interativa justiça x direito

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JUSTIÇA X DIREITO INTRODUÇÃO O presente trabalho tem a finalidade de promover uma reflexão entre o direito e a justiça em concepção de justiça para direito natural e no direito positivo. Para a elaboração deste trabalho, tomou se como base "A ideia de Justiça" do livro Direito e Justiça de Alf Ross. Discutiremos as suas razões, analisando ideias de justiça, com categorias e critérios, sua visão de igualdade no direito vigente. DESENVOLVIMENTO Segundo o autor Alf Ross: "Justiça ocupa sempre o lugar central na ideia do direito." Persistindo em nossa consciência reside uma ideia simples e evidente que é a justiça, ideia específica do direito, sendo ao mesmo tempo uma medida para a correção do direito. Esse modo de ver a justiça entende-se como amor e ao bem de Deus, delimitando e harmonizando pretensões e interesses conflitantes na vida social. Talvez até entendamos que Justiça é igualdade, pois a exigência de igualdade esta contida na ideia de justiça, não de forma absoluta e sim a cada um segundo o seu mérito e cada qual segundo a sua capacidade, de acordo com sua necessidade. Tornando o ideal de igualdade simplesmente uma correta aplicação da regra geral, disso resulta que a aplicação da igualdade é nada mais que emergir elementos contidos em forma de justiça. Poderemos indagar que há sim, uma despenho do direito positivo de justiça dentro do conceito de justiça, tornando a justiça percebida de diferentes sentidos, como dizia a teoria de Platão: "O mundo dos atos perfeitos". "Direito é a ideia do bem comum" (Plantão), tendo tal exigência e resultado de ser uma ordem social e institucional diferentemente dos fenômenos moral. Sendo impossível nessa medida a ideia de justiça no sentido da racionalidade e regularidade, desse modo à racionalidade objetiva é um ideal de direito. Estando presente quando se

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JUSTIÇA X DIREITO

INTRODUÇÃO O presente trabalho tem a finalidade de promover uma reflexão entre o direito e a justiça em concepção de justiça para direito natural e no direito positivo. Para a elaboração deste trabalho, tomou se como base "A ideia de Justiça" do livro Direito e Justiça de Alf Ross. Discutiremos as suas razões, analisando ideias de justiça, com categorias e critérios, sua visão de igualdade no direito vigente. 

DESENVOLVIMENTO

Segundo o autor Alf Ross: "Justiça ocupa sempre o lugar central na ideia do direito." Persistindo em nossa consciência reside uma ideia simples e evidente que é a justiça, ideia específica do direito, sendo ao mesmo tempo uma medida para a correção do direito. Esse modo de ver a justiça entende-se como amor e ao bem de Deus, delimitando e harmonizando pretensões e interesses conflitantes na vida social.

Talvez até entendamos que Justiça é igualdade, pois a exigência de igualdade esta contida na ideia de justiça, não de forma absoluta e sim a cada um segundo o seu mérito e cada qual segundo a sua capacidade, de acordo com sua necessidade. Tornando o ideal de igualdade simplesmente uma correta aplicação da regra geral, disso resulta que a aplicação da igualdade é nada mais que emergir elementos contidos em forma de justiça. 

Poderemos indagar que há sim, uma despenho do direito positivo de justiça dentro do conceito de justiça, tornando a justiça percebida de diferentes sentidos, como dizia a teoria de Platão: "O mundo dos atos perfeitos". "Direito é a ideia do bem comum" (Plantão), tendo tal exigência e resultado de ser uma ordem social e institucional diferentemente dos fenômenos moral.

Sendo impossível nessa medida a ideia de justiça no sentido da racionalidade e regularidade, desse modo à racionalidade objetiva é um ideal de direito. Estando presente quando se opuser ao direito, retirando uma decisão de uma sabedoria exotérica ao ideal da supremacia.

Para que possa decidir, deixando de lado todas as regras estabelecidas e incidir segundo Sá a consciência jurídica do povo e assim poderíamos nesse contexto enxergar uma negação do direito. Fazendo com que passe a existir um distanciamento, da sistematização normativa, da ideia fundamental de justiça.

Percebe que ha outros doutrinadores, que diga que esse distanciamento se deve em parte a sistematização técnica, contando com o crescimento da demanda procedimental, em relação da capacidade de intervenção, do poder jurisdicional do estado.

A inter-relação entre direito e justiça, mesmo com doutrinas pregando essa união, há também o mesmo distanciamento, entende-se que para isso o direito deve ser compreendido numa visão teleológica, objeto de reflexão que é a finalidade para

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qual foi criada. Partindo dai, compreende-se que então ha inter-relação que existe entre o direito e a justiça, pois, o direito na sociedade contemporânea é uma espécie de normas de condutas entendidas como necessárias ao bem comum tendo como segundaria a pacificação do bem comum. (GUIMARAES 2010. P.282)

Justiça, posta a sua natureza e a sua existência abstrata, e obviamente mais difícil de definir, talvez a justiça seja determinada para a liberdade para que cada um tenha que fazer aquilo que quer, logo que não ofende a liberdade igual dos outros. (GROPPALI. 2003.P.176)

Direito natural. TEORIA GERAL DO ESTADO-MALUF. SAHID.PAG 23 é o que emana da própria natureza, é o direito que não está escrito, inerente do próprio homem, invariável no espaço e no tempo, insuscetível de variações pelas opiniões individuais, ou pela vontade do estado, ele reflete a natureza como foi criada, considerada anterior e superior ao estado, portando conceituada como de origem divina.

Podemos dizer justiça natural, como o direito a vida, direito a liberdade, direito a justiça, de onde decorrem todos os outros direitos. A decisão é objetiva (justa em sentido objetivo) quando cabe dentro de princípios de interpretação ou valorações que são correntes na prática. É subjetiva (injusta em sentido objetivo) quando se afasta disso (ROSS, 2000, p. 330-331).

Segundo JHOHN LUCKE diz ser um direito que já nasce incorporado aos homens, este é maior que tudo até que o poder do estado é algo que não se materializa, mais que existe independentemente de qualquer coisa.

A obra de Ross apresenta um caráter que pode ser aplicado ainda nós dias de hoje. Postula-se que a justiça seria uma exigência de igualdade na distribuição ou partilha de vantagens ou cargas, neste caso a justiça seria a própria igualdade. Uma vez que a justiça vigente na atualidade esta relacionado ao âmbito do direito que possui o papel de delimitar e harmonizar as lides na vida em sociedade. 

Também podemos entender como direito aquilo que é facultado a uma pessoa individualmente ou a um grupo de pessoas por força de leis ou costumes. O direito também é um conjunto de normas, de vida em sociedade que visam a expressar e concretizar um ideal de justiça, traçando as fronteiras daquilo que está ou não em conformidade com as leis. É uma ciência que tem por objeto o estudo das regras que disciplinam a convivência social, ou seja, é a jurisprudência.

A palavra justiça foi aceita na língua portuguesa a partir do século XIII. O seu significado é de caráter, ou de algo que está em conformidade com o que é direito, com o que é justo. Justiça também expressa uma maneira pessoal de perceber e avaliar aquilo que é direito, que é justo. Por justiça também podemos entender um princípio moral pelo qual o respeito ao direito é observado.  A justiça também expressa a conformidade dos fatos com o direito, podemos entender que é o poder de fazer valer o direito de alguém ou de cada um.

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CONCLUSÃO Em acordo com o ponto de vista da filosofia, o direito natural  se apoia com  evidencia em intuições intelectuais, isso, no entanto não deve ser interpretado em que cada norma corresponde um padrão ideal, tornando nossas razões em um principio basilar e evidente a retidão da norma particular,  e o direito tendo como meta dentro de si mesmo realizar o ideal de justiça.

Podemos concluir que Direito e Justiça são institutos que desde o início da humanidade andaram juntos, vinculando-se de maneira que o primeiro sempre objetive a segunda na sua realização. Contudo, nem sempre realizar o Direito significa realizar justiça. Fazer justiça é, enfim, respeitar o direito e abster-se de qualquer ação que perturbe o equilíbrio social advindo do respeito das leis por cada um de nós.

REFERÊNCIAS

ROSS, Alf. Direito e Justiça. São Paulo: Edipro, 2000.