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Page 1: Introdução - Editora do Livro Técnico · moção do exercício da cidadania. 4 Eixos tecnológicos presentes no guia de cursos FIC: • Ambiente e Saúde: compreende cursos associados
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IntroduçãoPor muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-

da de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

O livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, a obra, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

O livro está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplica-ção cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelec-tual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em atividades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico que acompanha a obra é o fortalecimento mú-tuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um problema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (quími-ca, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, esse livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Educação ProfissionalA Educação Profissional e Tecnológica se configura como uma importante es-

trutura para que todas as pessoas tenham efetivo acesso às conquistas profissionais científicas e tecnológicas. Esse é o elemento diferencial que está na gênese da cons-tituição de uma identidade social particular para os agentes e instituições envolvi-dos nesse contexto, cujo fenômeno é decorrente da história, do papel e das relações que a Educação Profissional e Tecnológica estabelece com a ciência e a tecnologia, o desenvolvimento regional e local e com o mundo do trabalho e dos desejos de trans-formação dos atores envolvidos. Parte integrante de um projeto de desenvolvimento nacional que busca consolidar-se como soberano, sustentável e inclusivo, a Educação Profissional e Tecnológica atende às novas configurações do mundo do trabalho, e, igualmente, contribui para a elevação da escolaridade dos trabalhadores.

Formação Inicial e Continuada (FIC)Segundo o Guia de Cursos FIC elaborado pelo Ministério da Educação (MEC),

o programa instituído no dia 26 de outubro pela Lei nº 12.513/2011 compreende a mais ambiciosa e compreensiva reforma já realizada na Educação Profissional e Tec-nológica (EPT) brasileira. Com a meta de oferecer 8 milhões de vagas a estudantes, trabalhadores diversos, pessoas com deficiência e beneficiários dos programas fede-rais de transferência de renda. O programa conta com cinco objetivos estratégicos. São eles:

• Expandir, interiorizar e democratizar a oferta presencial e a distância de Cur-sos Técnicos e de Formação Inicial e Continuada (FIC).

• Fomentar e apoiar a expansão da rede física de atendimento da EPT.

• Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público, por meio da articulação com a educação profissional.

• Ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio do in-cremento da formação e qualificação profissional.

• Estimular a difusão de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de cursos de EPT.

Aos trabalhadores são oferecidos os cursos FIC com duração de 160 horas ou mais e são organizados em 13 eixos tecnológicos. Os cursos são relacionados pelo Ministério da Educação por meio do Guia de Cursos FIC que representa mais do que o cumprimento de uma obrigação formal, mas a consolidação – em escala nacional – de uma estratégia de desenvolvimento que se recusa a desvincular a qualificação profis-sional de trabalhadores da elevação da escolaridade. Dessa forma é acima de tudo o instrumento de consolidação de uma política pública visando a aproximar o mundo do trabalho ao universo da educação – um instrumento não tão somente de fomento ao desenvolvimento profissional, mas também e, acima de tudo, de inclusão e de pro-moção do exercício da cidadania.

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Eixos tecnológicos presentes no guia de cursos FIC:

• Ambiente e Saúde: compreende cursos associados à melhoria da qualidade de vida, à preservação e utilização da natureza e ao desen-volvimento e inovação do aparato tecnológico de suporte e atenção à saúde.

• Desenvolvimento Educacional e Social: compreende cursos de rela-cionados ao planejamento, execução, controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo em escolas públicas, privadas e demais instituições. São funções que tradicionalmente apoiam e com-plementam o desenvolvimento da ação educativa intra e extraescolar.

• Controle e Processos Industriais: compreende cursos associados aos processos mecânicos, eletroeletrônicos e físico-químicos.

• Gestão e Negócios: compreende cursos associados aos instrumen-tos, técnicas e estratégias utilizadas na busca da qualidade, produtivi-dade e competitividade das organizações.

• Turismo, Hospitalidade e Lazer: compreende cursos relacionados aos processos de recepção, viagens, eventos, serviços de alimentação, bebidas, entretenimento e interação.

• Informação e Comunicação: compreende cursos relacionados à co-municação e processamento de dados e informações.

• Infraestrutura: compreende cursos relacionados à construção civil e ao transporte.

• Militar: compreende cursos relacionados à formação do militar, como elemento integrante das organizações militares que contribuem para o cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas.

• Produção Alimentícia: compreende cursos relacionados ao benefi-ciamento e à industrialização de alimentos e bebidas.

• Produção Cultural e Design: compreende cursos relacionados com representações, linguagens, códigos e projetos de produtos, mobiliza-das de forma articulada às diferentes propostas comunicativas apli-cadas.

• Produção Industrial: compreende cursos relacionados aos proces-sos de transformação de matéria-prima, substâncias puras ou com-postas, integrantes de linhas de produção específicas.

• Recursos Naturais: compreende cursos relacionados à produção animal, vegetal, mineral, aquícola e pesqueira.

• Segurança: compreende cursos direcionados à prevenção, à preser-vação e à proteção dos seres vivos, dos recursos ambientais, naturais e do patrimônio que contribuam para a construção de uma cultura de paz, de cidadania e de direitos humanos nos termos da legislação vigente.

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Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

Devido ao fato do ensino técnico e profissional ter sido renegado a se-gundo plano por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de li-vros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inaces-síveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos dos alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem na Educação Profissional uma oportu-nidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

O Livro Didático Técnico e o Processo de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geral-mente para embasar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refe-re-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do ní-

vel de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conheci-mento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e efi-cácia (habilidades). Assim, o livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

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A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de cons-trução de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a com-preensão e a descrição dos desempenhos das aprendizagens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o processo avalia-tivo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.

Nesse processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre pro-fessor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e constru-tivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o pro-fessor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à corre-ção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A essa correção de rumos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialo-guem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando-o e man-tendo a motivação para o progresso, sugerindo novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem di-ficuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então deve-mos mudar o rumo das coisas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alter-nativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante. Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursi-vas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando à conclusão que esse aluno necessita de um processo de ensino/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. Nesse caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/aprendiza-

gem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em pro-cesso, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado do livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de do-cência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

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Avaliação e ProgressãoPara efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre considerar os avanços al-

cançados ao longo do processo e, para tanto, perguntar se: O aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? O aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas a essas questões, volta a perguntar-se: O aluno apresentou progresso suficiente para acom-panhar a próxima etapa? Dessa forma, o professor e a escola podem embasar o deferimento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação às suas competências. Os diver-sos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliati-vo que incorpora esta possibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhe-cimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, nesse caso, é o próprio aluno.Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação opor-

tuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de AvaliaçãoExistem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante é

que o docente conheça várias técnicas para poder ter um conjunto de ferramentas a seu dis-por e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envolvem na sua própria avaliação.

A avaliação pode incluir:

1. Observação.2. Ensaios.3. Entrevistas.4. Desempenho nas tarefas.5. Exposições e demonstrações.6. Seminários.7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de

um período de tempo.8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais).9. Elaboração de projetos.10. Simulações.11. O pré-teste.12. A avaliação objetiva.13. A avaliação subjetiva.14. Autoavaliação.15. Autoavaliação de dedicação e desempenho.

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16. Avaliações interativas.17. Prática de exames.18. Participação em sala de aula.19. Participação em atividades.20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avalia-

ção discente pelo grupo de professores.No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações des-

tacadas poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmen-te pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criati-vidade em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da ObraAlém de atender às peculiaridades citadas anteriormente, o livro está

de acordo com o Guia de Cursos FIC. Busca o desenvolvimento das habilida-des por meio da construção de atividades práticas, fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da inter-disciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tornan-do-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

O livro está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, em uma linha lógica de aprendizagem. Há exercícios e atividades complemen-tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar e aprofundar os co-nhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de for-ma a ser agradável e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso em um sisudo preto e branco para ser bom. Ser difícil de manuse-ar e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informa-ções para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

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Neste manual do professor apresentamos:• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas.• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.• Sugestões para a gestão da sala de aula.• Uso do livro.• Atividades em grupo.• Laboratório.• Projetos.A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de

atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apresentam-se diversos instru-mentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas GeraisFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 20 fev. 2018.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

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AUXILIAR DE PESSOAL

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Objetivos geraisO livro Auxiliar de pessoal foi elaborado utilizando uma abordagem adequada

ao seu público-alvo, que são os estudantes dos cursos de Qualificação, do eixo de Gestão e Negócios, e está estruturado da seguinte forma: no Capítulo 1 é feita a apresentação de uma perspectiva histórica da área de RH e/ou de administração de pessoal, desde sua criação até os dias de hoje, assim como uma caracterização do perfil do profissional que atua na área.

No Capítulo 2 são mostradas as rotinas de administração de pessoal, no que se refere à admissão do novo empregado. Nos demais capítulos são apontadas as ro-tinas referentes aos cálculos dos diferentes tipos de folhas de pagamentos, confor-me segue: Capítulo 3, folha de pagamentos mensais; Capítulo 4, férias; Capítulo 5, décimo terceiro salário; e Capítulo 6, rescisões. Os temas são estruturados para que o aluno tome conhecimento sobre a legislação relacionada ao assunto e, em se-guida, a forma de operacionalização da rotina. São apresentados exemplos de cada um dos procedimentos (cálculos), além de atividades práticas complementares que auxiliam na aprendizagem.

Essencialmente são tratados os aspectos da legislação trabalhista vigente para os empregados contratados sob o regime celetista, ou seja, aqueles trabalha-dores cujas relações de trabalho são reguladas pela CLT.

É imprescindível que a empresa cumpra as determinações legais referentes aos vínculos empregatícios que mantêm, sob pena de severas multas, mas também é imprescindível que se cumpra a legislação para manter um clima de satisfação entre os empregados. Para isso, necessita de profissionais de RH e/ou administra-ção de pessoal com qualificação e conhecimento para operacionalizar as questões que regulam as relações de trabalho.

Objetivos do material didático• Proporcionar o conhecimento sobre a legislação trabalhista e suas aplicações.

• Oportunizar uma visão prática da área de administração de pessoal de uma empresa, por meio de exercícios relacionados às vivências diárias deste pro-fissional.

Princípios pedagógicosO livro está baseado no constante relacionamento entre a legislação vigente

(conhecimento teórico) e a sua aplicação (conhecimento prático), apresentando--se o embasamento legal e, em seguida, exemplos práticos que ilustram o concei-tual exposto. O livro também apresenta, ao final de cada capítulo, um conjunto de exercícios cujos objetivos é o reforço e a fixação do aprendizado.

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Articulação do conteúdoO professor da área de administração de pessoal poderá articular o conteúdo

trabalhado no livro Auxiliar de pessoal com professores de outras áreas, tais como: matemática, muito importante para todo o desenvolvimento dos cálculos de folhas de pagamentos; história, buscando uma retrospectiva que auxilie no entendimento e caracterização da área de administração de pessoal nos dia de hoje; sociologia, na qual poderão ser discutidas as questões relacionadas às relações de trabalho, entre outras.

A área de administração de pessoal é considerada uma área de apoio dentro das empresas e, por isso, sua interação com as demais áreas da empresa é cons-tante, portanto, o professor pode articular o conteúdo da obra com outros subsis-temas e áreas da empresa.

O aluno utilizará os conhecimentos adquiridos no livro em atividades da área de administração de pessoal de empresas diversas, sejam elas públicas ou priva-das, pequenas, médias ou grandes, ampliando as suas chances de conquistar uma oportunidade no mercado de trabalho, a partir do domínio de um saber específico e de demanda alta no mercado. Além disso, o aluno também poderá fazer uso pes-soal dos conhecimentos adquiridos, tomando ciência de seus direitos e deveres enquanto trabalhador no que se refere às relações trabalhistas.

Atividades complementaresTodos os capítulos apresentam atividades práticas, que poderão ser resol-

vidas individualmente ou em grupos para uma melhor socialização e comparti-lhamento dos conhecimentos. São apresentados também estudos de casos, que propõem uma forma mais ampla quanto à aplicação prática dos conteúdos. Para resolvê-los o aluno irá desenvolver um olhar mais sistêmico sobre cada um dos conteúdos estudados isoladamente, aproximando ainda mais o seu aprendizado com a realidade de uma empresa.

Sugestões de leituraDEMO, G. Políticas de gestão de pessoas nas organizações. São Paulo: Atlas, 2010.

DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelos, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.

FIDÉLIS, G. J. Gestão de pessoas: rotinas trabalhistas e dinâmicas do departamento de pessoal. São Paulo: Érica, 2006.

GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.

MARRAS, J. P. Gestão de pessoas em empresas inovadoras. São Paulo: Saraiva, 2011.

OLIVEIRA, R. de C. A. de. Desvendando o departamento de pessoal: guia prático. São

Paulo: Viena, 2006.

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Sugestão de planejamentoEste manual foi elaborado para dar suporte a uma disciplina de 80

horas em sala de aula. Recomenda-se que algumas aulas sejam realizadas em laboratório de informática, utilizando-se de alguma planilha eletrônica, em função dos inúmeros cálculos a serem desenvolvidos, ou ainda, de um software informatizado de cálculo de folha de pagamentos, pois existem vários no mercado, entretanto, a maioria é pago, mas uma pesquisa identi-ficará alguns que são gratuitos e podem ser utilizados pelo menos por um determinado período. Outra possibilidade é uma parceria com empresas fornecedoras de software para fins acadêmicos. Além disso, recomenda-se que o professor da disciplina propicie visitas técnicas em empresas para que os aspectos estudados no livro possam ser vistos.

Capítulo 1– A administração de pessoal e o profissional da área

Objetivos

• Conhecer como surgiu a área de administração de pessoal.

• Saber sobre as leis trabalhistas.

• Entender a estrutura da área de administração de pessoal.

• Conhecer quem é o profissional de administração de pessoal.

Atividades

Para enriquecer o conhecimento e a observação, o aluno poderá pes-quisar em sites confiáveis sobre as leis trabalhistas e o surgimento da área de administração de pessoal, por exemplo.

Capítulo 2 – As rotinas de administração de pessoal

Objetivo

• Saber como acontece a admissão do empregado.

Atividades

As rotinas de administração de pessoal a serem tratadas envolvem a admissão do empregado, a apuração de pagamentos mensais, as férias, o 13º salário e a rescisão do contrato de trabalho, ou seja, desde a entrada do empregado na empresa até o momento de sua saída, voluntária ou não. Portanto, nesse capítulo são detalhadas as rotinas de admissão do novo empregado.

Para que os alunos tenham mais entendimento, o professor pode so-licitar pesquisas sobre as rotinas de admissão e de demissão.

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Capítulo 3 – A folha de pagamentos mensais

Objetivos

• Conhecer a jornada de trabalho.

• Entender proventos; descontos e encargos.

• Saber sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Atividades

Além das atividades já resolvidas desse capítulo, é importante que o professor aplique mais cálculos, pois essa prática expõe os aspectos de legislação e os procedimentos neces-sários, como a folha de pagamento mensal, bem como férias e décimo terceiro.

Capítulo 4 – Férias

Objetivos

• Abordar o direito a férias; férias em dobro; perda do direito a férias.

• Conhecer o que é época de concessão das férias.

• Entender o que é cancelamento ou adiantamento de férias; remuneração de férias.

• Identificar incidências de INSS, FGTS e IRRF.

• Formalizar concessão das férias.

• Saber o que é férias coletivas e casos especiais de férias.

Atividades

O professor poderá sugerir aos alunos que façam o cálculo de suas próprias férias (regime celetista), e depois confiram com os cálculos feitos pelo empregador. Os exercícios propostos ao final do capítulo também auxiliarão na compreensão efetiva dos conteúdos estudados (aplicação prática).

Capítulo 5 – O 13º salário

Objetivos

• Entender o valor do 13º salário.

• Saber quando se deve pagar a primeira e a segunda parcela do 13º salário.

• Compreender os aspectos de atenção em relação ao 13º salário.

Atividades

No Capítulo 5 são apresentadas as rotinas da área de administração de pessoal que envolve especificamente os procedimentos e cálculos de décimo terceiro salário.

Sugere-se ao professor que trabalhe o conteúdo de forma bastante prática com os alu-nos, retratando de forma expositiva os aspectos de legislação e procedimentos necessários, e, em seguida, proponha atividades práticas em relação aos cálculos expostos no capítulo.

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Capítulo 6 – A rescisão do contrato individual de trabalho

Objetivos

• Saber o que é aviso prévio.

• Entender as modalidades de rescisão e verbas rescisórias.

• Fazer o pagamento de parcelas rescisórias.

Atividades

No Capítulo 6 são abordadas as rotinas da área de administração de pessoal quanto aos procedimentos e cálculos de rescisões de contrato de trabalho individual. Assim, é im-portante trabalhar os cálculos referentes a rescisões. Os exercícios propostos ao final do capítulo (aplicação prática) também auxiliarão na compreensão.

Orientações didáticas e respostas das atividadesCapítulo 1Orientações

No Capítulo 1 são apresentados alguns aspectos históricos da área de RH desde o seu surgimento até os nossos dias. Sugere-se ao professor que trabalhe um pouco mais essa perspectiva histórica, ressaltando a importância do seu conhecimento para a melhor com-preensão de como ela está estruturada hoje e qual o seu papel no mundo do trabalho.

Também é abordado o perfil do profissional que vai atuar na área. Sugere-se ao pro-fessor que trabalhe com a turma procurando despertar o autoconhecimento dos alunos. Para isso, faça as seguintes perguntas: Você acha que tem perfil para atuar na área? Você gostaria de trabalhar nessa área? Você acha que tem condições de desenvolver as caracte-rísticas de perfil necessárias para trabalhar na área? O que é necessário para desenvolver as características necessárias para trabalhar nessa área?

Respostas – página 171) A área de administração de pessoal surge no Brasil com mais força na década de 30 a par-

tir do fortalecimento das leis trabalhistas, por meio de várias medidas governamentais, principalmente, no governo de Getúlio Vargas, inclusive com a criação da CLT, em 1943.

2) Constituição Federal de 1988.

3) A CLT é o principal instrumento de regulação das relações individuais e coletivas de trabalho e foi criada em 1943. Nela está expressa a maioria das legislações trabalhis-tas, regulando as relações de diferentes categorias profissionais.

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4) A norma ou convenção coletiva de trabalho é um documento regulatório que resulta da negociação entre empregados e empregadores, ambos representados pelos seus sindicatos e que definem direitos e deveres complementares em termos de relações de trabalho.

5) O contrato individual de trabalho é o instrumento que formaliza a relação de trabalho entre empregado e empregador, nele são definidas as particularidades desta relação, como data de admissão, cargo, salário, horário de trabalho, entre outros.

6) A estrutura da área de administração de pessoal na época de seu surgimento contava basicamente com o departamento de pessoal, responsável pelo controle das questões legais, focado em controles rígidos e, por vezes, com um caráter punitivo, de aplicação de sanções aos empregados que não cumprissem as regras da empresa. Seu papel era controlar a aplicação da legislação e as ações dos funcionários, punindo aqueles que não estivessem adequados ao que a empresa esperava. Nos dias de hoje, a área assume um papel estratégico dentro das organizações com o desempenho de funções diver-sas, tais como recrutamento, seleção, treinamento, avaliação, carreira, entre outros, além dos controles legais. Sua estrutura também foi ampliada e além do subsistema de administração de pessoal, temos outros, como capacitação, carreira, recrutamento e seleção, benefícios, remuneração, entre outros. Temos uma área que ao longo de sua história ganhou importância e uma maior valorização dentro das empresas, e isso se reflete também para os profissionais de RH, hoje mais valorizados.

7) O profissional deverá ter um foco nas pessoas e nas relações que se estabelecem no ambiente de trabalho, ser observador, que perceba o outro, saiba se comunicar de for-ma adequada, que lide bem com os conflitos, bom negociador, entre outros.

Capítulo 2Orientações

No Capítulo 2 é abordada a admissão do novo empregado, como o preenchimento de documentos de registro dos empregados (contrato de trabalho, ficha de registro, CTPS); preenchimento de documentos de benefícios (vale-transporte, assistência médica, odon-tológica, auxílio alimentação/refeição, entre outros documentos). Também são tratadas as rotinas de realização do exame médico admissional.

Sugere-se ao professor que trabalhe de forma bastante prática, ou seja, apresente os aspectos de legislação e os procedimentos necessários, e, em seguida, propor atividades em que os alunos possam realizar cada um dos procedimentos. Exemplo: no tópico da CTPS proponha um exercício com o preenchimento da CTPS, ou do contrato de trabalho por ex-periência com a opção de vale-transporte, e declaração de dependentes. O professor poderá utilizar-se de dados fictícios, ou pedir que os alunos utilizem as suas informações pessoais.

Respostas – páginas 30-321) • Entrega dos documentos admissionais solicitados – candidato.

• Agendamento de exame médico admissional (em serviço próprio ou conveniado) – empresa.

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• Realização de exame médico admissional – candidato.

• Emissão de documentos e realização de registros legais (contrato de trabalho, livro de registro de empregados, CTPS, cadastro no PIS, declaração de dependentes de imposto de renda, opção pelo vale-transporte, opção por outros benefícios que a empresa ofereça, requerimento e termo de responsabilidade do salário-família e formulário de autorização de descontos em folha de pagamentos, se necessário) – empresa.

• Assinatura do contrato de trabalho – ambos.

• Devolução da CTPS e agendamento da data de início do novo empregado – empresa.

2) Os principais documentos são: carteira de identidade, CPF, PIS (se não for primeiro emprego), CTPS, título de eleitor, certificado de serviço militar (homens), carteira de habilitação, certidão de nascimento e/ou casamento, certidão de nascimento dos fi-lhos menores de 24 anos: para casos de dependência para fins de imposto de renda, comprovante de vacinação dos filhos menores de 14 anos e atestado de frequência es-colar dos filhos entre 7 e 14 anos: para casos de dependência para fins de salário-famí-lia, comprovante de residência, comprovante de escolaridade: conforme a vaga para a qual se candidatou, comprovantes de cursos realizados e ASO. Outros documentos poderão ser solicitados, tais como: carteira de registro profissional, autorização de trabalho junto à coordenação geral de imigração, no caso de trabalhador estrangeiro, entre outros.

3) O principal objetivo do exame médico admissional é verificar a capacidade física ou mental do empregado, assegurando que ele está apto para o trabalho. O exame médico é de caráter obrigatório e deve ser feito às custas do empregador, por médico ou clínica especializada em medicina do trabalho. Somente poderá ser contratado o empregado cujo parecer do exame médico admissional seja “apto”.

4) É um livro onde são registrados todos os empregados da empresa, apresentando in-formações pessoais e profissionais, e tem por finalidade o controle, por parte do Mi-nistério do Trabalho, do número de funcionários que a empresa possui, e atende tam-bém uma determinação legal da CLT.

5) No momento da admissão, as informações a serem registradas na CTPS são: identifi-cação do empregador, data de admissão do empregado, cargo e CBO, remuneração e condições especiais, se houver. O prazo que o empregador tem para as anotações na CTPS é de 48 horas, devendo devolvê-la ao empregado neste prazo, sob pena de multa.

6) a. Data de início do contrato: 21/10/2013.

b. Data de término do primeiro período: 19/11/2013 (findos os primeiros 30 dias, contados de forma corrida no calendário).

c. Data de início da prorrogação: 20/11/2013.

d. Data de término do contrato: 19/12/2013.

e. Não, o contrato não poderá ser prorrogado, pois ele já foi prorrogado uma vez e a legislação prevê apenas uma prorrogação, apesar de ainda não ter extrapolado o tempo máximo de 90 dias.

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7) a. Data de início do contrato: 04/11/2013.

b. Data de término do contrato: 18/12/2013.

c. Sim, pois ele não teve nenhuma prorrogação ainda e também não extrapolou o tempo máximo de 90 dias.

8) A declaração de dependentes para fins de IRRF é o documento onde o funcionário declara os seus dependentes no imposto de renda, infor-mando: nome, data de nascimento e tipo de dependência.

O termo de responsabilidade para salário-família é o documento onde o funcionário declara os seus dependentes para fins de salário-família.

A diferença entre eles está justamente na sua aplicação, pois um é re-lacionado ao imposto de renda e o outro ao salário-família, e não po-demos utilizar o mesmo formulário, pois as condições de dependência para as duas situações são bastante diferentes.

9) a.

CONTRATO DE TRABALHO

Empregador: ABC Ltda.................................................................CNPJ: 99.123.999/0001-99Rua das Flores Nº 310Município: Porto Alegre UF RS Esp. do Estabelecimento: comércio varejista de ferra-mentas em geral .............................................................................Cargo: Auxiliar de Produção ..... CBO nº 6544-9 .................Data admissão: 04 de novembro de 2013 .............................Registro nº 12345Remuneração R$ 850,00 (oitocentos e cinquenta reais) ...............................................................................................................................................................................................................................

Assinatura do empregador1ª ................................................. 2ª ...................................................Data saída .................... de ........................................... de 2013................................................................................................................

Assinatura do empregador1ª .................................................... 2ª ...............................................Comunicado Dispensa nº ...........................................................

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b. Data de início do contrato: 04/11/2013.

Data de término do contrato: 03/12/2013.

Data de início da prorrogação do contrato: 04/12/2013.

Data de término da prorrogação do contrato: 01/01/2014.

ANOTAÇÕES GERAIS

Empregado admitido em contrato de experiência pelo período de 30 dias renováveis por mais 60 dias.

Assinatura do Empregador

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c.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Pelo presente instrumento particular, as partes designadas, respectivamente, EMPRE-GADOR ABC Ltda. estabelecida à Rua das Flores, número 310, cidade Porto Alegre, esta-do RS, inscrito no CNPJ 99.123.999/0001-99 e EMPREGADO João Carlos da Silva, domi-ciliado na Rua da Felicidade, número 875, cidade Porto Alegre, estado RS, portador da CTPS número 20.999 série 001, ajustam as seguintes condições de trabalho sob vínculo de emprego, a título de experiência, as quais implicam a sujeição dos contratantes às normas internas da empresa, acordos e convenções coletivos e disposições legais e ad-ministrativas aplicáveis, particularmente, entre essas, as referentes à segurança e saúde no trabalho.1. FUNÇÃO – O EMPREGADO exercerá a função de Auxiliar de Produção.2. LOCAL DE TRABALHO – O EMPREGADO prestará seus serviços em Porto Alegre, RS,

na unidade localizada à Rua das Flores, nº 310.2.1 Transferência – Quando a natureza das atividades e/ou função do EMPREGADO o

exigir, o EMPREGADOR poderá transferi-lo para outra localidade.

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3. HORÁRIO DE TRARALHO – O horário de trabalho será de segunda a sexta das 8 h às 12 h e das 13 h às 17 h.

4. REMUNERAÇÃO – O EMPREGADO receberá a remuneração de R$ 850,00 (oitocen-tos e cinquenta reais) para uma jornada de 200 horas por mês.

5. DURAÇÃO – Este contrato tem a duração de 30 (trinta) dias, com início em 04/11/2013 e término em 03/12/2013. Findo o prazo mencionado, caso não seja dada por extinta a contratação, poderá a mesma ser prorrogada por mais 60 (ses-senta) dias, ainda em caráter experimental, com ciência do empregado, terminando em 01/01/2014.

5.1 Indeterminação – Permanecendo o EMPREGADO em serviço após o prazo fixado para a experiência, o presente contrato continuará a vigorar por prazo indetermi-nado, com todos os ajustes existentes e/ou supervenientes.

Com as condições de trabalho assim ajustadas, lidas e achadas conformes, o presente contrato é firmado pelas partes, com a assinatura de duas testemunhas.

Porto Alegre, 04 de novembro de 2013.

_____________________________ _____________________________ João Carlos da Silva ABC Ltda.

____________________________________________________Responsável quando o empregado for menor

Testemunha 1: _________________________________ Testemunha 2: ________________________________

PRORROGAÇÃOPelo presente termo as partes ajustam que o contrato de experiência firmado em ____ / ____/ ____ e que deveria terminar em ____/ ____/ ____ fica prorrogado até ____/____/_____.

Local e data:

_____________________________ _____________________________ João Carlos da Silva ABC Ltda.

____________________________________________________Responsável quando o empregado for menorTestemunha 1: _________________________________ Testemunha 2: ________________________________

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Capítulo 3Orientações

Nesse capítulo estão envolvidos os cálculos de folha de pagamentos mensais, sejam proventos, descontos, encargos e FGTS. Assim, sugere-se ao professor que trabalhe os as-pectos de legislação e procedimentos necessários, mas, em seguida, recomende atividades práticas dos cálculos apresentados no capítulo.

Respostas – páginas 66-711) A jornada de trabalho é estabelecida pelo artigo 58 da CLT, fixada em 8 horas diárias,

salvo definição diferente por outro meio legal. O empregado tem uma tolerância de 5 a 10 minutos para chegadas antecipadas, atrasos e saídas tardias. Os deslocamentos de casa para o trabalho e vice-versa não são computados na jornada de trabalho, salvo se o local for de difícil acesso ou desprovido de transporte público, devendo-se estabele-cer um tempo médio de deslocamento neste caso. O artigo 59 da CLT estabelece que a jornada de trabalho poderá ser prolongada em no máximo 2 horas, por meio de acor-do por escrito entre empregados e empregador. Algumas categorias profissionais não têm direito às horas extras, são elas: empregados que exercem atividades externas, incompatíveis com a fixação de horários, e gerentes ou aqueles que exercem algum cargo de gestão, mas, neste caso, eles têm direito à gratificação de função.

2) O artigo 66 da CLT estabelece o descanso intrajornada que deverá ser de no mínimo 11 horas consecutivas, o artigo 67 assegura um descanso semanal de 24 horas con-secutivas, preferencialmente no domingo, e para aqueles que precisam trabalhar no domingo, a legislação exige que a empresa faça escalas de revezamento. Para os des-cansos durante a jornada, o artigo 71 da CLT estabelece que para uma jornada de 4 a 6 horas, deverá o funcionário ter um descanso de 15 minutos, e para uma jornada de mais de 6 horas, no mínimo, 1 hora de descanso e, no máximo, 2 horas. Os intervalos para descanso não são computados na jornada e quando não são concedidos devem ser remunerados como hora extra com adicional de 50%. O artigo 73 da CLT estabele-ce que o trabalho noturno será aquele realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 ho-ras do dia seguinte. Por ser considerado um trabalho penoso para o trabalhador, sua remuneração terá um adicional de 20% em relação à hora diurna e a hora do trabalho noturno é reduzida para 52 minutos e 30 segundos.

3) a. Adiantamento quinzenal R$ 600,00.

b. Sobre o valor pago a título de adiantamento quinzenal não há incidência de ne-nhum encargo, apenas na folha de pagamentos do final do mês é que serão recolhi-dos os encargos, inclusive sobre o valor do adiantamento quinzenal.

4) a. R$ 360,00.

b. R$ 360,00.

c. R$ 110,77.

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5) a. R$ 545,43.

b. R$ 83,91.

6) a. Sim, o funcionário tem direito ao salário-família, pois o seu salário está dentro dos limites fixados pela tabela de salário-família vigente, especificamente na faixa de R$ 646,56 a R$ 971,78.

b. Apesar do salário do funcionário estar dentro dos limites da tabela vigente e ele possuir dois filhos, ele terá direito apenas a uma cota de salário-família, corres-pondente ao seu filho de 2 anos, o outro filho ultrapassou o limite de idade do salário-família que é de 14 anos, e não há menção no exercício de que o mesmo seja inválido (neste caso teria direito em qualquer idade). Sendo assim, o valor que o funcionário tem direito a receber é o de uma cota no valor de R$ 23,36.

7) a. Não, este funcionário não tem direito ao salário-família, pois apesar do seu salário estar dentro dos limites fixados pela tabela de salário-família vigente, o seu filho tem 15 anos, o que o faz perder o direito, tendo em vista que o limite de idade do dependente é de 14 anos.

b. O funcionário não tem nenhum valor a receber de salário-família.

8) Adicional de quebra de caixa de R$ 150,00.

9) R$ 770,00.

R$ 154,00.

10) R$ 450,00.

11) a. R$ 150,00.

b. R$ 23,07.

12) a. R$ 39,00.

b. R$ 6,00.

13) a. Custo mensal do VT R$ 291,20.

b. Parte do empregado R$ 78,00.

c. Parte da empresa R$ 213,20.

14) Vale-refeição é aquele utilizado para pagamento de refeições em restaurantes, lancho-netes, padarias e similares, e o vale-alimentação é aquele utilizado para a compra dos produtos alimentícios em supermercados e mercearias, não sendo aceito em restau-rantes e similares. Em relação ao desconto do funcionário, a empresa poderá optar por um desconto simbólico, algumas descontam R$ 1,00 ou até mesmo R$ 0,01, ou poderá optar por um valor previamente estabelecido, mas é importante que a empre-sa faça o desconto, pois estes benefícios têm natureza salarial, sendo incorporados ao salário para todos os efeitos legais.

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15) Contribuição sindical de R$ 60,00.

A contribuição sindical será descontada sempre no mês de março de cada ano e o em-pregado não pode opor-se a este desconto, pois ela está prevista em lei e tem caráter obrigatório.

16) Contribuição sindical de R$ 30,00.

17) Professor, trabalhe essa atividade em sala de aula, para tanto, dê o valor (proventos).

18) a.

Nome da Empresa: ABC Ltda.

Endereço: Rua das Flores, 310 CNPJ: 99.123.999/0001-99 Mês: Abril/2014Código Nome do Funcionário Cargo Local Depto. Setor

12345 João Carlos da Silva Auxiliar de Produção POA Produção TornosDescrição Ref. Vencimentos Descontos

Salário 27 dias R$ 765,00Hora Extra 50% 20 h R$ 127,50Hora Extra 100% 8 h R$ 68,00DSR Hora Extra R$ 39,10Vale Transporte 6% R$ 51,00INSS 8% R$ 79,97

Total Vencimentos:

R$ 999,60

Total Descontos:

R$ 130,97

Líquido a receber: R$ 868,63

Salário-base

R$ 850,00

Salário Contribuição

R$ 999,60

Base FGTS

R$ 999,60

FGTS do mês

R$ 79,97

Base IRRF

R$ 919,63

b. Professor, preencher o contracheque (dessa atividade) em sala de aula.

19)

Nome da Empresa: ABC Ltda.

Endereço: Rua das Flores, 310 CNPJ: 99.123.999/0001-99 Mês: Abril/2014Código Nome do Funcionário Cargo Local Depto. Setor

123 Fictício da Silva Analista de Pessoal POA RH Departamento de PessoalDescrição Ref. Proventos DescontosSalário 220 h R$ 2.500,00Adicional de Periculosidade 30% R$ 750,00Hora Extra 50% 20 h R$ 443,10DSR Horas Extras R$ 88,62

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Faltas Injustificadas 2 dias R$ 216,66DSR Faltas Injustificadas R$ 43,33Vale Transporte R$ 280,00INSS 11% R$ 415,99IRRF 15% R$ 93,67

Total Proventos:R$ 3.781,82

Total Descontos:R$ 1.049,67

Líquido a receber: R$ 2.732,15

Salário-baseR$ 2.500,00

Salário ContribuiçãoR$ 3.781,74

Base FGTSR$ 3.781,74

FGTS do mêsR$ 302,54

Base IRRFR$ 2.761,82

Capítulo 4Orientações

No Capítulo 4 são apresentadas as rotinas que envolvem os procedimentos e cálculos de férias. Sugere-se ao professor, que para esse conteúdo se trabalhe de forma bastante prá-tica, exibindo os aspectos de legislação e procedimentos necessários.

O professor poderá sugerir aos alunos que façam o cálculo de suas próprias férias, (regime celetista), e depois confiram com os cálculos feitos pelo empregador.

Respostas – páginas 82-861) Período aquisitivo: é o período de 12 meses que o empregado necessita trabalhar para

adquirir o direito a gozar do seu período de férias.

Período concessivo: é o período de 12 meses subsequentes ao término do período aquisitivo que o empregador tem para conceder as férias do empregado.

Período de gozo de férias: é o período em que o empregado está efetivamente em fé-rias, ou seja, ele está gozando do seu direito às férias.

2) As faltas injustificadas poderão ser descontadas pelo empregador do período de férias ao qual tem direito o empregado, conforme tabela que prevê que aquele que faltar até 5 dias de forma injustificada, dentro do período aquisitivo, terá os 30 dias de férias, sem nenhum desconto; aquele que faltar injustificadamente de 6 a 14 dias, terá ape-nas 24 dias de férias; aquele que faltar injustificadamente de 15 a 23 dias; terá apenas 18 dias de férias; aquele que faltar injustificadamente de 24 a 32 dias, terá apenas 12 dias de férias e aquele que faltar mais do que 32 dias de forma injustificada, perde to-talmente o seu direito às férias daquele período aquisitivo. Exemplo: um funcionário que faltou 15 dias de forma injustificada, terá direito ao gozo de apenas 18 dias de férias.

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3) O funcionário terá direito à remuneração em dobro nos casos em que o empregador não conceda as respectivas férias dentro do período concessivo. É preciso ficar atento, pois somente os dias que ultrapas-sarem o período concessivo é que deverão ser pagos em dobro.

4) O funcionário que, dentro do período aquisitivo, faltar mais de 32 ve-zes injustificadamente perderá o direito às férias. Perderá, ainda, nos casos de deixar o emprego e não for readmitido no prazo de 60 dias subsequentes à saída, tirar licença remunerada por mais de 30 dias, realizar paralisação parcial ou total dos serviços da empresa, com re-muneração, por mais de 30 dias, permanecer afastado por motivo de doença ou acidente de trabalho por mais de 6 meses, mesmo que de forma descontínua.

5) Pode-se dizer que a afirmação é parcialmente verdadeira, pois a de-finição da época de concessão das férias é de acordo com o melhor interesse do empregador, entretanto, o empregador deverá obedecer a algumas questões que são: as férias deverão ser concedidas dentro do período concessivo, os membros de uma família, que trabalham na mesma empresa, têm direito de gozar as férias no mesmo perío-do, se assim desejarem e não resultar prejuízo para a empresa, e os empregados estudantes menores de 18 anos têm o direito de gozar férias em período coincidente com o período de férias escolares. Ain-da, cabe lembrar, que é proibido o início das férias em sábados, do-mingos, feriados ou dias de compensação de repouso semanal. Desta forma, a afirmação não é totalmente verdadeira, pois o critério não é único e exclusivo o interesse do empregador.

6) O cancelamento ou a modificação das férias de um funcionário so-mente poderá ocorrer em caso de necessidade imperiosa e o empre-gador tem a obrigação de ressarcir eventuais prejuízos financeiros comprovados pelo funcionário.

Quanto à antecipação das férias, não há nenhum impedimento legal para tal ato, entretanto a antecipação também deverá ser justificada por necessidade imperiosa.

Sobre o fracionamento do período de férias, cabe dizer que o artigo 134 da CLT estabelece que as férias serão concedidas em um só perí-odo, e que somente em casos excepcionais serão concedidas em dois períodos, observando-se que nenhum poderá ser inferior a 10 dias corridos. O artigo 134 da CLT estabelece que aos menores de 18 anos e maiores de 50 anos as férias serão concedidas de uma só vez.

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7) a. Remuneração das férias = R$ 1.400,00.

b. 1/3 constitucional = R$ 466,67.

c. Base de cálculo do INSS = R$ 1.866,67.

INSS de férias = R$ 168,00.

d. Base de cálculo do IRRF = R$ 1.698,67.

IRRF de férias = R$ 1.698,67 => conforme tabela do IRRF: isento.

e. Base de cálculo do FGTS = R$ 1.866,67.

FGTS de férias = R$ 149,33.

8) a. Remuneração das férias = R$ 2.930,77.

b. 1/3 constitucional = R$ 976,92.

c. Base de cálculo do INSS = 3.907,69.

INSS de férias = 429,84.

d. Base de cálculo do IRRF = R$ 3.907,69 – R$ 429,84 (INSS) = R$ 3.477,85;

IRRF de férias = R$ 3.477,85 · 22,5% => R$ 782,52 – R$ 577,00 (parcela a deduzir, conforme tabela) = R$ 205,52.

e. Base de cálculo do FGTS = R$ 3.907,69;

FGTS de férias: R$ 3.907,69 · 8% = R$ 312,61.

9) O tempo mínimo de antecedência do aviso das férias é de 30 dias, para tal o empregador emite o "aviso de férias", em duas vias, em que constam as informações de período aquisitivo das férias e o respec-tivo período de gozo. O empregado assinará o documento, uma via é dele e a outra via deverá ser arquivada na pasta funcional.

10) a. Remuneração das férias = R$ 1.133,33.

b. 1/3 constitucional = R$ 377,78.

c. Abono pecuniário = R$ 566,67.

d. 1/3 abono pecuniário = R$ 188,89.

e. Base de cálculo do INSS = R$ 1.511,11;

INSS de férias = R$ 1.511,11 · 9% = R$ 136,00.

f. Base de cálculo do IRRF = R$ 1.511,11 – R$ 136,00 (INSS) = R$ 1.375,11;

IRRF de férias = R$ 1.375,11 => conforme tabela => isento.

g. Base de cálculo do FGTS = R$ 1.511,11.

FGTS de férias: R$ 1.511,11 · 8% = R$ 120,89.

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11) O artigo 145 da CLT estabelece que o tempo mínimo de antecedên-cia para o pagamento da remuneração de férias ao empregado é de 2 dias antes do início do período de gozo das férias. Para dar quitação ao pagamento das férias, o empregado assinará o "recibo de férias". O valor poderá ser pago diretamente ao empregado ou depositado em sua conta-corrente.

12) São as férias concedidas a todos os empregados de uma empresa, de um determinado estabelecimento, ou de um setor da empresa, em mo-mentos em que a empresa necessita realizar uma parada em função de baixa produção, manutenção de equipamentos, entre outras. As férias coletivas poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde que ne-nhum seja inferior a 10 dias. Aos empregados com menos de 12 meses de serviço poderão ser concedidas as férias coletivas de forma propor-cional ao número de meses trabalhados, iniciando-se a contagem de novo período aquisitivo.

13) a. Período aquisitivo de férias: 06/02/2012 a 05/02/2013.

b. Período concessivo de férias: 06/02/2013 a 05/02/2014.

c. Período de gozo das férias: 02/09/2013 a 01/10/2013.

d. Data limite do aviso de férias: 02/08/2013.

e. Data limite para o pagamento dos valores de férias: 30/08/2013.

f. Valor da remuneração de férias = R$ 3.960,00.

g. Valor do 1/3 constitucional = R$ 1.320,00.

h. Base de cálculo do INSS = R$ 3.960,00 + R$ 1.320,00 = R$ 5.280,00;

INSS de férias = teto = R$ 457,49.

i. Base de cálculo do IRRF = R$ 5.280,00 – R$ 457,49 (INSS férias) =

R$ 4.822,51;

IRRF de férias = R$ 4.822,51 · 27,5% = R$ 1.326,19 – R$ 790,58 (parcela a deduzir, conforme tabela) = R$ 535,61.

j. Base de cálculo do FGTS = R$ 5.280,00;

FGTS férias = R$ 5.280,00 · 8% = R$ 422,40.

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Recibo de FériasEmpregador: ABC Ltda. CNPJ: 99.123.999/0001-99Endereço: Rua das Flores, 310Funcionário: Carlos Lacerda Data de admissão: 06/02/2012 Período Aquisitivo: 06/02/2012 a 05/02/2013 Período Gozo: 02/09/2013 a 01/10/2013Salário base: R$ 3.960,00 Remun. Base das Férias: R$ 3.960,00

Demonstrativo das Remunerações e Descontos das FériasProventos Referência ValorFérias 30 dias R$ 3.960,001/3 Férias R$ 1.320,00

Total de Proventos R$ 5.280,00Descontos Referência ValorINSS de Férias Teto R$ 457,49IRRF de Férias 27,5% R$ 535,61

Total de Descontos R$ 993,10Líquido a Receber R$ 4.286,90

Recebi da empresa: ABC Ltda., a importância líquida de R$ 4.286,90 (quatro mil, duzentos e oitenta e seis reais e noventa centavos), conforme demonstrativo acima, referente às minhas férias de acordo com o artigo 145 da CLT, observado o artigo 130 do mesmo texto legal, pelo qual dou plena, total e irrevogável quitação.

Porto Alegre, 30/08/2013.

Carlos Lacerda Assinatura do Empregado

Capítulo 5Orientações

Nesse capítulo são vistos os procedimentos e cálculos de décimo terceiro salário. O professor poderá sugerir aos alunos (sob o regime celetista), que façam os cálculos relacio-nados ao seu décimo terceiro salário. Os exercícios propostos ao final do capítulo também auxiliarão na compreensão efetiva dos conteúdos estudados (aplicação prática).

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Respostas – páginas 93-961) O 13º salário é também denominado de gratificação natalina e está previsto no artigo

7º da Constituição Federal, alínea VIII. Inicialmente a legislação previa o pagamen-to do 13º salário em uma única parcela, entretanto a legislação atual prevê que ele deve ser pago em duas parcelas, sendo que a primeira deve ser paga entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda parcela até o dia 20 de dezembro. O valor da remuneração do 13º salário será o salário-base do empregado no mês de dezembro, e quando há remuneração que envolve parte variável, tais como: horas ex-tras, comissões, insalubridade, periculosidade, entre outras, calcula-se a média das remunerações variáveis e soma-se junto ao salário-base para que seja composta a re-muneração do 13º salário.

2) O empregado receberá, por previsão legal, o adiantamento do 13º salário entre os me-ses de fevereiro e novembro, e poderá recebê-lo por ocasião do período de gozo das férias. Recomenda-se consultar a norma coletiva de trabalho que poderá estabelecer data diferente de pagamento do adiantamento do 13º salário. O percentual correspon-dente ao adiantamento do 13º salário é de 50% do salário recebido pelo empregado no mês anterior ao seu pagamento, sendo assim, o adiantamento do 13º salário é cal-culado em relação ao salário do mês anterior ao seu pagamento.

3) a. R$ 383,33.

b. R$ 30,67.

c. R$ 958,33.

d. R$ 76,67.

e. Isento.

f. R$ 46,00.

4) a. R$ 1.424,00.

b. R$ 113,92.

c. R$ 2.848,00.

d. R$ 313,28.

e. R$ 61,79.

f. R$ 113,92.

5) a. O valor do adiantamento do 13º salário é de R$ 1.980,00.

b. O valor do FGTS do adiantamento do 13º salário é de R$ 158,40.

c. O valor da segunda parcela do 13º salário é de R$ 3.960,00.

d. O valor do INSS do 13º salário é de R$ 435,60.

e. O valor do IRRF do 13º salário é de R$ 215,99.

f. O valor do FGTS da segunda parcela do 13º salário é de R$ 158,40.

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g.

Nome da Empresa: ABC Ltda.Endereço: Ruas das Flores, 310 CNPJ: 99.123.999/0001-99 Mês: Dezembro/2014Código Nome do Funcionário Cargo Local Depto. Setor Seção xxxx Carlos Lacerda xxxxxxxxxxx xxxxx xxxx xxxx xxxx

Descrição Ref. Vencimentos Descontos

Décimo Terceiro Salário 12 avos R$ 3.960,00

Adiant. Décimo Terceiro Salário R$ 1.980,00

INSS Décimo Terceiro Salário 11% R$ 435,60

IRRF Décimo Terceiro Salário 22,5% R$ 215,99

Total Vencimentos:R$ 3.960,00

Total Descontos:R$ 2.631,59

Líquido a receber: R$ 1.328,41Salário-baseR$ 3.960,00

Salário ContribuiçãoR$ 3.960,00

Base FGTSR$ 1.980,00

FGTSR$ 158,40

Base IRRFR$ 3.524,40

Capítulo 6Orientações

As rotinas da área de administração de pessoal, que envolve os proce-dimentos e cálculos de rescisões de contrato de trabalho individual são apre-sentadas no Capítulo 6. Portanto, sugere-se ao professor que o conteúdo seja dado de forma bastante prática e de forma expositiva todos os aspectos de legislação e procedimentos necessários para os cálculos e, também, é impor-tante que o professor pergunte aos alunos se há dúvidas, pois este é o mo-mento para saná-las. Observação: se por acaso, existir algum aluno que tenha sido desligado do trabalho, o professor poderá solicitar que se faça (todos os processos) de sua própria rescisão.

Respostas – páginas 118-1191) É o momento legalmente instituído para o fim do vínculo de emprego

entre empregador e empregado, neste momento extinguem-se as obri-gações decorrentes do contrato de trabalho firmado anteriormente.

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2) O aviso prévio refere-se ao prazo mínimo de 30 dias de antecedência para a comunicação da intenção de rescisão do contrato de trabalho, tanto por parte do empregado como do empregador, estabelecido pelo artigo 487 da CLT. A Lei 12.506/2011 alterou o prazo mínimo do aviso prévio da seguinte forma: a) empregado com até 1 ano de empresa terá aviso prévio de 30 dias; b) para cada ano adicional trabalhado na em-presa, serão acrescidos 3 dias de aviso prévio, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de 90 dias de aviso prévio. Os tipos possíveis de aviso prévio são: trabalhado e indenizado. O aviso prévio trabalhado é aquele em que é feita a comunicação da decisão de rescisão do contrato de trabalho, entretanto o empregado continua exercendo as suas ativi-dades habituais ao longo dos dias do aviso. O aviso prévio indenizado é aquele que se define o término imediato do contrato de trabalho, sen-do pago em dinheiro os dias relativos ao aviso prévio, dispensando-se prontamente o empregado de suas atividades na empresa.

3) • Aviso prévio indenizado = R$ 3.200,00.

• Avos de férias proporcionais = julho, agosto, setembro e outubro = 4 avos.

• Férias proporcionais = R$ 1.066,67.

• 1/3 férias proporcionais = R$ 355,56.

• Férias indenizadas = R$ 266,67.

• 1/3 férias indenizadas = R$ 88,89.

• Avos de 13º salário = julho, agosto, setembro, outubro = 4 avos.

• 13º salário = R$ 1.066,67.

• Avo de 13º salário indenizado = 1 avo (decorrente do aviso prévio indenizado).

• 13º salário indenizado = R$ 266,67.

• Base do FGTS do mês = R$ 174,93.

• Multa de 40% = R$ 429,97.

• INSS saldo de salário = R$ 68,27.

• INSS 13º salário = R$ 120,00.

• Isento.

• Base de cálculo IRRF 13º salário proporcional e 13º salário indeni-zado = R$ 1.213,34.

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• IRRF 13º salário = R$ 1.213,34 => conforme tabela => isento.

Rubrica Referência Proventos DescontosSaldo de salário 8 dias R$ 853,33Aviso Prévio Indenizado 30 dias R$ 3.200,00Férias Proporcionais 4 avos R$ 1.066,671/3 Férias Proporcionais R$ 355,56Férias Indenizadas 1 avo R$ 266,671/3 Férias Indenizadas R$ 88,8913º Proporcional 4 avos R$ 1.066,6713º Indenizado 1 avo R$ 266,67INSS Saldo de Salário R$ 68,27INSS 13º R$ 120,00

Totais R$ 7.164,46 R$ 188,27Líquido a Receber R$ 6.976,19

Valor do FGTS do mês R$ 174,93 Multa 40% FGTS R$ 429,97

4)

EVENTO REF. PROVENTO DESCONTOSaldo de Salário 9 R$ 870,00 -Aviso Prévio Indenizado 0 R$ 0,00 13º Salário Proporcional 0/12 R$ 0,00 -13º Salário Aviso Prévio 0/12 R$ 0,00 -Férias Vencidas 1 R$ 2.900,00 -Férias Proporcionais 0/12 R$ 0,00 -Férias sobre aviso prévio 0/12 R$ 0,00 -1/3 Férias - R$ 966,67 -INSS Salário* 8% - R$ 69,60IRRF Salário** 0% - R$ 0,00INSS 13º Salário* 8% - R$ 0,00IRRF 13º Salário** 0% - R$ 0,00

Total - R$ 4.736,67 R$ 69,60 4.667,07

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5)

EVENTO REF. PROVENTO DESCONTOSaldo de Salário 9 R$ 1.440,00 -Aviso Prévio Indenizado 0 R$ 0,0013º Salário Proporcional 04/dez R$ 1.600,00 -13º Salário Aviso Prévio 0/12 R$ 0,00 -Férias Vencidas 1 R$ 4.800,00 -Férias Proporcionais 04/dez R$ 1.600,00 -Férias sobre aviso prévio 0/12 R$ 0,00 -1/3 Férias - R$ 2.133,33 -INSS Salário* 9% - R$ 129,60IRRF Salário** 0% - R$ 0,00INSS 13º Salário* 9% - R$ 144,00IRRF 13º Salário** 0% - R$ 411,04Total - R$ 11.573,33 R$ 273,60

10.615,09

6)

EVENTO REF. PROVENTO DESCONTOSaldo de Salário 15 R$ 500,00 -Aviso Prévio Indenizado 0 R$ 0,00 13º Salário Proporcional 0/12 R$ 0,00 -13º Salário Aviso Prévio 0/12 R$ 0,00 -Férias Vencidas 0 R$ 0,00 -Férias Proporcionais 0/12 R$ 0,00 -Férias sobre aviso prévio 0/12 R$ 0,00 -1/3 Férias - R$ 0,00 -INSS Salário* 8% - R$ 40,00IRRF Salário** 0% - R$ 0,00INSS 13º Salário* 8% - R$ 0,00IRRF 13º Salário** 0% - R$ 0,00Total - R$ 500,00 R$ 40,00

460

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7)

EVENTO REF. PROVENTO DESCONTOSaldo de Salário 24 R$ 800,00 -Aviso Prévio Indenizado 0 R$ 0,00 13º Salário Proporcional 03/dez R$ 250,00 -13º Salário Aviso Prévio 0/12 R$ 0,00 -Férias Vencidas 0 R$ 0,00 -Férias Proporcionais 03/dez R$ 250,00 -Férias sobre aviso prévio 0/12 R$ 0,00 -1/3 Férias - R$ 83,33 -INSS Salário* 8% - R$ 64,00IRRF Salário** 0% - R$ 0,00INSS 13º Salário* 8% - R$ 20,00IRRF 13º Salário** 0% - R$ 0,00Total - R$ 1.383,33 R$ 84,00 1.299,33

8)

EVENTO REF. PROVENTO DESCONTOSaldo de Salário 8 R$ 960,00 -Aviso Prévio Indenizado 33 R$ 3.960,00 13º Salário Proporcional 04/dez R$ 1.200,00 -13º Salário Aviso Prévio 01/dez R$ 300,00 -Férias Vencidas 1 R$ 3.600,00 -Férias Proporcionais 03/dez R$ 900,00 -Férias sobre aviso prévio 01/dez R$ 300,00 -1/3 Férias - R$ 1.600,00 -INSS Salário* TETO - R$ 513,01IRRF Salário** 22.5% - R$ 355,44INSS 13º Salário* 9% - R$ 135,00IRRF 13º Salário** 0% - R$ 0,00Total - R$ 12.820,00 R$ 1.003,45 11.816,55