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Page 1: INTRODUÇÃO - agro.ufg.br · GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE MELANCIA EM SUBSTRATO COMERCIAL E RESÍDUO DE CELULOSE1 Maximiliano Kawahata Pagliarini2, Regina Maria Monteiro

GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE MELANCIA EM

SUBSTRATO COMERCIAL E RESÍDUO DE CELULOSE1

Maximiliano Kawahata Pagliarini2, Regina Maria Monteiro de Castilho

1, Marlene Cristina

Alves3

INTRODUÇÃO

O substrato a ser utilizado exerce grande influência sobre a emergência de plantas e

formação das mudas de boa qualidade sendo que a germinação das sementes é influenciada

pela escolha deste, pois fatores como aeração, estrutura, capacidade de retenção de água,

podem favorecer ou prejudicar a germinação das sementes (Wagner Júnior 2006).

No Brasil, os substratos comerciais têm composição bastante diversificada, com

predominância do uso de casca de pinus compostada, seguida de fibra de coco, vermiculita

expandida, casca de arroz, entre outros (Yamaguti 2009). Além disso, o uso de

componentes de resíduos agroindústrias, como o resíduo de celulose, é uma prática

constante que o torna atraente sob o aspecto de preservação ambiental, permitindo a

reciclagem de resíduos (Kämpf 2002).

O objetivo do trabalho foi avaliar a germinação de sementes de melancia em

substrato comercial e resíduo de celulose.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Faculdade de Engenharia da

UNESP – Campus de Ilha Solteira – SP, no período de 24 de julho a 05 de agosto de 2010.

1 Resumo expandido apresentado no VII ENSub, 15 - 18 de setembro de 2010, Goiânia, Goiás

2 Universidade Estadual Paulista , Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia,

Ilha Solteira, SP, Brasil. E-mails: [email protected], [email protected] 3 Universidade Estadual Paulista , Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos, Ilha Solteira,

SP, Brasil. E-mail: [email protected]

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A semeadura ocorreu em bandejas de poliestireno expandido de 128 células em

dois tratamentos: substrato comercial e resíduo de celulose. Utilizaram-se sementes de

melancia variedade Fairfax.

A contagem de germinação aconteceu quando houve emissão dos dois cotilédones

aos 12 dias após a semeadura, logo em seguida foram retiradas da bandeja para

determinação de massa úmida e massa seca, sendo que para essas determinações as

plântulas foram lavadas, retirando-se todo substrato e colocando-as em sacos de papel

devidamente identificados para posterior pesagem, anotando-se o valor. Esses sacos foram

colocados em estufa a 65°C por 72 horas, pesando-se novamente para obter a massa seca.

As determinações da massa úmida e massa seca foram realizadas selecionando-se

cinco plântulas em 11 repetições para cada tratamento em delineamento inteiramente

casualizado e os resultados foram submetidos à análise de variância, Teste de Tukey, ao

nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve diferença entre as porcentagens de germinação das sementes de melancia

nos dois substratos (Tabela 1), sendo que no resíduo de celulose ocorreram 70,31%,

enquanto que no substrato comercial foi de 42, 97%. Na Figura 1 observa-se detalhe das

bandejas.

Tabela 1 - Massa úmida e massa seca de plântulas de melancia emergidas em dois tipos de

substrato, UNESP, Ilha Solteira – SP, 2010.

Substratos Germinação Massa úmida Massa seca

—————— g —————

Resíduo celulose 70,31 1,43a

1,12b

0,036a

0,027b Substrato comercial 42,97

C.V. (%) 12,34 21,47 Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de

Tukey a 5% de probabilidade.

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Para massa úmida as médias das plântulas emergidas em resíduo de celulose foram

significativamente maiores em relação ao substrato comercial, atingindo 1,43 e 1,12 g

respectivamente, ocorrendo o mesmo com a massa seca, as médias de 0,036 e 0,027 g,

respectivamente (Tabela 1).

A diferença de germinação pode ter ocorrido por uma possível distinção entre o

tamanho e quantidade de poros em cada substrato, já que segundo Almeida (2003) a

cultura da melancia não tolera substratos pesados ou com riscos de encharcamento, pois é

exigente em arejamento de substrato. O resíduo de celulose pode ter apresentado uma

aeração e infiltração de água melhor do que o substrato comercial e assim as sementes

conseguiram se desenvolver melhor.

Mesmo a massa úmida, apresentando médias estatisticamente diferente entre os

tratamentos a melhor forma de se avaliar o crescimento de uma planta é a massa seca, pois

a massa úmida é um parâmetro muito sensível às oscilações hídricas, uma vez que a maior

parte dos vegetais é formada por água, importante para o fornecimento de hidrogênio

responsável pela produção de matéria orgânica (Taiz & Zeiger 2004).

CONCLUSÃO

Conclui-se que o resíduo de celulose pode ser recomendado para produção de

mudas de melancia.

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Figura 1- A. Detalhe do resíduo de celulose na bandeja.

B. Detalhe do substrato comercial na bandeja.

C. Aparência das plântulas de melancia emergidas em resíduo de

celulose.

D. Aparência das plântulas de melancia emergidas em substrato

comercial), UNESP, Ilha Solteira – SP, 2010.