introduÇÃo ao estudo de fungos reino fungi (wittaker, 1969)

32
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi Reino Fungi (Wittaker, 1969) (Wittaker, 1969)

Upload: anderson-mota-arantes

Post on 07-Apr-2016

228 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

Page 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOSINTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS

Reino FungiReino Fungi(Wittaker, 1969)(Wittaker, 1969)

Page 2: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

PRESENÇA DOS FUNGOS PRESENÇA DOS FUNGOS EM DIVERSOS AMBIENTESEM DIVERSOS AMBIENTES

Page 3: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Principais Características dos FungosPrincipais Características dos Fungos

mais de 77000 espécies identificadasmais de 77000 espécies identificadasEucariotos, cosmopolitas, heterotróficosEucariotos, cosmopolitas, heterotróficosMulticelulares (Multicelulares (mofosmofos-filamentosos e cogumelos) ou -filamentosos e cogumelos) ou unicelulares (unicelulares (levedurasleveduras). ). Algumas espécies são termicamente dimórficasAlgumas espécies são termicamente dimórficas Habitat: água, solo, ar, animais, homens, vegetais, insetos Habitat: água, solo, ar, animais, homens, vegetais, insetos etc.etc. Aeróbios ou anaeróbios facultativosAeróbios ou anaeróbios facultativosAltamente resistentes à variações de temperaturas: -6 Altamente resistentes à variações de temperaturas: -6 graus centígrados até 50 graus Cgraus centígrados até 50 graus C

Page 4: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

COMPONENTES DA CÉLULA FÚNGICACOMPONENTES DA CÉLULA FÚNGICA

- Parede celular : constituida de carboidratos, polissacarídeos (quitina, glicano, manana, celulose e quitosano), lipídios e glicoproteínas ;

- Membrana plasmática;

- Citoplasma: organelas;

- Núcleo.

Page 5: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

PAREDE CELULAR FÚNGICAPAREDE CELULAR FÚNGICA

Page 6: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

ASPECTOS MORFOLÓGICOS DOS FUNGOSASPECTOS MORFOLÓGICOS DOS FUNGOS

FILAMENTOSOS LEVEDURIFORMES

Cultura de leveduras

Bolores (mofo)

Page 8: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

ESTRUTURAS DOS FUNGOS FILAMENTOSOSESTRUTURAS DOS FUNGOS FILAMENTOSOS

Hifa- filamento fúngico Micélio- massa de hifas interligadas

Micélio vegetativo

Page 9: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS - CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS - NUTRIÇÃONUTRIÇÃO

Heterotróficos (absorção) – enzimas hidrolíticasHeterotróficos (absorção) – enzimas hidrolíticas

Saprófitas (decompositores)

ParasitasParasitasSimbióticos Predadores

Page 10: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

METABOLISMO DOS FUNGOSMETABOLISMO DOS FUNGOS

Carboidratos (glicose, frutose, maltose e sacarose)Carboidratos (glicose, frutose, maltose e sacarose)

Nitrogênio (fontes orgânicas – proteínas, peptídeos e Nitrogênio (fontes orgânicas – proteínas, peptídeos e aminoácidos e fontes inorgânicas – nitratos e amônia)aminoácidos e fontes inorgânicas – nitratos e amônia)

Hidrogênio e Oxigênio – água 85% peso do micélioHidrogênio e Oxigênio – água 85% peso do micélio

Enxofre, Potássio, Magnésio, Zinco, Ferro, etc..Enxofre, Potássio, Magnésio, Zinco, Ferro, etc..

Page 11: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

SIMBIOSE:

• Fungos associados à algas – Líquens

Page 12: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

SIMBIOSE:

• Fungos associados à raízes de plantas – Micorrizas

ectomicorrizas

Page 13: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

PREDADORES:

• Hifas secretam substâncias anestésicas

Armadilha de um fungo predador a um nematódeo de vida livre

Page 14: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Tipos de Reprodução dos FungosTipos de Reprodução dos Fungos

Assexuada (Mitose) - fragmentação, Assexuada (Mitose) - fragmentação, brotamento, fissão binária brotamento, fissão binária (cissiparidade)(cissiparidade) Sexuada - Envolve a união de Sexuada - Envolve a união de gametasgametas

Estruturas reprodutoras especializadas - esporos

Esporos sexuais Esporos assexuais

Classificação e identificação dos fungos

Page 15: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Reprodução dos FungosReprodução dos Fungos

N

N

Ciclo Assexuado

N

N

N N

NN

2N

NN

N

N

N

Esporo

Organismos haplóides

Gametas

Célula dicarióticaCiclo sexuado

Plasmogamia

Organismo dicariótica

Zigoto CariogamiaMeiose

Esporângio

Esporos

Page 16: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

REPRODUÇÃO DOS FUNGOSREPRODUÇÃO DOS FUNGOS

Reprodução das Leveduras

Page 17: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

REPRODUÇÃO DOS FUNGOS – REPRODUÇÃO DOS FUNGOS – ESPOROS ASSEXUADOSESPOROS ASSEXUADOS

Page 18: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Classificação dos Fungos de acordo Classificação dos Fungos de acordo com o tipo de esporos produzidoscom o tipo de esporos produzidos

• Ascomicetos: esporos sexuais (ascoporos) em sacos (ascos); esporos assexuais na extremidade das hifas (septadas). Ex: leveduras patogênicas, Aspergillus, Penicillum, cogumelos comestíveis

• Basidiomicetos: esporos sexuais (basidiosporos) na superfície dos basídios; esporos assexuais na extremidade das hifas (septadas). Ex: Cogumelos

• Deuteromicetos (Fungi imperfecti): não apresentam esporos sexuais; esporos assexuais na extremidade das hifas (septadas). Ex: a maioria dos patógenos humanos (Epydermophyton, Microsporum e Trichophyton - dermatófitos)

• Zigomicetos: esporos sexuais variáveis; esporos assexuais endógenos (se formam em sacos); hifas não septadas. Ex: mofos que provocam infecções oportunistas, Mucor e Rhizopus

Page 19: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)
Page 20: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Reprodução dos FungosReprodução dos FungosAssexuada

mitose + citocinesia

Page 21: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Importância dos FungosImportância dos Fungos

EcossistemasEcossistemas Indústria farmacêuticaIndústria farmacêutica Indústria alimentícia Indústria alimentícia SaúdeSaúde

Page 22: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Invasão dos Fungos ParasitasInvasão dos Fungos Parasitas

Proximidade do hospedeiro.Proximidade do hospedeiro. Capacidade para penetrar no Capacidade para penetrar no hospedeiro.hospedeiro. Capacidade para digerir e absorver Capacidade para digerir e absorver nutrientes das células hospedeiras.nutrientes das células hospedeiras.

Page 23: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Efeito dos Fungos sobre a Saúde Efeito dos Fungos sobre a Saúde HumanaHumana

Micotoxicoses.Micotoxicoses. Doenças de hipersensibilidade.Doenças de hipersensibilidade. Infecções oportunistas.Infecções oportunistas.

Page 24: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Agentes AntifúngicosAgentes Antifúngicos

Page 25: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Fungos e Células humanas

Organismos eucariotas

Seletividade dos agentes antifúngicos

?

Parede celular

Membrana celular

Page 26: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Considerações Importantes na Considerações Importantes na Definição de uma Estratégia Definição de uma Estratégia

Terapêutica FúngicaTerapêutica Fúngica

Agente etiológicoAgente etiológico Tecidos afetadosTecidos afetados Estado imunológico do Estado imunológico do pacientepaciente

Page 27: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Tipos de antifúngicosTipos de antifúngicos

Imidazóis e TriazóisImidazóis e TriazóisAfetam a membrana plasmática dos Afetam a membrana plasmática dos fungos por inibir a síntese de fungos por inibir a síntese de ergosterol, o esteróide essencial da ergosterol, o esteróide essencial da membrana fúngica - altera as membrana fúngica - altera as propriedades de permeabilidade da propriedades de permeabilidade da membrana celular, inibindo o membrana celular, inibindo o crescimento fúngico (agentes crescimento fúngico (agentes fungistáticos).fungistáticos).Agentes tópicos.Agentes tópicos.Exemplo: Clotrimazol, cetoconazol, Exemplo: Clotrimazol, cetoconazol, Miconazol, fluconazol.Miconazol, fluconazol.

Page 28: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Polienos (Polienos (StreptomycesStreptomyces)- )- Se liga ao ergosterol da membrana Se liga ao ergosterol da membrana desorganizando a bicamada, fazendo com que desorganizando a bicamada, fazendo com que os metabólitos do citoplasma vazem para o os metabólitos do citoplasma vazem para o ambiente.ambiente.

Exemplos:Exemplos:- Tratamento de infecções fúngicas - Tratamento de infecções fúngicas sistêmicas: Anfotericina B (fungizona) - sistêmicas: Anfotericina B (fungizona) - tóxica se administrada sistemicamente tóxica se administrada sistemicamente (pode se ligar ao colesterol da membrana (pode se ligar ao colesterol da membrana plasmática da célula humana) . plasmática da célula humana) . - Uso tópico: nistatina- Uso tópico: nistatina

Tipos de antibióticos fúngicosTipos de antibióticos fúngicos

Page 29: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Griseofulvina (Griseofulvina (derivado do derivado do Penicillium griseofulvum)Penicillium griseofulvum) usada no tratamento de infecções usada no tratamento de infecções por dermatófitos que não respondem por dermatófitos que não respondem aos antibióticos tópicosaos antibióticos tópicos administrada via oral - se acumula administrada via oral - se acumula no suor e quando este evapora deixa no suor e quando este evapora deixa a droga na camada queratinizada da a droga na camada queratinizada da epiderme.epiderme.

Droga fungistática danifica o Droga fungistática danifica o aparelho mitótico usado na divisão aparelho mitótico usado na divisão celular.celular.

Tipos de antibióticos fúngicosTipos de antibióticos fúngicos

Page 30: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Diagnóstico Laboratorial das Doenças Diagnóstico Laboratorial das Doenças FúngicasFúngicas

Depende da qualidade de Depende da qualidade de coleta e processamento do coleta e processamento do material clínico analisado.material clínico analisado.

Page 31: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Principais Técnicas para Diagnóstico Principais Técnicas para Diagnóstico em Micologia Médicaem Micologia Médica

Exame macroscópico (coloração Exame macroscópico (coloração característica/padrões de característica/padrões de

crescimento).crescimento). Cultura (25 e 37 graus C).Cultura (25 e 37 graus C).

Anáslise microscópica (hifas Anáslise microscópica (hifas septadas/não septadas; estruturas septadas/não septadas; estruturas

reprodutivas) -anilina azul lactofenolreprodutivas) -anilina azul lactofenol Teste bioquímicos.Teste bioquímicos.

SorologiaSorologia

Page 32: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNGOS Reino Fungi (Wittaker, 1969)

Classificação das Doenças Fúngicas de Classificação das Doenças Fúngicas de Acordo com os Locais Primários de Acordo com os Locais Primários de

InfecçãoInfecção

Micoses Micoses superficiaissuperficiais Micoses cutâneasMicoses cutâneas Micoses Micoses subcutâneassubcutâneas Micoses profundas Micoses profundas (sistêmicas)(sistêmicas)