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C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas) Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo
Palma (organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015. ISBN 978-85-66867-01-5
INTERVENÇÃO ANALÍTICO COMPORTAMENTAL EM TRANSTORNO DEPRESSIVO: UM ESTUDO DE CASO
Vanessa Tomaz de Amorim, Nilse Chiapetti, Liana Brito Lyra Marolla* (Laboratório de Pesquisa em Comportamento e Cognição, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa,PB)
Os transtornos psiquiátricos são produtos do entrelaçamento de fatores genéticos e de experiências diretas e
indiretas do sujeito, manifestando-se através de um conjunto de comportamentos desadaptativos que são
determinados e mantidos por múltiplas contingencias. O Transtorno de Humor Depressivo é um dos
transtornos mais comuns, caracterizado sintomas como humor deprimido; anedonia, insônia ou hipersonia,
perda ou ganho de peso, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia; auto depreciação
(inutilidade) ou culpa excessiva; redução da capacidade de concentração, lentidão de pensamento ou
indecisão; e ideias recorrentes de morte ou suicídio. A doença gera prejuízos sociais e individuais, com
queda na capacidade adaptativa, , internamentos na rede pública de saúde , diminuição da produtividade,
déficits nas áreas sociais, funcionais e cognitivas. Para a análise do comportamento o indivíduo com
depressão tende a apresentar redução na frequência de comportamentos reforçados positivamente
(atividades prazerosas) e aumento, concomitante, de comportamentos de fuga e esquiva de situações
potencialmente aversivas. Nesse sentido, o propósito geral é aumentar a frequência de comportamentos da
primeira classe (enfrentamento) e consequentemente aumentar as chances de reforçamento para
comportamentos emitidos. O objetivo do presente trabalho é apresentar dados derivados da intervenção
analítico-comportamental em uma paciente de 44 anos, diagnosticada com depressão (leve???
Moderada???). Método: o processo teve, até o momento, 10 sessões, que ocorreram semanalmente e com
duração de 50 minutos. Desde o primeiro encontro até alcançar o estado de remissão da sintomatologia
depressiva, foram realizadas análises funcionais do comportamento, as quais fundamentaram a avaliação e
estabelecimento de metas para a terapia, e também as intervenções. . Para averiguar a evolução da paciente
foi empregado o Inventario de Beck para depressão (BAI), cujos dados se somaram à avaliação clínica
contínua. O processo está em continuidade e a redução dos sintomas de depressão é evidente, com uma
mudança na pontuação do BDI de 29 para 19, além da a melhora dos comportamentos caracterizada
sobretudo pelo incremento e aumento da frequência de comportamentos de enfrentamento e consequente
aumento da obtenção de reforçadores.
Palavras chave: Comportamento, Transtorno de Humor Depressivo, Análise do Comportamento.