interação humano computador ( aula 6 ) - abordagens teóricas

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Abordagens Teóricas em IHC Marcos Devaner Interação Humano Computador Aula 6

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Page 1: Interação Humano Computador ( Aula 6 ) - Abordagens Teóricas

Abordagens Teóricas em IHCMarcos Devaner

Interação Humano Computador

Aula 6

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Cognição distribuída

A teoria da cognição distribuida, assim como qualquer outra teoria cognitiva, busca entender a organização de sistemas cognitivos. Diferente das teorias cognitivas tradicionais, no entanto, a cognição distribuída amplia a semântica de cognitivo para abranger as interações entre pessoas, recursos e materiais no ambiente (Hollan et al., 2000).

Segundo Perry (2003), a cognição distribuida surgiu de uma necessidade de entender o trabalho que extrapola o individuo, entender como o processamento de informação e a resolução de problemas incorporam o uso de ferramentas e envolvem outras pessoas.

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Análise de cognição distribuidaEm termos praticos, Perry afirma que uma análise de cognição distribuida envolveOs seguintes elementos:

1. descrever o contexto da atividade, os objetivos do sistema funcional e seus recursos disponiveis;

2. identificar as entradas e saidas do sistema funcional;3. identificar as representações e os processos disponiveis;4. identificar as atividades de transformação que ocorrem durante a resolucao de

problemas para atingir o objetivo do sistema funcional.

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Engenharia Semiótica

A engenharia semiotica e uma teoria de IHC centrada na comunicação. Ela caracteriza a interacao humano-computador como um caso particular de comunicação humana mediada por sistemas computacionais (de Souza, 2005a).

Características:• foco de investigacao e a

comunicacao entre designers, usuarios e sistemas.

• Os processos de comunicacao investigados sao realizados em dois niveis distintos: a comunicação direta usuario–sistema e a meta comunicação (comunicação sobre uma comunicação)

• caracteriza aplicações computacionais como artefatos de metacomunicação

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Ontologia da eng.semiótica

1. processos de significação, que envolvem signos e semiose;

2. processos de comunicação, que envolvem intenção, conteúdo e expressão nos dois niveis de comunicação investigados (a comunicacao direta usuario–sistema e a metacomunicação designer–usuario mediada pelo sistema, através da sua interface);

3. os interlocutores envolvidos nos processos de significação e comunicação: designers, sistemas (prepostos dos designers em tempo de interação) e usuários;

4. o espaço de design de IHC, baseado no modelo do espaco de comunicação;

5. de Jakobson (1960), que caracteriza a comunicacao em termos de emissores, receptores, contextos, códigos, canais e mensagens.

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Signos

O signo e algo que representa alguma coisa para alguem. São signos: “toda imagem, diagrama, apontar de dedo, piscar de olhos, nó no lenco de alguém, memória, sonho, desejo, conceito, indicação, token, sintoma, letra, número, palavra, sentença, capitulo, livro, biblioteca, (...)” (Peirce, 1992–1998, vol.2, p. 326).

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Significação

Segundo de Souza (2005a), em um processo de significação, conteúdos são associados sistematicamente a expressões, estabelecendo sistemas de signos com base em convenções sociais e culturais adotadas pelas pessoas que interpretam e produzem tais signos.

Exemplos de signos e significados

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Comunicação

Em um processo de comunicação, produtores de signos utilizam sistemas de significação para escolher formas de representar (expressão) seus significados pretendidos (conteúdo) de modo a alcançar uma variedade de objetivos (intenção). Para isso, os produtores de signos podem utilizar signos conhecidos (culturalmente convencionados) formas convencionais, utilizar signos conhecidos de formas criativas ou ate mesmo inventar signos (de Souza, 2005a, p. 98).

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Semiose

Para Peirce, o interpretante de um signo é, ele próprio, outro signo. Sendo assim, é passivel de ser, ele próprio, interpretado, gerando outro interpretante, e assim sucessivamente. Esse processo interpretativo que nos leva a associar cadeias de significados (interpretantes) a um signo é denominado semiose (Peirce, 1992–1998; Eco, 1976).Todo processo de semiose e fortemente influenciado pelo

conhecimento previo, habitos e experiência pessoal do interprete, pela cultura em que ele se insere e pelo contexto em que o signo e interpretado (de Souza, 2005a).

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Espaço de Design de IHCPara organizar o espaço de design de IHC, a engenharia semiótica utiliza o modelode espaco de comunicação proposto por Jakobson (1960), estruturado em termosde: contexto, emissor, receptor, mensagem, codigo e canal. “Um emissor transmiteuma mensagem a um receptor atraves de um canal.

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linguagem de interfaceA engenharia semiótica classifica os signos utilizados em uma linguagem de interfaceem três tipos (de Souza et al., 2006; de Souza e Leitao, 2009, p. 19):Signos estáticos: signos que expressam o estado do sistema e cujo significado é interpretado independentemente de relações causais e temporais da interface.

Signos dinâmicos: signos que expressam o comportamento do sistema, envolvendo aspectos temporais e causais da interface.

signos metalinguísticos: signos principalmente verbais e que se referem a outros signos de interface, sejam eles estáticos, dinâmicos ou mesmo metalinguisticos. Em geral, ocorrem na forma de mensagens de ajuda e de erro, alertas, diálogos de esclarecimento, dicas e assemelhados.

A opção “salvar documento” muda de estado – desabilitado para habilitado – apenas quando algo novo é digitado no documento.

Os signos apresentam o estado do sistemas, mas não são responsáveis direto pela mudança de comportamento.

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Papel do designer

O designer deve se posicionar como um interlocutor engajado em ajudar os usuários a entenderem a metamensagem, a sua

visão sobre o que os usuários querem ou precisam fazer utilizando o sistema e por que essa visão faz sentido para ele,

bem como questões de design relevantes para esse entendimento.

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Atividade

Cognição distribuída. Faca uma analise da cognicao distribuida, conforme sugerido por Perry (2003), de um sistema de publicação eletronica de um jornal, levando em consideração pelo menos os papeis de jornalista, fotografo e editor.

Criem um fluxo do processo de interação entre pessoas e artefatos que mediam esta interação.