introdução ao sistema tributÁrio nacional · do trabalho, justiças eleitoral e militar tribunal...

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 1 Prof. Dra. Silvia Bertani Silviabertani.wordpress.com [email protected] Profa. Dra. Silvia Bertani

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

1

Prof. Dra. Silvia BertaniSilviabertani.wordpress.com

[email protected]

Profa. Dra. Silvia Bertani

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Profa. Dra. Silvia Bertani

FONTES DO DIREITO

Fontes Principais

Fontes Secundárias

3

Profa. Dra. Silvia Bertani

Fontes do Direito

Fontes Principais

Leis

Constituição, Emendas Constitucionais, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Leis Delegadas, Decretos Legislativos, Resoluções (do Senado)

Tratados e convenções internacionais

Fontes Secundárias

Regulamentação

Jurisprudências

Usos e Costumes

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Organização Política e

Administrativa do Brasil

FEDERAÇÃOUNIÃO

ESTADOS

MUNICÍPIOS

DISTRITO FEDERAL

REPÚBLICAExecutivo

Legislativo

Judiciário

5

Administração

Descentralizada

Tripartição dos

Poderes

Profa. Dra. Silvia Bertani

Organização Política e

Administrativa do Brasil

6

Poder / UF UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS

Executivo

Presidente da

República e

Ministérios

Governador e

Secretarias

Prefeito e

Secretarias

LegislativoSenado e Câmara

dos Deputados

Assembléia

Legislativa

Câmara de

Vereadores

Judiciário

STF, STJ, Justiça

do Trabalho,

Justiças Eleitoral

e Militar

Tribunal de Justiça

Juízes

(comarcas/varas)

Utilizam a

estrutura do

Judiciário dos

Estados

Profa. Dra. Silvia Bertani

Conceito de Tributo

“Tributo é toda prestação pecuniária

compulsória, em moeda ou cujo valor

nela se possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilícito, instituída

em lei e cobrada mediante atividade

administrativa e plenamente vinculada”

(CTN – art. 3º)

7

Profa. Dra. Silvia Bertani

Analisando o

Conceito de Tributo...

prestação pecuniária Os tributos em geral, pagos na forma e prazo normais da

extinção da obrigação tributária, somente podem ser quitados em moeda corrente nacional.

compulsória Seu pagamento é obrigatório, pelo poder coercitivo do

Estado, e independente da vontade do contribuinte.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Analisando o

Conceito de Tributo...

que não constitua sanção por ato ilícito

A obrigatoriedade do pagamento do tributo nasce de ato lícito.

A “multa” por infração fiscal é considerada sanção pela prática de ato ilícito e, portanto, não é tributo.

instituída em lei Os tributos somente podem ser instituídos ou alterados por meio de lei válida e

eficaz.

9

Profa. Dra. Silvia Bertani

Analisando o

Conceito de Tributo...

cobrada mediante

atividade administrativa

plenamente vinculada Para efetuar a cobrança de tributos a administração

pública deverá agir na forma e nos limites fixados em lei.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Espécies de Tributos

Impostos

Taxas

Contribuições de Melhoria

Contribuições Especiais

Empréstimos Compulsórios

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TRIBUTOS NÃO VINCULADOS

TRIBUTOS VINCULADOS

TRIBUTOS MISTOS

TRIBUTOS

ESPECIAIS

Profa. Dra. Silvia Bertani

Impostos

Tributos não vinculados à atividade estatal, ou seja, são devidos independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte.

“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” (CTN – Art. 16).

É de competência privativa, distribuída pela CF, isto é, exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal.

Destina-se ao custeio de despesas gerais (correntes e de capital)

Ex.: IPI, ICMS, IR etc.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Taxas

Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pelo exercício regular do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte (CTN – arts. 77 e 78).

Poder de polícia = atividade pública que limita e disciplina direito, interesse ou liberdade a favor do interesse público, no que se refere a segurança, higiene, ordem, costumes etc.

Não pode ter o mesmo fato gerador e nem a mesma base de cálculo do imposto.

Ex.: TLIF – Taxa de Licença de Instalação e Funcionamento (PMSP)

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Contribuições de Melhoria

Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pela realizaçãode obra pública da qual decorra valorização imobiliária,normalmente com base no rateio do custo total da obra entre oscontribuintes beneficiados (CTN – arts. 81 e 82).

Na prática, raramente é cobrada ou o é de forma ilegal, devidoàs exigências do art. 82 do CTN (publicação prévia de memorialdescritivo, orçamento da obra, delimitação da área etc.)

Exemplo: pavimentação de ruas.

Custo total = $ 300.000

Área pavimentada = 10.000 m²

Rateio = $ 300.000 / 10.000 m² = $ 30/m²

Área de 100 m² = $ 30/m² x 100 m²= $ 3.000

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Contribuições Especiais

As contribuições especiais têm sido caracterizadas como uma nova espécie de tributos que engloba:

Contribuições Sociais

INSS, COFINS e CLS (CF–art. 195)

CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CF – art. 149)

Criada para ajustar a economia aos objetivos da política econômica. Ex. CIDE sobre combustíveis de derivados de petróleo (Lei 10.336/01)

Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas

CRC, OAB, Crea etc.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Empréstimos Compulsórios

Tributos que podem ser instituídos pela União (CF –art. 148) exclusivamente para atender despesas extraordinárias (não previstas no orçamento) decorrentes de calamidade pública, guerra ou sua iminência e para investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

Sua receita é vinculada à causa que fundamentou a sua instituição.

Devem ser restituídos ao contribuinte, conforme as condições estipuladas na lei complementar que os instituíram.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Tributos Diretos e Indiretos

Tributos DiretosRecaem sobre a pessoa (física e jurídica)

Incidem sobre o patrimônio e a renda

São de responsabilidade pessoal

Ex.: IRPJ, IRPF, IPTU, ITR, IPVA etc.

Tributos IndiretosRecaem sobre a produção e circulação de bens e serviços

São repassados para os preços dos produtos e serviços

O consumidor é o contribuinte de fato

O produtor, vendedor ou prestador do serviço é o contribuinte de direito responsável pelo recolhimento do tributo

Ex.: IPI, ICMS, ISS, COFINS etc.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Competência Tributária

UNIÃO (arts. 153 e 154 – CF)

ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (art. 155 – CF)

MUNICÍPIOS (art. 156 – CF)

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Questões

1. O que é tributo? Analise a sua definição.

2. Qual a diferença entre tributo e multa?

3. Conceitue e explique as diferenças entre impostos, taxas e contribuições de melhoria.

4. Qual a diferença entre tributo vinculado e não vinculado. Dê exemplos.

5. A Prefeitura do Município de São Paulo pretende cobrar a “taxa do lixo” e “taxa de iluminação pública”. Como se classificariam esses tributos quanto aos seus vínculos com a atividade estatal? Justifique.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Limites ao Poder de

Tributar

O art. 150 da CF impõe limites ao poder do Estado em

matéria tributária por meio do estabelecimento de

princípios.

Os princípios são os fundamentos do ordenamento

jurídico e prevalecem sobre todas as demais normas.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Princípios Tributários

Legalidade

Isonomia

Irretroatividade

Anterioridade

Reserva de lei complementar

Reserva de lei para renúncia fiscal

Imunidade tributária

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Legalidade

É vedado exigir ou aumentar tributo sem lei que o

estabeleça.

Lei = fonte primária (e não decreto, portaria,

instrução normativa etc.)

O aumento de tributo pode se dar não apenas

pelo aumento da alíquota, mas também pela

ampliação da sua base de cálculo.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Isonomia (ou igualdade)

Obrigatoriedade do agente arrecadador de

tratar igualmente os contribuintes que se

encontrem em situação econômica

(capacidade contributiva) equivalente.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Irretroatividade

É vedado cobrar tributos cujos fatos geradores tenham ocorrido

antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado.

Objetiva preservar:

o direito adquirido

o ato jurídico perfeito

a coisa julgada

Exceção feita à lei penal, que retroage para beneficiar o réu

(quando a lei anterior era mais severa).

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Anterioridade

É vedado cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que

tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Para ser cobrado num determinado exercício financeiro, a lei

deverá ser promulgada até o final do exercício anterior.

Exceções:

Imposto de Importação, exportação, produtos industrializados e sobre operações financeiras.

Contribuições sociais (90 dias)

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Imunidade Tributária

É vedada a instituição de imposto:

entre os entes federativos (reciprocidade)

templos de qualquer culto

patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, sindicatos, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos

livros, jornais, periódicos e papel destinados à sua impressão

Refere-se somente à espécie de tributo denominada “imposto”.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Obrigação Tributária

É o vínculo jurídico que une duas pessoas, uma

chamada sujeito ativo (Fisco) e outra sujeito passivo

(contribuinte), o qual, em vista de ter praticado um

fato gerador tributário, deve pagar ao primeiro certa

quantia em dinheiro (tributo).

CASSONE (2001, P. 136)

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Hipótese de Incidência

É a descrição que a lei faz de um fato tributário que,

quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária

(do sujeito passivo em relação ao sujeito ativo).

A lei descreve um fato “hipotético”, mas a obrigação

tributária nasce somente com a sua ocorrência.

28

Profa. Dra. Silvia Bertani

Aspectos da Hipótese de

Incidência

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ASPECTOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA CARACTERIZAÇÃO

PessoalDefinição do Sujeito Ativo (credor) e do Sujeito passivo (devedor) da obrigação tributária.

TemporalDefinição do momento exato do fato gerador da obrigação tributária.

Espacial

Definição do lugar em que terá que ocorrer o fato gerador, que deverá situar-se dentro dos limites territoriais em que o ente federativo têm a competência tributária

MaterialDefinição do fato que será objeto de tributação. Normalmente é expresso por uma ação: importar, exportar, industrializar, prestar serviços.

Quantificativo

Definição da base de cálculo (expressão da grandeza do aspecto material) e da alíquota (percentual a ser aplicado sobre a base de cálculo) para determinação do montante do tributo.

Profa. Dra. Silvia Bertani

Fato Gerador

É o fato que gera a obrigação tributária.

Refere-se à concretização da hipótese de incidência, conforme prevista na lei (subsunção).

Deve ser definido em lei complementar.

Exemplos:

Prestar serviços (ISS)

Fazer circular mercadorias (ICMS)

Receber ou ser creditado renda (IR)

30

Profa. Dra. Silvia Bertani

Fato Gerador

Instantâneo – concretiza-se num único ato.

Ex.: ITBI.

Periódico – concretiza-se em vários atos, mas são apurados num determinado período.

Ex.: IPI, ICMS, PIS/COFINS.

Complexivo – quando resulta de uma série de operações para apuração da base de cálculo e do montante devido.

Ex.: IRPF, IRPJ.

Persistente – é constante, permanente, sem prazo para conclusão.

Ex.: IPTU, ITR, IPVA.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Base de Cálculo

É o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para apuração do montante de tributo a pagar.

Deve ser definida em lei complementar.

Sua alteração está sujeita aos princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade.

Ex.: faturamento mensal (COFINS), lucro real ou presumido (IRPJ).

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Alíquota

É o valor ou percentual definido em lei que, aplicado à base de cálculo, determina o montante do tributo a pagar.

A alíquota pode ser:

específica – expressa em valor monetário

ad valorem – expressa em percentual

progressiva – expressa em valores monetários ou percentuais crescentes por faixa

Exemplo: IRPF

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RENDIMENTO % DEDUÇÃO

Até R$ 1.434,59 isento -

De R$ 1.434,60 a R$ 2.150,00 7,5% 107,59

De R$ 2.150,01 a R$ 2.866,70 15% 268,84

De R$ 2.866,71 a R$ 3.582,00 22,5% 483,84

Acima de R$ 3.582,00 27,5% 662,94

Salário = R$ 3.800,00

BC = R$ 3.800,00

IRPF = R$ 3.800,00 x 27,5% -662,94 = 382,06Profa. Dra. Silvia Bertani

Alíquota

Alíquota Normal

A lei determina a aplicação de uma alíquota considerada normal para a cobrança do imposto.

Alíquota Adicional

Além da alíquota normal, a lei pode determinar o pagamento de um imposto adicional sobre determinado valor que ela fixar.

Exemplo: IRPJ

34

ALÍQUOTA %

Alíquota Normal 15%

Adicional sobre a parcela

do lucro que exceder a

quantia de R$ 20.000 / mês 10%

Lucro Real = R$ 80.000,00

IRPJ = R$ 80.000,00 x 15%R$ 60.000,00 x 10%

IRPJ = R$ 18.000,00

Profa. Dra. Silvia Bertani

Montante

É o valor do tributo a ser pago, resultante da

aplicação da alíquota sobre a base de cálculo.

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MONTANTE = ALÍQUOTA X BASE DE CÁLCULO

Profa. Dra. Silvia Bertani

Obrigação e

Obrigação Tributária

Obrigação = relação jurídica que se estabelece entre um sujeito passivo (devedor) e sujeito ativo (credor), que passa a exigir uma prestação de caráter patrimonial (objeto), em virtude de uma causa que pode ser:

a vontade das partes (ex voluntate) direito privado; ou

a vontade da lei (ex lege) direito público.

A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA tem como causa a lei(ex lege), mas pode derivar de obrigações de direito privado (ex voluntate).

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Obrigação de Direito

Privado e de Direito Público

Uma simples obrigação de direito privadopode gerar diferentes obrigações de direito público, como, por exemplo, numa venda de mercadoria a prazo:

obrigação de direito privado sujeito ativo (vendedor/credor), sujeito passivo (comprador/devedor), pagamento do preço (objeto) e causa (vontade das partes)

obrigações de direito público fato gerador do IPI (pela saída da mercadoria), do ICMS (pela circulação da mercadoria), do COFINS e do PIS (pelo faturamento).

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Obrigação

Principal e Acessória OBRIGAÇÃO PRINCIPAL

Tem como objeto o pagamento do tributo ou sanção(multa/juros).

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

Tem como objeto os deveres administrativos.

Não importa em pagamento de tributo, mas o seu descumprimento pode gerar multas, que não são tributos, mas sim sanção pela prática de atos ilícito.

Exemplos: inscrever-se no CNPJ, emitir notas fiscais, escriturar os livros fiscais e contábeis, preencher guias de recolhimento etc.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Sujeito Ativo

É o credor da obrigação tributária.

É sempre uma pessoa jurídica de direito público.

Deve ter competência constitucional para instituir e cobrar o tributo objeto da obrigação tributária.

Podem ser sujeitos ativos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e as suas autarquias (exemplo: INSS).

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Sujeito Passivo

É o devedor da obrigação tributária.

É sempre um particular (PF ou PJ).

Caracteriza-se como:

Contribuinte

Responsável

Substituto Tributário

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Contribuinte – Responsável –

Substituto tributário Contribuinte é o contribuinte “de fato”, isto é, que tem relação pessoal

e direta com o fato gerador, independentemente de contratos particulares que repassam a obrigação para outros particulares. Ex.: repasse do IPTU para o locatário de imóveis.

Responsável é o contribuinte “de direito”, isto é, eleito pela lei para responder pela obrigação tributária, em substituição ao contribuinte “de fato”, dada a maior complexidade para alcançá-lo. Ex.: IRRF, IPI, ICMS, INSS, ISS etc.

Substituto Tributário é o contribuinte “de direito” responsável pelo pagamento do tributo cujo fato gerador deverá ocorrer posteriormente, porque é futuro e presumido num elo posterior da cadeia produtiva. Tem como objetivos: simplificar a fiscalização, antecipar receitas, evitar a sonegação fiscal. Ex.: tributos incidentes sobre o preço de automóveis, tintas e vernizes, produtos farmacêuticos, gasolina etc.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Sujeição Passiva Indireta

Solidariedade – são solidários em relação à obrigação tributária os sócios e as sociedades resultantes de fusões, cisões, incorporações, transformações etc.

Responsabilidade Tributária:

dos sucessores – adquirentes (inter vivos), herdeiros (causa mortis), fusão/cisão/ incorporação/transformação de sociedades etc.

de terceiros – incapazes (tutor, curador, pais e responsáveis), administradores de bens de terceiros, inventariantes, síndicos (falência), diretores, gerentes e representantes legais de pessoas jurídicas de direito privado.

por infrações fiscais – criminais ou não criminais.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Responsabilidade por

Infrações Fiscais

De natureza não criminalA responsabilidade por débitos fiscais legais,

oriundos de atrasos de pagamento de tributos declarados ou erros não intencionais, é transferível nos casos previstos em lei (arts. 128 a 135 do CTN).

De natureza criminalPor outro lado, a responsabilidade tributária

torna-se pessoal e intransferível quando provada a intenção do contribuinte em omitir ou diminuir pagamentos de tributos, valendo-se se subterfúgios que modifiquem a veracidade dos fatos.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Crimes Tributários

TIPO CARACTERIZAÇÃO EXEMPLOS

SONEGAÇÃO

Diminuição ou omissão de receita que acarreta não pagamento total ou parcial de tributos.

Venda de mercadoria sem emissão de nota fiscal.

FRAUDEAlteração de documentação para diminuir ou omitir pagamentos.

Alteração de dados contábeis, balanços, notas fiscais etc.

SIMULAÇÃO /

CONLUIO

Participação de dois ou mais agentes que simulam atos irreais.

Venda de imóvel de uma empresa a sócios, por preço menor do que o de mercado (distribuição disfarçada de lucros).

CONTRABANDOImportação de mercadoria ilícita sem autorização legal

Cocaína, éter, acetona, armas etc.

DESCAMINHOImportação de mercadoria lícita sem o recolhimento dos tributos incidentes.

Entrada de mercadorias não declaradas superior ao limite permitido em lei.

DEPOSITÁRIO INFIEL E APROPRIAÇÃO

INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

Omissão do repasse ao agente arrecadador de tributos já descontados de terceiros.

IRRF, INSS descontados dos salários, IPI, ICMS etc.

DOLO EM GERALMá-fé, ou seja, intenção do agente de causar lesão ao fisco.

Erros propositais na declaração de rendimentos. 44Profa. Dra. Silvia Bertani

Questões

1. Caracterize o contribuinte “de fato”, o “responsável” e o “substituto tributário” de alguns tributos.

2. Nos casos de denúncia espontânea, é legal a exigência do Fisco em relação ao pagamento de multas? Justifique.

3. A omissão de receita na declaração de imposto de renda caracteriza que tipo de crime fiscal? E a adulteração do comprovante de rendimentos? E a inclusão de dependentes irreais?

4. Caracterize a responsabilidade tributária de uma empresa que não efetuou o recolhimento de tributo já descontado da folha de pagamento dos seus funcionários.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Competência Tributária

UNIÃO (arts. 153 e 154 – CF)

Impostos

Imposto de produtos estrangeiros

Exportação

Renda e proventos de qualquer natureza

Produtos industrializados

Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários

Propriedade territorial rural

Grandes fortunas

Outros impostos não previstos na CF COMPETÊNCIA

Contribuições Sociais

Folha de salários e demais rendimentos do trabalho

Receita e faturamento

Lucro

Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE

Empréstimos compulsórios

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Profa. Dra. Silvia Bertani

Imposto sobre Produtos Estrangeiros

ou II - Imposto de Importação

Fato gerador quando da entrada de produtos estrangeiros no território nacional;

Contribuinte é o importador, ou quem a ele a lei equiparar. Em alguns casos, o contribuinte é o arrematador (leilão);

Alíquota utilizada, depende de ato infralegal, ou seja decreto presidencial, pois sendo extrafiscal, não esta dentro do principio da anterioridade/noventena (art. 150, § 1o. da CF/88);

Base de cálculo esta ligada exclusivamente a alíquota a ser utilizada;

Função do imposto é econômica ou regulatória. Por essa razão, a Constituição previu que este imposto não precisa obedecer o princípio da anterioridade (art. 150, § 1º da CF).

47

Profa. Dra. Silvia Bertani

Imposto sobre a ExportaçãoArt. 23 a 28 do CTN

Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar;

Fato gerador a saída destes do território nacional;

Base de cálculo do imposto é:

I – quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II – quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência;

Alíquotas podem ser ajustadas para atender aos objetivos da política cambial e do comercio exterior;

Não se sujeita ao princípio da anterioridade, podendo ser alterado no mesmo exercício financeiro (art. 153, § 1o. da CF).

48

Profa. Dra. Silvia Bertani

Conceito de rendas e proventos esta fortemente associado a existência de majoração patrimonial;

Contribuintes pessoa jurídica – ficção jurídica – empresas e entidades de forma geral;

Fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda e de proventos de qualquer natureza (geral);

Exercício social espaço de tempo no final do qual as empresas são obrigadas a apurar seus resultados.

49IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

Profa. Dra. Silvia Bertani

Conceituação de Renda

Renda é o produto do capital, do trabalho ou

da combinação de ambos;

Proventos são os acréscimos patrimoniais não

compreendidos no conceito de renda.

50

Profa. Dra. Silvia Bertani

IRPJ - modalidades de tributação

Lucro real é o lucro líquido do período apurado naescrituração contábil, ajustado pelas adições, exclusões ecompensações em caráter extracontábil;

Lucro presumido é uma forma simplificada de apuraçãoda base de cálculo do IRPJ e da CSLL;

Lucro arbitrado é um recurso utilizado pelas autoridadesfiscais em casos especiais, mas também pode ser umaopção do contribuinte (não muito comum);

SIMPLES Nacional forma de tributação para “beneficiar”as micro e pequenas empresas.

51

Profa. Dra. Silvia Bertani

IRPJ - alíquotas

Alíquota normal 15% sobre base de cálculo ou lucro real;

Alíquota adicional 10% sobre parcela da base de cálculo que exceder R$ 20.000,00 por mês;

Deduções poderão ser considerados:

os incentivos fiscais;

o IR pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na base de cálculo;

o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores.

52

Profa. Dra. Silvia Bertani

IRPF – Imposto de Renda das

Pessoas Físicas Contribuintes pessoa natural;

Fato geradoraquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de rendas e proventos de qualquer natureza;

Base de cálculo complexa, podendo ser apurada mediante declaração de ajuste anual completa ou simplificada;

Alíquotas progressivas:

Base de Cálculo (R$)Alíquota (%)Parcela a Deduzir do IR(R$)

Até 1.434,59— isento

De 1.434,60 até 2.150,00 7,5 107,59

De 2.150,01 até 2.866,70 15,0 268,84

De 2.866,71 até 3.582,00 22,5 483,84

Acima de 3.582,00 27,5 662,94

Tipos de rendimentos:

Rendimentos tributáveis;

Rendimentos isentos e não tributáveis;

Rendimentos com tributação exclusivamente na fonte.

53

Profa. Dra. Silvia Bertani

IPI – Imposto sobre

Produtos Industrializados Incide sobre os produtos industrializados nacionais e

estrangeiros;

Fatos geradores saídas de produtos industrializados dos estabelecimentos industriais ou equiparados a industriais e o desembaraço aduaneiro de produtos importados;

Princípios:

Não-cumulatividade gera créditos fiscais para algumas classes de contribuintes;

Seletividade alíquotas são diferenciadas por produtos;

54

Profa. Dra. Silvia Bertani

IPI – Imposto sobre

Produtos Industrializados RIPI regulamento do IPI – Decreto nº 2.537/98, art. 4.º, define industrialização;

Industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação, a finalidade ou o aperfeiçoamento do produto para consumo, tais como:

Transformação;

Beneficiamento;

Montagem;

Acondicionamento ou recondicionamento;

Renovação ou restauração.

55

Profa. Dra. Silvia Bertani

IPI – Imposto sobre

Produtos Industrializados

Alíquotas são variáveis e seguem classificação dos produtos da tabela de incidência do IPI – TIPI (2402.20.9900), podendo ser ad valorem e ad rem ou específica;

Base de cálculo:

Produto nacional preço da operação na saída dos produtos;

Produto importado será a base de cálculo dos impostos aduaneiros, acrescidos desses tributos e dos encargos cambiais pagos pelo importador;

Registros fiscais:

Livro de entradas;

Livro de saídas;

Livro de apuração do IPI;

Livro de controle da produção e estoque.

56

Profa. Dra. Silvia Bertani

CSLL – Contribuição Social sobre

o Lucro Líquido

Conceito é uma contribuição de competência da União, sendo uma das fontes de recursos para atender o programa de seguridade social;

Fato gerador é a obtenção de lucro no exercício (base positiva ou negativa);

Base de cálculo no lucro real, é o resultado apurado na contabilidade, ajustado pelas adições, exclusões e compensações; no lucro presumido e arbitrado é calculada conforme tabelas para apuração da base de cálculo;

Alíquotas:

9% sobre a base de cálculo das pessoas jurídicas em geral;

15% para as instituições financeiras e assemelhadas.

57

Profa. Dra. Silvia Bertani

CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Lei nº 10.336/01)

Incide sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível;

Produto da arrecadação da Cide será destinada, na forma da lei orçamentária, ao:

I - pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo;

II - financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;

III - financiamento de programas de infra-estrutura de transportes;

Recursos serão distribuídos pela União aos Estados e ao Distrito Federal, trimestralmente;

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Profa. Dra. Silvia Bertani

CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Lei nº 10.336/01)

Distribuição observará os seguintes critérios:

I – 40% (quarenta por cento) proporcionalmente à extensão da malha viária federal e estadual pavimentada existente em cada Estado e no Distrito Federal, conforme estatísticas elaboradas pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004);

II – 30% (trinta por cento) proporcionalmente ao consumo, em cada Estado e no Distrito Federal, dos combustíveis a que a CIDE se aplica, conforme estatísticas elaboradas pela Agência Nacional do Petróleo - ANP; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004);

III – 20% (vinte por cento) proporcionalmente à população, conforme apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004);

IV – 10% (dez por cento) distribuídos em parcelas iguais entre os Estados e o Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004).

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IOF –Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários(Lei nº 8.894/94)

São contribuintes do imposto:

tomadores de crédito;

adquirentes de títulos e valores mobiliários e titulares de aplicações financeiras;

instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Alíquotas alteradas pelo Decreto nº 6.339/2008

Exemplo mutuário pessoa física: 0,0082%;

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ITR – Imposto Territorial Rural(Lei nº 9.393 /96)

Fato gerador ocorre quando há o domínio útil ou a posse do imóvel, localizado fora do perímetro urbano do município;

Contribuintes do imposto podem ser o proprietário do imóvel, ou titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título;

Alíquota utilizada varia com a área da propriedade e seu grau de utilização. A base de cálculo é o valor da terra sem qualquer tipo de benfeitoria ou beneficiamento (inclusive plantações): ou seja, é o valor da terra nua;

Utilizado como direcionador de política pública - o ITR passou a ser muito maior para propriedades não-produtivas. Essa medida ajudou a acabar com o “latifúndio improdutivo" (grandes propriedades que nada produziam, e serviam como reserva financeira ou para especulação).

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Contribuição para PIS/PASEP

PIS contribuição para o Programa de Integração Social –funcionários das empresas do setor privado;

PASEP contribuição para o Programa de Formação do Patrimôniodo Servidor Público – servidores do setor público;

Contribuintes pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes sãoequiparadas pelo RIR, entidades sem fins lucrativos constantes no art.13 da MP n.º 2.037 e pessoas jurídicas de direito público;

Modalidade de contribuição e alíquotas:

PIS/PASEP sobre faturamento mensal 0,65%;

PIS/PASEP sobre folha de pagamento 1,0%;

PIS/PASEP sobre valor mensal das receitas correntes arrecadadas e dastransferências correntes e de capital recebidas 1,0%

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PIS não cumulativo

Empresas tributadas lucro real;

Alíquota alterada de 0,65% para 1,65%;

Nova sistemática de cálculo do total das receitas da venda debens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todasas demais receitas auferidas pela pessoa jurídica podendodescontar créditos relativos a bens adquiridos para revenda, bens eserviços utilizados como insumos na fabricação de produtosdestinados à venda ou à prestação de serviços e outras despesas;

Válida dezembro/2002 – vencto. 15/02/2003;

Empresas excluídas tributadas pelo lucro presumido, arbitrado ouSIMPLES; imunes; órgãos públicos, autarquias e fundações públicasfederais, estaduais e municipais; e as empresas de serviços detelecomunicações.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

PIS não cumulativo

nova sistemática de cálculo Receitas da venda de bens e serviços

Podendo deduzir os créditos:

Bens adquiridos para revenda;

Bens e serviços utilizados com insumos na fabricação de produtos destinados àvenda ou à prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes;

Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizadosnas atividades da empresa;

Encargos de depreciação de máquinas e equipamentos adquiridos para utilizaçãona fabricação de produtos destinados à venda, e a outros bens incorporados aoativo imobilizado (01.05.2004);

Encargos de amortização de edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros;

Bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado o faturamentode meses anteriores;

Estoques de abertura em 01/12/02 ou no primeiro dia do mês em que a empresapassar ao lucro real, a razão de 1/12 avos ao mês.

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COFINS – Contribuição

Social sobre Faturamento

Conceito na realidade é também uma contribuição socialpara financiamento da seguridade social, incidindo sobre ofaturamento mensal das pessoas jurídicas ou a elas equiparadas(antigo FINSOCIAL);

Contribuintes pessoas jurídicas em geral e outras a elasequiparadas pelo RIR, excluindo entidades beneficentes deassistência social, associações sem fins lucrativos, sindicatos,federações, órgãos de classes e cooperativas;

Base de cálculo o faturamento mensal, excluindo IPI e ICMScobrado pelo substituto, vendas canceladas, devoluções,descontos incondicionais, exportações, devendo-se adicionar asreceitas financeiras na base de cálculo;

Alíquota 3,0%;

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COFINS não cumulativo

Empresas tributadas lucro real;

Alíquota alterada de 3,0% para 7,6%;

Nova sistemática de cálculo do total das receitas da venda debens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas asdemais receitas auferidas pela pessoa jurídica podendo descontarcréditos relativos a bens adquiridos para revenda, bens e serviçosutilizados como insumos na fabricação de produtos destinados àvenda ou à prestação de serviços e outras despesas;

Válida 01/02/2004 – vencto. 15/03/2004;

Empresas excluídas tributadas pelo lucro presumido, arbitrado ouSIMPLES; imunes; órgãos públicos, autarquias e fundações públicasfederais, estaduais e municipais; e as empresas de serviços detelecomunicações.

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Profa. Dra. Silvia Bertani

COFINS não cumulativo

nova sistemática de cálculo Receitas da venda de bens e serviços

Podendo deduzir os créditos:

Bens adquiridos para revenda;

Bens e serviços utilizados com insumos na fabricação de produtosdestinados à venda ou à prestação de serviços, inclusive combustíveis elubrificantes;

Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica,utilizados nas atividades da empresa;

Encargos de depreciação de máquinas e equipamentos adquiridos parautilização na fabricação de produtos destinados à venda, e a outros bensincorporados ao ativo imobilizado (01.05.2004);

Encargos de amortização de edificações e benfeitorias em imóveis deterceiros;

Bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado ofaturamento de meses anteriores;

Estoques de abertura em 01/02/2004 ou no primeiro dia do mês em que aempresa passar ao lucro real, a razão de 1/12 avos ao mês.

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Competência Tributária

ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (art. 155 – CF)

Impostos

Transmissão causa mortis e doações

Operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação

Propriedade de veículos automotores

Taxas e Contribuições de Melhoria

MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL (art. 156 – CF)

Impostos

Propriedade territorial urbana

Transmissão inter vivos

Serviços de qualquer natureza, exceto os previstos no art. 155 – CF

Taxas e Contribuições de Melhoria

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ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO

DE MERCADORIAS E SERVIÇOS(transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação)

Incide sobre circulação de mercadorias ou prestação dedeterminados serviços, entradas de mercadorias importadas efornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias emrestaurantes, bares e similares;

Base de cálculo de modo geral é o valor da operação incluindoimportâncias acessórias (fretes e seguros), excluídos os descontosincondicionais;

Princípios:

Não-cumulatividade aproveitamento de créditos fiscais;

Seletividade alíquotas diferenciadas por produto / serviço (nãoobrigatório);

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ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO

DE MERCADORIAS E SERVIÇOS(transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação)

Contribuinte, responsável ou substituto tributário é quem deve recolher oimposto; responsável é definido por lei; no caso do substituto, é aquele obrigado acalcular, cobrar e recolher o imposto que será devido nas operações seguintes;

Alíquotas podem ser:

Estaduais ou internas 7% - 12% - 18% - 25%;

Interestaduais ou externas 7% - 12% - 25%;

Escrita fiscal:

Registro de entradas;

Registro de saídas;

Registro de apuração do ICMS;

GIA de apuração.

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IPVA – Imposto sobre a Propriedade de

Veículos Automotores

Competência dos Estados e do Distrito Federal;

Instituído em substituição à antiga Taxa Rodoviária Única – TRU;

Alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, com base no art. Art. 155, inciso III, parágrafo 6º da CF;

Poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização;

Fato gerador propriedade de veículo automotor de qualquer espécie:

automóveis, ônibus, microônibus, caminhões, motocicletas, ciclomotores, tratores, jet-skis, barcos, lanchas, aviões de esporte e lazer.

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IPVA – Imposto sobre a Propriedade de

Veículos Automotores

Base de cálculo:

valor venal do veículo é obtido a partir de preços médios de mercado vigentes no mês de setembro do ano imediatamente anterior para vigorar no exercício seguinte, apurados nas diversas fontes disponíveis (jornais, revistas especializadas, concessionárias , fabricantes, etc);

veículo novo a base de cálculo será o valor total constante da Nota Fiscal de aquisição;

veículo importado diretamente do exterior pelo consumidor final a base de cálculo do imposto será o valor constante do documento de importação, acrescido dos valores dos tributos e quaisquer despesas aduaneiras devidos pela importação, ainda que não recolhidos pelo importador.

SEFAZ/SP

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IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

Arrecadação:

50% constituem receita do Estado;

50% constituem receita do Município onde estiver licenciado o veículo;

Além do IPVA, são cobrados na guia de recolhimento o seguro obrigatório, as taxas do DETRAN e a tarifa de serviço devida à instituição bancária arrecadadora.

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IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e

Territorial Urbana

Compete aos municípios e ao Distrito Federal;

Incide sobre a propriedade imobiliária;

Conceito abrange terrenos urbanos mesmo sem edificações;

Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (art. 34 CTN);

Base de cálculo valor venal do imóvel. (art. 33 CTN);

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IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e

Territorial Urbana

Valor venal x valor de mercado:

Valor venal deve ser entendido como valor de venda em dinheiro à vista, ou como valor de liquidação forçada;

Valor de mercado o quantum é ditado pela negociação, aceitação de parte do preço em outros bens, entre outros artifícios.

Valor venal de um imóvel pode chegar a menos de 50% de seu valor de mercado.

Alíquota é estabelecida pelo legislador municipal, variando conforme o município.

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IPTU – Imposto sobre a Propriedade

Predial e Territorial Urbana Áreas urbanas:

Áreas urbanas ou urbanizáveis definidas em Lei Municipal com pelo menos dois tipos de melhoramentos indicados no Parágrafo 1º art. 32 do CTN:

calçamento com canalização de águas pluviais;

abastecimento de água;

sistema de esgoto;

rede de iluminação pública com ou sem posteamento;

escola primária ou posto de saúde (distância máxima de 3 Km.

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ISSQN ou ISS – Imposto sobre

Serviços de Qualquer Natureza

Incide sobre serviços prestados pelas empresas (PJ) ouprofissionais autônomos (PF), no município dasede/domicilio, exceção construção e algumas atividades;

Base de cálculo é o preço do serviço;

Documento hábil nota fiscal de prestação de serviços;

Alíquotas de 2% a 5%;

Registro Livro de notas fiscais de serviços prestados;

Recolhimento contribuinte ou responsável.

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