introdução estudo da cor

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3 Cor 1. Introdução Durante décadas, muitos foram os investigadores e cientistas que, com todas as suas experiências e teorias, contribuíram muito para o desenvolvimento dos conceitos de cor e de visão. É inevitável associar a cor ao mundo das sensações, logo ao ser humano. A cor é pois, assimilada pelo ser humano através da visão e por consequência através dos olhos, ou seja, o olho humano. No entanto não nos podemos esquecer do cérebro, assim os olhos serão os sensores e o cérebro o processador. O olho não tem pois, uma simples acção como máquina fotográfica. Este é também ajustado à intensidade luminosa, contudo ao olho humano, a imagem é formada na retina, provocando impulsos nervosos que se estendem até ao cérebro, e onde a visão se efectua. A visão é dos cinco sentidos, aqueles que mais rapidamente levam a informação até ao cérebro, mas é talvez o mais sensível. Pode assumir-se que a cor relativa é verdadeira, pois uma mesma cor pode ser interpretada, por cada um de nós, de formas diferentes. A cor, através do olho humano, pode ser descrita pela quantidade de luz acromática (saturação), pela reflexão da luz (luminosidade) e pelos objectos emissores de luz (brilho). Eurico José cuinica Cadeira: Ed C. Visual I ESTEC UP- Quelimane

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Page 1: Introdução estudo da cor

3Cor

1. Introdução

Durante décadas, muitos foram os investigadores e cientistas que, com todas as suas experiências

e teorias, contribuíram muito para o desenvolvimento dos conceitos de cor e de visão.

É inevitável associar a cor ao mundo das sensações, logo ao ser humano. A cor é pois, assimilada

pelo ser humano através da visão e por consequência através dos olhos, ou seja, o olho humano.

No entanto não nos podemos esquecer do cérebro, assim os olhos serão os sensores e o cérebro o

processador.

O olho não tem pois, uma simples acção como máquina fotográfica. Este é também ajustado à

intensidade luminosa, contudo ao olho humano, a imagem é formada na retina, provocando

impulsos nervosos que se estendem até ao cérebro, e onde a visão se efectua. A visão é dos cinco

sentidos, aqueles que mais rapidamente levam a informação até ao cérebro, mas é talvez o mais

sensível.

Pode assumir-se que a cor relativa é verdadeira, pois uma mesma cor pode ser interpretada, por

cada um de nós, de formas diferentes.

A cor, através do olho humano, pode ser descrita pela quantidade de luz acromática (saturação),

pela reflexão da luz (luminosidade) e pelos objectos emissores de luz (brilho).

Este tema tem sido alvo de várias investigações, de forma a dar-nos a conhecer todo este

complexo processo. No entanto, sabe-se hoje que, a cor é o efeito que a radiação

electromagnética causa nos órgãos visuais.

2. Objectivos

2.1. Objectivo gera

Abordar duma forma integra sobre o estudo da cor.

2.2. Objectivos específicos

Compreender os efeitos da cor na percepção do mundo envolvente;

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4Cor

Aplicar os conhecimentos adquiridos sobre a cor/sensação e a influência da cor no

comportamento do observador;

Compreender a diferença entre síntese aditiva e síntese subtractiva;

Aplicar correctamente as cores primárias, secundárias, terciárias, frias, quentes, as

harmonias e os contrastes cromáticos;

3. Metodologia

Consulta de obras bibliográficas;

Pesquisa na internete.

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Page 3: Introdução estudo da cor

5Cor

4. Teoria da Cor

Vários cientistas e artistas do século passado, dedicaram-se à procura da harmonia cromática.

Desta forma, surgiram os primeiros sistemas (teorias da cor) de Goethe e Newton. Os seus

sistemas compunham-se por figuras bidimensionais (circulares ou poligonais) e formavam-se

através de cores puras e suas misturas.

Mais tarde, chegaram à conclusão que a representação das cores deveria ser tridimensional.

Assim surge o Sistema de Chevreul, onde para além das cores puras e suas matrizes, também se

aplica a utilização de um eixo vertical que indica o brilho e a saturação da cor. Este sistema é

constituído por um hemisfério que está rodeado pelas cores puras e as que resultam das suas

misturas, e estas vão clareando até ao branco que se situa no centro do mesmo.

Sistema de Chevreul

Outro exemplo é o sistema Esférico, de Otto Runge, que pretende descrever e encontrar

harmonias cromáticas. Aqui, as cores puras e suas misturas situam-se no equador da esfera, e

enquanto se aproximam do centro, pendem para a cor cinzento médio. Assim, as cores tornam-se

escuras em direcção ao pólo inferior até atingir o preto, e tornam-se claras, até ao pólo superior,

atingindo o branco. No interior da esfera verificam-se as variadas sucessões de cores e possíveis

combinações entre cores puras, branco e preto.

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Page 4: Introdução estudo da cor

6Cor

Estes são alguns exemplos de teorias desenvolvidas sobre a cor e a forma como a organização da

mesma poderia ser racionalizada, no entanto existem  muitas obras de arte que surgiram sem se

comandarem por elas.

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Sistema Esférico de Otto

Runge

Page 5: Introdução estudo da cor

7Cor

5. Cor

A cor é uma percepção visual provocada pela acção de um feixe de fotons sobe células

especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico,

impressões para o sistema nervoso, ela é também conceituada como o resultado da existência da

luz, ou seja, se a luz não existisse, não haveriam cores, à excepção do preto que, é exactamente a

ausência de luz. O preto é resultado de algo que absorve toda a luz e não reflecte, o branco

resulta de algo que reflecte toda a luz, logo é a existência de luz.

Assim, poderíamos dizer que o branco e o preto não são exactamente cores, mas antes

características da luz.

Isaac Newton, em 1666, fez uma experiência onde verificou que a luz do Sol, tinha grande

influência na existência das cores, nomeadamente as cores do arco-íris.

De salientar a sua importância, na evolução das teorias para a explicação da natureza da luz, para

explicar igualmente a cor que vemos nas coisas e compreender que estas se relacionam com a

estrutura das substâncias que as constituem.

A luz é pois fundamental para a percepção da cor, uma vez que as cores só existem e só são

vistas pelos nossos olhos, com a presença da luz. Assim, é essencial falar da cor-luz e a cor-

pigmento.

Cor-luz, ou colorido, é a radiação luminosa visível que tem como síntese aditiva a luz branca.

Ou seja, a cor é uma sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão. A cor-luz pode ser

observada através dos raios luminosos. Cor-luz é a própria luz, que pode se decompor em muitas

cores, concluindo-se que a luz branca contém todas as cores. Isaac Newton fez surpreendentes

descobertas sobre a luz e as cores. Seus estudos partiram da observação do arco-íris. Newton

"reproduziu" um arco-íris dentro de casa, usando prismas e lentes, onde fez incidir a luz do Sol

(imagem 3) A faixa colorida que obteve ao separar as cores é chamada de "espectro solar".

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Page 6: Introdução estudo da cor

8Cor

Imagem 3

Assim, o que vemos é o espectro das sete cores visíveis: violeta, índigo, vermelho, laranja,

amarelo, verde e azul excepto o preto porque, se o branco é a soma de todas as cores, o preto é a

ausência delas. Por isso essa mistura é chamada de síntese aditiva, pois estamos somando as

cores.

A cor-pigmento é a substância usada para imitar os fenómenos da cor-luz. Cores que podem ser

extraídas da natureza, como materiais de origem vegetal, animal ou mineral, e que da sua

mistura, através de processos industriais, surge o pigmento. Obtida de

"http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor-luz"

Cor-

pigmento

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9Cor

5.1 .Tipos de Cor

A cor está presente na nossa vida, em tudo que nos rodeia e é constantemente apreendida e

assimilada por nós, seres humanos. Aparentemente, as diversas tonalidades de cor que

conseguimos diferenciar, não são mais do que cores isoladas, no entanto, estas vão surgindo

como combinações entre outras.

Desta forma, e para que se compreenda melhor, como se compõem as cores que constituem o

vasto leque de cores existentes, há que conhecer alguns tipos de cor fundamentais e que estão na

base da existência de outras cores, tais como: as cores primárias, secundárias, terciárias, frias,

quentes e as cores neutras.

Cores primárias

O Amarelo primário, o Azul Ciano e o Vermelho Magenta, são conhecidas como cores

primárias. Assim se designam por serem cores puras, cores independentes que não se podem

decompor, logo não derivam da mistura de outras cores (imagem 4).

Imagem 4

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10Cor

Cores secundárias

A mistura de duas cores primárias, em quantidades iguais, leva às cores secundárias.

De salientar que, entre as cores primárias e as cores secundárias, fazendo a sua transição, situam-

se as cores intermédias, que se obtêm quando um tom está em mudança para uma outra cor.

O Verde, o Laranja e o Violeta, são conhecidas como cores secundárias. Assim se designam

pois são resultado da mistura de duas cores primárias (imagem 5).

Imagem 5

Cores intermédias ou terciárias

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Page 9: Introdução estudo da cor

11Cor

As cores terciárias resultam da mistura entre uma cor primária com uma cor secundária ou pela

mistura das três cores primárias. Não compõem o círculo cromático.

Primária + Secundária = Terciária (imagem 6)

Imagem de cores terciarias 6

Cores frias

A "temperatura" das cores faz com que se distingam cores frias e cores quentes, mas os

fundamentos para tal designação, são pois psicológicos.

As cores frias, como o próprio nome indica, estão associadas à sensação de frio, e são

essencialmente todas as cores que derivam do Violeta, Azul e Verde. São consideradas cores

calmantes.  

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Page 10: Introdução estudo da cor

12Cor

Exemplo de cores frias

Cores quentes

As cores quentes, estão pois associadas a sensações completamente opostas àquelas que as cores

frias transmitem. Assim, as cores quentes associam-se às sensações de calor, adrenalina. São

consideradas cores excitantes.

As cores quentes são todas aquelas que, no círculo das cores primárias derivam das seguintes

cores: Amarelo, Laranja e Vermelho.

Exemplos de algumas cores quentes

Estas cores associam-se ao sol, ao fogo, a vulcões em erupção, entre outras

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Page 11: Introdução estudo da cor

13Cor

Cores neutras

O preto, o branco e o cinzento são tidos como cores neutras, porque o branco é a presença de

todas as cores e o preto é a ausência de todas elas.  Na realidade assim se chamam pela sua

origem. O branco é a soma de todas as cores e implica a presença de luz, o preto é oposto ao

branco, significa total ausência de luz e aparentemente, não deriva de qualquer cor. O cinzento,

ou os vários tons de cinzento têm origem na mistura, em diferentes quantidades, do branco com o

preto (imagem 9)

Imagem 9

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Page 12: Introdução estudo da cor

14Cor

6. Significado das Cores

É um facto que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem

cores que se apresentam como estimulantes, alegres, optimistas, outras serenas e tranquilas, entre

outros.

Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como

estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve

finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas. É possível pois,

compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber informações.

Vejamos alguns exemplos de cores e sua simbologia:

O preto está associado à ideia de morte, luto ou terror, no entanto também se liga ao mistério e à

fantasia, sendo hoje em dia uma cor com valor de uma certa sofisticação e luxo. Significa

também dignidade.

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Page 13: Introdução estudo da cor

15Cor

O branco associa-se à ideia de paz, de calma, de pureza. Também está associado ao frio e à

limpeza. Significa  inocência e pureza.

O cinzento pode simbolizar o medo ou a depressão, mas é também uma cor que transmite

estabilidade, sucesso e qualidade.

O Bege é uma cor que transmite calma e passividade. Está associada à melancolia e ao clássico.

O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também

simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou o poder.

O Vermelho escuro significa elegância, requinte e liderança.

O Verde significa vigor, juventude, frescor, esperança e calma.

 

O Verde-escuro está associado ao masculino, lembra grandeza, como um oceano. É uma cor 

que simboliza tudo o que é viril.

 

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16Cor

O Verde-claro significa contentamento e protecção.

 

O Amarelo transmite calor, luz e descontracção. Simbolicamente está associado à prosperidade.

É também uma cor energética, activa que transmite optimismo. Está associada ao Verão.

 O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. É pois uma cor activa que,

significa movimento e espontaneidade.

O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a

personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a mais fria das cores frias.

O Azul-escuro, é considerada uma cor romântica, talvez porque lembre a cor do mar, no entanto

é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia.

 

O Azul claro significa tranquilidade, compreensão e frescura.

 

O Castanho é a cor da Terra. Esta cor significa maturidade, consciência e responsabilidade.

Está ainda associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade.

 

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Ciano

Magenta

Verde

AmareloAzul

Vermelho

17Cor

O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito.

 

O prateado ou cor prata é uma cor associada ao moderno, às novas tecnologias, à novidade, à

inovação.

 

O Dourado ou cor ouro está simbolicamente associado ao ouro e à riqueza, a algo majestoso.

7. Síntese Aditiva e Subtractiva da Cor

A síntese aditiva ocorre quando projectamos sobre uma superfície luzes de cores diferentes.

Aqui as cores adicionam-se. A TV usa a síntese aditiva. As primeiras fotografias a cores

utilizaram a síntese aditiva.

Amarelo Primário + Azul Ciano = Verde

Amarelo Primário + Vermelho Magenta = Laranja

Azul Ciano + Vermelho Magenta = Violeta

À mistura destas três cores, dá-se o nome de mistura aditiva,

uma vez que o seu resultado é o branco. Este nome surge,

quando uma cor resulta das somas de outras, sem perder as suas qualidades.

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18Cor

Figuras reproduzidas de S. Fabris, R. Germani, Color, Edebé, Barcelona

Síntese subtractiva

Quando se coloca um corante ou pigmento sobre uma superfície branca o que se está a fazer é a

subtrair cor à luz incidente! Vê-se a parte da luz que não foi subtraída.

Um pigmento é amarelo porque absorve a cor complementar que é o azul (azul-violeta)

Vermelho " " Ciano (azul-esverdeado)

Verde " " magenta (avermelhado)

Quando se misturam corantes ou pigmentos o mecanismo de subtracção "adiciona-se". O

mesmo acontece nas camadas cromáticas de um filme a cores. A este processo chama-se síntese

subtractiva de cores.

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19Cor

 

 

 

8. Percepção da Cor

Sem luz não existe cor

A luz solar é composta por um conjunto de radiações, que é possível decompor utilizando um

prisma de cristal (ou prisma óptico). Este decompõe a luz branca nas sete cores que constituem:

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20Cor

mageno, alaranjado, amarelo, verde, azul Ciano, anil e violeta. Foi o cientista Newton quem

descobriu este fenómeno. O arco-íris não é mais do que a luz solar decomposta nestas cores,

sendo esta decomposição feita por gotículas de água, que funcionam como prismas

Na natureza existem diferentes cores porque as radiações de luz de diferentes comprimentos de

onda são absorvidas e/ou reflectidas de acordo com as características dos objectos.

Percepcionamos determinada cor num objecto porque este absorve todos os comprimentos de

onda, excepto o dessa cor.  

8.1.Cores Complementares

Cores complementares são aquelas que funcionam bem em conjunto ou justapostas, e que produzem um esquema de cores atractivo.

Concepção científica

Na ciência das cores, duas cores são chamadas complementares se, quando misturadas,

produzem o preto, o branco ou alguma graduação de cinza. Nos sistemas de cores mais

perceptíveis, o branco está no centro do espectro e as cores complementares se situam uma ao

lado oposto da outra. O exemplo mais claro é o sistema HSV, no qual as cores complementares

estão em lados opostos no disco de cores.

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21Cor

Na maioria das discussões a respeito de cores complementares, somente as cores com completo

brilho e saturação são consideradas. Assim, uma cor primária sempre terá uma cor secundária

como complementar e vice-versa. A cor secundária complementar de uma cor primária é aquela

formada pelas outras duas cores primárias. Cores terciárias sempre têm outra cor terciária como

complementar.

O vermelho é complementar do verde.

O azul é complementar do laranja.

O amarelo é complementar do violeta.

Concepção artística

Como no decorrer da história havia poucos pigmentos disponíveis - cores como o magenta e o

ciano são muito raras na natureza - os artistas ainda hoje costumam usar outros pares de cores

complementares, a saber:

Azul e laranja;

Vermelho e verde;

Amarelo e violeta.

Como acontece na ciência das cores, cada cor primária tem uma secundária por complementar e

vice-versa. Ao juntar uma com outra, obtém-se alguma tonalidade de cinza ou marrom.

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22Cor

Cores complementares segundo a concepção artística

O uso de cores complementares é um

aspecto importante para a beleza na arte e

no design gráfico. Quando são colocadas

uma ao lado da outra, os complementos

aparecem contrastantes. No disco artístico,

as cores complementares são colocadas no

lado oposto uma da outra. Embora essa

concepção artística não se enquadre

rigorosamente dentro da definição

científica de cores, a maioria dos discos de cores na arte são dispostas de maneira semelhante ao

sistema HSV.

9. Conclusão

Chegado ao fim do presente trabalho, concluo que, a cor é um elemento importante na

linguagem visual pois influencia o nosso comportamento, transmitindo mensagens. No dia-a-dia,

a cor está sempre presente e muitas vezes associada a significados simbólicos podemos encontra-

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23Cor

la, por exemplo: Num sinal, numa bandeira, num spot publicitário, num estado de espírito etc.

A imensidão de cores presentes na Natureza é de grande beleza. Poderemos encontrá-la nos

alimentos, na paisagem, nas flores e nos animais que, muitas vezes, a utilizam para comunicarem

entre si, nomeadamente como disfarce defesa ou sedução.

10Bibliografia

CANAL, Mª Fernando (dir); Guia completo para o artista, 2005; editorial Estampa; Lisboa;

ISBN: 972-33-2148-3.

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Page 22: Introdução estudo da cor

24Cor

SOUSA, Rocha De; Didáctica da Educação Visual; 1995; Universidade Aberta; Lisboa; ISBN:

972-674-159-9.

VVAA; Ver, Desenhar e criar Educação Visual 7º, 8º, 9º ano/ 3º ciclo do ensino Básico; 2009,

Lisboa Editora; Lisboa; ISBN: 978-972-680-656-1.

http://www.webart.com.pt/index.phop

http://www.educacao.te.pt/pais educadores/ index.jsp tip. Círculo cromático

http://www.arco-ires.blogspot.com/2008/03/disco-de-newton

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http://www.prof2000.pt/users/hjco/luz2

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http://www.mariaclaudiacortes.com/colores.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor-luz

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