introduÇÃo citros

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1. Introduo

1.1. Origem e Classificao Estima-se que a sua origem ocorreu nas regies tropical e subtropical da sia e do arquiplago Malaio, de onde dispersaram para outras regies do mundo. So plantas de porte mdio (arbreo/arbustivo) com flores brancas e aromticas, frutos tipo baga contendo vesculas preenchidas por um suco de grande interesse comercial

Freitas de Arajo, Edson et al., (2005)

1.1. Origem e Classificao

Neves, Marcos Fava et al., (2010)

1.1. Origem e Classificao Existem duas classificaes taxonmicas para a cultura dos citros, uma descrita por Tanaka (1961) que compreende 159 espcies e outra por Swingle(1968) que compreende 16 espcies. Mas convencionado os citros como as plantas pertencentes famlia Rutaceae, sub-famlia Aurantioideae, gnero Citrus.

Freitas de Arajo, Edson et al., (2005)

1.2. Manejo Os citros de um modo geral, preferem climas com temperatura entre 23 e 32 C e alta umidade relativa do ar; Solos profundos e permeveis, com boa fertilidade (pH entre 5 e 6, e com ampla reserva de nutrientes) permitem maior desenvolvimento das rvores e maior produo de frutosMattos Junior, Dirceu de et al.. (2005)

1.2. Manejo Nos primeiros dois anos, aps plantio das mudas, ocorrem brotaes abaixo da bifurcao da copa e na regio do porta-enxerto. Estas devem ser eliminadas manualmente assim que aparecerem. So retirados tambm ramos mortos ou doentes e mal dispostos nas rvores adultas.Mattos Junior, Dirceu de et al., (2005)

1.3. Fenologia Dos Citros A fenologia a cincia que estuda as diferentes fases de desenvolvimento dos vegetais e a relao destas com as condies ambientais; As plantas ctricas, por serem perenes, apresentam ciclo de desenvolvimento que varia de seis a dezesseis meses, dependendo da espcie, da variedade e da variao sazonal;

Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3.1. Repouso Vegetativo e Induo Floral A fase de induo floral ocorre entre os meses de abril, maio e junho, quando as temperaturas e chuvas comeam a diminuir nas condies climticas do planalto paulista. Logo aps, as plantas entram em fase de repouso vegetativo, o qual ocorre apenas em locais onde se tenha perodos de estresse hdrico e trmico bem definidos.

Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3.1. Repouso Vegetativo e Induo Floral O perodo de repouso, pode ser induzido tanto por meio de temperaturas baixas de inverno (em torno de 10 C) nas zonas subtropicais, quanto por um perodo de dficit hdrico nas zonas tropicais. O perodo de repouso resulta em um acmulo de reservas pela planta, as quais so rapidamente consumidas na florada, durante o desenvolvimento das estruturas reprodutivas.Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3.2. Florao O florescimento inicia-se aps o perodo de induo e repouso vegetativo, quando existirem condies trmicas e hdricas favorveis. Nas regies de clima tropical, onde h ocorrncia de estiagem durante certa poca do ano e no ocorre variao sazonal das condies trmicas, o florescimento ir acontecer aps o restabelecimento das chuvasOliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3.2. Florao A produo de flores nos citros atinge valores que vo de 100.000 a 200.000 unidades No entanto, a percentagem delas que permanece nas plantas muito pequena, da ordem de 15 a 20% Somente 0,1 a 6% do total de flores iro resultar em frutos maduros

Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3.3. Fixao e Crescimento do Fruto Logo aps a polinizao se estende por um longo perodo, a fixao e crescimento dos frutos; Fatores de ordem fisiolgica, ambiental e fitossanitria so os principais responsveis pela queda dos frutos, que em sua maior parte ocorre em novembro.

Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3.3. Fixao e Crescimento do Fruto O crescimento dos frutos pode ser sub-dividido, basicamente, em quatro fases:1. 2. 3. 4. DVC diviso celular (define tamanho potencial do fruto) DFC diferenciao celular EC expanso celular (rpido crescimento, durando de 2 a 12 meses) M maturao (lento crescimento do fruto, pequeno aumento do total de slidos solveis e rpido decrscimo da acidez total)

Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005)

1.3. Importncia da CulturaTabela 1: Dados da safra 2009 de laranja nos cinco pases que mais produzem a fruta no mundo:

Embrapa, (2009)

1.4. Importncia da Cultura O Brasil detm 50% da produo mundial de suco de laranja, exporta 98% do que produz e consegue incrveis 85% de participao no mercado mundial; A cadeia arrecada US$ 189 milhes em impostos para o Estado brasileiro; Apenas os estados da Flrida (EUA) e So Paulo detm 81% da produo mundial de suco. Sendo que So Paulo possui 53% do total. Nas ltimas 15 safras, a produo mundial de suco caiu 13%.Neves, Marcos Fava et al., (2010)

1.4. Importncia da Cultura A safra nacional de 2008 totalizou 18.538.084 t. So Paulo detm 78,4 % de participao na produo, onde quase toda a produo processada em suco e exportada. Cerca de 60% do suco que circula no mercado mundial brasileiro, em particular de laranjas e demais ctricos cultivados em So Paulo.IBGE, (2009)

1.4. Importncia da CulturaTabela 2: Dados da safra 2009 de laranja nas cinco regies geogrficas brasileiras:Regio Geogrfica Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste BRASIL rea Colhida (ha) 18.301 118.373 588.716 54.240 7.620 787.250 Quantidade Produzida (ton.) 249.657 1.773.128 14.468.385 991.431 135.849 17.618.450 Rendimento Mdio (ton./ha) 13,64 14,98 24,58 18,28 17,83 17, 862 Participao Na Produo (%) 1,42 10,06 82,12 5,63 0,77 100

EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, (2009)

1.4. Importncia da Cultura O Paran (com 2,8% da produo nacional) vem despontando como plo agroindustrial e j existem no estado trs unidades de extrao de suco, que visa a exportao Com alta tecnologia e plena expanso, a citricultura paranaense apresenta produtividade superior a todos os estados produtores, inclusive So Paulo.IBGE, (2009)

1.4. Importncia da CulturaTabela 3: Dados da safra 2009 de laranja nos cinco estados brasileiros com melhor rendimento ton/ha:Estado Paran So Paulo Minas Gerias Bahia Sergipe BRASIL rea Colhida (ha) 20.000 551.901 30.549 55.755 53.001 711.206 Quantidade Produzida (ton.) 520.000 13.642.165 749.987 906.965 784.382 16.603.499 Rendimento Mdio (ton./ha) 26 24,72 24,55 16,27 14,8 23,35

EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, (2009)

1.4. Importncia da Cultura A citricultura gera, entre empregos diretos e indiretos, um contingente de 230 mil posies, e uma massa salarial anual de R$ 676 milhes.

Neves, Marcos Fava et al., (2010)

1.4. Importncia da Cultura Pragas e doenas foram responsveis pela erradicao de 40 milhes de rvores apenas nesta dcada. A mortalidade saltou de 4% para preocupantes 7,5%. Acarretando em perdas finais de 80 milhes de caixas (de 4,8Kg) por ano.Neves, Marcos Fava et al., (2010)

1.4. Importncia da Cultura Na agricultura em geral, no ano de 2009 houve aumento de 7,7% no volume de vendas de defensivos agrcolas em relao ao ano anterior, totalizando 725.577 toneladas de produto comercial. Desse total, 4,2% das vendas de produtos comerciais, foram consumidos pela citricultura, movimentando um total de R$ 201 milhes.

Neves, Marcos Fava et al., (2010)

1.4. Importncia da Cultura Do total de ingrediente ativo consumido pela citricultura, os acaricidas participaram com 39%, seguido pelos inseticidas foliares com 29% e pelos fungicidas de aplicao foliar com 14%. Essas trs classes representaram 55% dos gastos com defensivos no setor.

Neves, Marcos Fava et al., (2010)

1.4. Importncia da Cultura O greening causado pela bactria Candidatus Liberibacter americanum spp., que vive e se desenvolve no floema das plantas. O tipo asitico da doena transmitido pelo psildeo Diaphorina citri. Como este abundante no Brasil, acredita-se na possibilidade dele ser tambm o vetor do greening americano

Hamada, Emlia et al., (2005)

1.4. Importncia da Cultura J a CVC, causado pela bactria Xylela fastidiosa que possui diversas culturas hospedeiras e insetos vetores principalmente das famlias Cidadellidae (sub-famlia Cicadellinae) e Cercopidae.

Miranda, Marcelo Pedreira De, (2003)

1.4. Importncia da Cultura O crescimento de ataques do Greening e da CVC tm acarretado no aumento exponencial do consumo de inseticidas na citricultura; De 2003 at os dias atuais houve um crescimento de cerca de 600%.

Neves, Marcos Fava et al., (2010)

Referncias Freitas de Arajo, Edson et al., (2005), Taxonomia Dos Citros. In: Citros, 929, 127-128. Consultado em 1 de julho de 2011 Oliveira, Josiane Maria Alves De. ,(2005), Fenologia e Ciclo da Cultura. In: Ampliao do perodo de colheita e estudo fenolgico de frutos de tangerina do tipo ponkan sob a influncia de trs portaenxertos, 81, 24-26. Consultado em 1 de julho de 2011 EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, (2009), Consultado em 1 de julho de 2011 e < http://www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/Laranja_Brasil_2009.pdf> Neves, Marcos Fava et al., (2010) Uma Viso Geral. In: O retrato da Citricultura brasileira, 137, 8-9; 62-63. IBGE, (2009), Produo Agrcola Municipal 2008 Consultado 1 de julho de 2011 em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1479&id_pagi na=1 Hamada, Emlia et al., (2005), Estimativa de reas favorveis ocorrncia da Diaphorina citri (vetor do greening asitico) no estado de So Paulo. In: Congresso Brasileiro de Agrometereologia. 2 Miranda, Marcelo Pedreira De, (2003) , Insetos Vetores de X. fastidiosa. In: Levantamento de Cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae) Vetoras De Xylele fastidiosa Em Pomares Ctricos Do Litoral Norte Da Bahia, 63, 5-5. Consultado em 2 de julho de 2011 em: