interferÊncia de diferentes condiÇÕes de luminosidade na fotossÍntese

Upload: tatielle-martins

Post on 02-Mar-2016

17 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

INTERFERNCIA DE DIFERENTES CONDIES DE LUMINOSIDADE NA FOTOSSNTESE E DESENVOLVIMENTO DE Aechmea blanchetiana

BioqumicaCleide Maria CaetanoGuilherme CadettiGuilherme FavaroLaryssa MarianoRafael CoelhoTatielle Martins

Ufes Universidade Federal do Esprito SantoCEUNES Centro Universitrio do Norte do Esprito Santo

Ufes Universidade Federal do Esprito SantoCEUNES Centro Universitrio do Norte do Esprito SantoINTERFERNCIA DE DIFERENTES CONDIES DE LUMINOSIDADE NA FOTOSSNTESE E DESENVOLVIMENTO DE Aechmea blanchetiana

INTRODUO

A restinga um ecossistema associado ao Bioma Mata Atlntica, sendo caracterizada pela vegetao estabelecida sobre os cordes arenosos originados durante o perodo Quaternrio, e compreendes diferentes tipos vegetacionais no Brasil, variando desde formaes herbceas, passando por formaes arbustivas, abertas ou fechadas (1). INTRODUO

A ocorrncia da restinga no Esprito Santo por quase todo o espao da costa, cessando em alguns trechos pela foz de rios, podendo estar associada ao manguezal (2). Segundo Pereira (1) a famlia Bromeliaceae a terceira famlia com maior diversidade nas restingas do Esprito Santo. bem representada neste ecossistema devido a sua capacidade adaptativa em conseguir habitats diversos (3). Esta famlia possui distribuio neotropical, no Brasil so particularmente comuns em florestas midas, nas restingas, nas caatingas e campos rupestres (4).

INTRODUOA importncia da famlia Bromeliaceae para a restinga garantir a diversidade da fauna e flora local, pois apresenta grande valor ecolgico e econmico (3). Contudo, no Esprito Santo, Bromeliaceae a segunda famlia das Angiospermas com mais espcies ameaadas de extino (6).

INTRODUOAechmea blanchetiana (Baker) L. B. Sm. de origem nativa, com distribuio nos Estados do Norte e Sudeste, sendo endmica do Brasil (5). Est inclusa na Lista de Espcies Ameaadas do Esprito Santo como vulnervel (6). Estudos (7) afirmaram que Aechmea blanchetiana cultivada isoladamente ou em grupos formando macios densos, a pleno sol ou a meia-sombra.

INTRODUOSegundo Raven et al. (8) a luz pode promover efeitos importantes no desenvolvimento, tamanho e espessura das folhas. Em situaes naturais, a luz sofre variaes enormes em intensidade e em quantidade ao longo do dia e dentro das comunidades vegetais. As plantas apresentam grande diversidade de respostas fotossintticas a variaes ambientais, principalmente em relao luz (9).

A fotossntese a converso de energia luminosa em energia qumica. composta por duas fases: uma denominada fotoqumica e a outra bioqumica. A fase fotoqumica consiste na absoro de luz (photon) e passagem desta pelos fotossintemas liberando eltrons, enquanto a fase bioqumica consiste na formao de carboidratos pela juno dos elementos. O processo fotossinttico ocorre nas membranas dos tilacides atravs dos fotossistemas I e II, utilizando luz solar; absoro de gua e incorporao de CO2, na forma de carboidratos (10).

INTRODUO

Fatores ecolgicos como a alta radiao luminosa podem causar o decrscimo na assimilao de CO2 resultante das condies de deficincia hdrica, que pode afetar a distribuio, o acmulo e a mobilizao de acares na planta. Quando carboidratos de estoque (como os polissacardeos), so mobilizados, forma-se a sacarose, acar de fcil transporte em plantas, o qual, em tecidos em fase de crescimento (rgos dreno), hidrolisado em glicose e frutose por enzimas especficas. Altas concentraes de glicose podem inibir a fotossntese e o metabolismo dos acares (11).INTRODUO

Alm disso, neste cenrio de estresse fisiolgico, as folhas das plantas podem demandar grande quantidade de carboidrato para suprir energeticamente as elevadas taxas respiratrias. Estes fatores tambm podem tambm gerar espcies reativas de oxignio (EROs), como o on superxido-O2- e o perxido de hidrognio-H2O2, as quais, se no forem imediatamente removidas do meio celular, levam a danos oxidativos, incluindo a peroxidao dos lipdeos da membrana, resultando na massiva destruio das membranas celulares (12).INTRODUO

Contudo, este estudo pretende analisar o quanto a diferena de micro-habitat sob diferentes condies ambientais pode interferir na fotossntese e desenvolvimento de Aechmea blanchetiana, analisando-se como esta responde metabolicamente s diferentes condies de luminosidade. Assim como Machado (13) e Martinazzo (14) observaram para duas outras diferentes espcies que h diferena no acmulo de carboidratos nas folhas em perodos de luminosidades diferentes, esperamos atravs deste estudo analisar se h diferena significativa para a espcies Aechmea blanchetiana sob estas diferentes condies em seu habitat natural.

INTRODUO

OBJETIVOS

EspecficosAnalisar o quanto a diferena de luz interfere na fotossntese e desenvolvimento das plantas, quantificando o produto formado por este processo.

GeraisAnalisar sob diferentes condies de luminosidade o contedo de: quantidade de pigmentos fotossintticos; contedo de carboidratos; atividade antioxidantes e concentrao de H2O2.

MATERIAIS E MTODOS

Coleta e tratamento do material botnico

O material vegetal ser coletado em uma rea de restinga do balnerio de Guriri, So Mateus, ES. Sero realizadas coletas em duas pocas diferentes, uma em no primeiro semestre de 2014, e outra no segundo semestre, amostrando-se 5 plantas do interior de moitas (sombra) e 5 plantas de borda de moita (sol) em cada coleta. A intensidade luminosa de cada condio ser estimada utilizando-se um light meter Li-250A (LICOR, USA). A identificao botnica ser realizada atravs de literatura especializada (APG 3) e uma amostra do espcime ser deposita no herbrio setorial VIES/CEUNES, segundo tcnicas usuais de herborizao.

Teores dos pigmentos fotossintticos Sero determinados pelo mtodo espectrofotomtrico com extrao em acetona 80% (Arnon, 1949).Determinao dos carboidratos: O teor de carboidratos solveis totais, frutose, glicose e amido ser estimado de acordo com os procedimentos adotados por Clippel et al. (2008).Anlise estatstica:Para as fontes de variao quantitativas, os dados sero analisados por meio de regresso polinomial, enquanto que para fontes de variao qualitativas, os dados sero submetidos anlise de varincia (ANOVA) e as mdias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade utilizando-se o programa SAEG.

MATERIAIS E MTODOS

Cronograma

Resultados Esperados

H0: Para uma mesma espcie vegetal no h diferenas metablicas significativas para adaptaes ambientais distintas.

H1: Uma mesma espcie vegetal pode diferenciar-se fitofisiolgicamente e metablicamente em resposta a diferentes condies ambientais e fatores abiticos.

Referncias bibliogrficas

(1)a. Pereira, O. J. Diversidade e conservao das restingas do Esprito Santo. In: Menezes, L. F. T.; Pires, F. P.; Pereira, O. J. (org.). Ecossistemas Costeiros do Esprito Santo: Conservao e Restaurao. Vitria: EDUFES, p. 33-44. 2007 a.

(2)b. Pereira, O. J.b Formaes pioneiras: estingas. In: Simonelli, M.; Fraga, C. N. de. (org.). Espcies da Flora Ameaadas de Extino no Estado do Esprito Santo. Vitria: IPEMA, p. 27-32. 2007 b

(3)Martinelli, G. Manejo de populaes e comunidades vegetais: um estudo de caso na conservao de Bromeliaceae. In: Rocha, F. D.; Bergallo, H. G.; Sluys, M. V. & Alvez, M. A. S. (eds). Biologia da Conservao: Essncias. Ed. Rima, So Paulo. 2006, p. 479-503.

(4)Souza, V. C.; Lorenzi, H. Botnica Sistemtica: Guia ilustrativo para identificao das famlias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odesa, So Paulo: Instituto Plantarum, 2005.

(5)Kollmann, L. J. C.; Fontana, A. P.; Simonelli, M. & Fraga, C. N. As Angiospermas ameaadas de extino no Estado do Esprito Santo. In: Simonelli, M.; Fraga, C. N. de. (org.). Espcies da Fora Ameaadas de Extino No Estado do Esprito Santo. IPEMA, 2007, p. 105-137.

(6)Forzza, R.C.; Costa, A.; Siqueira Filho, J.A.; Martinelli, G.; Monteiro, R.F.; Santos-Silva, F. & Saraiva, D.P.; Paixo-Souza, B. Bromeliaceae. In Lista de Espcies da Flora do Brasil. Jardim Botnico do Rio de Janeiro. Disponvel em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB66 (acesso em 01/07/2013). 2013.

(7)Souza, H. M. & Lorenzi, H. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbceas e trepadeiras. 2 ed. Plantarum, Nova Odessa. 1999.

Referncias bibliogrficas

(8) Raven, P.H. Evert, R. F. Eichhorn, S.E. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2001.

(9) Majerowicz, N.; & Peres, L. E. P. Fotomorfognese em Plantas. In: Kerbauy, G. B. Fisiologia Vegetal. So Paulo: Guanabara Koogan, 2004, p. 421-438.

(10) (LARYSSA COLOCAR A FONTE DE ONDE

(11) Stancato, G.C., Mazzafera, P., Buckerindge, M.S. Effect of a drought period on the mobilization of non-structural carbohydrates, photosynthetic efficiency and water status in an epiphytic orchid. Plant Physiology and Biochemistry, 39: 10091016. 2001.

(12) Niyogi K.K. Photoprotection revisited: genetic and molecular approaches. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology. 50:333359. 1999.

(13) MACHADO, R. C. R.; MULLER, M. W.; BARRETO, W. S. Variaes Diurnas no Teor de Amido e de acar Solveis em Folhas de Cacau (Theobrona cacao L.). Ver. Bras. Fisiol. Vegetal 1(2):163-167, 1989.

(14) Martinazzo, E.G.;, Anese, S.; Wandscheer, A.C.; Pastorini, L.H. Efeito do Sombreamento sobre os Teores de Carboidratos No-estruturais de Eugenia uniflora L. (Pitanga) - Myrtaceae. Revista Brasileira de Biocincias, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 168-170, jul. 2007

(15) Arnon, D.I. Copper enzymes in isolated chloroplasts: polyphenoloxydase in Beta vulgaris. Plant Physiology, Maryland, 24(1):1-15. 1949

(16) Clippel, J.K., Carmo. H. N. C., Nascimento, L. C. Z., Cuzzuol, G. R.F. Anlise qumica em rgos de reserva de algumas herbceas e arbreas ocorrentes na flora do Esprito Santo, Brasil. Acta botnica braslica, 22: 1057-1067. 2008

Referncias bibliogrficas