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SUSANA DUARTE AUTORA 15 INTRODUÇÃO Este protocolo tem o objectivo primordial de trabalhar várias áreas do cérebro no sentido de promover na pessoa uma melhoria da qualidade de vida e na sua autonomia. Em simultâneo pretende-se trabalhar a inteligência emocional, auto-estima, a auto-eficácia e promover um sentimento de realização pessoal e bem-estar emocional. Destina-se a adultos com idades a partir dos 30 anos, que devido a alguma problemática ficaram com a função cognitiva afetada, independentemente do grau de escolaridade. Foi desenvolvido para ser aplicado sobretudo em Unidades de Cuidados Continuados integrados (Convalescença, Média e Longa duração) e Residências Sénior. O manual encontra-se dividido em três partes, uma primeira com o plano de sessão, uma segunda parte com técnicas de relaxamento (realize a que melhor se adequa à pessoa que tem à sua frente). E uma terceira parte com uma panóplia de tarefas que poderá aplicar. Aconselha-se que cada uma das sessões tenha uma periodicidade diária ou de dois em dois dias, dependendo da necessidade de cada utente, assim como o período de internamento/permanência na unidade/instituição. Cada sessão deverá ter uma duração aproximada de 30 a 60 minutos, podendo este período ser ajustado a cada utente. Deve ser efetuado um registo do decorrer de cada sessão (na folha de registo criada para o efeito). No caso de a pessoa ter um curto tempo de atenção é preferível diminuir a duração da sessão, de modo a não provocar desconforto na mesma. Deve ser explicado, no início de cada sessão, que tarefas irão ser realizadas e qual o objectivo das mesmas. Tenha presente que pode ser inevitável repetir o objectivo da sessão e das tarefas, várias vezes ao longo da mesma, neste caso, repita o objectivo de cada tarefa calma e descontraidamente. Nos casos em que a pessoa tem uma noção de não conseguir executar as tarefas correctamente ou como ela mesma expectava, frise sempre que acima de tudo o mais importante é que ela não desista e faça o seu melhor. Nas pessoas iletradas, é essencial explicar que é natural que ela não consiga realizar de modo tão perfeito como ela desejaria, uma vez que ao longo da sua vida o cérebro aprendeu a realizar as tarefas de outra forma. Valorize sempre os saberes e vivências da pessoa com a qual intervém. Explique e desmistifique qualquer dúvida ou crença errónea, salientando que estas tarefas vão trabalhar áreas do cérebro que ela ao longo da sua vida trabalhou/estimulou de outras formas. Aproveite as vivências/

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Page 1: INTRODUÇÃO - fnac-static.com · acima de tudo o mais importante é que ela não desista e faça o seu melhor. Nas pessoas iletradas, é essencial explicar que é natural que ela

SUSANA DUARTEAUTORA

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INTRODUÇÃO

Este protocolo tem o objectivo primordial de trabalhar várias áreas do cérebro no sentido de promover na pessoa uma melhoria da qualidade de vida e na sua autonomia. Em simultâneo pretende-se trabalhar a inteligência emocional, auto-estima, a auto-eficácia e promover um sentimento de realização pessoal e bem-estar emocional. Destina-se a adultos com idades a partir dos 30 anos, que devido a alguma problemática ficaram com a função cognitiva afetada, independentemente do grau de escolaridade. Foi desenvolvido para ser aplicado sobretudo em Unidades de Cuidados Continuados integrados (Convalescença, Média e Longa duração) e Residências Sénior.

O manual encontra-se dividido em três partes, uma primeira com o plano de sessão, uma segunda parte com técnicas de relaxamento (realize a que melhor se adequa à pessoa que tem à sua frente). E uma terceira parte com uma panóplia de tarefas que poderá aplicar. Aconselha-se que cada uma das sessões tenha uma periodicidade diária ou de dois em dois dias, dependendo da necessidade de cada utente, assim como o período de internamento/permanência na unidade/instituição. Cada sessão deverá ter uma duração aproximada de 30 a 60 minutos, podendo este período ser ajustado a cada utente. Deve ser efetuado um registo do decorrer de cada sessão (na folha de registo criada para o efeito). No caso de a pessoa ter um curto tempo de atenção é preferível diminuir a duração da sessão, de modo a não provocar desconforto na mesma.

Deve ser explicado, no início de cada sessão, que tarefas irão ser realizadas e qual o objectivo das mesmas. Tenha presente que pode ser inevitável repetir o objectivo da sessão e das tarefas, várias vezes ao longo da mesma, neste caso, repita o objectivo de cada tarefa calma e descontraidamente. Nos casos em que a pessoa tem uma noção de não conseguir executar as tarefas correctamente ou como ela mesma expectava, frise sempre que acima de tudo o mais importante é que ela não desista e faça o seu melhor. Nas pessoas iletradas, é essencial explicar que é natural que ela não consiga realizar de modo tão perfeito como ela desejaria, uma vez que ao longo da sua vida o cérebro aprendeu a realizar as tarefas de outra forma. Valorize sempre os saberes e vivências da pessoa com a qual intervém. Explique e desmistifique qualquer dúvida ou crença errónea, salientando que estas tarefas vão trabalhar áreas do cérebro que ela ao longo da sua vida trabalhou/estimulou de outras formas. Aproveite as vivências/

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DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVAPROTOCOLO INDIVIDUAL

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experiências da pessoa para salientar aspectos positivos, por exemplo: ter de fazer cálculos de cabeça; por não saber escrever tinha de guardar tudo na memória, e por ai em diante.

Ao longo do manual terá à disposição uma diversidade de tarefas para que possa adequar da melhor forma a cada pessoa, tendo em consideração a escolaridade da mesma e o seu grau de comprometimento cognitivo. Tem ainda ao longo de algumas tarefas exemplos do dia-a-dia onde a pessoa usa a função cerebral que está a treinar, nesse mesmo espaço pode acrescentar outros exemplos considerando a população com que está a intervir. Na maioria das pessoas ajuda se perceberem o que cada uma das faculdades trabalhadas faz em concreto no seu dia-a-dia. Deste modo, conseguem perceber as aplicações práticas das tarefas o que facilita a recetividade e motivação para a intervenção. No final das tarefas a realizar, por área cerebral, tem duas páginas em branco onde poderá registar outros exercícios que entende adequarem-se bem à população com a qual intervém.

Na última sessão, com o utente, deve indicar-se, ao mesmo, e/ou à família quais as áreas que necessitam de manutenção para atrasar o agravamento (em alguns casos preveni-lo). As áreas que necessitam de maior estimulação, bem como, indicar exemplos de actividades/ tarefas que podem ser realizadas após o internamento.

Neste seguimento, tem ao dispor o Manual de estimulação cognitiva para cuidadores e Manual de estimulação cognitiva para cuidadores - Cuide de si!

O primeiro manual tem uma série de exercícios que o cuidador poderá realizar com a pessoa cuidada. O segundo manual, chamemos-lhe um “diário lembrete”, uma vez que se pretende que o próprio cuidador se recorde que tem de se auto cuidar, para bem cuidar!

Notas:

• O técnico encontrará as imagens necessárias para realizar os exercícios no caderno de estímulos. Estas encontram-se pela ordem do manual e com o mesmo formato de numeração.

• Algumas das tarefas necessitam de suporte físico, que pode ser construído com material reciclado. O objectivo é que recorra aos utentes/clientes para o construir, para posteriormente ser usado. O facto de serem eles a criar o próprio material incute na pessoa o sentimento de auto-eficácia, auto-estima e valorização pessoal. Uma vez que sente que o seu trabalho será útil a outras pessoas e não apenas para eles próprios.

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SUSANA DUARTEAUTORA

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INTRODUÇÃO

Este protocolo tem o objectivo primordial de trabalhar várias áreas do cérebro no sentido de promover na pessoa uma melhoria da qualidade de vida e na sua autonomia. Em simultâneo pretende-se trabalhar a inteligência emocional, auto-estima, a auto-eficácia e promover um sentimento de realização pessoal e bem-estar emocional. Destina-se a adultos com idades a partir dos 30 anos, que devido a alguma problemática ficaram com a função cognitiva afetada, independentemente do grau de escolaridade. Foi desenvolvido para ser aplicado sobretudo em Unidades de Cuidados Continuados integrados (Convalescença, Média e Longa duração) e Residências Sénior.

O manual encontra-se dividido em três partes, uma primeira com o plano de sessão, uma segunda parte com técnicas de relaxamento (realize a que melhor se adequa à pessoa que tem à sua frente). E uma terceira parte com uma panóplia de tarefas que poderá aplicar. Aconselha-se que cada uma das sessões tenha uma periodicidade diária ou de dois em dois dias, dependendo da necessidade de cada utente, assim como o período de internamento/permanência na unidade/instituição. Cada sessão deverá ter uma duração aproximada de 30 a 60 minutos, podendo este período ser ajustado a cada utente. Deve ser efetuado um registo do decorrer de cada sessão (na folha de registo criada para o efeito). No caso de a pessoa ter um curto tempo de atenção é preferível diminuir a duração da sessão, de modo a não provocar desconforto na mesma.

Deve ser explicado, no início de cada sessão, que tarefas irão ser realizadas e qual o objectivo das mesmas. Tenha presente que pode ser inevitável repetir o objectivo da sessão e das tarefas, várias vezes ao longo da mesma, neste caso, repita o objectivo de cada tarefa calma e descontraidamente. Nos casos em que a pessoa tem uma noção de não conseguir executar as tarefas correctamente ou como ela mesma expectava, frise sempre que acima de tudo o mais importante é que ela não desista e faça o seu melhor. Nas pessoas iletradas, é essencial explicar que é natural que ela não consiga realizar de modo tão perfeito como ela desejaria, uma vez que ao longo da sua vida o cérebro aprendeu a realizar as tarefas de outra forma. Valorize sempre os saberes e vivências da pessoa com a qual intervém. Explique e desmistifique qualquer dúvida ou crença errónea, salientando que estas tarefas vão trabalhar áreas do cérebro que ela ao longo da sua vida trabalhou/estimulou de outras formas. Aproveite as vivências/

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experiências da pessoa para salientar aspectos positivos, por exemplo: ter de fazer cálculos de cabeça; por não saber escrever tinha de guardar tudo na memória, e por ai em diante.

Ao longo do manual terá à disposição uma diversidade de tarefas para que possa adequar da melhor forma a cada pessoa, tendo em consideração a escolaridade da mesma e o seu grau de comprometimento cognitivo. Tem ainda ao longo de algumas tarefas exemplos do dia-a-dia onde a pessoa usa a função cerebral que está a treinar, nesse mesmo espaço pode acrescentar outros exemplos considerando a população com que está a intervir. Na maioria das pessoas ajuda se perceberem o que cada uma das faculdades trabalhadas faz em concreto no seu dia-a-dia. Deste modo, conseguem perceber as aplicações práticas das tarefas o que facilita a recetividade e motivação para a intervenção. No final das tarefas a realizar, por área cerebral, tem duas páginas em branco onde poderá registar outros exercícios que entende adequarem-se bem à população com a qual intervém.

Na última sessão, com o utente, deve indicar-se, ao mesmo, e/ou à família quais as áreas que necessitam de manutenção para atrasar o agravamento (em alguns casos preveni-lo). As áreas que necessitam de maior estimulação, bem como, indicar exemplos de actividades/ tarefas que podem ser realizadas após o internamento.

Neste seguimento, tem ao dispor o Manual de estimulação cognitiva para cuidadores e Manual de estimulação cognitiva para cuidadores - Cuide de si!

O primeiro manual tem uma série de exercícios que o cuidador poderá realizar com a pessoa cuidada. O segundo manual, chamemos-lhe um “diário lembrete”, uma vez que se pretende que o próprio cuidador se recorde que tem de se auto cuidar, para bem cuidar!

Notas:

• O técnico encontrará as imagens necessárias para realizar os exercícios no caderno de estímulos. Estas encontram-se pela ordem do manual e com o mesmo formato de numeração.

• Algumas das tarefas necessitam de suporte físico, que pode ser construído com material reciclado. O objectivo é que recorra aos utentes/clientes para o construir, para posteriormente ser usado. O facto de serem eles a criar o próprio material incute na pessoa o sentimento de auto-eficácia, auto-estima e valorização pessoal. Uma vez que sente que o seu trabalho será útil a outras pessoas e não apenas para eles próprios.

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TAREFAS DISPONÍVEIS

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MEMÓRIA

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MEMÓRIAA) Decore estas palavras. Feche os olhos e repita-as.

(Se a pessoa não souber ler, comece por lhe pedir para ouvir as palavras que lhe vai dizer. Alerte para ouvir primeiro e só depois as repetir na mesma ordem. Comece por dizer duas e vá acrescentando à medida que a pessoa consegue. No caso de não conseguir repetir na mesma ordem, reforce igualmente, mas coloque essa anotação e algumas sessões para a frente repita o exercício e observe se houve melhorias.)

Estes exercícios ajudam em tarefas como por exemplo:

- Decorar listas de compras;- Decorar números de telefone;

FLOR RIO CÃO CADEIRA

SAPATO VASO COLHER LÁPIS

B) Decore estas imagens. Feche os olhos e diga todas as imagens em voz alta.

C) Decore os números. Feche os olhos e diga--os em voz alta. (Se a pessoa não souber ler, comece por lhe pe-dir para ouvir as palavras que lhe vai dizer. Aler-te para ouvir primeiro e só depois as repetir na mesma ordem. Comece por dizer duas e vá acres-centando à medida que a pessoa consegue. No caso de não conseguir repetir na mesma ordem, reforce igualmente, mas coloque essa anotação e algumas sessões para a frente repita o exercício e observe se houve melhorias.)

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D) Observe as imagens. Diga o que falta.

E) Leia o texto e preencha os espaços em branco.

Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: “minha flor está lá, nalgum lugar…” Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem! E isto não tem importância!Não pode dizer mais nada. Pôs-se bruscamente a soluçar. A noite caíra. Larguei as ferramentas. Ria-me do martelo, do parafuso, da sede e da morte. Havia numa estrela, num planeta, o meu, a terra, um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o. E lhe dizia: “a flor que tu amas não está em perigo… Vou desenhar uma pequena mordaça para o carneiro… Uma armadura para a flor… Eu…” Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. Não sabia como atingi-lo, onde encontra-lo…É tão misterioso, o país das lágrimas!

F) Leia o texto e responda às questões.

A história começa com o jovem príncipe de Hamlet, recém-chegado da sua faculdade na Inglaterra, lamentando a morte súbita do seu pai. Desde a sua morte, Gertrude, a rainha da Dinamarca . mãe de Hamlet - havia casado com o irmão do rei falecido, Claudius, que por sua vez se tornou rei. Hamlet está a sofrer pela morte do pai, e mostra-se indignado com o novo matrimónio da mãe.O príncipe atormentado recebe então uma informação dos guardas do castelo: o fantasma do seu pai estaria rondando o local durante a noite, procurando falar com o filho. Hamlet vai encontrar-se com o espetro e houve da sua boca uma revelação terrível: o novo rei, tio de Hamlet, havia matado o irmão e casado com a cunhada. Não fica claro se a rainha sabia do assassinato ou não. O príncipe revoltado, jura vingança.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

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RACIOCÍNIO LÓGICO A) Complete as sequências:

2 5 6 9

3 4 7 8

B) Coloque as palavras por ordem alfabética.

ZEBRA ORQUÍDEA TÚNEL SABRINA

ALEGRIA FOCA MARMOTA VERNIZ

AZUL MACACO CABO HELENA

Estes exercícios permitem estimular o modo de pensar que ajuda a resolver um problema ou chegar a uma conclusão sobre determinado assunto.

O raciocínio é a função que desenvolvemos de modo a sermos capazes de criar, interpretar, responder e explicar situações.

C) Descubra a palavra (cisne).

A primeira letra aparece em Cavalo e Casado.A segunda letra aparece em Igreja e não em Soldado.A terceira letra aparece em Sino e em Flores.A quarta letra aparece em Não mas não em sim.A quinta letra aparece em Estrela e talvez.

D) Encontre a palavra escondida (sapo).

S A I

D P U

C O P

E) Encontre a palavra escondida (sapato).

F A V J N

A L G E S

R P T I A

T O T A P

U I O L M

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F) Encontre a palavra escondida (comboio).

C O M I O

L U I O A

J A R B B

O C O M C

G) Encontre a palavra escondida (cortinado).

A D E Q L R T

C H I R A E I

U A P E R S N

C J Ç T I F B

O I O A D O V

R T I N M U A

H) Preencha os espaços em branco.

4 7 3

7 3

4 7

I) Preencha os espaços em branco.

1 2 g x

1 2 g

1 g x

2 g x

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

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INTELIGÊNCIA EMCOCIONAL A) Escreva na coluna da esquerda coisas que gosta de fazer. Na coluna da direita escreva coisas que não gosta de fazer. Sempre que possível faça as coisas da coluna da esquerda!

* COISAS QUE GOSTO DE FAZER * COISAS QUE NÃO GOSTO DE FAZER

•••••

•••••

B) O que faz quando está com algum problema? Vamos experimentar a seguinte estratégia: Vai concentrar-se e dizer-me que soluções tem para resolver esse problema. Quando pensamos nas soluções de resolução ao invés de manter atenção nos problemas, tornamo-nos pessoas com uma maior resiliência. A resiliência é a nossa capacidade de enfrentarmos e lidarmos com as adversidades que nos vão surgindo ao longo da vida.

C) Muitas vezes temos uma forte tendência a agir no impulso, vamos treinar uma técnica para quando se deparar com uma situação que sinta que vai agir no impulso se possa controlar. Diga-me uma situação que não consiga controlar, pode ser alguém que o faz irritar-se e discutir por exemplo. Quando essa situação acontecer vai pensar em outra coisa, algo que lhe traga boa-disposição e tranquilidade. Uma viagem, umas férias que tenha tido, uma festa ou um passeio. Algo que a/o distrai da situação que quer controlar.

Quanto maior o nosso autoconhecimento melhor conseguimos gerir as nossas emoções e nos protegermos de situações geradoras de stress, ou seja, uma pessoa emocionalmente inteligente consegue identificar as suas próprias emoções com maior facilidade.

Uma pessoa com uma boa inteligência emocional tem uma maior capacidade para seguir em frente e se automotivar, quando se depara com problemas.

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D) De seguida, vamos treinar a consciência emocional. Diga uma emoção que habitualmente o incomoda. Agora vai fazer as seguintes perguntas a si mesmo. Só passa para a pergunta seguinte quando tiver a resposta.

- O que é que eu estou a sentir agora?- Que nome dou a esta emoção?- Que situação é que está a causar-me esta emoção?- Qual é o meu pensamento sobre esta situação?- De que forma estou agir por causa desta emoção?- Que impacto é que esta forma de agir está a causar em mim mesmo/a, nos outros e na minha vida?- Qual é a capacidade que preciso para lidar com esta situação? (adaptação).

Este exercício permite-nos dar atenção ao que se passa connosco. Questionarmo-nos sobre as causas e efeitos das situações que vivenciamos e da nossa forma de agir de modo a descobrirmos que competências precisamos de utilizar ou até mesmo, desenvolver.

O desenvolvimento da inteligência emocional permite-lhe aumentar o auto conhecimento emocional, o autocontrolo emocional, a auto motivação, a empatia (capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivida por ela), permite-lhe desenvolver relacionamentos interpessoais.

E) Dê uma folha branca à pessoa. Escreva três coisas que ela gosta nela. De seguida, três coisas que não gosta em si mesma. Após ter escrito estas seis coisas, questione-a sobre se há alguma coisa que ela possa fazer em relação às coisas que ela não gosta. Permita-lhe que ela fale abertamente sobre o assunto.

F) Dê uma folha branca à pessoa. Escreva uma lista de seis conquistas ao longo da sua vida. Sempre que ela tiver de ultrapassar novos obstáculos e sentir dúvidas sobre si mesma, deve ler esta lista. A pessoa deve levar consigo esta mesma lista.

G) Dê uma folha branca à pessoa. Escreva três pensamentos negativos que tenha habitualmente. De seguida deve transformar estes pensamentos em afirmações positivas.