introdução a petrologia Ígnea e metamórfica - john d. winter

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John D. Winter

INTRODUÇÃO A

PETROLOGIA ÍGNEA E

METAMÓRFICA

Segunda Edição

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SUMÁRIO 

Capítulo 1 ........................................................................................ ............................................................. 6

Alguns conceitos fundamentais ................................................................. ................................................... 6

1.1 Introdução ....................................................................................... ................................................... 6

1.2 O Interior da Terra ............................................................................................................................. 8

1.3 Origem do Sistema Solar e da Terra .......................... .............................................................. ........ 11

1.4 Diferenciação da Terra .......................................................... ........................................................... 12

1.5 Como sabemos de tudo isso? .......................... ................................................................. ................ 14

1.6 Meteoritos ....................................................................................... ................................................. 16

1.7 Variações de Pressão e Temperatura com a Profundidade ....................................................... ........ 18

1.7.1 O Gradiente de Pressão ............................................................ ................................................. 18

1.7.2 O Gradiente de Temperatura ............................................................... ...................................... 19

1.8 Geração de Magma na Terra ................................................................................. ........................... 21

Capítulo 2 ........................................................................................ ........................................................... 23

Classificação e Nomenclatura de Rochas Ígneas ............................................................. ........................... 23

2.1 Introdução ....................................................................................... ................................................. 23

2.2 Termos Composicionais ........................................................ ........................................................... 23

2.3 Classificação da IUGS .................................................................... ................................................. 25

2.3.1 Calculando e Plotando ...................................................................................................... ........ 25

2.3.2 Rochas Faneríticas .............................................................................. ...................................... 26

2.3.3 Modificando Termos.......................................... ............................................................... ........ 27

2.3.4 Rochas Máficas e Ultramáficas .................................... ............................................................ 28

2.4 Rochas Afaníticas ...................................................... .............................................................. ........ 31

2.5 Rochas Piroclásticas .............................................................. ........................................................... 36

Capítulo 3 ........................................................................................ ........................................................... 38

Texturas de Rochas Ígneas .............................................................. ........................................................... 38

3.1 –  Texturas Primárias (cristal/fusão interação) ....................................................... ........................... 383.1.1 Taxa de Nucleação, Crescimento e Difusão ............................ ................................................. 39

3.1.2 Locais Preferidos para Nucleação ....................................................... ...................................... 43

3.1.3 Zoneamento Composicional ............................................................... ...................................... 43

3.1.4 Seqüência de Cristalização ....................................................................................... ................ 44

3.1.5 Reação e Resorpção Magmática ......................................................... ...................................... 47

3.1.6 Movimento Diferencial de Cristais e Fusão .............................................................. ................ 48

3.1.7 Texturas Cumulativas ......................................................................... ...................................... 49

3.1.8 Geminação Primária (Primary Twinning)................................................................ ................. 503.1.9 Texturas Vulcânicas ................................................................. ................................................. 51

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3.1.10 Texturas Piroclásticas ....................................................................... ...................................... 52

3.2 Texturas Secundárias: Mudanças Pós-Magmáticas.................................................................. ........ 53

3.2.1 Transformações Polimórficas .................................................. ................................................. 54

3.2.2 Geminação Secundária ............................................................ ................................................. 55

3.2.3 Exsolução ............................................................ .............................................................. ........ 563.2.4 Reações e Reposições Secundárias ................................................................ ........................... 57

3.2.5 Deformação................................................................... ............................................................ 59

Capítulo 4 ........................................................................................ ........................................................... 64

Estruturas Ígneas e Interações entre Campo ......................................................... ...................................... 64

4.1 Processos Extrusivos ou Vulcânicos, produtos e transformações (formas de ilha) .......................... 64

4.1.1 Propriedades do Magma e Tipos de Erupções .......................................................................... 64

4.1.2 Saídas Centrais de Formas de Ilhas .................................................... ...................................... 66

4.1.3 Erupções Fissurais ......................................................... ........................................................... 714.1.4 Características dos Fluxos de Lava ................................................................ ........................... 72

4.1.5 Depósitos Piroclásticos ............................................................ ................................................. 75

4.2 Processos Intrusivos ou Plutônicos e Corpos ........................................................................... ........ 80

4.2.1 Corpos Tabulares Intrusivos .................................................... ................................................. 80

4.2.3 Relações entre o Contato de Plutons .............................................................. ........................... 85

4.2.4 Período de Intrusão ........................................................ ........................................................... 86

4.2.5 Profundidade das Deformações .......................... .............................................................. ........ 87

4.2.6 Injeções Múltiplas e Plutons Zonados ................ .............................................................. ........ 904.2.7 O Processo de Ascensão e Empacotamento do Magma e o “Room Problem”  ......................... 91

Capítulo 5 ........................................................................................ ........................................................... 95

Introdução a Termodinâmica ........................................................... ........................................................... 95

5.1 Energia ............................................................................................ ................................................. 95

5.2 Energia Livre de Gibbs ......................................................................................... ........................... 96

5.3 Energia Livre de Gibbs Para Uma Fase ..................................................... ...................................... 98

5.4 –  Energia Livre de Gibbs para Reação ....................................................... .................................... 102

5.4.1 Variação na Energia Livre de Gibbs para Reações com Temperatura e Pressão .................... 102

5.4.2 O Estado de Equilíbrio ............................................................. ............................................... 104

5.4.3 Cálculos Termodinâmicos do Diagrama de Fase ................................................................ .... 104

Capítulo 6 ........................................................................................ ......................................................... 108

Fase Binária - A Regra de Fase e Sistema para Um ou Dois Componentes ............................................. 108

6.1 Introdução ao Comportamento da Fusão de Magmas Naturais ...................................................... 108

6.2 Equilíbrio de Fase e a Regra de Fase ................................... .......................................................... 111

6.3 Aplicação da Regra de Fase para um Sistema com H2O ................................................................ 113

6.4 Sistema de Uma Componente .......................................................................................... .............. 116

6.5 Sistema Binário de Duas Componentes ........................................................................ ................. 118

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6.5.1 Sistemas Binários com Completas Soluções Sólidas ........................................................ ...... 118

6.5.2 Sistema Binário Eutético ......................... ................................................................. .............. 123

6.5.3 Sistema Binário Peritético ....................... ................................................................. .............. 127

6.5.4 O Sistema dos Feldspatos Alcalinos ....................................................................................... 131

Capítulo 7 ........................................................................................ ......................................................... 136Fase Ternária - Sistema com Mais de Duas Componentes ......................................................... .............. 136

7.1 Sistemas de Três Componentes (Ternário) ..... .............................................................. ................. 136

7.1.1 Sistema Ternário Eutético ........................................................ ............................................... 136

7.1.2 Sistemas Ternários Peritéticos ................................................................................................ 141

7.1.3 Sistema Ternário com Solução Sólida ................................................ .................................... 142

7.2 Sistemas com Mais de Três Componentes ..................................................................................... 149

7.3 Série de Reações ........................................................ .............................................................. ...... 151

7.4 O Efeito da Pressão no Comportamento da Fusão ......................................................................... 1547.5 Os Efeitos dos Fluídos no Comportamento da Fusão ..................... ............................................... 155

7.5.1 Os Efeitos do H2O............................................................................... .................................... 156

7.5.2 Os Efeitos do CO2 .......................................................... ......................................................... 163

Capítulo 8 ........................................................................................ ......................................................... 167

Petrologia Química 1 - Elementos Maiores e Menores ............................................................................ 167

8.1 Métodos Analíticos .................................................... .............................................................. ...... 168

8.2 Resultados Analíticos ............................................................ ......................................................... 171

8.3 Elementos Maiores e Menores na Crosta ....................................................................................... 1748.4 Minerais Normativos ............................................................. ......................................................... 175

8.5 Diagrama de Fase ................................................................. .......................................................... 177

8.5.1 Plotagem Bivariante ................................................................. ............................................... 177

8.5.2 Plotagem Triangular: O Diagrama AFM ................................................................ ............... 182

8.6 O Uso do Diagrama de Variação para Modelar a Evolução Magmática ........................................ 182

8.6.1 Raios dos Elementos de Pearce (PER) ........................................................... ......................... 182

8.6.2 Modelos Gráficos e Matemáticos da Evolução Magmática .................................................... 185

8.7 Séries Magmáticas ................................................................ ......................................................... 190

Capítulo 9 ........................................................................................ ......................................................... 197

Petrologia Química 2 - Elementos Traço e Isótopos ............................................ .................................... 197

9.1 Distribuição de Elementos ................................................... .......................................................... 197

9.2 Modelos para os Processos de Fusão-Sólida .................................................................................. 201

9.2.1 Fusão em Grupos –  Batch Melting ..................... .............................................................. ...... 201

9.2.2 Fracionamento Rayleigh ................................................................................ ......................... 204

9.3 Os Elementos Terras Raras: Um Grupo Especial de Elementos Traço .......................................... 205

9.4 Diagrama Spider ............................................................................................................................ 208

9.5 Aplicação dos Elementos Traços nos Sistemas Ígneos .................................................................. 210

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9.6 Critérios Geoquímicos para Descriminação entre os Ambientes Tectônicos ................................. 212

9.7 Isótopos ...................................................................................................... .................................... 214

9.7.1 Isótopos Estáveis ................................................ .............................................................. ...... 214

9.7.2 Isótopos Radioativos e Radiogênicos .................................................................... ................. 217

Capítulo 10 ..................................................................................... .......................................................... 234Fusão do Manto e a Geração do Magma Basáltico ................................... ............................................... 234

10.1 Petrologia do Manto ............................................................................................................... ...... 235

10.1.1 Ofiolítos ............................................................................................ .................................... 235

10.1.2 Amostras escavadas a partir das Zonas Oceânicas Fraturadas .............................................. 236

10.1.3 Nódulos nos Basaltos ............................................................. ............................................... 236

10.1.4. Xenólitos em Corpos Kimberlíticos ............................................................ ......................... 236

10.2 Fusão do Manto ........................................................ .............................................................. ...... 239

10.2.1 Elevando a Temperatura ....................................................................................................... 23910.2.2 Redução da Pressão .................................................... .......................................................... 240

10.2.3 Adicionando Voláteis ............................................................ ............................................... 241

10.2.4 Um breve Sumário da Fusão do Manto ....................... ......................................................... 243

10.3 Geração do Magma a partir de uma Quimicamente Uniforme ..... ............................................... 244

10.4 Magmas Primários ................................................... .............................................................. ...... 248

10.5 Um Modelo de Manto Quimicamente Heterogêneo ...................................................... .............. 251

Capítulo 11 ..................................................................................... .......................................................... 257

Diversificação do Magma ................................................................ ......................................................... 25711.1 Fusão Parcial ............................................................ .............................................................. ...... 257

11.2 Diferenciação Magmática ........................................................................................................... 259

11.2.1 Cristalização Fracional .......................................................... ............................................... 260

11.2.2 Transporte dos Voláteis .................................................................................................. ...... 265

11.2.3 Imiscibilidade de Líquidos ................................................................ .................................... 267

11.3 Mistura do Magma .............................................................. ......................................................... 270

11.4 Assimilação .............................................................. ................................................................. ... 272

11.5 Limites de Camadas, Cristalização In Situ e Convenção Composicional .................................... 275

11.6 Processos de Misturas .............................................. .............................................................. ...... 279

11.7 Associações Ígneas –  Tectônicas .................................................. ............................................... 280

Capítulo 12 ..................................................................................... .......................................................... 282

Intrusões de Camadas Máficas ........................................................ ......................................................... 282

12.1 Acamadamento Ígneo......................................................... ......................................................... 283

12.2 Exemplos de Intrusões de Camadas Máficas ................................ ............................................... 285

12.2.1 O Complexo de Bushveld ................................................................. .................................... 286

12.2.2 O Complexo Stillwater ............................................... .......................................................... 290

12.2.3 A Intrusão de Skaergard .. ................................................................. .................................... 293

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12.3 O Processo de Cristalização, Diferenciação, e Acamadamento nos LMIs ................................... 298

12.3.1 Estabelecimento da Gravidade .......................................................... .................................... 299

12.3.2 Recarga e Mistura do Magma ............................................................................................... 300

12.3.3 Oscilações Através do Cotético .................................. .......................................................... 300

12.3.4 Compactação.......................................................................... ............................................... 30012.3.5 Cristalização e Convecção In Situ ............................... ......................................................... 301

12.3.6 Nucleação e Cristalização Preferencial ........................................................ ......................... 302

12.3.7 Densidade Corrente................................................................ ............................................... 303

12.3.8 Processos Combinados .................................... ............................................................... ...... 306

Capítulo 13 ..................................................................................... .......................................................... 310

MORB - Vulcanismo das Cadeias Meso-Oceânicas ................................................................ ................ 310

13.1 O Vulcanismo em Bordas de Placas Construtivas ................................................................. ...... 310

13.2 As Cadeias Meso-Oceânicas ......................................................... ............................................... 31013.3 Estrutura da Crosta Oceânica e o Manto Superior .............................................. ......................... 314

13.4 Petrografia do MORB e a Química dos Elementos Maiores ........................................................ 316

13.5 Elementos Traços do MORB e Química dos Isótopos ................................................................. 322

13.6 Petrogênese e Basaltos da Cadeia Meso-Oceânica ....................... ............................................... 324

Capítulo 14 ..................................................................................... .......................................................... 334

OIB - Vulcanismo Oceânico Intraplaca ................................................................ .................................... 334

14.1 Atividade Vulcânica Intraplaca ................................................................ .................................... 334

14.2 Tipos de Magmas OIB ........................................................ ......................................................... 33614.2.1 Petrografia OIB e Química dos Elementos Maiores ............................................................. 337

14.3 Química dos Elementos Traços da OIB ....................................................................................... 342

14.4 Química Isotópica do OIB ...... ................................................................. .................................... 344

14.4.1 Isótopos Sr e Nd ........................................................... ......................................................... 345

14.4.2 Isótopos Pb............................................................................................................................ 346

14.5 A Petrogênese dos OIBs..................... ................................................................. ......................... 350

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Capítulo 1

Alguns conceitos fundamentais

 Neste capítulo inicial, resumirei e apresentarei os capítulos mais detalhados que virão. Depois de uma breveapresentação das rochas ígneas, tentarei organizar nossa abordagem do tema da petrologia ígnea. Depois, porque os

magmas são criados a partir do derretimento de material nas profundezas da Terra, abordaremos, num sentido mais

geral, a construção e estrutura interna da Terra, seguida por um resumo das teorias atuais a respeito de como ela

assumiu essa configuração. Finalmente, revisaremos, num sentido bem geral, o modo de ocorrência das rochas

ígneas comuns. Presumir-se-á que vocês, estudantes, estão familiarizados com os conceitos mais básicos, tais como

a diferença entre rochas ígneas vulcânicas, plutônicas e piroclásticas etc. como vocês podem querer uma breve

revisão do capítulo sobre rochas ígneas e processos no texto do seu curso de geologia introdutória, isto refrescará

sua memória e garantirá um painel inicial de como procedemos para refinar as idéias. Revisar o capítulo de placas

tectônicas poderia ajudar nesta questão.

1.1 Introdução

Petrologia ígnea é o estudo do magma e das rochas que dele são cristalizadas. O surgimento pelacristalização do magma parece um critério simples demais para classificar uma rocha como ígnea. Mas podemosapenas raramente observar a formação das rochas ígneas diretamente e isto vale somente para algumas lavas dasuperfície. Devemos, logo, desenvolver uma forma separada de critério de observação para determinar que umarocha é, de fato, de origem ígnea. Tais critérios serão desenvolvidos mais adiante, mas, a propósito de introduzi-los,eles incluem:

1)  Critérios de campo. Corpos ígneos intrusivos comumente atravessam as “rochas originais” nas quais eles penetram, conseqüentemente truncando estruturas externas como um leito ou foliação. Eles podem também exibiralguns tipos de efeitos de contato. Quando desenvolvidos, uma estreita, bem-granulada margem fria  (ou “zonafria”), dentro da qual a margem do corpo ígneo, ou localizada atrás das rochas originais, são bons i ndicadores deuma origem ígnea para corpos plutônicos. Além disso, temos associado certas formas especificas de corpos rochososa uma origem ígnea. Por exemplo, um extrato vulcânico, um corrente cordada, uma soleira ou lacólito etc. tem sidoassociados com processos ígneos, ambos pela observação de um evento ígneo ou pela aplicação de alguns doscritérios acima. Aspectos de campo de rochas ígneas serão discutidos mais adiante no Capítulo 4.

2) Critérios de textura. Petrografia é a ramificação da petrologia que lida com o exame microscópico de finasseções, analisando amostras de rochas e gradientes de espessura, a fim de que possam prontamente transmitir a luz.Pela observação de rochas ígneas ao microscópico, associamos a uma específica textura entrelaçada  com lentacristalização de um magma (Figura 1-1). Quando cristais estão se formando em um magma frio, eles normalmentedesenvolvem uma forma quase perfeita de cristal, enquanto o magma assegura a não-obstrução da forma de cristal

 preferida. Enquanto o magma continua a esfriar e mais cristais se formam, eles eventualmente começam a interferiruns com os outros e a crescer uns entre outros. A textura entrelaçada resultante mostra cristais se interpenetrando, deforma parecida à de um quebra-cabeças. Como discutiremos no Capítulo 3, quanto ao relativo desenvolvimento dasformas de cristal, inclusões e interpenetrações podem comumente ser usadas para inferir a seqüência na qualminerais de diferentes espécies são cristalizados.

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Figura 1-1 Texturas entrelaçadas em um grandiorito. De Bard (1986).

O rápido resfriamento e solidificação do magma pode resultar em uma outra textura característica: texturade vidro. Quando o magma solidifica rapidamente para formar estruturas de cristal ordenadas, o resultado é umsólido não-cristalino, ou vidro. O vidro é prontamente reconhecido sob o microscópio petrográfico por seu óptico

caráter isotrópico.

Como os líquidos não podem sustentar tensões direcionadas substanciais, as foliações  raramente sedesenvolvem. Um critério de textura comum para distinguir uma ígnea de uma rocha metamórfica cristalina emdesenvolvimento, logo, é baseado na textura isotrópica (orientações ocasionais de cristais alongados) do formador.O que requer cuidado, contudo, ao se usar este critério, assim como alguns processos ígneos, tais como cristaissedimentados e fluxos magmáticos, pode produzir alinhamentos minerais e foliações em rochas ígneas.

Depósitos piroclásticos (aqueles que resultam de erupções explosivas) podem ser talvez os mais difíceis dereconhecer como ígneos. Normalmente, a porção se solidificou e esfriou consideravelmente, antes sendo depositadacom uma porção significativa das rochas pré-existentes pulverizadas apanhadas na explosão. A atual deposição de

material piroclástico é, em grande parte, um processo sedimentar, daí a dificuldade de reconhecimento. De fato, háalguns debates entre geólogos se as rochas piroclásticas devem ser consideradas ígneas ou sedimentares. Elas sãoígneas no sentido que o são todos os materiais cristalizados do magma, embora uma proporção possa ter seoriginado de depósitos vulcânicos anteriores. Esta é a “piro” parte. Elas são sedimentares também. Na medida emque elas representam partículas sólidas depositadas  por fluido médio: ar ou, algumas vezes, água. Esta é a “clástica”

 parte. Alguns geólogos têm sabiamente sugerido que evitemos este debate inútil, considerando-se as piroclásticascomo ígneas em construção e sedimentares como ígneas em desagregação.

 No Capítulo 3, discutiremos as texturas ígneas mais detalhadamente, incluindo aquelas espéciesexaminadas em desenvolvimento e aquelas analisadas em corte fino com a ajuda do microscópio petrográfico.

Como inicialmente consideramos o estudo e os processos de rochas ígneas, talvez devamos primeiroconsiderar o que é exatamente isto que queremos saber. O caráter de muitas questões gerais que poderíamos esperarter respondido pode incluir a seguinte: como os magmas são gerados? O que é o magma e onde encontrá-lo? O que é

 produzido por esse derretimento? Como realmente o magma então produzido se cristaliza para formar rochas ígnease quais processos acompanham esta cristalização? De que modo as porções líquidas e sólidas se envolvem durante o

 processo de derretimento e cristalização? A grande variedade na composição de rochas ígneas agora encontradas nasuperfície da Terra resulta de diferentes fontes de magma ou pode ser atribuída a variações no processo dederretimento e cristalização? Há uma relação entre tipos de rochas ígneas e seções tectônicas? Se há, o que controlaisto?Finalmente podemos perguntar, “O que precisamos saber para avaliar isto?” Em outras palavras, de que préviasexperiências e abordagens um bom e moderno petrólogo precisa? Como conhecimentos imperativos, eu sugeriria osseguintes:

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1. Um petrólogo precisa de experiências de observação de rochas e texturas. Ele não pode começar a estudar rochassem saber como reconhecê-las, descrevê-las, organizá-las e analisá-las.

2. Dados experimentais (de amostras sintéticas e naturais) são também necessários. Podemos compreender melhor acriação e cristalização do magma pela recriação desses processos em laboratório, simulando as condiçõesencontradas em grandes profundidades e analisar os resultados.

3. Alguma teoria é também necessária, para que possamos organizar e compreender melhor os resultadosexperimentais e aplicá-los para além da composição exata e das condições dos experimentos. Um pouco de química,incluindo a dos grandes elementos, elementos residuais e isótopos são necessários, assim como termodinâmicos.Assim que os visualizamos, estas técnicas também nos ajudam a caracterizar rochas e avaliar regiões-fonte e

 processos em evolução.

4. Também precisamos de conhecimentos sobre o que o interior da Terra contém e sobre as condições físicas que láexistem. Magmas são criados em regiões mais profundas do que podemos observar diretamente. Se quisermos sabero que é o magma e como surge, devemos rever o que é sabido sobre o interior da Terra e como os constituintes e ascondições variam com o assentamento tectônico.

5. Por fim, precisamos de experiências práticas com atividade tectônica. A pesquisa é baseada em literatura dasrochas mais comuns e processos in natura, aponta modelos para todas as sugestões acima e dá um painel maiscompleto.

Espero que possamos adquirir estas experiências e habilidades requisitadas nos capítulos que virão. Embora pudesse ser preferível desenvolver cada uma das habilidades acima seqüencialmente, isto não é prático e pode serimpossível, na medida em que estão integradas no processo cientifico. O estudante adquirirá experiência emobservação direta nas aulas em laboratório, com a ajuda dos Capítulos 2 (classificação) e 3 (texturas). O Capítulo 4 éformulado para lhe dar um levantamento das rochas ígneas em seus aspectos de campo. Isto é largamente umarevisão de conceitos fundamentais. Depois, pegaremos alguma teoria dos sistemas de magma e a aplicamos à análise

de alguns sistemas experimentais simples. Então, procederemos aos sistemas naturais mais complexos e àsferramentas necessárias (em sua maioria químicas) para estudá-los. Por fim, embarcaremos na revisão das maiscomuns e provinciais ígneas e do estado atual das modernas teorias para o seu desenvolvimento. Esta última porçãoirá demandar consideráveis aplicações e até amplificações das habilidades teóricas que temos adquirido.

 Numa escala maior, todos os processos ígneos, metamórficos e sedimentares contribuem para a formadiferenciada do planeta. Processos ígneos são de longe os mais dominantes neste aspecto, assim como osgrandemente responsáveis pela separação da crosta em relação ao manto e pela origem de muitos recursos naturais.Manter esta grande escala de diferenciação em mente nos ajudará enquanto exploramos os componentes maisespecíficos que se seguirão.

1.2 O Interior da Terra

Como mencionado acima, virtualmente, todas as rochas ígneas se originam pelo derretimento de materiallocalizado em grandes profundidades da Terra. Todas as rochas terrestres que agora temos na superfície da Terraforam derivadas inicialmente do manto, embora algumas vieram por meio de um ou mais ciclos de processossedimentares, metamórficos e/ou ígneos subseqüentes. Se essas rochas têm uma origem inicialmente profunda,

 precisamos saber o que formou a Terra se queremos compreender essas origens mais detalhadamente. O interior daTerra é subdividido em três grandes unidades: a crosta, o manto  e o núcleo (Figura 1-2). Estas unidades foramreconhecidas décadas atrás, durante o começo da sismologia, uma vez que elas eram separadas por grandesdescontinuidades nas velocidades de P (compressional) e S (distensional) ondas que propagam ao longo daquelascamadas na Terra (Figura 1-3).

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Figura 1-2 Principais subdivisões da Terra. (Crust: crosta; Mantle: manto; Upper mantle: manto externo; Lower mantle:mantointerno; Core: núcleo; Outer core (liquid): núcleo externo (líquido); Inner core (solid): núcleo interno (sólido); Transition zone:zona de transição; Depth: profundidade.

Figura 1-3 Variação nas ondas de velocidade em P  e S  a partir da profundidade. Subdivisões de composição da Terraestão à esquerda. Subdivisões reológicas à direita.

Há também dois tipos básicos de crosta: crosta oceânica e crosta continental . A crosta oceânica  é maisdelgada (aproximadamente 10 km de espessura) e tem uma composição essencialmente basáltica. Aprenderemosmais sobre a composição, estrutura e origem da crosta oceânica no Capítulo 13. Como o processo das placastectônicas passa pela criação de crostas oceânicas em cadeias meso-oceânicas e a consomem em zonas desubducção, a crosta oceânica é continuamente renovada e reciclada. A mais antiga crosta oceânica é a do Sudeste doPacífico, com aproximadamente 160 milhões de anos. A crosta continental mais grossa (em média 36 km, masestendida a 90 Km) e mais heterogênea, incluindo todos os tipos de rochas sedimentares, ígneas e metamórficas.Diferentemente da crosta oceânica, é muito flutuante para subduzir. A quantidade de crosta continental tem sido

gradualmente ampliada ao longo dos últimos 4 Ga, principalmente na forma do magma derivado do manto. Algumascrostas continentais são, assim, muito antigas, enquanto que algumas são bem recentes. Haverá muito mais a dizersobre a crosta continental ao longo deste livro. Uma composição bem geral da crosta continental poderia serrepresentada por um granodiorito. A crosta é fina demais para ser representada na Figura 1-2. Mesmo a parte maisespessa da crosta continental seria mais fina que a linha mais superior. Isto compreende cerca de 1% do volume daTerra.

Imediatamente abaixo da crosta, estendendo-se por aproximadamente 3000 km, está o manto, contendocerca de 83% do volume da Terra. O limite, ou descontinuidade, entre a crosta e o manto é chamado de Moho, oudescontinuidade de M (encurtado por Mohorovic, o nome do sismologista balcânico que o descobriu em 1909).

 Nessa descontinuidade, a velocidade das ondas de P cresce abruptamente de aproximadamente 7 para mais 8

Km/seg. Isto resulta em refração, assim como em reflexão das ondas sísmicas assim que elas encontram adescontinuidade, tornando relativamente simples a determinação da profundidade. O manto é composto

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 predominantemente de Ferro e Magnésio, ricos em minerais silicáticos. Saberemos mais sobre a petrologia do mantono Capítulo 10.

Dentro do manto, muitas outras descontinuidades sísmicas separam camadas que se distinguem mais pordiferenças físicas que químicas. A camada mais superficial, entre 60 e 220 km, é chamada camada de baixavelocidade, pois, dentro dela, ondas sísmicas mergulham lentamente, se comparadas com a velocidade acima eabaixo da camada (Figura 1-3). Ondas sísmicas lentas são incomuns, porque sua velocidade geralmente aumentacom a profundidade, já que elas se propagam mais rapidamente através dos materiais densos (assim como o somviaja mais rapidamente através da água do que através do ar). Acredita-se que a razão para as ondas sísmicasmergulharem em baixa velocidade é devido ao índice de 1 a 10% do derretimento parcial do manto. O derretimento

 provavelmente forma uma fina descontinuidade ao longo dos veios limítrofes, que retardam as ondas sísmicas. Omagma também enfraquece o manto nesta camada, fazendo-o se comportar de forma mais dúctil. A camada de baixavelocidade varia em espessura, dependendo do local da pressão, temperatura, ponto de derretimento edisponibilidade de H20. Poderemos discutir a origem camada de baixa velocidade mais adiante no Capítulo 10.

Abaixo da camada de baixa velocidade, encontramos mais descontinuidades sísmicas dentro do manto. Adescontinuidade de 410 Km é creditada a uma fase de transição em que olivina (o principal mineral componente do

manto) muda para uma estrutura espiral. A 660 km, o comando de Si no manto silicático muda da familiar IV-camada para VI-camada. Estas duas transições resultam num abrupto crescimento da densidade do manto,acompanhado por um salto nas velocidades sísmicas.

Abaixo da descontinuidade de 660 km, a velocidade das ondas sísmicas cresce bastante uniformemente(Figura 1-3) até que encontram o núcleo. O limite manto/núcleo é uma descontinuidade química profunda na qual ossilicatos do manto dão lugar a uma liga metálica de Fe mais densa, com menores quantidades de Ni, S, Si, O etc. Onúcleo externo está em estado líquido/derretido, enquanto que o núcleo interno é sólido. A composição dos núcleosinternos e externos é provavelmente similar.

A transição para um sólido resulta do aumento de pressão com a profundidade, que favorece o estado

sólido. Ondas S não podem se propagar através de um líquido, porque os líquidos não resistem à distensão. Emboraas ondas S sejam somente desaceleradas pelo líquido delgado em camadas de baixa velocidade, elas desapareceminteiramente assim que alcançam o núcleo exterior (Figura 1-3). Ondas P desaceleram no núcleo líquido e serefratam mais abaixo, resultando na “zona de sombra” sísmica, uma zona em forma de anel em que terremotos deondas P não alcançam a superfície da Terra pelo lado de fora do qual foram originadas.

Uma forma alternativa de considerar as subdivisões da Terra é baseada nas propriedades reológicas.Usando este critério, podemos considerar a crosta e a porção mais rígida do manto superior, acima da camada de

 baixa velocidade, como uma unidade bastante uniforme, conhecidamente chamada de litosfera. A espessura dalitosfera média é de 70 a 80 km abaixo do nível do mar e de 100 a 150 km de espessura abaixo dos continentes. Omanto mais dúctil abaixo disso é chamado de astenosfera (do grego asthenes: “sem força”).

A litosfera e a astenosfera são diferenciadas por suas propriedades mecânicas, não pela composição ouvelocidade sísmica. Embora não estejam incluídas na Figura 1-2, elas são importantes na teoria das placastectônicas, porque se considera que a ductibilidade da astenosfera garante a zona de deslocamento acima da qual as

 placas rígidas da litosfera se movem. O manto abaixo da astenosfera é comumente chamado de mesosfera. O limiteexato astenosfera/mesosfera deve corresponder à transição de materiais dúcteis para materiais mais rígidos com a

 profundidade. A base da camada dúctil é insuficientemente comprimida. A maioria dos geofísicos acredita que aastenosfera se estende por cerca de 700 km de profundidade. Abaixo disso, a natureza do manto não é bemconhecida, mas as ondas sísmicas que atravessam a mesosfera abaixo de 700 km não são muito consideravelmenteatenuadas, sugerindo que esta é uma camada de alta força. As subdivisões reológicas do manto estão ilustradas nolado direito da Figura 1-3.

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1.3 Origem do Sistema Solar e da Terra

Agora que temos alguma idéia do que constitui a Terra, é interessante especular sobre como isto aconteceu.O cenário a seguir resume as teorias mais largamente aceitas sobre a origem do sistema solar. Embora isto sejaapresentado como um fato, é feito somente para evitar o uso constante de discriminantes e frases indefinidas. Porfavor, lembre-se que isto é apenas uma coleção de idéias consistentes internamente, por meio das quais explicamoso que agora observamos, embora a extensão dessa consistência de fato nos credencie para os modelos.

O modelo mais popular para a origem do universo considera o Big Bang ocorrendo entre 12 a 15 Ga antesda atual. De acordo com dados radiométricos de meteoritos, o sistema solar começou a ser formado há cerca de 4.56Ga da era atual, como uma grande nuvem de matéria chamada nebulosa solar (Figura 1-4). A nebulosa consistia emgrande parte de H2 molecular mais algum He e, em menor quantidade, Be e Li (os únicos produtos do Big Bang).Um pouco mais de 2% contém elementos pesados, incluindo alguns outros gases e finas partículas sólidas(“poeira”), presumidamente criadas pela síntese de reações nucleares próximas a estrelas e supernovas.

Figura 1-4 Teoria nebular da formação do sistema solar (a). A nebulosa solar se condensa da média interestelar e se contrai. (b)À medida que a nebulosa diminui, sua rotação provoca seu achatamento em forma de disco (c), com a maior parte da matériaconcentrada em direção ao centro, como a um sol principal (d) Partículas sólidas mais externas se condensam e acrescem paraformar os planetas (d) e (e). De Abell et al. (1988).

A nuvem nebulosa começou a ruir lentamente por conta das interações gravitacionais de seus constituintes.Como estava girando, aplainou-se em forma de disco em função de forças centrífugas, com 1 a 10% de massaconstituindo o disco central. A combinação do colapso gravitacional, força centrifuga e conservação de momentoangular resultou em que a maioria da massa perdeu momento angular, caindo no centro do disco, provavelmente

 para formar o sol. Poucos metros  –  para corpos quilometrados, chamados planetesimais, começaram a se formar ese desenvolver na nebulosa. O colapso gravitacional da massa e sua composição geraram aquecimento considerável,alcançando eventualmente o estágio em que a síntese nuclear (fusão) de hidrogênio e hélio se tornou possível.

Os primeiros 100.00 anos testemunharam uma evolução muito rápida do “proto-sol”, acompanhada poruma alta luminosidade casada pelo aquecimento gerado pela contração inicial. Quando a compressão estava perto de

acabar, o sol entrou no estágio T-Tauri, caracterizado por uma atividade menos vigorosa, durando mais 10 Ma. Ovento solar, uma corrente de partículas carregadas, transformou-se durante o estágio T-Tauri e começou a emanarradialmente para fora do sol, em vez de espiralmente a partir dos pólos. A nebulosa perdeu aproximadamente ametade de sua massa inicial durante esse estágio.

Do material remanescente, 99,9% da massa ruiu para formar o sol e outro 0,1%, com a maior parte domomento angular permanecendo no disco. O material circular teve massa suficiente para se contrair para o planomédio, onde, eventualmente, se separava em acumulações localizadas que formaram os planetas. O processo decriação planetária aconteceu dentro de altas temperaturas e gradiente de pressão, gerados pela proximidade do sol.Como resultado, os elementos mais voláteis contendo sólidas partículas de nebulosas evaporaram no interior,

 porções mais quentes do sistema solar. As partículas de vapor foram, então, estiradas pelo intenso vento solar T-Tauri e diretamente condensadas em sólidos externamente, onde as temperaturas eram suficientemente baixas.Apenas o grande planetesimais sobreviveu a esta intensa atividade no interior do sistema solar. As temperaturas decondensação atuais (e daí a distância do sol em que a condensação ocorre) dependeram de elementos particulares ou

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de componentes envolvidos. Apenas os elementos mais refratários sobreviveram ou se condensaram na zonaintermediária, enquanto os constituintes mais voláteis foram movidos para a parte externa. Como resultado primáriodo gradiente de temperatura e do vento solar, a nebulosa experimentou, então, uma diferenciação química baseadaem temperaturas condensadas. Óxidos refratários como Al2O3, CaO e TiO2, falharam na total volatilização ou secondensaram rapidamente nas porções intermediárias do sistema solar. Ligas metálicas de Fe-Ni, silicatos de Fe-Mg-Ni, metais alcalinos e silicatos, sulfetos hidrosilicatos, H

20 e sólidos de amônia, metano etc. se condensaram e

se concentraram progressivamente no lado externo. A distância além da qual componentes muito voláteis como águae metano se condensaram tem sido chamada de linha de neve. Aparentemente, um gradiente de diminuição de

 pressão fora do centro da nebulosa também teve um efeito principalmente nas temperaturas condensadas relativas deFe metálico versus silicatos e, logo, na proporção Fe/Si (e oxigênio contido) dos planetas.

Os sólidos condensados próximos continuaram surgir como planetesimais. Na porção interior do sistemasolar, os planetesimais mais refratários acumulados formaram os planetas terrestres  –  Mercúrio, Vênus, Terra eMarte –   (parecidos com a Terra), assim como os corpos originais que produziram os atuais asteróides e meteoritos.

 Na porção exterior, alem da linha de neve, grandes planetas gasosos  são formados. Plutão é anômalo na órbita,assim como, provavelmente, sua composição. Ele pode ser a lua de um dos planetas que escaparam da órbita solarou o corpo mais próximo de objetos gelados com órbitas além de Netuno. Desse esquema bem resumido, parece

claro que a composição de um planeta é, em larga medida, resultado de condições específicas que existiram em umadistância radial particular do centro da nebulosa solar durante os primeiros 10 Ma da evolução estelar.

A composição da Terra é, então, um resultado da natureza de antigas supernovas que “semearam” anebulosa com partículas sólidas e de processos de evaporação/condensação associados com a temperatura particularda distância da Terra do sol T-Tauri. Logo, não esperaríamos que a composição da Terra fosse igual à de outros

 planetas ou da nebulosa solar como um todo. Os processos de diferenciação que produziram a variação química aolongo do sistema solar não foram totalmente eficientes. A composição da Terra é complexa, contendo um pouco decada elemento estável e não só aqueles que puderam se condensar na nossa distância do sol, incluindo os voláteis,contidos nos primeiros planetesimais, que eram grandes demais para resistir à vaporização completa durante oestágio quente T-Tauri da evolução solar, enquanto outros podem ter sido adicionados depois, via impactos de

corpos similares a cometas do lado exterior do sistema solar. Contudo, o processo descrito acima favoreceufortemente a concentração de certos elementos. Hoje, apenas sete elementos contêm 97% da massa da Terra (Figura1-5). Esses elementos são consolidados com a abundância solar que, acreditamos, ter sido formada a partir das

 pressões e temperaturas características da posição da Terra no gradiente nebuloso descrito acima.

Figura 1-5 Relativas abundâncias atômicas dos sete elementos mais comuns que compõem 97% da massa terrestre.

1.4 Diferenciação da Terra

Os planetesimais que hoje formam a Terra provavelmente se acumularam de um modo seqüencial causado pela criação gravitacional de planetesimais mais densos primeiro, concentrando ligas de Fe-Ni e óxidos densos emdireção ao centro. Se a Terra teve ou não esse início propenso à diferenciação é difícil dizer, mas ela se diferencioumais extensivamente logo depois. Esta extensiva diferenciação resultou do aquecimento, causado pelo colapsogravitacional, choques e calor radioativo concentrado. Eventualmente, o planeta se aquecia suficientemente para

iniciar o derretimento em algumas pequenas profundidades, provavelmente sob uma crosta sólida que se resfriou pela radiação quente para o espaço. Uma vez começado o derretimento, a mobilidade dentro da Terra cresceu.Porções mais densas de magma se aprofundaram, enquanto porções leves soergueram. A energia gravitacional

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liberada por esse processo provavelmente gerou calor suficiente para derreter toda a Terra, com a possível exceçãodas camadas frias mais externas. Estas camadas poderiam também ter derretido se lá houvesse gases atmosféricossuficientes para retardar o esfriamento radiante.

O resultado de tal processo para a Terra foi a separação em camadas controladas pela densidade e pelasafinidades químicas dos elementos nelas contidos. O conceito de afinidade química será desenvolvido adiante nosCapítulos 9 e 27, mas, nos termos mais simples, podemos dizer, por agora, que o comportamento dos elementos écontrolado pela configuração dos elétrons das camadas externas, que afetam suas características de proximidade.

Goldschimidt (1937) propôs que os elementos da Terra tendem a se incorporar em fases separadas,análogas às camadas em potes de minérios fundidos. Nós herdamos seus termos:

Litófila (“pedras-afins”) elementos formam uma leve fase silicática 

Chalcófila (cooperação) elementos formam uma fase de sulfeto intermediária

Siderófila (“ferro-afins”) elementos formam uma densa fase metálica

Uma fase de separação de elementos atmófila pode também ter se formado no início da Terra como um pequeno oceano e a atmosfera, mas a maioria destes elementos gasosos leves não foi sustentada pela Terra duranteseus primeiros estágios e escaparam para o espaço. A maioria dos oceanos e da atmosfera provavelmente se formoulentamente depois.

Isto é simples demais para determinar empiricamente a afinidade de cada elemento e usar os resultados para prever o tamanho (espessura) de cada reservatório nas primeiras diferenciações da Terra, mas esta abordagem nãofunciona muito bem. Por um momento, Fe, que deve ser siderófilo, ocorre em todas as três fases. Devemos lembrarque os átomos são ionizados, logo a necessidade de neutralidade elétrica deve ser também satisfeita. Freqüentementenos concentramos em cátions, mas os ânions são igualmente importantes. Por exemplo, o enxofre é obviamente

necessário para criar um sulfeto, logo a quantidade de enxofre determina o tamanho da corrente chalcófila emrecipientes derretidos. Como não havia enxofre suficiente para satisfazer todas os cátions chalcófilos da Terra, oexcesso de cátions chalcófilos teve de ir para outros lugares. O oxigênio é o principal ânion em minerais silicáticos.Combinado com o silício da camada litófila da Terra recém-formada, mas outros cátions foram necessários antes dea neutralidade ser alcançada. Os minerais mais comuns na recente litófila foram provavelmente olivina((Fe,Mg)2SiO4)), ortopiroxênio ((Fe,Mg)SiO3) e clinopiroxênio (Ca(Fe,Mg)Si2O6). Portanto, foi a abundânciarelativa de oxigênio que determinou a espessura da camada superior da litófila. A siderófila interna foi determinada

 pelo excesso de cátions siderófilos (a maioria Fe) deixados depois de alcançada a neutralidade com O e S. Todos osoutros elementos remanescentes contidos nos 3% da massa terrestre entraram para a composição preferencial dessascamadas, de acordo com uma afinidade atômica particular.

A partir da diferenciação do sistema solar, a diferenciação da Terra não foi, certamente, totalmenteeficiente: nem todos os elementos ficaram restritos à camada prevista. Do contrário, nunca teríamos hoje elementoscomo ouro (siderófilo), cobre (chalcófilo), etc. na superfície da Terra. Isto pode ser causado, em parte, pela falta deum equilíbrio completo durante o processo de diferenciação, mas (como veremos nos Capítulos 9 e 27), mesmo se oequilíbrio fosse atingido, os elementos naturalmente se fragmentariam em diferentes porções menos do que emgrandes proporções (não em uma única porção). Depois de poucas centenas de anos deste derretimento, oresfriamento diferenciado da Terra solidificou-se para uma condição similar à do planeta que hoje habitamos, tendodistintos gradientes de temperatura e pressão de acordo com a profundidade.

As camadas litófila, chalcófila e siderófila não devem ser confundidas com as atuais camadas da Terra:crosta, manto e núcleo. O núcleo da Terra atual é uma camada siderófila, mas o componente da chalcófila era mais

 provavelmente dissolvido no núcleo da siderófila e nunca se separou como uma fase distinta. Embora tantas fasestenham se formado a partir de fusão, é bem menos provável que isto tenha acontecido a altas pressões no interior do

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núcleo. A Terra não é um recipiente fundido. Se uma chalcófila separada se formou, isto pode ser uma camadaexterior do núcleo externo, mas que não fora detectada sismicamente.

O manto certamente representa a segregação da litosfera, mas o que dizer da crosta? Nem a crosta oceânicanem a crosta continental se formaram, nesse aspecto, devido a eventos com grande escala de diferenciação na Terrarecém-formada (embora isso deva ter acontecido nas elevações da Lua ricas em plagioclásios). Em vez disso, acrosta oceânica se reciclou muitas vezes no passado e a crosta continental tem evoluído lentamente com o passar dotempo. Os processos pelos quais as diferenciações do manto produzem a crosta são predominantemente ígneos enaturais. Retornaremos a este assunto algumas vezes mais tarde.

1.5 Como sabemos de tudo isso?

Se você agora está se perguntando como possivelmente soubemos o que acabou de ser apresentado,abordaremos a petrologia com a atitude certa. Teorias, como aquelas concernentes à origem do universo, o sistemasolar e a Terra representam as melhores interferências que podemos fazer baseados em nossa interpretação dosdados. A explanação mais simples de todos os dados, sem violar as “leis” físicas, é a preferida. Quanto mais a teoria

explica a variedade do fenômeno na natureza, mais segurança ela nos dá. O cenário descrito acima é coerente com as“leis” físicas da mecânica celestial, da gravidade, da síntese nuclear e assim por diante. É também coerente comnossas observações das ondas sísmicas e da natureza e formação do sistema solar. Mas a evolução rigorosa dessescritérios está bem alem do escopo deste livro. A pretensão do cenário, todavia, é somente a de apresentar um planode informações. Os dados sobre a composição e divisões no interior da Terra nas Figuras 1-2 e 1-3 são o resultadofinal do processo e são apresentados como fato. Esses dados são muito importantes para o material queapresentaremos nas páginas adiante. Afinal, se rochas ígneas são os produtos do derretimento ocorrido em grandes

 profundidades, pode ser bom saber com alguma segurança qual a composição do que está sendo derretido. Para as preocupações petrológicas, vamos focar nosso ceticismo aqui por um momento. Não perfuramos ainda um buracono manto (e nunca faremos isso no núcleo) para diretamente termos amostras desses materiais. E nossos manto enúcleo hipotéticos são bem diferentes dos materiais que encontramos na superfície da Terra. Que evidências temos,

então, para sustentar a alegada composição e estrutura do nosso planeta?

Primeiro, partindo de medidas cuidadosas, podemos apuradamente determinar a constante gravitacional eusá-la aliada à medição do momento de inércia da Terra, para calcular sua massa e, a partir daí, a densidade média.Muitos desses locais contêm os materiais que constituem a Terra. Por um momento, a densidade média da Terra é deaproximadamente, 5,52g/cm3. É relativamente fácil de observar o inventário de composição química das rochasexpostas na superfície da Terra. Mas a densidade da superfície da Terra é raramente maior que 3,0 g/cm3. A Terra,

 portanto, deve conter uma grande proporção de material que é mais denso do que pode ser alcançado pelacompressão das rochas superficiais, devido ao aumento da pressão nas profundezas.

Alguém pode aparecer com uma variedade de receitas para explicar o material denso nas profundezas, pelas

 proporções combinadas de átomos de vários pesos atômicos. Contudo, uma abordagem tão vasta poderia ser melhorconduzida tendo em mente alguma idéia de quais elementos são mais naturalmente abundante. A Terra deve ter seformado da nebulosa solar, logo, os componentes da nebulosa devem nos garantir pistas significativas da formaçãodo nosso planeta. O material que constitui o sistema solar pode ser analisado à distância por meios espectroscópicos.Átomos podem ser estimulados pelo calor ou por interações entre partículas e emitirem luzes espectraiscaracterísticas quando retornam para o estado de “baixa energia”. O comprimento de onda da luz que alcança aTerra pode ser determinado e relacionado ao tipo de elemento ou componente que o emite. Pela comparação comespectros de elementos medidos em laboratório, os átomos emitentes ou moléculas podem ser identificados. Aintensidade das linhas espectrais é proporcional à concentração delas na fonte. Isto dá uma boa idéia de quaiselementos constituem o sol, outras estrelas e até mesmo outras superfícies planetárias e, pela analogia destas, nosso

 próprio planeta.

A figura 1-6 ilustra a concentração estimada dos elementos na nebulosa solar (estimados a partir de certosmeteoritos, como discutimos abaixo). Note a escala logarítmica para a concentração, que torna mais fácil mostrar

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toda sorte de concentrações. Hidrogênio é de longe o elemento mais abundante, bem como o que constituiu a maior parte da nebulosa original. Outros elementos (exceto He) foram sintetizados a partir do H no sol e em outrasestrelas. A diminuição em abundância com o crescimento de numero atômico (Z) reflete a dificuldade de sintetizar

 progressivamente átomos maiores. Outra apresentação interessante que é clara na Figura 1-6 é a natureza“dentilhada” da curva. Isto está de acordo com a “regra Oddo -Harkins”, que diz que átomos com números pares sãomais estáveis e, por isso, mais abundantes que os vizinhos de números ímpares.

Figura 1-6 Abundâncias estimadas dos elementos na nebulosa solar (átomos por 10º Si).

Devemos admitir que os elementos constituintes da Terra estão entre os elementos mais comuns da Figura1-6. Por exemplo, Fe e, em menor extensão, Mg e Ni são muito mais abundantes no sistema solar que na crostaterrestre, logo, podemos inferir que esses elementos estão concentrados em outra parte da Terra. Fe é, também,denso o suficiente para satisfazer as necessidades da alta densidade terrestre. Em outras palavras, usando os dadosna Figura 1-6 como um ponto de partida para modelar um planeta com uma densidade média de 5,52 g/cm3, isso nos

leva à direção da concentração na Figura 1-5. Claro que o processo é complicado, tanto pelas ausências dehomogeneidade como pelas diferenciações radiais da nebulosa solar, variações de densidade e mudanças de faseassociadas ao aumento de pressão na Terra.

Estudos sísmicos se localizam além da compressão do material que constitui a Terra. A velocidade dasondas P e S em vários materiais com elevadas pressões e temperaturas pode ser medida em laboratório e comparadacom as velocidades sísmicas dentro da Terra, como as determinadas por terremotos ou explosões provocadas pelohomem (Figura 1-3). Além disso, reflexão e refração de ondas sísmicas nas descontinuidades no interior da Terrafornecem evidências diretas sobre a estrutura interna da Terra e sobre as profundidades das descontinuidades que asubdividem em crosta, manto, núcleo externo e núcleo interno, assim como mais outros detalhes apresentados.

Finalmente, embora não tenhamos abordado o manto ou o núcleo por amostras, tivemos exemplos enviados para a superfície (ao menos acreditamos). Aprenderemos mais sobre amostras de manto nos Capítulos 10 e 19, mashá algumas rochas encontradas na superfície que acreditamos serem originadas do manto. Em muitas zonas desubducção ativas e fósseis, fatias da crosta oceânica e subcamadas de manto são incorporadas ao prisma originário.O aumento do prisma, seguido por afloramentos e erosões, expõe as rochas de manto. Xenólitos de material

 presumido do manto são ocasionalmente carregados para a superfície em alguns basaltos. Acredita-se que o materialde manto mais profundo vem para a superfície como xenólitos em canais de kimberlito em formato de diamante(Seção 19.3.3). A vasta maioria das amostras encontradas em todas essas situações são rochas olivínicas e

 piroxênios ultramáficos. Quando algumas dessas amostras são parcialmente derretidas em laboratório, elas produzem magmas similares às lavas naturais que acreditamos serem derivadas do manto.

Por causa de sua grande densidade e profundidade, nem uma amostra sequer do núcleo da Terra alcança a

superfície. Entretanto, acreditamos que pedaços do núcleo de outros planetesimais alcançaram a Terra na forma de

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alguns meteoritos. Discutiremos brevemente sobre os meteoritos na próxima seção e sobre como eles são poucovariados e garantem informações importantes sobre a composição da Terra e do sistema solar.

1.6 Meteoritos

Meteoritos são objetos sólidos extraterrestres que golpeiam a superfície terrestre depois de sobreviverem à passagem ao longo da atmosfera. Acredita-se que a maior parte deles são fragmentos derivados de colisões degrandes corpos, principalmente asteróides ligados entre as órbitas de Marte e Júpiter. Eles são muito importantes,

 pois se considera que muitos representam estágios entre iniciais e intermediários do desenvolvimento da nebulosasolar que não sofreram alterações subseqüentes ou diferenciações como a Terra. Eles, por isso, dão dicas valiosas dacriação de desenvolvimento do sistema solar. Meteoritos têm sido classificados de diversas formas. A Tabela 1-1 éuma , em que combinamos muitas subclasses para dar uma indicação geral dos tipos mais importantes e das

 porcentagens de cada uma das quedas observadas.

Tabela 1-1 : Classificação Simplificada dos Meteoritos

Ferros  (Figura 1-7b) são compostos principalmente por liga metálica Fe-Ni, Pedras  são compostas deminerais silicáticos e Pedras-ferrosas (Figura 1-7a) contêm quantidades desiguais de cada.

Como as pedras parecem muito mais rochas terrestres, elas não são comumente reconhecidas comometeoritos, logo ferros (rapidamente reconhecidos por sua densidade) tendem a dominar nas coleções exibidas.Porém, quando consideramos apenas as espécies coletadas e observadas depois da queda, pedras correspondem a94% da composição dos meteoritos.

Acredita-se que meteoritos ferrosos são fragmentos do núcleo de alguns planetas terrestres que têm passado por diferenciações em concentrações de silicatos, sulfetos e líquidos metálicos, da forma anteriormente discutida emrelação a Terra. Estes meteoritos contêm porções siderófilas (ligas de Fe-Ni) e fases chalcófila (segregações de

troilito: FeS). A Liga Fe-Ni é composta de duas fases, kamactito e taenito, que se originam de uma única ehomogênea fase assim resfriada.

As duas fases são entrelaçadas num  padrão de entrechoque de exsolução lamelar chamado “texturaWidmanstatten” (Figura 1-7b). Pedras ferrosas são similares a ferro, mas incluem uma porção significativa desilicatos (litófila) segregada em sua composição. Todos os ferros e pedras ferrosas são considerados meteoritos“diferenciados”, porque eles provêm de grandes corpos que sofreram alguns graus de diferenciação química.Meteoritos, porém, apresentam uma grande variação, na medida em que representam diferentes porções do planeta.Os corpos originais, cuja presença em asteróides se considera mais provável, eram de vários tamanhos e, por isso,capazes de distintos graus de diferenciação. Além disso, as colisões que romperam os corpos originais emfragmentos meteoríticos se recombinaram e até constituírem o material encontrado em muitos meteoritos.

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Figura 1-7 Texturas meteoríticas (a). Seção polida de uma pedra ferrosa Springwater (Saskatchewan, Canadá) meteorito (a parteclara é ferro, escura tem 5 mm de olivina). Cortesia de Carleton Moore, Universidade do Estado do Arizona. (b) TexturaWindmanstatten em Edmonton (Kentucky) meteorito ferroso. Cortesia de John Wood e do Observatório Astrofísico Smithsonian.(c) Côndrulos no meteorito condrito Allende (México). (d) Fotomicrografia côndrulo de 0,5 mm de diâmetro de meteoritocondrito em Dhajala (India).

Pedras estão à frente subdivididas pelo critério de conterem ou não côndrulos  (Figura 1-7c e d),aproximadamente inclusões silicáticas esféricas entre 0,1 a 3 mm de diâmetro. Pelo menos algumas côndrulos

 parecem ter se formado como pedaços de vidro que se cristalizaram em seguida em minerais silicáticos. Pedras comcôndrulos são chamadas condritos, enquanto aquelas não as possuem são chamadas acondritos. Assim como ferrose pedras ferrosas, acondritos são meteoritos diferenciados. Condritos, por outro lado, são considerados meteoritos“indiferenciados”, pois o calor necessário para permitir o derretimento e a diferenciação de um planeta poderiacertamente ter destruído as côndrulos de vidro. O tamanho reduzido dos côndrulos indica rápido resfriamento (< 1hr), demandando uma nebulosa mais fria no momento de sua formação. Eles, provavelmente, se formaram depois dacondensação, mas antes da formação dos planetesimais. Condritos são, assim, considerados os tipos mais“primitivos” de meteoritos, na medida em que se considera sua composição a mais próxima da nebulosa solaroriginal (daí seu uso em estimativas de abundância solar na Figura 1-6). Isto tem sugerido que o interior de todos os

 planetas terrestres se formou a partir de um material de média composição condrítica. Isto nos levou ao ModeloTerrestre condrito (MTC). O modelo propõe um justo encaixe para a composição da Terra a partir de muitos

elementos, mas há poucas diferenças importantes. Por exemplo, a Terra é mais densa e deve ter um índice de Fe/Nimaior que condritos. Modelos tais como esses apresentados acima, baseados na condensação de temperaturas emfunção da distância do sol, são muito melhores para a explicar a composição química dos planetas (particularmentesuas variações) do que para assumir que alguns meteoritos os representam totalmente.

O côndrulo é composto de placas esqueléticas de olivina numa matriz mais fina, incluindo fragmentos decristal e vidro. Outros côndrulos podem ser dominados por ortopiroxênio ou por misturas de muitos minerais,incluindo sulfetos. Côndrulos podem ter grãos bem finos ou mesmo totalmente vítreos em meteoritos que sofreram

 pouco ou nenhum reaquecimento.

Outra subdivisão de meteoritos é baseada em suas texturas e/ou conteúdos minerais. Há uma considerável

variedade na maior parte (“grosso”) da composição, assim como na mineralogia. Mais de 90 minerais têm sidoencontrados entre meteoritos de pedra, alguns dos quais não encontrados em outros pontos da Terra. Esses

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meteoritos parecem ter vindo da Lua e de planetas vizinhos. Os meteoritos “SNC”, por exemplo, parecem ser deMarte. Dada a sua variedade, o estudo dos meteoritos pode nos oferecer valiosas informações sobre a composiçãoquímica do sistema solar e de seus constituintes.

1.7 Variações de Pressão e Temperatura com a Profundidade

Agora temos uma boa idéia de qual é a composição da Terra e como esta adquiriu tal forma. Se vamos proceder ao conhecimento do magma (e depois do metamorfismo), devemos, a seguir, tentar compreender ascondições físicas (pressão e temperatura) que ocorrem nas profundidades, para que possamos observar como essesmateriais respondem e se comportam. À medida que a profundidade dentro da Terra cresce, ambas, pressão etemperatura, crescem também. O aumento de pressão é resultado do peso exercido pelo material das camadassuperiores, enquanto o aumento de temperatura resulta da lenta transferência de calor do interior da Terra para asuperfície.

1.7.1 O Gradiente de Pressão

A pressão exercida em um meio dúctil ou fluido, resulta do peso das colunas superiores do material. Porexemplo, a pressão de que um submarino experimenta nas profundidades é igual ao peso da água acima dele., que é,aproximadamente, dado pela equação: P = pgh (1-1).

Em que P  é pressão, p é a densidade (nesse caso, é a da água),  g  é a aceleração causada pela gravidade na profundidade considerada e h é a altura da coluna de água acima do submarino (a profundidade). Como a água écapaz de ondular, a pressão é equilibrada, então é a mesma em todas as direções. A pressão horizontal é, por isso,igual à pressão vertical. (o eixo ao longo do qual a coluna imaginária de água poderia se bifurcar). Esta pressãoequilibrada é chamada de pressão hidrostática. Perto da superfície, as rochas se mostram de modo mais frágil, paraque suportem pressões desiguais. Se a pressão horizontal excede a vertical, as rochas podem responder se quebrando

ou se dobrando. Em maiores profundidades, contudo, a rochas se tornam dúcteis e capazes de ondeações. Como naágua, a pressão então se torna igual em todas as direções e são chamadas pressões hidrostáticas. A equação 1-1 serátambém aplicada, com p sendo a densidade de rochas superiores.

A relação entre pressão e profundidade é complicada, porque a densidade cresce com a profundidade àmedida que a rocha é comprimida. Também,  g  decresce à medida que a distância do centro da rocha diminui. Umaabordagem mais apurada seria utilizar uma forma diferencial da relação P-profundidade, completada comestimativas da variação em g  e  p e integrá-las acima da das taxas de profundidade. Todavia, as mudanças em  g  e adensidade de um tipo de rocha dada são relativamente menores na crosta e no manto superior e também tendem a secontrabalançar, logo, a Equação (1-1) deve suprir nossas necessidades. Só quando o tipo da rocha muda, como comMoho, seria necessário um valor diferente para  p. Para isso, basta apenas calcular a pressão para a base da crostausando uma média apropriada de densidade crostal e continuar com a profundidade usando uma densidade

representativa do manto.

Por exemplo, uma estimativa razoável da média de densidade da crosta continental é 2,8 g/cm3. Paracalcular a pressão na base de 35 km de crosta continental, precisamos somente substituir esses dados na Equação (1-1), tomando cuidado em manter as unidades uniformes.

P = 2800 kg . 9,8 m . 35.000 mm3  s2 

= 9,6 x 108 Kg/ (m s2)= 9,6 x 108 Pa = 1 GPa

Substitua unidades e constantes se necessário. Disso resulta um bom gradiente de pressão na crostacontinental de 1GPa/35 km, ou cerca de 0.03 GPa/Km, ou 30 MPa/Km. Por conta do (ascendente) arredondamento,

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o gradiente também é apropriado para a crosta oceânica. A densidade representativa para o manto superior é 3,35g/cm3, resultando num gradiente de pressão do manto de cerca de 35 MPa/km. Esses são números que valem a penalembrar, pois garantem uma boa forma de interpretar pressões nos diagramas de fase que virão. A Figura 1-8 mostraa variação na pressão a partir da temperatura, usando o Modelo de Referência Preliminar da Terra (MRPT) deDziewonski e Anderson (1981).

Figura 1-8 Variação da pressão com a profundidade. Segundo Dziewonski and Anderson (1981). Phys. Earth Planet. Int., 25,297-356. © Elsevier Science.

1.7.2 O Gradiente de Temperatura

Determinando o gradiente geotermal, a variação da temperatura com a profundidade é muito mais difícilque fazendo por pressão, assim como não há simples modelos físicos análogos à Equação (1-1). Há modelos,contudo, baseados em métodos de transferência de calor, que podem ser usados para conformar a medida de fluxos

de calor na superfície (ou em buracos “profundos” e em minas). Há duas fontes primárias de calor na Terra.

1. O calor desenvolvido precocemente na história da Terra a partir de processos de acreção e diferenciaçãogravitacional descritos na Seção 1.4 tem sido gradualmente liberado desde então. Isto configura um gradiente inicialde temperatura, uma vez que o planeta se solidificou e começou a esfriar. Algumas partições gravitacionaiscontinuadas de ferro no interior do núcleo podem contribuir para o calor também.

2. O calor gerado pelo declínio dos isótopos radioativos. Por razões que serão discutidas nos Capítulos 8 e 9, amaioria dos elementos radioativos está concentrada na crosta continental. A queda radioativa produz 30 a 50% docalor que alcança a superfície.

Uma vez gerado, o calor é transferido de áreas mais quentes para áreas mais frias por qualquer um dosquatros processos a seguir, dependendo da natureza do material envolvido na transferência.

1.  Se um material é suficientemente transparente ou translúcido, o calor pode ser transferido pela radiação.Radiação é o movimento de partículas/ondas, tais como luzes ou partes infravermelhas do espectro, ao longo deoutro meio. Esta é a principal forma pela qual uma luz perde calor, ou como a Terra perde o calor de sua superfície

 para o espaço. É também o modo por meio do qual recebemos energia quente do sol. O calor transferido pelaradiação não é possível no interior da Terra sólida, exceto, possivelmente, em grandes profundidades, onde osminerais silicáticos podem ser tornar quentes o bastante para perder um pouco da sua radiação infravermelha.

2. Se o material é opaco e rígido, o calor deve ser transferido através da condução. Isto envolve a transferência de

energia cinética (em sua maioria vibracional) de átomos mais quentes para átomos mais frios. A condução de calor érazoavelmente eficiente para os metais, em que os elétrons são livres para migrar. Por essa razão, você pode sequeimar se manipular uma barra de ferro. A condução é pobre para minerais silicáticos.

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3. Se o material é mais dúctil e pode ser movido, o calor pode ser levado muito mais eficientemente pela convecção. No sentido mais comum, convecção é o movimento de material devido a diferenças de densidade causadas porvariações termais ou de composição. Para os nossos propósitos, consideraremos o tipo de convecção que envolve aexpansão do material à medida que se aquece, seguido pelo crescimento do material devido ao seu ganho em leveza(flutuabilidade). Esta convecção explica por que a temperatura de uma vela acesa é mais quente acima do que aolado dela. O ar é aquecido, expande-se e se eleva, porque agora está mais leve do que o ar ao seu redor. O mesmo

 pode acontecer com rochas dúcteis ou líquidos. A convecção pode envolver fluxos em única direção, nos casos emque o material quente transportado se acumula no topo da porção dúctil do sistema (ou uma densidade atual maisfria se acumula na base). A convecção pode também ocorrer num movimento cíclico, tipicamente em uma célulafechada acima de uma dada fonte de calor. Em tais células de convecção, o material aquecido sobe e se movelateralmente assim que se resfria e é empurrado de lado pela matéria convectiva posterior. Assim que as porçõessuperiores do sistema se aquecem, o material empurrado para a margem se esfria e afunda em direção à fonte decalor onde se aqueceu e o ciclo continua.

4. A advecção é similar à convecção, mas envolve a transferência de calor com rochas que são de outra forma emmovimento. Por exemplo, se uma parte sólida do fundo é levantada pelo tectonismo, fluxos induzidos ou erosãoacontecem, o calor sobe fisicamente (apesar de passivamente) com as rochas.

A convecção pode funcionar bem no núcleo liquido e um pouco no fluido astenosférico do manto e podeser responsável pelas correntes de alta temperatura medidas nas margens meso-oceânicas. É também um método

 primário para a transferência de calor em sistemas hidrotermais acima dos corpos magmáticos ou dentro da crostaoceânica superior, onde a água é livre para circular acima do material rochoso quente. Além dessas áreas, porém, aconducção e a advecção são os únicos métodos de transferência de calor disponíveis.

Figura 1-9 Alcances estimados da oceânica (levantada) e continental (sólida) estado geotérmico estável numa profundidade de100 km (a base aproximada da litosfera), usando limites superiores e inferiores baseados nas correntes quentes medidas próximoà superfície. (Sclater et al.,1980).

A transferência de calor é um conceito muito importante em petrologia, pois controla o processo demetamorfismo, derretimento e cristalização, bem como as propriedades mecânicas dos materiais terrestres. Muitos

 processos petrológicos, do vulcanismo explosivo às correntes de lava e nivelamento plutônico, são grandementedependentes da manutenção de calor.

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A corrente quente é relativamente alta e novamente gerada em crostas oceânicas e áreas orogênicas, onde omagma está se soerguendo pela convecção e/ou advecção para rasas profundidades. Contudo, esta alta correntequente se estabelece num padrão de conductibilidade “estável” depois de cerca de 180 Ma na litosfera oceânica (forada margem) e depois a cerca de 800 Ma nos continentes (Sclater et al. 1980). Os modelos matemáticos são maiscomplexos que cuidadosos ao lidar com isso, mas são baseados em modelos conductivos feitos para medir osvalores da superfície próxima à corrente de calor. Considerando a concentração de elementos radioativos na crostacontinental, podemos esperar que o geotérmico continental seja maior que o geotérmico oceânico, mas os doisdevem convergir quando em grandes temperaturas no manto (abaixo das zonas de concentração de elementosradioativos). Estima-se que o estado-estável da corrente quente oriunda oscile de 25 a 38 mW/m2 abaixo do oceanoaté 21 a 34 m/Wm2 dentro do continente. A corrente quente é comumente medida em unidades de fluxo de calor(UFC), em que HFU = 41,84 m/W/m2.

Os estados geotérmicos estáveis (calculados por Sclater et al. 1980) são mostrados na Figura 1-9. Há umavariação para cada, baseada nas mais altas e mais baixas estimativas de correntes quentes. Note que o geotermal émaior para os continentes que para os oceanos, mas há algumas superposições entre os dois, resultantes da incertezana superfície próxima das variações dos fluxos de calor. As diferenças são restritas à crosta e ao manto superior e ascurvas oceânica e continental convergem por cerca de 150 a 200 Km. Os gradientes continuam íngremes de acordo

com a profundidade. Abaixo de, aproximadamente, 200 a 250 km de convecção do manto resulta uma adiabáticacorrente quente próxima (constante conteúdo de calor) e o gradiente geotermal é de aproximadamente 0,3º C/km(10ºC/GPa). O gradiente se torna proximamente vertical no núcleo metálico, onde a conductibilidade térmica e aconvecção (em porções líquidas pelo menos) aumenta.

O calor transferido é também importante quando consideramos o esfriamento de um corpo magmático. Ataxa a partir da qual um corpo esfria depende de algumas variáveis, incluindo o tamanho, forma e orientação docorpo; a existência de fluido ao redor para ajudar na transferência de calor convectivo e o tipo, temperatura inicial e

 permeabilidade das rochas do continente. Um exemplo de modelos de calor aplicados ao resfriamento do corpomagmático será discutido na Seção 21.3.1

1.8 Geração de Magma na Terra

Com este preâmbulo, podemos a seguir apresentar o problema da geração do magma. Petrogênese é um bom termo geral em petrologia ígnea para a geração do magma e dos vários métodos de sua diversificação que produzem rochas ígneas. Muitos magmas se originaram pela fusão do manto terrestre, mas apenas alguns mostramevidências de, pelo menos, um parcial componente crustal. Placas tectônicas desempenham o maior papel nageração de muitos tipos de magma, mas outros tipos parecem resultar mais de processos ocorridos em grandes

 profundidades no manto do que da influência direta das placas tectônicas. A Figura 1-10 é um sumário bem geraldos principais tipos de magma e de suas características geológicas. Estudaremos os processos e produtos em muitomais detalhes nos Capítulos 13 a 20.

Figura 1-10 Corte generalizado de seção, ilustrando a geração de magma e o afundamento da placa tectônica.

A atividade ígnea mais significativa ocorre em limites divergentes das placas. Delas, cordilheiras meso-oceânicas (local 1, Figura 1-10) são as mais comuns (Capítulo 13). Sob ela, o manto superficial sofre um parcialderretimento e o magma basáltico resultante soergue-se e cristaliza-se para produzir a crosta oceânica. Se um limite

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divergente é iniciado sob um continente (local 2), um processo similar acontece. O magmatismo resultante, particularmente nos primeiros estágios da fenda continental, é comumente alcalino e normalmente mostra evidênciasde contaminação pela espessura da crosta continental (Capítulo 19). Se a fenda continua a se desenvolver, a crostaoceânica será eventualmente criada será criado no vazio formado entre a separação dos fragmentos continentais. Oresultado será uma nova bacia oceânica de atividade ígnea similar à do local 1.

A placa oceânica criada na cordilheira meso-oceânica se move lateralmente e, eventualmente, é subduzidasob uma continental ou outra placa oceânica. A fusão também acontece nessas zonas de subducção. O número defontes possíveis de magma em zonas de subducção está longe de ser maior que nas fendas e pode incluir várioscomponentes de manto, crosta subduzida ou sedimentos subduzidos. Os tipos de magma produzidos são,correspondentemente, mais variáveis que nos limites divergentes, mas os andesitos são os mais comuns. Se a crostaoceânica é subduzida sob a crosta oceânica (local 3), um arco de ilha vulcânica se forma (Capítulo 16). Se a crostaoceânica é subduzida sob a margem continental (local 4), um arco continental se forma ao longo da margemcontinental “ativa” (Capítulo 17). O arco continental é geralmente mais rico em silício do que o arco oceânico. Tipos

 plutônicos são também mais comuns em arcos continentais, também por conta de o levantamento de magma para asuperfície se dar de forma insuficiente ao longo da crosta continental mais leve, ou em razão de o levantamento e aerosão serem maiores em continentes e exporem materiais mais profundos.

Um diferente e mais lento tipo de divergência de placa acontece atrás de arcos vulcânicos, associado àsubducção (local 5). Muitos geólogos acreditam que algum tipo de extensão do “arco posterior” é uma conseqüêncianatural da subducção, provavelmente criado pelo arrastamento friccional associado à subducção da placa. Tais“puxões para baixo” partem de correntes do manto superior, requerendo reposição de trás e de baixo. Omagmatismo do arco posterior é similar ao vulcanismo da cordilheira meso-oceânica. De fato, uma cordilheiratambém se forma aqui e a crosta oceânica é criada e espalhada lateralmente a partir dela. O alargamento do arco

 posterior, contudo, é mais lento, o vulcanismo é mais irregular e menos volumoso e a crosta criada é comumentemais fina que a dos oceanos. Há casos em que o levantamento ocorre atrás do arco continental e a porção vulcânicase separa do continente como um mar se forma à margem pelo alastramento do arco posterior. Acredita-se que tal

 processo foi o responsável pela separação do Japão da Ásia continental. Em outros tempos, tal processo pareceu ter

início e então misteriosamente cessou. O resultado pode ser apenas uma estrutura de graben, ou tipos basálticos de platô podem se formar a princípio pela interrupção da atividade.

Embora o magmatismo seja certamente concentrado nos limites entre as placas, alguma atividade ígneatambém ocorre dentro de ambas as placas, oceânica (local 6) e continental (local 7). Ilhas oceânicas como Havaí,Galápagos e Açores etc. são todas formadas por vulcanismo no interior de placas oceânicas. Os produtos sãofreqüentemente basálticos, mas comumente mais alcalinos do que basalto da cordilheira. A razão para este tipo deatividade ígnea é muito menos óbvia do que a que seria para a margem das placas, pois nosso paradigma de placatectônica é de pouco uso nesses regimes de meso-placa. A fonte do derretimento é também pouco clara, mas pareceser profunda, certamente bem dentro da astenosfera. Muitas dessas ocorrências exibem um padrão de atividadeígnea que se torna progressivamente recente em uma direção. A direção se relaciona bem com o movimento da

 placa sobre um “foco quente” estacionário ou manto “pluma”. A atividade intraplacas dentro das placas continentaisé muito mais variável que dentro dos oceanos (Capítulo 19). É variável em termos de composição, mas énormalmente alcalina e, muitas vezes, extremamente alcalina. Isto reflete a maior complexidade e heterogeneidadeda crosta continental, bem como do manto subcontinental. Algumas das rochas ígneas mais incomuns, comokimberlitos e carbonatos, ocorrem dentro de províncias continentais. O termo associação ígneo-tectônica se referea esses tipos gerais de ocorrência ígnea, como a cordilheira meso-oceânica, arco insular ou sistemasintracontinentais alcalinos. Apresentaremos estas associações nos últimos capítulos da seção ígnea. 

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Capítulo 2

Classificação e Nomenclatura de Rochas Ígneas

2.1 Introdução

Este capítulo se propõe a assistir o estudante em práticas laboratoriais com amostras de mão e identificaçãoem seção fina. O método preferido para classificação de qualquer tipo de rocha, ígnea, sedimentar ou metamórficaestá baseado na textura e na composição (usualmente composição mineralógica). Critérios texturais são comumenteconsiderados primeiro e as texturas fornecem, a melhor evidência para origem da rocha, permitindo suaclassificação nas mais amplas categorias genéticas. O primeiro passo, para a descrição de rocha ígnea deve serdeterminar se as rochas se enquadram numa das três categorias:

Fanerítica. Os cristais que compõem a rocha são prontamente visíveis a olho nu.

Afanítica Os cristais, às vezes nem um sequer, são muito pequenos para serem vistos a olho nu.

Fragmentada. A rocha é composta de pedaços de material ígneo desagregado, depositado e depois conglomerado.

Os próprios fragmentos podem incluir pedaços de rochas pré-existentes (predominantemente ígneas), cristaisfragmentados ou vidro.

Se a rocha exibe textura fanerítica, é cristalizada lentamente sob da superfície da Terra e é chamadaplutônica ou intrusiva. Se é afanítica, cristaliza-se rapidamente na superfície terrestre e é chamada vulcânica ouextrusiva. Rochas fragmentadas são coletivamente chamadas piroclásticas. Algumas rochas classificadas comofaneríticas e afaníticas são relativamente equigranulares (com grãos de tamanho uniforme), enquanto outras exibemuma variedade de tamanho, pois diferentes minerais podem apresentar índices de crescimento diferenciados. Otamanho do grão geralmente varia a partir de um índice modesto e um tanto gradualmente. Se, por outro lado, atextura apresenta dois tamanhos dominantes que variam por quantidade, a textura é chamada porfirítica. Os grandescristais, chamados fenocristais, se formaram inicialmente durante um período de lento esfriamento. Os cristais finossão denominados de massa sólida. A classificação de tais rochas como plutônicas ou vulcânicas se baseia notamanho dos grãos da massa sólida. Como o tamanho dos grãos é, geralmente, determinado pela taxa decrescimento, rochas porfiríticas comumente resultam quando o magma passa por duas fases distintas de esfriamento.Esta é a divisão mais comum, embora não limitada às vulcânicas, nas quais os fenocristais se formam com o lentoresfriamento da câmara magmática e a massa sólida mais fina se forma acima da erupção.

2.2 Termos Composicionais

Quase todas as rochas ígneas são compostas principalmente de minerais silicáticos, aqueles normalmenteincluídos na Série de Bowen: quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino, muscovita, biotita, hornblenda, piroxênio eolivina. Esses quatro primeiros (e alguns feldspatóides presentes) são minerais félsicos (feldspato + sílica) e osquatro últimos são máficos (magnésio + ferro férrico). Geralmente, o caráter félsico diz respeito à luz colorida dossilicatos, enquanto o caráter máfico se refere aos mais escuros. Em adição a esses principais minerais, pode haveralguns minerais acessórios, presentes em quantidades bem pequenas, freqüentemente constituídos de apatita, zircão,epidoto, um óxido ou sulfeto, ou um produto de alteração silicática, como a clorita.

A composição das rochas ígneas pode ser descrita de diversas formas. Muitos geólogos concordam que omelhor caminho para determinar a composição básica para a classificação é usar o conteúdo mineral exato, comoaqui será descrito brevemente. Algumas descrições gerais, entretanto, não significam o nome específico das rochas,

mas enfatizam alguns aspectos constituintes da rocha. Infelizmente, muitos desses termos, apesar de são similares,não têm parâmetros de composição equivalentes, resultando, às vezes, em confusão. Por exemplo, os termos nos

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 parágrafos anteriores são comumente aplicados não somente para minerais, mas também para as rochas que elascompõem. Félsico, então, descreve uma rocha composta predominantemente por minerais félsicos, enquanto máfico descreve uma rocha com bem mais minerais máficos. A condição ultramáfica se refere à rocha composta de maisde 90% de minerais máficos. Termos similares, mas não equivalentes são leucocráticas, significando uma rochalevemente colorida. Os dois primeiros termos são baseados na composição mineral, enquanto as últimas são

 baseadas na cor da rocha, mas a relação entre esses dois parâmetros é óbvia. Rochas compostas principalmente deminerais levemente coloridos (félsicos) certamente serão, elas próprias, levemente coloridas (leucocráticas). Cor,

 porém, não é uma medida muito confiável para composição de uma rocha. Assim, termos como máfica, que estádefinida pela cor, ainda têm claras conotações químicas e podem ser confusos. Por exemplo, quando um

 plagioclásio se torna mais calcítico que cerca de An50, é mais comum que seja cinza escuro ou até preto. Quartzoesfumaçado é completamente escuro. Estes minerais devem ser considerados máficos? A maioria dos geólogosresistiria a isso, assim como raízes mnemônicas de condições félsicas e máficas se referem à composição química,embora a cor possa ter substituído a composição como a apresentação mais comum. Uma rocha composta de 90%de feldspato escuro pode, assim, ser considerada tanto félsica como melanocrática. A cor de uma rocha tem sidoquantificada por um valor conhecido como índice de cor, que é simplesmente o volume percentual de mineraisescuros.

Termos puramente químicos, tais como siliciana, magnesiana, alcalina ou alumínica etc. que se referem,respectivamente aos SiO2, MgO, (Na2O + K 2O) e Al2O3  contidos na rocha podem também ser usados,

 particularmente, quando o índice de algum componente particular é incomumente alto. O conteúdo sílico contido éde primeira importância e o termo ácido é sinônimo de silícico. Embora baseado no conceito superado de que oácido silícico é a forma da sílica em solução, mesmo em derretimentos, o termo ainda é usado. O oposto de ácido ébásico e o espectro de sílica contido em rochas ígneas tem sido dividido como mostra:

Ácido > 66 wt % SiO2 

Intermediário 52-66 wt % SiO2 

Básico 42 -52 % wt SiO2 

Ultrabásico < 45 wt % SiO2

Como a diferença entre “ácido” e “básico” não é precisa, muitos petrólogos consideram estes termosultrapassados, enquanto outros os consideram úteis. Naturalmente, rochas básicas são também máficas, logo,

 pudemos ver algumas das complexidades descartáveis envolvidas no simples processo de descrever as propriedadesde composição mais gerais das rochas ígneas.

Um problema ainda resulta quando tentamos definir a composição de um derretimento. Como, porexemplo, podemos denominar o magma que, quando cristalizado, torna-se um basalto? Como há poucos, ou quasenenhum, minerais no derretimento, os termos  félsico  e máfico,  baseados em mineral, são tecnicamenteinapropriados. Cor, como mencionado acima, é uma medida de composição não confiável, notoriamente insuficiente

 para magmas e vidros, bem como a ocorrência comum da obsidiana preta, que é sílica pura, podemos dizer.  Básico se aplicaria e é aqui que o termo pode ser melhor usado.

Muitos geólogos norte-americanos consideram que os termos máfico e félsico se apropriam dos termos decomposição e preferem nomeá-los como magma escuro máfico, em vez de básico, que eles consideram ultrapassado.Geólogos ingleses preferem os termos básico  e ácido  para se referirem ao magma, pois eles se baseiamapropriadamente na composição e não na mineralogia. Outros escapam completamente do problema, nomeando omagma depois da rocha equivalente. A literatura é, assim, cheia de descrições de “magmas basálticos”, “magmasmáficos” e “magmas básicos”. Como um norte-americano prático, tendo a usar o termo “máfico” tanto para magmascomo para rochas. Encontraremos alguns outros termos químicos descritivos úteis na classificação de derretimentosde rochas ígneas no Capítulo 8.

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2.3 Classificação da IUGS

Ao longo do tempo, alguns esquemas de classificação têm sido aplicados às rochas ígneas, resultando numexcesso de termos que, ora se sobrepunham, ora eram equivalentes (veja a Tabela 2-1 no fim do Capítulo como umalista parcial). Nos anos 60 e 70, a União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) formou uma Subcomissão deSistematização de Rochas Ígneas, para tentar desenvolver um padronizado e aplicável sistema de nomenclatura derochas ígneas.

2.3.1 Calculando e Plotando

O Sistema IUGS requer que determinemos três componentes minerais e ponhamos as porcentagensdaqueles componentes em um diagrama triangular, para determinar seu nome apropriado. A Figura 2 -1 mostra comoos diagramas triangulares são usados.

 Na Figura 2-1, os três componentes são denominados X, Y e Z. A porcentagem de X (no vértice superior) ézero ao longo da base Y-Z e cresce progressivamente até 100% no vértice X. Qualquer linha horizontal representa

uma variação na razão Y/Z em relação aos valores constantes de X. Tais linhas (ao aumento de 10% de X) estãosendo mostradas no diagrama da esquerda. Da mesma forma, linhas constantes de Y e Z estão sendo acrescentadas.Estas linhas podem ser usadas com papéis graduados para marcar um ponto num diagrama triangular, mas poucasdelas foram classificadas. Para marcar um ponto no diagrama triangular usando valores particulares de X, Y e Z,elas devem totalizar 100%. Em caso negativo, elas devem ser normalizadas  para 100%. Isto é conseguidomultiplicando-se cada uma por 100 /(X + Y + Z). Por exemplo, o ponto A tem os componentes X = 9,0, Y = 2,6, Z =1,3. Podemos normalizar estes valores para 100, multiplicando 100/(9,0 + 2,6 + 1,3) = 7,75. Isto resulta nos valoresnormalizados: X = 70%, Y = 20% e Z = 10%. Se contarmos 7 linhas da base Y-Z, teremos uma linha representandouma constante de 70% X. Contando a próxima linha da base X-Y em direção a Z, teremos uma linha representando10% Z. Sua intersecção (ponto A) é também intersectada pela linha que representa 20% Y, porque a soma deve ser100%.

Figura 2-1. (a) Metodo para plotar um ponto no diagrama triangular: 70% X, 20% Y e 10% Z.. (b) Metodo para plotar o pnto Acom os componentes: 70% X, 20% Y, and 10% Z em um diagrama triangular. An Introduction to Igneous and MetamorphicPetrology, John Winter, Prentice Hall.

Se as linhas de grade apropriadas estão disponíveis, esta técnica é simples e direta, porém, nos diagramasdas Figuras 2-2 e 2-3, as linhas não são fornecidas. Para eles, então, um método alternativo é usado para localizar o

 ponto A, como se mostra no diagrama da direita da Figura 2-1. Como Y = 20% e Z = 10%, a razão 100Y/(Y + Z) =2000/30 = 67, se mudarmos 67% do caminho ao longo da base Y-Z de Z em direção a Y, temos um ponto com a

razão correta Y/Z do nosso ponto A.. Qualquer ponto ao longo de uma linha a partir desse ponto para o vértice Xterá a mesma razão Y/Z. Se fizermos ao longo de tal linha para a posição 70% X, podemos pôr o ponto A na mesma

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 posição que a do diagrama à esquerda. Embora esse método não seja tão direto para localizar um ponto comexatidão, ele rapidamente determina o campo no qual um ponto fica nas figuras que se seguem.

Para classificar uma rocha usando o sistema IUGS, pode-se usar os seguintes procedimentos:

1. Determinar o grau (a porcentagem de cada mineral presente, baseada no volume). O grau é estimado na base daárea cumulativa de cada tipo de mineral, como visto na superfície de uma espécie de mão ou numa seção fina sob omicroscópio. Uma determinação mais apurada é desempenhada pela “contagem de ponto” numa fina seção. Acontagem de ponto envolve um aparato mecânico que move a seção ao longo de duas grades dimensionais nomicroscópio petrográfico. Com cada variação, o mineral sob a lente microscópica é identificado e contado. Quandomuitas centenas de pontos são contadas, o valor para cada mineral é somado e os totais são normalizados para 100%

 para determinar o grau. Todos esses métodos determinam áreas relativas de minerais, mas estas devem corresponderdiretamente ao volume em muitos casos.

2. A partir do grau, determina-se a porcentagem de volume de cada item a seguir:

´Q = % quartzo

´P = % plagioclásio (An5  –  An100). A restrição de composição serve para evitar confundir a natureza de albitas quase

 puras, que devem ser consideradas feldspatos alcalinos.

Á = % feldspato alcalino

´F = % total de feldspatóides

´M = % total de máficas e de acessórios

3. A maioria das rochas ígneas que se encontra na superfície da Terra tem pelo menos 10 % ´Q + Á + ´P + ou ´F +´A + ´P. Como o quartzo não é compatível com os feldspatóides, eles nunca ocorrerão em equilíbrio juntos numamesma rocha. Se uma rocha, para ser classificada, deve ter pelo menos 10% desses elementos,   ignoramos M  e

normalizamos mantendo 3 parâmetros para 100% (mais uma vez multiplicando 100/ (´Q + ´P + Á) (ou 100/(´F +´P+ Á). Disso, temos Q = 100´Q/(´Q + ´P + Á) e o mesmo para P, A e F (se necessário), que soma 100%. Pode parecerestranho ignorar M, mas é este o procedimento. Como resultado, uma rocha com 85% de minerais máficos pode tero mesmo nome de uma rocha com 3% de máficos, se a razão de P:A:Q é a mesma.

4. Determinar se a rocha é fanerítica (plutônica) ou afanítica (vulcânica). Se for fanerítica, proceder à Figura 2-2. Sefor afanítica, usar a Figura 2-3.

5. Para determinar a qual campo a rocha pertence, primeiro defina a razão 100/(P + A). Selecione um ponto na linhahorizontal P-A (cruzando o centro do diamante) na Figura 2-2a (ou 2-3) que corresponda a esta razão. Em seguida,meça uma distância correspondendo a Q ou F em direção ao próximo vértice. Como quartzo e feldspato não podem

coexistir, não deve haver ambigüidade em cada metade triangular do diagrama selecionado. O ponto resultanterepresenta a razão Q:A:P ou F:A:P e deve cair dentro de um dos subcampos delimitados, que indicam o nome darocha.

6. Se a rocha é fanerítica e Q + A + P < 10, veja a seção 2.3.4.

2.3.2 Rochas Faneríticas

Vamos tentar um exemplo. Examinando uma rocha fanerítica, determinamos que ela deva seguir o seguintegrau: 18% de quartzo, 32% de plagioclásio, 27% de ortoclásio, 12% de biotita, 8% de hornblenda, 3% de opacos eoutros elementos. Disso, temos ´Q = 18, ´P = 32 e Á = 27, então multiplicamos cada por 100/77 para ter os valores

normalizados Q = 23, P =42 e A = 35, que agora somam 100. Como os minerais félsicos totalizam mais de 10%, aFigura 2-2a é a apropriada. Para determinar em que campo a rocha fica, devemos calcular 100P/(P + A) que é

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100(42/42 + 35)) = 55. Contando pelo eixo P-A de A em direção a P na figura 2-2a, concluímos que ela fica entre aslinhas 35 e 65. Então, subimos diretamente ao ponto Q. Como 23 cai entre 20 e 60, o nome apropriado para estarocha é “granito”. 

Uma rocha com 9% de nefelina, 70% de ortoclásio e 2% de plagioclásio, com o restante máficos eacessórios poderia ser uma “sienito nefelino”. Tente você mesmo calcular. O termo “óide” é um termo geral paraqualquer feldspatóide. Não use o termo “óide” num nome de rocha. Em vez disso, substitua você mesmo o nomedo atual felspatóide. O mesmo se aplica a todos os “feldspatos alcalinos” em campos para granitos feldspáticosalcalinos e sienitos alcalinos feldspáticos. Use o nome feldspato verdadeiro se você determiná- lo como um “granitoortoclásio”. 

Para rochas que caem perto de P, surge um problema. Três tipos de rocha relativamente comuns ficamtodas próximas dessa área: gabro, diorito e anortosito e não podem ser distinguidos baseando-se em proporçõesQAPF apenas. Anortosito tem mais de 90% de plagioclásios em grau subnormalizado e, por isso, é facilmentediferenciável. Diorito e gabro, porém, ficam na mesma área(s) e devem ser discriminados baseando-se em outroscritérios que não as razões QAPF. Irreversivelmente, eles se diferenciam baseados em dois parâmetros distintos. Emamostras de mão, gabro é definido como tendo mais de 35% de minerais máficos em um grau (normalmente um

 piroxênio ou olivina), enquanto dioritos têm menos de 35% máficos (comumente hornblenda, mas possivelmenteum piroxênio).

Em seção fina, por outro lado, eles se diferenciam pela composição plagioclásio, que pode ser determinada pelas propriedades ópticas. O plagioclásio em gabro é mais rico em anortito que An50, enquanto um conteúdo de plagioclásio em diorito é menor que em An50. Claro, onde quer que haja mais de um critério, uma rocha seria umgabro por um e um diorito por outro. Quando há confusão, a IUGS recomenda que a composição plagioclásio tenha

 prioridade. Mais complicações podem surgir do plagioclásio localizado composicionalmente (Seção 3.1.3). Talvez ométodo mais comum usado para distinguir um gabro de um diorito em amostra de mão seja baseado no índice de cor(% de minerais escuros). Como antes mencionado, o plagioclásio mais cálcico que An50  normalmente é preto,enquanto os sódicos são mais brancos. Os gabros são comumente pretos e os dioritos freqüentemente tem uma

aparência de pimenta murcha. Este método não é recomendável pela IUGS. Como já dito, o índice de cor está longede ser confiável, logo, a melhor técnica para uma primeira aproximação é o campo.

2.3.3 Modificando Termos

É aceitável, sob o sistema IUGS, incluir dados mineralógicos, químicos ou texturais no nome de uma rocha.A meta aqui é incluir algumas informações descritivas que você considera importantes o bastante para pôr no nome.Isto é matéria de julgamento e é flexível. Se a rocha é, incomumente, levemente colorida para a sua categoria, você

 pode querer adicionar o prefixo “leuco-“, como em “leuco-granito”. Se for incomumente escura, adicione o prefixo“mela-“, como em “mela-granito”. Isto ajudaria a distinguir 85% de máficas vs. 3% de rochas máficas mencionadas

no item 3 anterior. Você pode também usar termos texturais (veja o Capítulo 3), como “granito porfirítico”, “gr anitovermelho” etc. Ao nomear uma rocha,  sempre tente encontrar o nome correto a partir do diagrama IUGS.

 Nomes como “pegmatito”, “aplito” ou “tufo” são incompletos. Em vez de usar esses termos texturais paramodificar o nome da rocha, como em “granito ortoclásico pegmatítico”, “granito aplítico”, ou “tufo riolito”. Se vocêquer transmitir algumas informações mineralógicas importantes, elas também podem ser adicionadas ao nome.

 Naturalmente, quartzo, plagioclásio e feldspato alcalino já estão implícitos no nome, então fica redundantemencioná-los especificamente. Entretanto, você pode querer descrever uma rocha como um ”granito anfibóliomonoclínico” ou um “granito muscovítico biotitítico”. Se mais de um mineral é incluído, eles são listados a fim deaumentar   o grau de concentração. No exemplo anterior, deveria haver mais biotita que muscovita na rocha. Àsvezes, pode ser desejável não acrescentar uma modificação química, como uma alcalina, calco-alcalina, aluminosaetc. Um exemplo comum é o uso do prefixo “alcali-“. Grandes quantidades alcalinas podem estabilizar um alcalinoanfibólio, ou um piroxênio alcalino. Usualmente, não pensamos em granitos piroxênicos, mas alguns “granitosalcalinos” podem, de fato, conter um piroxênio rico em sódio. Como veremos no Capítulo 8, algumas características

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químicas se manifestam ao longo de séries inteiras de magmas co-genéticos em algumas rochas ígneas provinciais.Os termos químicos são, então, mais comumente aplicados a “suítes” de rochas ígneas (um grupo de rochas qu e sãogeneticamente modificadas).

2.3.4 Rochas Máficas e Ultramáficas

Rochas gabróicas (plagioclásicas + máficas) e rochas ultramáficas (mais de 90% máficas) são classificadasusando diagramas separados (Figura 2-2b e c, respectivamente). Com essa classificação, o subcomitê da IUGSencontrou um delicado equilíbrio entre as tendências para divisão e aglomeração. O mesmo é verdade para nós.Enquanto a IUGS deve servir à comunidade profissional e guiar a terminologia para a comunicação profissional,devemos encontrar uma classificação mais adequada para o uso mais comum em laboratórios de petrologia.

A Figura 2-2b para rochas gabróicas é simplificada da recomendação de IUGS. Quando é possíveldistinguir piroxênios em um gabro, há uma terminologia mais específica (por exemplo, um gabro ortopiroxênico échamado “norito”). A Figura 2-2c é mais credível para as recomendações da IUGS. Em trabalhos com amostras demão, pode ser difícil de distinguir orto de clinopiroxênios em rochas ígneas negras. Por isso, os termos “peridotito”

e “pyroxenito” são comumente usados para ultramáficas, pois são independentes do tipo de piroxênio. Quando adistinção pode ser feita, os termos mais específicos da Figura 2-2c são os preferidos. A presença de mais de 5% dehornblenda complica a nomenclatura para rochas máficas e ultramáficas. Acredito que a distinção da IUGS entre“olivina- piroxênio hornblendito”, uma “olivina-hornblenda piroxênito “ e um ”piroxênio hornblenda peridotito”acrescenta mais detalhes que o necessário nesse ponto. O estudante precisa completar a classificação de IUGS(Streckeisen, 1967, 1974; LeMaitre, 1989) para nomes adequados, se isso for importante para fazer distinções maisdetalhadas na nomenclatura.

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Figura 2-2. Uma classificação de Rochas Ígneas. (a) rochas faneríticas com mais que 10% (quartzo + feldspato + feldspatóides).(b) rochas gabróicas. (c) rochas ultramáficas segundo IUGS (veja referências no final do capítulo).

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Termos da Figura 2.2

a) A rocha deve conter um total no mínimo 10% dos minerais:

Q –  quartzo

A –   feldspato alcalinoP –   plagioclásioF –  um feldspatóideQue são então normalizados para 100%

Quartzolite –  quartzitoQuartz-rich Granitoid –  granitóide rico em quartzoAlkali feldspar granite –  granito com feldspato alcalinoGranite –  granitoGranodiorite –  granodioritoTonalite –  tonalitoAlkali Fs. Quartz Syenite –  sienito quartzo alcalino félsico

Quartz Syenite –  sienito quartzoQuartz Monzonite –  monzonito quartzoQuartz Monzodiorite –  monzodiorito quartzoQtz. Diorite –  diorito quartzoAlkali Fs. Syenite –  sienito félsico alcalinoSyenite –  sienitoMonzonite –  monzonitoMonzodiorite –  monzodioritoQtz. Gabbro –  gabro quartzoDiorite/Gabbro/Anorthosite  –  diorito/ gabro/anortosito(Foid) –  bearing Syenite –  feldspatóide carregando sienito

(Foid) –  bearing- Monzonite –   feldspatóide carregando monzonito(Foid) –  bearing Monzodiorite –  feldspatóide carregando monzodiorito(Foid) –  bearing Diorie/Gabbro –  feldspatóide carregando diorito/gabro(Foid) –  Monzosyenite –  feldspatóide monzosienito(Foid) –  Monzodiorite –  feldspatóides monzodiorito(Foid) –  Gabbro –  feldspatóide gabro(Foid) –   olites  –  feldspatóideTroctolite –  troctolitoPlagiocase –  bearing ultramafic rocks –  plagioclásio levando rochas ultramáficasPyroxene –  piroxênioPlagiocase –  plagioclásioOlovine –  olivinaDunite –  dunitoHarzburgite –  peridotito piroxênico a hiperstenoLherzolite –  peridotito piroxênicoWehrlite –   peridotito piroxênico rico em magnetitaPeridotites –  peridotitoOlivine orthopyroxenite –  ortopiroxenito olivinaOrthopyroxenite –  ortopiroxenitoOlivine Websterite –   piroxênito olivinaOlivine clinopyroxenite –  clinopiroxênito olivinaPyroxenites –  piroxênitoWebsterite- piroxênito

WClinopyroxenite –  clinopiroxênitoClinopyroxene –  clinopiroxênio

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2.4 Rochas Afaníticas

Rochas vulcânicas são tratadas como as plutônicas na classificação original da IUGS. Quando se determinao grau, normaliza-se para achar P, A e Q ou F e produz-se o resultado na Figura 2-3, de modo idêntico ao descrito naFigura 2-2. Como o grau é comumente difícil de determinar cuidadosamente para vulcânicas, a Figura 2-3 é umasimplificação modificada de diagramas mais detalhados publicados pela IUGS (Streckeisen, 1979). A matriz demuitas vulcânicas é composta de minerais de veios extremamente finos e pode até ter proporções consideráveis devítreos ou materiais amorfos. Por isso, é normalmente impossível, mesmo em seções finas, determinar o grau derepresentatividade mineralógica. Se é impossível reconhecer a mineralogia da matriz, o grau deve ser baseado emfenocristais. IUGS recomenda que rochas assim identificadas sejam chamadas fenótipas e tenham o prefixo “feno-“inserido antes do nome (e.g. “feno-latito”). Como logo veremos, minerais se cristalizam do derretimento numaseqüência (como indicada, mas não restrita à série de Bowen), então os primeiros minerais a cristalizar, nãonecessariamente, representam a mineralogia das rochas como um todo. Se baseada nos fenocristais, a posição darocha na Figura 2-3 será disposta na direção da fase inicial e usualmente errônea para a rocha como um todo.

Figura 2-3 Uma classificação e nomenclatura de rochas vulcânicas. Segundo IUGS.

Termos da Figura 2-3.Ryolite –   riolitoDacite –  dacitoTrachyte –  tracitoLatite –  latitoAndesite/Basalt –  andesito/basalto(Foid)- bearing Trachyte  –  feldspatóide carregando tracito(Foid)- bearing Latite  –  feldspatóide carregando latito(Foid)- bearing Andesite/Basalt  –   feldspatóide carregando andesito/basaltoPhonolite –  fonolitoTephrite –  tefrito(Foid) –  ites –  feldspatóides

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 Novamente rochas que aparecem perto de P na Figura 2-3 apresentam um problema na classificaçãovulcânica, assim como as plutônicas. Não se pode distinguir andesito de basalto usando a Figura 2-3. IUGSrecomenda uma distinção baseada no índice de cor ou no conteúdo de sílica (veja abaixo) e não na composição

 plagioclásica. Um andesito é definido como uma rocha rica em plagioclásio com um índice de cor abaixo de 35% oumaior de 52% de SiO2. Basalto tem um índice de cor maior de 35% e tem menos 52% de SiO 2. Muitos andesitosdefinidos pelo índice de cor ou quantidade de sílica têm plagioclásios de composição An

65 ou mais.

O jeito mais seguro de evitar o problema de matriz discutido acima é analisar a rocha vulcânicaquimicamente e usar um esquema de classificação baseado nos resultados analíticos (como está implícito usando %SiO2) na distinção de IUGS entre andesito e basalto antes discutida. IUGS tem, conseqüentemente, recomendadouma classificação de vulcânicas baseada num diagrama simples, comparando o total alcalino com sílica (Le Bas etal.,1986). O diagrama (Figura 2-4) requer uma análise química e é dividido em 15 campos. Para utilizá-lo,normalizamos a análise química de uma vulcânica para 100% de base não volátil e adicionamos Na2O + K 2O e

 pomos contra SiO2. Os resultados são geralmente consistentes em relação ao diagrama QAPF quando um bom grauestá disponível.

O diagrama mostrado nas Figuras 2-2 a 2-4 deve lhe fornecer os nomes das rochas ígneas mais comuns,mas alguns tipos importantes de rochas classificadas por IUGS não estão incluídos nas figuras. Por agora, a

classificação mostrada não cobre todos as hipocristalinas (intrusivas rasas), rochas como diabásios (ou dolerito naInglaterra), nem abrange os tipos menos comuns como carbonatitos (carbonatos ígneos), lamproítos/lamprofiros (altamente alcalinos, máficas ricas em correntes de volatilidade/rochas-dique), espilitos (basaltos sódicos) ou lava

 basáltica (vulcânicos sódicos intermediários) etc.

Figura 2-4. Uma classificaçào quimica de rochas igneas vulcanicas baseada em total de alcalis vs. silica. Segundo Le Bas et al .(1986) J. Petrol., 27, 745-750. Oxford University Press

Termos da Figura 2-4

Tephriphonolite –  tefrifonolitoTephrite Basanite –  basanito tefritoPicrobasalt  –  picrobasaltoTrachybasalt –  traquibasaltoBasaltictrachyandesitic –  basalto traquiandesitoTrachy  –   andesite  –  traqui andesitoTrachyte Trachydacite  –  traquito traquidacitoUltrabasic  –  ultrabásicaBasic  –  básicaIntermediate  –  intermediáriaAcidic –   ácidaWt% SiO2  –  porcentagem em sílica

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Rochas altamente alcalinas, particularmente aquelas de origem continental, são variadas, mineralógica equimicamente. A composição das rochas altamente alcalinas alcança altas concentrações de muitos elementos só

 presentes em quantidades residuais em rochas ígneas mais comuns. A grande variedade resulta numa nomenclaturasimilarmente complexa. Embora essas rochas alcalinas contenham menos de 1% de rochas ígneas, a metade dos seusnomes formais se aplica a elas. Tal nomenclatura intrincada está longe do escopo deste Capítulo. O capítulo 19lidará com muitos dos mais comuns ou interessantes tipos de rochas alcalinas.

Tentei evitar os detalhes enfadonhos que uma classificação abrangente requer, proporcionando um útilequilíbrio entre aprofundamento e prática. A Tabela 2-1 lista um espectro bem mais geral de nomes de rochas ígneasque podem ser encontradas na literatura. Aquelas em negrito são recomendadas pela IUGS e podem também serencontradas nas Figuras 2-2 a 2-4 ou nas publicações referenciadas pela IUGS. Os outros termos não sãorecomendados pela IUGS, sendo muito coloquiais, muito restritivos, inadequados ou obsoletos. Tentei fornecer umadefinição bem resumida de cada termo, incluindo os termos aprovados pela IUGS que mais deles se aproximam.Contudo, é impossível fazê-lo com precisão, pois raramente critérios químicos, mineralógicos e/ou texturaiscoincidem perfeitamente. A Tabela 2-1 pretende lhe dar uma rápida referência para os termos de rocha que você

 pode encontrar na literatura e não contém definições rigorosas de cada. Mais tarde, você pode consultar o Glossário

 AGI   ou LeMaitre (1989). Para o bem da brevidade, incluí apenas os termos básicos do IUGS, como  granito,andesito ou traquito, não entrando termos como granito-alcalino-feldspato ou andesito-traquito-basáltico.

Tabela 2-1 Nomes comuns de rochas com recomendação dos termos da IUGS

Nome Significado Aproximado

Adaquito: andesito rico em magnésioAdamelito: monzonito quartzoAlasquito: leuco(feldspato alcalino) granito

Alnoito: melilito lamproítoAlveíto: média de grãos finos calcita carbonáticaAnkaramito: basalto olivinaAnortositoAplito: granitóide com fina textura tipo sacarinaBasaltoBasanito: olivina tefritoBerfosito: dolomita carbonáticaBenmoreíto: tracitoBonitito: andesito rico em magnésioCamptonito: lamproíto hornblenda

Cancalito: piroxenólitoCarbonatito: maior que 50% de carbonatoCedricito: diopsídio, leucito lamproítoCharnoquito: granito quartzicoComenditoriolito: peralcalinoCortlandito: piroxênio-olivina-hornblenditoDiabásio e dolerito: grau médio basalto/gabroDunitoEnderbito: tonalito hiperstenoEssexito: nefelino monzo-gabro/dioritoFelsito:granitóide microcristalino

Fenito: rochas metassomáticas ricas em feldspato alcalino associado com carbonatitosFergusito: feldspatóide pseudolusitoFitzroito: leucito lamproíto

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Forchito: lamproíto máfico analcimaFortunito: lamproíto vítreo olivinaFoiaito: sienito nefelinoGlimerito: ultramáfica rica em biotitaGranitóide: rocha félsica plutônica (como o granito)Granofiro: granito porfirítico com textura granofíricaGranizito: nefelinito fonolíticoGrenaíto: sienito nefelinoHarisito: troctolitoHavaiito; traquibasalto sódicoHornblendito: rocha ultramáfica com mais de 90% de hornblendaHyaloclastito: rocha piroclástica = fragmentos angulares de vidroIcelandito: pobre em Al, andesito rico em FeIgnimbrito: aplicado para vulcânicos tufosIjolito: clinopiroxênio nefelenitoItalito: vidro contendo leucititolitoJacupirangito: piroxênito alcalino

Jetunito: monzonorito hiperstenoJumilito: lamproito olivina madupicoKalsilitito: kalsilito rico em vulcânicas máficasKamfugito: termo coletivo para o grupo KA tungito, MA Furito-uganditoKatungito: olivina rica em KmelilititoKeratofiro: vulcânica félsica albitizadaKersantito: biotita-plag.lamproítoKimberlito:ultramáfica rica em voláteisKomatiito: vulcânica ultramáfica (geralmente arqueano)Kugdito: melilitolito olivinaLadogalito: sienito máfico com feldspato alcalino

Lamproíto:um grupo de K-Mg –  ricos em rochas vulcânicas voláteisLamprofiro: um diverso grupo de escuras, porfiríticas, máficas a ultramáficas, rochas hipoabissais ricas em KLarvikito: sienito augito monzonitoLatitoLeucitito: rocha vulcânica vizinha a todos leucitosLherzolitoLimburgito: vulcânica = piroxênio + olivina + opacos na grande massa de vidroLiparito: riolitoLuxulianito: granito porfirítico com turmalinaMadupito: lamproíto com flogopito poiquilítico na grande massaMafurito: vulcânica ultramáfica alcalina

Malchito: lamprofiroMalignito:augito aegirino sienito nefelinoMamilito: lamproíto leucito riteritoMangerito: monzonito hiperstenoMarianito: andesito rico em MgMarienbergito: natrolito fonolitoMasafuerito: basalto pícritoMeimechito: vulcânica ultramáficaMelilitito:melilito clinopiroxênico vulcânico ultramáficoMelilitolito: melilitito plutônicoMelteigito: ijolito máfico

Miagito: gabro orbicularMiaskiyo: biotita félsica, monzosienito nefelinoMinito: lamprofiro biotítico

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Missourito: feldspatóide máfico típico do leucitoMonchiquito: lamprofiro com feldspato livreMonzonitoMonzonorito: ortoclásio contendo gabro hiperstenoMugearito: traquiandesito sódico máfico

 Natrocarbonatito: raro sódio em carbonatito vulcânico Nelsonito: ilmenita apatita em rocha (dique) Nefelinito: basalto contendo nefelina Nefilinolito: nefelinito plutônico(um foidito) Nordmarkito: sienito quartzo contendo quartzo e feldspato alcalino Norito: gabro ortopiroxênioObsidiana: vidro vulcânico (tipicamente sílica)Oceanito: picritoOdinito: lamprofiroOpdalito: granodiorito hiperstenoOrbito: lamprofiroOrendito: lamproíto di-sanidino

Orvietito:vulcânica próxima ao fonolito tefri-fonotefrito bordaOachitito: lamprofiro ultramáficoPamelenito: riolito peralcalinoPegmatito: grãos muito grandes em rochas ígneasPeridotitoPerlito: vidro vulcânico que exibe fina quebra concêntricaFonolitoFono-tefritoPicrito: basalto rico em olivinaPicrobasaltoPedra piche: vidro vulcânico com água

Plagioclasito:anortositoPlagiogranito:leucotonalitoPolzenito: lamprofiro melilitoRauaugito: carbonatito dolomítico grosseiroReticulito: pedra púmis quebradaSanaíto: lamprofiro augito sódicoSanukito: andesito rico em MgSeoria: basalto altamente vesicularShonknito: plutônica alcalina com K- feldspato, feldspatóide e augitoShoshonito: basalto rico em KSovito: carbonatito calcito grosseiro

Spessartito: lamprofiro hornblenda di-plagioclásioSpilito: basalto albitizado alteradoTaquilito: vidro basáticoTaitito: tefri-fonolitoTefritoTefri-fonolitoTeschenito: gabro analcimaTeralito: gabro nefelinoToleiito: basalto toleiítico ou séries de magmaTonalitoTraquito

Thondhjemito: leuco tonalitoUncompahgrito: piroxênio melilitolitoUrtito: nefilinolito félsico

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Verito: lamproíto vítreoVicolito: veja orvietitoVogesito: lamprofiro hornblenda di-ortoclínicoWoldigito: di-leucito-ricoterito lamproítoWyomingito: di leucito. Lamproíto

2.5 Rochas Piroclásticas

A classificação inicial de IUGS  não abarcou rochas piroclásticas, mas elas foram abordadas na últimainstalação (Schimidt, 1981). Como mencionado anteriormente, se a composição química está disponível, essasrochas podem ser classificadas pela composição da mesma forma que qualquer vulcânica, mas elas comumentecontêm impurezas significativas e somente aquelas com mínimo material de fora podem ser nomeadas comsegurança.

Piroclásticas são, logo, comumente classificadas baseando-se no tipo de material fragmental (coletivamentechamados piroclastos) ou no tamanho dos fragmentos (somado à química ou tipo de grau, se possível). Se os tipos

de material devem ser básicos, o volume percentual de vidro, fragmentos de rocha e de cristal é determinado e onome é derivado da Figura 2-5a. Se o tamanho do fragmento é a base, determina-se a porcentagem dos fragmentosque caem em cada uma das seguintes categorias:

> 64 mm de diâmetroBombas (se derretem durante a fragmentação) Blocos (se não derretem) 2-64 mm Pedrinha< 2 mm Cinza

Figura 2-5 Classificaçào de rochas piroclásticas. a. baseada no tipo de material. Segundo Pettijohn (1975) Sedimentary Rocks,Harper & Row, and Schmid (1981) Geology, 9, 40-43. b. Baseada no tamanho do material. Segundo Fisher (1966) Earth Sci.Rev., 1, 287-298.

Os resultados estão impressos na Figura 2-5b para determinar o nome. Aglomerados na Figura 2-5b podemser usados para materiais coerentes ou incoerentes, enquanto muitos geólogos restringem o termo  piroclástico aosmateriais coerentes. As Figuras 2-5a e b não são necessariamente mutuamente excludentes. É aceitável nomear umarocha como “riolítica vítrea pedrinha tufo” se você deseja enfatizar que a pedrinha é preponderantemente composta

 por fragmentos de vidro. Um tufo aquático é uma acumulação aquática de cinzas. Pode resultar de uma erupção

subaquática que foi retrabalhada pela água.  Hialoclástito  é um tufo aquático que se forma quando o magma édespedaçado ao entrar em contato com a água.

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Termos da Figura 2-5

Glass –  vidroVitric tuff –  tufo vítreoLithic tuff –  tufo líticoCrystal tuff –  tufo cristalinoAsh –  cinzaLapilli tuff –  pedrinhas tufoLapilli stone –  pedraLapilli stone breccia –  pedrinhas brechaPiroclastic breccia or agglomerate –  brecha piroclástica ou aglomeradoBlocks and bombs –  blocos e bombas 

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Capítulo 3

Texturas de Rochas Ígneas

 No capitulo anterior, aprendemos como categorizar e nomear rochas ígneas. É de também de grande

utilidade incluir também as texturas das rochas para uma boa descrição das amostras de mão ou para seções finas.

Mas as texturas são muito mais importantes do que mera ajuda na descrição. A textura de uma rocha é resultado de

vários processos que controlam a Gênese das rochas e, junto com a mineralogia e a composição química fornecem

informações que usaremos para interpretar a origem e a história das rochas. É de suma importância para nós que

estejamos capacitados a reconhecer e descrever as texturas de uma rocha, e entender como elas são desenvolvidas.

 No capítulo 1, por exemplo, foi mencionada a textura “interlocking” (figura 1-1), era produzida pela cristalização a

 partir de uma fusão que pode ser usada para determinar a origem de uma rocha ígnea. Neste capitulo, iremos

explorar as texturas ígneas mais detalhadamente buscando descobrir o que controla as texturas para que possam ser

usadas como um critério textural para auxiliar-nos na tentativa de nos fazer entender a historia da cristalização (e

talvez também algumas histórias da pós-cristalização) de uma rocha em particular. Eu tenho tentado fornecer um

glossário dos termos da textura até o fim de cada capítulo, onde poderá ser encontrada a definição de textura de

termos estrangeiros que serão encontrados. Em algumas referencias listada no final do capitulo serão encontradas

excelentes fotografias de cores e desenhos de linhas (baseado em sua maioria em seções finas) que ilustram

adicionalmente algumas das texturas.

As texturas que são observadas nas rochas ígneas originadas a partir de vários processos que poderão ser

agrupados dentro de duas principais categorias, textu ras pr imárias  que ocorrem durante a cristalização e resulta a partir da interação, fusão entre dois minerais e textur as secundárias  que são alterações que são localizadas depois

que a rocha está completamente solidificada. As seguintes texturas é uma discussão aberta de como texturas comuns

são desenvolvidas. Serão mais bem abordados em seções de lâminas, mas algumas das texturas descritas podem ser

reconhecidas em amostras de mão. Petrografia é um ramo da Petrologia que tida da descrição e classificação das

rochas, mas que a maioria de nós usa o termo para uma conotação dos estudos de rochas ou seções de lâminas.

3.1 –  Texturas Primárias (cristal/fusão interação)

A formação e o crescimento dos cristais, tanto a partir de uma fusão ou no meio sólido (crescimento deminerais metamórficos) envolvem três principais processos:

1. Nucleação inicial de um cristal;

2. Crescimento subseqüente de um cristal;

3. Difusão de espécies químicas (e calor) através de um meio próximo e a partir de um crescimento do mineral em

suas superfícies.

 Nucleação é um crítico passo inicial no desenvolvimento do cristal. Muitos cristais iniciais e finos têm um

alto raio de superfície de área para volume, e através de uma longa proporção de íons na superfície. Na superfície deíons ocorrem cargas não balanceadas, em virtude das necessidades dos íons ao completar ao seu redor que balanceia

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a carga no interior dos íons. O resultado é uma alta energia na superfície para o cristal inicial e conseqüentementeuma baixa estabilidade. O agrupamento de alguns íons compatíveis na fusão resfriada resultará em uma separaçãoespontânea mesmo que a temperatura de saturação quando por outro lado em condições propícias à cristalização deum mineral em particular. Sob certas condições a cristalização seria possível, mas para o pré-requisito de nucleaçãonão. Antes de ocorrer à cristalização uma forma crítica de agrupamento embrionico ou núcleo do cristal deve seformar. Isso requer alguns graus de saturação ou pré-resfriamento (o resfriamento de uma fusão sobre a verdadeiratemperatura de cristalização do mineral) antes os íons que sobram quando se agrupam, tornam-se estáveis.Alternadamente a superfície do cristal preexistente pode estar presente também um “cristal inicial” de um mesmomineral, ou diferentes minerais com estruturas similares na qual um novo mineral pode ser facilmente nucleado ecrescer.

Alguns estudos têm indicado que cristais com simples estruturas tendem a nuclear mais facilmente do queos minerais com estruturas complexas. Óxidos (como magnetita ou ilmenita ou olivina), ou seja, geralmentenucleam-se mais facilmente com menos resfriamento que sofrem do que os plagioclásio por causa do complexo de

 polimerização SiO.

O crescimento do cristal envolve a adição de íons sobre os cristais pré-existentes ou cristais nucleados. Em

uma simples estrutura com alta simetria, as faces com uma densidade de pontos ({100}, {110}) tendem a formarem proeminentes. Na maioria dos silicatos, esta tendência pode ser percebida pela preferência do crescimento nasdireções com correntes interruptas de fortes vínculos. Piroxênios e anfibólios tendem a se alongar na direção dacorrente Si-O-Si-O e as micas tendem a se alongar na direção dos planos silicatos. Defeitos como deslocamento deíons, podem também ajudar na adição de novos íons, no crescimento de faces e impurezas também podem inibir ocrescimento em algumas direções. No geral, faces de baixa energia tornam-se mais prevalentes. Quando as faces de

 baixa energia tornam-se predominante sobre faces de alta energia, e a energia total do sistema torna-se baixa, portanto mais instável. A energia da superfície em diferentes faces pode variar desproporcionalmente com asmudanças das condições fazendo com que forma característica do mineral possa variar de uma rocha para outra.Cashman (1990) um conhecido petrologo entre os metalúrgicos afirmava que: com a queda do grau de resfriamentoos cristais mudam de faces bem definidas e de hábito circulares para dendríticos e finalmente formas esferulíticas.

 Na maioria das situações a composição de crescimento dos cristais difere consideravelmente a partir dafusão. Somente em sistemas químicos simples, como gelo, é que isto não se aplica. De um modo geral quandoocorre o crescimento do mineral de forma gradual há um esgotamento da fusão adjacente na constituição dosminerais incorporados preferencialmente. Para continuar o crescimento, um novo deve difundir-se através de umafusão, através do decaimento da zona e atingir a superfície do cristal. Sendo assim, a formação de um cristal a partirde uma fusão produz calor (calor latente de cristalização que é oposto ao calor latente de fusão ver Seção 6. 3). Estecalor também deve ser capaz também de difundir qualquer cristal e a temperatura da superfície do cristal devetambém se torna alta para o processo de cristalização.

3.1.1 Taxa de Nucleação, Crescimento e Difusão

Pelo fato de haverem 03 principais processos envolvidos no desenvolvimento do mineral, e não apenas um,suas taxas relativas tem influenciado consideravelmente a última textura da rocha resultante. Devemos observar quecomo a fraca ligação na corrente, na qual a taxa mais baixa será a predominante taxa do processo e determinanteonde terá o controle da cristalização. Existe, além disso, uma taxa que deve ser citada a taxa de resfriamento domagma. Se esta taxa é muito devagar o equilíbrio é mantido ou aproximadamente perto. Se a taxa de resfriamento éalta ocorre que raramente existirá um tempo para nucleação, crescimento e difusão não permitindo que o ritmo sejamantido. A taxa de resfriamento é um importante indicador controlador externo, que influência nas outras taxas dos

 processos de formação do cristal. A maioria das informações sobre textura que são observadas são usadas parainterpretar a taxa de resfriamento da rocha.

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As taxas tanto de nucleação como de crescimento do mineral estão diretamente relacionados com aextensão do pré-resfriamento do magma. Inicialmente o pré-resfriamento aumenta ambas as taxas, mas com umresfriamento adicional ocorre queda na cinemática e um aumento da viscosidade, inibindo assim as taxas.

Como ilustrada na Figura3-1, a taxa máxima de crescimento está em elevadas temperaturas logo é a taxamáxima de nucleação, pois é mais fácil adicionar um átomo com uma alta energia cinética sobre um cristal existentedo que ter a chance de agrupar a alguns átomos por vez para formar um agrupamento inicial. Dessa maneira o pré-resfriamento inibe o crescimento, pois os átomos precisam se difundir para mais adiante se adicionar sobre algunscristais já existentes, e torna mais fácil para os átomos mais lentos nuclearem-se no próprio ambiente de nucleaçãodo que se deslocarem para longe.

Podemos usar a Figura 3-1 para entender porque a taxa de resfriamento atinge significativamente ostamanhos do grão da rocha. Ainda relacionado com a Figura 3-1, pré-resfriamento é um grau no qual abaixo datemperatura do ponto de fundição antes de ocorrer à cristalização. Por exemplo, se a taxa de resfriamento está baixa,somente poderá ocorrer um leve pré-resfriamento (assim como a temperatura Ta na Figura 3-1). Sob estatemperatura, a taxa de nucleação está muito baixa e a taxa de crescimento alta, poucos cristais deverão se formar eirão crescer grandes, resultando em grãos com uma textura grosseira entre as rochas plutônicas resfriadas. Por outro

lado rochas são rapidamente resfriadas, podem se tornar num significante pré-resfriamento entes de ocorrer àcristalização. Se as rochas são pré-resfriadas em uma temperatura Tb como na Figura 3-1, a taxa de nucleaçãoexcede a taxa de crescimento e alguns pequenos cristais são formados resultando numa textura muito fina de rochasvulcânicas. Alto grau de pré-resfriamento (temperatura Tc na Figura 3-1) pode resultar em uma negligente taxa denucleação e crescimento assim como no liquido antes de se solidificar transformando-se em vidro com alguns

 poucos cristais ou nenhum.

Figura 3-1 Taxas idealizadas de nucleação e de crescimento em função da temperatura abaixo do ponto de fusão. Resfriamentolento que resulta somente num pré-resfriamento (Ta), logo o rápido crescimento e lenta nucleação produzem poucos cristais comgrãos grosseiros. Rápido resfriamento que permite que ocorra um pré-resfriamento (Tb) resultando num crescimento lento e derápida nucleação produzindo alguns cristais com finos grãos. Resfriamento muito rápido envolvendo pequenas partes, ocorrendo

nucleação ou crescimento (Tc) se produz vidro.

Dois estágios podem criar uma distribuição bimodal do tamanho dos cristais, resfriamento lento seguido deum aumento brusco de resfriamento é a única seqüência plausível e pode ocorrer no começo no começo dacristalização na câmara magmática, seguido de uma abertura do condutor e migração do magma para a superfície.Inicialmente o magma será apenas levemente pré-resfriado e alguns cristais grosseiros irão se formar seguido porvulcanismo e cristais finos.

Quando ocorre uma distribuição bimodal distinta no tamanho dos grãos com um tamanhoconsideravelmente maior de um para o outro, esta textura é chamada de porfirítica. Os cristais finos que rodeiamsão chamados de matriz ou massa da terra (groundmass). Uma rocha porfirítica é considerada plutônica ou vulcânica

na matriz base dos tamanhos dos grãos, se os fenocristais são colocados em ambiente com bastante vidro a textura échamada de vitropirítica, se os fenocristais contêm inúmeras inclusões de algum outro mineral que envolva osfenocristais depois de crescido a textura é chamada de poikilítica e se o principal cristal pode então ser chamado de

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oikocristais. A taxa de crescimento de um cristal depende da energia da face da superfície do cristal e da taxa dedifusão. Para uma taxa de resfriamento constante, cristais maiores são normalmente aqueles que possuem umaestrutura simples (onde também ocorre à nucleação mais cedo) e/ou em grande quantidade ou numa rápida difusãode componentes. A taxa de difusão de um elemento químico ocorre mais rapidamente sob temperaturas elevadas eem materiais com baixa viscosidade a taxa de difusão é mais devagar sob elevadas fusões de viscosidade

 polimerizada (como as fusões são geralmente ricas em sílica tendendo a se resfriarem ao invés de fusões máficas).

Pequenos íons com baixas cargas difundem-se melhor ao contrário de grandes complexos polimerizadosque se difundem mal. Em geral a difusão num liquido ocorre melhor do que a difusão em um vidro e este é muitomelhor que a difusão em sólidos cristalinos. A água diminui drasticamente o grau de polimerização do magma(Cap.7), embora aumente a difusão. O alcalino tem o mesmo efeito similar, porém menos extremo. Os tamanhos dosgrãos mais grosseiros de alguns pegmatitos podem ser atribuídos devido a sua alta mobilidade de materiais rico emágua que são fundidos a partir do momento em que se se cristalizam do que devido ao seu lento e extremoresfriamento.

A taxa de nucleação e crescimento varia de acordo com a energia da superfície dos minerais e as facesenvolvidas, o grau de resfriamento e a estrutura do cristal. Estes valores podem ser diferentes para diferentes

minerais mesmo que o magma seja o mesmo. Diferentes minerais podem ser pré-resfriados para diferentes extensõesdevido ao ponto de difusão na Figura 3-1 é específico para cada mineral. Devemos estudar nos capítulos 6 e 7 que osminerais desenvolvem uma seqüência durante o resfriamento do magma, assim como o ponto de fusão de cada um éatingido progressivamente. A temperatura deverá estar abaixo do ponto de difusão do mineral pré-resfriado e acimado outro. Alguns núcleos estáveis de cada mineral deverão se formar, enquanto somente alguns outros mineraisresultaram de algumas pequenas formas de cristais e muitos poucos em cristais grandes mais tarde. A noção maiscomum cristais grandes em rochas porfiríticas devem ser formados primeiros ou em um ambiente de resfriamentolento não é uma verdade universal. A perda breve de água que irá aumentar a temperatura de cristalização (Seção 7-5) podendo produzir também uma textura porfirítica em algumas rochas plutônicas como será estudado no Capítulo11.

Figura 3-2 Imagem de elétrons espalhados extintos “vidro azul pahoehoe” 1996 fluído do Kalapana, Hawai. O brilho é proporcional à habilidade extinta e alcança até atingir o número atômico. Minerais escuros são plagioclásio félsicos e os mineraiscinzas são os máficos. (a) Largo embasamento de fenocristais de olivina com pequenas hastes de plagioclásio e agrupamentos deaugita nucleando o plagioclásio. Magnificação ca. 400x. (b) ca. 200x magnificação de cristais de augita extintos nucleando o plagioclásio (escuro) e crescimento dendrítico para fora. A augita nucleando o plagioclásio ao invés da dos fenocristais de augita pré-existentes, talvez devido ao local de enriquecimento nos componente máficos como os plagioclásios adjacentes no liquido emCa, Al e Si. Fotografia tirada com assistência de Jack Rice e Michael Schaeffer, universidade de Oregon.

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Quando a taxa de difusão não está sendo limitada os cristais crescem livres e embaraçados na fusão, e estestenderão a serem eudrais e com faces bastante definidas. Quando a taxa de difusão é mais lenta do que taxa dedecrescimento (como num rápido resfriamento ou em lavas extintas) os cristais assumem um aumento na formaradiante, ou uma terceira aparência, ramificando mais uma forma que será conhecida como dendrítica (Figura 3-2).Quando a difusão é mais devagar do que o crescimento uma zona de liquido esgotado começa a se formar sobre ocristal/liquido com interfaces como descrita acima. Algum trabalho propõe que os cristais adquirem finas tendênciasalém da zona que tentará suprir com elementos apropriados ou com uma fusão seguida de rápido resfriamento.Outros trabalhos sugerem que as perturbações sofridas no contorno direcionam as formas dendríticas ajudando aeliminar o calor local facilitando a cristalização. Talvez outros processos contribuam para o crescimento dendríticoou esferulítico, lavas ultramáficas como as komatitas do Pré-cambriano que durante os processos podemdesenvolver um espetacular enlongamento dos cristais de olivina ou como em alguns casos como um medidorresultando na textura spinex. Tamanhos incomuns podem ser causados pelo rápido crescimento de uma simplesestrutura de olivina em um magma com viscosidade muito baixa não devido ao resfriamento. Piroxênio spinex comtamanho acima de 5cm comprimento tem também sido descritos.

As quinas e os limites dos cristais possuem grande volume de liquido próximos dos seus componentes (paradissipar o calor da cristalização) do que a face do cristal (Figura 3-3). As quinas e os limites possuem uma alta

 proporção de vínculos interrompidos e devemos esperar que as quinas e os limites cresçam mais rapidamente do queas faces quando expostas tendo como forma resultante cristal que é chamado de skeletal. Em alguns casos aexpansão das quinas pode ir de encontro a pequenas fusões sobre faces recentes (Figura 3-4a). As quinas expostasdos plagioclásios tendem a crescer diretamente criando uma forma com características swallow-tailod (Figura 3-2ae 3-4b). Claro que qualquer movimento do liquido ou uma nova homogeneização dos cristais irão reduzir os efeitoslimitados pela baixa fusão.

Figura 3-3 Volume de liquido(verde) disponivel na quina ou canto do cristal é maior que no lado dos cristais. b. Volume deliquido disponível na extremidade de um delgado cristal é maior que nas suas faces. After Shelley (1993). Igneous andMetamorphic Rocks Under the Microscope. © Chapman and Hall. London..

Figura 3-4 (a) Fenocristal  Skeletal de olivina com rapido crescimento nas extremiaddes envelopando fundido nas suasextremidades. Taupo, N.Z. b. “Swallow-tail” de plagioclasio em traquito, Remarkable Dike, N.Z. Length of both fields ca. 0.2mm. From Shelley (1993). Igneous and Metamorphic Rocks Under the Microscope. © Chapman and Hall. London.

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3.1.2 Locais Preferidos para Nucleação

Epitaxis é o termo mais usado para descrever nucleação preferida de um mineral sobre outro mineral pré-existente, contudo evitando problemas durante a associação devido à lenta nucleação. Similarmente a estrutura doscristais do substrato e da nova fase são pré-requisitos para um crescimento epitaxial. Os constituintes atômicos donovo mineral logo acham locais favoráveis para a acumulação e formas de núcleo mais estável. Um bom exemplo éo crescimento da silimanita na biotita ou na moscovita em rochas metamórficas ocorre em direções de preferênciade reposição dos cristais disponíveis de uma cianita polimorfa. A estrutura Si-Al-O em ambos os minerais desilimanita e mica são semelhantes na geometria e no comprimento de vinculo, logo a silimanita tende as e formar naárea de concentração da mica. A textura Rapakini envolve plagioclásio albita no seu crescimento em ortoclásios,ocorrendo em alguns granitos onde o plagioclásio preferencialmente forma-se em estrutura similar em feldspatoalcalino em sua própria nucleação. O núcleo de um cristal também pode ser formar c om “epitaxialmente” com umaorientação semelhante a dos grãos que já existe de alguns minerais conduzindo assim a formação de um crescimentosemelhante.

A textura esferulíticas (spherulitic) em silicatos vulcânicos é uma textura no quais as pontas do quartzo efeldspatos alcalinos crescem radialmente a partir de um centro comum. A textura variolítica (variolitic)  de

 plagioclásio irradiada em alguns basaltos é provavelmente resultado de uma nucleação tardia de cristais no primeironúcleo a se formar. Ambos são considerados a se formar durante a desvitrificação e que será abordado com maisdetalhes na seção de texturas secundárias. Nucleação de minerais em um dique ou até mesmo em vesículas é umfenômeno comum. O crescimento de cristais enlongados (como quartzo) com seu plano normal para veiosresultando em uma estrutura de cumeada (comb) por da causa das colunas.Textura crescumulada (crescumulate)  é similar e descreve o crescimento paralelo de elongação, arranjos nãoequilibrados de olivinas, piroxênios, feldspatos ou quartzo que parecem nuclear numa linha podendo crescer emalguns centímetros de comprimento. Texturas crecumuladas normalmente ocorrem em camadas de plutons máficos(podendo aparecer em múltiplas camadas) e nas margens dos granitos.

3.1.3 Zoneamento Composicional

Zoneamento Composicional é um fenômeno comum e ocorre quando um mineral muda à composiçãoassim como durante o seu crescimento no resfriamento. A composição da maioria das soluções sólidas dos mineraisem equilíbrio com outros minerais ou o liquido é depende da temperatura. As razões para isso serão esclarecidas nosCapítulos 5, 6, 7 e 27. Zoneamento composicional pode somente ser observado petrograficamente quando as cores(Figura 3-5a) ou a posição de extinção variam de acordo com a composição. No caso do plagioclásio o ângulo deextinção é altamente dependente da composição e a variação composicional aparece como bandas concentradas davariação do brilho em luz plano polarizado (Figura 3-5b). Se o equilíbrio entre o cristal e a fusão é sustentado, acomposição do mineral será ajustada para uma temperatura reduzida produzindo um cristal composicionalmentehomogêneo. Zoneamento químico, por outro lado, ocorre quando o equilíbrio não é sustendo e uma borda de uma

nova composição é adicionada ao redor da antiga. Para um novo equilíbrio composicional no plagioclásio énecessária a troca Si-Al e isto é difícil por causa da força do vínculo Si-O e Al-O a difusão do Al é também devagare o zoneamento em plagioclásios é, contudo muito comum.

Como aparece na Figura 6-8 a composição plagioclásio em equilíbrio com a fusão torna-se mais rico em Naassim que a temperatura caiu. O zoneamento esperado em plagioclásio em rochas ígneas deveria ser originado defragmentos de anortita para a borda rica em albita. Este tipo de zoneamento e chamado de zoneamento normal e écomum em rochas ígneas só não quando interrompido pelo zoneamento reverso. O zoneamento reverso é o opostozoneamento normal, com mais sódio no interior e cálcio fora das zonas. É comum em alguns plagioclásiosmetamórficos onde seu crescimento é acompanhado pelo aumento da temperatura. Zoneamento reverso é raramenteum termo que acompanha plagioclásios ígneos, o termo é usado tipicamente para curtos eventos onde contribui paralocalizar zoneamento reverso como um componente de zona oscilatória. Zoneamento oscilatório é o tipo mais

comum de zoneamento em plagioclásios por causa da queda regular do conteúdo Al que raramente controla o período de cristalização.

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O exemplo ilustrado na Figura 3-5b é oscilatório, e a Figura 3-6 mostra tipos de gráficos de zoneamentooscilatório que se entendem a partir do núcleo do plagioclásio até a borda. Mudanças bruscas em zoneamento, comoa reversa mostrada na Figura 3-6a, requer mudanças bruscas nas condições da câmara magmática. A maioria dos

 petrologistas acredita que quando inserido o magma muito quente, muito jovem em uma câmara de resfriamento ede cristalização estes efeitos mudam. A ocorrência mais comum de corrosão e refusão reforçam a borda do cristalseguido de processos reversos dando um suporte a esta conclusão. A oscilação mais gradual ilustrada na Figura 3-6bé mais favoráveis como resultado a partir de perda da dependência da difusão e re-preenchimento da zona líquidaadjacente pelo crescimento do cristal em uma câmara magmática que não sofre perturbações. A perda decomponentes pode ocorrer pela molécula de anortita ou constituintes como água que consegue reduzir o ponto defusão e mudar o equilíbrio da composição do plagioclásio (Loomis, 1982). A maioria dos minerais não se manifestazonados como os plagioclásios. Isto de deve ao fato ao fato do zoneamento ser simplesmente menos obvio nestaseção, por isso pode não afetar a coloração ou extinção. A maioria dos minerais aparentemente mantém o equilíbriocom a fusão por causa da troca de íons não envolve uma forte desrumptura entre o vínculo Si-Al-O, a troca Fe-Mgtambém ocorre de maneira fácil por causa destes elementos difuso que estão mais dispostos do que o Al-Si. Contudoanálise microscópica consegue mostrar zoneamento químico em alguns minerais ígneos e metamórficos. O mapadas cores dos elementos acumulados é apresentado no fim do livro (cortesia de Jack Rice, Universidade de Oregon).

Figura 3-5 (a) Zoneamento composicional de fenocristal de hornblenda com coloração visivelmente variando em luz plano polarizada. Abertura de campo em 1mm. (b) Zoneamento geminado de plagioclásio sobre carlsbad. Andesito, Crater Lake, OR.Abertura de campo 0,3mm.

Figura 3-6 Exemplos de perfis de plagioclasios zonados determinados por secões em microssonda. a. Formas repetidas nos perfis é atribuida a novas injeções de magma na câmara magmática, seguida por incrementos de resfriamento. b. Pequenas eirregulares oscillações causadas por desequilibrios locais de cristalização. c. Oscilações complexas devido a combinações demistura de magma e desequilibrios locais. Segundo Shelley (1993). Igneous and Metamorphic Rocks Under the Microscope. ©Chapman and Hall.

3.1.4 Seqüência de Cristalização

Como regra, minerais recém-gerados da fusão que não ocorreu um significativo pré-resfriamento écompletamente rodeada por um liquido e desenvolvem cristais euhedrais, vinculados pelas faces laterais do cristal.

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Assim como mais cristais começam a se formar e penetrar na câmara magmática, os cristais inevitavelmente entrarem contato um com o outro. O resultado é uma interferência mutua interfere no desenvolvimento das faces doscristais e nas formas subhedral  ou anhedral. Em alguns casos, algum cristal pode inferir na seqüência decristalização do mineral a partir dessas interferências. Minerais que se formam primeiro tendem a ter melhoresformas e os últimos minerais é o intersticial, preenchendo os espaços entre os primeiros minerais (Figura 3-7).Minerais euhedrais são comumente fenocristais em ambientes afaníticos, e claramente formam uma seqüência maiscedo. Algum mineral de zoneamento composicional pode apresentar núcleo euhedral que se formará quando cessaros cristais durante a fusão e na borda anhedral que ora formar mais tarde cristais que foram aglomerados (ver Figura3-14c).

Figura 3-7 Piroxenio inicial euhedral com plagioclasio tardio intersticial. (geminação na horizontal). Complexo Stillwater,Montana. Comp. 5 mm. © John Winter and Prentice Hall.

Infelizmente o principio simples de que cristal que se moldam para se adequar à forma de outro cristal deveter sido cristalizado mais tarde não é algo que se pode contar conforme nós gostaríamos. Querendo ou não ocrescimento do cristal com faces bastante desenvolvidas depende apenas da energia da superfície das faces. Mineraiscom baixa energia de superfície podem formar cristais euhedrais mesmo que em rochas metamórficas onde ocrescimento dos cristais está necessariamente me contato com os grãos próximos. Garnet e a estaurolita, porexemplo, estão sempre próximo euhedral mesmo que em xisto pelítico. Minerais ígneos acessórios assim como ozircão, apatita e titanita tendem igualmente a serem euhedrais, mesmo que eles se formem durante um estagio tardio

de cristalização. Petrologistas metamórficos tem notado uma tendência para o euhedralismo que reduz a proporçãode aumentar a polimerização Si-O.

Olivina e piroxênios tendem a serem mais euhedrais do que o quartzo e feldspato. Além disso, Flood eVernon (1988) notaram que, mesmo que exista uma certa seqüência de formação de mineral, existe um considerávelrevestimento, e a cristalização do mineral caminha por uma via simultânea de cristalização de alguns tipos deminerais. Devemos observar porque isto se torna verdade nos Capítulos 6 e 7. A relação de moldamento irá sedesenvolver mais tarde, se nem todos os minerais tiverem começado a ser cristalizar. Quando o crescimento ésimultâneo, a mutua energia relativa de superfície impede mineral em poder influenciar consideravelmente emqualquer desenvolvimento de fasces bem desenvolvidas e em moldar-se aos outros. Hunter (1987) demonstrou isso,embora cristais fossem suspensos durante a fusão mais tendendo a formar grão euhedral. Uma vez que eles que eles

se tocam favorecendo a dissolução de áreas da superfície de curvatura (limite interfacial) cristalizando-se em áreasde baixas curvaturas deixando bastante arredondados. A exceção de minerais com energia de superfície muito baixa,logo cristais euhedrais deverão ser raros nestes casos de cristalização simultânea.

Geólogos normalmente têm considerado os tamanhos dos grãos como um outro indicador da seqüência decristalização. No porfirítico vulcânico, a grande quantidade de fenocristais que são considerados terem se formadosantes da fase de derrame de massa. Embora isto seja comumente verdade, o tamanho dos grãos depende da taxa denucleação e crescimento, como discutido acima, e alguns minerais do derrame de massa podem ter se formado

 primeiro, com uma rápida taxa de nucleação e uma lenta taxa de crescimento do que os fenocristais. O grande cristaleuhedral de K-Feldspato pode ser encontrado em algumas rochas graníticas, por exemplo, normalmente acredita-seque se formam posterior na seqüência de cristalização destas rochas do que no inicio. Outra seqüência indicadora é

 baseada nas inclusões das relações. Inclusões ígneas devem ser formadas sob um estagio inicial do que o invólucroque o envolve.

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Além disso, deve-se estar atento que a seção de lâmina passa de bidimensional para um sistematridimensional da rocha, e o mineral que aparece estar rodeado por um outro pode estar salientando de dentro parafora ou abaixo do plano da seção. Deve-se ainda notar que se o mineral é consistente incluso em outro mineralcompletamente numa seção antes de completar-se tornando verdadeira uma inclusão. No caso dos grandes cristaisde K-feldspato mencionados acima, eles estão comumente pokilíticos, e a numerosas inclusões de outros mineraisneles são consideradas importantes indicadores que sua formação ocorreu por último, quebrando argumentos paraformação nos tamanhos dos grãos durante o inicio do processo, mas mesmo quando um mineral é consistentementeincluído em um outro mineral, isto não é a única evidência de que a fase de inclusão cessou-se para cristalizar-seantes do começo a cristalização inicial. Por exemplo, texturas ofitícas (ophitic)  (Figura 3-8) referem-se aoenvolvimento de tiras plagioclásios por largos clinopiroxênios, e é comumente interpretado por indicar que oclinopiroxênio são formados posteriormente. Embora McBirney e Noyes (1979) tenham notado casos de intrusõesdeste tipo em Skaergard em Greenland no qual o tamanho das inclusões dos plagioclásios aumenta constantemente a

 partir do núcleo para a borda. Isto sugere que o plagioclásio e o clinopiroxênio são cristalizados simultaneamente.Os clinopiroxênios nucleados estão menos dispostos, apenas poucos cristais são formados, e eles envolvem ummaior número de pequenos plagioclásios. O último grão de plagioclásio que for incluído em direção a borda temmuito a crescer e menos pra poder ficar largo.

Figura 3-8 Textura Ofitica. Um unico cristal de piroxênio envolvendo diversas e bem desenvolvidas placas de plagioclásio.Comp. 1 mm. Intrusão de Skaergård, E. Greenland. © John Winter and Prentice Hall.

Como Flood e Vernon (1988) concluíram nenhum dos critérios clássicos para determinação da seqüênciade cristalização é completamente satisfatório. Inclusões são provavelmente mais aceitas. No caso de um mineralformar uma borda ao redor de outro mineral ou onde somente o mineral inclui núcleo de um outro mineral,

 promovendo uma forte evidência de que outro mineral deixe de cristalizar-se antes de assumir outra forma (ou pelomenos antes dos outros minerais cessarem a cristalização). Quando um mineral ocorre comumente como inclusãoem outro mineral ou vice-versa, isto implica fortemente, mas não prova nada, que o mineral incluso cristalizou-seantes.

Embora possa ser difícil inequivocamente estabelecer que o mineral completamente formado antes do outromineral, algumas texturas provém um claro testemunho do oposto: crescimento simultâneo de minerais. O exemploofitíco de simultâneo plagioclásio e clinopiroxênio descrito por McBirney e Noyes (1979), citados acima, é um bomexemplo. Em algumas superfícies rasas, rico em água, sistemas graníticos com um simples feldspato alcalino podemformar (como discutido mais tarde em associações com as Figuras 6-16 e 6-17).

Se a água e repentinamente perdida o ponto de fusão irá aumentar rapidamente (Seção 7.5.1), resultandonum pré-resfriamento mesmo que sob constantes temperaturas e em cristalizações simultâneas e rápidas defeldspatos alcalinos e quartzo. Sobre estas condições, os dois minerais não irão ter tempo suficiente para formarcristais independentes, mas antes irão formar um crescimento intersticial de formas skeletais intricadas referindo-secomo uma textura granofírica (granophyric) (Figura 3-9a).

Uma rocha é denominada de acordo com esta textura é chamado de granofira (granophyre) o crescimentointersticial pode nuclear epitafializando parede de fenocristais ou dique preexistente. Textura granofirítica parececomo ramos da haste de quartzo armando em um único cristal de feldspato. A haste de quartzo tende a se extinguir

ao mesmo tempo indicando que eles são todos parte do mesmo largo cristal. Uma variação grosseira da textura

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granopirítica é chamada gráfica (graphic), onde a natureza coniforme das hastes do quartzo no feldspato dominanteestá disposta a aparecer de maneira específica (Figura 3-9b).

Figura 3-9 a. Intercrescimento de quartzo e alcali feldspato (1 cm de espessura) na margem de um dique. Golden Horn granite,WA. Comp. 1mm. b. Textura gráfica : intercrescimento de quartzo (escuro) e feldspato (claro) em um unico cristal. LaramieRange, WY. © John Winter and Prentice Hall.

3.1.5 Reação e Resorpção Magmática

Em alguns sistemas, cristais mais novos reagem com a fusão como processo de cristalização. A reação daolivina com a fusão para formar piroxênio no sistema SiO 2-MgSiO4 (visto anteriormente nas Figuras 6-12 e 6-14) éo primeiro exemplo. Figura 3-10 ilustra uma olivina fenocristal coberta por ortopiroxênio, produzido na interface daolivina por esta reação.

Outras reações podem resultar na queda de pressão da magma rapidamente aproximando-se da superfícieou a partir do magma misturado ou de mudanças composicionais. Outro tipo comum ocorre quando um magmaatinge a superfície, onde ocorre uma perda repentina de pressão liberando elementos voláteis, causando assim hidrofenocristais, como a hornblenda ou a biotita, para desidratar ou oxidar, desenvolvendo bordas finas de metais óxidose piroxênios (Figura 3-11c).

Figura 3-10 Olivina arrodeada por orthopiroxênio em (a) luz polarizada e (b) nicóis cruzados, onde a olivina fica extinta e o piroxênio mostra-se mais claro. Andesito basáltico, Mt. McLaughlin, Oregon. Width ~ 5 mm. © John Winter and Prentice Hall.

Ressorção é o termo aplicado para a re-fusão ou dissolução de mineral que retorna para dentro da fusão oua solução que é formada. Cristais resorbsovidos comumente são rodeados nos cantos ou são embasados. Textura

sieve  (Figura 3.11a) ou profundo e irregular embasamento (Figura 3.11b) tem sido atribuída para alguma

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resorpsoção, mas outros atribuem que eles são mais ocorrentes como resultados de um rápido crescimentoenvoltório durante a fusão devido ao pré-resfriamento (Figura 3-4a).

Figura 3-11 a. Textura sieve em um grupo de fenocristais cumuláticos de plagioclásio. Note uma tardia borda de placas de plagioclásios sem a textura sieve. Andesito, Mt. McLoughlin, OR. Comp. 1 mm. b. Fenocristal de olivina reabsorvido eembaiado pelo magma. Comp. 0.3 mm. c. Desidratação de fenocristal de hornblenda com a formação de oxido de ferro mais piroxênio devido ao relaxamento da pressão, após erupção, andesito. Crater Lake, OR. Width 1 mm. © John Winter andPrentice Hall.

3.1.6 Movimento Diferencial de Cristais e Fusão

Por dentro de uma fusão pode resultar num alongamento de elongação ou minerais tabulados que produzirão texturas de foliações (planar) ou lineação mineral. Tira-se microlitos formados (tipicamente plagioclásio)em rochas vulcânicas fortemente alinhadas (comumente fluindo ao redor de fenocristais), a textura é chamada detracitica (trachytic)  (Figura 3.12a). Acaso não estejam alinhado os microlitos são chamados de pilotaciticos(pilotaxitic) ou felti (felty) (Figura 3-12b). A mistura de dois magmas líquidos (tanto na câmara ou fluindo) podecriar um fluxo bandado (flow banding) (alternando camadas de diferentes composições, Figura 3-13). Bandamentoe alinhamento mineral podem também ser resultados a partir da fluidez da parede de uma câmara magmática

 próxima, como será discutido no próximo capítulo. 

Figura3-12 (a) Textura  traquítica na qual microfenocristais de plagioclasio estão alinhados devido ao fluxo. Note o fluxo aoredor do fenocristal (P). Trachyte, Germany. Width 1 mm. From MacKenzie et al . (1982). © John Winter and Prentice Hall. (b)

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Textura pilotaxitica na qual os microfenocristais estão desorganizadamente colocados. Andesito basáltico, Mt. McLaughlin, OR.Width 7 mm. © John Winter and Prentice Hall.

Figura 3-13 Bandamento por fluxo magmático em andesito. Mt. Rainier, WA. © John Winter and Prentice Hall. 

Fenocristais suspensos podem agrupar-se juntos e aderirem à superfície através da tensão, um processochamado por alguns de synneusis  (Vance, 1969). Cinética pode ser o principal mecanismo para a produção decrescimento semelhante, por causa da orientação semelhante pode haver uma orientação energeticamente favorável

 para que dois cristais de um mesmo mineral adiram um ao outro. Grãos múltiplos agrupados por estarem aderidosaos fenocristais são chamados de textura cumulofíro (cumulophyruc). Se o agrupamento é essencialmente de umúnico mineral, a textura pode ser chamada glomeroporfirítica (glomeroporphyritic) por alguns petrologistas.

3.1.7 Texturas Cumulativas

O desenvolvimento do acumulo de material ígneo será estudado em conjunto com intrusões de camadasmáficas no Capítulo 12. Texturas cumulativas é uma autenticidade da existência destas camadas (embora isto não serestrinja a mesma). Por agora, vamos evitar a questão complexa de como os cristais acumulam-se. Suficiente éapenas contar a história de como os cristais são considerados acumulados através do escoamento ou fluidez devidoao contraste de densidade com o liquido, mas a alternativa de proposta recente é que eles foram colocados próximos

ao teto da câmara magmática.

Para um caso ideal, a formação dos primeiros cristais a partir de um único mineral acumulado (de algumamaneira) para se expandir até que eles estejam em contato mútuo, com o liquido recente ocupando os espaçosintersticiais entre os cristais (Figura 3-7 e Figura 3-14a). Embora o contato mútuo não seja um requisito obrigatório

 para acumulo de texturas, e uma fechada aproximação irão satisfazer. Os principais tipos de texturas acumulativassão diferenciados das demais com base na extensão de qual cristal mais novo foi formado, uma vez acumulado,

 prioridade no crescimento até atingir a última solidificação dos líquidos intersticiais. Seria incomum se os líquidosintersticiais tivessem as mesmas com posição dos cristais acumuladas, porque a maioria dos magmas équimicamente mais complexa do que um único mineral.

Então se um líquido se cristaliza exatamente no mesmo local, sem que ocorra troca com o reservatórioextenso de magma no interior da câmara, deverão ser produzidos alguns minerais iniciais (assumindo ser o plagioclásio na Figura 3-14, mas pode ser olivina, piroxênio, cromita, etc.) mais algum outro mineral que esteja próximo constituindo assim os interstícios do magma. Poderá haver algum crescimento modesto para os primeirosminerais, junto à formação de outro, formando mais tarde minerais nos espaços intersticiais. Isto resulta em umatextura chamada ortocumulada (orthocumulate) (Figura 3-14b).

Se os líquidos intersticiais podem escapar e trocar de material (via difusão e/ou convecção) com o liquidoda câmara principal, o mineral mais recente formando por acumulação pode continuar a crescer com componentesextras do escapamento de liquido intersticiais. O resultado é uma textura adcumulativa (adcumulate)  (Figura 3-14c): monominerais próximos acumulados com talvez outros poucos minerais pegos no último intersticial. Hunter(1987) concluiu que a compactação e expulsão de alguns dos líquidos intercumulados devem acompanhar aformação de adcumulativa, visto que texturas adcumuladas podem ser observadas em áreas muitas distantes a partirda abertura do material difuso através do limite de porosidade associado com um crescimento tardio em último

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estágio. Ele também concluiu que a textura em equilíbrio, resultado em uma textura poligonal (polygonal)  (ver poligonal mosaico abaixo) pode aproximar-se ou manter-se como a forma dos grãos durante o último crescimento ecompactação. Se isso acontecer, este reajuste nas formas dos minerais em contato um com o outro e a fusão temimportante sustentação nas discussões anteriores de seqüência de cristalização e moldura do cristal para que seacomode outro. Hunter (1987) também notou que ângulo dihedral (ver Figura 11-1) entre minerais em contato e osúltimos estágio da fusão prendem os limites da fronteira mineral estão constantemente em adcumulação. Assimcomo os cristais crescidos e impregnados, mantêm-se consideráveis energias de superfície (e, portanto ângulosdihedral) controlando a forma do último líquido na cavidade e algumas terminações euhedrais são preservadas.Minerais recentes euhedrais não serão dominados ao final da textura de rochas plutônicas.

Caso o último mineral tenha uma lenta taxa nucleação, eles poderão envolver grãos acumulados, comodescritos acima na Seção 3.1.4. O resultado é uma textura poikilitica (poikilitic), mas o oikocristal pode ser tãolargo e intersticial em algumas instâncias que pode ser difícil reconhecer-lo mesmo que em uma área pequena deuma seção de lâmina. Um oikocristal largo também requer troca entre o líquido intersticial e o reservatório domagma principal no sentido de prover componentes suficientes, e dispor do excesso de componentes que irãoconduzir para a formação de outros componentes. É para ser considerado outro tipo de fenômeno de adcumulação, erecebe a terminação heteradcumulação (heteradcumulate)  (Figure 3-14d). Finalmente, mesocumulação

(mesocumulate) é o termo que se aplica para texturas cumulativas que são intermediárias entre ortocumulação eadcumulação.

Figura 3-14 Desenvolvimento de texturas cumuláticas. a. Cristais acumulados por sedimentação de cristais que se formam emlocal perto das margens da camara magmática. Neste caso os cristais de plagioclasio (branco) acumulam-se em contato mutuodeixando um intercumulo liquido (vermelho) preenchendo os interstícios. b. Ortocumulato: o intercumulo liquido cristalizaparaformar coroas de plagioclásio adicional mais outra fase no volume intersticial (colorido). Ocorre pouca ou nenhuma mudançaentre o liquido intercumulo e a mqior parte do liquido da camara magmática. . c. Adcumulados: o sistema aberto troca entre oliquido intercumulus e o principal liquido da camara magmática (mais compactaçào da pilha cumulática) permitindo que oscomponentes possam de outra maneira criar adicionais minerais intercumulus que escapam, e o plagioclasio preenche a maioriados espaços disponíveis. d. Heteradcumulato: o liquido intercumulo cristaliza plagioclásio adicional nas bordas dos plagioclásiosalém de outros minerais (vermelho e quadriculado amarelo) que nucleiam pobremente e poikiliticamente envolvem os

 plagioclásios. After Wager and Brown (1967), Layered Igneous Rocks. © Freeman. San Francisco. 

3.1.8 Geminação Primária (Primary Twinning)

Uma geminação é quando ocorre um intercrescimento de duas ou mais orientações do mesmo mineral comalguma especial relação cristalográfica entre eles. Geminação (ou crescimento) primária são semelhanças queformam por causa dos erros durante a cristalização a partir do magma. Um exemplo é a simples (duas - partes)geminação carlsbad no feldspato mostrada na Figura 3-5b e provavelmente o processo predominante na geminação

 primária, mas adsorção cinética de dois constituintes geminantes podem também ocorrer. Erro de nucleação é maiscomum ocorrer durante o rápido crescimento, seguido imediatamente de uma nucleação, no qual rapidamente reduza supersaturação ou pré-resfriamento. Para uma discussão mais detalhada sobre a cinética, ver Vance (1969) e

Dowty (1980). Repetidas geminação albita (Figure 3-18b) é também levada a acreditar como resultado de erro denucleação durante o crescimento.

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Figura 3-18 Geminação de feldspato (a) Geminação Carlsbad em ortoclásio. Exsolução pertítica é tambem evidente. Granito, St.Cloud MN. Comprimento ~1 mm. (b)  Geminação albita multipla e perfeita em plagioclasio, destacando-se da matriz félsica.Riolito, Chaffee, CO. Comprimento ~1 mm. © John Winter and Prentice Hall..

3.1.9 Texturas Vulcânicas

Rochas vulcânicas resfriadas rapidamente tendem a formar inúmeros pequenos cristais, como discutidoacima. Fenocristais são uma exceção, e resultam a partir de um resfriamento lento entre a superfície principal àerupção. Acima da erupção, o recente liquido cristaliza-se em linha tabulares finas ou em cristais equivalentes

comprimindo a massa da terra (groundmass). Os cristais da massa da terra (groundmass) são chamados de microlitos(se eles forem largos o suficiente para serem birefrigentes) ou cristalitos (se eles não forem). Microlitos que

 possuem uma significativa largura, maior que o groundmass, ainda no microscópico, é chamado demicrofenocristais. Eles são formados acima da erupção e representam minerais com um alto raio na taxa decrescimento para taxa de nucleação em relação à fase do groundmass.

Basaltos cristalinos prontamente são predominantemente muito quentes e são dominados por minerais comuma estrutura simples. O resultado mais comum é uma textura desenvolvida com uma rede densa de plagioclásiomicrofenocristais enlongados e piroxênios granular, com pequenos cristais de magnetita. Algum vidro pode sesolidificar com o último material intersticial. A quantidade de vidro em rochas basaltos é geralmente menos do quematerial vulcano silicoso, mas pode variar consideravelmente, partindo de pouco até conseguir vidros em

quantidades altas quando o basalto entra em contato com a água. O termo das texturas do basalto reflete a variaçãoque ocorre de material vítreo, o qual está relacionado diretamente com a queda do tamanho do piroxênio em uma passagem do intercrescimento do plagioclásio.

Textura ofitíca (ophitic)  (Figura 3-8) refere-se às redes densas de formas de fenocristais de plagioclásioincluídos em largos piroxênios com pouca ou nenhuma associação vítrea. Isto declina para uma sub-fítica(subphitic)  (pequenos piroxênios que parcialmente estão envolvidos em plagioclásio) e para uma texturaintergranular (Figure 3-15), no qual os cristais de plagioclásio e o piroxênio são subiguais em tamanho, e em vidro(ou o produto sofre alguma alteração) que relativamente ainda seria menor. A posição da textura intergranular paradentro da textura intersertal quando o vidro intersticial ou o vidro alterado está com uma composição significante.Quando o vidro torna-se suficiente abundante a ponto de cerca os microlitos e as microfenocristais, a textura passa ase chamar hialo-ofitíca (hyalo-ophitic). Quando a hialo-ofitíca passa para hialopilítica (hyalopilitic) como a fraçãode vidro torna-se dominante, e ambos os piroxênios e o plagioclásio ocorrem em quantidades pequenas de microlita.Então não tem os petrologos diversão com os nomes?

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Figura 3-15 Textura intergranular em basaltos. Columbia River, Grupo Basalto, Washington, abertura de 1mm.

Textura Holohialina (holohyaline) (vidro) é mais comum em rilolitos silicatados e derrames de dacitos. Se

uma rocha tem mais de 80% de vidro esta é chamada de obsidiana. Alguns trabalhos preferem restringir este termo para sílica rica em vidro, e refere-se à variedade de basaltos como tacilitos (tachilites)  ou simplesmente vidrobasáltico (basaltic glass). Obsidiana possui uma coloração muito escura, devido ao fato da sílica estar em seuestado natural, pois o vidro e rapidamente tingido por uma pequena quantidade de impurezas. O vidro em lavassilicaticas não é necessariamente causado pelo rápido resfriamento, em virtude de algum fluxo de obsidiana sãomuitos grossos e tem que ser resfriado rapidamente. Deslocamento e/ou lenta difusão característica e alta denucleação de polimerização e fluxo silicoso podem impedir a cristalização e produzir estas rochas altamente vítreas.O termo textural descrito acima normalmente aplicado para cristais orientados casualmente, mas eles podem mudara posição e ir para uma textura tracitica (trachitic) causado pelo fluido do alinhamento dos microlitos.

Bolhas presas a partir do escapamento de gases criam uma subesfera vazia em vulcões, chamada de

vesículas. Vesículas tendem a crescer menos nos magmas basálticos viscosos, e concentram-se próximo dasuperfície de fluxo do basalto. Existe uma completa graduação a partir do basalto para vesícula basáltica paraescoria com um aumento no conteúdo de vesículas. Vesículas preenchidas posteriormente com mineral crescido,tipicamente zeólito secundário, carbonato ou opala, são chamadas de amídalas. A sílica parcial de uma escoria échamada de polimento. Os polimentos são tipicamente claro e espumoso, exemplos recentes flutuam na água.Polimento espumoso é comumente cinza claro, mesmo que correspondam a vesículas livres de obsidianas podemchegar a serem pretas. A razão para este contraste é que as bolhas expandem o vidro para uma película fina entre as

 bolhas, a qual refrata e difundi a luz, apenas quebrando alguns exemplos dessa forma em mar escuro.

3.1.10 Texturas Piroclásticas

Rochas piroclásticas são fragmentadas e produzidas a partir de uma atividade vulcânica. A classificação derochas piroclásticas é baseada de acordo com a natureza dos fragmentos (piroclastos ou tefra) como discutidos naSeção 2.5. O modo de erupção e embasamento será discutido no Capítulo 4. As cinzas componentes do plagioclásiosão comumente umas misturas de rocha pulverizada e de vidro primário (incluindo pedra-pomes quebrada e aerossolliquido). As vesículas em pedra-pomes expandem-se rapidamente até a explosão da erupção e são normalmentedestruídas. Os vidros intersticiais formam então cúspides ou espículas com três pontas (Figura 3-16a).

Devido a estas pontas serem comumente perigosas no fluido de plagioclásio, elas deformam de maneiradúctil e recobrem a forma conforme a direita da Figura 3-16a e a Figura 3-16b. Neste tipo de bandamento e emoutras estruturas causadas por compressão e deformação resultadas a partir do acumulo de cinzas quentes sãoreferidas coletivamente como textura eutacitica (eutaxitic).

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Figura 3-16 (a) Liquido intersticial (escuro) entre bolhas de pedra-pome (esquerda) tornando-se um estrela de 03 pontas de vidroapontando para as para as cinzas que contém pedra-pome pulverizada. Se existir calor suficiente (quando pulverizada ou depoisda acumulação das cinzas) as pontas podem se deformar e dobrar os contornos das formas, conforme a direita e nafotomicrográfica. (b) Do ignimbritos de rattlesnake, SE Oregon. Abertura 1mm.

Grandes pedaços de pedra-pomes podem se acumular intactamente e ter seu gás eliminado, eliminandoassim bolhas. Se todo o gás é expelido a pedra-pomes retorna a sua cor escura de obsidiana e fragmentos esmagadossão chamados de fiamme. No fluido de lavas, como basalto, cada explosão de bolhas arremessa fino spray à cima,se caírem como pelotas vítreas são chamados “Pele´s tears” (depois do vulcão Havaiano Deus Pele), ou o magma

 pode ser esticado até formar delicados fios de vidro (“Pele´s hair)”. A queda das cinzas no ar de maneir a única podeacumular sucessivas linhas sobre um único núcleo, formando bolas esferoidais chamadas de accrecionary lapilli.Depósitos consolidados como de lapilli são chamados de tufos pisolitícos (pisolitic tuffs).

3.2 Texturas Secundárias: Mudanças Pós-Magmáticas

Texturas secundárias são aquelas que são desenvolvidas em rochas ígneas inteiramente consolidadas. Estes processos não envolvem fusão e estão em natureza metamórfica pura. O processo de cristalização nãonecessariamente cessa quando o magma se torna sólido. Assim como a temperatura esta suficientemente elevada,recristalização e ambas quimicamente e texturalmente, assumem o lugar (de outro modo petrologos não teriammuito a fazer). Porque grandes plutons podem lembrar temperaturas equivalentes para alto grau de metamorfismo

 por milhares de anos, existe uma ampla oportunidade para cada processo ocorrer. Processos de estados sólidos queocorrem como resultado de calor ígneo (mesmo que lívido) é chamado de autometamórficos (autometamorfic) eserão discutidos nesta seção. Porque processo de cristalização em estado sólido são verdadeiramente metamórficos,e serão bastante discutidos no Capítulo 23.

Processo de ponto de Ostwald (Ostwald ripening)  é um processo de aneleamento (ou maturidadetextural) de cristais em ambientes estáticos. Como Hunter (1987) descreveu, diferenças na curvatura de fronteiras degrãos irão conduzir o crescimento dos grãos pelo processo de Ostwald até atingir o resultado limite completo(Figura 3-17). Em cada cristalização, as bordas dos grãos migram até atingir o centro da curvatura. Pequenos grãoscom curvatura convexa para fora são eliminados assim como as superfícies vizinhas de grandes grãos com acurvatura convexa para dentro invandido-os. Se o processo invade o equilíbrio textural em um sólido, existirá

tamanho de grãos similares tendo aproximadamente interseções de grãos triplos de 120º (Figura 3-17). O equilíbriotextural é mais comum em rochas metamórficas monomineralicas (quartzitos e mármores), em particular se o

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metamorfismo ocorre próximo de um regime de stress estático. Discutiremos mais o processo de aneleamento noCapítulo 23. A maioria das rochas ígneas não são monomineralizadas, embora, raramente atinjam um bom equilíbriona textura. Diferenças relativas na superfície de energia de contraste de tipos de mineral e tamanho de grãos

 plutônicos grosseiros servem para estabelecer e manter texturas interligadas na maioria dos casos. O processo deOstwald, embora, possa eliminar pequenos grãos a favor dos grãos vizinhos sob um estagio de crescimento próximo,

 produzindo assim uma distribuição uniforme do tamanho dos grãos. Rochas vulcânicas com pequenos grãos iniciaissão menos estáveis do que rochas plutônicas e o groundmass (terra da terra) recristalizado devitrificado prontamente

 para recolocação de minerais finos, como descritos abaixo. Mas o rápido resfriamento vulcânico para baixastemperaturas, e uma cinética rigorosa para desenvolvimento de uma recristalização precoce. A retenção de texturasmagmática esta supreendentemente boa em rochas ígneas, mas alguns tipos de recristalização em sólidos são bemconhecidos de devem ser revisto.

Figura 3-17 Processo de “Ostwald ripening” em uma rocha monominerálica. Material dos cantos dos graõs com significativacurvatura negativa (concava para dentro) migram em direção aos centros de curvaturas, eliminando assim grãos menores eestabilizando uma uniforme textura com os minerais com 120o entre os graõs (mosaico poligonal). © John Winter and PrenticeHall

3.2.1 Transformações Polimórficas

Conforme foi aprendido em mineralogia, algumas substâncias naturais têm mais de um cristal em suaestrutura. Formas de estrutura alternativa de mesma substância química são chamadas de polimorfos. Polimorfosconhecidos como grafite, diamante, calcita, aragonita cianita, andalusita, silimanita e alguns polimorfos da famíliaSiO2. Como devemos ver no Capítulo 6, uma estrutura dada é mais estável do que uma particular condição dedireção de pressão e temperatura, assim este polimorfo se transformará em outro quando as condições de mudanças

 partindo de uma direção de estabilidade passar para uma estrutura alternativa. Aumento do resfriamento edespressurizarão, parcialmente ou completamente em rochas ígneas cristalinas podem atravessar o campo limite deestabilidade de alguns polimorfos resultando em transformações. Transformações desplacivas (displacivetransformations)  envolvem somente instabilidade da posição dos átomos e bandamento de vínculos entre osângulos. Um clássico exemplo é a transição do alto quartzo para o baixo quartzo, na qual a estrutura hexagonal doalto quartzo inverte para uma estrutura triagonal do baixo quartzo sob resfriamento (Figura 6-6). Transformaçõesreconstrutivas (reconstrutive transformations), assim como a grafita, o diamante, tridimito, ou o alto quartzo,envolvem a quebra ou o remolduramento do vinculo. Transformações displacivas ocorrem prontamente, logoacontece de um polimorfo passar para outro assim que o campo de estabilidade é atingido. Polimorfismo

reconstrutivo é menos facilmente gerenciado, onde um polimorfo pode permanecer no campo de estabilidade deoutro.

Transformações polimórficas são mais comuns em alguns minerais, incluindo o quartzo e o feldspato, masé mais difícil de reconhecer texturalmente, devido à fase de evidencia inicial pode estar completamente perdida esomente à substituição do polimorfo permanecer. Se a forma do cristal da fase mais recente é distinta, contudo, areposição do polimorfo pode formar um pseudopolimorfo do original, ao invés de assumir as suas próprias formascaracterística. Por exemplo, quartzos elevados podem cristalizar-se como recentes fenocristais em alguns riolitos. Asformas dos cristais de quartzos elevados é caracteristicamente uma dipiramide hexagonal, sem as faces prismática

 predominante de um quartzo baixo. Porque isto se trata de uma transformação displaciva, assim como quartzoselevados em cristais devem inverter para quartzo baixo em 573ºC (sob pressão atmosférica). A forma original do

fenocristais é normalmente preservada, embora, forneça evidência de sua forma inicial. Outra possibilidade resultade transformações polimórficas no desenvolvimento de geminação secundária, no qual pode dar uma idéia do

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 processo de transformação. Reconhecimento de tais características pode fornecer alguma informação muito útilsobre a concentração termal da rocha.

3.2.2 Geminação Secundária

Em adição a geminação primaria discutida acima, geminações podem ocorrer por processo secundário emminerais pré-existentes. Geminação secundária pode ocorrer como resultado de transformação polimórfica oudeformação. Transformação geminante (transformations twins)  é causada quando em altas temperaturas asestruturas dos cristais revertem para baixas temperaturas polimórficas. Como uma estrutura em alta temperatura

 possui mais energia vibracional, normalmente elas exibem um alto grau de simetria do que em baixas temperaturasalternativas. Devido à simetria esta abaixo com o resfriamento, forma em altas temperaturas tipicamente tem queescolher entre dois ou mais orientações de baixa simetria. Se o cristal por inteiro assume uma das alternativas, nãohaverá resultado de geminação. Se por outro lado diferentes porções do mesmo cristal são deslocadas para dentro decada escolha das alternativas, as porções normalmente irão estar numa relação de geminação com outra porção. Estaé a origem da geminação “cross-hatched” ou “tartan” de microclinas (Figuras 3-18c e d), o qual serão produzidosquando monoclina forma em latas temperaturas inverte para estrutura triclínica de microclina em baixa

temperaturas. A família da geminação múltipla da “albita” de plagioclásio (Figura 3 -18b) é atribuída para umasimilar monoclínica para uma transformação triclínica, mas isto não ocorre em composições de plagioclásiointermediário e são mesmo comumente resultantes de geminação primaria a partir de um erro na nucleação duranteo crescimento. Geminação cíclica em quartzo e olivina são outros exemplos de transformação geminante.

Figura 3-18 Geminação de feldspato: (b) Geminação albita multipla e perfeita em plagioclasio, destacando-se da matriz félsica.Riolito, Chaffee, CO. Comprimento ~1 mm.. (c-d) Geminação tartan em microclina. Comprimento do campo ~1 mm. © JohnWinter and Prentice Hall.

Geminação pode tanto ser gerada por deformação de uma rocha ígnea solidificada. Geminação é tambémum aspecto importante da resposta da rocha a deformação, devido à instabilidade de uma porção de grãos dentro daorientação geminante ter uma fácil responsabilidade em atingir do que a ruptura dos grãos. Deformação geminante(Deformation twins) em plagioclásio pode ocorrer pelas leis da geminação albita, mas ocorrem imediatamente deacordo com a necessidade extrema da forma lamelar de formas contrárias primárias. Deformação geminante em

 plagioclásio é mais facilmente reconhecida quando eles estão em formas de cunha e inclinados (Figura 3-19).Calcitas também desenvolvem diretamente formas de deformação geminante devido ao compartilhamento.

Deformação geminante abrange a resposta ductilidade de rochas assim como o mármore e são incomuns em outrosminerais.

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Figura 3-19 Geminação polissintética deformada em plagioclásio. Note como ela se concentra nas áreas deformadas, tal como olocal de maxima cruvatura onde a cligvagem é curva e diminui em direção das áreas indeformadas. Gabbro, Wollaston, Ontario.Comprimento 1 mm. © John Winter and Prentice Hall. 

3.2.3 Exsolução

Exsolução, que será discutida na Seção 5.4, envolve misturas que se tornam limitadas com o aumento dealgumas soluções sólidas de minerais como quando estão resfriados. Talvez o mais comum exemplo ocorra emfeldspatos alcalinos onde a não mistura resulta em separação de muitos Na e de muitos K segregados. Por causa danão mistura neste caso envolve particionamento de íons de K e Na e não fortemente vinculados com Si e Alocupando facilmente um lugar relativamente e a segregação aparece como um intercrescimento coerente de umalonga lamelar. “Coerente” neste caso significa que a ripa de lameação tem uma relação específica cristalográfica

 para o principal e não são casualmente orientados. Quando um feldspato alcalino é potássico, o resultado é umaexsolução de uma albita lamela no K-feldspato principal e chamado de pertito (perthite) (Figura 3-18a). Quando o

feldspato alcalino é sódico as lamelas são de K-feldspato na albita principal e isto se adere a um antipertito(antiperthite). Exsolução também ocorrem em plagioclásio às vezes, mas envolve a não mistura da anortita-albitaem Si-Al, assim como na troca Na-Ca e o processo quando ocorre por completo produz lâminas muitos finas.

Exsolução também ocorrem em piroxênios no qual o baixo ortopiroxênio Ca separado do altoclinopiroxênio Ca. Finas lâminas de um deles em um principal do outro se tornam comuns. Pigeonito é uma misturaintermediária e é somente encontrado em rochas vulcânicas que resfriadas rapidamente permitem que não ocorra anão mistura.

A não mistura não precisa ser coerente e irregular, o caminho de fases de exsolução é comumenteencontrado como são instantes de expulsão completa de uma fase de exsolução para a separação imediata de grãosda meio principal. Exsolução ocorre em anfibólios e uns poucos outros minerais. Alguns silicatos máficos podem atemesmo sofrer exsolver num óxido Fe-Ti. Em algumas anortitas sob altas temperaturas o piroxênio pode dissolveruma considerável quantidade de Al e exsolver lâminas de plagioclásio assim que elas resfriem sob baixastemperaturas. A cor vermelha ou rosa são comuns em alguns feldspatos é causada devido a exsolução de uma finahematita.

Ocelli são esféricos ou corpos ovóides de alguns milímetros para alguns centímetros através de algumasrochas ígneas. Alguns aparecem como resultado de liquido imiscíveis, um fenômeno de exsolução primáriadiscutida no Capítulo 6, 11 e 19. Outros são provavelmente preenchimentos amigdules e outros podem ser isolados emisturados em magmas.

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3.2.4 Reações e Reposições Secundárias

Reações de sólido-sólido e sólido-vapor são processos dominantes durante o metamorfismo e serão bastante discutidos na segunda parte deste texto. Como no começo do texto acima embora rochas ígneas resfriadasatravés de uma direção de temperatura apropriada para este domínio e rochas plutônicas permanecem neste domínio

 por um longo período. Reações secundárias de minerais que ocorrem em rochas ígneas quando sofrem resfriamentoe que não são produzidas a partir de um evento metamórfico tardio são comumente chamadas de processosautometamórfico (autometamorphic)  do que metamórficos, porque é parte de um processo natural doresfriamento de uma rocha ígnea. Processos de autometamorfismos são mais comuns em rochas plutônicas do queem rochas vulcânicas, pois pertencem a temperaturas elevadas por um longo período. Processos diagenéticos etemporais não são considerados autometamórficos (um tanto quanto uma distinção arbitrária). A maioria, mas nãotodas reações de autometamorfismo envolvem minerais em moderadas temperaturas em um ambiente no qual a águaé liberada tanto de resíduos fundidos quanto de uma introdução externa. Tais alterações são subconjuntos deautometamorfismo no qual envolve hidratação e são chamados de alterações deutéricas (deuteric) onde alguns dos

 principais processos de alteração os seguem.

Piroxênio é mais comum em mineral máfico primário na variedade de rochas ígneas, se a água penetra sob

uma modesta temperatura, uma alteração deutérica de piroxênio para anfibólio ocorre chamada de uralitização(uralitization)  (Figura 3-20a). Alguma graduação partindo das bordas do anfibólio para o centro do piroxênioremendando múltiplos centros de piroxênio nas bordas dos anfibólios para completar a reposição se possível. Oanfibólio pode ser um simples cristal de hornblenda ou uma fibrosa actinolita ou ainda um agregado de hornblenda.Também quando demonstrado o resultado para alteração do piroxênio pode ser chamada de uralita (uralite), maseste termo é mais aplicado tardiamente.

Figura 3-20 (a) Piroxenio largamente substituido por hornblenda. O piroxênio permanece com áreas claras (Pyx) no centro dahornblenda. Comprimento 1 mm.

Biotitização (biotitization) é um processo similar hidratação ou alteração deutérica que produz a biotita,também diretamente partindo do piroxênio ou mais comumente de uma hornblenda. Pois a biotita contém pouco Cae o epídoto pode ser produzido, pois Ca esta sendo liberado durante a alteração da hornblenda para biotita.

Cloritização (chloritization) é a alteração de algum mineral máfico para clorita. Clorita é um filossilicatohidratado e comumente recoloca os menos máficos hidratados sob uma temperatura quando a água édisponibilizada. Piroxênio, hornblenda e biotitas são comumente observados sob uma seção em vários estágios dealteração de clorita. Assim como nas outras alterações deutéricas a hidratação ataca as margens mais expostas de ummineral, logo normalmente a clorita recoloca a fase máfica inicial partindo da borda ao interior. No caso da biotita aágua trabalha de forma proeminente elevando-a e a clorita pode ser recolocada nas margens da biotita assim comoos planos de clivagem (Figura 3-20b).

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Figura 3-20 (b) Clorita (verde) substituindo biotita (marrom escuro) na periferia e ao longo da clivagem. Tonalito. San Diego,CA. Width 0.3 mm. © John Winter and Prentice Hall.

Serecita é um termo que se aplica para qualquer fino grão branco de mica. Siretização (siritization) é o

 processo pelo quais os minerais de feldspato (normalmente feldspato ou feldpatoídes em rochas ígneas) sãohidratados para produzir serecita. Estágios incipientes podem ser reconhecidos pelo surgimento de uma fina poeirade feldspatos em luz plano polarizada. Em estágios mais avançados de alteração o feldspato manchado por micastendo como birefrigência a cores amarela e então largos grumos com cristais grosseiros e de alta birefrigência. Íonsde K - são requeridos pelo plagioclásio para se tornarem serecita. O potássio pode ser liberado pela cloritização deuma biotita bastante próxima. K-feldspato não requer K -  adicional e pode comumente ser serecitizado do que

 plagioclásio associado.

Saussuritização (saussuritization) é a alteração do plagioclásio para um mineral epídoto. A maioria dos plagioclásios cálcicos é estáveis sob altas temperaturas (Figura 6-8) e menos estáveis do que a contraparte sódica em baixas temperaturas. O tipo rico em cálcio desfaz em vários próximos a pura albita liberando Ca e Al para formarum mineral epídoto (± calcita e/ou serecita). Em plagioclásios zonados basta um para ocasionalmente observa a

 produção de saussuritização ou seretização concentrada nos centros de diversos Ca ou de algum Ca oscilatório bandados no grão original.

A olivina é facilmente alterada durante o resfriamento de rochas máficas, mesmo nas vulcânicas, écomumente colocada nas bordas ou recolocada pela serpentina ou por um marrom escuro indistinto.

Simplectito (symlectite) é um termo aplicado para finos grãos intercrescidos resultantes a partir dacombinação de crescimento de dois ou mais minerais assim que recolocam outro mineral. Assim como descrito nasrecolocações descritas acima, a reposição pode ser parcial ou completa. Reposição completa e pseudomorfos sãocomuns. A fibrosa actinolita hornblenda “uralita” agrega-se à reposição de piroxênio como exemplo. Biotita +epídoto repõe a hornblenda é outro exemplo. Mimerkita (myrkertite) é um intercrescimento de quartzo dendríticos

num simples cristal de plagioclásio (Figura 3-21). O quartzo aparece em haste parecida nesta seção e numerosaadjacentes hastes tende ir à extinção numa concordância, indicando que eles eram parte de um único mineral dequartzo. Mimerquitos são mais comuns em rochas graníticas e ocorrem preferencialmente onde os plagioclásiosestão em contatos com o K-feldspato. Mimerkita parecem terem crescidos partindo de uma fronteira de

 plagioclásio/K-feldspato para dentro do K-feldspato. Assim como o plagioclásio repõe o K-feldspato, o SiO2  éliberado (a anortita componente do plagioclásio contém menos SiO2  do que o K-feldspato) produzindo assim oquartzo. Mimerquita comumente forma-se durante o resfriamento de rochas graníticas, mas também podem ocorrerem rochas metamórficas. Para detalhes do processo, ver Shelley (1993, pp, 144-147) e Collins no seu web site(http://csun.edu/~vcegeo005). 

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Figura3-21 Mimerkita formada no plagioclásio em contato com K-feldspato. Fotografia cortesia L. Collins

Desvitrificação (desvitrification) é a cristalização secundária do vidro para minerais agregados de grãosfinos. Vidro está em um inerente material instável e é prontamente reposto por mais minerais estáveis quando a

cinética permite. Água extinta em vidros basálticos pode ser reposta por marrom, produto opticamente isotrópicocom oxidação e hidratação coletivamente conhecida como palogomita (palogomite). Quanto mais rochassilicatadas vítreas comumente desvitrificam-se para produzir uma massa equidimensional pequena com grãos defeldspatos interagrupados e minerais de sílica chamamos de textura felsítica (felsitic)  (Figura 3-18b). Formas decristais são inteiramente abafados em rochas félsicas e a textura parece muito mais com um chert. Desvitrificação devidro pode também produzir cristais radiais agregados (comumente conhecidos como cristobalitos ou tridimito maisfeldspato) chamados esferulitos (spherulites). Litofisae (lithophysae)  são largas cavidades rodeadas por umcrescimento esferilitico. Comum em riolitos, eles provavelmente representam o último escapamento de voláteis quecriaram uma bolha de gás no vidro. Esferulitos podem ser encontrados embebecidos em uma matriz félsica.

3.2.5 Deformação

Deformação de rochas sólidas pode resultar numa variedade de texturas, a maioria na qual serão cobertasnuma porção metamórfica. Por agora, concentraremos os estudos somente em tipos comuns de deformação pós-cristalização de rochas ígneas. O resultado são cristais e fragmentos inclinados, quebrados e batidos. Foliações sãocriadas em algumas rochas ígneas que permanecem nas profundezas e em temperaturas onde são suficientementedúcteis para deformam-se prontamente. A compactação de depósitos de piroclásticos cria efeitos de achatamento etipicamente transmitem um aumento da foliação. Deformação também pode produzir uma extinção undulose, umaondulação na extinção óptica padrão devido ao menor bandamento das ripas dos cristais. Não é para ser confundidocom zoneamento composicional, o qual resulta num padrão distinto concêntrico. O quartzo é notoriamentesusceptível para o desenvolvimento de extinção ondulosa e pode exibir-la quando outros minerais não apresentam.Extinção ondulosa é comumente usada para distinguir quartzo a partir de feldspato não ondulatório quando

observados em uma fina seção de baixa poder. A tabela 3-1 é um breve glossário dos termos das texturas designadas para dar uma assistência na descrição de amostras de mão e em seções de lâminas. Os termos podem parecerestranhos agora, mas eles servem para descrever a mais comum característica das rochas ígneas. Os termos sãoagrupados dentro das categorias para ajudar a encontrar o que você procura. Petrografia é um processo interativo.

 Não é suficiente olhar apenas uma vez e trabalhar direto na lista, ao invés, cada passo é de grande vantagem parareassegurar todas às informações previamente acumuladas em cada amostra na luz na ultima observação. Duranteeste processo certifique-se das relações possíveis entre os pedaços de informações assim como para consistência dosdados.

Uma boa aproximação para a caracterização das rochas é descrita nas espécies de mãos nos termos damaioria dos atributos como a cor, cristalinidade, félsica ou máfica e na maioria das texturas (foliação, porfirítica,etc.). Então para determinar o modo e descrever o mineral individualmente, o tamanho de seus grãos (e a variaçãoem tamanho dos grãos), assim como a forma, intercrescimento e texturas específicas. Seja descritivo aqui, mas façadeduções concentradas nas texturas originais quando você perceber que é apropriado. Seja apenas claro nas

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descrições entre distinção e observação quando forem feitas, então faça uma geral dedução final que acharapropriado e dê o nome da rocha. Esteja certo do uso correto para o termo a partir do Capítulo 2. Característicastexturais que você considerar importante ou desejar enfatizar podem ser incluídos (i.ebasalto  vesicular, tuforiolítico, monzonito porfirítico).

Evite termos texturais desautorizados que não sejam reconhecidos na gênese da rocha. Algumas texturas(como foliação, por exemplo) podem ocorrer de varias maneiras. Se você escolher um termo genético (como fluido

 bandado) tenha certeza que sua escolha tem um suporte. É sempre uma boa idéia na ciência separar as suasobservações das suas interpretações.

Texturas Comuns para Rochas Ígneas:

Cristalinidade:

Holocristalino: consiste inteiramente de cristais (termo negligente, não usado normalmente).Hipocristalino: contendo tanto cristais como vidro.Holohialino, vítreo: consiste somente de vidro.Tamanho dos Grãos:

Afanítico: maioria dos minerais são de grãos muito fino não perceptíveis a olho nu.Fanerítico: os minerais são suficientemente grosseiros para observá-los olho nu.Criptocristalino: grãos muito fino para distingui-los pelo microscópio.Grãos finos: cristais com diâmetro proporcional a não menos do que 1mm.Grãos médios: cristais com diâmetro proporcional entre 1 e 5 mm.Grãos grosseiros: cristais com diâmetro proporcional maior do que 5mm.Pegmatitos: grãos muito grosseiros.Aplitico: grãos xenomórficos de fino a médio e equigranular (parecem açúcar).

Equigranular: os grãos estão todos aproximadamente do mesmo tamanho.Inequigranular: os grãos variam consideravelmente de tamanho.

Texturas Porfiríticas:

Porfirítica: distribuição aproximadamente bimodal nos tamanho (normalmente requer uma grande diferença).Megaporfirítica: textura porfirítica que pode ser vista em amostra de mão (raramente usada).Microporfirítica: textura porfirítica que está somente visível sob microscópio.Firíca (-firie):um adjetivo (ou sufixo) que se refere à textura porfirítica.Fenocristais: grandes cristais que estão em conjunto na matriz.Microfenocristais: cristais microscópicos que ainda são maiores do que o groundmass em que eles permanecem.

Megacristais: um grande incomum cristal, tanto um fenocristal quanto xenocristal.Poikilitica: o principal fenocristal (oikocristal) contém algumas inclusões de outros cristais.Oikocristal: o principal fenocristal encontra-se numa textura poikilitica.Groundmass: vidro ou elementos de grãos finos numa textura porfirítica (matriz mesotasis)Cumulofiríca: fenocristais do mesmo ou diferentes minerais ocorrem agrupados (Figura 3-11a).Glomeroporfirítica: sinônimo de cumulofirítica (usado por alguns para especificar que não somente um mineralestá envolvido).Hiatial porfirítica: existe uma diferença na pronuncia dos tamanhos entre o firíca e o fase groundmass (o termofalha é raramente usado).Seriate: existe uma continua graduação nos tamanhos.Afiríca: non-porfirítica (sem fenocristais).

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Formas dos Grãos Individuais:

Euhedral (idiomórfico): completamente limitado pelas faces dos cristais.Subhedral (subdiomófico): faces de cristais somente parcialmente desenvolvidas.Anhedral (allotriomórfico): faces de cristais que estão inteiramente ausentes.Hábito dos cristais: simétricos, prismático, colunar, acircular, fibroso, tabular etc.Desgastado (embayed): formas subhedrais e anhedrais produzidos a parte da fusão parcial (resorpsoção) defenocristais pela fusão.

Forma de Grãos nas Rochas como um Todo:

Panidiomórfico: a maioria dos grãos são euhedral (raro).Hipidiomórfico: consiste predominantemente de grãos subhedrais (comum em algumas rochas graníticas).Allotriomórfico: maioria dos grãos são anhedrais, mais comum.Saturado: caracterizado pela articulação alongada altamente irregular com interpenetração nas bordas. Comum emrecristalização de rochas deformadas.

Mosaico: textura de cristais poligonal equigranular.

Intercrescimento:

Host (oikocristal): minerais grandes que se incluem em outros minerais pela textura poikilítica.Guest: mineral incluso numa textura poikilítica.Poikilítica: minerais grandes que contém alguns pequenos discretos minerais de outros minerais. Refere-se aofenômeno de crescimento não a exsolução ou reposição.Gráfico: intercrescimento no qual o guest apresenta formas angulares bastante coniformes. Normalmente ocorrecom quartzo em microclinas (Figura 3-9b).Micrográfico: textura gráfica visível somente em microscópio.

Granofírico: uma textura que contém rochas porfiríticas nos quais os minerais groudmass (normalmente quartzo oufeldspato alcalino) penetram um nos outros como intercrescimento irregular plumoso. Assemelham-se a texturasmicrográficas, porém mais irregular.Exsolução lamelar: bandas lamelares de uma fase exsolvida partindo de uma fase principal. (Figura 3-9a).Pertítico: veios irregulares, caminhos, etc.de um plagioclásio sódico em uma feldspato alcalino principal.

 Normalmente resultado de uma exsolução (Figura 3-18a).Antipertítico: exsolução lamelar de feldspato alcalinos num plagioclásio principal. Normalmente mais fino do queo pertito.Simplectito: textura de reposição no qual o mineral é reposto pelo intercrescimento de um ou mais minerais.Mimerquitico: textura secundária consistindo de formas “warmy” ou hastes de quartzo em plagioclásio adjacentes

 para grãos de alcalinos feldspatos.

Esferulítico: intercrescimento radial de minerais fibrosos. Comumente feldspato alcalino e quartzo desvitrificadosde sílica vulcânica.Axiolítico: similar ao esferulítico, mas as fibras ocorrem em camadas e são orientadas para a parede.Variolítico: estrutura esferulítica consistente me fibras de plagioclásio divergentes em certos basaltos.Coalescente: textura anhedral desenvolvida por crescimento simultâneo de dois grãos de minerais em contato.

Texturas de Rochas Ígneas Máficas:

Ofitíca: grande grãos de piroxênio fechados casualmente em um pequeno plagioclásio.Subofítica: as hastes do plagioclásio são grandes e somente parcialmente fechadas por piroxênio.Nesofítica: plagioclásio são ainda grandes e os piroxênios são intersticiais.

Intergranular: pequenos grãos discretos de piroxênio, olivina, etc. preenchem os interstícios numa rede de largashastes de plagioclásio (Figura 3-15).

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Intersertal: vidro, material criptocristalino ou alterações produzem ocupações entre os espaços das hastes de plagioclásio.Hyalo-ofítica: uma textura intersticial no qual uma grande quantidade de vidro esta presente menos o piroxênio.Hyalopilítica: ainda pequenos vidros estão presentes e plagioclásio ocorrem somente como um minúsculo microlitocasual.Diktiaxitica: textura de certos basaltos que contém bastante gases nas cavidades intersticiais angulares entre ashaste de plagioclásio.Cumulate: crescimento intersticial de um mineral entre o mineral recente no qual estão todos em contato e dão umadistinta impressão que eles se acumulam na base da câmara magmática.Ortocumulate: textura cumulate com outro mineral ocupando as áreas intersticiais (Figura 3-14c).Mesocumulate: intermediária entre orto e adcumulate.

Texturas de reposição

Psedomorfo: um ou mais minerais que repõe o outro, retendo a forma do mineral original.Simplectito: uma textura de reposição no qual o mineral reposto por um intercrescimento de um ou mais minerais.

Outras formas incluem reposição de bordas, centros, ou caminhos de um mineral pelo outro. Os processoscomum são:

Uralitização: reposição de piroxênio pelo anfibólio (Figura 3-21a).Saussuritização: reposição de plagioclásio pelo epídoto.Biotitização: reposição do piroxênio ou anfibólio pela biotita.Cloritização: reposição de algum mineral máfica pela clorita (Figura 3-20b).Seritização: reposição de feldspato, feldspar ou feldspatoídes por brancas finas micas.

Termos mistos

Intersticial: um mineral preenche os interstícios entre os grãos cristalizados anteriormente (Figura 3-7).Cristalitas: minerais em seus estágio recente de formação. Eles são isotrópicos e não podem ser identificados sobremicroscópio.Microlitos: minúscula pontas ou hastes parecidas com cristais no qual pelo menos uma propriedade pode sermicroscopicamente determinada.Felti: consiste em microlitos casuais (Figura 3-13b).Pilotaxitic: parecido com felti.Trachitico: consistindo de (feldspatos) microlitos alinhados durante o fluido (Figura 3-12a).Embayed: tendo sido embasado devido à reação com a fusão (resorpsoção) (Figura 3-2).Skeletal: cristais crescido como, ou parecem ter sido corroídos, sob uma forma esqueletal com uma alta proporção

interna de vazios.(Figura 3-4)Sieve: cristais são preenchidos em canais (aparentando serem buracos) devido a resorpção (Figura 3-11a).Epitactito: nucleação orientada de um mineral sobre outro mineral de um tipo diferente.Rapakivi: supercrescimento de plagioclásio em feldspato alcalinos.Vesicular: contem bolhas de gás.Scoriaceous: altamente vesicular.Pumiceous: estrutura de vesícula com característica de pedra-pome.Diktitacitico: contém vesículas dentro do microfenocristais.Miarolitico: cavidade de gás presente em certas rochas plutônicas dentro de minerais euhedrais.Cano de vesículas (pipes vesicles): tubos alongados de vesículas que resulta no surgimento de gases.Vesículas de cano (vesicular pipes): corpos cilíndricos altamente carregados com vesículas.

Amigdaloidal: vesículas completamente ou parcialmente preenchidas com minerais secundários.Lithophysae: grande estrutura ovóide representando bolhas de gás em vidro riolítico desvitrificado.

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Flow: estrutura paralela desenvolvida como resultado de um fluído.Foliação: paralelismo plano.Bandamento: camadas planas alternadas.Lineação: paralelismo linear.Xenólitos: um inclusão de rocha.Xenocristais: intrusão de um único cristal diferente.Perlitic: fratura concêntrica resultado a partir da contração de alguns gases vulcânicos após resfriamento.Piroclasto: fragmentos compressos.Ocelli: ovóides blobs criam liquido imiscível magma mingled ou vesículas preenchidas.Orbicules: massa ovóide de cristais radiantes comumente concêntrica bandada da encontrada em alguns granitos.Spinifex: escala em centímetros subparalelo para dendrítico crescimento de cristais de olivina em algumasultramáficas extintas.

Termos PiroclásticosVê seção 2.5

Texturas Piroclásticas de Vidro

Pele´s tears: vidro lapilliPeles´s hair: vidro bastante fino como fio de cabelo.Fiamme:fragmentos de pedra-pome em um tufo.

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Capítulo 4

Estruturas Ígneas e Interações entre Campo

Rochas ígneas podem ser estudas em escalas que vão desde microscópica até uma escala global. Oscapítulos 2 e 3 tratavam de amostra de mão e escala microscópica. Neste capítulo será estudada uma escala

intermediária: as formas de ilha, outscope e depósitos. Devemos começar com os produtos vulcânicos, talvez devido

ao fato de serem mais complexos e familiares. Portanto, devemos proceder para corpos intrusivos e suas estruturas,

formas e a relação entre a rocha original. Existe um acúmulo tremendo de literatura sobre este assunto, em particular

sobre o aspecto vulcânico e a presente discussão pode ser somente sumariamente condensada. Para mais detalhes da

descrição busque excedentes trabalhos listados no fim deste capítulo.

4.1 Processos Extrusivos ou Vulcânicos, produtos e transformações (formas de ilha)

Enquanto estava sentado a leste do estado de Washington escrevendo este capítulo, sentado acima do fluxode lavas basálticas que cobriam cerca de 165.000Km2 com um acúmulo da grossura média de mais de 1 km. Umgrande volume desta efusão foi extrudida acima da superfície da ilha de 14 para 16 Ma atrás e tendo sidoabsolutamente catastrófico. O Monte Santa Helena entrou em erupção em 1980 escurecendo o céu e cobrindo em ¼o estado com cinzas. Algumas pessoas lembram-se do estrondo e a nuvem ameaçadora que impôs uma estranhaescuridão no meio do dia. No oeste da América o vulcanismo é mais do que uma disciplina acadêmica. Cria mais doque forma de paisagem (landscape) e provém um enorme trato de recreação e imagem. O vulcanismo também

 permanece em constante tratamento.

4.1.1 Propriedades do Magma e Tipos de Erupções

O tipo de erupção do vulcão e depósitos resultantes é determinado pelas propriedades físicas do magma, em particular, a viscosidade e a volatilidade (dos gases) contida. A viscosidade (resistência em fluir) é determinada pelacomposição e temperatura do magma. Os limites fortes de Si-O e Al-O na fusão de silicatos podem se ligar (ou

 polimerizar) para formar redes extrusivas. Trabalhos recentes (ver Seção 7.5.1) têm indicado que fusões, pelomenos, aquelas próximas ao ponto de fusão, tem uma estrutura vagamente similar para os minerais que secristalizam a partir desta fusão (embora estejam menos ordenados e menos polimerizados). Lembrando que cadaátomo de Si está rodeado por 4 oxigênios em minerais de sílica. Cada oxigênio pode ser rodeado por um outro Si(chamada de pontes de oxigênio, no qual os polímeros são construídos como Si-O-Si-O) ou mais fracamente poralgum outro cátion (oxigênio sem formar pontes). Devido à fusão aproximar-se da estrutura de minerais

correspondentes, fusões basálticas tendem a ter mais Si-O isolados sem pontes de oxigênio (como na olivina) e parcialmente na corrente Si-O-Si-O (como nos piroxênios), do que pontes carregadas com redes tri-dimendionais deSi-O-Al-O (como nos plagioclásios). Pelo fato deles terem muito feldspato, fusões riolíticas tendem a seremdominantes por redes tri-dimendionais de Si-O-Al-O. As redes polimerizadas Si-O-Al-O significam que existemrodeamentos que estão muito fortemente interligados nas fusões riolíticas e sob alta viscosidade. Alta viscosidadeestá geralmente correlacionada a um alto conteúdo de sílica. Também para um dado conteúdo de SiO 2, a

 polimerização é mais fraca e sob altas temperaturas aumenta na direção da cristalinidade. O limite de viscosidade a partir de aproximadamente 10 equilibra-se para as olivinas anídricas basálticas em 1400ºC para aproximar-se de 105 em equilíbrio para fusões riolíticas anídricas, sobre uma mesma temperatura (Figura 4-1a). A viscosidade riolíticaaumenta em aproximadamente 108 equilíbrio para 1000ºC.

Quando os cristais são formados a viscosidade resultante da fusão de cristais misturados aumentarapidamente logo que resfriam, talvez devido à rigidez dos cristais ou ao efeito da superfície de adsorção (Figura 4-1b). Quando estacionário cada cristal fundido, mistura-se desenvolvendo também certa resistência para induzir a

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fluidez. Esta resistência é chamada de escudo de campo (shield force), que dever ser dominante, antes que omaterial possa ser deformado e se comportar como um fluxo viscoso novamente.

A água e os alcalinos possuem a habilidade de romper algumas redes de polimerização para pequenosfragmentos (ver Seção 7.5.1), reduzindo assim a viscosidade. Adicionando-se 2% (%peso) da água para a fusãoriolítica em 1000ºC abaixo do equilíbrio de viscosidade que varia de 10 8  para 100  (Figura 4-1c). Isto requeraproximadamente 8% do peso. A porcentagem da água para abaixar o equilíbrio da viscosidade de 10 4, entãoquando adicionado gradualmente água ocorre o escoamento. Elementos voláteis são importantes constituintes domagma por outras razões. Logo que o magma sobe, a pressão é reduzida e os constituintes voláteis escapam a partirdas soluções do magma expandidas. A pressão dos gases pode se tornar elevadas do que a pressão confinante dasrochas ao redor em níveis superficiais. Isto pode contribuir para muitas erupções explosivas. A água e os gáscarbônico são espécies voláteis dominantes, mas também ocorrem SO 2, H2, HCl, Cl2, F2  e um número de outrosconstituintes. Elementos voláteis podem atingir não menos que 0,5% do peso em magmas basálticos e acima de0,5% do peso em magmas riolíticos e consideravelmente mais em carbonatos e em algumas outras fusões. Será maisdetalhado na seção 7.5.1, 0,5% pode não parecer muito, mais os elementos voláteis possuem baixo peso molecular,logo sua proporção molecular pode em algumas vezes representar porcentagem pelo peso. A pressão dos voláteis

 pode ser substancial.

Figura 4-1 (a) Viscosidade calculada de liquidos silicatados em uma atmosfera de pressão, estimada pelo método de Bottinga eWeill (1972) por Hess (1989), Origin of Igneous Rocks. Harvard University Press. (b). Variação da viscosidade do basaltoquando ele cristaliza (segundo Murase e McBirney, 1973), Geol. Soc. Amer. Bull., 84, 3563-3592. (c). Variação da viscosidadedo riolito em 1000oC com aumento do conteúdo H2O (segundo Shaw, 1965, Amer. J. Sci., 263, 120-153).

A combinação de viscosidade com o conteúdo volátil determina tanto se a erupção será violenta oumoderada. Difusão de voláteis ocorre fortemente através de magmas de silicatos, especialmente sob baixa

 polimerização. Porque voláteis são também de baixa densidade e eles concentram-se próximos ao topo das câmarasmagmáticas. Como resultado a maioria dos estágios iniciais das erupções são violentas do que em sua fase final,

 pois voláteis ricos em porções são os primeiros a serem expelidos. A pressão mantém os voláteis dissolvidos emgrandes profundidades logo eles são liberados assim que o magma se aproxima da superfície e a pressão édesprendida, de modo similar agem os carbonatos onde se a viscosidade é suficientemente baixa, os voláteis podemescapar facilmente. Erupções basálticas no Havaí exibem comumente recentes voláteis que conduzem as fontes delava, seguido de uma fase calma nas quais as formas de lava e os gases latentes escapam gradualmente, localmente erepentinamente como bolhas ou explosões, arremessando pedaços incandescentes de borrifos (spatter) para dentrodo ar. De outro extremo a alta viscosidade de alguns riolítos e magmas dacíticos resistem ao escapamento devoláteis até a pressão da expansão dos gases atingirem uma alta resistência, resultando numa tremenda explosivaerupção. A explosão do Krakatoa, na Indonésia em 1983, foi escutada próximo as Ilhas Mauricio, acima de 4800 kmde distância do Oceano Indico espalhando nuvens de cinzas ao redor do globo, reduzindo a temperatura atmosférica

 por todos os lugares próximos por alguns anos.

Embora a maioria dos voláteis sejam expelidos durante a pressão, liberando associações com a erupçãoinicial, alguns ainda permanecem no magma. Uma analogia que pode ser feita e que ilustra bastante seria pegar uma

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lata de refrigerante soda e sacudi-la abrindo logo em seguida, a pressão será liberada fazendo com que ocorra umepisódio de erupção similar ao que ocorre com os vulcões. Agora se a experiência for feita em uma garrafa você

 poderá enxergar as bolhas se formando na garrafa assemelhando-se ao comportamento das bolhas de carbono antesde atingirem a superfície. Assim ocorre de modo similar aos gases que são dissolvidos que permanecem na lavadepois da primeira erupção onde irão deixar a solução formando bolhas que são chamadas de vesículas, no qualascenderão e concentraram-se em direção da superfície de fluxo de lavas. Elevadas vesículas basálticas normalmenteresultam a partir de uma rápida vesiculação durante a explosão da erupção e será chamada de escoria (scoria).Muitos magmas viscosos, como o riolíto (ambos, pois eles contêm geralmente mais voláteis e eles armazenamefetivamente mais bolhas) pode tornar-se vesículas que bloquearam a rocha resfriada que atualmente flutua na água.Este vidro de cor mais clara é chamado de pedra-pome e geralmente se forma como pedaços de magmas incluídosdurante a injeção explosiva, mas também no topo de alguns fluídos riolíticos. Depois de uma longa solidificação defluxo de lava, as vesículas, podem preencher com minerais posteriormente (como a opala, calcita e zeolita)depositadas por soluções hidrotermais. Cada vesícula preenchida “amigdalas” e são comumente em fluxo máficos. 

4.1.2 Saídas Centrais de Formas de Ilhas

Magmas podem emitir-se tanto a partir de uma saída central quanto a partir de uma fissura linear. Nassaídas das erupções as lavas emitidas a partir, geralmente, de cilindros conduzem através de buraco na superfíciesubcircular (a saída). Podem existir algumas depressões em formas de redondas ou em formas afuniladas na saída,chamada de cratera. A ascensão do magma é seguida por zonas enfraquecidas, fraturas ou intersecções fraturadasna parte superficial e quebradiça da crosta. O magma se solidifica nas saídas e nas entradas fortalecendo-as eforçando uma nova fase de erupção posterior na busca por outros condutores próximos. Deve haver outras saídasassociadas a um único vulcão, em particular se considerarmos as sucessivas erupções acima de um tempoconsiderado suficiente. Erupções fissurais ou rifts ocorrem quando o magma de baixa viscosidade escapa de longasfraturas que tapavam a fonte do magma. Estas erupções são comuns em platôs ( plateaus) ou em inundações

 basálticas.

A Figura 4-2 ilustra alguns exemplos dos principais tipos de formas de ilhas vulcânicas associadas a umaúnica saída e elas relativamente aproximam-se do tamanho, o limite do campo dos vulcões em tamanho a partir dealguns km através da extensão da saída das formas de ilhas (landforms, Figura 4-2a). A lava que comprime o campodo vulcão é predominantemente basáltica. Devido à viscosidade baixa predominando o fluxo que cobre uma grandeárea produzindo as formas de ilha com um perfil convexo pra fora e de baixa encosta (geralmente menos do que 10ºe comumente fechado entre 2º e 3º).

Acima de alguns pontos quentes “hot-spots” (Capítulo 14 e 15), são emitidos para longe uma vastaquantidade de basaltos, produzindo uma extensa e única forma de ilha na face da Terra. O campo dos vulcõeshavaianos como Maura Loa e Maura Kea ascendem próximo a 9 km partindo do piso do Oceano Pacífico, o MauraLoa para uma elevação de 4169m acima do nível do mar. O volume total do basalto nestes campos excede40.000Km2. Fluxos individuais têm viajado em até 50 km partindo da fonte de saída e são tipicamente de 5 para

10metros de espessura, embora alguns fluxos no campo do vulcão viesse a partir da saída central, podendo havertambém erupções do flanco marginal. Erupções fissurais nas quais as lavas são emitidas a partir de um estalo noescudo saliente também são comuns. Algumas pequenas saídas de satélites podem ocorrer ao longo de uma fissuracomo concentrações locais efusivas.

Figura 4-2 Formas de ilha associada ao vulcanismo com uma saída central (todos na mesma escala)

Outras formas de ilhas vulcânicas comum é o vulcão composto ou estrato vulcânico (Figura 4-2b e 4-3).Este é passo a passo usualmente levemente côncavo para fora e tem ângulos de 36º. Eles são formas de ilhas

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vulcânicas que associamos com vulcanismo representado por exemplos famosos como o Monte Fuji, o MonteRainer, o Monte Vesúvio e o Monte Santa Helena. Eles medem em média aproximadamente 2 km em altura e sãosomente 1/100 do volume extenso do campo vulcânico.

Figura 4-3 (a) Ilustração transversa de uma seção de estrato vulcão. After Macdonald (1972). (b) Glaciação profunda ao norte da parede do Monte Rainer, WA, um estrato vulcão, apresentando camadas piroclásticas e fluxos de lavas.

Como devemos aprender nos Capítulos 16 e 17, estrato vulcânico é tipicamente composto por um extensolimite de composição magmática mesmo que em uma única localidade. Existe geralmente mais sílica do que camposcom andesitos nos mais comuns tipos de magmas. Sua história de erupção é geralmente complexa, tendo erupçõesrepetidas de ambos os fluxos piroclásticos e acamadamentos no qual se dá o nome da forma do vulcão. A proporçãodos fluxos dos depósitos piroclásticos varia consideravelmente entre os vulcões e pode também variar acima dotempo de acordo com o vulcão. Os fluxos são geralmente associados com os magmas mais máficos e mais quentes,enquanto os tipos mais silicosos e resfriados produzem erupções explusivas. A erupção de 1980 do Monte SantaHelena, por exemplo, foi localmente devastadora enquanto que em alguns centros vulcânicos pode ser monótonas,tanto em termos de composição como no tipo de erupção ou em ambos, outros podem apresentar consideravelmenteuma grande variação. As razões sobressalientes para esta diferenciação não estão claras.

Cada fase da erupção levará alguns magmas solidificados preenchidos na saída central e nos condutores.Magmas sucessivos devem mover através ou ao redor em entradas recentes. Câmaras magmáticas superficiais

 podem mandar arremessos de magmas para alimentar a erupção no flanco formando cones parasíticos, comoilustrado na Figura 4-3.

Como o vulcão na Figura 4-3a parece simétrico e estritamente agradacional (continuamente constituído ouadicionado), a composição real dos vulcões são mais distantemente complexa. (A massa desperdiçada, erosão glaciale explosão destrutiva de uma recente construção de vulcão são importantes elementos na história destes vulcõesFigura 4-3b). Algumas composições dos vulcões presentes são vulcões mais recentes formados na série de cones queforam construídos e subsequentemente destruídos, no mesmo local em geral. Na mesma localidade esta parte

especificada pode ser de alguma forma distribuída e o vulcanismo é espalhado acima de uma larga área com umaatividade esporádica nos últimos milhares de anos. Como cada ocorrência é comumente conhecida como Complexo

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Vulcânico, a Figura 4-4 é um modelo esquemático através da seção da área de Hassen Peak ao noroeste daCalifórnia, note as massas removidas de andesítos original da Montanha Brokenoff e as ocorrências posteriores dealguns dacítos e domos riolíticos.

Figura 4-4 Seção esquemática da área Lassen Peak. After Williams (1932). Univ. of Cal. Publ. Geol. Sci. Bull., 21

Pequenas formas de ilhas vulcânicas são associadas com o mais limitado evento eruptivo e não são mesmocomparáveis com os extensos campos ou composição de cones no qual se constroem ao longo do tempo comoresultado de fases de sucessões eruptivas. Alguns exemplos destas formas de ilha são ilustradas nas Figuras 4-2 e naFigura 4-5 (onde elas não estão na mesma escala).

Figura 4-5  Seção geológica esquemática mostrando a estrutura e a morfologia de um pequeno vulcão explosivo com escalaaproximada. After Wohletz and Sheridan (1983), Amer. J. Sci, 283, 385-413. 

Cones piroclásticos, como o cone escória ou cone cinder (Figura 4-2c, 4-5a e 4-6c), resultam a partir dacoleção do ar carregado de cinzas, lapilli e blocos assim que eles caem ao redor da saída central em associação commenos do que 200 para 300 metros de altura e 2 km e diâmetro e geralmente os últimos em alguns anos(aproximadamente 10 anos). Parícuntin, por exemplo, o cone da escória no México Central, cresce em Cornfield, de410 metros desde alguns anos no começo de 1943, atividades estas que cessaram em 1952. Estes pequenos conessão usualmente basálticos e de lado reto com ângulos de 33º junto ao ângulo da deposição da escória fundida. Estes

 pequenos cones são tipicamente assimétricos, também elongação ao longo da fissura ou extenso no lado abaixo dacurva no momento da erupção.

Eles possuem uma cratera central, em forma circular, no qual preenche gradualmente e aplainado comoresultado de massa desperdiçada. Um Maar (Figura 4-5b e 4-6a) está tipicamente abaixo do que o cone da escória,

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tem uma cratera central longa e uma relação do tipo ring debris (anel de debris) depositado. Maar resultam a partirda interação entre a explosão do magma quente com a água subterrânea (groundwater ), no qual em um período

 breve vaporiza-se. Tais explosões são chamadas de hidromagmáticas ou freáticas. Note que a força da explosãoaqui é suprida pelas águas subterrâneas (groundwater), não pela água contida na fusão. Geólogos comumente usamo termo “meteórica” e “juvenil” para fazerem uma clara distinção.

A água meteórica  refere-se à superfície ou águas subterrâneas (groundwater) e a  juvenil  refere-se tanto para a água quanto para os constituintes que são produzidos do próprio magma. Uma maar está com características primariamente negativas, em erupções freáticas escavadas em crateras dentro do substrato original. Cones de anéisde tufo também se formam como resultado da interação água e magma, mas também tem profundas craterasescavadas. Anéis de tufo (tuff ring) (Figura 4-5c) se formam quando o magma ascende (normalmente basáltico)vindo para perto da superfície do que com o maar antes da interação explosiva com o solo superficial ou nasuperfície de água. Eles também envolvem uma alta proporção de magma para água do que o maars, formando umanel subterrâneo de escória e cinzas que possuem uma pequena borda e uma acamadamento de material piroclásticoque mergulha para dentro e para fora sob um mesmo ângulo. Talvez o anel de tufo mais importante ou maisconhecido seja o Diamond Head, o qual permanece acima do final sudeste de Waikiki Beach (Figura 4-6b). Oscones de tufo (tuff cones)  (Figura 4-5d) são pequenos do que os anéis de tufo com escarpas laterais e crateras

centrais pequenas. Eles se formam quando o magma interage com muita água da superfície. Eles parecem resultar a partir de uma violenta e muito prolongada erupção do que os maars e anéis de tufo. Eles parecem com cones deescória, mas tem um acamadamento que mergulha para dentro das crateras bem como para fora.

Figura 4-6 (a) Maar: Buraco-no-Solo, Oregon, (cortesia de USGS). (b) Tufo de anel: Diamond Head, Oahu, Hawai (cortesia deMichael Garcia). (c) Cone de escória, surttsey, Iceland, 1966 (cortesia de Bob e Barbara Decker).

A maioria das classificações, incluindo as citadas acima, dá a impressão que o “pigeonholes” é distinto,refletindo descontinuidade no processo que geram as formas. Embora possa existir alguns agrupamentos de formasdentro dos tipos descritos acima, existe um spectrum continuo destas pequenas formas de ilhas de piroclástosrefletindo variações na viscosidade, composição, proporção do magma da água meteórica e as profundas interaçõesde explosão. Mesmo nos campos e cones compostos não são completamente distintos.

Formas Domos (Figura 4-7) ocorrem quando são desgaseificado, viscosidade, magma silicático, como osdacíticos ou riolíticos (menos comum o andesitos) se deslocam vagarosamente e relativamente tranquilamente para asuperfície. Os limites dos domos em tamanho a partir de não menos que centenas de metros para alguns quilômetrosde diâmetro. Os domos podem formar primeiramente ou tardiamente durante um ciclo eruptivo, mas eles se formamtipicamente tardiamente. Depois de uma recente fase de atividade explosiva, o magma final (gás solto) pode inflar

 para um domo em uma cratera central. O processo é conhecido como endógeno (endogenous), no qual o domo infla pela injeção do magma a partir do interior. Erupção domos exógenos são eventos no qual a adição posterior rompeatravés da crosta e flui para fora. A crosta que se forma nas quebras dos domos como domos inflados, dando a

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superfície uma textura grosseira. Blocos quebrados despencam e se acumulam na base do domo, assim como na basedo talude. O fato de inflar pode fazer com que zonas externas se fraturem de maneira radial e mesmo com o esforçoem algumas seções externa e interna formando um spine como ilustrado na Figura 4-7.

Figura 4-7 Seção esquemática através de um domo de lava.

Existe uma escala a partir das escarpas laterais dos domos para domos que se aplainam e fluem monteabaixo (chamados couléss, um nome que também se aplica para alguns tipos de canyon), para espessuras grossas.Viscosidade, encostas e a taxa de produção do magma são importantes fatores na formal final. Coulées e riolitosgrossos ou fluxo de obsidiana são viscosos e não partem para longe da fonte. Eles tipicamente possuem umasuperfície que dobra em direção a “pressão da crista” (“pressure ridges”) que é usualmente convexa em direção doavanço da frente. (Figura 4-8). Como pode alguns domos, coulées ou fluxos espessos serem tão completamentevítreo, é este um problema interessante. Certamente eles não resfriam rapidamente, talvez a viscosidade e a fusão de

 polimerização inibam a nucleação do cristal ou a moção retarde a nucleação. Alguns domos são inflados diante asuperfície da Terra e são chamados de criptodomos (cryptodomes). A inflação que causou um espetacular inchaçono flanco do Monte Santa Helena em 1980 foi um criptodomo. Um pedaço incomum, que certamente nãotardiamente no ciclo eruptivo, não foi desprendido dos voláteis e assim ficou claro quando o inchaço se desfez e a

 porção mais abaixo se espalhou e uma despressurização da seção do anteparo do domo liberou gás em um eventoexplosivo.

Figura 4-8 Pressão na crista na superfície da Big Obsidian Flow, Vulcão Newberry, OR. A direção do fluxo está para a esquerda.

Caldeiras  em largas escalas com característica de colapso, tipicamente se formam na saída central,claramente em um episódio posterior. Elas se formam quando o líquido denso acima da parte superficial da câmaramagmática vai para dentro do escoamento da câmara. O magma pode escoar como a erupção de um flanco ou podemovê-lo através da separação das fraturas dos blocos do colapso dos anteparos. Nos escudos basálticos a caldeira

 pode preencher com magma a partir da parte inferior criando um lago de lava (lake lava). No qual a ocorrência é

devido a um processo no qual o sólido denso resfriado anteparo se encontra diante uma densa câmara magmática, sedeslocando para cima.

Em casos mais silicáticos, fraturas atingem abaixo da câmara magmática reduzindo a pressão no topo dacâmara, induzindo uma rápida vesiculação e uma proporção substancial do magma que pode então escapar ao longodestas fraturas no anteparo na forma de atividade piroclástica. A Figura 4-9 ilustra uma explosiva erupção do MonteMazama para formar o Crater Lake há 6850 anos. De acordo com Bacon (1983) e Bacon e Lanphere (1990), oMonte Manzana era um vulcão extenso e composto, consistindo de alguns sobrepostos campos basálticosandesíticos para cones riolíticos compostos que medem aproximadamente 3600 metros de altura. O primeiromaterial vindo da câmara magmática que conduz uma erupção climática era pedra-pomes riolíticas que caíam, efluxos de lava que datavam em 7015 anos. A erupção climática começou como uma única fase de saída que

 produziu a coluna Plinian, produzindo também uma difundida queda de temperatura, então entrou em colapso paraum enorme série de vales de ignimbritos (agora soltos). Imediatamente após isto, uma fase de anel de dique

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começou, caracterizado pelo colapso da caldeira e por claramente colunas de piroclástos, emitindo a partir das falhasmarginais. As colunas produzem pedaços de vulcões líticos próximos a saídas e sobre o topo do monte e pobremente

 para uma incosolidada ignimbrida pedra-pomes nos vales. Uma fase posterior ao anel de dique foi caracterizado porandesito basáltico piroclástico e escoria andesitica. O volume total do material ejetado é estimado emaproximadamente 50 Km2. Algumas centenas de anos, seguido por erupções climáticas, pequenas saídas deandesitos esporadicamente entraram em erupção dentro da caldeira produzindo cones como as da Ilha Wizard.Embora elas representem um novo magma ou remanto vindo de uma antiga câmara, ainda é desconhecido.

Figura 4-9 Desenvolvimento da caldeira de Crater Lake. Bacon (1988) Segundo Bacon (1988). Crater Lake National Park andVicinity, Oregon. 1:62,500-scale topographic map. U. S. Geol. Surv. Natl. Park Series.

As caldeiras extensas, algumas acima de 100 km, são associadas através de uma tremenda erupção piroclástica de riolitos. As caldeiras resultantes são tão extensas para visualizar em nível do solo que algumassomente tem sido reconhecidas por imagem de satélites. Exemplos de extensas Caldeiras está no oeste dos EstadosUnidos são as Yellowstone, Valles Caldeira no Novo México e Long Valley na Califórnia. O Yellowstone contémalgumas partes sobrejacentes de calderas. Tais ocorrências são chamadas de complexo de caldeiras (calderacomplexes). A primeira erupção ocorreu a 2 Ma (milhões de anos) atrás e produziu aproximadamente 2500 km2 dematerial riolítico num único fluxo de cinzas. Seguindo o colapso da terceira caldeira, o centro foi ascendidonovamente (talvez com um novo preenchimento de magma na câmara abaixo) par se tornar o que chamamos decaldeira resurgente (resurgent caldera).

Smith (1979) tem apresentado uma forte correlação entre a área e o volume da caldeira com as cinzas quesão expelidas nos fluxos, o qual influência no tamanho das caldeiras ampliando em cinco ordens de magnitude.Smith usava área de caldeira porque o volume é mais difícil de ser determinada para cada colapso, cobertura decinzas e erosões características. Se esta correlação reflete uma correlação similar entre o volume de fluxos de cinzase o volume da caldeira, isto sugere que a caldeira mergulha aproximadamente a mesma distância (próximo 0,5km),desconsiderando o diâmetro, sugerindo que alguns processos limitam a profundidade do colapso. Talvez em grandes

 profundidades, a pressão litostática é suficiente para impedir a separação de voláteis no qual pode decompor omagma, baixa viscosidade e permitir um rápido escapamento.

4.1.3 Erupções Fissurais

Em contraste com a saída central do vulcanismo, erupções fissurais (fissure eruptions)  ocorrem emerupções magmáticas para a superfície ao longo tanto de uma única fratura quanto para um conjunto de fraturas. Oscondutores planares quando expostos pela erosão são preenchidos com magma solidificado e são referidos comodiques preenchidos (feeder dikes). Como mencionado anteriormente, algumas erupções fissurais ocorrem emflancos de saídas centrais, onde as fraturas estão tipicamente acompanhadas de inflação do edifício como no

 preenchimento da câmara magmática. Tais fraturas podem ter formas singulares ou múltiplas (em padrõesconcêntricos ou radiais próximas a saída, ou em conjuntos paralelos). Erupções fissurais também ocorrem em largasáreas passando por extensionamento regional. Exemplos incluem os Vales Rifts da África, Iceland e basesextensionais das áreas vulcânicas. A Figura 4-10 ilustra a localização de alguns diques preenchidos e as saídas dosRios Basaltos Columbia, o principal tipo Plateau ou piso basáltico provém a leste de Washington. Embora possamos

 pensar nestes grandes pisos basaltos como alimentados exclusivamente por diques, um número de saídas localizadastambém alimentam alguns fluxos ou até mesmo formas de cones locais. A quantidade de basalto no plateau ou

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assoalho basáltico é tremendo e o deslocamento de cada extenso volume para a superfície comumente resulta numinclinamento da crosta abaixo, produzindo uma estrutura de base. Os grandes desabafos ( outpourings) serãodiscutidos, mas detalhadamente no Capítulo 15.

Figura 4-10 Localização da exposição de diques preenchidos (linhas vermelhas) e saídas (V´s) da porção sudoeste do Basalto doRio Columbia. Unshaded area covered by CRB. After Tolan et al . (1989), © Geol. Soc. Amer. Special Paper , 239. pp. 1-20.

O mais comum tipo de erupção fissural nunca é visto pela maioria de nós. Estas fissuras tipicamenteocorrem diante do oceano, na metade dos oceanos próximos aos recifes, produzindo o mais comum e volumoso tipode rocha na Terra: os Recifes Basálticos do Meio Oceânico (MORBS) o qual constitui a crosta oceânica. Aqui duas

 placas divergem, resultando em falhas normais e extensionamento tectônico, uma situação ideal para erupçãofissural. Somente nas Icelands que este tipo de erupção fissural esta exposta acima do mar. Examinaremos MORBS(mid-ocean rigde basalts) e os processos no Capitulo 13.

4.1.4 Características dos Fluxos de Lava

Fluxos de lavas são mais quiescentes do que explosões dramáticas de erupções vulcânicas, mas são as

formas mais dominantes de vulcanismo na Terra e talvez constante no sistema solar. Os fluxos ocorrem maistipicamente em lavas com baixa viscosidade e baixo conteúdo volátil. Eles são mais comuns em conteúdo basálticos,mas alguns fluxos podem ser silicáticos como os riolíticos. Os fluxo Havaianos você pode perceber que eles

 percorrem vagarosamente sobre a borda, mas limitados nas áreas de um único evento. Fluxos raramente matam pessoas, mas eles tem englobado muitas propriedades, incluído cidades. Felizmente, eles são normalmentesuficientemente lentos para que as pessoas possam evacuar suas casas antes do avanço do fluxo.

Figura 4-11 Extensão da unidade fluxo aerial do N2 Grande Ronde (aproximadamente 21 fluxos). After Tolan et al., (1989) TheGeological Society of América, Inc.

Alguns fluxos, contudo, particularmente aqueles associados com assoalhos basálticos são de tamanhoenorme. A necessidade do alinhamento de alguns fenocristais sugere que estes fluxos tipicamente percorrem demaneira turbulenta e vem a descansar antes de serem suficientemente resfriados para serem viscosos e preservar as

características interna do fluxo. Algumas unidades de fluxos individuais do Grupo Basalto do Rio Columbia cobremaproximadamente 120.000 Km2 (Figura 4-11) e aproximadamente 300 km3 em volume (Tolan et. al., 1989). Self etal. (1997) concluiu que fluxos extensos e individuais requerem de 5 a 50 meses para empacotar, e em média 4000

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m3/s de efusão de lava. Estas são formidáveis formas de fluxo e se um destes ocorrer em tempos modernos teria umconsiderável impacto nas propriedades, vidas e até mesmo no clima global.

 Nos estágios recentes de uma erupção basáltica, assim como no Hawaii, o magma emerge como lavaincandescente em aproximadamente 1200ºC. Esta lava tem uma viscosidade muito baixa e percorre abaixo com umainclinação nos rios de velocidade inicial alta como 60 Km/h. Esta corrida da lava resfria e forma uma camada defumaça escura, o qual pode desenvolver uma aparência corrugada (Figura 4-12a e a do lado esquerdo da Figura 4-12b).

A corrugação (formação de rugas) são normalmente menos do que 2 cm de altura com abertura perpendiculares para, ou convexo, direção dos fluxos. Tais lavas são chamadas de pahoepahoe. Assim que a lavaresfria posteriormente, e a viscosidade aumenta, o fluxo começa a se mover mais devagar e desenvolve umagrosseira escoriação na crosta. O fluído interior continua a se mover, a crosta se arrebenta em blocos de escóriaressoantes, o qual percorre calmamente o topo. Pedaços também se soltam para baixo no avanço frontal. A moção écomo um cinto transportador, no qual lados da superfície diante da frente do avanço do fluxo. Assim os blocos sãoencontrados tanto no topo quanto na base do fluxo. O fluxo da cobertura da lava resultante é chamada de aa (ao ladodireito da Figura 4-12b). Ocasionalmente o material do centro do fluído escapa e tem como fluxo uma língua através

da carapaça. Tubos de lava (lava tube) também formam condutores dentro de alguns fluxos basálticos eficientessignificando uma conservação do calor e entregando a lava pra um avanço frontal. As lavas tipicamente derramam a

 partir de seus condutores deixando um túnel parecido com os tubos. Aa e pahoepahoe são membros finais de umasérie contínua característica de fluxos de lava. Pahoepahoe está restrito para os basaltos de baixa viscosidade, masaa pode ocorrer em fluxos alcançando um limite de composições. Numerosos fluxos de basaltos começam comopahoepahoe e se tornam posteriormente aa, a partir das saídas quando elas se resfriam e diminuem a velocidade.

Figura 4-12 (a) Superfície dos derrames pahoepahoe, 1996 fluxo na área Kalapana, Hawai. (b) Pahoehoe (esquerda) e a (direita)

encontrada em 1974 no fluxo de Mauna Ulu, Hawai. (d-e) Ilustração do desenvolvimento de um derrame inflado. Em d, um finoderrame através da parede de rocha. Em (e), o derrame está inflado pela adição de mais lavas abaixo da crosta inicial de lava. Aantiga parede de pedra ancora a crosta, sustentando do levantamento. A parede pode ser vista na área de baixo na foto (c). © JohnWinter and Prentice Hall.

Holcomb (1987) recentemente descreveu o fluxo  inflado (inflated)  aplicando o termos a alguns fluxos basálticos havaianos (Figura 4-12c-e). Estes fluxos começam como finos fluxos de pahoepahoe, talvezaproximadamente de 20 a 30cm, depois que a crosta se prepara, lavas continuas são adicionados diante e inflamtornando o fluxo internamente mais espesso com tamanho de até 18 m. Como resultado a crosta ascende, se rompe einclina em um padrão complexo. Fluxos inflados têm sido descritos em alguns lugares, incluindo o Hawaii, Oregon,o Rigde Juan de Fuca e os Rios Basálticos da Columbia. A inflação dos Basaltos do Rio da Columbia evitam que umfluxo rapidamente aumente sua taxa em semanas, estimado por alguns e de acordo com sua taxa de resfriamento,

devido à crosta inicial insular o fluxo, diminuindo a taxa de resfriamento e permitindo o fluxo do basalto em grandesdistâncias (Self et al., 1997).

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Fluxos de andesitos são mais viscosos do que fluxos basálticos e embora ocorram como fluxo, eles sãotipicamente formadores de tanto a quanto blocos de lava (Lava blocks) Embora a é composta por brasas formadas ecascalhos, blocos de lava são extensos e blocos laterais enfumaçados. A frente do fluxo de bloco de lava é mais

 passo a passo e as pilhas dos blocos podem estar acima de 100 m de altura. Até o meu conhecimento, eles parecemresultado a partir de processos em extenso fluxo, o fluxo mais massivo pode ser formado pela parte da frente de um

 bloco. Dacíticos e riolíticos (fluxos de lava) são menos comuns, como os magmas são tipicamente mais explosivos produzindo depósitos piroclásticos. Quando ocorre o fluxo silicoso, eles formam domos, caulées ou fluxosgrosseiros, conforme discutido anteriormente. Fluxos riolíticos são comumente compostos por obsidiana e sãoafíricos (aphyric) (faltando nos fenocristais), indicando que eles estavam quentes, portanto menos viscosos.

Uma grossura intermediária para lavas silicosas exibe tipicamente uma foliação de fluxo (flow foliation), oqual pode consistir de bandas de fenocristais alinhados em diferentes cores (Figura 3-13) ou em bandas de pedra-

 pome. Estas camadas podem ter um ruim magma misturado ou porção do mesmo magma com diferente stemperaturas, composição conteúdo de cristais, água e oxigênio. Estas camadas foram alongadas, compartilhadase/ou acobertadas durante o fluxo. No caso das camadas de pedra-pome em obsidiana estas camadas podem ter sidodistanciada da superfície da camada incorporada para novamente ir dentro do fluxo, mas são comumente zonascompartilhada de localização que induzem a vesiculação.

Figura 4-13 (a) Desenho esquemático de uma coluna de falha no fluxo basáltico, mostrando as quatro comuns subdivisões de umfluxo tipico. A abertura da coluna em (a) exagero de aproximadamente 4x. After Long e Wood. (b) Colunado no fluxo basáltico,Crooked River George, OR.

O fluxo de lava subaerial (aquelas que fluem sob a ilha) e alguma intrusão superficial podem desenvolver

falhas padrões características chamadas de falhas colunares (colunar joint). A Figura 4-13 ilustra este tipo deestrutura dentro de um fluxo tipicamente basáltico (neste caso um dos fluxos do Rio Basáltico Columbia). No casoideal existem 04 subdivisões: uma fina e fragmentada vesícula no topo do fluxo, variando entre alta e baixacolunação com colunas claramente irregulares que são tipicamente curvados e skewed.

As 03 principais subdivisões não são desenvolvidas uniformitariamente, sendo que cada uma pode variar naespessura sendo inteiramente ausentes ou ocorrendo repetidamente dentro de um único fluido. Embora os modelostenham sido propostos a partir de falhas desenvolvidas em colunas baseado em convenções de correntes (Sosman,1913; Lafeber, 1956), difusão de correntes (Kantha, 1981; Hsui, 1982), ou mecanismo mais aceito na concentraçãode fluxo assim que resfriam (Tomkeiff, 1940; Spry, 1962; Long e Wood, 1986; Budkewitsch e Robin, 1994). Porcausa do topo e do meio do fluxo resfriado antes da camada central: ocorre um contraste com a água externa onde ocentro não contrasta. Este resultado de stress intencional que criam um conjunto regular de falhas como blocos quese empurram uns aos outros gerando polígonos separados por falhas. As falhas propagam-se para baixo a partir dotopo e um pouco acima do meio logo que o resfriamento entra em progresso na direção do centro formando colunas

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 parecidas com estruturas nos de colunação. Formas colunares perpendiculares para a superfície sob uma temperaturaconstante no quão são comumente paralelos à superfície do fluxo (i.e horizontal). As colunas podem ter lados quevão desde 4-, 5-, 6- e 7- sendo a 5- e 6- mais predominante.

As entalhaduras irregulares são mais difíceis de serem explicadas com idéias que geralmente recobrem sobsuperfície de resfriamento com distúrbios ou deformações que ocorrem após a falha de um centro ainda com fluxodúctil. Ocorre uma diferença entre textura petrográfica colunada e a entalhadura (Swanson, 1967; Long e Wood,1986) sugerem que esta diferença resulta a partir do efeito da cristalização primária. Uma enorme proporção devidro mesostasis e o óxido plumoso d Fe-Ti sugerem para Long e Wood (1986) que o resfriamento da entalhaduraresfriada ocorre mais rapidamente do que para os colunados, ao contrario do que alguns esperariam para o maisisolado fluxo interior. Eles propuseram um modelo na qual a infiltração da água ao longo das falhas (talvezassociado com lagos ou inundações) resfria uma porção entalhada através da circulação de água convexa através deum sistema de falhas. Variações no desenvolvimento das subdivisões podem ser explicadas a partir de umairradiação natural de inundação e a ventilação nas colunas entalhadas podem ser relacionados a uma percolação deextensa água abaixo, formando antes falhas.

Quando fluxo de lava basáltica entra em água permanente, eles formam tanto línguas quanto estruturas

equidimensional, ambas chamadas de pillow. O resultado são pillo-lava  (Figura 4-14) que contem um numerosoconteúdo de pillows que normalmente crosta de vidro, bandas concentradas e uma estrutura interna radial. Pillows

 posteriores comumente nivelam e contornam para o formato das pillows acima no qual elas se estabilizam,fornecendo aos geólogos com um método de determinação do topo original de depósitos em terrenos cobertos. As

 pillows podem ser embebecidas com um fino vidro descrito como hialoclastito (hyaloclastite), produzido pelafragmentação de lava quente logo que entra em contato com a água. O hialoclastito comumente desvitrificadorapidamente para um material meio alaranjado e marrom chamado de palagonita (palagonite). 

Figura 4-14  Pilow lavas de basaltos sub-aquáticos. Veja o canivete na parte inferior da foto servindo de escala. Olimpic peni9nsula, Washington

4.1.5 Depósitos Piroclásticos

O termo vulcanoclástico (volcaniclastic)  se refere para algum agregado fragmentado de materialvulcânico, de maneira displicente de como é formado. Autoclastico (autoclastic)  se refere ao vulcanismo quesuporta um rompimento auto-imposto de modo quiescente, como as aa e os fluxo de blocos, a aba do talo dos domosou características de colapso gravitacional. Depósitos piroclásticos (pyroclastic)  são subconjuntos devulcanoclasticos que consiste em material fragmentado a partir de uma atividade de explosão vulcânica ou umaexpulsão partindo da saída vulcânica. Outros depósitos vulcanoclásticos incluem fluxos lamosos ou lahars, no qualsão formados quando ocorre uma mistura das ruínas vulcânicas com água suficiente que tanto pode ser de chuvaquanto de gelo derretido para se mobilizarem. Lahars pode ser uma erupção associada e quente ou ocorrer

 posteriormente e ser resfriado durante o fluxo de vulcões. As características do colapso quente de vulcões sãogeralmente consideradas piroclásticas, embora elas não apresentem qualificação técnica para isso. Depósitos

 piroclásticos podem se depositar em água também, podendo a partir daí se misturar com a água e se tornarem laharsou depósitos de água assentada (e são não longe piroclásticos pela nossa definição). Coletivamente a  partícula de

 piroclástico que comprimem o depósito são chamadas de piroclastos (pyroclast)  e um termo coletivo para osmateriais  depositados é tefra (tephra). Futura classificações dos piroclásticos são baseadas no tamanho das

 partículas e discutidos no Capítulo 2.

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Depósitos piroclásticos são classificados com base no modo de transportação e deposição. Eles sãosubdivididos dentro de quedas (falls)  ou fluxos (flows). Surge  são distinguidas por alguns geólogos como umaterceira categoria de depósitos piroclásticos mas eles são realmente do tipo fluxo.

1) Depósito de Queda de Piroclástico (pyroclastic falls deposits)  se comprime a partir de uma erupção vertical.Os piroclastos podem ser forçadamente expostos externamente durante uma erupção explosiva ou eles podem sercarregados através da convencção e o buoyancy de gases quentes acima da saída. Erupções plinian (Figura 4-9a, 4-15a e 4-18a) são combinações de dois. As partículas são forçadas a parir da saída forte de gases e carregando paracima através da quente convecção. As quedas simplesmente acompanham pequenas erupções basálticas que

 produzem cones de escória e cones ou anéis de tufo. A mais dramática e extensa erupção produz cinzas elevadas que podem atingir altura de até 50 km. Como as plumas se expandem, a direção da força dissipada e o piroclasto caemde volta na Terra sobre a influencia da gravidade. Extensas e densas partículas caem rapidamente permanecendofinas cinzas acima. Como resultado os depósitos de queda são bem sortidos com decaimento nos tamanho dos grãosambos verticalmente em direção ao topo do deposito e lateralmente a partir da saída de uma fonte. O tamanha,espessura, forma dos depósitos e distribuição das partículas dependem da taca de expulsão, do volume em erupção,da força de explosão, da direção e da velocidade do vento que prevalece durante o tempo de erupção.

Figura 4-15 Nuvem de cinzas e depósitos da erupção em 1980 do Monte santa Helena. (a) Foto vertical do Monte Santa Helenadas colunas de cinzas. 18 de maio, 1980 (cortesia USGS). (b) Seção vertical das nuvens de cinzas mostrando um temporal

desenvolvido durante os 13 primeiros minutos. (c) Visão de um mapa de depósitos de cinzas. Espessura em centímetros. AfterSarna-Wojcicki et al. (1981).

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Depósitos de queda cobrem a superfície da ilha, onde a espessura decai gradualmente da partindo fonte,mas está independente da topografia (muito mais da neve). Depósito de queda tem uma melhor chance se resfriaremenquanto suspensos, então eles são raramente soldados pelo seu próprio calor após deposição, exceto, talvez

 próximo à saída. Figura 4-15b ilustra o desenvolvimento da seqüência de pluma cinzenta do Monte Santa Helena em1980. Em somente 13 minutos (8:32 para 8:45 am), as nuvens de cinzas atingiram aproximadamente 25 km ealcançaram 50 km posteriormente, como monitorado a partir de estações de terra e pelos satélites. A espessura dodepósito de queda de cinzas é mostrado na Figura 4-15c, com linhas de espessura constante ou isopachs expressaem centímetros. Acima do centímetro das cinzas serem depositadas tão longe quanto 500 km. As cinzas quecobriram em 6950 anos atrás na erupção de Monte Mazama (hoje Crater Lake) cobrem as porções dos sete estados e

 parte do Canadá (Figura 4-16). Depósitos de cinzas com 50-cm de espessura são encontradas ao longo de 100 km doCrater Lake.

Figura 4-16 Extensão aerial aproximada e espessura do Monte Mazama (Crater Lake) quedas de cinzas, entrou em erupção há6950 anos atrás. After Young (1990).

O mais impressionante depósito de queda de cinza estão associados a grandes erupções riolíticas no qualcada um é associado ao Yellowstone (Wyoming), Long Valley ( Califórnia) ou calderas de Valles (Nex México).Por exemplo, a área coberta com cinzas em Long Valley durante a erupção, há alguns 700.000 anos atrás, cobriumuito mais o oeste dos Estados Unidos (Figuro 4-17). As cinzas eram em espessura metros acima de 75 km de raio e

de 1 cm em espessura em Kansas. Foi estimado que a devastação total foi de 120 km raio (o circula na Figura 4-17).As cinza vinda das 03 erupções do Yellowstone acima lãs últimos 2,2 Ma produzindo cerca de 3800 km3 de cinzas e

 pedra-pome alguns nos quais atingiram Minnesota e Louisinana (cerca de 2200 km a fora).

Figura 4-17 Extensão aerial máxima de queda dos depósitos de cinza Bishop que entro em erupçãono Long Valley 700.000 anosatrás. After Miller et al., (1982).

Assim como impressionante são estes depósitos, as extensões finas, que cobrem grande extensão da áreasão comumente passageiras. Por exemplo, os depósitos de cinza na erupção de 18 de maio de 1980 no Monte SantaHelena criam uma completa desordem no leste de Washington, mas foi muito difícil encontrar cinzas que

 permanecessem cobrindo-o ate os dias de hoje. Os depósitos espessos próximos à montanha ainda estão lá, mas acobertura de cinzas se concentra mais a leste de Washington esta praticamente já se foi. Podem aparecer quedepósitos subaéreo em ambientes são mais rapidamente erodidos e acumulados em baixas ilhas cobertas, em

 particular aqueles que permanecem em águas. Embora o manto original da superfície da terra e depósitos podemeventualmente concentrar em depressões.

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2) Depósitos de Fluxo Piroclástico são deixados pela densa nuvem de gás suspenso de destroços de piroclásticos(na maior parte pedra-pome e cinzas, variando nas quantidade de lítico e fragmentos de cristais). Eles são gerados dealgumas formas (Figura 4-18). Os extensos fluxos resultam a partir do colapso de uma explosão vertical ou coluna

 planas que caem e volta na Terra e continuam viajando ao longo da superfície do solo (Figura 8-18a). Ummecanismo de explosão alternativa é uma rajada lateral, como o ocorrido no Monte Santa Helena em 1980 (Figura4-18b). Os fluxos são fluidizados (fluidized) devido ao gases magmáticos e ao ar preso dentro e diante do avançodo fluxo não conseguir escapar facilmente devido às altas concentrações de partículas suspensas (ver Reynolds,1945 ou Wilson, 1984 para discussões). Outro fluxo piroclástico resulta a partir do “boiling -over” da alta cargamagmática vinda da saída (Figura 4-18c) ou colapso gravitacional de um domo quente (Figura 4-18d). Em todos oscasos as partículas de nuvens suspensa está (ou virá a ser) densa do que atmosfera ao redor logo fluem em direçãoabaixo e depósitos de piroclásticos que se perdem momentaneamente.

Figura 4-18 Tipos de depósitos de fluxo piroclástico. After MacDonald (1972). Fisher e Schminke (1984).

Fluidos piroclásticos são controlados pela topografia e os depósitos concentrados nos vales e depressõesdiferente da uniformidade mantada das quedas de cinza. Fluxos piroclásticos são quentes (400-800ºC), velocidadevariando a partir de 50 para acima de 200 km/h (o estrondo do Monte Santa Helena foi estimado em no máximo 540

k/h). Eles também podem viajar ao longo da distancia (tipicamente alguns quilômetros, ma alguns depósitos sãoencontrados acima de 100 km a partir da fonte). A temperatura e velocidade fazem deles um fenômeno muito

 perigoso. A terminologia do fluxo piroclástico pode parecer um pouco confusa. O movimento do fluxo por si próprio é chamado de tanto fluxo piroclasto ou fluxo de cinzas. Os depósitos são chamados de ignimbritos(ignimbrites) (do grego “nuvem de material de fogo”). Alguns autores reservam o termo “ignimbritos” para pedra -

 pome ricamente variada, usando o termo depósitos de blocos-e-cinzas  (block-and-ash deposits)  para os tiposdesvesiculado de clasto sustentados. O nome das rochas para amostras pegam a partir do depósito e são chamadas detufo (tuff) (ver Figura 2-5 para nome mais específicos de rochas).

Depósitos de fluxos piroclásticos não são geralmente estratificados e pobremente sortidos, provavelmentedevido às altas concentrações de partículas e a energia de fluxo. Ocasionalmente podem haver alguma sortida, com

 bloco líticos densos ajustados para o meio do deposito e claros blocos pedra-pome flutuantes na direção do topo(Figura 4-19). Os depósitos são relocados sob altas temperaturas e baixas porções se tornam consolidadas (welded) 

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devido ao calor interno nas pilhas dispostas para uma rocha bastante consolidada chamada de tufo consolidado(welded tuff). Tais porções consolidadas de depósitos são dúcteis por um período e são tipicamente compressados

 pelo peso das massas sobressalentes tornando-os densos e foliados. As pontas das pedra-pome comumente possuemvesículas apertadas e assumem uma coloração escura das obsidianas, o cinza claro da pedra-pome é resultado dasvesículas. Os pedaços escuro e nivelados da pedra-pome são chamados de fiamme.

Figura 4-19 Seção transversal de um ignimbrito típico, mostrando ondas de depósitos, fluxo intermediário e acima quedas decinzas cobrindo. Blocos brancos representando pedra-pome e os escuro representando fragmentos líticos densos. After Sparks etal. (1973).

Embora os depósitos de fluxo piroclástico geralmente cubram uma pequena área ao contrário dos depósitosde queda, ganhando sua própria velocidade e calor podendo eles serem absolutamente devastadores. Algumas comoas erupções tem ocorrido na história do tempo, mas por razões óbvias, a quantidade de testemunha é raro. Em 25 deagosto de 79 A.D., as quedas de cinzas e de alguns fluxos piroclástico quente provenientes do Monte Vesúvio e

cidades incendiadas de Pompeii e Herculaneum, próximo a Nápoles, Itália. Os habitantes foram encontrados mortose sufocados e seus corpos foram encontrados queimas sobre as cinzas, preservados até os dias de hoje como moldes.Em 18 de maio de 1902 um fluxo incandescente piroclástico originário do Monte Pelée desceu repentinamente nascidades de Santo Pierre, na ilha de Martinica e instantaneamente matou aproximadamente 28.000 pessoas. Somentedois sobreviventes e um prisioneiro. O fluxo piroclástico associado com a erupção do Long Valley da Figura 4-17viajou com uma velocidade de aproximadamente 200km/h e foi estimado cobrir cerca de 1500 km2 em profundidadede algumas centenas de metros (Miller et. al., 1982). A origem dos ignimbritos foi de alguma forma misteriosa até aincandescência das nuvens do Monte Pelée serem observadas em 1902. Ainda durante a erupção de verdadeiros egigantes ignimbritos, assim como o Tufo de Bishop (Long Valley) ou Tufo de Yelowstone tem sido observado. Nãoque seja esperado algum voluntário a observá-los. Estes depósitos são os únicos depósitos vulcânicos que seaproximam da magnitude dos assoalhos basálticos e sua origem ainda é especulativa.

3) Depósitos de Ondas Piroclásticas são tipos de fluxo piroclásticos. A ocorrência mais comum de dunas e anti-dunas indicam que as ondas resultam mais de fluxos turbulentos com baixa concentração de partículas do que outrosfluxos. Ondas abraçam a superfície do solo, mas devido a sua baixa densidade e alta velocidade elas não sãotopograficamente construídas como os outros fluxos. O depósito resultante em ambos os mantos topográficos econcentrados nas áreas abaixo. Devido a sua baixa densidade estas ondas perdem um pouco do seu momentorapidamente, então elas tendem a se acumularem próximas as saídas. Os depósitos são usualmente estratificado e

 pode aparecer inúmeras característica de ocorrência bandada.

 Novamente as 03 precedentes classificações não são totalmente distintas. Existe graduação entre elas notermos de tipo de erupção e depósito resultante. Apenas um único depósito piroclástico possui característicasassociadas com a combinação de dois ou mais mecanismo ou até mesmo todos eles. Como ilustrado na Figura 4-19,

um ignimbrito pode uma onda ter uma camada estratificação basáltica seguida de fluxo não estratificados no qualsão cobertos por queda de cinzas. Na Figura 4-19, os fragmentos líticos (preto) são densos o suficiente para

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concentrar na base da unidade do fluxo. A mais boiante fragmento de pedra-pome (branco) também não estãoconcentrados ou concentrados próximos ao topo. A seqüência de eventos que cada depósito representa podeenvolver uma camada de onda lateral abaixo do depósito inicial seguido por uma fluxo causado pelo colapso decinzas plumicas. Os fluxos estabelecidos e cobertos por queda de cinzas. As variações laterais irão também a parecerdevido às ondas serem restritas as áreas próximas à saída e os depósitos de que da de cinza podem ser somentecamadas encontradas em grandes distâncias. Descrição de depósitos piroclásticos e seções generalizadas com naFigura 4-19 dão uma simplificada proporção do fluxo piroclástico no qual é rapidamente desprendido quando ofluxo encontra com o depósito nos campos. A maioria dos depósitos piroclásticos reflete um eruptivo evento que éepisódico e que muda as características logo que se procedem. A composição, viscosidade e conteúdo de voláteis domagma estão variando progressivamente à medida que se aprofunda em níveis da câmara magmática quando estacomeça a se esvaziar deixando-os presos. Então, o depósito irá ser um complexo de acumulo de variação dematerial, texturas e estruturas que se resfria como uma única unidade.

4.2 Processos Intrusivos ou Plutônicos e Corpos

O termo genérico para intrusões de corpos ígneos é pluton , e as rochas fora do pluton são chamadas de

rochas territoriais (country rock). O tamanho e a forma dos plutons são de alguma forma especulativa, por causa aerosão expõe somente pequenas porções da maioria dos corpos. Muito embora, na tenhamos gerenciado umsignificativo acumulo de dados de pluton erodidos profundamente, estudos geofísicos e pequenos trabalhos. A partirdisso temos classificados corpos plutônicos em algumas formas comum. Estas formas estão agrupadas dentro decorpo tabular ou sheet-like ou corpo não-tabular (non-tabular). Uma classificação a mais é baseada em formasespecificas tanto no corte do corpo através de sua fábrica (normalmente bandado) das suas rochas territoriais outanto das suas estruturas externas. Corpos atravessados são chamados de discordantes (discordant) e aqueles quesão intrudidos paralalemente na rocha matriz são chamados de concordantes (concordant).

4.2.1 Corpos Tabulares Intrusivos

Corpos tabulares intrusivos são simplesmente magmas que preenchem a fratura. Um corpo tabularconcordante é chamado de sill e um corpo discordante dique. Um sill ocorre quando o magma explode de forma

 planar entre bandas sedimentares ou em outros modelos e é injetado ao longo destas zonas (Figura 4-20). Um diqueé um magma preenchido nas fraturas que atravessam os bandamentos ou outras estruturas rochas territoriais. Umafratura é um condutor ideal para o magma, devido às fraturas penetrarem profundamente e se formarem facilmenteem áreas afetadas pela extensão ou pela força da ascensão do magma diapir. Claramente o magma não pode ter sidogerado entre dois bandamentos de camadas logo um sill deve ser alimentado por um dique de algum lugar ao longoda espessura (ao menos que o bandamento esteja entre mergulhos e o sill esteja praticamente vertical). Diques e sillssão praticamente superficiais e finos e ocorrem onde as rochas estão suficientemente frágeis para uma fratura.

Figura 4-20 Bloco diagrama esquemático de alguns corpos intrusivos.

Embora a maioria dos diques e sills sejam empacotados num um único evento alguns podem apresentar

múltiplas injeções. Mais de um estágio de injeção pode ocorrer devido ao dique entrar em contato logo que resfria,deixando a zona enfraquecida por alguns magmas posteriores. Alternadamente o contato da ductilidade entre o dique

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e o sill e a rocha matriz podem fazer com que múltiplos contatos susceptíveis a deformação localizada e a umainjeção de magma posterior. Um corpo é descrito como múltiplo (multiple) se todas as de fase de injeção são damesma composição e composto (composite) se mais de algum outro tipo de rocha for representado.

Diques e sills podem ocorre como corpos solitários, mas os diques pelo menos, mais tipicamente aparecemem conjuntos, refletindo a tendências das fraturas em formas conjuntos quebradiços repensáveis em imporem stresssobre a área. Relacionando geneticamente os numerosos conjuntos de diques e sills chamamos de exames (swarms).

 No que o em Chief Joseph no Monument de dique de enxames basálticos (dike swarms) na Figura 4-10. Estesenxames consistem em diques sub-paralelos preenchendo um conjunto de fraturas com orientação NW-SW emresponsta a extensão SW-NE na área durante o Mioceno. Enxames de diques podem consistir de um grande númerosde extenso diques individuais. A Figura 4-21 é o mapa mostrado dois enxames de diques na região de SodréStromfjord a SE de Greenland. Ambos os enxames de diques são máficos, mas estão agora altamentemetamorfisados. O principal enxame tem mergulho NNE e está 1.95 Ga, enxame de Kangamiut, e o enxame a E-Wse apresenta mais antigo. Estes diques representam 15% da extensão da área da crosta indicando que 15% daextensão crustal. Os diques de Kangamiut são dramáticos na sua parte a direita, mas também providos de práticadeclina da margem da área afetada pela uma fase da movimentação do cinturão de Nagssugtoqidian (jovem assimcomo 1.8 Ga). Nas porções sudeste e leste da Figura 4-21 os diques estão formados, mas altamente deformados

acima da entrada da movimentação do cinturão. Mais de um bilhão de anos de erosão tem removido grandesmontanhas que teriam sido produzidas pelo evento deformacional, então nós devemos mesmo confiar que asestruturas dentro das rochas caracterizaram-se a si próprias.

Figura 4-21 Enxame de diques de Kangâmiut na região de Søndre Strømfjord, SE da Groenlandia. Segundo Escher et al. (1976),Geology of Greenland , © The Geological Survey of Denmark and Greenland. 77-95

Enxames de diques não precisam ser paralelos. Um enxame de dique radial  próximo à garganta do vulcão éilustrado no bloco diagrama na Figura 4-20. Assim como fraturas radiais são comumente responsáveis pelo stressimposto nas rochas acima da ascensão dos corpos magmáticos. A Figura 4-22a é um famoso exemplo de comoenxames de diques radiais na área em Spanish Peak, Colorado, a Figura 4-22b mostra dois diques radiantes

associados a uma garganta de vulcão erodido em Ship Rock, NM.

Figura 4-22 (a) Enxame de diques radiais ao redor de Spanish Peaks, Colorado. Segundo Knopf (1936), Geol. Soc. Amer. Bull.,47, 1727-1784. (b).  Remanescentes de um vulcão erodido mostrando um dique radal. Ship Rock, New Mexico. From JohnShelton © (1966) Geology Illustrated . W. H. Freeman. San Francisco.

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Ainda sobre diques radiais sobre rochas plutônicas, a forma concêntrica é também recorrente. Existe doistipo principais de diques concêntricos, que estão ilustrados na Figura 4-23.Dique de anéis (ring dikes)  ocorremquando a pressão exercida pelo magma tem menos peso do que as rochas sobrejacentes, neste caso, fraturascilíndricas serão formadas como no Figura 4-23a. Se as rochas sobrejacentes são um pouco mais densa do que omagma, cilindros formandos no teto irão cair e o magma irá intrudir ao longo abrindo assim fraturas, como naFigura 4-23b. Isto é ocorre mais comumente com menos densidade em magmas silicáticos. Erosões para os nível X-Y resultarão em uma anel de dique exposto a superfície (similar a Figura 4-23c). Mais do que concêntrico possaocorrer à forma resultando numa série de diques. Uma fratura também pode penetrar na superfície, neste caso odique anel irá alimentar um evento vulcânico, como um colapso de caldera (Figura 4-9). O bloco que cai para dentroda câmara pode consistir de rochas territoriais.e numa fase posterior da própria rocha plutônica ou associaçõesvulcânicas. Diques anéis estão tanto vertical quanto mergulhando a partir de seu eixo central .

Figura 4-23  Formação de diques anelares e cone de diques. a.  Seção geológica mostrando a subida de um pluton causandofraturamento circular com preenchimento de magma. b. blocos cilindricos boiando em magma menos denso abaixo, resultandoem aneis de diques. c. Visão de um mapa hipotético mostrando aneis de rochas magmáticas e um dique com direção N-S quecortava a rocha encaixante. Este mapa representa a erosão no nível aproximado X-Y mostrado em (b).  d. Pressão para cima deum pluton  deixando nas raizes blocos conicos. Fluxo de magma preenche as fraturas produzindo cones de diques. SegundoBillings (1972), Structural Geology. Prentice-Hall, Inc. after Compton (1985), Geology in the Field. © Wiley. New York.

Figura 4-24  (a) Mapa de aneis de diques, Island of Mull, Scotland. Segundo Bailey et al . (1924), Tertiary and post-tertiary geology of Mull, Loch Aline and Oban. Geol. Surv. Scot. Mull Memoir. Copyright British Geological Survey. (b) Cone de diquesna mesma área de Mull, after Ritchey (1961),  British Regional Geology. Scotland, the Tertiary Volcanic Districts. Note que odisco anelar de felsito amarelo na figura anterior (a) é mostrado em vermelho na parte NW de (b). British Geological Survey.

A Figura 4-24 ilustra um clássico dique anel do Terciário e folhas de cones no Ilha de Mull a oeste daEscócia. Note que existem dois centros e algumas fases intrusivas com anéis de diferentes composições. A maioria

dos blocos consiste com um anel dentro de uma fase intrusiva recente.

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As folhas de cones (cones sheets)   são formadas quando a pressão do magma é maior do que a pressãoconfinante das rochas sobrejacentes. Neste caso, as formas fraturadas mergulham para dentro como na Figura 4-23d,normalmente, como cones concêntricos. Intrusões ao longo desta fartura produzem um conjunto de anéis nasuperfície ao qual entra contrasta com os diques anéis e mergulhos internos. Folhas de cone e diques de anéis podemocorrer junto onde eles são resultados de diferentes fases de uma única intrusão. Para uma detalhada discussão deorientação de fraturas e a trajetória do stress associados ao dique de anéis e folha de cones acima da câmaramagmática, ver Anderson (1936) e Robert (1970).

Ilustrações de diques e sills, como na Figura 4-20, geralmente deixam a impressão que os diques estãofechados para uma posição vertical e sills aproximam-se da horizontal. Embora seja comumente verdade, este não énecessariamente o caso. Diques, por definição, são discordantes das estruturas da rocha matriz e os sills estãoconcordantes. Se o bandamento for vertical, sills serão verticais e diques podem ser horizontais.

O termo veio (vein)  refere-se a pequeno corpo tabular seja ou não concordante oi discordante. Étipicamente usados em associações aonde numerosos e pequenos offshoots vindos de um pluton penetram na rochamatriz adjacente. Estes offshoot (veios) são tipicamente ricos em quartzo podendo conter outros minerais. Estetermo não é recomendado para outros corpos ígneos. Embora, o termo dique ou sill seja preferido, não importando o

quanto seja pequeno. Diques e sills podem ir à direção a uma maior espessura partindo de uma menor não menos doque 1 milímetro para acima de quilômetros embora a grande maioria esteja de 1 a 20 metros.

Corpos tabulares são geralmente colocados por injeção (injection), associados à dilatação das paredes dosdiques. Como mostrado na Figura 4-25a. Neste caso as paredes do dique se abrem no sentido NE-SW, usualmentena direção normal para as margens do dique injetado. Todas as características do dique atravessando combinam se

 pensarmos em remover o dique e fecharmos as paredes na direção da margem normal. Uma alternativa geométrica éilustrada na Figura 4-25b. Neste caso, as características do dique atravessado embora sejam características passivas,requerendo um movimento das paredes dos diques. De fato, algum movimento das paredes num esforço para fecharos diques acabará falhando ao tentar aproximar ambos no bandamento ou no pequeno dique. A distinção entre estesdois tipos é bastante forte quando eles estão pelo menos em estruturas paralelas na rocha matriz, como um

 bandamento ou um pequeno dique. Isto é raro de acontecer. O tipo de geometria apresentada na Figura 4-25bimplica que o dique é recolocado (replace) no volume da rocha que ocupa. Isto é prontamente acompanhado deuma permeação química e reposição da rocha matriz. Parando a rocha matriz e a injeção de dique é uma alternativainterpretação, mas isso requer uma fortuita falta de alguma moção qualquer que seja o bloco atravessado. Se o diquefor um produto reposição e não tecnicamente um dique. Tais reposições não são necessariamente pequenas e talvezo termo veio seja preferível por tais características. Pode haver uma zoneação de minerais paralelos e simétricos noeixo do veio e alguns traços das estruturas originais de reposição da rocha matriz dentro do veio. Podem havertambém uma falha central, no qual agiu como um duto para os fluídos que carrega elementos repostos. Devemosaprender mais sobre reposição quando foi discutido metamorfismo no Capítulo 30. Evidência de campo indica queuma vasta maioria d dique e sills formados por injeção e dilatação. Dique e sills resfriados por injeção e dilatação.Diques e sills resfriados progressivamente vindos das paredes internas, e alguns casos desenvolvem falhas colunares

durante o processo. Diques sub-verticais desenvolvem colunas orientadas proximamente horizontais no qual ajudama identificar eles no local onde os diques intrudiram em rochas vulcânicas de algum componente similar assim comodiques alimentados por assoalhos basálticos.

Figura 4-25  Tipos de corpos tabulares igneos em estratos bandados baseados nos modos de colocação. a. Simples dilataçào(setas) associada com injeçào. b. Nenhuma dilataçào associada com injeção. © John Winter and Prentice Hall.

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4.2.2 Corpos Intrusivos e Não-Tabulares

Os dois tipos mais comuns de plutons não-tabulares são ilustrados na Figura 4-20: eles são chamados destocks e batólitos. A forma destes corpos é irregular e depende da profundidade do empacotamento, da densidade, daductilidade do magma e da rocha matriz e de algumas estruturas existente na rocha matriz durante o período deempacotamento. Um stock  é um pluton com uma área exposta não menos do que 100km 2 e o batólito é um plutoncom uma área exposta superior a 100km2. Distintamente os dois expostos na área da base e muito simples e útil nocampo, mas isso também é infelizmente no que não é baseado o tamanho por ele mesmo, mas em extensa parte naextensão de erosão. É possível que um pequeno pluton que foi profundamente erodido possua uma área expostamaior do que 100km2 e seja um batólito, enquanto que muitos grandes plutons sejam mal simplesmente expostos,sendo um stock. Para isso o “batólito” ilustrado na Figura 4 -20 não esta exposto, exceto como a garganta do vulcãoe dique de anel, então tecnicamente não seria um batólito como um todo apenas pela definição. Também, alguns

 pequenos stocks em uma área podem ser similares em idades e composição que eles estariam conectados em profundidade, formando partes de extensos corpos. Esta separação em extensão é chamada de cupolas (ver Figura 4-30). Quando a evidência geofísica ou o mapa sugere um extenso pluton diante da superfície, seriam melhor base detipo de pluton na estimativa de volume do corpo e não em área exposta. Com exceção dos dados perfurados,contudo, interpretações da subsuperficie ainda são de algum modo especulativas e a classificação baseada em áreas

expostas tendo a vantagem de star sendo definitiva. Para sair deste dilema Pitcher (1993) que usa geralmente otermo “pluton” para qualquer corpo não-tabular e reserva o termo “batólito” para extensa composição disposta demúltiplos plutons desenvolvidos em cinturões orogenéticos. Mais ainda pra complicar a resistência a CentralEuropean ( e até recentemente a França) praticamente chamavam de corpos pequenos batólitos e os corpos grandesde plutons.

Alguns tipos de stocks são genuinamente corpos pequenos e não simplesmente limites expostos de extensos batólitos. Alguns stocks representam um condutor cilíndrico da câmara magmática diante dos vulcões. Este tipo destock é chamado de plug. A parte exposta de um plug, comumente permanece depois de mais facilmente erodirvulcões depois do cone ter sido removido, é chamado de garganta vulcânica (vulcanic neck). Rochas ígneasalcalinas a qual forma a região do meio do continente (tipicamente associada à rifts), tendendo a ascender ao longo

de condutores verticais de áreas secionais atravessadas. Estes formam os típicos plugs menores. Em adição aos doistipos genéricos de plutons, stock e batólito, existe um número grande de tipos especiais baseado nas formas do queno tamanho. Um lacolito (laccolith) é um stock concordante com a parte plana do piso e um arco do teto (Figura 4-26a). Um lopólito (lopolith) é outro tipo concordante de pluton intrudido dentro de uma base estrutural (Figura 4-26b). Ambos são essencialmente sills. Um lacolito é suficientemente viscoso (e silicoso) para limitar o fluxo domagma ao longo de um plano horizontal e superficialmente o suficiente fisicamente capaz de elevar o teto dasrochas. Lapólitos são normalmente máficos e com características muito mais extensas do que os lacolitos. OComplexo do Gabro Duluth, por exemplo, é um lopolito que atravessa 300 km. A estrutura de base associada comos lapolitos provavelmente resulta em uma curvatura devido ao peso das intrusões, mas a evacuação da câmaramagmática também é um fator que contribui. Um número fiel de geometrias estruturais é possível pelos plutonsconcordantes em rochas dobradas e correspondem a nomeclatura de complexo recentes nos século 20. devemos

induzir de alguma forma uma classificação arqueada. Talvez seguindo excerto, a definição de cactolito (cactolith),como descrito por Hunt et al. (1953), a partir do AGI Glossário de Geologia  servindo para ilustrar o grau deespecialização atingido:

Figura 4-26 Formas de dois tipos de plutons concordantes. a. Lacolito com topo plano e raiz circular b. Lopolito (é o inverso)intrudido em uma bacia sedimentar. A escala não é a mesma para os dois casos. No caso dos lopolitos eles são de uma maneirageral, bem maiores. © John Winter and Prentice Hall.

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Cactolito: um chonolito quase horizontal composto por ductolitos anastomizados o qual dista umasinuosidade final parecida com um harpolito, fino como um esfenolito ou inchaço discordante como um acmolito ouetmolito.

4.2.3 Relações entre o Contato de Plutons

Um empacotamento de um pluton envolve a justaposição do calor, viscosidade, líquidos comumentesaturados em moções contra o resfriamento, estacionário, sólido e geralmente de uma composição muito diferente.Tais contrastes em propriedades e relativa moção são certos resultados químicos e interações mecânicas que irãoimperar com a zona de contato de alguma estrutura diagnosticada e texturas, mas também podem obscurecer asimples relação da material ígneo suporte da rocha matriz. As texturas e estruturas ambas dentro do pluton e nasrochas matriz adjacente podem prover de grande importância pistas dos processos envolvidos durante oempacotamento. O contato por ele mesmo pode moldar contra a rocha ígnea relativamente inalterada com a rochamatriz ou pode ter uma zona bordada gradacionalmente.

A zona bordada pode ser estritamente mecânica (injetada) e quando evidente, exibe gradação a partir de um

distúrbio da rocha matriz através da zona de crescimento de diques, veios ou línguas (coletivamente chamados deapófises –  apophyses) estendendo a partir do pluton. Como mostrado na Figura 4-27a, à proporção que as paredesígneas da rocha gradualmente crescem através das zonas, começando com rochas matriz contendo um espaço deredes de pequenos diques injetados através da zona agmatita (agmatite) (uma rocha com alto grau de concentraçãode rocha matriz fragmentada ou xenólitos  –   xenoliths  em uma matriz ígnea) para espaçar os xenólitos da rochamatriz flutuante em material ígneo até mesmo os xenólitos se tornarem raros. Algum grau de gradação é possível.

Figura 4-27  Zonas de borda entre uma rocha ignea homogenea (branco) e sua rocha encaixante (preto). Segundo Compton(1962), Manual of Field Geology. © R. Compton.

Devido a alguns plutons mais silicosos serem composto por liquido saturado e quimicamente distinto a partir das rochas matriz, fluidos emanados a partir do pluton podem permealizar ao redor, alterando ou até mesmofundindo parcialmente as rochas matriz e cristalizando os típicos minerais ígneos no exterior da matriz. O resultado

é uma zona de borda atravessada na qual a rocha ígnea gradualmente passa para dentro da rocha matriz semdistinção de limite (Figura 4-27b), retornaremos a este tipo de alteração no Capítulo 30.

Uma terceira zona de borda gradacional combinaria com os dois processos de injeção e permeação, comona Figura 4-27c. As várias paredes da rocha, injetadas e/ou localmente com os componentes fundidos pode se tornarintimamente associada como resultado de uma rocha hibrida com componentes misturados.

Ao longo dos contatos de forma superficial na profundidade, uma intrusão pode ter efeitos termais ouquímicos na rocha matriz. Uma zona gradacional pode resultar a partir de um processo estritamente termal,

 particularmente se a intrusão em ambos quente e seco. Nestes casos, uma rocha matriz desmetamorfisada estaaquecida e cristalizada pelos plutons através do intervalo de contato. O tamanho dos grãos e grau de recristalizaçãodecairiam rapidamente a partir do contato e se o contato por ele mesmo deve ser de forma distinta. Os efeitostermais são mais comum quando combinados um gradiente químico, estabilizado pelos fluidos de sílica saturadoliberados a partir dos líquidos saturados do pluton. O resultado é uma aureola de contato metamórfico (contact

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metamorphic aureole), o qual usualmente é gradacional, mas atinge a rocha matriz mais do que o próprio pluton,deixando distinto o conato original. Metarmorfismo de contato será discutido com mais detalhes na seçãometamórfica neste texto.

A dinâmica entre o contato com as paredes das rochas podem se comunicar de alguma forma permanentemente com as características dentro do pluton. Em adição ao xenólitos, deve existir uma zona de chill(chill zone). Uma zona de chill é uma zona de grãos de tamanhos finos resultante a partir da rápida solidificação do

 pluton onde este esteve em contato com a rocha matriz resfriada. Devido ao material ígneo está intrudido a moçãoestá indo contra a rocha estacionaria, também pode haver uma distribuição compartilhada no magma viscoso. Omais viscoso magma, o mais proeminente a compartilhar e afinar as zonas compartilhadas. O resultado destecompartilhamento será o desenvolvimento de uma lineação participada e/ou foliação paralela ao contato nasmargens da porção do pluton (Figura 4-28). Isto deve ser mais evidente em minerais mais enlongados e maisloteados, como as hornblenda, piroxênios micas. Deve também haver alguns minerais agregados que estãoenlongados e inclinados ou com xenólitos dúcteis e aquecidos que produziram massas em forma de disco que serãochamadas schlieren. A intensidade da foliação magmática tipicamente aumenta em direção as margens os a maioriaesta compartilhada (Paterson et al., 1991). Algumas foliações magmáticas também formam em um ângulo decontato (Berger e Pitcher, 1970: Courrioux, 1987).

Se o magma é suficientemente viscoso e a rocha matriz aquecida o suficiente, o contato compartilhado podetambém afetar as rochas matrizes, rotacionando a foliação por fora do pluton para um paralelismo no qual o contatocomo na Figura 4-28 (Castro, 1986). Como transposição da foliação externa torna de outra forma discordante ocontato em concordante.

Figura 4-28  Foliaçào marginal desenvolvida dentro do pluton como resultado de movimentos (e formas) diferentes nas proximidades do contato. Segundo Lahee (1961), Field Geology. © McGraw Hill. New York.

O resultado final deste processo de compartilhamento é a perda da claridade, forma, do contato ígneodiscordante e a perda das características isotrópicas das texturas ígneas. A rocha ígnea parece mais gnaissemetamórfico e um campo esforçado e trabalho petrográfico podem ser requisitados para que se interpretemcorretamente o contato. Devido as grandes diferenças nos processos de mecanismo que tipicamente existem entrealguns plutons cristalizados e a rocha matriz que posteriormente são deformados, comumente concentradas ao longodas margens do pluton. Como resultado, alguns contatos ígneos suportam o pós empacotamento compartilhado,supercontatando a impressão tectônica acima do contato ígneo. Este compartilhamento pode somente ter efeitosmenores ou obliterados de alguma textura ígnea original. Se este compartilhamento é grande o suficiente, o pluton

 pode sofrer peras durante a justaposição com uma rocha completamente diferente e o contato se torna est ritamentetectônico. Pode ser possível distinguir um contato ígneo extensivo e compartilhado de um contato estritamentetectônico ou até mesmo um contato que esta sendo compartilhado durante o empacotamento do pluton, comodescrito acima. Como apontado por Paterson et al. (1991), as estruturas padrões dentro e ao redor relacionadas como empacotamento e stress regional. As variedades das estruturas são possíveis, circundando a partir da ductilidade

 para algo quebradiço.

4.2.4 Período de Intrusão

A maioria dos batólitos é empacotado nos cinturões da montanha como parte de um todo de um processo de

subducção ou orogenético e eles são tipicamente papel importante da atividade na evolução dos cinturões (verCapítulos 18 e 19, e Paterson et al. 1991). Alguma tentativa em relacionar deformação com empacotamento deve ser

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demonstrada para a deformação (e metamorfismo) está mais proximamente relacionado para as intrusões, nãosomente espacialmente, mas também temporariamente. Texturas dentro do pluton e em rochas matriz refletem o

 período de empacotamento em relação à atividade tectônica.

Os plutons pós-tectônicos são empacotados depois de um episódio orogenético/metamórfico, e as rochasígneas carecem de alguma característica de deformação, como foliação (outra como aquelas relacionadas à intrusão).A deformação regional fabrica e estrutura a rocha matriz será tanto quanto cortada discordante pelo pluton oucurvada dentro de um paralelismo com o contato. Eles serão também sobre impressos por algum empacotamentorelacionado às estruturas.

Os plutons sin-tectônicos  são empacotados durante um episodio orogenético. Alguma foliação regionalserá contínua com o empacotamento relacionado às foliações do pluton. O pluton será também atingido por algumaorogênese continua.

Os pluton pré-tectônicos possuem prioridade no empacotamento no episodio orogenético. Ambos plutons pré-tectônico e sin-tectônico suportam a impressão do processo deformacional e metamórfico associado àorogênese. Embora eles possuam uma foliação interna paralela e é continua em relação à rocha matriz (Figura 4-29).

A foliação regional pode se curvar ao redor de um pluton não foliado devido ao contraste de ductilidade. Écomumente difícil ou impossível em distinguir tanto o pluton é pré-tectônico ou sin-tectônico, desde que ambossejam compartilhados neste atributo. Intrusões sin-tectônicas são normalmente mais dúcteis durante o período dedeformação, então elas podem ser elongadas na direção da foliação com contatos mais concordantes. Plutons pré-tectônicos são resfriados e parecem ser mais resistentes a deformação no qual seria concentrado nas margens do

 pluton. Devido ao plutonismo e a orogênese estarem relacionados à maioria dos cinturões orogenéticos, plutons puramente pré-tectônicos são raros. A maioria dos plutons podem ser caracterizados comumente como pré-tectônicos ou pós-tectônicamente associado a um orogenético evento recente em cinturões multiplicamentedeformados.

Figura 4-29 Continuidade da foliação seguindo o contato igneo para um plutão pre ou sintectonico. Segundeo Compton (1962), Manual of Field Geology. © R. Compton.

4.2.5 Profundidade das Deformações

Durante o período de empacotamento a profundidade atinge algumas estruturas e texturas características dealguns plutons. Algumas destas características foram sumarizadas por Buddington (1959) em níveis e base deempacotamento em relação às três zonas de profundidade (depth zones)  primeiramente distinguidas porGrubenmann (1904). Estas zonas, a epizona, mesozona e catazona são baseadas nas características da rocha matriz eno limite atual de profundidade onde são aproximadamente (e variavelmente) pertencentes a diferentes gradientesgeotérmicos entre cintos deformados.

A epizona é caracterizada por um resfriamento relativamente (menos do que 300ºC) das rochas matriz de baixa ductilidade em profundidade a menos de 10 km. Alguns plutons, por exemplo, o Batólito de Boulter, em

Montana (Hamilton e Myers, 1967), podem estar tão superficial como a intrusão da sua própria carapaça vulcânica eserem previamente empacotados acima da superfície da terra (Figura 4-36). Os plutons da epizona são normalmente

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 pós-tectônicos e são moldados em contatos discordantes. A parede das rochas apresentam diques tipicamentenumerosos e offshoots a partir de cós corpos ígneos principais. O topo do pluton normalmente penetra no teto darocha de forma irregular com algumas extensões externas e internas.

A Figura 4-30 ilustra algumas das relações entre pluton de epizonas expostas e rochas matriz composta porcorpos do teto. Um offshoot é um termo geral usado para corpos plutônicos que são produzidos dentro da rochamatriz. Uma cupola é um offshoot não tabular que está isolado do corpo principal como observado no mapa. Umseptum é uma península projetada para dentro da rocha matriz que separas os corpos ígneos. Um roof pendant éuma projeção do teto da rocha que se torna isolada devido à erosão. As estruturas do roof pendant são paralelas emrelação à rocha matriz do pluton, significando que o roof pendant estava conectado a rocha matriz prevenindo deuma rotação. Se as estruturas de um bloco isolado estiverem sob ângulos diferentes em relação à rocha matriz, o

 bloco poderia estar flutuando livre e rotacionado e um xenólito. Xenólitos extensos são chamados de rafts.

Figura 4-30 Bloco diagrama de diversos quilômetros, ilustrando algumas relações com as rochas encaixantes perto do topo deum pobremente exposto pluton proveniente da epizona. O contato original superior proximo a superficie é aproximadamentetraçado em vermelho. Segundo Lahee (1961), Field Geology. © McGraw Hill. New York.

Embora alguns batólitos superficiais e extensos sejam encontrados na epizona, a maioria dos plutons sãoclaramente pequenos. Isto é esperado devido à erosão estar mais do que limitada nas rochas matriz epizonal. Alguns

 pequenos stocks possam ser por eles mesmos cupolas de extenso corpo em profundidade, assim como o processo deerosão pode expor corpos e rocha matriz profunda.

Empacotamento de um corpo intrusivo pode fraturar a rocha matriz durante a força aplicada em direção àsuperfície. Alterações hidrotermais e cristalização de minério são mais comuns e concentrados ao longo das fraturas.O sistema hidrotermal convectivo pode ser estabelecido acima dos plutons, conduzido pelo calor da intrusão fazendocom que alterações intensa e pervasivas ocorram (ver Seção 4.3). Metamorfismos de contato podem ser drásticasonde as rochas matriz são previamente desmetamorfisadas ou pobremente metamorfisadas. A limitação principal dotamanho e desenvolvimento da contato de aureola é o rápido resfriamento de pequenos corpos plutônicos e a perdade fluidos ao longo da saída de canais da fratura.

Fabricas no pluton epizonico são tipicamente isotrópicos e estão incluindos nas áreas próximas ao contatoque teve alguma experiência de compartilhamento contra as paredes da rocha estacionária. Cavidades miarolíticas(miarolitics cavities), representam “bolhas” de fluidos (liberados presumidamente durante uma baixa pressão) com

 projeção de minerais euhedrais internamente são comuns. A epizona é um típico ambiente para os lacolitos,lopolitos, plugs, dique de anéis e folha de cones.

A mesozona é o intervalo de profundidade de aproximadamente 5 para 15 km. A rocha matriz esta num baixo grau de metamorfismo regional com as rochas em temperatura de 300-500ºC. Os plutons nesta zona possuemcaracterísticas que são de transição entre a epizona e a catazona (Figura 4-31a). Eles podem ser tanto sin-tectônicoquanto pós-tectônico. Os contatos podem ser moldados ou gradacionais, e discordantes ou concordantes: devido às

rochas matriz serem mais dúcteis do que na epizona. A aureola de contato metamórfico é tipicamente bemdesenvolvida devido ao resfriamento lento dos plutons e as rochas serem metamorfisadas em um grau de prioridade

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de empacotamento e as susceptíveis modificações térmicas e contraste composicional imposta pelos plutons. Asrochas de contato de aureola possuem comumente uma fabrica foliada devido à exposição regional bem como ometamorfismo de contato. “Pontos” de ardósias e filitos são comuns nos quais estes pontos são minerais extensosque se foram durante ou depois da foliação regional. A zona chill é menor ou ausente. Fábricas em plutons podemreconduzidas (isotropia), mas são comumente foliadas ou lineadas próximas ao contato.

Figura 4-31  (a)  Caracteristicas gerais de plutons na epizona, mesozona, e catazona. Segundo Buddington (1959), Geol. Soc. Amer. Bull., 70, 671-747. 

As zonas mais profundas, a catazona, é de uma profundidade superior a 10 km. Aqui as rochas matriz estãosobre indo em média para altos grais de metamorfismo em 450 para 600ºC limites. Plutons são comumente sin-tectônicos com contato gradacional e sem efeitos chill. O contraste de viscosidade entre a rocha matriz e o magma érelativamente baixo, pois contatos são geralmente concordantes e no sentido de que a foliação e rochas matrizclaramente dúctil tem sido compartilhada e rotacionada para a se tornarem um contraste paralelo. Existem raros

efeitos de metamorfismo de contato que podem ser percebidos, devido ao fato da rocha matriz já está em altos grausde metamorfismo. Os plutons ocorrem comumente em domos ou em folhas de pods com foliação e/ou lineaçãointerna de fabrica que passa diretamente dentro da fabrica da rocha matriz metamorfisada (ver Figura 4-31).Adicionando alguma foliação, o corpo ígneo pode ter sido impresso com uma foliação metamórfica durante o depoisda solidificação. É difícil de reconhecer tais rochas plutônicas foliadas como ígneas, devido a elas teremcaracterísticas de gnaisses de alto grau metamórfico. Na profunda catazona e baixo nível crustal as condições para afusão das rochas crustais podem ser atingidos, originando fusões localizadas a partir da rocha matriz que manchadistintamente entre os componentes ígneos e metamórficos.

Figura 4-31  (b)  Formas de corpos ígneos concordantes tipicamente da catazona, noroeste Adirondacks NY. A área alvo foimetamorfisada pela rocha matriz e o padrão de área é vários plutons. From Buddington (1959).

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Por causa dos componentes similares entre os graus ígneos e metamórficos e a relação gradacional entreeles na crosta profunda, é comum terrenos de alto grau metamórfico estarem expostos para serem disponibilizados ase tornarem transverso dentro das rochas ígneas de uma maneira completamente gradacional sem ir de encontro aum contato distinto.

As fronteiras entre as zonas profundas são tanto quanto moldas quanto estáticas. As rochas em qualqueruma destas zonas podem entrar em profundas zonas profundas através da inundação ou empilhamento ou ainda naszonas mais superficiais que são elevadas ocorrendo à erosão. Os plutons vizinhos em terrenos exposto podem serempacotados em diferentes períodos em zonas diferentes.

4.2.6 Injeções Múltiplas e Plutons Zonados

Assim como nos centros vulcânicos, alguns plutons podem apresentar complexidade na sua historia demúltiplas intrusões magmáticas variando a composição. Extensos cinturões de batólitos (Capítulo 17) são compostos

 por inúmera composição de intrusão. Por exemplo, embora recentes descrições do Batólitos de Sierra Nevada, naCalifórnia se referem a um único batólito, que tem sido reconhecido como uma ampla zona bordada de repetidos

intrusões de inúmeros plutons sob um considerável tempo. O número de intrusões separadas é agora conhecido emcentenas. Mesmo em corpos intrusivos pequenos, se mapeados cuidadosamente, comumente apresentam múltiploseventos intrusivos.

Figura 4-32  Desenvolvimento de uma sequência de intrusões múltiplas em Tuolumne Intrusive Series (segundo Bateman eChappell, 1979), Geol. Soc. Amer. Bull., 90, 465-482. a.  Intrusão original e solidificação nas margens de quartzo diorito. b. Primeira “Önda” de magma seguida por solidificação do Half Dome Granodiorite. c. Segunda “onda” de magma seguida por

solidificação da facies porfirítica do granodiorito de Half Dome. d.  Terceira “onda” de magma seguida por solidificação doGraqnodiorito da Cathedral Peak e colocação final do Johnson Granite Porphry.

Um exemplo documentado de muitos empacotamentos é a Série Intrusiva de Tuolumne em Yosenomite no National Park, um pluton que é parte do Batólito Sierra em Nevada (Bateman e Charppel, 1979). No caso (Figura 4-32) um pequeno batólito tem sido amostrado ser uma serie de intrusões relacionadas, limitando em composição a

 partir dos dioritos através do granudioritos e finalmente o porfirico granítico no centro. Um zoneamento concêntricocom magmas posteriores em direção ao centro sugere que magmas frescos surgem e tomam o lugar dentro de umacápsula solidificada. Este concêntrico padrão não é perfeito, contudo, devido a algumas porções de intrusões

 posteriores tanto abrasadas quanto assimiladas ou fraturadas das suas carapaças atravessam uma antiga margem decristalização. Uma quantidade química e mineralógica tende a se associar em seqüência de magmas que geralmenteconsiste com a evolução de uma profunda câmara magmática e algumas combinações fracionadas de cristais,

assimilação de paredes das rochas e/ou mistura de algumas injeções de magmas. Retornaremos a Série Intrusiva de

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Tuolumne nos Capítulos 8 e 11, olhando para esta tendência com mais detalhes que se assemelham aodesenvolvimento da câmara magmática.

A série de Tuolomne é um único exemplo de um fenômeno comum. Alguns plutons variam em tamanhosexibindo múltiplas injeções e variações químicas através das zonas. Mesmo em tipos de magmas distintos não sãoaparente a existência comum de uma sistemática variação mineralógica ou composição de alguns minerais. Porexemplo, a quantidade de quartzo ou feldspato potássico pode aumentar ou a composição de plagioclásio pode a setornar progressivamente mais sódica na direção do centro do pluton. Estas tendências são também compatíveis comum resfriamento progressivo e envolvimento do magma com assim descrito no Capítulo 8.

4.2.7 O Processo de Ascensão e Empacotamento do Magma e o “Room Problem”  

Rochas ígneas intrusivas são magmas simples que não atingiram a superfície. O plutonismo sente a falta dovulcanismo, devido a nenhum ter precendes do empacotamento do plutonismo e nunca ter ocorrido um aviso deocorrência de um pluton. O volume de rochas ígneas em corpos plutônicos, embora, sejam consideráveis, e existamalguma variedade de plutons diante dos vulcões. No sentido de que nos podemos pensar que estes corpos assim

como os liquido se cristalizam ou congelam num sistema perpendicular em direção à superfície.

Quando o magma forma em processo de fusão em profundidade, ele segrega a partir de sólidos residuaisdifundidos para formar uma discreta massa de liquido (ver Capitulo 5), se tornado boiante. O corpo de magma

 boiante tende a ascender e se o material da superfície for suficientemente dúctil é geralmente considerado como umdiapir. Um diapir é uma massa móvel que ascende e penetras nas camadas acima. Quando a massa da rocha ésuficientemente dúctil esta coberta por uma rocha densa que também é dúctil os diapiros são capazes de seformarem.

Um exemplo bem documentado de diapirismo e a formação do sal diapirico nas áreas como no norte daAlemanha, Irã e a Costa do Golfo da América. Nestes casos os bandamentos de sal (depósitos evaporiticos) são

cobertos por sedimentos subsequentes e se tornam mais densos do que o sal. Hálito (sal) não possui apenas uma baixa densidade, mas também possuem uma modelo ductilidade e condição de fluxo de pressão confinante. Depoisde 5 para 10 km de desenvolvimento sobrepeso, os bandamento de sal começam a fluir e a superfície desenvolveirregulares inchaços (Figura 4-33). O fluxo de sal externo dentro destes inchaços formam os diapiros que ascendemem direção à superfície, se esta ascensão ocorrer acima da fonte e não for suprida por nenhum fluxo de sal a partirdo bandamento evaporiticos, a coluna alimenta o diapiro alongando e construindo-o até que o corpo se separa dafonte. A forma de gota de chuva invertida com bolhas que conduzem ai limite são características de diapiros emascensão. Pois quando bóiam ocorre uma força que os conduzem causando assim a sua ascensão, uma vez queatingida a um nível onde a densidade da rocha e a mesma do sal ocorre uma interrupção da ascensão.

Figura 4-33 Bloco Bloco diagrama mostrando em subsuperficie a formação de diapiros de sal. Segundo diapiros do NorthernGermany. Segundo Trusheim (1960), Bull. Amer. Assoc. Petrol. Geol., 44, 1519-1540 © AAPG.

Magmas diapiricos são deixados a se comportarem em modo similar: aquelas formas ocorrem na ascensão

do manto através da ductilidade do manto, apenas o sal através do acamadamento dos sedimentos. Assim como aviscosidade do magma e a rocha matriz são similares, eles ascendem pela distensão radiante da superposição das

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rochas de maneira que force a sua subida a superfície. Em área menos dúcteis a parte superior do manto e da crosta,o magma ascendente pode não mais ascender o modo diapirico. Contudo pode haver explosão das fraturas ouenfraquecimento da rocha devido a esta ascensão.

O método pelo qual grandes corpos intrusivos se movem internamente através da crosta e criam um quartosuficiente para eles próprio esta muito longe de estar claro. Este “room problem” tem sido assunto de consideráveisdebates e ainda continuam sendo um enigmático problema. Fraturas abertas são limitadas para bem próximo a umambiente da superfície (aproximadamente alguns metros). Abaixo disto, o magma ascende pelo simples

 preenchimento de voids abertos. A ascensão do magma pode ser seguida de fraturas pré-existente (fechadas),embora, forçando o deslocamento destas rochas possam formar paredes de fraturas seguindo de condutores planares.Em profundidade, a habilidade do magma em forçar a abertura de farturas é limitada, devido à pressão de injeção domagma é raramente grande o suficiente em deslocar paredes de rochas sólidas que são forçadas junto à pressãolitostatica em alguns quilômetros de profundidade.

O room problem se torna mais difícil de solucionar quando em grandes corpos intrusivos, no qual ocupamum volume significante e muito mais rochas são deslocadas para se moverem internamente. A Figura 4-34 sumarizao mecanismo proposto pelo qual o pluton pode fazer um room e ascender. Plutons como lacolitos podem elevar o

teto (Figura 4-34) tanto durante o dobramento o elevação do bloco ao longo das falhas. Existem controvérsiasquando a força de elevação dos plutons esta restrita apenas quando o magma flutua, no qual os limites de habilidadede um pluton em se elevar quando atinge um nível no qual a densidade se tornar igual a da rocha matriz. A elevação

 pode ser facilitada em alguns casos pelo supressão magmática (magmatic overpressure), o qual pode suprir uma pressão derivada adicional em profundidade. O teto dos domos está limitado em formar lacolitos em pequenas profundidades de 2 a 3 km, onde a pressão magmática pode exceder em espessura (Corry, 1988). Restriçõessimilares aplicadas aos blocos sob elevados ao longo das falhas.

Figura 4-34: Diagrama ilustrando o um pluton e seus mecanismos de colocação. 1- forma do topo do domo e suas encaixantes;2- assimilação de rochas e fusão parcial da zona marginal; 3- stoping; 4- deformação ductil das encaixantes; 5- deslocamento das paredes laterais por falha e dobramentos; 6- (and 1)- colocação do pluton em ambiente estensional. After Paterson et al . (1991),Contact Metamorphism. Rev. in Mineralogy, 26, pp. 105-206. © Min. Soc. Amer.

Alternadamente os magmas podem fundir de maneira interna (processo chamado de assimilação: numero 2na Figura 4-34). A habilidade em fundir as paredes usando o calor magmático está limitado pelo calor disponível domagma (e a quantidade de magma que pode penetrar nos primeiros locais). Como veremos no capitulo 10, magmas

intrudidos são por eles mesmos em sua maioria gerados a partir de uma fusão parcial logo eles são raros de seapreciar “superheated” (aquecido acima da temperatura na qual a fusão  coexiste com os sólidos). Logo o calordisponível para a fusão das rochas matriz não existe em excesso e deve ser aplicado pelo calor latente decristalização de algumas porções do magma ocorrendo de maneira parcial nos sólidos e também menos móvel. Estetipo de aquecimento e necessariamente limitado.

Se as rochas matriz forem suficientemente fragmentadas, os blocos do teto acima de um pluton ascendente podem se tornar deslocados, caírem e se afundarem através do magma (numero 3 na Figura 4 -34). Este processo échamado de stoping, depois da pratica de mineralização do teto de um trabalho no subsolo. Evidênciasconsideráveis deste processo são encontradas em porções acima do plúton onde o bloco da rocha matriz é suspensoem rochas ígneas cristalizadas como os rafts e xenólitos. O processo fica mais evidente quando os agmatitos são

formados pela injeção ao longo da rede fraturas (ver Figura 4-27a). O processo de stoping requer que a rocha matrizseja mais densa que o magma. A subsidência dos caldeirões (Figura 17-16) e a formação do caldeirão (Figura 4-9)são exemplos em grande escala de processo de stoping em profundidade. A falta de um campo de evidência para

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quantidades significantes de xenólitos parados chama a questão dos efeitos da processo stoping como processo principal na empacotamento do magma,

A combinação da assimilação e do stoping são chamados de solução de stoping ou zona de fusão(solution stoping ou zone melting) pode operar em profundidade onde a rocha matriz está próxima de ponto defusão. Neste processo os minerais do teto do pescoço da rocha e uma quantidade equivalente de magma sãocristalizados no assoalho, como proposto por Ahren et al. (1980). Este processo mitiga a perda do calor a partir daintrusão do magma, principal impedimento para a assimilação. Assim como o processo pode ser efetivo ao manto ecrosta profunda, onde o magma ascende, como um diapirico, mas se as rochas matriz estão bem abaixo do ponto defusão, mais minerais poderão se cristalizar na fusão e o pluton rapidamente se solidifica.

Deformação dúctil e retorno do fluxo descendente (numero 4 na Figura 4-34) são mecanismos associadoscom a ascensão de diapiros em grandes profundidades e são provavelmente eficientes onde à viscosidade das rochasé baixa. Em qualquer profundidade, ballooning, ou expansão radial da câmara magmática na adição do magmaabaixo que também pode assumir o lugar. Balloning pode também fisicamente comprimir as paredes da rocha peloslados do diapiro, forçando as paredes a se separar com o acompanhamento da deformação da aureola (número 5 noFigura 4-34). A evidencia rara da textura para as paredes das rochas ao redor do parte superior e do meio dos níveis

elevados de plutons debatem contra o diapirismo como uma forma de mecanismo de empacotamento destes níveiscrutais (paterson et al., 1991). Como no caso dos diques mencionados acima, ambiente extensionais (numero 6 naFigura 4-34) facilitariam o processo, mas como mencionado acima, a taxa de extensão coloca limites no grau aoqual pode contribuir.

Embora se acredite que o magma entre em ascensão por alguns ou todos os processos acima, todos eles possuem limites para se estenderem às circunstancias nas quais eles podem operar. Devido a estes corpos estaremintrudidos abaixo, existe uma tendência natural de pensar que eles estendam externamente com profundidade eocupando considerável volume diante da superfície que podemos observar (na Figura 4-20). Esta é forma no quaisos batolitos tem sido empurrados por décadas na maioria das seções geológicas envolvendo eles. Eles simplesmentese alongam externamente, no qual certamente deixa impressões de muito mais material ígneo. A forma de diapiritos

experimental por outro lado é diferente, porque pelo menos eles estão próximos à superfície. A figura 4-35é umdesenho de alguns resultados de alguns experimentos realizados por Ramberg (1970), no qual ele modelou diapiritosusando material macio coberto por baixa densidade em camadas de alta densidade de estrato e colocados em umacentrifuga para conduzir a moção do diapirico. Baseada nos modelos de gravidade e campos erodidos de batolitos,alguns agora estão suspeitos de serem intrusões de assoalho superficial.

Figura 4-35: Modelos de diápiros criados por massa de vidraceiro em centrifugas, segundo Ramberg (1970), In Newell,G., and N. Rast, (1970) (eds.), Mechanism of Igneous Intrusion. Liverpool Geol. Soc., Geol. J. Spec. Issue no. 2.

A Figura 4-36 é uma seção composta de Batolitos Bouder em Montana, no qual sugere que a espessura émenos do que 10 km. Outros plutons agora são suspeitos de estarem finos ou mesmo em películas. O Granito deLilesville, Carolina do Norte (Waskome Butler, 1971), o Pluton de Katahdin, New Hampshire (Hodge et al., 1982).

Figura 4-36 Seção geológica no Boulder Batholith, Montana. Segundo Hamilton e Myers (1967), The nature of batholiths. USGS

 Prof. Paper , 554-C, c1-c30.

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4.3 Sistemas Hidrotermais

Rochas vulcânicas e sedimentares fraturadas e sedimentos permeáveis provem algum aquecimento,intrusões superficiais são locais ideais para o desenvolvimento de um sistema hidrotermal extenso. Um sistemahidrotermal tipicamente associado a terrenos vulcânicos e silicosos é mostrado na Figura 4-37. Estudo de isótoposestáveis tem mostrado água meteórica predominante sobre a juvenil na maioria dos sistemas hidrotermais (Mazor,

1975), mas a proporção é variável partindo de um para o outro localmente. O calor da superfície da câmaramagmática está tipicamente associado com o aquecimento do vulcanismo recente da água subterrâneas (mais algumcomponente juvenil associado) então se expande e ascende o material permeável acima, resultando comumente emfumarolas e aquecimento na superfície. A água então se resfria, se movendo lateralmente como a ascensão da águaquente e descende novamente logo que se torna densa em um sistema tipicamente convectivo. O resultado é acirculação de um sistema de groundwater acima do corpo magmático e talvez com porções solidificadas de corposno qual pode estar truncado (Henley e Ellis, 1983: Hildreth, 1981).

Sistemas hidrotermais acima de batolitos podem afetar consideravelmente o volume da rocha. Fluxo defluido aquoso é controlado pela permeabilidade das rochas. Sistemas de fraturas extensivas são comuns acima dasintrusões e isto age como um condutor efetivo para fluidos hidrotermal. Estruturas calderas são mais comuns centro

de atividade hidrotermal. Buracos ocorrentes em alguns sistemas estendendo a profundidade para 3km, onde elestem encontrado águas salinas próximos a um pH neutro (brines) em temperaturas acima de 350ºC. Abaixo disso ascaracterísticas das soluções são imprecisas, mas sob altas temperaturas são certamente ocorrentes. Se houver umaquecimento na parte superficial da porção do sistema, o CO2 e H2S são tipicamente concentrados no vapor o qual

 pode atingir a superfície como uma atividade fumarolica, condensado ou oxidado a partir de um distinta solução deácido sulfato/bicarbonato comum em alguns campos geotermais.

Figura 4-37:  Seção esquemática através de um sistema hidrotermal desenvolvido acima da camara magmática, em terrenovulcânico silicoso. Segundo Henley and Ellis (1983),  Earth Sci. Rev., 19, 1-50. Estudos isotópicos de oxigênio mostram quemuito do fluxo de água (setas cinzas) é circulaçào de água meteorica . Água magmática (juvenil) é tipicamente de menorimportância (linhas tracejadas vermelhas). Elsevier Science.

Os fluidos hidrotermais envolvem através da troca química (isotópica) com os silicatos fundidos e/ou porções solidificadas de pluton, onde a maioria da água é juvenil ou não. Irá conter um numero de constituintesígneos dissolvidos. Como este fluído interage com as rochas ao redor isto pode causar um numero de trocasquímicas, mineralógicas e texturais para assumirem um local, dependendo da temperatura, permeabilidade,composição química e natureza dos fluidos junto com a rocha, a proporção de fluido e rocha atinge 0,001 paraaproximadamente 4, baseado na troca isotópica de oxigênio (Taylor, 1974). A grande variação da natureza física e

química dos sistemas hidrotermais resultam em uma variedade similar de produtos de alterações, incluindo quartzo,feldspato, minerais cinzas, clorita, zeolita, biotita, actinolita, epídoto e uma numero de sulfetos.

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Capítulo 5

Introdução a Termodinâmica

Petrológos usam o conhecimento em termodinâmica de duas maneiras: Primeiro, os princípios da

termodinâmica podem ser aplicados qualitativamente  para tachar um sistema geológico ou para diagnosticar os

efeitos que mudam com a pressão (P), temperatura (T) ou composição (X) podem ter uma montagem da fusão

rocha/fluído. Qualitativamente nós podemos responder importantes questões como, “Qual seria o efeito, em geral,

 para o aumento da pressão em rochas pouco fundidas?” ou “O que aconteceria se a água fosse adicionada numa

rocha próxima da temperatura de fusão?”. Segundo, se alguns dados fundamentais básicos podem ser

experimentalmente determinados, nós podemos calcular quantativamente  tanto para uma certa montagem de

minerais (i.e., uma rocha), quanto para ± uma fase de fluídos ou de fusão, se são estáveis ou não em alguma

combinação em particular de P, T e X. ambos destas aproximações são baseadas num entendimento de equilíbrio e

energia. Através dos anos de experimento nós temos copilados dados suficientes de minerais e gases que nos

 permitem calcular quantativamente o limite de estabilidade de alguns minerais e montantes de minerais-fluído.

Devido às fusões de composição serem complexas e variavelmente comparavelmente com os minerais e gases nós

estamos somente no estágio recente de tornar possível um tratamento quantitativo do sistema ígneo. Eu irei adiar a

aproximação quantitativa até que nós possamos lidar com o metamorfismo e ter uma ocasião em que possamos

aplicar este resultado. Para o presente momento, eu irei desenvolver bases termodinâmicas gerais e então concentrar

numa aproximação qualitativa que irá nos ajudar a tachar numa variedade de fenômenos ígneos.

5.1 Energia

Um sistema  é qualquer porção do universo onde apenas um pode ser isolado (tanto fisicamente quantoquimicamente) no sentido de estudá-los. As vizinhanças (surroundings) são as porções adjacentes do lado externodo universo do sistema em questão. Todos os sistemas naturais são controlados pela energia. Qualquer mudançamacroscópica no sistema é acompanhada pela conversão de energia a partir de uma forma ou de outra. Por enquanto,a queda de um objeto, assim como a rocha, envolve a conversão de energia potencial (potencial energy) (associadaá altura) para energia cinética (kinetic energy) (locomoção). As rochas ascendentes envolvem a transferência deenergia química (chemical energy) (armazenada em seu corpo) para a energia cinética (similar à locomoção dosmúsculos do corpo ou eventualmente a rocha). Igualmente a mistura de ácidos fortes e bases é a convenção deenergia química armazenada para energia térmica (thermal energy) assim como eles reagem e neutralizam uns aos

outros, aquecendo início do processo. A compressão de ar na bomba da bicicleta quando você infla um pneu,envolve a conversão de energia mecânica (mechanical energy) para energia térmica.

Se nós considerarmos um sistema mais a vizinhança imediata, a energia é conservada durante todo o processo. Se, por outro lado, nós considerarmos somente o sistema, assim como a rocha, a energia pode ser perdidaou adquirida a partir das vizinhanças.

Rochas em ascensão, por exemplo, adicionam energia a partir das suas vizinhanças, aumentando assim aenergia potencial do sistema da nossa rocha. É claro que nós removermos o suporte da rocha, irá logo despencarsobre a Terra, perdendo espontaneamente a energia potencial assim como está coberta pelo calor (fricção) e aenergia mecânica quando de choque com a Terra deformando um pedaço. A energia potencial original é uma parte

inútil. É capaz de realizar trabalho, se nós colocarmos numa roldana e deixar uma corda tornar-se o gerador. Alguns podem descrever uma massa assim como uma rocha sob altas elevações, como tendo um alto conteúdo de energia

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do que uma massa similar sob baixas elevações. É óbvio que uma massa não suportada estará espontaneamente emqueda para o ponto mais baixo que puder. A rocha que não possui uma sustentação cai até se chocar com a Terranão havendo interrupções no percurso. Isto nos leva para uma importante propriedade de sistemas naturais. Os

 sistemas naturalmente tendem a irem à direção de uma configuração de mínima energia. Tais configurações demínima energia, assim como a rocha no solo, são referidas como estáveis (stable). Uma rocha arremessada paracima é uma configuração instável, (instable), pois irá rapidamente cair na Terra sob a influência da gravidade.

Felizmente, nem todos os sistemas naturais mudam espontaneamente para o estado de mínima energia.Alguns sistemas podem existir num sistema que está com baixa energia. Deve haver barreiras de energia quedominam o verdadeiro estado de mínima energia para serem atingidos. Retornando para analogia da queda da nossarocha, supondo a rocha se choque numa área inclinada do solo e pare na depressão (Figura 5-1). Claramente esta nãoé a mais estável configuração possível, assim como existem baixas elevações próxima no qual favorecem orolamento se possível. Embora esta elevação seja a mais baixa do que as possibilidades das adjacentes imediatas.Teriam que rolar brevemente para cima, aumentando momentaneamente assim a energia potencial antes que possarolar para uma elevação mais baixa disponível. Devem existir barreiras de energias que impedem a rocha partindodo fácil alcance do baixo estado de energia. Tais estados, tanto estáveis (baixo estado de energia) quanto instável(capaz de mudança espontânea), são chamados de metaestável (metastable) (Figura 5-1). Nós podemos pensar que

sistemas como sendo tanto em equilíbrio (equilibrium) ou num estado de desequilíbrio (desequilibrium). Algumsistema que não está submetendo-se de alguma forma de transição é dito estar em equilíbrio. Pode estar tanto emequilíbrio estável (assim como as rochas no meio da inclinação) ou equilíbrio metaestável (assim como em rochassoltas).

Figura 5-1: Estados de estabilidade. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

As barreiras de energia que mantém os estado de metaestável podem ser de energia potencial, como asrochas na Figura 5-1 ou de natureza cinética.

Barreiras cinéticas sustentam alguns materiais familiares a partir do revestimento da maioria do estadoestáveis. Quando um carro é arranhado, o metal não se torna imediatamente oxidado pelo enferrujado. Diamantesnão invertem para grafite e as rochas na superfície da Terra não se tornam instantaneamente intemperizadas paraformar a argila. Isto é devido à barreira de energia envolvida na quebra de ligações para reações que assumem uma

 posição que é muito elevada para baixa energia cinética (vibracional, vibrational) de ligações em baixastemperaturas próximas a superfície da Terra. É mesmo fortuito que o estado de metaestável exista ou a maioria dosmateriais e fontes de energia que nós usamos hoje não estaria disponível.

5.2 Energia Livre de Gibbs

Sistemas direcionados em termos de energia é uma útil aproximação. O ponto crucial é encontrar aexpressão de energia adequada e as variáveis que a controlam (estado de variáveis, variable state). A mecânica(mechanics)  é o estudo da locomoção, assim como os projéteis ou como a queda da rocha. Pelo tratamento daenergia potencial, cinética e gravitacional, assim bem como com a massa, velocidade e momento, a mecânica temnos permitido entender como a locomoção de projéteis e planetas de um modo suficientemente bem para colocar as

 pessoas na Lua e prever as colisões de um cometa com Júpiter. O campo da termodinâmica, thermodynamics, assimcomo implica o nome, trata com a energia e calor. A termodinâmica pode nos ajudar a entender inúmeras coisas, da

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engenharia dos vapores à refrigeração. O trabalho de J. Willard Gibbs relata elegantemente os conceitos datermodinâmica para um melhor entendimento dos sistemas químicos. Gibbs formulou um parâmetro de energia, aenergia livre de Gibbs, Gibbs free energy  que atua como uma medida do conteúdo de energia dos sistemasquímicos. A energia livre de Gibbs em específicas pressões e temperaturas pode ser definida matematicamentecomo:

G = H-TS (5-1) 

onde G é a energia livre de Gibbs, H é a entalpia (enthalpy) (ou calor contido), T é temperatura em Kelvin e S é aentropia (entropy) ( mais facilmente percebida casualmente). Como um simples exemplo de entalpia, considere oaquecimento da água num fogão. A entalpia da água aumenta assim que esquentada, pois você está adicionandocalor a ela. Quando ela ferve o vapor tem uma alta entalpia do que a água, mesmo que ambos estejam sob mesmatemperatura (o ponto de fervura), pois você tinha adicionado calor à água e esta o converteu logo que virou vapor.Assim, para a entropia imagine a ordem de estrutura de uma grade de cristal. Esta é uma baixa entropia. Os líquidos

 possuem menos arranjos ordenados de átomos, portanto grandes entropias. Os gases possuem muito mais entropiado que os líquidos, pois os átomos ou moléculas são muito mais abertamente distribuídos.

Usando este parâmetro de energia livre de Gibbs, não podemos tachar a estabilidade do sistema químico,apenas como nós usamos a energia potencial para a rocha na Figura 5-1. De maneira análoga, um sistema químico

 pode proceder para um estado que minimize o apropriado parâmetro de energia. Em outras palavras

Formas estáveis de sistema químico são aqueles com o mínimo possível de energia l ivre de Gibbs par a ascondições dadas.

O parâmetro de energia livre de Gibbs é ideal para os petrológos e geoquímicos, pois variam em função datemperatura, pressão, composição e o mais importante determina as variáveis (estado de variáveis) na natureza. Nãousaremos a energia livre de Gibbs para analisar o comportamento da variedade de sistema ígneos e metamórficos.

 Nós começaremos com alguns conceitos relativamente básicos, os aplicando para sistemas químicos muito simples.

 Nós podemos então adicionar novos princípios da termodinâmica e técnicas posteriores (principalmente no Capítulo27) assim nós os requeremos para o tratamento de sistema mais complexo.

A variedade de processos petrológicos, partindo das transformações polimórficas para o metamorfismo, para a cristalização e fusão podem ser expressas com reações químicas do tipo:

A + B + ... = C + D +...

onde cada letra representa uma espécie química assim como cada mineral, líquido, gás ou espécies iônicas emsolução. As espécies do lado à esquerda da reação são chamadas de reagentes (reactant) e aquelas à direita sãochamados de produto (products). É claro que a reação deve balancear estequiometricamente, no qual o número deátomos de cada elemento deve ser o mesmo em ambos os lados da reação. Pois a forma mais estável de um sistemaem qualquer valor de pressão (P), temperatura (T) e composição (X) é a forma com a mais baixa energia livre deGibbs para as formas alternativas (reagentes x produtos) num sistema com P, T e X interessante. Para uma reação,esta comparação pode ser acompanhada por alguma variável (no caso G) e pela definição que:

ΔG = Σ (nprodutosGprodutos  –  nreagentesGreagentes) (5-2)

onde Σ representa o total e n é o coeficiente estequiométrico para cada fase da reação. Por exemplo, considerehipoteticamente a reação: 3A + 2B = 2C +D; ΔG pode ser expresso como: ΔG = GD + 2GC  –  3GA  –  2GB.

Se ΔG é negativo, então os produtos possuem uma energia livre total baixa do que os reagentes (significaque eles são mais voláteis) e a reação devem ocorrer a partir da esquerda para a direita como escrito. Se nós

conhecemos o G para cada fase (phase) (mineral, líquido ou gás) e espécies iônicas (se incluídas) em reações sob amesma pressão e temperatura, nós compararíamos os valores totalizados para os reagentes e para os produtos

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calculados no qual o lado da reação esta mais estável em condições de interesse. De modo similar, nós poderíamosusar a energia livre de Gibbs dos constituintes para determinar as condições P-T-X dentre os quais os reagentes e

 produtos são igualmente estáveis: a condição de equilíbrio para a reação. No sentido de fazer tudo isso nós devemos primeiro estar capazes de determinar os valores da energia livre de Gibbs de qualquer fase (ou espécie iônicas) emqualquer temperatura, pressão e composição de interesse. É uma simples questão de combinação deles usando aEquação (5-2) para fazer o resto.

5.3 Energia Livre de Gibbs Para Uma Fase

Vamos tratar a partir de agora de um simples sistema composto por substâncias de composições fixadas

(fixed composition) (colocando fora preferencialmente às relações complexas entre a energia livre e composições até posteriormente). Para uma única fase (single phase) assim como um mineral ou líquido nós devemos estar capazesde determinar a energia livre de Gibbs sob qualquer pressão e temperatura específicas. Contudo, nós possamosmedir o volume, temperatura, pressão e várias outras propriedades por fase, são impossíveis de se medir o valorabsoluto da energia química livre de qualquer fase, íons, etc. Nós podemos, contudo, determinar mudanças, changes 

na fase de energia livre como as mudanças de estado das variáveis. Se nós podemos medir as mudanças, nós precisamos somente escolher algum estado arbitrário (um “estado de referência”) de uma fase e designar qualquervalor de G que nós escolhemos. Podemos então usar as mudanças de G como condições variadas para designar o G

 para outro estado.

O mais comum estado de referência é considerado para elementos puro na sua forma natural (estável) em25ºC (298,15K) e pressão atmosférica (0,1 MPa), as condições tipicamente sobreaquecidas em laboratório edesignar a energia livre de Gibbs de zero joules (J) para este estado. A referência da energia livre de Gibbs para ooxigênio, por exemplo, é de zero J para o gás puro de O 2 e para o silício é de zero J para o metal de Si, ambos sob298,15K e 0,1 MPa. Note que G é uma variável extensiva (extensive variable), no qual está dependente acima daquantidade de material do sistema (a extensão do sistema). Nós podemos resolver este problema expressando g emtermos de energia molar ou em número de joules por moles da substância.

A energia livre de Gibbs molar do Si é uma propriedade constantemente intricita dos elementos. Para umacomposição, assim como o quartzo, nós podemos medir a mudança de calor (entalpia) (ΔH) associado às reações de1 mole de Si + 1 mole de O2  para 1 mole de SiO2  (pela técnica chamada de calorimetria, calorimetry). Nós

 podemos também calcular a entropia do quartzo baseado na suposição de que a entropia de qualquer substância é dezero à zero K (a Terceira Lei da Termodinâmica) e calcular a mudança da entropia entre zero K e 298,15K (comodiscutido nas seções seguintes. A partir destes valores de H e S nos podemos computar a energia livre de Gibbs para

 baixos quartzos usando a equação (5-1). O resultado é conhecido como a formação energia livre de Gibbs molar(molar Gibbs free energy of formation  ( a partir dos elementos) e dado o símbolo: ΔGº f  onde a posição subscrita

 para a “formação” e o sobrescrito se refere ao estado de referência (state reference) de 298,15K e 0,1MPa e a barra acima do G indica que é uma quantidade molar.

Para o quartzo, ΔGºf  é de -856,3KJ/mol (Robie e Hemmingway, 1995). Isto representa ΔG para as reaçõesSi (metal) + O2 (gás) = SiO2 (quartzo). Note que o valor negativo e extenso da energia livre nos diz que o produto(quartzo) e muito mais estável que os reagentes (Si e O2), isso ocorre porque encontramos o quartzo e não metais desílica em nosso ambiente rico em oxigênio. A energia livre para outros componentes, incluindo os minerais, osgases, os íons entre outros são determinados de modo similar. ΔGºf  é o valor usado para a energia livre de Gibbs (G)de várias fases em 298,15K e 0,1 MPa e é a base da maioria dos cálculos termodinâmicos.

Os dados termodinâmicos são tabulados e disponibilizados a partir de inúmeras fontes, incluindo publicações copiladas, como as de Robie e Hemmingway (1995) ou a base de dado dos computadores (comumentecomo parte de um programa que executa bem os cálculos). Pequenas variações nos valores reportados refletem

inexatidão experimental na calorimetria ou até mesmo nas técnicas usadas. Posteriormente nós temos imaginados

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caminhos para extrair dados termodinâmicos a partir de elevadas temperaturas e pressões experimentais emequilíbrio.

5.3.1 Variações na Energia Livre de Gibbs por Fase com a Pressão e Temperatura

Uma vez que nós temos dados referentes ao estado para o interesse de fases geológicas, nós podemosdeterminar o valor da energia livre de Gibbs (G) da fase em elevadas temperaturas e pressões. Nós podemos fazerisso usando a seguinte equação diferencial:

dG = VdP –  SdT (5-3)

onde G é a energia livre de Gibbs da fase, V é o volume e S é a entropia. A equação também mantém a verdadeira propriedade molar (G, V e S). Eu irei daqui por diante fazer o tratamento para todos os parâmetros como molar edispensar a barra como símbolo. A equação (5-3) formaliza a variação em G com P e T. O valor de G muda tambéma composição em parâmetros para esta variação, podem ser adicionados a Equação (5-3), mas tenho decidido mantera composição constante durante o tempo para aliviar o nosso processo de inicialização. Assim como muda com a

temperatura (dT) e/ou pressão (dP) ocorre que G irá também mudar (dG) de maneira determinante. Assim G parauma fase, como na forsterita, seria diferente para diferentes temperaturas e pressões. Nós resolveremos que para Gem diferentes temperaturas e pressões pela integração da Equação (5-3):

P3  T2 GP2T2  –  GP1T1 = ∫VdP - ∫SdT (5-4)

P1  T1 

onde P2 e T2 é a pressão e temperatura de interesse e P 1 e T1 é a pressão e temperatura iniciais (assim como 298K e0,1 MPa). Para realizar a integração com exatidão, nós precisamos saber como V varia com P e como S varia com T.A variação de V a respeito de P (chamada de compressibilidade isotermal, thermal compressibility) é

suficientemente pequena para sólidos em que V pode ser tratado como constante para uma fiel e extensa alcance da pressão, mas o volume dos líquidos em particular dos gases irá mudar com a pressão, então para eles, os cálculosque assumem V como constante irá resultar em erros. S varia apreciavelmente com T e a maioria das fases, tanto nossólidos quanto nos líquidos ou nos gases. A relação pode ser expressa com dS = (Cp/T)dT, onde Cp é a capacidadede aquecimento (heat capacity)  (a quantidade de calor requerida para aumentar 1 mole da substância em 1ºC).Substâncias com elevadas capacidade de aquecimento podem absorver consideravelmente o calor com somente uma

 pequena mudança de temperatura. Considere a quantidade de calor que você deve adicionar numa vasilha de água(alta capacidade de aquecimento) para aumentar a temperatura em 50ºC versus a pequeníssima quantidade de calorrequerida para fazê-lo no mesmo volume de ar (baixa capacidade de aquecimento). O processo é complicadonaquela capacidade de aquecimento para ela própria em função de T, e varia num modelo não linear. Equações

 polinomiais (normalmente na forma Cp = a + bT  –   c/T2) são empiricamente determinados para cada fase e sãoreportados na maioria das fontes (incluindo Robbie e Hemmingway, 1995) nos permitindo calcular S com precisãoem qualquer temperatura.

Se a variação na pressão e temperatura (dP e dT) são pequenas, nós podemos assumir que V e S sãoconstantes assim como a primeira aproximação e a Equação (5-4) é reduzida para uma simples forma algébrica. Nósfaremos esta suposição (para sólidos pelo menos) nos problemas e exercícios neste texto e evitando os cálculos paraas integrais que incluem funções polinomiais de compressibilidade e capacidade de aquecimento. Felizmente, alguns

 programas de computadores realizam as integrações para nós, então podemos ainda derivar com mais precisão osresultados caso seja necessário. Os melhores programas possuem dados de V, S, H e Cp para os mais comunsminerais, líquidos e gases, logo os cálculos, incluindo as correções para a compressibilidade e as mudanças de S e Hcom T são instantaneamente realizadas. Nós podemos entender suficientemente a teoria à aplicação usando asformas algébricas e deixar os computadores realizarem a mais complexa parte matemática. No seguinte exemplo de

 problema, nós teremos alguma experiência com o manuseio das formas algébricas da Equação (5-3) e comparar com

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os nossos resultados de quartzo de forma integrada no sentido de nos dar uma idéia da magnitude dos nossos errosdas simplificações introduzidas.

Exemplo de problema: Calculando a energia livre de Gibbs do quartzo em elevadas P e T.Como exemplo nós devemos usar a Equação (5-3) para calcular o G para o quartzo em 500ºC e 500 MPa

(5KP). Pois a Equação (5-3) se distribui com a mudança de G em P e T, primeiro nós devemos saber o valor doGquartzo  em qualquer temperatura e pressão inicial. Nós usaremos o estado comum de referência de 298,15K e a

 pressão atmosférica de 1atm no qual o Gquartzo  é -856,3KJ (± 1KJ: erro analítico) por mol (a partir de Robbie eHemmingway 1995). Tem Celsius (C) igual a T em Kelvin (K) menos 273,15, mas nós comumente desarticulamos

 para o próximo grau, no qual é precisamente suficiente para o trabalho geológico. Assim 298K ou 25ºC ou “espaçode temperatura” “room temperature”. Para calcular o Gquartzo  sob elevadas pressões, diz-se GPa, nós também

 precisamos saber o volume molar do quartzo, no qual é 22,69 cm3/mol. Devido a G está expresso em joules(m2Kg/seg2 mol) e P em Pascoal (Kg/seg3 m), V deve ser expresso em m3/mol se as unidades estão expressas em

 permanência consistente. Contudo, cm3 = 10-6  = 103  e MPa = 106Pa, então nós podemos evitar os pequenos egrandes números pelo uso de joules para G, cm3/mol para V e MPa para P e os expoentes irão cancelar quandomultiplicarmos VxP. A escolha está ao nosso critério, mas sempre lembrando de ser cuidadoso com as unidadesusadas nos cálculos.

Começaremos com a correção da pressão, calculando o Gquartzo em 0,5 GPa (500KPa) e 298,15K (25ºC).Devido a T ser constante, dT = 0 e a Equação (5-3) se reduz para dG = VdP. Podemos integrar isto para atingir:

P2 

GP2  –  GP1 = V∫dP (T é constante) (5-5)P1 

Se V é constante com as mudanças de pressão V pode ser removido da integral e a Equação (5-5) se tornaalgébrica:

P2 

GP2  –  GP1 = V ∫dP = V(P2-P1) (5-6)P1 

onde P2 = 500MPa e P1 = 0,1MPa em T constanteG0,1 é -856,300 + 22,69(499,99) = -844,987J ou -845,0K

Se nós quisermos corrigir primeiro a temperatura, um processo similar pode ser usado para calcular G em500ºC (773K) e 0,1MPa. Devido ao fato de P ser constante, a Equação (5-3) torna-se:

P2 GT2  –  GT1 = ∫-SdT (P é constante) (5-7)

P1 

E se assumirmos que S está constante acima da temperatura de alcance, isto se reduz para:

GT2  –  GT1 = - S (T2-T1) (5-8)

S0,1.773 = 41,46J/Kmol (Robbie e Hemmingway, 1995) rendendo para:G0,1.773 = G0,1.298  –  41,46(773-298) = -876,0KJ

Finalmente podemos configurar ambas as operações na seqüência (tanto quanto na primeira) para obter o G

em qualquer temperatura e pressão. Se nós usarmos a Equação (5-6) para obter G500,298 e então usar a Equação (5-8)sob uma pressão constante de 500MPa, nós temos G500,773 = -844,73 –  41,46(773-298) = -864,6KJ.

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Podemos agora comparar nossos resultados obtidos com o método usado pelo computador para integrar asequações para ver como as nossas aproximações constante de V e S usados. A Tabela 5-1 lista os resultados para

 baixos quartzos gerados por um programa de computador SUPCRT (Helgeson et al., 1978).

A primeira coisa a se notar é que o SUPCRT utiliza da sua própria base de dados, então mesmo que oestado de referência para o valor do G

quartzo mude a partir de valores diferentes de Robbie e Hemmingway (1995),

embora menos do que 400J, no qual menos de 0,04% de G, ou metade de um erro analítico relatado. Veremos aseguir que nossa aproximação para V constante não está perfeita (coluna 5), mas aparentemente não é bom osuficiente, pois nossos cálculos par G em 500MPa em 25ºC coincide com os valores integrados do SUPCRT (denovo dentro de aproximadamente 400J).

De fato, se nós temos usado o mesmo padrão de valor de estado para G na Equação (5-3) usando oSUPCRT, a concordância tem que estar coerente diferindo apenas por aproximação de 50J. Então para as fasessólidas, pelo menos, a aproximação do volume que permanece constante é pequena para as mudanças de pressãocom menos de 1 GPa (a espessura grossa da crosta). Isto será o mais verdadeiro sólido, não longo tanto quanto afase de pressão induzida de transição assumirá o lugar. Como nós veremos no próximo capítulo, baixos quartzosinvertem a coesão em aproximadamente 2 GPa com uma mudança significativa do volume.

 Nestas aproximações em que 3 permanecem constantes com a mudança de temperatura não é bom. Adiferença entre a energia livre extrapolada linearmente (nosso calculo de mão feito para S constante) e com umacurva (integrada pelo SUPCRT) acima da mudança de 475ºC de temperatura está com 14,619J. Na coluna 6 daTabela 5-1, nós vemos a entropia tem mais do que o dobro acima deste alcance. Não menos que o erro relativo em Gé somente 2%. Se nós calculamos G em 800ºC a diferença aumenta para 35,247J ou 4%.

Em resumo, podemos usar a Equação (5-3) para calcular a mudança da energia livre de Gibbs para a fase deum mineral, líquido ou gás com mudanças na temperatura e pressão. Se nós pudermos determinar G para uma faseem algum estado inicial P-T (tabelado em algumas fontes), podemos então determinar G em outras pressões e/outemperatura. Os cálculos das pressões são relativamente fáceis para as fases sólidas, porque nós podemos assumir

que V é constante e usar uma simples forma algébrica (Equação 5-6) sem que ocorra algum sacrifício da precisão.Correções na temperatura usando a forma algébrica (Equação 5-8) são menos precisa e a integração pode sernecessária de dT for muito grande.

Os resultados destes cálculos são apenas números. E o que estes números significam? Lembre-se que G éuma medida de estabilidade de fase ou de um sistema. Se existirem duas (ou mais) formas alternativas que umsistema pode ter (por exemplo, SiO2 pode ocorrer em baixo quartzo, elevado quartzo, tridimita, cristalobita, fusões,etc.) a forma com o baixo G em uma dada pressão e temperatura será a forma mais estável. Nós poderíamosdeterminar isto pelo cálculo de g para qualquer P e T na questão e então os comparar. Alternadamente, nós podemostratar as diferenças entre energia livre de duas formas diretamente competentes, obviamente a precisão de verificaras formas alternadas concebidas. A transição de uma forma para outra é uma reação, logo nós deveríamos então

tratar com mudanças de G envolvidas durante a reação.

Tabela 5-1: Dados termodinâmicos para baixo quartzo calculado pelo usa da Equação (5-1) e SUPCRT

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5.4 –  Energia Livre de Gibbs para Reação

Agora que calculamos a energia livre de Gibbs de uma fase em qualquer temperatura e pressão, nós procederemos considerando uma reação, pois nós iremos aprofundar na petrologia ígnea, como tendo sido escolhidoas simples reações de fusão. Como exemplo pode ser referido para o diagrama de fase esquemático (schematicphase diagram)  na Figura 5-2, mostrando os limites de estabilidade da fase sólida do mineral (S) e elacorrespondendo a fusão do líquido (L) nos termos das variáveis P e T. A reação em questão pode ser escrita como: S= L. o sinal da igualdade foi usado ao invés de S→L para deixar implícito que os dois lados da equação sãoquimicamente equivalentes e a reação pode ocorrer de qualquer lado dependendo das condições. Somente quando adireção que a reação progride é importante a seta será usada.

Figura 5-2:  Diagrama de fase esquemático P-T de uma reaçào de fusão. Winter (2001) An Introduction to Igneous andMetamorphic Petrology. Prentice Hall.

Devemos comparar e considerar a energia livre de Gibbs em ambas as fases envolvidas nas reações. Se nósseguirmos a lógica dos estados mencionados acima (que todo sistema natural tende a ir para o estado de mais baixaenergia) deve ser claro que os sólidos devem ser mais estáveis do que nos líquidos de composição equivalente emqualquer campo rotulado como “sólido” na Figura 5 -2, enquanto que o liquido é mais estável no campo rotulado“liquido”. Em outras palavras, o valor de G para os sólidos deve estar ab aixo daquele para o liquido em qualquer

 ponto (assim como o ponto A) no campo sólido. Igualmente a energia livre do liquido deve estar abaixo daquele para o sólido em qualquer ponto (assim como B) no campo liquido. Nós podemos resumir o conceito de estabilidade

 para a reação com a afirmativa:

O lado da equação de reação com um baixo G sobre um dado conjunto de condições éo mais estável.

5.4.1 Variação na Energia Livre de Gibbs para Reações com Temperatura e Pressão

 No caso para a reação S = L nós temos duas fases, cada uma com a mesma composição e cada uma tem aenergia livre de Gibbs definida pela Equação (5-1) para (5-4). Nosso sistema irá estar em estado liquido ou sólido ecomo as respostas irão variar com a pressão e temperatura? Esta deve ser a melhor ilustração se nós isolarmos umaúnica variável na Equação (5-3) então vamos conduzir somente a temperatura. Para qualquer fase com a pressão

constante, nós podemos pegar parte da Equação Diferencia (5-3) em relação à temperatura para certa fase e termos:

(φG/φT)P = -S (5-9)

onde o subscrito P denota a pressão constante. A Equação (5-9) expressa a maneira na qual G para uma dada fasevaria com a mudança em T (com P constante). Em outras palavras, -S é a inclinação de uma linha, representando ovalor de G no gráfico de GxT. Entropia pode ser considerada uma medida de aproximação e não existem tais coisascom o alcance negativo. De acordo com Terceira Lei da Termodinâmica, a entropia cai para 0K (em ordemcompleta nem mesmo vibrando) não podendo ir abaixo. Porque S deve ser positivo tanto para o quanto longe estiveracima do 0K, a inclinação de GxT para algumas fases deve ser negativo de acordo com a Equação (5-9), como

mostrada na Figura 5-3. A inclinação está para o líquido do que para os sólidos, pois S L>SS (pois os líquidos temmais limites na estrutura atômica do que os sólidos cristalinos). Os pontos A e B na Figura 5-3 representam o fim do

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 ponto da isobárica (isobaric) (pressão constante, a temperatura aumenta como mostrada na Figura 5-2). No pontoA, fase sólida tem um baixo G do que na fase líquida e está mais estável. Como T está aumentando, o G de ambas asfases decaí (como na Tabela 5-1), mas o G dos líquidos decaí mais rapidamente do que o G dos sólidos. Logo quenós atingimos o ponto B, o liquido tem um G baixo e está mais estável. Porque S está variando, aumentando com T,as inclinações das curvas na Figura 5-3 não são lineares, aumentando de alguma forma com o aumento de T.

Figura 5-3 Relação entre a energia livre de Gibbs e a temperatura para o sólido e liquido de uma substancia a pressão constante.Teq é a temperatura de equilibrio. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

Uma aproximação idêntica pode ser “tida” na isotermal (isothermal) transversa (temperatura constante) a partir de um baixo P para elevados P. se nós pegarmos a Equação Diferencial Parcial (5-3) para uma fase a respeitoda pressão e temperatura constantes nós teremos:

(φG/φP)T = V (5-10)

Devido ao fato de V ser positivo, então a inclinação GxP e p V líquido está maior do que aquele para o sólido(Figura 5-4). O líquido é mais estável do que o sólido em baixas pressões, mas menos estável me elevadas pressões,em concordância com a Figura 5-2.

Figura 5-4: Relação entre a Energia Livre de Gibbs e a pressão para a forma sólida e líquida de uma substância numatemperatura constante. Peq é a pressão em equilíbrio.

A seguir aplicaremos a Equação (5-3) diretamente para nossa reação S = L.  A equação é importante para

esclarecer a escrita da reação antes que nós possamos concordar-la com a equação quantativamente . É tambémcostume colocar o lado elevado da entropia da reação à direita. Aplicada a reação, a Equação (5-3) torna-se:

dΔG=ΔVdP -ΔSdT (5-11)

O Δ e o d denotam mudanças, mas diferentes tipos de mudanças. O d representa uma mudança finita nasvariáveis de estado, assim como a pressão e a temperatura =, ao contrário do Δ que representa a mudança emalgumas variáveis como resultado de algumas reações (como definida pela Equação 5-2). Para a nosso simplesreação, S = L, embora ΔV = VL  –  VS, em outras palavras, ΔV é a mudança de volume que ocorre quando a reação

 progride, no caso quando ocorre a fusão de sólidos. A forma sólida da maioria dos materiais é mais densa do que ados líquidos correspondendo na mesma temperatura, pois a ordem de crescimento dos cristais é mais composta que adesordem dos líquidos. Imagine a diferença entre leques de blocos e uma pilha desorganizada do mesmo bloco. A

 pilha desorganizada, incluindo o espaço de ar entre os blocos, ocuparia um grande volume total do que a pilha

 juntada. Uma exceção notável para esta regra geral é o caso da água e do gelo. A polaridade natural da molécula daágua permite um fechamento do empacotamento das moléculas no liquido do que nas grades hexagonais do gelo.

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Assumindo que não estamos fundindo a água em nossa reação, mas em alguns minerais, ΔV deve ser positivo parareações escrita onde S = L. De um modo similar, nós podemos deduzir que devido SS<SL o ΔS também é positivo. 

ΔG, a diferença G dos reagentes e os produtos, não é fácil de prever como no caso ΔV e ΔS. Isto se deve porque nós temos a Equação (5-2), então o que nós podemos calcular na mudança em G a partir das variáveis maisfacilmente compreendidas. Lembre-se que dG representa a mudança em G para uma fase com mudanças em T e/ouP (dT e/ou dP). dΔG é, contudo a mudança em ΔG para a reação como a mudança T e/ou P. Porque o G para cadafase varia diferentemente com T e P, o valor de ΔG para uma reação deve varia bem com T e P. Compare as Figuras5-2 e 5-3 e você pode determinar que ΔG, como definido para a reação (G líquido  –  Gsólido), deve ser positivo no pontoA no campo sólido e negativo no ponto B no campo liquido. ΔG neste caso, tem que decair com o aumento de T.  

5.4.2 O Estado de Equilíbrio

 No ponto x da Figura 5-2, ou em qualquer ponto na curva que separa os campos sólidos e líquidos, ambasas fases são igualmente estáveis, então elas coexistem em equilíbrio. A curva é chamada de curva de equilíbrio

(equilibrium curve) (estável). Pois ambas as fases são igualmente estáveis em equilíbrio, eles devem ter o mesmovalor de G. Portanto ΔG = 0, o qual deve ser verdade em qualquer lugar ao longo da curva de equilíbrio . Isto éoutro fundamental postulado.

 ΔG varia para uma reação em equilíbrio igual a zero. 

O conceito de equilíbrio, como ele se aplica para o nosso sistema de produtos e reagentes igualmenteestáveis, é extremamente importante. Tais sistemas podem parecer serem estáticos, mas certamente eles não são. Oequilíbrio representa um estado de fluxo dinâmico (dinamic), mas o fluxo neste caso cancela um outro. Para a nossacoexistência entre sólido e liquido as reações S→L ambas acontecem continuamente, mas as taxas nas quais eles

 procedem são iguais. A quantidade de cada fase irá permanecer a mesma durante muito tempo se as condições não

forem mudadas. A natureza dinâmica deste estado de equilíbrio pode ser observada macroscopicamente, pois aforma dos cristais irá mudar lentamente assim como eles trocam os átomos com os líquidos.

O Principio de Le Chatêlier nos diz como cada estado dinâmico de equilíbrio irá reagir com as mudançasimpostas sobre eles. Um sistema irá reagir de maneira que atuará de forma a mitigar as mudanças.  Por instante, senós aquecermos o sistema, o processo S→L irá assumir uma posição numa rápida taxa do que o processo L→S,então existirá gradualmente mais líquido e menos sólido (alguns cristais aparecerão na fusão). Este processo absorvecalor adicionado e mantém o sistema na mesma temperatura, desse modo atenuando as mudanças impostas pelaadição do calor. Se nosso sistema esta confinado de maneira compressível e um pistão for pressionado paraaumentar a pressão, o processo L→S irá empurrar o processo S→L, embora reduzindo o volume na tentativa dedesfazer a mudança. O Princípio de Le Chatêlier pode ser entendido da seguinte maneira:

O Princípio de Le Chatêlier: Se a mudança éimposta num sistema em equ ilíbr io, a posição de equilíbr io i rá serdeslocada na direção em que tende a r eduzir a mudança.

Este princípio é um tanto quanto eclético e tem aplicações que vão desde os sistemas químicos como paraaplicações em nosso cotidiano.

5.4.3 Cálculos Termodinâmicos do Diagrama de Fase

Embora os dados termodinâmicos sejam espassos pela fusão e possam ter algum tempo antes de nóscalcularmos o equilíbrio da fusão da curva exata, nós podemos ainda usar a Equação (5-3) para praticamente

calcular qualitativamente qualquer diagrama de fase assim como a Figura 5-2.

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Fazendo isto, irá nos ajudar a entender os resultados de qualquer cálculo que nós desejamos fazer eimprovisando enormemente nossa habilidade em interpretar o diagrama de fase que nós possamos criar aquelas quenós encontramos ao longo do texto.Existem cinco variáveis interelacionadas na Equação (5-3): G, S, V, P e T. Nós

 podemos usar estas variáveis para entender os vários aspectos do diagrama de fase, assim como a inclinação dacurva de equilíbrio ou porque o sólido esta no lado de baixas temperaturas e elevadas pressões. A aproximação ésimples e qualitativa, nos provendo como uma poderosa ferramenta para tachar as reações e o equilíbrio.

Figura 5-5: Aparato de uma pistola cilíndrica para comprimir um gás.

Por exemplo, como as pressões aumentam o volume naturalmente decai, assim como você pode imaginar

 para um aparato tipo pistola cilíndrica, como na Figura 5-5. Aplicando a pressão na pistola irá forçar para dentro e a pressão no cilindro abaixo do pistão irá aumentar. Similarmente, se existem duas (ou mais) possibilidades deconfiguração ou estado para um dado sistema químico, aquele com volume será favorecido em elevadas pressões,

 pois volume baixo é uma resposta ao aumento da pressão. Esta é uma aplicação do Princípio de Le Chatêlier, comodiscutido previamente. Considerando a transição do quartzo para seu polimorfo coesito e então para a stishorita como aumento da pressão. Estas transições são mudanças cristalográficas no qual SiO 2  responde ao aumento datemperatura. A estrutura do polimorfo irá somente comprimir tão antes da inversão para diferentes polimorfos comsucessivas unidades de célula pequena. Baixo volume na fase é favorecido com elevadas P. Seguindo uma linhavertical na Figura 5-2, representando o aumento de P em T constante (isotermal), o sistema passa a partir do líquido

 para sólido, confirmando que VS<VL (como foi previamente estabelecido), De um modo similar, aumentando T comuma P constante (aquecimento isobárico) deve criar mais locomoção cinética e vibracional nos átomos e uma

enorme entropia. Note que estalinha horizontal na Figura 5-2, representado como na isobárica T aumenta, movendo-se a partir do sólido para o líquido no campo acima confirmando nossa assertiva previa que S S<SL. Pois ambosdecaimento da pressão e aumento da temperatura pode causar uma fusão do sólido, a curva de separação do campodo sólido e líquido deve ter uma inclinação positiva. Isto é verdadeiro para qualquer material de interesse geológico(exceto água).

A Equação (5-11) pode ser aplicada a Figura 5-2 do mesmo modo. Numa maneira similar par GxT notratamento para Equação (5-3), nós podemos pegar a diferencial parcial de ΔG à respeito de T na Equação (5 -11) etermos: (φG/φT)P  = - ΔS (5-12), no qual o sinal é negativo para uma reação do tipo S = L, pois nós já temosdeterminado que ΔS(SL  –  SS) é positivo (SS< SL). O valor de ΔG decai com o aumento de T, logo aumentando T a

 partir do equilíbrio (ΔG = 0), resultam num ΔG negativo, significando que o produto reagido (líquido) possui um baixo G do que o reagente (sólido) e a reação (S = L) corre em direção à direita (líquido). Isto é verdadeiro comovocê pode observar na Figura 5-2. Um caminho para o aumento de Tse move a partir do sólido no campo do líquido.Igualmente: (φG/φP)T  = ΔV (5-13), no qual é positivo (líquido que possui um valor de V do que o sólido) eaumentando o P a partir do equilíbrio faz com ΔG positivo (o reagente tem um baixo G) e conduz a reação emdireção a outro reagente (sólido).

Finalmente vamos escolher dois pontos quaisquer na curva de equilíbrio na Figura 5-2. ΔG em ambos os pontos deve ser zero. Assim:

dΔG = 0 = VdP –  ΔSdT (5-14)

e por conseguinte ΔVdP = ΔSdT, logo:

dP/dT = ΔS/ ΔV (5-15)

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A equação (5-15) é chamada de Equação de Clapeyron, Clapeyron Equation, no qual o dá umainclinação da curva de equilíbrio que separa os campos L e S na pressão e temperatura no diagrama de fase, como naFigura 5-2, embora em nosso exemplo nós não sabemos os valores exatos de ΔV e ΔS, nós sabemos apenas seussinais. Neste caso, pois ambos possuem o mesmo sinal, a inclinação é (+), concordando com a nossa conclusãoanterior.

Dados termodinâmicos para fusões estão somente no campo para se tornarem disponíveis (ver referênciaabaixo) e é menos confiável do que os minerais. Nós iremos, portanto, determinar para uma determinada umaaproximação qualitativa e semi-qualitativa e usaremos estas técnicas para estimar a inclinação das reações de fusãono diagrama de fase e tachar a estabilidade relativa dos reagentes e produtos. No Capítulo nós procederemos

 partindo deste ponto desenvolvendo métodos quantitativos para calcular as condições de P-T e P-T-X para reaçõesmetamórficas baseadas em dados termodinâmicos para a fase do mineral e gás envolvido em reações metamórficascomum. Esta aproximação é routinamente peformado em minerais metamórficos e em fluídos, pois relativamentedados precisos estão disponíveis para estas fases.

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PROBLEMAS.

1. A partir de dados apresentados, calcular a Energia Livre de Gibbs molar da forsterita em 600ºC e 1200ºC ambossob 0,1MPa e 1GPa (assumindo-se que V e S são constantes).

Gforsterita = -2.056,600J/molVforsterita = 43,65 cm3/molSforsterita = 94,11J/molK

2. Se a água é adicionada numa simples reação de fusão S = L e o mineral sólido é naturalmente anídrico, o líquidoestará somente numa única fase que aceita alguma água dissolvida. A reação então se torna S + H 2O = L(aq), onde osubscrito significa que a fase é aquosa (e contém H 2O). Usar o princípio de Le Chatêlier para qualitativamentecalcular o efeito da adição da água no sistema de fusão anídrica inicial. Irá abaixar ou aumentar o ponto de fusão?Por quê?

3. Este exercício foi feito para preparar vocês para o próximo capítulo. A sua instrução deixará você com uma visãoa frente partir da leitura ou de arquivos EXPT.DOC (word para windows) e a partir prenhall.com/winter e entãolevar para duas experiências simuladas no programa de computador devidamente configurado para o uso emlaboratório. 

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Capítulo 6

Fase Binária - A Regra de Fase e Sistema para Um ou Dois Componentes

6.1 Introdução ao Comportamento da Fusão de Magmas Naturais

 Neste capítulo trataremos o comportamento de simples sistemas químicos fazendo analogia ao maiscomplexo sistemas naturais. Para entender o porquê é tão importante vantajoso fazer estas analogias, vamoscomeçar pela observação do que ocorre quando uma fusão começa a se cristalizar de modo natural. Em um trabalhoque combina exemplos naturais de resfriamento do magma junto a análises feitas em laboratório, Wright e Okamura(1977) estudam o comportamento da cristalização do lago de lava em Kaopuhi no Hawai. Eles preenchiam atravésde uma fina crosta do lago de lava e diante de amostras de magmas, usando metal (ferro) tingindo e uma sonda de

cerâmica.

Uma porção elevada e ponderada do magma basáltico é resfriada a partir da superfície para o interior pelainserção deste profundo testemunho dentro do líquido que está apenas diante da crosta em amostras ponderadas de porções quentes do magma. Junto a esse magma que foi inserido em buracos que estão preenchidos, para que sedetermine a temperatura do gradiente no magma, no sentido de estimar a temperatura no qual cada amostra foicoletada. O resultado é uma série de exemplos de composições basálticas uniformes coletadas em alcance datemperatura de resfriamento conhecida.

Uma vez que extraídas, estas pequenas amostras são resfriadas rapidamente se solidificando. Felizmente,este processo é tão rápido que a solidificação da porção do líquido da amostra não tem tempo para formar cristais.Solidificando-se rapidamente (“amortecendo”) para formar vidro (uma fase sólida com um arranjo sem

ordenamento de átomos), se algum cristal estava presente no líquido original em profundidade, permaneceramembebecidos na nova forma de vidro, pois eles não possuem tempo suficiente para crescer ou reagir com a fusãodurante o processo de extinção. As amostras amortecidas foram levadas a laboratório para uma análise química emicroscópica.

Figura 6-1 Porcentagem da fusão (vidro) em função da temperatura, um exemplo extraído a partir do resfriamento do basalto doLago de Lava de Makaopuhi, Hawai. As linhas representam os alcances observados. After Wright e Okamura (1977).

Os resultados do estudo de Makaopuhi são sumarizados nas Figuras 6-1, 6-2 e 6-3 mostrando que aquantidade de vidro (que representa o magma líquido durante a aquisição da amostra) decaiu continuamente em100% em aproximados 1200ºC para 0% em 50ºC. O líquido é progressivamente recolocado através dos cristais

acima do limite de temperatura. Contrariando com qualquer substância simples e familiar, como o H2O. Sob pressão

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atmosférica a água se solidifica, passando para gelo numa temperatura de 0ºC. O basalto de Makaopuhi, por outrolado, começa a se cristalizar a 1250º, tornando-se completamente sólido quando o resfriamento atinge 250ºC.

A Figura 6-2 nos apresenta uma seqüência específica de sólidos formados com o magma resfriado. Aolivina começa a se cristalizar primeiro, seguida pelo piroxênio, plagioclásio e por fim por minerais de óxido deferro-titânio (ilminita e titanomagnetita). Se você recordar da Reação da Série de Bowen (Figura 7-14) partindo dasclasses anteriores, poderá lhe ser útil como um conjunto em que você considera a cristalização de fusão basáltica. Aformação da olivina seguido pelo piroxênio é exatamente o que a Série de Bowen prevê. A cristalização do

 plagioclásio no Makaopuhi, contudo, começa se formar depois do piroxênio e não ao longo junto da olivina, comoindicado na Série de Bowen. Outra característica incomum na Figura 6-2 é que a quantidade de olivina aumenta coma cristalização do magma que ocorre em 1205ºC para 1180ºC decaindo com os futuros resfriamentos das fusões ecristalizações. Microscopicamente a recente formação do crescimento das primeiras olivinas começa então aaparecer em transcorridos 1800ºC abaixo, indicando que as olivinas passam a serem reabsorvidas (consumidas pelareação com a fusão) num resfriamento progressivo.

Figura 6-2  Porcentagem em peso da amostra de minerais do Lago de Lava de Makaopuhi em função da temperatura. AfterWright e Okamura (1977). Minerais que se formam durante a cristalização 

A Figura 6-3 mostra que a composição dos minerais também varia com a temperatura. A fase máfica recebemais Ferro do que o Plagioclásio, embora de alguma maneira irregular, tendo menos componentes cálcicos e maiscomponentes sódicos (concordando com a Série de Bowen). Embora, não mostrado na Figura 6-3, a composiçãovítrea também muda progressivamente durante a cristalização com a permanência do vidro que se torna

 preferencialmente esgotada em Mg, Fe e Ca.

Figura 6-3 Modelo de composição de exemplos do Lago de Lava de Makaopuhi. After Wright e Okamura (1977).

Exemplos, nos quais podemos observar o comportamento da cristalização em fusões naturais são raras. Nós podemos observar a cristalização indiretamente, embora, pelo uso da textura da seqüência (Seção 3.1.4) ou pela

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criação da fusão em laboratório. A partir de tais texturas  e de critérios experimentais, temos confirmado que omesmo precisa acima de um alcance da temperatura de cristalização, a seqüência da forma dos minerais para acimadeste alcance e a maioria da composição varia nestes alcances consideravelmente, mas ocorrem algumas variaçõesnestas texturas. Claramente, os minerais que se formam no basalto têm descoberto é que o alcance da temperaturaexcessiva na cristalização tem o mesmo lugar. Ocorrem mais fusões da cristalização da sílica em temperaturas

 baixas do que nos basaltos, e a seqüência de minerais em magma silicoso podem começar com uma biotita ouanfibólio e terminarem com feldspatos alcalinos ou quartzos. A seqüência atual dos minerais que se cristalizam variade composição e de pressão. Algumas partes desta seqüência podem até mesmo se reverter de algum tipo de rocha

 para outra.

A partir de uma textura acumulada e de dados experimentais nós podemos fazer as seguintes observaçõesgerais sobre o comportamento das complexas cristalizações a partir de uma fusão natural (segundo Best, 1982):

1. O resfriamento fundido se cristaliza a partir de um líquido para um sólido no alcance da temperatura excessiva

(e em pressões comum);

2. Algumas fases de minerais que se cristalizam acima deste alcance de temperatura possuem um número de

minerais que tendem a aumentar quando a temperatura diminui;

3. Os minerais normalmente se cristalizam numa seqüência, geralmente com um considerável revestimento;

4. Minerais que envolvem soluções sólidas mudam a composição com o resfriamento progressivo;

5. A composição da fusão também muda durante a cristalização;

6. Os minerais que se cristalizam tão bem quanto na seqüência nas quais eles são formados, dependem da

temperatura e da fusão;

7. A pressão pode atingir o alcance da temperatura no qual a fusão começa a cristalizar. Podendo atingir também

os minerais que nela se cristalizam;

8. A natureza e a pressão de qualquer composição dos voláteis (tais como H 2O ou CO2 ) podem também atingir o

alcance da temperatura de cristalização e a seqüência de minerais.

 Neste ponto, pode parecer que os magmas são simplesmente bastante complexos para se entender. Acomplexidade química de fusões naturais pode dificultar o foco na variedade de fatores que controlam ocomportamento descrito acima. A fusão nos basaltos não se comporta da mesma maneira que nos granitos, mas porquê? Qualquer variedade química é responsável pelo aspecto da diferença? As sucessivas aproximações são parasimplificar os sistemas que nós estudamos. Fazendo isso, reduzimos a complexidade do sistema e fazemos o

 possível para tachar os efeitos dos constituintes químicos individuais e os minerais durante a cristalização e fusão. 

É claro que existe um preço para este beneficio e este preço é que para sistemas simplificados nãocorrespondem aos sistemas naturais que são os que nos interessam. Podemos entender melhor este simples“modelo”, mas os resultados podem não ser aplicados diretamente para o mais natural e complexo fenômeno.

Entretanto, nós devemos ver que esta aproximação tem sido de grandes benefícios para os petrológos. Com um pouco de teoria e com alguns resultados experimentais a partir de sistemas simplificados, nós podemos entender as

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 bases para o comportamento listado acima. Finalizando os próximos dois capítulos, você deve estar capaz deretornar a lista e entender como todas estas oito propriedades de fusão são controladas. Aplicação de um sistemamodelo para as rochas reais é possivelmente preciso e devemos fazê-lo efetivamente.

6.2 Equilíbrio de Fase e a Regra de Fase

Se nós estamos entendo os sistemas simplificados que segue, precisamos também de um pouco de preparação na teoria. Nós queremos estar capazes de analisar sistemas de modo que nos permita compreender adinâmica de cada um e responder por cada contribuição de cada constituinte químico para as variações naqueladinâmica. Se nós entendermos como a introdução ou adição de constituintes atingem um sistema, nós podemosentender cada novo sistema melhor, mas nós estaremos preparados a aplicar os sistemas que nós estudamos para osmais complexos sistemas na natureza. A regra de fase (phase rule)  é simples, ainda que rigoroso e elegantetratamento teórico para esta aproximação. Para desenvolver a regra de fase devemos primeiro definir alguns termos.

Como mencionado na Seção 5.1, um sistema (system )  é qualquer porção do universo que você desejaestudar. No laboratório nós temos que escolher o sistema, mas o campo do sistema pode ser forçado sobre nós. A

vizinhança (surroundings) pode ser considerada um pouco do universo apenas quando estiver fora do sistema. Umsistema pode ser aberto (open ) (se ele puder transferir energia e matéria para o fim a partir de sua vizinhança), umsistema é fechado (closed ) (somente no que se refere à energia, assim como o aquecimento que pode ser trocadocom a vizinhança) e isolado (isolated ) (nem a energia e nem a matéria podem ser transferidas).

Embora nós comumente nos referíssemos para o estado de um sistema como simplesmente tanto para olíquido, sólido ou gás, os físico-químicos tem uma distante e mais especifica definição para o termo. Para eles,especificar o estado (state )  de um sistema é prover uma completa descrição das propriedades macroscópicasdaquele sistema. Por exemplo, considerando um sistema composto por água pura. Pode estar contido num vidro,mas ainda sim podemos definir o sistema como somente água e considerar o vidro parte da vizinhança. Nós

 podemos medir a temperatura (T), a pressão (P), o volume (V), a massa (m), a densidade (ρ), a composição (X) ou

qualquer um dos possíveis números de parâmetros da água e assim determinar cada um. Todas estas variáveisdevem ser conhecidas se o estado do sistema esta para ser completamente descrito. Embora, uma vez que o númerocrítico destas variáveis é conhecido, as outras se tornam fixas como um resultado, pois algumas destas propriedadessão interdependentes. Por exemplo, se nós conhecemos a massa e o volume da água, nós conhecemos a densidade.Mas apenas como algumas destas variáveis nós devemos especificar antes das outras serem determinadas? A regrade fase foi formulada para dirigir estas questões.

Uma fase (phase ) é definida com um tipo de material distinto num sistema que é mecanicamente separávela partir do resto. A fase pode ser o mineral, o líquido, o gás ou um sólido amorfo como um vidro. Um pedaço degelo representa uma única fase, enquanto que o gelo consiste em duas fases (o gelo e a água são separáveis). Dois

 pedaços de gelo são mecanicamente separáveis, mas porque eles são equivalentes e são considerados diferentes pedaços da mesma fase, não de duas fases. Uma fase pode ser quimicamente complexa, mas ao longo você não podesepará-los também através da mecânica, o que significa uma única fase.

Um componente (component )  é um constituinte químico tais como Si, H2O, SiO2  ou NaAlSi3O8. Não podemos definir componentes individuais conforme nos agrada, mas para a proposta do tratamento da regra de fase,nós devemos definir o número de componentes (number of components )  como o número mínimo de espéciesquímicas requeridas para definir completamente o sistema e todas as fases. Por exemplo, novamente o gel, emboraem duas fases possui apenas um componente (H2O). Podemos defini-la como H e O, mas porque H2O descrita emambos no gelo e na água como um único componente, não dois, sendo preferido para a proposta da regra de fase.Um mineral puro, como a albita, tem apenas um único componente (NaAlSi 3O8). Minerais que exibem soluçãosólida, embora, sejam comumente tratados como um sistema de multicomponentes. O plagioclásio possuicomumente uma única fase que comprime dois componentes: NaAlSi 3O8  e CaAl2Si2O8. Por quê? Porque nós

 precisamos variar a proporção destes dois componentes para determinar o estado do plagioclásio da variação decomposição.

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A escolha apropriada dos números de componentes para a aplicação da regra de fase nem sempre é fácil. Aescolha comumente depende do comportamento do sistema e do alcance das condições excessivas no qual foiestudado. Por exemplo, a calcita pode ser considerada um sistema de um único componente (CaCO 3). Embora istoseja verdade para temperaturas relativamente baixas se aquecermos até certo ponto que decomponha para o sólidoCaO e o gás (CO2) para descrever a composição do sólido e do gás nas duas fases. Compare este exemplo com oexemplo do gelo usado anteriormente. Um único componente é suficiente para descrever a composição química decada fase. Mas para a calcita, CaO e o CO2 são requeridos dois componentes separadamente ou em combinação paradescrevê-las todas. Este conceito será mais bem esclarecido na prática.

As variáveis (variable ) que devem ser determinadas completamente para definir o estado de um sistema podem ser tanto extensivas ou intensivas por natureza. Variáveis extensivas (extensive vari able )  dependem daquantidade de material (extensão) no sistema. A massa, o volume, o número de moles, etc., são variáveis extensivas.Tais variáveis não são propriedades intricítas da substância no sistema. Em outras palavras é possível ter 10g deágua ou 100g. De qualquer maneira ainda é a mesma água. Embora seja bom ter mais algumas coisas (dinheiro,influência...) e menos outras (débitos, contas...), tais variáveis extensivas são pequenas preocupações para nós agora,como elas não afetam a propriedade macroscópica (o estado) da matéria no sistema.

Variáveis intensivas (in tensive variable ) não dependem da excessividade do sistema e são propriedades dasubstância que compõe o sistema. Variáveis intensivas incluem pressão, temperatura, densidade, etc. Se nósdividimos qualquer variável extensiva por outra, por exemplo, o volume de uma massa dividido pelo número demoles representa o volume molar, que é uma variável intensiva. A densidade (massa dividido pelo volume) é outroexemplo. Estas duas variáveis intensivas mais recentes são certamente propriedades que podem mudar para asubstância num sistema fechado e tais sistemas, devem ser especificados, se nós estamos determinando o estado dosistema. O volume molar e a densidade da água são diferentes em 15ºC do que em 50ºC e também diferente do queos valores correspondentes para o CO2 na mesma temperatura. Pois materiais expandidos com o aumento do calorem contraste com o aumento da pressão e temperatura que podem também ser especificados quando descrito oestado do sistema. Outra importante variável intensiva é a composição da fase presente. Embora o número de molesde Fe e Mg na Olivina sejam variáveis extensivas, a proporção de Fe/Mg é intensivo e afeta tais propriedades como

o volume molar e a densidade, etc.

Existe um grande número possível de variáveis intensivas e nós temos visto que algumas sãointerdependentes. Nós agora retornaremos para a questão citada acima: quando nós deveremos especificar antes dosoutros que são completamente encontrados e o estado do sistema é conhecido? A regra de fase de Gibbs (1928) édesignada para isto. Se nós definirmos  F , o número de grau de liberdade (number degrees of freedom) ou variança(variance) do sistema, com o número mínimo de variáveis intensivas que precisam ser especificados para definircompletamente o estado do sistema em equilíbrio (at equilibrium) a regra de fase pode ser expressa como:

F = C –  Ø + 2 (a regra de fase de Gibbs) (6-1)

Onde Ø é o número de fase do sistema no sistema e C o número de componentes. Uma derivação rigorosada regra de fase (Gibbs, 1928) é baseada no número de variáveis (uma para cada componente, mais P e T) menos onúmero de equações relativas àquelas variáveis (uma para cada fase, cada uma similar a Equação 5-3). Portanto, F =C  –   Ø + 2. A equação matemática (6-1) é simplesmente suficiente e nos diz que cada componente que nósadicionamos ao sistema, nós devemos especificá-lo em adição as variáveis intensivas para contrair completamente oestado do sistema. Para cada fase adicional existem poucas variáveis que precisam ser especificadas. Uma vez quenós tenhamos especificado o número crítico de variáveis intensivas independentes, todas as outras variáveis sãocontraídas completamente (invariáveis).

 A regra de fase somente é aplicada para sistemas em equilíbrio químico. Não podendo considerar asassembléias em desequilíbrio assim como para a reposição incompleta da biotita por clorita nas rochas graníticas

resfriadas (Figura 3-20b), como uma fase superada pela maioria as aplicações da regra de fase. A reação da biotita para clorita é tipicamente arrastada, pois a rocha é resfriada rapidamente para a reação que aconteça por completo.

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Como um exemplo extremo, considere o grande número de minerais de fase que podem coexistir em sedimentosclásticos assim como no  graywacke. Os minerais são colecionados juntos e depositados pelos processos clásticos

 próximos à superfície do sistema que seriam desconsiderados.

6.3 Aplicação da Regra de Fase para um Sistema com H2O

Vamos ver como a regra de fase trabalha quando aplicada num sistema muito simples: o aquecimento dogelo numa placa quente. O sistema é definido por um único componente, H2O, então C=1. Se nós começarmos como gelo em equilíbrio com o gelo em equilíbrio em alguma temperatura abaixo 0ºC, então nosso sistema estácompletamente sólido Ø = 1. A regra de fase (Equação 6-1) neste ponto nos diria que: F = 1 –  1 + 2 = 2 significaque nós devemos especificar somente duas variáveis intensivas para definir completamente o sistema. Num mundonatural a pressão e a temperatura são as mais comuns variáveis independentes, então se nós especificarmos P e T, oestado do sistema e 0,1 MPa (pressão atmosférica), todos os outros parâmetros intensivos do gelo seriam tambémnecessariamente fixados (a densidade, o volume molar, a capacidade de calor..., tudo). Fixando-os, significa que elessão parâmetros contáveis e que são propriedades constantes do gelo sobre as condições especificadas.

Podemos pensar em F como o número de variáveis que nós devemos especificar ou podemos pensar comoum número de variáveis que nós temos liberdade de mudar independentemente. O fato da variável F poder variarindependentemente explica porque nós precisamos especificar cada uma. No presente caso, somos livres para mudaras duas variáveis intensivas ao longo do valor de outros parâmetros na regra de fase (C e Ø) permanecendo o

mesmo. Para o gelo nós temos F = 2 e tendo escolhido P e T como únicos que nós especificaremos.Alternativamente, podemos dizer que nós podemos mudar P e T independentemente na nossa placa de metal comgelo (também ou em ambos) e ainda teremos somente gelo.

Vamos aquecer o sistema numa pressão constante (ligando a placa quente diante do nosso gelo). Nós podemos aquecê-lo inicialmente com nenhuma mudança no parâmetro da regra de fase (F permanece igual para asduas assim como Ø e C, e ambas são iguais para cada um). A cada nova temperatura pode especificar T e outros

 parâmetros intensivos que também tem novos valores (a expansão do gelo, por exemplo, logo a densidade muda). Aregra de fase ainda abrange, contudo, nos dizendo que precisamos especificar mais duas variáveis intensivas sequisermos fixar os outros.

Eventualmente aquecendo o gelo até uma nova fase acontecer: o gelo começa a fundir e o gelo + águacoexiste estavelmente em equilíbrio na panela. Agora Ø = 2 e F = 1  –  2 + 2 = 1. Precisamos especificar somenteuma  variável intensiva para definir completamente o estado do sistema. Qual a variável nós devemos escolher?Pressão ou temperatura? A regra de fase não pode fazer esta escolha por nós. Informar-nos-á sobre a variância, masnão escolherá as variáveis por nós. Em outras palavras, a regra de fase é uma ferramenta para análise do sistemacomo deverá se comportar. A responsabilidade é nossa em aplicar a regra de fase apropriadamente e interpretar osresultados.

Se olharmos o diagrama de fase ( phase diagram) da pressão e temperatura para o sistema H2O na Figura 6-4, podemos, interpretar a regra de fase claramente. Começamos no ponto A do campo rotulado “gelo” e movendo aolongo do caminho precipitado para o ponto de fusão (ponto nos limite da água-gelo). Inicialmente o campo de gelonos pode variar a pressão e temperatura independentemente e ainda teremos uma única fase. Assim teremosespecificado ambas variáveis para definir o estado.

Quando aquecemos o gelo no ponto B, nós encontramos a linha de separação de campo entre o gelo e aágua, significando que ambas as fases podem coexistir em equilíbrio (“água gelo”) sobre as condições P -T emqualquer lugar ao longo desta linha. Pois Ø = 2, logo F = 1, significando que nós devemos especificar somente umavariável agora (pressão ou temperatura) e todas as outras variáveis intensivas para o princípio intuitivo, pois nósagora temos duas variáveis com alguma fase, cada uma com a sua densidade, volume molar e etc., para serem

determinados, mas a regra de fase nos diz que para cada fase o número de variáveis independente está atualmentedecaindo. Por exemplo, se especificarmos que o gelo e a água estão em equilíbrio na pressão de 0,1 MPa (pressão

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atmosférica), representada pela nossa linha arremetida na Figura 6-4 então a temperatura deve ser 0ºC (ponto B). Nós sabemos que ambos T  e P  e a densidade, volume molar entre outras propriedades de cada fase que está, portanto, fixado.

Figura 6-4 Diagrama de fase esquemático da pressão e temperatura de uma porção do sistema H2O.

Alternadamente, F = 1 significa que nós não podemos variar a pressão e a temperatura independentementesem mudar os parâmetros da regra de fase (i.e., perdendo a fase). Considere o ponto B na Figura 6-4 novamente. Se

nós formos variar a pressão independentemente na vertical para uma, nós devemos deixar limites do equilíbrio dacurva água/gelo e entrar no campo da água, perdendo o gelo, mudando o parâmetro da regra de fase para um. Se nósformos elevar a pressão e elevar a temperatura num modelo para então permanecer na linha de equilíbrio gelo-água.Então se Ø = 2, P e T não são independentes. Mais geralmente, podemos dizer que em equilíbrio numa únicacomponente, dois sistemas de fase (assim como a água gelada), devem existir uma relação entre a pressão e

temperatura. Esta relação é expressa como uma inclinação do equilíbrio da curva que separa o campo do gelo e daágua no diagrama de pressão e temperatura (Figura 6-4).

Se mudarmos ao longo outras curvas que mantém as duas fases coexistindo, como mencionado acima, aregra de fase nos diz que há variação, mas não escolhemos que variáveis são determinativas. Se nós percorremosnosso experimento no laboratório numa placa aquecida sob uma pressão atmosférica à regra de fase não é tida comocom uma pressão que não é possível de variar. Podemos simplesmente lembrar que uma de nossas variáveis estáfixada ou podemos modificar a regra de fase para contagem assim que em condições de operações registritivas. Setodos os nossos experimentos são conduzidos numa pressão constante, temos que forçar o grau de remoção deliberdade a partir da análise. Sobre estas condições da regra de fase (Equação 6-1) será reduzida para:

F = - Ø + 1 (isobárico) (6-2)

 Nós podemos usar uma redução similar à regra de fase para qualquer sistema com uma variável fixa(temperatura ou volume constante etc.). No nosso sistema de pressão constante 0,1 MPa, tendo a água gelada emequilíbrio na nossa placa aquecida no laboratório, a Equação 6-2 nos descreve que F = 1  –   2 + 1 = 0. Assim osistema é completamente fixado: a temperatura deve ser 0ºC e todas as variáveis intensivas de ambas as fases sãodeterminadas. Sob uma pressão constante, nós não podemos mudar a temperatura da nossa água gelada assim como

nós temos duas fases.  Nós podemos adicionar calor, mas isso não irá mudar a temperatura. A placa aquecida ésuficientemente servida de calor para dentro do sistema, mas a regra de fase nos diz que a temperatura deve

 permanecer constante assim como o gelo e a água se encontram na panela. Veremos agora aqui um exemplo dadiferença entre o calor   e a temperatura. Na termodinâmica, o calor tem símbolo q . O calor suprido para a águagelada e tem o efeito da fusão do gelo numa temperatura constante até que todo o gelo seja consumido. Este calorque conduz a transição a partir do sólido para a forma de líquido, e é chamado de fusão do calor latente (latent heatof fusion).

Uma vez que nós temos fundido todo o gelo nós temos novamente uma fase (água). Retornando para onosso sistema geral com a variação da pressão na Equação 6-1 nos diz que F = 1 –  1 + 2 e nós devemos especificara temperatura e pressão independentemente, apenas como foi mencionado no caso para uma única fase do gelo. Isto

é verdade até que nós atingimos o ponto de ebulição, então Ø se torna 2 novamente e F retorna para 1 e temos umasituação similar de que a água + gelo discutido previamente. Pois F = 1 existe uma relação entre a temperatura e

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 pressão, expressado pela inclinação da curva limite água/vapor na Figura 6-4. Não existe água/gelo. A inclinação decada um é determinada não pela regra de fase, mas pelo volume molar e a entropia das fases coexistentes, comoexpressadas pela equação de Clapeyron (Equação 5-15). Se a pressão é fixada, como no laboratório, a regra de fase émodificada (Equação 6-2) para Ø = 2 reduzindo F a zero, significa que nós podemos somente ter água fervendo(coexistindo água e vapor em equilíbrio) sob uma única e específica temperatura (100ºC em 0,1 MPa). O calorsuprido nesta temperatura constante converte a água para vapor e agora é chamada de vaporização de calor latente(latent heat of vapori zation ).

Alguns cozinheiros acham diretamente que a água fervida é mais aquecida do que a água que é fervidagradualmente. Isto é nitidamente impossível ao longo da água no estado líquido e de água no estado em vaporcoexistirem (um pré-requerimento para a fervura). A energia adicional (utilizada) é usada diretamente para umasimples fervura suprindo o calor latente para fazer mais vapor. Se seu ponto de cozimento é para reduzir aquantidade de líquido seguindo em frente e a fervura diretamente.

Um prático exemplo é quando os cozinheiros utilizam seu conhecimento pra ferver a água em 100ºC. Elesusam a panela de pressão, que deixa livre a partir da pressão atmosférica restrita. Pois a água e o vapor coexistem na

 panela de pressão, a temperatura e pressão devem mudar ao longo da curva limite água/vapor na Figura 6 -4. Pois

 para o calor adicionado, a pressão deve aumentar a partir disto com uma inclinação positiva. A situação pode ser perigosa, pois a pressão pode explodir acima da força da panela. Isto porque a válvula com o peso é colocada notopo da panela de pressão. Uma vez que a pressão atinge um vapor especifico, o vapor deixado pela válvulainstantaneamente decai e a pressão atmosférica, enquanto somente cozinha levemente no campo de vapor de umafase na Figura 6-4. O vapor é liberado é muito quente e pode causar severas queimaduras. A maioria dos cozinheirosconhece outra maneira de elevar a temperatura de fervura da água um pouco: eles adicionam sal. Mas este volátil é anossa componente (composição constante) e será tratado mais tarde.

Figura 6-5  Seção transversal através de uma típica fornalha para estudos experimentais de rochas naturais e sintéticas emminerais com pressões equivalentes em profundidade não mais que 150 km. Diagonalmente portal de áreas que são de metais e asáreas pontilhadas são de cerâmicas. After Boyd e Englad (1960)

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Vamos agora aplicar a regra de fase para alguns modelos de sistemas simples com um significadogeológico. Nós devemos usar o diagrama de fase como um derivado empírico (pelo experimento num sistema deminerais simples). Assim como você está começando a reconhecer a regra de fase para um tratamento teórico quenos ajuda a entender a dinâmica dos sistemas representados por este diagrama. Lembre-se que a regra de fase é F =C  –  Ø + 2 para os casos mais gerais (não artificialmente, fixando a pressão ou temperatura) e que o termo final édecaído por cada uma das variáveis que nós fixamos externamente. Devemos olhar para um número sintético enatural nos sistemas das rochas.

Experimentos nos sistemas de silicatos requerem a capacidade das fornalhas de fusões das rochas (ouquimicamente simplificado em rochas análogas) em pressões elevadas. A Figura 6-5 é uma seção esquemáticaatravés da típica fornalha de elevadas pressões. Note que o tamanho do exemplo cilíndrico na Figura 6-5 é menos doque em centímetros do que diâmetros. Em fornalhas que são combinadas em pressões hidráulicas, pequenasamostras podem ser aquecidas para temperaturas suficientemente para fusões completa em pressões equivalentes

 para aquelas colocadas acima do manto.

A amostra é preparada e inserida dentro de uma fornalha e esta é então fechada e gradualmente aquecidacom o aumento da pressão devida. A pressão é preenchida verticalmente na Figura 6-5, mas a fornalha é confinada

radialmente então a pressão horizontal rapidamente atingida par este preenchimento vertical. Uma cápsula inseridaapenas da amostra acima grava a temperatura atingida e permite um controle da temperatura externa. O resultado éque nós podemos expor uma amostra para uma variedade de pressão e temperatura. Na discussão resultante nósdevemos, com um simples sistema experimental de um componente, gradualmente explorar os efeitos dacomplexidade química adicionada.

6.4 Sistema de Uma Componente 

A Figura 6-6 é o diagrama de fase da pressão  –  temperatura para o sistema SiO2. Os limites estão acima de10 GPa e 1900ºC e refletem os limites gerais da pressão e temperatura para uma fase pura de SiO 2  que são

tipicamente subinjetadas na natureza (lembre-se que 1 GPa representa a pressão aproximada na base de 35 km dacrosta continental e os minerais SiO2 não são comuns no manto ou no núcleo). Existem um número de polimorfos desólido de sílica e uma fase líquida na qual cada campo de estabilidade mostrado no diagrama.

Figura 6-6 Diagrama de fase da pressão e temperatura para o SiO 2. Segundo Swamy e Saxena (1994), J. Geophys. Res., 99,11,787-11,794. AGU

Para a condição na qual a queda dentro de qualquer um dos campos na Figura 6-6, somente uma fase éestável, portanto Ø = 1 e F = 1  –  1 + 2 = 2. Estas áreas são chamadas de campo divariantes (divariant ), pois avariação nelas ocorre em dois, tanto à pressão quanto a temperatura são variáveis para esta situação de uma únicafase e ambas devem ser especificadas para determinar o estado de qualquer sistema de uma única fase. As curvasseparam os campos representando as condições sobre a qual as duas fases coexistem em equilíbrio.

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Pois Ø = 2, F = 1  –  2 + 2 = 1, as curvas são chamadas de curvas univariantes (uni variant curves ). Aolongo desta curva duas fases coexistem, onde uma precisa somente especificar a pressão e temperatura.

Quando especificado um destes nos é permitido determinar o outro a partir da localização na curva e oestado do sistema inteiro (ambas as fases) é definido. Isto é verdade para qualquer uma das duas fases em equilíbrioestável, tais como água/gelo na Figura 6-4, cristobalita + líquido na Figura 6-6 ou quaisquer outros dois polimorfosde sílica coexistente. Por exemplo, se fosse perguntado em qual temperatura α  e β o quartzo coexiste em 1 GPa,olharíamos ao longo da curva separando os campos baixos do quartzo dos campos elevados do quartzo numa

 pressão específica e temperatura determinada (aproximadamente 810ºC). Note a inclinação positiva para qualquercurva de equilíbrio sólido/líquido, como previsto nos capítulos anteriores.

Observe que existem pontos importantes onde às linhas univariantes se interceptam. Neste ponto, três fasescoexistem. Quando Ø = 3, F = 1  –  3 + 2 = 0. Sempre que três fases coexistem em equilíbrio em um sistema de umacomponente, o sistema está completamente determinado e estes pontos são chamados de pontos invariantes(invariant points ). Tais pontos são obviamente possíveis somente em especificas temperaturas e pressões. Tentevocê mesmo resolver esta questão, sob quais condições estão os baixos quartzos, os elevados quartzos e a coesita

 juntos? O que dizer a respeito dos elevados quartzos, cristobalitas e do líquido?

A regra de fase e o diagrama de fase estão muito proximamente relacionados. Provavelmente você temnotado que a variância de um sistema correspondente está diretamente relacionada às dimensões das assembléiasapropriadas no diagrama. Assembleias divariantes  (F = 2) existem como campo bidimensional (área) do diagramade fase. Assembleias invariantes (F = 1) são representadas pelas curvas de uma dimensão que atua nos limites entreos campos divariantes e as assembléias invariantes são representadas pelos pontos de dimensão zero onde os camposdos três pontos se encontram.

A Figura 6-6 é uma representação preenchida do diagrama de fase P e T de uma componente para osminerais, mostrando que em elevadas T (temperatura) em campos do líquido e um campo de sólido que devem sersubdivididos dentro dos campos em variáveis polimórficas. Para substâncias com pontos baixos de fusão e altas

 pressões de vapor (líquido natural, gases e alguns minerais) podem existir também um campo da fase do vapor. Odiagrama de fase para o H2O mostrado na Figura 6-4 é apenas figurativo, simplesmente ilustrativo para a nossadiscussão do aquecimento do gelo em laboratório. O diagrama de fase experimentalmente determinado é amostradona Figura 6-7.

Assim como a sílica existem alguns sólidos polimórficos do gelo, cada um com o seu próprio alcance deestabilidade. A inclinação negativa da curva do gelo I/líquido é muito rara. O gelo I possui um grande volume doque o líquido. A irregularidade, embora, não se estenda para os outros polimorfos do gelo. Perceba que o campo devapor e o limite para a transição a partir do gelo para o vapor em pressões muito baixas. O processo por onde umsólido passa diretamente para o estado de vapor é chamado de sublimação (sublimation ). A regra de fase tratada

 para a sublimação é a mesma para qualquer situação de uma ou duas fases de componentes.

Em geral existem pontos invariantes no sistema H 2O, por exemplo, onde se tem gelo, água e vapor todoscoexistindo. Perceba também que a curva líquido/vapor termina num ponto crítico (critical point ) em 374ºC e 21,8MPa. Você pode perceber que a partir do diagrama que é possível começar com água em estado líquido em 0,1MPa,aumentando a pressão acima da pressão crítica, então o calor fica acima da temperatura crítica e por fim a pressãodecaí novamente para produzir vapor. O efeito é para produzir vapor a partir da água, mas não no ponto do processode duas fases, água e vapor, coexistem. Quando aumentada à pressão esta é aplicada para a coexistência da água edo vapor ao longo da curva de equilíbrio na Figura 6-7, o vapor se comprime mais do que o líquido e a suas

 propriedades (como a densidade) gradualmente convergem. Neste ponto crítico eles se tornam idênticos. Em pressões e temperaturas acima do ponto critico chamada de região supercrítica (supercritical region) não existedistinção entre as fases do líquido e do vapor. As condições requeridas para criar um fluido supercrítico em sistemas

aquosos são rapidamente atingidas em processos ígneos e metamórficos. O termo “líquido” e “vapor” pedem seusignificado sobre estas condições e chamamos tais fases de fluído supercrítico (supercritical fluids)  ousimplesmente fluido (fluids).

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Figura 6-7 Diagrama de fase da pressão e temperatura para H2O (after Bridgnam, 1911, 1936 e 1997). O gelo IV foi criadousando D2O e não é estável para o H2O.

6.5 Sistema Binário de Duas Componentes

Quando um segundo componente é adicionado, pode interagir com o primeiro em número de diferentes einteressantes maneiras. Devemos investigar os quatro tipos comuns de sistema binário geológico. Pois C = 2, avariância pode ser tanto elevada quanto para C = 3 num sistema de uma fase, requerendo um diagramatridimensional para ilustrar apropriadamente. Um pouco do que esta tentativa nós simplificaríamos a maioria dossistemas de dois componentes ígneos e ilustraremos seu comportamento de resfriamento e fusão no diagrama defase, fixando a pressão e discutindo as interações da temperatura e da composição de variáveis. Se restringirmos a

 pressão na regra de fase esta se torna nas seguintes discussões:

F = C –  Ø + 1 (Equação 6-2)

Pois o diagrama temperatura-componente (T-X) deprecia a importância da pressão no sistema natural, iremosocasionalmente discutir o efeito da pressão no sistema em questão neste capítulo e mais detalhadamente noCapítulo 7.

6.5.1 Sistemas Binários com Completas Soluções Sólidas

Primeiro, olharemos para um sistema que apresente uma completa  solução sólida (complete soli d

solution ) no qual, ambos os componentes se misturam completamente um com o outro. O sistema do plagioclásio,composto por dois componentes NaAlSi3O8  e CaAl2Si2O8  é um exemplo comum. Perceba que estes doiscomponentes estão equivalentes para a fase albita e anortita, respectivamente. Deve existir uma tendência emconfundir aqui os componentes com a fase. Lembre-se que C (o número de componentes na região de fase) é omínimo dos constituintes químicos requeridos para construir o sistema e toda a sua fase. Deve ser conveniente tratareste sistema como de dois componentes, CaAl2Si2O8  - NaAlSi3O8 correspondendo à composição para duas fases.Isto não é nenhuma coincidência, pois esta escolha de C é a mais fácil que se pode fazer para representar as fases nosistema. Usando óxidos simples, CaO-Na2O-Al2O3-SiO2  pode parecer à escolha mais lógica para componentesquímicos, mas o resultado em grande número de componentes do que o necessário (violando a definição para C).Para os Capítulos eu deverei utilizar mais as abreviações nos minerais para indicar apropriadamente os componentese os nomes dos minerais para se repetirem às fases no sistema. Estas abreviações “Ab” devem ser   usadas para

indicar os componentes NaAlSi3O8 e “An” irá indicar Al2Si2O8.

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Figura 6-8  Diagrama de fase isobárico T-X para sistema da albita e anortita em 0,1MPa pressão atmosférica. After Bowen(1913).

A partir do seu curso de mineralogia você pode lembrar que as soluções sólidas para estes sistemasenvolvem uma substituição dupla de (Na1+ - Si4+) por (Ca2+ + Al3+) uma constante referência ao arcabouço AlSi2O8.

A Figura 6-8 é o diagrama de fase isobárico da temperatura – composição (T-X) e, 0,1MPa (pressão atmosférica).Antes de procedermos para analisar o comportamento do sistema, devo enfatizar que todos os diagramas de fase quenós devemos cobrir estão empiricamente  determinados pela real fusão das amostras de minerais e de resultadosanalisados. O problema 3 encontrado no final deste capitulo envolve uma simulação baseada em computador de

 procedimentos experimentais em um sistema de dois componentes com o intuito de lhe mostrar como isto é feito.

 No final de cada eixo horizontal na Figura 6-8, temos um sistema de uma componente que representa um“membro-final” puro da série de solução sólida, albita pura na esquerda e anortita pura na direita. Cada um destessistemas puro se comporta como um típico sistema isobárico de um componente, no qual sólido se funde numaúnica temperatura fixa, onde o sólido e o líquido coexistem em equilíbrio (Ø = 2) apenas em nosso exemplo gelo – água. Aplicando a regra de fase isobárica (Equação 6-2) com C = 1 e Ø = 2; F = 1  –  2 +1 = 0. A albita se funde em

1118ºC e a anortita se funde em 1553ºC.

Agora procederemos para o efeito da adição de componente em também sistemas puros. Primeiro, a adiçãodo componente Ab para a pura anortita diminui o ponto de fusão (apenas adicionando sal diminui o ponto de fusãodo gelo num congelado pavimento) adicionando An numa pura albita aumenta o ponto de fusão, mas este não é oúnico efeito, a cristalização de multicomponentes se torna muito mais interessante do que para apenas único-componente fundido.

Para entendermos isso, vamos usar a regra de fase para analisar o comportamento da fusão de composiçãointermediária. Considerando o resfriamento de uma composição fundida a na Figura 6-8. Nós referimos acomposição do sistema como uma massa de composição (bulk composition)  (X bulk ). A composição em questãoestá com 60% de anortita e com 40% de albita, pelo peso. Esta composição pode ser referida como An

60  e é

usualmente uma referência para a porcentagem em moles (moles%) de Na. A notação não é usada para impedir a porcentagem em peso (peso%) e devido a Figura 6-8 ter sido criada com base no peso% iremos usar este tamanho. No ponto a na Figura 6-8, em aproximadamente 1600ºC, nós temos um único líquido de composição An60. Nestecaso, a composição do líquido é igual à composição da massa, pois o sistema é inteiramente líquido. Devido C = 2 eØ = 1, Equação 6-2 temos o rendimento de F = 2 –  1 + 1 = 2. Existem dois graus de liberdade para as únicas duascomponentes do líquido em pressão constante. O que são eles? Normalmente, qualquer das duas variáveis intensivasirão fundir, mas eles devem ser geologicamente realísticos. Pois o diagrama encontra-se num diagrama detemperatura – composição, e parece apropriado escolher um destes dois. Quais são as possíveis variáveiscomposicionais? Elas devem ser intensivas, logo as escolhas são a fração do peso (ou moles) de qualquercomponente An na fase líquida:

XAnliq = ηAn / (ηAn + ηAb) (6-3)

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onde η representa o número em gramas de qualquer componente. Se o sistema pesa 100g e ηAn = 60g então XAbliq =

60/(60+40) ou 0,60. A regra nos diz que se nós temos um líquido no sistema Ab-An numa pressão fixa, devemosespecificar T e uma única variável composicional para determinar completamente o sistema. Se escolhermos uma Tespecifica como 1600ºC e XAb

liq  = 0,60, todas as outras variáveis tais como a densidade entre outras variáveiscomposicionais serão fixadas. Sobre esta presente circunstância a única variável composicional intensiva permanecee X

An

liq. Pois o sistema é definido como binário e segue que XAb

liq = 1 –  ou XAn

liq = 0,40. 

Se resfriarmos o sistema para o ponto b  na Figura 6-8, para aproximadamente 1475ºC, o plagioclásiocomeça a se cristalizar a partir da fusão. Contudo, os primeiros plagioclásios que se formam tem uma composição

em c (An87  ), uma diferente composição daquela da fusão. Como pode a regra de fase nos ajudar a entender o queacontece neste ponto? Pois, C = 2 e Ø = 2, F = 2  –  2 + 1 = 1. Agora devemos especificar somente uma única variávelintensiva para determinar o sistema. Se especificarmos qualquer uma das seguintes: T, X An

liq, XAbliq, XAn

 plag  e oXAb

 plag as outras devem ser especificadas. A partir da Figura 6-8 podemos afirmar que isto é verdade. Considerandoque o sistema de um único componente tem uma única curva separando os campos do líquido e do sólido, existemagora  sólidos e líquidos em função da temperatura. A parte superior da curva é chamada de liquidus. Ondeespecifica a composição de qualquer líquido que coexista com o sólido numa temperatura em particular. A parteinferior da curva é o solidus, no qual especifica a composição de qualquer sólido que coexista com a fase líquida em

qualquer temperatura em particular. Lembre-se que estes diagramas são determinados empiricamente. Não existeum modo teórico de prever a atual composição e a regra de fase meramente nos informa sobre as variáveis, no qualos valores eles devam ter. Podemos especificar uma variável, por exemplo, T = 1475ºC. Se o plagioclásio e o líquidocoexistem, Ø = 2, então especificamos a linha horizontal em 1475ºC que intercepta o líquido no ponto b e o sólidono ponto c. Os pontos b e c  representam a composição do líquido e do sólido respectivamente, o qualdeterminaremos a partir da abscissa, determinando assim o sistema.

A linha que é lançada e conectada com b e c é chamada de linhas amarradas (tie line) e se conectam coma composição das fases coexistentes a partir da definição de temperatura em particular. Tentando escolher outratemperatura e determinar as composições de fases que existem naquela T (temperatura). A próxima escolha dequalquer outra variável a partir da lista acima. Se você escolher uma temperatura de encontro que exija que Ø = 2

como na Figura 6-8, você pode determinar todas as variáveis permanecentes. Se Ø = 2 para um sistema numa pressão fixa, nós precisamos somente especificar uma variável intensiva para determinar o completo estado dosistema. Num sentido prático, a temperatura se comporta como uma variável determinativa mais naturalmente

 possível. O que diz então a regra de fase para esta situação é que:  Para um sistema de suas componentes duas fases

em uma pressão fixa, a composição de ambas as fases (no caso do líquido e do sólido) depende somente da

temperatura. Isto segue diretamente a partir da curva líquido – sólido na Figura 6-8. O diagrama de fase, o qual édeterminado pelo experimento, é uma manifestação das relações prevista pela regra de fase. Imagine esta situaçãonuma câmara magmática numa profundidade em particular na crosta (pressão). A composição do plagioclásio que secristaliza a partir da fusão esta em função da temperatura do que fusão e deve mudar assim que a temperatura muda.

Se continuarmos a resfriar a nossa mistura original com massa de 60% de An abaixo de 1475ºC (ponto na

Figura 6-8), a composição de ambas as fases coexiste (sólido e líquido) variando. A composição do líquido muda aolongo do liquidus a partir de b para  g , portanto o plagioclásio muda a partir de c em direção de h. Este processo éaquele no qual o sólido reage  com o líquido via a troca de componentes entre eles e resulta na mudançacomposicional de fase. Tais reações que tem pelo menos um grau de liberdade e ocorrem pela troca acima doalcance da temperatura (e/ou pressão) são chamadas de reações contínuas (contínuos reaction). Neste caso, areação generalizada pode ser representada por:

Líquido1 Plagioclásio1 = Líquido2 + Plagioclásio2 (6-4)

Pelo resfriamento o novo Líquido2 se torna incrementalmente mais rico em Na do que o antigo Líquido1 e

o novo Plagioclásio1 se torna mais rico em Na do que o Plagioclásio1.

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Podemos usar o comprimento das linhas amarradas para qualquer temperatura específica para calcular aquantidade relativa  das fases. Em 1445ºC e uma composição de massa de An60, por exemplo temos uma linhaamarada d-f  conectada a fase sólida e líquida na Figura 6-8. A composição de massa = е, portanto a composição dolíquido = d  (An49) e o plagioclásio tem composição  f  (An82). A quantidade relativa do líquido x sólido é calculadageometricamente pela referência à Figura 6-9, na qual a quantidade de cada fase deve ser balanceada na massacomposicional do ponto de apoio.

Usando os comprimentos dos segmentos das linhas amarradas temos:

amtliq / amtplg = ef  /de (6-5)

Onde ef  representa o comprimento do segmento da linha e –  f  e de representa o comprimento do segmentoda linha d-c  na Figura 6-8 e 6-9. Esta aproximação é chamada de princípio da alavanca (lever principle), etrabalha como um ponto de apoio, com a quantidade de fase balanceada no ponto pela composição de massa naFigura 6-9.

De acordo com a Equação (6-4) a quantidade dada para um certa fase é proporcional ao comprimento do

segmento no lado oposto no ponto de apoio. A fase próxima está para o ponto de apoio (composição de massa), omais dominante. Em 1445ºC ef  = An82  –  An60 = 22 e de = An60  –  An48 = 12. A proporção de líquido e sólido está22/12, 1,85 ou 65 de líquido pelo peso.

Figura 6-9 Uso do princípio da alavanca para determinar a quantidade relativa de duas fases coexistentes ao longo de uma linhaamarrada isotermal com uma conhecida composição de peso.

Em 1475ºC a composição do líquido estava essencialmente igual à composição de massa, correspondendo para a primeira aparição dos primeiros cristais de plagioclásio de composição. Assim que continuamos resfriando osistema, com uma composição de massa constante, ef  passa progressivamente a se expandir enquanto de se torna

 pequeno, correspondendo a um decaimento da proporção do líquido para sólido, apenas como esperaríamos queocorresse acima do resfriamento. Note que assim como o resfriamento do sistema de duas fases contínua na Figura6-8, a composição de ambos sólido e líquido se torna rico nacomponente Ab (baixo ponto de fusão). Assim que atemperatura se aproxima de 1340ºC, a composição de plagioclásio atinge h, o qual é igual para a composição demassa (An60). Obviamente podem existir somente uma pequeníssima quantidade de líquido presente neste ponto.Este líquido último tem composição  g   (An22) na Figura 6-8. Continuando com o resfriamento, que consome este

imediatamente. Perdemos então uma fase e ganhamos um grau de liberdade. Nós temos somente uma única fasesólida abaixo de 1340ºC (plagioclásio de composição An60) que se resfria ao longo da linha h –  i. Com uma únicafase, F = 2  –   1 + 1 = 2, então devemos especificar tanto aT quanto a variável de composição do plagioclásioespecificado no sistema completamente.Cristalização de qualquer líquido de composição intermediária entre puros Ab e Na se comportam de maneiraanáloga.

Fusão em equilíbrio  é simplesmente um processo oposto. O sistema sólido divariante de uma fase decomposição i na Figura 6-8 se aquece até que a fusão comece. O sistema de fusão parcial é univariante e o primeirolíquido a se formar tem composição  g . o primeiro líquido que se forma não é o mesmo para o sólido que se funde.Como o aquecimento continua, a composição do sólido e líquido é contraída a seguir do solidus e liquidus,

respectivamente (via uma reação continua). O líquido se move para a composição b  assim que o plagioclásio semuda para a composição c (composição do último plagioclásio a se fundir). Tanto o processo de cristalização quanto

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de fusão, o sólido é sempre rico nos componentes Na (Ca e Al) do que o líquido coexistente. O Ca está maisrefratário (refractory) do que o Na, indicando que nele são encontrados resíduos sólidos durante a fusão.

Perceba como a adição de um segundo componente atinge a relação da cristalização de um sistema de uma simplescomponentes:

1. Existe agora um alcance da temperatura acima da qual um líquido se cristaliza (ou que um sólido se funde) em umdeterminada pressão;2. Acima deste alcance de temperatura, a composição de ambos o líquido fundido e a fase sólida do mineral mudam.

Compare isto com a lista das oito observações no comportamento da cristalização de fusões naturais naSeção 6.1. Mesmo embora nós tínhamos estudado somente um simples modelo de sistema, o processo responsável

 por estas observações 1, 4 e 5 devem ser esclarecidas.

A discussão acima considera somente a cristalização em equilíbrio (equilibrium crystalization) e fusãoem equilíbrio (fusion at equilibrium), na qual o plagioclásio que se cristaliza ou que se funde permanece em

equilíbrio químico com a fusão. É possível também ter uma cristalização ou fusão  fracional . A cristalizaçãofracional (fractional crystalization) envolve puramente a separação física de sólidos a partir da fusão assim que seforma. Se removermos os cristais de plagioclásio assim que eles se formam (talvez pelo fato deles estaremafundando ou boiando), a fusão pode não reagir de longe com os cristais. A composição da fusão continua a variarao longo do liquidus assim como o novo plagioclásio se cristaliza ao longo do solidus. Pois os cristais são removidosa partir do sistema, embora a composição da fusão continuamente se torna à nova composição da massa , mudançasinexoráveis na direção da albita. Como resultado, a composição de ambos, do líquido final e do sólido que se formaa partir será mais albitico do que a cristalização em equilíbrio e a aproximação da pura albita no sistemaefetivamente fracionário. A cristalização fracional implica que o alcance dos tipos de magmas seriam criados a partirde um único tipo parental pela remoção de quantidades de cristais variante que tinham se formados na câmaramagmática.

Fusão fracional (fractional fusion)  é outro importante processo geológico. A pura fusão fracional serefere para uma muito próxima e continua extração dos incrementos fundidos assim que eles são formados. Secomeçarmos a fundir um plagioclásio do tipo An60 como na Figura 6-8, a primeira fusão tem composição  g  (An20).Se removermos a fusão, os resíduos sólidos se tornam progressivamente enriquecidos em componentes de elevadastemperaturas de fusão e se torna continuamente uma nova composição de massa do sistema sólido permanente. Osólido final e o liquido que podem ser derivados a partir dele, mudando em direção das anortitas.

Os mais naturais ,magmas, uma vez que formados, são extraídos a partir da rocha fonte fundida emqualquer ponto antes da fusão ser completada. Isto é chamado de fusão parcial (partial fusion) no qual pode serfusão fracional ou pode envolver uma fusão em equilíbrio até que uma quantidade suficiente do líquido se acumuletornando-se móvel. Por exemplo, supondo que começamos com An60 na Figura 6-8, uma fusão em equilíbrio para

1445ºC, no qual o ponto de fusão existe em 65% (de acordo com o princípio da alavanca) com uma composição d  (An49). Se a fusão em d   ascende até a parte mais superficial da câmara magmática se resfriando em seguida, acomposição de massa na câmara agora é An49, como o plagioclásio final que se cristaliza a partir da fusão(assumindo uma cristalização em equilíbrio).  Fusão parcial, então, aumenta a concentração de componentes de

baixo ponto de fusão no sistema de fusão resultante  (An49 do que An60). Também, aumentando a concentração decomponentes de elevados pontos de fusão nos sólidos residuais (ponto f , An82, no momento da extração da fusão).

Processo de fusão parcial tem alguma importante implicação para a fonte das fusões. Suponhamos que afusão parcial do manto produza um líquido basáltico. Somente em pequenas quantidades de fusão são produzidas, omanto sólida permanecente deve ser mais refratário (enriquecido em componentes de elevados temperaturas) do quea fusão produzida. A fonte do manto irá também ser progressivamente esgotada em componentes de baixo ponto de

fusão e gradualmente irá se tornar mais refratária do que a fusão parcial que continua se prolongando acima dotempo, requerendo sucessivas elevadas temperaturas no sentido da fusão. Ao menos que a fonte das rochas fundidas

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sejam reabastecidas pela mistura do manto não fundido eles podem se tornar suficientemente refratório do que afavorecida fusão inibida.

Assim que o sistema permite que as porções do sólido e do líquido tenham diferentes composições, separar estasfases pode ter um efeito profundo na composição dos sistemas derivados. A habilidade em mudar a composição domagma e as rochas resultantes pelo processo fracional de fusão e cristalização são métodos primordiais para a

 produção do alcance de produção das rochas ígneas encontradas na superfície da Terra. Mesmo que estes processosfracionais sejam provavelmente mais comum na natureza das contrapartes em equilíbrio. Devemos encontrarnumerosos exemplos deste fenômeno tanto experimentais quanto naturais, assim que prosseguimos com o nossoestudo em processos ígneos.

Zoneamento Composicional (compositional zoning) (Seção 3.3.3)é outro processo de desequilíbrio que pode ocorrer em sistemas de soluções – sólidas. Em preferências as reações de fusão e re-equilibradas, um mineral pode simplesmente adicionar a borda com uma composição igual a do solidus. O plagioclásio, po r exemplo, podeadicionar uma borda ao nosso crescimento de preferência do que reagir para manter uma única composiçãocompletamente. Isto resulta em um núcleo mais cálcico e numa borda progressivamente mais sódica. O plagioclásio(Figura 3-5b) é percebido por estas características, pois a troca do re-equilíbrio não é simplesmente Na para Ca, mas

requer Al para Si também e isto envolve um rompimento da fonte de interação Si-O e Al-O, o qual inibe o re-equilíbrio. A Figura 6-8 implica que um resfriamento uniforme produziria sucessivos limites de composição

 progressivamente mais albiticos.

Figura 6-10 Diagrama de fase isobárico de T-X do sistema da olivina em pressão atmosférica. After Bowen e Sharier (1932) 

Soluções sólidas são comuns em minerais naturais. A substituição mais comum em minerais máficos ocorreentre o Fe e o Mg. Isto ocorre em todos os minerais máficos e tem um efeito nas relações de fusões similar para os

 plagioclásios. O sistema da olivina, Mg2SiO4 (Fo, forsterita) Fe2SiO4 (Fa, fayalita), é ilustrada na Figura 6-10. O Mge o Fe possuem a mesma valência e tamanho similares. O Mg é levemente menor e forma uma forte interação nafase do mineral. Como resultado o membro final tipicamente rico em Mg tem um elevado ponto de fusão na olivina

e outros minerais máficos e o Mg é enriquecido nos sólidos quando comparado com os líquidos com oscomponentes intermediários. Uma fusão de composição a  (Fo56), por exemplo, irá produzir primeiro um sólido c(Fo84) em aproximados 1700ºC e se cristalizará completamente em 1480ºC quando o líquido final (ponto d , Fo23) éconsumido. O comportamento do sistema da olivina é inteiramente análogo para o plagioclásio.

6.5.2 Sistema Binário Eutético

Adicionando um segundo componente certamente tem um efeito profundo no sistema de uma componente,mas estes efeitos não são limitados para o comportamento das soluções sólidas. Num grande número de sistemas

 binários, as componentes adicionais não entram na solução sólida, mas muda a relação da fusão. Como exemplo deum sistema binário com nenhuma solução sólida, vamos retornar para um sistema com uma aplicabilidade

considerável. O sistema CaMgSi2O6  (Di, diopsídio)  –   CaAl2Si2O8  (Na, anortita) é interessante naquilo que ele provem num simplificado basalto análogo, clinopiroxênio e plagioclásio. O sistema é ilustrado na Figura 6-11 como

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um outro isobárico (em pressão atmosférica) T – X no diagrama de fase. Neste tipo de sistema existe um baixo pontono liquidus, ponto d , chamado de ponto eutético (eutetic point). Tais sistemas são chamados de sistema binárioeutético (binary system eutetic). Pois não existem soluções sólidas, não existe solidus (embora alguns petrológosse refiram para a linha g –  h como um tipo de solidus). Vamos discutir o equilíbrio do resfriamento e da cristalizaçãode um líquido com uma composição de massa com o peso igual a 70. A porcentagem de An a partir do ponto a naFigura 6-11. Este diagrama de fase T – X é também isobárico, então a Equação (6-2) com um único rendimento delíquido torna-se: F = 2 –  1 + 1 = 2. Podemos especificar T, XAn

liq ou XDiliq

  para determinar completamente o sistema.O resfriamento em 1450ºC (ponto b) resulta numa cristalização inicial de um sólido que está puro em An (ponto c).F = 2  –  2 + 1 = 1, apenas como no sistema do plagioclásio. Se fixarmos uma variável, como T, todas as outras

 propriedades do sistema são fixadas (a composição do líquido pode ser determinada pela posição do líquido numatemperatura específica).

Figura 6-11 Diagrama de fase isobárico (0,1 MPa) de T-X do sistema do diopsídio anortita. After Bowen (1915b).

Assim que continuamos resfriando o sistema, a composição do líquido muda ao longo do liquidus a partirde b em direção de d  assim que a composição do sólido produzido permanece em pura anortita. Naturalmente,  se a

anortita se cristaliza originariamente de uma fusão, a composição da fusão permanecente deve ser mover

diretamente   para uma An  (para a esquerda na Figura 6-11). A cristalização da anortita partindo de um líquido

resfriado é outra reação continua (continuous reaction)  que assume a posição de alcance da temperatura. Estareação pode ser representada por:

Líquido1 = Sólido1 + Líquido2  (6-6)

Ainda podemos aplicar o principio da alavanca (Equação 6-5) em qualquer temperatura para determinar aquantidade relativa de dos sólidos e líquidos, com um ponto de apoio de 70% de An. Se fizermos num determinadovalor de temperatura, deveremos ver que a proporção do sólido e liquido aumentam com o resfriamento assim comoesperávamos.

Em 1274ºC, temos uma nova situação: o diopsídio começa a se cristalizar ao com junto com a anortita.Agora que temos três fases coexistindo, dois sólidos e um líquido em equilíbrio. Nossa linha amarrada na horizontal(isotermal) se conecta com o puro diopsídio em  g , com pura anortita em h  e em líquido em d , o mínimo pontoeutético no liquidus. Ø = 3, então F = 2  –  3 + 1 = 0. Este é um novo tipo de situação invariante, não representado porqualquer ponto invariante específico no diagrama de fase. Pois este é invariante, T e as variáveis composicionais

 para todas as três fases são fixadas (pontos  g,d, e h). O sistema é completamente determinado e esta temperatura permanece assim que o calor é perdido e a cristalização se processa (apenas como a nossa água gelada e a águafervida, como discutido anteriormente). A quantidade de líquido decai e ambos, tanto o diopsídio e a anortita são

 produzidos. Porque a quantidade  (variáveis extensivas) de todas as três fases mudam quando em temperaturaconstante, é possível determinar a quantidade relativa deles geometricamente usando o principio da alavanca. O

 principio da alavanca pode ser aplicado, contudo, para determinar a proporção do diopsídio para anortita que estácomeçando a se cristalizar em qualquer instante partindo do líquido eutético. Se a composição do líquido esta num

 ponto de apoio (aproximadamente 42% An) e os sólidos estão puros (0% de An e 100% An), a proporção do

diopsídio para a anortita cristalizada em qualquer momento deve ser 58/42. Removendo esta proporção mantêm-se acomposição do liquido partindo de uma mudança para o eutético assim que a cristalização começa.

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O fato de que a composição do diopsídio, anortita e o líquido são colineares é um exemplo de umaimportante relação que nós devemos encontrar normalmente na Petrologia. É um tipo de relação geométrica queimplica numa reação possível. Quando os três pontos são colineares, o ponto central pode ser criado pelacombinação de duas composições externas (na proporção determinada pelo princípio da alavanca). No caso presentea reação deve ser:

Líquido = Diopsídio + Anortita (6-7)

Este tipo de reação é uma reação descontínua (descontínuos reaction), pois atinge a posição de umatemperatura fixa ate que uma fase (líquido no caso) resulta num aumento de F partindo do zero para 1 e atemperatura pode novamente ser reduzida, com duas fases de diopsídio e anortita coexistindo em baixastemperaturas. Pois a composição de dois sólidos que estão fixados, tem uma única oportunidade em determinarexatamente qual das nossas variáveis intensivas está livre para variar: temperatura e a única variável disponível.Uma reação descontínua envolve mais uma fase que corresponde a uma reação contínua no mesmo sistema devido aeste decaimento na variação, a composição da fase reagente não varia com a reação em progresso. Somente a porçãoda mudança de fase (usualmente até a fase ser consumida). Tais reações são descontínuas no sentido de que a

assembléia de fase em uma única temperatura causada para a reação. No caso do diopsídio + líquido se transformamem diopsídio + anortita assim que o sistema é resfriado através da reação da temperatura (1247ºC).

Vamos ver o que acontece no lado esquerdo do ponto eutético. Resfriando um líquido com umacomposição de 20% de peso de An resulta primeiro na cristalização de puro diopsídio em 1350ºC assim que oliquidus é encontrado no ponto e na Figura 6-11. O diopsídio contínua a se cristalizar assim que a composição dolíquido prossegue diretamente no sentido do ponto d  (1274ºC novamente), a anortita se junta ao diopsídio e o líquidoeutético na mesma situação invariante como acima. O sistema permanece em 1274ºC como na reação descontínua,líquido = Di + An percorre para um acabamento e o líquido é consumido.

 Nestes sistemas eutéticos perceba que para qualquer composição binária de peso (não para membros finais

 puros) o líquido final para se cristalizar deve  ter uma composição eutética e uma temperatura. O resfriamento finaldo produto de um líquido binário com uma solução não sólida deve conter ambas, anortita e diopsídio. Para sechegar até lá nós devemos tê-los, ambos coexistindo com uma fusão no mesmo ponto e que a fusão tem que estarnum ponto eutético. Lembre-se que sistema de soluções sólidas não tem que se comportar desta maneira. Nossólidos, a cristalização é completa quando a composição do sólido se tornar igual à composição do peso, então olíquido final e a temperatura dependem da composição do peso.

Fusão em equilíbrio (equilibrium melting) é o oposto da cristalização em equilíbrio. Qualquer mistura dediopsídio e anortita começam a se fundir em 1274ºC e a composição da primeira fusão está sempre igual àcomposição eutético do ponto d . Uma vez que a fusão começa, o sistema está invariante e irá permanecer em1274ºC até um dos dois componentes sólidos ser consumido. Qual sólido é consumido primeiro? Depende da

composição de peso. Se X peso está entre Di e d , a anortita é consumida primeira seguida pelo líquido com o aumentoda temperatura na direção de Di até que a composição do líquido atinja o X peso, na qual o ponto do último cristal dediopsídio permanente irá se fundir. Se X peso  está entre An e d , o diopsídio é consumido primeiro e o líquido irá

 prosseguir para liquidus em direção de An.

Perceba também a descontinuidade entre o membro final de uma componente e a mistura binária. Porexemplo, uma anortita pura se funde em uma única temperatura a 1553ºC, ocorre que em 1274ºC e tem umacomposição igual a d . É claro que não existirão mais este tipo de fusão (usar o princípio da alavanca se você não vêo porque). Assim que a temperatura aumenta nesta mistura An 99, a quantidade de fusões aumenta gradualmente e setorna mais rapidamente anortítico. A fusão é completa e extensiva apenas quando abaixo de 1553ºC.

Cristalização fracional (fractional crystalization)  não tem efeito no caminho seguido pelo líquido nosistema sem solução sólida. Diferente do sistema dos plagioclásios e das olivinas, removendo o sólido de umacomposição constante não tem efeito na composição, tanto do sólido final ou do último líquido. As composições do

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sólido são fixadas e o líquido deve atingir a composição eutética ou então os sólidos não serão removidos. Somentea composição final da rocha é atingida. Seguindo a cristalização em equilíbrio a composição final da rocha é amesma que a composição de peso. Se a cristalização fracional for eficiente, a composição final da rocha é igual àcomposição eutética, pois os cristais recentes são perdidos e o último líquido é sempre o líquido eutético.

Fusão parcial (partial melting), contudo não atinge o caminho que o líquido percorre. Perfeitas fusões parciais (remoção de qualquer incremento da fusão logo que se forma) não deve ocorrer na natureza. Como devemosver mais tarde, uma quantidade crítica de fusão (talvez 1 à 10%) devem se formar antes que possa ser fisicamenteremovida a partir do sólido. Uma pequena quantidade irá meramente molhar os limites / bordas dos minerais e

 permanecer adsorvida para a superfície dos cristais. Não obstante se uma pequena percentagem da fusão parcial équase continuamente removida para uma amostra de sólido de diopsídio + amostra, as primeiras fusões a seformarem devem ter uma composição eutética d  e o incremento da fusão começa a ser removido e continuaria a serde composição d  até que uma das fases sólidas fosse finalmente consumida pela fusão. Então o sólido remanescenteseria um sistema de uma componente. Embora não ocorreria fusão entre 1274ºC e o ponto de uma fase puraremanescente, então a composição e a temperatura da fusão começa a ser extraída  pulando descontinuamente  a

 partir de d  em 1274ºC para tanto diopsídio puro em 1239ºC ou anortita pura em 1553ºC, dependendo da composiçãoinicial na qual a fase é consumida primeira. Também uma fusão parcial do manto da fonte, se ele for esgotado numa

única fase mineral, pode requerer um significante aumento da temperatura no sentido de criar também fusões. Sesomente um aquecimento suficiente fosse disponibilizado para iniciar a fusão em uma temperatura eutética,consumido por tais minerais pode aumentar o ponto de fusão dos sólidos residuais pelas várias centenas de grau,deste modo parando o fluxo de suprimento do magma que alimenta uma área vulcânica.

Mais ainda, supondo que nós temos uma fusão em equilíbrio parcial (partial melting)  e uma fusãointermediária se separam a partir dos sólidos como um único evento em qualquer ponto durante o processo de fusãoem equilíbrio. Então a fusão tem uma composição de peso diferente daquela do sistema do sistema original.Extraindo tanto a fusão e a cristalização em qualquer câmara magmática superficial irá produzir uma rocha comdiferentes proporções de anortita / diopsídio que seriam resultados a partir de uma composição de peso. Em outras

 palavras, fusões parciais não devem ter a mesma composição como a das fontes e elas devem ser enriquecidas em

 baixas temperaturas de fusão dos componentes (elevados Fe/Mg, Na/Ca, etc.).

Usando este simplificado sistema pode ser mais útil, pois eles nos permitem evitar uma complexidadequímica (Ca-Na no plagioclásio, Fe-Mg no clinopiroxênio) e nos deixar focar num qualquer propriedade particularsem considerar as outras variáveis complicadas. Uma vez que nós isolamos qualquer propriedade e as entendedo-as,nós podemos adicionar outros componentes para uma aproximação mais realística do sistema basáltico. O que estesistema simplificado basáltico Di-An nos diz? Primeiro ele nos explica novamente como os líquidos de mais de umacomponente se cristalizam acima do alcance da temperatura, mesmo sem solução sólida (observação 1 concentradano comportamento de fusões naturais na Seção 6.1). Segundo ele nos explica como nós podemos ter uma seqüênciade cristalização de minerais como o basalto resfriado e que a seqüência varia em composição (observações 2,3 e 7).Se a composição esta à direita do ponto eutético, a anortita irá se formar seguido pelo diopsídio. A Figura 3-8 ilustra

uma textura ofítica no basalto no qual recentes cristais de plagioclásio euhedral para subeuhedral são rodeados posteriormente por uma augita intersticial. Se a composição de peso está para o lado esquerdo do eutético, cristais deaugita se formam primeiro. A Figura 3-7 ilustra um gabroíco cumulado no qual recentes cristais subeuhedrais deaugita são embebidos nos últimos plagioclásios poikilítico. Também perceba que o sistema Di-An sugere umacomposição inicial de fusões parciais, mesmo a mais complexa e natural rocha de plagioclásio-clinopiroxênio, deveestar concentrada ao redor de uma composição específica (eutético).

A Figura 6-11 ilustra a mais comum tendência para um componente adicionado a diminuir o ponto de fusãode sistemas complementares de um composto. Adicionando uma componente de diopsídio para uma pura anortita ouadicionando uma componente de anortita para um diopsídio resulta num baixo ponto de fusão da mistura do que emsistemas puros próximos. Em contraste ao sistema de plagioclásio e olivinas, a segunda componente aqui resulta

num segundo mineral, não um único mineral com composição variável. Nós podemos também distinguir doisdiferentes tipos de componentes adicionais: aqueles que se misturam dentro de uma fase com o(s) componente(s)original(is) e aqueles que não irão e também requerer uma nova fase.

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6.5.3 Sistema Binário Peritético

Como um terceiro exemplo de sistemas binários, nós olharemos no sistema forsterita  –   sílica (Mg2SiO4-SiO2) e outro diagramam de fase isobárico T-X, mostrado na Figura 6-12. Em adição para o mínimo eutético nosliquidus (ponto c), existe outro ponto de inflexão neste sistema (ponto i), chamado de ponto peritético (peritecticpoint). Tais sistemas são também chamados de sistemas peritéticos (peritectics system). Existem ainda somentesuas componentes nos sistemas binários peritéticos, mas uma fase intermediária, neste caso a enstatita (En), estálocalizada entre os membros finais das fases (forsterita, Fo, e uma sílica polimórfica, S). A fase atual SiO2 presentenos sistemas varia com a temperatura (ver Figura 6-6). O campo dos dois líquidos no lado direito da Figura 6-12 éoutra característica incomum, mas esta não é uma característica essencial dos sistemas peritéticos. Nós iremosdiscutir ainda mais adiante.

Figura 6-12 Diagrama de fase isobárico de T-X do sistema Fo  –  sílica em 0,1 MPa. Segundo Bowen e Anderson (1914) e Grieg(1927). Amer. J. Sci.

Como aprendemos anteriormente, devido à colocação da composição da enstatita entre a forsterita e acristobalita, é possível combinar a forsterita e cristobalita em proporções que produza enstatita. Em outras palavras,a reação é possível. Neste caso a reação é:

MgSiO4 + SiO2 = 2MgSiO3  (6-8)Forsterita Crist. Enstatita

Se fossemos usar a termodinâmica para calcular as condições sobre as quais a reação assume uma posição,

nós encontraríamos todas abaixo das condições realísticas, a reação corre a direita, como escrita. Em outras palavras, Mg rico em olivina e quartzo nunca pode coexistir em equilíbrio em rochas ígneas! Se juntos, eles reagiriam paraformar ortopiroxênio até que um ou todos fossem consumidos. Como resultado, não há campo rotulado “forsterita +quartzo” em qualquer lugar na Figura 6-12. Somente num extremo rico no final em Fe das séries das olivinas podemcoexistir a fayalita com o quartzo em qualquer granito alcalino / riolitos e rochas metálicas incomuns.

 No lado direito do ponto eutético na Figura 6-12 (ponto c), o comportamento do sistema Fo-Silica é similar para aqueles sistemas eutéticos tais como Di-An (se nós evitarmos, por instante, o campo dos dois líquidos).Suponha que resfriamos uma fusão de composição a. Acima do liquidus a Equação 6-2 nos diz que F = 2  –  1 + 1 =2, então nós podemos variar a temperatura e a composição do liquido independentemente e devemos especificar T etambém XAn

liq ou XFoliq para determinar o estado do sistema. Se nós desenharmos uma linha pra baixo a partir do

 ponto a, simulando um decaimento da temperatura, interceptaria o liquidus em aproximadamente 1660ºC, no qual o

 ponto da cristobalita começa a se cristalizar (ponto b). Pois Ø = 2, F = 2  –  2 + 1 = 1, a composição do líquido édependente da temperatura e está contraído a seguir a liquidus com um resfriamento contínuo e uma cristalização

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com mais cristobalita via uma reação continua até que se atinja o ponto c, o eutético, em 1543ºC. Nesta temperatura,a enstatita (ponto d ) se junta a cristobalita (ponto e) e o liquido em matéria análoga para uma situação com odiopsídio anortítico eutético. Agora, devido C = 2 e Ø = 3, F = 2  –   3 + 1 = 0, então a temperatura permanececonstante assim que o líquido é consumido por uma reação descontínua para formar a enstatita e a cristobalita. Maisuma vez nós temos de usar a relação geométrica para ver isto, pois a composição do líquido cai entre aqueles daenstatita e quartzo, a reação deve ser:

Líquido →Enstatita + Cristobalita (6-9)

Uma vez que o líquido é consumido, o sistema em somente duas fases sólidas (enstatita e cristobalita) e F =1, então nós podemos continuar para baixas temperaturas. Em 1470ºC existe uma fase de transição no sistema SiO 2 e a cristobalita se inverte para tridimita (vê Figura 6-6). Transições similares pra baixos e elevados quartzos ocorremem temperaturas abaixo da Figura 6-12.

A nossa próxima exploração será do lado esquerdo do eutético na Figura 6-12 com um líquido decomposição  f . Em elevadas temperaturas, nós começamos apenas com líquido e F = 2. Em 1800ºC a forsteritacomeça a se cristalizar (ponto h). Com duas fases coexistindo, F = 2  –  2 + 1 = 1, então a composição do líquido

depende da temperatura acima. Com um posterior resfriamento a composição do líquido decai. Em 1557ºC, aenstatita (ponto k ) se junta a forsterita (ponto j) e liquido (ponto i). Pois Ø = 3 e a Equação 6-2 para o rendimento dosistema isobárico F = 2 –  3 + 1 = 0. Este peritético é um novo tipo de situação univariante para nós. Pois F = 0 todasas intensivas variáveis estão fixadas, incluindo T   e a composição de todas as fases. Apenas como em situaçõeseutéticas (Di + An + liquido), o sistema de resfriamento deve permanecer constante em T   assim que o calor é

 perdido. Eventualmente uma fase perdida, o sistema requer um grau de liberdade e a temperatura pode novamentemudar.

 Novamente percebemos que existem três fases no sistema de duas componentes e as três fases sãocolineares, implicando que a reação deve assumir uma posição e que nós podemos determinar a reaçãogeometricamente. Perceba que a composição da enstatita (ponto k ) percorre entre aquelas composições do líquido

(ponto i) e da forsterita (ponto  j). Isto é diferente em relação à situação eutética, onde o líquido cai no centro. Estageometria nos diz que a reação deve ser:

Forsterita + Líquido → Enstatita (6-10)

Isto é de alguma forma nova: Nós temos líquidos reagindo com um sólido para produzir outro sólido assimque resfria. Como as reações (6-7) e (6-9), esta reação é descontinua (F = 0), então ela corre para uma temperaturaconstante. A reação (6-10) envolve dois  reagentes assim como foi escrito. Irá também continuar (com oresfriamento) até que um dos reagentes esteja consumido. Este é um importante ponto, no qual frequentemente sãonegligenciados. Nós tenderemos a olhar nas reações tais como a reação acima e achar que ambos os reagentes sãocompletamente consumidos assim como seu produto é produzido.  Isto irá somente acontecer em raras

circunstâncias em que os reagentes existem em exatas proporções corretas para que eles sejam exauridos simultaneamente. Um irá comumente ser exaurido primeiro. O outro, com uma não permanência do co-conspiradorno qual reagirá, permanecendo perfeitamente estável no sistema com o produto(s). Na situação presente, qualreagente é consumido primeiro pela ração? Nós podemos responder está questão geometricamente através da Figura6-12 pela aplicação do princípio da alavanca de maneira sutilmente diferente. A figura 6-13a ilustra a geometria dalinha amarrada peritética. Eu tenho substituído às posições das fases a partir da Figura 6-12a para evitar pequenasvisualizações e usado abreviações dos minerais para economizar espaço. A reação (6-10) envolve duas linhasterminais de fase (Fo + Liq) se combinando para formar as fases entre eles (En). O princípio da alavanca nos diz queFo e Liq devem se combinar (reagir) em proporções Fo: Liq = ki: jk  no sentido de produzir En. Isto é razoável, poisa En está plotando perto do Liq do que do Fo, então ela deve conter menos Fo do que os componentes do líquido. Sea composição de peso da nossa fusão foi exaurida no mesmo instante. Se a composição de peso estivesse plotada

entre a Fo e a En, contudo (ponto cinza na Figura 6-13b), existirá um excesso de Fo e o líquido seria consumido primeiro, deixando a forsterita e enstatita. Alternadamente, se a composição de peso estivesse plotada entre a En e oLiq (ponto cinza na Figura 6-13c), existiria um excesso de líquido e a forsterita seria consumida primeira.

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Figura 6-13 Enlargamento esquemático das linhas amarradas peritéticas a partir da Figura 6-12, mostrando fases coexistentes deFo, En e Líquido. Os pontos cinza indicam uma possível composição de peso.

 Na situação presente a composição de peso (ƒ) cai entre a enstatita e a forsterita, então o líquido deve serconsumido primeiro. Uma vez que o líquido é usado, a forsterita permanecente coexistirá com a enstatita, Ø → 2, F→ 1 e a temperatura cai para dentro do campo nomeado “forsterita + enstatita”. Pois a composição da forsterita e daenstatita está fixada, somente T  pode mudar através deste campo.

Olhando de volta a este caminho, nós percebemos que uma característica incomum. Os cristais de olivinacomeçam a se formar em 1800ºC, eles continuam a crescer com o resfriamento e então começam a ser consumido devolta dentro da fusão como um novo mineral, a enstatita se forma. Este fenômeno é observado em alguns basaltosno quais os fenocristais da olivina estão destroçados e retidos, sugerindo que eles foram parcialmente consumidos(reabsorvidos) depois da fusão em que eles tinham se formado inicialmente. Isto é exatamente o que nósobservamos nos dados do Lago de lava de Makaopuhi na Figura 6-2. A enstatita produzida pode ocorrer (mas nãotem que necessariamente) como uma reação nos limites (reaction rim), ou manto, na olivina, produzida onde osdois reagentes estavam em contato (Figura 3-10). Você pode reconhecer a transição desta olivina → piroxênio comoo primeiro passo no lado esquerdo, “descontínuo”, da Série de Reação de Bowen (Figura 7-14). O sistema Ab-Anestá, é claro, no lado direito, “contínuo”. 

Figura 6-14 Enlargamento de áreas peritéticas da Figura 6-12.

Até um cenário mais interessante acontece para composição tais como l   (como mostrado estendido naFigura 6-14). Aqui nós temos uma similar primeira aparência da olivina quando o líquido vem de encontro aoliquidus, então a enstatita (k ) + líquido (i) + olivina (fora do lado esquerdo) coexistem como uma assembléiaunivariante numa temperatura peritética. Pois nossa composição de peso (l ) está agora entre o líquido e a enstatita,como na Figura 6-13c, forsterita é consumida antes do líquido pela reação (6-10). Aqui a primeira formação doscristais de olivina é completamente reabsorvida de volta para dentro da fusão, e a composição do líquido permaneceentão se movendo posteriormente ao longo do liquidus, coexistindo com a enstatita com F = 1 até eventualmenteatingir a composição eutética (c). Nós agora temos uma situação eutética  invariante e o sistema permanece em1543ºC até que o líquido seja consumido pela reação (6-9). A rocha final contém enstatita e um polimorfo se sílica.As composições que ocorrem entre o peritético e a enstatita também se comportam de modo incomum. A olivina e a

 primeira na fase do fenocristal e se junta ao piroxênio em baixas temperaturas. A olivina então desaparece e o

quartzo aparece mais tarde como um substituto. Tais fenômenos são observados em algumas composições basálticasde sílica saturada.

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Cristalização fracional (fractional crystallization)  a esquerda do peritético na Figura 6-12 envolve oisolamento da cristalização da olivina e a composição de peso e troca (sendo igual para a composição de líquido). Seo fracionamento da olivina é efetivo, o líquido final irá sempre atingir o eutético, mesmo se a composição originalestiver à esquerda da composição da enstatita.

Vamos retornar ao campo de dois líquidos na porção rica em sílica da Figura 6-12. Se nós resfriarmos umafusão de composição n, ele intercepta um laço para o liquidus. Este laço é chamado de solvus  e representa umprocesso exsolução (exsolution process)  (a separação das fases uma vez que misturadas). Neste caso nós temosexsolução do líquido, mas nós devemos ver alguns pequeníssimos exemplos de exsolução do  sólido. O líquidoinicial (Ø = 1 e F = 1) se resfria em aproximadamente 1980ºC e se separa dentro de dois líquidos imiscíveis, umsegundo líquido de composição p se forma. A separação assemelha-se em comparação ao óleo e ao vinagre usado nasalada. Agora Ø = 2 então F = 2  –   2 + 1, então a composição de ambos os líquidos estão em temperaturasdependentes e seguem para dois membros da curva de solvus com um resfriamento contínuo. Um líquido tambémfica rico em sílica enquanto os outros se tornam enriquecidos em Mg. Em 1695ºC o líquido rico em sílica atinge oeutético e a cristobalita se cristaliza. O sistema agora contém dois líquidos mais um sólido e a invariante (F = 2  –  3 +1 = 0). A temperatura permanece constante com uma reação descontinua que envolve estas três fases colineares.Pois o líquido rico em sílica esta plotado entre o líquido rico em Mg e a cristobalita, então a reação deve ser:

Líquido rico em sílica → Líquido rico em Mg + Cristobalita (6-11)

O qual procede com o resfriamento até o líquido rico em sílica ser todo consumido. Resfriamento posteriorirá ser idêntico ao caso do líquido a, discutido anteriormente. A localização exata do solvus no sistema é pobrementecontraída.

Vamos considerar relações de fusões (melting relations)  por um momento. Se nós começarmos comenstatita pura e esta fundir-se, nós produziremos um líquido de composição i (composição peritética), e a reação viaforsterita (6-10) em reverso (com o aumento de T). O processo pelo qual um sólido se funde para um liquido e em

outro sólido, ambos de composições diferentes do que o original é chamado de fusão incongruente (incongruentmelting). A enstatita é um dos diversos minerais que se funde incongruentemente. Todos os sistemas peritéticosdesta maneira e o diagrama de fase peritética podem também ser chamados de “diagrama de fusão incongruente”. Osistema leucita  –   sílica é similar a forsterita e exibe uma fusão incongruente de componentes intermediários,sandinita.

Outro processo interessante começa com a mistura de olivina e enstatita sólidas. Se nós fundirmos isto, nóstemos uma composição de fusão inicial i, no qual é mais rica em sílica do que também os outros sólidos. Se nósremovermos a fusão (fusão parcial novamente) e cristalizarmos esta fusão em outra parte, o resultado é uma misturade enstatita + quartzo. Então nós começamos com o piroxênio e olivina e terminamos com o piroxênio e quartzo.Mais uma vez, observando estes exemplos de sistemas simples, nós temos importantes dicas para uma fusão de

comportamento complexo. Pela extração de uma fusão parcial a partir de uma assembléia de um mineral sólido, onovo sistema de fusão ira ter diferentes composições, o qual, quando se cristaliza, pode produzir uma variedade derochas diferentes. No caso do diagrama peritético, a passagem do liquidus acima e através da composição daenstatita permite que a composição do líquido atravesse acima a partir de uma olivina rica para uma olivina decomposição esgotada. Removendo tais líquidos podemos produzir sistemas de composições muito diferentes do queo original.

 Nós iremos discutir os efeitos da pressão (pressure effects)  com mais detalhes no capítulo seguinte,depois nós discutiremos o sistema de três componentes. Por agora, contudo, perceba o seguinte ponto. Mudando a

 pressão pode causar mudanças nestes diagramas de fases. Assim como você lembrar a partir do Capítulo 5 e dodiagrama de uma componente, aumentando a pressão causa a fusão do ponto da maioria das fases aumentadas.

Partindo disto, nós podemos prever que o efeito do aumento da pressão neste diagrama de dois componentes seriaaumentar a temperatura do líquido. Mas nem todas as fases respondem para a mesma extensão com o aumento da pressão. Nos sistemas eutéticos, por exemplo, o ponto de fusão de um mineral pode aumentar do que um outro.

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Como resultado o ponto eutético geralmente troca para lateralmente partindo de uma fase na qual o ponto de fusãoaumenta a maioria.

Para o sistema Fo-En-Sílica, o peritético troca em direção da Fo com o aumento da pressão. Eleeventualmente se torna coincidente com a composição da enstatita (numa pressão específica) e então se desloca

 posteriormente na direção da forsterita. O diagrama então se assemelha para aqueles acima da Figura 6-15, no qualessencialmente dois diagramas eutéticos conectam-se com a enstatita. Nestas elevadas pressões, a enstatita se fundecongruentemente para um líquido de mesma composição. A temperatura máxima nas enstatitas forma uma barreiratermal (thermal barrier)  para os líquidos no sistema. Uma vez que a enstatita se forma, qualquer liquido aesquerda da enstatita irá se resfriar em direção a forsterita, enquanto que o líquido a direita ira se resfriar na direçãodo quartzo. Não existem modelos elegantes de troca através da composição da enstatita como no sistema peritético.

 Nestas pressões elevadas se torna impossível extrair fusão rica em sílica partindo na qual a cristobalita pode secristalizar e formar uma mistura original de olivina e enstatita. Também em elevadas pressões devem existirnenhuma reação peritética acima do resfriamento entre a olivina e o líquido para a produção de enstatita, entãodentro dos cristais de olivina, ou limites do ortoclásio em olivinas devem estar ausentes.

Figura 6-15 Sistema Fo-SiO2  a pressão atmosférica e com pressão 1.2 GPa. Segundo Bowen e Schairer (1935), Am. J. Sci.,Chen e e Presnall (1975) Am. Min.

6.5.4 O Sistema dos Feldspatos Alcalinos

Como um exemplo final do sistema binário nós endereçaremos o sistema NaAlSi 3O8-KAlSi3O8 (Ab-Kfs ousistema de feldspato alcalino). Um tanto simplificada diagrama de fase T-X (para a H 2O numa pressão de 0,2GPa) éilustrada na Figura 6-16. O sistema está em baixa pressão é como uma travessia entre o sistema de solução sólida do

 plagioclásio e o sistema eutético do Di-An. Solução de sólidos completa é possível na Figura 6-16, para isto existeum entrelaçado par de liquidus-solidus (como no sistema dos plagioclásios e das olivinas). O laço, contudo, mostrauma temperatura mínima, assim formando dois laços em ambos os lados do ponto mínimo eutético  f . ocomportamento do resfriamento é similar aquele para aquele do sistema dos plagioclásios. Resfriando uma fusão decomposição a  na Figura 6-16 para o liquidus resulta na cristalização de potássio rico em feldspato alcalino(ortoclásio) de composição b em aproximados 1100ºC. Os feldspatos coexistem com uma fusão rica em sódio (pontoc), pois F = 2  –  2 + 1 = 1, a composição de ambas as fusões e dos feldspatos estão em temperaturas dependentes,seguindo as curvas do liquidus e do solidus, respectivamente, com um resfriamento continuo.

O resfriamento é acompanhado por uma reação contínua (similar à reação na Figura 6-4), e a quantidaderelativa do líquido decai e a do sólido aumenta como pode ser determinado em qualquer temperatura pelo princípioda alavanca. Diferente do sistema eutético Di-An, o líquido não  irá  atingir a via de cristalização em equilíbrio.Quando a composição do feldspato atinge d , a composição do sólido se torna igual à composição de peso, então

existe somente uma pequeníssima quantidade de líquido (de composição e) permanecente. A queda final do líquidoé, por conseguinte usada para este ponto e existe um único feldspato em baixas temperaturas como Ø → 1 e F → 2

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em um campo derivante rotulado de “único feldspato” na Figura 6-16. Com um único feldspato nós podemos definirT  e XAb

feld ou XOr feld para determinar o sistema.

Resfriando uma fusão i  na Figura 6-16 resultaria numa cristalização de feldspatos rico em Na decomposição  j em aproximados 1000ºC, coexistindo com uma fusão mais rica em K. O resfriamento iria causar aambos o líquido e o feldspato para o solidus, respectivamente. O líquido final teria a composição k   e um únicofeldspato de composição i existiria abaixo disto.

Figura 6-16  Diagrama de fase T-X do sistema albita-orthoclasio a 0.2 GPa de pressão de H2O. Segundo Bowen and Tuttle(1950). J. Geology.

Pois existiria uma solução sólida, a cristalização fracional (crystallization fractional)  atingiria estesistema, trocando o ultimo líquido (e o sólido) as composições próximas do ponto eutético, de qualquer maneira umdos lados do eutético cairia na composição de peso.

Existe também um solvus  neste sistema, um que envolve a separação de duas fases  sólidas  para umasolução sólida homogênea. O solvus é causado pela diferença no tamanho dos íons de K + (radio iônico = 1.59 Ǻ).

 Nos membros terminais puros, esta diferença de tamanho é acomodada pelo leve enlargamento da unidade da célulano ortoclásio do que na albita. Ambas as estruturas são estáveis, mas quando algum dos íons do largo K +  éintroduzido dentro de pequenas unidades de célula da albita, e vice versa, resulta em alguma distorção. Se adistorção é suficientemente grande, cada membro terminal estará somente capaz de aceitar uma quantidade limitadade íons estrangeiros antes da criação da distorção criada pela mistura de tamanho por causa das estruturasrejeitariam qualquer adição posterior. Isto colocaria um limite na quantidade de Na + que o ortoclásio poderia aceitare o K + que a albita poderia aceitar. Em elevadas temperaturas, a energia vibracional na estrutura dos cristais permiteque o mineral aceite mais de um íon estrangeiro. No caso dos feldspatos alcalinos na Figura 6-16, o completoalcance das substituições possíveis (“solução sólida completa”). Assim que a temperatura cai, contudo, se torne mais

rígido e aceite menos íons complementares. Este processo é incremental, então a quantidade de impureza toleradadecai com a queda da temperatura progressivamente.

Portanto o solvus está convexo para fora. Como a composição a se resfria até que intercepte o solvus emaproximadamente 780ºC, um único e homogêneo feldspato separa-se dentro de dois feldspatos; um mais rico em K(composição  g  na Figura 6-16) enquanto que o outro é mais rico em Na (composição h). A mobilidade dos íonsdentro das estruturas é comumente um tanto limitada e como resultado, a separação de espécies é raramenteformador de cristais. Um tanto menos fases abundantes irão comumente formar bandas planarescristalograficamente orientadas ou exsolução de  laminação (exsolution lamelae)  (Seção 3.2.3) em menosabundantes anfitriões. Estas laminações são comuns em feldspatos alcalinos. Quando a composição é rica em K(como na composição a na Figura 6-16) laminações de feldspatos ricos em Na se formam anfitriões ricos em K, e atextura é chamada de pertita (perthite) (Figura 3-18a). Você tem provavelmente visto esta textura nas espécies demão do ortoclásio. Estes são finos, lineamento frágil visto em clivagens.

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Quando a composição de peso é rica em Na (como a composição i  na Figura 6-16)m laminações defeldspatos ricos em K se formam em anfitriões ricos em Na e a textura é chamada de antipertita (antiperthite).Exsolução é menos comum em plagioclásios (provavelmente devido aos componentes Ca-Al serem trocados por

 Na-Si). Existem três conhecidos solvi que ocorrem em baixas temperaturas no sistema de plagioclásios, masraramente desenvolvem laminações e tem sido deixado de fora da Figura 6-8. Quando dois feldspatos coexistem naFigura 6-16, Ø = 2, então F = 1. Isto significa que a composição de ambos os feldspatos está em função datemperatura. Como a temperatura decai, a composição de ambos os feldspatos seguem o membro solvi com umfeldspato sódico se tornando mais potássico. Isto é um exemplo de uma técnica da “geotermometria”, pela qual nós

 podemos calcular a temperatura de equilíbrio partindo da composição de minerais analisados e coexistentes. Nósiremos discutir esta técnica no Capítulo 27.

Os sistemas de feldspatos alcalinos nos provem outro importante exemplo dos efeitos da pressão no sistemados minerais. O efeito do aumento da pressão do H2O irá aumentar no equilíbrio sólido – líquido do que para osolvus, pois o líquido está em ambos mais compressíveis do que para o sólido e é a única fase que pode aceitaralgum H2O. A adição de H2O entraria no líquido, portanto estabilizando num sólido especo (Princípio de LeChatêlier). Aumentando a pressão do H2O; embora, baixos pontos de fusões, mas irão ter um pequeno efeito nosolvus.

Figura 6-17 O sistema Albite-K-feldspato a at varias pressão de H 2O. (a) e (b) segundo Bowen and Tuttle (1950), J. Geol, (c)after Morse (1970) J. Petrol. Aumento PH2O  progressivamente mais baixo pt fusão (liquidus) com pouco efeito no solvus(LeChatelier). A 500 MPa (cerca de 15 km prof.) o solidus intersepta o solvus, e solução sólida torna-se limitada 

A Figura 6-17 mostra que, como a pressão do H20 aumenta, o liquidus e solidus se movem para baixastemperaturas, enquanto que o solvus não é atingido grandemente. O solidus e o liquidus eventualmente interceptamo solvus numa pressão de água menos do que 500MPa (Figura 6-17c). A área de uma única fase homogênea, tantolíquida quanto sólida, tem sido mascarada em todos os três diagramas. Perceba que a área de uma única solução

sólida de feldspato tem progressivamente diminuído com o aumento da pressão da água e acima de 500MPa oalcance da solução sólida não é de longe completada. Sistemas como na Figura 6-17 são chamados de soluçãosólida limitada (limited solid solution). Se nós resfriarmos o líquido com a composição para a esquerda do pontoeutético na Figura 6-17c, o primeiro sólido a se formar no feldspato sódico. A composição do líquido segue oliquidus na direção do ponto eutético a, enquanto que a composição do sólido se move em direção de b. Em

 próximos 600ºC, nós temos uma terceira fase, um rico potássico feldspato de composição c, se juntando ao líquido eao feldspato potássico.  F  é agora zero, então nós temos determinado completamente o sistema e a temperatura não

 pode ser diminuída posteriormente até que a fase seja consumida. Acima do resfriamento, esta fase seria a fusão e areação deve ser:

Líquido →Na-feldspato + K-feldspato (6-12)

 pois a fusão de composição cai entre aqueles dois sólidos.

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Em sistemas naturais Ca-Na-K, o solvus separa um rico feldspato alcalino (usualmente ortoclásio) e Na-Ca-rico em feldspato. O comportamento deste sistema é familiar para nós, no qual resulta em dois feldspatoscoexistentes, um plagioclásio e uma anortita, tais como nós achamos em algumas rochas graníticas. A Figura 6-17cé chamada de sistema subsolvus de feldspato, pois o solvus está truncado e nenhum feldspato de meio alcance podese formar acima. Em adição à expansão do cálcico solvus, resultando num comportamento numa mesma pressão

 baixa de H2O do que na Figura 6-17.

As Figuras 6-16, 6-17a e 6-17b são chamadas de hipersolvus (hypersolvus) para os sistemas de feldspatos,devido à fusão se cristalizarem completamente para um único feldspato alcalino acima do solvus, seguido peloestado de exsolução do sólido. Rochas graníticas formadas superficialmente nas câmaras magmáticas (baixa pressãode H2O) podem exibir feldspatos intermediários um pouco menos do que cristais separados de ortoclásios e

 plagioclásio. Uma vez que a fusão é completamente cristalizada, posteriormente o resfriamento causa dois sólidos para mudarem de composição via uma reação contínua ao longo dos membros solvus e posteriormente expeliralguns de seus componentes estrangeiros. Reações de sub-solidus, tais como solvi, são muito lentos devido a elesterem ocorrido em estruturas de cristais sólidos em baixas temperaturas. Se o sistema se resfria claramente erapidamente o equilíbrio não irá ser colocado e os sólidos irão se exsolver. Feldspatos vulcânicos e alguns daquelesfeldspatos intrusivos superficiais e pequenos se resfriam suficientemente rápido para suprir as estruturas pertíticas.

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PROBLEMAS:

1. Ilustre cada uma das observações listadas na pagina inicial usando um exemplo a partir de um dos diagramas defases.

2.Escolha uma composição em cada lado do nível mínimo eutético da Figura 6-17 e discuta a historia doresfriamento da fusão nos termos da regra de fase das variáveis intensivas envolvidas.

3. O problema 6-3.doc está no site www.prenhall.com/winter  e irá lhe prover com um diagrama de fase bináriohipotético e lhe pedirá pra você discutir a relação da cristalização e fusão associada com a variação da composiçãode peso.

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Capítulo 7

Fase Ternária - Sistema com Mais de Duas Componentes

7.1 Sistemas de Três Componentes (Ternário)

A adição sucessiva de cada componente aumenta consideravelmente a dificuldade em visualizar asvariáveis no sistema. Nós devemos idealizar uma dimensão para cada variável  F , mas estamos limitados comgráficos em duas dimensões representativas. Os diagramas da pressão-temperatura eram fáceis de serem descritas

 para os sistemas de uma componente. Para os sistemas de duas componentes, nós tínhamos que confiar no diagramaisobárico T-X, no qual são as mesmas seções isobáricas através do diagrama tridimensional T-P-X. Assim que nósmovemos para um sistema tridimensional, nós temos que escolher um diagrama isobárico tridimensional T-X-X outambém nós devemos através de outras maneiras simplificar, portanto em duas dimensões. Nós devemos ver quaisas soluções efetivamente resultam. Entre os três componentes, a dificuldade comum envolvida é na visualização dosgrãos usando modelos como o sistema ígneo análogo simplificado. Nós devemos analisar os três relativamente em

um simples sistema de três componentes que nos provem de uma suficiente variedade para que ilustremos os processos físicos e técnicas analíticas.

7.1.1 Sistema Ternário Eutético

O mais simples sistema de três componentes são os sistemas eutéticos sem solução sólida. Nós devemostambém retornar para o sistema eutético Di-An (Figura 6-11) e adicionar uma terceira componente: Mg 2SiO4  (Fo,forsterita). Pois a olivina pode ocorrer em alguns basaltos, o sistema Di-An-Fo é um modelo basáltico maiscompreendido do que o sistema Di-An ou Fo-SiO2  (Figura 6-12) separadamente. É claro que existem soluçõessólidas no sistema basáltico natural, em particular na troca Fe-Mg, mas devemos ignorar isso por agora, pois nóssomente desejamos investigar o sistema de três componentes. O principal efeito na adição de Fe está em induzir asolução sólida no diopsídio e na forsterita e diminuir a temperatura de cristalização de minerais máficos (ver Figura6-10).

Figura 7-1: Representação tridimensional do sistema diopsídio-forsterita-anortita vs temperatura em pressão atmosférica.  M  é o ponto ternário eutético.

A variação composicional no sistema Di-An-Fo pode ser representada por um triângulo, com cada uma dascomponentes no canto do triangulo (ver Figura 2-1) para uma revisão da plotagem no diagrama triangular. Se nósadicionarmos a temperatura como uma variável, o sistema é então composto de três eutéticos binários fazendo oslados de um prisma triangular tridimensional com temperatura-composição (Figura 7-1). O familiar sistema Di-An(Figura 6-11) está na face esquerda suspensa na Figura 7-1. O binário eutético Di-Fo (a frente da face esquerda naFigura 7-1) foi explorado por Bowen (1914) e o ponto eutético foi colocado em Di88Fo12 em 1387ºC. O sistema An-

Fo foi estudado por Kushiro e Schairer (1963) e é complicado de qualquer modo devido à precipitação spinel. Eutenho escolhido ignorar os campos spineis no sistema Di-An-Fo e tratar o An-Fo como um outro binário eutético

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simples (face à direita suspensa da Figura 7-1). Os estudantes interessados no verdadeiro diagrama Di-Fo usamMorse (1994) como uma referência.

Quando o número de componentes aumenta em uma, a regra de fase nos diz que a variação tambémaumenta. Assim, a curva do líquido de uma dimensão no diagrama binário isobárico T-X, como na Figura 6-11, setorna uma superfície de líquido bidimensional na Figura 7-1. Assim o topo da superfície do diagrama é representado

 pela complexa e curvada superfície do liquidus, similar a três montes com pontos elevados em Di, An e Fo,respectivamente. A inclinação abaixo do vale dos montes no meio, no qual são extensões ternárias de uma dimensãode pontos binários eutéticos invariantes. Estes topos de vales são similares ao córrego no sentido topográfico. Oscórregos convergem para um ponto ternário eutético  M  (análogo a uma área afundada, sinkhole) em baixos pontosna superfície do liquidus no diagrama.

A analogia topográfica está apta para os estudos de sistemas ternários e nós podemos simplificar a nossa percepção do sistema da mesma maneira que nós simplificamos topograficamente: através da plotação da variaçãocomposicional em duas dimensões, similar a áreas dos mapas e contornando a superfície do liquidus com linhas emtemperaturas constantes apenas com as elevações dos contornos topográficos. O diagrama resultante é mostrado nodiagrama do sistema Di-An-Fo na Figura 7-2. Esta figura mostra um plano composicional do sistema através do

observador que está olhando para baixo do ângulo da temperatura. A superfície do líquido é mostrada e estácontornada com as linhas de temperatura constante (isotermas). As extensões dos binários eutéticos são chamadas decurvas cotéticas (cotetic curve), são amostradas com as setas indicando uma baixa inclinação na direção para ummínimo ternário eutético (baixas temperaturas) do ponto M .

As curvas cotéticas separam a superfície do liquidus dentro de três áreas, apenas como um ponto binárioeutético separa o liquidus na Figura 6-11 dentro de duas seções, com cada inclinação baixa de temperatura em suadireção. No sistema binário, ca da seção do liquidus corresponde ao líquido coexistente com um sólido diferente. Omesmo é verdade para um sistema ternário e as áreas são rotuladas com o nome da fase sólida do mineral quecoexiste com o líquido naquela porção particular do liquidus. Estas três áreas estão assim rotuladas como Forsterita+ Liq. Diopsídio + Liq. e Anortita + Liq. Agora podemos usar a regra de fase para analisar o comportamento da

cristalização de algumas fusões do sistema ternário.

Figura 7-2: Diagrama isobárico ilustrando a temperatura do liquidus no sistema Di-An-Fo em pressão atmosférica (0,1 MPa). A partir de linhas traçadas do cotético Fo-An que está num pequeno campo Spinel + Líquido (inserido) que será ignorado aqui.

Com um líquido de composição a na Figura 7-2 (aproximadamente Di36An10Fo54, pelo peso%). Quandouma fusão desta composição está acima de 1700ºC, existe somente uma única fase fundida presente. Pois C = 3 e

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Ø = 1, a regra de fase isobárica (Equação 6-2) é F = C  –  Ø + 1, então F = 3  –  1 + 1 = 3. Nós devemos assimespecificar três das possíveis variáveis intensivas, no qual num sistema são provavelmente: T, X  Di

 Liq , X  Fo

 Liq e X  An

 Liq (onde P é constante). Somente duas das três variáveis composicionais estão independentes, pois as três somam em100%. A variação das três correspondentes para o volume tridimensional ocupado pelo campo do líquido acima doliquidus (ver Figura 7-1).

Para um resfriamento de 1700ºC, o sistema encontra o liquidus no campo da forsterita + líquido na Figura7-2 e a forsterita começa a se cristalizar. Agora Ø = 2 e F = 3  –  2 + 1 = 2. Pois a composição da forsterita pura estáfixada, nós ainda temos as mesmas variáveis para escolher a partir de como nós fizemos para uma situação deapenas um líquido. Mas agora nós devemos especificar somente duas variáveis intensivas para determinar o estadodo sistema.

Como a temperatura está baixa, a forsterita continua a se cristalizar, a partir do líquido, esgotando ocomponente Fo. Assim a composição do líquido muda em direção diretamente no sentido a partir do canto da Fo  dotriângulo a partir do ponto a em direção ao ponto b na Figura 7-2. Isto envolve uma reação continua do tipo:

Liquido1 = Forsterita + Líquido2  (7-1)

Por um resfriamento, um novo líquido2 se torna incrementalmente mais rico em Ca-Al do que o antigo líquido1 pela perda de Mg2SiO4.

Em qualquer temperatura, a quantidade relativa do líquido e do sólido, pode ser calculada usando o princípio da alavanca e os três pontos colineares representando a composição do líquido, da forsterita e a  como acomposição do peso e o ponto de apoio (ver a discussão acompanhando a Figura 6-9). Perceba que a naturezadivariante do sistema com duas fases concorda com a natureza bidimensional da superfície do líquido no diagramatridimensional, Figura 7-1.

Assim que o líquido se resfria para o ponto b na Figura 7-2 (em aproximadamente 1350ºC), o diopsídio se junta a forsterita e o líquido no sistema. Agora existem três e F = 3  –   3 + 1 = 1. Especificando uma intensivavariável agora completamente determinada pelo sistema. Teoricamente esta poderia ser qualquer variável, mas

 porque os sólidos nos sistemas estão com as composições fixadas, sugere que a composição do líquido (coexistindocom dois sólidos) é agora determinada pela temperatura e contrai em seguida a curva cotética de uma dimensãoentre o binário eutético Di-Fo e o ternário eutético ( M ) com um resfriamento continuo. Isto será acompanhado, éclaro, por uma cristalização contínua da forsterita e diopsídio via uma reação contínua,

Líquido1→Líquido2 + Diopsídio + Forsterita (7-2)

Determinado a quantidade relativa de Di, Fo e o líquido em qualquer temperatura é também possível, porém mais complicado do que para duas fases. Imagine que o sistema tenha se resfriado e a composição do líquidose deslocado para partes abaixo do cotético através do ponto b em direção ao ponto M  na Figura 7-2, enquanto aindacoexistem com o Di e a Fo. Em qualquer temperatura, nós podemos construir um triângulo isotermal planar comvértices na composição de três fases coexistentes nas fases (Figura 7-3). Se nós colocássemos uma massa em cadacanto que é proporcional ao peso da fase naquele canto (pois o diagrama está em peso%) a fase triangular deve ser

 balanceada no ponto a (composição de peso) como um apoio. A maneira mais simples para determinar a quantidadedas três fases é construir uma linha de trabalho a partir de uma das fases através da composição de peso, para o ladooposto do triângulo. Isto tem sido feito para a linha  Liq-a-m  na Figura 7-3. Neste caso, o ponto m  representa oconteúdo total do sólido  na temperatura em questão (diopsídio + forsterita). A proporção total do sólido para o

líquido é idêntica à regra da alavanca linear na Figura 6-9, então a proporção do peso m/Liq é igual à proporção docomprimento das linhas Liq-a/a-m. Então a proporção do diopsídio/forsterita dentro de m é igual Fo-m/Di-m. 

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Figura 7-3: Diagrama para ilustrar a derivação da quantidade relativa das três fases coexistentes para uma dada composição de peso (a).

 Nós podemos prontamente ver que o triângulo  Fo-Di-b  na Figura 7-2 é um triângulo apropriado para a primeira aparição do diopsídio com a forsterita com o líquido b. Pois o ponto a cai entre a Fo e b ao longo do limitedo triângulo, um aplicação qualitativa para a nossa analogia de balanceamento do peso no t riângulo, nos informandoque deve ser uma quantidade infinitesimal de diopsídio no quanto distante o qual consiste na primeira aparição dafase.

Em qualquer ponto durante o resfriamento do líquido ao longo do cotético, nós podemos desenhar uma retatangente para o ponto cotético (ponto de composição líquida) retornando para a base Di-Fo do triângulo Di-An-Fona Figura 7-2. O princípio da alavanca pode ser então usado para determinar a proporção de diopsídio e forsteritaque estão se cristalizando a partir do líquido naquele instante (se referindo em como extrair o peso do mineral,bulk mineral extract). Por exemplo, suponha que o diopsídio tenha apenas se juntado a forsterita assim que olíquido atinge o ponto b na Figura 7-2. A composição do líquido começa então a seguir o cotético em direção ao

 ponto M . Neste instante o líquido se move a partir do ponto b. Uma curva tangente para o cotético em b é desenhadae intercepta a base Di-Fo no ponto c (na Figura 7-2). Para a composição do líquido se mover ao longo do cotético a

 partir de b, com uma massa de um sólido correspondente para a composição c que deve ser removida a partir dele(apenas assim o líquido é removido do ponto a  para o ponto b  pela perda da forsterita). O ponto c  deve sercomprenssado pela forsterita e diopsídio. A proporção de diopsídio/forsterita estando cristalizados neste instante éentão igual à proporção da distância  Fo-c/Di-c na Figura 7-2. Assim que o resfriamento segue a curva cotética na

direção de  M , a reta tangente extrapola de volta para o lado do Di-Fo em um ponto progressivamente perto de Di,significando a proporção de diopsídio para a cristalização da forsterita em qualquer instante decai lentamente com oresfriamento. Esta proporção instantânea que esta se cristalizando e qualquer tempo não são para ser confundidoscom a quantidade cumulativa  de qualquer fase que tenha se cristalizado desde ocorrência da cristalização. Ascristalizações posteriores envolvem uma quantidade de fases que balanceiam no triângulo, como na Figura 7-3.Devido à forsterita ter sido cristalizada a partir de 1700ºC e a quantidade total de forsterita cristalizada é muitomaior do que a proporção instantânea de diopsídio para forsterita estando adicionado para sólidos acumulados numdado tempo qualquer.

Quando um líquido atinge o ponto  M , em 1270ºC, a anortita se junta a forsterita, o diopsídio e ao líquido.Agora F = 3 –  4 + 1 = 0 e nós temos uma invariante, situação completamente determinada a partir de temperaturas e

 pressões fixas, e composição de todas as fases, incluindo o líquido. Continuando o resfriamento resulta em umareação descontínua que envolve cristalização de todos os três sólidos numa temperatura constante:

Líquido → Diopsídio + Anortita + Forsterita (7-3)

Até que uma fase seja consumida (que no caso será o líquido). Somente então nós ganharemos um grão deliberdade e a temperatura predominante cairá. Abaixo de 1270ºC, as fases de três sólidos coexistem com um únicograu de liberdade, pois a composição das três fases está fixada e nós precisamos especificar somente a temperatura

 para determinar o estado do sistema.

O caminho a→b→ M  é chamado de curva de evolução do líquido (liquido evolution curve) ou a linha dolíquido de descida (liquid line descent)  e descreve a maneira que a composição do líquido muda assim que a

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cristalização procede. Os caminhos dos tipos descritos acima apenas se aplicam para a composição de qualqueroutro campo liquidus na Figura 7-2. Por exemplo, se resfriarmos a composição d  para 1400ºC, a anortita se cristaliza

 primeiro. A composição do líquido se move diretamente a partir do ponto mais elevado da An no triângulocontinuando a se resfriar (via reação similar e contínua a reação 7-1, porem produzindo anortita) até que atinja o

 ponto c no cotético, no qual o ponto da forsterita se junta a anortita e ao líquido cotético. O líquido segue então ocotético, cristalizando ambos, a forsterita e a anortita (numa proporção que pode ser deduzida em qualquer ponto a

 partir de uma reta tangente para o cotético e extrapolando de volta para o lado do triângulo da Fo-An). No ternárioeutético, no ponto  M , o diopsídio se junta ao sistema e a cristalização continua via reação descontínua (7-3) numatemperatura constante de 1270ºC até que o líquido seja consumido. Como exercício tente achar diferentes pontos decomposições de peso na Figura 7-2 que resulte em todas as possíveis seqüências de cristalização das três fases.

Como no sistema binários eutético, o último líquido a se cristalizar por qualquer composição de peso que plote dentro do triângulo Fo-An-Di deve ocorrer   no ponto  M , a composição ternária eutética (aproximadamenteDi50An43Fo7). Pois não existe solução sólida e o caminho da evolução do líquido por uma cristalização fracional(fractional crystallization)  será a mesma para uma cristalização em equilíbrio. As fases recentes removidas,contudo, podem atingir a composição final do basalto cristalino. Se em uma das fases recentes são removidos pelofracionamento do cristal (estabelecendo ou flutuando) e o líquido é então separado a partir dos sólidos cristalizados

em qualquer ponto ao longo da curva de evolução do líquido, a rocha que se forma pela cristalização em equilíbrio a partir de derivados do líquido terá uma composição igual para aquelas que envolvem o líquido sem separação, setornando uma nova composição de peso. A rocha pode então ter uma composição de peso alcançando a partir dafusão original da composição de peso do ponto  M  (43% plagioclásio, 50% de clinopiroxênio e 7% de olivina, por

 peso). A cristalização fracional pode também ser um importante mecanismo pelo quais as rochas ígneas sediversificam, pois o alcance dos tipos de rocha pode derivar a partir de um único magma parente.

Fusão em equilíbrio (equilibrium melting)  é simplesmente o inverso da cristalização em equilíbrio.Fundindo qualquer uma das misturas do diopsídio, da anortita e da forsterita de qualquer maneira em proporção,

 produzindo uma primeira fusão de composição  M . O líquido permanece em  M  como uma reação descontínua (7-3) procedendo (de maneira inversa) até que uma das fases seja consumida. A primeira fase a ser consumida depende da

composição de peso é determinará qual a curva cotética o líquido seguirá a partir de  M . Se a forsterita for consumido primeiro, por exemplo, o líquido segue a curva cotética diopsídio-anortita, caminhando ao longo por uma reaçãocontínua similar para a reação (7-2), somente em inverso e envolvendo o diopsídio e a anortita. Em qual ponto irá olíquido deixar o cotético? Depende novamente da composição de peso. O caminho da evolução que o líquido deixana curva quando uma das fases permanecente é consumida pela reação de fusão contínua. Isto ocorre quando acomposição do líquido atinge um ponto que é uma extrapolação linear de uma linha desenhada a partir de uma fase

 permanecente através da composição de peso do cotético. Retornando para o nosso exemplo original (composiçãode peso a) o líquido deixa o cotético no ponto b, que é o ponto no cotético onde a linha da forsterita extrapola pra acurva cotética. Neste ponto, o diopsídio deve ser eliminado, pois b-a-Fo  são colineares implicando que acomposição de peso (a) consiste de líquido (b) e Fo somente. Então a composição do líquido se move diretamente a

 partir da curva eutética na direção da composição de peso, conduzida pela reação (7-1), de maneira inversa. Quando

a composição do líquido atinge o ponto a, toda a forsterita deve ser consumida e somente uma fase permanece, olíquido.

Fusão parcial (partial melting)  no sistema ternário eutético também se comporta como um binárioeutético. A primeira fusão da mistura do Di+An+Fo, em qualquer porção é produzido pelo ponto eutético  M .Supostas fusões desta composição eutética são produzidas via reação invariante (7-3), inversa, e extraído pequenosincrementos (fusão fracional) até que uma fase seja consumida. Se nós começarmos com uma composição de pesoem a na Figura 7-2, por exemplo, a anortita deve ser consumida primeira. O sistema sólido permanece então binário(Fo + Di) e, portanto nenhuma fusão pode ocorrer ate que temperatura seja elevada partindo de 1270ºC para 1387ºC(a temperatura do binário eutético Fo-Di). A fusão fracional invariante binária então produz fusões na composiçãodo eutético numa temperatura constante de 1387ºC até que o diopsídio seja consumido. O sólido permanecente é a

forsterita, um componente e, portanto nenhuma fusão é possível ata a temperatura atingir 1890ºC, quando aforsterita pura se funde. Assim a fusão parcial ocorre em três episódios discretos.

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Figura 7-4:  Diagrama Isobárico ilustrando as curves coteticas e periteticas no sistema forsterita-anortita-silica at 0.1 MPa.Segundo Anderson (1915) A. J. Sci., e Irvine (1975) CIW Yearb. 74.

A fusão parcial pode também ocorrer como um único evento envolvendo uma fusão em equilíbrio até afusão a partir dos cristais residuais em qualquer ponto ao longo da passagem do líquido contínuo. A extração resultanuma nova composição de peso igual aquela da composição do líquido. Assim com a fusão fraccional estamos,capazes de variar a composição de magmas derivados (as rochas) acima do espectro claramente aberto decomposição líquida por uma variação na porcentagem de fusão de uma única rocha fonte.

7.1.2 Sistemas Ternários Peritéticos

Como um exemplo de sistema ternário com um peritético, considere o sistema Fo-An-sílica (Figura 7-4), noqual é uma familiar combinação de sistemas binários eutéticos (Figura 6-11) e do sistema binário peritético (Figura6-12) o qual forma os dois lados do triângulo T-X na Figura 7-4. O terceiro binário, An-sílica é um sistema eutéticocom liquidus mínimo em 52% de peso da An em 1368ºC. Os contornos isotermais têm sido omitidos na Figura 7-4

 para evitar desordem.O comportamento nos campos da sílica + líquido e da anortita + líquido na Figura 7-4 são similares para

aqueles nos sistemas eutéticos, tais como na Figura 7-2. O tempo será mais bem aproveitado se focalizarmos nacaracterização do comportamento do ternário peritético, que é mais evidente nos campos da forsterita e enstatita. Porexemplo, um líquido de composição de peso a na Figura 7-4, acima do resfriamento para a superfície do liquidus,

 produzindo primeiro a forsterita. Num sistema isobárico de três componentes com duas fases, F = 3 –  2 + 1 = 2 e a

composição do líquido se move diretamente a partir do triângulo no vértice Fo, via reação contínua (7-1). Quando acomposição do líquido atinge os limites da curva forsterita-enstatita no ponto b, formando a enstatita devido a F = 3 –  3 + 1 = 1, o líquido é confinado nos limites da curva em direção ao ponto c. Note que a reta tangente projetada devolta a divisão a partir de qualquer ponto do líquido ao longo desta curva peritética para os limites Fo-SiO2  dotriângulo, para uma determinação proposta à medida que ocorre a cristalização instantânea de sólidos caindo parafora do segmento forsterita-enstatita. Em outras palavras, a composição de peso do sólido estando removido a partirda fusão não pode ser uma combinação de forsterita + enstatita no qual estão disponíveis os sólidos. Isto se refletena reação de cristalização, o qual não é Líquido1→Líquido2 + Forsterita + Enstatita, como poderia ser se a linha

 projetada não caísse entre a Fo e En, mas preferencialmente:

Líquido1 + Forsterita → Líquido2 + Enstatita (7-4)

O qual é uma reação do tipo peritética. Assim as curvas limites entre os campos Forsterita + Líquido eEnstatita + Líquido na Figura 7-4 é uma curva  peritética. Para a nossa composição original de peso a  existe

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forsterita suficientemente que não é consumida inteiramente pela reação (7-5) no momento em que o líquido atingeo ponto c e a anortita se junta a forsterita, enstatita e o líquido numa situação univariante (F = 3  –  4 + 1 = 0). Nestainvariante a reação descontinua assume uma posição. Pois a composição do líquido não cai para dentro do triânguloFo-En-An então a reação passa a ser:

Líquido + Forsterita → Enstatita + Anortita (7-5)

 Nós podemos dizer sempre que a assembléia final do mineral sólido no qual eventualmente a fusão sesolidifica via cristalização em equilíbrio pela percepção do subtriângulo no qual a composição de peso é plotada. O

 ponto a está no sistema do subtriângulo forsterita-enstatita-anortita, onde estes três minerais devem ser confinadosna rocha final. É desta forma que nós sabemos que a forsterita não foi consumida antes que o líquido atingisse o

 ponto c. Podemos também deduzir que as quatro fases, forsterita + enstatita + anortita + líquido, coexistem no pontoc  e o líquido deve  ser consumido primeiro neste ponto ternário peritético invariante. De maneira análoga para acomposição de peso entre Fo e En em temperaturas peritéticas no sistema binário Fo-Sílica (Figuras 6-12 e 6-13). Osistema assim permanece em 1270ºC até que o líquido seja consumido pela reação (7-5). A assembléia final deminerais é então forsterita + enstatita + anortita em proporções relativas que podem ser determinadas pelacomposição de peso e pelo princípio da alavanca no triângulo Fo-An-En- (como na Figura 7-3). Tendo a

composição de peso sido deslocada à direita da En-An junto à Figura 7-4, sendo requerido um mineral de sílica naassembléia final e a linha do líquido descido estava a esquerda do ponto c  (pois a forsterita seria primeira a serconsumida neste ponto via outra reação descontínua invariante):

Líquido → Enstatita + Anortita + Tridimita  (7-6)

Uma variação interessante acontece em bandas para a qual a composição de peso e  é representativo. Aforsterita se forma primeiro e a composição do líquido se move diretamente a partir da Fo para a curva peritética,onde se forma a enstatita. Com uma composição a, o líquido segue uma curva peritética invariante como a da reação(7-4) progride. No ponto  f , contudo a composição de peso plota num ponto e numa linha intermediário entre aenstatita e o líquido (traçado na Figura 7-4), significando que o sistema pode ficar confinado somente nestas duas

fases e assim a forsterita deve ser consumida pela reação peritética (7-4) quando o Xliq atinge o ponto f , não o pontoc, e deve deixar a curva peritética, movendo diretamente agora a partir da enstatita, como a enstatita se forma pelareação contínua e similar para a reação (7-1), o X liq procede ao longo da linha  f-g  para o ponto g , onde a anortita decristaliza e o líquido continua ao longo do ponto cotético d , onde a reação (7-6) assume uma posição até que olíquido seja consumido. É incomum para o líquido deixar a curva desta maneira, mas a curva em questão é

 peritética, não cotética (“topo do monte”) e assim possível mover para fora da curva com o decaimento datemperatura.

Cristalização fracional (fracional crystallization) associada com o peso X peso = a, envolvendo cristais deforsterita removidos, causando uma migração da composição de peso com a composição do líquido fora a partir daFo. Não existirão forsterita participando da reação peritética (7-4) quando o líquido atingir o peritético. Assim todos

os líquidos  produzem  enstatita diretamente e deixam à curva peritética assim que a atingem, movendo-sediretamente a partir da enstatita tanto na direção da curvas cotéticas da enstatita-anortita ou da enstatita-sílica,dependendo da geometria (conteúdo de An do líquido).

7.1.3 Sistema Ternário com Solução Sólida

Como no exemplo para o comportamento da solução sólida no sistema de três componentes, novamentecom uma aplicabilidade para os basaltos, nós podemos usar o sistema Di-An-Ab. No sistema existe uma completamiscibilidade entre os dois componentes (Ab e An), onde a terceira componente (Di) é insolúvel tanto nos outros. Osistema em pressão atmosférica é ilustrado na Figura 7-5, mais uma vez projetado novamente abaixo da linha centralda temperatura com a superfície do liquidus contornando num incremento isotermal. Nós já estamos familiarizados

com dois dos lados do diagrama T-X : o diopsídio-anortita eutético (Figura 6-11) e a solução sólida albita-anortita

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(figura 6-8). O sistema diopsídio-albita, como o diopsídio-anortita, não é também verdadeiramente binário, no qual odiopsídio incorpora algum Al a partir da albita e a albita também recolhe alguns Ca a partir do diopsídio. 

Figura 7-5: Diagrama isobarico ilustrando a temperatura do liquido no sistema diopsidio-anortita-albita a pressão atmosferica(0.1 MPa). Segundo Morse (1994), Basalts and Phase Diagrams. Krieger Publishers.

 Nós devemos ignorar estes pequenos efeitos e tratar o sistema como um binário eutético, com o mínimo emAl91Di9 em 1133ºC (Schairer e Yoda, 1960). Pois não existem eutéticos no sistema albita-anortita, sem o cotéticodescendo a partir deste lado do triângulo na Figura 7-5. Portanto, o cotético percorre a partir do binário eutético no

lado do diopsídio-anortita. Neste caso, a inclinação continua para um limite mínimo de albita-anortita, refletindo ainclinação da albita-anortita. Esta continua inclinação não é um requerimento para a solução sólida, é claro, que osoutros sistemas podem ter um mínimo termal dentro do triângulo de três componentes.

Infelizmente nós temos somente o contorno liquidus no diagrama e quando a solução sólida e envolvida,nós precisamos conhecer o solidus no sentido de saber a composição do plagioclásio que se encontra em equilíbriocom um líquido em particular. Somente quando nós conhecemos qual o sólida está interagindo com líquido é quenos podemos analisar quantativamente a evolução do líquido durante a cristalização ou fusão. Alguém podeacreditar que podemos simplesmente usar o solidus binário na Figura 6-8, pois o plagioclásio que coexiste com olíquido ternário no sistema Di-An-Ab é uma mistura binária que plota ao longo do limite do triângulo albita-anortita.Felizmente, este não é o caso e a composição do plagioclásio que coexiste com qualquer líquido ternário numa dadatemperatura se difere a partir dos valores binários e devem ser empiricamente determinados no sistema completo portrês componentes. Podemos aproximar informações a partir de dados experimentais ternários, mas não écompreensivo suficientemente para nos prover de uma boa aproximação confinada por qualquer líquido. Algumas

 poucas linhas amarradas mostram que a composição de plagioclásio que coexiste  somente com o liquido cotético tendo sido adicionado à Figura 7-5 (linhas traçadas) com um auxílio parcial.

Vamos começar no lado cotético que é mais fácil de analisar: “o lado diopsídio”. Se nós resfriarmos umafusão de composição a em 1300ºC, o diopsídio começa a se cristalizar na primeira fase sólida. Quando o diopsídio

 puro se cristaliza a partir do liquid via reação contínua:

Líquido1 = Diopsídio + Líquido2  (7-7)

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E a composição do liquido se move diretamente a partir do ponto mais elevado do diopsídio do triânguloem direção da curva cotética. X liq  atinge o cotético no ponto b  em 1230ºC no qual o ponto do plagioclásio decomposição An80 começa a cristalizar com o diopsídio. Perceba que nós  podemos usar as linhas-amarradas no nossodiagrama para determinar a composição do plagioclásio, pois nós estamos somente considerando o plagioclásio quecoexiste com o líquido cotético e o diopsídio. Agora com a cristalização continua do diopsídio e plagioclásio acomposição do líquido se move para baixo do solidus como ambos se tornam progressivamente mais albítico, pois Ø= 3 e C = 3, logo F = 3  –  3 + 1, a composição de ambos, plagioclásio e diopsídio são dependentes da temperaturaacima via uma reação contínua:

Líquido1 + Plagioclásio1 → Líquido2 + Diopsídio + Plagioclásio2  (7-8)

Pois existe uma solução sólida, o líquido não atinge o mínimo cotético, assim como nos sistemas eutéticos.Ao contrário, a composição de peso determina quando a cristalização é completada, como acontece nos sistemas

 binários do plagioclásio. Quando o líquido atinge o ponto c, em aproximados 1200ºC, a composição do plagioclásioatinge An50 e a composição de peso cai no ponto intermediário numa linha entre a coexistência do plagioclásio e o

diopsídio. Pois estes três pontos são colineares, a composição do plagioclásio mais o diopsídio podem se combinar para produzir X peso, então a quantidade deve estar próxima do zero. O último líquido está assim consumido emaproximadamente 1200ºC e a cristalização é completa. Novamente, a seqüência de composição associada com oslíquidos cotéticos e as linhas-amarradas na Figura 7-5 não são a mesma como no sólido binário no sistema albita-anortita (plagioclásio) a Figura 7-6 ilustra esta diferença. O plagioclásio (An80) que coexiste com o líquido b  nosistema ternário em 1230ºC pode ser colocado abaixo da curva na Figura 7-6 (ponto  x). No sistema binário An80 coexiste com o líquido em 1440ºC (ponto y). O efeito da adição do diopsídio para o sistema do plagioclásio esta paraaplainamento da curva e diminui a temperatura do liquidus e solidus. Para qualquer composição de líquido nãocotético na superfície do liquidus ternário entre os sistemas binários Ab-An e o cotético, pode ser aplicado umacurva intermediária, assim a Figura 7-6 nos supre com limitados valores, mas não com todas as composições do

 plagioclásio requeridas se nós quisermos determinar rigorosamente a cristalização do líquido e o caminho da fusãona Figura 7-5. Nós precisamos de dados experimentais apropriados para uma análise mais acurada. Assim como osistema binário, o líquido ternário mostrar encontrar os dados experimentais que são suficientemente confinados em

 posições aproximadas do liquidus e solidus que desenhamos pela extrapolação entre os pontos conhecidos, como noProblema 2-2.

Figura 7-6: Curvatura de dois dos liquidus-solidus pertencentes ao sistema diopsídio-anortita-albita. A curvatura do sólida é a

curva binária An-Ab liquidus-solidus a partir da Figura 6-8 e curvas baixas traçadas representando o solidus que coexiste oliquidus num ternário cotético (a curva a partir 1274ºC para 1133ºC na Figura 7-5) ambas projetas em cima do lado da albita-anortita.

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Vamos tentar exemplificar o comportamento da cristalização de um líquido no lado do plagioclásio cotéticocom um líquido de composição d , o qual é An55Ab30  (a composição final do plagioclásio é 55/(55+30) = An65).

 Neste caso o líquido é encontrado em aproximadamente 1440ºC e a composição do plagioclásio aproximadamenteAn87  se cristalizando. Perceba que esta composição não esta prevista a partir da Figura 7-6, pois ela não é umsistema binário nem líquido cotético, logo não é uma linha-amarrada na Figura 7-5. Podemos somente estimar acomposição do plagioclásio, pois Ø = 2 e F = 3 –  2 + 1 = 2 e a cristalização procede via reação continua ao longo dasuperfície do liquidus divariante:

Líquido1 + Plagioclásio1 → Liquido2 + Plagioclásio2  (7-9)

Que é uma reação ternária equivalente (6-4). A composição do líquido deve envolver diretamente a partirdesta composição sólida sendo removida a partir dele, mas a composição do plagioclásio também troca na direçãoda albita com o resfriamento e o progresso da reação (7-9). Assim o líquido se move a partir desta troca de ponto,criando uma passagem na curva da Figura 7-5. Esta passagem é ilustrada mais claramente na Figura 7-7, ondealgumas linhas-amarradas têm sido mostradas com uma conecção na composição do líquido para plagioclásiocoexistente com todas passando pelo ponto d (composição de peso) que deve sempre cair entre as fases e ser

confinada. Em tais condições a composição do líquido deve estar se movendo diretamente a partir de um sólidocoexistente. A curva de passagem de evolução do líquido em sido levemente exagerada nas figuras. O líquido atingeo cotético no ponto c, em aproximadamente 1220ºC, o qual coexiste com um plagioclásio de composição An 75  (oqual é previsto a partir das Figuras 7-7 e 7-6, pois este é agora um líquido cotético) Neste caso o diopsídio se juntaao plagioclásio como uma fase de cristalização e a passagem do líquido se torna abrupta para seguir o líquido viareação (7-8), pois a situação é isobaricamente univariante, as composições de plagioclásios são somente dependentesda temperatura acima.

Em outras palavras, num sistema isobárico de três componentes, somente uma composição de plagioclásio pode existir com o líquido e o diopsídio em uma dada temperatura. A cristalização continua até que a composição do plagioclásio migre para um ponto de composição de peso que esteja numa linha conectando o diopsídio e o

 plagioclásio, que para X peso = d  é An66. O último líquido neste caso é o ponto f  na Figura 7-7.

Figura 7-7: Passagem da evolução de composição de peso d  (Di30An55Ab5) no sistema diopsídio-anortita-albita em 0,1 MPa. Acurvatura da passagem d-c foi exagerada.

Em qualquer temperatura dada, a composição de todas as fases pode ser mostrada numa seção isotermal(isothermal section). Quando uma seção é derivada a mesma é ilustrada em 1250ºC na Figura 7-8 e a seção por simesma é mostrada na Figura 7-9. Uma seção isotermal mostra como uma assembléia de fase coexistente presente,em equilíbrio, varia com a composição de peso na temperatura em questão. Qualquer composição de peso que é

 plotada na região traçada na Figura 7-9 e esta acima do liquidus como pode ser vista na Figura 7-9. Embora, acomposição desta única fase líquida está igual a composição de peso escolhida. O ponto  x é a interseção do plano da

isotermal e a curva cotética, contudo, representa a composição somente do líquido que pode coexistir com ambos, plagioclásio e diopsídio em 1275ºC. A regra de fase nos diz que F = C  –   Ø + 0 = 3 - + 0 = 0 em pressão etemperatura fixadas. A composição do plagioclásio coexistente é o ponto  y ou An89 na Figura 7-9 e o diopsídio é

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 puro. Qualquer composição de peso que cai dentro do triângulo Di-x-y confina estas três fases em 1250ºC nummodelo familiar à Figura 7-3. O triângulo é concordantemente rotulado com estas fases na Figura 7-9.

Figura 7-8: Visào Obliqua ilustrando uma seção isotermal através do sistema diopsidio-albita-anorthita..

Figura 7-9: Seção isotermal a 1250oC (e 0.1 MPa) no sistema Di-An-Ab. Ambos de Morse (1994), Basaltos e Diagramas deFase. Krieger Publishers.

Qualquer composição de peso no campo rotulado Diopsídio + Liq irá conter somente estas duas fases em1250ºC, de maneira similar ao ponto a na Figura 7-5. Em 125ºC na Figura 7-5 a composição de peso a consiste dediopsídio puro e um líquido igual a composição no ponto onde a linha Di-a-b intercepta as Figuras 7-5 e 7-9.Perceba que o limite das curvas de uma porção traçada na Figura 7-9 representa o liquidus, o qual, por definição é olócus de todas as composições líquidas que coexistem com o sólido. Assim para qualquer composição de peso

 plotada no campo Diopsídio + Liq na Figura 7-9, a composição do líquido que coexiste com o diopsídio em 1250ºC pode ser determinada como um ponto onde a linha desenhada a partir do diopsídio através de uma composição de

 peso em particular intercepta a curva liquidus. Algumas como linhas-amarradas são incluídas na Figura 7-9.

O mesmo argumento abrange o campo rotulado Plagioclásio + Liq na Figura 7-9. Se nós começarmos coma composição d  na Figura 7-5, a composição do liquid coexiste somente com o plagioclásio que pode ser colocadonum ponto onde a passagem da curva do liquidus atravessa a isoterma 1250ºC. Algumas outras linhas-amarradas

 para o plagioclásio coexistente plagioclásio + líquido em 1250ºC são incluídos na Figura 7-9. Perceba que as linhas-amarradas são somente apropriadas para uma temperatura correspondente para a seção isotermal neste caso 1250ºC.Somente a linha-amarrada x-y é a do mesmo tipo como aquelas na Figura 7-5, pois o plagioclásio  y coexiste com odiopsídio e um líquido cotético. As outras linhas-amarradas do plagioclásio-líquido relacionadas a plagioclásio paraum líquido não cotético (sem diopsídio) em 1250ºC. A orientação das linhas-amarradas do plagioclásio-líquido trocacom a temperatura, como deve estar claro com as linhas-amarradas trocadas que passam pelo ponto d  em algumas

temperaturas na Figura 7-6. Também perceba a Figura 7-5 que a linha amarrada An 87-d (em 1420ºC) atravessa alinha amarrada An80-d (em 1230ºC).

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Finalmente em qualquer composição e peso do triângulo rotulado Di+Plag plota para direita do limite dequalquer sólido que coexista com o líquido em 1250ºC (a linha-amarrada Di-y). Estas composições assim estãoassociadas com uma assembléia de minerais completamente solidificados, diopsídio + anortita e a composição do

 plagioclásio apropriado podem ser determinadas pela extrapolação das linhas-amarradas ligadas na composição de peso para o diopsídio.

Estas seções isotermais são úteis para a determinação rápida e facilmente como as fases presentes nosmostram como variam a composição de peso numa temperatura e pressão em particular. Diagramas deste tipo sãousados comumente por petrológos metamórficos, como deveremos ver na seção metamórfica neste texto.

 Novamente, fusão em equilíbrio (equilibrium melting)  é o oposto da cristalização em equilíbrio.Cristalização fracional (fractional crystallization) envolve solução sólida, atinge a composição final do liquido

 para se cristalizar. No caso da composição d  na Figura 7-7. Por exemplo, remove perfeitamente e eficientemente o plagioclásio cristalizado, significando que a composição de peso do sistema de fusões residuais será sempre igual acomposição do líquido ao longo da passagem de evolução. A composição irá, contudo, não ser completa no ponto  f ,mas irá continuar em baixas temperaturas e produzir mais plagioclásio albítico. Fusão parcial (melting partial),como sempre criará uma nova fusão de composição que diferenciará da composição de peso, se extraídas em

qualquer ponto ao longo da curva de evolução do líquido.

Para um sistema com mais do que uma série de solução sólida (system with more than one solid-solution series) é muito mais difícil de descrever a passagem de evolução, pois a superfície do solidus e liquidus émais complexa e ambos não podem ser contornados como na Figura 7-2 e 7-5. A Figura 7-10 é de qualquer modouma esquemática visão oblíqua do sistema ternário do feldspato, pois devido a complexidade óbvia é apropriadosomente uma descrição quantitativa do sistema, um tanto quanto da análise quantitativa do comportamento da fusãoou da cristalização. Na frente da esquerda do plano o sistema é binário Ab-Or em baixas pressões de H2O (Figura 6-16) e um plano elevado é agora um familiar sistema Ab-An (Figura 6-8). O lado binário permanecente An-Or dosistema tem um largo solvus que limita a solução sólida, como na Figura 6-17c. Este solvus continua através doespaço ternário para o lado Ab-Or, mas não para o lado Ab-An. A curva cotética percorre a partir do eutético An-Or

(ponto c na Figura 7-10) em direção ao lado An-Or, mas para o ponto c antes atingindo este lado, devido à completasolução sólida Ab-Or. Em elevadas pressões de H2O, contudo a completa solução sólida Ab-Or não forma umeutético (Figura 6-17c) e o ternário cotético continua através deste lado.

Figura 7-10: Esquemática visão oblíqua do sistema ternário feldspato vs temperatura. A superfície do liquidus ternário é solvustem um padrão definido e o solidus é traçado. As linhas b-c são os traços dos sólidos que coexistem com o líquido cotético.

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Algumas facetas da cristalização e fusão do feldspato podem ser deduzidas a partir da Figura 7-10, mas éadmissível uma figura complexa e eu a trouxe para dentro da discussão aqui somente para focar na cristalizaçãocoexistente de feldspato alcalino e plagioclásio, comum em rochas félsicas. O resfriamento da maioria dacomposição da fusão resulta na cristalização de um feldspato assim que o liquidus é encontrado. Se a composiçãoestá para o lado Or do cotético c-e, os feldspatos alcalinos irão se formar primeiro. Se a composição da fusão esta dooutro lado, os plagioclásios irão se formar primeiro.

De qualquer modo, o líquido e o sólido coexistentes, ambos de passagem curva ao longo de linhas finas doliquidus até que o líquido atinja a curva cotética c-e e um segundo feldspato irá se formar. A linha curvada maisescura correndo a partir do ponto a através de  y e  x num sistema ternário de volta ao redor para o ponto b troca olócus de composição sólida que consiste com um outro sólido e um líquido cotético (assim como as linhas-amarradas a-c-b  no sistema An-Or à direita da face da Figura 7-10). No sistema ternário um feldspato é um

 plagioclásio e os outros são feldspatos alcalinos (ver a Figura 7-11 que mostra algumas seções isotermais através dosistema). Pois a curva cotética na Figura 7-10, inclinando em direção a albita com o decaimento da temperatura, olíquido se torna mais albítico do que os feldspatos coexistentes (exceto em algumas variedades de magmas pobre emCa). Isto é ilustrado num único triângulo de diagramas de três fases isotermais x-y-z na Figura 7-10 e 7-11 onde xrepresenta o plagioclásio, y representa o feldspato alcalino e z representa o líquido cotético. A maioria das

composições nos sistemas ternários desenvolve dois tipos de feldspatos distintos entre si. Somente fora destacurvatura, em posições traçadas da Figura 7-11, uma rocha desenvolveria somente um único feldspato. O tamanho ea forma da região de um único feldspato variam com a temperatura (como mostrado) e com a pressão.

Figura 7-11: Traços do solvus e feldspatos ternários de 600 a 750ºC. O solvi separa áreas no qual dois feldspatos formam (blank)a partir do qual um único feldspato se forma traçado. Estão incluídas as curvas cotéticas e os traços da curva politermal a-y-x-b a partir Figura 7-10.

 No sistema ternário que nós temos visto, o comportamento das duas componentes é geralmente mantidoquando uma terceira componente é adicionada. Sistemas binários eutéticos retêm o comportamento eutético dascurvas ternárias cotéticas; soluções sólidas, tais como Ab-An, continuam quando o diopsídio e o ortoclásio sãoadicionados e o comportamento peritético também continua dentro do sistema de três componentes (Fo-An-SiO 2).Um pode prevê que as relações fundamentais serão mantidas com a continua diversidade composicional, emboracom algumas modificações devido à variação adicionada. Assim as lições que nós aprendemos a partir destessistemas devem ser amplamente aplicados para situações naturais, como nós observamos para padrões de fusões

 parciais, cristalizações fracionais etc.

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7.2 Sistemas com Mais de Três Componentes

Cada componente adicional impõe um potencial grau de liberdade ao sistema e também uma fase adicionalou um componente de solução sólida nas fases existentes. A adição de uma terceira componente, por exemplo, mudaas três fases (piroxênio + plagioclásio + líquido) no ponto invariante eutético num sistema de duas componentes Di-An (ponto d  da Figura 6-11) durante três fases cotéticas de curvas invariantes num sistema de três componentes Di-An-Fo (Figura 7-2). A situação ternária retorna para uma variante quando uma quarta fase (forsterita) a uma outraterceira fase no ponto  M  na Figura 7-2. Cada componente adicional pode tornar sucessivamente um ponto eutéticode três componentes dentro de uma curva univariante de quatro componentes com uma superfície divariante decinco componentes e volume de seis componentes, etc. Existindo assim uma limitação para as temperaturas nãofixas para uma assembléia de quatro fases como um piroxênio, olivina, plagioclásio e líquido em sistemas naturais,como existe para sistemas análogos de três componentes como mostrado na Figura 7-2.

Visualizando o espaço composicional de um sistema de quatro componentes requer um tetraedro, o qual pode somente ser ilustrado bidimensionalmente em visão de perspectiva. O sistema de uma fase e quatrocomponentes tem cinco graus de liberdade (F = 4  –  1 + 2), qual é quadrivariantes em seções isobáricas. A variaçãode tais sistemas é impossível de se elevar em papel. Sistemas isotermais-isobáricos com duas ou mais fases são

 bidimensionais ou menos e são de fácil visualização, mas menos informativo devido a estas restrições. A maissimples e mais comum aproximação para este problema é pegar um sistema isobárico e restringir a análise dasassembléias com pelo menos três fases presentes. Um exemplo desta aproximação é ilustrado na Figura 7-12 para osistema diopsídio-albita-forsterita.

Figura 7-12: O sistema de quatro componentes diopsídio-anortita-albita-forsterita.

Os sistemas diopsídio-anortita-albita e diopsídio-anortita-forsterita são familiares (Figura 7-5 e 7-2,respectivamente). As curvas cotéticas das três fases destes sistemas ganham um grau de liberdade com a adição decomponentes e tornando a superfície dentro sistema quaternário. Naturalmente tais curvas e superfícies não podemser isotermais, então a figura representa uma projeção politermal na qual é impossível elevar a temperatura, exceto

 para poucos pontos invariantes. Um adicional problema é que nós não podemos determinar facilmente a profundidade no diagrama.

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O ponto  y cai na face Di-Fo-An na face do Di-Ab ou de alguma maneira entre eles? Como conseqüênciadestas limitações não qual podem ser elevadas, é muito difícil, se não impossível, quantificar os traços da curva deevolução e assim se formam se formam a seqüência de minerais. Um mau exemplo de modelos mais compreensivosde basaltos desde o sistema de quatro componentes (ou mais) nos permite um recurso (em que eles podem serusados efetivamente com alguma prática), temos agora passado num ponto a dificuldade de analise e visualizaçãotem ultrapassado os benefícios a serem derivado a partir deste modelo de sistema, pelo menos para a nossa presente

 proposta.

Para sistemas com um grande número de componentes é mais provável e certamente mais aplicável performar experimento de fusões diretamente em substâncias naturais. Para estes sistemas mais complexos, mais doque esforço com o espaço de composições multidimensionais, as relações de fusões são projetadas de volta para odiagrama da pressão e temperatura. Por exemplo, experimento de fusão em basaltos toleíticos a partir de um plano

 para o Snake River feito por Thompson (1972) são mostardas na Figura 7 -13. Recorremos a algumas simplicidadesneste diagrama tendo todas as informações do diagrama de fase P-T. Por instante, teremos mais clareza nas idéiasdos intervalos de temperatura pelo intervalo traçado solidus-liquidus.

Figura 7-13:  Diagrama de fase P-T para a fusão do basalto toleítico de Snake River (Idaho, USA) sob condições anidras.Segundo Thompson (1972). Carnegie Inst. Wash Yb. 71 

Dentro destes intervalos, as curvas representando o final do desaparecimento de uma fase em particularcom o aumento da temperatura podem ser adicionadas para que possamos determinar a seqüência de minerais que sefundem. No nosso modelo de sistema de três componentes, estas curvas envolvem uma perda de fase e o movimentodo líquido a partir da curva invariante para uma superfície divariante ou de transição a partir de uma superfíciedivariante para um campo trivariante e assim sucessivamente. Nós precisamos somente comparar campos adjacentes

 para determinar a fase pedida (com o aquecimento) ou ganha (com o resfriamento) que cada curva representa. Porexemplo, para pressões abaixo de 0,5 GPa (traços transversos) a fusão começa no solidus e nós progredimos atravésdo campo via reação continua não especificada que consome o sólido e produz o liquido.

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A ilmenita é o primeiro sólido a ser consumido pela reação e é perdido para este basalto em particular na primeira curva do liquidus. No próximo campo, olivina + plagioclásio + clinopiroxênio + líquido são as fases permanecente e uma reação continua através deste campo consomem alguns destes sólidos permanecente produzindo mais líquido. O clinopiroxênio é perdido em seguida, seguido do plagioclásio e finalmente pela olivinano liquidus e a fusão está completa. Nó podemos também elevar os efeito da pressão nas relações fusão/cristalizaçãodiretamente a partir deste diagrama. Embora este diagrama pressão-temperatura seja bastante informativo e simplesde se entender, eles não nos fornecem informações importantes como a quantidade relativa de cada fase ou das suascomposições como o progresso da cristalização ou fusão. Assim nós tratamos a habilidade de entender a evoluçãocomposicional do líquido (ou sólido) para entendermos a dependência da pressão e temperatura da fusão de rochasreais. Todas estas informações são validas e nos podemos desenhar a sabedoria e conhecimento a partir dos estudosde sistemas naturais e simplificados.

7.3 Série de Reações

 Na análise de sistemas experimentais temos encontrado alguns exemplos de reação entre o líquido ecristais, formados previamente. A importância de tais reações foram claramente reconhecidas por N.L Bowen, uma

 pessoa importante no desenvolvimento de experimentos na aplicação da petrologia. Ele considerou os aspectos dareação da cristalização de magmas a serem de tal significância na evolução de líquidos magmáticos que ele chamoude princípio da reação (reaction principle) (Bowen, 1922). Ele reconheceu que existiram dois tipos de reações que

 podem ocorrer sobre condições de equilíbrio entre uma fusão e os minerais que se cristalizam em condições deequilíbrio entre uma fusão e os minerais cristalizados a partir daí. Nós já tínhamos discutido previamente as basesdeste tipo. O primeiro tipo chamado de série de reação contínua (continous reaction series)  envolve reaçõescontínuas do tipo:

Mineral (composição A) + Fusão (composição X) = Mineral (composição B) + Fusão (composição Y) (7-10)

ou

Fusão (composição X) = Mineral + Fusão (composição Y)  (7-11)

Qualquer um destas pode envolver mais de um mineral quando C>2. Exemplos deste tipo de reação na quala composição de fusão, o mineral ou ambos variam através do alcance da temperatura, preenchendo a série dereação na solução sólida. Estes exemplos incluem reações (6-4, 6-6, 6-11, 7-1, 7-2, 7-7, 7-8 e 7-9). Por estas reaçõeso plagioclásio, o feldspato e fusões coexistentes em ambos se tornam mais sódico; e os minerais máfico, tais comoas olivinas ou os piroxênios e suas fusões coexistentes se tornam mais rico em ferro (ver Figura 6-8 e 6-9). Taisreações são continuas no sentido de que a composição de algumas fases, se o equilíbrio é mantido, ajustadolisamente, num modelo contínuo acima do intervalo da completa temperatura de cristalização do mineral.

O segundo tipo de reação é a reação descontinua (discontinous reaction) tais como:

Fusão = Mineral1 + Mineral2  (7-12)

Ou tipos peritéticos de reação

Mineral1 + Fusão = Mineral2  (7-13)

Exemplo de reações descontinua do primeiro tipo incluem reações (6-7, 6-9, 6-12, 7-3, 7-5 e 7-6). Umaclássica reação peritética é a do tipo forsterita + líquido = enstatita (reação 6-10, Figura 6-13 e 6-14). Embora areação (6-10) seja descontínua no sistema binário Fo-SiO2, se torna continua num sistema de três componentes Fo-An-SiO2 (Figura 7-4, reação 7-4). Uma similar reação peritética ocorre no sistema Fo-Di-SiO2 no qual um piroxênio

 pobre em Ca reage com o líquido para formar um clinopiroxênio rico em Ca. (Osborn, 1979).

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Estas relações entre as reações são comuns em magmas cristalizados e mais de uma reação ou sériecontínua podem pegar um lugar simultaneamente (ou sequencialmente) na fusão de muitos componentes. Umadestas séries, a agora conhecida série de reação contínua proposta por Bowen (1928) tem sua forma ilustrada naFigura 7-14.

Figura 7-14:Série de Reação de Bowen (Bowen, 1928)

Provavelmente nenhum outro conceito na petrologia e tão bem conhecido em geral, mas o nãoconhecimento e o seu não entendimento nos detalhes, por estudantes de petrologia (em todos os níveis) da Série deReação de Bowen causa enormes dificuldades. O lado direito (contínuo) está claro para nós (reação 6-4), como é areação descontínua da olivina para o piroxênio Mg da esquerda (reação 6-10). Mas nós devemos considerar este

clássico exemplo mais próximo antes de prosseguirmos. Significa que o lado direito de uma anortita reagegradualmente para formar pura albita? Quais as composições que estão envolvidas? A Figura 6-8 nos diz que acomposição do primeiro e do último plagioclásio se cristalizam dependem da composição do peso do sistema.Também depende do grau de desequilíbrio e do zoneamento que ocorre. A Série de Bowen nos dá uma tendência

 própria, mas não nos atende a suprir em detalhes ou limites.

 No lado esquerdo da Figura 7-14, as questões e os processos são muito mais complexos. Todas as fusõescomeçam a cristalização na olivina? Irão todos então proceder para o piroxênio e anfibólio, etc.? Quanto longe asérie irá nos dar um sistema procedente? Devem todos os eles eventualmente produzir quartzos? Irá as fases recentesserem consumidas por reações descontinuas ou irão elas permanecer e coexistir com as fases posteriores no final dasrochas solidificadas? As respostas para estas questões também dependem da composição de peso e do grau ao qual o

desequilíbrio é mantido e pode ser encontrado pela referência do diagrama de fases apropriado deste tipo previamente ilustrados. Incidentalmente, séries continuas simultâneas Mg-Fe assumem posição nas fases máficas(Figura 6-10).

Temos discutidos cenários envolvendo cristalização em equilíbrio associado as Figuras 6-12 e 7-4 no qual aolivina é também completamente consumida ou permanece em coexistência com a enstatita e depois que o líquido éconsumido durante a reação peritética. A Figura 6-13 explica como a composição de peso controla qual cenárioocorre. Não é um requisito, contudo, que a fase abaixo da série descontínua. Também, para a composição de pesoentre os pontos i e c na Figura 6-12, a enstatita se forma diretamente a partir do líquido sem envolver a olivina. Nemtodas as fases na série descontinua precisam assim serem formadas por reações descontinuas. Os clinopiroxênios

 podem se cristalizar comumente por cristalização do tipo cotética do que reações entre fusões de ortopiroxênio.Como a reação anídrica continua para o conteúdo H2O de diminuindo o volume das fusões aumentando para o pontoem que a fase hídrica tais como anfibólio e biotita se tornam estáveis. Estas fases podem se formar com reações defusões de minerais, mas eles mais comumente se formam como cristais separados diretamente a partir da fusão.

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O quanto longe abaixo a Série de Bowen irá proceder por uma fusão?  A assembléia comum de mineraiscomo olivina + piroxênio + plagioclásio nos basaltos e gabros nos dizem que, para a maioria das composições de

 peso basáltico, a cristalização está completa com a formação do plagioclásio e piroxênio Ca-Mg, então que eles podem proceder sem adicionar. A cristalização fracional, embora se as condições permitem, pode fazer com que umsistema seja adicionado abaixo da série do que sobre as condições de equilíbrio. Líquidos graníticos, por outro lado,raramente contém componentes máficos suficientes para formar a olivina e então eles não começam a cristalizarabaixo da série e continuam até que o quartzo seja produzido. Claramente, a composição de peso (bulk composition) é o principal fator determinante. Os líquidos máficos se tornam sólidos antes que eles fiquem muito distante abaixoda série e os líquidos graníticos podem não começar a se cristalizar até o plagioclásio sódico e a hornblenda estáveis.

Por agora deve ser esclarecido para vocês que a Reação da Série de Bowen não é de aplicação universal para todas as funções de silicatos. Alguns jovens petrológos ajustam isso para melhor se aplicar a esta situação.Outros com um pouco mais de experiência aceitam que nem sempre pode se aplicar à série, mas tendem a ignorar areação de Bowen por achar ingênuo ao propor isto. Se retornarmos ao trabalho original de Bowen, descobriremosque Bowen nunca teve a intenção da sua reação da série em ser de alguma forma uma bíblia sagrada nocomportamento da fusão, a partir disto Bowen estabeleceu que:

Uma tentativa foi feita... O arranjo dos minerais das rochas subalcalinas ordinárias (ênfase do autor)

como uma série de reação. A matéria é mesmo muito complexa para ser apresentada de forma simples. Apesar

disso a simplicidade, apresentada de alguma forma desviada, pode prover de serviços no presente objetivo de forma

concreta (Bowen, 1928., p60)

E mais adiante Bowen estabeleceu mais ainda:

 A impressão parece ter sido ganha por algum petrológo que postulou as reações entre os ditos piroxênios e

hornblendas carregadas com implicações de que toda hornblenda é secundária depois do piroxênio. Nada é mais

distante partindo do fato. Apenas como existem alguns líquidos no sistema anortita-forsterita-sílica que precipita

 piroxênio como uma fase pré-primária sem qualquer separação prévia da olivina, logo qualquer magma pode

 precipitar hornblenda diretamente sem qualquer precipitação prévia do piroxênio (Bowen, 1928, p61)

Devemos interpretar a aplicar a série de reação de Bowen, em particular a série descontinua. É inteiramente possível para cada um destes minerais a se formarem pela reação descontinua envolvendo fusão e o mineral acimadesta série. Mas também pode, e provavelmente até mais comumente, a se formarem a partir do resultado de umacristalização direta a partir da fusão. Assim como alguns princípios na ciência, a Série de Reação de Bowen deve serusada como um guia e não como um overlay que restrinja as nossas observações e pensamentos. Algumas destasreações expressas nele são bem documentadas, ambas naturalmente ou em laboratório. O anfibólio, a biotita e o K-feldspato são menos comuns e confiáveis numa interpretação restrita.

Algumas generalidades podem ser deduzidas a partir da Série de Bowen que nos provem um útil guia

quando consideramos os processos ígneos. Perceba que os minerais da parte descontinua da serie são progressivamente mais ricos em Mg-Fe e a parte continua tem mais cálcio na direção do termino de elevadastemperaturas. Assim a cristalização inicial envolve uma fase mais máfica e cálcica do que a composição de peso dosistema e o último líquido será mais silicoso e alcalino. Podemos assim esperar uma cristalização fracional que

 produzirá líquidos envolvidos que serão ricos em SiO2, Al2O3  alcalinos tão bem quanto os recentes sólidosfracionados enriquecidos em Cão, FeO e em particular MgO convertido, onde a fusão parcial envolve baixosminerais da série e nós podemos esperar que eles sejam mais silicosos e alcalinos do que uma composição afaníticade peso do sistema que esta sendo fundido. Estes aspectos do sistema de funções são comuns.

A seqüência de cristalização será mais comumente conformada, em termos muitos gerais, para uma porção da série. Nós ocasionalmente retornaremos a Série de Bowen como um guia para as nossas interpretações do

comportamento da fusão, mas nós podemos ver a partir de resultados experimentais acima que a variaçãocomposicional resulta numa aberta variedade de fusão e cristalização. Nós não devemos nos surpreender quando umsistema natural parece violar a seqüência na Série de Bowen e nós podemos usualmente explicar o comportamento

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 pela referencia por um apropriado sistema experimental, onde nós podemos observar e analisar os efeitos dacomposição na passagem da seqüência de cristalização. Mesmo os componentes mais comuns observados podem terum importante efeito nos minerais que se formam. Por exemplo, o gás livre de CO 2, tipicamente presente emexcedentes quantidades (pressão parcial no oxigênio no alcance de 10 -10 para 10-40), pode ter um efeito profundo nafase dos silicatos que se cristalizam. Se for baixa, o Fe permanece como Fe 2+  e se mistura com Mg em silicatosmáficos. Se a pressão parcial do oxigênio é elevada o Fe é oxidado para Fe 2+ e assim o total disponível de Mg + Fe

 para silicatos máficos. Isto e o aumento efetivo da proporção de Mg/Fe inibem a formação de silicatos máficos emudança na seqüência de minerais que se formam na serie de reações.

7.4 O Efeito da Pressão no Comportamento da Fusão

 No sentido de simplificar a analise gráfica de sistemas grandes do que uma componente, temos usualmenteignorado a pressão como variável. Nós justificamos isto notando que a pressão geralmente tem efeitos muito

 pequenos na estabilidade dos minerais do que na temperatura e que a cristalização pode ser um processo isobárico.Os efeitos da pressão não são negligentes, contudo, e nós devemos pegar um momento e explorar estes efeitos.

Como discutido no Capítulo 5, devido à mudança da entropia e a mudança do volume associados praticamente com a fusão de qualquer sólido ambos tendo um sinal positivo, a inclinação da curva de fusão é positiva, significando que o ponto de fusão aumenta com o aumento da pressão. A Figura 7-15 esquematicamenteilustra este ponto, mostrando o aumento na temperatura de fusão, a partir de T 1 para T2, que corresponde para umaumento de da pressão a partir de P1  para P2. A quantidade pelo qual o ponto de fusão é elevado para um dadoaumento da pressão depende da inclinação da curva de equilíbrio no diagrama de pressão-temperatura, o qual tornadependentes nos valores relativos de ΔS e ΔV para a reação como expressa pela Equação de Clayperon (Equação 5 -15). Aumentando a pressão litostático se eleva o ponto de fusão virtual de todas as fases sólidas (exceto o gelo),assim o liquidus em geral. Por exemplo, elevando a pressão para 1 GPa correspondendo a uma mudança de

 profundidade em aproximados 35 Km (a partir de próximas superfícies na base da crosta continental) elevando-se o

 ponto de fusão do basalto em aproximadamente 100ºC (ver Figura 7-13)

Figura 7-15: Diagrama esquemático ilustrando a elevação da temperatura de fusão causando um aumento na pressão.

Como a Equação de Clayperon indica a magnitude do efeito da pressão não é o mesmo para todos os outrosminerais, logo a elevação do ponto de fusão é diferente para cada. Se a superfície do liquidus é elevadadiferencialmente no diagrama temperatura-composição assim que a pressão aumenta.

Perceba que na Figura 7-16 que o aumento da pressão partindo de 1 atmosférico para 1 GPa eleva oliquidus diopsídio muito mais do que a anortita. Perceba também a mudança na natureza a partir da forsterita-sílicacomo mostrado na Figura 6-15. Para um peritético, a troca em tais pontos com a pressão a partir de um lado de

composição de peso para outro que pode alterar a seqüência de minerais a qual se forma, troca eutéticas similaresocorrem nos ternários e sistemas de ordem elevadas.

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Figura 7-16: Efeito da pressão litostatica sobre o liquido e composição eutetica no sisitema diopsidio-anortita. 1 GPa data fromPresnall et al. (1978). Contr. Min. Pet., 66, 203-220.

Pressões elevadas podem também causar alguma fase mineral a se tornarem instáveis e serem repostos poroutros. Por exemplo, o feldspato se torna mais instável em pressões elevadas, onde rompe para piroxênios do tipo

 Na-Al e/ou garnets do tipo Ca-Al. A pressão também pode influenciar a composição de alguns minerais (porexemplo, os piroxênios são geralmente mais aluminosos em elevadas pressões). Como resultado destas mudanças de

 pressões pode ter um efeito na fusão e cristalização do que uma simples ascensão da temperatura do liquidus. Elaatinge os mais naturais dos minerais que se cristalizam e, portanto a evolução da curva do líquido. Como nósdevemos ver no Capítulo 10. Um exemplo do efeito da pressão na seqüência de minerais que se cristalizam no

 basalto pode ser visto na Figura 7-13.

Em baixas pressões, a seqüência de minerais que se forma no basalto assim que ele resfria é a olivina → plagioclásio → clinopiroxênio → ilminita. Acima de 0,5 GPa muda para plagioclásio → clinopiroxênio → ilminita.Em aproximadamente 1 GPa se torna clinopiroxênio → plagioclásio → granada → ilminita. Em muito elevadas

 pressões é garnet → clinopiroxênio. 

7.5 Os Efeitos dos Fluídos no Comportamento da Fusão

O largo volume associado com a liberação de voláteis dissolvidos em solução para uma fase de vapor livrefaz com que a solubilidade de espécies voláteis em fusões sucessivas varie a pressão. Os efeitos são grandes para

 baixas pressões onde o volume livre de gás seria largo. Nós discutimos alguns exemplos da pressão dependente dasolubilidade do volátil no Capítulo 4 quando os voláteis foram liberados com a pressão em eventos vulcânicosexplosivos.

Uma fusão de fluído saturado (fluid satured) é aquele que contem o máximo de quantidade de espéciesvoláteis dissolvidas sobre as condições existentes P-T-X. Qualquer volátil presente em excesso desta quantidade

deve estar presente como uma fase de fluído coexistente separada. O termo pressão de fluído (fluid pressure) (P f ) écomumente usada para descrever os efeitos combinados da pressão e do conteúdo do fluido no sistema de rolamentode fluidos. Um sistema de fusão em especificas pressões pode variar a partir do fluido-saturado (Pf  = PTotal) para umfluído livre (Pf   = 0 também chamado de “seco”), dependendo das quantidades das espécies disponíveis. O P f  raramente esconde o PTotal pelo menos não ao longo, pois o resultado seria uma expulsão dos voláteis em excessoque são frequentemente explosivos.

 No momento em que coletamos as amostras de rochas, os fluidos contidos estão em sua maioria deixando,então nós comumente observamos a sua importância (overlook). Ocasionalmente nos podemos observar e analisarinclusões de fluido (fluid inclusions)  (que são os fluidos liberados a partir de solução e presos antes que elas

 possam escapar Figura 7-17), mas eles são muito pequenos e o processo analítico é complexo. Algumas inclusões de

fluido formam durante os estágios pós-magmáticos e assim não representam fluídos magmáticos. Alternadamente,nós podemos coletar e analisar gases vulcânicos assim que eles escapam. A partir destes estudos nós aprendemos

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que estes componentes voláteis do magma confinam os gases predominantes no sistema C-O-H, H2O E CO2 dominantes com menos quantidades de CO, O2, H2, S, SO2 e H2S. Também podem existir menores quantidades deoutros componentes como N, B, Cl e F. Nós devemos limitar nossa discussão dos voláteis para duas espécies

 principais H2O e CO2. Embora os constituintes voláteis estejam presentes em quantidades relativamente pequenas,nós descobrimos a partir de estudos das fusões com componentes gasosos que eles podem ter um efeito profundo natemperatura de fusão, na seqüência de minerais que se cristalizam e na passagem da evolução do líquido

Figura 7-17: Inclusão de fluído na esmeralda. A inclusão líquido aquoso (liq) mais bolha de vapor (v) e cristais de hialita (h),silvita (s) e outras duas fases cristalinas (x e y).

7.5.1 Os Efeitos do H2O

 No Capítulo 5 e na Figura 7-15, nós discutimos a inclinação de um idealizado e genérico sólido anídrico →curva do líquido em fusão e equilíbrio no diagrama de fase P-T. Vamos ter momento e localizar a partir de umsimples ponto de vista qualitativo dos efeitos que nós podemos esperar se o H 2O é adicionado a este sistemaanídrico. Se adicionarmos H2O, a reação por si mesma muda. A maioria dos minerais não aceitam muito o H2O, Oúnico mineral ígneo comum são as micas e os anfibólios que estão usualmente subordinados. As fusões como nós

devemos ver, muito pouco, aceitam mais H2O. Para minerais anídricos (aqueles que não contém água) a reação defusão de uma componente é:

Sólido = Líquido (7-14)

Torna-se;

Sólido + H2O = Líquido(aq)  (7-15)

O subscrito (aq) significa aquoso ou uma fase de rolamento de H2O. O H2O devem estar em ambos os ladosda reação (7-15) para balancear. Ela ocorre como uma fase de fluído separada na esquerda e o H2O está dissolvido

no líquido à direita. Devido a(s) fase(s) no lado de elevadas temperaturas limites em equilíbrio acomodado com oH2O, melhor do que aqueles que estão no lado de baixas temperaturas. O Princípio de Le Chatêlier nos diz queadicionado H2O por este novo equilíbrio causa no lado de elevadas temperaturas expansão no lado das baixastemperaturas. Em outras palavras, se começarmos em equilíbrio num sistema anídrico inicial (a curva de equilíbriona Figura 7-15), adicionando H2O ocorre uma fusão aquosa que se torna mais estável quando próximo do estadosólido. O resultado da adição de H 2O para um sistema anídrico então é baixo ponto de fusão em uma dada pressão.Pois mais H2Opodem forçar para dentro da solução em elevadas pressões, a depressão no ponto de fusão se torna

 progressivamente maior com o aumento da pressão.

Agora voltaremos para o efeito com mais detalhes. A solubilidade de H2O em alguns silicatos em 1100ºC émostrada na Figura 7-18, como uma função da pressão de H2O. Como previsto acima a quantidade de H2O que sedissolve no aumento da fusão com a pressão, partindo do zero em pressão atmosférica de 10 para 15% do peso em0,8 GPa. Também a taxa de solubilidade que aumenta é enorme para baixas pressões, onde ΔV da reação entre o gáslivre e o líquido é muito longo e, portanto a maioria esta susceptível a mudanças na pressão. A quantidade do H2O

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na fusão é de alguma forma compreensível pelo uso do peso (%) na figura. No caso da curva da albita, nós podemosfacilmente converter para moles (%). O peso molecular do H2O é de 18g/mol e da albita é 262g/mol. Se a nossafusão tem 10% de peso do H2O e tem 10g do H2O e 90g da albita, isto é, 0,56 mols de H 2O e 0,34 mols de albita ou62% de H2O. Proporções similares são aplicadas para outras fusões.

Figura 7-18: Solubilidade do H2O em 1100ºC em três amostras de rochas naturais e albita.

O mecanismo principal pelo qual o H2O se dissolve em fusões silicáticas é o processo no qual a moléculado H2O está envolvida na reação da hidrolise com as “pontes ou ponteamento” do oxigênio que se conectam(polimerizam) em adjacentes tetraedros de SiO4. Pela reação da hidrolise, o H2O se desassocia para H+  e OH-  einterage com a ligação  – Si-O-Si para formar  – Si-OH e HO-Si (Wassenburg, 1957; Burnham, 1979; Mysen et al1980). O íon H+  satisfaz a carga negativa na ponte do tetraedro do oxigênio e a despolimerização reduz aviscosidade de elevadas fusões polimerizadas. A extensão pela qual o processo ocorre depende da estrutura da fusão

(o qual determina o grau inicial de polimerização). Um modelo para as estruturas das fusões foi proposto por Weyl eMarboe (1958, ver também Burnham, 1979; Mysen, 1988; Mysen et al, 1982) propondo que as estruturas de fusõesde silicatos são similares as equivalências mineralógicas, tendo essencialmente certos alcances no sentido dasligações dos silicatos, mas perdendo um longo alcance no sentido necessário para a difração de raios-x (ver tambémMysen et al, 1982; Mysen, 1988). Isto implica na mais polimerizada estrutura aluminosilicatas dos minerais mais

 polimerizados nas fusões correspondentes. As olivinas fundidas não estão polimerizadas, enquanto que os quartzosfundidos ou feldspatos estão extensionalmente polimerizados.

Os basaltos são menos polimerizados e os riolitos é mais polimerizados, isto é claro, concordando com arelação entre a viscosidade e o conteúdo de sílica como relatado para as erupções vulcânicas menos explosivas noCapítulo 4. Se esta noção é verdade, nós podemos correlacionar a extensão relativa da solubilidade do H 2O através

do mecanismo de fusão de silicatos para um grau de polimerização de minerais correspondentes para a fusão. Taisaproximações têm um provimento produtivo na explicação da grande solubilidade do H2O em fusões de redessilicáticas do que em fusões da olivina e piroxênios (ver Figura 7-18). O atual mecanismo da solução H 2O ehidrolise da fusão de silicatos, contudo, deve ser mais complexo do que uma única reação envolvendo pontes deoxigênio. Nos trabalhos acima citados por Burnham e por Mysen (ver também Mysen 1990, 1991) o grupo dahidroxila também parece formar complexos com os alcalinos, as alcalinas terras e alguns elementos de transição.

O efeito do H2O na diminuição do ponto de fusão nos sistemas silicáticos tem substanciado inúmerosexperimentos sob condições hídricas. Devemos olhar primeiro no sistema albita- H2O, pois ele é relativamentesimples e bastante documentado. A Figura 7-19 mostra o efeito do H2O na fusão da albita. As curvas elevadas doH2O (PH2O = 0). Este tipo de fusão que temos focalizado em modelos de sistemas para este ponto. A outra curvaapresenta condições saturadas do H

2O (P

H2O = P

Total). A depressão no ponto é drasticamente diminuída pela adição

do H2O.

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Figura 7-19: O efeito da saturação de H2O sobre a fusão da albita. Através experimentos de Burnham e Davis (1974). A J Sci274, 902-940. A curva de fusão seca “dry” é de Boyd e England (1963). JGR 68, 311-323.

A taxa de decaimento é rápida em baixas pressões e decai pra uma relação linear acima de ~0,6 GPa. Isto

reflete numa larga reação negativa de ΔV do tipo: H2O(vapor) + Albita = Líquido(aq)  (7-16)

Pois o largo volume da fase vapor em baixas pressões, assim um leve aumento na pressão conduz a reaçãoà direita e estabiliza o líquido em sua expansão de sólido + vapor, contudo diminuindo o ponto de fusão. Nóstambém podemos usar a Equação de Clayperon para ter a mesma conclusão, lembrando a Equação 5-15:

dP/dT = ΔS/ ΔV (5-15)

Como descrito no Capítulo 5, ΔS e ΔV são ambos positivos para uma fusão “seca” de um sólido com albita,então a inclinação (dP/dT), de acordo com a Equação 5-15 é positiva. Isto é verdade para a fusão “seca” da albita naFigura 7-19. Para o sistema H2O saturado, o ΔS da fusão é positivo (devido a entropia ser muito baixa para uma fasesólida comparada com o líquido e com o vapor), mas ΔV é negativo ( devido ao volume ser muito longo do vaporcomparado com o líquido e com o sólido). Assim a inclinação é negativa e de baixa magnitude, pois o denominadorda Equação de Clayperon, ΔV, é muito maior que o numerador, ΔS. Em pressões elevadas, contudo, ΔV caidrasticamente (pois a fase vapor é muito compressiva) enquanto que ΔS muda muito menos. A inclinação assimavança um passo. Em pressões muito elevadas (aquela entre a Figura 7-19) a fase vapor ocupa um pequeno volumee ΔV se torna positivo novamente (o volume aumenta associado com a fusão que se torna maior do que o volume

 perdido com a fase vapor dissolvido).

A inclinação assim retorna para um valor positivo, e existe uma temperatura mínima na curva de fusão. Em

 pressões próximas a zero, é impossível manter a fase vapor dissolvida, pois ela imediatamente escapa para dentrodas vizinhanças. As curvas condições de vapores saturados e “seco”, contudo, se encontram em um único ponto,

 próximo a 1118ºC no ponto de fusão da pressão atmosférica. As duas condições das curvas limites na Figura 7-19são típicas para fusões de silicatos sobre condições “secas” e H 2O saturado. A quantidade de H2O que pode serdissolvido numa fusão aumenta com a pressão e a depressão no ponto de fusão aumenta também (embora a taxa deredução decaia). Qualquer H2O presente em excesso do requerido para saturação existe como uma fase de vapor etem assim efeito na fusão. A saturação da curva é o limite, portanto para a redução do ponto de fusão.

Os efeitos do H2O na fusão de sistemas silicáticos naturais são ilustrados na Figura 7-20, o qual mostra ointervalo da fusão (ou cristalização) para ambos H2O livre (“seco”) e condições H2O saturadas para composições

 basálticas. O sistema seco é similar ao da Figura 7-13 (a diferença de probabilidade reflete a composição variável

resultante a partir da escolha da amostra do material). A curva de fusão individual do mineral é omitida parasimplificar o diagrama. O sistema saturado se comporta como um sistema da albita, com ambas as depressões dosolidus e liquidus. Acima aproximadamente 1,5 GPa, o solidus está localizado na depressão comparado com o

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liquidus, resultando num enorme intervalo de temperatura de fusão. Acima de 1,5 GPa , nós vemos o inverso dainclinação do solidus. A inclinação inversa do liquidus está em aproximados 3,5 para 4,0 GPa.

Figura 7-20: Experimento determinando o intervalo de fusões do gabro sobre a linha H2O (“ seco”) e condições saturadas deH2O.

A curva do solidus na Figura 7-20 representa o começo da fusão com o aumento da temperatura. A Figura7-21 ilustra esta mesma curva do solidus para três tipos comuns de rochas ígneas cobrindo o alcance da composição

 partindo de ultramáfico para silicático. Em todos os casos, o efeito da adição do H2O é para diminuir enormemente o ponto de fusão das rochas silicáticas. Assim o H2O pode ter um importante papel na geração da fusão, em particularda crosta, onde o H2O é mais abundante. Mesmo com pequenas quantidades de H 2O disponíveis, o ponto de fusãodas rochas graníticas em crostas rasas é apenas de 600ºC, uma temperatura prontamente alcançada durante ometamorfismo.

Figura 7-21: H2O saturado (sólido) e livre H2O (traçado) sólido começando a se fundir para granodiorito.

Teoricamente, a magnitude da depressão do ponto de fusão em uma pressão em particular correlacionadacom a extensão da solubilidade do H2O, no qual muda, deveria se correlacionar com o grau de polimerização dafusão. A enorme depressão no ponto de fusão nos granodioritos e gabros estão assim atribuídos a estrutura da rededos feldspatos, mas o fato da depressão dos basaltos se aproximar dos granodioritos é uma anomalia, devido a

 porcentagem da rede de silicatos que é muito maior na rede. Mysen (1990) tem sugerido que o H 2O se dissolve paraformar o complexo OH- com todos os cátions nas fusões aluminosilicáticas. Ca2+ é alto nos basaltos e pode ser então

 particularmente efetiva no consumo dos íons da hidroxila por uma par para formar complexos Ca(OH)2.

A quantidade de fusões que podem ser produzidas abaixo do solidus “seco” depende apenas da quantidadedisponível de H2O. Isto é devido a duas situações: H2O saturado e seco, representando as condições limites para oconteúdo da fusão/rocha e H2O. Sistemas naturais tipicamente contem alguma quantidade intermediária de H2O. Aquantidade pode ser fixada, tanto em porcentagens fixas de rochas ou fusões ou em proporções fixas de fase defluído coexistente (controlado por qualquer reservatório externo). A quantidade de H2O nas rochas em crosta

 profundas ou no manto podem ser pequenas, provavelmente menos do que 2 para 3% do peso, e a primeira fusão a

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se formar pode absorver toda a quantidade de H2O disponível. O sólido permanecente deve então fundir sobrecondições de H2O insaturado, requerendo significantes temperaturas elevadas.

Figura 7-22: Projeção da pressão atmosférica das relações de fusão no sistema albita- H2O. A partir de Burnham e Davis (1974)

Para ilustra o último ponto, vamos retornar para o nosso simples e bem confinado sistema albita- H2O. AFigura 7-22 é uma projeção do sistema no espaço pressão-temperatura-Xágua

fusão  para a face pressão-temperatura.Pense nisto como um bloco tridimensional com x = temperatura, y = pressão e z (em sua direção) = composição dealbita pura próximo ao fim do bloco e H2O puro distante do fim. A figura tem sido calculada usando um modelo desolução para Ab- H2O de Burnham e Davis (1974). As curvas secas e de H2O saturado assemelham com os dadosexperimentais a partir da Figura 7-18. A curva subhorizontal representa os contornos (similar para os contornos datemperatura na Figura 7-2) do conteúdo de H2O (Xágua

fusão em fração molar) de H2O saturada e albita derretida (aqual pode somente conter uma quantidade de H2O em pressões e temperaturas especificas). Qualquer H 2O presenteem excesso nestes valores existe como uma livre fase de fluído coexistindo com a fusão do H 2O saturado. As outraslinhas espaçadas são contornos para Xágua

fusão na superfície de fusão da albita, representando as condições sobre quala albita de funde com proporções fixas de H2O disponível. Onde estas duas superfícies se encontram com o mesmo

valor de Xáguafusão  (as condições para a fusão do H2O saturado e condições para fusão com o mesmo conteúdo deH2O) determinam a curva de fusão do H2O saturado. Por exemplo, imagine um caso no qual a proporção molar daalbita é fixada em 1:1 (Xágua

fusão = 0,5), as duas superfícies se encontram em aproximadamente 0,2 GPa e 830ºC (ainterseção das duas curvas Xw

m = 0,5). Naturalmente esta deve ser a curva de fusão do H 2O saturado, logo todas astrês curvas interceptam este ponto.

Se a limitação do conteúdo H2O é apropriado para o caso em particular, a curva de fusão do H 2O saturado

é somente válida em pressões menores que este ponto. Em pressões mais elevadas do que o H2O são necessáriastachar uma saturação na fusão e induzir o a fusão de saturação. Se o H2O não é valido, a fusão não pode proceder atéque elevadas temperaturas sejam colocadas. Eu percebi que estas curvas e o conceito estabelecido acima podem serconfusos. O processo envolve e suas importantes ramificações para o verdadeiro comportamento da fusão são

melhores ilustrados usando alguns exemplos. Primeiro vamos tentar um simples cenário envolvendo aquecimentoisobárico da albita e uma quantidade fixada de H2O. Nós vamos assumir que o sistema contém 10% de mol de H 2O

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(talvez uma generosa estimativa para rochas de crostas rasas) e aquece-la a partir do ponto a em 0,6 GPa e 670ºC.Em a o sistema é composto de albita sólida coexistindo com uma fase de fluido.

Quando aquecido para aproximadamente 770ºC (ponto b) o sistema atinge a curva de fusão do H2Osaturado e começa a se fundir. Neste ponto uma fusão de H 2O saturado contém aproximadamente 64% de mol deH

2O. Existe somente H

2O disponível, embora, para uma fusão com 10% de H

2O (se toda a albita fosse fundida).

Assim somente 10/64 ou 16% da albita reverte para a fusão do H2O saturado (64% de H2O) neste ponto. Assim quea temperatura é aumentada, a quantidade de H2O na fusão que coexiste com a albita e a fase de fluido decai, entãoum pouco mais de albita irá se fundir. No ponto c  (~950ºC) o sistema estaria completamente derretido se elecontivesse 50% de H2O, mas contem somente 10%, então essencialmente 10/50 ou 20% irão ser fundidos. No pontod   (~1120ºC), seria completamente fundido se contivesse 20% de H2O mas é somente 10/20 ou 50% fundido.Somente no ponto e (~1180ºC), está a albita com 10% de H2O completamente fundido. A proporção de fusão para osólido assim decai lentamente com a temperatura. Em qualquer ponto ao longo da passagem da fusão, a proporçãode fusão para o sólido é aproximadamente x/y, onde x é a fração molar do H2O no sistema e y = Xágua

fusão para ocontorno da albita liquidus. Esta proporção decai lentamente em primeiro, até que os valores de y se aproximem dox (Figura 7-23). Assim o ponto d , acima de 400ºC do ponto inicial da fusão com o contorno do X água

fusão = 0,2 eatravessado a albita é fundida pela metade. Os 50% finais do sólido é fundido entre X água

fusão = 0,2 e 0,1 (ponto e)

um intervalo de menos de 15ºC que esta perto do liquidus seco. Nós podemos concluir que, não obstante dahabilidade do H2O em diminuir drasticamente o ponto de fusão das fases dos silicatos, a quantidade de fusão gerada

em baixas temperaturas é limitada pela disponibilidade do que do H 2O.

Figura 7-23: Porcentagem da fusão da albita com 10% de mol de H 2O em 0,6 GPa como uma função da temperatura ao longoda transversal e na Figura 7-22.

Para ilustrar as implicações do diagrama, considere ainda outro simples cenário. Nós começamos com umsistema contendo Xágua

fusão = 0,5 em 1 GPa (ponto  f , em aproximadamente 925ºC). As condições iniciais estãoacima da curva de fusão do H2O saturado, então o H2O disponível tem causado a albita alguma fusão, mas osistema não é H2O saturado. Ele requer Xágua

fusão = 0,52 (52% mol) para ser saturado em P e T, o qual resultarianuma completa fusão. O sistema esta assim somente parcialmente derretido, mas quase completamente então(50/50 ou 96% fundido). Suponha um diapiro de mistura de cristais fundidos fosse ascendido rapidamente o

suficiente para permanecer essencialmente numa isotermal. No ponto  g   a curva de fusão para Xágua

fusão

 = 0,5 éatingida e a última albita se fundi. Abaixo desta pressão o sistema está em uma temperatura acima do liquidus praXágua

fusão = 0,5.

Como o liquido diapirico continuar a ascender, ele assim começa progressivamente a superaquecido(superheated) (portanto acima do liquidus) com nenhuma outra mudança significante até o ponto h. Neste ponto,a fusão atinge as condições para a qual uma fusão com X água

fusão = 0,5 está numa fusão com H2O saturado. Agora

uma fase separada fluido/vapor começa a se formar . Esta fase é o fluído H2O que este novamente saturado naalbita dissolvida. Com, portanto ascensão, da quantidade de H2O que a fusão pode conter um decaimento, como ascurvas Xágua

fusão = 0,4 e 0,3 são atravessadas, resultando na geração e liberação de mais de uma fase de fluído.Finalmente, atingindo o ponto i, onde a fusão contém aproximadamente 25% de H2O (metade entre as curvasXágua

fusão = 0,2 e Xáguafusão = 0,3) em 0,3 GPa, cristalizando a albita, o qual é anídrica e o permanecente H 2O é

liberado. Assim nós podemos esperar fusões ascendentes contendo H 2O para atingir H 2O saturado e expelir uma

 fase de fluido logo que ascende e expelir muito mais mesmo depois de cristalizados. Nós veremos no Capítulo 11

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que estes fluidos podem criar sistemas separados como os pegmatitos e os ores hidrotermais e eles podem ter um papel fundamental no metamorfismo das rochas matrizes. Uma implicação posterior deste cenário é que fusõeshídricas serão interceptadas no solidus do H2O saturado e cristalizar prioritariamente em profundidadesrelativamente superficiais para atingir a superfície. Fusões graníticas, as quais são geralmente hídricas, tende assima formar plutons visto que fusões máficas secas, os quais não estão aproximadamente interceptando o seu solidusanídrico na inclinação positiva, estão inclinados para atingir a superfície com o fluxo de lava basáltico.

Mais processos naturais realísticos não são nem isotermais nem isobáricos, mas o calor e o resfriamento aolongo da curva, usualmente com uma inclinação positiva, refletindo a difusão do calor, tais como o gradientegeotermal ou queda da temperatura na ascensão da fusão do diapiro. Tais processos, contudo, diferem mais emdetalhes do que em princípios a partir da suas isotermas e isobáricas curvas como descritas. Sistemas químicosnaturais mais complexos também têm diferentes curvas de saturação e fusão do que aquelas mostradas para a albita,mas elas devem ser de formas similares, e os princípios desenvolvidos para a albita em conteúdo intermediário parao H2O são aplicáveis.

 Na situação descrita acima, o H2O foi considerado estar presente em quantidade fixadas. Em elevadas pressões, o H2O era o único constituinte dissolvido na porção de fluido da fusão, mas o fluido estava presente só que

em menor quantidades do que para uma saturação requerida ( P  H2O = P  Fluído < P Total ). Uma maneira alternativa que o P  H2O pode ser menos do que P Total  está para o sistema para ser um fluído saturado, mas H2O comprime somente uma porção do fluido ( P  H2O = P  Fluído < P Total ). Isto ocorre quando o fluido contem uma mistura de H2O na fusão (a H2O

 fusão,ver Seção 27.3). neste casos, as curvas de fusões não serão acompanhadas pela curva saturada e então mudam emdireção da curva seca quando o H2O é consumido, como acontece na Figura 7-22. Preferencialmente ela terá umaforma intermediária entre as curvas saturadas e secas. As curvas de fusões calculadas para o sistema albita- H2O sãomostradas na Figura 7-24. As linhas constantes a H2O

 fusão são calculadas usando um modelo de solução ideal baseadono mecanismo de solução de Burnham (1979). Estas curvas representam a iniciação da variação das curvas para asvárias atividades do H2O. Neste caso, a magnitude do efeito da depressão da temperatura para a primeira fusão érelata para a atividade.

Figura 7-24: Projeção da pressão-temperatura das relações de fusões nos sistema albita- H 2O com as curvas representandoatividade constante do H2O.

Devido a solubilidade do H2O na fusão esta varia para diferentes minerais que estão sendo fundidos, aadição de H2O para o sistema de rochas diminuirá o liquidus diferencialmente e ainda atingirá a composição dos

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líquidos que coexistem com os minerais numa temperatura e pressão em particular. A Figura 7-25 ilustra este efeitode P  H2O no ponto eutético para o sistema diopsídio-anortita (ver também a Figura 7-27). Note que, comparados comos efeitos da pressão litostática, a pressão do H2O força a temperatura do liquidus e esta depressão é maior para aanortita do que para o diopsídio, assim como nós previmos a partir de mais pontes de oxigênios abundantes naforma. Isto causa uma mudança no eutético em direção a composições mais anortíticas. Mysen et al (1980) apontouque a adição de H

2O para o sistema de fusões contendo piroxênio mais feldspatos ou minerais de sílica não somente

favorece a fusão da rede de minerais, mas também aumenta a corrente dos componente de sílica das fusões. Esteefeito deveria mudar a fusão mínima de composições significante na direção de composições mais rica em sílica.Quando aplicada ao manto, a adição de H2O deve produzir mais fusões silicáticas do que deveria ser derivada sobrecondições anídricas, como tinha sido confirmado por Kushiro (1972) e Mysen e Boettcher (1975).

Figura 7-25: O efeito da H2O sobre o liquidus diopside-anorthite. Dry and 1 atm from Figure 7-16, P H2O = Ptotal curve for 1 GPafrom Yoder (1965). CIW Yb 64.

7.5.2 Os Efeitos do CO2 

Os efeitos do CO2  nas fusões silicáticas contrasta significantemente com aquela do H2O. O CO2  nãodesassocia ou ataca as ponte de oxigênio, devido ao íon C4+ se comporta muito mais diferente do que o íon H-. O íondo C4+  é pequeno e altamente carregado, logo não irá estabilizar as ligações para os oxigênios adjacentes para ocátion Si4+. Consequentemente, o CO2  não se dissolve apreciavelmente nas fusões, particularmente em fusõessilicosas altamente polimerizadas.

Figura 7-26: Experimento determinando a fusão da albita: seca, H2O saturado e na presença de fluído comprimido 50% de H2Oe 50% de CO2.

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Algumas investigações em experimentos tem encontrado que a adição de CO2 nos sistemas tem resultadoem pequenas soluções e pequenas mudanças no ponto de fusão (Holloway e Burnham, 1972; Eggler, 1972).Algumas investigações tem concordado que quando o CO2 é tratado como um componente inerte de uma fase defluído e tem usado como diluente do H2O para reduzir a H2O

 fusão  no fluído (como na Figura 7-24). A Figura 7-26mostra um resultado de alguns experimentos de mistura de voláteis em fusões de albitas, a adição de CO 2 aparecemitigar os efeitos do H

2O, embora ele fosse diluente do H

2O e reduzindo a capacidade em dissolver na fusão

(compare a curva do meio na Figura 7-26 com a curva a H2O = 0,5 na Figura 7-24). Pela redução de a H2O na fase defluido, o Princípio de Le Chatêlier nos diz que a reação: sólido + H2O = Fusão(aq) deve trocar o equilíbrio em direçãodos reagentes, estabilizando eles mais do que a fusão aquosa e trocando a curva de fusão do H 2O saturado emdireção de elevadas temperaturas.

O CO2 dissolve para algumas extensa fusões, embora, particularmente em pressões elevados do que 1 GPa,Eggler (1973) encontrado que o CO2 dissolve em extensão de aproximadamente 4 para 5% nas fusões diopsídio,enstatita e albita em pressões elevadas. Ele estabeleceu que a solubilidade do CO2  depende fortemente dacomposição da fusão, dissolvendo mais extensivamente em máficos, menos fusões polimerizadas (contrastemarcado para o comportamento H2O). Ele encontrou que um pouco de H2O aumenta drasticamente a solubilidade deCO2 para muito mais com 35% de diopsídio em 2 GPa e 18% em enstatita mas somente de 5 a 6% de albita. Mysen

e Virgo (1980) sugeriram que o CO2 dissolve para formar complexos carbonáticos (CO2) em fusões silicáticas, em particular com o cálcio para formar complexos de CaCO3. No sentido de formar CO2-, CO2  reage com duas não pontes de oxigênio para pegar um e fazer uma ponte de oxigênio com o outro: CO2 + -Si-O-O-Si- = CO2- + -Si-O-Si- (Eggler e Rosenhauer, 1978).

Figura 7-27:  Efeitos dos voláteis nos ternários eutéticos (composição mínima de fusão) no sistema Fo-Ne-SiO2  (base do“tetraedro basáltico”) em 2 GPa. Curva dos voláteis livre a partir de Kushiro (1968), curva de H 2O saturado a partir de Kushiro(1972), curva do CO2 saturado a partir de Eggler (1974).

Devido ao CO2 se dissolver na fusão para alguma extensão, irá diminuir o ponto de fusão do sistema dossilicatos, embora consideravelmente menos do que H2O. Entre aquela, o CO2  tem efeitos que são diferentes doaqueles do H2O. O CO2 tende a fazer mais fusões polimerizadas enquanto que H2O quebra as ligações das pontes. OCO2  deve assim dissolver para grandes extensões em mais máficos, menos polimerizadas fusões e ascender   aviscosidade daquelas fusões assim que dissolvidas. Isto também explica o porquê o CO2  dissolve para grandesextensões se o H2O estiver presente, devido ao H2O criar menos fusões polimerizadas, as quais, voltam, atraindoCO2. A adição de CO2 deve assim mudar o eutético do diopsídio-anortita (Figura 7-25) para baixas temperaturas eem direção diopsídio. No sistema de fusões máficas, então, o CO2 deve favorecer a composição menos silicosa, emcontraste direto para o efeito do H2O. Esta predicação é claramente ilustrada na Figura 7-27, baseado nos

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experimentos no sistemas basaltos em 2 GPa. O  E  seco  é a posição do ternário eutético sobre condições voláteis,enquanto que E CO2 e E  H2O são as CO2 e H2O das posições eutéticas saturadas .

Devido a solução CO2 está maior em elevadas pressões e em mais composições máficas, o efeito do CO 2 deve ser enorme no manto. Mesmo, CO2 pode influenciar no diminuição do sólido das rochas do manto e causandouma fusão incipiente do basalto alcalino. É claro, que a quantidade de fusões alcalinas criadas pelo processodepende da quantidade de CO2  disponível no manto. Nós retornaremos para a criação da fusão do manto e asvariáveis que controlam no Capítulo 10. O CO2 é influenciável na fusões de perídotos e na formação de carbonatos,como discutidos na Seção 19.2.

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PROBLEMAS:

1. Problema 7-1 doc em www.prenhall.com/winter  provem você com um sistema ternário peritético hipotético e pede a você para discutir a relação cristalização e fusão associadas a várias composições de peso.

spinel - um mineral vítreo duro que consiste em um óxido do magnésio e do alumínio; ocorre nas várias cores

que são usadas como gemstones.

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Capítulo 8

Petrologia Química 1 - Elementos Maiores e Menores

Os geólogos têm tomado emprestados a partir de outras disciplinas, aplicando os princípios e as técnicas

dos físicos, dos químicos, e materiais cientifico entre outros para os problemas geológicos. A maioria dos petrológos

tem também tomado emprestado a partir do campo da química, onde à aplicação da geoquímica (geochesmistry)

 para os problemas petrológicos onde tem sido proveitosa para a Petrologia moderna e simples não poder

 propriamente estar desvinculada. Neste e no capítulo seguinte, devo enunciar um trabalho de base para um

entendimento dos princípios da química que nós aplicamos para as rochas ígneas e metamórficas. O Capítulo 08

começa com as aplicações da química que localizam usualmente presente em grandes com a porcentagem do peso

em rochas ígneas. Os elementos e isotópicos serão tratados no Capítulo 09. O material nestes dois capítulos é

 bastante severo no que se refere a nossa habilidade em interpretar e entender os processos de geração e evolução do

magma em um variado conjunto tectônico-ígneo que deverão ser investigados nos Capítulos 13 a 20. Por uma

conveniência que se seguem, os elementos são considerados tanto maiores, menores ou elementos traços baseados

em sua concentração nas rochas. Os limites nos grupos são arbitrários, mas um guia comum mais usado

freqüentemente é:

Elementos maiores = >1,0 peso%Elementos menores = 0,1 –  1,0 peso%Elementos traço = <0,1 peso%

Os elementos maiores  –   major elements, devido a eles estarem presentes em elevados concentrações,controlam um enorme e longo comportamento da mineralogia e cristalização/fusão nos sistemas ígneos. Elestambém controlam tais propriedades como a viscosidade, densidade, difusividade, etc. dos magmas nas rochas. Oselementos menores  –  minor elements são substituídos comumente por um elemento no mineral principal (o Mn,

 por exemplo, é substituído pelo Fe ou Mg na maioria dos minerais máficos). Se eles atingirem uma suficienteconcentração, contudo, eles poderão formar uma fase separada do mineral, presente em menores quantidades(chamados de mineral acessório  –   acessory mineral). Por exemplo, se uma quantidade suficiente de Zr está

 presente, ocorrerá à formação do mineral, se a pressão (P) for suficiente ira gerar a apatita e o Ti pode formar atitanita, rutilo ou um óxido Fe-Ti, como a ilmenita.

Os elementos traço –  trace elements é bastante diluído para poder formar uma fase separada, portanto elesagem estritamente como substitutos dos elementos maiores ou menores e os elementos traço são classificados de

acordo com o “guia” ou roteiro acima, sendo que a maioria dos petrológos consideram TiO2, MnO e o P2O5 comosendo elementos menores, mesmo sob instâncias incomuns quando presentes em grandes concentrações de 0,1

 peso%. Da mesma forma, o K 2O, o qual pode estar presente em concentrações abaixo de 0,1 peso% em algumasrochas máficas, e é mais abundante do que na maioria das rochas e considerado por alguns como sendo elementosmaiores não levando em consideração a concentração. Como resultado dos papeis diferentes “trocado” entre oselementos maiores e os elementos traço, eles provém uma distinta percepção dentro do variado processo ígneo. Osgrupos são comumente tratados diferentemente no sentido de aplicá-los mais efetivamente. Os elementos maiores

 podem ser usados para classificar as rochas ígneas e no estudo do controle químico das propriedades físicas dosistema fusão-cristal. Eles também são usados para estudar a evolução química da fusão (e minerais) durante o

 processo de cristalização e fusão. A concentração e distribuição dos elementos traço podem ser usados para estudara evolução do magma. Eles têm provado serem efetivamente particulares como traços que ajuda a construir/contrair

as fontes magmáticas ou para discriminar entre alguns processos magmáticos.

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8.1 Métodos Analíticos

As técnicas químicas foram primeiras aplicadas às rochas da Europa no século 16 no sentido de entender eexplorar os veios de minérios. Foi somente no século 18 e 19, contudo, que a maioria dos elementos formareconhecidos nas bases das propriedades similares, (dando uma ascensão na tabela periódica dos elementos em1869). Somente nos últimos 150 anos é que as técnicas fora precisas nas analises das rochas, dos minerais, dos gasesvulcânicos e de solução aquosa desenvolvida. O único método principal e disponível em meados dos anos 1920 e1930 foram à clássica análise volumétrica e gravimétrica (comumente chamada de análise química úmida  –  wetchemical analysis). A preparação dos líquidos e gases pela análise química úmida foi relativamente fácil comparadacom a as rochas e os minerais, o qual têm sido desenvolvido e diluída antes do líquido resultante poder seranalisado. A análise mineral era particularmente formidável, devido à quantidade razoável de minerais puros (livrede inclusões ou de outros minerais fragmentados) terem sido separados fisicamente antes que o mineral possa serdissolvido e analisado precisamente. A analise química úmida envolve adição química pelo processo de tempo deconsumo de trituração ou adição química com combinam com o íon em particular nas soluções para formar um

 precipitado insolúvel. A concentração do íon em questão poderia então ser calculada tanto a partir de umdeterminado preciso triturado ou através do processo de precipitação. Quando isto for feito para cada um doselementos principais na amostra a análise estaria completada. Apenas uma única analise poderia requerer mais de

um dia, ou até mesmo anos de experiência era necessário antes que uma das técnicas controladoras produzisseresultados em altas qualidades. Não é necessário dizer que a análise química das rochas e dos minerais não eracomum quando estas técnicas eram as únicas disponíveis. Mesmo assim, as analises poderiam ser somente feitas emapenas alguns elementos maiores e menores.

Com o avanço da tecnologia, a análise química úmida foi aumentando gradualmente em eventual respostaas analises de técnicas instrumentais  –   instrumental technique. As técnicas úteis para a análise das rochas eminerais são baseadas na habilidade tanto de emitir quanto de absorver a radiação com freqüências característicasdos elementos responsáveis, e elas são chamadas de técnicas de espectrometria  –  spectrometry techniques. Elas

 permitem uma análise mais rápida do material geologia, e elas podem determinar as concentrações de umavariedade de elementos, os elementos traço também. A Figura 8-1 ilustra um modelo simplista dos princípios gerais

da emissão e absorção no quais estes instrumentos são baseados. Todos estes requerem uma fonte de energia que bombardeia a amostra a ser analisada com a energia (também tida como até o momento “desconhecido”) e umdetector capaz de distinguir a energia dos fótons emitidos e transmitidos uma determinada intensidade da radiaçãocorrespondente para uma energia em particular. O detector emite um sinal que é a quantidade de radiação emitida ereabsorvida a partir da amostra.

Figura 8-1:  Diagrama ilustrando a geometria de um típico instrumento espectrométrico. “Processo de dados” representa um possível sinal eletrônico amplificado, filtro e analise de dados eletrônicos. O emissor é ilustrado como uma marca da intensidadede radiação emitida ou absorvida (eixo-y) vs. Energia (eixo-x).

A emissão-emission requer que os átomos na amostra sejam analisados como no estado de “excitados” ouque estejam ascendendo como num estado instável devido à absorção de alguma forma de energia. O estado

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excitado usualmente envolve a transferência de elétrons a partir de um baixo orbital de energia do núcleo paraelevados energias. O átomo excitado então retorna espontaneamente para o estado de não-excitado (“região”). Pois aenergia deve ser conservada, o retorno é acompanhado pela emissão de uma foto da luz, a energia (ou comprimentode onda) o qual está relacionado diretamente com a energia de transferência dos elétrons (diferença entre os níveisde energia de dois orbitais). Devido à energia dos orbitais dos elétrons serem quantizadas, a energia radiada écaracterística do elemento. Nem tosos os átomos da amostra irá emitir continuamente fotos características, mas onumero de fotos com uma energia particular emitida num dado período do tempo é proporcional ao numero deátomos do elemento presente na amostra (i.e. a concentração de elemento). Os dados rude-grosseiros são as taxas deemissão a partir da amostra (usualmente na “contagem por segundo” ou “cps”). Para igualar o cps para aconcentração é necessária uma comparação da emissão da taxa do “desconhecido” para emissão da taxa de umconjunto de padrões de concentrações conhecidas. Estes padrões podem ser amostras naturais de composiçãoconhecida (previamente analisadas pela técnica química úmida) ou preparada pela dissolução ou diluição pura dosreagentes analíticos paras a concentrações específicas.

O instrumento mais simples (e também o primeiro) para a detecção espectral e de análise foi oespectrômetro óptico  –   optical spectrometer. Usando um simples prisma ou uma rede de difração para poderdispersar o espectro de luz visível emitido por uma substância excitada e um filme fotográfico para gravar a luz de

uma dada cor (freqüência). A intensidade da mancha ou linha de uma cor em particular no filme desenvolvido era proporcional à concentração de certos elementos. Posteriormente, os detectores eletrônicos com multiplicadores defoto foram adicionados para determinar a intensidade permitir a detecção da radiação emitida entre a porção visíveldo espectro. Um detector pode excitar uma amostra no espectrômetro óptico pelo calor intenso ou simplesmente

 pontuar sobre o detector numa fonte por si mesma excitada, assim côo o sol e as estrelas.

As técnicas de absorção-absortion techniques trabalham num modelo similar a emissão, mas determinamà quantidade de energia absorvida pela amostra. A energia absorvida pelos átomos, na amostra no sentido de atingiro estado de excitação, então este elemento particular pode absorver a energia em também freqüências características(igual à diferença de energia entre as regiões e o estado de excitação). Nos instrumentos de absorção de radiaçãoeletromagnética, (normalmente a luz), é passado através da amostra dentro do detector que mede a intensidade final

(Figura 8-1). A extensão da absorção comparada com os padrões no sentido de computar a concentração doselementos (ou compensação) num desconhecido. É claro que a fonte de luz tem que ter uma variável freqüência nosentido de promover a energia que se correlaciona com os elétrons deslocados para uma variedade de elementos.

Um número de técnicas instrumentais, tanto da emissão quanto da absorção, tem sido desenvolvido aolongo dos anos, algumas das quais são mais eficientes para certos elementos, concentrações ou materiais do queoutras técnicas. A primeira técnica instrumental completa a ser desenvolvida foi a fotometria de chama,espectrometria de emissão e colorimetria, nenhuma delas quase é usada mais nos dias atuais. Este tratado com a

 porção do espectro ultravioleta-visivel-proximo-infratado. Eles também podem ser aplicados para elementos com baixas e distantes concentrações que podem ser analisadas por uma análise química úmida. A fotometria de chama –  flama photometer envolve uma aspiração da solução dentro da chama (fonte de energia). A chama pode somente

 promover energia para excitar os elétrons externos (valência) dos elementos facilmente ionizados, primariamente osmetais alcalinos. Por exemplo, a luz de cor amarelada absorvida quando você bate em um ponto é de 589nm deemissão de sódio no ponto principal quando excitado pelo calor da chama. O fotômetro é simplesmente capaz dedispersar a emissão do espectro, focalizando na linha de emissão do sódio e quantificando a emissão. Aespectrometria de emissão –  emission spectrometry é similar à fotometria de chama, mas a energia é suprida porum eletrodo de grafite. O brilho de luz branca é emitido pelo espectrômetro de emissão testificando para uma fonteenergética muito mais distante e que pode excitar um grande numero de elementos do que a fotometria de chama

 pode. A colorimetria –  colorimetrty é baseada na absorção da luz visível associada com uma cor transmitida parauma solução aquosa pela adição da química que forma uma coloração complexa com o elemento a ser analisado.

Posteriormente, a absorção atômica - atomic absorption  (AA)  e a fluorescência de raio-x  –   x-ray

fluorescence (XRF)  foram desenvolvidos. Em AA, uma solução é aspirada para dentro da chama ou para umafornalha de grafite e um feixe de luz (de um determinado comprimento de onda) é também passado através dachama ou da fornalha. A absorção (redução nos padrões), a XRF irradia uma amostra  sólida  com o raio-x que é

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suficientemente energético para poder excitar os elétrons de transição no interior da capa do elétron (não apenasentre a valência dos elétrons) para uma variedade de elementos na amostra. O retorno seguinte para uma regiãoresulta numa emissão na fluorescência  –  fluorescencee de raio-x. A emissão de raio-x no espectro não pode serdisperso ao longo por um prisma ou difração de luz rangendo para isolar numa freqüência em particular, masrequerendo uma rede orientada de cristal para dispará-lo (de acordo com a Leis de Bragg). Uma vez que o espectro édisperso, o detector de raio-x pode ser sintonizado numa freqüência particular (baseado no ângulo com referenciacom o cristal difratado) e medir taxa de emissão correspondente à energia de um elemento em particular. Asmodernas unidades de XRF possuem exemplo de câmaras que envolvem a amostra e são automatizadas a elevar onumero de cada elemento na amostra num certo período de tempo. O processo é controlado por computador quetambém peformar os dados de redução e computa as concentrações. A AA e XRF são proporcionalmente acurados e

 precisos e podem confiavelmente detectar alguns elementos de baixas concentrações para algumas partes por milhão –   ppm (ver abaixo). As baixíssimas concentrações que podem ser determinadas acuradamente para um dadoelemento por uma técnica em particular é chamada de limite de detecção –  detection limit.

Em 1970, a técnica da inductividade emparelhada do plasma  –  inductively coupled plasma (ICP) setornou largamente disponível. Para usá-la, as amostras são dissolvidas e então misturadas com gás argônio assimque eles são expirados dentro de um gerador numa sintonia freqüência de rádio, onde um plasma (similar a um tubo

de luz fluorescente) é criado. Esta efetiva particularidade significa uma excitação dos átomos. A linha de emissãorelacionada para cada elemento é isolada por uma rede de difração e detectado por uma série de múltiplas fotos.Todos os canais são simultaneamente contados e preenchidos para um bordo do computador (conexão), onde osdados são reduzidos e a concentração de cada elemento é calculada. Uma boa e moderna técnica de ICP pode

 produzir uma análise química de mais de 60 elementos em questão por minuto (uma vez que a amostra já esteja preparada).

Em adição aos métodos espectrométricos acima que contam sob as interações dos elétrons, existemmétodos que contam também sob as interações nucleares. Como nos devemos ver no Capítulo 09, as configuraçõesdas partículas excitadas ou instáveis dentro do núcleo de um átomo podem liberar tanto uma foto ou uma partículaquando elas decaem ou revertem para um estado de massa. Nós comumente referimos a estas liberações como

“radioatividade”, onde nós podemos detectar e medir a radioatividade natural das rochas e minerais usando o Geigerou container de escintilação. Claro que estes trabalhos para os isótopos dos elementos que estão naturalmenteinstáveis. Técnicas nucleares possuem a vantagem de determinar a concentração de isótopos  e não apenas oselementos. Numa técnica chamada análise instrumental de ativação do nêutron  –   instrumental nêutronactivision analysis (INAA), o nucleio de outros nucleotídeos estáveis são excitados pelo bombardeamento daamostra através de um intenso fluxo de nêutrons no reator nuclear. A amostra que é “removida” é aquecida nosentido radioativo e as partículas emitidas assim com os átomos dentro, retornando para uma configuração estávelque pode ser analisada espectroscopicamente em um similar modelo ao XRF. Este método é bastante acurado, com

 baixos limites de detecção para qualquer elemento.

 Na técnica chamada espectrometria de massa –  mass espectrometry, uma amostra é aquecida e ionizada

e os íons são introduzidos dentro de uma câmara sem vácuo com um forte campo magnético. A corrente de íonscarregados segue um caminho curvo no campo magnético. Devido ao grande momento deles, os íons mais pesadosseguem um caminho com um extenso raio de curvatura. Os íons de cada massa são contados assim que eles passamatravés de uma fenda no detector carregado. Este instrumento não é como os outros naquilo que ele conta naemissão ou absorção, mas ele desassocia fisicamente a amostra e conta fisicamente às partículas de uma massa em

 particular. Este método é caro, mas é a única maneira razoável para se determinar os raios isotópicos para a petrologia e a geocronologia.

Para a Petrologia, maioria dos métodos mencionados assim o quanto distante requerem uma quantidaderepresentativa de uma amostra batida, dissolvia ou fundida. Claro que a amostra deve ser recente e inalterada (aomenos que você planeje estudar a alteração). Os tamanhos dos grãos e a heterogeneidade da amostra afetam o

 procedimento da amostragem e preparação. Para muitas rochas de grãos grosseiros, tais como os pegmatitos, algunsquilogramas podem ser requeridos e uma amostra colocada em um splintter (que é um separador de saída de

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componente eletrônico dividindo uma entrada em várias saídas) um dispositivo que produz uma porção imparcial, pode ser empregado. O resultado é uma análise de uma rocha total (uma análise da rocha total –  whole rock ).

Como mencionado acima, a análise mineral era a tempos atrás muito difíceis, pois requeria a separação deamostras limpas e monominerálicas. Um advento da microsonda de elétron  –   eletron microprobe  conseguiumudar tudo isso e fornecer um eficiente, acurado rápido método de análise mineral. Com este instrumento, uma finaseção polida da amostra é bombardeada com um feixe de luz do eletron somente em aproximadamente 2µm emdiâmetro. Os elétrons excitam o átomo e pequeníssimas manchas na amostra, (provavelmente 10µm em diâmetro) oqual emite um raio-x fluorescente muito mais que os XRF. Em ambas, o XRF e a microsonda, o raio-x pode serdisperso tanto nas bases do comprimento de onda usando um cristal orientado e a Lei de Bragg ( espectrômetrodispersivo de comprimento de onda  –   wavelengh dispersive spectrometers ou WDS) ou na base da energiausando uma fatia do semicondutor de silício (espectrômetro de energia dispersa  –   energy dispersivespectrometers ou EDS). O WDS possui uma melhor resolução dos elementos, mas requerem cristais separados eum canal detector para cada elemento a ser analisado. A maioria das sondas “WDS” possui 4 ou 5 canais, cada qual,após finalizar a contagem para cada elemento é re-sintonizados pelo computador para outro comprimento de onda ecomeça a coleção novamente para diferentes elementos. Depois de ter passado por 3 ou 4, a mancha da amostraexcitada é analisada para 08 a 14 elementos principais encontrados na maioria dos minerais. O sistema EDS é menos

acurado, mas estão somente compactados e requerem somente um detector de pequeno porte. Eles podem sermontados no escaneamento da microsonda de eletron (SEM)  e adicionar dispositivos de imagens existentes  –  habilidade em fazer analise química. A principal vantagem da microsonda de elétron é que ela pode promover boaanalises dos minerais. Deste modo, ele pode analisar transversalmente um mineral, partindo do centro para a borda edeterminar natureza de qualquer zoneamento químico, se presente. Computadores avançados conduzem feixe de luzde elétrons, onde é possível criar um “mapa” da distribuição de elétrons que portam uma concentração relativa devários elementos é de interesse nas pequenas áreas das secções finas (dois mapas coloridos para a granada sãoamostrados no final do livro). A microsonda tem a vantagem que é não ser destrutiva, para esta seção fina, e não é

 perigoso (um pouco menor que 20µm de profundidade se a intensidade do feixe de luz for elevada). A desvantagemsão que estes não são apropriados para as rochas totais e os limites de detecção são suficientemente elevados quenão é bom para qualquer elemento traço.

Uma variação da idéia de microsonda de eletron é a microsonda de íon  –   íon microprobe. Esta sonda bombardeia a superfície da amostra com um feixe de íons do oxigênio, literalmente explodindo como uma cratera eionizando a área alvo. Os íons são liberados dentro do espectrômetro de massa e analisados pela massa. Isto produztanto uma analise elementar quanto isotópica. As sondas de íons são muito caras e existem somente poucos deles emoperação usualmente em grandes laboratórios mantido pelo governo.

Hoje em dia, as analises das rochas totais são feitas rapidamente e rotinamente, normalmente através dacombinação das técnicas de ICP e XRF. Alguns elementos são mais analisados razoavelmente pelo XRF e outros

 pelo ICO. A absorção atômica (AA) e a calorimetria são também usadas em alguns laboratórios. Para uma lista delementos e de técnicas apropriadas para cada um deles, ver Rollinson (1993, pág. 11-12). A analise dos minerais

são feitas na microsonda de eletron e análise isotópica requer um espectrômetro de massa. O estado de oxidação não pode ser determinado por técnicas espectrométricas, logo Fe3+/Fe2+, quando desejado deve ser feito por trituração.

8.2 Resultados Analíticos

Dados grosseiros a partir da técnica instrumental são contados como uma segunda linha espectral emitida(ou decaimento na emissão associada com absorção) e existindo sempre alguma variação estatística no emissor.Qualquer um dos dois intervalos de contagem consecutiva produz uma sutil diferença na contagem total, ambos paraum desconhecido e para um padrão. Quando combinados com uma flutuação eletrônica nos instrumentos, um certonível de incerteza estatística está invariavelmente associada com uma determinada concentração para cada elemento.Pois os elementos são analisados separadamente, então a analise resultante não seria esperada com uma exatidão

total de 100.000%. Em adição, nem todos os elementos são rotinamente determinados. Por exemplo, a microsondade elétron, requer que as amostras sejam cobertas com um material de condutividade elétrica (tipicamente o

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carbono) para dispersar a construção de elétrons resultantes a partir do feixe de luz, não sendo possível analisa-la pelo carbono ao menos que outro revestimento seja usado).Também as janelas nos detectores, requeridas paramanterem o vácuo, absorvem o raio-x produzido pela luz dos elementos (usualmente entre o numero atômico 9),então estes elementos não são determinados usando o XRF e a microsonda. A concentração de oxigênio não étipicamente determinada diretamente também, pois ele tem um numero atômico de 08 e esta presente na atmosfera ena água, ao qual as outras são dissolvidas pela AA e ICP. Assim o oxigeno é calculado com base na carga

 balanceada e adicionado para analise na proporção requerida para balancear os cátions. Se uma analise está commenos d e100%, ela pode se devido a uma incerteza analítica, constituintes não analisados ou ambos.

Mesmo assim concentrações elementais são determinadas por técnicas instrumentais, os elementos maiorese menores para as rochas silicatadas e minerais são rotinamente reportados como óxido de porcentagem de peso (peso%), (gramas de óxido por 100g gramas da amostra). Esta prática é uma transferência a partir dos dias deanalise química úmida e foram pesadas, certamente a maioria dos cátions do oxigênio rodeado na atmosfera sãogarantidos para o oxigênio e isto é verdadeiro para os cátions nos minerais silicáticos, estão reportando para asanalises como óxidos fazendo certo grau de sentido.

Por outro lado, aderindo na porcentagem de peso é uma ingenuidade, em minha opinião, e nós devemos

reverter para a porcentagem molecular. Eu irei defender que isto deve ser feito nos elementos de base também, e nãoexpresso como óxidos. Nosso interesse na rocha e no mineral focado no fluxo, troca e distribuição dos átomos (ouíons) e esta informação está diretamente relacionada à proporção atômica (ou molecular), o qual fica obscuro peladiferença na massa dos átomos quando reportados como porcentagem de peso. De fato, o primeiro passo na maioriados cálculos químicos é converter a porcentagem em peso para proporções atômicas. O uso dos óxidos em

 porcentagem de peso está ficado ao longo dos séculos das literaturas, embora, não aparentando estar preso a ele. Senós fossemos mudar agora, seria muito difícil comparar nossos dados com os dados enriquecidos e com osdiagramas já existentes. De maneira interessante, a concentração de elementos traço são comumente reportados em

 partes por milhão  ( ppm) de um elemento, não de um óxido.Isto ainda nas bases de peso, embora, o ppm iguala asgramas do elemento da amostra. A conversão conveniente para lembrar é: 1% do peso é equivalente a 10.000ppm.

(Mid-Atlantic Ridge) 

Tabela 8-1: Análise Química do Basalto

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A primeira coluna numérica da Tabela 8-1 representa uma típica analise tirada diretamente a partir daliteratura, neste caso, de um basalto. Os óxidos dos elementos maiores e menores estão usualmente combinados elistados na ordem do decaimento de valência. Os erros estimados são frequentemente reportados, mas a maioria dasanalises são boas para as três figuras significantes com um erro de alcance da porcentagem relativa entre 1 e 5. Aporcentagem relativa  –   relative percent  significa a porcentagem relativa para o total reportado para aquele

elemento. Poe exemplo, um erro relativo de 3% nos valores de MgO na Tabela 8-1 é igual a 3% de 6.44 ou a 0,19da porcentagem absoluta –  absolute percent. Assim a analise pode ser expressa como MgO = 6,44 ±0,19 peso%.A maioria dos autores reporta as análises em duas casas decimais, então os valores de sílica (SiO 2), Alumínio(Al2O3) e lime (CaO) são dadas para quatro figuras significantes, o qual é mais precisa do que pode ser justificada

 pelos erros analíticos. Você pode ver que isto tem sido feito para o Al2O3 e CaO na Tabelo 8-1.

O H2O é o mais comum constituinte volátil na maioria das rochas e minerais e expresso como H2O+ e H2O

-.O H2O

+ representa a água estrutural  –  strutural water, presente como garantido OH- nos minerais hídricos taiscomo o anfibólio e mica. O H2O

-  é absorvido ou preso ao longo das bordas dos grãos dos minerais. Ambos sãoclaros para serem detectados pela espectrografia que significa que o H2O

-  pode ser conduzido para através doaquecimento de uma amostra coberta em aproximadamente 100ºC e determinado pela perda de peso acompanhadono processo. Perda na ignição –  loss on ignition (LOI) é a perda do peso que ocorre quando uma mostra coberta é

aquecida em aproximadamente 800ºC na qual todos os pontos dos voláteis permanecentes incluindo as estruturaisvoláteis (H2O, CO2, etc.), são liberados. Se a LOI é determinado sem a primeira pesagem da amostra colocada em100ºC, a LOI irá incluir H2O

-  tão bem quanto às bordas dos elementos voláteis, embora, o aquecimento éusualmente realizado em dois passos.

O total de 99,92 na Tabela 8-1 sugere que a análise é boa. se todos os elementos maiores e menores sãodeterminados, uma análise é geralmente considerada aceitável se o total cai entre 99,8 e 100,2%. O total de 100%,

 por outro lado, não significa que a analise esteja livre de erro, mas que a estatística de erros para todos os elementosacontece equiparados de tal forma que produz coincidentemente este total. Por outro lado, um total de 94% pode nãoser significante nos erros também, se os maiores constituintes são analisados. Por exemplo, devido ao CO2 serraramente analisado nas rochas e nos minerais, uma boa analisa para a limonita pode ser o total de 56% (a

 porcentagem em peso do CaO em CaCO3). Devido a microsonda nos anfibólios ser hídrica, eles tem comumente umtotal próximo de 98% e as micas podem não ter um total que ultrapasse 96%.

Os elementos traço, quando determinados são listados em ppm depois os elementos maiores/menores.Mesmo quando considerados acumulativos, eles não estão comumente compondo em proporções significantes daamostra, logos eles não são geralmente incluídos no total. Levaria muito tempo para que fosse consumido e seriamuito caro determinar todos os elementos traço presente nas rochas e nos minerais,então se deve escolher aqueleselementos a serem analisados baseados no propósito pela qual a analise(s) é dirigida. Os elementos traço sãodeterminados somente quando necessário e qualquer análise publicada de rochas totais não os incluem. Devido asanálises em XRF e ICP terem se tornado comum, o número de análises que incluem os elementos traço estáaumentando, pois ele requer um pequeno tempo extra pra produzi-los. A analise isotópica é ainda lenta e cara, logo

ela é realizada para especifica as aplicações. Devido a microsonda de eletron não fazer análise do elemento traçoesparso ou isótopos, o número de minerais analisados incluídos também é raro.

Eu tenho adicionado a permanecia de duas colunas na Tabela 8-1 para ilustrar a conversão a partir da porcentagem do peso dos óxidos para a porcentagem atômica. A Coluna 2 contem o peso molecular dos óxidos (ouos elementos traço). A Coluna 3 proporção atômica é calculada a partir da divisão da Coluna 2 pela Coluna 1 (peso

 por moles) e multiplicando cada um pelo número de cátions na fórmula dos óxidos na fórmula. Para o Si estenúmero é 49,2/60,09, para o Al ele é 2(16,09/101,96), etc. O oxigênio é totalizado de modo similar para cada óxido(2 para cada átomo de Si + 3/2 para cada Al, etc.). Estas proporções de átomo são então adicionadas somente para oselementos maiores e menores (assumindo que os elementos traço tem um efeito negligente). Cada valor grosseiro naColuna 4 é o valor da Coluna 3 multiplicado por 100, o qual converte a proporção de átomos para porcentagem de

átomo. Convertendo para uma base atômica, mas revertendo a expressão como oxido é fácil. Precisa apenas somentedividir cada porcentagem do peso pelo peso molecular e então normalizar cada um para 100.

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8.3 Elementos Maiores e Menores na Crosta

Baseados nas compilações de analises de rochas publicadas e estimativa de proporções relativas das rochasrepresentativas, inúmeros trabalhos tem sido uma tentativa para produzir uma analise representativa da crostacontinental. A Tabela 8-2 é um típico exemplo. A Coluna 2 é a medida das estimativas (expressa como óxidos) a

 partir de Poldervart (1955) e Renov e Yaroshevsky (1976). Eu conclui a porcentagem atômica aproximada a partirdestes valores de maneira discutida acima. Note que os 08 elementos constituem 99% do total da crosta, então nãodeve ser surpreendente achar que estes elementos estão nos elementos maiores da maioria das rochas e minerais quenós devemos encontrar. Certamente o O e o Si dominam, como reflexo as porcentagens elevadas de mineraissilicáticos na crosta. Quando expresso como óxidos, os 07 maiores óxidos deveriam ser esperado para compor amaioria do material crustal (Coluna 2 na Tabela 8-2).

Maiores Elementos da Crosta Continental

Tabela 8-2: Estimativa relativa da abundância dos elementos maiores na Crosta Continental

Tabela 8-3: Análise Química De Algumas Rochas Ígneas Representativas.

A Tabela 8-3 mostra alguns exemplos da composição sendo elementos maiores e menores do espectro de

rochas ígneas comum, revestindo de ultramáficos para granito e alcalino. Estes exemplos são tirados a partir de umestudo feito por Lê Maitre (1976) no qual ele determinou a medida das composições baseada acima de 26.000análises publicadas. Note que os 07 óxidos dos elementos maiores na Tabela 8-2 fazem essencialmente toda asrochas listadas. Se o perídoto é representante do manto, estes óxidos, são os constituintes dominantes tão bemquanto o TiO2, H2O, MnO, e P2O5 são os outros óxidos presentes comumente em menores concentrações na maioriadas rochas ígneas. O Cr 2O3 pode ser um elemento menor nos ultramáficos, mas ele é tipicamente um elemento traçona maioria dos elementos da rocha. O Fe é somente o elemento de estado de valência. O raio Fe3+/Fe2+ aumenta coma fugacidade do oxigênio  –  oxygen fugacity  (Equação 27-7) nas rochas ou fusão em equilíbrio. Devido ao Fe3+ está concentrado nos óxidos de Fe-Ti, as rochas com relativas e elevadas fugacidade de oxigênio possui menos Fedisponível para os silicatos, o qual irá reduzir o conteúdo máfico silicático de uma rocha. Quando a trituraçãorequerida para determinar o estado de oxidação tem sido realizado, o Fe é reportado como Fe 2O3  (Fe3+  ou  ferro

 férrico) e FeO (Fe2+

 ou ferro ferroso). Quando ele não está presente a maioria dos autores calculam todo o Fe comoFeO*, o asterisco significa que todo O Fe tem sido convertido matematicamente para FeO. O Fe 2O3 pode também

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ser usado e significa que todo o Fe convertido e reportado como férrico. Se nós queremos comparar o conteúdo deFe das análises usando diferentes convenções, o Fe2O3 pode ser convertido para FeO pela multiplicação por 0,8998.O FeO pode ser convertido para Fe2O3 pela multiplicação por 1,1113. por exemplo, nós queremos converter Fe2O3 

 para FeO para um perídoto na Tabela 8-3 e adicionar para o permanecente FeO: FeO* = FeO + 0,8998 x Fe2O3 =6,58 + 0,8998 x 3,61 = 9,83. Aquecendo área determinar a LOI, oxida alguns do Fe, logo os raio de Fe+/Fe3+devem também ser determinados antes da LOI ou o Fe deve ser reportado como Fe total.

Perceba na Tabela 8-3 que o MnO e o FeO* decai como a sílica e os alcalinos aumentam partindo de um perídoto para um riolito. Este é um comum trend  de máfico para sílica nas rochas ígneas. Claro que esta variação érefletida na mineralogia das rochas também. As rochas mais silicáticas geralmente contém mais feldspatos alcalinos,mais quartzo e poucos minerais máficos. A relação entre a composição da rocha e a composição dos seusconstituintes minerais deve ser óbvia: Se nós fossemos analisar todos os minerais que estão na rocha em particular,nós poderíamos calcular a composição da rocha pela combinação da análise mineral plotada pela porcentagem delesna rocha. Claro que é muito mais fácil (e acurado) simplesmente obter uma análise da rocha total

 No vulcanismo, o qual possui consideravelmente componentes vítreos ou amorfos, uma análise química pode ser requerida se nós estamos discernindo o tipo de rocha. Este problema foi discutido na Seção 2-4. Alguns dos

dados do vulcanismo usados em medidas apresentadas na Tabela 8-3 não eram inteiramente cristalinas. A maioriados riolito eram também tufos e rochas vítreas com alguns poucos minerais. Eles podem ser melhor identificadoscomo riolito baseado na sua composição química. Por exemplo, se você pegar o conteúdo de sílica do riolito naTabela 8-3 (72,22%) e o total dos alcalinos (Na2O + K 2O = 7,85%), e plotarmos estes valores na Figura 2-4, eles

 plotam no campo do riolito. A composição química da rocha permite uma comparação das rochas ígneas com seusequivalentes alterados e metamorfisados. Embora a composição mineral possa variar com as mudanças de pressão etemperatura, a composição de volume da química da rocha deve permanecer longamente inalterada (pelo menos arespeito para alguns elementos críticos e imóveis). Isto nos permite identificar o percurso original ígneo para umnúmero de rochas metamórficas e talvez correlacionar modernas e antigas províncias (Seção 9-6). Em alguns casosnós podemos estar capazes de documentar as mudanças químicas que acompanham a alteração e o processometamórfico.

8.4 Minerais Normativos

Devido a algumas rochas vulcânicas serem constituídas por grãos muito finos para que nós possamosreconhecer seus minerais constituintes, mesmo que microscopicamente, e poder ter um componente vítreosignificante, um método foi planejado para calcular uma mineralogia idealizada para tais rochas, eles podem sercomparados com grãos grosseiros das rochas. A mineralogia das rochas de grãos grosseiros também varia com a

 pressão e temperatura, tornando diretamente a comparação difícil. A norma é uma tentativa de reconciliar estasdiferenças para um consistente conjunto limitado de minerais que refletem somente a variação composicional,facilitando uma feita comparação de um amplo espectro das rochas. As normas também podem ser usadas para

calcular uma aproximada mineralogia a partir de publicações das análises das rochas totais quando a mineralogianão é reportada. Pois a norma é calculada na base dos anídricos, e ela pode ser usada para comparar as rochas comdiferentes conteúdo de H2O, pois eles refletem a composição química da rocha, a norma tem sido usada eminúmeros esquemas de classificação.

A norma foi desenvolvida primeiro por três petrológos (Cross, Iddings e Pirsson) e um geoquímico(Washington), no começo do século 20, e a norma era conhecida como CIPW ou norma CIPW. Eles basearam anormativa dos minerais em minerais típicos que podiam ser esperados ao se cristalizar a partir de uma fusão anídricaem baixas pressões. Desde dessa época, inúmeras variações de normas alternativas foram propostas, algumas porcircunstância especiais (tais como elevadas pressões). A norma original CIPW ainda a única usada nos padrões dosEstados Unidos.

A norma –  norm não é para ser confundida com a moda –  mode. A moda é a atual composição mineral darocha baseado na porcentagem de volume observado (ver Seção 2.3.1) para uma descrição. A norma é a mineralogia

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idealizada e calculada a partir da composição química da rocha. Devido a composição química ser dada em porcentagem de óxidos, a norma CIPW é expressa em porcentagem do peso dos minerais normativos. A moda e anorma podem diferir por inúmeras razões, mas o volume vs. a proporção do peso é uma consistente diferença quedistorce a relação entre a moda e a norma. A norma exagera a comparação de minerais denso para a moda. Nós

 podemos converter a partir do peso para a porcentagem em volume pelo uso da densidade dos minerais, mas isto éraramente feito. Uma norma alternativa é a norma de cátion –  cátion norm ou norma de Barth-Niggli  –  Barth-Niggli norm, expressa a normativa dos minerais nas bases atômicas. Este método é mais conhecido na Europa.

A norma CIPW é calculada pelo seguimento de um rígido conjunto prescrito de regras que alocam váriosóxidos para um conjunto de membros terminais e solução sólida dos minerais. Para complementar isto, a normacombina processos estequiométricos e de contagem de minerais estremecidos a técnica é descrita passo a passo emdetalhes nos Apêndice, então você pode calcular a norma a mão (estendendo). Tal metodologia rígida e formal éuma aplicação ideal para os programas de computadores e inúmeros programas de normas que estão disponíveis. Afugacidade do oxigênio e o estado de oxidação do Fe são geralmente desconhecidos e a estimativa deve serusualmente suprida por uma normativa razoável de conteúdo de minerais máficos. Irvine e Baragar (1971)discutiram um método para estimar o raio do Fe2+/Fe3+ para uma norma. Uma vez que computadorizada, a conversãodo CIPW e as normas de cátion devem ser facilmente processadas, assim como as densidades dos minerais está

disponível para uma comparação com a moda.

A norma simplifica e organiza a composição química da rocha de maneira que enfatiza certascaracterísticas químicas, particularmente na saturação de sílica –  silica saturation (mas não limitando). Uma rochasupersaturada em sílica é aquela que contem quartzo (ou um outro polimorfo qualquer de sílica) na moda como umafase estável. As rochas subsaturadas em sílica contêm uma mineral que é incompatível com o quartzo, tais comoolivina ou um feldspatoíde. Uma rocha que é apenas saturada em sílica contém traços de quartzo mas sem a fasesaturada. Se você olhar nas análises da tabela 8-3 qual sílica está saturada? Certamente o grau de saturação de sílicana análise, mas não existe uma simples concentração de sílica que irá determinar isto. A forma do quartzo (ou de umoutro polimorfo) depende ou não do conteúdo de sílica, mas também no que os outros elementos estão compondo

 junto a sílica para formar uma variedade de minerais silicáticos. Por exemplo, uma rocha com 100% de sílica terá

quartzo puro. Se nós estão adicionarmos 20% de MgO, este se combina com a sílica para formar a enstatita. Nós podemos então determinar se o quartzo livre irá permanecer no calculo da quantidade da sílica, se algum está presente depois da molécula de SiO2 ser particionada para cada molécula de MgO para formar MgSiO3. Se a rochacontém MgO e SiO2, então haverá uma critica concentração de sílica que pode ser relacionada com a saturação desílica. Qualquer rocha que contenha uma porcentagem do peso acima de 60% de sílica (a fração da silica naenstatita) teria um quartzo nele. Mas se nós adicionarmos Na2O e Al2O3, eles se combinariam com a silica paraformar a albita (NaAlSi3O8). Agora a relação entre a concentração de sílica e saturação se torna complicada edependem do raio do Si:Mg:Na:Al. Durante os cálculos da saturação, a sílica é sequencialmente particionada emvários minerais silicáticos em um modelo similar aquele discutido para a enstatita. O último mineral a ser formado éo quartzo, o qual representa qualquer excesso de sílica deixado após os outros óxidos terem sido alocados por eles.Assim a norma pode ser usada para uma variedade de composições de rochas para estimar a saturação de sílica. Se o

quartzo aparecesse na norma, a rocha é considerada supersaturada. Outros minerais normativos também são usados para indicar a subsaturação da sílica, elevadas alcalinidades, conteúdo excessivo de alumínio etc, qualquer outroaspecto da composição química da rocha pode ser indicada pelos vários minerais normativos.

A norma é baseada no nível de variação da estimativa dos petrólogos. Alguns valores são elevados e usadosem ambos para comparar e classificar as rochas ígneas. Outros petrólogos acham que os dados são extrapolados eadicionam muito pouco para a discussão das características químicas. Gostando ou não da norma, ela é comumenteusada na literatura. Você também deve observar que ocorre o uso da norma neste capítulo. Todos nós petrólogos da“antiga” aprendemos a calcular a norma na mão e alguns de nós requeremos o mesmo para os nossos estudantestambém. Baseado na filosofia que diz que você só aprende se você praticar bastante. Você pode calcular a norma a

 partir de análises tais como na Tabela 8-3 seguindo o procedimento no Apêndice. Fazendo isto você estará

familiarizado ao processo e assim terá um melhor entendimento de como interpretar os resultados. O problema 02no final deste capítulo é uma formar alternativa de entender como funciona a norma sem ter que fazer qualquercalculo complicado.

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8.5 Diagrama de Fase

Supondo que você esteja engajado num projeto de pesquisa de mapeamento e contagem de uma seqüênciade rocha vulcânica que compõe um terreno vulcânico constituído de algumas pequenas saídas (vents), cones e

 pequenos fluxos. Você poderia suspeitar que eles estivessem geneticamente relacionados a algum processovulcânico local ou a algum evento de duração limitada. Você cuidadosamente mapearia os fluxos e coletaria umasuíte –  suit das rochas (uma coleção que é tanto geneticamente relacionada ou representativa da área) com amostra a

 partir de cada fluxo e camada do cone. Agora que é possível gerar dados químicos (ou mineralógicos, geofísicos,estruturais, etc.) rapidamente e quantifica-los, é possível que estes se tornem “inundados” pelos seus próprios dados.Digamos que você analise toda a sua rocha e termine com centenas de amostras analisadas. Uma tabela de analisesquímicas para uma suíte da rocha, similar a Tabela 8-3, é uma excelente maneira de organizar os dados, mas éfrequentemente difícil ver os importantes trends, se você tiver uma analise em particular. Quando os dados para umasérie de vulcanismo cogenéticos ou rochas plutônicas são analisados, eles usualmente apresentam uma variaçãoquímica significante. Ele assim se torna criticamente importante para ser capaz de exibir os dados, de maneira que

 permita que você reconheça os trends na variação, podendo assim descreve-los e interpreta-los. Não existe apenasuma única melhor maneira para exibir os dados e mesmo assim ele é algo de uma certa arte. O objetivo é encontraros parâmetros que mostra uma variação sistemática, podendo deste modo investigar as causas do fundamento. Os

diagramas que permitem isto são chamados de diagrama de variação –  variation diagrams.

Existem dois formatos comuns para o diagrama de variação de dados químicos na petrologia. No primeiro,a plotagem bivariante –  bivariate (cartesiano ou x-y) dois parâmetros são plotados, um verticalmente (chamado deordenada ou eixo-y) e um horizontalmente (abscissa ou eixo-x). No segundo, o diagrama triangular, nós podemosrepresentar três parâmetros um para cada canto, mas eles somente podem apresentar proporções relativas, masquantidades absolutas, pois os três parâmetros devem ser normalizados para aqueles que somem 100% no sentido de

 plotar como um único ponto (como explicado na Figura 2-1).

Para qualquer tipo de diagrama, qualquer relação ou trends apresentam um padrão de pontos plotados (seescolhêssemos os parâmetros sabiamente). Mais dimensões podem serem representadas pelo contorno (como foi

feito para a temperatura no diagrama de fase de três componentes, tais como na Figura 7-2) ou projetando (como nósdevemos ver na seção metamórfica), mas os diagramas podem rapidamente se tornarem complexos e os benefíciosadquiridos pelo adicionamento de dados significantes são rapidamente superados pela perda da simplicidade e nahabilidade em visualizar as correlações.

Dados químicos adicionais podem também ser representados pela combinação dos constituintes químicosque se comportam de maneira similar (tais FeO + MgO + MnO como um único componente). É claro que ocompromisso está relacionado quando fazemos isto bem. Nós podemos ter alguns dados adicionais, mas não

 perdemos a habilidade de focalizar nos efeitos atribuídos para os constituintes individuais. Não existe um únicomodo para mostrar os dados e os pesquisadores estão continuamente reinventando maneiras para fazê-lo. Oscomputadores são úteis neste processo, nos permitindo rapidamente selecionar e mostrar os dados na variedade de

formatos procurando por correlações ou padrões. O diagrama de variação não somente nos ajuda a reconhecer ostrends  dos dados geoquímicos, mas eles também nos ajudam a interpretar e reconhecer os trends  e avaliar os

 processo ou processos responsáveis.

8.5.1 Plotagem Bivariante

Qualquer constituinte químico, tais como elementos maiores, menores, traço, ou até mesmo combinaçõesde elementos e dos raios podem ser comparados no diagrama bivariante. Provavelmente o primeiro tal como odiagrama aplicado nos dados da petrologia química foi o diagrama de Harker –  Harker diagram, recebendo estenome em virtude de ter sido desenvolvido pelo petrólogo britânico Alfred Harker (1909). Este simples diagrama x-y,o qual plota a silica na abscissa contra os outros óxidos maiores, é ainda um dos mais completos diagramas de

variação usados nos dias de hoje. A Figura 8-2 é um exemplo do diagrama de Harker para as rochas vulcânicas doCrater Lake / Mt Mozama.

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A primeira coisa que alguém pode perceber na Figura 8-2 é que as rochas do Crater Lake amarram umimportante significado no limite composicional (a partir dos basaltos para os riolitos) e existe um trend  analisado

 para a variação de cada um dos óxidos maiores. Certamente seria necessário um estudo considerável da tabela dosresultados analíticos antes que alguém pudesse reconhecer estes trends. O diagrama torna isto obvio. É claro queexiste alguma dispersão, devido a uma combinação de erros analíticos e o tipo de variação que é encontradageralmente na natureza. Raramente na geologia os dados caem exatamente numa perfeita linha ou curva. Apesardisso, os trends na Figura 8-2 são claramente marcados. As curvas têm sido desenhadas para os trends de cada óxido

 para um melhor encaixe para os dados.

Figura 8-2: Diagrama de variação de Harker para 310 rochas vulcânicas analisadas no Crater Lake (Monte Mozama), OregonCascades. Dados copilados por Rick Conry.

Os trends aplainados fortemente sugerem que as lavas do Crater Lake estão geneticamente relacionadas dealgum modo a algum processo que está trabalhando, talvez na câmara magmática superficial, causando umavariação contínua. Os magmas primários –  primary magmas são aqueles derivados diretamente a partir da fusão

 parcial de alguma fonte, e não tem característica que refletem os efeitos de uma diferenciação subseqüente. Estesmagmas têm experimentado alguma forma de diferenciação química ao longo dos trends, na Figura 8-2 são referidoscomo magma envolvido –  involved magma ou magma derivado –  derivate magma, onde o magma primitivo é omais encontrado nesta área e assim supomos que os outros magmas são derivados.

Harker (1909) propôs que o SiO2  aumenta constantemente com a evolução magmática e usado comoabscissa para indicar a extensão da evolução. O magma com um baixo conteúdo de sílica na Figura 8-2 é aceitocomo o magma parental . É comumente impossível, embora, demonstrar conclusivamente que se trata do magma 

 primário, porque ele também pode ter envolvido durante a ascensão (ver Secção 10.4).

Embora nós não possamos observar diretamente a dinâmica da câmara magmática, nós podemos obter umaconsiderável visão para dentro do processo através do estudo das características químicas de vários produtos dosistema ígneo natural, tais como o Crater Lake ou a Série Intrusiva de Tuolumme discutida no Capítulo 04, etc. Um

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teste é feito para determinar se os trends  químicos e/ou mineralógicos são constituídos por algum processo, taiscomo fixação do cristal, mistura de magmas, assimilação da parede da rocha, etc.

 Nos Capítulos 06 e 07, nós tivemos a oportunidade de observar a maneira na qual o líquido varia emcomposição assim que os minerais são formados durante o resfriamento de qualquer sistema experimental simples.Se os cristais são removidos a partir de uma fusão, o processo é chamado de cristalização fracional  –  fractionalcrystallization  (ou fracionamento do cristal  –   crystal fractionation), e a composição do sistema do líquido

 permanecente segue a linha de descida do líquido  –   liquid line of descent  usualmente ao longo das curvascotéticas em direção a composição do líquido de temperatura  –  mínima, como explicado e traçado em alguns dosdiagramas de fase experimentais no capítulo anterior. Para muitos neste século, em grande parte devido a influênciade N. L. Bowen, os petrólogos tem considerado a cristalização fracional a ser um método predominante pelo qual omagma diferencia  –  differentiate magma, ou muda de campos ou de composição na natureza. Se tal processofosse aplicado para as rochas do Crater Lake, nós poderíamos imaginar uma câmara magmática numa profundezadiante da área, no qual minerais recém formados foram separados do magma (provavelmente por afundamento) e olíquido envolvido escapa periodicamente para a superfície, formando cones, fluxos e os piroclásticos na área.

Vamos assumir por enquanto que a cristalização fracional é responsável pelos trends  apresentados na

Figura 8-2. Nós podemos relacionar os trends  observados a uma seqüência razoável dos minerais extraídos? Odecaimento em MnO, FeO* e CaO e o aumento em SiO2  é consistente com a remoção dos recentes formando

 plagioclásio mais olivina e/ou piroxênio a partir do resfriamento do líquido. O MnO e o FeO* são incorporados paradentro dos minerais máficos tipicamente recém formados. O CaO pode ter sido removido tanto por um plagioclásiocálcico, um clinopiroxênio ou ambos.

O aparente aumento em Na2O e K 2O são artefatos da necessidade que a análise deve ter um total de 100%.Como os outros são removidos quaisquer elementos que não sejam incorporados dentro da fase de cristalizaçãoestão conservados  ou concentrados  no líquido posterior. Estes elementos não necessariamente aumentam emqualquer sentido absoluto, eles apenas compõe uma enorme proporção do líquido permanente. Por exemplo,imagine que você possui um pacote contendo um numero igual de doces vermelhos e verdes. se você prefere os

doces vermelhos e comer um por um dos doces vermelhos a proporção de doces verde aumenta em comparação aosdoces vermelhos com o tempo. Se você não adicionar mais doces vermelhos ocorre um aumento gradual na

 proporção de 50% até 95%. Na base da porcentagem, parece que os doces verdes têm aumentado, enquanto que elesatualmente têm decaído na base absoluta (porque você comeu 01 dos 10 doces vermelhos). O fato de que a analisedeve ser 100% e o efeito que isto tem na aparência dos trends  no diagrama de variação é referido como umproblema de fechamento –  closure problem, e ele têm sido discutidos em detalhes por Chayes (1964). O aumentonos trends  de Na2O e K 2O na Figura 8-2 sugere que o componente albita em qualquer plagioclásio que tenha seformado e arranjado estava baixo e aquele feldspato potássico também não se forma ou estava muito pouco. Emborao problema de fechamento nos diga que os alcalinos e os outros componentes que aumentam com a induçãomagnética progressiva não precisam ser adicionados para aumentar a porcentagem, ele não os impede de seremadicionados através de um processo de assimilação ou mistura.

A curva Al2O3 apresenta um interessante trend. Primeiro ele aumenta, e então decai. Devido a este aumentocontinuo do CaO, nós podemos reconhecer estes trends pela especulação de que o clinopiroxênio foi removidorecentemente, retirando o Ca mas não o Al, e então o plagioclásio começou a se cristalizar posteriormente,removendo ambos o Ca e o Al.

Alguns geólogos acreditam que o diagrama de Harker demonstra amplamente um processo defracionamento do cristal. Quando fazemos as analises dos processos ígneos baseados no diagrama de variação,embora, nós devemos ser cautelosos na distinção das observações  e interpretações. Somente então nós podemosestar esclarecidos do que seja interpretativo e então, provavelmente, explorar as suposições no quais asinterpretações estão baseadas. A interpretação que relaciona os trends para um processo de fracionamento do cristal

assume que esta analise representam um tipo de lava consangüínea (lava que possui um antecessor comum) de umaerupção da câmara diante do vulcão em vários estágios da evolução progressiva. Esta suposição é aceita, mas não provada, pela região próxima e associação temporal das rochas. Nossas interpretações avançadas assumem que o

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conteúdo de sílica esta relacionado com o processo evolucionário de tal maneira que a porcentagem em peso doSiO2 aumenta assim que o magma é envolvido.

Reconhecendo estas suposições, você pode retornar para os dados químicos, ou até mesmo para a petrografia ou o campo e avaliar com clareza as suposições e interpretações.

Por exemplo, se um processo de fracionamento do cristal for o mesmo responsável pelos trends, se deve tercuidado se o porfirítico ou grãos grosseiros das rochas estão incluídos, devido a estas rochas poderem ainda incluirminerais que devem ter sido recentemente removidos pelo fracionamento. No caso das rochas porfiríticas, eles

 podem incluir alguns minerais recém formados e não outros, se talvez, a densidade do mineral controlar o processode separação dos fenocristais (afundamento). Algumas rochas firíticas altamente podem conter fenocristaisacumulados, assim que eles são arrumados a partir de níveis elevados. Tais rochas seriam plotadas fora da linha dedescida do liquido verdadeiro e o encaixe no diagrama de Harker pode aprimorar se estas rochas são excluídas.

Os fenocristais dos minerais que são inferidos a serem fracionados devem também ser encontrados emalgumas lavas ou serem mostrado por experimentos que estão na fase estava no sistema magmático em questão. Ostrends no diagrama de variação devem também estar consistentes com a linha de descida do liquido cotético

experimental. Assim, as rochas mais envolvidas devem ser mais novas do que as menos envolvidas. Pode isto sersubstanciado no campo? Se não, como o modelo deve ser amenizado? Da mesma forma, os trends devem estaramenizados para uma situação quantitativa  baseado na extração em proporções especificas de minerais que sãonaturalmente, experimentalmente, como nós devemos pouco discutir.

Em qualquer sistema, incluindo camadas de intrusões máficas (onde se pode documentar o processo defracionamento na Figura 12-12) e algumas séries vulcânicas, o conteúdo de sílica não aumenta durante a maioria do

 processo de diferenciação. Em tais casos índice diferente deve ser usado, para um processo particular nos maissensíveis. A Tabela 8-4 lista alguns parâmetros químicos que tem sido aplicado por vários trabalhos como umamedida de diferenciação progressiva para algumas províncias ígneas. A maioria dos índices é baseada nos elementosmaiores, mas o numero de elemento traço não estão também incorporados dentro da fase de cristalização recente e

assim concentrados nas fusões recentes. A elevada precisão das técnicas analíticas modernas tem conduzido algunstrabalhos a optarem alguns destes elementos traço, tais como Zr, Th ou Ce, como índices de diferenciação.

Tabela 8-4: Alguns Índices de Diferenciação Proposto na Literatura.  

Qualquer um dos índices na Tabela 8-4 pode ser usado na abscissa no diagrama bivariante se o objetivo édocumentar a evolução magmática na série ígnea. Devido a diferentes sistemas envolvidos de maneira diferente, umnão pode ser esperado como um único parâmetro, tais como as porcentagens de peso do SiO 2, para trabalharigualmente também em todos eles. Alguns podem trabalhar melhor do que outros através de uma área em particular,ou alguns podem ser mais sensíveis num particular estagio de evolução. Por exemplo, os índices baseados no raio do

Mg/Fe são mais efetivos nas recentes evoluções dos sistemas máficos (onde o SiO2 pouco varia), enquanto que os parâmetros mais alcalinos geralmente trabalham melhor nos últimos estagio s da evolução ígneas.

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O diagrama de variação é extremamente útil, tanto na descrição como na base das interpretações, mas eledeve ser usado como apenas o  primeiro passo  no sentido de uma interpretação rigorosa. Como devemos ver noCapítulo 11, o fracionamento do cristal não é o único método pelo qual o magma se diferencia. A riqueza dosrecentes dados geoquímicos, de fato, sugere que a cristalização fracional pode não ser o principal processo pelasubducção relativa a evolução do magma, tais como no Crater Lake. Conrey (1999), em sua revisão dos dadosquímicos extensivos, concluiu que, embora a cristalização fracional possa ser importante no final do espectro

 primitivo, a mistura do magma máfico (fusão do manto) e magma silicático (fusão da crosta) são os processosdominantes na evolução da subducção relativa da série do magma. Nós devemos discutir a evolução da subducçãorelativa do magma mais completamente nos capítulos 16 e 17.

Adicionalmente, o processo de diferenciação pode não ser restrito para uma única câmara magmáticasuperficial, o qual é meramente o último local de residência do magma ascendente. Novos refluxos do magma

 parental máfico a partir de uma fonte profunda podem alterar ou até mesmo reverter, alguns dos trends. Avaliandoos vários processos que podemos ser responsáveis pelo aparente trend evolucionário numa província ígnea particularé um importante e difícil trabalho e os trends químicos são os métodos principais pelo qual tentamos distinguir e osdocumenta-los. O diagrama de variação funciona melhor quando designado cuidadosamente para testar um

especifica hipótese. Devido alguns processos poder estar contribuindo para a evolução da série magmática, alguns

tipos de diagrama de variação podem ser empregados para analisar o mesmo dado.

Cuidadosas observações do diagrama de variação pode assim prover benefícios que nós focamos emdetalhes nos dados. Por exemplo, a curva aguçada do Al2O3 na Figura 8-2 pode simplesmente ser um resultado deum encaixe matemático da curva para dados que estão abertamente espalhados no final do conteúdo de baixa sílica.Podemos querer analisar rochas com mais baixo conteúdo de sílica e observar cuidadosamente o rolamento deminerais de Al para promover uma melhor construção na curva.

O intervalo entre 62% a 66% de SiO2 é também provocativo. Isto é um simples acidente na amostragem oué real? Se citado, por quê? Estava simplesmente num período quiescente durante este estágio da evoluçãomagmática, resultando na erupção de colunas de lavas existe alguma razão para o desenvolvimento mineralógico e

 porque as rochas não representativas existem a partir deste intervalo? Baseado em mais de 350 análises do CraterLake, Bacon e Druitt (1988) encontraram um similar intervalo nas analises rochas completas, mas perceberam que acomposição do vidro preenchia este intervalo e mostrava um espectro mais continuo. Assim o intervalo das rochastotais pode estar numa descontinuidade no conteúdo de cristal (os minerais máficos são mais ricos em cristais do queos minerais félsicos) o qual, Bacon e Druitt (1988) propuseram, refletindo um período de recarga na câmaramagmática, durante as raras erupções. Por outro lado, os vulcões com um conteúdo de SiO2 entre as porcentagens de48% e 58% são menos comuns do que os basaltos (<48%) e os traquitos riolitos (>58%) em algumas áreas desubducção vulcânica relativa, não apenas no Crater Lake. Estes intervalos composicionais na série vulcânica écomumente chamado de intervalo Daly (Reginald Daly). O intervalo pode ser mais aparente do que real, refletindo adinâmica da cristalização fracional e as fases envolvidas. A aparência abrupta nos minerais de oxido, por exemplo,

 pode causar na linha de descida do líquido através do intervalo Daly em termos de conteúdo de SiO2 com somente

uma quantidade menor de fracionamento. Quando o índice de fracionamento ou outro do que o SiO2  é usado, ointervalo é comumente desnecessário. Se a mistura do magma é responsável pelos trends nos mais envolvidos nofinal do espectro da série de magmas de subducção relativa, o intervalo Daly pode ser facilmente explicado pelasimples noção de que os magmas mais próximos para a mistura dos membros finais estão aparentando serem maiscomuns do que a misturas intermediárias.

 No sentido de ter um significado interpretativo, o diagrama de variação são os melhores restringidos poruma localidade ígnea ou de alguma maneira o conjunto de bordas dos centros ígneos que ainda estão aparentementerelacionados ao mesmo processo. O termo província petrogenetica  –   province  petrogenetic (ou província

 petrográfica) é comumente usado para se referir s uma região geográfica na quais as rochas ígneas são relacionadasao tempo e espaço e são presumidos a terem uma gênese comum. O alvo deste termo é propositadamente deixado de

maneira vaga: um único vulcão é considerado geralmente como um conjunto restrito, mas ele pode atingir a partir defenômenos específicos como o Crater Lake para os arcos vulcânicos High Cascade, o Oregon High Lava Plateu parao arco vulcânico jurássico a oeste dos EUA.

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8.5.2 Plotagem Triangular: O Diagrama AFM

Um dos mais comuns diagramas de variação triangular usado pelos petrólogos ígneos é o diagrama AFM(Figura 8-3), onde A (alcalinos: Na2O + K 2O). F (FeO + Fe2O3) e M (MgO) plotam nos cantos do triângulo. Odiagrama AFM usado pelo petrólogos ígneos não devem ser confundidos com o diferente diagrama AFM usado

 pelos petrólogos metamórficos (Capítulo 24). Os diagramas ígneos AFM são geralmente colocados na base da porcentagem de peso, mas eles também podem ser criados nas bases catiônicas. Note que o diagrama AFM contaatualmente os quatro elementos de cátion, e que as relativas proporções de Na e K estão obscuras devido àsconvicções (ou expectativa) de que o total conteúdo alcalino é mais informativo do que também para aquelesseparados. A Figura 8-3 inclui dados de ambas as intrusões máficas do Crater Lake e Skaergard a oeste daGroenlândia (Seção 12.2.3). Também aqui, os trends são considerados, e os trends da Groenlândia e Skaergard sãoclaramente distinguidos. Lembre-se que a partir do diagrama de fase do sistema da olivina (Figura 6-10) para osminerais mais máficos Mg/Fe está elevado na fase sólida do que na fusão coexistente. A remoção do sólido pelacristalização fracional esvaziam assim preferencialmente o MgO a partir da fusão e o enriquece em FeO, um trendevidente nos dados de Skaergard. Os alcalinos são enriquecidos tipicamente em líquido, e somente entram para umafase sólida no ultimo estagio de cristalização. Nós podemos assim reconhecer a curva de evolução no diagramaAFM. O magma parental, se presente, está mais próximo do canto MgO. Note que, embora os trends de Skaergard

mostrem um pronunciado enriquecimento de Fe nos estágios recentes da evolução magmática, o trend de CraterLake não apresenta. Nós iremos discutir a diferença no Capitulo 16.

Figura 8-3: Diagrama AFM para os vulcões de Crater Lake (dados da Figura 8-2) e a intrusão de Skaergard, E. Groenlândia.

8.6 O Uso do Diagrama de Variação para Modelar a Evolução Magmática

Tão distantes das nossas interpretações do diagrama de variação tenham sido inferidas e qualitativas. Nóstemos visto minerais capazes de extrair certos componentes que podem produzir o aumento ou decaimento nostrends evolucionários no diagrama de evolução. Uma valorização mais satisfatória seria quantificar o processo

evolucionário e testar os minerais propostos para ver se eles mesmos produzem os padrões observados. Os doismétodos são comumente empregados para avaliar o efeito do fracionamento mineral usando o diagrama de variação

 para as suítes magmáticas. O primeiro método, chamado de raio dos elementos de Pearce  –   Pearce elementsratios (PER), usa a inclinação da variação dos trends baseados no fracionamento estequiométrico dos minerais. Osegundo método é de longe o mais rigoroso e de aproximação variada: um modelado direto da massa-balança que

 pode ser feita graficamente ou por um computador. Esta última aproximação é distante do mais simples uso dodiagrama de variação e de modelos sofisticados tem sido desenvolvido.

8.6.1 Raios dos Elementos de Pearce (PER)

Um método para o uso dos dados químicos para indicar fases extraídas foi proposto por Pearce (1968). Estemétodo é inteiramente empírico e usa os raios dos elementos para testar as hipóteses do fracionamento mineral no

conjunto das analises cogeneticas. As técnicas envolvidas na plotagem do diagrama bivariante do raio de certoselementos, designados para testar a cristalização fracional de um mineral em particular ou dos minerais. O

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denominador do raio é o mesmo para ambos os eixos e é usualmente o único elemento (mas podendo ser mais) nãocontido no fracionamento dos minerais, conservando assim um na fusão permanente. Isto minimiza o problema defechamento discutido acima. Os numerados são combinações lineares dos elementos que refletem a estequiometriado proposto fracionamento de um ou mais minerais.

Devido à maioria dos minerais terem claramente uma simples estequiometria, a separação de um mineralem especifico ira remover certos elementos a partir da fusão permanecente na proporção que eles estão contidos nomineral, deixando assim, uma impressão da estequiometria na variação química nas séries das fusões permanentesque eventualmente comprimem a suíte das rochas. Os trends num apropriado diagrama dos elementos de Pearce temuma inclinação que dá uma indicação imediata e quantitativa do mineral ou minerais que podem tem fracionado eassim controlado a variação química no conjunto.

Por exemplo, a olivina (Fe/Mg)2/Si no raio atômico 2/1, logo o fracionamento da olivina remove (Fe +Mg)/Si a partir da fusão permanecente naquela proporção, definindo um trend com inclinação de +2 na plotagem do(Fe + Mg)/K como ordenada vs. Si/K como abscissa (nas bases atômicas) de líquidos derivados. Tanto os elementosquanto os óxidos podem ser usados no diagrama de elementos de Pearce, assim como na proporção molecular usadae não nas porcentagens de peso. A Figura 8-4 é uma plotagem de 0,5 (Fe + Mg)/K para um conjunto de magmas

 basálticos do Hawaii. Devido ao componente máfico estar divido em dois na Figura 8-4, a inclinação de 1,0 não de2,0, estaria concordando com o fracionamento da olivina. Note que os dois conjuntos possui uma original distinçãodos raios (Fe + Mg)/Si, logos eles plotam com um inclinação de 1,0, suportando a noção de fracionamento daolivina dentro de cada conjunto.

Figura 8-4: Diagrama dos Elementos de Pearce de 0,5 (Fe + Mg)/K vs. Si/K para duas suítes de magmas picritico do Hawaii.

O raio dos elementos de Pearce não prova que um mineral em particular é fracionado ou mesmo que acristalização fracional esta em andamento. Eles meramente indicam o estado da não composição química das suítesdas lavas é consistente com tais processos. O raio dos elementos de Pearce é estritamente empírico e pode melhorestar na exclusão minerais na extração no que durante o seu provimento. Quando o padrão dos pontos não conformana inclinação que se espera a partir do fracionamento de um mineral provem uma convincente evidencia negativa de

que a suíte magmática não é resultado do fracionamento daquele mineral. Se os dados plotados num premeditadotrend, então os dados são compatíveis com a hipótese do fracionamento do mineral, mas de novo, não provam nada.

Como um exemplo mais complexo da aplicação do raio dos elementos de Pearce, nós voltamos para umouro conjunto de basaltos eruptivos no Hawaii originados do Kilauea de 1967 a 1968 (Nicholas, 1990). Nesteconjunto o Ti, K e P parecem estarem conservados, tais estes como Ti/k e P/k permanecem essencialmente constante

 para os conjuntos de analises. Isto sugere que o conjunto de rochas é geneticamente correlacionado, devido a elesterem estes raios consistentes. A Figura 8-5 é um conjunto do diagrama de quatro elementos de Pearce para asrochas vulcânicas do Kilauea. A figura 8-5ª é uma similar plotagem da Figura 8-4 (com exceção dos máficos queestão envolvidos). A inclinação 02 está assim compatível com o fracionamento da olivina. Mesmo nos picritos,(círculos claros) caem em tais linhas, mas os basaltos podem cair na linha com uma inclinação mais superficial. Isto

sugere que o outro mineral está fracionado ao longo ao invés da olivina.

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Figura 8-5: Diagrama dos Elementos de Pearce para os basaltos (círculos escuros) e picritos (círculos claros) durante a erupçãodo Kilauea, Hawaii, ente Novembro de 1967 e Agosto de 1968.

A Figura 8-5b é um diagrama dos elementos de Pearce designados para testar a partir do fracionamento do plagioclásio. Na anortita, o raio do Ca para o Si é 1:2. Na albita o raio do Na para o Si é 1:3. Se plotassemos Ca/Kvs. Si/K, uma inclinação de 0,5 estaria compatível com o fracionamento da anortita. Pela plotagem 2ca/k vs. Si/K,uma inclinação de 01 estaria então compatível. Devido a composição do plagioclásio também variar com o processode fracionamento, logo seria o raio Ca/Si do plagioclásio, a linearidade num diagrama de 2Ca/K vs. Si/K estaria

 perdida e resultaria numa curva. Se nós plotarmos 3Na/K vs. Si/K uma inclinação de 1 também resultante se a albitafosse fracionada, então se nós plotarmos agora (2Ca + 3Na)/K vs. Si/K a inclinação de 1 seria resultante se qualquer  composição de plagioclásio entre anortita pura e albita pura estivessem sidos fracionadas. Isto tem sido feito naFigura 8-5b. As linhas pontilhadas com uma inclinação de 1 se encaixam aproximadamente nos dados do basalto,significa que eles são compatíveis com o fracionamento do plagioclásio. Os dados atuais uma leve inclinaçãosuperficial do que a linha, sugerindo que algumas outras fases também são fracionadas. Os picritos têm umainclinação de zero, sugerindo que não há fracionamento de plagioclásio neles.

A figura 8-5c é uma combinação da Figura 8-5a e da Figura 8-5b. Uma linha vertical é compatível somentecom o fracionamento do plagioclásio (sem mudança no Fe e Mg) e uma linha horizontal com somente ofracionamento máfico (sem mudança no Ca ou Na). A inclinação não vertical nos basaltos sugere que uma fasemáfica  está fracionada com o plagioclásio nos basaltos, devido as Fe e Mg estarem extintos. Isto se repete no

 processo Ca-Na descrito acima para uma variação estequiométrica do plagioclásio, mas inclui a estequiometria daolivina (Fe + Mg)/Si para criar um combinado parâmetro (0,5(Fe + MgO) + 2Ca + 3Na)/K que deve variar no raiode 1:1 com Si/K se alguma combinação da anortita, albita e olvina forem removidas. A Figura 8-5d é compatívelcom tais processos para ambos os dados do basalto e picrito. Isto sugere que a olivina fracionada com o plagioclásionos basaltos, pois o piroxênio removeria 0,5(Fe + Mg) vs. Si no raio de 2;1 do que no raio de 1:1.

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Os raios dos elementos de Pearce e o diagrama resultante é uma maneira de criticamente valorizar osminerais que podem ser fracionados para relacionar com o conjunto de lavas cogeneticas. Os raios que podem ser

 plotados são limitados somente pela estequiometria dos minerais e pela ingenuidade do pesquisador. O leitor deveestar atento, contudo, que algumas técnicas envolvendo a correlação do raio podem ser mal interpretadas. Comoapontado por Chaynes (1971), Butler (1982, 1986) e Rollinson (1993), mesmo quando um conjunto de variáveisapresenta nenhuma correlação (os raios daquelas variáveis com os componentes em comum tendem a seremcorrelacionados, às vezes altamente correlacionados) em ouras palavras, devido ao denominador ser o mesmo emambos, abscissa e ordenada do diagrama de PER, eles podem indicar um correlação onde nenhum mesmo existe. Aaproximação da PER é uma boa maneira de testar esta hipótese e pode servir para eliminar hipóteses ruins, mas elesomente pode servir de suporte, não de prova, uma boa hipótese. Quando os dados estão disperso no diagrama dotipo Harker repentinamente se tornam linear no diagrama PER, e o não se deve pular para a conclusão que estacorrelação necessariamente demonstra que um mineral em particular está fracionado. Ao contrário se deve tratarcomo uma sugestão a ser valorizada pelo uso de outros critérios texturais e químicos.

8.6.2 Modelos Gráficos e Matemáticos da Evolução Magmática

Se alguns processos da evolução magmática são responsáveis pelos trends no diagrama de variação, nósdevemos ser capazes de quantificar um modelo do processo pela subtração de alguns componentes que causam afusão resultante a seguir o caminho dado. Os diagramas de variação, em particular os diagramas bivariantes, provemuma excelente base para estes modelos. Nesta seção eu devo apresentar a metodologia, com ênfase na analise gráficado fracionamento do cristal. O método básico pelo qual um particular modelo da evolução do magma, tais comocristalização fracional é testado, é uma extensão do simples principio da alavanca, introduzido nos Capítulos 06 e 07

 para determinar a proporção relativa das fases envolvidas no diagrama de fase experimental. Os princípiosenvolvidos são ilustrados na Figura 8-6, o qual apresenta cinco tipos diferentes de plotagem no diagrama de variaçãodo tipo Harker, usando componentes hipotéticas X e Y (como também a porcentagem de peso ou de mol). Em todosos diagramas, P representa uma amostra parental, D é a amostra derivada. O S representa uma composição de pesodo sólido removido a partir de um parente para produzir um líquido derivado (a “extração” do peso do mineral da

Seção 7.1.1). A, B e C representam a composição dos minerais individuais que podem estar na extração.

 Na Figura 8-6a somente um único é formado (S) e é removido a partir do magma parente (P). Comodiscutido nos Capítulos 06 e 07, a composição da fusão sob menos S, deve mover-se diretamente a partir de S, assimS-P-D devem definir uma linha permanente. Uma fusão derivada da composição D pode ser formada quando S ésuficientemente extraído da partir de P. O raio de D:S é prontamente calculado pelo principio da alavanca.

D = SP (8-1)S PD

onde SP é o comprimento da linha SP, etc. Desta forma a porcentagem de D e S são derivadas por:

%D = 100SP/SD (8-2)

e

%S = PD/SD = 100 - %D

A Linha S-P-D é comumente chamada de linha de controle –  control line para o mineral S.

 Na Figura 8-6b, os minerais (A e B) são removidos a partir de P para criar D. O peso do mineral extraído,S, deve cair em algum lugar na linha que conecta os dois minerais que os compõe. O S pode ser determinado pela

extrapolação da linha D-P retornando para onde a linha atravessa A-B. Nós podemos determinar o raio A/B em Susando:

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A = BS (8-3)B AS

Uma Equação similar a 8-2 pode ser usada para representar os raios como porcentagens. Note que aEquação 8-1 e a Equação 8-3 (ou suas contrapartes em %) podem ser usadas em conjunto para determinar aquantidade relativa de todas as três fases D, A e B.

Figura 8-6: Diagramas de variação de componentes hipotéticos X e Y (ambos em % weight ou mol). P = pai, D = filho, S =

solido extraido, A, B, C = possíveis fases sólidas extraídas. Para uma melhor explicação ver texto. (Ragland, 1989).

 Na Figura 8-6c, três minerais (A, B e C) são extraídos. A extração do peso mineral, S, neste caso não podeser unicamente determinada, pois a extrapolação da linha D-P que intercepta o triângulo ABC numa linha (a linhasólida na Figura 8-6c) deve cair nesta linha, mas nós não podemos determinar os raios A:B:C, tão pouco o raio S/Dsem qualquer informação adicional.

A Figura 8-6d representa uma seqüência –  sequence de dois minerais extraídos a partir de P. Isto é umaanalogia a situação do tipo eutético binário. O primeiro extrato do peso do mineral S 1 (mineral B) se cristaliza e éremovido, conduzindo a fusão parental a partir do ponto P1 diretamente para longe a partir de B na direção de P2.Em P2, o mineral A se junta a B de tal maneira que o raio A/B na extração é igual à S2. Agora a fusão naquele

momento (P2) se move para fora diretamente para fora a partir de S2 na direção da fusão derivada final D. A linha dedescida do liquido resultante no diagrama de variação mostra um sutil dobramento em P2 e não se trata de uma linhareta como nos casos anteriores que envolvem somente uma única extração do peso do mineral. Em qualquer pontoao longo também do caminho, as proporções relativas das fases coexistentes podem ser determinadas usando aEquação 8-1 a 8-3.

A Figura 8-6e ilustra o efeito da extração de uma solução sólida ou dois minerais nos qual o raio variacontinuamente (tais como ocorreria com as curvas cotéticas). Neste caso, a extração do peso do mineral se move aolongo da linha a partir de B na direção de A. Como isto ocorre, a composição da fusão se move diretamente parafora a partir de uma transferência do ponto de extração do peso similar aqueles para o Al 2O, MgO e Na2O na Figura8-6.

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Tabela 8-5: Extração do Peso do Mineral requerida para a Evolução a partir de B para BA na Tabela 8-5.

Estes exemplos gráficos são as bases para as soluções rigorosas. Combinações complexas de seqüênciasminerais e soluções sólidas podem ser especificamente e matematicamente modeladas usando o computador pelaextensão do tratamento. Nós podemos analisar os simples processos gráficos ou matemáticos na Figura 8-7. Se umnúmero de fase fica entre três, o método matemático é de longe superior.

Figura 8-7: Conjunto de diagramas de Harker para a serie vulcânica calcio-alcalina da Tabela 8-5 (pontos pretos). de Ragland(1989).

A técnica descrita pode ser igualmente usada para modelar a acumulação de cristais  –   crystalacummulation. Neste caso D, na Figura 8-6 seria o magma parental inicial e P as rochas acumulativas formada pelaadição de cristais acumulados S = A, B etc. A única maneira de dizer a diferença entre cristalização fracional  –  fractional melting  poderia ser modelado com P parente, D a fusão extraída e S, A, B, etc. as assembléias dossólidos deixados para trás. A assimilação das paredes das rochas e da mistura do magma pode também sermodelada, ou qualquer combinação dos processos. Modelos sotisficado de computadores têm sido desenvolvidosnos termos de únicos processos ou combinados.

Como um exemplo de tratamento gráfico para a cristalização fracional o autor apresenta um tratamentográfico desenvolvido por Ragland (1989) o qual, ao longo com Cox et. al (1979) deve ser consultado para promoveruma assimilação dos métodos. O exemplo começa com uma suíte de rochas cogeneticas, perturbando, a partir do

 basalto para o riolito, partindo de uma típica subducção relacionada com o vulcanismo. As analises (selecionadas a partir de amostras <5% de fenocristais) são dados na Tabela 8-5.

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Estes dados são então plotados no conjunto do diagrama de Harker 8-7. As curvas aplainadas são instaladasnos trends para cada óxido. Note que as três curvas são lineares, três são curvados e duas mostram um máximo.Agora nos podemos proceder a analise destas rochas baseadas nas três suposições seguintes:

1. As rochas na Figura 8-7 são relacionadas umas com as outras através do processo de fracionamento do cristal;

2. Os trends na Figura 8-7 representam as linhas de descida do liquido ;

3. O basalto é o magma parental a partir do qual os outros são derivados.

Existem dois métodos para avaliar a hipótese de que a cristalização fracional é responsável pelos trends naFigura 8-7. Ambos envolvem analises de passos amplos a parti de cada tipo de rocha para a próxima que está maisenvolvida. Isto evita a complexidade envolvida com a curva da linha descida do líquido e continuamente deslocandoacima da linha de descida do líquido e continuamente deslocando a composição extraída que é requerida para

 produzi-los. Eles são encontrados especialmente com uma série de linhas retas que estão conectando as análises. Nós devemos fazer, isso apenas para os basaltos (o B na Tabela 8-5 e a Figura 8-7) para o incremento do andesito

 basáltico (BA) o qual deve bastar a ilustração proposta.

O primeiro método é o mais geral. Ele assume que a porção representando B (aparente) deve cair nas linhasretas entre BA (a fusão derivada) e S (extração do peso do mineral), como amostrado na Figuras 8-6. Se quisermosachar S, então ela deve cair numa baixa extrapolação de SiO 2 da linha desenhada a partir de BA através de B. detodas as analises na Figura 8-7, três possuem correlação positiva com SiO 2 no limite B-BA: Al2O3, Na2O e K 2O. Seextrapolarmos as linhas a partir de trás de BA através de B para as composições mais primitivas, todos os três,eventualmente, estenderiam para zero. O K 2O prova ser o valor limite neste exemplo, pois a linha BA + B extrapola

 pra zero do potássio na Figura 8-7, primeiro em 46,5 de SiO2 (linhas tracejadas), o elevado valor de sílica dos três. baixos valores de sílica a concentração de K 2O no estrato seria negativa, o qual é claramente impossível paraqualquer análise. Se assumirmos da próxima vez que não existe potássio na extração do peso do mineral (uma

razoável suposição para o basalto), isto indica que 46,5% é a concentração de sílica para o nosso estrato. Usandouma linha vertical na Figura 8-7 em 46,5% de SiO2, nos podemos graficamente determinar as concentrações dascurvas deles com estas linhas (círculos vazios na Figura 8-7). 

Uma aproximação mais acurada para este método é a matemática usada na Tabela 8-5 e a equação linearaplicada às variáveis químicas X e Y e as rochas 0,1 e 0,2: 

(X2  –  X1)/(Y2  –  Y1) = (X1  –  X0)/(Y1  –  Y0) (8-4)

Se nós fizermos os cálculos para 1 = B, 2 = BA e 0 = extração do peso do mineral (no qual a porcentagemdo peso de K 2O = 0) é substituído o X por SiO2 e o K 2O por Y, nós podemos calcular X0, o valor de SiO2 quandoK 2O = Y0 = 0 a partir da Tabela 8-5 nos temos:

(54,3 –  50,2)/((50,2 –  X0)/(1,0 –  0), para o qual X0 = 46,5 peso% de SiO2 

Se nós pegamos este valor para X0 nós podemos usar a Equação 8-4 para ter qualquer outro óxido com oY0. Por exemplo, MgO

(54,3 –  50,2) / (3,7 –  7,4) = (50,2 –  46,5) / (7,4 –  Y0) para o qual Y0 = 10,8 peso% de MgO.

Usando também a aproximação (gráfica ou matemática) para todos os óxidos maiores, nós temos acomposição química para a extração do peso mineral reportado na Tabela 8-6. Note que todos os óxidos são positivos, exceto o K 2O = 0, (com foi nosso objetivo). Neste ponto o calculo da norma se torna manual (coluna 02

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da Tabela 8-6), então podemos expressar a composição química com uma mineralogia aproximada (nós podemos preferir entre o esquema da norma, tais como os de normas em elevadas pressões, se suspeitarmos de um profundo processo de fracionamento). Note que a olivina, o diopsídio e o plagioclásio dominam na extração de peso domineral, o qual esta razoavelmente para a assembléia doa basaltos fenocristais. Pois esta é uma norma de cátion, acomposição de plagioclásio = 100An/(an + ab)  –  An62, provavelmente um pouco mais baixo para o basalto (peloqual o plagioclásio está usualmente no alcance de An

70 para An

85), mas está próximo. O componente hy pode não

requer o clinopiroxênio (especialmente se ele é um pigeonito).

Um método mais preciso pode ser empregado se existir uma assembléia de fenocristais associada ao basalto. Se a composição dos fenocristais tiver sido analisada pelo uso de microsonda, eles podem ser plotados nomesmo diagrama de variação como B e BA e usados para solucionar a linha de descida do líquido, tantograficamente (como na Figura 8-6) ou matematicamente. Como estabelecido anteriormente, os trends na Figura 8-7são somente considerados confiáveis exemplos de líquidos envolvidos se a rocha contiver poucos fenocristais.Assim somente exemplos com fenocristais <5% foram usados.

Contudo, estes fenocristais agora são úteis. Digamos que nós tenhamos fenocristais de olivina, augita e plagioclásio no basalto B e somente poucos fenocristais de augita e plagioclásio no andesitico basáltico BA. A

Figura 8-8 é um diagrama de variação criado por Ragland para este exemplo. Nele, B e BA são plotados ao longocom três composições de fenocristais. Para uma variedade, a composição tem sido recomposta por porcentagemmolecular, mas isto não é necessário não. Usando peso% dos óxidos se trabalharia da mesma forma. Raglandcombinou Fe + Mg para minimizar os erros associados com o estado de oxidação do Fe. O Na + K também foicombinado, pois eles são susceptíveis a alterações do subsolidus e os combinados podem servir para minimizar estesefeitos. É possível fazer isto somente com amos elementos que se comportem de maneira similar. No caso paraambas, K e Na, aumentam. Se fossemos modelar a passagem RD para R ao invés de B para BA, o Na decairiaenquanto que o K aumentaria (Figura 8-7), deve-se evitar que eles sejam combinados.

Figura 8-8: Diagrama de variação na base do cátion para uma cristalização fracional da olivina, augita e plagioclásio para formarBA a partir B (Tabela 8-6). Ragland (1989)

Se você comparar as Figuras 6-6c e 8-8, você perceberá similaridades. A Figura 8-8 produz quatrotriângulos (para o Al, Fe + Mg, Na + K e Ca) com quatro linhas no quais os valores possíveis para S, a extração do

 peso do mineral pode cair. Devido ao triângulo serem de tamanho e forma diferentes, eles não podem serdiretamente comparados. Se os quatro triângulos são convertidos para um triangulo eqüilátero no mesmo tamanhoque o anterior.

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Figura 8-9: Triângulo eqüilátero mostra a solução para a extração do peso do mineral (área escura) melhor preenchida segundo ocritério do diagrama de variação na Figura 8-8. Ragland (1989).

As quatro linhas de extração do sólido podem ser adicionadas a uma composição eqüilateral (Figura 8-9) pela notação da interseção de cada linha nos dois lados do triângulo que são os pedaços na Figura 8-8. por exemplo,na seção Al2O3 da Figura 8-8 os raios de comprimento da linha Py/PC e PX/PO definem a linha x-y sem qualquerforma no triângulo DOC. Idealmente, quando adicionamos no triângulo, as quatro linhas interceptam em pontosiguais para S, a extração do peso do mineral. Se eles não interceptarem no ponto, a área rodeada pela intersecção daslinhas define a zona que contem S, o qual deve ser relativamente pequeno (escurecido na Figura 8-9). O raio daolivina, plagioclásio e augita podem ser então determinados a partir de S, usando o método descrito em associaçãocom as Figuras 7-3 ou Figura 2-1.

Este exemplo gráfico ilustra por qual processo de fracionamento pode ser modelado. O método gráfico émais instrutivo, mas o processo matemático é mais eficiente para que eles se estendam para algumas fases ecomponentes em comum, e possa ser endereçada ao processo de combinação, tais como cristalização fracional,mistura de magmas ou por assimilação da parede da rocha (Bryan et al, 1969, Wright e Doherty, 1970; De Paolo,1981; Nielsen 1990). Os métodos envolvem um melhor encaixe no nível mínimo dos minerais analisados para uma

linha de regressão de analises sucessivas de lava. Deve-se tomar cuidado quando muitos processos simultâneos sãoconsiderados para mais de uma solução pode ser possível. Como os raios de elementos de Pearce, os modelosgráficos e numéricos provem um teste para as hipóteses, eliminando os efetivamente, mas eles não podem provarque um processo em particular estava operando. Quantidades posteriores aproximadas têm tentado modelar oequilíbrio da fusão do mineral baseada nos dados termodinâmicos extraídos a partir de dados de fusão experimental(ver Ghiorso, 198; Nielsen, 1990). Uma aproximação direcionada pode também ser empregada, usando o modelo

 para prever a linha de descida do líquido, o qual é então comparado com uma suíte natural.

8.7 Séries Magmáticas

 Nos já tínhamos visto no Capítulo 02 como a composição química pode ser usada para classificar e nomearas rochas ígneas individuais, um método em particular é útil para as rochas vulcânicas que podem ter mineraisidentificados. Os diferentes trends na Figura 8-3 para os dois conjuntos de amostra, Crater lake e Skaergard, cadaum mostra uma clara continuidade, já distinta, a variação química que implica fortemente uma relação genética ou

 processo evolucionário. Isto é um convite para a tentativa de diferentes tipos de classificação química, uma quedistingue famílias inteiras de magmas. (e rochas resultantes). Um grupo de rochas que dividem as mesmascaracterísticas químicas (e provavelmente a mineralogia) e apresenta um padrão consistente no diagrama devariação, sugerindo uma relação genética pode ser referida na série de magma –  magma série. Termos sinônimosincluem associação, linhagem, tipo de magma e clã.

O conceito de que rochas ígneas caem dentro do de grupos distintos e que cada grupo tem alguma passagem nas características evolucionárias a partir de um único tipo de magma parental através das séries de tipos

envolvidos de derivados mais silicáticos, foi proposto primeiro por Iddings (1892). Ele reconheceu a naturezaquímica desta distinção e propôs que todas as rochas ígneas caíam tanto da série alcalina –  alkaline quanto da série

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subalcalina  –   subalkaline. A distinção inicial da maioria do grupo foi feita no campo da base do modo deocorrência e características mineralógicas. Harker (1909) dividiu os limites do vulcanismo oceânico no Cenozóicoem seções como a do “Atlântico” (Alcalinos) e Pacifico (subalcalinos). A partir de um memorável texto biográfico  

 publicado em Isle Mull na Escócia em 1924 (por Bailey et. al., 1924) reconheceu varias intrusões do Eoceno e lavaroriginadas do centro Hebrides caiam dentro de dois grupos, o “Planalto das Séries de Magmas  –  Plateau MagmaSeries” (alcalinos e a “Principal Série de Magma  –   Main Magma Serie” (subalcalinas). Kennedy (1993)considerou estes dois tipos com sendo mundialmente o alvo e propôs os tipos de magma “ toleítico  –   tholeiitic”(Planalto ou subalcalina) e “olivina basáltica” (Principal ou alcalina). Os basaltos, com sua elevada temperatura delíquido, são considerados a serem o magma parental a partir do qual os mais envolvidos tipos nas séries sãoderivados. Bowen (1928) reforçou bastante este conceito dando uma enorme ajuda na sua divulgação e sob enormesinfluencias dele, o processo de fracionamento de cristais foi aceito como processo dominante pelo qual várias seriesse envolviam. Como mencionado acima, existe razão para duvidar que a cristalização fracional é o único processoda evolução magmática e pode até mesmo não ser dominante, deixando a mistura ou assimilação em alguns tipos demagmatismo.

Embora alguma série fosse distinguida no campo e nas características mineralógicas, as característicasquímicas e a influencia foram igualmente obvias particularmente o conteúdo silicáticos e a da alcalinidade, pois

estas características eram distintas durante a serie. A influencia do conteúdo de sílica e dos alcalinos são refletidosnos nomes das duas originais maiores series. Rochas alcalinas são ricas em alkalis e são comumente saturada emsílica para sub-saturada, enquanto que as rochas subalcalinas as saturadas em sílicas para supersaturadas.

Figura 8-10:  (a) Plotagem do CaO (círculos sólidos) e Na2O + K 2O) (círculos abertos) Vs. SiO2  para os dados Crater Lakeusados nas Figuras 8-2 e 8-3. Peacock (1931) usou o valor de SiO 2  no qual as duas curvas atravessam como seu “índice dealcalina-lime” (linhas tracejadas). (b) Índice de saturação de alumina (Shand, 1972) com analises de rochas p ara graníticasaluminosas em Achala Batholith, Argentina (Lira e Kirschbaum).

Se as séries são mesmo única, elas devem ser distinguidas pelos seus padrões evolucionários no diagrama

de variação, o qual também pode permitir dessa maneira uma analise dos processos evolucionários. Peacock (1931)usou a plotagem do CaO e (Na2O + K 2O) vs. SiO2  (Figura 8-10a) para de alguma forma arbitrária distinguir as

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quatro classes químicas, baseadas num único parâmetro, o “índice de alkalis-lime” (o peso% SiO2  no qual oaumento da curva alcalina encontra o decaimento da curva do CaO no diagrama de Harker). Ele chamou as classes:Alcalinas (índice de alcalinas - lime <51), alcalinas-calcicas (51-56), cálcio-alcalino (56-61) e calcico (>61). Noteque os dados Crater Lake na Figura 8-10a produz com um índice de alcalina - lime de ~58, indicando que a série ecalcico-alcalina. Shand (1927) grupou as rochas ígneas baseado no seu molar  total dos alcalinos vs. o conteúdo dealumínio para também as per alcalinas  –  peralkaline  [Al

2O

3 <(Na

2O + K 

2O)], per aluminosas  –  peraluminous 

[Al2O3 >(CaO + Na2O + K 2O)] e meta aluminosas  –  metaluminous [Al2O3 <(CaO + Na2O + K 2O) mas Al2O3 >(Na2O + K 2O)], uma classificação que é muito útil para a maioria das muitas rochas felsicas (Figura 8-10b).

O raio molar da alcalina-alumina (Na2O + K 2O)/Al2O3, é chamado de índice de per alcalinidade  –  peralkalinity index. O termo agpaitico –  agpaitic tem sido usado como sinônimo para os per alcalinos (e o índiceagpaitico ou coeficiente, foi inicialmente proposto, indicando a mesma coisa como índice de per alcalinidade). Maisrecentemente, contudo, a característica agpaitico das rochas alcalinas é considerada parâmetros mineralógicos equímicos, tais com Ca, Ba, Sr, Rb e Cs, o qual pode ser substituído por NA e K em alguns minerais alcalinossilicáticos e a IUGS agora recomenda que as rochas agpaiticas sejam restritamente para uma classe especifica desienitos nefelinos per alcalinos caracterizados pela complexidade dos minerais de Zr e Ti (ver Sorensen, 1974,1997).

Desde desse trabalho pioneiro, inúmeros trabalhos tem tentado identificar e classificar a serie de magmas baseados nas características químicas. Outras séries forma proposta, baseadas, entre outras coisas, no tipo alcalinodominante. Alguns destes termos foram consideradas verdadeiras series de magma, enquanto que outros serviammas como descrição das características químicas das rochas ígneas ou província. Tais diferentes aplicações domesmo termo conduziam a uma confusão. A maioria dos trabalhos continua reconhecendo Iddings (1892) das duasséries originais, alcalinas e subalcalinas e aceitar que as subalcalinas podem desta maneira ser subdivididas dentrodas séries toleítica  –  tholeiitic e cálcio-alcalinas –  calç-alcaline. Diante disto, existe menos concordância no queconstituem a serie ou como elas são distinguidas.

Figura 8-11: Diagrama mostrando o total de alcalinos vs sílica pára as rochas alcalinas (círculos abertos) e subalcalinas noHawaii. MacDonald (1968).

Em 1971, Irvine e Baragar tentaram sistematizar o crescimento da diversidade da nomenclatura das rochasmagmáticas e das series e recomendaram uma classificação o Conselho Nacional de Pesquisa no Canadá. Usandouma composição com elementos maiores e as normas de Barth-Niggli (cátion), eles tentaram provar uma

classificação razoável da serie de magma e dos métodos pelos quais eles poderiam ser distinguidos. Eles aceitaram aserie alcalina e subalcalina original e a subdivisão da serie subalcalina dentro da serie toleítica e cálcio-alcalina. Elestambém reconheceram a série per alcalina  –  peralkaline serie baseado no conteúdo de alumínio, com definido

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acima, embora seja menos comum. Eles também provaram uma definição química para os nomes das rochasconvencionais (como parte da serie), mas devido aos envoltórios com a classificação química pela IUGSapresentada no Capítulo 02, nos devemos desconsiderar este aspecto do trabalho.

As series alcalinas e subalcalinas são distinguidas no seu total em alcalina vs. sílica no diagrama na Figura8-11. Neste diagrama, as rochas alcalinas plotam distintamente acima e as rochas subalcalinas abaixo da linha quedividem escolhidas por MacDonald (1968) e Irvine e Baragar (1971).

A Figura 8-12a é o tetraedro Ne-Di-Fo-Qtz, chamado de tetraedro do basalto –  basalt tetrahedron, poisele é baste útil na caracterização dos basaltos. O plano Di-Ab-Em é chamado de plano de saturação de sílica  –  plane of sílica saturation, pois para a sua direita, o polimorfo da sílica está estável (indicando uma supersaturação),enquanto que a esquerda da fase da olivina de sílica subsaturada é estável sem o polimorfo da sílica (ver Figuras 6-12 e 7-4).

Figura 8-12: À esquerda: tetraedro do basalto (após Yoder e Tilley, 1962). À direita: a base do tetraedro do basalto usando ocátion de minerais normativos, com composições de rochas subalcalinas (preto) a partir da Figura 8-11, projetado do Cpx. Irvinee Baragar (1971).

O plano Di-Ab-Fo é chamado de plano crítico de supersaturação de sílica –  critical plane of sílica e paraa esquerda do plano muita sílica supersaturada nos feldspatoides no mineral nefelina está estável. A Figura 8-12b é à

 base do tetraedro Ne-Fo-Qtz (compare com a Figura 7-14, qual possui anortita ao invés da albita). As rochasalcalinas e subalcalinas quando plotados neste diagrama usando os minerais normativos (cátion) ne, ol e q sãodistinguidos pela divisão da linha amostrada (proposto por Irvine e Baragar, 1971).

Esta linha está próxima do plano da sílica subsaturada. Rochas alcalinas plotam à esquerda do plano e sãoas sílica subsaturadas. Estas duas são distintas, pelo menos em baixas pressões, devido à divisão térmica –  thermaldivide  ao longo da linha Ab-Ol (ver a Figura 8-13) que os líquidos impedem assim estes atravessam a linha deresfriamento. Especialmente liquido que estão no flanco desta divisão de descida a partir do resfriamentoenvolvendo tanto na direção a sílica saturada quanto dos alcalinos e da sílica subsaturada eutética. Rochassubalcalinas pode ser o rolamento da olivina e o rolamento do quartzo, dependendo de qual lado do plano dasaturação em sílica ocupe. A seqüência evolucionária mais comum nas series basálticas começa como os basaltos daolivinas alcalinas e procede através dos traquibasaltos e traquiandesitos pra tracritos ou fonolitos (ver Figura 2-4). Aseqüência mais comum para a série subalcalina é a mais conhecida família do basalto → andesito → dacito →riolito.

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Figura 8-13: Divisão térmica com composição de albita no sistema Ne-Q.

As séries subalcalinas formam em seguida subdivisões dentro das séries toleíticas e cálcio-alcalinas porTilley (1950). Embora estas duas subdivisões não possam ser distinguidas tanto no diagrama alcalino-silica ou none-ol-q  (para contrariar a tentativa de Peacock), eles fizerem plotagem em pontos distintos no diagrama AFM(Figura 8-14 e na plotagem do Al2O3 vs a normativa composicional do plagioclásio (cátion) (Figura 8-15).

Figura 8-14: O diagrama AFM mostrando uma distinção entre as tochas toleíticas selecionadas a partir de Iceland, a CadeiaMeso-Oceânica, Columbia River Basalts, e Hawaii (círculos sólidos) mais as rochas cálcio-alcalinas do vulcão Cascade (círculosabertos). Irvine e Baragar (1971)

Se você comparar as Figuras 8-13 e 8-14, nós veremos que o trend Sakaergard é claramente toleítico e otrend do Crater Lake e cálcio-alcalino. Ambas as séries progridem ao longo do trend  basáltico-andesitico-dacitico-riolitico, mas existem diferenças mineralógicas e químicas entre as duas séries que estão mais evidentes para ascomposições intermediárias. Irvine e Baragar (1971) acharam impossível distinguir consistentemente os membrosmais silicosos das duas séries, pois eles convergem depois da passagem diferente de enriquecimento em metal quecaracteriza o estagio intermediário. Nós iremos investigar estes trends mais precisamente nos Capítulos 14 e 16.

Figura 8-15:  Plotagem de peso% Al2O3  vs conteúdo anortita de plagioclásio normativos. Mostrando distinção entre a serie

toleítica e cálcio-alcalinos. Irvine e Baragar (1971).

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Irvine e Baragar (1971) dividiram as series alcalina dentro de uma série sódica  –   sodic e potássica  –  potassic, e Middlesmost (1975) recomendou o adicionamento da série em elevados K   também (Figura 8-16). Otermo permanece, tais como peraluminosa, metaluminosa, etc., embora eles possam ser ainda mostrados paracaracterizar algumas séries distintas de magmas, são úteis como termos descritivos quando alguma característicaquímica é enfatizada para uma rocha ígnea ou província em particular (como na Seção 18.1).

Figura 8-16: Diagrama do peso% K 2O vs. Na2O subdividindo as séries de magmas alcalinos dentro de Elevados  – K -, K - e dasérie sub-Na. Middlemost (1975).

Embora as séries de magma alcalinas, toleíticas e calcio-alcalinas dominem a historia dos processos ígneosda Terra, os tipos transicionais podem ser encontrados. Diagramas como das Figuras 8-11 a 8-17 sugerem uma claraseparação dos tipos de séries, mas quando dados adicionais são colocados, a distinção se torna mesmo clara. AFigura 8-17 é uma plotagem de mais de 41.000 analises das rochas ígneas copiladas a partir da literatura no digramaalcalino vs. sílica, tais como usados na Figura 8-11 para distinguir a série de magma principal alcalina e subalcalina.Alem de perceber as rochas subalcalinas são mais comuns do que as alcalinas, nós vemos que o intervalo propostosepara estas duas séries dominantes. De fato, uma concentração modesta das analises cai na porção limite de Irvine eBaragar (1971).

Figura 8-17: Plotagem de mais de 41.000 analises de rochas ígneas no diagrama de alcalinos vs. sílica. A linha que divide os

alcalinos/subalcalinos divide a linha de Irvine e Baragar é incluída. Lêmaitre (1976)

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Em adição, as séries mais comumente aceitas são definidas quando todo o magma é acomodado ou atémesmo toda a série do magma, particularmente entre elevadas rochas alcalinas variadas do interior da crostacontinental (Capítulo 19). Assim, toda a classificação dentro da série de magma pode ser útil, e está longe de ser

 perfeita. As classificações, com seus convenientes “pigeon-holes”, são comumente difíceis de aplicar na natureza. Aclassificação também focaliza nossa atenção para as  similaridades, quando indivíduos diferentes  podem serigualmente importantes, se não mais tão. Embora os basaltos de Mauna Kea, o Columbia River Plateau e o Mid-Atlantic Ridge são todos toleíticos, isto não significa que eles tenham uma origem idêntica, uma química ou mesmo

 passagem evolucionária. Com isto em mente, ainda é conveniente usar as três séries principais do magma (pelomenos).

 No sentido de alguma forma distinguir gradualmente em tempos, um numero significante de magmas caemdentro de umas destas séries. Cada série é caracterizada por um basalto parental e mostra uma seqüência de magmasderivados que seguem a linha de descida do liquido a partir do parental. Isto no conduz a conclusão de que deveexistir uma importante física e química que controlam o desenvolvimento de um numero primário e derivado demagmas. A procura por padrões e correlações, contudo geral, é uma aproximação cientifica fundamental e os

 padrões são representados pelas séries de magmas são reais, ou até mesmo se eles não são universais. Estes padrõesdevem refletir algum processo básico da Terra que não nos permitir ter uma vista panorâmica. Se você olhar o

conjunto tectônico de varias séries na Tabela 8-7, nós acharemos algumas outras correlações.

Tabela 8-7: Série de Magma num Especifico Conjunto Tectônico de Placa

Primeiro, os magmas cálcio-alcalinos são essencialmente restritos a subducção relativa ao processo de placa tectônica. Isto deve carregar algum significado cogenético e irá certamente ser o fator de qualquer modelo paraa gênese de subducção da zona do magma (Capítulos 16 e 17). Reconhecendo as características na composição daantiga rocha vulcânica pode ajudar a determinar a armação tectônica e auxiliar na interpretação histórica da área.Segundo, magmas toleíticos é praticamente um tipo exclusivo de magma associado com os limites divergentes.Embora, algumas rochas alcalinas são encontradas, elas têm um papel subordinado, usualmente no estagio inicia dorifting continental.: isto também, deve prover alguma dica útil da gênese do magma de cadeias meso-oceânicas(Capítulo 13).

Séries de magmas são importantes para o nosso entendimento da petrogenes ígnea. Mais cedo eu pergunteiuma questão básica como nos primeiro observaríamos o espectro de uma rocha ígnea que ocorre na Terra. Dada àdiversidade que nós observamos, eles todos derivam a partir de um único primitivo parente por uma variedade demétodos diversificados ou existem alguns parentes cada qual na sua própria linhagem de diversificação do produto?

Pareceria que o segunda caso citado e que pelo menos existem três séries magmas principais e provavelmente algunsoutros menores. Continuaremos investigar a desenvolver este tema no Capítulo 12 a 20 como veremos as maiores

 provincias de tipos ígneos.

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Capítulo 9

Petrologia Química 2 - Elementos Traço e Isótopos

Os elementos traço e os isótopos têm inúmeras utilidades nas geociências. No capítulo anterior, nós

discutimos maneiras em que os elementos maiores poderiam ser usados para classificar as rochas e testar as

hipóteses com o foco na origem e evolução dos sistemas magmáticos. Pois diferentes fases selecionadamente

incorporam e exclui elementos traço com uma maior seletividade do que ele faz os elementos maiores, os elementos

traço são muito mais sensíveis ao processo de fracionamento ígneo. Como resultado, o sistema original de fusão e

seus processos evolucionários podem normalmente ser mais bem compelidos usando elementos traço. Seria uma

forma proibidamente cansativa e cara analisar para todos os elementos traço nas rochas ou nas amostras de mineral.

Experimentos têm mostrado que alguns são em particular úteis na petrologia, embora novas aplicações estejam

sendo continuamente encontradas. Os elementos traço são classificados com base no seu comportamento

geoquímico. Entre os elementos traços mais úteis estão os metais de transição –  transition metals (Sc, Ti, V, Cr,

Mn, Co, Ni, Cu e Zn), os lantanídeos (mais comumente chamado de elementos terra raras –  rare earth elements,

ou REE), e Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Cs, Ba, Hf, Ta, Pb, Th e U. Ao contrário dos elementos traço, no qual se fraciona com

 base na afinidade química para várias, os isótopos de qualquer elemento particular pode somente fracionar com base

nas diferentes massas. A distribuição pode também resultar a partir do decaimento radioativo a partir de elementos

que quimicamente são fracionados em qualquer tempo em particular. Os isótopos podem promover colocando

obstáculos, incluindo alguns temporários, na historia dos sistemas das rochas.

9.1 Distribuição de Elementos

Como discutido no Capítulo 1, diferentes elementos têm diferentes afinidades para específicos sítioscristalográficos ou outros ambientes físico-químicos no qual residem. Por exemplo, como nós temos visto nosúltimos três capítulos, o potássio tende a estar concentrado nas ultimas fusões, enquanto o magnésio é usualmenteconcentrado nos minerais recém-firmados durante a cristalização de fusão. Embora a maioria de nós estejafamiliarizada com os elementos maiores, os elementos traço são tipicamente estranhos. Como nós podemos entendere prever seu comportamento? Em adição para as sua classificação dos elementos dentro dos tipos de siderofilo(preferindo um nativo estado metálico), calcofilito (preferindo uma fase sulfidica), e litofilito (preferindo uma fasesilicatica), apresentados no Capítulo 1, Goldschmidt (1937) também avançam para algumas regras simples para uma

 predição qualitativa das afinidades dos elementos traço baseados somente no raio iônico e na valência:

1. Dois íons com o mesmo raio e mesma Valencia devem entrar na solução sólida em quantidades proporcionais a suas concentrações. Em outras palavras, eles devem se comportar do mesmo modo. Usando estaregra, um pode prever a afinidade geral para alguns elementos traço por analogia com o elemento maior comsimilaridades na carga e no raio. Este tipo de substituição é freqüentemente chamado de camuflagem   –  camouflage.Por exemplo, o Rb pode ser esperado se comportar assim como o K, e concentrar em feldspatos K, micas e fusõesdesenvolvidas. O Ni, por outro lado, deve se comportar como o Mg e se concentrar em olivina, e outros mineraismáficos recém formados.

2. Se dois íons têm um raio similar e a mesma valência, o íon menor   é preferencialmente incorporadodentro do  sólido  sobre o líquido. Pois, o Mg é menor do que o Fe que deve ser preferido nos sólidos, como

comparados com os líquidos. Isto é claramente demonstrado pela notação do raio do Mg/Fe em olivinas vs. Liquidono sistema Fo-Fa.

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3. Se dois íons têm raios similares, mas diferente valência, o íon com elevadas cargas  é mais preferencialmente incorporados dentro do  sólido sobre o líquido. Assim Cr +3 e o Ti+4 estão quase sempre preferidosnos sólidos quando comparados aos líquidos.

A aproximação de Goldschmidt é preferencialmente simplista, e tem algumas exceções. A substituição doselementos traço para os elementos maiores requer não somente similaridade nos raios e nas valências, maseletronegatividade também, um fator que afeta as características de ligamento dos íons do mineral, e foramsupervisionados por Goldschmidt (ver Ahrens, 1953; Ringwood, 1955; e Whittaker, 1967). A afinidade real do íontem muita a ver com os efeitos do campo do cristal  com a configuração da casca de valência do elétron assim comoeles se relacionam com a eletricidade e a geometria energética da prospectiva dos sítios mineralógicos. Taisaproximações têm sido bastante proveitosas, mas está além do escopo deste texto (para discussão, ver Hernderson,1982). A aproximação de Goldschmidt, contudo falha, tem a atração da simplicidade, e ela supri nossa proposta

 presente.

Praticamente todos os elementos distribuídos por eles mesmos de forma desigual entre qualquer uma dasduas fases. Este efeito é conhecido como fracionamento químico –  chemical fractionation. Por exemplo, note queo Ca/Na é sempre maior nos plagioclásio do que em fusões coexistentes na Figura 6-8, e o Mg/Fe é sempre maior

nas olivinas do que nas fusões coexistentes na Figura 6-10. No Capítulo 27, quando nós aplicamos a termodinâmica para o equilíbrio mineral de maneira quantitativa, nós devemos ver que a distribuição de um elemento entre qualqueruma das duas fases em equilíbrio numa temperatura em particular, pressão e limites de composição, está fixada, e

 pode ser expressa usando uma “constante de equilíbrio”, K. 

Se a reação entre duas fases tais como sólido e líquido, é uma reação de troca de qualquer componente i:

i(líquido) ↔ i(sólido) (9-1)

 Nós podemos definir uma constante de distribuição empírica e simples  –   distribution Constant, K D 

como:

K D = Xisólido / Xi

líquido  (9-2)

Onde Xi  é a fração molar do componente i   (o equivalente molar da Equação 6-3) no sólido ou na faselíquida. Logo que as concentrações dos componentes estão relativamente diluídas,

K D = CS / CL  (9-3)

Onde CS e CL são as concentrações dos elementos traço no sólido e no liquido, respectivamente (em ppm

ou por peso%). K D, embora qualitativamente previsível, é determinado empiricamente, e as Equações 9-2 e 9-3simplesmente atestam que um componente tema tendência de ser distribuído em fases coexistentes em equilíbrio demaneira consistente e reprodutiva.

Quando referido aos elementos traço, K D é normalmente recolocado pelo D, e é chamado de coeficiente dedistribuição  –   distribution coefficient, ou coeficiente de partição  –   partition coefficient. Os coeficientes dedistribuição podem ser compilados pela medida da concentração dos elementos traço nos vidros e nos constituintesdos minerais coexistentes a partir da execução dos experimentos (ou a partir do equilíbrio dos pares damatriz/fenocristais nas rochas vulcânicas naturais), como tem sido feito na Tabela 9-1 para um número de elementostraço útil, como eles devem particionar eles mesmos entre os minerais mais comuns e uma fusão basáltica paraandesítica.

Os coeficientes de distribuição na Tabela 9-1 devem ser considerados somente aproximações, devido a elesvariarem junto à temperatura, pressão (somente um pouco), e composição da fusão (freqüentemente considerada).

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Alguns coeficientes de distribuição variam na ordem de um a dois da magnitude entre as composições basálticas erioliticas. Note que os elementos maiores não se fracionam extremamente, então os valores dos elementos maioresK D entre fases comuns são usualmente dentro da ordem de magnitude de 1.0 K D valores para os elementos traço, poroutro lado, pode o limite acima de algumas ordens de magnitude (note, por exemplo, o limite dos valores de D nacoluna da granada da tabela 9-1). Como resultado, os elementos traço podem variar sensivelmente para os processosde distribuição e fracionamento.

Por convenção, elementos traço incompatíveis  –   incompatible trace elements estão mais concentradosnas fusões do que nos sólidos, e K D (ou D), como definido pela Equação (9-3), é consideravelmente menor do queos outros. Elementos traço compatíveis –  compatible trace elements estão concentrados nos sólidos e K D (ou D)>>1. Isto é claro, depende dos minerais envolvidos, como nós podemos ver a partir da Tabela 9-1, mas nóscomumente padronizamos para minerais do manto (ou minerais mantélicos, olivina, piroxênio, e talvez granadas).Dos elementos maiores, então, Mg e Fe são referidos geralmente como compatíveis, enquanto que K e Na sãoincompatíveis. Elementos incompatíveis são comumente subdivididos dentre de dois subgrupos baseados no raio devalência pata o raio iônico. Os menores, de cargas elevadas campo de força alto  –   high field strength (HFS)  elementos incluem o REE, Th, U, Ce, Pb+4, Zr, Hf, Ti, Nb, e Ta. O campo de força baixo litofilo de íon largo  –  large ion lithophile  (LIL)  elementos (K, Rb, Cs, Ba, Pb+2, Sr, Eu+2) são geralmente considerados a serem mais

móveis, em particular se a fase de fluido está envolvida. Pequenos elementos de baixa valência são usualmentecompatíveis, incluindo os elementos traço Ni, Cr, Cu, W, Ru, Rh, Pd, Os, Ir, Pt, e Au.

Para uma rocha, nós podemos determinar os coeficientes de distribuição para qualquer elemento i  pelocalculo da distribuição de cada mineral que comprime a rocha. O resultado é chamado de coeficiente dedistribuição do peso –  bulk distribution coefficient, Di é definido pela equação:

Di  = ∑WADAi  (9-4)

Onde WA é a fração peso do mineral A na rocha, e DAi é a distribuição do coeficiente para o elemento i no

mineral A. Por exemplo, se nós pegarmos hipoteticamente uma granada lhezorlita, contendo 60% de olivina, 25% deortopiroxênio, 10%clinopiroxênio, e 5% de granada (todos pelo  peso, não pelo volume como na moda), ocoeficiente de distribuição do peso para o érbio, usando os dados na Tabela 9-1, é:

DEr  = (0,6 x 0,026) + (0,25 x 0,23) + (0,10 x 0,583) + (0,05 x 4,7) = 0,366

Perceba como o coeficiente de distribuição para o mineral que esta muito diferente partindo dos outros(especialmente se ele estiver muito elevado) pode significativamente afetar o coeficiente de distribuição do peso

 para um elemento. Neste caso, a granada, englobando somente 5% de peridotito, causando o coeficiente dedistribuição do peso a ser maior do que 0 3, quando 60% da rocha contêm olivina, com o coeficiente de distribuição

de somente 0,013.

Em seguida considere a fusão parcial deste peridotito. Apenas conforme na Tabela 9-1, nós podemos prontamente ver que o Rb (calculado DRb = 0,016), Sr (DSr  = 0,025), Ba (DBa = 0,008), e o REE são elementosincompatíveis para os típicos minerais do manto ou minerais mantélicos, e estão concentrados na fusão, enquanto Ni(D Ni = 10,4) e Cr (DCr  = 6,39) são compatíveis, e permanecem principalmente nos sólidos residuais de peridotitos.

Da mesma forma, o fracionamento do cristal de um magma basáltico aumenta com o enriquecimento do Rbe de outros incompatíveis nos líquidos posteriores, enquanto o Ni e os compatíveis serão seletivamente removidosdentro dos cristais de olivina ou piroxênio. Mais uma vez, como resultado dos valores mais extremos de  D  paraalguns elementos traço como comparados com os elementos maiores, os efeitos do fracionamento e da concentração

serão muito maiores para os elementos traço, assim eles promoverão uma melhor medida dos processos fusão parcial e cristalização. Além disso, os elementos traços que estão fortemente particionados dentro de um únicomineral podem prover uma sensível medida da quantidade de minerais que têm se cristalizado de modo fracional,

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 provendo que as análises estão disponíveis para uma suíte cogenética das rochas (representando um limite decomposições do líquido desenvolvido via cristalização fracional).

Por exemplo, a Figura 9-1a é um típico diagrama de Harker de Ni vs. SiO 2 para a suíte vulcânica do CraterLake. A queda abrupta de Ni abaixo de 55% de SiO2 indica que o fracionamento do cristal de olivina ocorreu acimadeste intervalo (note que o elevado valor de D para o Ni na olivina na Tabela 9-1). A perda em MgO acima de 55%de SiO2 na Figura 8-2 deve ter sido causado pela remoção de alguns outros minerais ou por algum outro processo doque a cristalização fracional. Note também que a variação dos limites de Ni a partir de 250ppm para essencialmentezero, ou duas ordens de magnitude.

Tabela 9-1:  Coeficientes de Partição (CS/CL) para alguns Elementos Traços usados comumente em Rochas Andesíticas eBasálticas.

Figura 9-1: Diagramas de Harker de (a) Ni vs. SiO2 e (b) Zr vs. SiO2 para as suítes das rochas vulcânicas do Crater Lake naFigura 8-2.

De maneira oposta, os elementos traços com um muito pequeno valor de  Di  são preferencialmenteconcentrados no líquido e irá refletir a proporção do líquido num dado estado de cristalização ou fusão, devido àvariedade de concentrações inversas com a quantidade de líquido diluído. A plotagem de Zr vs. SiO 2 na Figura 9-1bé uma ilustração. Alguns relativamente simples, mas úteis, modelos quantitativos têm sido desenvolvido no qual se

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 pode tratar múltiplas fases de fracionamento e várias cristalizações ou esquemas de fusões usando uma variedade deelementos traços. Nós devemos discutir alguns deste em seguida.

9.2 Modelos para os Processos de Fusão-Sólida

9.2.1 Fusão em Grupos –  Batch Melting

O modelo mais simples para um processo em equilíbrio envolvendo um sólido e um líquido é o modelo defusão em grupo  –  batch melting. Neste modelo, a fusão permanece em equilíbrio com o sólido, até certo ponto,talvez quando ele atinge alguma quantidade critica, ele é liberado e se move numa direção acima como num sistemaindependente. Shaw (1970) derivado da seguinte equação para modelar a fusão de grupo:

CL  1 ----- = -------------------C0  Di + F * (1 –  D) Fusão de Grupo (9-5)

Figura 9-2: Variação na concentração relativa dos elementos traço no liquido vs. rocha fonte como uma função de  D e a funçãofundida, usando a Equação (9-5) para o equilíbrio da fusão de grupo.

Onde CO é a concentração dos elementos traço na assembléia original antes que a fusão comece, e  F  é a

fração do peso na fusão produzida [ = fusão / (fusão + rocha)]. A Figura 9-2 mostra uma variação em CL/ CO com F   para os vários valores de Di usando a Equação (9-5). Alguns petrológos consideram valores de F  maior do que 0,4 aser um valor não razoável para a fusão de grupo no manto, devido a tais grandes quantidades de fusões poderemseparar e ascender antes que os elevados valores sejam atingidos.

Quando Di = 1 existe (por definição) nenhum fracionamento, e a concentração dos elementos traços emquestão é a mesma para ambos líquido e fonte (então a linha horizontal em D i = 1 na Figura 9-2). As concentraçõesdos elementos traços variam mais à medida que D i  deriva progressivamente a partir de 1. Isto é particularmenteverdadeiro para pequenos valores de  F  (baixo grau de fusão parcial) e para elementos de elevada incompatibilidade(Di <<1). Tais elementos incompatíveis se tornam grandemente concentrados numa pequena fração inicial de umafusão produzida a partir de uma fusão parcial, e subseqüentemente se tornando mais diluída assim que  F   decai.

 Naturalmente, assim que  F   se aproxima de 1, a concentração de todos os elementos traço no líquido deve seridêntica aquela da rocha fonte, devido a ela estar essencialmente toda fundida. Isto pode ser mostrado na Equação(9-5), para, com a aproximação de F  para 1, a Equação (9-5) se torna:

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CL = 1 com F →1 (9-6a)CO

Por outro lado, com F  se aproximando de zero, a Equação (9-5) se reduz para:

CL = 1 com F →0 (9-6b)CO  Di

Assim se nós sabemos a concentração de elementos traço no magma (CL) derivado por um pequeno grau defusão do grupo, e nós conhecemos Di  nós podemos usar a Equação (9-6b) para estimar a concentração daqueleelemento na região da fonte (CO). Isto pode prover uma informação valiosa na deformação e caracterização daregião da fonte de magma natural. A aproximação para um único valor de D i em largos limites de  F  para qual estatécnica pode ser aplicada.

 Note também que na Figura 9-2 aquele limite na concentração para elementos traços altamenteincompatíveis pode ser considerada. A Equação (9-6) nos mostra que este limite não deve exceder 1/ D i. Porexemplo, em referencia a curva para Di  = 0,1 na Figura 9-2 C L/CO  para os nossos elementos traços hipotéticos

variarem a partir de 1 para 10 (um na ordem de magnitude), o qual é 1/ D i. No diagrama de variação de Harker,logo, a variação em alguns elementos traços pode variar em muito por 1/ D i, o qual pode estar em três ordens demagnitude se Di = 0,001. Como pode ser visto na Figura 8-1, os elementos maiores tendem a variar por uma únicaordem de magnitude ou menos. Isto implica que se nós conhecemos a concentração de elementos muitoincompatíveis tanto no magma quanto na rocha fonte, nós podemos determinar a fração da fusão parcial produzida.Isto é outra maneira útil no qual os elementos traços podem ser usados para avaliar os processos de fusões em

 profundidade. _______________________________________________________________________________________

Exemplo Resolvido 1: Fusão de Grupo

Suponha uma rocha fonte gabroica com uma moda de 51% de plagioclásio, 33% de clinopiroxênio, e 18%de olivina passando por uma fusão de grupo. Nós podemos usar a Equação (9-6) da fusão de grupo para calcularC L/CO para o Rb e Sr com valores de  F  = 0,05, 0,1, 0,15, 0,2, 0,3, 0,4, 0,5, 0,6, 0,7, 0,8, e 0,9. Em seguida nós

 plotarmos C L/CO vs. F  para cada um (no mesmo gráfico), conectando os ponto de cada um com uma linha.

O primeiro passo é calcular  DRb  e  DSr , mas primeiro nós devemos converter a moda (%volume) para afração peso. Para fazer isto, nós devemos multiplicar cada porcentagem do volume pela densidade, para termos uma

 base do peso, e então normalizar para 1,0. Baseado em algumas densidades estimadas (g/cm3), isto pode ser feitocomo mostrado na tabela 9-2. A moda está em cm3, então multiplicando cada um pela densidade nos dá a proporçãodo peso. Se nós tivermos o somatório das porcentagens de peso (=303,9) nós podemos normalizar as proporções do

 peso para frações do peso multiplicando cada um (1,0/303,9).

Tabela 9-2: Conversão a partir da Moda para a Porcentagem em Peso.

Usando os dados na tabela 9-1, nós usamos a equação (9-5) para resolver os coeficientes de distribuição do peso tanto para o Rb e o Sr:

 DRb = (0,45 x 0,071) + (0,37 x 0,031) + (0,18 x 0,010) = 0,045 DSr  = (0,45 x 1,830) + (0,37 x 0,060) + (0,18 x 0,014) = 0,838

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A partir dos valores para D acima, está claro que o Rb incompatível e o Sr, por causa do plagioclásio, estásomente levemente tão (mas não próximo da unidade). Em seguida nós podemos usar a equação da fusão de grupona planilha para calcular C L/CO para vários valores de  F  dados acima. A planilha que realiza isto está presente naTabela 9-3. Os números em negritos são os dados coletados, as outras colunas foram calculadas usando a equação defusão de grupo (Equação 9-5). Em seguida eu destaquei as três primeiras colunas de dados numéricos ( F  e C L/CO 

 para ambos os elementos), e assim o gráfico é facilmente plotado e facilmente reproduzido na Figura 9-3.

Tabela 9-3: Modelo de Fracionamento Batch

A partir da Figura 9-3 está claro que o elemento incompatível Rb está fortemente concentrado nas pequenasrecentes proporções (baixo F ). Ele provém uma sensível medida do progresso de cristalização fracional, pelo menosaté que metade da rocha seja fundida. Devido a  DSr   está próximo de 1, o raio, Rb/Sr, vs.  F   é o mesmo para Rbsozinho (a última coluna na Tabela 9-3). Qualquer raio de elementos incompatíveis para elementos compatíveisdeve então estar sensível ao grau de fusão parcial (pelo menos nos últimos estágios).  Di  para os elementoscompatíveis é muito pequeno, os raios variam.

Mais uma vez, note que elementos altamente incompatíveis são fortemente particionados a partir da rocha

fonte, e estão concentrados nas fusões recentes. Com o progresso das fusões, o fracionamento é menos extremo,devido aos outros elementos estarem gradualmente adicionados às fusões e diluírem os já existentes elementosincompatíveis. Esta fusão com alta variação do raio de Rb/Sr pode sr derivada a partir de uma fonte com os raiosfixos de Rb/Sr e é de grande interesse nos estudos isotópicos, e irá será discutido mais detalhadamente na Seção9.7.2.2.

 Nossa experiência com sistemas ternários experimentais no capítulo 7 nos diz que isto não é real esperarque os raios dos minerais nos resíduos sólidos permanecessem constantes através dos processos de fusões. Em

 particular, nós podemos esperar que o raio mude com o progresso das fusões, e uma seqüência de minerais irão se

formar e serão consumidos também, até que a fusão seja completada.

 Nós podemos aplicar a Equação (9-5) repetidamente para tratar a fusão como incremento de  F , com cadaincremento com uma mineralogia de diferentes valores de  Di. Tais modelos são chamados de fusão incremental degrupo  –   incremental batch melting. Se os incrementos são poucos, pode ser feito prontamente na mão ou na

 planilha, mas se os incrementos são mais contínuos, um programa de computador é muito melhor. As Figuras 9 -2e9-3 mostram que um modelo é mais sensível para  Di para baixos valores de F , então eles são mais importantes paratrabalhar com pequenos incrementos nesta área. Acima de  F   = 0,4, os incrementos não precisam ser finamenteajustados, com as fusões dos grupos neste limite variam menos, e não são razoáveis de qualquer maneira.

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Figura 9-3: Mudança na concentração de Rb e Sr nas fusões derivadas pelo processo de fusão do grupo de rochas basálticasconstituídas por plagioclásio, augita, e olivina.

9.2.2 Fracionamento Rayleigh

Como um segundo modelo, nós retornamos para um modelo idealizado para o fracionamento do cristal. Setodos os cristais que são formados permanecem em equilíbrio com a fusão, a equação da fusão de grupo (Equação 9 -5) seria aplicada, devido ao processo de equilíbrio ser reversível. A única diferença seria que  F  seria a proporção delíquido permanecente após a extração, não a quantidade formada pela fusão. Tal cristalização em equilíbrio podenão ser provável, exceto talvez em elevadas viscosidade de fusões silicosas onde o conjunto de cristais é impedido.Este modelo para a perfeita cristalização fracional continua em reservatórios fechados (tais como na câmaramagmática) é chamado de fracionamento Rayleigh –  Rayleigh fractionation após a equação Rayleigh que é usadacomo modelo. Nesta situação, os cristais formados e acumulados, presumidamente no chão da câmara magmática, eestando essencialmente removidos e isolados a partir do favorecimento da reação com o liquido continuo. Usandotal modelo, a concentração de alguns elementos no líquido residual , C  L, é:

CL = F( Di  –  1) Fracionamento Rayleigh do Cristal (9-8)CO

Onde CO é agora a concentração nos elementos no magma original, e  F  é a fração da fusão  permanecente após a remoção dos cristais que são formados. A equação Rayleigh pode também ser aplicada para os processos defusões. Um perfeito modelo de fusão fracional, ou fusão fracional de Rayleigh –  Rayleigh fractional melting, é:

CL = 1= (1 –   F )(1/ Di  –  1)  Fusão Fracional de Rayleigh (9-9)

CO   Di

Onde F  é a fração da fusão produzida. Remoção de todos os pequenos incrementos da fusão, contudo, não éconsiderado um processo provável, devido ser muito difícil extrair pequenas quantidades de fusões a partir da fonte.Como mencionado no Capítulo 4, as fusões iniciais ocupam um espaço intergranular na rocha e é adsorbido para assuperfícies dos grãos. Algumas quantidades críticas de fusões é provavelmente requeridas antes que as fusões

 possam ser extraídas. Outros modelos são usados para analisar a mistura de magmas, assimilação da parede darocha, zonas de refinamento, e combinação de alguns processos (ver Cox et al., 1979 para uma revisão). Estesmodelos são capazes de uma previsão e analises da distribuição dos elementos traços para uma variedade de

 processos ígneos. Usando este modelo e coeficientes de partição publicados, nós podemos não somente avaliar a os processos de cristalização e fusão, mas ocasionalmente identificar mineral específico envolvido, e compelindo a área

fonte de algumas fusões.

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9.3 Os Elementos Terras Raras: Um Grupo Especial de Elementos Traço

Os elementos Terras Raras REE, as séries a partir dos lantânios para o lutécio (números atômicos 57-71),são membros do Grupo IIIA da tabela periódica. Todos eles têm propriedades químicas e físicas similares, causandoa eles a se comportarem como uma série coerente (a “série do lantanídeos”). Todos eles têm um estado de oxidação3+, como uma regra, e seus raios atômicos decaem prontamente com o crescimento do numero atômico (chamadode concentração de lantanídeos  –   lanthanide concetraction). O decaimento do raio atômico causa aos pesadosREE a serem favorecidos na maioria dos sólidos acima do liquido coexistente (Regra Nº2 de Goldschmidt), logoalguns fracionamento ocorrem dentro da série. Devido ao efeito dos campos dos cristais, o fracionamento paraalguns minerais é mais considerável do que para outros. Isto pode estar mais claro a partir dos valores para  Di naTabela 9-1. Note que o plagioclásio, por exemplo, é insensível para os efeitos do raio iônico, enquanto que agranada é fortemente favorável para os elementos pesados  Terras Raras (HREE). Este leve fracionamento,comumente em minerais específicos, numa outra série coerente faz com os REE seja uma ferramenta valiosa para os

 petrológos. Existem duas exceções para a norma de valência 3+ para os REE. Em baixos valores de fugacidade dooxigênio (ƒO2), o Eu pode ter uma valência de 2+, e Eu 2+>Eu3+  para um limite comum de ƒO2 nos sistemas ígneos. OEu2+ é substituído pelo Ca no plagioclásio (mas é muito grande para ocorrer no clinopiroxênio ou a maioria das fasesde rolamento do Ca). Assim DEu2+ para o plagioclásio é desordenadamente elevado para as séries REE (Tabela 9-1).

Sobre condições de oxidação o Ce pode também ter uma valência de 4+.

Os REE são usualmente tratados como um grupo, e o diagrama de REE são plotados na concentração comoa ordenada (eixo-y) contra o aumento do numero atômico, logo que o grau de compatibilidade aumenta a partir daesquerda para direita através do diagrama. Todos os 15 REE são raros, se alguma vez, determinados, mas os trendssão distintos quando usados entre 9 a 10. Uma direta plotagem da concentração vs. número atômico a partir dairregularidade, ou efeito “dente-de-tubarão” Oddo-Harkins, segundo o qual os átomos com o mesmo númeroatômico são mais abundantes dos que as suas imediatas vizinhanças com a adição do numero atômico (Figura 1-6).O efeito é eliminado pela normalização, ou divisão da concentração de cada REE pela concentração do mesmo REEno padrão.

Pesadamente, não existe nenhum padrão (se você verá), mas o mais comum usado são aqueles que daestimativa do manto primordial ou concentração de meteorito condrito. Como discutido no Capítulo 1, os condritossão considerados por alguns a serem amostras a menos alteradas que descem a partir da nebula solar primordial,então provavelmente se aproximam da composição química da Terra recente. Normalizando um padrão de condritosnão somente elimina o efeito de Oddo-Harkins, mas o diagrama REE resultante pode também ser comparadodiretamente com os valores da Terra primordial. A tabela 9-4 lista uma média de concentrações de CI nos meteoritoscondritos daqueles REE na tabela 9-1. Para uma excelente discussão dos vários esquemas de normalização, verRollinson (1993, pp 142-148). Algumas confusões podem resultar quando as concentrações REE ou os raios sãoreportados, devido a alguns valores poderem ser normalizados enquanto que outros não são. Uma boa prática é usaro subscrito N  para valores normalizados, e para expressar uma normalização usada em particular.

Tabela 9-4: Concentração de REE selecionado nos Condritos de Meteoritos de C-1 (em ppm)

Os diagramas REE são comumente usados para analisar a petrogênese ígnea, e nós devemos ver alguns noscapítulos seguintes. Antes de nós fazermos, seria bastante útil saber como interpretá-los. Para nos ajudar a fazer isto,

vamos usar os dados das Tabelas 9-1 e 9-4 para criar um diagrama REE para os magmas em alguns modelos que nós já temos considerado.

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 __________________________________________________________________________________________Exemplo Resolvido 2: Diagrama REE

Considere uma granada lherzolita, para a qual nós calculamos o coeficiente de distribuição usando aEquação (9-4), acima. Vamos aplicar o modelo de fusão de grupo (Equação 9-5) para obtermos CL/ CO para cada umdos REE na Tabela 9-1 em F  = 0.05, 0.1, 0.2, 0.4 e 0.6 (fundido de 5-60%). Nós devemos assumir C O para o manto

 presente ser o mesmo para o manto primordial, no qual, um após o outro, podem ser aproximados para o condritoCI. A partir disto nós podemos calcular CL  e criar um diagrama para as fusões pela plotagem CL/ condrito  comoordenada vs. o número atômico para cada REE na abscissa. Dado um modelo de condrito, a Equação (9-5) se tornaCL = Ccondrito/ [ DREE(1 –   F ) + F ] para cada REE. Uma planilha nos ajuda para quantidade em excesso do trabalho emcriar este diagrama de REE. A planilha apresentada na Tabela 9-5 possui os dados a partir da tabela 9-1 nos limitesda célula com contornos fortes a partir de A16 para G25, e dados a partir da Tabela 9-4 nos limites das células comcontornos fortes a partir de A3 para C11. A linha 26 tema porcentagem de peso de cada mineral no lherzolito, a qualcompleta os dados colocados para o problema. Usando a porcentagem mineral mais sos valores individuais  D,

 podemos calcular  Di para cada elemento usando Equação (9-4). Estes resultados estão nas colunas H. Em seguida,nós pegamos os valores de F  (célula I15), e usamos a Equação (9-5) para calcular o CL (usando C3:C11 como CO)na coluna I. Para facilitar a construção do gráfico, eu copiei a coluna I para D3:D11, e finalmente normalizado para

o condrito pela divisão D3/C3, e colocando o resultado no E3, e então colocando na coluna. Finalmente, eu ploteiB3:B11 vs. E3:E11 para fazer o diagrama REE. O arquivo REE.XLS no www.prenhall.com.winter é a planilha doExcel que eu usei.

Tabela 9-5: Planilha para o Cálculo do Diagrama REE para o Modelo de Fusão Batch.

O diagrama REE resultante para os valores selecionados de F  é reproduzido na Figura 9-4. Se  F  = 1.0. todaa fonte da rocha seria fundida, e o líquido deve ter a mesma concentração de REE e então ser divido pelos valoresdo condritos como uma normalização, o resultado é uma linha horizontal em 1.0 no diagrama REE. Isto nos dá uma

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conveniente referencia mental: uma completa fusão de um manto inalterado deve produzir uma plotagem horizontalde REE em 1.0. Para valores baixos de  F , representando sucessivos fracionamentos de fusões menores, o REE seráfracionado, mas não igualmente. O aumento nos valores de  Di com o número atômico (Z) aumenta na Tabela 9-1(coluna H) refletindo a concentração de latânideo e o progressivo aumento dos pesados REE (HREE) no sólido, e oleve REE (LREE) nos líquidos, resultando numa inclinação negativa da curva no diagrama REE. Os efeitos sãoaprimorados para pequenos valores de F , como nós esperávamos, e o aumento na inclinação da curva negativa como decréscimo de  F   é claramente ilustrado na Figura 9-4. Vocês são encorajados a experimentar o REE.XLS nocomputador, e mudar qualquer um dos parâmetros:  F , e/ou a proporção de peso de qualquer mineral. Eu tenho umanormalização na linha 26 e 27 para ser claro que a fração do peso total é 1.00 pata  Di para ser mais realista. Você

 pode assim mudar os valores na linha 27 sem ter que se preocupar se o total deles é 100%. O gráfico resultante na planilha será instantaneamente refletido de acordo com as suas escolhas. Você pode ter uma variedade deinclinações nos seus diagramas REE, mas uma inclinação positiva é impossível , não importa o que você tentedevido ao LREE ser sempre a favor do liquido comparado com HREE. Note que a granada, esta com uma altaconcentração dos coeficientes de distribuição para o HREE, quando adicionados os minerais da fonte da rochahipotética, resultando em elevadas inclinações de valores negativos para um dado valor de F .

Figura 9-4: Concentração de Terras Raras (normalizadas para o chondrito) para melts produzidos para varios valoresde F via fusão de um hypothetico lherzolito a granada usando o modelo batch melting (Equação 9-5).

A inclinação no diagrama REE pode facilmente ser aproximada matematicamente pelo raio dasconcentrações normalizadas de um elemento à esquerda, tais como La ou Ce, divido por um à direita, taiscomo Yb, ou La. Este valor obviamente aumenta com a inclinação. Um raio de (La/Lu) N  de 1.0 é umalinha horizontal, e o raio abaixo de 1.0 indica uma inclinação positiva. De modo similar (La/Sm) N  (La/Eu) N   podem ser usados para medir o enriquecimento dentro do LREE, enquanto (Tb/Yb) N  serão damesma forma para o HREE.

Figura 9-5: Diagrama REE para 10% da fusão do grupo de um hipotético lherzolito com 20% de plagioclásio. Devido ao Eu 2+ estar retido no plagioclásio da fonte, a fusão extraída é depletada em Eu, resultando numa pronunciada anomalia de európio.

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O processo descrito acima pode ser realizado, e os diagramas de REE criados, para qualquer modelo defusão ou cristalização discutido. Os diagramas REE resultantes são diferentes para cada modelo, mas, dando umaincerteza e variância nos valores de D, é contestável (e certamente debatível) se eles estão suficientemente diferentes

 para serem usados para distinguir entre os modelos processados quando aplicados para as rochas naturais.

Uma interessante mudança você pode fazer na planilha e nos gráficos no nosso exemplo é incluir o plagioclásio na rocha fonte. O coeficiente de distribuição na tabela das planilhas para o európio no plagioclásio é para elevados componentes de Eu2+. Se você determinar 20% de plagioclásio para a rocha fonte, existirão uns pronunciados mergulhos nos padrões de REE no Eu (Figura 9-5). Isto está referido como uma anomalia de európio –   europium anomaly, refletindo a substituição de Eu2+  para o Ca no plagioclásio. A anomalia pode ser tantonegativa, como na Figura 9-5, ou positiva, dependendo se o plagioclásio foi removido ou acumulado,respectivamente.

A magnitude da anomalia do Eu é comumente expressada como Eu/Eu*, onde o Eu* é o valor hipotéticodo Eu se nenhum Eu2+ for capturado pelo plagioclásio (o valor na linha reta entre os elementos vizinhos próximos, aFigura 9-5). A anomalia do európio é um bom indicador de que o líquido estava em algum momento em equilíbriocom o agora ausente plagioclásio, mas não pode ser facilmente determinado se as razões para esta área fonte de

rolamento do plagioclásio, ou remoção dos fenocristais a partir da fusão em tempos posteriores. Como eu tenhosugerido isto é um problema comum para a maioria dos nossos modelos. Usando eles, nós podemos ser capazes deidentificar a participação de um mineral em especifico, mas nós não poderemos necessariamente distinguir o

 processo exato.

 Nos Capítulos 10 a 20, nós veremos o papel da importância dos diagramas REE nas interpretações da petrogênese de alguns tipos de rochas ígneas. A completa forma dos diagramas REE nos padrões e nas anomaliasdos elementos individuais pode ser usada para compelir a fonte da fusão ou a participação dos minerais emespecifico na evolução do magma. Os REEs se tornam consideravelmente mais complicados em muitas rochassilicáticas, tais como os granitos, onde o numero de minerais menores e acessórios, tais como a apatita, zircão,monazita, e alanita têm elevados coeficiente s de distribuição do REE, concentrados-os, e tendo uma influencia

desproporcional nos padrões de REE.

9.4 Diagrama Spider

O uso desta referencia, tais como a normalização do condrito, nos padrões de REE tem nos guiado parauma expansão das técnicas para as aplicações com um amplo limite dos dados dos elementos traço, chamadadiagrama de multi-elementos normalizados, ou, mais coloquialmente, diagrama spider - spider diagrams. AFigura 9-6 é um exemplo do diagrama spider para um basalto alcalino para as Ilhas Gough a sul do Atlântico.

Figura 9-6: Diagrama Spider para um basalto alcalino normalizado mostrando os padrões dos elementos traços. Ilha Gough (Sune MacDonough, 1989).

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O diagrama é similar ao típico diagrama REE, mas possuem amplos limites dos elementos traços plotados. No diagrama spider, a abundancia dos números dos mais incompatíveis elementos traços estão normalizados paraestimar a suas abundancias em algum reservatório primitivo e uniforme, tais como a primordial Terra. Enquanto asabundancias absolutas destes elementos no volume da Terra possa se aproximar dos valores do condrito, aqueles nomanto primordial podem ser maiores devido aos efeitos da concentração das recentes formações dos centros, o qualrejeita estes elementos.

Algumas variáveis do diagrama de spider têm sido usadas na literatura com diferentes elementos ediferentes esquemas de normalização (hipotético manto primordial, meteorito condrito, etc). Em adição, as ordensdos elementos ao longo da abscissa podem variar levemente com diferentes autores (Woods et al., 1979; Sun, 1980;Thompsom, 1982, 1984). A ordem é usualmente baseada nas estimativas dos autores do aumento daincompatibilidade dos elementos da direita para esquerda num “típico” manto passando por uma fu são parcial. Oselementos selecionados estão quase que sempre incompatíveis durante a máfica para uma fusão parcial intermediáriae o processo de cristalização fracional. As principais exceções estão no Sr, no qual podem ser compatíveis se o

 plagioclásio estiver envolvido, o Y e o Yb com a granada, e o Ti com os óxidos de Fe-Ti. Os canais nesteselementos são pegos para indicar o envolvimento destes minerais.

Em geral, os elementos mais incompatíveis no lado à esquerda do diagrama spider devem ser maisenriquecidos na fusão durante a fusão parcial (particularmente para pequenos graus deles), resultando numainclinação negativa. Qualquer cristalização fracional subseqüente para uma segregação do magma a partir da fontedeve aumentar a curvatura mesmo assim. As dinâmicas são as mesmas para os diagramas REE, mas o diagramaspider nos permite estender a técnica para amplos limites dos elementos traços. Mais uma vez, nenhum processoconhecido pode produzir um líquido com uma curvatura positiva diretamente a part ir de uma não curvatura da fonte.As inclinações nos diagramas spider podem também ser estimadas pelo raio de dois elementos de compatibilidadecontrastante, tais como (Rb/Y) N , etc.

Figura 9-7: Basalto da ilha oceânica plotado no basalto das cadeias meso-oceânica (MORB) nos diagramas spider normalizadosdo tipo usado por Pearce (1983). Dados de Sun e MacDonough (1989).

Os diagramas spiders são flexíveis, e uma variedade de elementos de normalizações podem ter sido usados.Por exemplo, a Figura 9-7 ilustra um tipo de diagrama spider usado por Pearce (1983), normalizado para uma mediados basaltos das cadeias meso-oceânica. Este diagrama compara os elementos traços incompatíveis das amostrascom a maioria da abundância das rochas ígneas no planeta. Os elementos LIL estão no lado esquerdo do diagrama, e

os elementos HFS estão na direita. Ambos estão arranjados na ordem de aumento de incompatibilidade a partir dasmargens, então para aqueles elementos mais incompatíveis estão apenas à esquerda do centro do diagrama. Na

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média de qualquer análise de ilha oceânica basáltica é plotado na Figura 9-7, e tem o conteúdo de Y e Ybaproximadamente igual ao MORB (Y N  e YBn~1.0), mas as ilhas oceânicas basálticas são enriquecidas em todos oselementos traços no diagrama em proporções para o grau de incompatibilidade, resultando num aproximação nos

 padrões arqueados que chega ao máximo em Ba-Th.

É claro que os diagramas de spider portam muito mais arranjos heterogêneos de elementos traços do que asérie dos sistemas dos lantanídeos nos diagramas REE, e eles estão provavelmente para amostrar mais picos e canaisrefletindo os diferentes comportamentos dos elementos envolvidos. Os elementos LIL (em particular os maismóveis) poder ser mobilizados por uma fase de fluido aquoso, enquanto as variações nos elementos HFS estão mais

 provavelmente a serem controlados pela região fonte e minerais / processo de fracionamento da fusão durante aevolução do magma. Elevados Ba e Rb (os mais móveis elementos do LIL) podendo assim sugerir metasomatismo,ou contaminação por algum componente crustal, devido aos LIL serem facilmente extraídos a partir do manto eeventualmente se tornarem concentrados na crosta continental. Alguns elementos individuais podem ser fortementeinfluenciados por alguns minerais em particular, tais como Zr pelo zircão, P pela apatita, Sr pelo plagioclásio, e Ti,

 Nb, e Ta pela ilmenita, rutilo, ou esfeno. Se as rochas a partir de uma província petrogenética em particular exibem padrões em similares de picos e canais, isto sugere fortemente que eles compartilharam um parente em comum, processo, ou contaminação.

9.5 Aplicação dos Elementos Traços nos Sistemas Ígneos

A mais simples aplicação dos elementos traços está em usá-los nos diagramas de variação (Figura 9-1) e damesma maneira para aqueles elementos maiores que foram usados no último capítulo. Como mencionado recente nocapítulo, os elevados coeficientes de distribuição para qualquer elemento traço resultam numa ampla variação comoa fusão parcial ou cristalização fracional. Eles podem assim ser usados para avaliar a extensão no qual estes

 processos têm sido operados, devido as suas concentrações tenderem a variar consideravelmente assim que estes processos continuam.

Um avanço no uso na divisão dos elementos traços é na identificação da rocha fonte ou de algum mineralem particular envolvido tanto no processo de fusão parcial quanto no processo de cristalização fracional. Porexemplo, os REE podem ser comumente usados para distinguir entre elevadas pressões e baixas fontes de pressõesdas fusões do manto derivado. Na crosta continental profunda, em profundezas de até 70Km na manto, a granada e oclinopiroxênio são importantes fases (ver Figura 10-3), e sólidos residuais permanecente durante a geração acima de15 para 20% de fusões parciais.

Como resultado, devido particularmente à presença da granada, o coeficiente de distribuição do peso seráelevado para os HREE (Tabela 9-1), e acima de 10% da fusão parcial estarão os HREE elevadamente depletados(com elevadas inclinações negativas nos diagramas REE, como você pode testar usando o REE.XLS). Devido àinclinação no diagrama REE é também uma função de  F , o fracionamento da fusão gerada, nós devemos estaratentos à diferença entre a depletação de HREE pela granada e ao enriquecimento LREE devido aos baixos grausdas fusões parciais. A extração da granada, contudo, tipicamente transmitem uma inclinação negativa dentro  doHREE, enquanto o enriquecimento em baixos  F  resulta somente numa menor variação HREE. Em profundezas até40Km, o plagioclásio é uma fase importante (Figura 10-3) e pode ser detectado via a anomalia do európio na fusão.Assim a forma dos padrões de REE de qualquer basalto derivado do manto pode produzir importantes informaçõesnas suas profundezas de origem. Nós devemos usar esta técnica nos capítulos posteriores.

A concentração dos elementos maiores numa fase (mineral ou fusão) é usualmente dividida pelo sistema,logo ele varia um pouco nas fases como a composição do sistema muda. Por exemplo, considere o sistema daolivina, Fo-Fa, no diagrama de fase na Figura 6-10. Vamos especificar que duas fases, olivina e liquido, coexistamem 1445ºC. Se o raio do Mg/Fe do sistema aumenta de 20 para 50%, isto não terá nenhum efeito em qualquer queseja a composição da fase, devido à composição de cada fase estar fixada pela temperatura, assim como a regra de

fase prevê. Somente o raio do sólido para o líquido muda. Em contrastes marcados para este comportamento, asconcentrações de elementos traços estão na Lei de Henry –  Henry´s Law na região de concentração (Figura 27-3),

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e suas atividades variam na relação direta para as suas concentrações nos sistemas. Assim a concentração de Ni emtodas as fases será duplicada se a concentração de Ni nos sistemas duplicar. Isto não significa que a concentração de

 Ni é a mesma em todas as fases, devido aos elementos traços também fracionarem. Especialmente em concentraçõesdentro de cada fase variar na proporção na concentração do sistema. Se, por exemplo, a concentração de Ni naolivina é de 200 ppm, e 70 ppm em ortopiroxênio, duplicando no sistema resultará em 400 ppm e 140 ppm,respectivamente.

Devido a esta proporcionalidade, os raios  dos elementos traços são comumente superiores aos daconcentração de um único elemento na identificação do papel de um mineral em especifico. Por exemplo, no caso dagranada acima, os raio do HREE Yb divido pelo LREE La seria um bom indicador da inclinação do diagrama REE.Os valores absolutos  de tanto o La ou Yb variariam com o efeito da granada, mas eles também variariam naconcentração total dos REEs na fonte, e nós estaríamos incapazes de distinguir entre estes efeitos numa únicaamostra da rocha nas bases da concentração de La e Yb sozinhos. Um valor baixo de Yb nas rochas vulcânicasresultaria tanto para uma fonte de rolamento de granadas (o qual assegura Yb na fonte), ou simplesmente uma fontecom baixo conteúdo de REE. Devido a La e Yb se comportarem similarmente, exceto no que diz respeito a granada,com raios baixos de La/Yb é mais provável a refletir a influencia da granada. Da mesma forma que o raio do Eu(európio) para o adjacente Sm indicariam uma anomalia do Eu, e assim a participação do plagioclásio. Embora estes

exemplos de REE sirvam para ilustrar o ponto, o completo diagrama REE é usualmente mais informativo.

Um exemplo mais prático, o raio do K/Rb tem sido usado para indicar a importância do anfibólio numafonte de rocha ultramáfica, tais como uma hornblenda peridotita. Nas assembléias máficas o K e o Rb se comportamsimilarmente, logo os raios deles devem estar constantemente próximos para todas as rochas máficas. A olivina e o

 piroxênio contem um pouco destes elementos, logo suas contribuições para o coeficiente de distribuição do peso énegligente. Quase todos os K e Rb devem então residir no anfibolito, o qual tem um  D de 1.0 para K e 0.3 para Rb.Devido ao anfibolito ter DRb menos do que DK , a fusão de uma assembléia de rolamento da hornblenda (ao longo noqual algumas hornblendas são deixadas para trás) resultando num decréscimo no raio K/Rb na fusão final na qual foida rocha original. Outros fatores se tornam iguais, o magma produzido pela fusão parcial de um rolamento deanfibólio pela rocha fonte teria um baixo K/Rb do que teria o magma derivado a partir de uma fonte sem anfibólio.

 Naturalmente, um absoluto conteúdo elevado de K ou Rb também indicaria uma fonte de rolamento do anfibólio,mas poderia resultar a partir de outras causas, tais como flogopita, ou um fluido enriquecido em álcalis. O raio émais indicativo dos anfibólios devido aos diferentes valores para  D em particular para este mineral. A cristalizaçãofracional de um anfibólio também resultaria em baixos raios de K/Rb no líquido envolvido.

Um outro exemplo envolve o par incompatível de Sr e Ba. Estes elementos incompatíveis tendem a seremenriquecidos na primeira produção da fusão parcial ou do liquido residual seguido de uma cristalização fracional. Oefeito é seletivo, é claro, de acordo com as fases minerais envolvidos no processo. O Sr é excluído a partir dos maiscomuns minerais com exceção do plagioclásio (Tabela 9-1), e o Ba é similarmente excluído a partir de todos mais osfeldspatos alcalinos. O raio Ba/Sr tende assim a aumentar com a cristalização do plagioclásio, em níveis baixos, ou

 pode até mesmo decair quando o ortoclásio começa a se cristalizar.

Como um exemplo do uso dos raios dos elementos incompatíveis, o Ni é fortemente fracionado dentro daolivina, mas menos dentro do piroxênio. O Ce e o Sc, por outro lado, entram somente na olivina de maneira sutil,mas são fortemente fracionados dentro dos piroxênios. O raio do Ni para o Cr ou Sc então nos proveria uma maneiradistinta dos efeitos da olivina e augita ma fusão parcial ou uma suíte das rochas produzidas pela cristalizaçãofracional.

Em todos os casos acima o uso dos raios, a idéia é achar o mineral com um único par de elementos pelosquais sozinhos tenham um elevado valor de D para uns elementos e um baixo valor relativo de D para os outros. Oraio destes elementos é então sensível somente para o fracionamento liquido/cristal associado com um mineral em

 particular.

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Tabela 9-6:  Um breve sumário de algumas particularidades úteis dos Elementos Traços na Petrologia Ígnea (Esta Tabelaencontra-se ao final do livro).

Existem bastantes aplicações dos elementos traços para a petrologia, incluído alguns que não são mineraisespecíficos. Por exemplo, o raio de dois elementos traços incompatíveis devem ser o mesmo através da sériemagmática desenvolvida num centro vulcânico pela cristalização fracional, devido à cristalização mineral remover

 pequenos minerais também. Se o vulcanismo for derivado a partir de parentes distintos ou de fontes distintas,contudo, o raio seria esperado a ser mais variável.

Existem mais alguns exemplos do uso de elementos traços específicos. A Tabela 9-6 é um sumário deGreen(1980) de alguns importantes elementos traços usados como traços petrogenético na tentativa para identificaros minerais envolvidos na diferenciação ou fusão parcial (ver também Taylor, 1969). Estes elementos podem nosdizer alguma coisa sobre uma única analise de rocha inteira, mas eles são muitos mais confiáveis se usados nodiagrama de variação para uma suíte de rochas relacionadas com um significante limite composicional numa únicaárea. Um decaimento nestes elementos para uma série de rochas implica o fracionamento de uma fase no qual elesse concentram. Elevadas concentrações dos elementos traços no magma parental podem refletir elevadasconcentrações destes elementos na rocha fonte, ajudando a compelir a mineralogia da área fonte.

9.6 Critérios Geoquímicos para Descriminação entre os Ambientes Tectônicos

Alguns dos padrões dos elementos traços que nós reconhecemos agora para as rochas ígneas mostramtrends distintos ou raios que se correlacionam empiricamente com algum conjunto tectônico em particular, tais comoas cadeias meso-oceânicas, ilhas oceânicas, ou zonas de subdução, etc. Claro que modernos exemplos que estão

 prontamente caracterizados baseados no campo do critério e locação, mas as características químicas podem seraplicadas para rochas ígneas mais antigas, o qual pode ser consideravelmente deformável, falhado, deslocado, eisolado a partir de seu conjunto original (Pearce e Cann, 1971, 1973).

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Figura 9-8: Exemplos de diagrama descriminante usados para inferir o conjunto tectônico de um antigo (meta) vulcanismo. (a) depois de Pearce e Cann (1973), (b) depois Pearce (1982), Coish et al. (1986). Reimpresso com a permissão do Jornal de Ciênciada América, (c) depois de Mullen (1983) Copyright © com a permissão do Elsevier Science.

A Figura 9-8 mostra algumas tentativas para usar os raios de alguns menores e elementos traços paraindicar a fonte original das rochas máficas vulcânicas que agora ocorrem como xisto verde e anfibólios em terrenos

deformados e metamorfisados onde as suas fontes não são ao longo reconhecidas. Se analisarmos as rochas antigasnos terrenos deformados, nós podemos plotá-los em um dos inúmeros diagramas da literatura (ver Rollinson, 1993,Capítulo 5 para uma revisão compreensiva), e inferir no conjunto tectônico / ígneo.

Favor notar que estas técnicas são estritamente empíricas, e são usadas para a extensão de que a geoquímicadas rochas ígneas do qual as histórias nós podemos inferir em outros solos continuam a dar suporte para estasconclusões. O uso e resultados são em tempos um pouco ambíguo devido a existirem algumas variáveis envolvidas:a rocha fonte, a extensão da fusão parcial, a cristalização fracional, a mistura do magma, e a completa assimilação darocha; e os efeitos do metamorfismo subseqüente. Os efeitos do metamorfismo, contudo, podem ser minimizados

 pela escolha dos elementos traços geralmente considerados a serem imóveis durante o metamorfismo (usualmenteincluindo Ti, Cr, Zr, Hf, Y). Os efeitos da cristalização fracional, assimilação e mistura podem ser minimizados pela

aplicação das técnicas para somente as rochas máficas vulcânicas.

As rochas podem plotar em campos contraditórios em diferentes diagramas, conduzindo algunsinvestigadores para o questionamento da validade das aproximações. Ambientes tectônicos diferentes, contudo, temalguma assinatura geoquímica distinta. O qual sugere que aplicações cuidadosas destas técnicas podem produzirinformações úteis não de outra forma disponíveis. Novamente, a plotagem de suítes de rochas relacionadas é delonge superior a plotagem de uma única amostra. Claro, que um experiente investigador não conta apenas com umaúnica técnica ou plotagem.

Os elementos traços têm se tornado uma importante ferramenta para os petrológos, e têm bastantesaplicações para as rochas ígneas. Nós devemos aplicar e expandir sob os princípios introduzidos acima nosCapítulos 10 a 20, quando nós calcularmos o valor da geração e do desenvolvimento dos vários sistemasmagmáticos. O uso de novos elementos traços está sendo continuamente desenvolvido.

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9.7 Isótopos

Os elementos são caracterizados pelos seus números de prótons no núcleo. Todos os átomos com 6 prótonsem seu núcleo são os átomos de carbono, aqueles com 7 são os nitrogênios, etc. Devido aos nêutrons não possuíremcarga, o núcleo de um elemento pode conter uma quantidade variável deles sem atingir as propriedades químicas dosátomos. Assim o carbono pode ter 6, 7 ou 8 nêutrons, resultando num átomo de carbono com uma massa diferente.

Estas variantes todas do mesmo elemento, são chamadas de isótopos  –   isotopes. Os nêutrons afetam onúcleo, contudo, e somente um alcance limite de nêutrons capacitados é estável para qualquer elemento em

 particular. A notação geral para o conteúdo de próton e nêutron de nucleotídeo  –   nuclides  (átomos) éconvencionalmente escrita como: 12

6C onde C é o símbolo do elemento (no caso o carbono), o subscrito 6 é u onúmero atômico (Z, o número de prótons no núcleo) e o superscrito 12 é o número da massa (A, o número de

 prótons mais os nêutrons no núcleo). Os três isótopos naturais do carbono são então 126C, 13

6C e 146C. Devido a Z  ser

característico dos elementos, o subscrito é redundante com o símbolo do elemento, e é comumente omitido. Osisótopos mais comuns usados pelos petrológos são os H, C, O, S, K, Ar, Rb, Sr, U, Pb, Th, Sm, e Nd, mas, como umelemento traço, um novo e útil sistema isotópico estão continuamente sendo explorados.

Os isótopos podem ser classificados como estáveis ou radioativo. Os isótopos estáveis  –  stable isotopes são aqueles que permanecem indefinidamente. Os isótopos radioativos  –   radioactive isotopes são instáveis, e

 passam por um processo de decaimento radioativo para produzir um outro núcleo, mais uma partícula ou raio gamasão considerados como uma forma de energia. O isótopo original instável é referido como pai –  parent, o isótoporesultante é a filha –  daughter, e a partícula pode ser tanto uma partícula alfa (essencialmente um átomo de 4

2C), ouuma partícula beta (um elétron). Alguns isótopos radioativos decaem pela fissão nuclear –  nuclear fission, no qualeles se separam dentro de dois isótopos filhos, alguns nos quais podem ser instáveis e decaírem em seguida. Osisótopos filhos, devido ao fato deles terem sido criados pelo decaimento radioativo, são chamados de isótoposradiogênicos –  radiogenic. Os isótopos radiogênicos não decaem instantaneamente, mas o faz como uma taxa quedepende das suas estabilidades relativas, logo a taxa de decaimento é especifica para cada nucleotídeo. O 24

11 Na, porexemplo, é criado a partir de um reator nuclear, e é muito instável, durando somente alguns dias da semana. O

23892U, por outro lado, é mais estável, e somente na metade da Terra original que o 238U teve um decaimento distante.Como devemos ver, devido à taxa de decaimento para um isótopo radioativo particular ser constante, estes isótopos

 podem ser usados para determinar a idade das rochas tão bem quanto temos usado como traços petrogenéticos.

9.7.1 Isótopos Estáveis

A maioria dos elementos tem mais de um isótopo. É por isto que o peso atômico de um elemento não é onumero inteiro, devido a ele representar uma média da massa dos isótopos para aquele elemento numa típicaamostra natural. Devido aos isótopos estáveis de um elemento em particular serem quimicamente idênticos (todos os

isótopos do carbono são ainda carbono), eles não fracionam quimicamente entre duas fases, como seria para doiselementos traços tais como o Rb e Sr, como mostrados na Figura 9-3. Preferencialmente, o processo defracionamento da massa  –   mass fractionation  é o único que pode separar os isótopos existentes de um únicoelemento. Em outras palavras, durante algumas reações, tais como fusão, cristalização, ou evaporação, os isótoposdo mesmo elemento podem fracionar entre duas fases em função das suas diferenças de massas. Se qualquerfracionamento da massa assume uma posição, os isótopos leves sempre fracionam preferencialmente dentro da sua

 fase com um enfraquecimento do ligamento, e é geralmente favorecido no vapor acima do líquido e no líquido

acima do sólido. Estas diferenças de massas são usualmente pequenas, comparadas com as diferenças químicas,logo a fracionamento da massa é usualmente pequeno, e requer um equipamento de análise química muito sensível

 para poder documentar.  A eficiência do fracionamento da massa é uma função da diferença de massa divida pela

massa total . Assim 204Pb e 205Pb não realizam o fracionamento da massa apreciavelmente, pois a diferença de massaestá somente me 0.5% do total. O 1H e 3H por outro lado, se fraciona bem, pois 3H tem essencialmente três vezes a

massa de 1H.

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Como um exemplo do uso dos isótopos estáveis, considere os três isótopos estáveis do sistema do oxigênio:

16O 99.756% do oxigênio natural17O 0.039%18O 0.205%

O fracionamento dos isótopos são usualmente expressados como raios e são referidos para alguns padrõesno sentido de fazer com que eles sejam mais facilmente manuseados e compreendidos, assim bem como em calibraros resultados de vários laboratórios. O padrão internacional mais comum para os isótopos do oxigênio é o  padrão

 para águas meso-oceânicas  –   standard mean ocean water , “SMOW”. O 18O e o 16O são os isótopos maiscomumente usados, e seus raios são expressados como δ: 

δ(18O/16O) = (18O/16O)amostra - (18O/16O)SMOW X 100(18O/16O)SMOW  (9-10)

O fator 1000 produz um resultado que é expresso em milésimos, ou  per mil  (%), não em centésimos, ou porcentagem (%).δ(18O/16O) para o SMOW para uma amostra seria zero, de acordo com a Equação (9-10). A faseenriquecida em 18O a respeito do SMOW tem um valor positivo para os valores de δ, enquanto que 18O numa fasedepletada tem valores negativos.

O que seria o δ18O para as águas meteóricas?Lembre-se, que os isótopos leves são favorecidos vapor acimado líquido, logo a evaporação a partir das águas oceânicas seleciona preferencialmente 16O, logo teria um δ negativo.Da condensação para a chuva deve levar a maioria dos vapores com a chuva, logo existe uma pequena reversão nofracionamento da massa quando virtualmente todo o vapor é condensado para o líquido. Nós devemos assim esperarencontrar Ochuva < (18O/16O)SMOW e assim um valor negativo para δ nas águas meteóricas. A Figura mostra que isto émesmo verdade, mas δ é em função da temperatura climática também. Porque?  

Figura 9-9: A relação entre δ(18O/16O) e significam a temperatura para a precipitação meteórica, depois Dansgaard (1964).

Como pode ser visto para o Rb na Figura 9-3, o fracionamento é mais efetivo quando  F , da quantidade domaterial é convertido a partir de um estado para outro é convertido, é pequeno. Na maioria dos climas quentes,muito da umidade do ar permanece úmida, e uma pequena porcentagem do vapor da água condensa de volta para a

chuva. Embora o fracionamento da massa do oxigênio durante a vaporização está ainda elevada em climas quentes.O fracionamento de massa reverte durante a condensação e também assume uma posição, devido somente a uma

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 pequena proporção do vapor está condensando. Como resultado, o líquido condensado tende a se concentrar emisótopos pesados, e retornam para valores próximos do SMOW. Onde a temperatura a baixa, uma elevada fração devapor de nuvens condensam para o líquido, o racionamento de massa durante a condensação é menos eficiente (setoda a água for condensada, nenhum fracionamento no todo não ocorreria). O δ permanece assim baixo para climasfrios, próximo aos valores para o vapor. Mais uma vez, o fracionamento de massa do oxigênio é claramente efetivodevido à diferença de massa está aproximada 1/8 da massa total. Nós temos assim encontrado que o fracionamentona água da chuva para o oxigênio, um leve isótopo, está em função da temperatura do clima. Isto é útil de inúmerasmaneiras, tais como a estimativa do paleoclima a partir do acumulo da neve e dos centros formados a partir das

 películas de gelos ou até mesmo a partir do raio de (18O/16O) nos carbonatos (o qual, incidentalmente, tem um padrão diferente do que o SMOW).

Isótopos estáveis são úteis na determinação dos valores da contribuição relativa de vários reservatórios ecada um com sua assinatura de isótopos estáveis distintos. Por exemplo, os raios isotópicos do oxigênio e hidrogênioda água meteórica e juvenil (magmática) são diferentes, com são aquelas da água do mar. Para o O e o H os isótopostem sido usados para avaliar as características das águas juvenil/meteórica/salobra (incluindo os sistemashidrotermais acima das intrusões) e o tipo de água responsável pela alteração da rocha. Como discutido na Seção4.3, a maioria dos trabalhos indicam que os sistemas hidrotermais acima dos plutons são dominados pelo recalculo

da água meteórica.

O oxigênio é também um importante constituinte na maioria dos minerais. A composição isotópica dooxigênio das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas exibe uma variação sistemática de δ 18O que contem umaimportante informação sobre a sua informação e história. Por exemplo, δ18O da maioria das rochas ígneas está entre+5 e +15%, o qual difere a partir das superfícies sedimentares retrabalhadas, no qual troca os oxigênio e se equilibracoma água meteórica. O δ18O é assim diferente para as rochas e fusões do manto e sedimentos, e podem ser usados

 para avaliar a extensão no qual o magma derivado do manto são contaminados pelos sedimentos crustais. Outrasrochas ígneas mostram baixos valores para o 18O e deutério (2H, ou D), interpretados para resultar a partir da trocaentre as rochas e a infiltração das águas meteóricas. O´Neil et al. (1977) usou os valores δ 18O e H/D de algunsgranitos na Austrália para subdividir aqueles plutons derivados da fusão de rochas sedimentares ricas em argilas. Os

isótopos do oxigênio e do hidrogênio têm também sido usados para o estudo da gênese dos minérios hidrotermais, ea alteração da parede da rocha relacionada, concentrando largamente na fonte associada à água.

Os isótopos do carbono dos carbonatos e dos fluidos nas rochas ígneas (ou dos diamantes e na grafita emalguns) produzem importantes informações na concentração da fonte e na alteração das rochas. Os raios do 13C/12Cda maioria dos carbonatos das típicas rochas ígneas, por exemplo, indicam que o carbonato não é magmático, e égerado pela circulação hidrotermal dos fluidos. Os carbonatitos (Seção 19.2) são uma rara exceção. A baixaassinatura do 13C/12C de qualquer minério hidrotermal, por outro lado, indica um profundo assentamento da fonte

 para a maioria dos carbonos neles.

A composição isotópica estável das rochas metamórficas também são bons indicadores de uma rocha pai

 pré-metamórfica. Ele também pode indicar a natureza dos fluidos presentes durante o metamorfismo, e a extensãoda interação do fluido da rocha.

A troca isotópica entre os minerais, ou entre os fluidos minerais e intergranulares, é dependente datemperatura. A principio pode usar isótopos estáveis para estimar o equilíbrio da temperatura dos minerais, masdevemos estar atentos ao reequilíbrio e alteração, o qual pode prontamente mudar os valores do equilíbrio original.

Devido à eficiência do fracionamento da massa ser em função da diferença de massa divido pela total damassa, os estudos dos isótopos estáveis são usualmente limitados ao sulfúreo e elementos mais leves. Para umadiscussão mais detalhada de qualquer aplicação petrológica dos isótopos estáveis, ver a literatura sugerida no finaldo capítulo.

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9.7.2 Isótopos Radioativos e Radiogênicos

Os raios isotópicos dos elementos com isótopos radioativos (pai) e isótopos radiogênicos (filha) entre seuscomponentes isotópicos podem ser afetados pelo processo de fracionamento da massa, se eles forem leves osuficiente, mas também tem os raios isotópicos que variam com o tempo. Para elementos pesados os efeitos dofracionamento da massa são significantes, logo nós concentrar nestes, e focalizar na maneira que os raios isotópicosrefletem o processo de decaimento dependente do tempo.

Os raios isotópicos dos elementos que incluem os isótopos radioativos refletem perda dos isótopos estáveisdevido ao decaimento. A variação nos raios isotópicos dos elementos cm isótopos radiogênicos  são maiscomplexos. Seus raios isotópicos refletem adição dos isótopos radiogênicos devido ao decaimento da radioatividadedo nucleotídeo do pai, mas o pai é um elemento diferente. No caso dos isótopos radiogênicos, então, o raio isotópicode um elemento depende do raio  da pai para o elemento da filha, o qual usualmente resulta no fracionamentoquímico durante os processos recentes, tais como fusão parcial, cristalização fracional, etc. Por exemplo, assumindoalguns elementos pais (“Pn”) tem um isótopo que decai para um elemento filha (“Dr”), e que o Dr possui 4 isótopos,um dos quais (Dr*) é radiogênico. Supondo que depois de algum tempo em especifico em que a metade dos isótoposinstáveis do Pn decai para os isótopos radiogênicos do Dr*. Claramente, o Pn mais inicial na amostra, o mais

radiogênico Dr* é produzido, resultando num maior porcentagem de Dr* entre os isótopos de Dr. Também, seexistir uma pequena quantidade de Dr na amostra original, a maioria será atingida sob o efeito da adição dasquantidades fixadas dos isótopo Dr* no total do raio isotópico Dr. Em outras palavras, a adição de 100 átomos deDr* terá um menor efeito no raio isotópico dos milhões de átomos pré-existentes do Dr, mas terão um profundoefeito se existir inicialmente somente 10 átomos de Dr. A Figura 9-3 nos provém um exemplo deste efeito. Supondoque nós começamos com uma rocha sólida com uma quantidade igual ou Rb e Sr. Se nós fundimos parcialmenteesta rocha com somente 10% da fusão parcial ( F  = 0.1) o conteúdo de Rb da fusão parcial será algumas vezes oconteúdo do Sr. Isto é um fracionamento químico. Na Seção 9.7.2.2 nós vamos aprender que o decaimento do 87Rbdecai para 87Sr com o passar do tempo. Se 10% da fusão parcial se resfria rapidamente para uma rocha vulcânicacom uma pequena chance para assim um fracionamento do Rb vs. Sr, os isótopos de 87Sr produzidos pelodecaimento a partir de uma larga quantidade de Rb será posteriormente um constituinte de uma proporção

significativa de Sr (o qual estava inicialmente presente em pequenas quantidades). Agora vamos supor que um outromagma foi produzido no mesmo momento que o magma anterior descrito acima de 50% da fusão parcial ( F  = 0.5 naFigura 9-3); haveria muito menos Rb na rocha vulcânica resultante, e a proporção de 87Sr vs. o outro isótopo Sr nomesmo tempo seria menos do que os 10% da fusão. De acordo com a teoria do decaimento radioativo (Rutherford eSoddy, 1903) a taxa de decaimento de um átomo pai instável na amostra em qualquer tempo ( t ) é proporcional aonúmero de átomos pais, existentes naquele momento. Matematicamente, isto significa:

- dN ∞ N ou - dN  =  N (9-11)dt dt

onde N  é o número de átomos pais, t  é o tempo, e é uma constante de proporcionalidade, chamada deconstante de

decaimento  –   decay constant, uma constante especifica e empírica para um sistema isotópico em particular (∞significa “é proporcional a”). dN/dt é a mudança em  N  em função do tempo, ou a taxa de decaimento, num tempoespecifico. Alguns podem se rearranjar e integrar esta equação (ver Faure, 1986, pp. 38-39) para derivar:

 N/N o = ℮ –  t   (9-12)

onde N o é o número original dos átomos do nucleotídeo radioativo, e  N  é o número após algum tempo t  (em anos) passado. Se a taxa de decaimento é proporcional ao numero de átomos pais permanecente na amostra em qualquer período, ele segue que uma constante de proporção dos átomos pais permanecente decaem num período fixo.Métade dos átomos na amostra assim decaem durante um especifico intervalo de tempo que está em função de , e

metade dos átomos permanecente decaem da próxima vez no intervalo de tempo no mesmo comprimento, etc. Nós podemos definir a meia-vida  –   half-life  (T1/2) como o tempo requerido para quer metade dos átomos instáveis

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decaírem. Se nós começarmos com  N o como os átomos instáveis, após uma meia-vida, ½ N o irá permanecer. 1/4 N o dos átomos irá permanecer após o período de duas meias-vidas, então 1/8, 1/16, etc. Nós podemos substituir T1/2 dentro da Equação (9-12) como solução para a relação entre T1/2 e . 

½ N o = N o℮ – 2/1T

 

½ = ℮ – 2/1T 

ℓn(½) = – T ½ (9-13)

ℓn2 = T½ 

T½ = ℓn2/ 

= 0,693/ 

Se nós conhecemos  N , o numero de átomos radioativo do isótopo pai no presente momento,  N o, o númerooriginal de tais átomos , e , nós podemos usar a Equação (9-12) como solução para o t , a idade da rocha (o número

dos anos que se passaram desde do começo do processo de decaimento). É impossível, contudo, medir ambos N  e N o em rochas atuais. Nós só podemos medir  N , a quantidade na amostra em qualquer tempo. Nós podemos, contudo,determinar  N o  pela adição de D*, o isótopo radiogênico filho produzido, para  N , no isótopo pai permanecente.Devido:

D* = N o  –   N   (9-14)

e então nós podemos substituir (D* +  N ) por N o na Equação (9-12) para termos:

D* = N ℮ 

t   –   N  = N (℮t  –  1) (9-15)

assim precisamos saber a quantidade do pai permanecente, a quantidade da filha produzida, e na ordem dedeterminar a idade da rocha. A parte mais difícil é distinguir os isótopos filhos radiogênicos a partir de qualquer umdos mesmos filhos isótopos que não são um produto do decaimento radioativo desde do tempo do evento geológicoque nós tentamos datar.

A maioria das técnicas de datação radiométricas só são práticas para um certo limite de tempo. A limitaçãoé resultado a partir da combinação exata analítica e a validade estatística. O baixo limite de idade é imposto peladificuldade na determinação exata de pequenas quantidades de filhos produzidos, e a validade da equação dedecaimento para alguns átomos produtos. Como um exemplo de problema estatístico, considere a seguinte: se nóscomeçarmos com 108 átomos pais, e sua meia-vida é de 100 anos, é estatisticamente razoável assumir que, depois de

100 anos, que existirão 5.107 átomos disponíveis (pelo mesmo dentro da nossa medida aproximada). Se, por outrolado, existem somente dois átomos iniciais, exatamente quando cada um irá decair, e como nós podemos estar certosque apenas um será em 100 anos? Nós precisamos de uma amostra estatística valida, e assim de um certo númerocritico de isótopos filhos. O limite das práticas ao longo dos anos é imposta pelas mesmas razoes de alguns átomos

 permanecente. Um bom exemplo disto é a técnica de datação 14C. Devido à meia-vida do 14C é somente de 5370anos, muitos poucos 14C permanecem após 100,000 anos, e o decaimento esporádico. As técnicas ainda sim sãolimitadas para datação dos eventos do Holoceno e arqueologia.

Como resultado da variação da taxa de decaimento, a concentração dos elementos, e a estabilidade dasfilhas, sistemas isotópicos diferentes são usados dependendo do tipo de rocha e das idades envolvidas. Exemplos dosmais comuns sistemas isotópicos petrológicos serão vistos a seguir.

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9.7.2.1 O Sistema K-Ar

 Nós começamos com o sistema potássio-argônio, pois ele é (pelos conceitualmente) o mais direto. Ométodo é baseado no decaimento por derivação do 40K também para 40Ca ou 40Ar. Devido ao 40Ca ser o maiscomum, nós corremos para dentro do problema apenas quando mencionado a distinção entre os radiogênicos do 40Caa partir do não radiogênico 40Ca. O 40Ar, por outro lado, é um gás inerte. Embora o Ar possa ser capturado emalgumas fases sólidas, virtualmente todo o Ar escapa quando a rocha está suficientemente aquecida. O escape do Arefetivamente “reinicia o relógio radiométrico”, pois todas as filhas foram removidas, e o 40K permanecente produz40Ar novamente a partir deste novo inicio. Assim quando os magmas são formados e cristalizados, o relógio éreiniciado, e qualquer 40Ar na rocha após este tempo deve ser a filha a partir do decaimento do 40K.

A equação de decaimento para o K →Ar é levemente complicada, pois o processo dela é divida em dois passos, envolvendo primeiro a captura do elétron, e então o decaimento do positron. A equação é:

40Ar = 40Ar O + ( ℮/ )40K(℮t  –  1) (9-16)

℮ é a constante de decaimento para o processo de captura do elétron (  ℮ = 0.581 . 10-10a

-1). Normalmente 40Ar o será

zero, devido a todo o Ar escapar durante o evento ígneo, mas um subseqüente 40Ar é produzido por K decaído estáarmazenado nas rochas ígneas solidificadas. O atrativo desta técnica é que uma única amostra de rocha prover umvalor para 40Ar e 40K, e assim uma idade. Por esta razão o K-Ar tem sido uma técnica bem popular, produzindoalgumas “datações” relativas a processos simples e diretos (como um serviço datação computadorizada). 

Recentemente nós temos realizado que algumas complicações afetam os simples sistemas. A liberação doAr é um processo complexo, e rochas resfriadas lentamente podem não cessar esta liberação de Ar muito bem até oinicio da sua cristalização. A temperatura abaixo pelo qual o mineral em particular não será ao longo não liberará Aré chamada de temperatura de bloqueio –  blocking temperature para aquele mineral. Se todo o 40Ar for removido

rapidamente logo após a formação de uma rocha ígnea, e nenhum sofrer nenhuma lixiviação posteriormente, ou foradicionado subseqüentemente, e similarmente nenhum 40K for introduzido ou removido, a idade calculada do K-Ar a partir da Equação (9-16) deve ser uma medida acurada do tempo desde a cristalização da rocha. Contudo, o K e o Arsão ambos os elementos móveis. O metamorfismo subseqüente pode lixiviar ou adicionar o K, ou liberar Ar.

As temperaturas de bloqueio variam para diferentes minerais. Para os anfibólios ela está nas vizinhanças de600ºC, paras as micas próximas aos 300ºC, e para a apatita abaixo dos 100ºC. A rocha mais simples → uma  idaderelacionada assim se tornam menos do que um simples processo de liberação. Estas considerações não rendem astécnicas menos empregadas no K-Ar. Ao contrário, as datas a partir da Equação (9-16) podem ser confiáveis paraalguns tipos de rochas, tais como as rochas vulcânicas não metamorfisadas. Em adição, se a idade “verdadeira” doderrame da rocha de K-Ar pode ser determinada baseada em outro sistema isotópico, a idade K-Ar pode proverinformações adicionais, tais como a idade de evento metamórfico posterior que liberou Ar, mas não reiniciou osoutros sistemas.

Uma extensão das técnicas que constroem uma noção da liberação tardia do Ar é o método 40Ar-39Ar  –  40Ar-39Ar method. Para analisar o comportamento do K no mineral, tais como as micas ou anfibólios, o método éirradiado a partir de uma reação nuclear, no qual o bombardeamento do nêutron converte alguns dos não radioativos39K para 39Ar. Então a amostra é aquecida incrementalmente no vácuo, e o raio 40Ar/39Ar é determinado em cada

 passo com a liberação através de vários minerais do gás Ar. Devido ao conteúdo do 39Ar ser proporcional ao 39K, e o39K ser proporcional ao original  40K (pois os isótopos não têm a massa fracionada quando os minerais são formados,e o 39K tem estado no mineral desde daquele tempo), o raio 40Ar/39Ar pode ser usado para calcular o raio 40Ar/40K, eentão a idade.

Em um ambiente geológico, o Ar escapa mais rapidamente a partir de alguns sítios de cristalográficos doque a partir de outros, e é mais difuso a partir do interior de um cristal do que da superfície antes que ele possa

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escapar ao longo dos ligamentos intergranulares. A Figura 9-10a ilustra uma evolução teórica do radiogênico 40Ar*numa composição de um mineral K com um grão na rocha que passou por episodio de perda do Ar em algum

 período intermediário durante a sua historia. Quando a rocha se cristaliza primeira a partir de uma fusão, nãoexistem 40Ar*, mas após passar o tempo o raio do 40Ar*/40K gradualmente aumenta uniformemente através dosgrãos. As curvas pontilhadas x na figura representa o uniforme 40Ar*/40K em algum período seguido decristalização. Durante um evento de aquecimento, o Ar se difunde a partir do grão do mineral para um grão dasuperfície. O Ar é prontamente perdido a partir do ligamento com a área, mas a difusão dentro do cristal é lenta, eum típico perfil de difusão é desenvolvido (curva y) variando a partir de zero do 40Ar* nos limites do grão para umvalor inicial em algum ponto no interior. A curva y tem progressivamente uma diminuição ao longo do tempo, masem algum ponto o evento térmico termina e a curva y é congelada no local, quando a temperatura cai entre atemperatura de bloqueio e a difusão. Na Figura 9-10a nós assumimos que a curva y não diminui para o ponto me queo Ar estava perdido a partir da área centro do mineral. A curva z representa um perfil em 40Ar*/40K que resultaria emquanto mais 40Ar* adicionado à curva y devido a continuar com 40K decai com o tempo seguido de um evento deliberação do Ar. Se o Ar for reduzido a zero nas bordas de um grão, e nenhum Ar é perdido subseqüentemente, oraio 40Ar*/40K nas borda produzem a idade do evento térmico, enquanto o raio no interior mais profundo dos grãos

 produz o completo tempo em que se passou desde que a rocha foi formada.

A Figura 9-10a mostra uma ilustração da evolução idealizada de um radiogênico de 40Ar* em um grãoesférico como experiência de um único evento de perda do Ar difundido. A curva x é o original 40Ar*/40K que algumtempo após a formação inicial dos minerais. A curva y representa uma perda parcial de Ar a partir do grão devido àdifusão durante um evento termal. A curva z representa a evolução da curva y pela adição de 40Ar a partir dodecaimento 39K após a passagem do tempo sem que ocorra a perda do Ar. Faure (1986) e Turner (1968). Copyright ereimpresso com a permissão de John Wiley & Sons, Inc. e da Ciência Elsevier, respectivamente.

Figura 9-10: As datas dos espectros calculados a partir dos raios do 40Ar/39Ar do gás liberado pelo aquecimento incremental da biotita a partir das Montanhas Marbles, SE da Califórnia. Faure (1986) e Turner (1968). Copyright e reimpresso com a permissãode John Wiley & Sons, Inc. e da Ciência Elsevier, respectivamente.

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O aquecimento de uma biotita separada das amostras libera o Ar a partir das margens internas. O Ar nasáreas marginais é liberado em baixas temperaturas, enquanto que o Ar quanto mais progressivamente estiver mais

 profundo para dentro do interior do grão é liberado em elevadas temperaturas incrementais. Se as primeiras amostrasirradiadas para converter algum 39K para 39Ar, o raio do 39Ar/40Ar do gás do Ar liberado produz a idade. Umaquecimento incremental produz um constante 39Ar (devido ao 39K ser uniformemente distribuído nos grãos), masum 40Ar variável que corresponde ao perfil da curva z na Figura 9-10b. A Figura 9-10b mostra um resultado doaquecimento incremental de uma biotita separada a partir dos gnaisses do Pré-Cambriano das Montanhas Marbles,SE da Califórnia. A idade do Rb-Sr (texto em seguida) foi determinada de 1410 para 1450Ma, mas a idadeconvencional do K-Ar era somente +/- 30 Ma. Gradualmente o aquecimento da biotita produz as idades do 39Ar/40Arque indicam que o Ar foi parcialmente perdido durante o evento térmico de ~200 Ma atrás, e o planalto indica que aidade do interior do grão é de ~1300 Ma. A idade convencional do K-Ar é uma mistura destes eventos. A idade no

 planalto é menos do que a idade do Rb-Sr, o qual pode refletir a perda do Ar a partir do centro do grão.

As idades do 39Ar/40Ar são controladas pela mineralogia e história térmica da rocha, e pode ser relatada para tais processos como taxas de levantamento nos cinturões orogenéticos erodidos. Para uma mais completadescrição das técnicas 40Ar-39Ar, ver Faure (1986) e York (1984).

9.7.2.2 O Sistema Rb-Sr

Um dos mais comuns sistemas isotópicos usados pelos petrológos para determinar a idade e compelir asfontes das rochas magmáticas é o sistema rubídio-estrôncio. O sistema tem as seguintes características: 

87Sr pode ser criado pela quebra do 87Rb → 87Sr + uma partícula beta (  = 1.42 . 10-11a

-1).87Sr é um isótopo estável, e não é criado pela quebra de qualquer outro elemento.

O Rb se comporta como o K, logo ele está concentrado nos plagioclásio e apatitas (mas não nosclinopiroxênios).88Sr: 87Sr: 86Sr: 85Sr é média natural da amostra = 10:0.7:1:0.07.

Devido ao 87Sr ser estável e estar presente em todas as composições das rochas do Sr, a quantidade dele emqualquer rocha em particular será refletida no 87Sr original, mais qualquer radiogênico 87Sr adicionado a partir dodecaimento do 87Sr ao longo do tempo. Assim uma única amostra não pode prover uma idade não ambígua, pois eleé impossível de se distinguir dos componentes radiogênicos e não radiogênicos dos isótopos filhos. Este problema écomum nos sistemas isotópicos, e o K-Ar é claramente a única exceção por causa do natural gás inerte da filha,

 permitindo que ele escape durante os eventos térmicos e magmáticos. O problema está sujeito num modeloengenhoso pelo uso da técnica isócrona  –  isochron technique, o qual usa duas ou mais amostras e normaliza osisótopos que variam com o tempo para 86Sr, o qual não é nem radioativo, é assim constante.

Por exemplo, o valor do 87Sr/86Sr na amostra no presente tempo é igual ao raio original do 87Sr/86Sr da

amostra no momento em que ocorreu a primeira cristalização, (87

Sr/86

Sr)O, mais o radiogênico87

Sr formado desdeesta época. Novamente, a quantidade posterior é determinada pela concentração de Rb na amostra original e notempo. É importante perceber que estes isótopos pesados do Sr não realizam o  fracionamento da massa durante afusão ou cristalização, mas aquele Sr e o Rb podem  se fracionar quimicamente durante estes processos. Quandoaplicamos o sistema Rb/Sr, a Equação (9-15) pode ser refeita pela divisão através da constante 86Sr para termos:

87Sr/86Sr = (87Sr/86Sr)o + (87Sr/86Sr) (℮t  –  1) (9-17)

O é para a quebra do Rb para Sr é de 1.42. 10-11a

-1. Para valores de t  menores do que 0.1, ℮ t  –  1 ≈ t . Assim aEquação (9-15), para as idades menores do que 70 Ga (o qual certamente deve converter a maioria das rochasterrestres) é reduzida para:

87Sr/86Sr = (87Sr/86Sr)o + (87Rb/86Sr) t   (9-18)

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Esta é uma equação para uma linha reta (y = b + m x) numa plotagem 87Rb/86Sr vs. 87Sr/86Sr, como ilustradona Figura 9-11. Nesta figura, três linhas retas ( isócronas –  isochrons) representam três diferentes tempos: t 0 , t 1 e t 2.Considere a primeira linha horizontal, t 0. Os três pontos, a, b e c na linha representa as análises para 87Sr/86Sr e o87Rb/86Sr de todos os três minerais numa única rocha ou três rochas cogenéticas com uma extensão dasconcentrações do Rb e Sr. Vamos assumir que as amostras são resultantes a partir de uma fusão parcial de algumafonte uniforme (talvez no manto). Lembre-se a partir da Figura 9-3 que é possível, pela variação de  F   (ofracionamento da fonte sendo fundida), para produzir fusões com diferentes raios de Rb/Sr a partir da mesma fonte.Um espectro similar dos raios do Rb/Sr pode também ser gerado numa série de líquidos posteriores devido àcristalização fracional. Nós podemos usar a Equação (9-3) e a constante de decaimento (  = 1.42 . 10-11

a-1) para

derivar a meia-vida (4.95.1010a) para o decaimento do Rb. Embora qualquer fusão ascenda, e o ocorra o processo decristalização dentro de algumas centenas de milhares de anos pode ser considerado “instantâneo”, e não precisaafetar o desenvolvimento subseqüente do sistema isotópico.

Devido aos isótopos do Sr não realizarem um fracionamento da massa, os valores do 87Sr/86Sr será a mesmo para todas as três amostras no tempo da separação a partir do manto e cristalização, sem levar em consideração o(s) processo(s) envolvido(s). A linha une os três pontos sendo assim horizontal em t 0 (o tempo de formação). Em outras palavras t 0  é o tempo no qual as rochas ou minerais se cristalizam e começam agir como sistemas isotópicos

independentes.

Figura 9-11: Diagrama esquemático da isócrona do Rb-Sr mostrando a evolução isotópica acima do tempo de três rochas oumineral (a, b e c) com diferentes raios de Rb/Sr após as suas derivações a partir de uma fonte homogênea num tempo t 0.

Seguindo t 0,87Rb em cada amostra continuamente se rompe para formar o 87Sr. O 87Rb assim decresce com

o aumento do 87Sr. Naturalmente, quanto mais Rb na rocha, mais será perdido num período do tempo, e mais 87Srserá criado. Assim os três pontos em t 0 se move em direção das setas para o próximo conjunto de pontos, a1 , b1 , e c1 

em t 1. Devido à quebra da taxa do Rb ser constante, os três pontos continua a serem colineares, mas definem umanova linha, ou uma isócrona, com uma inclinação positiva. Tais isócronas podem nos dar dois pedaços  deinformações. Primeiro, a Equação (9-18) nos diz que a inclinação é igual a t,  pelo conhecimento de , nós podemoscalcular a idade da rocha (t 1  –   t 0) no tempo t 1. Segundo, a linha de conexão dos três pontos em t 1  podem ser

extrapoladas para zero87

Rb. Naturalmente, se87

Rb = 0, logo um novo87

Sr será criado acima do tempo, e então87

Rb= 0 intercepta será o raio original do 87Sr/86Sr, ou (87Sr/86Sr)0 de todas as três rochas, tão bem quanto aquelas fontes

 sólidas das fusões no tempo da sua separação a partir dele. Após um novo intervalo (em t 2) as três amostras são plotadas ao longo de uma nova linha, t 2, nos pontos a2 , b2 e c2, e uma nova inclinação produz uma idade (t 2  –   t 1)naquele tempo. A linha t 2 está excessiva, refletindo os elevados valores do t  em t , a inclinação. A extrapolação dalinha anterior para 87Sr = 0 produz os mesmo valores para (87Sr/86Sr)0.

Somente duas amostras são requeridas para produzir uma isócrona, devido as dois pontos definirem umalinha. É uma prática comum, contudo, usar pelo menos três pontos abertamente espaçados, e mais se possível,devido ao grau de encaixe que alguns pontos fazem para uma linha pe considerado um indicador acurado destesresultados. A Figura 9-12 é uma isócrona do Rb-Sr para as rochas inteiras analisadas e para as hornblendasseparadas oriundas do Pluton Eagle Creek, parte da Serra Mesozóica dos Batólitos de Nevada na Califórnia. Osdados caem numa boa isócrona que produz uma inclinação de 0.00127. Usando a Equação (9-18) com a inclinação =t , a idade = inclinação/  = 0.00127/1.4.10-11 = 91 Ma.

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Figura 9-12:  Isócrona do Rb-Sr para o Pluton Eagle Peak, Central Sierra Batólitos de Nevada, Califórnia. Os círculos preenchidos são as análises das rochas inteiras, os círculos abertos são as hornblendas separadas. De Hill et al. (1988). O regressoda equação para os dados é também dado. Reimpresso com a permissão do Jornal de Ciência da América.

A intersecção da isócrona também nos dá o raio inicial do ( 87Sr/86Sr)0 o qual pode ser um excelente traço petrogenético. A razão para isto pode ser o fato dele se tornar mais evidente se nós retornamos a Figura 9-13, o qualilustra um modelo simplificado para o longo termo para a evolução isotópica do Sr acima do manto, começandocom a Terra primordial (modelado nos meteoritos condritos) de volta a alguns 46 Ga antes do presente (b.p.). O raio87Sr/86Sr do manto naquele tempo recente foi aproximadamente de 0.699 (baseado na extrapolação de volta notempo a partir dos presentes valores do meteorito condrito). Desde daquele tempo o raio 87Sr/86Sr do manto superiortem aumentado lentamente, seguindo a curva de crescimento  –  growth curve da Figura 9-13, como em pequenasquantidades de 87Sr no manto decaem (assumindo um valor inicial para o Rb/Sr de 0.027, baseado nos condritos).

Figura 9-13: Estimativa da evolução isotópica do Rb e do Sr no manto superior da Terra, assumindo que um evento de fusão emlarga escala produz as rochas continentais do tipo granítica sob uma pressão de 3.0 Ga b.p. Wilson (1989). Copyright com a permissão da Academia de Publicação Kluwer.

Se em qualquer tempo o manto devesse ser fundido parcialmente, e as fusões então derivadas se tornariamà crosta continental, o Rb será preferencialmente incorporado dentro da crosta (pois ele está incompatível e agesimilarmente como o potássio). A Figura 9-13 mostra uma preferência em um evento de fusão hipotética e massivade aproximadamente 3.0 Ga b.p. para ilustrar o processo de maneira simples. Depois deste evento, a curva decrescimento do manto tem uma baixa inclinação, pois o Rb tem sido removido selecionadamente pela fusão, logoaquele com menos 87Rb é subsequencialmente gerado. A curva de crescimento crustal , por outro lado, tem umagrande e dramática inclinação, devido ao Rb ser altamente concentrado a partir de um grande reservatório do manto

dentro de um pequeno volume de crosta silicatica (F é menor na Figura 9-3). A curva de evolução crustal da rocha é

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 baseada que assumimos Rb/Sr de 0.15. A extrapolação do manto original da curva de crescimento envolve ummoderno manto com 87Sr/86Sr = 0.704.

Embora a Figura 9-13 mostra um único evento de formação da crosta, mais de um cenário envolve mais deum processo continuo pelos quais as fusões são derivadas a partir do manto, talvez pontuando em alguns grandeseventos episódicos. Tais processos resultariam numa série de passagens de fusões silicáticas paralelamente

 próximas, e uma passagem no evento de evolução de dobramento e curvamento de um manto, tendo ao final o raiodo 87Sr/86Sr, devido ao baixo conteúdo do Rb, seriam valores próximos na Figura 9-13. O valor no presente dia do87Sr/86Sr do manto superior residual é estimado em aproximadamente 0.703. Valores crustais são elevados, mas ovalor natural depende do raio Rb/Sr e da idade das rochas em questão. Quanto mais elevado for o conteúdo do Rb emais elevada a idade, maior será o raio do 87Sr/86Sr.

Talvez agora seja aparente o quão útil o ( 87Sr/86Sr)0, comumente chamado de raio inicial  –   initial ratio, pode ser. Com ele, nós podemos ser capazes de julgar se uma rocha ígnea ou um magma é derivado pela fusão domanto ou pela fusão de uma crosta continental. Como uma regra geral para um raio inicial (i.e., correta para asidades pela extrapolação para 87Rb = 0) menor do que 0.706 indicando que a rocha foi derivada por uma fusão

 parcial do manto. O número 0.706 nos permite para alguma não homogeneidade, e provem uma leve margem de

erro. Se o raio inicial é maior do que 0.706, a rocha pode ter tido uma fonte com elevados Rb/Sr (crosta), ou talvezela foi derivada de um magma que foi contaminado durante a transição para a superfície por assimilação de algumasrochas ricas em Rb/Sr, tais como uma antiga crosta continental granítica. Note que a interseção para o Pluton doEagle Creek na Figura 9-12 é de 0.706, indicando que existirão alguns componentes crustais envolvidos. Isto podenão ser surpresa para um pluton granítico empacotado numa fina crosta continental Proterozoica, mesmo que se asultimas fusões estejam dentro do manto. Novamente, a interseção trabalha com aproximação, pois estes isótopos

 pesados na fracionam a massa durante o processo de fusão ou cristalização, logo o 87Sr/86Sr é o mesmo para as porções fundidas ou sólidas no mesmo tempo de separação. Repetindo: raios iniciais menores resultantes provavelmente da depletação do Rb nas áreas do manto que tinham sido fundidos extensivamente para a extraçãodas rochas crustais. Raios progressivamente elevados indicam preenchimentos a partir de fontes ricas em Rb,

 provavelmente antigas, em crostas ricas em K-Rb.

9.7.2.3 O sistema Sm-Nd

Um outro exemplo de isótopos radiogênicos, nós devemos observar no sistema samário-neodimínio. Porqueambos Sm e Nd são LREE, eles são elementos incompatíveis e tende a se fracionar preferencialmente dentro dasfusões. Porque o Nd tem um baixo número atômico, e ele é um pouco maior do que Sm, e assim está concentradolevemente mais nos líquidos do que o Sm. Como resultado, o raio Sm/Nd decresce nas fusões parciais (comparadocom as fontes), ou em líquido posteriores a partir de uma cristalização fracional. Entre os inúmeros isótopos amboso Sm e o Nd, dois estão relacionados ao decaimento radioativo. 147Sm → 143 Nd pelo decaimento alfa pelo qual =6.54 . 10-12a-1. Como um tipo de equação de decaimento isócrono, equivalente a Equação (9-18), pode ser derivado

 por referencia ao isótopo não radiogênico 144:143 Nd/144 Nd = (143 Nd/144 Nd)O + (147Sm/144 Nd)

 

t   (9-19)

 Novamente, a aproximação do t   para o (℮t  –  1) é razoável para idades menores do que 1.5 x 1012 anos.

Pois o Sm e o Nd são separados na tabela periódica pelo elemento químico prometio (o qual não ocorre nanatureza), fracionamento entre eles é menor, e o trabalho isotópico do Sm-Nd requer análises extremamente precisase acuradas para serem úteis e razoáveis.

A Figura 9-14 é um exemplo da isócrona do Sm-Nd para uma análise de rocha inteiras dos vulcões doGrupo Arqueano do Onverwacht, Sul da África. Os dados definem um bom e linear trend com uma inclinação de

0.02135, que é igual t , produzindo uma idade de 3.54 Ga. A interseção nos dá um raio (143 Nd/144 Nd)O de 0.50809.

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Figura 9-14: Isócrona do Sm-Nd para análises de rochas inteiras do vulcanismo ultramáfico e félsico para o Grupo ArqueanoOnverwacht da África do Sul. Idade calculada de 3.540 Ga +/- 30 Ma. Hamilton et al. (1979).

A Figura 9-15 é análoga a Figura 9-13 e mostra a evolução 143 Nd/144 Nd no manto superior ao longo dotempo. CHUR (reservatório uniforme de condrito) é uma estimativa da composição média dos condritos porDePaolo e Wasserburg (1976). A partir do modelo de condrito, a linha de composição do peso da Terra para o

CHUR nos mostra que a evolução143

 Nd/144

 Nd não é produto radiogênico, e ele é constante no tempo. Como aligação com 147Sm se quebra para 143 Nd, o raio do 143 Nd/144 Nd gradualmente cresce, assim como ocorreu para o87Sr/86Sr na Figura 9-13. A linha de peso da Terra para os CHUR é derivada pela aplicação da equação (9-19) para oCHUR usando a estimativa dos valores presentes no dia do 143 Nd/144 Nd = 0.512638 (o autor avisou que este materialera preciso), e 147Sm/144 Nd = 0.1967 no condrito. A linha de peso da Terra é deste modo igual a 0.0512628 para0.1967 (℮t  –  1).

Figura 9-15: Estimativa da evolução isotópica do manto superior da Terra, assumindo uma fusão em larga escala ou um eventode enriquecimento em 3.0 Ga b.p.Wilson (1989). Copyright com a permissão da Academia de Publicação Kluwer.

Em seguida nós postularemos um evento de fusão parcial em 3.0 Ga b.p. (o ponto a na Figura 9-15), como

nós fizemos no sistema Rb-Sr na Figura 9-13. Uma alternativa para a fusão parcial seria um evento deenriquecimento do manto. Como devemos ver nos Capítulos 15 a 19, existe uma evidencia que tal enriquecimentodo manto em algumas locações, em particular diante dos continentes. Qualitativamente pelo menos, as fusões

 parciais (eventualmente se tornam incorporadas à crosta) e um manto enriquecido se comporta de maneira similar. Oenriquecimento e a depletação das porções na Figura 9-15 se comportam de maneira oposta ao sistema Rb-Sr naFigura 9-13. O manto depletada mostra elevados raios do 143 Nd/144 Nd junto ao tempo do enriquecimento da fusão oudo manto. Isto se deve porque a fusão parcial remove mais Nd do que Sm (como notado acima). Isto depleta omanto nos isótopos filhos, enquanto que no sistema Rb-Sr, o pai é depletado. Como resultado de uma depleção dafilha em áreas fundidas parcialmente do manto, o elevado raio do Sm/Nd irá, acima do tempo, gerar mais 143 Ndradiogênico a partir de um relativo 147Sm para um raio original do 143 Nd/144 Nd. Em outras áreas do manto podem setornar enriquecidas (tanto pela fusão residente permanecente e pela concentração local de Nd, ou pela concentração

metasomática dos fluidos e deposição do Nd). Tais áreas do manto enriquecidas (se elas existirem), ou fusõesderivadas a partir do manto, seguem o enriquecimento do trend na Figura 9-15 refletindo um baixo raio do Sm/Nd.

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O baixo resultado do Sm/Nd na geração de pequenas quantidades de 143 Nd, tem um efeito diminutivo nas grandesquantidades iniciais de Nd no sistema. Naturalmente, os basaltos derivados a partir do manto possuem o mesmo143 Nd/144 Nd como na fonte do manto no momento da fusão parcial devido ao Nd não realizar o fracionamento damassa durante os processo de fusão ou cristalização.

(143 Nd) = (143 Nd) =  –  (147Sm) (℮ 

t  –  1) (9-20)(144 Nd)CHUR hoje  (144 Nd)CHUR hoje  (144 Nd)CHUR hoje 

Pois a diferença entre os raios do isótopos do Nd são pequenas, DePaolo e Wasserburg (1976) introduziramo termo ε (epsilon) para expressar o grau do enriquecimento do Nd. E o ε é definido como:  

ε Nd = [(143 Nd/144 Nd)inicial –  1] x 10,000 (9-21)[  I 

t CHUR   ]

Onde I t CHUR  é o raio do 143 Nd/144 Nd para o CHUR no tempo (t) de formação da rocha. Um valor positivo do

ε Nd é a depletação (elevados 143 Nd), e um valor negativo de ε Nd representa o enriquecimento (baixos 143 Nd), ambos arespeito da padrão do CHUR (corrigido no tempo ao longo da linha de composição de peso da Terra na Figura 9-15). Assim o sinal positivo de ε Nd implica que ele foi derivado a partir de uma fonte do manto depletada, e uma sinalnegativo do ε Nd indica que aquela rocha foi derivada a partir tanto de um enriquecimento do manto ou de uma fontecrustal enriquecida ao longo do tempo. Como um exemplo, considere um basalto derivado a partir de um mantodepletado no ponto b na Figura 9-15, o equivalente a 500 Ma b.p. Este basalto enriquecido envolve ao longo a linhachamada “basalto” na figura. Se nós tivermos muitas amostras com um limi te do raio do Sm/Nd nós poderíamosderivar uma isócrona, e usá-la para designar a idade e o ( 143 Nd/144 Nd)inicial para este basalto (ponto b). Nós podemosentão comparar isto com a I 

t CHUR  no tempo de formação do basalto (ponto c na curva de evolução de peso da CHUR

da Terra). A partir disto nós podemos usar a Equação (9-20) para determinar ε Nd = (0.515/0.512)  –  1)x104 = 5.86,

um valor positivo, dando suporte ao nosso modelo de que a rocha foi derivada a partir de uma fonte depletada.Como um exemplo mais quantitativo, considere os vulcões do Grupo Onverwacht na Figura 9-14. O (143 Nd/144 Nd)o éa interseção da linha de regressão, = 0.50809.  I 

t CHUR   em 3.54 Ga pode ser calculado pela Equação (9-20) pela

substituição em t  = 3.54x109, produzindo 0.508031. Substituindo este valor dentro da Equação (9-21) é produz o ε Nd

= [(0.50809/0.508031) –  1] x 10,000 = 1,16, sugerindo uma leve depletação da fonte do manto.

9.7.2.4 O Sistema U-Th-Pb

 Nosso exemplo final de sistemas isotópicos é o sistema urânio-tório conduzindo o sistema. Este sistema écomplexo, envolvendo três isótopos radioativos de U (234U, 235U, e 238U) e três isótopos radiogênicos do Pb (206Pb,207Pb, e 208Pb). Somente o 204Pb é estritamente não radioativo. O U, Th, e Pb são todos elementos incompatíveis, econcentrados nas fusões recentes, para se tornarem incorporados à crosta (em particular a crosta continental). Emadição a qualquer condução, a composição isotópica do Pb nas rochas está em função das três reações dedecaimento envolvendo quebra do U e do Th para o Pb.

238U → 234U → 206Pb (  = 1.5512 X 10-10a-1) (9-22)

235U → 207Pb (  = 9.8485 X 10-10a-1) (9-23)

232Th → 208Pb (  = 4.9475 X 10-10a-1) (9-24)

Com três esquemas culminantes de decaimento, o sistema U-Pb-Th pode ser preferencialmente complexo.Cada sistema pode ser tratado independentemente usando as técnicas padrões da isócrona. Uma alternativa comum é

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tratar as Equações (9-22) e (9-23) simultaneamente. A Figura 9-16 ilustra o desenvolvimento isotópico do 206Pb e do207Pb de uma hipotética rocha Précambriana. A Figura 9-16a mostra o desenvolvimento do sistema do Pb para as

 primeiras rochas da história em 2.5 Ga. Se o radiogênico 206Pb (206Pb*) e o radiogênico 207Pb* ambos se envolvemnuma via harmônica das Equações (9-22) e (9-23), os isótopos (quando padronizados pela divisão pelasconcentrações dos seus pais) segue a curva mostrada, chamada de concórdia - concordia. Todas as amostrasnaturais com sistemas coerentes de U-Pb devem desenvolver ao longo da curva de concórdia. Devido a este pequenodecaimento constante, 235U decai rapidamente, logo 207Pb*/235U é sempre maior do que 206Pb*/238U em qualquertempo, e a diferença aumentar com o tempo, resultando numa curva concórdia característica com a forma côncava

 para dentro.

Figura 9-16 (a): Diagrama da concordia ilustrando o desenvolvimento isotópico do Pb de uma antiga rocha de 3.5 Ga com umúnico episódio de perda do Pb. (a) Os radiogênicos 206Pb* e 207Pb se envolvem simultaneamente ao longo da curva concórdia  para os primeiros 2.5 Ga, no qual neste tempo um evento térmico ou de infiltração de fluido causou a perda da condução. Ambosos isótopos do Pb são perdidos nas proporções em que eles existirão na rocha no tempo, logo esta composição isotópica de trendsde rochas depletadas ao longo da discórdia  está diretamente no sentido da origem (seta) os círculos preenchidos representamrochas hipotéticas com variação no grau de depletação devido ao evento. Faure (1986).

Suponha que após a evolução a 2.5 Ga atrás, um pacote de rocha é distribuído por algum evento que causoualgum Pb, um elemento móvel, a ser perdido. Isto pode ser um evento de fusão, um evento térmico tais comometamorfismo, ou infiltração pelos fluidos que preferencialmente limpam elementos LIL, incluindo Pb. Devido aosisótopos do Pb não realizarem o fracionamento da massa durante a depletação, então todo os isótopos são depletadosna proporção das suas concentrações na rocha. Como resultado a depletação causa ao sistema isotópico Pb a semover em direção da origem a partir de 2.5 Ga no ponto da concordia, ao longo a linha é chamada de discórdia –  discordia.

Figura 9-16 (b): Continuação da evolução do sistema Pb para promover 1.0 Ga causando uma não depletação nas rochas para

seguir a concórdia para um total de 3.5 Ga da evolução. Rochas depletadas seguem curvas separadas da concórdia em dois pontos(pontilhado) para uma nova posição mostrada. A discórdia final intercepta uma concórdia não depletada em dois pontos, um produzindo a idade total das rochas, e o outro produzindo a idade do evento da depletação. Faure (1986).

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Vamos assumir que nós temos diferentes quatros tipos de rochas, ou quatro diferentes tipos de grãos dezircões compondo o sistema U-Pb numa única rocha, e que cada um dos quatro se tornam depletados em Pb emdiferente grau. Uma das rochas (ou zircão) não é depletado por completado, e permanece na concórdia, enquantoque os outros se movem para três diferentes pontos ao longo da discórdia, representados pelos pontos. Seguindo oevento de depletação, o sistema continua a se envolver para outro 1.0 Ga (Figura 9 -16b). A rocha não depletada ou ozircão continuam a seguir a concórdia para um total de 3.5 Ga. As outras três amostras seguem suas próprias curvasconcórdias (pontilhado) a partir de seus pontos de origem na discordia de 2.5 Ga. Após 1.0 Ga, eles ainda estãocolineares e definem uma nova discórdia. A discórdia final intercepta a concórdia em dois pontos. O primeiro adireita intercepta a concórdia no ponto em que ela produz a idade total do sistema (3.5 Ga). A interseção na esquerdaestá em 1.0 Ga, a idade do evento da depleção.

Figura 9-17:  Diagrama da concórdia para três zircões discordantes separados a partir dos gnaisses arqueanos em Morton eGranite Falls em Minnesota. A discórdia intercepta a concórdia em 3.55 Ga, produzindo a idade dos U-Pb dos gnaisses, e em1.85 Ga, produzindo a idade do evento de depletação do U-Pb. Faure (1986) Copyright com a permissão de John Wiley & Sons,

Inc.

A Figura 9-17 é um diagrama da concórdia para três zircões para algum gnaisse arqueano de Minnesota. Ostrês pontos definem uma boa concórdia linear. Quando a curva da concórdia é adicionada ao diagrama, a discórdiaintercepta a concórdia em 3.55 Ga (a idade do U-Pb do granito) e 1.85 Ga (a idade do episodio de perda do Pb).Análise de cada grão de zircão isotopicamente é um procedimento difícil. Os zircões com diferentes histórias podemser encontrados na mesma rocha (ver Seção 18.1), e podem ser geralmente reconhecidos pelas suas cores diferentes,moforlogia, ou cristalinidade.

Os agregados de zircões similares podem ser analisados por uma espectrografia de massa convencional quesignifica que se suficiente material pode ser acumulado. Um novíssimo método utiliza a microsonda de íon  –   ion

micropobe, similar a microsonda de elétron, mas ele bombardeia a amostra com um raio de luz focado nos íons deoxigênio ao invés dos elétrons. Os íons dão uma rajada numa pequena cratera na amostra, mandando os íons daamostra para dentro do espectrômetro de massa. Uma microsonda de íons pode analisar pequenas áreas dentro deum único cristal de zircão, logo aqueles cristais individuais podem ser estudados, ou até mesmo crescimento de zonaindividual de zircão.

Devido à mobilidade de ambos U e Pb, a sistemática no sistema do U-Pb é complexa. Nós não devemosalguns detalhes intrínsecos deste sistema. Para maiores informações, ver Faure (1986). Muito cuidado deve sertomado em todos os sistemas acima em que eles não são derramados por eventos metamórficos, metasomáticos, oualterações. O critério usual para a confiança das datas está na aproximação que os pontos dos dados fazem paraencaixar a linear na isócrona. Os erros reportados coma determinação da idade são erros estatísticos de análises, enão refletem qualquer erro sistemático imposto pelo metamorfismo ou alteração. É realmente possível derramar numsistema isotópico que resulta ainda numa reta, produzindo um “erro na isócrona”, e simultaneamente um erro no raioinicial. Para discussão dos possíveis derrames nos sistemas isotópicos, ver Faure (1986) e Bridgwater et al. (1989).

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Existem inúmeros sistemas isotópicos úteis, incluindo os Re-Os, Lu-Hf, K-Ca, 14C, e outros. Todos elesúteis para a geocronologia, e tem alguma utilidade como traço petrogenético também. Como nós pesquisaremos asassociações tectônicas-igneas nos capítulos posteriores, nós iremos continuar a explorar os uso dos elementos traçose dos isótopos assim como nós retornamos para eles nos ajudarem na construção das fontes de fusão também dequalquer processo que possa ter sido modificado eles primeiramente para uma solidificação final.

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EXERCÍCIOS

1. Use a Equação (9-8) e siga os passos a seguir para criar uma planilha para modelar o Fracionamento do Cristal deRayleigh do Rb e Ni como uma cristalização de um magma basáltico. Suponha que o plagioclásio, clinopiroxênio, eolivina são formados e são removidos a partir de um líquido num raio de 5:4:1 acima de um período do tempo.

a) Calcule o DRb e do D Ni. Qual é o mais incompatível no sistema? No que se baseia a sua resposta?

 b) Use a equação Raleigh na sua planilha para calcular C L/C O para F  = 0.05, 0.1, 0.15, 0.2, 0.3, 0.4, 0.5, 0.6, 0.7, 0.8,e 0.9. Plote o C L/C O  vs.  F  para cada, conectando os pontos com as linhas. Note: a função expoente é o símbolo.Assim 105 é expresso como 10^5.

c) Qual elemento proveria uma medida mais sensível do progresso da cristalização fracional? Por quê? Em quallimite F  seria esta medida a mais efetiva? Explique.

d) Como, e para quê extensão, realiza o raio do Rb/Ni variar de acordo com  F ? O que seria um bom ou ruim

indicador da extensão do fracionamento do cristal do que do Rb ou Ni sozinhos? Por quê?

2. Abra a planilha REE.XLS (a partir Exemplo Resolvido 2, disponível no www.prenhall.com/winter). Imprima odiagrama para F = 0.05, 0.1 e 0.2. Você pode imprimir o gráfico sozinho se você clicar no gráfico antes daimpressão. Então modifique a planilha logo que usar o modelo de fracionamento de cristal Rayleigh, ao invés dafusão de grupo (melting batch), e imprima os diagramas REE para alguns valores de F. Compare com os doismodelos a partir de sua impressão (você pode querer traçar a curva para um dos modelos sobre o gráfico para outromodelo do mesmo valor de F). Em qual caminho estão os modelos de modo similar? De que maneira eles sãodistinguidos? Você pode reconhecer imediatamente o magma que resulta a partir da fusão parcial vs. cristalizaçãofracional? Explique.

3. Usando a planilha REE.XLS (a partir do Exemplo Resolvido 2 www.prenhall.com/winter )  e F = 0.1 para um pequeno grau de fusão, crie um modelo de diagrama REE para 100% de cada mineral listado na planilha. Descrevacomo cada mineral controla a forma dos padrões REE no líquido coexistente. Isto pode ser importante, em algumastransmissões de minerais nas formas características para o padrão REE tanto para as fusões a partir pelas quais asfases tem sido removidas, ou para as fusões derivadas a partir de uma rocha no qual aqueles minerais é uma faseresidual

4. O arquivo OCEAN.ROC contém dados dos elementos maiores, menores ou elementos traços para uma cadeia

meso oceânica basáltica típica (+ sinais), e uma ilha oceânica basáltica (triângulos). Usando IGPET, crie um REE eum diagrama spider par a estes dois tipos de rochas. Ambos diagramas podem ser criados sob o “Spider”. Use odiagrama Sun, normalizado para os condritos, como no se diagrama spider. Inclua ambas análises nos diagramas(“todas” as opções). Tente explicar a inclinação destes plotagem para cada rocha baseada no que você conhece sobrefracionamento dos elementos traço associado com o processo de fusão parcial e cristalização fracional. Assuma quevocê começou no ponto em que ambos são criados pela fusão parcial (grupo) de um manto primordial comelementos traço condritícos característicos. Em ambos os diagramas, a incompatibilidade dos elementos cresce dadireita para a esquerda.

5. A Formação Paleozóica Recente Stowe em Vermont é parte de uma corrente descontinua dos metabasaltos e

associado às rochas ofíticas que aparentemente marcam uma sutura maior do sistema Apalachiano. É do nossointeresse determinar se os vulcões foram criados como parte do arco vulcânico ou como fatias oceânicas. Ageoquímica de duas amostras é listada abaixo:

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Plote o resultado em:a)  Ti/100 –  Zr –  Y x 3 diagramas (Todos em ppm. Note 1% = 10000 ppm)

 b)  TiO2  –  MnO x 10 –  P2O5 x diagramac)  Cr –  Y diagrama

São os meta-vulcões da Formação Stowe parte de uma seqüência do arco das ilhas nas bases destes dados?

6. Use a Equação (9-12) na planilha para calcular a concentração de 87Rb e o radiogênico 87Sr em função do tempo.Comece com 100 átomos de Rb e calcule os intervalos de 10Ga para 100 Ga. Plote seus resultados para amboselementos no mesmo gráfico (y = abundância, x = tempo). Discuta os gráficos nos termos da meia-vida. Estime ameia-vida a partir do gráfico, e compare estes resultados com aquele que você calculou usando a Equação (9-13).

7. Três análises de rochas completas a partir de um moderno batólito tem provido os seguintes dados de Sr/Rb (oautor converteu os dados para 10-19 moles, mas o leitor pode tratar os dados de modo de que eles envolvam umátomo individual):

Amostra 87Rb 87Sr 86Sr1 25860 8700 123102 59490 8090 114483 82860 7230 10230

a) Use uma planilha para plotar os dados no diagrama 87Sr/86Sr vs. 87Rb/86Sr. Desenhe uma linha através dos dados.Use para o dados no eixo uma escala de 0 a 10 e para os dados no eixo y uma escala de 0.68 a 0.94.

 b) Para cada exemplo, use a equação de decaimento (9-12) para calcular a quantidade de 87Rb permanecente, aquantidade adicional de 87Sr criado, e a localização de três pontos após terem se passado 500 milhões de anos.Os

 plote e os desenhe nas melhores linhas através dos dados. Ainda estão os três pontos colineares? Os encaixe numaregressão linear para os dados e extraia a inclinação. Calcule a idade a partir desta inclinação. A idade e os valor do(87Sr/86Sr)o  a partir de sua interseção encaixam dentro da razão do 87Sr/86Sr dos dados acima? Apresente seusresultados.

c) Repita o exercício na parte (b) como se tivesse transcorrido 2 bilhões de anos. Como os padrões mudam?

8. Calcule a inclinação, das idades isócronas do Rb-Sr, Sm-Nd, ( 87Sr/86Sr)o  e (143 Nd/144 Nd)o  para o ComplexoGuichicovi ao Sul do México usando as Equações (9-18) e (9-19) usando os seguintes dados (Weber e Köhler,1999):

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Por exemplo, use uma planilha para plotar 87Sr/86Sr como ordenada vs. 87Rb/86Sr como abscissa. A inclinação éentão t , onde t  é a idade, e (87Sr/86Sr)o é a interseção em 87Rb/86Sr = 0. usando a linearidade do encaixe como uma

medida acurada dos resultados, você diria a idade é boa? Como as idades do Rb-Sr e Sm-Nd se comparam? Qual émais aproximadamente a ser parcialmente iniciar pelos eventos metamórficos posteriores? O que você pode inferirsobre estes resultados a partir (87Sr/86Sr)o?

9. Sendo o mais especifico que você pode, qual a única você esperaria ter muito elevado raio de 87Sr/86Sr nos diasatuais no mundo? Porque você esperaria que isto acontecesse. O que seria o raio 87Sr/86Sr de uma fusão parcial destarocha? Porque?

10. Use as Equações (9-12), (9-22), e (9-23) para construir um diagrama concórdia para a história da Terra em 3500Ma. Comece com 100 átomos de cada 235U e 238U num tempo inicial de 0 anos, e incremente o tempo em 200 Ma,calculando  N   ( o número de átomos permanente) e  D*  (o número de isótopos filhos =  N o  –   N ) para ambos osesquemas de decaimento em cada incremento. Então plote 207Pb/235U vs. 206Pb/238U para construir um diagramaconcórdia. Uma vez que você tenha o diagrama, adicione os seguintes pontos como discórdia:

Você pode adicionar os pontos no Excel copiando-os, selecionando os gráficos, e usando a ferramenta do ExcelCola-Especial numa nova série. Desenhe uma linha de melhor encaixe através dos pontos da discórdia e estime a

idade da cristalização inicial e idade do metamorfismo.

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Anexo: Características dos elementos traços. 

 Ni, Co, Cr→ Elementos altamente compatíveis, o Ni e o Co estão na olivina, e o Cr no espinélio e clinopiroxênio.Elevadas concentrações indicam a fonte do manto, fracionamento limitado, ou acumulo de cristais.

V, Ti→ Ambos apresentam forte fracionamento dentro dos óxidos de Fe-Ti (ilmenita ou titanomagnetita). Se eles secomportam diferentes, o Ti provavelmente fraciona dentro de uma fase acessório, tais como esfeno ou rutilo.

Zr, Hf → Elementos muito incompatíveis que não substituem dentro das maiores fases silicáticas (embora eles possam ser substituídos pelo Ti no esfeno ou rutilo). Altas concentrações implicam num enriquecimento da fonte ouevolução do líquido extensivo.

Ba, Hf → Elementos incompatíveis que são substituídos pelo K nas micas, K -feldspato, ou hornblendas. O Rb é omenos substituído prontamente na hornblenda do que nas micas e no K-feldspato, logoo raio K/Ba pode ser distinguido nestas fases.

Sr → É substituído pelo Ca no plagioclásio (mas não no piroxênio) e para uma menor extensão o K no K-feldspato.

Se comporta como um elemento incompatível sob baixas pressões onde são formados os plagioclásios recentemente,mas um elemento incompatível em altas pressões onde o plagioclásio não é mais estável.

REE → Bastante usado no modelamento das fontes características e na evolução do líquido. A granada acomoda osHREE mais do que os LREE, e o ortopiroxênio e a hornblenda realizam o mesmo, porém em menor grau. O esfenoe o plagioclásio acomodam mais LREE. O Eu2+ é fortemente particionado dentro do plagioclásio.

Y → Comumente incompatível. Fortemente particionado dentro da granada e do anfibólio. O esfeno e a apatitatambém concentram Y, logo a presença destes como um acessório poderia ter um efeito significativo.

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Capítulo 10

Fusão do Manto e a Geração do Magma Basáltico

Vamos começar considerando a Terra como uma simples máquina de geração de magma, reduzindo o

 problema de geração para um parâmetro mais simples. Assim como os capítulos seguintes irão revelar, a crosta da

Terra é gerada acima do tempo pela fusão do manto (embora, uma vez criada, as rochas crustais podem

experimentar alguns episódios de retrabalhamento sedimentar, ígneo, e metamórfico). Nós devemos desta forma

focalizar nos processos mais recentes nesta seqüência, naquele responsável pela geração da crosta e permitindo que

outros processos ocorram: fusão parcial do manto. Nós devemos descobrir que um produto comum desta fusão é o

 basalto, de longe os mais comuns tipos de rocha vulcânica gerada nos dias de hoje. Como devemos ver no Capítulo

11, muito dos espectros das rochas do tipo ígnea  podem ser  derivados a partir de um material primitivo por algum

 processo evolucionário tal como a cristalização fracional, assimilação, etc. A geração do magma basáltico a partir

do manto é assim o primeiro passo crítico no desenvolvimento de um entendimento compreensivo da gênesemagmática. Devido ao basalto ocorrer mais comumente nas bases oceânicas, e a estrutura da Terra nas áreas

oceânicas, necessitando de uma complexidade imposta física e química, nós devemos começar nossa investigação

nas bases oceânicas.

A geração do basalto, contudo, não é suficiente para o nosso modelo. A Tabela 8-7 lista as três maiscomuns séries magmáticas, cada uma com seu próprio tipo de basalto parental. Devido à série cálcio-alcalino estámais restritamente convergente aos ligamentos das placas em um conjunto complexo, nós devemos deixá-los de lado

 para uma consideração nos Capítulos 16 e 17. Por enquanto, nós vamos focalizar nos basaltos alcalinos e toleíticosnos principais tipos de magma basálticos gerados diante dos oceanos. A principal característica petrográfica de cada

um são sumarizadas na Tabela 10-1. Embora estas características sejam comuns, você raramente encontra todas elasnuma única amostra. Os toleíticos são considerados mais volumosos, sendo gerados nas cadeias meso-oceânicas(basaltos das cadeias meso-oceânicas, ou MORBs) assim como também centro vulcânicos intra-placa espalhadoscriando ilhas oceânicas. Os basaltos alcalinos são restritos as ocorrências intraplaca. Ambos os tipos de magmas sãodistintos, e cada um envolve mais tipos silicáticos ao longo por caminhos separados como discutido no Capítulo 8, esendo mais discutido no Capítulo 14. O nosso modelo para geração de magma a partir do manto, então, não deveestar capaz de gerar basalto, mas deve ser capaz de gerar pelo menos dois destes tipos de basaltos.

Basalto Toleítico Basalto Alcalino

Matriz

Usualmente grãos finos,intergranularSem olivinaClinopiroxênio = augita (mais a possibilidade de pigeonito)Hiperstênio comumSem feldspato alcalinoVidro intersticial e/ou quartzo comum

Usualmente claramente grosseiro, intergranular para ofíticoOlivina comumAugita titaniferro (avermelhada)Hiperstênio raroFeldspato alcalino intersticial ou podem ocorrer feldspatóidesVidro intersticial raro, e quartzo ausente

Fenocristais

Rara olivina, não zonada, e pode ser parcialmente reabsorvida oureações nas bordas dos ortopiroxênios.Ortopiroxênio relativamente comumPlagioclásios recentes comunsO Clinopiroxênio é a augita marrom clara

Olivina comum e zonadaOrtopiroxênio ausente.Plagioclásio menos comum e posterior na seqüência.Clinopiroxênio é a augita titanoférrica, avermelhada nas bordas.

Tabela 10-1: Sumário das Características dos Basaltos Alcalinos e Toleíticos.

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 Nesta perspectiva, nós devemos começar perguntando se a geração do magma em nossa máquinamagmática é um processo “normal”. Em outras palavras, será o gradiente geotérmico natural resultado da fusão domaterial comprimido nas profundezas da Terra? Se for, em qual profundeza a fusão ocorrerá, o que é fundido, e oque é produzido? Se não, nós devemos nos perguntar o que pode ser feito para fundir estas coisas antes de nós

 partirmos para outras questões?

Devido às rochas vulcânicas e ígneas serem relativamente fenômenos comuns, vocês podem estar tentandoresponder a nossa questão inicial afirmando e dizendo que as fusões são um produto de um gradiente geotermalnormal. Todos os estudantes que tiveram um curso de geologia introdutória, contudo, tem uma base para responderesta questão mais completamente. O estudo das ondas sísmicas tem nos permitido avaliar o interior da Terra (verCapítulo 1), e pode nos dizer alguma coisa sobre o estado do material em profundeza. Por exemplo, as ondas S sãoondas de amparo, logo elas não podem se propagar através do líquido, o qual não resiste ao amparo. Devido a estasondas passarem através do manto, nós podemos deduzir que o manto é essencialmente sólido. Somente o núcleoexterno é liquido e falha ao tentar transmitir as ondas S, mas o material a partir desta camada é muito denso e muito

 profundo para atingir a superfície. As fusões que atingem devem então ser derivadas a partir do manto ou da refusãoda crosta. As fusões crustais serão tratadas nos Capítulos 17 e 18, devido à crosta ser no final das contas derivado domanto qualquer, nós devemos agora partir de que o manto é ao final das contas a fonte dos magmas.

A temperatura de erupção da maioria dos basaltos está nos limites de 1100  –  1200ºC. Devido ao magma basáltico ser resfriado logo que ascende, esta temperatura, quando comparada com a geoterma na Figura 9-1, provém uma profundidade mínima da origem que indica a fonte do manto de pelo menos 100Km de profundidade.Esta conclusão é suportada pela profundidade sísmica precedida de qualquer evento vulcânico. Se o manto superioré a fonte dos basaltos, nós devemos saber em qualquer detalhe o quê comprime ele, antes nós podemos partir decomo ele é fundido e o que é produzido quando ele se funde.

10.1 Petrologia do Manto

 No Capítulo 1, nós aprendemos que o manto era composto em sua maioria por materiais máficos silicáticos(olivina e piroxênios). Embora a sísmica e os dados do momento da gravidade/angular possam ser colocados numaconstrução física na composição e mineralogia do manto, e nossas teorias sobre a origem da Terra possam adicionaralguma construção química, somente pela observação direta de amostras nós podemos ter uma idéia mais exata doque está por lá. As superfícies das amostras geralmente aceitam serem de origem do manto vindas a partir dasseguintes fontes:

10.1.1 Ofiolítos

Estes são grandes lâminas de massas máficas que passam para ultramáficas, presumindo-se serem da antigacrosta oceânica e do manto superior empurrado sobre os limites continentais e/ou incorporado dentro dos cinturões

das montanhas (ver Coleman, 1971, 1977; Peters et al., 1991). A erosão então expõe uma seção característica dasrochas sedimentares, máficas, e ultramáficas. A referência na Figura 13-3 para uma típica seção através do ofiolíto.Os ofiolítos mostram um considerável limite no tamanho, espessura, e grau de integridade estrutural. Nós iremosdiscutir ofiolítos mais cuidadosamente e mais completamente no Capítulo 13, mas por agora nosso interesse

 primário são as rochas ultramáficas em pequenas porções, devido a estes serem acreditados como porçõesrepresentantes e significantes do manto superior agora exposto na superfície da Terra. Pequenas fatias de ofiolítosultramáficos presumidos são desmembrados e incorporados dentro de montanhas deformadas, cinturões, são maiscomumente referidos como um peridotito alpino –  alpine peridotites. As porções ultramáficas dos ofiolítos e dos

 peridotitos alpinos contém uma variedade de peridotitos, predominantemente harzburgito e dunito, com umsubordinado wehrlito, lherzolito, e piroxênio. A mineralogia é denominada por olivina, ortopiroxênio, eclinopiroxênio, com pequenas quantidades de plagioclásio e minerais de óxidos, incluindo magnetita, ilmenita, e

spinel rico em cromo. A hornblenda e a serpentina parecem serem os últimos minerais hídricos recolocados. Os

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ofiolítos maiores, e mais intactos nos permitem ver a relação geométrica entre os vários tipos de rochas, mas nossasobservações são limitadas ao manto superficial (menor do que 7 Km).

10.1.2 Amostras escavadas a partir das Zonas Oceânicas Fraturadas

As diferenças nas elevações das cadeias podem resultar escarpas significantes em qualquer zona de cadeia

fraturada por compressão (falhas transcorrentes). Foi uma favorita amostragem da prática do manto em 1960 e 1970 para puxar as amostragens escavadas na base ao longo destas escarpas. Assim como os ofiolítos, estas amostrasrepresentam somente a parte mais superior do manto diante da crosta oceânica. É também impossível saberexatamente a localização da amostra escavada ou a relação entre qualquer uma das duas amostras. Amostrasescavadas são variadas (Melson e Thompson, 1970; Bonatti et al., 1970; Thompson e Melson, 1972), mas estes tiposestão mais próximos de serem idênticos àqueles expostos nos ofiolítos, provendo uma forte evidencia que osofiolítos são mesmo amostras da crosta oceânica e do manto superficial.

10.1.3 Nódulos nos Basaltos

Xenólitos ultramáficos, chamados de nódulos, são ocasionalmente carregados para a superfície pelos basaltos, usualmente basanitos ou basaltos alcalinos (White, 1996; Irving, Rodin, 1987). Eles são usualmenteformados primeiros ou menores, e o mais comum tipo de rochas são gabros, dunito, harzburgitos, lherzorlito spinel,e eclogito (uma elevada pressão metamórfica da rocha de composição granada-piroxênio, quimicamente equivalenteao basalto). Alguns xenólitos da crosta inferior são também encontrados em qualquer lava basalto. Alguns dosnódulos são autolitos –  autoliths, ou xenólitos de mesma origem –  cognate xenoliths, significando que eles estãogeneticamente relacionados ao magma, e não são pegos a partir das paredes das rochas distantes partindo da fontedo magma. Alguns destes podem ser acumulados (particularmente aos gabros e aos piroxênios) e outros restitos –  restites, um resíduo refratário (alto ponto de fusão) deixado para trás após a fusão parcial ter sido extraída. Devidoaos basaltos terem uma fonte do manto, os restitos são ricos em olivinas. No sentido de carregar tais nódulos densos,ricos em olivinas em suspensão para superfície, o transporte foi aparentemente rápido. Estes nódulos são restritos

aos basaltos alcalinos e aos basanitos e não são encontrados nos mais comuns toleíticos, implicando uma previaviagem rápida, e tem tido menos tempo para cristalizar ou interagir com as paredes da rocha. Isto tem levado alguns petrológos a concluir que os basaltos alcalinos e os basanitos são mais primitivos do que os toleíticos. Em elevadas pressões a composição da granada lherzolita ocorre somente nos basaltos mais alcalinos e nos basaltos maisdeficientes em sílicas, sugerindo que talvez estes basaltos tenham uma origem profunda do que os basaltos menosalcalinos ou os basaltos saturados em sílica. Iremos explorar estas idéias mais detalhadamente a seguir.

10.1.4. Xenólitos em Corpos Kimberlíticos

Os kimberlitos são um fenômeno ígneo incomum que será descrito na Seção 19.3.3 Algumas linhas deevidência sugerem que os kimberlitos batem no manto superior a uma profundidade de 250 a 350Km. E viajam

rapidamente para a superfície, trazendo uma variedade de amostras do manto e da crosta para a superfície como osxenólitos. Os kimberlitos assim nos dão somente um reflexo das amostras que temos no manto das camadas maissuperiores. Todo kimberlito conhecido ocorre em áreas continentais, logo os xenólitos representam, a crostacontinental e o manto subcrustal. Apesar de tudo, o manto em profundidade, pelo menos, é acreditado a ser similarem ambas as áreas continental e oceânica. Os xenólitos ultramáficos são diversificados, sugerindo um mantosuperior heterogêneo, mas a granada lherzolita e o spinel lherzolito são dominantes entre as profundas amostrasinalteradas dos kimberlitos (Boyd e Meyer, 1979; Mitchell, 1986; Dawson, 1980). Os dados partindo das fontesacima (mais meteoritos duro) nos conduz a acreditar que o manto é composto de rochas ultramáficas, comodiscutido no Capítulo 1. O spinélio  e a granada lherzolita  se mantém fora do arranjo das amostras do manto comouma suspeita primária do material do manto, devido a eles terem a composição ( particularmente terem um conteúdo

de cálcio, alumínio, titânio, e sódio) que, quando parcialmente fundido, pode produzir um líquido basáltico. Tal

material também tem uma apropriada densidade e propriedades sísmicas para combinar com aqueles determinados pelo manto (Boyd e McCallister, 1976; Green e Liberman, 1976; 1979). Abundantes evidências indicam que os

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 basaltos podem ser gerados por fusão parcial de tal material lherzolito. Pelas razões listadas acima, a maioria dosestudos do manto acreditam que o manto “típico” é composto por peridotito. Mais especificamente, ele é uma quartafase do lherzolito, composto de olivina, ortopiroxênio, clinopiroxênio, e uma fase de alumínio subordinada, taiscomo a granada, spinélio, ou o plagioclásio. A maioria do manto oceânico superficial, agora representado pelodunito e harzburgitos nos ofiolítos, e alguns nódulos no basalto, parecem estarem relacionados às lherzolitos comoresíduo refratário depois dos basaltos terem sido extraídos, como ilustrado na Figura 10-1. Note que as composiçõesdos dunitos, dos harzbunitos, lherzolitos, e dos basaltos toleíticos são colineares, e que a composição do lherzolitocaem numa posição intermediária entre o basalto e os outros dois tipos de rochas. Se o toleítico é criado pela fusão

 parcial do lherzolito, a extração do líquido irá deixar a composição do material permanecente diretamente distante a partir do toleítico na direção do harzburgito e dunito.

Figura 10-1: Relação entre o TiO2 e o Al2O3 para a granada lherzolita, harzburgito, e dunito, assim como para o basalto toleítico,mostrando como a extração de uma fusão parcial basáltica a partir da granada lherzolita pode resultar na criação de um sólidorefratário de harzburgito ou resíduo dunito. De Brown e Mussett (1993).

 Nós podemos aplicar a regra da alavanca na Figura 10-1 e determinar que de 20 a 25% da fusão parcial dolherzolito irá produzir basalto toleítico, deixando de 75 a 80% como essencialmente resíduo livre de dunito emAl2O3. Uma fusão parcial de 15 a 20% irá deixar um harzburgito com baixo alumínio. Algumas amostras dedunito/harzburgito têm acumuladas texturas, contudo, estes podem ter sido formados pela acumulação da olivina e

do ortopiroxênio durante a cristalização fracional do magma basáltico na câmara magmática no topo do manto ou próximo dele. O alumínio lherzolito representa o manto não depletado, ou fértil  –   fertile, com uma composição presumida a estar próxima do manto original. Ele é uma fonte primária para a geração d e fusão parcial basáltica. ATabela 10-2 sumariza a composição mineralógica e química da maioria das amostras de lherzolitos dos kimberlitos:granada lherzolita e spinélio lherzolito. Note a grande similaridade na composição entre os dois tipos de rocha. Elessão essencialmente idênticos. Para a primeira vez, nos partimos de uma questão metamórfica comum: Como poderochas quimicamente idênticas ter diferente mineralogia?

Tabela 10-2: Composição Mineralógica e Química do Spinel e da Granada Lherzolita.

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A Figura 10-2 é um diagrama de fase da pressão-temperatura criado a partir de estudos experimentais nasrochas do manto do tipo de composição alumínio lherzolito. O autor inverteu o eixo da pressão a partir de umaorientação convencional para refletir o aumento com a profundidade. O diagrama mostra o liquidus e o  solidus como intervalo de fusão escurecido (compare com a Figura 7-13 para o basalto), também para algumas reaçõesmetamórficas sub-solidus. As reações metamórficas mais superficiais no qual a fase do alumínio é a mais estável. Ainclinação superficial das reações sugere que ∆V tem um papel mais importante do que ∆S (a partir da Equação deClapeyron 5-15), e assim as reações são mais sensíveis às pressões do que as temperaturas. Incluído na figura estáuma estimada geoterma diante da base oceânica. Onde esta geoterma intercepta uma reação em particular, ascondições de pressão e temperatura se tornam apropriada para que a reação assuma uma posição. Assim em baixas

 pressões (abaixo 30 Km) o plagioclásio é estável, o spinélio a partir de 30 a 80Km, e finalmente as granadas a partirde aproximadamente 80 a 400 Km. Em grandes profundidades as fases de altas pressões ocorrem. A transição de ~600 Km parece representar o limite superior do Si na coordenação IV, e as estruturas silicáticas similares ao mineral

 perovskita, com Si na coordenação IV, provavelmente existe além desta profundidade.

Figura 10-2:Diagrama de fase do lherzolito alumínio com o intervalo de fusão (cinza), reações subsólidus, e gradiente geotermaloceânico. Note que a pressão aumenta para baixo, refletindo o trende na Terra. De Wyllie (1981).

Esta seqüência de reações explica como nós podemos ter equivalência composicional do spinel e dasgranadas lherzolitas, e também nos diz que os plagioclásios lherzolitos são alternados em baixas pressões, tambémcom a mesma composição química. Dessa forma explica porque o plagioclásio, o spinel, e a granada são raramenteencontrados juntos na mesma amostra, e porque o plagioclásio é encontrado somente em amostras do mantosuperficial (ofiolítos e alguns oceanos basálticos), enquanto as granadas lherzolitas ocorrem mais comumente emkimberlitos que tapam a fonte do manto em profundidade. Devido ao plagioclásio peridotito serem limitadas às

 profundidades menos do que aproximadamente 30 Km, o qual é menor do que a espessura da maioria das crostascontinentais, nós podemos esperar plagioclásio peridotito a estarem ausentes na maioria do manto subcontinental, otopo do qual está mais comumente em profundidade de mais 30 Km. Isto explica porque é tão raro em kimberlitos.A transição a partir do plagioclásio para o spinel peridotito, e do spinel para granada peridotita são acompanhados

 pelas seguintes reações metamórficas idealizadas:

CaAl2Si2O8 + Mg2SiO4 = 2MgSiO3 + CaMgSi2O6 + MgAl2O4  (10-1)(Plagioclásio) (Olivina) (Opx) (Cpx) (Spinel)

MgAl2O4 + 4MgSiO3 = Mg2SiO4 + Mg3Al2Si3O12  (10-2)(Spinel) (Opx) (Olivina) (Granada)

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10.2 Fusão do Manto

Agora que nós temos uma idéia da natureza química e mineralógica do manto, vamos retornar para a nossaquestão original relativo à possibilidade de fusão do manto. A geoterma mostrada na Figura 10-2 não intercepta ossolidus para um manto fértil de lherzolitos, o qual suporta o nosso recente ponto de vista, baseado nos dadossísmicos, que a fusão do manto não ocorre sobre circunstancias normais. Existe um numero de estimativas para umamedida da geoterma oceânica, mas nenhuma delas se aproxima do solidus. Logo nosso primeiro problema, devido anós sabermos que os basaltos são realmente gerados, é entender como o manto pode ser fundido. Existem trêsmaneiras básicas de acompanhar este ponto de vista, seguindo as três principais variáveis naturais. Nós podemostambém elevar a temperatura, diminuir a pressão, ou mudar a composição. É claro, estes devem ser feitos demaneira geológica possível. Vamos analisar cada um deste mecanismo por vez.

10.2.1 Elevando a Temperatura 

A Figura 10.3 mostra como a fusão pode ser acompanhada pelo simples aquecimento do manto acima dageoterma natural. Talvez a maneira mais simples que nós podemos fazê-lo é acumular calor suficiente pelo

decaimento radioativo dos elementos, devido a esta ser a única fonte que conhecemos de aquecimento do que outrasdo que o escape a partir de outros processos de diferenciação primordial (Seção 1.8.2). Os elementos radioativos

 primordiais (K, U, e Th) ocorrem em tais concentrações baixas do manto que eles são capazes de produzir menos doque 10-8  J g-1a-1. Uma rocha típica tem um calor especifico (o calor requerido para elevar 1g de rocha 1ºC) nosentido de 1Jg-1deg-1. Seriam requeridos assim acima de 107  anos para o decaimento radioativo para elevar atemperatura de peridotito de 1ºC. A condutividade térmica das rochas é bastante baixa, mas certamente elevada osuficiente para permitir que este calor se dissipe ao longo antes que qualquer rocha esteja próxima à fusão.

De fato, a geração de radioatividade e condução do calor é exatamente o processo responsável para acimada metade do fluxo de calor quando este atinge a superfície para criar uma geoterma em primeiro lugar. Asconcentrações locais dos elementos radioativos para aumentar a produção do calor requereriam elevados fatores de

concentrações não realistas sem qualquer condução do mecanismo para compensar a perda da entropia. Se, em umevento atípico nós quisermos acompanhar de alguma forma esta concentração e gerenciar o calor do manto para osolidus, o calor requerido para a fusão deve suprir o calor latente de fusão dos minerais, o qual estáaproximadamente 300 vezes maior do que o calor especifico requerido para trazer o mineral acima do ponto defusão.

O trabalho de produção de suficiente fusão a ser extraída assim se torna muito difícil. Acredita-seamplamente que um repentino pulo no calor para uma futura ascensão da temperatura das rochas já em seus estadosolidus tem um papel significante na moderação incomum dos fluxos termais no manto. Finalmente, se a

 porcentagem ou duas das fusões forem produzidas o k, U, e o Th, o qual são altamente incompatíveis, concentrariamna fusão, e escapariam, deixando o peridotito muito depletado para produzir seguintes fusões iguais ao vulcanismo

da superfície que nós observamos.

Figura 10-3: Fusão devido ao aumento da temperatura.

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O fluxo do calor a partir do manto inferior ou do núcleo não é muito bem compreendido. Em geral, ele écompelido pelo gradiente geotérmico por si mesmo na Figura 10-2, mas o gradiente é a mais obvia manifestaçãolocal dos fluxos de calor que são o hot spot, tais como Hawaii, os quais estão acima das setas indicando oscondutores dos magmas basálticos que parecem terem uma fonte estacionária no manto (Crough, 1983; Brown eMussett, 1993). A moção das placas acima deste hot spot estacionário resulta numa aparente migração dasatividades vulcânicas através das placas ao longo do tempo, e ele tem sido usado para determinar a moção“absoluta” da placa. A origem destes hots spots é ainda desconhecida, mas é popularmente atribuída a processos

 profundos presente na base do manto, e talvez relacionado à produção do calor ou da convecção no núcleo doliquido. É claro que atribuindo problemas a fontes profundas é a maneira mais simples de evitá-los na literaturageológica, mas parece ser justificado neste caso. Existem inúmeros destes hots spots (Figura 14-1), e eles sãodefinitivamente uma maneira de adicionar um calor extra ao manto e produzir basaltos, mas eles são fenômenoslocais, e não podem produzir basaltos em qualquer local onde os basaltos comumente ocorrem, tais como as cadeiasmeso-oceânicas. Nós vamos retornar ao assunto hots spots no Capítulo 14.

10.2.2 Redução da Pressão

Devido ao seco solidus peridotito ter uma inclinação positiva de P/T  (parece negativa na Figura 10-2 e 10-3devido ao autor ter invertido o eixo da pressão), nós podemos conseguir a fusão pela redução da pressão numatemperatura constante. A idéia mais simples, de que zonas locais de pressões baixas (pressão equivalente a dos hotsspots?) está instável em materiais não dúcteis tais como o manto, pois materiais de elevadas pressões flutuariamrapidamente para áreas de baixas pressões ate que o equilíbrio litostatico fosse atingido. Uma mais plausívelmaneira de reduzir a pressão é ascender às rochas do manto para níveis superficiais enquanto se mantém o conteúdocalorífero reservado. Quando o material se move para acima, a pressão é reduzida e o volume aumenta sutilmente,resultando numa leve redução da temperatura (de 10-20 ºC/GPa ou 0.3-0.3ºC/Km para as rochas do manto, Ahren eTurcotte, 1979). As massas bem desenvolvidas também se moveriam para dentro das áreas mais frias, e perderiam ocalor pela condução nas vizinhanças, logo ele seria então simplesmente seguido de uma geoterma, nuncaaproximando do ponto de fusão. Se, por outro lado, a ascensão for suficientemente rápida para minimizar a perda de

calor para as vizinhanças, somente a diferença de temperatura seria devido à expansão. Se a perda da condutividadede calor for zero, o processo é referido como adiabático  –  adiabático, e qualquer ascensão do material da rochaseguiria a curva com uma inclinação de ~12C/GPa (Figura 10-4), chamada de adiabato –  adiabat. É claro, um puro

 processo adiabático não é parecido, mas um material do manto bem formado em taxas geológicas aceitas, estariam próximos seguindo a curva com inclinação excessiva do que uma curva de fusão (~130º C/GPa), e iniciaria a fusão.Uma vez que a fusão comece, o calor latente de fusão irá absorver o calor a partir da ascensão da massa, e causaruma passagem adiabática para seguir uma superficial inclinação da temperatura/pressão próxima à curva do solidus,assim um intervalo de curva transversal mais obliqua. Como resultado, um material do manto bem definido serádivergente a partir do solidus lento, produzindo quantidades limitadas de fusões. Este processo é chamado de fusãodescompressional –  decompression melting.

Figura 10-4:  Fusão por descompressão (adiabático) por redução da pressão. A fusão começa quando o adiabato atravessa osolidus e o transverso escurecido do intervalo de fusão. As linhas pontilhadas representam à fusão aproximada em %.

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Materiais do manto bem formados ocorrem nas fronteiras das placas divergentes, onde duas placas sãoempurradas a parte, e o material do manto deve fluir a cima para preenchê-la. Langmuir et al. (1992) calculou queaproximadamente de 10 a 20% da fusão irão ocorrer em GPa (0.3% Km) de liberação continua de pressão. Assim, seo material bem desenvolvido começar com a temperatura do solidus, ele teria que ascender aproximadamente de 65a 100 Km para atingir de 20 a 30% da fusão estimada para adicionar a ascensão necessária para trazê-lo atemperatura do solidus em primeiro lugar, o qual seria na ordem de 150 Km.

10.2.3 Adicionando Voláteis

Devido a nós termos especificado a composição do manto, não nos é permitido ter um grande trato doajuste criativo aqui. Embora o conteúdo dos componentes imóveis possa ser compelido, as espécies voláteis sãomóveis, e nós podemos especular como seus efeitos na fusão do manto lherzolito. Em alguns xenólitos do manto nósencontraremos na flogopita ou no anfibólio. Eles são as menores fases, mas eles atestam à presença de algum H 2Ono manto. Wylie (1975) estimou que a quantidade de H2O em um normal material do manto está aproximadamenteexcedido em 0.1 peso%, e sugere que ele não está uniformente distribuído (o manto é provavelmente muito maishidratado em zonas de subducção, contudo). Exames microscópicos revelam inclusões de fluidos (figura 7-17),

acima de 5 μm em diâmetros, muito dos quais contem H 2O, mas alguns são preenchidos com um liquido denso deCO2. Isto, e a ocorrência de inclusões de carbono em alguns minerais do manto (McGetchin e Besancon, 1973) e namatriz dos kimberlitos, sugere que o CO2 está presente no manto.

 No Capítulo 7, nós exploramos os efeitos do H2O e CO2 nas relações de fusões nos sistemas silicáticos. AFigura 10-5 mostra um seco solidus peridotito de Ito e Kennedy (1983) a determinações gerais do peridotito sólido esaturado em H2O. Como previsto teoricamente e demonstrado experimentalmente no Capítulo 7, o efeito do H2O édramaticamente menor do que a temperatura do solidus, especialmente em elevadas pressões onde mais das espéciesvoláteis podem ser acomodadas na fusão. A interseção geoterma todo o sólido saturado em H2O, logo a fusão domanto é certamente possível em um ambiente hídrico sem necessitar perturbar a geoterma de qualquer maneira. Estemétodo por si só resolveria o problema da fusão do manto, com exceção se o manto não estiver claramente saturado

em H2O (ou CO2). Como mencionado previamente, o conteúdo H2O de um manto “normal” é provavelmente naordem de 0.1 a 0.2% peso, e é provavelmente ligado nas fases hídricas minerais. As três comuns fases hídricasestáveis nos sistemas ultramáficos são uma flogopita, um anfibólio, e a serpentina, não são estáveis acima deaproximadamente 600ºC, e está assim estritamente numa alteração de redução de temperatura das rochas do mantotrazidas próximas a superfície.

Figura 10-5: Solidus peridotito seco comparado com alguns experimentos de peridotitos saturados em H2O.

A Figura 10-6 apresenta a combinação do diagrama de fase para um sistema do manto hídrico. Ele inclui oKushiro et al. (1968) solidus saturado em H2O para o lherzolito, as reações de desidratação para o anfibólio e aflogopita, e o campo das geoterma estimado para o oceano. Todas as três curvas de equilíbrio tem a forma prevista

 pela Equação de Clapeyron, dando uma variação em ∆V   assim como a pressão aumenta (Capítulo 5). Como a pressão aumenta, ∆V  decai devido à alta compressibilidade da fase fluida, logo a inclinação se torna escarpada. Em

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 pressões bastante elevadas,a inclinação se torna vertical e reverte assim como a composição lateral do fluído dasreações se torna ocupada por menos volume, e ∆V  muda o sinal. Os requisitos para a fusão neste sistema são ter:

1. H2O livre, limitado em minerais, e2. Condições de temperatura e pressão suficiente para fundir o lherzolito sobre condições (H2O saturado).

Figura 10-6: Diagrama de fase (parcialmente esquemático) para o Manto hidratado, incluindo o solidus lherzolito saturado emH2O de Kushiro et al. (1968), as curvas de desidrataçào para anfibolio (Millhollen et al., 1974) e flogopita (Modreski andBoettcher, 1973), mais as geotermas dos oceânos e dos escudos de Clark e Ringwood (1964) e Ringwood (1966). SegundoWyllie (1979).

Se nós assumirmos as condições “normais” das geotermas sub-oceânicas, nós devemos seguir a geotermado oceano na figura. Em profundidade próxima de 70 Km a geoterma intercepta o solidus da H 2O saturada no pontoa, mas não existe H2O disponível, e o sistema está abaixo do solidus seco. Como resultado, nenhuma fusão ocorre

neste ponto, devido a nós termos o critério (2) atendido, mas o critério (1) não é. No ponto b, se existir qualqueranfibólio presente, o anfibólio irá romper, liberando H2O, o qual será imediatamente liberado e disponibilizado para

 produzir qualquer fusão devido às condições estarem acima do solidus da H2O saturada e ambas as condições (1) e(2) são atendidas. Se a flogopita estiver presente, preferencialmente do que o anfibólio, nenhuma fusão será

 produzida até o ponto c, em profundidade de 90 Km, quando a flogopita se quebra e libera H2O. Se nósconsiderarmos uma diferente passagem de  P/T , tal como o campo da geoterma, o sistema irá atravessar a quebra doanfibólio primeiro no ponto d , onde o anfibólio desidrata para uma assembléia de minerais anídricos e liberandoH2O. Devido a este acontecimento em pressões e temperaturas abaixo do solidus de peridotito saturado em H2O, nóstemos o critério (1) atendido, mas não o critério (2), logo nenhuma fusão irá ocorrer neste ponto. Somente quando osolidus está atravessado no ponto e pode o H2O ser usado para fundir o peridotito (se ele não migrar a partir dosistema entre os pontos d  e e). O campo da geoterma é menor do que a geoterma continental na Figura 1-6, pois os

campos são antigos, áreas estáveis, de alguma forma depletados em elementos radioativos incompatíveis.

Devido à quantidade de H2O em ambos os casos ser muito pequena, a quantidade de fusão produzida nestemodelo é também muito pequena, menos do que 1% (ver Figura 7-23 como exemplo do efeito limitado de H 2O nafusão). Assim, ao contrario do método atrativo para produzir fusões sem ter que invocar condições incomuns  P/T , aquantidade de fusões que podem ser realisticamente produzidas no manto hídrico é provavelmente menos do que1%, o qual será adsorbido pela superfície dos cristais, provavelmente um filme descontinuo, e não pode ser extraídoa partir da fonte do peridotito (ver Seção 11.2). Embora nós possamos não ter encontrado uma maneira de gerar asfusões para atingir a superfície, nós podemos encontrar uma boa maneira de explicar a ocorrência da baixavelocidade da sísmica nas camadas (Capítulo 1). A pequena quantidade de fusão retida no peridotito ainda irá

 permitir as transmissões das ondas-S, mas pode se esperado que ambas as ondas S e P sejam lentas. A profundidade

das camadas (de 60 a 120Km) encaixa bem com aquelas esperadas na Figura 10-6. Para uma discussão destainterpretação para a lenta velocidade nas camadas, ver Green e Liberman (1976) ou Solomon (1976). Nós devemos

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ver nos Capítulos 16 e 17 que o conteúdo de H2O do manto nas zonas de subducção é provavelmente muito maior, eé um importante fator np magnetismo de subducção relativa.

Figura 10-7: Diagrama de fase para um sistema do manto carbonático, incluindo o solidus do lherzolito saturado em CO2, acurva de quebra da carbonização para o dolomito calcico, mais o campo das geotermas oceânicas de Clark e Ringwood (1964) eRingwood (1966). Também estão inclusos as curvas de reação do plagioclásio spinel e do granada spinel pra as Figuras 10-2. DeWyllie (1979).

Experimentos em sistemas de peridotito composto por CO2 podem também produzir pequenas quantidadesde fusões em pressões próximas de 2-4 GPa (Huang e Wyllie, 1974; Wyllie e Huang, 1975; Eggler, 1976). NaFigura 10-7, Ringwood estimou a interseção da geoterma oceânica para o rompimento da curva da dolomita, o quallibera CO2, e então um sólido saturado em CO2, iniciando uma fusão. A geoterma de Clark e Ringwood interceptadireto a curva de fusão da dolomita. Devido às amostras do manto sugerirem que o conteúdo carbonático é menor,

isto deve resultar na produção de quantidades muito pequenas de fusões no intervalo de profundidade de 75 a 120Km, dependendo da geoterma escolhida. Então a adição de CO2 pode também produzir pequenas quantidades defusões a serem produzidos entre 75 e 120 Km com um aquecimento normal no fluxo de calor. Devemos retornar aosefeitos do CO2 na fusão do manto no Capítulo 19.

10.2.4 Um breve Sumário da Fusão do Manto

Tão distantes, nós estejamos para um bom claro começo. Nós temos uma idéia do que comprime um típicomanto, e nós temos encontrado algumas maneiras razoáveis para iniciar a fusão. Todo o método explorado acima

 para a fusão do manto é provavelmente trabalhado em uma área ou outra. O gradiente de uma elevada e anormal

geoterma pode ocorrer em hots spots, ascendendo às áreas de convecções das células, ou locais onde os magmasestão ascendendo os diapiros. A redução da pressão pode estar associada com as proximidades bem desenvolvidasdo material do manto nos rifts, ou em associação com o material ascendente, tais como os mencionadosanteriormente. Os voláteis, em particular o H2O e o CO2, podem reduzir suficientemente a temperatura do solidus

 para criar fusões com geotermas normais, mas o baixo conteúdo de voláteis no manto limita severamente aquantidade de fusões produzidas. Nos Capítulos 16 e 17, nós partiremos do magmatismo das zonas de subducção,onde o papel do H2O (subduzido na crosta hídrica ou sedimentos) é forte o suficiente para iniciar um importante

 papel na geração do magma.

 Nós também sabemos a partir de experimentos que a fusão parcial de um manto lherzolitico irá produzir basalto. Existe algum debate no presente sobre o significado das cúspides - cusps, a menor cavidade em T onde as

reações do plagioclásio spinel e granada spinel intercepta o liquidus na Figura 10-2. Esta cúspide é requerida nateoria (como descrito na Seção 26.10), mas a sua magnitude não é conhecida. Alguns autores especulam que eles

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 possam ter solidus menores o suficiente para facilitar a fusão, sendo assim favorecendo a geração da fusão em profundidade especifica (próximo de 40 a 90 Km). Uma fusão mais completa do manto produz o magma ultramáficoque é raro, provavelmente em decorrência do gradiente geotérmico não ser grande o suficiente para produzir taiselevadas proporções, e devido às fusões parciais, uma vez que eles atingem de 10 a 20%, tenderem a separar eascender, deixando o resíduo refratário que é incomum para fundir. Komatitos  –   komatites, rochas vulcânicasultramáficas, são quase que completamente restritos ao Arqueano, quando o gradiente geotérmico for o suficienteelevado, e uma maior fração da fusão parcial pareces ser aparentemente fácil para gerar (ver Nesbitt et al., 1979).

Ele permanece estar sendo visto se nós gerarmos uma variedade dos tipos de basalto, em particular ostoleíticos e os alcalinos, partindo do nosso típico material do manto. Na primeira aproximação é útil considerar omanto como um reservatório de composições uniformes a partir do qual nós desejamos extrair mais de um tipo defusão. A “Lei da Parcimônia”, geralmente referido como “Navalha de Ockham”, afirmando que a solução maissimples para o problema é o mais correto. Se o espectro dos basaltos encontrado na superfície pode ser gerado a

 partir de um manto quimicamente uniforme, nós temos solucionado nosso problema da maneira mais simples possível. Se não, nós teremos que mudar para um modelo mais complexo. Nós devemos agora rever alguns dadosexperimentais relacionados à fusão de um material típico do manto, e ver se os tipos de basaltos que nós achamos nasuperfície nas bases oceânicas podem ser gerados.

10.3 Geração do Magma a partir de uma Quimicamente Uniforme

Se nós estamos gerando uma variedade de produtos a partir do começo de um material quimicamenteuniforme, nós teremos que variar certos parâmetros. Se nós estamos presentemente proibidos a partir da variaçãocomposicional, nós devemos começar testando os efeitos da variação da pressão e temperatura. A variação da

 pressão numa temperatura em particular implica diferentes gradientes geotérmicos. Gradientes baixos atingem osolidus e iniciam a fusão em altas pressões, enquanto que gradientes elevados iniciam a fusão em baixas pressões. Avariação da temperatura numa pressão em particular traduz a extensão para o qual o solidus está passado, o qualafeta a porcentagem da fusão parcial produzida. Esta é uma importante variável em qualquer profundidade, como

nós encontramos a partir dos sistemas experimentais nos Capítulos 6 e 7, assim bem como a partir dos modelos defusões parciais discutidos no Capítulo 8. Quais efeitos irão variar a profundidade e extensão da fusão tendo sido afusão parcial produzida a partir do alumínio lherzolito?

Figura 10-8:  Mudança na composição do eutético (primeira fusão) com o aumento da pressão de 1 para 3 GPa projetados acima da base do tetraedro do basalto. Todas mais as temperaturas baixas terminam nas curvas cotéticastendo sido omitidas a evitar desordem. De Kushiro (1968).

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 Nós começamos olhando novamente nos efeitos da pressão na fusão. A Figura 10 -2 e as reações (10-1) e(10-2) nos mostram importantes efeitos da pressão que causam mudanças sensíveis na pressão da mineralogia domanto lherzolito. Assim através da composição química do manto pode estar constante, a composição mineralógica está variando com a profundidade. Devido aos minerais  estarem sendo fundidos, a primeira fusão da granadalherzolita não seria a mesma nas primeiras fusões do plagioclásio lherzolito de mesma composição. Naturalmenteuma fusão completa  de cada um produziria uma idêntica fusão, devido a todos os componentes estarem entãoconvertidos.

 Na Seção 7.4, nós aprendemos que as pressões mudam tendo efeitos idênticos na fusão dos minerais (comoresultado das suas diferentes compressibilidades). Isto causa uma transferência na posição do mínimo eutético,resultando em diferentes composições de fusões eutéticas. A Figura 10-8 mostra como o mínimo eutético varia coma pressão no sistema Ne-Fo-Q. Perceba que o mínimo eutético (a composição da primeira fusão) se move com oaumento da pressão a partir da sílica saturadas (toleítico) para altas fusões subsaturadas e alcalinas. Isto transfere oreflexo de ambos os efeitos diferentes de compressão nos minerais, e mudanças mineralógicas controladas pela

 pressão. Na pressão atmosférica de 1,a albita é envolvida na fusão mas em 3 GPa (como devemos calcular noCapítulo 27) a albita está não longe da estabilidade, e um piroxênio jadeitíco está começando a fundir no lugar, comuma associação dos efeitos no liquidus e no eutético. A implicação a partir deste simplificado sistema basáltico é

que os toleítos são favorecidos pela fusão superficial alcalina e basaltos alcalinos subsaturados em sílica por umafusão profunda.

Figura 10-9: Variação na natureza do liquidus e resíduos refratórios associados com a fusão parcial do pirolito emvarias pressões. Incluído está a próxima mineralogia do solidus. De Green e Ringwood (1967).

 Nós agora retornaremos para experimentos de fusões parciais nas rochas do tipo mantélicas. A Figura 10-9ilustra os resultados dos experimentos por Green e Ringwood (1967) no pirolito sintético de Ringwood no materialdo manto. O tamanho dos padrões de bloqueio correspondem à quantidade do mineral presente nas mudançasexperimentais, assim uma clara avaliação das mudanças na mineralogia em profundidade e fusão. Note que a olivinae os dois piroxênios dominam a mineralogia do sub-solidus (no caso a lherzolita), e o plagioclásio está na fase

aluminica abaixo de 1 GPa. Em elevadas pressões a mineralogia do manto pirolito difere do lherzolito na Figura 10-2. Nos experimentos de Green e Ringwood (1967), o spinel não é separado nesta fase, mas dissolve componentes

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nos piroxênios aluminosos antes da temperatura do solidus ser atingida. Isto resulta na produção da reação dagranada que é diferente da reação (10-2), e não envolve o spinel, e ocorre aproximadamente em 3 GPa.

A Figura 10-9 mostra que ambas as pressões e a porcentagem do efeito da parcial (o tamanho dos blocosvazios são proporcionais à quantidade do líquido produzido). Aqui nós vemos que a primeira fusão é maissubsaturada (alcalina) em 60 Km do que em 25 Km, o qual concorda com a Figura 10-8. Também note que algunstipos diferentes descritos foram feitos em 1 GPa (60 Km), cada um em temperaturas diferentes, produzindodiferentes frações de fusões. As baixas frações de fusão parcial nesta pressão resultam em basaltos mais alcalinos.Isto é devido aos álcalis serem altamente incompatíveis e entrarem cedo nas fusões, enquanto que sucessivas fusõesincrementam lentamente a dissolução das concentrações álcalis (ver as Figuras 9-2 e 9-3) resultando num carátertoleítico mais saturado em sílica. Pela variação da profundidade da fusão e/ou da quantidade da fusão parcial

 produzida, nós podemos gerar tanto um basalto alcalino quanto um basalto toleítico. O resíduo sólido entreaproximadamente 20% da fusão parcial é um harzburgito. Ele pode requerer acima de 60% da fusão parcial paracriar um resíduo de dunito.

Incluído na Figura 10-9 está um breve sumário dos efeitos possíveis da cristalização fracional nosreservatórios de magmas crustais. Em tais reservatórios o trende comum está em direção dos líquidos envolvidos por

sílica (andesitos, riolitos, etc.). Note que baixas pressões térmicas dividem a separação das series magmáticastoleiticas e alcalinas (Figura 8-13) o qual faz destas séries distintas assim que elas envolvem nas câmarasmagmáticas superficiais para membros mais silicáticos, como discutido no Capítulo 8. A natureza da cristalizaçãofracional também varia com a profundidade. Assim como as fases no manto variam com a profundidade na Figura10-2, da mesma forma que as fases que cristalizam a partir da fusão em ascensão irá variar.

Figura 10-10: Representação esquemática do esquema da cristalização fracionada de Green e Ringwood (1967) relacionado avários tipos de magmas basálticos em pressões que variam de moderadas a altas. Os minerais fracionados são listados próximosàs setas. De Wyllie (1971).

A Figura 10-10 mostra o sumario de Wyllie dos produtos das fusões e cristalizações fracionais dosesquemas de Green e Ringwood (1967) e Green (1969). A cristalização fracional, se acompanhada da mesma

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 profundidade de fusão, é simplesmente o reverso do processo de fusão parcial, como você pode ver em 1.8 GPa (60Km) nível da Figura 10-10. A remoção da enstatita aluminosa (Al-En) a partir da olivina toleítica produzida a partirde 30% de fusão parcial resultando num basalto alcalino que poderia ter sido criado simplesmente por 20% da fusão

 parcial na Figura 10-9. Criando a fusão parcial numa dada profundidade e a fracionando numa profundidadesuperficial, contudo, uma grande variedade de tipos de magmas pode ser gerada. Também, a térmica divida aseparação das séries alcalinas e toleiticas (D na Figura 10-10) não havendo uma elevada pressão, logo é possível ir a

 partir do magma toleítico para o alcalino via uma cristalização fracional em elevadas pressões, como discutido eamostrado em 1.8 GPa na Figura 10-10.

 Note que as mudanças ocorrem com a profundidade nos tipos de minerais que se fracionam a partir dolíquido. De uma importância em particular está à solubilidade do alumínio nos piroxênios, no qual são maisextensivos em elevadas pressões. Os piroxênios pobres em Al são removidos com o fracionamento superficial,deixando mais Al para trás, resultando em líquidos elevados em Al. Piroxênios com elevados Al fracionam em

 profundidade, produzindo altos SiO2 e líquidos subsaturados Al2O3 (nefelinitas).

O´Hara (1965, 1968) também investigou a fusão do manto e o fracionamento dos cristais a partir doslíquidos basálticos em várias profundidades. Ele também encontrou que os toleíticos saturados em sílica são gerados

em pressões superficiais (abaixo 0.5 GPa), abrindo caminho para os basaltos alcalinos subsaturados em sílica com oaumento da profundidade. Os toleíticos são também favorecidos com o aumento do grau de fusão, estendendo seuslimites de gerações para grandes profundidades. O´Hara acreditou que as fusões se fracionam continuamente logoque elas ascendem com pelo menos a cristalização da olivina, e que os magmas que atingem a superfície sãolíquidos residuais, e não necessariamente um magma primário (no sentido de que eles refletem a fusão parcialinalterada produzida em profundidade).

Figura 10-11:  A projeção do diagrama da normativa do ol*-ne*-q de Irvine e Baragar (1971) mostrando que os trendes nasfusões parciais do spinel lherzolito a partir de 6 a 35% da fusão parcial. O ne* = ne + 0.6 ab, q* = q + 0.4 ab + 0.25 opx. DeHirose e Kushiro (1991).

Investigações mais recentes feitas por Hirose e Kushiro (1991) no lherzolito spinel seco e natural concordaque em fusões lentas a fração conduz para os basaltos alcalinos, enquanto que em elevadas frações de fusões conduz

 para composições mais toleiticas. Isto é mostrado na Figura 10-11 (uma modificação na base do tetraedro do basalto, Figura 8-12) pelos trendes longes de ne* e em direção do opx. A fusão em elevadas pressões conduz para os picritos que são a nefelina-normativa (alcalina e sílica subsaturada) em baixo grau de fusão parcial, e saturado emsilica em elevadas frações de fusões.

Embora exista alguma discordância nos detalhes entre os esquemas de Green e Ringwood (1967), O´Hara(1968, e Hirose e Kushiro (1991), está claro que uma variedade substancial de fusões pode ser derivada a partir de

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um manto quimicamente homogêneo, e que esta variedade incluem todos os tipos básicos de magma que nós vemosna superfície. Esta generalização é substanciada por outras extensões de trabalhos (Yoder e Tilley, 1962; Yoder,1976; Hess e Poldervaart, 1968)).

Finalmente, nós devemos lembrar que os fluidos no manto podem também afetar o tipo de fusão gerada. AFigura 7-27 mostra os efeitos da fusão seca, fusão saturada em H2O, e fusão saturada em CO2 num sistema basáltico

análogo em 2 GPa. O ponto eutético E  seco na Figura 7-27 é o mesmo ponto em E 2GPa na Figura 10-8. o H2O transfereo eutético na direção da saturação em silica (toleíticos) enquanto que o CO2  transfere o eutético na direção dascomposições mais alcalinas. Embora a quantidade de fluidos do manto como um todo é geralmente considerado aser menor, como discutido em conjunção com a menor velocidade das camadas acima, nós sabemos a partir doskimberlitos e carbonatitos que o H2O e o CO2 podem localmente ser muitos mais elevado.

Para sumarizar, a maioria dos modelos da petrogênese dos basaltos incide no seguinte (modificado a partirde Wyllie, 1971, pp 207-208):

1. A composição dos basaltos  primários  são controlados pela profundidade das fusões parciais esegregações a partir do peridotito do manto, o grau de fusão parcial, e a quantidade e os tipos de fases voláteis, se

 presentes.

2. A composição do basalto que atinge a superfície da Terra é também controlado por algum fracionamento docristal subseqüente durante uma segregação de uma ascensão posterior.

3.Os toleíticos podem ser formados por uma fusão superficial ou pelo fracionamento da olivina durante a ascensãodo liquido picrito fico em profundidade. Os toleíticos também são favorecidos pelos voláteis ricos em H2O. Basaltosalcalinos pobres em silica são derivados por menores graus de fusões parciais, fontes muitos profundas, e voláteisricos em CO2.

4.Os toleíticos também podem ser formados quando a olivina se fraciona durante a ascensão do picrito liquido fixo

em profundidade, e basaltos alcalinos pelo fracionamento em profundidade fixa de fases silicáticas ricas em Al.

10.4 Magmas Primários

A Figura 10-10 sugere que a cristalização fracional pode ser comum durante as ascensão do magma basáltico. O´Hara (1965, 1968) o considera inevitável. Isto nos traz para dentro da exata questão de como osmagmas primários comuns estão na superfície da Terra. Nós definimos os magmas primários –  primary magmas nos Capítulos 6 e 8 são aqueles que são formados pelo fusão em profundidade, e não foram modificadossubsequencialmente durante a ascensão para a superfície. Os magmas modificados são referidos como derivativo –  derivative  ou envolvido  –   envolved. Devido à dificuldade na determinação se o magma é verdadeiramente

 primário, nós introduzimos o termo pai –  parental no Capítulo 8 para a maioria dos tipos de magmas no espectro domagma numa dada localidade. O magma pai, se primário ou derivativo por si mesmo, é então considerado a semuma fonte imediata de mais de um tipo de magma envolvido na série. É difícil entender a origem dos magmasderivativos, contudo, sem o primeiro entendimento do magma primário verdadeiro que os adota. Devido a nossadiscussão acima sugerir uma variedade de magmas primários que são possíveis, como, então nós podemosreconhecer um magma primário?

Existem vários critérios para que se possa ser aplicado à avaliação da natureza do magma primário. Como écomum na geologia, este critérios são claramente umas boas demonstrações de um magma em particular que não é

 primário, mas eles não podem provar que aquele magma é verdadeiramente primário. Os critérios mais simples sãoque o magma plota no fim da extremidade de um índice de diferenciação (tais como menor porcentagem de SiO 2,

maior concentração de Mg/(Mg + Fe), baixa porcentagem de álcalis, etc.) e que ele tem uma alta temperatura deextrusão. Estes critérios são úteis, mas não podem somente indicar o magma pai, nem o primário. Apesar de tudo,

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eles nos mostram que os basaltos são tipos de magmas indicados a serem os melhores candidatos para magma primário.

Vamos retornar para o momento na Figura 6-11: o eutético da anortita-diopsidio. Logo que resfriamos acomposição a para 1445ºC, nós atingimos o ponto b, onde a fusão, uma complexa solução de íons e moléculas, setorna saturada em componentes de anortita. Neste ponto a anortita começa a se cristalizar, muito mais por

 precipitação do sal a partir da solução de sal durante o resfriamento ou evaporação. No ponto d , o eutético, a fusãoestá saturada tanto para a anortita quanto para o diopsidio, e ambas as fases se cristalizam. No sistema ternário,quando a fusão atinge o eutético ternário (ponto  M  nas Figuras 7-1 e 7-2), as fusão se torna saturada em três fases, elogo em mais componentes são adicionados. Nós referimos para a fusão que é saturada em varias fases pelo menoscomo múltipla fusão saturada  –  multiply saturated melting. A maioria dos basaltos, quando em erupção, estão

 próximos da temperatura do seu liquidus (ele também contém formas de fenocristais, ou fenocristais com uma pequena adição de resfriamento). Além disto, todos os tipos de minerais maiores começam a se cristalizar dentro dointervalo de temperatura, o qual sugere que eles estão próximos de começarem a multiplicar a saturação. Tome comexemplo o Lago de Lava Makaopuhi no Capítulo 6. A temperatura de erupção era estimada em 1190ºC (Wright eOkamura, 1977), no qual o ponto da olivina já tinha começado a se cristalizar (Figura 6-2). Assim o magma jáestava na temperatura do liquidus (não superaquecido), e saturado em olivina. As outras fases maiores, plagioclásio

e clinopiroxênio, começaram a se cristalizar dentro de 20ºC de resfriamento (Figura 6-2). Assim o basalto deMakaopuhi, estava em erupção na temperatura do liquidus, e estava próximo de começar a multiplicar a saturação.

Primeiro nós vamos considerar uma múltipla fusão saturada a ser um bom indicador para o magma primário. Depois de todos, se o magma primário é produzido por uma fusão  parcial  dos peridotitos do manto, pelomenos em baixas frações de fusão, deve ser uma fusão eutética, e está então numa múltipla saturação. Isto éverdadeiro, contudo, somente nas pressões de  formação em profundidade, não em pressões de erupção. A Figura10-8 mostra que devem ser consideradas diferenças entre o eutético atmosférico (1atm) e altos pontos de pressõeseutéticas. Se o magma está em saturação múltipla em baixas pressões, esta claramente impossível se estar em altas

 pressões também. Múltipla saturação de baixa pressão sugere assim que o magma estava em equilíbrio com a fasesólida em profundidade muito superficiais, para a formação do magma. Isto requer que os minerais estejam

cristalizados, mantendo o magma transferindo o eutético para uma ascensão. Tais magmas devem ser modificados pela cristalização fracional e não é um magma primário.

Figura 10-12: Relação da fase anídrica do  P/T  para os basaltos da cadeia meso-oceânicas suspeita de ser o começo do magma primário. De Fujii e Kushiro (1977).

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Considere a Figura 10-12, no qual mostra os resultados dos experimentos magmáticos num limite de pressão nos basaltos vítreos das cadeias meso-oceânicas suspeito de serem uma fusão primária. Este método defusão na superfície da rocha em várias pressões para olhar de volta nas fases nas quais ele pode ter estado emequilíbrio é comumente referido como o método reverso  –  reverse method, devido a ele começar com o produtoda fusão parcial como um indicador das características da fonte. Começando com as possíveis amostras do manto eda fusão deles para estimar, foi feito na Figura 10-9 e 10-10, é chamado de método avançado –  forward method,devido a ele tentar imitar o processo original. De qualquer forma, de volta a nossa amostra: diferente da maioria dos

 basaltos das cadeias meso-oceânicas, esta amostra não foi multiplicadamente saturada em baixas pressões. Como pode ser visto na Figura 10-12, em 1 atm ele estava saturado com olivina a 1215ºC, e somente o plagioclásio se juntou a olivina abaixo dos 75ºC. a amostra  foi  saturada, contudo, com todas as quatro fases do plagioclásiolherzolito em 0.8 GPa e 1250ºC. Isto implica que a fusão representada pelas amostras é um magma primário, umavez em equilíbrio com o manto em 25 Km de profundidade. Isto pode ser ou não a profundidade onde “começa” nosentido do evento da fusão parcial que criou os basaltos, Mais parecido, estava o último ponto durante a ascensão noqual a fusão estava bem misturada com o manto, o ponto no qual o líquido foi separado a partir dos sólidos domanto e se comportam como um sistema separado.

Uma fusão que está multiplicadamente saturada na superfície está desta forma não  parecida como

candidato para um magma primário. Uma fusão multiplicadamente saturada tem as curvas de saturação, tais comoaquelas ilustradas na Figura 10-12, a interseção próxima das superfícies de pressão, e as curvas divergiriam emgrandes profundidades, indicando uma necessidade de equilíbrio com o manto. Infelizmente, o critério para a nãosaturação múltipla na superfície das pressões é somente aquela negativa, devido ao magma que não estámultiplicadamente saturado não está também provido a ser primário. Somente sujeitando um basalto natural a umanão múltipla saturação a uma experiência de fusão e recristalização em pressões elevadas, como na Figura 10-12,nós podemos ver se ela pode ser saturadamente multiplicada em altas pressões.

Se a fusão parcial é extensiva, contudo, cada fase do manto sucessiva é consumida pela fusão progressiva, afusão de longe não é saturada naquela fase, até que finalmente ela é somente saturada em olivina, a última fase domanto residual. Fusões primárias resultantes a partir de fusões parciais extensivas, então, podem não ser

multiplicadamente saturada em qualquer pressão. Nas menores quantidades, contudo, a fusão deve ser saturadasomente em olivina em altas pressões, devido à olivina ser a fase dominante do manto e o último mineral serfundido. A Figura 7-13, o qual ilustra os experimentos de fusões nos basaltos toleíticos do Rio Snake, mostra que aolivina está somente na fase liquidus em pressões abaixo de 0.5 GPa. Este basalto também foi formado em pressõesmuito baixas (nem mesmo no manto, devido o Moho ser profundo diante deste Plano do Rio Snake), ou ele perdetanto olivina durante a cristalização fracional que ele não pode permanecer por tanto tempo em altas pressões deolivinas saturadas. Os últimos são mais parecidos, logo o basalto não é um candidato adequado para um basalto

 primário.

Se os experimentos mostrarem que o basalto corresponde às composições eutéticas de altas pressões, e nãoaos experimentos de baixas pressões, eles indicam um equilíbrio em altas pressões com o manto. Isto pode ser

interpretado como um significado de que ele é um magma primário que naquela pressão, ou que pe formado em profundidade, o último fracionamento naquela pressão indicada, e então ascendido essencialmente de maneirainalterada desde então. Em tais casos, o suporte para o magma primário irá ter melhorado, mas esta é uma evidênciaelusiva. A complicações podem também aparecer na aplicação das técnicas experimentais quando as relações dasreações existem para um daqueles minerais. Se a fonte contém ortopiroxênio, ela pode não aparentar uma faseliquidus durante todo o experimento, devido a ela ter uma relação de reação: opx = olivina + líquido (Figura 6-12).

Como discutido no Capítulo 8, as lavas afíricas, devido a elas não estarem contaminadas pela formação prévia dos cristais, elas são comumente escolhidas para os diagramas de variação como bons exemplos de fusõesderivadas. Alguns petrológos também consideram as amostras afíricas primitivas a seres também possibilidades demagmas primários, devido a elas apresentarem nenhuma evidência de terem formado e perdido fenocristais. Outrasquestões para este bom senso dos magmas saturadamente multiplicados (ver McBirney, 1993, p. 242). Eles

 pontuavam que a saturação multiplicada dos magmas tenha provavelmente perdido seus fenocristais recentes. Elessugerem que algumas lavas ricas em fenocristais, em particular os picritos ricos em olivinas, podem ainda conter

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suas fases recém-formadas. Infelizmente isto é impossível de determinar se alguma acumulação de fenocristal na base da câmara magmática, e podem assim no sentido de ser mais primitivo do que a fusão primária.

Dois outros critérios têm também avançado no suporte de que o magma pode ser primário. Primeiro, osmagmas contendo dunitos e nódulos de peridotitos densos são presumidos a terem ascendido rapidamente no sentidode manter os nódulos suspensos. Tais magmas teriam menos tempo para se submeterem ao fracionamento, e podemser primários. Segundo, a olivina nos nódulos de peridotitos do manto residual é usualmente limitado na composiçãolimite: Fo86 para Fo91. Líquido basálticos em equilíbrio com tais olivinas devem ter o raio de MgO/(MgO + FeO) nolimite de 0.66 para 0.75 (Roeder e Emslie, 1970; Green, 1971). Assim nós devemos estar capazes de julgarrapidamente se o basalto é um bom candidato para ser o magma primário a partir das composições químicas doselementos maiores ou pela sua posição no diagrama AFM. Promovendo as características químicas do magma

 primário incluem altos conteúdos de Cr (> 1000 ppm) e Ni (> 400-500 ppm). Lembre-se, os critérios acima são maiscritérios negativos do que positivos, no que eles são melhores demonstrados em magmas particulares não é primáriodo que aquele que é. Devis a este caso, um bom candidato para magma primário deve encontrar qualquer um doscritérios acima assim que possível.

10.5 Um Modelo de Manto Quimicamente Heterogêneo

 Nós temos visto que, pela variação das condições de pressão, a porcentagem da fusão parcial, dacomposição do fluído, e a cristalização fracional em caminho possíveis, é possível gerar um quadro de espectro de

 basaltos a partir de uma única composição do manto (incluindo ambos os basaltos toleíticos e basaltos alcalinos,assim bem como basaltos com elevada alumina e picritos). Nosso questionamento para os magmas pais para umasérie derivada encontrada na superfície estaria assim aparentando estar no fim, assim bem como acreditado pelamaioria dos petrológos em meados de 1970. Contudo, técnicas modernas de elementos traços e análises isotópicastêm mudado as nossas perspectiva em ambas as gêneses e natureza do manto a partir do qual eles são derivados. Istoé um assunto que nós iremos explorar mais completamente nos Capítulos 13 e 14, mas uma breve introdução estáem ordem agora. Embora um manto quimicamente homogêneo tenha provido uma simples solução para a variedade

de fusões que ocorrem nas áreas oceânicas, e a Ockham´s Razor nos diz que a solução mais simples é a provavelmente aquela mais correta, existem alguns pequenos fatos que nós não podemos explicar desta maneira.

Figura 10-13: Diagrama REE (a) e diagrama Spider (b) de um típico basalto alcalino das ilhas oceânicas (OIB) e basalto toleítico das cadeias meso-oceânicas (MORB). Dados de Sun e McDonough (1989).

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Primeiro, embora as amostras do manto caiam dentro do quadro da categoria de lherzorlito, harzburgito, edunito, a variedade é muito importante no sentido de nos dá uma visão panorâmica. Embora os elementos maiores

 pareçam ser preferencialmente uniformes, a sua variação permite que as amostras pareçam serem separadas dentrode dois grupos principais (Nixon et al., 1981). Os xenólitos  férteis  –  fertile (ou enriquecidos –  enriched) têm dealguma forma altos conteúdos de Al, Ca, Ti, Na, e K e menores Mg/(Mg + Fe) e Cr/(Cr + Al) do que xenólitosdepletados  –   depleted. Os xenólitos férteis assim têm mais elementos incompatíveis, o qual pode sercorrelacionado com o seu potencial para produzir magma antes de se tornarem mais refratários como às amostrasdepletadas. A granada e o spinel lherzolito são as amostras mais férteis, e os dunitos são os mais depletados. Existeuma sutil, e ainda importante, diferença entre os termos “fértil” e “enriquecido”, o  último implica que alguma coisatenha sido atualmente adicionada a eles, enquanto que a forma meramente implica poucos tenham sido removidos.

 Nós ainda não temos discutido maneira de avaliar a disputa que a amostra é verdadeiramente enriquecida. O autorapenas irá mencionar a passagem neste ponto para alguns xenólitos do manto que mostram evidencia de terem sidoalterados em profundidade. Embora a flogopita e o anfibólio seja usualmente primários, alguns apresentam texturassugerindo que a origem está associada com os voláteis e alguns outros componentes oriundos de fluídos,adicionados via uma fase de fluido externa. Outra alteração mineral inclui a apatita, esfeno, carbonato, etc.

Segundo, alguns padrões de elementos traços para magmas basálticos derivados do manto nos confrontam

com uma complicação. No Problema 9-3 você lhe foi pedido para criar um diagrama REE e um diagrama Spider para dois tipos de rochas. As rochas foram medidas nas suas composições de um “típico” basalto de ilha oceânica(OIB) e basalto de cadeia oceânica (MORB), e os diagramas são reproduzidos na Figura 10-13. A inclinaçãonegativa do padrão do OIB em cada diagrama é um típico padrão de enriquecimento, e não pode prontamente serexplicado via um modelo de tanto uma fusão parcial do peridotito ou cristalização fracional do peridotito derivadasde uma fusão, no qual os elementos mais incompatíveis estão concentrados na fração do líquido (OIB). A inclinação

 positiva dos trendes do MORB, por outro lado, não podem ser conciliados com qualquer processo de fusão parcialou cristalização fracional do condrito do tipo mantélico que é incorporado ao HREE e outros elementosrelativamente compatíveis dentro do líquido em preferência do que os elementos menos compatíveis. O únicométodo pelo qual a fusão parcial pode tem um padrão de inclinação positiva no diagrama da Figura 10-13 é parauma significante fusão proporcional do sólido que já é um LREE e elementos incompatíveis depletados, e assim tem

uma inclinação positiva no começo.

Figura 10-14: Diagrama de REE normalizados pelo condrito para spinelio (a) e (b) granadas lherzolitos .. Do Projetode Estudo do Vulcanismo Basáltico.

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Devido a estes diagramas estarem normalizados para o condrito, e um manto não depletado não deve estar próximo ao condrito, ele deve plotar em rocha/condrito = 1.0 e ter uma inclinação de zero. No sentido de setornarem LREE e elementos incompatíveis depletados, estes elementos devem ser extraídos a partir do manto eincorporados dentro das fusões como prioridade para a formação do MORB. Em outras palavras, o magma mais

comum no planeta deve ser derivado a partir do manto que tenha sido previamente depletado  (provavelmente poruma extração recente das fusões para formar as crostas oceânicas e continentais). O outro magma comum das basesoceânicas não nos mostra tais padrões, e parece ser derivado a partir de uma fonte do manto não depletado (fértil).

 Nós iremos dar de cara com a seguinte conclusão, no sentido do nosso recente sucesso na geração de diferentes tiposde magmas a partir de uma fonte do manto singular, o manto não é homogêneo, e contem pelo menos dois principaisreservatórios, um depletado, e o outro fértil.

Os dados dos elementos traços para os nódulos dos lherzolito suportam esta conclusão. A Figura 10-14mostra que ambas as inclinações positiva e negativa nos diagramas REE para ambas a granada e o spinel lherzolito,mostrando que o manto fonte das rochas são certamente um reservatório não uniforme. Devido a estas amostrasrepresentarem uma rocha de fonte potencial, e não derivarem de fusões parciais, as rochas enriquecidas em LREEcom uma inclinação negativa e raios da rocha/condrito acima de 10 devem ser verdadeiramente enriquecidos, e nãosimplesmente não depletado. Em outras palavras, se a nossa suposição de que o condrito meteorito representa as

características do manto primário, alguns processos, talvez a adição da fusão ou fluídos a partir debaixo, devem teradicionado os LREE incompatíveis para algumas daquelas amostras do manto.

Figura 10-15: Valores iniciais para o 143 Nd/144 Nd vs 87Sr/86Sr para (a) os basaltos oceânicos e (b) xenólitos ultramáficos a partir

do manto subcontinental. De Wilson (1989). Dados de Zindler et al. (1982) e Menzies (1983). MAR = Cadeia Meso-Oceâncias,EPR = Elevação Leste do Pacífico, IR = Cadeia Oceânica Indiana.

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Finalmente, nós retornamos para os dados isótopos. A Figura 10-15 mostra a variação nos raios do143 Nd/144 Nd e 87Sr/86Sr para uma variedade tanto dos basaltos oceânicos quanto para os xenólitos do manto. Lembre-se do Capítulo 9, que um manto depletado irá, com o passar do tempo, envolver raios menores de 87Sr/86Sr (Figura9-11) para altos raios de 143 Nd/144 Nd (Figura 9-13). Devido a estes serem isótopos, e pesados, eles não irão fracionardurante o processo de fusão e ou cristalização, logo o raio isotópico inicial (corrigido para a idade) da fusão irá seridêntico para aqueles das fontes das fusões. O enquadramento linear bate na inclinação negativa da Figura 10-15a emostra uma correlação entre os sistemas consistentes do Nd e Sr com um espectro enriquecido de material do mantodepletado. Isto é chamado de arranjo do manto  –  mantle array por Paolo e Wasserburg (1977) e Zindler et al.(1982). A parte superior à esquerda do arranjo (onde o MORB é plotado) tem um elevado 143 Nd/144 Nd e baixo87Sr/86Sr característicos de uma fonte depletada e a parte inferior à direita é progressivamente menos depletada. Aestrela grande representa os raios isotópicos do condrito meteorito, os valores que nós relacionamos para a Terra

 primitiva (nem tanto depletado quanto enriquecido). Note, então, que o “manto mais arranjado” reflete a variação dadepletação, com o MORB sendo derivado a partir das fontes mais depletadas.

Preferencialmente do que o proposto para um manto com uma variedade contínua ao longo do arranjolinear, uma interpretação mais simples do arranjo dos dados isotópicos é que ele representa uma linha de mistura.Os valores intermediários ao longo da linha seriam então representados pela mistura de diferentes proporções de

somente dois componentes, representados pelos pontos finais da linha. Um fim representa a depletação, o MORB parecido com o reservatório, e o outro é tanto depletado (primário, ou parecido com o condrito) ou levementeenriquecido.

Os basaltos oceânicos raramente mostram as características enriquecidas (mais enriquecido do quecondrito), mas na Figura 10-15b nós vemos que os xenólitos do manto mostram muito maior variação do que os

 basaltos, em particular no que diz respeito ao enriquecimento (especialmente para os dados do Sr). Devido a esteenriquecimento ocorrer para os xenólitos originários diante dos continentes (xenólitos kimberlitos), parece estaremrelacionado ao manto subcontinental. O fato de que algumas ilhas oceânicas também mostram enriquecimentodiante do condrito, contudo, raro, é ainda significante, e sugere que alguma porção do manto suboceânico tenhatambém sido recipiente de componentes incompatíveis. Nós iremos retornar ao assunto do enriquecimento do manto

nos Capítulos 14, 17 e 18.

 Nós agora acreditamos que o manto suboceânico está estratificado dentro de dois níveis maiores. O nívelsuperior está depletado e o nível inferior é menos depletado, se não enriquecido. Os limites são acreditados de seremaproximadamente 600Km, o qual na Figura 1-2 é uma descontinuidade sísmica profunda o qual se acreditarepresentar uma mudança de fase para as estruturas parecidas com a perovskita no qual o Si está na coordenação dafamília VI.

Se existirem mesmo duas destas distintas camadas do manto, é interessante especular em nossasimplicações que isto tenha sido pelas correntes de convecção. A Figura 10-16 ilustra dois modelos para a convecçãodo manto. A Figura 10-16a é o modelo original, com as células de convecção se estendendo por completo através do

manto. Alguns geólogos têm proposto que estas células representam as forças condutoras para as placas tectônicas.Outras forças podem resultar a partir da mudança de fase dentro das placas oceânicas, o qual ajuda a elas a subduzir,e a moção condutora da gravidade distante a partir dos rifts elevados. Para uma revisão das teorias dos mecanismosdas tectônicas das placas ver Cox e Hart (1986).

Se o modelo para o manto inteiro está correto, a transformação do calor deve misturar e homogeneizarquimicamente e distinguir isotopicamente os reservatórios para uma grande extensão. Um mais novo modeloalternativo para o manto é ilustrado na Figura 10-16b. Neste modelo o manto superior depletado é separado a partirdo manto inferior não depletado por uma descontinuidade sísmica de 600Km. As duas camadas de modelo

 propõem que a convecção não pode atravessar esta descontinuidade. As diferentes densidades talvez pequenas para0.1 a 3% podem ser suficientes para prever que a convecção atravesse esta camada. Como resultado as duas

camadas não são re-homogeinizadas pela transformação de calor de todo o manto.

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Figura 10-16: As duas possibilidades para os modelos de convecção do manto. De BVTP (1981).

Acredita-se que geralmente que as camadas superiores são as fontes depletadas dos basaltos das cadeiasmeso-oceâncias. A geração de uma significante quantidade de basaltos toleíticos da cadeia oceânica por um grandegrau de fusão parcial provavelmente causa a depletação ao longo do tempo geológico. As camadas inferiores nãosão depletadas, e os dados isotópicos, tais como aqueles discutidos anteriormente, sugerem que ele está atualmentelevemente enriquecido. A camada é tapada pelos hots spots profundos “plumas” (Capítulo 14) que alimentamalgumas ilhas oceânicas. A separação de dois reservatórios completamente distintos não condiz com o que acontece

na realidade. Os magmas encurralados pela profundidade são parecidos a estarem presos nas camadas superiores, e asubducção irá retornar tanto para a crosta oceânica enriquecida quanto depletada do manto. A convecção podeconflitar com todos acima, mas deixa conjuntos e camadas de material enriquecido enfiado para fora do mantosuperior.

A exata natureza e forma das células de convecção, em particular aquelas amplamente aplainadas no mantosuperior, são estritamente especulativa neste momento. Se a moção vertical de indução do calor promover muitomais do ímpeto para a convecção, tais células amplamente abertas não serão muito eficientes. Algumas pequenascélulas podem ser mais apropriadas, com a moção de uma placa determinado à rede total das células diante dela.

 Note a importância e o impacto dos elementos traços e dos estudos isotópicos. Aquelas inclinações positivasgrosseiras nos diagramas REE e nos diagramas Spider poderiam não ser explicadas por qualquer um dos processosenvolvendo fusão parcial do condrito e de um manto quimicamente uniforme. Ao longo destes trendes uniformes,eles nos forçam a avaliar novamente os nossos modelos do manto e da natureza das convecções do manto, mas umexcitante debate está agora tomando posição, e uma nova e interessante avenida de investigação estão sendo abertas.

Finalmente, vamos retornar a nossa recente questão da geração do basalto na leve possibilidade deacamadamento do manto. A Figura 10-17 mostra os resultados dos experimentos de fusão em ambas as amostras delherzolito fértil e depletado. As linhas traçadas com força indicam a extensão da fusão parcial, contornando oincremento de 10%. As curvas fortemente contornadas representam o conteúdo de olivina normalizado na fusão. Ostoleíticos saturados em silica podem ser gerados de 10 a 40% de fusão parcial de ambas as fontes depletadas ouenriquecidas em profundidade de 30 a 40 Km. Os basaltos alcalinos podem ser gerados em grandes profundidadesde 50ª 20% da fusão parcial de lherzolito fértil. Estes achados estão em geral de acordo com os dados recentes, noaumento correlacionado da alcalinidade com as grandes profundidades e baixa porcentagem de fusão parcial.

Contudo, ele agora parece que a geração do basalto alcalino a partir de um manto depletado seria difícil sobrequaisquer condições.

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Figura 10-17: Experimentos resultantes de fusões parciais em (a) depletado e em (b) lherzolitos férteis. As linhas traçadas são oscontornos representando a porcentagem da fusão parcial produzida. As linhas das curvas fortemente traçadas são os contornos doconteúdo de olivina normalizado para a fusão. O “Opx out” e “Cpx out” representam o grau de fusão no qual estas fases estãocompletamente consumidas dentro da fusão. As áreas escurecidas em (b) representam as condições requeridas para a geração demagmas basálticos alcalinos. De Jacques e Green (1980).

Logo parece agora que apesar de nós termos um manto heterogêneo, com pelo menos uma camadasuperior, ou camada depletada ou uma camada superior fértil. A camada superior tinha sido depletada pela extraçãoda fusão, e talvez pela devolitização. Se o processo de fusão parcial estivesse sido operado através do tempogeológico, então o manto superior pode ser heterogêneo, comprimindo tanto o lherzolito fértil quanto depletadoassim como também mais harzburgito refratário e dunito. Em adição deve existir inúmero corpo de fusões parciaiscongeladas que falharam ao atingir a superfície. O processo de convecção deve re-homogeneizar estas diferençasnum grande grau da sublitoesfera do manto superior. Em contraste, o rígido manto litosférico deve ser preservado dequalquer uma destas irregularidades impostas acima desde que o mesmo foi formado. Como nós devemos ver, esta éuma particular importância nas antigas litosferas continentais.

Pressões recentemente elevadas fundem experimentos (Wyllie, 1992) indicando que a compressibilidade dafusão pode causar ∆V  da fusão seca do lherzolito a se aproximar de zero, e reverter o sinal em pressões maiores doque 7 GPa (apenas 200 Km de profundidade). Isto causaria o liquidus (e solidus) a reverterem à inclinação (mas

 permanecendo em excesso) na Figura 10-2. O solidus e o liquidus podem permanecer acima da geoterma desta profundidade (devido às ondas S ainda propagarem), mas as implicações para as gêneses do magma podem ser profundas. Se ∆V  da fusão está muito baixo ou negativo, e a flutuação do magma irão desta forma nunca ascender para a superfície. Isto pode ajudar a explicar o porquê alguns reservatórios profundos não têm se tornado depletadocom o tempo. A geração de basaltos alcalinos a partir do enriquecimento das camadas abaixo de 600 Km pode nãoenvolver a fusão nesta profundidade. Preferencialmente, os diapiros  sólidos do material enriquecido pode ascender a

 partir de níveis profundos, e passar por uma descompressão da fusão em níveis superfícies para produzir basaltosalcalinos enriquecidos, como será discutido no Capítulo 14.

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Capítulo 11

Diversificação do Magma

 No capítulo que precede, nós concluímos que o limite do magma basáltico poderia ser criado pela fusão

 parcial do manto. Agora nós devemos explorar as dinâmicas das diversificações do magma. Nós faremos isto por

duas razões. A primeira, a diferenciação é um importante processo natural, capaz de modificar a composição do

magma e conduzir para o espectro das rochas ígneas. Como estudante de petrologia, nós devemos entender estes

 processos, para que nós possamos interpretar as rochas e as suas associações. A segunda, nós agora entendemos a

geração dos basaltos primários. Se nós estivermos corretos em nossas interpretações de que a crosta é envolvida ao

longo do tempo, tais basaltos (e komatitos) uma vez representando um único tipo de magma primário possível na

Terra. Existe obviamente um limite muito amplo da composição do magma e das rochas ígneas, que se estendem do

 basalto para muitos tipos mostrando uma variação considerável em sílica, álcalis, alumina, etc. (Capítulo 2 lista

alguns). É possível produzir todos os outros tipos de rochas ígneas a partir dos magmas basálticos primários (para

uma série variada de magma) pelo processo de diversificação real, ou nós devemos nos voltar para as outras fontes e

 para outros magmas primários? No sentido de avaliar esta questão fundamental, nós devemos primeiro saber quais

 processos é possível. Depois nós devemos ver qual a extensão daqueles processos é capaz de produzir outras rochas

ígneas. A diversificação envolve separação de fases diferentes de composições contrastantes. Esta separação pode

acontecer durante a fusão ou durante a cristalização quando a fase em diferentes estados coexiste. O principal

objetivo deste capítulo envolve o processo de cristalização,mas primeiro vamos rever e desenvolver o conceito de

fusão parcial, pois ele também é um método pelo qual uma variedade de magmas podem ser produzidos, e nós

estamos familiarizado com ele a partir das recentes discussões.

11.1 Fusão Parcial

A separação do líquido a partir de um resíduo sólido parcialmente fundido é uma forma de diversificação, pois ela envolve o particionamento e separação dos constituintes químicos, e ela pode produzir uma variedade decomposições a partir das fusões de uma única fonte. Este processo já tinha sido discutido em alguns capítulos, logonós devemos brevemente apenas revisa-los aqui. Nos Capítulos 6 e 7, nós estudamos as relações entre as fases dealguns sistemas experimentais simplificados e discutidos entre outras opiniões, os efeitos da remoção da fração doliquido em vários estágios da fusão (fusão fracional). Outro ponto importante a se lembrar a partir daquela discussão

é que, nos sistemas envolvendo o comportamento eutético, a primeira fusão é  sempre produzida nas composiçõeseutéticas, sem levarem consideração as proporções relativas das fases na fusão das rochas (assim como todas asfases relevantes estão presentes). A composição dos elementos maiores desta fusão permanece constante quantomais produzido, até que uma das fontes do mineral seja consumida pelo processo de fusão. uma vez que a fase éconsumida, o próximo incremento da fusão irá ocorrer em diferentes composições em temperatura, pois ele agora écorrespondente a fusão mínima num sistema reduzido com poucos componentes e fases (ver Seção 7.1). Óbvio quediferentes fusões podem ser extraídas a partir da rocha fonte inicialmente uniforme.

 No Capítulo 9, nós olhamos para alguns modelos de comportamento para elementos traços durante acristalização e fusão, incluindo os modelos de fusão fracional de Rayleigh e fusão batch. As convenções das fusõesdescobertas para sistemas simplificados foram aplicadas para os sistemas naturais mais complexos no Capítulo 10.

 Nós encontramos que a natureza da fusão produzida pela fusão parcial de alguma fonte em particular está em funçãoda composição da fonte pressão, natureza da fase de fluido, e da extensão da fusão. Este último fator está limitado pela disponibilidade de calor e pela facilidade com a qual a fusão pode ser extraída a partir do resíduo cristalino

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Como mencionado no Capítulo 4 e 9, quando uma rocha começa a fundir, uma pequeníssima fração defusão inicial se forma uma queda de líquido discreta nas junções dos grãos dos minerais, normalmente em pontosonde as três ou quatro traços de grãos se encontram (Figura 11-1). Somente quando uma quantidade critica de fusãoé produzida existirá suficiente volume líquido que: 1) o líquido formará uma rede interconectada e 2) o corpointerior do líquido pode ser liberado a partir dos efeitos restritos da adsorção da superfície do cristal. Somentequando as condições (1) e (2) estão juntas pode alguma das fusões ser separadas do sólido. A fração da fusão criticarequerida para formar uma rede interconectada depende do ângulo dihedral  –  dihedral angle, ө,formado entre osdois grãos sólidos e a fusão (definida graficamente na Figura 11-1a). Quando a energia interfacial (ou tensão desuperfície) da fusão é similar aquela dos minerais, o ângulo dihedral é menor, e a fusão forma uma redeinterconectada numa baixa fração de fusão. Se ө < 60º a fusão pode formar uma rede com um pouco de 1% de fusão.Assim que o ângulo dihedral cresce acima de 60º, a quantidade de fusão requerida para estabilizar a conectividadetambém cresce (Beere, 1975).

Figura 11-1:  (a) Ilustração do ângulo dihedral (ө) de uma queda de fusão que tipicamente se forma em junção de grãos  múltiplos. Os menores ângulos de ө ocorrem quando a energia da superfície da fusão é similar aquela dos minerais. Quando afusão tem um baixo ângulo dihedral ela tende a “molhar” a superfície dos grãos e formar uma rede contínua interconectada ( b)Altos contrastes de energia da superfície resultam em elevados ө e quedas isoladas de fusões (c). Por Hunter, 1987.

Esta teoria foi desenvolvida para os sólidos estruturalmente isotrópicos, e a prevista distribuição da fusãonas rochas contendo alguns tipos de minerais desvia-se a partir dos simples modelos geométricos, especialmente seos minerais têm uma simetria baixa. Nos sistemas máficos, o ө tem sido tido como menor do que 50º, permitindoque frações de fusões muito pequenas sejam extraídas. Algumas evidências dos experimentos sugerem que as fusõesrioliticas possuem elevado ângulo, mas ainda no limite de 50 a 60º (Laporte et al., 1997).Laporte et al, (1997)também encontrou que o mínimo de permeabilidade, a fração de fusão requerida para uma rede interconectada, foimenor,em geral menos do que 1%.

A separação da fusão pode requer elevadas frações de fusões, contudo, quando indicado pelo ө por um percentual mínimo de permeabilidade. A viscosidade –  viscosity é um fator importante na segregação da fusão, uma

vez que a rede continua tenha sido formada. Elevadas viscosidades de fusões silicosas, tais como o liquidusgranítico-riolítico, são menos facilmente extraídas. A fração de fusão critica  –   critical melt fraction, ouporcentagem reológica de uma fusão critica  –  rheological critical melt percentage (RCMP) (Wickham, 1987),éa porcentagem da fusão na qual a cristalização é dominante, um painel de trabalho mais rígido e mais granular édesfeito para dar lugar a uma fusão dominante, suspensão de fluido, comumente chamado de cristal mole –  crystalmush. Para um sistema teórico de esferas o RCMP é de 26% de da fusão, mas para as formas irregulares e ostamanhos variados esta quantidade pode variar entre 30 a 50%para as situações estáticas  envolvendo ascomposições graníticas viscosas.

A separação do líquido é comumente motivada pelos efeitos da gravidade assim que o líquido flutuante procura ascender e escapar do resíduo do cristal. Devido às regiões das fontes das fusões serem geralmente

 profundas e sobre pressões, a separação pode ser auxiliadas pelo processo que conhecemos como pressão de filtro –  filter pressing, ou compactação –  compactation, no qual o sistema cristal-líquido é apertado como uma esponja, e

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11.2.1 Cristalização Fracional

A cristalização fracional tem sido tradicionalmente considerada o mecanismo dominante pelo qual amaioria dos magmas, uma vez formados, diferencia-se. Nós encontraremos primeiro a cristalização fracional nosCapítulos 6 e 7, quando nós notarmos os efeitos da remoção dos cristais assim que eles são formados, comparadoscom a cristalização em equilíbrio, na linha de descida do líquido. A cristalização fracional foi um mecanismo

 popular (até mesmo discutido por Darwin, 1844) no período em que Bowen estava apto a reproduzir o processoexperimentalmente. Bowen (1915) criou os cristais de olivina no lado rico em forsterita do eutético da diopsidio-forsterita (Figura 7-1), a maioria no qual afunda de 1 a 2 cm e se acumulam na base do exame de platina após 15min em 1450ºC. Isto foi observado em pequenos cristais de forsterita concentrados próximos a base do vidroeutético, uma vez que ordenados estes foram removidos da fornalha e esfriados. Em outro experimento Bowentambém demonstrou que os piroxênios afundam e a tridimita flutua.

A discussão na Seção 10.4 na escassez de magmas primários promove uma avaliação qualitativa dadiferenciação magmática entre o tempo da formação da fusão e a erupção. O predomínio do magma encontrado a sersaturadamente multiplicado em baixas pressões implica que a maioria do magma derivado do manto tem equilibradoem condições de baixas pressões pelo fracionamento de cristais na rota para a superfície.

Figura 11-2: Diagrama de variação usando o MgO como a abscissa (as vezes chamado de diagrama de “Fenner”) para as lavasassociadas com a erupção do Kilauea no Hawai. A fusão pai (asteriscos) foi estimada a partir dos vidros mais primitivos achados.Toda a variação pode ser considerada pela extração e acumulação dos fenocristais das olivinas (de Murata e Richter,1966,modificado por Best, 1982).

As séries vulcânicas podem ser avaliadas pelos efeitos da cristalização fracional pelo uso do diagrama devariação. Na Seção 8.7 nós desenvolvemos um método teórico para avaliar a evolução da suíte das lavas baseado nacristalização fracional. A Figura 11-2 ilustra uma clara particular e simples relação entre as séries de lavas do Hawaique podem ser relacionadas pela cristalização de uma única fase. Devido a estes lavas serem preferencialmente

 primitivas, o peso% do MgO é mais proveitoso como índice de diferenciação do que a sílica,o qual tipicamente varia pouco nos estágios recentes da evolução magmática. O MgO decai na direção da esquerda da Figura 11-2, logo eleobedece a maioria dos diagramas bivariantes de diferenciação, no qual a evolução aumenta da esquerda para direita.Toda a lava na Figura 11-2 é plotada ao longo da passagem linear conectando com o magma parental proposto eextrapolando para os fenocristais de olivina. O magma pai foi considerado como representante pela maioria dosvidros máficos encontrados, pois somente os vidros podem assegurar a representação da composição do líquido.

A linha vertical da “olivina extraída” na Figura 11 -2 corresponde análise da olivina compatível com osfenocristais observados. O TiO2  e o Na2O projetam sutilmente para valores negativos da extraídos da olivina, o

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resultado tanto para o erro analítico e para a extrapolação “ousada” além de 25 peso% do MgO, ou cristalização deinexplicáveis pequenas fases que se formam na adição da olivina. A excelente linear encaixa todos os dados naFigura 11-2 provendo um forte suporte para as rochas que estão relacionadas à variação do conteúdo da olivina pura.Perceba que o fracionamento, a separação física da olivina e líquido, estavam ocorrendo, mas ele não era

 particularmente efetivo na criação de líquidos altamente envolvidos neste exemplo. Menos da metade das análises plotam para o lado mais baixo do Mg (direita) do magma pai, persistindo com eles sendo líquidos derivados criadosa partir do magma pai pela remoção da olivina. Estes também consideram para somente 3% peso da variação emMgO. O resíduo plota para a esquerda, e representa o líquido no qual a olivina tem sido acumulada, mas estavaainda suspensa como os fenocristais no magma.

Fixação da Gravidade  –  gravity settling, tais como o afundamento das olivinas na Série de Bowen, temsido considerada ao longo o mecanismo dominante pelo qual a cristalização fracional é acompanhada. Ela envolveuma moção diferencial de cristais e líquido sobre a influência da gravidade devido a suas diferenças na densidade.Evidências consideráveis para o processo têm também sido reunidas a partir do campo dos estudos das rochasmáficas plutônicas, tais como sills de espessura finíssima e intrusões máficas acamadadas drasticamente (Capítulo12). Um exemplo de uma clara particularidade são as intrusões ultramáficas das Ilhas Duke no SE da Alaska, onde

 podemos ver inúmeras estruturas do tipo sedimentar, incluindo bandamento de diferentes litologias de camadas e

estruturas desmoronadas (Irvine, 1974, 1979). A textura comum é conhecida como textura acumuladas  –  cumulate texture (Figura 3-14), na qual os fenocristais se tocam mutuamente são embebecidos nos interstícios damatriz, é um resultado do fracionamento dos cristais e acumulação (embora não necessariamente sempre peloafundamento, ver Irvine, 1982). Devido em grande parte a grande influência de N. L. Bowen, incluindo seu famosotexto (Bowen, 1928) e a sua série de reação (Figura 7-14), a cristalização fracional (resultante particularmente a

 partir dos processos de fixação da gravidade) alcançam seu papel dominante entre as teorias petrológicas nadiferenciação magmática. Alguns a consideram como um único método pelo qual o magma silicático é criado. Umtrabalho recente rico em detalhes, contudo, tem mostrado que a cristalização fracional é somente a única de algunsdos mecanismos responsáveis pelas rochas ígneas envolvidas, e qualquer trende uma vez atribuído a cristalizaçãofracional pode resultar a partir de outros processos. Estas alternativas serão encaminhadas das seções seguintes.

Em conceito, pelo menos, o processo pelo qual a cristalização fracional e a fixação da gravidade produzemuma seqüência de camadas nas rochas plutônicas é claro. Retornando para o momento da discussão da cristalizaçãono sistema forsteria-anortita-sílica (Figura 7-4) para um exemplo de alguma forma simplificado e idealizado. Se nósresfriarmos a composição do volume h, a olivina se forma primeiro. Se a olivina afunda e acumular no fundo dacâmara magmática uma camada de dunito se formará na base. Qualquer fusão presa entre os cristais de olivina comouma fase interacumulada pode resfriar e se cristalizar sobre condições de equilíbrio se nenhum fracionamento docristal ocorrer dentro dos pequeníssimos bolsos líquidos. A composição da fusão permanece na principal câmara em

 progresso diretamente a caminho do canto da Fo quando a olivina se forma e afunda até atingir o cotético da olivina-anortita, no qual o ponto em ambos da anortita e olivina se cristalizam juntam. Se ambos estão mais pesados do quelíquido, eles irão afundar no fundo como camada de troctolito acima do dunito. O progresso do líquido próximo do

 ponto isobárico invariante c como plagioclásio e olivina continuam a se acumular. Em c, o ortopiroxênio se junta ao

 plagioclásio e a olivina, logo as camadas de olivina gabro (norito) se formam acima do troctolito. Com o progressodo líquido na direção de d , nós temos uma camada de olivina livre de norito, e finalmente uma camada de noritocom composição de quartzo no topo quando o ponto d  é atingido. A fixação da gravidade de minerais no magma

 pode ser quantativamente modelado se nós fizermos algumas pequenas suposições. Se nós simplificarmos a formageométrica do mineral para uma partícula esférica, e então assumirmos que o magma é um fluído Newtoniano (umfluido sem nenhuma produção de stress, deformação assim que um stress diferencial é aplicado), a fixação sobre ainfluência da gravidade é governada pela Lei de Stokes –  Stokes´s Law:

V = 2gr 2 (ρ Δ  –ρl  )   (Lei de Stokes) (11-1)9η 

Onde: V = a velocidade fixada (cm/seg.)g = a aceleração devido a gravidade (980 cm/seg2 para a Terra)

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r = o raio de uma partícula esférica (cm) ρ Δ = a densidade do sólido de uma partícula esférica (g/cm3) ρl  = a densidade do líquido (g/cm3)η = a viscosidade do líquido (1g/cm seg. = 1 estabilidade)

 Nós podemos usar a Lei de Stoke para determinar a fixação da velocidade de uma olivina esférica num basalto líquido teoricamente Newtoniano. Considere valores claramente típicos para a olivina ( ρl  = 3.3 g/cm3, r = 0.1cm) e um líquido basáltico ( ρl  = 2.65 g/cm3, η = 1000 equilíbrio). A partir disto temos que V  = 2 x 980 x (0.1)2 x (3.3

 –  3.65) / (9 x 1000) = 0.0013 cm/seg. Para aqueles que não são geólogos isto pode parecer um número próximo dezero, mas ele se traduz para 4.7 cm/hr.ou acima de um metro por dia. Em cinco anos que o resfriamento do lago delava Makaopuhi foi estudado (e foi amplamente líquido até o fim do período), estas olivinas poderiam ter sidofixadas acima de 2 km! Os plutôns solidificados acima do período de 10 4  para 106  em anos, permitem umaconsiderável fixação da gravidade se a Lei de Stokes é uma alguma medida adequada.

Em seguida considere uma fusão riolítica, com η = 107 equilíbrio e ρl  = 2.3 g/cm3. Um cristal de hornbledade raio 0.1 cm ( ρ Δ = 3.2 g/cm3) agora seriam fixados numa taxa de 2 x 107 cm/seg, ou 6 cm/ano, e os feldspatos ( ρ Δ=2.7 g/cm3) em 2 cm/ano. Para o feldspato, esta equação está próxima de 200m acerca de 104 anos sendo que aquele

stock deve se resfriar. Se os feldspatos estiverem com um raio de 0.5 cm (1 cm de diâmetro) ele seria fixado numataxa de 0.65 m/ano, ou 6.5 km no intervalo de resfriamento de 104 anos para o stock. A partir destas análises pareceque a fixação da gravidade para os cristais deve ser possível para tanto os líquidos basálticos quanto os líquidosgraníticos, mas parece mais ser efetivo na formação, devido à baixa viscosidade, explicando assim o porquê dos

 plutôns exibirem uma textura mais característica do processo. Perceba também que aqueles cristais de plagioclásio(ρ = 2.7 g/cm3) não afundariam numa fusão basáltica levemente rica em Fe (ρ = 2.7 g/ cm3), e deve mesmo assim

 flutuar  nos líquidos mais ricos em Fe.

Estas análises usando a Lei de Stokes é excessivamente simplificada por um numero de razoes.primeiro, asuposição dos cristais formados esfericamente é irreal. Os minerais tabulares, aciculares e aplanados são comuns, efixa-los com as menores velocidades, mas é difícil determina-los exatamente o quanto está com a velocidade lenta.

De longe, um problema mais sério envolve a suposição do comportamento do líquido Newtoniano. McBirney e Noyes (1979) apontaram que somente os magmas basálticos muito próximos das temperaturas dos seus liquidus secomportam como um fluído Newtoniano. Uma vez que isto comece a se cristalizar, eles desenvolvem umasignificante força produzida –  yield strenght que deve estar antes sujeito a qualquer moção possível. McBirney e

 Noyes (1979) encontraram que o Basalto do Rio Columbia aquecido em 1195ºC tem uma força produzida de 60 Pa. No sentido de estar sujeito a resistência, um cristal de olivina deve estar algum centímetro de diâmetros, bem acimados tamanhos realísticos.

A força produzida deve ser consideravelmente elevada para resfriar e o líquido o mais silicático. Aimplicação deste estudo está que a fixação da gravidade pode ser um processo viável somente dentro de um curtointervalo da temperatura próxima ao liquidus de um magma máfico. A taxa de resfriamento também afeta a

cristalização fracional, pois ela controla a duração do tempo em que o sistema permanece dentro de um adequadointervalo não Newtoniano de temperatura.

As análises anteriores indicam que somente intrusões máficas são susceptíveis aos efeitos da diferenciação pela fixação da gravidade dos cristais. Existem evidências, contudo, que qualquer corpo silicático tem envolvido aolongo a linha de descida do líquido. Alguns investigadores têm usado a aproximação para o eutético ternário nosistema albita-ortoclásio-sílica (Figura11-3) para indicar a evolução dos líquidos graníticos posteriores na direção domínimo termal, ou eutético, composição. Outros têm usado o mesmo agrupamento de análises ao redor do mínimo

 para indicar as fusões parciais do material silicático na crosta continental. Certamente um magma eutético resultariaa partir de ambos os processos. Incluído na Figura11-3 estão às normas dos componentes catiônicos das sucessivasfases intrusivas de Série Intrusiva de Tuolumne (Figura 4-30). Note que a aproximação progressiva destes magmas

 para a composição eutética ao longo de um trende seguindo a passagem de descompressão eutética.

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Figura 11-3: Posição do ternário eutético saturado em H2O (mínimo de fusão composicional) no sistema albita-ortoclásio-sílicaem várias pressões. A porção escurecida representa a composição da maioria dos granitos. Incluído estão as composições dasSéries Intrusivas Tuolumne (Figura 4-32), com as setas mostrando a direção dos trendes a partir dos grupos de magmas posteriores. Dados experimentais de Wyllie et al. (1976).

Qualquer que seja a origem do magma pai neste caso, a série parece ter envolvido em direção da menor pressão térmica mínima. O diagrama de variação bivariante do tipo Harker de seqüências intrusivas também indicamos trendes evolucionários. Baterman e Chappel (1979) interpretaram que os trendes para as Séries Intrusivas deTuolumne a serem resultado de uma cristalização fracional. Similar a cristalização fracional baseada nasinterpretações para as zonas dos granitóides de Sierran proposto por Baterman e Nokelberg (1978) e Noyes et al.(1983). Embora a composição dos trendes possa ser compatível com a cristalização fracional, o a fixação dos cristais

 parece ser proibida em tais magmas silicáticos (Brandeis e Jaupart, 1986: Sparks et al., 1984). Nós devemosexplorar os métodos pelo qual a cristalização fracional pode ocorrer sem uma curta fixação dos cristais. Comodevemos ver na Seção 11.4, mistura de sílica (fusões cristais) e máficas (fusões do manto) é uma interpretaçãoalternativa popular para a evolução dos trendes em alguns destes sistemas.

Em adição a fixação da gravidade, outros três mecanismos podem facilitar a separação do cristal e líquido.Pressão de filtro –  filter pressing (compactação –  compaction), mencionado recentemente na referência as fusões

 parciais, é também possível numa mistura de cristais que se formam por acumulação ou por suspensão dos cristais.A quantidade líquido interacumulado preso entre os minerais acumulados pode ser maior do que 60% do volume(Irvine, 1980b). Em adição ao peso de uma acumulação avançada. A mistura de cristais pode ser compactada(McKenzie, 1984), comprimindo muito mais líquido externo para dentro do corpo magmático. Outro método de

 pressão de filtro envolve a movimentação da mistura de cristais carregados de fenocristais. Qualquer construção nocanal causa a interferência nos cristais e lentidão no que se refere ao líquido. Outro, similar, método pelo qual ocristal pode ser segregado a partir do líquido ocorre quando os cristais ricos em fluxo magmático num modelolaminar próximos a parede do corpo magmático.

O processo é conhecido como fluxo de segregação –  flow segregation [ou separação de fluxo ou corrente –   flow(age) separation, ou diferenciação de fluxo ou corrente  –   flow(age) diferentiation]. A decorrida moção domagma nas paredes estacionárias da rocha fonte (Figura 11-4) cria uma partição no líquido viscoso como resultadoda velocidade do gradiente próximo as paredes. A moção diferencial resultante força magma a fluir ao redor dosfenocristais, relacionando a pressão exercida neles em constrição onde os fenocristais estão próximos um dos outrosou próximos dos seus contatos. A pressão, chamada de pressão dispersiva dos grãos  –  grain dispersive pressure (Komar, 1972) forçam os grãos a separá-los e a distanciá-los a partir de seus contatos. Este efeito é maior próximoàs paredes, e decai rapidamente em direção ao interior do magma onde o fluxo se torna uniforme. Os fenocristaisassim se concentram para fora das paredes para suavizar a pressão de construção. Esta concentração é a maisaparente nos diques e nos sills, onde o volume é afetado pelo contato comprimido por uma proporção substancial docorpo, resultando numa concentração distinta de fenocristais grosseiros em direção ao centro (Figura 11-5). O fluxode segregação é um importante, fortemente localizado, fenômeno, e não pode ser responsável pela evolução de mais

de uma proporção das rochas ígneas.

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Figura 11-4: Fluxo do magma adjacente para a parede da rocha fonte resultando numa moção diferencial e separação do magma.Onde tais separações sejam reduzidas, assim como entre os fenocristais adjacentes ou entre os fenocristais e o contato, a força(chamada de pressão dispersiva dos grãos) é gerada e empurra os cristais os separando e os distanciando a partir do contato.

Figura 11-5: Aumento no tamanho e concentração dos fenocristais de olivina em direção ao centro de pequenos diques pelofluxo de diferenciação. Ilha de Skye, Escócia, de Drever e Johnston (1958).

Um terceiro mecanismo envolve a separação e ascensão dos líquidos flutuantes a partir dos limites dascamadas no quais os cristais se formam sem que eles sejam removidos. Esta aproximação relativa tem se tornado

 popular recentemente, e será introduzida na Seção 11.5.

A maioria dos modelos de cristalização fracional assume que o fracionamento tem um lugar na câmaramagmática estacionaria em pressão constante. A ascensão do magma basáltico, como colocado por O´Hara (1968)

 pode envolver uma clara cristalização fracional continua assim que ele ascende, o qual deve obviamente ser um processo de fracionamento  polibárico. Um dos resultados é que o fracionamento dos minerais varia assim comoseus campos de estabilidade são atravessados (a granada para o spinel para o plagioclásio, por exemplo). Outro éque a transferência no ponto eutético coma pressão (como na Figura 7-16) também causa a quantidade de faselíquida que se cristaliza para variar. Em particular, o aumento no tamanho do campo da olivina com o decaimento da

 pressão requer que muitas das olivinas devem se formar assim que a composição de fusão segue o liquidus a partirdo lado da olivina no diagrama numa fusão basáltica ascendente (ver problema 1). Assim, a quantidade relativa de

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oliva que se cristaliza coma ascensão do magma basáltico será de longe maior do que a quantidade que se formadurante a cristalização isobárica.

A disputa pela aceitação da tabela da Série de Bowen (1928) que a cristalização fracional é um mecanismo predominante da diferenciação magmática está agora sendo questionado. Este é um processo que não pode sercontado para toda a diversidade no quadro do espectro das rochas ígneas naturais, mesmo se nós permitimos parauma variação devido à influencia das mudanças na pressão ou associações de fluídos. Alguns observaram que ostrendes químicos simplesmente não podem ser acompanhados pela cristalização fracional. Outro clássico exemplode cristalização fracional tem sido oposto à análise mais critica e aos testes do tempo. Por exemplo, a espessura de300-m do diabásico do triássico do Sill de Palisades, a noroeste dos bancos do Rio Hudson é ainda comumentecitado como exemplo de uma diferenciação vertical ainda com camadas formadas pela fixação da gravidade. Acomposição total dos sills é de basalto toleíticos, como demonstrados pelas zonas superiores e inferiores resfriadas.A espessura de 10 a 20 m das camadas ricas em olivinas nas bases é comumente atribuída a diferenciação pelofixamento e acumulo de cristais densos de olivas recém formados. Embora os trendes químicos verticais nos sillssejam compatíveis coma cristalização fracional do piroxênio, e o acumulo do piroxênio nas zonas ocorra próximoda base do sill, o descobrimento das camadas de olivinas nas compatíveis com os trendes, e a olivina é de longemuito rara em outro lugar no sill a ser consistente coma concentração nas camadas. A camada tem recentemente

sido reinterpretada como uma das ultimas intrusões do magma dentro da cristalização toleítica do liquido no sill. O pulso de injeção era rico em olivina e denso, logo se acumulou próximo da base (Husch, 1990). Algumas sériesmagmáticas tais como as séries cálcio-alcalino associadas com as zonas de subducção, podem envolver a mistura decomponentes para grandes extensões do que cristalização fracional dos trendes (Capítulos 16 e 17).

Outro caso contra a cristalização fracional foi baseado nos argumentos proporcionais. Os grandes cinturõesdos granitos, por exemplo, são pensados a serem muito extenso e terem sido criados pela cristalização fracional a

 partir de um magma pai. Ele iria requerer aproximadamente 20 partes do basalto original para criar uma parte posterior do líquido granítico pela cristalização fracional. Alguns não iriam precisar andar longe de lugares comoSierra Nevada, com alguns quilômetros de rochas graníticas, para imaginar onde todo este basalto foi! Teoriasmodernas o qual consideram os granitos batólitos a serem mais finos do que o original como pensado (Hamilton e

Myers, 1967, ver Capítulo 4) reduzindo a magnitude do problema, logo nós ainda seguiríamos Bowen (1948) e o postulado para níveis menores da crosta são compostos de densos gabros fracionados. A pesquisa sísmica egravitacional, contudo, discute contra esta possibilidade, fazendo a origem do granito, batólitos via fracionamento a

 partir de um basalto pai não protegido (Presnall, 1979). Estes argumentos servem somente para demonstrar que acristalização fracional não pode conduzir todas as rochas magmáticas agora expostas na superfície da Terra. É aindacomum e um importante processo, particularmente nas cristalizações recentes dos líquidos máficos, mas existemoutros importantes processos de diferenciação, e outros magmas primários.

11.2.2 Transporte dos Voláteis

A diferenciação pode também ser acompanhada quando uma separada fase vapor coexiste com o magma, eo fracionamento do líquido-vapor assume posição. A fase vapor pode ser introduzida em qualquer uma das trêsformas. Primeiro, um fluído pode ser liberado pelo aquecimento das paredes das rochas hidratadas ou carbonadas.

 Nós devemos discutir algumas ramificações destes processos nas seções posteriores deste capítulo.

Segundo, assim como a composição de voláteis, mas subsaturados o magma ascende e a pressão é reduzida,o magma pode eventualmente se tornar saturado em vapor, e uma fase vapor ser liberada (ver discussão do sistemaalbita-H2O em associação coma Figura 7-22). Devido à fase vapor ter uma menor densidade do que a fusão, elaascende, difundindo através do magma, e se concentrando próximo ao topo da câmara magmática. Taisconcentrações de fluídos podem até mesmo permeabilizar para dentro dos assoalhos das rochas. Este processonormalmente envolve um fluído rico em H2O, e produz uma variedade de alterações de efeitos hidrotermais. Porexemplo, a metasomatismo alcalino conhecido como fenitização  –   fenitization  acima dos corpos nefelinitos-

carbonatitos tem sido atribuído aos fluidos ricos em álcalis derivados a partir das altas intrusões alcalinas (Seção19.2.3).

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Um terceiro mecanismo para a geração uma fase fluída separada é o resultado de um estágio posterior dacristalização fracional. A maioria dos minerais ígneos formados recentemente são anídricos (mesmo os mineraishídricos são menos do que as associações das fusões), logo a sua segregação da fusão hídrica enriquece a fusão emH2O e outras fases voláteis. Eventualmente o magma atinge o ponto de saturação e a fase vapor hídrica é produzida.Isto é de alguma forma paradoxal “ebulição” da água assim que o magma resfria  tem sido chamado de ebuliçãoretrogradante –  (retrograde boiling ou ebulição resurgente –  resurgent boiling).

É claro, que os três processos pelo qual o vapor pode ser produzido não precisa ser inteiramente separado, etodos os três contribuem para a saturação e liberação de voláteis a partir do magma, dependendo da composição domagma original, as taxas de resfriamento e fusão, o conteúdo volátil inicial, a extensão da cristalização fracional, atemperatura, a natureza da parede da rocha, etc. Assim que o vapor separado é produzido, então os constituintesquímicos no sistema se particionam entre eles mesmos entre as fases líquido e vapor em proporções de equilíbrioapropriado, alguns permanecem preferencialmente na fusão, e outros se tornam enriquecidos na fase vapor. Oresultado é uma fase vapor saturado em sílica em associação com a fase silicática saturada em vapor.

Os locais dos cátions nos minerais são muito mais compelidos e seletivos do que nas fusões, logo osconstituintes químicos nos minerais são geralmente mais simples. Como resultado, o processo de cristalização

fracional tende a remover somente poucos elementos a partir do líquido em quantidades significantes, e um númerode incompatíveis, LIL, e os elementos não litófilos se tornam concentrados na última fração do líquido. Qualquerum destes irá assim concentrar no vapor, uma vez que formado. Isto se torna particularmente verdadeiro no caso daebulição resurgente, devido à fusão já está envolvida no momento em que a fase vapor é liberada. A fase vapor podeconter usualmente altas concentrações de constituintes voláteis, tais como H 2O, CO2, S, Cl, F, B e P, assim bemcomo um amplo limite de elementos incompatíveis e chalcófilos.

Figura 11-6: Seção esquemática de três zonas de depósitos de fase líquida (não na mesma escala). ( a) reunião de miarolitico nosgranitos (alguns transversalmente). (b) Zoneamento assimétrico de diques de pegmatitos com base aplítica (algumas dezenas decm transversais). (c) zoneamento assimétrico de pegmatito com granitóide fora da porção (alguns metros transversais). De Jahnse Burnham (1969).

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A liberação de voláteis e as concentrações associadas com a ascensão do pluton ou da ebulição resurgente podem momentaneamente aumentar a pressão no topo da intrusão e fraturar o assoalho das rochas em algumasintrusões superficiais (pode também iniciar erupções vulcânicas). Tanto a fase vapor quanto algumas das fusõessilicáticas estão mais dispostas a escaparem ao longo da rede destas fraturas como diques de vários tamanhos. Asfusões silicáticas comumente se cristalizam para misturar mais quartzo e feldspato. Ela é tipicamente encontrada em

 pequenos diques com uma textura parecida com açúcar, o qual é informalmente chamado de aplito –  aplite. A fasevapor é tipicamente concentrada como diques ou em congregados em, ou fusões adjacentes, onde é cristalizado paraformar um magmagênico - magmagenic característica na forma de pegmatito –  pegmatite.

Embora o pegmatito seja essencialmente um termo de classificação textural (Capítulo 2), e existem outrosmétodos de criação de grandes cristais, o tipo de pegmatito descrito acima é o mais comum. Os grandes tamanhosdos grãos nos pegmatitos magmagênicos não é devido à lentidão da taxa de resfriamento, mas é resultado de uma

 pobre nucleação e de muito elevada difusividade na fase rica em H2O, o qual permite as espécies químicas a migrar prontamente a adicionar os minerais que estão crescendo. O tamanho dos cristais nos pegmatitos possaocasionalmente ser impressionante, tais como o espodumeno, microclina, ou cristais de mica variando de 6 a 10 naseção. A maioria dos pegmatitos são “simples”, e essencialmente granitos grosseiros. Outros são mais complexos,com uma tremenda concentração de elementos incompatíveis e uma mineralogia altamente variada, comumente

exibindo uma concentração no zoneamento (Jahns e Burnham, 1969) como mostrado na Figura 11-6. Devido à posterior da segregação dos fluídos concentra alguns elementos incomuns, os pegmatitos são importantes fonteseconômicas, e são explorados para o Li, Be, os terras raras, W, Zr, e outros elementos principais que são raramenteconcentrados em outros ambientes. Eles também são as maiores fontes de gemas.

Os vapores que escapam completamente do magma e se movem para níveis elevados podem resfriar emseguida e precipitar minerais de baixa temperatura, tais como os sulfuretos nos sistemas hidrotermais (comumentemisturados em partes com a água meteórica).

Congregado miarolitico ou cavidades –  miarolitic pods or cavities são pequenas segregações de fluídos presos em um anfitrião plutônico. Quando finalmente expostos na superfície eles são um grupo de minerais

grosseiros (usualmente alguns pequenos centímetros transversais), os centros dos quais são tipicamente côncavos evazios, a partir de um escape de fluidos subseqüentes. As cavidades ocas possuem cristais euhedrais (do mesmomineral comprimido pelo plúton) entendido para o interior onde eles crescem dentro do fluido, desimpedido poroutros minerais. Como os complexos pegmatitos, algumas atividades miarolíticas ou conjuntos têm uma estruturaconcêntrica consistindo de camadas de diferentes mineralogias (Jahns e Burnham, 1969; McMillan, 1986).

Devido à adição de H2O reduz o ponto de fusão dos magmas, liberando o fluido hídrico dentro da rochafonte causando na temperatura do líquido no corpo do magma principal a ascender repentinamente, resultando numarápida cristalização de muito mais líquido permanecente com os minerais previamente formados. Esta é umamaneira alternativa de geração de textura porfirítica, e é comum em qualquer pluton.

11.2.3 Imiscibilidade de Líquidos

Dois líquidos que não se misturam parece uma incomum ocorrência, e é ainda a maioria de nós estáfamiliarizado com o óleo da salada, e com o óleo do petróleo, logo nós temos o conceito do fenômeno. Alguns óleosnão se misturam com a água, e, devido a eles serem menos densos, o óleo flutua para o topo da água, formando umadistinta camada. A maioria das fases imiscíveis, tanto os líquidos quanto os sólidos, homogeneizados emtemperaturas elevadas, devido ao aumento da entropia e energia de vibração molecular, embora para o óleo-água em

 pressão atmosférica a temperatura de homogeneização está acima do ponto de fusão da água. O solvus representa olíquido ou sólido imiscível no diagrama de fase, é então convexo para cima no diagrama de temperatura  –  composição (Figura 6-16), onde, no lado mais elevado em sílica no diagrama, um alto líquido rico em sílica éseparado a partir daquele que é menos rico em sílica.

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 Nos últimos séculos, alguns geólogos apelaram para a imiscibilidade do líquido como um mecanismo paraa diferenciação magmática, pensando que ele podia ser responsável pela separação do líquido granítico a partir deum sistema envolvido (presumidamente a partir de um magma pai). Tais como uma separação dentro de umcontrastante sistema de líquido que foi também usado para explicar as ocorrências do basalto  –   riolitico no RioSnake –  na área do Yellowstone, ou na Bacia –  Limite da área do Yellowstone no sudoeste dos Estados Unidos.

Figura 11-7:  Dois vazios de imiscibilidade no sistema fayalita-leucita-sílica. O vazio central é uma das composições, emtemperaturas baixas o suficiente (ver a seção esquerda acima) a serem tidas em alguns magmas naturais ricos em Fe (de Roedder,1979). Projetado dentro de um sistema simplificado que são de composições de pares silicáticos imiscíveis decaídos a partir dosinterstícios dos vidros toleíticos rico em Fe (Philpotts, 1982).

Existem dois problemas com a aplicação da sílica –  forsterita na imiscibilidade do líquido no vácuo para osmagmas naturais. Primeiro, a temperatura de imiscibilidade do liquido é de longe muito alta (acima de 1700ºC) pararepresentar um processo crustal razoável. É claro que o sistema Mg-Si-O é preferencialmente restrito, nosconduzindo a perguntar se tanto a adição de outros componentes, requeridos para criados mais magmas naturais,reduziria a temperatura do solvus. O efeito, contudo, da adição dos álcalis, alumina, etc. é para eliminar acomplexidade do solvus (ver Figura 7-4). Quando isto foi experimentalmente demonstrado, a imiscibilidade dolíquido foi removida para uma pilha composta de processos magmáticos.

O interesse foi renovado quando Roedder (1951) descobriu que a imiscibilidade em baixas temperaturasesvazia a porção central do sistema da fayalita-leucita-sílica (Figura 11-7) em temperaturas e composições que sãoconcebíveis para os sistemas de magmas naturais ricos em Fe. Roedder (1979) proveu uma revisão da imiscibilidade

dos líquidos nos magmas silicáticos, citando dúzias de referências no qual as ocorrências da imiscibilidade dolíquido foram descritas, incluindo uma proporção significante de exemplos lunares trazidos pelo programa Apollo.

Os três sistemas naturais são amplamente reconhecidos como tendo líquidos imiscíveis em algumas porçõesdos seus limites de composições. O primeiro é um sistema mencionado acima, o qual a maioria comumente traduzcomo os naturais basaltos toleíticos ricos em Fe  –  Fe-rich tholeiitic basalts, o qual a experiência inicial comtrende em direção ao enriquecimento em ferro, uma fusão “granítica” (>   75% SiO2) separada a partir da fusão

 basáltica (~40% SiO2). Uma vez separada, o líquido silicático deve ter muito mais densidade do que o líquidomáfico rico em Fe, e nós esperaríamos que ele ascendesse e coletasse próximo ao topo da câmara magmática. Acristalização do magma deve ser avançada pelo período em que a separação do líquido ocorre, contudo, ambos oslíquidos sejam parecidos a se tornarem aprisionados na já formada rede de cristais. Philpotts (1982) descreveu as

texturas de alguns basaltos havaianos ricos em Fe nos quais pequenas porções gotejam de dois líquidos imiscíveissão misturados nos interstícios dos vidros presos entre os cristais de plagioclásio e augita. As gotas de composiçãoseparada podem ser determinadas por microscópio, e são projetadas dentro do sistema da Fa-Le-Si na Figura 11-7,

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ao longo com o vazio da imiscibilidade de Roedder (1951). A composição do líquido atual plota levemente para forado vazio experimental, provavelmente devido aos efeitos do Fe 2O3, TiO2  e P2O5, o qual expande o campo deimiscibilidade. A baixa fugacidade do oxigênio dos basaltos lunares é a provável razão de que a imiscibilidade doslíquidos é tão comum neles.

Observando as gotas de imiscibilidade é claro a evidencia do processo, mas as evidencias são de longemenos obvias do que os líquidos imiscíveis de granitos tendo separado e formado segregações substanciais a partirdos toleítos ricos em Fe estão acima de 70% do total cristalizado. Talvez a pressão dos filtros possa ajudar o

 processo, e as camadas granofirícas e as lentes no topo de qualquer intrusão máfica, incluindo o Sill de Palisades e aintrusão da Skaergard (McBirney, 1975; ver também capítulo 12) possam ser produto da imiscibilidade dos líquidos.Em tais casos a imiscibilidade é o último estágio da adição pra um processo mais extensivo da cristalização fracionalnestas intrusões máficas. Corpos graníticos e outras escalas maiores de líquido envolvidos, contudo, não são

 produtos razoáveis da imiscibilidade dos líquidos.

Um segundo sistema exibindo o comportamento de imiscibilidade dos líquidos é a separação do líquidorico em sulfureto a partir de um magma silicático saturado em sulfureto. Menos do que 10% do enxofre é suficiente

 para saturar um magma silicático e liberar uma fusão de sulfureto férrico que é também rico em Cu, Ni, e outros

elementos calcofilo. Pequenos ciclos de imiscibilidade do sulfureto pingam numa matriz de vidro silicático, similaraos exemplos dos toleíticos graníticos de Philpotts (1982) acima, tendo sido observados inúmeros vidros de basaltosoceânicos extintos. Importante economicamente as segregações de sulfureto sólido  –  massive sulfide em grandescomplexos de camadas máficas tem sido formado pela separação e acumulação da imiscibilidade das fusões dossulfuretos.

Um terceiro vazio da imiscibilidade do líquido acontece em elevados magmas alcalinos que são ricos emCO2. Estes líquidos separados em duas frações, um enriquecido em sílica e álcalis, e o outro em carbonato. Estes dãoascensão à associação de nefelina – carbonatito, discutida mais detalhadamente na Seção 19.2.5.2.

Embora estes sejam as três ocorrências mais geralmente reconhecidas da imiscibilidade do líquido, outros

magmas podem separas em duas fases líquidas sob certas circunstâncias. Estas possibilidades incluem oslamprofiros (Philpotts, 1976: Eby, 1980), komatitos, Maria lunar (planíces grandes, escuras e de composição

 basáltica) lunar maré, e vários outros materiais vulcânicos (ver Roedder, 1979 para um resumo).

A região próxima e associações temporais dos líquidos opostos podem resultar a partir de inúmeros processos na adição da imiscibilidade. Nós podemos aplicar três testes para justapor as rochas para avaliar-las como produtos da imiscibilidade do líquido. Pr imeiro, o magma deve ser imiscível quando aquecido experimentalmente,ou eles devem plotar nos limites de um vácuo de imiscibilidade conhecida, como na Figura 11-7. Segundo, oslíquidos imiscíveis estão em equilíbrio com cada um, e assim eles devem também estar em equilíbrio com osmesmos minerais. Se dois líquidos associados cristalizam diferentes minerais, ou o mesmo mineral de diferentecomposição, eles não podem ser pares imiscíveis. Finalmente, nós podemos estar aptos a usar os padrões do

fracionamento dos elementos traços entre dois líquidos para avaliá-los como imiscíveis. Dividindo os menores e oselementos traços entre os líquidos máficos ricos em Fe e líquidos graníticos, por exemplo, pode ser distinguidoquando comparado com os magmas máficos mais comuns com menos Fe. Alguns elementos incompatíveis (porexemplo, P) são preferencialmente incorporados dentro do líquido máfico rico em Fe acima daqueles quecompletamente silicático. Uma rocha granítica relativamente depletada nestes elementos traços incompatíveis

 podem ser produtos da imiscibilidade do líquido. É claro que pequenas concentrações num elemento traço, em particular, pode também resultar se o líquido for derivado a partir de uma fonte similar depletada. É de longe maisconfiável, então, se as rochas representando ambos  os líquidos imiscíveis posam ser avaliadas. Isto tem sidoacompanhado por alguns diques de rochas misturados (Vogel e Wilband, 1978), mas ninguém ainda obteve sucessona identificação de tamanhos médios ou grandes granitos derivados a partir de líquido imiscível.

Embora a imiscibilidade do líquido seja agora amplamente aceito como um fenômeno nos magmasnaturais, a extensão do processo e ainda questionável, e a importância do processo na geração de grandes corpos oude proporções significantes de rochas magmáticas evolvidas ainda é um dúvida.

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11.3 Mistura do Magma

A mistura do magma é um pouco parecida com a imiscibilidade do líquido no contrario, e logo estava dealguma forma razoável por trás da sua origem histórica. O paradigma dominante da cristalização fracional implicagradualmente do decaimento dos magmas pais. A ocorrência comum dos granitos/riolitos, resultante numadistribuição bimodal dominante de basalto riolitos de composição em qualquer área, abre para uma ampla variedadede explicações. Uma das escolas dos pensamentos no começo do século 20 considerava os basaltos e osgranitos/riolitos a serem os dois magmas primitivos principais; um produzido pela fusão parcial do manto e o outroderivado similar a partir da crosta, e que o magma intermediário foi criado pela mistura destes dois em varias

 proporções. O interesse na mistura do magma diminuiu após Bowen (1915, 1928) demonstrar experimentalmente acristalização fracional, e forçadamente propor que o magma é oriundo de um mecanismo natural. Embora avariedade de magma natural seja muito mais ampla do que pode ser explicada pela mistura de somente “membrosfinais”, a literatura esta se tornando altamente rica com exemplos de mistura de magma.  Para uma suíte de rochas a

 partir de uma provincial em particular, nós devemos estar aptos a testar os efeitos da mistura dos membrosterminais  –   end-member mixture que resulta a partir da simples combinação de dois tipos de magmas. Se nós

 plotarmos os componentes das suítes no diagrama de variação de Harker, a variação em cada elemento ou óxidodeve cair numa linha reta entre os valores representantes das duas composições mais extremas (presumidamente

representado pela mistura de dois magmas pai). Como nós vimos no Capítulo 8 algumas ( mesmo claramente todas)suítes vulcânicas tem um número de linhas curvas que não podem ser explicadas pela mistura dos membrosterminais estritamente binários. Como nós vimos na Figura 8-6c e Figura 8-6e, os trends  curvados podem resultar a

 partir de uma subseqüência extração de dois ou mais minerais, ou extração de minerais de composição variada, emodelos fracional tendo sido usualmente baseados nestas premissas. A mistura de líquidos basálticos aquecidos e

 basalto silicático resfriados, contudo, conduzem invariavelmente para o resfriamento e cristalização deformadora,logo a mistura do magma mais a cristalização resultam em padrões de curvas mais complexos no diagrama devariação. A mistura de mais de um tipo de padrão pode também, resultar numa variação não linear. De um modorecíproco, padrões lineares nos diagramas de variação não são garantia de mistura do magma. A causa pode ser tantoa mistura do magma ou cristalização fracional de uma única fase (como na Figura 11-2). Comumente as evidênciastexturais e de campo da evidência podem ser diferenciadas entre duas possibilidades. Nos fenocristais de olivinas ao

mais facilmente observados.

A dinâmica da mistura de magma depende das propriedades contrastantes do magma, conteúdo de voláteis,e viscosidade, assim bem como a locação e a turbulência com a qual um dos magmas é injetado para dentro dacâmara magmática contendo um outro magma. Estudos recentes feitos por Huppert e Sparks (1980), Campbell eTurner (1986), Sparks e Marshall (1986), e Tait e Jaupart (1990) tinham atentado estimando e quantificando osefeitos destes fatores nos tipos de grande mistura que assumem uma posição nas câmaras magmáticas. A origem dogás carregado e a pressão induzida podem ter uma considerável mistura do magma, enquanto a injeção quiescente demagmas densos pode estar reservada na base das câmaras magmáticas silicáticas por completo. Se o basalto compõea maioria da textura, a mistura ocorre prontamente sobre uma variedade de condições.

Figura 11-8: Basaltos comingled e magmas riolíticos, Monte McLoughlin, OR.

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Figura 11-9: Bolha parecida com pillows criadas como magma basáltico foi injetada dentro de uma câmara granítica. O basaltomais quente e denso é particularmente esfriado, e a bolhas acumuladas na base da câmara, prendendo alguns dos líquidossilicáticos intersticiais. Ilha de Vinalhaven, ME.

Existe uma ampla evidencia para os processos de mistura quando estes assumem uma posição. Ele é maisevidente nos casos nos quais os magmas são muito diferentes, tais como os basaltos e os líquidos silicáticos e os

líquidos intermediários. Devido às grandes diferenças das propriedades físicas dos magmas contrastantes, o grau demistura destes magmas pode ser limitado. Dois magmas podem ser comumente vistos num comingling  de umredemoinho de contraste das cores (Figuras 3-13 e 11-8) nas amostras de mão ou na escala de afloramento, ou atémesmo as misturas mais intimas de vidros contrastantes em seções finas. Como mencionado acima, devido ao

 basalto estar inicialmente em altas temperaturas do que o magma silicático, o seu comingling tenderia a resfriar o basalto e superaquecer o outro. Os magmas basálticos entram nas câmaras graníticas formando comumenteestruturas tipo pillow com os limites curvo e o vidro extinto as texturas marginais na base da câmara (Figura 11-9).

Algumas ocorrências de mistura de magmas podem parecem líquidos imiscíveis, mas as misturas demagmas não estão em equilíbrio, logo o desequilíbrio da assembléia (tais como plagioclásio ou piroxênio decomposições radicalmente diferente, ou quartzo e olivina justaposta, e fenocristais corroídos e parcialmente

reabsorvidos) são comuns. Para um magma similar, a mistura pode ser mais extensiva, resultante em misturashomogêneas, mas a evidencia para tais misturas é também obscura.

A renovação de uma diferente câmara magmática por injeção de um magma pai mais primitivo abaixo é provavelmente um claro processo comum. Em tais casos são de longe a partir do conceito original proposto para amistura de magma diferente para produzir um resultado intermediário, e é o mesmo tipo de variação genética(embora negligente) dentro de uma única província magmática. A renovação pode ser documentada estruturalmente(seção transversa de diques e camadas), mineralogicamente (volta reversa de uma linha de descida do líquido etalvez  perda  da cristalização fase liquidus), texturalmente (alguns casos uma nova reabsorção de fenocristais; ezoneamento reverso nos minerais de plagioclásio e em outros, como ilustrado na Figura 3-6), ou geoquimicamente(ver O´Hara e Matthews, 1981) e isotopicamente (DePaolo, 1985; Palacz, 1985). Ainda não é conhecido como écomum o processo de renovação da câmara magmática em geral, mas é provavelmente de maneira comum. Éconsiderado particularmente importante parte da evolução da longa vida das câmaras magmáticas nas cadeias meso-oceânicas, assim bem como veremos no Capítulo 13.

A mistura de magma tem vivido um moderno renascimento, começando talvez com Eichelberger e Gooley(1975). Inúmeros estudos têm sido publicados documentando os processos de mistura em larga escala em camposvulcânicos e complexos plutônicos, incluindo Iceland nas Cadeias Meso-Atlântica (Sigurdsson e Sparks, 1981;McGarvie, 1984), Hawaii (Wright, 1973; Garcia et al., 1989, 1992), o Rio Columbia de platôs basálticos (Hooper,1985), acamadamento de intrusões máficas (próximo capítulo), arcos continentais vulcânicos (Eichelberger, 1975;Groove et al., Smith e Leeman, 1993), e granitos plutônicos, para nomear apenas alguns. Nós devemos ver nosCapítulos 16 e 17 que a mistura do manto e das fusões crustais podem ser importantes processos na evolução dequalquer magma cálcio-alcalino relativo a subducção. Ried et al. (1983), Frost e Mahood (1987), e Sisson et al.

(1996), interpretaram uma significante proporção de trendes evolucionários das intrusões de Sierran como sendo

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 produto de mistura de fusões silicáticas (crustal) e fusões máficas (manto), como feito por Kistler et al. (1986) paraagora familiar Série Intrusiva Tuolumne.

11.4 Assimilação

A assimilação  –  assimilation é a incorporação de constituintes químicos nas paredes ou no assoalho da

câmara magmática dentro do próprio magma. A assimilação pode ser capaz de uma alteração significante nacomposição do magma. As evidencias de fusões parciais podem ser encontradas em vários contatos alterados enovamente reabsorvidos ou através de xenólitos suspensos nos rochas ígneas. Historicamente, existirão alguns ládeve ter tido alguns proponentes zelosos da assimilação no qual tem se discutido que qualquer uma das variaçõescomposicionais nas rochas ígneas são resultados a partir de uma extensiva assimilação de rochas fontes por mais deum magma primitivo.

O grau no qual o magma pode assimilar a rocha fonte é limitado pelo calor disponível no magma. Comapontado por Bowen (1928), a rocha fonte deve ser primeira aquecida no ponto de fusão, e então pelo menos

 parcialmente fundida no sentido de ser assimilado, e este calor dever ser suprido pelo próprio magma. Vamosavaliar o processo, usando as mesmas estimativas que nós usamos no Capítulo 10 para um calor especifico (a

energia requerida para ascender a temperatura de 1g de rocha a 1ºC) de 1 J/gºC e o calor de fusão (a energiarequerida para fundir uma grama de rocha no solidus) de 400 J/g. no sentido de trazer 1 g da rocha fonte granítica a

 partir de um ambiente de temperatura de 200ºC para um ponto de fusão hipotético em 800ºC requer 600ºC. 1 J/gº =600J (por grama). Para fundir 1g seriam necessários assim 400J. o magma teria assim expandido para 1000J deenergia para aquecer, fundir, e assimilar g da rocha fonte. Se o magma está no liquidus ele pode ser suprimido peloseu próprio calor de cristalização, logo 2,5g de magma teriam de se cristalizar no sentido de fundir e assimilar 1g da

 parede da rocha. É desse modo teoricamente possível para um magma assimilar 40% do seu peso na rocha fonte, emais se a rocha fonte está inicialmente próxima da temperatura do liquidus. Numa aproximação mais rigorosa,usando o moderno programa de termodinâmica de Mark Ghiorso, MELTS, Reiners et al. (1995) calculou que de 3 a7% da cristalização fracional da olivina a partir do basalto poderia, nos estágios recentes, assimilar eficientementede 5 a 18% da crosta félsica via um processo de isentalpia (calor balanceado). Uma vez que o plagioclásio e/ou

 piroxênios começam a cristalizar, o processo se torna de ¼ para ½ mais eficiente, mas uma significante assimilaçãocom o mesmo grau de cristalização parece ser possível nas bacias do calor ornamentado.

A porção do magma que se cristaliza no sentido de suprir o calor para a assimilação ocorre quando as paredes são resfriadas onde a energia do calor é consumida. Aqui ele é parecido a formar uma barreira para inibir preferencialmente a troca com as paredes das rochas (ao menos dos fluxos turbulentos ou efeitos gravitacionaiscontínuos varrendo os contatos limpos, como proposta de algumas situações sugeridas por Huppert e Sparks, 1985).Os componentes assimilados devem estão difundir através das barreiras marginais. Como a difusão do calor é muitomais rápida do que a difusão da massa, a formação de tais limites devem inibir a troca química na maioria dos casos,e este magma se solidificaria antes de uma apreciável assimilação ter ocorrido.

Parando nas paredes e nos assoalhos das rochas (capítulo 4) para criar xenólitos podem aumentar o processo de assimilação pelo aumento da área da superfície das rochas fontes expostas diretamente para o interior domagma quente. A zona de fusão  –   melting zone  (Seção 4.2.7), um processo que tem sido proposto como ummétodo de empacotamento do pluton envolve uma consideração assimilação da rocha fonte (Ahren et al., 1981;Huppert e Sparks, 1988). Neste processo uma fusão do magma é colocada para cima pela cristalização de umaquantidade de material ígneo na base do pluto equivalente a quantidade fundida no topo, transferindo calor entre asduas zonas pela convecção (Harris, 1957; Cox et al., 1979). O processo é similar ao refinamento da zona  –  zonerefining, um processo industrial no qual um material (usualmente uma barra de metal de algum tipo) é passadaatravés de uma pequena fornalha, onde uma seção transversal muito fina é fundida e solidificada novamente assimcomo a barra passa pela placa quente, a partir do terminal de uma das pontas dos outros, pegando as impurezas que

 particionam eles mesmos dentro da fusão preferencialmente do que nos sólidos. De um modo similar, a ascensão domagma pode concentrar uma quantidade incomum de elementos traços incompatíveis como nas zonas de fusão em

direção a subida (elementos maiores não se concentram deste modo; ver Seção 9.5). Os geólogos ainda nãoconcordam sobre a importância das zonas de fusão como um método de ascensão magmática ou de diversificação.

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Se o método funciona extensivamente com um todo, é mais provável que ocorra com grandes magmas máficos nascrostas profundas, onde as rochas fontes já estão próximas do liquidus. Marsh (1982) tem argumentado contra istocomo um fator maior nos arcos dos magmas, pois os magmas que passam através da crosta continental enquantoassimilados em grandes componentes das paredes das rochas tende a irem a direção dos riolitos, e aqueles restritosaos arcos das ilhas oceânicas devem tender a ir a direção dos toleitos, o que não é geralmente o caso. Wilson (1989,

 p.91) pontua que, no caso da ascensão dos magmas basálticos através da crosta continental, a assimilação doassoalho das rochas é parecida a terem menos densidade do que na ascensão do magma, e formando um “lago” notopo da câmara, protegendo-o de uma erosão subseqüente.

Embora a fusão parcial da parede da rocha seja considerada um método dominante pelo qual o magma podeassimilar os constituintes, a reação e difusão da troca talvez ajudem na absorção dos voláteis, podem tambémincorporar componentes a partir da rocha fonte sólida dentro do magma (Patchett, 1980; Watson, 1982). A trocaentre os magmas ascendentes do manto derivado e do manto superior ou da crosta oceânica é difícil de detectar ouavaliar devido à similaridade química da fusão e das paredes das rochas. A crosta continental é outra maneira,contudo, e existem ainda muitas pessoas que aderirão que pensam a pensar não parecido que o magma derivado domanto passa através da crosta continental silicática sem assimilação pelo menos numa modesta contribuição,comprimindo predominantemente os componentes com baixas temperaturas de fusão (sílica, álcalis, etc.).

Os efeitos dos pequenos graus de assimilação ainda são diferentes para serem considerados, pois oselementos maiores são os mesmos nos magmas e nas rochas fonte. Pode existir uma troca na composição dovolume, mas na maioria dos casos a fusão ainda progrediu na direção do eutético. Somente a proporção de mudançado sólido. Neste caso das soluções sólidas (Figuras 6-9 e 6-10), a assimilação das paredes das rochas mais silicáticascausa um volume na composição na troca em direção dos componentes de baixa temperatura, e o final será dealguma forma enriquecido naquele componente (um efeito idêntico aquele da cristalização fracional). Somente noscasos da divisão térmica (como na Figura 8-13) pode a composição ser trocada através dele pela assimilação logoque o líquido envolvesse um diferente eutético. Similarmente, nos sistemas peritéticos, a assimilação pode troca acomposição do peso traves do peritético, resultando numa assembléia mineral final diferente. Por exemplo, a adiçãode sílica no líquido, tais como  f  na Figura 6-12, pode troca a líquido a partir da esquerda da enstatita para a direita

dela, na assembléia final irão conter quartzo, sem olivina.

Embora os elementos maiores sejam relativamente insensíveis para os efeitos da assimilação dasquantidades limitadas da rocha fonte, isto não é verdade para os elementos traços e isótopos. Como mencionado naSeção 9.5, os elementos traços, pois eles estão presentes em tais pequenas quantidades, e não são “divisores” peloequilíbrio do sólido-líquido no sentido que os elementos maiores são. A Figura 6-10 ilustra novamente este ponto.Suponha que nós tenhamos um sistema equivalente de Fo 30 em 1480ºC, com o líquido coexistindo com a olivinaa, eadicionado Fo puro o suficiente para trazer a composição do volume para Fo 45. Isto é equivalente a assimilação daquantidade de sólido de forsterita da metade do líquido original. O efeito seria a adição de considerável Mg nosistema por completo, mas a adição da pura Fo teria causado o equilíbrio da cristalização da olivinaa  isto é umexemplo ideal de isotermal. Isto segue diretamente a partir do principio da alavanca; a composição de volume da

Fo30 requer um alto raio do líquidod/sólidoa em 1480ºC do que a composição de volume da Fo 45. Adicionando 50%da assimilação neste caso não tem nenhum efeito na composição dos elementos maiores de ambas as fases emequilíbrio. O sistema efetivamente dividindo em Fo pela cristalização da olivina de composição a. Se a forsteritaassimilada contiver 200 ppm de Ni, contudo, e um sistema original tem somente 100 ppm de Ni, a assimilação de50% da forsterita mudaria a concentração de elementos traços do sistema combinado para 250 ppm, e aumentaria aconcentração de Ni de ambos os líquidod e da olivinaa para uma proporção de 50%. Assim a adição destes elementostraços em particular simplesmente adiciona o conteúdo dos elementos traços no total das fusões e dos minerais nosistema magmático. Alguns elementos traços são muito mais abundantes na crosta continental do que no mantoderivado do magma, e a assimilação de uma quantidade modesta do material da crosta rico nestes elementos podeter um efeito considerável no magma inicial contendo pouco dele (ver McBirney, 1979, e Wilson, 1989 na Seção4.4.2 para uma revisão).

Os efeitos da assimilação da crosta continental pode ser melhor ilustrado usando uma aproximação damistura. A Figura 11-10 é um diagrama spider de Wilson (1989) para uma típica cadeia meso-oceânica toleitica

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(escolhida para representar um magma basáltico derivado do manto livre de contaminação) e os padrões resultandoem assimilações de 15% de um típico gnaisse da crosta profunda ou 15% de um típico gnaisse da meso-crostasuperior. A assimilação neste modelo envolve a mistura de 85% do basalto e 15% de gnaisse, e elementos traços

 particionados entre as fases usando os coeficientes de partição apropriados. Aos padrões resultantes são diferentes, e parecem indicarem não somente que a assimilação ter ocorrido, mas em qual nível da crosta. Esta aproximação podenos permite a selecionar certos elementos traços para diferentes propostas nas análises de contaminação dos basaltosda crosta continental. Por exemplo, os elementos mais compatíveis Ti, Tb, Y, Tm, e Yb não particionam a partir dacrosta dentro da fusão, e assim não modificam o padrão de basalto original. Eles são úteis se nós desejarmos veratravés dos efeitos da contaminarão das características dos elementos traços de um basalto não modificado. O Ba, eo grupo do Nb ao Hf, são enriquecidos na contaminação dos magmas, e podem ser úteis como um indicador geral decontaminação da crosta. O Nb-Ta parece terem uma característica distinta de contaminação do magma, os elementosRb, Th, e o K são também enriquecidos em magmas contaminados, mas eles podem também ser capazes dedistinguir os efeitos da crosta superior e inferior. Proporções relativamente altas destes elementos sugerem umacontaminação da crosta superior, enquanto proporções relativamente baixas, nos basaltos que parecem seremcontaminados baseado no critério do Ba-Hf, é mais provável ser contaminado pelos materiais da crosta profunda.

Figura 11-10:  Diagrama Spider do condrito normalizado de um basalto típico de uma cadeia meso-oceânica, e os efeitos damistura de 15% de um granulito da crosta profunda com fáceis gnaisses e 15% de um anfibolito típico de uma meso-crosta comtambém fáceis gnaisse. De Wilson (1989)

Provavelmente a melhor maneira de detectar os efeitos da assimilação, em particular na contaminação domanto derivado do magma, é isotopicamente. Como nós vemos no Capítulo 9, a crosta continental se torna progressivamente enriquecida ao longo do tempo em 87Sr/86Sr (Figura 9-13) e depletada em 143 Nd/144 Nd (Figura 9-15). Os magmas primitivos com incomuns valores altos de 87Sr/86Sr e baixo valores de 143 Nd/144 Nd são

 provavelmente contaminados pelo material da crosta antiga. Nós aprendemos na Seção 9.7.2.2 que os valores de87Sr/86Sr abaixo de 0.706 seriam apropriados para uma fusão do manto relativamente não modificada, enquanto queos raios acima deste valores são provavelmente contaminados pelos antigos componentes continentais.a crostacontinental é enormemente enriquecida em U, Pb, e Th relativos ao manto e a crosta oceânica. Dado um esquema dedecaimento na Seção 9.7.4.2, nós podemos ver que, com o passar do tempo, a crosta continental se enriquece em207Pb e 206Pb pela quebra do U na crosta. Devido ao 204Pb não ser radiogenico, nós podemos assim esperar os raiosdo 207Pb/204Pb e 206Pb/204Pb a serem considerados altos nas fusões derivadas do manto (pois nenhum fracionamentoisotrópico ocorre durante a fusão). Os raios iniciais do 87Sr/86Sr e 143 Nd/144 Nd ou 207Pb/204Pb ou 206Pb/204Pb podemser plotados contra alguns diferentes índices diagramas de variação do tipo Harker para a suíte dos magmascogenéticos para determinar a extensão da contaminação da crosta. Os trendes de enriquecimento linear nos raios

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isotópicos com o aumento da diferenciação sugerem tanto uma assimilação continua ou mistura do manto e domagma da crosta, embora o autor suspeite que o último citado seja mais comum. O aumento das assinaturasisotópica da crosta nos mais envolvidos magmas é mais parecido com a assimilação da crosta félsica nas porçõesmarginais da câmara. O critério de campo, tais como os magmas commingling ou fusões parciais de xenólitos dacrosta, podem também nos ajudar a escolher entre as alternativas.

11.5 Limites de Camadas, Cristalização In Situ e Convenção Composicional 

A diferenciação magmática envolve o particionamento dos elementos entre duas fases (uma é a fase líquidae a outra é a fase sólida, líquida, ou vapor) e a subseqüente diferenciação que resulta quando estas fases sãofisicamente separadas. Estudos recentes das câmaras magmáticas têm mostrado que algumas são diversificadas demaneira não adequada de forma que não se pode explicar pelos mecanismos clássicos de fixação dos cristais. Istoconduziu muitos pesquisadores a re-avaliar as ideais históricas da diferenciação magmática, e propor métodosalternativos no qual a diversificação assume uma posição por in situ  (no lugar) dos processos de cristalização eindução convectiva de composição dentro de um líquido estacionário inicial oi camadas limites do líquido-sólido.

Em 1960 a literatura geológica tinha contidos alguns trabalhos endereçados ao processo envolvido com osefeitos das camadas limites e a moção do fluído convectivo nos sistemas de múltiplos componentes com gradientesem temperaturas, densidade, e composição (Shaw, 1965; Bartlett, 1969; Turner, 1980; Langmuir, 1980; Sparks etal., 1984; Hupert e Sparks, 1984a; Brandeis e Jaupart, 1986; Tait e Jaupart, 1990, 1992; Jaupart e Tait, 1995).Intrusões máficas acamadadas promovem um excelente laboratório natural para os estudos da diferenciaçãomagmática, e tem estimulado algumas de nossas idéias na natureza da cristalização fracional e fixação da gravidade.Uma discussão mais completa destes processos como eles são aplicados as câmaras magmáticas requer um bomlivro em estruturas, texturas, e os trendes químicos destes corpos fascinantes. O autor deve propor o estudo dacristalização fracional nos sistemas convectivos até o Capítulo 12 quando serão encaminhadas as intrusões deacamadamento máfico, e de terem melhores bacias para serem avaliadas. Por agora, pela introdução dos processos, oautor apresenta um trabalho a partir de campo de área bem documentado: o Tufo de Bishop em 0.76Ma, quando

entrou em erupção em Long Valley, Califórnia.

Hildreth (1979) propôs um modelo desconhecido para as variações composicionais verticais bemdocumentadas na estratigrafia nos tufos de Bishop. Ele propôs que as câmaras magmáticas diante o que é agora acaldeira do Long Valley foi progressivamente esvaziada a partir do topo para baixo durante a erupção, logo na base

 para o topo a variação no tufo deve correlacionar com a variação do topo para a base na estratigrafia composicionalda câmara superior. Usando a geotermometria mineral (Capítulo 27) Hildreth foi capaz de demonstrar que osmateriais que entrarão em erupção recentemente (agora na base do fluxo, mas representando o topo da câmara)entraram em erupção em 720ºC, enquanto o material posterior (na câmara inferior) entrou em erupção em 780ºC.Ele pontuou que inúmeros trendes baseados nas densidades dos minerais e nas relações entre a mineralogia e oenriquecimento químico que não poderia ter resultado a partir de uma cristalização fracional clássica. Devido á alta

viscosidade de tais magmas silicáticos, a fixação dos cristais e moção convectiva térmica é esperada a ser mínima dequalquer forma (Brandeis e Jaupart, 1986; Sparks et al., 1984).

Ao contrário da cristalização fracional, Hildreth (1979) propôs um modelo baseado num modelo in situ deconvecção-difusão de Shaw et al. (1976). De acordo com a teoria de Hildreth, o magma próximo ao contato verticalse tornou enriquecidos em H2O a partis das paredes da rocha. Este enriquecimento em H2O nas camadas limites,embora esfriadas, são menos densas do que o interior do magma, e subirão sob a influencia da gravidade para seconcentrarem no topo da câmara. Isto resultou, ele propôs, num crescimento das camadas limites de densidadeestabilizada cobertas que inibiram a convecção na porção do topo da câmara magmática (embora a convecção

 pareça continuar na porção principal da câmara abaixo da capa, ver Figura 11-11). Embora a capa da rocha fosserelativamente estacionaria, existiram gradientes iniciais na temperatura e no conteúdo de H2O, com a maioria rica

em H2O, baixa densidade dos líquidos aumentando na subida. O gradiente do H 2O, Hildreth razoavelmente, deveafetar a estrutura da fusão e o grau de polimerização (Seção 7.4.1). Elevados conteúdos de H 2O decai a

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 polimerização, e, devido as moléculas de polimerização terminarem nos átomos do O, não do Si ou do Al, istoaumento o raio do O/(Si + Al) no líquido.

Figura11-11:  Seção esquemática através da câmara magmática riolitica passando pela diferenciação in situ ajudada pelaconvecção. A capa superior rica em sílica está estagnada pelo gradiente de H2O. Devido à este gradiente, assim bem como osgradientes termais e de densidade, a zona de cobertura podem experimentar uma difusão interna e troca com as paredes da rochae com os sistema de convecção. A seta indica a convecção, onde se tem uma dupla seta é indicada à difusão. Por Hildreth (1979).

Hildreth (1979) postulou preferencialmente que a composição resultante dos gradientes, combinadas com atemperatura do gradiente, incluem preferência na transferência da massa de difusão dentro da capa, resultando numgradiente de composição vertical em outros componentes. Devem também ter sido uma troca entre outroscomponentes dentro das paredes e do assoalho, assim bem como com as convecções nas câmaras inferiores (o qual

 promoveu a subida dos componentes para uma cobertura estagnada que seria de outra forma depletada pelas baixastaxas de difusão e fornecidos novamente). O resultado, de acordo com Hildreth (1979), foi uma estratificaçãocomposicional da câmara magmática muito mais superior que desenvolveu uma estratificação na ordem de 103 a 106 

anos (dependendo do tamanho da câmara), o qual é muito mais rápido do que as taxas de alcance pela difusão pura,e pode explicar como as grandes calderas de riolitos podem gerar gradientes químicos dentro de 10 5 a 106 anos numintervalo entre as erupções.

Hildreth atribuiu pelos a parte do efeito da difusão como responsáveis pelos gradientes composicionais notopo da câmara magmática diante de Long Valley para um efeito Soret  (também chamado de difusão termal  –  thermal diffusion). Há muitos séculos atrás, um químico suíço, Jacques Louis Soret demonstrou que uma solução

 binária homogênea estagnada. Quando sujeita a um forte gradiente de temperatura, desenvolve espontaneamenteuma concentração de gradiente em dois componentes. No geral, os elementos pesados ou moléculas migram emdireção as bordas mais frias e aquelas que são mais claras em direção as bordas mais quentes do gradiente. Fazendoisto, existe menos momento vibracional total (as moléculas pesadas vibram menos do que as bordas resfriadas), o

qual diminui a energia total do sistema. Macroscopicamente nós podemos dizer que o gradiente de temperatura temefeito sobre os potenciais químicos, resultando em difusão. Soret encontrou que os gradientes realizam um prontoestado que permanecem ao longo do gradiente de temperatura (ou não distante, se a difusão é impedida por umrápido resfriamento). É claro que, as extensões dos efeitos de Soret dependem da magnitude acima do gradiente detemperatura e da natureza do sistema. O efeito de Soret foi demonstrado experimentalmente para sistemas naturaismais complexos nos magmas basálticos por Walker et al. (1981) e Walker e DeLong (1982). Eles subentenderamque dois basaltos para gradientes serem próximos a 50ºC/mm e encontraram que as amostras atingiam um prontoestado em alguns dias. Eles encontraram os elementos pesados (Ca, Fé, Ti, e Mg) concentrados nas bordas mais friase os leves (Si, Na, e K) nas bordas mais quentes da amostra, como previsto pela teoria de Soret. A concentraçãoquímica nos resultados de Walker et al. (1981) e Walker e DeLong (1982) são similares àquela esperada para acristalização fracional, somente na temperatura revertida. Aqui as bordas mais quentes são mais andesiticas,enquanto que as bordas mais frias são basaltos de baixa sílica.

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 No despertar dos resultados de Walker et al. (1981) e Walker e DeLong (1982), foi pensado que adensidade e composição dos gradientes nas camadas estagnadas, tais como as do topo do Long Valley da câmaramagmática, aumentavam a difusão térmica do tipo de Soret. Estes processos combinados de gravidade e térmicoforam dados de qualquer forma impondo o termo difusão termogravitacional –  thermogravitational diffusion. Osgradientes térmicos requeridos para uma difusão térmica são de longe da realidade, contudo, os trendes maisquímicos e termicamente verticais de Hildreth, derivados a partir da estratigrafia do Tufo de Bishop e traduzido parauma cobertura estagnada da câmara magmática, não correlacione com os trendes experimentais de Walker et al.(1981) e Walker e DeLong (1982) para as difusões puramente térmicas. A difusão térmica não é parecida comaencontrada na natureza, devido ao gradiente térmico empregado não ser comumente difundido e estar equilibradoem sistemas naturais mais rapidamente do que as difusões químicas lentas que podem responder. Os gradientestérmicos, contudo podem criar instabilidade na densidade, o qual pode então produzir uma moção convectiva(comparada com a difusão). A difusão termogravitacional, como conceituada acima, em tais gradientes térmicosinduz diretamente uma difusão química, não é de longe considerado possível, e é um pouco mais estudado nos diasde hoje.

A maioria dos trabalhos de Hildreth (1979) estava correta, contudo, suas observações concentradas naestratificação química nas seqüências finas de tufos não são únicas. Variações composicionais similares têm sido

observadas em algumas localidades, sugerindo que as câmaras magmáticas silicáticas são comumente estratificadas.Hildreth (1979) estava também correto na proposta dos limites das camadas formados ao longo das paredes e dacobertura da câmara magmática em Long Valley, e que estes limites resultaram da composição de gradientes nacobertura. As observações das zonas marginais composicionais das séries plutônicas (Michael, 1984; Sawka et al.,1990; Mahood et al., 1996; Srogi e Lutes 1996) promoveram um suporte direto para tais zoneamentos ao longo deambas as paredes e coberturas de qualquer câmara magmática no qual a viscosidade e a produção da força doliquido sevem evitar a fixação do cristal. Nós estamos percebendo que o zoneamento químico das câmarasmagmáticas está como uma regra, preferencialmente em algumas exceções. Somente o apelo de Hildreth para adifusão da termogravitacional foi um erro. Como Michael (1983) apontou, os gradientes que Hildreth propôs para acomposição da estratificação na cobertura estagnada se correlacionam muito melhor com o fracionamento do cristal-líquido, e os trendes são esperados no tufo e no magma riolitico. Dunbar e Herving (1992) vieram com uma

conclusão similar, e encontraram que os elementos traços dos trendes são compatíveis aproximadamente 40% dacristalização fracional do quartzo e dos álcalis feldspático, embora H, B, Li, F, e Cl são separadas a partir de outros esuas distribuições foram relatadas para a variação do conteúdo de H2O na cobertura estratificada.

A Figura 11-12 ilustra um possível mecanismo para o desenvolvimento da estratificação composicional aolongo das paredes e do topo da câmara magmática que pode trabalhar mesmo em câmaras relativamente silicosas eviscosas. Devido ao magma esfriar a partir das margens internas, o gradiente térmico ocorre nas áreas marginaisonde o magma está em contato comas paredes frias e a cobertura da rocha (embora a cobertura da rocha possa sermais aquecida pela convecção). Se o equilíbrio é mantido, o magma irá se cristalizar para um aumento progressivoda extensão em direção as paredes da rocha. O gradiente na extensão da cristalização irá produzir um gradientecorrespondente na composição do líquido. O líquido será altamente envolvido nas margens onde a cristalização está

completamente próxima, e não envolvida no puro magma interior.

Este processo de cristalização nos limites das camadas –  boundary layers, no qual o cristal permanece insitu, resulta numa instabilidade gravitacional, pois os líquidos envolvidos são menos densos do que os cristais e olíquido no interior da câmara. Como resultado os líquidos ascendem na direção do topo, e são recolocados pelomovimento do líquido na direção dos limites das camadas a partir do interior. Este processo é chamado deconvecção composicional  –  compositional convection, a convectividade ascende do material de densidade baixa,não pelo fato dele estar aquecido ou expandido, mas por causa da perda que o material sofre de materiais pesados,tais como Fé, Ca, e Mg para os cristais assim que estes se solidificam. A conveção dos líquidos ascende para acobertura da área, onde ele se dilata lateralmente e permanece estagnado, como Hildreth (1979) propôs, mas éherdado a partir da cristalização fracional ao longo das paredes, pois os líquidos mais envolvidos são os de menores

densidades, e ocupam as porções mais elevadas da cobertura dos limites das camadas. Um processo similar paraaqueles nas paredes podem também ocorrer na cobertura, aumentando os gradientes herdados. A assimilação dacobertura das paredes félsicas podem também contribuir. Sawka et al. (1990) encontrou uma variação vertical e

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horizontal em 50 elementos (e na mineralogia) em dois plutons “graníticos” zonados na Serra Nevada a serdiretamente atribuído a cristalização lateral das paredes e da migração superior das fusões flutuantes no assoalho dacâmara.

Figura 11-12:  Formação dos limites das camadas ao longo das paredes e topo da câmara magmática. Os gradientes natemperatura resultam das variações na extensão da cristalização, o qual se torna criador de um gradiente composicional nosinterstícios do líquido. A composição do líquido varia a partir daquele magma original no interior altamente envolvido nasmargens onde a cristalização é avançada. O líquido envolvido é menos denso, e pode ascender para liberar para fora do topo,formando uma camada de cobertura estagnada.

A entrada do H2O a partir das paredes rochosas, como Hildreth (1979) propôs, também pode ajudar na

ascensão convectiva. Devido ao H2O se difundir mais rapidamente do que as espécies não voláteis, ele também podeascender a partir do corpo do magma principal e tornar estratificado na área coberta (Shaw, 1974). O gradiente dedensidade na área coberta, devido ao H2O e aos líquidos mais envolvidos ascenderem ao topo, dãogravitacionalmente estáveis, e a estratificação devem ficar (até a menor erupção, no caso do Vale Long). Os altosníveis de H2O em direção do topo devem ser menor que a temperatura do liquidus, resultando em poucos cristais noestrato superior, mesmo através das camadas pode ser esfriada. O topo das camadas podem se tornar muito saturadoem H2O antes do resto da câmara, talvez resultando no desenvolvimento dos pegmatitos e aplitos (Mahood et al.,1996), processos hidrotermais nas rochas fontes acima, ou até mesmo nos processos de inicialização da erupção(Wulff et al., 1990).

O maior problema com a cristalização fracional como um mecanismo para a produção de gradientes

observados em elementos traços é o alto grau de cristalização fracional requerido. Por exemplo, Hildreth (1979)demonstrou que uma extrema depletação em Sr, Ba, e Eu requeremos uma depletação com mais de 50% defeldspato, e Michael (1983) obteve mais do que 65 a 70% de fracionamento. Isto é uma preferência no alto grau desolidificação nos volumes leves do liquido magmático subsequentemente erodido como o Tufo de Bishop. Percebaque isto é possível pelo método ilustrado na Figura 11-12 para se ter altos líquidos envolvidos nas margens ecoberturas das câmaras magmáticas com somente uma pequena fração de cristalização total do corpo magmático.Tais líquidos têm sido reconhecidos em alguns sistemas naturais. Devido à cristalização fracional poder produzirtrendes de fracionamento não linear (curvas dos diagramas de variação) como novas fases se juntam aquelascristalizadas, mistura linear dos líquidos convectivos sem variação composicional linear podem produzircomposições de líquido que diferem a partir das composições das linhas de descida para os corpos magmáticos porcompleto (Langmuir, 1989; Nielsen e DeLong, 1992). Por exemplo, Srogi e Lutz (1996) desenvolveram um modelo

 baseado na variação de mistura das fusões representando diferentes estágios de diferenciação que explicam avariação composicional produzindo granitos nos plutons zonados de Arden (SE Pensilvânia/N Delaware) que

 poderiam não ser modelados pela cristalização fracional, ou mistura do magma.

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Como mencionado recentemente pelo autor, devido as suas altas temperaturas e baixa viscosidade, expostasas intrusões das camadas máficas fazem um laboratório ideal e natural de estudo dos efeitos dos processos dediferenciação magmática. Nós iremos ver favorecidos dentro destes processos no próximo capítulo.

11.6 Processos de Misturas

Dois ou mais processos discutidos acima podem funcionar simultaneamente ou em seqüência durante ageração, migração, e solidificação dos sistemas magmáticos. Inúmeros magmas (e rochas resultantes) podem assimserem complexos híbridos refletindo os efeitos combinados do fracionamento do cristal, mistura do magma,assimilação, transporte volátil, e/ou imiscibilidade do líquido.

Em alguns casos, processos combinados podem ser mais do que coincidência, e dois processos podemoperar de modo cooperativo. Por exemplo, a mistura de dois magmas de diferentes composições e temperaturascomumente produz instabilidade termal, resultando em dissipação do magma mais quente e aquecimento do magmamais frio. A combinação da mistura de dois magmas, cristalização fracional, e convecção são assim possíveis. Outroefeito desconhecido será explorado no próximo capítulo. Outro exemplo é a combinação da assimilação de dacristalização fracional acompanhada requerida para suprir a necessidade calor, como proposto acima. Devido a

alguns processos terem efeitos similares, ele pode ser difícil de distinguir a contribuição relativa a cada um emqualquer grau de confinamento. Uma aproximação para o problema é desenvolvida em modelos matemáticos(similar ao fracionamento Rayleigh e a outros modelos presentes no Capítulo 9) para o comportamento de certoselementos traços e isótopos (ou raios) baseados na combinação destes processos. Isto tem sido feito por DePaolo(1981) para os processos de assimilação + cristalização fracional (o qual ele chama de AFC), cristalização fracional+ recarga do magma mais primitivo (O´Hara e Matthes, 1981), e todos os três combinados (Aintcheson e Forrest,1994), usando técnicas interativas para os modelos de contaminação do raio o do magma original. Nielson e DeLong(1992) também desenvolveram um modelo numérico para simular um modelo de cristalização in situ efracionamento nos limites das camadas.

Como mencionado no Capítulo 9, devido ao grande número de variáveis, a incerteza nas concentrações

inicias e coeficientes das porções, e agora a adição de um numero de mecanismos concorrente, nós podemosassegurar que pelo menos um modelo, e provavelmente alguns, podem ser derivados de replicas de variaçõesquímicas de praticamente qualquer suíte das amostras representante de uma província petrogenética em particular. Ofato de que um modelo particular pode explicar os trendes químicos das rochas nas províncias não aprecem e nãogarantir que os processos são modelados atualmente para assumir um lugar. Apesar de tudo os modelos podem

 provar úteis, ou ajudas em comparação ao contraste dos efeitos de diferentes modelos, ou eliminação de processosimpossíveis. Eles podem até mesmo nos ajudar a refinar nosso pensamento nos complexos dinamismos dadiversificação magmática. Às vezes um modelo pode até mesmo estar correto.

Todos os processos descritos neste capítulo provabvelmente ocorrem na natureza. Um campo importante da petrologia ígnea moderna na avaliação das contribuições de vários processos nas características químicas e na

trendes evolucionários temporais em qualquer província petrogenética. A partir destes estudos nós podemos entãoavaliar a importância relativa dos processos numa escala global.

O qual deles é responsável principalmente pela diversidade das rochas ígneas na Terra? Na opinião doautor, a cristalização fracional e mistura do magma são provavelmente os dois mais importantes processos dediferenciação responsáveis pela diversidade magmática dentro da suíte das rochas ígneas relacionadas. Acristalização fracional modifica os magmas primários na criação da extensão, e é provavelmente o mais efetivo paraos magmas máficos derivados do manto aquecido, poucos dos quais atingem a superfície sem ter envolvido dealguma forma ao longo do sua linha de descida do líquido. A reinjeção do magma pai e mistura de magmas geradosindependentemente são processos comuns na câmara magmática, e o ultimo pode ser responsável por qualquer rochaígnea de composição intermediária. Os outros processos podem ser importantes em instancias particulares efundamentais para alguns tipos de magmas, mas eles não são comuns no geral.

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11.7 Associações Ígneas –  Tectônicas

Com este capítulo, nós terminamos nossa fase preparatória de petrologia ígnea. Nós atingimos a basenecessária, e agora é o momento de embarcar nas análises das maiores ocorrências ígneas e usar as nossashabilidades para avaliá-las e os processos que dão formas a elas. De um modo oposto, tais análises nos ajudam aformar e refina nossos conceitos petrológicos. No próximo capítulo nós devemos dar uma olhada em intrusõesmáficas acamadadas, devido a eles proverem um excelente laboratório natural para derramar algumas especulaçõesleves da diversidade magmática apenas explorada. Depois disto, o autor subdividiu em vários fenômenos ígneosmaiores dentro de grupos comumente chamados chamado associação tectônico-ígneo  –   tectonic igneousassociations. Estas associações estão em grande escala do que as províncias petrogenéticas discutidas recentemente.Onde a província petrogenética é limitada geograficamente e um fenômeno presumidamente petrogenético,associações tectônicos-igneos são uma tentativa de localizar os padrões globais das atividades ígneas por grupos de

 províncias baseados nas suas ocorrências e gênese. É claro que existe um limite a ser discordado nas distinções enúmero de grupos, particularmente de tais grupos, em particular dos menores, os mais esotéricos. O autor tematentado a ser novamente um “generalisador”, preferencialmente do que um “divisor”, e têm sido selecionadosinúmeros compressivos agrupamentos. Uma lista destas associações é:

1. Vulcanismo de cadeia meso-oceânica2. Vulcanismo intra-placa oceânica ou ilhas oceânicas3. Basaltos de platôs continentais4. Arcos de ilhas intra-oceânicos relacionados a subducção5. Arcos continentais de plutonismo relacionados a subducção do vulcanismo6. Rochas granitóides7. Associações ígneas mais alcalinas do interior de crátons mais estáveis8. Anortosito

Este grupo pode não agradar tosos os petrológos. Alguns gostariam de subdividir uma ou mais associaçõesdentro de subgrupos distintos, e outros podem preferir combinar alguns deles, ou até mesmo associações a serem

listadas. O autor tem considerado as associações escolhidas certamente comprimidas, e embora a lista possa nãoincluir todos os fenômenos ígneos no planeta, ela cobre talvez 90%. A porcentagem permanecente encaixaria osvolumes, e nós devemos performar algumas variedades de “triagem acadêmica” se nós mesmos esperar encontraralguma aproximação do petrologia ígnea sujeita. Cada um dos capítulos seguintes endereça uma destas associaçõeslistadas acima. Neles nós devemos rever o modo de ocorrência e os produtos ígneos, e então proceder a usar aquímica petrográfica, e talvez geofísico e outros dados interpretem as associações e parecem com um modelo

 petrogenético. Isto nos fornece algumas aplicações das nossas técnicas adquiridas, e nos dá alguma exposição dosfenômenos ígneos globais, o requerimento final para bons petrológos listadas no Capítulo 1.

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PROBLEMA: 

1. Escolha um ponto no liquidus de alta pressão da forsterita na Figura 6-15 e discuta a historia do resfriamento nos

termos da formação dos minerais. Em seguida considere a quantidade de forsterita que cristaliza se a cristalização

fracional assumir posição enquanto o magma ascende em direção a configuração de baixa pressão. Demonstre

geometricamente porque, e de que forma, a proporção relativa da olivina será diferente do que numa situação

isobárica. Comece, por exemplo, com uma composição de volume inicial com 20%peso “SiO2” use o principio da

alavanca para comparar a proporção relativa de Fo e do líquido em 1700ºC com 1.2 GPa e em 1600ºC com 0.1MPa.

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Capítulo 12

Intrusões de Camadas Máficas

O nosso entendimento de diferenciação magmática é baseado muito amplamente nos nossos estudos dos

sistemas naturais e simplificados (Capítulo 6 e 7). Os trends geoquímicos nos diagramas de variação, desenvolvidos

 principalmente nas suítes vulcânicas, são também indicadores úteis (embora indiretos) de processos de

diferenciação. Todos os nossos conceitos devem ser testados contra as nossas observações feitas em campo. Os

exemplos naturais mais informativos de cristalização e diferenciação são as intrusões de camadas máficas (LMIS  –  

layered mafi c intrusions ). O soerguimento e erosão destes corpos grandes nos têm provido como excelentes

laboratórios no qual são observados os produtos dos processos dinâmicos que acompanham o resfriamento e

cristalização na câmara magmática onde a viscosidade está suficientemente baixa para permitir uma significante

moção (logo diferenciação) dos cristais e/ou líquidos. Estudos clássicos (Hess, 1960; Jackson, 1961; e Wager e

Brown, 1968) tiveram recentemente sido contestado e argumentado por novas interpretações baseadas

 principalmente nos princípios e experimentos em dinâmicas de fluídos, fazendo disto um interessante período de

estudo destas ocorrências.

As intrusões máficas vêm em todos os tamanhos, a partir dos diques e sills para gigantesca intrusão deBushveld na África do Sul (66,000 km2 acima de 9 km de espessura). Eles podem ocorrer em qualquer ambientetectônico onde o magma basáltico é gerado (Capítulo 13 ao 15), e nas cadeias meso-oceânicas pode ser o local maiscomum para o seu desenvolvimento (Capítulo 13). As intrusões maiores que são o real assunto deste capítulo,contudo, requer um volume substancial de magma num curto período, e eles devem ocorrer dentro da crostacontinental para que eles possam ser expostos na superfície pela erosão. O ambiente mais comum para a produçãode abundante magma máfico num cenário continental está associado com o alto fluxo de basaltos continentais(Capítulo 15), onde o rifteamento pode ser associado com os hot spots do manto. A maioria dos LMIS estáassociada com o fluxo de basaltos da mesma idade, embora alguns não estejam. Áreas de abundante atividade ígneatêm recentemente sido chamadas de grandes províncias ígneas  –   large igneous provinces, ou LIP  (Mahoney eCoffin, 1997). A maioria dos grandes LMI é do Pré-Cambriano, ocorrendo talvez em riftes abortados com um lato

 percentual de fusão do manto devido ao alto gradiente geotérmico do Pré-Cambriano. Existe provavelmente umgrande número de corpos plutônicos máficos profundos na crosta continental que nunca estava pronta para asuperfície devido a sua alta densidade.

Embora alguns destes diques e sills grossos apresentem estratificação que ocorreu durante o resfriamento, a

variação composicional neles é usualmente suavizada. Alguma espessura critica, na ordem de 400 a 500m, pareceser requerida antes dos processos de resfriamento e cristalização gerando um espetacular acamadamento pelo qual aLMI tem o seu nome. O período de resfriamento e cristalização variam com o tamanho e forma da intrusão, assim

 bem como a capacidade de circulação da água no teto para dissipar a condução do calor. A estimativa varia a partirde dez mil anos para milhões ou mais. A Tabela 12-1 lista alguns dos maiores e/ou melhores estudos da ocorrênciadas intrusões das camadas máficas. A forma do LMI é tipicamente de um plúton aplainado, e alguns são também umlapólito (Figura 4-26) ou um funil –  funnel (Figura 12-1), a diferença entre o que piso de um lapólito é consideradaa ser adaptável a estrato da rocha fonte, enquanto que o funil num corte de seção para tanto o estrato externo e acamada interna. Uma margem resfriada é comum, mas devido a uma assimilação significante das paredes da rocha,

 pode ser raramente usado para determinar precisamente a composição do magma pai. Apesar de tudo, as LMIs sãode forma preponderante gabroicas e usualmente toleiticas, exibindo o clássico enriquecimento em Fe característico

da série do magma (ver os “trendes de Skaergard” na Figura 8-3 e compare-o com a Figura 8-14).

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Tabela 12-1: Algumas Principais Intrusões Máficas

Figura 12-1: Seção transversa simplificada da Intrusão de Muskox no Canadá. De Irvine e Smith (1967).

12.1 Acamadamento Ígneo

A concentração e o acamadamento de cristais para distinguir as LMIs, e eles provem um fascinante material para a nossa contemplação. Se a compressão de texturas acumuladas é um pouco rústica, ele pode nos ajudar a revero assunto na Seção 3.1.7. um excelente sumário de acumulo e acamadamento é provido por Irvine (1982). Algunstipos de camadas podem ser desenvolvidas nas LMIs. Mais do que um tipo pode ser desenvolvido nas proximidadesfechadas o até mesmo ocorrer simultaneamente. As camadas ocorrem como uma conseqüência das mudanças namineralogia, textura, ou composição mineral. No contexto das LMIs com camadas  –   layers  constituintes dequalquer lâmina confortável como unidade que pode ser distinguida pelas suas características texturais e/oucomposicionais. As camadas podem ser tanto uniforme  –   uniform  (mineralogicamente e texturalmentehomogêneo) ou não-uniforme –  non-uniform (aquelas que variam ao longo ou através da camada). O mais comumtipo de camadas não-uniforme é uma camada aplainada –  graded layer, o qual mostra uma gradual variação tanto

mineralogicamente (Figura 12-2a), ou no tamanho dos grãos (Figura 12-2b). O último é raro nos gabroicos dasLMIs, ocorrendo mais comumente nas ultramáficas.

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Figura 12-2:  Dois tipos de camadas aplainadas. (a) Acamadamento modal resultante a partir da concentração de mineraismáficos em direção a base (Intrusões de Skaergard, E, Groenlândia). (b) Tamanho do acamadamento resultante a partir daconcentração de grandes cristais na base (Ilha Duke, Alaska). De McBirney e Noyes (1979).

Acamadamento  –   layering  (ou estratificação), por outro lado, lida com a estrutura e a fábrica deseqüências de múltiplas camadas. Acamadamento modal  –   modal layering  é caracterizado pela variação em proporções relativas dos minerais constituintes. A acamadamento modal pode comprimir as camadas uniformes –  uniform layers (Figura 12-3a) ou camadas aplainadas –  graded layers (Figura 12-2), ou a combinação de ambos.A escala das camadas modais está no alcance de centímetros para alguns metros.

A fase de acamadamento –  phase layering refere-se aos intervalos definidos nas bacias do aparecimentoou desaparecimento de minerais em particular na seqüência de cristalização desenvolvida nas camadas modais. Afase de acamadamento pode ser dita como uma transgressão da camada modal, no sentido de que ela caracterizagrandes subdivisões de seqüências de camadas. Uma única fase da camada, contudo, comumente consiste deinúmeras camadas modais. Por exemplo, repetição de finas camadas modais de olivina e plagioclásio podem ser

 juntados pela augita em algum nível estratigráfico numa intrusão acamadada, definido uma nova fase da camada.Três fases de camadas modais podem continuar, até talvez a oliva ser perdida em algum nível elevado, e outra fasede camada começar. A introdução da augita e a perda da olivina pode cada uma ser usada para definir os limites dasfases de acamadamento. Por analogia à estratigrafia sedimentar: as camadas são camas sedimentares, oacamadamento é como uma seqüência de camas, a fase de acamadamento é como as formações. Assim como asformações, a fase de acamadamento é comumente usada para delinear subdivisões maiores nas seqüências decamadas de diferentes LMIs.

Acamadamento oculto  –  cryptic layering, como o próprio nome implica, não é obvio a olho nu. Ele é baseado na variação sistemática na composição química de certos minerais com nível estratigráfico na seqüência decamadas. Se nós mantermos nossa analogia sedimentar, acamadamento oculto é preferencialmente como asmudanças evolucionárias mostrada para alguns particulares tipos fosseis com o passar do tempo. O acamadamentooculto ocorre no quadro de escala do que o acamadamento moda ou a fase de acamadamento. Devido aoacamadamento nas LMIs ter sido produzido logo que a intrusão foi resfriada, cristalizada, e diferenciada, nós

 podemos esperar (baseado em nossas experiências com os sistemas minerais experimentais nos Capítulos 6 e 7)Mg/(Mg + Fe) nas fases máficas e Ca/(Ca + Na) no plagioclásio para o decair em direção a partir do assoalho, se anossa analogia com a progressiva sedimentação dos cristais no assoalho das câmaras estiver correto.

A regularidade do acamadamento é também de interesse. O acamadamento pode ser rítmico –  rhythmic,no qual as camadas são repetidas sistematicamente (Figuras 12-3a e b), ou intermitente –  intermittent com menos

 padrões regulares. Um tipo comum de acamadamento intermitente consiste em camadas aplainadas ritmicamente pontuadas pelas camadas uniformes ocasionais (Figura 12-4). Acamadamento rítmico que está alguns metros deespessura é comumente chamado de macroritmico  –  macrorhythmic. Embora os termos rítmico e intermitente

sejam caracteristicamente aplicados para as seqüências aplainadas modalmente, não existe razão porque eles não sãoaplicadas para qualquer tipo de camadas proeminente e repetidas.

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Figura 12.3 Acamadamento rítmico em LMIs.  (a)  Camadas centimétricas rítmicas de Pl e Opx colocadas na vertical noStillwater Complexo, Montana. (b)  Uniformes camadas de cromita alternadas com camadas ricas em plagioclásio. BushveldComplex, S. Africa. From McBirney e Noyes (1979) J. Petrol., 20, 487-554.

Figura 12-4. Acamadamento intermitente mostrando camadas aplainadas separadas por camadas gabroicas não aplainadas.Intrusão de Skaergard, Leste da Groenlândia. De McBirney (1993). Publicação de Jones e Bartlett, Sudbury, MA.

Devido a algumas das varias similaridades entre o acamadamento nas LMIs e nas camadas sedimentares, asinterpretações clássicas tem sido baseada nos processos sedimentares: fixação dos cristais como resultado dedensidades diferentes entre o crescimento dos cristais e líquido coexistente. Como mencionado acima, o conceitoclássico tem sido questionado recentemente, mas antes que nós possamos avaliar os méritos relativos das hipótesesconcorrentes, nós devemos dar uma breve olhada nas evidencias. Nós devemos, contudo, dar uma olhada nos trêsexemplos documentados das intrusões das camadas máficas.

12.2 Exemplos de Intrusões de Camadas Máficas

O autor selecionou três LMIs gabroicos para ilustrar o que é comum nestes corpos, assim bem como avariabilidade que eles podem exibir. Estes são os Complexos de Bushveld da África do Sul, o Complexo deStillwater a oeste dos Estados Unidos, e a Intrusão de Skaergard a Leste da Groenlândia. As descrições sumarizamalgumas extensões da literatura nestes corpos complexos, e o autor teve que excluir alguns detalhes interessantes no

sentido de tornar o mais breve. Para uma completa descrição, ver a Leitura Selecionada no fim do capítulo.

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12.2.1 O Complexo de Bushveld

Em local apropriado para começar a nossa investigação das LMIs está o enorme: Complexo de Bushveld doPré-Cambriano na África do Sul. O corpo é uma intrusão plana na forma de um funil do magma gabroico em umaampla bacia, de alguma forma complicada pelo dobramento e falhas. Está aproximadamente 300-400 km aberto e 9km de espessura (Figura 12-5).

Figura 12-5: Mapa geológico simplificado e seção transversa do Complexo de Bushveld. De Willemse (1964), Wagner e Brown

(1968), e Irvine et al. (1983)

O assoalho é composto de sedimentos e vulcanismo félsico que foram erguidos, metamorfisados, e emalguns parcialmente fundidos. As rochas do assoalho são preservadas principalmente em depressões centrais da

 bacia. A porção central do corpo foi também intrudida pelo Granito Vermelho de Bushveld próximo de 50 a 100 Ma posterior. Como resultado, o Bushveld aflorou como um anel com os lóbulos a leste e oeste que são apertados nonorte e no sul entre o granito e os sedimentos Transval abaixo. Os dados gravitacioanis sugerem que também existeum enorme lóbulo enterrado a sudeste (Irvine et al., 1983). Irregularidades locais entre os lóbulos sugerem quealguns trabalhos que possam ser quatro ou mais centros separadamente alimentados, com a mistura limitada entreeles, mas outros são mais impressionantes com as similaridades entre os lóbulos expostos do que com as suasdiferenças. Não seria surpreendente se as camadas finas numa única intrusão de tal magnitude fossem literalmente

descontinua, mas a estratigrafia total dos lóbulos está estritamente similar. Algumas camadas bem mapeadas sãoremarcadas regularmente. Por exemplo, se o famoso piroxênio composto por sulfureto do Recife de Merensky (a principal fonte de platina do mundo), é de 1 a 5 metros de espessura e pode ser aproximada por aproximadamente200 km a oeste do lóbulo e 150 km a leste do lóbulo, algo próximo de 200 km de separação! É desta forma maisaproximadamente, embora distante de uma certeza, que o Complexo de Bushveld formado não foi separado emalgumas câmaras, mas uma única enorme intrusão, e talvez irregularidades no assoalho e no teto dentro da baciaconduzido para o desenvolvimento de alguns bolsos semi-isolados no qual foram envolvidos de alguma formadiferencialmente.

Uma grande parte de Complexo de Bushveld é bastante acamadada, com camadas usualmente mergulhandoentre 10 e 15º em direção ao centro da intrusão. Existe também um quadro de variação composicional a partir deuma base ultramáfica através da máfica e intermediária, para uma rocha mais félsica acima. A Figura 12-6 é uma

coluna estratigráfica simplificada para o Bushveld. Em adição as maiores subdivisões, é ilustrada ambas as fases e

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 padrões de acamadamento oculto. O acamadamento oculto é indicado somente numa escala muito grosseira. Emdetalhes, existem irregularidades e reversibilidade local dos trendes completos, especialmente nas seções centrais.

Figura 12-6: Seqüência estratigráfica do acamadamento do Lóbulo Leste do Complexo de Bushveld. A composição das fasescolunares é dada a direita (as linhas mais escuras indicam o estado intercolunar). MR = Recife de Merensky, MC = CamadaPrincipal de Cromito. De Wager e Broen (1968). 

A menor unidade, a Zona Marginal –  Marginal Zone é uma zona resfriadas com 150 m de espessura. Écomplicada pelas irregularidades do assoalho, variação na assimilação do assoalho das rochas, e a presença deinúmeros sills máficos que são difíceis de distinguir a partir das próprias margens resfriadas. As analises de algunsgrãos finos de noritos a partir da margem correspondente para alguns basaltos tholeíticos de alumínio. Acima disto,a s camadas das rochas são subdivididas em quatro unidades de grupos principais. As subdivisões do LMI são

usualmente baseadas na aparência ou na não aparência de alguns minerais acumulados (fase de acamadamento),mas, por razoes praticas, algumas subdivisões no Bushveld são separadas por distintas, marcas mapeavam emhorizontes. Felizmente a diferença é relativamente menor em questão, pois os marcadores escolhidos sãoestratigraficamente próximos a uma importante mudança mineralógica.

A Série de Basalto Ultramáfico  –   Ultramafic Basal Series  comprime os finos dunitos acumuladosalternadamente (frequentemente macroritmicamente) com piroxênios bastante grosseiro e camadas de harzburgito,

 próximos a todas as camadas que são uniformes. As fases intercumuladas são as augitas e plagioclásio, ocorrendocomumente como grandes cristais poikiticos. O topo da Série de Basalto é definido como a Principal Camada deCromito (embora alguns finos cromitos ocorram abaixo). Este horizonte também marcar o ponto de aproximidadeonde o acumulo de olivina cessa a ocorrência (no lóbulo oriental) e o acumulo de plagioclásio começa. A transição a

 partir do plagioclásio interacumulado acima deste ponto está muito próxima da fase líquida, e nenhum que se forma posteriormente em líquido interacumulado aprisionado.

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A próxima zona acima é a Série Critica –  Critical Series, composta por camadas de norito, ortopiroxênio,e anortosito com cromito subordinado, dunito, e harzburgito. A escala de acamadamento fino é desenvolvida demaneira impressionante, como pode ser visto na Figura 12-3b, o qual mostra uma forte repetição contrastante elimites bem formado do acumulo das camadas de cromito e plagioclásio. As camadas são paralelas acima destasdistancias remarcáveis, mas eventualmente apertado lateralmente na maioria dos casos. A natureza rítmica dascamadas finas, homogêneas, ou aplainadas é certamente a característica mais impressionante dos LMIs. Oacamadamento do acumulo dos minerais pode ser claramente direto quando existe um consistente trende nadensidade e queda da temperatura do líquido, mas a repetição litológica das camadas é uma característica que temsido desafiada a capacidade interpretativa dos petrológos pela metade do século.

A Unidade Cíclica de Merensky  –  Merensky Cyclic Unit  está aproximadamente 150 m de seqüênciagrossa das unidades rítmicas no topo da Série Crítica que contem plagioclásio acumulado, olivina, ortopiroxênio, ecromito. A famosa subunidade de Pt-Pd de composição sulfídica do Recife de Merensky –  Merensky Reef  é umacamada acumulada de ortopiroxênio-olivina-cromito. A unidade é única em Bushveld. Alguns trabalhos, começandocom Hess (1960), têm proposto que as marcas no horizonte no qual o magma mais recente surge foi introduzido paradentro da câmara. O Pt e o Pd são então derivados a partir do líquido residual a partir do líquido sulfídico imiscívelassociado com o estagio posterior.

A Zona Principal  –  Main Zone é a zona mais grossa, e contem uma seqüência monótona e grosseira dehiperstênio gabro-norito e anortosito. A olivina acumulado e o cromito são ausentes e a magnetita ocorre somente

 próxima do topo da zona. O acamadamento é pobremente desenvolvido comparado com as unidades inferiores, masainda é ausente.

A Zona Superior  –  Upper Zone  é marcada pela aparência de magnetita acumulada. A base da zona édefinida como com uma espessura de 2 m da Camada Principal de Magnetita, embora algumas poucas finasmagnetitas acumuladas ocorram em níveis levemente inferiores. Como a presença da magnetita indica que a ZonaSuperior está enriquecida em Fe, seguindo o típico trende tholeítico na Figura 8-14. O trende é bem acamadado,incluído camadas de anortosito, gabro, e ferrodiorito. Existem também inúmeros tipos de rochas félsicas

representando uma diferenciação posterior, incluindo s granitos, microgranitos, e granofiros. A determinação danatureza exata e quantidade da verdadeira diferenciação do Bushveld são complicadas pela presença da fusão eassimilação do assoalho da rocha, e o posterior Granito Vermelho Bushveld e outras pequenas intrusões. Asintrusões posteriores comumente não parecem somente diferenciar, elas comumente destroem as camadas originais.

Aproximadamente 300 m acima desta base da Zona Superior, olivina enriquecida em ferro reaparece comouma fase acumulada na seqüência Bushveld (Figura 12-6). A perda de olivina enriquecida em Mg, e reaparecimentosubseqüente de uma olivina enriquecida em Fe com um resfriamento progressivo, é preferencialmente um fenômenoincomum para o comportamento da cristalização como nós temos o compreendido a partir do sistema examinadonos Capítulos 6 e 7. O sistema experimental da forsterita-fayalita-sílica investigado por Bowen e Schairer (1935),mostra que este comportamento é uma conseqüência natural do enriquecimento em Fé, o comportamento da fusão

incongruente do ortopiroxênio enriquecido em Mg sem assumir ao longo nenhuma posição, e o campo do líquido doortopiroxênio eventualmente está apertada (Figura 12-7). Suponha que nós começamos com um líquido decomposição a na Figura 12-7, a olivina enriquecida em Mg é o primeiro mineral a se cristalizar, e o líquido segue o

 passagem esquemática a partir do ponto a  em direção ao ponto b  com um pouco aumento constante da olivinaenriquecida em Mg na forma. No peritético, o ortopiroxênio se junta a olivina e ao líquido, e a linha de descida dolíquido segue o peritético como a reação da olivina + líquido = ortopiroxênio assume uma posição se o equilíbrio dacristalização for mantido. Se a cristalização fracional predominar, contudo, não haverá olivina disponível para estareação, e, com discutido por Osborn (1979, p.137), o líquido deixa o limite das curvas do peritético da olivina-

 piroxênio e atravessam o campo do liquidus do piroxênio (diretamente em direção a partir do ortopiroxênioenriquecido em Mg que se forma) para o ponto c, onde se forma a tridimita. O líquido então segue o cotético do

 piroxênio-sílica assim que a cristalização continua e o conteúdo de Fé do líquido aumenta.

Quando o campo do piroxênio é apertado no ponto d , uma olivina enriquecida em Fé começa a se cristalizarem equilíbrio com o ortopiroxênio e tridimita. Assim nós não somente temos uma situação atípica na qual a olivina

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cessa a cristalização e então reaparece, mas nós também temos uma assembléia sólida final estável em olivinaenriquecida em Fe + quartzo. Em nossa discussão do sistema binário da forsterita-sílica (Figura 6-12), nósconcluímos que a olivina enriquecida em Mg e uma sílica mineral nunca se estabilizariam coexistindo. Estegeneralização para a olivina e o quartzo afirma verdadeiramente para a maioria das rochas, excerto para as rochasmuito enriquecidas em ferro (normalmente diferenciação félsica) tais com aquelas que nós encontramos próximas aotopo do Bushveld.

Figura 12-7: A porção Fo-Fa-SiO2 do sistema FeO-MgO-SiO2, de Bowen e Schairer (1935). Reimpresso com a permissão doJornal de Ciência da América. O piroxênio + o campo do líquido está no limite de 1557ºC  –  1305ºC da curva pertitética ternáriaem um dos lados e a 1543ºC  –  1178ºC da curva cotética do piroxênio-sílica no outro lado. O campo espremido em direção aoselevados conteúdos de Fé. Cristalização fracional perfeita de um resfriamento do líquido de composição de volume a, e o líquidoenvolve na direção do ponto b. Devido a olivina está separada assim que ela se forma, a reação peritética (Ol + Liq = Opx) não é possível. Preferencialmente, o ortopiroxênio pobre em Fe se forma, e o líquido progride em direção a partir da composição do piroxênio para o ponto c, onde a tridimita se forma. A olivina enriquecida em Fe reaparece com o piroxênio e tridimita no pontod . A temperatura dos pontos invariantes estão em grau Celsius. A imiscibilidade do líquido solvus no campo enriquecido em

sílica é ignorada.

A apatita entra como uma significante fase acumulativa (acima de 5%) 400 m elevados do que a olivinacom ferro. O quartzo e o feldspato álcalis ocorrem dentro em primeiro lugar a 200 m. o zoneamento oculto écontinuo e comumente pronunciado. Próximo a pura fayalita ocorre em alguma das primeiras diferenciações.

O Complexo de Bushveld serve como um exemplo impressionante dos problemas que nós encontramos natentativa de interpretar o processo de resfriamento e diferenciação magmática do que é provavelmente umaadequada situação natural: um grande e lento resfriamento de uma câmara quente, relativamente com um magmamenos viscoso. De interesse em particular está um evidente desenvolvimento do acamadamento rítmico de camadas

 bem formadas definidas uniformemente (comumente) ou de camadas aplainadas.

 Nosso estudo de sistemas experimentais (e naturais) tem mostrado que o resfriamento do magma será primeiro cristalizado numa fase líquida, tipicamente quando então juntado por uma fase mais progressiva assim quea linha de descida do líquido atinge o cotético e elevadas ordens eutéticas.

A representação da seqüência mineral em LMIs, contudo, requer tanto alguma impressionante re-injeção periódica de um magma recente, ou variação cíclica numa ou mais propriedades físicas se esta poder ser produzida por uma única fixação gravitacional do cristal. Além disto, o padrão completo do acamadamento oculto indica uma progressiva diferenciação atravessando um completo nível vertical da intrusão (Figura 12-6), evitando qualquermodelo baseado somente na renovação. Vamos olhar nos dois exemplos permanecente do LMIs (ambos os quaistem sido estudado em consideráveis detalhes) com este problemas em mente antes nós vamos atentar para o modelodesenvolvido para o acamadamento.

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12.2.2 O Complexo Stillwater

O Complexo Stillwater do Pré-cambriano (2.7 Ga) a sudoeste do afloramento de Montana no cinturão deaproximadamente 45 km de largura e acima de 6 km de amplitude (Figura 12-8). Foi levantado, inclinado, e erodidoanteriormente para o Cambriano Médio, e os sedimentos desta idade caem confortavelmente no topo da superfícieerodida, logo uma espessura desconhecida da seqüência superior é perdida. Uma posterior inclinação e erosãoexposta como uma excelente seção transversal das porções permanecente de forma inclinada com mergulho para onorte das intrusões. Uma anomalia gravitacional positiva e grande para o norte indica que uma considerável porçãoenorme do corpo (acima de dez vezes da seção exposta, e talvez incluindo as camadas superiores) se estende dianteda cobertura sedimentar Paleozóica.

Figura 12-8: Mapa geológico simplificado do Complexo Stillwater. De Wager e Brown (1968).

A exposição estratigráfica do Stillwater é similar ao do Bushveld, e tem sido subdivididas dentro da Sériedos basaltos, uma Série Ultramáfica, e uma Série Bandada. As seções detalhadas têm sido compiladas por Raedeke eMcCallum (1984), e McCallum et al. (1980), de alguma forma uma versão simplificada na qual é mostrada naFigura 12-9. As Séries de Basaltos –  Basal Series está numa fina camada (50 a 150 m) de norito e gabro que estádescontinuo devido ao falhamento. Algumas das rochas são suficientemente de grãos finos que indicam que eles

 podem ser representantes de um magma pai resfriado, mas eles são tanto acumulados ou alterados por assimilaçãoou por interação de fluídos.

A base da Série Ultramáfica –  Ultramafic Series é definida como a primeira aparição de olivina bastanteacumulada. É subdividida dentro da Zona do Peridotito inferior e da Zona do Ortopiroxênio superior. A Zona doPeridotito  –   Peridotite Zone  consiste de 20 ciclos, a partir de 20 a 150 m de espessura, de acamadamentomacrorítmico com uma seqüência distinta de litologias (Raedeke e McCallum, 1984). Cada série começa com dunito(mais cromito), seguido por harzburgito e então o ortopiroxenito. Considerando que ambos são de fases acumuladase interacumuladas (a interacumulação do ortopiroxênio distribui-se para cima do plagioclásio e então da augita), aseqüência de cristalização em cada unidade rítmica, com rara exceção, é:

Olivina + cromito → 

Olivina + ortopiroxênio → 

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Ortopiroxênio → 

Ortopiroxênio + plagioclásio → 

Ortopiroxênio + plagioclásio + augita

Figura 12-9: Coluna estratigráfica composta do Complexo Stillwater. De McCallum et al. (1980) e Raedeke e McCallum (1984).

Esta é uma seqüência comum de cristalização, o qual quando combinada com a sutileza da base de camadasde dunitos, sugerem que cada seqüência é iniciada por alguma mudança maior nas condições de cristalização,seguidos por um período de resfriamento e acumulação de cristais. Mais uma vez novamente nós damos de cara como problema da explicação da repetição destes ciclos.

O interessante aumento  para cima no número de Mg é percebido no acamadamento oculto para osortopiroxênios acumulados e as olivinas em seções inferires a 400 m (Figura 12-9) tem sido atribuído ao re-

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equilibrio do sub-solidus entre a fase de acumulação e interacumulação. De acordo com esta teoria, um resfriamentorápido próximo ao assoalho resultado de uma enorme proporção progressivamente de líquido interacumuladoaprisionado (o qual foi mais diferenciado, assim tendo um menor número de Mg). Uma re-equilibração posterior(pós ígneo) entre as fases acumuladas e o alto material interacumulado em Mg ascendem o numero de Mg de uminferior acumulo.

O autor deve mencionar neste ponto que a composição de volume da rocha acumulada nunca é equivalentea qualquer composição de líquido. Sem levar em consideração um dos processos específicos, o acumulo se forma

 pelos minerais recém formados por acumulação e o deslocamento/expulsão dos líquidos associados. Como resultadoda moção dos sólidos e/ou líquidos, tanto dos minerais acumulados, do líquido interacumulado, quanto do somatóriodestes dois em qualquer nível estratigráfico correlacioando a composição ao longo da verdadeira linha de descida dolíquido. Isto torna difícil a identificação da verdadeira composição do líquido.

A Zona do Ortopiroxenito  –  Orthopiroxenite Zone é única, grossa (acima de 1070 m), especialmentecamada monótona de acumulo de ortopiroxenito com o numero de Mg entre 84-86. Algumas das camadas sãoaplainadas a partir de uma base grosseira afinando na subida.

A Série Bandada  –   Banded Series  começa com uma repentina ocorrência de plagioclásio acumulado,marcando uma significante mudança a partir das rochas do tipo ultramáficas (Figura 12-9). Isto pode ser

 prontamente explicado pelo envolvimento do magma atingindo o ponto onde o plagioclásio começa a cristalizar-se.As litologias mais comuns são os anortositos, norito, gabro, e troctolito (olivina enriquecida e piroxênioempobrecido em gabro). A Série Bandada tem sido subdividida dentro de três maiores zonas que são geralmenteconsistentes através da intrusão em grande escala, embora as subdivisões possam mostrar uma significante variaçãolateral (McCallum et al., 1980). A Zona Bandada Inferior  –   Lower Banded Zone  consiste de noritos bemacamadados e gabro com uma grossura de 1 a 20 m de camadas de anortositos. A augita é uma comum fase deacumulo começando com nível de 2500 m. A olivina é rara, mas ocorre periodicamente em alguns horizontes. Aclassificação modal, a limpeza e o preenchimento, e estruturas de queda abaixo de algumas centenas de metros dazona atestam a atividade atual e/ou queda do assoalho da câmara magmática. O reaparecimento da olivina (não

aquela enriquecida em Fe) no nível de 2600 m sugere outra maior perturbação da câmara, como o magma saturadoem olivina está introduzido. Isto inicia cinco repetições acima da próxima centena de metros da seqüência rítmica dotroctolito-anortosito-norito-gabro, correspondendo a seqüência de cristalização:

Olivina + plagioclásio → 

Plagioclásio + ortopiroxênio → 

Plagioclásio + ortopiroxênio + augita

Um horizonte composicional sulfídico de Pt-Pd (o “Recife J-M”) tem sido descoberto recentemente, similartanto quimicamente quanto estratigraficamente ao Recife de Merensky de Bushveld. Acima disto ocorre

aproximadamente de 250 m de norito, incluindo um norito anortositico que exibe uma escala fina de camadas deortopiroxênio-plagioclásio mostrada na Figura 12-3a.

A Zona Bandada do Central  –  Middle Banded Zone  é o plagioclásio enriquecido (em media 82% dazona), incluindo inúmeras camadas de anortositos, alguns atingindo 570 m de espessura. Alguns ritmitos dassubzonas de composição de olivina estão bem acamadadas, comumente na escala de centímetro, comprimindo asseqüências complexas de troctolitos, anortositos e gabros, mas o ortopiroxênio é relativamente menor e a fase

 posterior é mais do que eles. A seqüência de cristalização na Zona Bandada Central difere a partir da Zona BandadaInferior (clinopiroxênio surge primeiro do que o ortopiroxênio). Tal mudança na seqüência de cristalização sugereque a introdução de um tipo diferente de magma na câmara magmática de Stillwater no período desta transição.

A Zona Bandada Superior  –   Upper Banded Zone  contem menores composições de olivinas dassubzonas e das bandas superiores de gabro uniforme. Novamente, a subzona composta de olivina contem algunsritmitos do ciclo (troctolito) anortosito-norito (-gabro).

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O Complexo de Stillwater tema algumas características do Bushveld. Tem uma similar composição total,exibindo acamadamento rítmico bem definido, mais uma fase e acamadamento oculto (Figura 12-9); ele aplaina a

 partir das composições ultramáfica para a gabroica e anortositica (antes da inconformidade ser exposta ao topo, oqual tem sido removido de qualquer diferenciação posterior). Devido aos detalhes das colunas estratigráficas, nós

 poderemos ver melhor as evidencias para esta seqüência de fracionamento do cristal que produz qualquer sucessãolitológica, e para os influxos intermitentes do novo magma.

A simples explicação para as Séries Ultramáficas e Bandadas, e o profundo aumento no plagioclásio na base citada, é para existir dois principais tipos de magma. O primeiro é máfico e saturado em olivina. O outro égabroico e noritico. A Zona Peridotítica da seqüência de cristalização da olivina, ortopiroxênio, plagioclásio, eaugita descrita acima, e o comum gabro/norito da Zona Bandada e a seqüência de ortopiroxênio, plagioclásio, eaugita estão concordando com as seqüências previstas para tais magmas no sistema quaternário forsterita-sílica-anortita-diopisidio.

Por outro lado, algumas seqüências litológicas, em particular aquelas na Zona Bandada Centrais, nãoseguem uma progressão consistente com a fase de equilíbrio. Por exemplo, a comum sequencia rítmica de olivinanas Séries Bandadas são os troctolitos → anortositos → norito → gabro. A injeção de magma constrastante dentroda câmara tem sido proposto para o desenvolvimento das camadas rítmicas. O troctolito inicial pode ser atingido

 pela injeção do magma do tipo ultramáfico dentro da câmara magmática com norito/gabro, o qual também podeexplicar porque estes ritmitos estão sempre associados com as subzonas com composição em olivina. O padrãodente de tubarão de camadas ocultas é também sugestivo para a re-injeção de um magma contrastante, embora otrende total seja um das diferenciações avançadas com tempo. As camadas relativamente puras em nortositos sãomais difíceis de serem explicadas. Uma única fase de cristalização (anortositos) deve ser o primeiro  passo  emqualquer processo de cristalização, antes que outros minerais se juntem durante o resfriamento subseqüente. Por que,então, a cristalização do plagioclásio deve então seguir a cristalização da olivina + plagioclásio? Como dito peloautor em capítulos anteriores, contudo, a mistura linear dos magmas que são envolvidos ao longo da trajetória dacurva pode produzir líquidos que variam a partir da linha de descida de um líquido normal. Note na Figura 7-4 que,devido a curvatura do cotético, a mistura de composição do magma c e d  resulta diretamente num híbrido entre estes

dois pontos que estão dentro do campo do anortosito + líquido. O resultado é a cristalização da anortita, o qualretorna o líquido para o cotético. Devido ao líquido c  e d   serem invariantes, eles estão dispostos a serem maiscomuns. A extensiva quantidade no complexo de stillwater, contudo, é difícil de gerar por tais processos. Desvios naseqüência enas proporções dos minerais não cotéticos são geralmente associados ao plagioclásio, o qual, não parececom as fases máficas, tem uma densidade próxima àquela do magma coexistente callum et al., 1980. A gravidadeseria então um pequeno efeito na sua locomoção relativa ao líquido.

O(s) mecanismo(s) de cristalização e formação da camada n s são complexos, extensos até mesmos secombinados durante a renovação e fixação do cristal. A re-injeção do magma dentro da câmara quase quecertamente tem um papel em ambos os Complexos de Bushveld e Stillwater, e é comumente difícil de distinguir osefeitos da adição do magma a partir do dos processos internos de acamadamento. Nós retornamos agora para uma

intrusão onde o papel da re-injeção é acreditado ser menor ou ausente, para ver qual acamadamento ainda é possível.

12.2.3 A Intrusão de Skaergard

Uma discussão dos LMIs seria incompleta sem a inclusão da intrusão do Skaergard a Leste da Groenlândia(a antiga ortografias dinamarquesa, usada comumente na literatura geológica, é „”Skaergard”). Uma das tendênciasda ciência é que um trabalho pioneiro gera conseqüentemente trabalhos e comparações. Assim uma pequenaacamadada intrusão (somente 10 km atravessada) numa isolada e esticada expansão da Groenlândia, segue acompreensão dos recentes trabalhos de Wager e Deer (1939), tem se tornado uma ”típica localidade” para os LMIs.É agora um dos mais intenso estudos dos corpos ígneos na Terra, e as idéias geradas por estes estudos têm umagrande influência nos nossos conceitos de diferenciação ígnea.

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Figura 12-10: Mapa Geológico Simplificado da intrusão de Skaegard, Leste da Groenlândia. Os contatos estão pontilhados sob aágua ou gelo. De Stewart e DePaolo (1990).

A intrusão foi empacotada no Eoceno (56 Ma) através dos gnaisses do Pré-Cambriano e os sedimentosfinos do Cretáceo dentro da base do assoalho basáltico do Terciário. A erosão glacial e uma recessão parcial(recente) tem deixado por mais de quilômetros um rendimento com excelentes exposições. Uma cobertura de gelo efiorde (golfo estreito, lagoa) em alguns dos corpos, e a espessura do sill de Basistoppen foi intrudida para dentro da

 porção superior (Figura 12-10), mas uma boa seção, aproximadamente 3200 m de espessura, está exposta através domergulho das camadas a sul. Somente as seções mais inferiores estão ainda enterradas diante dos gnaisses a norte. Omagma foi aparentemente intrudido numa única explosão, logo o Skaergard serve como o exemplo natural mais

importante de cristalização de um pluton máfico num processo de único estágio. Existe uma margem resfriada comgrãos finos, aproximadamente em metros de espessura, mas, a maioria das margens do LMIs, tem sido contaminada,e não são tão representativas em relação ao magma original. O Skaergard tem sido subdividido dentro de trêsmaiores unidades: uma Série Acamadada, Séries das Bordas Superiores, e uma Série de Bordas Marginais (Figuras12-10 e 12-11). A base não está exposta, e uma desconhecida espessura soterrada é classificada como uma ZonaEscondida. É geralmente concordantes com as Séries Acamadadas cristalizadas a partir do teto para baixo, e asSéries das Bordas Marginais a partir das paredes internas. As unidades maiores resfriadas, as Séries de BordasSuperiores e das Séries Acamadadas, coincidem com o que chamamos de “Horizonte Sanduíche”, o nível no qual asmaiorias do líquido são desenvolvidas.

Figura 12-11: Seção Transversa Esquemática da Intrusão Skaergard feita através da projeção das unidades da superfície ao panonormal do mergulho regional. De Hoover (1978).

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Figura 12-12: Coluna estratigráfica para a intrusão Skaergard. Linhas sólidas verticais indicam acumulo de minerais: as linhas pontilhadas indicam o status de interacumulado. De Wager e Brow (1968) e Neslund (1983).

As menores zonas mais expostas das Séries Acamadadas  –  Layered Series começa com o acumulo deolivina e plagioclásio armados nos cristais de augita poikilítica (portanto intersticial). A augita junta-se a olivina e ao

 plagioclásio como uma fase acumulada de 200 m de elevação (Figura 12-12), seguido pelo pigeonito (umhipersolvus de piroxênio de baixo Ca no qual inverte no resfriamento para o ortopiroxênio) e magnetita. Odesaparecimento da olivina marca o topo das Zonas Inferiores (800m acima da base exposta) e o reaparecimento demais olivina rica em ferro define a base da Zona Superior (aproximadamente 1600 m acima da base). Estecomportamento da olivina é o mesmo com o observado no Complexo Bushveld, discutido acima. As formas dofeldspato alcalino e do quartzo com as fases intersticiais posterior na Zona Superior. A seqüência de cristalizaçãomanifestada na fase completa do acamadamento é então:

Olivina + plagioclásio → +augita → + pigeonito → + magnetita → - olivina → + olivina rica em ferro → - pigeonito → + apatita → + feldspato alcalino + quartzo. 

 Nós assim vemos um liquido envolvido a partir das duas fases líquidas nas menores camadas expostas(presumidamente somente uma abaixo na Zona Escondida) para seis nos mais diferenciais níveis superiores(excluindo as fases menores).

A camada oculta, medida no interior dos grãos acumulados para minimizar os efeitos das reações pós-acumuladas, é também mostrado na Figura 12-12 existem trendes que obedecem ao decréscimo do conteúdo de Nado plagioclásio, e o número de Mg dos máficos a fase e o acamadamento oculto, numa escala de centenas de metros,

estão consistentes com o fracionamento do cristal e fixação num progressivo resfriamento da câmara do saltotoleítico (Figura 12-12).

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Mesmo que a composição química do rocha inteira apresente claramente trendes regulares compatíveis como fracionamento progressivo do líquido basáltico. A Figura 12-13a apresenta os trendes para o SiO 2, MgO e FeO

 para ambas as analises de rochas inteiras e estimativa das composições do líquido para as Séries Acamadadas,enquanto que a Figura 12-13b apresenta o trendes selecionado nos elementos traços compatíveis (Cr e Ni) eincompatíveis (Rb e Zr) para uma completa seção. Os trendes mostram serem compatíveis com a diferenciação unsúnicos surgimentos do magma, e não existe evidência para qualquer variação sugestiva de repetidas injeções demagma recente.

Figura 12-13:  Variação nos selecionados (a) elementos traço maiores (b) na Intrusão Skaergard. Os elementos maiores são

determinados para as Séries Acamadadas e Séries da Borda Superior, assim em como os cálculos para os líquidos hipotéticos baseados nos modelos de McBirney 1975 (M), Wager, 1960 (W), e Hunter e Sparks, 1987 (HS). De McBirney (1993). Jones eBartlett Publicações.

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Os métodos para a determinação dos trendes de evolução do líquido são necessários indiretamente,contudo, devido às rochas acumuladas serem dominantemente sólidos fracionados e não poderem ser equivalentes aqualquer volume do líquido. Assim algum deve estimar a linha descida do líquido por algum significado indireto.Um método, tentado por Wager (1960), o uso do calculo da massa balanceada baseado no líquido original(resfriado) menos a soma dos cristais acumulados para qualquer nível estratificado. Outros usam estudosexperimentais de um suposto sólido armazenado nos líquidos intersticiais (McBirney 1975). Hunter e Sparks (1987)têm contestado ambos os métodos como inconsistente como os trendes vulcânicos toleíticos e comuns fasesequilibradas de trendes, e tem proposto uma outra linha de descida do líquido que eles consideram mais apropriadas.Todos os três modelos para o líquido dos trendes dos elementos maiores estão inclusos na Figura 12-13a. Note queentre os trendes dos elementos maiores que o MgO decai, e o FeO aumenta (até pelo menos o último estagio dediferenciação). O comportamento do SiO2 nos envolvidos líquidos toleíticos é controverso. Se os modelos de Wager(1960) e McBirney (1975) estão corretos, o SiO2 varia somente para a maioria dos processos evolucionários.  Este

trende toleítico colocado questiona o uso da silica como um índice de diferenciação universal (o clássico diagrama

de Harker) em todas as séries magmáticas. Se, por outro lado, Hunter e Sparks (1987) estão corretos, o SiO 2 podeainda trabalhar para uma posterior diferenciação, embora ela ainda seja relativamente constante para pelo menos a

 primeira metade do processo de fracionamento. Recentes trabalhos experimentais feitos por Toplis e Carrol (1995)sugerem que o SiO2  permanece aproximadamente constante até os estágios posteriores de cristalização, e então

aumente, de modo similar a curva de Hunter e Sparks (1987) na Figura 12-13a.

A sutil indução ao erro e o simples padrão para um único estagio de intrusões máficas é complicado pela presença da camadas de fina escala. Acamadamento rítmico fino (comumente < 50cm) é bem desenvolvido, comoum acamadamento intermitente que inclui tanto as camadas uniformes quanto as camadas aplainadas (Figura 12-4).Camadas aplainadas nas Séries Acamadadas têm os máficos concentrados na direção de base bem definidas e maisminerais félsicos na direção do topo, de qualquer forma eles foram estratificados pela gravidade. As gradações dostamanhos dos grãos são raras. A repetição de tais camadas dá a rocha uma distinta aparência bandada ritmicamentecinza. Os trendes aplainados nos minerais e na composição da completa rocha evitam a re-injeção periódica demagma mais primitivo, nos deixando a imaginar como os ritmitos são formados. Além disso, se a fixação do cristalsob tais influencias da gravidade cria o acamadamento, porque estão algumas camadas aplainadas e outras,

comumente contendo os mesmos minerais, uniformes?

Os 960 m das Séries de Bordas Superiores é finíssima, mas refletem os 2500 m das Séries Acamadadasem vários aspectos. A borda superior do Skaergard resfriado a partir do topo para baixo, então o topo das Séries dasBordas Superiores é cristalizado primeiro. O plagioclásio é mais dominante, e a olivina menos do que nas SériesAcamadadas, o qual pode corresponder a baixa densidade do formador e elevada densidade do segundo. As olivinasmais ricas em Mg e os plagioclásios enriquecidos em Ca ocorrem no topo, e graduam para composições mais ricasem Fe e Na em direção a parte inferior (Figura 12-12). Os trendes dos elementos maiores também revertem na Sériedas Bordas Superiores como comparado as Séries Acamadadas (Figura 12-13). A olivina apresenta um hiato entreos tipos enriquecidos em Mg e nos tipos com baixos Fe também. A clássica gravidade conduz o modelo de fixaçãode cristal a ir de encontro a problemas que vão, além disso, quando nós tentamos explicar o aumento para baixo na

diferenciação se os primeiros cristais formados estiverem arrumados nesta direção. No casão de cristais de altastemperaturas estarem próximos do teto. A ocorrência e pesadas olivinas e dos piroxênios nas camadas rítmicas aolongo do teto da câmara não suportam a hipótese do fixamento da gravidade. As Séries das Bordas Superiores éenriquecida em K 2O, SiO2, P2O5, e H2O em comparação com as Séries Acamadadas, sugerindo que ele recebeucomponentes diferenciados a partir da cristalização do magma abaixo (Naslund, 1983).

A Séries das Bordas Superiores e das Séries Acamadadas se encontram no que é chamado o HorizonteSanduíche  –   Sandwich Horizon, onde os últimos, e mais diferenciados líquidos são cristalizados. O HorizonteSanduíche é interpretado por Irvine et al. (1999) como um resíduo acumulado de uma posterior granofiro agoraerodida. O plagioclásio sódico (An30), mais olivina enriquecida em ferro, ortopiroxênio, apatita, e magnetita ocorremcomo fase acumulada nos predominantes ferrogabros nas mesoestasia granofírica. As segregações granofírica do

quartzo e do feldspato aparecem petrificadas nos ferrogabro, e este par é acreditado estar representante nos líquidosimiscíveis que envolvem em fases posteriores de diferenciação toleítica enriquecida em Fe (Seção 11.2.3).

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As Séries de Bordas Marginais –  Marginal Border Serie é de uma espessura de 70 a 600 m envolvido aoredor da intrusão. Ela contém uma fina, relativamente homogênea zona resfriada para a parte externa de 50 a 100 m,mas no resto das MBS (Marginal Border  Series) as rochas estão também acamadadas. As camadas são finas (poucoscentímetros pa alguns metros) e de grosso modo paralelas às paredes de contato. O acamadamento forma assim um

 padrão concêntrico para o Skaergard. As subzonas baseadas nas fases das camadas das Séries Acamadadas sãotambém desenvolvidas numa versão mais compressiva e mais grossa acima (Wager e Brown, 1968: Hoover, 1978).O acamadamento rítmico é também desenvolvido devido ao tamanho dos grãos se diferenciarem ou as variações nas

 proporções dos minerais claros e escuros. As camadas aplainadas modalmente são comumente desenvolvidas, comos minerais escuros concentrados na parte externa da margem da camada, e minerais de cores claras na parte interna.Isto propõe o favorecimento de um problema para qualquer interpretação que é atribuído as camadas aplainadas (ouqualquer camada rítmica vertical) somente para a fixação dos cristais!

A intrusão de Skaergard, no sentido de um suposto único estagio de desenvolvimento, é ainda uma intrusãoacamadada complexa. As três maiores subdivisões significam que o Skaergard tinha se cristalizado de dentro para asmargens, desenvolvendo um acamadamento concêntrico côo resultado. A Série das Bordas Marginais é a mais fina,sugerindo que tanto o resfriamento foi lento ao longo dos lados, ou que muito dos líquidos foram resfriados quandomigraram através da convecção. O fundo das Séries Acamadas é três vezes a espessura da Série das Bordas

Superiores, no sentido de um fato obvio quer a intrusão perdeu muito calor através do teto (onde convecção da águameteórica nas fraturas acima iniciaram um eficiente processo de transferência de calor) do que através do assoalho.A razão para isto pode star associada com a transferência convectiva de calor para cima para baixo e do resfriamentodo líquido para dentro. A câmara é alguns quilômetros espessa logo o ponto de fusão da maioria dos minerais serásignificantemente elevada (10 a 20ºC) no assoalho do que no teto. Pelas mesmas razões que a descompressão dafusão pode ocorrer na ascensão o diapiro (Capítulo 10), logo pode acelerar a cristalização no assoalho de umaintrusão se o magma carregado de cristal é levado para dentro da pluma de um magma resfriado descendo a partir doteto ou paredes, assim aumentando o acumulo no assoalho. Similarmente, o calor ascende para cima (assim que omagma resfria mais uma significante contribuição do calor latente de fusão logo que o cristal cresce) ia retardar oresfriamento p resfriamento e inibir a cristalização. Pode ate mesmo ser o suficiente para causar a fusão do teto dasrochas em algumas LMIs.

12.3 O Processo de Cristalização, Diferenciação, e Acamadamento nos LMIs

Embora as LMIs possam representar a maioria do nossos casos naturais “simples e ideais” da evoluçãomagmática acima do resfriamento, a dinâmica do resfriamento das câmaras magmáticas são mais complexos do quenós tínhamos inicialmente antecipado, e ainda são somente entendidas parcialmente após metade do século emestudos. É impossível a vir com uma única cobertura de modelo coerente que explique todos os casos dediferenciação e acamadamento nestes corpos, no entanto nós podemos esperar cobrir todas as idéias numa rápidaexpansão da literatura do assunto. Ao invés do autor oferecer uma breve e seletiva revisão das hipóteses, e discutiralgumas explicações alternativas para o desenvolvimento dos vários tipos de acamadamento que caracterizam a

maioria dos LMIs.

Um modelo com sucesso para a cristalização nas LMIs deve ser capaz de explicar o acamadamento de umafase de mesma idade, oculta, e modal (incluindo rítmica). Uma câmara de magma basáltico não é um sistema noquais os minerais simplesmente cristalizam na seqüência da Série de Reação de Bowen e chovem acima do teto dacâmara criando uma pilha de rochas acumuladas diante uma progressividade de líquidos diferenciados no contraídovolume do magma permanecente diante do teto. Realmente isto não ocorre em algumas extensões. Os padrões delargas escalas da fase de acamadamento oculto correspondem muito bem a seqüência mineral que se forma, e amudança na composição mineralógica esperada, como um líquido resfriado toleítico. A fase de acamadamento e doacamadamento oculto comumente dimensionam uma unidade coerente resfriada, tais como as Séries Acamadadasresfriadas nas porções acima ou das Séries das Bordas Superiores resfriadas na parte interna do Skaergard.

Outras características, contudo, são mais incomuns, em particular a estratificação em escalas de alcance a partir de centímetros para algumas centenas de metros, incluindo a repetição cíclica das camadas, ambas

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homogêneas e aplainadas. Nosso principal trabalho neste ponto, então, não é explicar a fase de acamadamento e afase oculta, mas apresentar como o acamadamento modal repetitivo pode ocorrer e ainda ser compatível com os

 padrões de fase de acamadamento e de fase oculta. Aqui estão algum dos modelos propostos.

12.3.1 Estabelecimento da Gravidade

Como discutido no Capítulo 11, o mecanismo mais antigo e mais amplo aceito para a diferenciaçãomagmática é o estabelecimento da gravidade  –  gravity settling (ou fixação dos cristais  –  crystal settling sob ainfluência da gravidade). Wager (1963) descreveu as evidencias para este mecanismo do crescimento do cristal eafundamento para o fundo na intrusão Skaergard. A teoria e a praticabilidade da fixação dos cristais para os fluidos

 Newtonianos foi desenvolvida na Seção 11.3. existe uma ampla evidencia que o estabelecimento dos cristais ocorreem alguns magmas. A melhor evidência textural geralmente vem variedade de altas temperaturas e baixasviscosidades ultramáfica (mais Newtoniana). Alguns picritos e kamatitos mostram evidencia para o acumulo defenocristais. A intrusão ultramáfica de Duke Island a sudoeste do Alaska é um outro exemplo onde camadasaplainadas de sortidos tamanhos tem sido convencidamente atribuída aos processos de estabelecimento dos cristais(Irvine, 1974, 1979). Estruturas de queda, autolitos, xenólitos, e grande grupo de cristais que tenham caído no

assoalho tem também sido descritas no Duke Island, Skaergard, e outros LMIs.

A natureza das rochas acumuladas e das camadas aplainadas tem sido comparada cm as texturas desedimentos clásticos e convocado como evidencia favorecida para o estabelecimento do cristal. Realmente, adefinição original de textura acumulada tem a implicação genética de acumulação  –   acummulation  peloestabelecimento do cristal (Wager et al., 1960).

O acamadamento rítmico modal foi inicialmente explicado pelo estabelecimento do cristal interrompido pela enorme escala periódica de transformação de calor  –  convective overturn de uma inteira unidade resfriada.Assim uma única seqüência rítmica seria depositada, envolvendo o estabelecimento de cristais densos daqueles maisleves, e expulsão de líquido diferencial posterior por compactação sob o peso dos cristais acumulados. A

transformação removeria o líquido posterior, re-homogeneizando o sistema, e o processo então seria repetido. Cadaciclo seria mais envolvido devido à remoção dos padrões da fase e dos padrões ocultos.

 No sentido de ser uma simples atrativa, inúmera objeção têm sido levantada para o processo deestabelecimento dos cristais. Qualquer um dos minerais encontrados num horizonte em particular nos LMIs nãoestão hidraulicamente equivalentes no sentido de que eles não seriam esperados a estabelecer a mesma taxa via e Leide Stokes e assim concentrar num dado nível pelo estabelecimento do cristal. O tamanho é mais importante do que adensidade na Lei de Stokes (Eq. 11-1) devido ao termo apontado estar ao quadrado, e assim o tamanho as camadasaplainadas deve ser mais comum do que o acamadamento modal. Já o acamadamento do tamanho é raro nos nascamas aplaiandas da maioria dos LMIs. A ocorrência da olivina nas Séries das Bordas Superiores do Skaergardquando deveria ter afundado para a base deve resultar a partir de um processo do que do estabelecimento do cristal.

O exemplo escolhido por Wager et al. (1960) pra dar suporte ao seu modelo genético para estabelecer os cristaisacumulados foi o plagioclásio na intrusão de Skaergard. De forma interessante, isto pode vir a ser o melhorargumento contra a origem do acumulo pelo estabelecimento do cristal. Inúmeros trabalhos têm determinado quemuito dos supostos plagioclásios tenha se estabelecido fora sob a influência da gravidade no Skaergard deveriam tersido menos denso do que o líquido pelo qual se cristalizou. Se a gravidade fosse a única causa do acamadamento,

 porque então o plagioclásio não flutua?

Em adição, as variações ocultas nas Séries das Bordas Superiores, como mencionado acima, estãoinvertidos com a maioria do plagioclásio enriquecidos em An e os máficos enriquecidos em Mg no topo, sugerindoque os minerais recém formados, incluindo os máficos pesados, fixados acima se eles estiverem estabelecidos emtodos. As Séries das Bordas Marginais mostram um acamadamento vertical , com os minerais máficos concentradosna direção da margem em camadas aplainadas. Estes relações não seguem a partir de um simples estabelecimento

gravitacional.

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Como mencionado no Capítulo 11, McBirney e Noyes (1979) também sugerem que os magmas basálticosse tornam altamente não Newtoniano, desenvolvendo uma elevada produção de dureza, sutilmente abaixo datemperatura do liquidus. Se isto for verdadeiro para os LMIs, o estabelecimento dos cristais não seria ao longoesperado a ocorrer após o começo da cristalização, em particular se existir alguma locomoção convectiva paramanter os cristais suspensos, como é amplamente considerado a ser o caso (Sparks et al., 1984).

12.3.2 Recarga e Mistura do Magma

Outros processos podem funcionar, sozinho ou em conjunto com o estabelecimento dos cristais, para produzir algumas das variações das camadas percebidas nos LMIs. Como discutido acima, a variação ocultaesperada a partir de uma câmara continuamente envolvida não são observadas nas Séries Ultramáficas no Stillwater.O número do Mg nos mais máficos, por exemplo, é irregular (Figura 12-9). Recarga  –   recharge  periódica dacâmara com o magma mais primitivo tem sido convocada para explicar tais situações. Isto reiniciaria a diferenciaçãodos trendes ocultos de volta em direção as composições mais primitivas, somente a serem seguidas por um eventotransferido de estabelecimento e subvertido. O resultado seria um padrão oculto de dente de tubarão na Figura 12-9.Como discutido em conjunto com o Complexo Stillwater, a mistura do magma ao longo da curva da linha de descida

do líquido pode resultar em líquidos não cotéticos e cristalização de camadas monominerálicas. A maioria dosvulcões saiu em erupção intermitentemente devido à recarga de magma fresco dentro da câmara superficial diante daabertura. Alguns dos LMIs são certamente sujeitos aos mesmos processos, e as majores composições transferidas noStillwater e Bushveld estão quase que certamente devido a recarga. Alguns trendes ocultos, contudo, são parecidoscom o Skaergard e mostram nenhum trend reforçados de indicativa regressão de recarga. Assim o modelo baseadona re-injeção de magma fresco não pode produzir todos os ritmitos, e nós devemos encontrar uma maneira capaz de

 produzi-los num sistema fechado.

12.3.3 Oscilações Através do Cotético

Harker (1909), Wager (1959), e Maaloe (1978) sugeriram que as rochas bem acamadadas (tais como osmacroacamadamento), podem ser atribuídos a transição das excursões através do cotético. Boudreau e McBirney(1997) sugeririam que a composição do líquido pode ser deslocada a partir do cotético da linha de descida do líquido

 por uma variedade de eventos, a mistura do magma, assimilação da rocha fonte, o ganho ou perda de voláteis, oumudanças na temperatura ou fugacidade de oxigênio. Se a composição do líquido é deslocada a partir do cotético, acristalização da fase correspondente para o líquido adjacente para o cotético retornará ao líquido ao cotéticonovamente, produzindo uma camada monominerálica. Um subseqüente deslocamento para o outro lado do cotéticoirá resultar numa camada de outro mineral. A idéia é que a oscilação muda nos parâmetros acima causando a

 passagem do líquido através de zig-zag do liquidus durante o resfriamento, produzindo camadas alternadas.

12.3.4 Compactação

A compactação  –  compaction, expulsão, e ascensão convectiva do líquido interacumulado menos densotem sido proposto como um importante processo na evolução de ambas assembléias acumuladas e líquidos

 posteriores. A importância da compactação e da troca do líquido interacumulado com grandes reservatórios demagmas para o desenvolvimento de texturas adcumuladas foi discutido na Seção 3.1.7.

A compressão de massa acumulada no assoalho de uma câmara pelo peso de uma sedimentação adicionaldos cristais no topo pode resultar na expulsão resíduos altamente enriquecidos envolvidos por líquidos dentro doreservatório (McBirney, 1995); Malthez et al., (1997). Algumas destes líquidos interacumulados expelidos podemreagir com outras misturas de líquido-mineral acima, resultando numa secundária reposição assim que eles seinfiltram para cima (Boudreau e McBirney, 1997). Irvine (1980a, 1980b, Irvine et al., 1999) atribuídos ao

desenvolvimento da reposição de anortitos através do corte de algumas LMIs para uma resorpção de mineraismáficos pelo fluxo focado em expelidos líquidos enriquecidos em H2O. McBirney (1995) atribuido ao

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enriquecimento da Série da Borda Superior para a ascensão da compactação de líquidos liberados a partir doassoalho.

Coats (1936) e Boudreau e McBirney (1997) propuseram um mecanismo pelo qual a segregação dos tiposde minerais durante a compactação. As segregações, quando simuladas experimentalmente por Boudreau eMcBirney (1997), contudo, foram muito pobremente definidas.

12.3.5 Cristalização e Convecção In Situ

Por todas as razoes acima, alguns trabalhos tem se voltado para um mecanismo alternativo, inicialmente proposto por Jackson (1961), enfatizado na nucleação de cristal in situ e crescimento, com operadores de modosimilar aos evaporitos ou a outros precipitados químicos. A cristalização in situ, como discutida na Seção 11.5,envolve nucleação e crescimento de minerais num fino limite de camada estagnada –  stagnant boundary layer aolongo das margens da câmara. Moção diferencial de cristais e líquidos é ainda requerida para um fracionamento porqualquer processo in situ. A moção dominante, contudo, é considerada a ser a migração de líquido depletado a partir

do crescimento dos cristais por uma combinação dos processos difusivos e convectivos. Para a convecção, isto parece ser uma distinção esquemática, mas os cristais neste caso somente fixam-se (ou flutuam) numa curtadistância dentro dos limites das camadas  assim que a fusão migra a partir dos cristais de acordo com a suadensidade. Os limites das interfaces das camadas inibem a moção do material. Assim o plagioclásio não iráfacilmente ascender para fora da camada do fundo da câmara, e a olivina não irá afundar facilmente a partir do topo.

Como funciona a cristalização e fracionamento in situ, e como ele pode produzir uma acamadamento? Esteé um assunto complexo, e governado por inúmeras variáveis, incluindo a forma da câmara, a composição eviscosidade do magma, e os processos nos limites das camadas. O autor na tentativa de descrever o processo in situna maioria dos caminhos mais gerais, e mostra como ele pode conduzir ao acamadamento. O nosso entendimentodos processos é baseado principalmente na dinâmica de fluidos nos experimentos de transferência de calor e massa

nas soluções de múltiplos componentes, usualmente aquosos com sal dissolvido (Huppert e Turner, 1981a & b;Sparks et al., 1984; Huppert e Sparks, 1984b; Turner e Campbell, 1986; Brandeis e Jaupart, 1986).

Existem inúmeras situações possíveis envolvendo o resfriamento, a cristalização, evolução magmática,recarga, e mistura em soluções complexas. De interesse em particular para o acamadamento são os sistemas nosquais existem gradientes em duas ou mais propriedades (química ou térmica) com diferentes taxas de difusão. Se asituação ocorre nestes gradientes tem um efeito oposto na densidade do fluido na direção vertical, um amplo alcancedo desconhecido e complexo fenômeno convectivo podem ocorrer.

Como um exemplo, considere o seguinte experimento. Primeiro, um container de água pura é aquecido por baixo. O resultado é um sistema de convecção estendido de um completo comprimento vertical do container,

 passado o aquecimento para cima. Pronto, logo isto foi um simples experimento. Agora nós vamos tentar numcontainer com solução aquosa NaCl com um gradiente de salinidade estável no qual a concentração (e densidade) dasolução aumenta na direção a base. O container é então aquecido no fundo. O aquecimento estabelece um gradientetermal no fundo da camada do container. O gradiente termal cria um gradien te termal de densidade (ρtemp) nascamadas que aumentam para cima (Figura 12-14a ). Isto é agora um exemplo de situação descrita nos parágrafosanteriores. Nós temos um vertical composicional do gradiente de densidade (ρsal) que aumenta para baixo e ogradiente de densidade termal que aumenta para cima na mesma camada. Em adição, um gradiente (neste caso ρ temp)está estabilizado, devido a densidade aumenta para cima (embora o gradiente de densidade total esteja estável) e adifusividade dos componentes desestabilizados (calor) são mais rápidos do que a difusividade do sal.

Isto cria uma clássica situação convecção difusiva dupla  –   double-diffusive convection. Umacaracterística presente na convecção de difusão dupla é que gradientes opostos com diferentes difusividades tende a

 produzir uma série de acamadamento convectivo preferencialmente do que uma única retomada da célula deconvecção (Figura 12-14b). No nosso exemplo salino, o calor causa a convecção somente nas finas camadas do

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fundo, o qual homogeneíza tanto a salinidade quanto o gradiente de densidade térmica. O calor se difunde maisrápido do que o sal, logo ele é transferido através das interfaces difusivas entre as camadas convectivas e as caudasdo gradiente de densidade termal para desenvolver na próxima camada acima. Isto cria uma retomada convectiva nacamada o qual homogeneíza a salinidade e o gradiente termal dentro dela, e se torna à estabilidade de densidadetermal enquanto a transferência de calor para cima, onde será difusa através da interface para a próxima camada. Oresultado é uma serie de camadas, com cada composição e temperatura diferente, e uma transferência gradual docalor do fundo para o topo do contêiner pela convecção dentro das camadas e da difusão através das interfaces entreeles. As camadas operam do mesmo modo como no modelo do manto para duas camadas ilustrado na Figura 10-16com a mistura de convecção das camadas, mas somente a difusão (de calor mais do que o material) através doslimites. O resfriamento a partir do topo terá um similar efeito ao aquecimento no fundo, devido a situações quetransmitem o decaimento para cima do gradiente de temperatura. O processo descrito é bastante conhecido nosoceanos onde são construídas as camadas termais e salinas estratificadas.

Figura 12-14:  (a) Gradientes na densidade criado pela salinidade (ρsal) e temperatura (ρtemp) numa camada de fluido comoacontece com o aquecimento inicial a partir de baixo.(b) O mesmo sistema após a quebra em duas séries de camadas deconvecção de difusão dupla. De Turner e Campbell (1986).

Alexander McBirney, um forte proponente da convecção de difusão dupla como um método para aformação de acamadamento rítmico aplainado nos LMIs, levantando posteriormente dúvidas sobre a sua efetividadenos magmas toleíticos no assoalho das câmaras magmáticas (McBirney, 1985). Embora possa ainda ser efetivo aolongo das paredes, ele concluiu que seus cálculos indicavam que o gradiente de densidade composicional ao longodo assoalho era muito grande para o esperado gradiente de temperatura se estabilizar.

12.3.6 Nucleação e Cristalização Preferencial

Como um exemplo na qual a cristalização sozinha (sem um gradiente termal) resulta no desenvolvimentodas bandas ritmiticas, considere as oscilações rítmicas encontradas nas bandas de Liesegang (Liesegang, 1896).Estas podem ser criadas pela colocação de um cristal de nitrato de prata em um gel impregnado sem o cromato

 potássico. Como os íons de prata se difundem radialmente na parte externa a partir do cristal, o cromato de prata se precipita após a área no gel se tornar supersaturada tanto na prata quanto no cromato. A supersaturação parece serrequerida para uma nucleação inicial e precipitação do cromato de prata. O crescimento subseqüente do cromato de

 prata causa a depletação do cromato nas zonas vizinhas. A prata continua a difundir-se na parte externa (mais rápidodo que o cromo pode recobrir a partir da depletação) até aquele com mais cromato ser encontrado, e outra banda docromato de prata se forma. O resultado é a série de bandas de cromato de prata separadas a partir das bandas livresde precipitação. Um processo similar da nucleação oscilatória –  oscillatory nucleation (McBirney e Noyes, 1979)e a depletação causada pela cristalização seguida pela difusão ou convecção do magma permanecente poderia criarcamadas rítmicas nas câmaras magmáticas, incluindo as finas camadas rítmicas na Figura 12-3.

Boudreau e McBirney (1997) desenvolveram um modelo para o acamadamento envolvendo o crescimento

competitivo dos cristais. O seu modelo começa com um pobre acamadamento desenvolvido que eles atribuem ao processo de compactação (ver acima). Eles propuseram que os líquidos expelidos a partir de uma reação decompactação favorecida preferencialmente com pequenos cristais nas camadas acima (similar à abertura de

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Ostawald, Seção 3.2). Eles também propuseram que a energia da superfície do mineral é menor quando em contatocom o mesmo mineral, logo as reações serão preferencialmente de minerais escavados subordinadamente a partir deum indistinto acamadamento e fazendo-o mais regular. Boudreau (1995) desenvolveu um modelo similar para anucleação e crescimento preferencial das grandes e recentes cristais que depletaram na vizinhança das camadas de

 pequenos cristais para reduzir o acamadamento.

12.3.7 Densidade Corrente

A densidade corrente  –  density currents de um resfriado, elemento pesado enriquecido, e/ou liquido dedescida do cristal pode desce (talvez ao longo das paredes resfriadas) e mover-se através do assoalho da câmaramagmática e depositar camadas. Irvine (1980a) tem feito um excelente caso para estas correntes conduzidas porgravidade em alguns LMIs, suportadas por tais características correntes como os canais limpos e preenchidos e comum bandamento cruzado (Figura 12-15). Ele discutiu inúmeros mecanismos pelos quais a suspensão de cristais peladensidade da corrente de decida ao longo da curvatura das paredes dos LMIs e surgem através do assoalho como umlago.

Irvine et al. (1999) apresentou um modelo para o Skaergard que desenhado a partir dos estudos de NeilIrvine há 30 anos nos LMIs. O modelo atento para o reconciliamento de qualquer aspecto do acamadamento, em

 particular as camadas modalmente aplainadas (Figura 12-2a) e camadas intermitentes (Figura 12-4), enquantoresfriados a importância da sedimentação do cristal, densidade corrente, e o significado das característicasassociadas a milhares de evidentes blocos deslocados no Skaergard. Os blocos (autolitos de material cristalizado a

 partir das Séries da Borda Superior e xenólitos do rocha fonte parados a partir do teto) têm caído através do magmade Skaergard, gerando um impacto com o piso e deformando o acamadamento. Alguns blocos têm sido quebradosdurante o impacto. Outros blocos têm sido quebrados e se tornando inteiramente nas densidades de corrente,eventualmente dilantando-se horizontalmente nos grupos através do piso. A evidencia destes blocos conduziramIrvine et al. (1999) a concluir que sempre existiram uns claros contatos formados entre o topo da pilha acumulada e

o fundo do corpo magmático principal, e aquelas pilhas devem estar relativamente coerentes (talvez 50% cristalina)na ordem para as camadas que tenham sido deformadas pelo impacto do bloco. Estas conclusões vão de encontro aoacamadamento do líquido de difusão dupla no piso da câmara.

Figura 12-15:  Bandamento atravessado em camadas acumuladas. (a) Duke Island, Alaska. Note também o acamadamento

causado pelo diferentes tamanhos e proporções de olivina e piroxênio. De McBirney (1993). Jones e Bartlett Publicação, Sudbry,MA.(b) Intrusão de Skaergard, E, Groenlândia. Acamadamento causado por diferentes proporções dos máficos e plagioclásio. DeMcBirney e Noyes (1979).

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Irvine et al. (1999) atribuiu o desenvolvimento das camadas aplainadas a densidade corrente que desce a partir dos limites das camadas ao longo das paredes da câmara. Os cristais densos são segurados em suspensão pelaagitação do fluxo, e os cristais leves como o plagioclásio pode também se presos e carregados para baixo nascorrentes. Usando o padrão do fluxo observado nos experimentos de vapor com o fluxo de glicerina densa dentro daágua ou silicone líquidos, (Irvine, 1980a) propôs inúmeros mecanismos que poderiam produzir camada uniformefinas ou aplainada dentro de um regime de fluxo assim bem como após a densidade conduzir a fluxo a vir a cessar.Alguns trabalhos têm objetivado a densidade da corrente como um mecanismo para a produção do acamadamento,

 pontuando que a densidade corrente descendo ao longo da parede da câmara não são preparadas para produzir finascamadas de espessura constante se estendendo acima de 100 km através do piso de algumas grandes intrusões, osexperimentos de Irvine em 1980 sobre o fluxo sugeriram que este fluxo pode ser estendido a uma consideráveldistancia, Irvine et al. (1999) também pontuou que a moda das camadas rítmicas individuais nas Séries Acamadadasde Skaergard nunca se estenderam lateralmente por mais do que 300 m (embora as grandes seções deacamadamento se estendam muito mais preferencialmente).

A Figura 12-16 ilustra o tipo de vortex que se forma quando a densidade surgente corrente ao longo doslimites das camadas em alguns experimentos com vapor de Irvine (1980a). as camadas expostas e as setas portamuma direção persistente e instantânea do fluxo relativo aos pontos V, R e S  no vortex. No exemplo ilustrado, o vortex

se move para uma curva abaixo (as setas no ponto V ), logo a linha de fluxo no piso acumulado, emboraverdadeiramente estacionário, parece ser fluxo ascendente. O material na densidade de corrente se move mais rápidoque o vortex (através dele e o causando), logo nos limites das camadas o fluxo separa-se a partir do piso no ponto S  e re-atinge no ponto  R. Irvine et al. (1999) assim chamado de vortex das “células S-R”. Este fenômeno é bemconhecido na dinâmica de fluido (Schlicting, 1968; Tritton, 1977). O fluxo laminar é ilustrado, mas o fluxoturbulento também pode ocorrer ao redor do vortex. As variações na velocidade, viscosidade, etc. pode causar que ovortex permaneça estacionário ou migre ascendentemente também. Quando migra ascendentemente, ele resultanuma erosão inicial, e quando ela avança, como na Figura 12-16, ela deposita uma camada. Irvine (1980a) escalouos resultados dos seus experimentos líquidos basálticos, e calculou que as correntes devem se mover em taxas de 2 a6 km/h, de podem expandir a material para bem longe através do piso de Skaergard em menos de uma hora.

Figura 12-16: Seção através da célula do vortex na densidade do corrente surgente ao longo dos limites da camada entre o pisoacumulado (sombreado) e o magma. Camadas expostas e setas portam as relações instantâneas relativa ao fluxo dos pontos V, R,

e S . O piso está atualmente estacionário, claro, e os pontos V, R e S  movem-se como mostrado com as setas em V . O fluxo dentrodo repentino surgimento move-se mais rápido do que o vortex (como na área aplainada). Logo que o fluxo do material separa-sea partir do piso em S  e re-atinge em R. A moção em direção do vortex resulta na deposição entre ele e o piso da câmara. De Irvineet al. (1999).

Irvine et al. (1999) favoreceu a proposta de que as correntes estão associadas com as três forças: gravidade, piso arrastado, e deslocamento do líquido hospedeiro acima em durante o avanço. O piso arrastado, ele propôs, é particularmente efetivo nos minerais máficos denso arrancado em direção para baixo a partir do fundo da frente dovortex, enquanto que os cristais de plagioclásios menos densos são arrancados da parte de trás, por um líquidohospedeiro arrastado. O resultado é uma cama aplainada no momento em que o vortex acorda. O plagioclásio éentão preso diante das próximas camadas uniformes de depósitos acumulados pelo liquido da câmara principal logoapós a corrente ter passado. Este modelo explica tanto as camas aplainadas como as camas uniformemente alteradas

num comum acamadamento intermitente das Séries Acamadadas ilustrado na Figura 12-4.

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Figura 12-17: Síntese esquemática dos processos acreditados a serem ocorrentes na câmara magmática de Skaergard recente nasZonas Centrais do estagio de desenvolvimento. A densidade conduzida pelas células de descida do vortex “S-R” ao longo dacurvatura do teto e paredes se expandem através do piso, produzindo camadas rítmicas o qual podem ser aplainadas no piso. Das

grandes densidades ocasionais surgem os depósitos resultados da queda originada ao longo das paredes. Os blocos de autolitos exenólitos são também quebrados a partir das paredes e do teto, e colidindo com o piso. A compactação acumula abaixo do pisolibera líquidos que reagem com as camadas colocadas para formar uma reposição de anortosito cortados transversalmente. DeIrvine et al. (1998).

Fluxos similares, porem mais rápidos, ocorrem devido ao surgimento das ruínas do desmoronamento a partir da parede para o topo. Alguns destes carregam blocos, que se quebram e dilatam em grupos através do piso,como descrito acima. Irvine et al. (1999) argumentou que este processo de densidade da corrente dos vortexes noslimite das camadas se aplicam tão bem quanto para as Séries das Bordas Marginais do assoalho da câmara e dasSéries das Bordas Marginais ao longo destas paredes. A Figura 12-17 ilustra seus modelos para o acamadamento emSkaergard, mostrando como as Séries Acamadada Superiores, Marginais e Inferiores, embora de diferentesespessuras, são componentes de um sistema de cascas concêntricas. A parada do teto libera os autolitos e xenólitos,

o qual cai no fundo e constituem inúmeros blocos. Os limites das densidades de correntes das camadas formam aolongo da passagem das paredes no teto e depósitos de camadas nas Séries de Bordas Superiores. Camadasaplainadas são ausentes próximas do topo, contudo, sugerindo que a reforçada combinação da gravidade e arrastamno piso são requeridos. Minerais pesados são capturados no topo devido a rápida perda do calor através do teto, oqual congela os cristais no local.

A cristalização nos limites das camadas próximas das paredes, devido a grande coluna vertical, serásuscetível a migração do magma convectivo. Turner e Campbell (1984) consideraram a moção como sendo umaconseqüência inevitável da cristalização fracional ao longo das paredes verticais. Se for densa, o magma derivado

 pode alimentar a densidade da corrente como aquela por Irvine (1980a). Se for leve, ela pode ascender para formaruma capa estagnada da camada no topo. Experimentos feitos por Nilson (1985) têm mostrado que alguma solução

do resfriamento adjacente para uma vertical parede desenvolve-se na parte externa do fluxo dos limites inferioresdas camadas e na parte interior do fluxo acima. A densidade de correntes pode viajar em de outras maneiras do que

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ao longo das paredes. Suponha que uma camada de um material mais denso está colocada sobre um material menosdenso, devido tanto ao resfriamento no teto ou das diferentes composições. Preferencialmente do que tendomúltiplas camadas de convecção, com na Figura 12-14, uma serie de colunas de plumas  –   plumes densas sãoformadas (Figura 12-18) que se estendem para as altas câmaras onde o fluido resfriado se expandem lateralmente

 para formar uma camada através do piso. Eventos discretos do tipo de pluma podem criar camadas uniformes queocorrem dentro das seqüências de camas aplainadas comprimindo o tipo de acamadamento intermitente mostrado naFigura 12-4. É também uma maneira de produzir camadas de espessura uniforme no fundo de grandes câmaras que

 pode ser um problema para a densidade de corrente geradora da parede, o qual pode não ser capaz de viajar tãolonge através do piso.

Figura 12-18: Plumas resfriadas descendo a partir dos limites das camadas superiores resfriadas num tanque de óleo siliconado.

A variação na densidade causada pelas mudanças na composição do magma resultante a partir de umacristalização comumente dominante acima do alcance térmico (Turner e Campbell, 1986). O magma toleítico, o tipomais comum nos LMI, pode assim adicionar uma favorecida complexidade as convecções composicionais. Comoilustrado na Figura 12-19, o fracionamento inicial dos minerais máficos de baixa densidade do liquido residualenvolvido, como é o mais comum. Mas o plagioclásio se junta aos máficos, os trendes enriquecido de Fe nasrecentes evoluções toleiticas pode causar a densidade do magma um aumento com um favorecido fracionamento.

Uma vez que os óxidos de Fe e Ti começam a fracionar a densidade novamente decai. A densidade dos magmascálcio-alcalinos, por outro lado, tende a decair continuamente como um processo de fracionamento. Os líquidostoleiticos, então, podem ascender ou afundar num limites de camadas cristalizadas, dependendo do estagio deevolução. A cristalização no teto pode, em alguns estágios da evolução toleítica, formar plumas de magmas densosque colidem com o piso com na Figura 12-18.

Figura 12-19: Ilustração esquemática da variação da densidade nas séries magmáticas cálcio-alcalina e toleiticas (de Sparks etal., 1984).

12.3.8 Processos Combinados

Os processos de recarga e densidade de corrente descrita recentemente em conjunto com o estabelecimentodo cristal não precisam estar preso ao fracionamento pelo estabelecimento do cristal no sentido de produzir ritmitos.

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 No seu compreensivo trabalho na densidade de correntes, Irvine (1980a) incluiu modelos no qual ritmitos aplainados podem ser criados por processos in situ em camadas estagnadas que resultam quando a densidade de corrente temque descansar.

Processos de convectividade de difusão dupla podem prontamente ser criados em sistemas abertos onde arecarga está envolvida também. Hupert e Turner (1981b) descreveram um experimento no qual uma camada densaaquecida de KNO3  era lentamente injetada para que a mesma flutuasse diante de uma leve camada resfriada desolução NaNO3. As duas camadas trocaram calor (o qual difundiu mais rápido do que o sal) causando a cristalizaçãodo KNO3 em camadas inferiores resfriadas, acompanhada por uma condução vigorosa da convecção tanto pelo calorquanto pela liberação de fluidos leves assim que os cristais crescem no piso do container. Eventualmente adensidade da solução residual KNO3 se torna menor do que a solução superior do NaNO 3, e rapidamente torna paraas duas camadas que assumem o local.

Raedeke e McCallum (1984) aplicaram tal modelo de combinadas re-injeções e fracionamento in situ (vertambém Huppert e Sparks, 1980) para os acamadamentos de dunitos-harzburgito-ortopiroxênio de ritmitos dasSéries Ultramáficas do Stillwater. No modelo (ilustrado na Figura 12-20), o magma primitivo composto por olivina

(magma A) é injetado dentro de um magma mais diferenciado (magma B) no qual o ortopiroxênio é a única faselíquida. Preferencialmente do que a misturam para formar uma única mistura homogênea, os experimentos comsoluções aquosa de vários sais sugerem que os cristais dos líquidos em suspensão de densidade constante irãoestratificar de acordo com as suas densidades. A introdução de um magma que está mais denso do que o magma nacâmara, no sentido do começar a esquentar, devido a ele ter mais componentes máficos. Seria assim um reservatóriona base da camada líquida (Figura 12-20a). a olivina então cristaliza (pontos sólidos) a partir de uma magma

 primitivo mais quente assim que ele resfria. Tanto as camadas podem converter independentemente, mantendo umainterface definida ao longo do material nas camadas inferiores (combinação de cristais + líquido) é denso do que nossuperiores. O calor pode difundir (condutor) acima a partir das camadas inferiores através das unidades resfriadas. Oresultado do resfriamento do topo da camada inferior e aquecimento da base da camada superior conduzem aconvecção em cada camada. Pode até mesmo ser possível para alguns dos ortopiroxênio (círculos abertos) nascamadas superiores para fundir devido ao calor adicionado a partir de baixo. A convecção pode ser suficiente paramanter os cristais a partir do estabelecimento na base das suas respectivas camadas.

Figura 12-20:  Ilustração esquemática de um modelo para o desenvolvimento de uma unidade cíclica na Zona Ultramáfica doComplexo Stillwater pelo influxo do magma primitivo quente dentro do magma mais envolvido e resfriado. De Raedeke eMCCallum (1984).

Assim que é favorecido a resfriar, a convecção se torna lenta e os cristais de olivina e ortopiroxêniocomeçam a se fixar na base da suas respectivas camadas (Figura 12-20b). a densidade do cristal depletado e a porçãodo topo envolvida de camadas inferiores decaem, e aquela base conduzida por cristais nas camadas superioresaumentam. Quando as densidades da base das camadas superiores ultrapassam aquele líquido abaixo, a interfaceserá quebrada e as camadas serão rapidamente misturadas (Figura 12-20c). Os cristais de olivina suspensos acima daacumulação na base serão carregados em direção acima e misturados com o ortopiroxênio como um magma hibrido(magma C) é criado (Figura 12-20d). Estes cristais fixados na direção do fundo da camada para criar o harzburgito

acima de um prévio dunito acumulado. A continuada cristalização do magma C será logo deixara pertitos, e produzirá somente ortopiroxênio, criando as camadas de ortopiroxênios (Figura 12-20e). Estes processos serão

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repetidos com cada injeção do magma composto por olivina, formando ritmitos observados e padrões dente detubarão da Figura 12-9, onde repetidas injeções primitivas reiniciam os trends ocultos e retardam qualquer trendecompleto na direção de líquidos mais diferenciados.

Os processos de fracionamento baseados na composição convencional são também compatíveis com os processos de fixação do cristal, e ambos podem ocorrer, tanto concorrentemente ou seqüencialmente. Dois dos principais campeões de fracionamento in situ publicaram um modelo no qual o estabelecimento do cristal tem umimportante papel. Baseado nos experimentos com partículas de britas suspensas em soluções de água ou glicerinaresfriadas a partir do topo, performado por Koyaguchi et al (1993), Sparks et al . (1993) propôs um modelo para aorigem de um acamadamento ígneo modal e rítmico pela fixação do cristal na convecção da câmara magmática. Osexperimentos amostraram que quando as soluções tem baixas concentrações de partículas (“fenocristais”) aconvecção mantém o volume das partículas suspensas mas uma sedimentação simultânea ocorre na base, devido adeclinação da convecção das partículas lentamente decaírem. Acima alguma concentração critica de partículas,contudo, uma interface de descida formada desenvolvida entre a convecção da camada superior livre de partículas, euma camada inferior estagnada no qual a fixação dos cristais assumem uma posição de acordo com a Lei de Strokes.

Sparks et al (1993) estendeu o conceito para sistemas cristalizados onde eles desenvolvem um modelo para

o acamadamento. Eles visionaram uma câmara de convecção que é resfriada no topo.a convecção e tanto térmicaquanto composicional causado pelos cristais acumulados no piso. Assim que a temperatura decai, os cristais sãoformados, mas a maioria é mantida suspensa pela convecção ao longo da concentração de cristais quando esta é

 baixa. Como nos experimentos, alguns cristais fixados e acumulados no piso. Com o progresso da cristalização umaconcentração de partícula critica é atingida, produzindo um discreto evento de sedimentação. Uma interface dedescida separa a sedimentação de camadas inferiores a partir da convecção de camadas superiores de partículaslivres. A camada superior será eventualemtne preenchida na câmara, quando todas as partículas estiverem fixadas.Será então resfriada repetindo o processo. A cama discreta de cristais pode ser aplainada se existirem cristais detamanho o densidade diferentes, devido ao controle pela Lei de Strokes na sedimentação de camadas inferioresestagnadas. Adicionadamente, cada fase mineral terá uma concentração critica diferente, resultando em substanciaisflutuações na taxa de sedimentação e proporções de minerais. A fase rítmica de camadas aplainadas é esperada

como resultante. Os exemplos discutidos acima são mas poucos de muitas possibilidades de fracionamento noresfriamento ou recarga nos sistemas de multicomponentes no qual a cristalização e/ou gradiente térmico podem sercriados nas variações de densidade nos líquidos ou nas suspensões líquido-sólido, a moção convectiva, e até mesmoem múltiplas camadas horizontais. Uma variedade de mecanismo potencial, dependendo do tamanho e geometriadas camadas e da câmara magmática; a natureza de gradientes térmicos e composicionais, a viscosidade do líquido;e a difussibilidade relativa do calor e dos constituintes químicos. Tal complexidade no conjunto significa que numaigual idade na variedade complexa dos processos podem operar no resfriamento da câmara magmática, entãoconfundindo o arranjo das estruturas ns LMIs. O acamadamento numa única intrusão pode ter diferentes origens.Mcbirney “e Nicolas (1997) notaram tanto camadas “dinâmicas” (fluxo magmático devido à densidade da corrente)e não dinâmicas” (in situ) ocorrem no Skaergard. 

Experimentando diretamente com a cristalização de magmas silicáicos proveria alguma necessidade derespostas diretas para as nossas questões referentes aos processos nas câmaras magmáticas, mais tais experimentosem laboratório iriam requere grandes sistemas dentro do qual nós poderíamos ver, está repleto de problemastécnicos. Nós deveríamos ter que fixar para uma aplicação indireta dos resultados dos experimentos dinâmicos dofluido com soluções de varias composições, temperaturas, densidades para o problema do processo da câmaramagmática. O resultado parecer ser proveitoso, contudo, parece que a combinação da densidade de corrente, fixaçãode cristais, re-injeção, e cristalização in situ (acompanhada pela separação dos líquidos assim que a suas densidadessão alteradas, um processo grandemente facilitado por compactação) conduziria aos tipos de acamadamentoobservados nos LMIs. Os exemplos discutidos acima são mas uma pequena parte de uma extensão e crescimento daliteratura no assunto, mas serve para mostrar que tipos de processos podem e possíveis. S. Sparks (comunicação

 pessoal) nota que na cristalização in situ, fixação do cristal, e convecção de dupla difusão é comumente observada

 junto a experimentos de pequenas escalas.

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Fechando, nós deveríamos notar que a aplicação do fluido nos problemas dinâmicos a petrológicos érelativamente nova e está em seu estado de fluxo. O fato de que um destes métodos propostos baseados nas soluçõesanálogas das soluções de sais, açúcar, glicerina, etc. formam células de camadas e  podem explicar alguns tipo deacamadamento nos LMIs não necessariamente significando que ele ocorra. Nem o fato de que nós temos umconjunto de possíveis soluções para o problema do acamadameto significa que nós temos uma destas corretas (oualgumas). Mas as analogias próximas certamente indicam que nós estamos no caminho certo, e o acamadamento noLMIs em toda a sua probabilidade resulta a partir de processos similares aqueles descritos.

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Capítulo 13

MORB - Vulcanismo das Cadeias Meso-Oceânicas

A cobertura do piso oceânico é mais de 70% da superfície sólida da Terra e compreende duas principais

 províncias petrogenéticas, ambas das quais são predominantemente basáltica. Na primeira, o vulcanismo em placas

de margens divergentes ou construtivas, é mais volumoso a partir do vulcanismo no planeta, e é responsável pela

geração da crosta oceânica. Este é o assunto deste capítulo. O outro, o vulcanismo de ilhas oceânicas, é de uma

intra-placa espontânea e dispersa da forma de um vulcanismo em fontes pontos através das bacias oceânicas. O que

será mais detalhado no Capítulo 14. Estas duas formas de atividade vulcânica são ocasionalmente inter-relacionadas,

e juntas provem aos petrológos uma figura inicial da formação e dinâmica do manto da Terra diante dos oceanos.

13.1 O Vulcanismo em Bordas de Placas Construtivas 

Evidências de décadas de escavamentos a partir do Projeto de Perfuração Marinha  –  Deep Sea DrillingProject (DSDP, então o JOIDES, do que JOI) indicam que um vasto volume da crosta oceânica é composto de

 basalto tholeítico de uma única e relativamente restrita composição química. Este tipo de basalto tem sido referidocomo inúmeros nomes, incluindo os mais comuns basaltos de piso oceânico –  ocean-floor basalt, basalto abissal

 –  abyssal basalt (ou tholeítico abissal –  abyssal tholeiite), e basalto de cadeia meso-oceânica –  mid-ocean ridgebasalt (ou MORB). Os MORBS são gerados nas cadeias meso-oceânicas, onde as placas adjacentes divergem. Logoque duas placas se separam, o manto flui para cima para preencher este intervalo. A ascensão do manto lherzolito

 passa pela descompressão adiabática (Seção 10.2.2), e eventualmente atinge a temperatura do solidus, de onde é produzida uma fusão parcial basáltica. A fusão separa-se e ascende para o rift crustal, de onde é solidificada para

formar o limite da passagem de separação das placas oceânicas. Nós começaremos com uma análise dos dadosgeofísicos, petrográficos, e químicos para o vulcanismo das cadeias, logo que nós possamos refinar e desenvolvereste simples modelo.

13.2 As Cadeias Meso-Oceânicas

A moderna tecnologia tem feito uma previsão do assoalho oceânico escondido acessível ao estudo. Nósagora temos extensas imagens acústicas, mais os dados sísmicos, gravitacionais, magnéticos, e do fluxo do calor damaioria das bandas oceânicas, assim bem como uma direta amostragem e observação usando também materialescavado, perfurado, e alguns submersos.

Uma das pioneiras na descoberta de mapeamento do fundo do mar de sonda pós-guerra foi à existência dosistema de montanhas submarinas. Este sistema de cadeias –  ridges (ou elevados –  rises) apresentam de 1 a 3 Kmacima do plano abissal. Ele está aproximadamente 2000 km aberto e forma um globo rodeado por um limite demontanhas submarinas de aproximadamente 65,000 km ao longo que cobre aproximadamente 1/3 do piso oceânico.

A Figura 13-1 mostra a localização central do eixo de dilatação do sistema. O termo “cadeia meso -oceânica” é apropriado para as Cadeias Meso-Atlânticas (MAR) e os segmentos Índicos Oceânicos do sistema, masa Elevação Leste do Pacifico (EPR) está claramente na margem oriental do Oceano Pacífico. A precisão, neste caso,

 produz uma conveniência, e “meso-oceânica” é comumente aplicada para os sistemas de cadeias como um todo. 

Os limites das placas divergentes são usualmente oceânicos, um resultado da densidade e tenuidade da

crosta basáltica criada pelo resultado da fusão do manto. Aonde os limites divergentes são iniciados dentro doscontinentes, tais como o Rifte Africano Leste, eles tanto caem numa formação incipiente de riftes de vales, se

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tornando riftes abortados (aulacógenos  –  aulacogens), ou o continente é rompido e as porções opostas separadascom a criação de uma intervenção da bacia oceânica (como no caso de Oceano Atlântico separando as Américas daEuropa e África desde Triássico).

Figura 13-1: Mapa do sistema de cadeia meso-oceânica. O comprimento do vetor da taxa de dilatação é proporcional à taxa dedilatação daquele ponto (ver Tabela 13-1). De Minster et al. (1974).

O vulcanismo e a topografia é tipicamente simetricamente bilateral na aproximidade dos eixos das cadeiasmeso-oceânicas, mas os segmentos assimétricos não são incomuns. O eixo é o local de considerável atividade deterremoto. Os primeiros estudos da moção indicam que os terremotos estão associados com o falhamento normal,característico de um ambiente extensional. O eixo é também associado com os fluxos de calor muito alto indicamuma elevação no gradiente geotérmico (provavelmente resultante a partir do aquecimento acima do manto). O altofluxo de calor num ambiente submarino cria um extenso sistema hidrotermal, composto largamente de águaoceânica re-circulada percorrendo para baixo através de fraturas e poros acima da crosta, de onde é aquecido e

converge para cima novamente. Uma evidencia dramática visual para os sistemas hidrotermais tem sido suprida pelacondução submersa ao longo dos eixos das seções da Cadeia do Galapagos, o EPR, e a Juan de Fuca e Cadeias daGorda. Os fluidos hidrotermais excedem para mais de 350ºC, escapando a partir das aberturas, resfriando e

 precipitando inúmeros minerais incluindo a barita, sílica, e alguns metais sulfuretos valiosos, formando cones  –  spires ou chaminés –  chimneys. A precipitação do sulfureto resulta em fumaça escura –  black smokers de onde ofluido quente imediatamente precipita pretos e finos minerais sulfídicos acima do contato coma água resfriada(Figura 13-2). Uma única e rica comunidade biológica tem desenvolvido nestas aberturas, sustentado pelos fluidoshidrotermais. Entre as criaturas mais incomuns está o verme boca-de-tubo que vive em simbiose com a bactériainterna que metaboliza o sulfureto.

Figura 13-2: “Fumaça escura:” minerais sulfidicos precipitando a partir dos minerais carregados em água emanada a partir daschaminés na Elevação do Pacífico Leste.

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Os estudos da gravidade indicam que a cadeias estão essencialmente em equilíbrio isostático, a partir doqual nós podemos concluir que a elevação das cadeias é resultado da expansão termal, e está assim compensado poruma baixa densidade do manto. Logo que a placa se move para longe da crista da cadeia, ela se resfria, contraindo-se, e entrando em subducção. A quantidade de subsidência em qualquer ponto do flanco distante da cadeia tem sidocolocada como proporcional à perfeita origem da idade da rocha naquele ponto. A taxa de subsidência está deacordo com o calor condutivo perdido na equação, o qual prevê que o resfriamento é proporcional à exata origem detempo (Parker e Oldenberg, 1979). 

A taxa na qual a placa diverge (dilatação) ocorre nas cadeias meso-oceânicas não é a mesma para todos ossegmentos da cadeia. A aproximação da taxa de dilatação da vários segmentos é dada na Tabela 13-1, e ilustrada naFigura 13-1 como vetores relativos. A partir disto nós podemos ver que o MAR se dilata numa taxa aproximada de 1a 2 cm por ano, uma figura pode referir-se a metade da taxa no qual o ponto em uma das placas se separa da cadeia.Uma alternativa é usar a taxa inteira, a taxa na qual dos pontos em placas opostas se separam. Nós devemosrestringir o nosso uso à taxa de metade de dilatação, esperando evitar confusão. Algumas seções de dilatação EPRem metade das taxas de acima de 8 a 9% cm/a. As cadeias com uma taxa de dilatação com menos do que 3 cm/a sãoconsideradas cadeias de lenta-dilatação, enquanto aqueles com uma taxa acima de 4cm/a são considerados cadeiasde rápida-dilatação. As variações temporais são também conhecidas a terem ocorrido (reconhecidos nas bacias de

abertura e idades de anomalias magnéticas).

Tabela 13-1:  Tabela de Taxa de Dilatação de Alguns Segmentos das Cadeias Meso-Oceânicas De Wilson (1989), dados deHekinian (1982), Sclater et al. (1976), Jackson e Reid (1983). * indica metade da dilatação.

Análise da escaneamento lateral da sonda indica que as morfologias da cadeia pra cadeias de lenta e rápidadilatação são diferentes (BVTP, pp., 804-808; Searle, 1992). Uma observação direta e amostragem da cadeia foram

 possivelmente feitos pela submersa profunda condução, e o primeiro detalhe estudado do segmento da cadeia foi oFAMOUS (French American Mid-Ocean UnderSea Study –  Estudo Francês-Americano Submarino Meso-Oceânico)

 projetado ao longo do MAR e próximo do Azores em 37ºN (Moore et al., 1974; Ballard e Van Andel, 1977; Ballard

et al., 1975).

As lentas e intermediárias dilatações das cadeias tipicamente tem um considerável vale axial deaproximadamente 30 a 50Km em abertura e de 1a 5Km de profundidade em progresso interior indo de encontro àfaixa, similar aos vales de rifts nas ilhas. Dentro destes grandes vales existe comumente de 3 a 9Km em abertura nointerior do vale rifte - inner rift valley com um piso achatado. O vulcanismo e extensão crustal está concentradano interior deste piso dos vales rifts onde a fissura está aberta, e as pillow lavas, contraídas pelas paredes dasescarpas, fluem a maioria paralelamente para o eixo da cadeia. A atividade vulcânica não é eventualmentedistribuída, e tipicamente alguns amotoam-se em 300m de altura ocorrendo dispersamente transverso no piso. Asformas vulcânicas elongadas são comuns, mas são geralmente somente de 10 a 20Km ao longo. Alguns podemrepresentar coalescente cone vulcânico ao longo dos sistemas de fissuras. A acumulação vulcânica não é sempre

rachada simetricamente, mas são irregularmente cortadas por fraturas posteriores esporádicas e fissuras. Devido àsfissuras e a atividade vulcânica serem geralmente concentradas próximos ao eixo, contudo, depósitos posteriores são

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gradualmente carregados para o flanco do interior do rift onde eles são desmembrados de alguma forma pelas falhas.Embora o processo não corresponda exatamente ao nosso conceito simples de sucessiva adição de camadas tipodique para placas em cada lado do rift central, cada um sendo magnetizado de acordo com a polaridade no tempo deinjeção, os efeitos dos grãos grosseiros serão o mesmos. O resultado é uma anomalia magnética “listrada” que ésimétrica nas proximidades da cadeia em escala, mas os padrões são muito mais irregulares em pequenas escalas.

Cadeias de rápida dilatação, tais como a EPR, tem também sido estudada por submersão (CYAMEX, 1981;Francheteau e Ballard, 1983, Perfit et al., 1994). As cadeias de rápida dilatação são aplainadas e menosinterrompidas por grandes deslocamentos de falhas. O vale do rift central é pequeno, pobremente desenvolvido, ouausente por completo. A maioria dos segmentos, contudo, tem um pico de cratera axial –  axial summit caldera deaproximadamente 100 m de altura e alguns quilômetros transversos, se estendendo para alguns milhares dequilômetros ao longo do mergulho. A fissura e a zona de extrusão no EPR é geralmente estimada como zona de umacontinuidade proximidade vulcânica de abertura de 0,5 a 2Km. Nas cadeias de rápida dilatação, pequenas colinas de

 pillow-lavas são ladeadas por panos de lavas aplainados, atribuídos às folhas de lavas formadas por uma rápidaextrusão da lava associada com um rápido dilatamento e altos fluxos de calor. Além da zona de extrusão, os basaltosse tornam progressivamente mais antigos (embora não estejam uniformes) e mais fraturados. Estudos detalhadosrecentes de pequenas áreas ao longo do EPR indicam que um vulcanismo jovem entrou em erupção para mais de

4Km a partir do pico da cratera axial (Perfit et al., 1994). Como uma regra geral, erupções preenchidas por fissurascaracterizam cadeias de rápida dilatação, e fonte s pontos de vulcanismo (embora provavelmente fissurascontroladas) são mais comuns em cadeias de lenta dilatação.

As amostras do piso oceânico coletadas por escavação e perfuração a sudoeste do Pacifico são tão antigasquanto à do Jurássico, mas virtualmente são idênticas as recentes amostras criadas nestas cadeias. Isto nos assegurade que o processo que nós observamos nas cadeias meso-oceânicas adquirem uma posição, ineteruptamente, pelomenos por 40 Ma. A produção do magma na área Famous do Mar é estimado a ser 8.600 m3/Km (Moore et al.,1974). Isto é uma modesta taxa para o vulcanismo. Na Islândia, uma porção do Mar  que emergiu acima dasuperfície do Atlântico, tem uma produtividade 10 vezes maior. A estimativa para o alcance dos sistemas dasinteiras cadeias meso-oceânicas a partir de 5 a 20 Km3/a (BVTP, p. 133). Esta taxa não é particularmente expressiva

até que ela se multiplique pelo tempo de duração acima no qual este adquire uma posição. Se o MORB tem sidogerado pelo menos nos 140 Ma pelo qual nós podemos observar, 1.4 x 10 9 Km3 tem sido criado, uma quantidadeexpressiva. Se o processo adquire posição por 10 vezes ao longo (provavelmente uma estimativa conservativa), ageração de MORB acumulado representaria um equivalente de 5% do manto superior (para 660-Km de transição), oqual é capaz de depletação do manto superior para uma consideração extensão. É claro, uma subducção pode seresperada a re-incorporar muito mais deste material de volta para dentro do manto novamente. O destino destematerial é pobremente desconhecido, mas nós devemos encontrar algumas evidencias posteriores para ele e emcapítulos subseqüentes.

Os segmentos das cadeias são equilibrados por uma larga escala subparalela de zonas de fraturas  –  fractures zones  (ver Figura 13-1) e pequenos e bastante equiparados. A porção de atividade sísmica entre as

maiores cadeias equiparadas são pulos de mergulhos de falhas chamados de falhas transformantes  –   transformfaults (Wilson, 1965). A proximidade das extensões a sísmicas diante das cadeias é de características muito linearesque aparecem equiparados nos padrões de anomalia e extensão em muitos casos através do piso oceânico (Fox eGallo, 1986, 1988). Pequenas equiparações ocorrem quando as cadeias são deslocadas pelo menos poraproximadamente 35Km. Mudanças locais no mergulho são muito comuns também. Equiparações de 1Km oumenos e pequenas mudanças nos mergulhos são coletivamente usados como termos DevALs ( por desvios a partir

da linearidade axial  –  deviations from axial linearity) por Langmuir et al. (1986). Onde a expansão da atividade evulcanismo nos encontros das cadeias em zonas de fraturas, a atividade termina brutamente contra uma mais antiga,mais resfriada, mais estável na litosfera no flanco de um segmento da cadeia separada através da equiparação.Ocasionalmente um segmento de cadeia (rápida dilatação) pode propagar para dentro da litosfera através das fraturasdas zonas, onde percorre paralela a cadeia já naquele segmento, resultando em curtas zonas com a passagem dedilatação dos centros - overlapping spreading centers (OSCs). No caso de riftes propagados, a porção coberta deoutros segmentos de cadeias será usualmente cessado nesta atividade (Sinton et al., 1983), logo que umcomprimento do centro dilatadas e equiparados quando a sua parte interna se torna menor. No OSCs, pequenos

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diques tipicamente se formam entre os pequenas equiparações e entre eles, e a litosfera entre eles é rotacionado ecisalhado.

13.3 Estrutura da Crosta Oceânica e o Manto Superior

As quatro camadas da crosta oceânica e do manto foram inicialmente distinguidas nas bacias dasdescontinuidades nas velocidades sísmicas. A maioria das amostras direta da crosta oceânica tem recoberto somenteno embutimento sedimentar e a maioria dos vulcões superiores. Mesmo no Programa de Drilling Marinho Profundotem raramente penetrado nos vulcões, e então somente numa profundidade máxima de 1500 m. Escavando a basedas escarpas de zonas fraturadas tem suprido com amostras na base a partir de fontes profundas expostas, mas comum controle estratigráfico confiável de tais amostras está faltando.

Figura 13-3: Litologia e espessura de uma típica seqüência de ofiolito, baseado no Ofiolito Samial em Oman. De Bourdier e Nicolas (1985).

O nosso entendimento da natureza petrológica da litosfera oceânica tem sido grandemente atingido pelocampo dos estudos nos terrenos dos ofiolitos - ophiolite  em ilha. Como mencionado no Capítulo, o ofiolito sãoconsiderados como massas da crosta oceânica e de empurrões do manto superior sobre o limite de um continente ouincorporado nos cinturões das montanhas, onde eles são agora dissecados e expostos pela erosão. A Figura 13-3 éuma seção através de um “típico” ofiolito, neste caso baseado primariamente no Ofiolito Semial em Oman naPenínsula Arábica, uma particularidade muito bem exposta e relativamente intacta de ofiolito. Como a maioria dosofiolitos, contudo, ele tem passado por algumas interrupções durante o empacotamento tectônico, deixando obscuroalguns detalhes internos. Existe uma acamadamento consistente, contudo, no qual muitos outros ofiolitosconformam. Como esta seção se compara com a crosta oceânica?

Embora existam ainda algumas incertezas em como os dados sísmicos pode ser interpretada, a maioria dosgeólogos concordam com a seção da crosta oceânica ilustrada na Figura 13-4, o qual inclui características develocidades das ondas-P e uma comparação da estimativa da espessura das camadas em ambos os ofiolitos e crosta

oceânica. Uma breve descrição das camadas, começando pelo topo, é:

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Camada 1 é uma fina camada de sedimento pelágico que está ausente nas mais recentes crostas geradasnos eixos das cadeias e ficando mais grosso quando passa pelo eixo com o acumulo dos sedimentos numa

 progressiva crosta antiga.Camada 2  é basáltica. Ela pode ser subdividida dentro de duas subcamadas. A partir de observações

submersas, perfurações, e por analogia com os ofiolitos, a camada 2A é acreditada a ser comprimida pelos pillows basálticos, e a camada 2B, folheada verticalmente em diques empacotados num ambiente superficial extensional britado nos eixos das cadeias. Muitos diques têm somente uma única margem resfriada, implicando que diques posteriores rachados e que intrudiram nos mais recentes. As porções superiores das camadas 2ª tem uma velocidadesísmica menor do que a prevista para os basaltos baseados nas medidas laboratoriais das velocidades das ondas com

 pressionais. Kirkpatrick (1979) interpretou isto como resultante a partir de fraturas e cavidades (13 a 41% porosidade) na parte superior dos basaltos. Esta porosidade das finas camadas e eventualmente desaparece a partirda crista das cadeias assim que os vazios são preenchidos por uma mineralização diagenética (Houtz e Erwing,1976). Diante de uma zoa porosa, a camada 2 tem uma velocidade sísmica comensurável com as medidascomensuráveis para os basaltos de laboratório e as suas baixas temperaturas metamórfica equivalente. Algumasinvestigações distinguem o fluxo dos pillows porosos e não-porosos, chamando-os de camadas de zonas porosas 2Ae camadas de zona não-porosa 2B. Eles chamam as camadas de diques cobertos 2C.

Camada 3 é a mais complexa e um pouco mais controvérsia, mas é comumente acreditado a comprimir amaioria dos gabros, presumidamente cristalizados a partir de uma câmara de magma axial  –   axial magmachamber  superficial o qual alimenta os diques e os basaltos. A Camada 3A, novamente por analogia com osofiolitos, representa a parte muito mais isotópica e menor, de alguma forma foliada (“transicional”) gabros,enquanto a camada 3B é muito mais acamadado, exibindo comumente texturas acumuladas. O acamadamento podeser horizontal, mas muito mais comumente mergulhos em ângulos localmente acima de 90º. Ambos as camadas 3Ae 3B são bastante foliados e linearizados nos ofiolitos de Oman.

Camada 4  tem uma velocidade sísmica que se correlaciona muito bem com as rochas ultramáficas. Nosofiolitos, a base da camada 3B gradua para dentro das camadas acumuladas com wehrlitos e gabro. Diapiros comoos corpos de wehrlitos também parecem terem sidos movidos para acima dos gabros acamadados. Dunitos

acumulados com xenólitos harzburgito e lentes de cromitos são usualmente encontradas diante das camadas dewehrlitos. Diante disto é um harzburgito tectônicos e dunito interpretados como sendo um resíduo refratário nãofundido no magma fonte deixado para trás após o magma basáltico ter sido extraído. Alguns diques gabróicos

 podem também ocorrer nesta camada.

Figura 13-4: seção esquemática da crosta oceânica baseado nos dados dos ofiolitos. Ofiolito típico espesso são comparados coma medida de espessura das camadas oceânicas. Modificado após Brown e Musset (1993). Dados de Gass (1982), Lewis (1983),Spray (1991), BVTP (1991), Kennett (1982).

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O limite entre as camadas 3 e 4 é, falando amplamente, o Moho. A porção superior da camada 4 éconsiderado como sendo acamadada e de origem acumulativa, como a olivina e os piroxênios acumulados na baseaxial da câmara magmática. Abaixo desta porção está a original, não acamadada, resíduo do material do manto. Istonos traz uma interessante questão da natureza dos limites da crosta/manto. É o topo do manto o topo do mantooriginal, ou é a transição máfica/ultramáfica, e então no topo dos depósitos acumulados ultramáficos na câmaramagmática superficial? Em outras palavras, é o manto definido pela petrogênese ou pela composição? Umsismológo pode argumentar que o Moho foi originalmente definido pela descontinuidade sísmica onde a velocidadeda onda-P, Vp, pula a partir de aproximadamente 7,3 Km/s (características dos gabros) para 8,1 Km/s(características dos peridotitos), e assim o topo dos ultramáficos, não levam em consideração a origem, é o topo domanto. Um petrológo pode argumentar que o topo do manto deve ser o topo das ultramáficas originais, e não deveser incluída para alguns minerais posteriormente espalhados no topo na câmara magmática. Inúmeros autoresdistinguem uma sísmica Moho a partir do Moho petrológico nas bacias.

Embora os ofiolitos sejam convicimente análogo à crosta oceânica, uma correlação direta não édeterminada por algumas consistentes diferenças. Velocidades sísmicas nos ofiolitos são menores do que naquelesmedidos na crosta oceânica, e a anomalia magnética lista aquelas características da crosta oceânica que não foramencontrados nos ofiolitos. Estas duas diferenças podem ser resultados a partir de extensão na alteração hidrotermal e

expondo os efeitos na maioria dos ofiolitos. As velocidades sísmicas são retardadas pelas falhas e pelas juntas, oqual deve acompanhar seu empacotamento na ilha. Também, a maioria das camadas dos ofiolitos é geralmentemuito mais fina dos os seus equivalentes oceânicos, e a composição química é usualmente mais enriquecido esialico. Estas diferenças posteriores são mais fundamentais, e sugerem que os ofiolitos podem ser associados com os

 back-arc, ou bacias marginais, os quais se formam entre os arcos vulcânicos e continentes em zonas de subducção(Capítulo 16 e 17). O oceano no Japão é um moderno exemplo de bacia back-arc. Nestas bacias, a expansão é maiserradicada e a crosta quês e forma é muito fina e de alguma forma mais sialica. Algumas bacias back-arceventualmente fechadas são empurradas (ou obduzidas  –   obducted) sobre os limites continentais, produzindo osofiolitos. Não existe razão para prever o principal estagio da crosta oceânica a partir de estando obduzida tão bemquando as bacias são fechadas durante as colisões continentais, mas uma crosta oceânica madura é provavelmenteum pouco mais velha, grossa, e densa a ser mais facilmente obduzida. Esta muito mais parecida a ser altamente

deformado por uma seguinte colisão continental. Quando acreditamos que a crosta das bacias back-arc está apesarde tudo formada em modelos muito parecidos como nas bacias oceânicas, logo a analogia é considerada razoável.

Devemos nos endereçar a questão de como estas camadas são formadas curtamente quando nósdesenvolvemos um modelo para os processos nas cadeias meso-oceânicas. Mas primeiro nós devemos entender um

 pouco mais sobre os produtos vulcânicos nas cadeias, o qual pode nos suprir com algum dado importante parafocarmos na nossa investigação dentro do seu desenvolvimento.

13.4 Petrografia do MORB e a Química dos Elementos Maiores

Um “típico” MORB é uma olivina toleítica, com baixos conteúdos de K 2O (<0,2%) e de TiO2  (<2,0%)quando comparados com a maioria dos outros basaltos. Isto torna os MORBs quimicamente distintos a partir dos

 basaltos de outras associações petrogenéticas. O alcance das texturas partindo do vítreo para o fírico, e raramentegabroíco entre as amostras do fundo mar. As amostras de vidro são muito quimicamente importantes, devido a elasrepresentarem as composições líquidas, enquanto que a composição química das amostras fíricas pode sermodificada pelos processos de acumulo de cristal. Os comuns Fenocristais são os plagioclásios (An40-An88), olivinas(Fo65-Fo91), e um spinel de Mg-Cr (Grove e Bryan, 1983). Os fenocristais do clinopiroxênio ricos em Ca são muitomenos comuns, e usualmente ocorrem em rochas com abundante em olivina e plagioclásio, sugerindo que oclinopiroxênio está mais comumente numa fase posterior de cristalização. A mineralogia da massa do solo doMORB é dominante pelo plagioclásio e microclina de clinopiroxênio e uma fase oxida de Fe-Ti. A partir dastexturas e experimentos em amostras naturais em baixas pressões, à seqüência comum de cristalização é: olivina (±

spinel Mg-Cr) → olivina + plagioclásio (± spinel Mg-Cr) → olivina + plagioclásio + clinopiroxênio. Ésuficientemente simples visualizar esta seqüência para as composições próximas, mas para o lado da forsterita, o

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centro do sistema do diopsidio-forsterita-anortita na Figura 7-2. Outras seqüências são possíveis, contudo, edependendo da composição química do volume, pressão, e processos na câmara magmática tais como o estilo defracionamento ou recarga de um magma mais primitivo. Os óxidos de Fe-Ti são restritos a massa do solo, e assimformam somente numa seqüência posterior do MORB (então as recentes características de um enriquecimento emFe num trend toleítico no diagrama ACF, Figura 8-14).

Amostras muito rica em fenocristais de plagioclásio e outros ricos em fenocristais de olivina (picritos) sãoclaramente comuns. Estas amostras foram originalmente acreditadas a serem representes de dois tipos distintos demagmas parentais, mas os estudos da densidade mostram que o plagioclásio deve flutuar, e que a olivina e oclinopiroxênio devem afundar nos magmas de composições MORB. Embora as maiorias dos petrológos agoraconsiderem tais rochas ricas em fenocristais a serem rochas acumulativas no quais os fenocristais estãoconcentrados. Novamente, isto enfatiza a importância da contagem dos vidros  para representar a verdadeiracomposição do líquido no trabalho que tentar lidar com a evolução do líquido.

Enormes megacristais (>2 a 3 mm) podem ocorrer, e são comumente rodeados e embebecidos, comcomposições que não estão em equilíbrio com o solo de massa. Por exemplo, nós podemos definir uma simples eempírica constante de distribuição  –   distribution constant, K D   (ver Equação 9-2) para a troca Fe-Mg entre a

olivina e o vidro coexistente no MORB (fusão):

K D =  (FeO/MgO)ol (13-1)(FeO/MgO)liq

Onde FeO e MgO estão expressos em peso dos óxidos %. Tais constantes de distribuição são inteiramentegerais, e podem ser usados para inúmeras trocas de elementos entre qualquer fase em equilíbrio. Tais distribuiçõesdas constantes empíricas devem conter para um alcance modesto das composições magmáticas e temperaturas. Asmedidas dos fenocristais de olivina e os pares de vidro basáltico tanto nas amostras na natureza quanto nosresultados dos experimentos tem mostrado que o K D, como definido pela Equação 13-1, é aproximadamente 0.28(BVTP, p, 135). Os megacristais de olivina comumente têm composições mais ricas em Mg do que nós

esperaríamos para as composições vítreas. Os megacristais com número de Mg (Mg#) (100Mg/(Mg + Fe) numa base molecular) igual a 90 tem sido observado nos basaltos com vidros de Mg# = 59 (Stakes et al., 1984). Taisfenocristais deveriam estar em equilíbrio com a fusão do Mg# = 71. Isto, a natureza corrosiva dos megacristais,implica que eles se formaram em um magma mais primitivo que foi injetado para dentro e misturado com os queestavam mais envolvidos que agora dominam a massa do solo. Observações similares têm sido feitas para o osmegacristais de plagioclásio baseado no conteúdo de An.

Tabela 13-2: Mádia das Análises e Normas do CIPW dos MORBs (BVTP tabela 1.2.5.2)

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A composição química dos elementos maiores dos MORBs foi originalmente considerada a seremextremamente uniformes, o qual, em conjunção com o seu enorme volume e restrito ao modo de ocorrência, foraminterpretados em implicar uma simples petrogênese. As amostras mais extensivas e os trabalhos químicos, contudo,tem mostrado que os MORBs exibem um alcance na composição. O alcance, contudo, é ainda considerado maisrestrito do que para a maioria das associações. A Tabela 13-2 lista algumas medidas das análises químicas dos

 basaltos das cadeias meso-oceânicas a partir do Atlântico, Pacífico, e cadeias Oceânicas Índicas, assim bem como asnormas CIPW. Todas as análises são dos vidros, assim que as composições dos líquidos estão representadas equalquer efeito possível da acumulação dos fenocristais é evitado. Note que o conteúdo muito baixo de K 2O(comparado com a medida do basalto na Tabela 8-3) e que todas as análises são as normativa de quartzito-hiperstênio (embora a olivina seja comum na moda).

A Figura 13-5 é um diagrama de variação do tipo Fenner apresentando uma variação dos elementosmaiores em função da concentração de MgO para o MORB no Vale de Amar do MAR. O MgO foi escolhido comoa abscissa devido ao seu recente estágio de evolução dos líquidos máficos no geral envolverem um decaimento emMg/Fe+2 mais do que na mudança de SiO2 (ver Figura 12-13a). Isto seria também evidente a partir da Figura 13-5,onde o conteúdo de SiO varia pouco, e está praticamente constante em todo o alcance. O MgO decai  a partir daesquerda para direita na figura 13-5, como um indicador do aumento da evolução do líquido. Novamente, este

decaimento em MgO e aumento relativo em FeO são característicos de uma diferenciação recente no trende dostoleíticos (ver a Figura 8-14 e os trendes toleíticos de Skaergard na Figura 8-3). Somente nos platôs das cadeiasvulcânicas expostas, tais como da Islândia e do Galapagos, são encontradas rochas mais envolvidas tais como osandesitos e até mesmo os riolitos, o qual exibe um enriquecimento subseqüente em álcali. Se a ocorrência dasamostras envolvidas nestes platôs é um resultado de uma melhor exposição e a amostragem da densidade ou oenorme volume das fusões produzidas (e então grandes câmaras magmáticas) não é no presente momentoconhecido.

Figura 13-5:  Diagrama de variação do tipo “Fenner” para vidros basálticos da região de Afar do MAR.  Note a diferença naordenada da escala. De Stokes et al. (1984).

Os padrões dos elementos maiores na Figura 13-5 são compatíveis com o fracionamento do cristal da fasedos fenocristais como discutido acima. A remoção da olivina ascenderia o raio do FeO/MgO, e a separação do

 plagioclásio calcico causaria um decaimento significativo em Al2O e CaO. O raio do CaO/Al2O, contudo, também

decai com a diferenciação, a partir de 0.90 para aproximadamente 0.78 (Figura 13-6). Devido ao raio do CaO/Al2Onos fenocristais de plagioclásio ser aproximadamente 0.55 (menos do que na fusão), uma remoção desta fase

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aumentaria  o CaO/Al2O no líquido permanecente do que em nos menores, como mostrado pelo vetor do plagioclásio. A olivina contém tanto Ca quanto Al, e assim não teria um efeito no raio. Algumas outras fases ricasem Ca contendo pequeno Al devem também ser removidas a partir dos líquidos nas porções do MAR, oclinopiroxênio é o candidato mais próximo, como mostrado na Figura 13-6.

Figura 13-6: Variação no CaO/Al2O3 com o Mg# para os vidros basálticos da região de Afar do MAR. A região sombreadarepresenta o alcance da análise do vidro. Os vetores mostram o caminho esperado para a evolução do líquido resultante a partir dacristalização fracional da fase rotulada. De Stakes et al. (1984).

O comportamento do clinopiroxênio, contudo, é fortemente direto. Dados a partir de grande conjunto dedados (não restrito apenas aos vidros), transpondo uma grande seção ao longo do MAR de 27 para 73ºN (Schillinget al., 1983) encontram tanto o decaimento em CaO/Al 2O3 quanto em qualquer trende composicional que requer umfracionamento do clinopiroxênio (Figura 13-7a). (a Figura 13-7b é um diagrama do raio do elemento de Pearce (verSeção 8.6) para o mesmo conjunto de dados).

Figura 13-7:  Diagrama de variação para o MORB da cadeia Meso-Atlântica. (a) Plotagem do CaO/Al2O3  vs. Mg#/100apresentando nenhum discernimento nos trendes do clinopiroxênio. (b) O raio do elemento de Pearce plotado com 1:1 inclinação para (0.5(FeO + MgO) + 2CaO + 3Na2O)/K vs. Si/K, sugerindo que o fracionamento da olivina + plagioclásio. Dados deschilling et al. (1983).

Uma inclinação de +1 da plotem do (0.5(Fe + Mg) + 2Ca + 3Na)/K vs. Si/K sugere um fracionamento desomente plagioclásio e olivina para as amostras do MAR. Simon et al. (1991) notou um leve decaimento noCaO/Al2O3 para os vidros a partir do EPR, e, embora a maioria das suas amostras fosse multiplicadamente saturadascom olivina e plagioclásio, algumas foram também saturadas com clinopiroxênio. O clinopiroxênio parece se formar

 posteriormente nos MORBs. Se a fase de fenocristais é comumente uma das a se cristalizarem, e é muito mais

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comum na fase da matriz. Como pode ser responsável pela redução do Ca/Al em algum MAR e nos magmas PRatravés do completo spectrum químico, e não apenas nos magmas mais envolvidos? Rhodes et al. (1979) encontrouque a remoção dos clinopiroxênios é requerida para os modelos da massa balanceada do fracionamento de qualquersuíte do MORB no sentido de fato que os clinopiroxênios não são uma fase líquida neles. Eles chamam esta estranhaconclusão de “paradoxo do clinopiroxênio”. Groove et al. (1992) sugeriu que os clinopiroxênios estão numa faseeutética em altas pressões, mas o eutético transfere-se em direção ao clinopiroxênio assim que a pressão se reduz. Acomposição da fusão, o qual estava no eutético em profundidade, é assim deixada no campo da olivina-plagioclásio,e de forma alguma saturada em clinopiroxênio.

Voltando ao permanecente fracionamento dos trendes na Figura 13-5: Na2O, K 2O, Ti2O, e P2O5  todosaumentam quando MgO decai. O Na2O está incluído no plagioclásio, mas, devido ao plagioclásio ser antipertitico, o

 Na2O está ainda enriquecido nos líquidos envolvidos. Os outros três elementos estão totalmente excluídos a partir dafase de fenocristais, e a concentração da cada aumento por aproximadamente 300% acima do limite dascomposições mostradas.

A partir destes dados nós podemos tirar algumas interessantes conclusões sobre o MORBs e os processosdiante das cadeias meso-oceânicas. Primeiro, nós podemos confirmar a nossa recente alegação de que os MORBs

não são completamente magmas uniformes eles foram uma vez considerados a serem. Eles mostram algunsconsistentes trends químicos com uma cristalização fracional da olivina, plagioclásio, e talvez clinopiroxênio. Istotambém nos diz que o grande volume de MORBs não pode ser magma primário, mas são magmas derivadosresultantes a partir daquela cristalização fracional. Devido à composição da maioria dos MORBs se aproximaremem menores pressões cotéticas para a olivina-plagioclásio-clinopiroxênio, a cristalização fracional deve entãoassumir uma posição próximo da superfície, provavelmente nas câmaras magmáticas superficiais. Os magmas

 primários devem estar em equilíbrio com a fase do manto, e, contudo devem ter o Mg# próximo de 70 (Seção10.44), o qual corresponde à concentração de Mg de 10 para 11 em peso % para os MORBs. Assim poucos, sealgum, dos liquidos do MORB que atingem a superfície é primário (como podemos ver na Tabela 13-2 e nas Figuras13-5, 13-7, e 13-8).

Em que extensão a cristalização fracional assume posição nos MORBs? A pequena variação no SiO2 se nósolharmos como sendo uma medida do fracionamento, é equivocada. Logo para também o MgO, o qual está contidonos minerais máficos e na fusão. Dessa forma, os elementos incompatíveis devem prover uma variação que estádiretamente relacionada ao progresso da cristalização fracional. Se K 2O, TiO2, e P2O5  todos aumentam de 200 a300% nas suítes dos MORBs, e eles estão concentrados pela exclusão a partir da fase de cristalização na câmaramagmática isolada, então o líquido deve estar reduzido de 50 a 67% para acompanhá-lo. Esta é uma surpreendenteconclusão para tal aparente composição química uniforme.

Grove et al. (1992) derivado de um modelo para o fracionamento MORB e aplicado para alguns segmentosde cadeias. Eles concluíram que a cristalização fracional diante de algumas dilatações lentas das cadeias ocorre em

 pressões de 0.3 a 0.6 GPa (dentro do manto), sugerindo um manto resfriado diante deles, permitindo fusões do

MORB a se resfriarem e cristalizarem assim que ascendem. Dados do segmento de cadeias de dilatação rápida doEPR eram consistentes com a cristalização fracional em pressões entre 0.0001 e 0.2 GPa (fracionamento crustal).

O Mg3 da maioria dos MORBs é tanto primário (menos do que 2% das amostras de MORB tem Mg 3 > 65)quando altamente envolvidos, sugerindo que alguns mecanismos mantém a maioria dos MORBs dentro de algumlimite composicional intermediário. A re-injeção periódica do magma mais primitivo dentro de uma câmaramagmática superficial envolvida (como discutido no Capítulo 11) seria tal processo.

A Figura 13-8 sugere assim que o processo da câmara magmática pode ser diferente em cadeias dedilatações rápidas do que nas cadeias de dilatações lentas. As análises para mais de 2200 composições vítreas a

 partir das cadeias meso-oceânicas indicam que os rápidos segmentos das cadeias, tais como o EPR, exibem um

quadro limite de composições, e produzem grandes proporções de líquidos envolvidos (ou possivelmente umenorme grau de fusão parcial) do que em lentos segmentos. Alguns investigadores também encontraram que omagma irrompido levemente sai do seu próprio eixo (MAR: Hekinian et al., 1976; Bryan e Moore, 1977; EPR:

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Hekinian e Walker, 1987; Hekinian et al., 1989), o qual deve também ter implicações para os processos magmáticosnas câmaras magmáticas axiais. As variações ao longo  do eixo tem também sido descritas (MAR: Bryan, 1979;Stakes et al., 1984; EPR: Hekinian et al., 1989; Sinton et al., 1991; Batiza e Niu, 1992).

Figura 13-8: Histograma de mais de 1600 composições vítreas a partir de cadeias meso-oceânicas rápidas e lentas. Perceba que oMAR é lento e o EPR é rápido, e que cãs cadeias rápidas mostram levemente uma medida de fusões mais envolvida. De Simon eDetrick (1992).

Devido à variação da composição química nos MORBs, cuidados devem ser tomados quando comparadasàs análises de amostras de uma área para outra. Nós podemos evitar os efeitos da cristalização fracional pelacomparação somente das análises das amostras com o similar Mg#. Melhor ainda, nós podemos evitar as variaçõesna passagem da diferenciação superficial pela comparação de somente as amostras mais primitivas. Mesmo quandonós fazemos isto, contudo, uma variação considerável é comumente ainda aparente. A Figura 13-9 apresenta umavariação em K 2O com o Mg# para o conjunto de dados do MAR de Shichilling et al. (1983). Note uma tremendavariação no K 2O, mesmo para um constante valor de Mg# entre 65 e 70.

Figura 13-9: Variação em K 2O vs. Mg3 para os MORBs a partir da Cadeia Meso-Atlântica. Dados de Schilling et al. (1983).

Variações similares são encontradas para o TiO2 e P2O5. As amostras com altas concentrações de elementos

incompatíveis neste conjunto de dados vêm a ser os platôs vulcânicos ao longo das cadeias, tais com Jan Mayden,Islândia, e os Azores. Devido ao K 2O, TiO2, e P2O5 serem elementos incompatíveis, as suas concentrações não são

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razoáveis a serem atingidas pelo processo de cristalização fracional após a separação a partir do manto. Você devese lembrar a partir dos modelos de cristalização fracional no Capítulo 9 que a maioria dos elementos incompatíveisnão é somente suavemente atingida pelo aumento da cristalização em 50% (note a concentração de Rb a partir do  F  = 1.0 → 0.5 na Figura 9-3). As concentrações destes elementos esta mais proporcional a refletir as característicasherdadas a partir da fonte do manto. Isto sugere embora subitamente, que existe rico em incompatíveis e pobres emincompatíveis nas regiões fontes (pelo menos) para o magma dos MORB no manto diante das cadeias, talvezrelacionados aos reservatórios inferiores e superiores e inferiores do manto discutido para a gênese do basalto noCapítulo 10. Nós podemos assim distinguir entre o N-MORB (“normal” MORB), o qual fecha o depletado, oumanto pobremente em incompatíveis e E-MORB  (“enriquecido” MORB, também chamado de P-MORB  para a“pluma”) o qual fecha mais profundamente, o manto enriquecido em incompatíveis discutido na Seção 10.5. O N-MORB com Mg3 > 65 tem K 2O < 0.10, e o TiO2 < 1.0, enquanto que o E-MORB  tem K 2O > 0.10, e TiO2 > 1.0

 para o mesmo Mg3. Claro que, a composição química dos elementos maiores não é a melhor maneira de fazer estasdistinções, o que deve ser substanciado pelos elementos traços e diferenças isotópicas.

13.5 Elementos Traços do MORB e Química dos Isótopos

O diagrama de variação para os elementos traços vs. Mg3 suportam as conclusões estabelecidas acima paraos trends  dos elementos maiores. Elementos altamente incompatíveis, tais como o Ni e o Cr, decaem com odecaimento do Mg3, como nós poderíamos esperar com o fracionamento da olivina. Elementos altamente, tal como oV, concentra-se no líquido envolvido. Se nós quisermos localizar uma distinção entre o P-MORB  e o E-MORB,contudo, nós estaremos mais bem servidos pelo procedimento direto dos elementos Terr as Raras.

A Figura 13-10 mostra alguns padrões de REE selecionados a partir de dados do MAR de Schilling et al.(1983). Os padrões com os quadrados abertos possuem uma inclinação negativa, resultante do enriquecimento doLREE, similar ao enriquecimento dos xenólitos no manto e basaltos na Figura 10-14. Os padrões com o triângulo

 preenchido possuem uma curvatura positiva (LREE depletado) considerado característica do MORB derivado de

uma fonte do manto na Figura 10-14. As amostras de LREE enriquecidas são também enriquecidas em outrosincompatíveis, correspondendo às amostras com elevados K 2O e TiO2 na Figura 13-9. Como discutido no Capítulo10, estes padrões de enriquecimento dos elementos terras raras leves e depletação não podem resultar dos efeitos dafusão parcial ou cristalização fracional (devido a eles estarem excluídos a partir da fase sólida) e devem refletirdiferentes reservatórios do manto.

Figura 13-10: Padrões REE normalizado para o condrito por amostras selecionadas da Cadeia Meso-Atlântica. Os quadrados sãoos MORBs do tipo E e os triângulos são MORBs do tipo N. Dados de Schilling et al. (1983).

Os padrões HREE são de passagem e similar, sugerindo que alguns investigadores propuseram que o raiodo La/Sm (a inclinação dentro do LREE) deve ser usado como medida do enriquecimento do LREE vs. Os magmas

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depletados, e não La/Lu ou La/Yb. Outros consideram somente os elementos mais incompatíveis como não sendoatingidos por um fracionamento diferencial devido à separação do cristal ou efeito da fusão parcial, e sugere que oraio de La/Ce é superior. A Figura 13-11 mostra o La/Sm vs. Mg3 para um conjunto de dados de Schilling et al.(1983). Perceba que o E-MORBs (quadrados abertos) sempre têm um alto raio de La/Sm do que os N-MORBs(triângulos abertos), não levando em consideração o Mg#. A necessidade de qualquer rompimento entre a lavaenriquecida e depletada conduz alguns pesquisadores a distinguir os três tipos MORB. Para os dados de Schilling etal. (1983), as subdivisões selecionadas dependem um pouco em particular dos segmentos da cadeia, mas em geral o

 N-MORBs têm La/Sm > 1.5 a 1.8, e os E-MORBs tem La/Sm < 0.7 e T-MORBs (para “os MORBs de transição”)tem valores intermediários. Os dados químicos sugerem que os T-MORBs se formam num espectro continuo entreos tipo s N- e E-, mais simplesmente explicado pela mistura binária dos dois extremos dos tipos de magma. Assimos T-MORBs não necessariamente implicam um terceira fonte distinta.

Figura 13-11: La/Sm vs. Mg# para os MORBs formam a Cadeia Meso-Atlântica. Os quadrados abertos são MORBs do tipo E- eos triângulos escuros são mORBs do tipo N-. Os círculos de cinza são MORBs do tipo T-. Dados de Schilling et al. (1983).

Devido aos isótopos não fracionarem durante a fusão parcial ou processo de cristalização fracional, elesdevem ser mais úteis na indicação da variação das fontes. A Figura 13-12 apresenta o 143 Nd/144 Nd vs. 87Sr/86Sr para

os MORBs. Os N-MORBs plotam como um relativamente quadro apertado com

87

Sr/

86

Sr < 0.7035 e

143

 Nd/

144

 Nd >0.5030, ambos indicam a depletação da fonte do manto (ver Sessão 10.5). Note que o os E-MORBs se estendem para um arranjo MORB para valores mais enriquecidos (altos valores de 87Sr/86Sr e menores valores de 143 Nd/144 Nd), provendo assim um forte suporte na distinção dos reservatórios do manto para os tipos de MORBs N- e E-. Os T-MORBs também apresentam valores intermediários de misturas.

Figura 13-12: Raios isotópicos Sr e Nd para o N-MORB Atlântico (entrada horizontal), MORB Pacifico (entrada vertical), e E-MORB a sudeste do Oceano Indico. Dados de Ito et al. (1987) e LeRoex et al. (1983).

Os elementos traços e dados isotópicos assim provem uma evidencia confirmante de que os basaltos dacadeia meso-oceânica tem mais do que aquele da região fonte, e que o manto diante das bacias oceânicas não éhomogêneo. O modelo mais aceito é que os N-MORBs fecham o manto superior depletado, como descrito na Seção10.5. o tempo requerido para os sistemas isotópicos desenvolver sugerem que estes reservatórios tem sidodistinguido por um longo tempo. Os T-MORBs provavelmente resultam a partir da mistura de outros tipos demagmas N- e E- durante a ascensão e/ou nas câmaras superficiais.

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Um favorecido aspecto intrigante emerge a partir de estudos isotópicos das cadeias oceânicas, onde existeuma evidencia para um terceiro, e muito enriquecido componente. Este componente é especialmente perceptível nosdados para as cadeias no Oceano Indico (Dupré e Allègre, 1983; Michard et al., 1986). A evidencia é forte quandonós consideramos os sistema U-Pb-Th e os dados da ilha oceânica, e as implicações para o manto sub-oceânico até oseguinte capítulo de vulcanismo de ilhas oceânicas.

13.6 Petrogênese e Basaltos da Cadeia Meso-Oceânica

 Nós agora temos uma clara idéia do que constitui os magmas do MORB, e como eles variam. Ele permanece a desenvolver um modelo razoável para a petrogênese do MORB. Tais modelos devem ser capazes deexplicar os trendes químicos e mineralógicos, o fenômeno do vulcanismo nas cadeias e a geração de camadas nacrosta oceânica, enquanto permanece compatível com os dados geofísicos. Os modelos de uma clara mudança comos dados se tornam disponível, e qualquer modelo presente nesta datas irá certamente ser mais modificado oumudado no futuro, apenas como revisto para os modelos terem envolvidos nosso presente conceito.

 Nós começaremos pela localização do problema da origem dos magmas do MORB. Existiramconsideráveis controvérsias na natureza dos magmas primários do MORB. A grande quantidade e uniformidadequímica dos MORBs conduz a um claro trabalho para concluir que eles foram todos fusões primárias entreguesdiretamente para a superfície. Como discutido acima, a vasta maioria, se não todos, os MORBs são agoraacreditados a serem derivados de líquidos que tenham passado pelo menos por um grau de cristalização fracional emistura do magma, como proposto primeiro por O´Hara (1968a, 1977, 1982). Como discutido recentemente nestecapítulo, a natureza satura e múltipla de baixos P- do MORB, confirmados pelos estudos experimentais, provem umclaro suporte para a alegação feita por de O´Hara.

Alguns petrológos acreditam que o melhor candidato para o MORB primário é a amostra de vidro  mais primitivo (líquido) (Mg#>70). No Capítulo 10 nós discutimos que o sólido residual era para ser um harzburgito(Figura 10-2), e assim a olivina e o ortopiroxênio devem estar em altas pressões nas últimas fases líquidas emequilíbrio com o magma primário em profundidade. Experimento em altas pressões em qualquer um dos vidros mais

 primitivo, contudo, apresentavam que o ortopiroxênio não estava numa fase líquida em qualquer   pressão. Estesresultados conduzem no geral os pesquisadores (Green et al., 1979; Stolper, 1980) a concluir que os  picritos foram omagma primário do MORB, devido aos experimentos mostrarem que eles estão saturados tanto com a olivinaquanto com o ortopiroxênio em 1.0 -1.2 GPa (30 a 35Km). Oponentes dos picritos como os magmas primários doMORB apontaram para a necessidade de qualquer vidro de composição picritica, o qual sugere que os picritos sãoacumulativos no que diz respeito à olivina, e não representam à verdadeira composição do líquido. Aqueles quefavoreceram os picritos a replicarem que a densidade do picrito no liquido inibe seu alcance a superfície. Nem todosos experimentos em vidros do MORB primitivo, contudo, precisam do ortopiroxênio no liquidus. Fujii e Kushiro(1977) e Bender et al. (1978) reportaram um MORB saturado primitivo com um ortopiroxênio no limite de 0.8 a 1.2GPa (ver Figura 10-13). Isto controverte na natureza do MORB pai e a interpretação dos resultados experimentais se

estende por mais de décadas (BVTP, pp. 150-151; Stolper, 1980; Presnall e Hoover, 1987; Elthon, 1989; Fuji,1989). A maioria dos recentes experimentos usando novas técnicas para manter as frações de pequenas fusões emestados não contaminados (e.g., Hirose e Kushiro, 1991) sugere que o MORB primitivo com somente 10 a 12% deMgO (Mg# 63-70) pode ser gerado em pressões superficiais (0.1 GPa) em equilíbrio com a olivina e oortopiroxênio, e que os picritos não são necessariamente com os MORB do magma pai.

Sem levar em consideração o pai, dados experimentais na maioria dos MORBs mais parentais (incluindo picritos0 indicam que eles foram saturados multiplicadamente com a olivina, clinopiroxênio, e ortopiroxênio na pressão limite de 0.8 a 1.2 Gpa, correspondente aproximadamente de 25-35 Km. Este é o campo do spinel lherzolito,o qual é compatível coma necessidade ambos na depletação de HREE (exceto se a granada for uma fase residual) euma anomalia de európio (esperado se o plagioclásio for residual) nos dados do REE da Figura 13-10. Nós devemos

estar esclarecidos no que isto significa. Devido ao magma do MORB serem um produto de uma fusão parcial damanto lherzolito num diapiro ascendente, a fusão assume uma posição acima do limite das pressões. A pressão de

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saturação múltipla representa o ponto no qual a fusão estava ultima em equilíbrio com a fase sólida do manto, comodiscutido na Capitulo 10. enquanto os elementos traços incompatíveis e características isotópicas da fusão refletem adistribuição em equilíbrio daqueles elementos entre a fusão e o reservatório da ultima  fonte, os elementos maiores (eentão mineralógico) caracteres irão ser controlados pelo equilíbrio mantido entre a fusão e a fase do manto residualdurante a sua ascensão até que a fusão separe como um sistema independente com seu própria característica distinta.

Assim a profundidade saturação múltipla reflete a separação da profundidade, o qual pode ser interpretadocomo uma profundidade mínima da origem, devido à fusão poder separar a partir dos sólidos em qualquer pontodurante a ascensão do diapiro a partir da ultima fonte. Certamente a ultima fonte é muito mais profunda do que 25 a35Km como indicado nos experimentos, talvez maior do que 80 Km para o N-MORB, e até mesmo profunda paraas plumas do E-MORB.

Figura 13-13: Ilustração do diagrama esquemático de um modelo para ascensão e descompressão da fusão de deferentes regiõesfontes para produzir os MORBs do tipo E- e N-. De Zindler et al. (1984) e Wilson (1989).

 Nosso modelo de fusão petrogenética, ilustrado na Figura 13-13, assim começa com a separação das placaslitosférica em nos limites das placas divergentes e assim como uma locomoção para cima do material do mantomobilizado para dentro das zonas estendidas, onde são repostos o material transferido horizontalmente e passando

 por uma descompressão da fusão parcial associado com uma próxima ascensão adiabática (Seção 10.2.1). Para o N-MORB, a fusão é iniciada numa profundidade de 60 a 80 Km na camada do manto superior depletada e é herdadados elementos traços depletados e caracteres isotópicos. A porcentagem da fusão parcial aumenta aproximadamentede 15 a 40% (Plank e Langmuir, 1992; Forsyth, 1993) assim que os diapiros da fusão do manto ascendem emdireção à superfície (ver Figura 10-5).

A fração fundida depende da profundidade da fonte, temperatura, e da taxa de ascensão (e dilatação). Afusão é finalizada pela perda do calor condutivo para a superfície próxima do topo da coluna, talvez ajudada peloconsumo do clinopiroxênio, o qual, quando passa, requer um pulo na descontinuidade da temperatura assim que afusão fracional é possível (Seção 7.1.1). Modelos matemáticos simples sugerem que a região da fusão para os N-

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MORBs e preferencialmente ampla, aproximadamente 100 Km de abertura (Scott e Stevenson, 1989), mas estáfocada dentro de 3  –  8 Km de abertura na zona vulcânica nas cadeias meso-oceâncias (Macdonald, 1982; Perfit etal., 1994). Modelos mais sotisficados sugerem que esta centralização é acompanhada por uma flutuação das forçasda fusão e dependente da pressão-temperatura da viscosidade do manto (Cordrey e Phipps Morgan, 1993). A fusãocria bolhas de separação de aproximadamente 25 a 35 Km onde eles estão pelo menos em equilíbrio com os resíduosda olivina-clinopiroxênio (harzburgito), e migram para uma profundidade de 1 a 2Km imediatamente diante do eixoda cadeia, onde eles residem numa câmara magmática axial.

Assim que manto flutua para cima, a parte mais baixa, e enriquecida do reservatório pode também tirar paradentro do material ascendente, e uma pluma –  plume é iniciada. Alternativamente a pluma pode ser independente(mas geograficamente coincidente) na origem. Como uma pluma, com os elementos traços enriquecidos ecaracterísticas isotópicas de um reservatório do manto profundo, também passam por uma fusão de descompressão

 para formar uma fusão parcial do E-MORB. A fonte enriquecida do E-MORB pode também ocorrer como plumasencurraladas ou fatias de misturas tectonicamente e congregados no manto acima de 660 Km de descontinuidade. Aorigem destes serão discutido nos seguintes capítulos. Assim que o N-MORB, a fusão não irá segregar para umsistema semi-isolado até para profundidades muito mais superficiais, onde o elemento maior e característicasmineralógicas são determinados. A mistura de várias bolhas de fusão do E-MORB e N-MORB podem assumir uma

 posição acima do limite da profundidade do manto, e um nível de cristalização fracional do manto pode ocorrer,tanto antes ou depois da mistura, particularmente em alguns segmentos de cadeias com locomoção lenta (Groove etal., 1992).

Figura 13-14:  Modelo recente de uma câmara magmática axial semi-permantente diante de uma cadeia meso-oceânica. DeBryan e Moore (1977).

As fusões do manto eventualmente n focam em direção a uma câmara magmática superficial diante da

crista da cadeia oceânica. Originalmente a câmara magmática axial foi contemplada com uma relativa largura(aproximadamente 5Km de abertura a 9Km de profundidade) a câmara semi-permanente que passou por uma

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cristalização fracional para produzir os magmas do MORB derivados (Figura 13-14). O fracionamento foi moderado pela periódica re-injeção de recente, e primitivo MORB abaixo. Os diques imantados para cima através da extensãoe falhamento do teto para criar um complexo de diques folheados e alimentados pelo fluxo das pillows. Acristalização assume uma posição nesta câmara magmática próxima ao topo, ao longo do piso, e ao longo dos lados,através disso adicionando sucessivas camadas de gabros para criar uma camada 3. Cann (1974) chamou este modelode “cebola infinita”, devido a ele lembrar um numero infinito de células de cebolas criadas dentro a adicionadas paraa parede. Acumulação de densos cristais de olivina e clinopiroxênios no piso da câmara produzindo um acumuloultramáfico encontrado nos ofiolitos e suspeitos de estarem presentes no topo da camada 4. O acamadamento nosgabros inferiores (camada 3B) provavelmente resultaram a partir da corrente de densidade de cristais suspensosfluindo para baixo da curvatura da parede e do piso.

O grande e persistente modelo de câmara ganhou ampla aceitação para esta simples e elegante explicaçãodo magmatismo da cadeia meso-oceânica e a criação da crosta oceânica. O “sistema aberto” dá uma recarga

 periódica do magma primitivo e diferenciação descontinua dentro da câmara explicado para inúmeras outrascaracterísticas também. Primeiro, é explicado o estreito limite químico de alguma forma envolvido nascaracterísticas no qual refletem próximo ao pronto estado balanceado entre a diferenciação e renovação. Este não foium pronto estado, é reflexo da variação química mostrada na Figura 13-5 através da 13-11 para os vulcões que

estavam em erupção. Claro, que o magma envolvido não irá ao longo estar em equilíbrio com as fases do manto em profundidade, tendo passado por uma cristalização fracional na câmara superficial. A natureza mais primitiva dosvulcões em direção ao eixo da cadeia e mais naturalmente envolvido em direção aos flancos observados por alguns

 pesquisadores poderia ser explicada pelas recentes injeções na região axial e mais e diferenciação mais avançada emdireção as paredes resfriadas da câmara. O “paradoxo do piroxênio” no qual os trendes químicos sugerem ofracionamento do clinopiroxênio nos magmas com nenhum clinopiroxênio pode resultar a partir da mistura de ummagma mais primitivo (livre de clinopiroxênio) com aquele mais envolvido e saturado no clinopiroxênio (Walker etal., 1979).

O´Hara (1977) propôs um modelo para o comportamento dos elementos traços incompatíveis em sistemasabertos, periodicamente reposto nas câmaras magmáticas no qual a cristalização fracional mais a descarga dos

líquidos envolvidos para a superfície compensariam a recarga primitiva a partir de baixo. Cada recarga seria parcialmente reiniciada nos magmas envolvidos no retorno a câmara em direção as composições mais primitivas. Oselementos maiores aproximar-se-iam do pronto estado de composição intermediária. Os elementos incompatíveismenores e elementos traços, por outro lado, concentram-se acima do tempo para valores maiores do que eles

 passariam no comportamento de um sistema fechado, pois é mais adicionada cada recarga do que perdida para asuperfície pelo vulcanismo, e os incompatíveis não são removidos pela cristalização fracional.

Estes elementos eventualmente atingem um elevado pronto estado também. Isto pode explicar as altasconcentrações de K 2O, TiO2, e P2O5 o que sugere de 50 a 67% da cristalização fracional na Seção 13.4. Langmuir(1989) sugeriu um modelo alternativo de cristalização in situ –  in situ crystallization (Jackson 1961; McBirney e

 Noyes, 1979), envolvendo uma camada limite de solidificação gradativa (como na Figura 11-12). Como os limites

das camadas seriam conduzidos pelos cristais misturados numa temperatura próxima do solidus nas paredesresfriadas do sólido e aplainando próximo de todos os líquidos internos onde a temperatura está alta. A composiçãoda mistura do líquido com o cristal assim varia a partir de baixas temperaturas de composições eutéticas próximas às

 paredes para a composição de volume original interno onde poucos cristais estão presentes. Se este espectro domagma for misturado, as fusões do limite das características derivadas estariam combinando. O clinopiroxêniocristalizaria ao longo das paredes resfriadas, e as fusões em equilíbrio com o que pode ser expelido para misturarcom os clinopiroxênio livres de fusões no interior, assim explicando o “paradoxo do clinopiroxênio” assim bem coma elevada concentração de elementos incompatíveis.

O persistente modelo de câmara do magmatismo da cadeia meso-oceânica possui uma bela simplicidade, e provem uma elegante solução para a geração da seqüência de ofiolitos e acamadamento da crosta oceânica. No

sentido de apelar para algum modelo, contudo, recentes pesquisas sísmicas têm falhado em detectar qualquer câmaradeste tamanho nas cadeias, causando assim uma fundamental transferência a partir desta visão tradicional dascâmaras magmáticas axiais como sendo grande, pronto estado, predominantemente fundido de corpos de duração

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estendida (Langmuir e Detrick, 1988). Um conceito mais moderno da câmara magmática axial diante de cadeias de

dilatação rápida é ilustrado na Figura 13-15, o qual combina a geometria da câmara magmática proposta por Sintone Detrick (1992) com a abertura da zona da atividade vulcânica notada por Perfit et al. (1994).

Figura 13-15: Seção esquemática através de uma câmara magmática axial diante de uma cadeia de dilatação rápida como daAscensão Leste do Pacífico. As zonas de preto são os líquidos na câmara magmática axial. ASC = caldeira do pico axial. DePerfit et al (1994).

 No novo modelo, o copo completamente no estado líquido é uma fina e estreita lente de sill (de décadas acentenas de metros de espessura e < 2Km de abertura). Esta localizado de 1 a 2km diante do piso marinho e provemuma alta amplitude de reflexão subhorizontal notada em arquivos de detalhes sísmicos ao longo e através das seçõesde EPR (Herron et al., 1978, 1980; Detrick et al., 1987; Kent et al., 1990; Toomey et al., 1990). O corpo fundido érodeado por zonas muito mais amplas de baixa velocidade sísmica que transmitem ondas cisalhadas, mas pode anda

ter uma menor quantidade de fusão (o “mingau” e as zonas de “transição‟ na Figura 13 -15”). Petrologicamente egeoquimicamente a “câmara magmática” pode ser considerada comprimida tanto pela boa mistura, pela convecção,

 pelo corpo líquido e pela zona parcialmente solidificada, assim que a porção líquida se cristaliza para triturar e oslimites se movem progressivamente dentro da lente do líquido assim que a cristalização procede. As lentes sãomantidas pela re-injeção do magma primitivo, assim como na “cebola infinita” de Cann (1974). As zonas misturadasnão estão sismicamente bem contraídas, devido à variação nas ondas sísmicas coma s proporções das fusões nãoserem conhecidas.

As zonas misturadas contem talvez cerca de 30% de fusão (Detrick, 1991) e constituem um excelente limitedas camadas para o processo de cristalização in situ proposto por Langmuir (1989) acima, o qual é mais consistentecom os recentes resultados de laboratórios e recentes teorias concentrando-se a cristalização nas câmaras

magmáticas (Huppert e Sparks, 1980) as velocidades sísmicas ainda estão lenta diante da mistura, e são acreditadascomo resultado a partir da zona de transição onde o material parcialmente fundido aplaina para os gabrossolidificados e resfriados. Os limites de mistura/transição provavelmente representam o regidus, onde acristalinidade aumenta diante de 50a 60%, e o magma se torna um agregado rodeado de cristais que se comportammuito mais parecidos com um sólido e não está completamente em erupção (Marsh, 1989). A relativa velocidadesísmica elevada por toda a zona de transição limita os componentes de fusão para aqueles com não mais do quealguns per centos.

Os pequenos sill nas câmaras líquidas parecem dificultar a reconciliação coma s idéias tradicionais dacristalização fracional e fixamento do cristal para formar os gabros acamadados e acumulados, o qual confortamelhor do que as grandes câmaras líquidas, como na Figura 13-14, onde as espessuras acumuladas correspondem

talvez à metade da altura do magma na câmara. A cristalização in situ  nas zonas de mistura, contudo, podem seruma alternativa viável para a formação do gabro. Estudos recentes dos gabros oceânicos, 500m do qual foram

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 penetrados em Leg 735B de DSDP no sudoeste do Oceano Indico (Meyer et al., 1989; Bloomer et al., 1991, Dick etal., 1991) exibem uma variação textural e química que são compatíveis coma evolução nas zonas ricas em cristaisnas margens de pequenas câmaras líquidas (Sinton e Detrick, 1992). Nicolas (1989) e Cannat et al., (1991)

 propuseram que muito das camadas oceânicas dos gabros nos ofiolitos parecem serem  secundárias da dilatação do piso marinho e não pela fixação dos cristais. As variações litológicas (acamadamento) podem representar pequenosisolados pontos d efusões, localmente remobilizado e tirado durante a deformação (Bloomer et al., 1989; Dick et al.,1991).

A evidência para seqüências grossas com texturas acumuladas em gabros inferiores dos ofiolitos ainda parecem correr contrários ao modelo de pequena câmara magmática. Silton e Detrick (1992), contudo, sugerindouma importância e extensão de acumulados é sobreestimada. Embora Pallister e Hopson (1981) propuseram ummodelo para os ofiolítos Semial quer foi envolvido numa câmara magmática de espessura de 5 Km, Browning(1984) e Browning et al. (1989) sugeriram que a variação mineralógica nos gabros acumulados de Troodos e nosofiolítos de Oman são melhores modelados pela formação a partir da fusão da espessura de 100 a 200m. No

 presente, nosso conhecimento nos mecanismos de cristalização e fixação nas câmaras magmáticas no geral, e nasoceânicas em particular, não são suficientemente muitas bem contraídas a permitir uma resposta definitiva deste

 problema.

A maioria dos modelos propostos para os diques e os vulcões é limitada a uma área axial imediata. Perfit etal. (1994), contudo, reportaram recentes olhares nos campos de lavas e cadeias de pillow o qual sugeririam umarecente atividade vulcânica acima de 4Km a partir do eixo EPR. Esta atividade pode resultar a partir dos diquesforas das câmaras magmáticas, assim bem como de pequenas e efêmeras câmaras magmáticas tanto do N-MORBquanto do E-MORB, alimentados por ascensão de bolhas da fusão como ilustrado na Figura 13-15. Dados químicosheterogêneos (incluindo elementos compatíveis) para fora dos eixos vulcânicos, como comparado com os magmasmuito mais uniformes no pico da caldeira axial, levando Perfit et al. (1994) a sugerir que alguma pequena região ecorpos de magmas distintos com tempo de vida na ordem de 5 ka ou menos existiam no passado com 80 ka naCadeia do Pacifico Leste. Os eixos das intrusões externas e extrusões são acreditados a serem responsáveis por umrápido espessamento da camada 2A para longe da cadeia. A heterogeneidade química dos magmas axiais nas suas

seções em particular dos EPR, embora menos do que para o eixo fora, surgir uma cristalização fracional, mais umarecarga e mistura de pelo menos dois componentes dentro da suíte N-MORB (em adição ao material do E-MORB),o qual Perfit et al (1994) atribuiu as bolhas separadas do N-MORB que envolveram durante a ascensão da área axial.

O corpo fundido pode ser traçado com um refletor descontinuo para alguns quilômetros ao longo da cristada cadeia, com notáveis lacunas das zonas fraturadas, e em pequenas equiparações não transformantes (DevALs eOFCs), como ilustrado na Figura 13-16. As variações químicas numa escala de centenas de metros para algunsquilômetros indicam uma pobre mistura ao longo do eixo, e/ou lentes de magma líquido intermitente, o qual éalimentado por um conduto da fonte. A característica da fusão está mais envolvida no fim da distal da câmara pai dafonte do magma primitivo.

Os cálculos termais indicam que alto fluxo de calor em cadeias de dilatação rápida pode manter câmarasmagmáticas persistentes, enquanto contrações termais podem obstruir tais câmaras diante das cadeias de dilataçãolentas altamente incomuns (Sleep, 1975). A Figura 13-17 ilustra um modelo natural da câmara magmática diante deuma cadeia de dilatação lenta, tais como a Cadeia Meso-Atlântica. Com uma redução do calor e suprimento domagma, um pronto estado das lentes de magma em erupção é abdicado em favor da mistura das zonas de mistura dediques e zonas de pequenas transições diante do vale rifte bem desenvolvido. Com o volume do corpo bem abaixoda temperatura liquidus, a mistura e a convecção estão de longe menos parecidas do que as cadeias rápidas.

 Nisbit e Fowler (1978) sugeriram que inúmeros, pequenos, corpos magmáticos efêmeros ocorrem emcadeias lentas. Eles usaram a terminologia neste modelo de “alho infinito” como uma pequena variação da “cebolainfinita” de Cann (1974). Tais corpos transitórios são  compatíveis com o modelo presente, e provavelmente

concentrados nas áreas de misturas axiais. Magde et al. (2000) interpretou nas zonas de baixa velocidade nos seusestudos de topografia sísmica diante de um segmento da Cadeia Meso-Oceânica como resultado a partir do aumentoda temperatura e retenção da fusão deixada para trás pelas intrusões magmáticas no sistema de soldamento crustal.

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As velocidades são consistentes com somente pouca porcentagem da fusão parcial. O sistema inclui características parecidas com canos espaçados verticalmente na astenosfera dúctil. Atingindo acima da base da fina litosfera,ascendendo a interação do magma com as tensões extensionais e propagando-se ao longo do eixo através dascamadas britadas tanto lateralmente quanto verticalmente nos diques. Eles consideram as anomalias de baixavelocidade a representarem o tempo de medida da assinatura do numero de episódios de injeções de vida curta, doque uma intrusão de um único magma.

Figura 13-16: Seção esquemática transversal ao longo do eixo de uma cadeia de dilatação rápida ilustrando a necessidade deuma continuidade da câmara magmática axial, mistura de cristais, e zonas de transição.

Cadeias lentas são geralmente menos diferenciadas do que as cadeias rápidas (Figura 13-8), masapresentam trends   químicos complexos que podem ser descritos pelo fracionamento polibárico e/ou acumulo de

 plagioclásio e reação nas bolhas de magmas separados ascendidos (Flower, 1980; Grove et al., 1992). Se o prontoestado das lentes líquidas não existirem, a entrada do magma na área axial está mais provável a entrar em erupçãodiretamente na superfície (então mais primitivo), com alguma mistura. Cadeias rápidas com câmaras com líquidos

 persistentes serão, em media, sobre uma avanço de cristalização fracional numa porção de líquido vivido a tempos.

Figura 13-17: Seção esquemática através de uma câmara magmática axial diante da cadeia de dilatação lenta tais como a CadeiaMeso-Atlântica. Um líquido persistente da câmara magmática axial está tipicamente ausente. De Sinton e Detrick (1992).

Os corpos intermitentes em cadeias de dilatação lentas podem também permanecer por mais tempo nascadeias de dilatação rápida, logo que a cristalização fracional irá refletir no comportamento de um sistema fechadocom uma recarga menos comum, como comparado com o comportamento dos sistemas abertos que dominam nosreservatórios mais permanentes diante das cadeias rápidas. A carga e o fracionamento irão assim ser menosdiferenciados diante das cadeias lentas, o qual explicarias as características menos diferenciadas dos magmas decadeia lenta (Figura 13-8), assim bem como nas composições menos variadas. As maiorias deste magma nãoatingem a superfície, contudo, e a natureza da crosta oceânica em cadeias lentas deve ser heterogênea.

Klein e Langmuir (1987, 1989) e Langmuir et al. (1992) apresentaram resultados de monumentais trabalhosfocando na geração do MORB diante das cadeias meso-oceâncias. Nestes trabalhos eles usaram técnicasquantitativas e conjunto de dados químicos estendidos para modelar a fusão parcial e o fracionamento do material

do manto diante do sistema de cadeia meso-oceânica. Em resumo, as suas conclusões são:

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1. Trends químicos globais representam a media para aproximadamente 100km ao longo das cadeias, designadas para aplainarem as irregularidades locais e focar nos trends  em grande escala. Para evitar os efeitos dofracionamento na câmara superficial, eles compararam vários constituintes químicos ajustados para um grauconstante de diferenciação. Eles escolheram o peso em % do MgO como o seu índice de diferenciação, e o valor de8.0 peso % do MgO como um padrão. O seu método foi usado em séries locais de magmas e extrapolados paratodos os constituintes químicos para este valor padrão do MgO. Por exemplo, isto poderia ser feito para as lavas doHawaii na Figura 11-2 pelo uso de valores de todos os óxidos onde seus trendes lineares interceptam uma linhavertical em 8.05 MgO, resultando numa série de concentração de óxidos representando uma extensão singular dofracionamento ao longo da abscissa.

2. Uma forte correlação encontrada por Klein e Langmuir (1987) estava entre a baixa média de Na 8.0  (peso % de Na2O em 8.0 peso % de MgO) e uma alta meda de Fe8.0. Na2O é incompatível, e se concentra nas recentes fusões,logo baixos Na2O indicam elevados grau de fusão, F (F = fusão/(fusão + rocha) como definido pela Equação 9-5).Elevados FeO correlacionam-se com a profundidade da fusão, como encontrado por alguns experimentos na fusão

 peridotito. Eles concluíram a partir da correlação neste quadro de medida de assinaturas químicas que significam ograu de fusão, F , aumenta com o aumento do sentido da pressão da fusão, tanto na media acima quanto na “colunade fusão”. Klein e Langmuir (1987) definiram a coluna de fusão como a coluna ascendente da rocha do mantoatravés da qual a fusão ocorre, aproximadamente equivalente à zona entre a pressão na qual a ascensão adiabática domanto intercepta o solidus (na Figura 10-4) e quando ela atinge um ponto próximo da superfície muito frio para quea fusão entre em progresso. Langmuir et al. (1992) concluiu que as correlações globais são controladas por

diferenças no regime térmico entre os segmentos maiores do manto   muito mais do que peãs diferenças nacomposição do manto. Por exemplo, elevados gradientes geotérmicos causam o inicio das recentes e profundasfusões (a curva adiabática se transfere para a direita na Figura 10-4 e intercepta o solidus numa maior profundidade).Devido a coluna de fusão se estender numa maior profundidade, o significado da pressão de fusão (media através dacoluna) aumenta. Isto se correlaciona com uma maior  F   devido a fusão ocorrer através de um enorme limite de

 pressão e de fusão em % como uma curva adiabática transferida para a direita da Figura 10-4.

3. Devido a química global e correlações físicas, Langmuir et al. (1992) concluíram que o regime térmico diante de

um segmento de cadeia exerce um maior controle nas quantidades e composições do MORBs, então na espessuracrustal e profundidade abaixo do nível do mar do eixo da cadeia  (todos nos quadros de medidas).

4.  O fato de que o significado do sinal da pressão correlativa pode ser extraído a partir da média MORB decomposição química requer que as fusões podem ser extraídas a partir da profundidade sem o re-equilíbrio sdestruído em qualquer característica química com altos P. isto suporta um processo de fusão fracional no qual a

 fusão incremental das bolhas escapa a partir da matriz do manto rapidamente e efetivamente logo que eles atingem

alguma pequena fração suficiente para permitir a extração . A fusão em equilíbrio (no qual as fusões permanecemresidentes e permanece em equilíbrio com o manto anfitrião) não produz os trendes observados. Os grupos

diferentes de fusões, contudo, podem facilmente misturar numa variada profundidade priorizando a erupção .

5.  Os trendes  locais variam a partir de uma medida global ampla dos trendes. Por exemplo, quando amostrasindividuais ao longo de um único segmento de cadeia são comparadas,  F   varia inversamente  com a pressão da

 pressão (no sentido oposto ao trende global). Isto indica que o grupo da fusão individual ocorre em pequenos grausde fusão em grande profundidade (onde a fusão está apenas começando) e tendem a aumentar em  F  logo que esteaumenta. Langmuir et al. (1992) foi incapaz de modelar quantitativamente os tendes locais nas cadeias de dilataçãolenta com a cristalização fracional bem contraída, e assim concluiu que os trendes locais devem ser controlados pelo

 processo de fusão do manto. Ele teve problemas no modelamento dos tendes locais quantitativos com o seu modelode coluna de fusão do manto também, mais isto é muito menos contraído. Trendes locais associados com as cadeiasde dilatação lenta, e está modelado devido a heterogeneidade do manto em pequena escala associados com umcomponente enriquecido que está independente da profundidade, indicando enriquecimento dos veios, lascas, ou

taques distribuídos através do manto. Cadeias de dilatação rápida também exibem menos variação na temperatura, o

qual provavelmente correlaciona-se com os processos mais eficientes do manto. Cadeias de dilatação lenta sãomenos eficientes, e assim mais heterogêneos em termos da topografia, morfologia, e variabilidade química também.

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6. Os hots spots exibem um importante papel na composição química dos MORBs . Isto é particularmente verdadeiro para o sistema de Cadeia Meso-Atlântica, onde a pluma mais enriquecida em componentes E-MORBcorrelacionam-se com as cadeias de plataforma, tais como Islândia, e Azores. Os componentes enriquecidos e sãomais dispersos e encontrados em todos os locais no sistema de rápida Ascensão do Pacifico Leste.

O nosso entendimento destes processos em cadeias meso-oceâncias é agora rapidamente mudado, e isto éum interesse particular uma vez que estudado estes fenômenos. Nós estamos agora atentos que existem múltiplasintrusões a partir de várias fontes (incluindo pelo menos uma fonte normal e enriquecida), que passam por diferentesgraus de fusão parcial, mistura, e cristalização fracional logo que eles se dirigem para a superfície. Estas fusõesestão focadas dentro da área axial diante das cadeias meso-oceânicas. Aqui algumas destas misturas promovem e

 passam pela cristalização fracional nas lentes do líquido ou na mistura dos cristais nos limites das camadas antes dealguns destes liquido atingirem a superfície, enquanto que os demais se cristalizam na(s) câmara(s). Amostras maiscuidadosamente coletadas, dados químicos a partir dos ofiolítos e cadeias de varias taxas de dilatação irão ser,necessariamente antes de um modelo consistente, o que explica todo as variáveis emergentes.

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PROBLEMA 

1. Usando o IGPET e o arquivo MAR.DOC, crie três gráficos usando K 2O, P2O5, e La/Sm como abscissavs. latitude como a ordenada. Os três platôs: o Azores, Islândia, e Jan Mayen estão nas latitudes, 38-40º,63.6-66º, e 71-72º, respectivamente. Brevemente descrito e interpretado nos seus resultados.

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Capítulo 14

OIB - Vulcanismo Oceânico Intraplaca

14.1 Atividade Vulcânica Intraplaca

A atividade vulcânica intraplaca ocorre dentro das placas, e não nas placas marginais. Os processosresponsáveis pela atividade da intraplaca são os processos mais enigmáticos que as atividades que ocorrem nas

 placas marginais, pois não existem mecanismos óbvios que possamos associar ao paradigma da placa tectônica. Osmecanismos para a geração dos vulcanismos intraplacas são pobremente compelidos pelos dados geofísicos e pelosdados de campo, e os produtos são de forma regionalmente escavados e quimicamente divergem. Assim como oMORB, o tipo de magma dominante para o vulcanismo intraplaca oceânica é o basalto, o qual é comumentechamado de basalto de ilha oceânica  –  ocean island basalt (ou OIB), sugerindo a origem do manto. Assim como

 podemos esperar, o vulcanismo intraplaca é coletivamente muito menos aluminoso do que o vulcanismo nasmargens das placas. Schilling et al. (1978) estimou o raio do MORB para o OIB em 9:1. Se nós considerarmos as

atividades ígneas de margem convergente também, a proporção de OIB cai em pouca percentagem do todo ovulcanismo oceânico relacionado. Apesar de tudo, o vulcanismo OIB é estimado em aproximadamente 1.5 km3, oqual está longe do trivial.

A característica química do vulcanismo de intraplaca oceânica é distinta a partir das placas marginaisconstrutivas ou de consumo, nos permitindo a tratar os produtos como uma única província petrogenética. Aquímica e a petrologia é altamente variável, contudo, muito mais do que para o MORB. Ela está bem diante do alvodeste livro em tentar uma análise compreensiva dos produtos variados do vulcanismo de intraplacas oceânicas. Osespaços de limitações ditam que nós devemos endereçar os temas maiores de alguma maneira por exemplos bemestudados e construídos, cercando uma razoável seção transversal do espectro composicional dos OIBs e dos seus

 produtos diferenciados. Estes exemplos servem como base para futuras especulações nos processos petrogenéticos e

das regiões fontes dos magmas de intraplaca oceânica.

Os produtos mais familiares do vulcanismo de intraplaca oceânica são inúmeras ilhas que pontuam nosoceanos do mundo. As montanhas oceânicas  –   seamounts  (ilhas erodidas ou subductadas ou acumulações quenunca constroem um edifício acima do nível do mar) também comprimem uma significante proporção do total daatividade intraplaca (embora seja pobremente estudada). Batiza (1982) estimou que existam cerca de 22,000 a55,000 pontos de montanhas oceânicas no piso oceânico, o qual é somente aproximadamente 2000estão presentesem atividade ou dominantes. As montanhas oceânicas parecem estar concentradas ao longo das zonas fraturadas, oqual convicimente supri os condutos superficiais para a ascensão do magma em direção a superfície.

Algumas montanhas oceânicas e ilhas oceânicas definem uma corrente linear o qual apresenta uma relaçãode idade progressiva, conduzida comumente para uma ilha vulcânica ativa. Algumas destas correntes estãoapresentadas na Figura 14-1, talvez a mais famosa destas seja a corrente das Montanhas do Imperador do Hawaii. Ascorrentes das ilhas na mesma placa seguem caminhos subparalelos e progridem em idade na mesma direção,levando Wilson (1963) a concluir que estas correntes foram resultados do vulcanismo gerado por hots spots, ou porplumas –  plumes ascendentes geradas por uma anomalia hidrotermal originada em manto profundo (ou até mesmono núcleo), e assim ancorado em locais diante das placas em movimento. A locomoção das placas acima dos hotspot estacionário dá a superfície uma impressão da migração do hot spot e a produção de correntes vulcânicaslineares. A mais recente atividade vulcânica no fim da corrente marca a presente posição do hot spot. A estimativado numero de hot spot atinge de 16 (Morgan, 1971) para 122 (Burke e Wilson, 1976). Os hot spots 41 bemestabelecidos e identificados por Crough (1983) é apresentado na Figura 14-1. O autor adicionou a Ilha Gough,devido a ela ser provavelmente um hot spot e será mencionada na discussão. Note que alguns hots spots ocorrem emou nas proximidades das cadeias meso-oceânicas (por exemplo, a Islândia, Azores, Galapagos, Bouvet, e Tristan).

Estas situações correspondem a alguns dos E-MORB associados a cadeias discutidos no Capítulo 13. Estas plumas

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 podem ser consideradas hibridas entre o verdadeiro MORBs (N-MORB) e OIBs. Devemos em breve ver que as suascaracterísticas químicas refletem esta natureza dúbia (ou intermediaria).

Figura 14-1: Mapa de Hot Spots  bem estabelecido e pistas de Hot Spots  selecionados (correntes de ilhas ou cadeias asismicas).Crough (1983). Walla Walla, acidentalmente, não deve ser confundido com um hot spot de qualquer tipo.

A maioria das familiares correntes de ilhas consiste de algumas separadas ilhas e montanhas oceânicas.Elas estão separadas devido à produção do magma Hot Spot   e pode ser esporádico, e o condutor superior estáeventualmente abandonado, assim que a placa o carrega para longe a partir de uma fonte quente de Hot Spot  e umnovo condutor deve ser estabelecido. A lenta locomoção da placa ou uma produção mais efusiva do magma resulta

numa cadeia vulcânica mais continua, chamada de cadeia asísmica  –  aseismic ridge, o qual pode ou não emergirlocalmente acima do nível do mar para produzir uma ilha. As cadeias asísmicas não podem ser confundidas com ascadeias meso-oceâncias sísmicas, do mesmo modo que o anterior não marca os limites das placas. A similaridade nonome é uma infeliz coincidência.

Algumas plumas das cadeias centrais deixam correntes de montanhas oceânicas/ilhas com na forma de Vcom o limbo em cada lado das cadeias meso-oceânicas para ambas as placas que estão sendo atingidas pelas plumas.Por exemplo, as cadeias asísmicas do Rio Grande e Walvis iniciam-se no hot spot Tristan da Figura 14-1. A plumaTristan, contudo, está situado nos dias de hoje na Ilha de Tristan da Cunha, e está apenas a leste da Cadeia Meso-Atlântica, tendo sido abandonada pelas cadeias logo que estas migram para a borda oeste em aproximadamente 30Ma atrás. A criação de cadeia associada ao seu abandono pode ser verdadeira para inúmeros Hot Spots .

 Note também que o dobramento no número de trilhas de Hot Spots  na Figura 14-1. O dobramento na trilhado Império Havaiano do Pacifico e do Tuamotu é duplicado por pequenas trilhas na placa do Pacifico, e representauma mudança na direção da placa que assume uma posição de 40 para 50 Ma atrás.

Os Hot Spots  também ocorrem diante dos continentes, causando uma progressão vulcânica linear dentro daárea continental. Um exemplo está no hot spot do Snake River Yellowstone (Figura 15-4), agora localizado noParque Nacional Yellostone, em Wyoming. Tais Hot Spots   comumente incorporam alguns dos baixos pontos defusão da crosta continental, e possuem muito mais características vulcânicas diferenciadas do que as ocorrênciasoceânicas (ver Capítulo 15).

Em profundidade, as plumas são consideradas a estarem estreitas e cilíndricas, com um diâmetro de <100Km. Para descrição detalhadas das plumas, ver Wyllie (1988), Hill et al. (1992), Griffiths e Campbell (1990,1991), Gallagher e Hawkesworth (1994), e White e McKenzie (1995). A produção de calor associado com as

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 plumas causa uma ampla expansão da litosfera, formando uma superfície inchada  –   swells  com uma média emdiâmetro de aproximadamente 1200 km, e altura de aproximadamente 1200 acima do fundo do mar. Hill et al.(1992) propor que uma nova pluma começa com uma grande quantidade de magma esférico atirado a frente com umdiâmetro de 300 km, mas estes arremessos crescem e aplainam atingindo diâmetros de 1000 km ou até mais logoque estes ascendem. Quando o calor da nova pluma atinge a superfície, seu vulcanismo está em particularvigorosamente antes do refluxo para um pronto estado correspondente na redução do tamanho da coluna da pluma.Os hot spots não são exatamente estacionários, como se pensava antigamente. Os hot spots no Pacifico foramdescobertos como migradores de alguns milímetros por ano no que diz respeito a cada um, enquanto a migraçãodaqueles no Atlântico apresentam velocidades relativas no sentido de alguns centímetros por ano (BVTP, p. 831;Olson, 1987: Molnar e Stock, 1987).

As explicações para os Hot Spots  incluem perturbações térmicas em um manto profundo ou em um núcleo profundo, composições de plumas menos densa do que o material (Anderson, 1975), e influxo volátil que causam no ponto de fusão redução e ascensão das fusões flutuantes. Embora a teoria do hot spot seja muito atrativa, nomomento presente é impossível caracterizar geofisicamente as plumas ou nos termos de temperatura, tamanho, taxade ascensão, ou mecanismo de iniciação. Em adição, nem todos os vulcanismos das intraplacas oceânicas estãoassociadas com o mais obvio hot spot. Algumas ocorrências parecem ser transitórias, e não estão associadas à ilha

ou as correntes de montanhas oceânicas.

14.2 Tipos de Magmas OIB

Duas principais séries de magma resultantes a partir do vulcanismo da intraplaca oceânica. Os tipos maiscomuns são as séries toleíticas  –   tholeiitic, com uma ilha oceânica de basalto toleítico parental, ou OIT. Este

 basalto é similar ao MORB, mas nós devemos ver algumas diferenças químicas e mineralógicas. Existe tambémuma serie alcalina  –   alkaline  subordinada (com uma ilha oceânica de basaltos alcalinos parentais, ou OIA).Esperançosamente você poderá reconhecer estes dois tipos de magmas parentais a partir da nossa discussão de comocriar ambos tanto pela fusão parcial do manto no Capítulo 10. As características predominantes destes dois tipos de

são comparadas na Tabela 10-1. Eles também parecem dois tipos principais das séries subalcalina, um é a sílicasubsaturada, e uma menos abundante série é levemente supersaturada em sílica. A atividade vulcânica moderna emalgumas ilhas é dominantemente toleítica (por exemplo, o Havaí e Réunion), enquanto em outras ilhas são de carátermais alcalino (por exemplo, Tahiti no Pacifico e uma concentração de ilhas no Atlântico, incluindo as IlhasCanárias, o Azore, Ascensão, Tristão da Cunha, e Gough).

As Ilhas Havaianas são as mais estudadas de todas as ilhas oceânicas, e elas nos apresenta algunsinteressantes materiais para consideração. O Havaí revela padrões seqüenciais ou cíclicos para a história de erupção.É acreditado em um ciclo como sendo o começo de um estágio pré-campo  –   pre-shield field  com erupçõessubmarinas de basalto alcalino e elevado basanitos alcalinos seguido por basaltos toleíticos. A montanha oceânicaLoihi (Moore et al., 1982), o mais recente centro de crescimento vulcânico a partir do fundo oceânico em

aproximadamente 35 km SE da grande ilha do Havaí está presente neste estágio. Os basaltos alcalinos iniciais provavelmente representam baixos graus de fusão parcial assim que se inicia o novo sistema. Este estágio éimediatamente seguido por uma tremenda efusão de basaltos toleíticos no qual é chamado de estágio de construçãodo campo  –  shield-building stage. A ilha do Havaí, a maior ilha e aquela localizada em ou próximo do hot spot,comprime cinco passagens de campos. O Kilauea e o Mauna Loa (os dois maiores campos próximos do hot spot na

 parte sul e sudeste e da ilha) estão presentes neste estágio de desenvolvimento. A quantidade de basaltos e realmenteimpressionante, Mauna Loa representa aproximadamente 40,000 km3, e, devido as sua a sua ascensão a partir de5000 m abaixo do nível do mar no fundo oceânico para mais de 4000 m acima do nível do mar, é a mais altamontanha (embora não seja a mais elevada) na Terra. O recente estagio de formação de campo produz de 98 a 99%do total de lava no Havaí.

A permanência dos três campos no Havaí (Mauna Kea, Hualalai, e Kohala) tem mudado para o seguinte

estágio de desenvolvimento, um estágio de campo posterior  –   post-shield stage  que tipicamente segue quetipicamente segue o colapso da caldera. Este estágio é caracterizado por uma atividade decrescente que é mais

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alcalina, episódica, e violenta. As lavas estão também mais diferentes, com um fracionamento superficial produzindo rochas que alcançam partindo dos havaititos (hawaiites) para mugearitos (mugearite) para benmoreito(benmoreite) para trachita (trachyte). Esta atividade eventualmente desfaz, e, seguido por um longo período dedormência (0.5  –  2,5 Ma), um posterior, estagio erosional posterior  –  post-erosional stage assume posição. Esteestágio é caracterizado pelos magmas altamente alcalinos e subsaturados em sílica, incluindo basaltos alcalinos,

 basanitos, nefelinitos e melilitos nefelinos. Os dois estágios posteriores alcalino representam aproximadamente 1%do total da lava em saída. Os estágios alcalinos são percebidos por uma variedade de xenólitos –  xenolith trazidos

 para a superfície. Alguns são acúmulos máficos e ultramáficos das câmaras magmáticas de um estágio toleíticorecente, enquanto outros são matérias do manto que representam vários estágios de depletação pela extração dafusão (incluindo, talvez, tipos de um manto com prístino). As amostras incluem dunitos, harzburgitos, lherzolitospinel, e rara granada lherzolita e granadas piroxenitas. Estes citados estão em assembléias de altas pressões, o qualaparenta estarem em equilíbrio em profundidade de 60 a 80Km.

A extensão para a qual uma seqüência havaiana pode ser considerada num padrão geral de vulcanismo deintraplaca oceânica ainda não é conhecida. Não é possível avaliar os volumes relativos das rochas toleíticas ealcalinas na maioria das ilhas devido ao limite exposto acima do nível do mar. Inúmeras ilhas parecem envolver emdireção ao crescimento da alcalinidade e decaem com passar do tempo. Se os estágios havaianos são mesmo

universais, então as porções submersas de qualquer ilha alcalina deve ser mais toleítica, uma proporção que nãotenha sido testada devido as maiores parte para as dificuldades técnicas envolvidas na perfuração em um ambienteturbulento próximo a borda da praia.

Os padrões havaianos comportam todas as três maiores séries de magma OIB numa única ocorrênciageográfica. Este padrão de um recente e volumosos toleíticos acabam para mais tarde, os menos extensivo magmasalcalinos terem sido tradicionalmente relacionados com 1) decaimento da fusão parcial do manto (Figura 10-9) logoque a produtividade de calor diminui, ou 2) evolução toleítica para alcalina acompanhada pela cristalização fracionalna câmara magmática (Figura 10-10). As porções citadas por ultimo são difíceis de conciliar com os saltos nonúmero de Mg e separa-las dos trendes diferenciados das lavas toleíticas e alcalinas, assim bem como as baixas

 pressões térmicas dividem a separação das séries (Figura 8-13). É ainda possível envolver a partir do OIT para o

OIA em altas pressões, contudo, o autor deve adiar tal especulação ate que tenhamos uma idéia mais concisa danatureza das séries envolvidas, uma idéia imensamente auxiliada pelos elementos traços e dados isotópicos.

14.2.1 Petrografia OIB e Química dos Elementos Maiores

Fazendo por enquanto uma revisão do que foi discutido, nós aprendemos que a composição química doselementos maiores é diretamente relacionada a mineralogia (ou potencial mineralógico) dos magmas. Dessa maneiraé de grande uso na caracterização dos magmas no sentido descritivo, em adição aos valores interpretativos. Para omagma primário a química dos elementos maiores está relacionado a mineralogia da fonte e ao grau da fusão parcial(do mesmo modo no qual a pressão adquire uma posição). A ascensão da fusão pode permanecer em equilíbrio com

o manto sólido, trocando elementos de acordo com a constante de equilíbrio (K), assim que a mineralogia do mantoresidual em profundidade de  segregação  (e não necessariamente da fusão original) pode deixar uma enormeimpressão dos elementos maiores. O padrão dos elementos maiores para os líquidos derivados é também atingido(ou determinado) pelas fases que se cristalizam e fracionam ao longo da linha de descida do líquido. Como resultadode um re-equilíbrio continuo, a composição química dos elementos maiores pode ser pobre compelindo a ultimafonte da fusão inicial, pelo qual nós retornamos para os elemetos traços incompatíveis e isótopos.

As ilhas oceânicas toleíticas (OITs) são similares aos MORBs, mas eles não tem características distintas. ATabela 14-1 lista algumas das análises dos toleítos havaianos. Para o mesmo número de Mg as OITs tem altos K 2O,TiO2, e P2O5, e baixos (comparada com as Tabela 13-2). Existe mais um salto em outros elementos maiores. Oalcance para os tipos de magma partido da sílica saturada para levemente subsaturado em olivinas toleíticas para

 picritos. A olivina (Fo70-90) é uma fase dominante em fenocristais nas OITs, com subordinado spinel Cr. Muito da

evolução da série toleítica nas OIBs pode ser modelada pelo cristalização fracional da olivina pura. O padrão linear para os toleítos havaianos na Figura 11-2, por exemplo, é diferente do que aqueles no diagrama de variação que

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estão curvados e dobrados para o MORBs (Figura 13-5) onde o plagioclásio e o clinopiroxênio se cristalizamtambém.

Tabela 14-1: Análise dos Toleítos Havaianos Selecionados

O plagioclásio e o clinopiroxênio estão usualmente somente nas fases da massa de solo (groundmass) nas

OITs. Alguns megacristais do clinopiroxênios são encontrados, mas esses são mais enriquecidos em Mg do que asmassas de solo dos clinopiroxênios e não estão em equilíbrio com o líquido em baixa pressão. Eles provavelmenterepresentam minerais acumulados ou fenocristais a partir de grandes profundidades. Olivinas recentes e spinel de Crsão eventualmente adicionados por um posterior plagioclásio e clinopiroxênio nos líquidos mais envolvidos. Osentido pode ser tanto plagioclásio ou clinopiroxênio primeiro, devido a composição da OIT é daquelefracionamento da olivina de modo que conduz a composição diretamente em direção ao mínimo de olivina-clinopiroxênio-plagioclásio (similar ao ponto M no sistema simplificado Fo-Di-An, Figura 7-2). Pequenasdiferenças composicionais no líquido inicial causaram no líquido um alcance no lado cotético do clinopiroxênio ouno lado do plagioclásio deste ponto.

A ultima fase é o óxido Fe-Ti que permite um recente enriquecimento de Fe característico das séries

toleíticas (o trende de Skaergard na Figura 8-3). Isto resulta a partir da remoção das olivinas enriquecidas em Mg.Quando o óxido de Fe-Ti finalmente se cristalizam, a curva do trende do líquido retorna a partir do enriquecimentodo Fe derivado dos líquidos e o enriquecimento alcalino domina. Alguns quartzo toleíticos normativo cristalizam

 piroxênio pobre em Ca, tanto o ortopiroxênio (hiperstênio) ou pigeonito como um fase fenocristal (talvez como umareação na borda da olivina) ou na massa do solo. Nenhum anfibolito ou outra fase hídrica se forma.

O problema na identificação do magma primário OIT é similar ao, somente pior do que, aqueles para oMORB. Existem picritos com um alto número de Mg (80) que estariam em equilíbrio com a fase do manto em altas

 pressões, mas este elevado conteúdo de Mg poderia ser resultado do acumulo da olivina, devido aos vidrosequivalentes terem sido encontrados substancialmente num verdadeiro liquido de picrito. A maioria dos vidrosenriquecidos em Mg contém aproximadamente 10% do peso do MgO (o número do Mg é próximo de 62) e sãomenos primitivos do que os mais primitivos vidros do MORB. Eles assim ao são considerados fusões primárias domanto primitivo.

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Pois nenhum K, Ti, P, ou Al estão incluídos na olivina, as diferenças entre estes elementos (e seus raios)entre o MORB e OIT não podem refletir o fracionamento superficial do cristal. Por exemplo, o raio do Al 2O3/TiO2 é

 próximo de 20 no MORB e somente 5 no OIT. Esta diferença não pode ser explicada pela cristalização fracional daolivina, a fase liquidus tanto nos magmas num recente estágio de desenvolvimento, e nos conduz a concluir queexistem diferentes fontes ou processos de geração para os dois tipos de toleítos oceânicos. Tanto a OIT é umresultado de uma fusão parcial menos extensiva (Capítulo 10), ou de uma fonte menos depletada. Retornaremos anossa conjuntura quando nós tivermos a chance de ver os elementos traços e características isotópicas das OIBs.

Tabela 14-2: Análise representativa e Normas do CIPW da sílica subsaturada da Série Alcalina de Tristão da Cunha.

Como discutido na Seção 8.7, os basaltos alcalinos  –  alkaline basalts (OIAs) são caracterizados por umalto conteúdo alcalino e baixa conteúdo de sílica do que nos toleítos (ver Figura 8-11). Isto deve também ser claro a

 partir da comparação das Tabelas 14-1 para 14-3 (contando as diferenças no número de Mg). Embora as sériesalcalinas sejam altamente variadas comparando os MORBS com as OIT, alguns consistem claramente de diferençasmineralógicas reflexo do contraste alcalino/sílica em sua composição. Devido ao baixo conteúdo de sílica, a olivinaestá muito mais prevalente nas OIAs, ocorrendo nas massas de solo assim bem como nas em todas as fases

fenocristais. A olivina também ocorre acima da borda de alcance do espectro diferenciado e tem um enorme alcancecomposicional (Fo35-90) do que ocorre em nas OIT. Existe usualmente somente um piroxênio nas OIAs, comcoloração acastanhada de uma augita enriquecida em Ti. O anfibólio é também uma fase fenocristal ocasional,indicando um elevado conteúdo volátil. Devido às baixas curvaturas em P da curva de desidratação no espaço de

 pressão-temperatura (Figura 10-6, por exemplo) a fase hídrica tais como nos anfibólios se torna instável em baixas pressões e temperaturas de erupções em excesso de 1000ºC, logo a massa de solo são raras, e os fenocristais podemser reabsorvidos, ou desenvolver reações de bordas finas de fase anídricas com o escape dos voláteis a partir do

 perímetro do cristal (Figura 3-11c). A massa de solo dos basaltos alcalinos usualmente contém mais o feldspatoalcalino assim bem como os feldspatóides (tais como nefelina, leucita, ou sodalita).

Como mencionado acima, a composição e mineralogia das OIB é muito mais variável do que MORB, e estasão particularmente verdadeiras em particular para as suítes alcalinas. A compreensão da avaliação está bem diante

do escopo (e intenção) deste livro, e o autor sugere nos conter com um breve reflexo das duas ilhas: Ascensão eTristão da Cunha. O autor escolheu essas devido a cada uma representar um dos dois mais comuns tipos de subséries

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alcalinas, e dados de composição química cobre o quadro de alcance das composições. Embora ambas as sériesestejam representadas no Havaí também, pode nos ser de grande beneficio em ampliar a nossa perspectivageográfica. Para a locação dessas ilhas veja a Figura 14-1.

Tabela 14-3: Análise representativa e Norma CIPW da sílica supersaturada da Série Alcalina da Ilha Ascensão.

As Tabelas 14-2 e 14-3 nos provém de algumas análises provem algumas análises representativas e normasCIPW para o Tristão da Cunha e Ascensão, respectivamente. Lembrem-se, as séries subsaturadas são as de longe asmais comuns. Ascensão (e os Azores) é exemplo bem conhecido dos tipos menos comum de supersaturados. Asduas séries alcalinas estão plotadas em um diagrama sílica  –   alcalina na Figura 14-2, ao longo com os OIT daIslândia (ou E-MORB) nos trendes de comparação. Este diagrama sílica –  alcalina é um dos propostos por Cox et al.(1979) e difere a partir daqueles presentes na classificação IUGS (Figura 2-4, incluído na Figura 14-2 como umainserção). O diagrama de Cox et al. (1979) está presente aqui devido aos nomes das rochas (também aceito pelaIUGS) são mais descritivas paras essas rochas alcalinas, particularmente as rochas mais máficas.

Assim como você pode lembrar a partir do Capítulo 2, que os basaltos e andesitos são distinguidos nas

 bases de tanto pelo índice de coloração quanto na composição de plagioclásio (o basalto sendo mais escuro e maisanortitico).

 Nas rochas alcalinas, contudo, a rocha máficas que classificam os basaltos tendo como base a coloraçãocomumente tem muito plagioclásio sódico para qualificar as bases de composição do plagioclásio também. Ahavaíto - hawaiite  é um termo para tais rochas basálticas com a normativa andesitica (An30-50). Estas rochas seclassificam dentro de uma mugearita  –  mugearite, com a sua normativa em oligoclásio (<An30). Grandes graus dediferenciação conduzem para as rochas mais alcalinas félsicas tais como a benmoreíta  –  benmoreite, o qual é umatransição para uma tranchita mais familiar. A maioria destas rochas alcalinas contem feldspato alcalino em adição ao

 plagioclásio. O ankaramito –  ankaramite é uma alcalino análogo ao picrito, com muitos dos fenocristais de olivina (eaugita). Esses termos ajudam os trabalhos baseados nas províncias basálticas alcalinas através da percepção de

 pequenas distinções entre os tipos de rochas.

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Figura 14-2:  Diagrama alcalino vs. Sílica de Cox et al. (1979) apresentando a diferenciação entre os trends  para uma sérietoleitíca de ilha oceânica (Islândia), série alcalina das ilhas oceânicas subsaturadas em sílica (Tristão da Cunha) e uma série OIAlevemente supersaturada (Ilha Ascensão). De Wilson (1989). A comum nomenclatura IUGS (Figura 2-4) é apresentada nainserção acima da comparação.

 Note uma significante diferença nos raios alcalinos/sílica entre as duas séries na Figura 14-2. As elevadasséries alcalinas e de sílica subsaturada de Tristão da Cunha são envolvidas a partir do basalto alcalino através doshavaítos, mugearitos e benmoreitos para os trachitos alcalinos ou dos basanitos para fonolitos. A maioria das rochassão nefelinas normativas, e algumas contem leucita. A série de Ascensão saturada em sílica envolve a partir dos

 basaltos menos alcalinos através dos trachiandesitos para os trachitos e eventualmente para um riolito álcalicomposto por quartzo. A queda repentina no conteúdo alcalino na série Ascensão no campo do riolito é

 provavelmente associado com a cristalização fracional do feldspato alcalino. Os dois trendes alcalinos correspondemaproximadamente para os dois mínimos no sistema sílica-nefelina-calsilita (ver Figura 19-7). A passagem seguida

 por uma série me particular é determinada por uma leve e diferença composicional inicial, tais como o conteúdo desílica, alcalinidade, ou conteúdo volátil no magma primário.

A grande variedade nos magmas alcalinos nos vulcanismos da intraplaca oceânica podem ser ilustrados pelos raios álcalis/sílica apresentados na Tabela 14-4. Esses raios são determinados pelos últimos quadrados daregressão linear dos trendes álcalis vs. sílica no diagrama de variação para as suítes das rochas vulcânicas de cada

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localidade. Para as séries contendo riolitos, as análises são altamente envolvidas por amostras que apresentam que odecaimento nos álcalis foi omitido no sentido de evitar os substanciais efeitos na medida da curvatura devido na estarelatividade do processo posterior. As ilhas são listadas na Tabela 14-4 na ordem do decaimento do total dealcalinidade. O autor tem incluído duas séries toleíticas também (Galapagos e Islândia) por comparação. Esses,claro, caem no meio da lista. Os raios do Na2O/SiO2  e K 2O/SiO2  também são listados separadamente com afinalidade de compará-los. A inclina cão da linha de separação das séries alcalinas e subalcalinas (incluindo astoleíticas) na Figura 8-1 é aproximadamente 0.37. A partir da tabela 14-4, deve estar claramente abundante queexiste uma considerável variabilidade no conteúdo de álcalis, tanto coletivamente como individualmente, para ovulcanismo de intraplaca oceânica.

Tabela 14-4: Raios de álcalis/sílica (regressão) paras as Ilhas Oceânicas Selecionadas.

Devido aos álcalis serem elementos incompatíveis, somente levemente afetados por uma cristalizaçãofracional superficial acima de 50%, isto novamente confronta com as fontes distintas do manto ou com osmecanismos de geração. A variação em Na/K entre as suítes nos leva a suspeitar que o manto é mais heterogêneodôo que se tinha sido previamente pensado. A partir da composição química dos elementos maiores nós podemos

concluir que as OITs são distintas dos seus MORBs e que os formadores são tanto resultado de uma fusão parcialmenos extensiva ou de uma fusão de um manto menos depletado, como os reservatórios do manto depletado em

 profundidade de 660 Km. As OIAs são também distintas, e heterogêneas, sugerindo processos de fusões complexos,uma fonte do manto quimicamente heterogênea, ou ambos. Podemos ainda continuar a analisar o comportamentodos elementos maiores de varias suítes nos diagramas de variação, mas o autor prefere que o leitor se concentre nosaspectos mais importantes da historia do OIB: o que eles podem nos dizer sobre a natureza do manto. Para isto nósdevemos olhar nos sistema dos elementos traços e nos isótopos.

14.3 Química dos Elementos Traços da OIB

Os elementos traços LIL (K, Rb, Cs, Ba, Pb

2+

, e Sr) são incompatíveis (exceto para o Sr e Ba no plagioclásio), e estão todos enriquecidos em magmas OIB no sentido dos MORBs. Eles podem ser usado para medira composição da fonte, o grau de fusão parcial (e fases residuais), e um subseqüente processo de cristalizaçãofracional, embora eles não possam sempre ser capazes de discriminar entre estes fatores. Como mencionado

 previamente, os raios dos elementos incompatíveis tem sido empregado para distinguir entre as fontes reservatórios,e o raio do K/Ba é considerado por alguns a ser uma boa particularidade como indicador da fonte. Para os N-MORBs o raio K/Ba está alto (usualmente > 100), enquanto que para os E-MORB este se encontra no meio de 30s,o alcance das OITs é de 25 a 40, e das OIAs é superior a 20s. assim tudo parece ter uma fonte distinta. Os elementosHFS (Th, U, Ce, Zr, Hf, Nb, Ta, e Ti) são também incompatíveis, e estão enriquecidos em OIBs acima dos MORBs.Os raios destes elementos também tem sido usado para distinguir as fontes do manto das OIB. O raio Zr/Nb, porexemplo, é geralmente alto para os N-MORB (>30) e menor para os OIB (<10). Os MORBs próximos às plumas dasilhas oceânicas comumente apresentam menores valores de Zr/Nb e Y/Nb que se encaixam numa linha de misturaentre o N-MORB e a pluma adjacentes do OIB, implicando que os dois componentes estão variadamentecombinados durante a ascensão (LeRoex et al., 1983, 1985; Humphris et al., 1985). Os metais de transição

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compatíveis, tais como o Ni e o Cr, são indicadores úteis da cristalização fracional da olivina e do spinel,respectivamente. As OIAs tendem a serem depletadas tanto em ambos relativos para OITs e MORBs, o qual, aolongo como elevado número de Mg, sugere que eles vivenciaram um fracionamento destas fases durante a erupção.

Inúmeras curvas de REE para as OIB são ilustradas na Figura 14-3. Os limites das curvas para os N-MORBs e E-MORBs a partir da Figura 13-10 estão incluídos para referencia. Note que o as ilhas oceânicastoleíticas (representadas pelas amostras do Kilauea e Mauna Loa) pulam do MORB e não estão parecidas com o E-MORB. Os basaltos alcalinos têm inclinações profundas e um maior enriquecimento dos LREE, embora algunscaiam dentro do campo superior do MORB.

Figura 14-3: Diagrama REE do condrito normalizado para os toleítos havaianos (círculos brancos e escuros), os basaltosalcalinos havaianos (círculos escuros) e os basaltos alcalinos de Azores (quadrado). Típicos N-MORB e E-MORB estão incluídos para comparação, com o intervalo do MORB escurecidos.

Os modelos para as fusões parciais discutidas no Capítulo 9 mostram que, se a fusão parcial é maisextensiva do que 10% ( F  > 0,1), deve haver um pequeno fracionamento inter-elemento dos REE (ver Figura 9-4), eos padrão (a inclinação ou os raios do La/Sm, La/Yb, ou La/Ce) deve ser similar ao da fonte. A Figura 14-3 sugereuma fonte heterogênea. O raio do La/Yb (a inclinação total sobre o diagrama REE) é grosseiramente ao grau desubsaturação em sílica nos OIBs. Os magmas altamente subsaturados podem ter os raios com excesso de 30,enquanto os raios do OIA estão próximos de 12, e os raios dos OITs em aproximadamente 4. note também que osREEs  pesados  também estão fracionados nas amostras dos OIBs na Figura 14-3 (quando comparados com os

 padrões planos nos N- e E-MORB). Isto indica que a granada era uma fase residual, devido a ela ser um dos

minerais incomuns que preferencialmente incorporam os HREE. Estas fusões devem dessa maneira segregar-se a partir do manto em profundidade com um excesso de 60 km (Figura 10-2).

A partir de uma consistente negativa inclinação na Figura 14-3 nós podemos deduzir que o E-MORB etodos os OIBs (OIAs e os OITs) são distintos a partir do N-MORB (inclinação positiva) e parecem originar de umreservatório inferior enriquecido no manto, embora muitos baixos graus da fusão parcial possam também produzirfusões enriquecidas em LREE a partir de uma fonte primordial ou levemente depletada. No Capítulo 10, o autordiscutiu que os toleítos do MORB provavelmente são originados a partir do manto superior depletado, e os basaltosalcalinos no reservatório do manto inferior enriquecido. Agora parece que os E-MORB e as ilhas oceânicastoleíticas também tem uma fonte nos reservatórios profundos. Isto é perfeitamente consistente com os dadosapresentados no Capítulo 10. Em particular, os resultados experimentais de Jacques e Green (1980) mostra, que a

Figura 10-7 nos informa que, embora os basaltos alcalinos sejam mais parecidos a gerar em reservatórios inferiores,os toleítos podem ser criados de 5 a 20% da fusão parcial tanto de um fonte do manto depletada quanto enriquecida..

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Um amplo espectro dos elementos traços para os OIB e N-MORB podem ser comparados usando os N-MORB do diagrama spider normalizado (ver Figura 9-7). A Figura 14-4 compara alguns dos OIBs a partir de Goughe St. Helena, assim bem como a medida composicional do OIB proposta por Sun e McDonough (1989). Todos ostrês estão enriquecidos em elementos incompatíveis acima do MORB (valores normalizados maiores do que um).Eles mostram uma corcova ampla e central no qual tanto os elementos do LIL (Sr-Ba) e o HFS (Yb-Th) estãoenriquecidos com o aumento da incompatibilidade (na parte interna em direção do Ba e Th). Isto é o padrão no qualnós esperaríamos em amostras enriquecidas por algum processo de único estágio (tal como a fusão parcial da quartafase da lherzolita) que preferencialmente está concentrada em elementos incompatíveis. O padrão é estimado comouma típica fusão gerada a partir de um manto indepletado no conjunto das intraplacas.

Figura 14-4: Diagrama spider do MORB normalizado para os magmas OIB de Gough, St. Helena, e um OIN típico. Dados deSun e McDonough (1989)

Os dados dos elementos traços provem uma clara indicação do que os elementos maiores de ares fontesdistintas para os tipos de magmas oceânicos variados, mas os dados ainda não são conclusivos. As diferenças em

 pequenos graus da fusão parcial, e talvez na cristalização fracional em profundidade oceânica de altas fases de

 pressão, tais como a granada e o piroxênio, podem também produzir alguns dos padrões observados. Nós assimretornamos para os sistemas isotópicos, o qual não se fraciona durante o processo de fusão ou cristalização, ondeuma fascinante historia por de trás da geração da emergência do magma oceânico.

14.4 Química Isotópica do OIB

A química isotópica dos OIBs é muito mais variável do que para os MORBs. A assinatura isotópica dasfusões acreditada a serem derivadas diretamente a partir do manto que nos provem com uma de suas melhoresvisões da natureza do manto por ele próprio. A variação isotópica mostra que o vulcanismo oceânico revela que omanto é de longe um reservatório uniforme, mesmo nos casos mais simples do manto sub-oceânico.

Figura 14-5: A mistura idealizada entre os reservatórios. (a) Mistura de dois componentes. As misturas ocorrem ao longo do

arranjo linear entre a mistura dos dois membros terminais. (b) A mistura de três componentes. As misturas ocorrem na árearestrita pelos membros terminais. Em ambos os casos, a posição de qualquer mistura depende das quantidades relativas doscomponentes que estão sendo misturados.

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Antes de continuarmos, iremos discutir os efeitos da mistura. Suponha que tenhamos dois reservatóriosquimicamente distintos, A e B, que se misturam numa variação de quantidades. O resultado seria uma série demisturas com as composições que variam ao longo de um arranjo linear entre os dois membros terminais misturados(Figura 14-5a). a posição de qualquer ângulo da mistura depende da proporção relativa dos membros terminais. AFigura 14-5 assume algumas variabilidades em cada reservatório, logo que as misturas definem uma banda entreeles. Esta é uma situação no “arranjo do manto” na Figura 10-15a para os basaltos oceânicos. As fusões derivadas a

 partir de cada reservatório aparentemente se misturam durante a transição para a superfície, resultando numa misturade arranjo. Se a mistura ocorre entre os três reservatórios, as misturas definirão um campo triangular entre eles,como na Figura 14-5b, a mistura entre os quatro componentes definem um tetraedro, etc.

14.4.1 Isótopos Sr e Nd

A Figura 14-6 ilustra a sistemática 143 Nd/144 Nd vs. 87Sr/86Sr para o espectro do vulcanismo oceânico. Oautor percebeu que este é preferencialmente um diagrama não disponível, mas a questão não é necessariamentediscernir o Havaí do Azores, mas perceba a variação extensiva e o completo padrão tanto no 143 Nd/144 Nd vs.87Sr/86Sr para as OIBs. Os dados da Figura 14-6 são tirados a partir de uma revisão compreensiva feita por Zindler e

Hart (1986) e está consideravelmente expandida para todo o material usado nas Figuras 10-15 e 13-12. O Arranjo doManto a partir da Figura 10-15 está incluído na Figura 14-6 para referência. Os MORBs estão escurecidos e seadequam ao arranjo, embora os E-MORBs e particularmente os MORBs do Oceano Indico se estendam aos dadosdo MORB para os valores mais enriquecidos (menores 143 Nd/144 Nd e altos 87Sr/86Sr). No Capítulo 10, o autor propôsque o arranjo do manto provavelmente resulta a partir da mistura de magmas derivados a partir de dois principaisreservatórios, cada um com sua própria característica isotópica. Um dos reservatórios se encontrava na partesuperior, com elementos incompatíveis de um manto depletado, hipoteticamente a existir sobre uma transiçãosísmica de 660-km. O outro reservatório não foi depletado ou mesmo enriquecido abaixo da transição de 660-km.Os dados da OIB nos mostram que isto foi um pouco mais simplificado, e a Figura 14-6 requer pelo menos trêsreservatórios. A maioria dos petrológos dos mantos prefere pelo menos seis reservatórios.

Figura 14-6: 143 Nd/144 Nd vs. 87Sr/86Sr para os basaltos oceânicos, incluindo a OIB, de Zindlere e Hart (1986). Staudigel et al(1984), Hamelin et al (1986) e Wilson (1989).

Os primeiros reservatórios são comumente chamados de DM  (para Manto Depletado). Estes são osreservatórios com menores valores de. 87Sr/86Sr e altos valores de 143 Nd/144 Nd no arranjo do manto que é presumidoa ser a fonte de N-MORB. Um segundo reservatório pode ser um manto não depletado, chamado de BSE (Volume

Silicático da Terra  –  Bulk Silicate Earth) por Zindler e Hart (1986), ou Reservatório Uniformemente Primário poralguns outros autores. Os BSE refletem a assinatura isotópica do manto primitivo assim como envolvem para o

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 presente sem qualquer fracionamento subseqüente dos elementos radioativos (o qual presumidamente foramdepletados a partir da crosta continental e oceânica). Embora alguns basaltos oceânicos tenham esta assinaturaisotópica, os dados não requerem que este reservatório ainda sobreviva, pois ele plota dentro da área misturada, enão tem qualquer distinção da assinatura dos membros terminais. O mesmo pode ser dito para o terceiro reservatórioda Figura 14-6: PREMA  (Manto prevalente  –  PREvalente MAntle). O PREMA representa um alcance isotópicorestrito que é comum nas rochas vulcânicas oceânicas. Embora ele caia no arranjo do manto, e resultaria a partir deuma mistura das fusões a partir do DM e outras fontes, a prevalência das fusões com esta assinatura restrita sugereque pode ser uma fonte distinta do manto.

Devido ao arranjo no manto do Nd-Sr para os OIBs, estes se estendem diante de valores primitivos (BSE) para um verdadeiro enriquecimento dos raios, deve existir um reservatório do manto enriquecido capaz de suprircom tais materiais. Se tais reservatórios existirem, certamente estes materiais apareceram, o BSE cai num DM ↔linha de mistura de reservatório enriquecido, o qual se explica o porque deste não  requerer a mistura doscomponentes. Zindler e Hart (1986) propuseram dois  reservatórios enriquecidos. O manto enriquecido do tipo 1(EMI) possui menores 87Sr/86Sr (próximo ao primordial) e o manto enriquecido do tipo 2 (EMII) possui maiores87Sr/86Sr (> 0.720), o qual está bem a cima de qualquer uma das fontes nativa do manto. Ambos os reservatórios EM

 possuem um similar enriquecimento nos raios de Nd (menores que 0.5124). Note que todos os dados de Nd-Sr na

Figura 14-6 podem ser reconciliados com a mistura dos três reservatórios: DM, EMI e EMII, pois seus dados estãoconfinados em um triangulo com seus ápices correspondendo a estes três componentes. Os elevados raios de Sr noEMI e EMII requerem um alto conteúdo parental de Rb e um longo período (> 1 Ga) para produzir em excesso 87Sr.Esta assinatura se correlaciona muito bem com a crosta continental (ou com os sedimentos derivados a partir dele).A crosta continental ou os sedimentos são outros candidatos próximos a serem estes reservatórios, porém existemenos Rb no ambiente oceânico, e iria requer muito mais deles para poder produzir a mesma assinatura. Porqueexiste ainda um sexto reservatório (HIMU) na Figura 14-6 que parece um pouco diferente do que o arranjo domanto?

14.4.2 Isótopos Pb

 No Capítulo 9, o autor prometeu (ou ameaçou) retornar para o sistema U-Th-Pb quando a sua aplicação foitanto instrutiva e necessária para uma medição adequada dos sistemas magmáticos em mãos. Bem, agora é omomento. No Capítulo 9, nós aprendemos que o Pb é produzido pelo decaimento radioativo do urânio e tório pelosseguintes três esquemas de decaimento:

238U → 234U → 206Pb (9-22)235U → 207Pb (9-23)232Th → 205Pb (9-24)

Todos estes três elementos são elementos traços incompatíveis de íons grandes. Assim que eles tendem a sefracionar dentro da fase de fusão (ou fluido) no manto, se disponível, migrar para cima onde eles se tornamincorporados à crosta oceânica ou continental. O Pb é escasso no manto, logo os raios isotópicos para as fusõesderivadas do manto estão particularmente susceptíveis a uma contaminação a partir dos reservatórios ricos em U-Th-Pb pode adicionar uma significante proporção para o manto derivado do Pb. Como dito pelo autor no Capítulo 9,se você tiver uma dúzia de jujubas, metade vermelha e a outra metade verde, pode não ter muito efeito na proporçãodas cores dos seus sacos de doces se você tiver centenas de jujubas de uma outra cor, mas certamente irá ter umgrande efeito se você apenas tiver somente três jujubas de cada cor. O U, Pb, e o Th estão concentrados nosreservatórios sialicos, tais como a crosta continental, o qual, ao longo do tempo, irá desenvolver elevadasconcentrações de isótopos radiogênicos filho de Pb. Em adição da crosta o Pb irá assim ter um grande efeito nossistemas do manto com baixo Pb (incluindo fusões do manto jovem). Lembres-se, que o 204Pb é não radiogênico,

logo para os materiais com altas concentrações de U e Th,208

Pb/204

Pb, e206

Pb/204

Pb aumentarão com o decaimentodo U e Th. A crosta oceânica também irá elevar o conteúdo de U e Th (quando comparada com o manto) logo que

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os sedimentos forem derivados de uma crosta oceânica ou continental. O Pb, então, é talvez a medida mais sensíveldos componentes crustais (incluindo os sedimentos) no sistema isotópico do manto. Pois, cerca de 99,3% do naturalU é 238U, a reação (9-22) dominará para a reação (9-23), e assim 206Pb/204Pb será mais sensível a um componenteenriquecido crustalmente.

A Figura 14-7 apresenta dados de 207Pb/204Pb vs. 206Pb/204Pb para os basaltos oceânicos do Atlântico e doPacífico. O geochron - geochrona (equipamento usado para medir o tempo no mundo) é uma linha ao longo da qualtodo o moderno sistema isotópico Pb de um único estágio (não distribuído ou não reiniciado), tal como o BSE, deve

 plotar, não levando em consideração o conteúdo inicial de Pb. Parece que trabalho concordando com a Figura 9-14,no qual este representa a evolução simultânea das reações (9-22) e (9-23). Note que praticamente nenhum  dosvulcanismos oceânicos cai na geochrona. Nenhum deles cai dentro do triangulo EMI-EMII-DM, eles aparentamcaírem nos sistemas do Nd-Sr.

O reservatório do manto permanecente: HIMU (altos μ) tem sido proposto na contagem par a o padrão deum maior enriquecimento radiogênico do Pb. Incidentalmente, μ = 238U/204Pb, e é usado nos sistemas U-Pb paraavaliar o enriquecimento do urânio pai. Embora escondido no sistema Sr-Nd, o reservatório HIMU é distinto nosistema Pb. Ele possui um alto raio 206Pb/204Pb, sugerindo de uma fonte com um lato U, mas não está enriquecido

em Rb (baixos 87Sr/86Sr), e esta o suficientemente envelhecido (> 1 Ga) para poder desenvolver os raios isotópicosobservados pelo decaimento radioativo ao longo do tempo. Alguns modelos têm sido propostos para estesreservatórios, incluindo a crista oceânica subductada e reciclada (possivelmente contaminada pela água oceânica),localizada no manto conduzida pela perda para o núcleo, e pela remoção do Pb-Rb por aqueles comumente deixadosacima dos fluidos metasomáticos profundos (dificultando assim qualquer documentação). A similaridade destasrochas a partir da Ilha de St. Helena a sudeste do Atlântico para o reservatório HIMU tem levado alguns

 pesquisadores a chamar este reservatório de “componente St. Helena”. 

Figura 14-7: 207Pb/204Pb vs. 206Pb/204Pb para o MORB e OIBs selecionados a partir dos oceanos Atlânticos e Pacíficos. Ver aFigura 14-6 para os dados das fontes e outras abreviações.

Os dados do 207Pb/204Pb, especialmente aqueles que são provenientes do hemisfério do norte, mostram umaaproximação na linha de mistura linear entre o DM e o HIMU, uma linha chamada de Linha de Referencia doHemisfério Norte –  Nothern Hemisphere Reference Line (NHRL)  por Hart (1984). Os dados do hemisfério sul,em particular o proveniente do Oceano Indico, partem a partir desta linha, e parecem incluir grandes componentesEM (provavelmente EMII). Isto deveria estar aparente na Figura 14-8, o qual mostra os dados do 208Pb/204Pb. Noteque o HIMU está também enriquecido 208Pb, o qual nos diz que este reservatório está enriquecido em th assim bem

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como em U (reação 9-24). O conteúdo dos reservatórios de EM não estão claramente definidos assim bem como eleestá para os outros isótopos, logo as posições na Figura 14-8 está bem menos contraídas. Este alto enriquecimentono componente EM tem sido chamado de componente DUPAL, nomeado por Dupré e Allègre (1983), quem

 primeiro o descobriu. Note que o “grupo Dupal” das ilhas com altos 208Pb/204Pb no Oceano Indico na Figura 14-8.

Figura 14-8: 208Pb/204Pb vs. 206Pb/204Pb para os MORBs e OIBs selecionados dos oceanos Atlântico, Indico e Pacifico. FontesEM estão aproximados no que diz respeito ao 208Pb. Note que as ilhas do Oceano Indico com alto 208Pb/204Pb no grupo“DUPAL”. Os dados de Hamelin e Allègre (1985), Hart (1984), Vidal et al (1984). Ver Figura 14 -6 para outras fontes de dados eabreviações.

Tabela 14-5: Raios isotópicos aproximados de vários reservatórios.

Os dados isotópicos para o Nd, Sr, e o Pb nas rochas vulcânicas oceânicas tem sido suprida por algumainformação provocativa na concentração da natureza do manto. Os geólogos continuarão a coletarem dados e

 ponderando nas implicações dos resultados por algum tempo que se segue. No presente estamos compelidos aaceitar a noção de que o manto é heterogêneo, e que existem vários reservatórios dentro, cada um com suaassinatura isotópica distinta (e elementos traços).

As assinaturas isotópicas estão sumarizadas na tabela 14-5. Os valores da crosta continental nesta tabeladevem ser vistos como aproximados, logo que existem varias fontes possíveis de processos de mistura/transporte(incluindo os processos sedimentares) que variam com o nível crustal e podem afetar diferencialmente no Rb/Sr,

 Nd/Sm, e U-Th/Pb.

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A partir destes dados acumulados de longe, esses reservatórios parece serem distintos. Se eles não fossem,o manto estaria assim homogeneizado para um único reservatório e não seria possível derivar os magmas com talvariedade na assinatura isotópica a partir dele. Poderemos forçar uma conclusão em que estes reservatórios tem

 permanecido distinto por mais de 1 Ga, sem que houvesse uma re-hemogeneização.

Figura 14-9: Mapa apresentando a distribuição global dos contornos da anomalia isotópica conduz para o “Δ8/4”, uma medidado desvio no 208Pb/204Pb do NHRL. Os altos valores, o parental da linha de mistura de DM-HIMU e da grande influência da(s)fonte(s) do EMI-EMII (“DUPAL”). Os pontos das linhas pontudas em direção dos valores negativos e das áreas escurecidas têm

valores acima de 100 de Hart (1984).

A partir da distribuição dos dados isotópicos é possível construir mapas de várias assinaturas. A Figura 14-9 é um exemplo de tal mapa criado por Hart (1984) para o dado 208Pb. Os contornos são para “Δ8/4” o qual, sem

 passar por dentro da matemática, é uma maneira quantitativa de estimar a distância que um conjunto de dadoisotópico para o 208Pb e 204Pb plotam acima do NHRL (ver Rollinson, 1993, p. 240). Porque esta anomalia doenriquecimento se estende como uma banda através do hemisfério sul em aproximadamente 30ºS é ainda ummistério. Tem sido proposto que isto representa um arraste do manto litosférico subcontinental enriquecido em Pbdo América do Sul pelo fluxo do manto.

Talvez a idéia mais interessante vinda de um estudo destes reservatórios é que estes estudos sãoenriquecidos isotopicamente (EMI, EMII, e HIMU) todos têm um suficiente alto enriquecimento que sugere que

eles estão muito enriquecidos para qualquer processo conhecido no manto, e eles podem corresponder as rochascrustais e/ou sedimentos. O EMI, com sua leve característica enriquecida, pode melhor ser correlacionada com acrosta continental inferior ou crosta oceânica. O EMII é muito mais enriquecido, especialmente no radiogênico Sr(indicando o parental do Sr) e Pb (U/Th parental), o qual se correlaciona melhor com a crosta continental superiorou com a crosta da ilha oceânica. Se os reservatórios EM e o HIMU realmente representam a crosta continental (ou

 possivelmente uma antiga crosta oceânica e sedimentos) eles poderiam somente ser introduzido dentro do manto profundo por uma subducção e reciclagem. Para permanecer isotopicamente distinto, contudo, eles poderiam não terse re-hemogeneizado completamente com o resto do manto. Nós temos que estar certo de que a crosta oceânica, omanto superior, e sedimentos associados (tanto pelágico quanto os na cunha de arco, ambos dos quais foramderivados de uma porção continental) têm sido submetidos a uma subducção durante muito tempo, ainda quetenhamos pouca evidencia do seu destino de outros que estão relacionados ao vulcanismo a ser discutido no

Capitulo 16. Aqui o primeiro bom indicador da sua presença numa ampla escala no manto.

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14.5 A Petrogênese dos OIBs

Os dados dos elementos maiores e dos elementos traços indicam que a fonte do magma das OIBs, tantotoleítico quanto o alcalino, são distinto a partir daqueles N-MORB, e sugere pelo menos um reservatório nãodepletado, tal como no manto abaixo de 660 km de transição proposto para o E-MORB no Capítulo 13. A Figura 14-10 ilustra um modelo para a geração da OIB que inclui as duas camadas do manto (proposta no Capítulo 10) e asvarias possibilidades para os reservatórios e fontes. A descontinuidade do manto acima de 660 km é um reservatóriodepletado DM, a fonte para o MORB do tipo N. Abaixo da descontinuidade é o E-MORB e a fonte OIB que é maiscomplexa. Thompson et al. (1984) sugere uma alternativa na qual somente acima de 200 km ou logo um manto queé depletado cria um MORB, e a fonte do OIB está abaixo disto.

Por agora, o autor prefere fixar com uma distinção popular de 660 km, mas os dois modelos não sãosignificantemente diferentes. Parece que a camada da fonte OIB (pelo menos) contém distintas zonas isotópicas equimicamente, consistindo de uma não depletada (BSE), de alguma forma materiais depletados (PREMA), evariavelmente enriquecido (EMI, EMII, e HIMU). O EM (ambos os tipos) e o HIMU são presumidos a seremderivados a partir das fontes crustais, tanto de uma crosta oceânica antiga, ou sedimento (incluindo aqueles que sãoderivados de uma crosta continental), o qual talvez tenha sofrido alguma alteração por alguma água oceânica, a

serem incorporados no manto superior, eles devem ser subductados e reciclam novamente, mas não completamentehomogeneizado se sua assinatura isotópica é ainda reconhecida, mesmo nos basaltos gerados distantes a partir deuma zona de subducção contemporânea (Hofmann e White, 1982). No sentido de atingir este reservatório do manto

 profundo eles devem ser subductados numa profundidade de pelo menos 660 km, mas como pode uma leve crostasubductar para to longe?

Figura 14-10: Modelo esquemático para o vulcanismo oceânico. O manto acima de 660 km, descontinuidade sísmica é(variavelmente) manto depletado (DM), e é a fonte do MORB do tipo N. Abaixo de 660 km é a fonte de elementos maiores paraos E-MORB e os magmas OIB. Este reservatório profundo é heterogêneo, e está em um manto depletado contendo um mantoenriquecido (EM), alto μ do manto (HIMU), e talvez um manto primitivo (BSE) e um reservatório do manto “prevalente”(PREMA) bem como. A nomenclatura de Zindler e Hart (1986).

 Nós geralmente correlacionamos a densidade com o caráter máfico, o qual explica o porquê tanto a crostaoceânica e continental “flutua” no topo de um manto ultramáfico, e porque a cro sta continental levemente siálica émaior do que a crosta oceânica máfica. A densidade, contudo, é simplesmente a massa por unidade de volume, e oreticulo do mineral encaixado é igualmente importante. Numa pressão moderada, as rochas máficas, tais como os

 basaltos e os gabros que compõe a crosta oceânica, passam por uma fase de transição metamórfica para uma rochade granada-piroxênio chamada de eclogito –  eclogite (Seção 25.3.4) Como resultado deste conteúdo da granada, o

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eclogito é mais denso do que o a olivina-piroxênio dominante no manto lherzolito ultramáfico em mesma pressão.Assim a crosta oceânica densa em zonas de subducção pode atualmente facilitar o afundamento das camadas maisgrossas subductada. Mas lembre-se, a crosta oceânica é somente de 8 a 10 km de 100 km de espessura da camadamais grossa, o resto é material do manto. Mas este está mais resfriado, e então também densa, do que o manto dianteda placa. O mecanismo que conduz as locomoções das placas não é completamente certo, mas parece ser clara claroque a subducção de uma parte grossa da crosta oceânica é grandemente facilitada por uma lata densidade tanto domanto litosférico quanto dos eclogitos na crosta oceânica máfica. O que acontece para que o eclogito sofrasubducção quando este se encontra numa fase de transição que corresponde a uma descontinuidade de 660 km queainda não está muito clara. A densidade do manto lherzolito e do eclogito, em ambos, muda talvez devido asimilaridade das fases, logo a litosfera oceânica subductada pode tanto dilatar-se lateralmente ou simplesmenteempilhar-se neste nível, como rudemente ilustrado na Figura 14-10. Em sua revisão da profundidade, contudo,Wysession (1995) descreveu as evidências geofísicas sugerindo que algum material subductado pode fazer todo ocaminho para os limites do núcleo, onde ele pode participar na geração nas plumas dos Hot-Spots .

O manto é claramente um local dinâmico e variável. Ao longo do tempo, as porções têm passado por perdade elementos incompatíveis e componentes voláteis a fundir e na fase de fluidos. A fusão ascende armazenada efluidos metasomáticos podem ser localmente enriquecidos em alguns locais ou veios do manto em níveis superfícies

(Morgan e Morgan, 1999). Para isto nós podemos adicionar uma reintrodução dos componentes perdidos por umasubducção e reciclagem. Este corpo heterogêneo é continuamente movimentado por uma mistura convectiva,

 presumidamente como duas camadas convectivas separadas, embora este processo aparentemente não estejacompletamente homogeneizado nos reservatórios quimicamente distintos. A deformação relacionada a convecção

 pode cisalhar enriquecendo e depletando em materiais que produzem localmente um manto laminado numa escalade dez metros ou até mesmo no manto fino. As áreas locais são então parcialmente fundidas, e aquelas fusõesascendentes, incorporam partes de vários reservatórios que eles encontram no transito.

O modelo de pluma é ainda o mais atrativo método para a origem da maioria dos magmas da OIA, mas o processo de geração da OIB é certamente mais complexo do que o originalmente visionado. Muito dos materiaisenriquecidos parecem existir no manto superior também. Os experimentos de Cordery et al. (1997) e Kogiso et al.

(1998) sugere que as misturas do peridotito e a produção dos basaltos tanto nas fusões toleíticas e basaltos alcalinossimilares aos magmas OIB. Recentes técnicas experimentais de fusões do tipo “sanduíche” em finas camadas domaterial basáltico prensado dentro de um groundmass peridotitico. Quando a mistura é fundida nos basaltos(atualmente eclogito em condições de fusão) primeira fusão, mas as fusões mantêm o equilíbrio com matriz

 peridotitica, e rapidamente assume um caráter das fusões do manto. Pois a maioria dos eclogito está sendo fundida,grandes quantidades de basalto podem ser geradas a partir do mesmo volume do material da pluma. Os resultados deCordery et al. (1997) e Kogiso et al. (1998) sugerem que as plumas podem contaminar as misturas do peridotito e deuma antiga crosta oceânica de uma subducção reciclada que está rotacionando junto, mas não completamentehomogeneizado.

A verdadeira origem das plumas ainda não está clara. Certamente elas estão associadas com a anomalia

termal-gravitacional, o qual pode originar em 660Km dos limites das camadas ou até mesmo em profundidade. Umainteressante correlação entre o tempo da intensidade da atividade vulcânica no Havaí e os períodos da polaridademagnética normal foi apontada por Moberly e Campbell (1984), o qual sugere que algumas plumas pelo menosestão relacionadas aos processos do núcleo. As concentrações de fluídos localizadas podem também decair adensidade do manto lherzolito e iniciar uma ascensão diapirica do material quente através do material resfriadoacima da pluma termal. Similarmente a baixa densidade dos componentes subductados EM com um caráter siálicocontinental, poderiam iniciar uma pluma.

Qualquer que seja a origem, as plumas são caracterizadas por uma subida de pontos diapiricos  sólidos numlimite de camada de 660 km. Esta camada pode também ser uma zona no qual o material subductado é concentrado,talvez resultando numa mistura basalto peridotito (eclogito) a descompressão parcial da fusão ocorre nos diapiros

ascendentes. Os basaltos alcalinos são resultantes de aproximadamente 5 a 15% da fusão parcial, e toleítos a partirde 15 a 30% do peridotito, e menos se o eclogito estiver incluído na fonte. A fusão também pode envolver osempacotamentos adjacentes do material do manto depletado pego em um fluxo acima de plumas logo que eles

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7/26/2019 Introdução a Petrologia Ígnea e Metamórfica - John D. Winter

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ascendem através do reservatório depletado. Esses componentes enriquecidos e depletados serão inevitavelmentemisturas em alguns graus. Os Hot-Spots  das cadeias centrais serão associados com mais ascensão do manto quente edepletado, e serão assim misturado com mais componentes do MORB, resultando nos E-MORBs.

As fusões segregadas a partir do sólido em profundidade entre 50 a 80 km, e eles começam a agir comosistemas independentes, o qual determina muito do caráter dos elementos maiores  do magma. O resultado é

 primariamente basáltico, mas a cristalização fracional nas câmaras superficiais (< 15Km) pode produzir maisenvolvido e diferenciado para tanto as séries toleíticos e alcalina. A mistura do magma nesses reservatórios podeassim complicar os produtos vulcânicos.

 Nós devemos também lembrar a variação temporal a partir de um toleítico voluminoso dando passagem para um magma alcalino posterior extensivo no Havaí. Este trende do aumento da alcalinidade com o tempo pareceestar relacionado às comuns ilhas vulcânicas na crosta oceânica madura, mas ainda não está conhecida comocomum. A transição a partir dos toleíticos para os magmas alcalinos por uma cristalização fracional superficial foirejeitada recentemente quando estas em baixas pressões térmicas dividem-se e são reconhecidas (Figura 8-13). Aexplicação costumeira então fracional contado para os recentes toleitos criados por um alto grau da fusão parcial deumas fontes superficiais seguidas por uma fusão parcial menos extensiva de fontes profundas logo que a atividade

diminui uma explicação para os graus dos dados experimental revistas no Capítulo 10.

Figura 14-11: 143 Nd/144 Nd vs. 87Sr/86Sr para o Maui e Oahu Havaiano de uma recente construção do campo toleítico, e uma lavaalcalina posterior. De Wilson (1989).

Para o Havaí, pelo menos, esta explicação não funciona devido ao elemento maior, elemento traço, ediferenças isotópicas entre as séries toleíticas e alcalina evitem a derivação a partir de uma única fonte, e sugere umaorigem a partir de fontes separadas. A Figura 14-11 mostra os dados isotópicos para alguns toleítos havaianos e

 basaltos alcalinos. Os dados rudemente se encaixam numa linha de mistura binária entre os componentes