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54 Versão 1.0: Março 2015 CAPÍTULO 4 INVENTÁRIO FLORESTAL E LEVANTAMENTO DO ESTOQUE DE CARBONO FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCS A METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA P55: Preparando-se para o trabalho de campo P58: Plano de amostragem P60: Medição da vegetação P62: Fotografias da parcela P65: Entrada e gestão de dados P66: Derivando o estoque médio de carbono por classe de vegetação P67: Finalizando a classificação P68: Apêndice: Formulário de campo e lista de equipamento da equipe de inventário Por George Kuru dan Alex Thorp, Ata Marie Group Ltd. Os autores gostariam de agradecer Jaboury Ghazoul e Chue Poh Tan da ETH-Zurich; Michael Pesco e Rob McWilliam do TFT; e Yves Laumonier da CIFOR pelos construvos comentários nas versões anteriores. CONTEÚDO DO CAPÍTULO Inventário florestal e levantamento do estoque de carbono Capítulo 4

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Versão 1.0: Março 2015

CAPÍTULO 4 INVENTÁRIO FLORESTAL E LEVANTAMENTO DO ESTOQUE DE CARBONO

FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCSA METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA

P55: Preparando-se para o trabalho de campo

P58: Plano de amostragem

P60: Medição da vegetação

P62: Fotografias da parcela

P65: Entrada e gestão de dados

P66: Derivando o estoque médio de carbono por classe de vegetação

P67: Finalizando a classificação

P68: Apêndice: Formulário de campo e lista de equipamento da equipe de inventário

Por George Kuru dan Alex Thorp, Ata Marie Group Ltd.

Os autores gostariam de agradecer Jaboury Ghazoul e Chue Poh Tan da ETH-Zurich; Michael Pescott e Rob McWilliam do TFT; e Yves Laumonier da CIFOR pelos construtivos comentários nas versões anteriores.

CONTEÚDO DO CAPÍTULO

Inventário florestal e levantamento do estoque de carbono

Capítulo 4

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CAPÍTULO 4 INVENTÁRIO FLORESTAL E LEVANTAMENTO DO ESTOQUE DE CARBONO

FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCSA METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA

Preparando o trabalho de campo

“Como atividades de amostragem de campo provavelmente resultarão em interações diretas com membros comunitários, as comunidades locais já devem estar informadas sobre a Metodologia e processo HCS antes do inventário florestal começar”

Conforme descrito no capítulo anterior, a primeira etapa da classificação de vegetação do processo HCS é a utilização de imagens de satélite para dividir a vegetação em diferentes classes e identificar potenciais áreas de florestas HCS. A próxima etapa da avaliação HCS é testar essas classes em campo e atribuir-lhes valores médios de carbono através da medição da vegetação dentro de parcelas de amostras. Este capítulo explica como selecionar e configurar as parcelas de amostras, realizar medições, calcular o carbono acima do solo e finalizar a classificação da vegetação. O público-alvo são profissionais com um bom conhecimento do uso de análise estatística para informar técnicas de amostragem.

Mapeamento comunitário e processos de CLIP

Como atividades de amostragem de campo provavelmente resultarão em interações diretas com membros comunitários, as comunidades locais já devem estar informadas sobre a Metodologia e o processo HCS antes do inventário florestal começar. Idealmente, isso deveria acontecer durante o engajamento inicial com as comunidades e até os estágios iniciais do processo de Consentimento Livre, Informado e Prévio (CLIP) descrito no Capítulo 2. As comunidades também precisarão dar consentimento para quaisquer atividades de amostragem sendo realizadas em suas terras.

O mapeamento participativo e o engajamento com a comunidade deveriam ter indicado a esta altura as áreas que as comunidades identificaram como importantes para manter seus meios de subsistência atuais e futuros, e suas necessidades socioculturais. Estas podem incluir tanto áreas de floresta HCS, como por exemplo as utilizadas para a coleta de produtos florestais não-madeireiros ou caça, quanto áreas não-HCS, tais como sítios, plantios ou parcelas agroflorestais. Observe que, se essas áreas não-HCS forem identificadas durante a classificação baseada em imagens ou durante a amostragem de campo, mas não forem identificadas durante o processo de mapeamento participativo, isto pode ser um indicador de que o processo de mapeamento participativo/CLIP não foi suficientemente completado e deve ser revisto antes de o processo HCS poder ser finalizado.

Todas as fotos: Cortesia do TFT ©

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FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCSA METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA

Preparando o trabalho de campo

Determinando o número e tipo de parcelas de amostra

Amostras de campo para avaliações na metodologia HCS centram-se na análise da biomassa das árvores dentre as potenciais classes de floresta HCS. A maior parte das amostras de campo estão distribuídas nas classes conhecidas como “floresta em estágio inicial de regeneração” e “floresta de baixa densidade”. Embora arbustos e áreas abertas provavelmente possuam baixos níveis de carbono, o processo de avaliação HCS procura ter uma amostragem de um número limitado de parcelas para confirmar essa suposição. Outras classes, tais como “áreas de plantação existentes” (por exemplo: dendê, culturas alimentares) e “áreas isoladas”, incluindo áreas comunitárias, turfeiras e áreas HCV geralmente não são avaliadas, pois se espera que essas áreas sejam demarcadas separadamente.

O número adequado de amostras a serem medidas em cada uma das classes é difícil de prever no início da avaliação de campo, a menos que dados locais sobre essa variabilidade estejam disponíveis. Na ausência de tais dados, deve ser orçado um tempo em campo suficiente para aumentar o tamanho de amostras conforme for necessário para atingir as metas de precisão, reconhecendo que retornar ao local em uma data posterior para realizar uma nova coleta de amostras é caro.

As metas de precisão recomendadas para a avaliação HCS são:

• Inventários do estoque de carbono da floresta devem ser planejados para alcançar metas sobre o estoque de carbono em intervalo de confiança de 90% dos estoques de carbono totais. Um processo adaptativo pode ser necessário para refinar o tamanho da amostra e atingir o nível de 90% de confiança.

• A variabilidade dentro de uma classe de vegetação (por exemplo, dentro da categoria Floresta de Alta Densidade) pode exceder a meta de precisão de 90%, desde que na última análise as classes sejam estatisticamente diferentes umas das outras.

O número de parcelas planejado deve ser suficiente para cumprir as metas de precisão de cada classe principal em cada região. Uma equação simples para estimar o número de amostras é:

N = t2 s2 / E2

onde

N = amostras para estimar a média ± E

t = valor do t da tabela do teste de Student para 90% de intervalo de confiança

s = desvio-padrão estimado com base em conjuntos de dados existentes para tipos de florestas semelhantes. Departamentos florestais do governo muitas vezes possuem dados relevantes.

E = erro mais provável, expresso como uma percentagem do valor médio estimado

O número resultante deve ser arredondado para o número inteiro mais próximo.

Por exemplo, para examinar uma classe de vegetação HCS com um nível estimado de estoque de carbono de 57 toneladas/hectare e um desvio padrão estimado de 35 toneladas/hectare, com um erro amostral permitido de +/- 10% do estoque de carbono médio e com limites de confiança de 90%, o número de parcelas de amostra é calculado:

N = tst 0.9

2 * s2 / E2 = 1.662 * 352 / (57*10%)2 = 62.6

Arredondado para N=63

“A maior parte das amostras de campo estão distribuídas nas classes conhecidas como floresta em estágio inicial de regeneração e floresta de baixa densidade”

Semua foto: hak cipta TFT©

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Selecionando a equipe de pesquisa

Uma única equipe de pesquisa é geralmente composta de 6-8 pessoas como se segue:

Equipamento necessário para o trabalho de campo

Os dados da amostragem devem ser anotados em cadernos de campo. Um exemplo de layout de caderno de campo é mostrado no Apêndice, juntamente com uma lista de equipamentos para a equipe de inventário.

“Para uma medição eficiente, a equipe precisa ser capaz de mobilizar-se para o local de medição rapidamente e passar um dia inteiro trabalhando sem interrupções”

O número de membros na equipe é variável e depende do nível de habilidade e das condições na floresta. O líder da equipe decidirá sobre a composição da equipe.

Para uma medição eficiente, a equipe precisa ser capaz de mobilizar-se para o local de medição rapidamente e passar um dia inteiro trabalhando sem interrupções. Portanto, suporte logístico em termos de guias locais e transporte adequado para toda a equipe é imperativo.

Quando o acesso é difícil, pode ser mais eficiente para as equipes montar um acampamento. Neste caso, equipamento de acampar terá de ser fornecido e um cozinheiro deve ser adicionado à equipe.

Para a maioria das pesquisas várias equipes devem ser empregadas. Um gerente de logística deve ser nomeado para assegurar que as equipes recebam o suporte logístico necessário. Um gerente de dados deve ser nomeado para realizar a entrada de dados e sua gestão em geral. Exercícios conjuntos de treinamento devem ser realizados no início do período de inventário para garantir que todos os líderes de equipe entendam os procedimentos e os implementem da mesma maneira.

Posição Número de Descrição e papel pessoas

Líder da equipe 1 Silvicultor graduado com experiência em inventários

Responsável pela organização e desempenho da equipe, em particular pelo seguinte:

• Direcionar-se para o ponto inicial do transecto • Manter o caderno de campo • Operar o GPS • Medir a altura das árvores • Capturar fotos das parcelas • Gestão e transferência dos dados

Assistentes 2 Técnicos experientesde medição Papel principal é medir diâmetros, etiquetar

árvores e identificar espécies. É essencial que pelo menos um dos dois assistentes seja familiarizado com os nomes das espécies de árvores locais

Limpador das 1 Trabalhador responsável por remover videiras parcelas e trepadeiras das árvores a serem medidas

para facilitar a medição de seu diâmetro e altura

Operador de 1 Medir o comprimento do transecto e medidor hip chain pela localização dos pontos centrais das

parcelas ao longo do transecto

Responsável pela 1 Assegurar que as linhas do transecto bússola sejam cortadas cf. as orientações corretas,

pré-traçadas da bússola

Cortador de linhar 2 Função: Limpar a linha do transecto para permitir uma rápida mobilização para pontos nas parcelas

Semua foto: hak cipta TFT©

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Configurando as parcelas

Plano de amostragem

Parcelas podem ser localizadas de forma aleatória ou sistemática dentro de uma classe. A amostragem aleatória é uma abordagem estatística mais completa e robusta, mas geralmente mais lenta que a amostragem sistemática e pode ser mais cara. A localização sistemática de parcelas é geralmente mais barata e mais fácil de implementar em campo, permitindo que um número maior de parcelas seja medido dentro de um determinado período de tempo. Parcelas podem ser localizadas ao longo de uma formação em forma de grade, ou ao longo de transectos uniformemente espaçados em toda a classe, sem qualquer viés. Uma combinação de amostragem aleatória e sistemática também pode ser usada para aumentar a precisão.

Os métodos para a configuração de parcelas sistemáticas e aleatórias são descritos abaixo; ambos planos de amostragem são aceitos na Metodologia HCS.

Independentemente do plano de amostragem usado, antes do trabalho de campo começar, é importante definir a sequência na qual as parcelas serão medidas em um plano de navegação a ser estabelecido. O plano deve descrever:

• O ponto de acesso inicial que oferece o acesso mais fácil à primeira parcela. Os pontos de acesso iniciais são normalmente localizados em pontos convenientes ao longo de estradas ou outras vias de acesso.

• As coordenadas de cada parcela (carregadas no GPS) em ordem de medição.

• O rumo da bússola de uma parcela para a outra

• A distância entre parcelas

Navegando e configurando parcelas sistematicamente localizadas usando transectos

Líderes de equipe de campo devem ser fornecidos com instruções para cada transecto, incluindo: :

• Mapa

• Coordenadas do ponto inicial (carregadas nos GPS). Os pontos iniciais de transectos são normalmente localizados em pontos convenientes ao longo de estradas, rios, canais ou outras vias de acesso.

• Rumo da bússola do transecto

• Comprimento do transecto em quilômetros

• Número de parcelas a serem medidas

Transectos devem ser configurados de acordo com as seguintes etapas:

1. A equipe navega para o ponto inicial do transecto nomeado usando um GPS e salva o fixo da localização exata do ponto inicial. Receptores GPS Garmin são preferidos porque possuem frequência única e geralmente não há problemas operacionais sob um dossel florestal pesado. Eles são precisos até cinco metros, o que é adequado para este tipo de pesquisa.

2. Coloque uma coluna no ponto inicial. Etiquete a coluna com fita de sinalização. Registre na fita de sinalização o número e o rumo da bússola do transecto.

3. Atravesse o terreno ao longo do rumo da bússola. O transecto deve estar estritamente localizado ao longo da rota da bússola. Se a equipe de campo encontrar um obstáculo significativo, como penhasco ou fluvial, a equipe de pesquisa deve desviar ao redor do obstáculo, se possível, e recomeçar o levantamento no ponto mais próximo possível ao longo da rota do transecto. Caso contrário, a equipe de pesquisa deve simplesmente terminar o levantamento no transecto em questão.

4. Os pontos centrais das parcelas devem ser localizados sistematicamente a cada 100 metros ao longo do transecto. Para parcelas situadas em uma fronteira [área de transição] entre classes HCS, a abordagem pragmática define classificar a parcela pelo seu tipo predominante de cobertura vegetal, tendo em conta também a classificação do sensoriamento remoto. Em casos extremos de questões de limites, por exemplo, onde densas florestas fazem fronteira com terra nua, a parcela deve ser notada como “não quantificável”.

Note que a localização das parcelas não necessita de ajuste para inclinação ao longo do transecto, desde que as localizações sejam medidas com precisão por GPS. Medidores hip chain devem somente ser utilizados para medir distâncias entre parcelas em terrenos planos.

Parcelas não devem ser movidas por nenhum motivo. Se uma parcela não pode ser quantificada por razões de segurança, tais como inclinação extrema ou galhos pendurados, ou se ela está localizada dentro de um curso de água (rio ou riacho), deve ser caracterizada como “não quantificável” e a amostragem deve continuar no ponto central da parcela seguinte. A observação também deve ser marcada no mapa da parcela e levada à atenção da empresa.

Todas as fotos: Cortesia do Corozal Sustainable Future Initiative, Belize ©

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Navegando e configurando parcelas sem transectos

Localizações aleatórias de parcelas são geradas usando o software GIS, enquanto parcelas sistemáticas são normalmente localizadas usando uma formação em grade. Parcelas devem ser caracterizadas de acordo com as seguintes etapas:

1. Navegue até o ponto de acesso inicial usando o GPS.

2. Atravesse o terreno até o ponto central da parcela usando o GPS.

3. Identifique a localização exata da parcela usando o GPS.

Como mencionado acima, parcelas não devem ser movidas por motivo algum. Se uma parcela não pode ser quantificada por razões de segurança, deve ser caracterizada como “não quantificável” e a amostragem deve continuar no ponto central da parcela seguinte.

Tamanho e forma da parcela da amostra

O mesmo tipo de parcela é usado para amostragem aleatória, sistemática e transecto. A configuração recomendada da parcela são dois círculos concêntricos do ponto central com uma área de 500m2 ou 0.05ha. Parcelas circulares são preferíveis a parcelas retangulares por minimizar o potencial de erro devido a fatores de inclinação e obstáculos físicos que possam distorcer os limites da parcela.

Demarcação de parcelas

1. Coloque uma coluna no centro da parcela. Etiquete a coluna com fita de sinalização. Registre o ID da parcela na fita de sinalização. Árvores em pé não devem ser utilizadas como marcadores de parcela.

2. Capturar o fixo do GPS no ponto central da parcela e escrever o número do fixo no caderno de campo. Números de fixo devem ser o número sequencial produzido pelo GPS. Não edite esse número.

3. A partir do ponto central, a primeira subparcela é quantificada usando uma fita métrica, ou corda previamente medida, que pode ser puxada com firmeza a uma distância horizontal de 5.64m. Uma segunda subparcela é então estabelecida através da medição de uma distância horizontal de 12.61m com uma fita métrica firmemente puxada ou corda previamente medida. Quando uma corda previamente medida for usada, é importante que a corda seja inelástica para limitar os erros resultantes do alongamento da corda.

4. As seguintes informações de identificação de todas as parcelas devem ser gravadas no caderno de campo:

• Nome da concessão

• Data

• Nome do líder da equipe de campo

• Número da parcela e transecto

• Número fixo do GPS para o ponto central da parcela

• Classe HCS na parcela baseada nas definições genéricas fornecidas

• Condições do solo, por exemplo, solo orgânico/turfa, solo mineral, solo marinho argiloso, água parada

• Descrição geral da parcela e área circundante, incluindo evidência de fogo, exploração florestal e outras atividades humanas, por exemplo, látex ou outras culturas agrícolas

Todas as fotos: Cortesia do TFT ©

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Medição da vegetação

O foco da medição de vegetação são as grandes espécies de plantas que geralmente compreendem a grande maioria da biomassa de superfície. Os outros reservatórios florestais de carbono não são quantificados porque são relativamente pequenos em tamanho (por exemplo, sub-bosque da floresta) ou difíceis e caros de avaliar (por exemplo, biomassa subterrânea, madeira de árvores mortas, matéria orgânica do solo).

Grandes espécies de plantas são definidas como aquelas que possuem um diâmetro na altura do peito (DAP) maior ou igual a 5cm. Isto inclui as espécies arbóreas e não arbóreas. Altura do peito para a medição DAP é definida como 1.3 metros.

Grandes espécies de plantas (referidas como ‘árvores’ por simplicidade, mas que podem incluir espécies não arbóreas, tais como algumas espécies de palmeira) são medidas através dos seguintes passos:

1. Identificação de árvores “dentro”: uma árvore “dentro” é definida como uma árvore cujo centro do tronco em DAP está dentro dos limites da parcela. Árvores na beira da parcela serão verificadas usando um corda de nylon marcada no raio correto da parcela.

2. Fita de sinalização: Cada árvore deve ser rotulada com fita de sinalização. A etiqueta deve indicar o número da árvore como registrado no caderno de campo.

3. Medida do DAP: Todas as árvores maiores ou iguais a 15 cm DAP devem ser medidas na parcela grande. Além das árvores de grande porte, todas as árvores maiores ou iguais a 5 cm e inferiores a 15 cm DAP devem ser medidas na parcela pequena.

4. Medida de altura: Dependendo da eventual equação alométrica usada, também pode ser necessário medir a altura das árvores. A altura das árvores deve ser medida usando clinômetros da seguinte forma:

• Dois operadores medem 10 metros da base da árvore usando um clinômetro.

• Aos 10 metros, uma medida em percentagem é tomada para a base da árvore. O operador na árvore pode ajudar ao empurrar árvores e arbustos fora da linha de visão do clinômetro e ao usar um colete de alta visibilidade para indicar a parte inferior da árvore.

• Outra medida em percentagem é tomada na parte superior da altura comercial da árvore. Altura comercial é o ponto em que o tronco principal da árvore vai para a coroa, ou quando o ramo principal ramifica-se.

• A soma das duas medidas (da base e do topo do tronco) é dividida por 10 para se obter o comprimento do tronco em metros (por exemplo, 15% para baixo mais 110% para cima equivale a 125%, para uma altura de tronco de 12.5m).

Sabendo a altura total do tronco, é então possível estimar o comprimento e a correspondente qualidade das diferentes seções ao longo do tronco.

“O foco da medição de vegetação são grandes espécies de plantas que geralmente compreendem a grande maioria da biomassa de superfície”

FIGURA 1: DECIDINDO SOBRE ÁRVORES NO LIMITE

FORA DA PARCELA

DENTRO DA PARCELA

PARCELA PLOT

ÁRVORE ESTÁ FORAMais que a metade do caule/troncoda árvore está fora do limite da parcela

ÁRVORE ESTÁ DENTROMais que a metade do caule/tronco da árvore está dentro do limite da parcela

O diâmetro na altura do peito é definido como

Formato da árvore Método de medição

Árvore bem formada Diâmetro do caule é medido 1.3m acima do solo a partir

da lateral ascendente da árvore

Árvore forquilha O diâmetro de cada caule é medido separadamente

abaixo de 1.3m 1.3m acima do solo a partir da lateral ascendente da árvore

Árvore possui uma Diâmetro do caule é medido 0.5m acima do ponto onde

grande deformidade a deformidade termina

a 1.3m

Tabulação da raiz ocorre Diâmetro do caule é medido 0.5m acima do ponto onde

acima de 1.3m a tabulação termina

TABELA: MÉTODO DE MEDIÇÃO DO DIÂMETRO

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5. Espécies: Todas as árvores medidas na parcela devem ser identificadas pelo gênero e, de preferência pelo nome da espécie. Isto porque esta informação pode ser necessária na equação alométrica, mas também para possibilitar descrever a composição e estrutura da floresta de uma forma geral. Como mencionado acima, botânicos ou silvicultores com experiência local devem idealmente fazer parte da equipe de campo; nomes locais podem ser anotados no caderno de campo e traduzidos para os nomes das espécies mais tarde. Se determinada espécie não pode ser identificada nem por seu nome local, fotografias e amostras botânicas devem ser coletadas e marcadas para que a identificação possa ser feita por especialistas em data posterior.

A figura à direita ilustra a configuração da parcela

1.3�

1.3� 1.3�

0.5�

1.3�

0.5� 1.3�

0.5�

ALTURA DO PEITO (AP) = 1.3m A PARTIR DA LATERAL ASCENDENTE DA ÁRVORE

TRATAR COMO DOIS CAULES COM DOIS DAP SEPARADO

REGISTRAR DAP 0.5m ACIMA DA DEFORMIDAD

REGISTRAR DAP 0.5m ACIMA DA TABULAÇÃO

FIGURA 3: MÉTODO DE MEDIÇÃO DO DIÂMETRO Nota: Pequenas correções foram feitas neste diagrama em 13.04.2015 para adequá-lo ao texto

“Todas as árvores medidas na parcela devem ser identificadas pelo gênero e, de preferência nome da espécie”

FIGURA 2: LAYOUT DA PARCELA DO INVENTÁRIO HCS

HCS INVENTORY PLOT LAYOUT

ÁRVORES COM DAP 5–14.9 MENSURADAS

NÃO MENSURADAS

ÁRVORES COM DAP 5–15 OU MAIS MENSURADAS

NÃO MENSURADAS

CENTRO DA PARCELA

LIMITE DA SUBPARCELA

DIREÇÃO DO TRANSECTO

LIMITE DA PARCELA GRANDE

PARCELA

SUBPARCELA

PARCELA GRANDE

RAIO DA PARCELA (�)

5.64

12.61

ÁREA DE AMOSTRAGEM DA PARCELA (�2)

100

500

ÁRVORES COM DAP DE 15CM OU MAIS (��)

5 – 14.9

15 up

Todas as fotos: Cortesia do TFT ©

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Fotografias da parcela

“A função de rastreamento do GPS deve ser mantida ligada em todos os momentos durante o levantamento de campo para permitir que as fotos sejam georreferenciadas”

Em todas as parcelas na floresta, cinco fotografias digitais deverão ser tomadas sempre no centro da parcela. Quatro fotos serão orientadas para o norte, sul, leste e oeste, com uma foto apontando diretamente para cima para mostrar a densidade do dossel. As fotografias devem ilustrar a estrutura básica e densidade da vegetação em cada parcela. A função de rastreamento do GPS deve ser mantida ligada em todos os momentos durante o levantamento de campo para permitir que as fotos sejam georreferenciadas.

As imagens abaixo mostram fotos terrestres da cobertura do solo comparadas aos pixels de imagens de satélite. Fotos do céu e dossel ilustram a densidade da cobertura do solo.

Imagens de satélite são do Landsat 8, com uma combinação RGB de 6,4,2.

FIGURA 4: EXEMPLOS DE IMAGENS DE SATÉLITE E CORRESPONDENTES FOTOGRAFIAS DE CAMPO (DOSSEL, PARA O NORTE, SUL, LESTE E OESTE)

Área aberta

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Todas as fotos: Cortesia do TFT ©

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Floresta em estágio inicial de regeneração

Arbusto

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Fotografias da parcela

FIGURA 4: EXEMPLOS DE IMAGENS DE SATÉLITE E CORRESPONDENTES FOTOGRAFIAS DE CAMPO (DOSSEL, PARA O NORTE, SUL, LESTE E OESTE)

Floresta de Baixa Densidade

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Entrada e gestão de dados

Líderes de equipe devem baixar o mapa e dados de fixo do GPS para computadores pessoais em formato Ozi/Garmin todas as noites, quando possível. Além de dados e fotografias, líderes de equipe devem escrever uma curta descrição das condições da floresta e outras observações pertinentes para cada transecto.

Cadernos de campo completos, dados de GPS e fotos devem ser entregues ao Gerente de Dados de Inventário que anotará os dados da parcela em uma planilha e fará a compilação de todas as informações em um formato lógico para a equipe de GIS. Líderes de equipe devem verificar os dados introduzidos para o caso de haver qualquer inconsistência.

“Além de dados e fotografias, líderes de equipe devem escrever uma curta descrição das condições da floresta e outras observações pertinentes para cada transecto”

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Versão 1.0: Março 2015

CAPÍTULO 4 INVENTÁRIO FLORESTAL E LEVANTAMENTO DO ESTOQUE DE CARBONO

FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCSA METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA

Derivando o estoque médio de carbono por classe de vegetação

“É importante reconhecer que as equações foram geralmente geradas para florestas não degradadas, e podem não ser apropriadas para florestas degradadas onde o ambiente foi substancialmente alterado”

Uma vez que os dados sejam inseridos, cada parcela é analisada para fornecer estimativas de caules por hectare e estoques de carbono como se segue.

Caules por hectareO número médio de caules por hectare é calculado por tamanho da parcela. A equação usada é:

Caules por ha = (Número de árvores na parcela) / (Tamanho da parcela em hectares))

Teor de carbono

O processo de avaliação HCS utiliza equações alométricas para estimar a biomassa das árvores e áreas florestais. Equações alométricas ajudam a estimar as características de uma árvore difícil de medir, por quantificar, ao invés, atributos correlacionados dessa mesma árvore. Por exemplo, o diâmetro na altura do peito pode der medido e em seguida usado para determinar a biomassa de superfície da planta inteira.

Muitas equações alométricas existem ao redor do mundo; algumas são específicas para um tipo de floresta ou espécie de árvore, enquanto outras são mais genéricas para cobrir uma ampla gama de situações. Equações alométricas são comumente desenvolvidas a partir de grandes amostras para melhorar sua precisão, embora seja importante reconhecer que as equações foram geralmente geradas para florestas não degradadas, e podem não ser apropriadas para florestas degradadas onde o ambiente foi substancialmente alterado. Uma lista útil de equações alométricas pode ser encontrada em: http://www.globallometree.org/. O Comitê Científico Consultivo do Grupo de Coordenação da Metodologia HCS indicará uma lista de equações alométricas aprovadas para as diferentes regiões de interesse. Conselhos e contribuições neste tópico são bem-vindos

Note-se que: :

• A gravidade específica mede a densidade seca de madeira. Se a espécie é conhecida, a gravidade específica conforme observada no World Agroforestry Centre’s (WAC) Wood Density Database (http:// db.worldagroforestry.org/wd) deve ser usada, e a média em nível de gênero usada quando apenas o gênero é conhecido. Caso contrário, um valor padrão de 0.55 toneladas/m3 de verde para espécies de árvores tropicais e 0.247 toneladas/m3 de verde para espécies de palmeiras deve ser usado, com base em valores médios fornecidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (2006), Guia Metodológico para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa, Volume 4. Agricultura, Silvicultura e outros Ordenamentos da Terra e base de dados de densidade de madeira WAC.

• O fator de conversão de carbono estima o componente de carbono da biomassa vegetal. Isto pode ser derivado para tipos específicos de floresta ou o valor padrão do IPCC de 0.47 pode ser usado.

• A equação para estimar a massa de carbono de árvores por hectare é:

Carbono total (toneladas/ha) = Σ ([Carbono da árvore]) / [Tamanho da parcela em hectares]

• Cálculos separados precisam ser feitos ao estimar-se o volume de árvores em subparcelas, visto o tamanho das subparcelas serem diferentes do tamanho da parcela principal.

Após a conclusão do processamento de dados brutos e estimativa de estoques de carbono por classe de vegetação, um teste ANOVA deve ser aplicado para determinar se existem diferenças significativas nas estimativas de carbono por classe. Isto deverá ser seguido por um teste de Scheffe, de comparações múltiplas, para determinar quais grupos são significantemente diferentes. .

Os resultados podem ser colocados no formato da tabela abaixo.

Cobertura da terra Número de Caules por Área basal Estoques de Erro padrão Limites de confiança (90%) parcelas hectare carbono médio da média Superior Inferior

Área aberta

Arbusto

Floresta em estágio inicial de regeneração

Floresta de Baixa Densidade

Floresta de Média Densidade

Floresta de Alta Densidade

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Todas as fotos: Cortesia do TFT ©

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FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCSA METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA

Finalizando a classificação

Uma vez que o trabalho de campo seja concluído, os dados de campo são usados para comparar e rever a classificação da vegetação, utilizando uma interpretação visual manual. Em particular, os seguintes dados são utilizados:

Resultados do levantamento aéreo:

• Se um levantamento aéreo foi realizado, um banco de dadosde fotos aéreas georreferenciadas pode ser compilado em um arquivo*.gdb para cada região. O banco de dados é carregado no GIS, permitindo que as fotografias sejam visualizadas e comparadas com os resultados da classificação.

• Observações escritas coletadas durante o levantamento aéreo

Resultados do inventário florestal:

• O inventário florestal descrito neste capítulo produz um banco de dados de pontos da parcela do inventário, cada um com um valor de estoque de carbono por hectare. Os pontos das parcelas são estratificados em classes de carbono como requerido e sobrepostos sobre as imagens.

• O inventário florestal produz um banco de dados de fotos de parcelas georreferenciadas (cinco fotos por parcela), compiladas em um arquivo .gdb para cada região. O banco de dados é carregado no GIS, permitindo que as fotografias sejam visualizadas e comparadas com os resultados da classificação.

• Mix de espécies, por exemplo, com prevalência de espécies pioneiras, tais como Macaranga spp., e existência de árvores plantadas (látex, árvores frutíferas).

• Distribuição de diâmetro, em particular com a prevalência de árvores de diâmetro amplo (DAP de 30cm ou mais).

• Se dados de altura forem coletados, índices estruturais indicando a percentagem de espécies por classe de altura podem ser calculados.

• Descrição do tipo e estágio de desenvolvimento da floresta, tais como floresta pioneira, regeneração de florestas altamente degradadas, floresta degradada, ou floresta primária. Desenvolvimento florestal, índices de sucessão e/ou maturidade também podem ser calculados, o que ajudará a definir planos de conservação e gestão.

• Descrições de parcelas e transectos gravadas por equipes de inventário no campo.

“Fase 2... envolve a integração de potenciais áreas de floresta HCS com áreas de Alto Valor de Conservação, áreas importantes para as necessidades das comunidades, zonas ribeirinhas, turfeiras e outras categorias de terra relevantes, a fim de criar o plano final para desenvolvimento e conservação”

Deve-se notar que a revisão das zonas limítrofes entre classes de vegetação não visa coincidir figuras de carbono de parcelas individuais. Revisões são feitas apenas quando ambas das seguintes condições são aplicáveis:

• Parcelas de inventário revelam uma clara tendência na classificação, por exemplo, de grupos contínuos de parcelas com valores de carbono bem fora do intervalo da classe de vegetação.

• Re-análise de imagens justifica a revisão dos limites entre as classes de vegetação.

Tais revisões devem ser bem documentadas e justificadas para que os revisores externos avaliando a qualidade do processo HCS possam entender por que as alterações foram feitas.

A classificação final resultará em um mapa indicativo de áreas de floresta HCS, incluindo um valor médio de carbono para cada classe de vegetação, bem como uma descrição física da vegetação em cada classe. A segunda metade deste conjunto de ferramentas explica a Fase 2, que envolve a tomada de decisões sobre a importância de pequenas áreas de floresta isoladas e a integração de potenciais áreas de floresta HCS com áreas de Alto Valor de Conservação, áreas importantes para as necessidades das comunidades, zonas ribeirinhas, turfeiras e outras categorias de terra relevantes, a fim de criar o plano final para desenvolvimento e conservação.

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FERRAMENTAS PARA METODOLOGIA HCSA METODOLOGIA DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE CARBONO (HCS): ‘DESMATAMENTO ZERO’ EM PRÁTICA

Apêndice 1: Formulário de campo e lista de equipamento da equipe de inventário

Layout do caderno de campo:

Nome da concessão:

Líder da equipe de campo: Data:

Linha / Parcela: Fixo No:

Cobertura da terra:

Árvore DAP Espécie ou nome local

1

2

3

4

5

6

7

8

Etc

Descrição geral da parcela e área circundante: Exemplo: evidência de fogo, seringueiras adultas fora da parcela

Lista de equipamento recomendada para a equipe de inventário:

Tipo Modelo Número Comentário

GPS

Pilhas

Câmera

Fitas

Medidor Hip chain

Fio

Bússola

1

1 caixa

1

1

2

1

1

20

1

3 km

1

1

1

1 caixa

1 caixa

2

1

2

4

Alternativamente, modelos de GPS

MAP 62

Pilhas extras para o GPS e câmera

Revestidas de fibra de vidro

Revestidas de fibra de vidro

Suunto é uma alternativa

Para escrever na etiqueta da árvore

Para cortar etiquetas das árvores

Para fixar etiquetas nas árvores

Cadernos à prova d’água

Para manter celulares e mapas etc.

secos

Garmin GPSMAP 60CSx

AA

Câmera digital

Fitas para medição

de diâmetro – 5m

Fitas para medição

de diâmetro – 1.8m

Fita métrica de 50m

- TajimaYSR-50

Fita métrica de 20m

- TajimaYSR-20

Fita de sinalização

Chainman II com cinto

Fio do medidor hip chain

SILVA® Starter Tipe 1-2-3

Kit de primeiros socorros

Mochila

Lápis e canetas

Caneta marcador

permanente à prova d’água

1 Estilete KENKO

1 Régua de 30cm

Grampeador e grampos

Cadernos de campo

Sacos de plástico tipo

Ziplock