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Page 1: INTERVENÇÕES PARA DEFEITOS NO CAMPO VISUAL … · campo visual (dois estudos, 110 participantes; DM 0,70, IC 95% 2,28- 0,88). Houve dados - - insuficientes para permitir conclusões

INTERVENÇÕES PARA DEFEITOS NO CAMPO VISUAL EM PACIENTES COM AVC

Alex Pollock,Christine Hazelton, Clair A Henderson, Jayne Angilley, Baljean Dhillon, Peter Langhorne,

Katrina Livingstone, Frank A Munro, Heather Orr,Fiona J Rowe, Uma Shahani

Resumo

Introdução

Defeitos no campo visual são estimados a afetar de 20% - 57% das pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral. Defeitos no campo visual podem afetar a capacidade funcional em atividades da vida diária (normalmente afetam a mobilidade, leitura e a condução), qualidade de vida, capacidade de participar na reabilitação, depressão, ansiedade e isolamento social após o AVC. Há muitas intervenções para os defeitos no campo visual que são propostas para o trabalho de restauração do campo visual (restituição); compensar o defeito do campo visual pela mudança de comportamento ou atividade (compensação); substituindo o defeito no campo visual usando um dispositivo ou modificação exógenas (substituição), garantindo o diagnóstico ou tratamento correto por meio de avaliação padronizada, ou triagem, ou ambos.

Objetivos

Determinar os efeitos de intervenções para pessoas com defeitos no campo visual após o AVC.

Métodos

Estratégia de busca

A busca foi realizada no registro de ensaios do grupo Cochrane Acidente Vascular Cerebral (fevereiro 2011), registro de ensaios do grupo Cochrane Olhos e Visão (dezembro 2009) e nove bases de dados bibliográficas eletrônicas incluindo CENTRAL (The Cochrane Library 2009, Issue 4), MEDLINE (1950 a Dezembro de 2009), EMBASE (1980 a Dezembro de 2009), CINAHL (1982 a Dezembro de 2009), AMED (1985 a Dezembro de 2009), e PsycINFO (1967 a Dezembro de 2009). Foi realizada uma busca em listas de referências e em registros de ensaios, também foi realizada busca manual em revistas e atas de conferências e contato com especialistas

Critérios de seleção

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Ensaios clínicos randomizados em adultos após AVC, onde a intervenção foi especificamente destinada a melhorar o defeito no campo visual ou melhorar a habilidade do participante para lidar com a perda de campo visual. O desfecho primário foi a capacidade funcional em atividades da vida diária e os desfechos secundários incluíram a capacidade funcional estendida nas atividades da vida diária, na capacidade de leitura, nas medidas de campo visual, no equilíbrio, nas quedas, na depressão e na ansiedade, alta ou residência após acidente vascular cerebral, na qualidade de vida e no isolamento social, na avaliação visual, eventos adversos e morte.

Coleta de dados e análise

Dois revisores independentes avaliaram resumos, dados extraídos e ensaios. Foi realizada avaliação da qualidade metodológica para a ocultação da alocação, ocultação de avaliadores, o método de lidar com dados não apresentados e outras fontes potenciais de viés.

Resultados principais

Treze estudos (344 participantes randomizados, 285 eram participantes com acidente vascular cerebral) preencheram os critérios de inclusão para esta revisão. No entanto, apenas seis destes estudos compararam o efeito da intervenção com placebo, grupo controle ou sem grupo de tratamento e foram incluídos nas comparações dentro desta revisão. Quatro estudos compararam o efeito do treinamento da verificação visual (compensatória) com um controle ou intervenção placebo. A Meta-análise demonstrou que o treinamento de verificação visual é mais eficaz do que o controle ou o placebo na melhoria da capacidade de leitura (três estudos, 129 participantes; diferença média (DM) 3.24, intervalo de confiança de 95% (IC) 0,84-5,59) e de verificação visual (três estudos, participantes 129; DM 18,84, IC 95% 12,01-25,66), mas que a verificação visual pode não melhorar os desfechos do campo visual (dois estudos, 110 participantes; DM -0,70, IC 95% -2,28- 0,88). Houve dados insuficientes para permitir conclusões generalizadas a serem feitas sobre a eficácia do treinamento da verificação visual em relação ao controle ou placebo para o desfecho primário das atividades da vida diária (um estudo, 33 participantes). Apenas um estudo (19 participantes) comparou o efeito de uma intervenção restitutiva com controle ou intervenção placebo e apenas um estudo (39 participantes) comparou o efeito de uma intervenção substitutiva com controle ou intervenção placebo.

Conclusões dos autores

Há evidências limitadas que apoiam o uso do treinamento de verificação visual compensatório para os pacientes com defeitos no campo visual (possivelmente, co-existindo negligência visual) para melhorar

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os desfechos de verificação visual e leitura. Não há evidências suficientes para chegar a uma conclusão sobre o impacto da compensação do treinamento de verificação visual em atividades funcionais da vida diária. Não há evidências suficientes para chegar a conclusões generalizadas sobre os benefícios do treinamento de restituição visual (TRV) (intervenção restitutiva) ou prismas (intervenção substitutiva) para pacientes com defeitos no campo visual após o AVC. Este é um resumo de uma Revisão Cochrane publicada na Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR) 2011, Issue 10. Art. No.: CD008388. DOI: 10.1002/14651858.CD008388.pub2. (www.thecochranelibrary.com). Para ver citação completa e detalhes dos autores, por favor veja a referência 1. A tradução foi realizada por membros do Centro Cochrane do Brasil. Nome do tradutor deste resumo: Antonio José Grande Data da tradução: 26/10/2011 O texto completo desta revisão está disponível gratuitamente para toda a America Latina e Caribe em: http://cochrane.bvsalud.org/cochrane/show.php?db=protocols&mfn=1439&id=CD008388&lang=pt&dblang=&lib=COC&print=yes Referência 1. Pollock A, Hazelton C, Henderson CA, Angilley J, Dhillon B, Langhorne P, Livingstone K, Munro FA, Orr H, Rowe FJ, Shahani U. Interventions for visual field defects in patients with stroke. Cochrane Database of Systematic Reviews 2011, Issue 10. Art. No.: CD008388. DOI: 10.1002/14651858.CD008388.pub2.