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INTERNATIONALENERGY AGENCY

Estratégias de Adaptação às Alterações ClimáticasModerador: Francisco Ferreira, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Portugal

A abordagem de Estocolmo para a adaptação às alterações climáticas, Lisa Enarsson, Administração para o Ambiente e a Saúde, Município de Estocolmo, Suécia

Adaptação dos sistemas de abastecimento de água e saneamento no contexto de um clima em mudança, Madalena Moreira, Universidade de Évora, Portugal

Plano estratégico do Concelho de Sintra faca às Alterações Climáticas: vulnerabilidades e medidas de adaptação,Luís Fernandes (em substituição de Marco Almeida), Sintra, Portugal

Adaptação no Município de Hampshire, Bryan Boult, Departamento de Sustentabilidade e Ambiente Futuros, Município de Hampshire, Reino Unido

Sessão Plenária 3 Interactiva29 de Maio | 11h10 – 13h00

Plano EstratPlano Estratéégicogicode Sintra face de Sintra face ààs s

AlteraAlteraçções Climões Climááticasticas

Vulnerabilidades e medidas de adaptação

Luís Fernandes29 de Maio de 2009


AlteraAlteraçções ões ClimClimááticasticas

Concelho de Sintra:

• Densidade populacional elevada (concentrada em aglomerados urbanos);

• Linha de Costa 23 Km – Praias e arribas; • 98,5% da água para consumo humano tem origem nas captações

da EPAL ( albufeira de Castelo de Bode e sistema Tejo) e apenas 1.5% proveniente de captações localizadas no município;

• Elevado consumo energético; • Serra de Sintra - Floresta ocupa 30% da área do PNSC.

CMS definiu entre os seus objectivos a análise do impacto das alterações climáticas no seu município, tendo em vista a melhor eficácia dos sistemas de prevenção e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos



Celebrado um Protocolo de Cooperação entre o Município de Sintra e

a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para promover a

elaboração dum Plano Estratégico Face às Alterações Climáticas do

Município de Sintra.

Avaliação dos Impactos Potenciais das Alterações Climáticas no

Concelho de Sintra e identificação de estratégias de acção para a

Mitigação das emissões de gases com efeito de estufa e medidas de

adaptação sectorial.

Âmbito do Protocolo



PLANO ESTRATPLANO ESTRATÉÉGICO DE SINTRA FACE GICO DE SINTRA FACE ÀÀS S ALTERAALTERAÇÇÕES CLIMÕES CLIMÁÁTICAS:TICAS:

Equipe multidisciplinar integrando vários grupos de trabalhoprovenientes de diferentes instituições (FCUL,ISA, IST)Os sectores analisados foram:

•Clima,•Zonas Costeiras, •Recursos Hídricos, •Florestas,•Agricultura, •Biodiversidade•Cenários Socioeconómicos,•Turismo•Saúde Humana



VULNERABILIDADES E MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO



RECURSOS HIDRICOS



ImpactoPeríodos secos mais extensos

Adaptações•Uso eficiente da água;•Diminuição das perdas de água na distribuição; •Usar preço da água para desmotivar consumos excessivos;•Reutilização da água - sistemas de distribuição de água de qualidade inferior para usos menos exigentes;•Usar os aquíferos de Vale de Lobos e Pisões-Atrozela como reservas estratégicas de água;•Criação de pequenas albufeiras para complementar o abastecimento;•Aproveitamentos de água pluvial e redes secundárias de água;•Comportamentos mais responsáveis;



FLORESTAS



ImpactoAlteração de condições bioclimáticas

Adaptações•Apoio e colaboração com a Investigação;

•Formação de pessoal técnico;

•Escolha de espécies da flora autóctone melhor adaptadas à secura (ex.

sobreiros) e restringir a utilização de espécies mais exigentes em

água a locais mais húmidos;

•Proteger as zonas mais interessantes do ponto de vista botânico

e pouco perturbadas pelos incêndios e invasoras.



ImpactoAumento do risco de incêndio

Adaptações•Ordenamento territorial (manutenção de redes de faixas e mosaicos de

gestão de combustíveis, de redes viárias e de pontos de água);

•Reforçar a sensibilização da população, visitantes, nos locais de maior

risco real, como a Serra de Sintra;

•Reforçar o controlo das situações de incumprimento e aplicar sanções

previstas nas leis;



ImpactoNovas pragas e doenças

Adaptações•Desenvolver bases de dados e reforçar a monitorização e prevenção de

pragas e doenças das florestas, para identificação e detecção precoce

das mais nocivas nas condições climáticas futuras e prevenção da sua

introdução no país;

•Divulgar informação sobre novas pragas e doenças e a implementar

estratégias de luta no terreno;

•Limpeza e desbaste de árvores mortas ou decrépitas para evitar a

propagação de insectos, fungos e parasitas.



PRAIAS E ARRIBAS

Redução dos areaisS. Julião -22% a -37%Vide -14% a -31%Magoito -85% a -100%Aguda -17% a -42%Maçãs -3% a -8%Adraga -9% a -24%



ImpactoArribas

Adaptações• Restrições a veículos motorizados;

• Sinalização e manutenção de caminhos pedestres e BTT existentes, criar

rotas flexíveis;

•Boas regras de reabilitação de construções;

•Saneamento de blocos instáveis, reperfilar arribas instáveis;

•Melhoria de acessos pedonais, ciclovias, sistemas de vaivém:

• Estacionamento automóvel organizado;

•Comportamento ambientalmente responsável.



•Recomendações e ajuste de Planos a menor capacidade de carga das

praias;

•Encorajar outras actividades de lazer, noutras regiões do Concelho,

•Não oferecer mais estacionamento automóvel, promover acessos

pedonais, ciclovias, vaivéns;

•Adoptar estruturas móveis ou palafitas para os equipamentos de praia.

Adaptações

ImpactoPraias: redução de alguns areais com a subida do nível médio do mar, (redução a superfície dos areais entre 20% a 40% em 2100)



BIODIVERSIDADE



ImpactoAumento geral da vulnerabilidade dos ecossistemas

Adaptações

•Reduzir as ameaças não climáticas: destruição e fragmentação de habitat,

sobre-exploração de recursos, eutrofização das ribeiras, desertificação das

zonas agrícolas, pressão urbana e turística sobre zonas de grande valor

ecológico;

•Ampliar e melhorar a Estrutura Ecológica Fundamental constituída pela

Rede Agrícola Nacional e pela Rede Ecológica Nacional;

•Acelerar a execução do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra -

Sado.



•Educação e sensibilização ambiental na identificação das espécies

invasoras;

•Monitorização das áreas com elevado valor ecológico;

Controlo nas áreas em que as espécies já se encontram muito

disseminadas: físico (remoção manual), químico (com pesticidas),

biológico (com outros seres vivos que se alimentem destas espécies);

•Comportamento ambientalmente responsável.

ImpactoProliferação de invasoras subtropicais - acácia, chorão de-praia,, canas, plumas, e outras

Adaptações



•Monitorização e investigação das espécies endémicas;

•Educação e sensibilização ambiental;

•Medidas de conservação dos habitats específicos;

•Comportamento ambientalmente responsável - redução do pisoteio e

da remoção de exemplares.

Impacto Ameaça de extinção de espécies endémicas devido ao clima alterado

Adaptações



SAÚDE HUMANA



•Plano de Contingência para as Ondas de Calor (Ministério da Saúde);

•Assegurar uma climatização adequada dos edifícios;

•Apoiar e sofisticar as redes formais e informais de suporte aos idosos

isolados, com participação de voluntários, profissionais de saúde e

sistemas de vigilância;

• Reabilitação dos alojamentos com soluções passivas – isolamentos,

sombreamentos, circulação de ar arrefecido por evaporação ou por

condutas no solo, etc.

ImpactoOndas de calor mais intensas

Adaptações



•Assegurar as boas práticas nas cadeia de transporte e distribuição

com refrigeração;

•Seguir regras de higiene no transporte (manter temperatura fresca) e na

preparação de alimentos (bem cozinhados).

ImpactoAumento do risco de salmoneloses (carne de aves e ovos)

Adaptações



•Programas de monitorização de insectos vectores de doenças;

•Maior Controlo de saúde e preparação dos hospitais;

•Sensibilização e educação sobre precaução e cuidados.

ImpactoAumento do risco de doenças infecciosas transmitidas por mosquitos - malária, febre-amarela, dengue, febre do Nilo Ocidental, e outras

Adaptações



•Diversificação das árvores e plantas nos espaços geridos pelo

Município;

•Apoio à elaboração e divulgação com frequência e visibilidade de

boletins polínicos;

•Reforço das precauções e estratégias já recomendadas a pessoas

alérgicas.

ImpactoAumento da produção de pólens alergénicos

Adaptações



AGRICULTURA



•Melhores sistemas de rega, incluindo previsão de necessidades;

•Alteração das variedades utilizadas na agricultura;

•Recalendarizar as actividades agrícolas;

•Armazenamento sazonal de águas pluviais, para rega.

ImpactoClima mais seco e quente

Adaptações



SEQUESTRO DE CARBONO MITIGAÇÃO HUMANA



A maior parte das emissões de GEE devem-se à queima de combustíveis fósseis.Elevado consumo energético (congestionamento no IC19, emissões

na produção de alimentos e bens, nos transportes, etc.) O índice de emissões totais per capita será da mesma ordem do

valor médio nacional de 8 ton CO eq./habitante,Valor anual de sequestro de cerca de 53 500 ton CO2 ou 2% das

emissões de GEE do concelho, Muitas das soluções de mitigação serão de âmbito internacional

(desenvolvimento tecnológico), outras políticas de nível nacional e regional (regulamentos e normas de eficiência energética)

Municipal – promoção de recursos energéticos renováveis



MEDIDAS PARA REDUÇÃO DE CO2 Eq./Hab



Redução de CO2Curto prazo (5-10 anos) : 6-7 ton CO2 eq./hab.

•Generalização da energia solar térmica para aquecimento de águas;

•Aproveitamento do biogás de resíduos e efluentes;

•Aproveitamento da biomassa de limpezas florestais para queima;

•Edifícios mais eficientes no uso e conservação de energia;

•Iluminação a leds em semáforos e outros nichos;

•Coordenação intermodal nos transportes;

•Estagnação das grandes rodovias;

•Densificação de ciclovias, pequenas motos e automóveis eléctricos.



Redução de CO2Curto prazo (10 - 30 anos) : 4-5 ton CO2 eq./hab .

•Tudo o que está descrito no anterior;

•Rede densa de ciclovias;

•Iluminação pública por leds e inteligente;

•Centrais fotovoltaicas no norte do concelho;

•Motorização eléctrica;

•Promoção da troca de casas e arrendamento, reduz movimentos

pendulares;

•Creches e escolas relocalizadas para próximo das interfaces modais;

•Teletrabalho e teleconferência.



Redução de CO2Curto prazo (30-50 anos) : 2-3 ton CO2 eq./hab.

•Tudo o que está descrito anterior;

•Eólica urbana, solar térmico e solar fotovoltaico de elevado

rendimento

•Centrais fotovoltaicas mais potentes;

•Centrais de correntes marítimas;

•Redução da área construída;

•Mais faixas do IC 16, IC19, IC 30 retiradas ao transporte privado em

favor de transportes eléctricos públicos;



Obrigadopela Vossa Atenção!

… e já agora, venham até SINTRA!

(sei que vão gostar)

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