nenhum momento foram descritos os custos econômicos e financeiros provocados pelos impactos ambientais.

Vilas (2006), estudando a segregação, classificação, quantificação e disposição final adequada de resíduos em concessionárias de veículos, chegou a determinar os impactos negativos ao meio ambiente que o manejo inadequado desses resíduos poderiam causar, chegando a propor valores para a implantação de estruturas que permitissem o manejo interno, o armazenamento interno correto e a destinação final correta, não chegando a propor resultados sobre os custos econômicos e financeiros sobre os impactos ambientais negativos que o manejo interno, o armazenamento e a disposição final inadequada poderiam causar.

Scarabelli (2010), realizando um trabalho sobre o levantamento e determinação da significância dos aspectos e impactos ambientais em concessionárias de veículos chegou à conclusão de que os impactos mais significantes se encontraram nos setores que desempenhavam as atividades de: administração; lavador de veículos e cabine de pintura. Contudo, não chegou a determinar valores econômicos e financeiros que esses impactos geraram.

4. ADEQUAÇÃO AMBIENTAL

A economia do meio ambiente concentra-se excessivamente na análise dos custos da despoluição e na alocação destes, de acordo com o princípio poluidor-pagador. Na medida em que a responsabilidade ambiental se traduz por um custo adicional, o custo da poluição passa a estar internalizado no custo do produto final, afetando assim a competitividade da empresa (Almeida et. al.,2000).

Atualmente, as empresas são cobradas por posturas adequadas quanto aos seus processos industriais, sejam eles produtivos ou residuais, ee pelos efluentes que produzem e descartam. A chamada “tecnologia verde” tem gerado um grande impacto no mercado corporativo, fazendo que as empresas passem a se adequar ambientalmente, para se encaixar no mercado (Murakami, 2014).

Para Murakami (2014), as empresas devem perceber que o uso racional dos recursos, além de preservar a natureza, também é importante para a redução de custos operacionais. Ainda é necessário adequar os recursos tecnológicos às reais necessidades da empresa, economizando espaço físico, energia elétrica, água e promover a reciclagem dos resíduos. As empresas que não implantarem um Sistema de Gestão Ambiental, no sentido a se adequar ambientalmente poderão perder a vantagem competitiva, pois serão consideradas obsoletas e antiquadas, perdendo espaço para a concorrência, uma vez que o público consumidor está cada vez mais consciente e exigente.

A globalização do mercado tem facilitado a vida de muitas pessoas que necessitam obter via internet, sem custo e quase que instantaneamente uma grande diversidade de informações. Há pouco tempo atrás, a obtenção de uma única informação, demandava dias e junto vinham os custos dessa atividade. Em contrapartida, se a globalização, de um lado, oferece facilidades, de outro, impõe exigências. Assim, para que as empresas possam manter seus produtos no mercado, há a necessidade de demonstrar comportamentos arrojados, rápidos, flexíveis e submissão a algumas condições. Por exemplo: para participar de parte do mercado automobilístico americano e europeu, as fabricantes de autopeças, entre outras, necessitam possuir determinados tipos de certificação (Assumpção, 2007).

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A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) constitui estratégia para que o empresário, em processo contínuo, identifique oportunidades de melhorias que reduzem os impactos das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente, de forma integrada à situação de conquista de mercado e de lucratividade (Almeida et. al.,2000).

Para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, segundo Nicolella (2004), o primeiro passo que deve ser realizado é a formalização, por parte da direção da empresa, perante sua corporação do desejo da organização em adotar um SGA, deixando claro suas intenções e enfatizando seus benefícios.

As normas da família ISO 14.000 visam direcionar a padronização para as questões ambientais de qualquer tipo de organização, utilizando sistemáticas para implementar, monitorar, avaliar, auditar, certificar e manter um sistema de gestão ambiental com objetivo de reduzir e eliminar impactos adversos ao meio ambiente (Seiffert, 2002).

A evolução das iniciativas ambientais nas organizações no que se refere a Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) trouxe a necessidade de elementos integrantes como a determinação de uma política ambiental, o estabelecimento de objetivos e metas, o monitoramento e medição de sua eficácia, a correção de problemas associados à implantação do sistema, além de sua análise e revisão como forma de aperfeiçoá-lo, melhorando desta forma o desempenho ambiental geral (Nicolella, 2004).

Segundo Almeida et. al. [15], a conformidade conquistada pela adoção do SGA é estável e sustentável, pois está calcada no comprometimento da empresa e de seus empregados, em planos, programa e procedimentos específicos. Dinâmico, em permanente revisão, o SGA representa o estágio de excelência da empresa em relação a seu comprometimento com o meio ambiente.

Para Assumpção (2007), a visão sistêmica da norma ABNT/NBR ISO 14.001-2004 está relacionada com a modelagem do Ciclo da Melhoria Contínua (PDCA), que tem como objetivo garantir que os elementos do SGA sejam sistematicamente identificados, controlados e monitorados. A norma ISO 14.001-2004 é a única de sua família que possibilita a obtenção de certificado, pois ela descreve requisitos a serem cumpridos com posterior verificação e avaliação, e as demais somente apresentam diretrizes, orientações e atitudes a serem adotadas.

Os setores industriais automotivo, petroquímico e químico e o setor de prestação de serviços são os que possuem o maior número de certificações ISO 14001-2004, sendo a Petrobras, a empresa com maior destaque no cenário brasileiro. A maioria dessas empresas é de médio ou grande porte e impactam significativamente o ambiente (Martins, 2014).

A formalização de uma Política Ambiental é fundamental, pois expressa o pensamento, a visão e o comprometimento da empresa com o meio ambiente. Deve estar relacionada à natureza, porte e impactos ambientais das atividades, produtos e serviços da empresa eincluir o compromisso com a melhoria contínua e com o atendimento aos requisitos legais e do mercado [15].

As atividades referentes à manutenção e controle operacional incorporam a prevenção à poluição, a preservação dos recursos naturais e a gestão de rotinas, para assegurar conformidade com os requisitos legais e critérios de desempenho (Souza et. al., 2008).

A avaliação inicial identifica os aspectos ambientais da empresa, que logo após, deve identificar e atender todos os requisitos legais, assim como outros requisitos relevantes à sua atividade, por serem pertinentes a seus aspectos ambientais identificados. Entre os requisitos a

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serem identificados, destacam-se: os requisitos da legislação ambiental aplicável, os códigos e princípios setoriais e outros os quais a empresa tenha aderido [15].

Segundo Vilas (2006), parte das concessionárias asseguram que não irão realizar qualquer tipo de investimento ambiental e poucas se mostram interessados em conhecer a caracterização de sua realidade ambiental. Os investimentos futuros mais citados são focados em: procedimentos para uso de produtos químicos, conservação de água, disposição final dos resíduos, coleta seletiva, tecnologias de tratamento de efluentes e treinamento para educação ambiental. A maior dificuldade enfrentada para resolver os problemas ambientais, nas concessionárias, é não dispor das informações sobre as soluções técnicas.

Durante a vida útil dos veículos, com a necessidade de substituição de peças e componentes, se faz necessário uma gestão ambiental adequada no setor de serviços, que precisa dar uma destinação correta ao descarte desses materiais. Estes procedimentos têm sofrido regulamentações ambientais mais severas, algumas como as resoluções do CONAMA 09/93, 257/99, 258/99, 272/00 que tratam respectivamente sobre descarte e disposição de óleos, baterias, pneus e sobre ruídos (Vilas, 2006).

Conceição et. al. (2011), verificou que algumas concessionárias de veículos estabelecem metas de redução voluntária de geração de CO2 e desenvolve mecanismos para neutralizar o dióxido de carbono decorrente de suas atividades. Esse esforço inclui a utilização de um sistema de avaliação de ciclo de vida, que mede, avalia e analisa o impacto ambiental dos produtos desde a fabricação até o descarte, envolvendo todos os tipos de energia consumidos nas fábricas (energia elétrica, querosene, gás natural etc.).

5. PASSIVOS AMBIENTAIS

De acordo com Eletrobrás (2000) a avaliação de passivos pode ser definida como:

Termo utilizado para denominar potenciais riscos de caráter ambiental ao negócio,

que consistem em valores monetários relacionados a cumprimento da legislação

ambiental vigente na data da transação ou a quaisquer obrigações de fazer, de

deixar de fazer, de indenizar, de compensar ou de assumir qualquer outro

compromisso de caráter ambiental com impacto econômico sobre os negócios.

Ainda sobre o conceito de passivo ambiental Aren et. al. (2011), afirmam que o passivo ambiental representa a contaminação e possíveis danos ao meio ambiente causados por armazenamento de resíduos sólidos, disposição ou lançamentos de soluções e/ou efluentes inadequados. Conforme estudos técnicos, nas grandes reorganizações societárias, o montante das obrigações de reparação de danos ao meio ambiente tem efeito significativo sobre as negociações, causando sérios prejuízos ao comprador quando não detectadas no ato da negociação.

Observa-se, de acordo com as definições anteriores que o passivo ambiental tem estreita relação com os aspectos ambientais decorrentes das atividades do empreendimento e pelos impactos ambientais acumulados até o exato momento da transação.

A importância da avaliação de passivos ambientais se justifica, principalmente, pelo fato que em toda transação econômica o estabelecimento do valor justo é contraditório pois, o vendedor procura sempre provar a existência de um valor maior, enquanto o comprador busca contrapor pelo exagerado do preço pretendido pelo vendedor.

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No que diz respeito aos passivos ambientais, entendidos como depreciador do valor de um empreendimento ou imóvel, esse confrontamento no processo de negociação acaba sendo mais dificultado, já que não existem padrões absolutos e bem definidos no que se refere ao desempenho de fontes de poluição, ou ao estado de qualidade do meio ambiente ou mesmo, ainda, quanto ao sistema ideal de monitoramento, gestão e controle dos aspectos e impactos ambientais das organizações e, principalmente, à valoração econômica financeira dos passivos ambientais (Arend et. al., 2011).

O processo de realização de uma avaliação de passivos ambientais completo são realizados seguindo normas definidas, sendo que a Norma ASTM-American Society for Testing and Materials tem sido a mais utilizada por ter aceitação internacional nas transações comerciais. Essa norma deve ser realizada em três fases, sendo cada uma definida pelas normas: a ASTM E 1527-97 (1997) na Fase I, a ASTM E 1903-97 (1997) na Fase II e a ASTM E 1528-96 (1996) na Fase III. A Fase I se restringe ao processo de levantamento e constatação, no local, de possíveis pontos potenciais ou suspeitos de existência de passivos ambientais; na Fase II são realizados trabalhos no local para confirmar o fator ambiental impactado, definir a dimensão do impacto dentro de cada fator ambiental e especificar o agente ou agentes que provocaram o impacto ambiental e; na Fase III são definidos os processos para realizar a remediação e o monitoramento do passivo ambiental e os custos.

Os passivos ambientais podem ser classificados em: passivo de adequação, passivo de remediação e passivo administrativo (Eletrobrás, 2000).

O mesmo autor os define como:

• Passivo de adequação: valor monetário composto dos custos de implantação de procedimentos e tecnologias que possibilitem o atendimento às não-conformidades em relação aos requisitos legais, acordos com terceiros e às políticas e diretrizes ambientais da empresa em questão. Como regra básica, o passivo de adequação se refere a atividades nos limites de propriedade da organização;

• Passivo de remediação: valor monetário composto dos custos necessários à

recuperação de áreas degradadas devido às atividades do empreendimento de interesse ou decorrentes das atividades de terceiros (cuja remediação tenha sido assumida pelo empreendedor / operador independentemente da responsabilidade civil). Como regra geral, o passivo de remediação se refere a atividades realizadas no meio ambiente;

• Passivo administrativo: valor monetário composto dos custos referentes às multas,

dívidas, ações jurídicas, taxas e impostos referentes à inobservância de requisitos legais e de sentenças nos autos de ações judiciais das partes afetadas. Da análise dessa classificação pode-se deduzir que o único passivo ambiental que

realmente afeta o valor imobiliário da propriedade ou imóvel, onde funciona o empreendimento, é o passivo de remediação, pois os outros dois recaem sobre o empreendimento especificamente.

Em trabalhos de prestação de serviços de consultoria em aproximadamente 320 concessionárias de veículos, realizados pela Ouro Verde Meio Ambiente e Negócios Sustentáveis Ltda., com a finalidade de avaliar os passivos ambientais, constatou-se que a maioria das concessionárias visitadas apresentaram passivos ambientais, predominando os de adequação e administrativos.

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Para Kraemer (2014) aquantificação econômica dos passivos ambientais deve definir critérios que permitam a obtenção de custos: de implantação dos sistemas de controle, de estudos a realizar,de multas, das indenizações e financeiros decorrentes de atrasos não previstos no planejamento da implantação e operação do empreendimento.

O mesmo autor define os principais critérios para definir as diferentes fontes de custos dos passivos ambientais, como sendo:

• A legislação aplicável, que pode exigir a adoção de medidas sejam administrativas, estudos ou construção de estruturas ou mudanças de processos;

• Exigências e compromissos assumidos como:licenças, multas ou autorizaçõesdas

agências de controle ambiental; transações na forma da lei com diferentes entidades públicas ou privadas; acordos públicos lavrados com as mesmas partes interessadas; sentenças judiciais e termos de compromisso com a justiça;

• Cumprimento da Política Ambiental da organização, definida por diretrizes e/ou

programas corporativos e objetivos da própria organização declarados junto ao público interno e externo;

• Orientações e obrigações compactuadas com agentes financiadores e entidades de

fomento, constantes dos respectivos contratos firmados e requisitos de companhias classificadoras e seguradoras;

• Ações Corretivas, definidas por estudos de risco, necessárias para prevenir riscos ao

meio ambiente, à saúde humana ou à propriedade;

• Qualquer tipo de ação como: remediação, adequação, compensação, entre outras, referentes a passivos ambientais gerados por terceiros, independentemente da responsabilidade civil sobre o objeto em questão, que venha a constar do balanço contábil da;

• Nas avaliações de passivos ambientais, os relatórios podem incluir, por requerimento do cliente, uma avaliação da viabilidade e probabilidade da entrada em vigor de novas leis e regulamentos. Bueno (2007) é categórico em afirmar que considerando a inexistência de metodologia

consolidada para a avaliação de passivos ambientais todos os trabalhos realizados focando esse tema poderão fornecer importante contribuição ao desenvolvimento metodológico da avaliação de passivos ambientais que cada vez mais se afirma como um importante instrumento de gestão de negócios.

6. CONCLUSÃO

A avaliação de impactos ambientais, por ser uma sistemática recomendada e obrigatória a ser realizada antes mesmo do empreendimento ser instalado, procurando sempre comparar cenários atuais com cenários futuros, levanta os aspectos ambientais e sua significância, propondo as medidas mitigadoras daqueles de maior significância e as medidas compensatórias para aqueles que, mesmo mitigados, ainda sejam significativos. Ou seja, os estudos de avaliação de impactos ambientais conseguem quantificar economicamente os

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custos das medidas de mitigação e de compensação dos aspectos ambientais de um empreendimento que pretende instalar-se num local específico e sob determinadas condições, contudo, por não fazer parte de seu escopo, não tem como premissa propor uma sistemática de valoração de impactos ambientais que ainda não ocorreram.

Em relação à adequação ambiental de empresas, o processo procura identificar os aspectos e impactos ambientais que ocorrem na empresa, sejam eles de naturezas: legal, social ou ambiental, e propõe, no seu escopo, medidas e custos para mitigar ou para eliminar aqueles que tenham maior significância, contudo, não propõe custos para os passivos ambientais. Observa-se que para realizar uma adequação de empresas existem vários procedimentos já reconhecidos e utilizados, como é a própria Norma ISO 14001-2004.

A avaliação de passivos ambientais é ainda um processo impreciso, no sentido de atender as especificidades de cada empreendimento, além de ser complicado de realizar, visto que a própria norma americana ASTM-American Society for Testing and Materials, propõe a realização dos trabalhos em três fases, somada a todas as normatização proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas para a realização da coleta e transporte das amostras, como para a própria realização das análises.

As recomendações da Norma ASTM-American Society for Testing and Materials, priorizam os passivos ambientais do tipo de remediação, deixando a desejar nos passivos dos tipos de adequação e administrativos.

Por mais criterioso que seja um estudo de valorização dos passivos ambientais provocados por concessionárias de veículos, sempre essa valoração é realizada considerando apenas os custos da remediação dos passivos, sem computar os custos ambientais, sociais e de oportunidade, dessa forma, parte dos custos dos passivos ambientais provocados pelas concessionárias de veículos são externalizados.

A grande maioria das concessionárias de veículos do Brasil possuem passivos ambientais, com predominância das classes de adequação e administrativos.

Como as concessionárias de veículos representam a ligação direta entre as marcas e os clientes e, pelofatoda sociedade estar cada vez mais atenta ao desempeno ambiental das empresas,e isto se configurar como um quesito de escolha na hora de decidir a compra de um veículo, é necessário que as montadoras participem de forma mais ativa no desempenho ambiental dos distribuidores de veículos.

7. REFERÊNCIA BIBIOGRÁFICAS

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