inteligencia emocional e produtividade -...
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ELII~TEDO ROCIO COSTACURTA QUADROS
INTELIGENCIA EMOCIONAL E PRODUTIVIDADE
Monografia apresentada aoCurso de Especializar;80 emPedagogia Terapeutica, Centrode Pos - Gradua9ao, Pesquisae Extensao da Universidade Tuiutido Parana.
Orientadora : ProfessoraMARLI DOCKHORN LEMKE
I\
CURITIBA1998
SUMARIO
RESUMO ...
1 INTRODUCAO
1. 1 OBJETIVOS ..
1.2 JUSTIFICATIVA ..
1.3 DEFINICAO DO PROBLEMA. ..
1. 4 QUESTOES NORTEADORAS ...
1. 5 METODOLOGIA. ..
2 DESENVOVIMENTO .
2. 1 PSICOPEDAGOGIA .
2. 2 APRENDIZAGEM ..
2. 2.1 Conceito de Aprendizagem ..
.. VI
.. 1
. 2
..3
.. .4
.. 5
.. 6
.....8
.. 8
. 9
.. 9
3. CORRENTES TEORICAS E REPERCURSAO NA APRENDIZAGEM........l0
3.1 CONCEPCAo INATISTA... ...10
3.2 CONCEPCAO AMBIENTALlSTA ..
3.3 CONCEPCAO INTERACIONISTA ..
3.3.1 Jean piaget.. .
3.3.2 Vigotski ..
4 DESENVOLVIMENTO CEREBRAL ..
4.1 EVOLUCAo ..
4.2 BASES TEORICAS ....
...10
.. 11
. 12
.... 13
...15
..15
.. 19
iv
4.2.1 Dualidade Cerebral 20
4.2.2 Dominancia Cerebral 21
4.2.3 Hemisferios Cerebrais 22
5 FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DA INTELIGENCIA 26
5.1 CONCEITOS ... . 26
5.2 TI POS 27
6 INTELIGENCIA EMOCIONAL 30
6.1 CONCEITO 30
6.2 EMOCAo 31
6.3 NATUREZA DA INTELIGENCIA EMOCIONAL. . 32
6.4 CARACTERisTICAS DA INTELIGENCIA EMOCIONAL 32
6.5 COMPONENTES INTELIGENCIA EMOCIONAL...... 34
6.5.1 Habilidade Intrapessoal..
6.5.2 Habilidade Interpesssoal ..
......34
. 38
7 EDUCAC;:AO EMOCIONAL 43
7.10 ABC DA INTELIGENCIA EMOCIONAL............ 44
7.2 ESTRATEGIAS DO EDUCADOR. . ..45
7.3 EFEITOS DA EDUCACAo EMOCIONAL ..46
7.4 EDUCACAo EMOCIONAL E DESEMPENHO .47
8 CONCLUSAO 50
ANEXOS ..
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 57
. 54
RESUMO
A presente pesquisa traz em sua apresenta~ao conteudo sabre a heran~
cultural que leva a sociedade a valoriz898o da razao e a menosprezar a emoc;ao
Reporta-se aos noves fumos que a economia mundial vern provocando na
sociedadee na cultura, trazendo a necessidade emergente de novas estrategias
para veneer neste mercado cada vez mais competitiv~ e seletivo. Desta forma a
pesquisa propoe 0 estudo da Inteligencia Emocional como uma estrah§gia de
desempenho e produtividade. Para tanto propoe em urn primeiro momento como
forma de embasamento urn breve estudo das bases tearias segundo alguns autores
de representatividade frente ao processo de desenvolvimento humane e
aprendizagem. Imprescindfvel considerou-se apresentar uma pesquisa sabre a
desenvolvimento cerebral para que se pudesse analisar a origem dos sentimentos e
sua interferemcia positiva nos processo de aprendizagem quando forem canalizados
com maestri a,
As bases te6ricas sobre a Dualidade Cerebral demonstram que ha defini9aO
de hemisferios Cerebrais e que estes tem fun90es e caracteristicas diferenles
conforme a area de predominancia nos individuos I estas interfaces sao
enriqueceras quando bem direcionadas.
Os fundamentos conceituais e as varios tipos de inteligencias foram
apresentados sendo incluso, com destaque a inteligemcia emocional e seus
componentes. Pretendeu-se demonstrar que a Educac;ao Emocional nao e uma
vi
capacidade inata, mas que suas habilidades podem ser desenvolvidas como uma
estrategia a ser utilizada. a favor do desempenho eficaz.
Atraves deste estudo foi posslvel verificar que somente a valorizacyaodo
capital intelectual nao e 0 diferencial a colocar as pessoas em situa<;:oesmais
confortaveis e a obter vantagem competitiva bem como ser 0 unico fator
determinante de sucesso pessoal e profissional.
1 INTRODUyAO
Treina-S8 na familia, na eseela e no trabalho para valorizar-se a intelecto e
desvalorizar as emogoes, para aeabar com a paixao e para usar a faZaO e nao para
descobrir 0 que 0 corpo esta sentindo, para ser inteligente e nunca emotivo.
Aprende-se a nao confiar nas emog,oes, a nao ser fraco, fora de controle. Existe urna
tendencla a moldar -S8 a auto-imagem inteira em torna do intelecto.
A sociedade refof9CI que sar objetivo e racional e a maneira de progredir e
que a emotividade e aceila so mente em contextos apropriados - E refofgado a
valoriz8g8o da cabeya e desvalorizac;ao do coracy8o.
o iluminismo marcou profundamente a supremacia da razeo., e a influencia
do mecanicismo que toi 0 responsilvel em separar os componentes - Razao e
Emo~ao
A humanidade apostou no racionalismo como metodo de estrutura<;ao de
padrees de comportamento e de tomada de decisees.
Esses antigos paradigmas levaram a profundas distofgoes comportamentais
- bloqueio I repressao. medo do erro e frustragao, desumanizaram as relagoes
resultando em individuos irrealizados, desmotivados e com baixa produtividade. A
reagc30 decorrente da frustragc30 pode gerar violemcia, desrespeito a valores
primarios como: aumento de adolescentes que S8 entregam as drogas, e que S8
envolvem em crimes, que depredam patrimonios culturais, que parecem
desconhecer os valores fundamentais de familia de cidadania, isso tude reflete uma
cultura que s6 apostou no intelecto relegando 0 lado emocional. Torna-se emergente
o fortalecendo do individuo enquanto pessoa - ou seja a passagem de uma
sociedade de sobrevivencia para uma de realizatyao pessoal, onde 0
reconhecimento, crescimento e a aceitac;ao ganham mais importancia.
A partir destes pressupostos esta pesquisa pretende apresentar os indicadores
de importancia da Educa~ao Emocional como Estrategia de Desempenho
Eficaz.
Estas competencias baseiam-se largamente, na inteligencia Emocional, e a
partir desses pressupostos esta pesquisa pretende:
1.1 OBJETIVOS
• Ampliar 0 conhecimento e analisar as principais contribui~es tecnicas da
Competencia Emocional;
• Fornecer subsidios para 0 enfrentamento de novo paradigma, ou seja que
a Educa<;ao Emocional seja valorizada como estrategia do processo de
aprendizagem e determinante do sucesso educacional e pessoal;
• Promover a oportunidade de renexao e analise da importancia da
educac;ao emocional para 0 sucesso da vida pessoal e educacional;
• Pesquisar, investigar e analisar, considerando as contribuir;oes te6ricas
relevantes, 0 padrao de relacionamento existente entre 0 processo de
aprendizagem e emoc;oesefetivas.
1.2 JUSTIFICATIVA
As rapidas mudan~as desencadeadas pela alta tecnologia e a abertura dos
mercados sao uma constante na vida das pessoas e das organizar;oes .As
necessidades dos individuos estao mudando constantemente, e tern se tornado
muito diffcH para os educadores compreenderem e resolverem diretamente os
problemas mais serios nas diferentes areas. A mudanr;a nas organizar;oes devem
incluir a melhoria dos servir;os, qualidade, crescimento e retorno sobre 0
investimento, e estas sempre orientadas pela visao de futuro. A lideranr;a do futuro ea capacidade de gerenciar mudanr;as.
Se a mudanr;a e inevitavel, deve-se fortalecer as organizar;6es para que
possam adaptar-se facilmente as modificar;oes necessarias.
Essa nova organizar;ao precisa de estruturas e processos com facilidade de
reestrutura<;Elofrente as mudanc;as.0 desafio consiste em planejar as organizac;oes
para 0 implemento de estrah~giasque vislumbrem vantagem competitiva ou seja a
melhoria do sistema educacional voltada para individuos capacitados tanto em
habilidades tecnicas como em habilidades comportamentais.
Propoem-se nesta pesquisa que no campo da competitividade os individuos
devem ser orientadas para as constantes mudanyas e consequentemente, para as
constantes adapta¢es.
Defende-se a ideia de que estas competencias baseiam-se largamente, na
Inteligemcia Emocional e nao apenas em especializayao tecnica e experiencia.
1.3 DEFINICiiO DO PROBLEMA
Uma situayao que chama a atenyao da sociedade e que 0 desenvolvirnento
emocional vern sendo negligenciado atraves dos tempos. As familias vern
enfatizando muito regras de comportamento e conduta social aceitavel. A
humanidade apostou no racionalismo como forma de estruturagao de padroes de
comportamento. Nas etapas de desenvolvimento humano a preocupagao quase que
total esta centralizada na parte intelectual. Na realidade, esta abordagem rellete os
subsidios da nossa era tecnol6gica.
Neste contexto questiona-se: porque pessoas normalmente desenvolvidas
intelectualmente apresentam dificuldades e nao aprendem embora a situagao de
escolaridade seja normal?
Constata-se que do numero de criangas que ingressam nas esco[as nem todas
apresentam 0 rendimenlo esperado, nao aproveitam as experiencias e ao longo dos
anos vao somando defazagens, fracassos insucessos que gradativamente vao
afastando da vida escolar ou terminam a escolaridade de forma precaria e com
grande atraso Esta realidade apresentada, alem de trazer prejuizos para a
sociedade ou seja a vaga escolar e ocupada pelo mesmo individuos por tempo
demasiadamente excessiv~, aumenta na gerac;ao de individuos de baixa
competencia sem condi90es de ingressar no mercado de trabalho estimulando 0
sub emprego. Uma outra caracteristica muito comum e bastante penosa para 0
individuo e que 0 mesma vai percebendo que nao consegue superar suas
dificuldades e em decarrencia nao mantem uma auto estima saudavel
1.4 QUESTOES NORTEADORAS
Atraves de Seminarios e Cursos, a lnteligencia Emocional vem sendo
abordada, como um dos fatores determinantes de desempenho produtivo e de
qualidade.
Urn grande desafio e vantagem para as escolas e profissionais da edUC89aO
consiste em desenvolver e utilizar adequadamente, esse recurso potencial de seus
alunos Sera mais um modismo? Ou realmente seu desenvolvimento se traduz em
diferencial competitivo:
Que causas levarn dirigentes de organiza90es a nao reconhecerem a
importancia do investimento na Educa980 Emocional como fator
determinante nos processos de aprendizagem ?
• Quais as causas que levam as organiza90es a valorizarem somente 0
capital intelectual de seus aprendizes como diferencial competitiv~?
• A demanda par pessoas altamente competentes em suas atividades
continuam sendo a busca prioritaria das empresas?
• Ate que ponto as escolas ja se conscientizaram que 0 universo do ser
humano e 0 das rela¢es emocionais?
• As Escolas percebem as consequencias negativas das rela90es
conflitantes tais como frustra9Bo, medo raiva , etc ..para 0 sucesso no
processo de aprendizagem?
Para tanto se faz necessario ampliar 0 grau de conhecimento, refletir e
analisar e divulgar a importancia da Inteligencia Emocional voltada para 0 processo
de aprendizagem e desempenho eficaz.
1.5 METODOLOGIA
Para que a desenvolvimento desta pesquisa tivesse maior seguran98,
economia e alcan<;asse os objetivos propostos optou-se pel a utiliza980 do metoda
indutivo e dedutivo com 0 qual tra90u-se 0 carninho a ser seguido e tambem como
auxiliar nas analises e sinteses dos dados pesquisados, com relayao ao tema
proposto. Para 0 enriquecirnento do trabalho foi realizado urn vasto estudo com
relac,;ao aos assuntos abordados sendo utilizado para tanto urn referendal
bibliogr.:3ficoconsiderado suficiente para 0 presente momento.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PSICOPEDAGOGIA
Segundo a autora (SCOl,1987) sua area de atua,ao esta votada para os
conhecimentos da aprendizagem humana, para tanto reune informa90es de areas
afins, e mais do que interdisciplinar . pois articula novas abordagens sabre os
problemas de aprendizagem .Seu campo de atu8980 esta voltado tanto para a
clinica como para a instituh;ao.
Atraves da composiy80 de equipe multidisciplinar, colabora nos diagnosticos
e tratamento dos disturbios de aprendizagem
Para 0 psicopedagogo a aprendizagem humana ocarre no relacionamento do
individuo com 0 conhecimento gerado e armazenado pela cultura , e os disturbios de
aprendizagem sao vistas como oriundos da cisaa estabelecida nessa rei 8980,
vinculos mal estabelecidos entre 0 aprendiz e 0 educador podem ser considerados
provenientes de fatores de natureza organica, cognitiva e emocional.
o trabalho psicopedag6gico nao e de reeducac;.ao, mas terapeutico - centrado
no processo de aprendizagem. Seu trabalho nao esta direcionado a uma
especificidade de publico . porque 0 processo de aprendizagem ocorre a todo 0
tempo desde que 0 ser humano esteja vivo e atuante. A psicopedagogia estara
contribuindo sempre com referencias te6ricas e praticas a fim de que, possamos ser,
todos , eternos e felizes educadores e educandos.
A questilo esta:
Em como implementar com propriedade a Educa~ao Emocional?
2.2 APRENDIZAGEM
2.2.1 Conceito de Aprendizagem
Segundo (TEIXEIRA,1998) e 0 processo atraves do qual a individuo se
apropria do conteudo da experiemcia humana. Para que haja aprendizagem e
necessaria a interagao com outros seres humanos - ou seja agoes partilhadas
mediadas pela lingua gem e pela instrugao - A interagao e fundamental na
aprendizagem para a aquisigao do saber e da cultura acumulados Desta maneira
reconhece-se tanto a natureza social como 0 papel preponderante do educador .
Quando refere-se a educagao nao s6 0 professor e 0 responsavel, pois 0 individuo
nao apreende somente na escola mais considera-se aqui 0 papel da familia, dos
amigos, de pessoas significativas, dos meios de comunicagao e das experiencias do
cotidiano.
CORRENTES TEORICAS E REPERCURSiio NA APRENDIZAGEM
Atraves dos estudos das autoras (DAVIS e OLiVEIRA,1994), estar-se-a
relatando as correntes te6ricas
desenvolvimento e aprendizagem.
3.1 CONCEP<;iiO INATISTA
Enfatiza que as qualidades e capacidades, valores, habitos forma de pensar
e seu significado para 0 processo de
rear;oes, emocionais, conduta social ja S8 encontram prontas par ocasiao do
nascimento sofrendo pouca transformaC;8o ao longo da existencia Oesta forma a
educ8C;80 tern pouca interferencia no desenvolvimento.
Para DaIWin as mudanC;8s de correm de varia~es hereditarias que
prevalecem sobre as condic;oes ambientais
Tal viseD traduz urna imagem pessimista para a processo educacional, pais
nao pode S8 considerar nada que S8 possa fazer em pro] do desenvolvimento
humane . Essa concepr;ao aparece ainda hoje na sociedade, muito fortalecida com a
ideia de que somente 0 coeficiente de inteligencia e respons8vel pelo desempenho e
produtividade no processo de aprendizagem
3.2 CONCEP<;iiO AMBIENTALISTA
Esta concepc;ao atribui valor ao poder do ambiente no desenvolvimento
humano,. Esta fundamentada no empirismo - no qual a experiencia sensorial e (onte
de conhecimento. Sao os estimulos presentes que determinam um comportamento.
10
Segundo os behavioristas os indivfduos buscam maximizar 0 prazer e minimizar a
dor.
Desta forma, 8 possive! controlar 0 comportamento, reforgar condutas
positivas e desistirnu!ar condutas inadequadas - ou seja refinar e aprimorar
comportamentos atrav8s do processo de aprendizagem Uma questao importante a
ser observada 8 a relagao do estimulo que desencadeia a conduta tid a
como inadequada-
( Processo de associagao = estimulo antecedente - e estimulo consequente ).
A aprendizagem na visao ambientalista 8 entendida como processo pelo qual
o comportamento 8 modificado como resultado da experiencia
Cabe ressaltar que al8m do estabelecimento de associagoes outros
componentes tamb8m devem ser lev ados em conta ou seja - os aspectos
fisiol6gicos e psicol6gicos, ex.: a fame, a carencia afetiva, medo ,sao componentes
de bloqueio e repressao ao processo de aprendizagem. Por outro lade - elogio,
prestigio, sao fatores facilitadores
3.2 CONCEP~iio INTERACIONLISTA
Destaca que 0 organismo e 0 meio exercem agao reciproca. Urn influencia 0
outro e acarreta mudangas no indivfduo .
Quando se da a interagao do individuo com 0 mundo fisico e social 8 que se
da 0 conhecimento e a construyao do conhecimento exige elaborayao - ou seja uma
II
ac;ao sabre a meio Na concepc;ao interacionista a conhecimento e vista como uma
construC;8o do individuo atraves de urn processo de interac;ao. As experiencias
anteriores servem de base para novas construc;oes .
Especial importancia, e atribuida ao fator humano presente no ambiente, pais eatraves da interay80 com outras pessoas que 0 individuo vai construindo suas
caracteristicas, modo de agir, pensar, sentir . Dentre aS autores que difundem a
visao interacionista de desenvotvimento podemos citar (PtAGET,1952) e
VYGOTSKI.
3.3.1 Jean Piaget
o autor partiu da concepC;8o de que 0 desenvolvimento ocorre atraves de um
processo continuo de tracas entre a organismo e 0 meio ambiente.
A teoria de (PIAGET,1952) esta alicer9ada na n09ao de equilibrio - processo
dinarnico e con stante de buscar urn novo e superior estado de equilibrio - Quando
ha uma ruptura no estado de repouso - causa um desequilibrio - desta forma dais
mecanismo sao acionados -
ASSSIMILACAo - a partir da experiencia anterior sem atterar suas estruturas 0
organismo desenvolve a<;oes para interagir no ambiente.
ACOMODACAO - modifica9ao e transforma,ao do organismo em fun,ao das
demandas do meio ambiente (PIAGET,1952) definiu como sendo um processo de
equilibrac;oes sucessivas .
12
3.3.2 Vygotski
~ Desenvolvimento e encarado como urn processo maturacional que ocorre antes
da aprendizagem.
~ Aprendizagem e desenvolvimento entendido como acumulo de res pastas
aprendidas . Aqui desenvolvimento e aprendizagem ocorrem simultaneamente .
>- Desenvolvimento e Aprendizagem sao processos independentes que interagem
mutua mente, aprendizagem leva ao desenvolvimento e vice versa.
>- Para Vygotski, a inteligemcia e uma habilidade para aprender, despreza leorias,
de que inteligencia e 0 resultado de aprendizagem previas. Para ele a
aprendizagem precede 0 desenvolvimento , cria uma "Zona de Desenvolvimento
Potencial" - distancia entre a capacidade de soluyao de problemas sem ajuda e a
soluyao de problemas sob a orientac;ao de pessoas mais experientes- funyoes
de desenvolvimento que estao a caminho de se complementar .
>- Tal conceito e de extrema importancia para a ensina efetivo. Conhecendo a
potencial das crianyas e que pode se planejar as situayoes de ensino e avaliar as
progressos
>- Na teoria de Vygotski na educ8yaa e na aprendizagem sao enfatizadas que a
qualidade das trocas que ocorrem entre educando e educador influencia 0
pensamento e 0 processamento de novas informayoes.
,.. 0 processo de desenvolvimento e a apropriayao ativa do conhecimento .0
funcionamento intelectual mais complexo desenvolve-se grayas as regulayoes
realizadas por outras pessoas que gradativamente sao substituidas por auto-
regulayoes.
14
4 DESENVOLVIMENTO CEREBRAL
4.1 EVOLUc;:AO
o cerebra humano com mais ou menes urn quilo de celulas e humores
neurais, sao tres vezes maiores que ados primatas, nac humano. 0 cerebra no seu
processo de desenvolvimento cresceu de baixo para cima e os centros superiores
desenvolveram-se como elaborac;oes de partes inferiores do cerebra no embriao
humane e refez 0 mesma processo evolutivo.
- 0 tronco cerebral - localizado no topo da rnedula espinhal, parte rnais
primitiva, tern como func;ao basica a respirac;ao, metabolismo dos Qutros orgaos do
corpo e contrala as reac;6es e movimentos estereotipados. Este cerebra e urn
conjunto de reguladores pre- programados, mantem 0 funcionamento corporal,
sobrevivencia - Era dos repteis.
- Lobo 01fativD - a mais antiga raiz da vida emocional esta no senti do do
olfato nas celulas que absorvem e analisam 0 cheiro. Uma camada recebia 0 que
era cheirado e classificava nas categorias relevantes. A outra camada enviava
mensagens reflexivas a todo 0 sistema nervoso ativando 0 corpo para a a98o.
Com 0 advento dos primeiros mamiferos vieram novas camadas, chave do
cerebro emocional, estas camadas se colocaram em torno do tronco cerebral, eram
chamadas sistema Ifmbico , essas camadas acrescentaram emogoes propriamente
ditas ao repert6rio cerebral.
Quando se esta sob 0 domlnio da emogao e 0 sistema Ifmbico que esta no
comando.
Conforme foi evoluindo 0 sistema Ifmbico houve 0 aperfeigoamento de duas
ferramentas - aprendizado e memoria. Desta forma 0 sistema limbico atraves das
ligagoes com 0 bulbo olfativo assumiram agora as tarefas de estabelecer distingoes
discriminando 0 bom do ruim.
Ha cerca de 100 milhoes de anos 0 cerebro dos mamiferos sofreram um
grande desenvolvimento acrescentando novas camadas de celulas cerebrais -
formando 0 Neoc6rtex que ofere cia a vantagem intelectual.
- 0 neoc6rtex do Homo Sapiens acrescentou tudo 0 que e distintamente
humano. E a sede do pensamento .Contem os centros que reunem e compreendem
o que as sentidos percebem.
Acrescenta a um sentimento 0 que pensa-se dele e permite ter sentimento
sobre ideias, arte, simbolos, imagens. A medida que a ser humano subiu na escala
filogenetica do reptil ao rhesus 0 volume do neoc6rtex aumentou, como tambem as
interligagoes dos circuitos cerebrais e consequentemente acresceu a 9ama de
respostas posslveis .0 neoc6rtex possibilita a sutileza e complexidade da
emocionalidade como a capacidade de ter sentimentos sobre as sentimentos., mas
esses centros superiores nao controlam toda a vida emocional.
16
Nos seres humanos existem estruturas interligadas 8cima do tranco cerebral,
perto da parte inferior do anel limbico , um feixe em forma de amendoa- a amigdala
.Existem duas amigdalas, uma de cada lado do cerebra.
o hipocampo e a amigdala atraves da evolu<;ao cerebral deram origem ao
cortex e depois ao neocortex.
Ate hoje, essas estruturas limbicas sao as responsaveis por grande parte do
aprendizado e da memoria do cerebra. A amigdala e a especialista em quest5es
emocionais, identifica<;ao dos sentimentos. Atua como um deposito da memoria. A
vida sem a amigdala e privada de significados emocionais (LeDOUX,1998),
neuracientista do Centro de Ciencia Neural da Universidade de Nova York, foi 0
primeira a descobrir 0 papel- chave da amigdala no cerebra emocional.
A pesquisa de LeDoux - explica como a amigdala pode assumir 0 controle
sobre os atos das pessoas. 0 funcionamento da amigdala e sua interagao com 0
neocortex esta no centro da inteligencia emocional. (GOLEMAN, 1996)
Cerebra Reptiliano - Atraves de uma experiencia em laboratorio com ratos
encontraram na "amigdala", a 8xistencia de uma liga<;ao dos estimulos externos e 0
centra das emoc;6es. Ja se sabia que a "amigdala" disparava as emoc;5es, mas S8
acreditava que 0 impulso nervoso primeira passasse pelo cortex e que quando
desligado deste, nenhuma emoc;ao associ ada aos sons deveria ser sent ida.
Entretanto, os pesquisadores descobriram que havia uma ligac;ao direta entre os
sentidos e a amigdala, mais ri3pida portanto.
17
Enquanto a sinal nervoso leva mais de 25 mil segundos para causar uma
res posta pelo cortex, a amigdala demora apenas 12 mil segundos.
Conclusao: a amigdala serve para reay6es imediatas, quando se esta sobre
amea<;as, e estimulado a coman do para a a<;ao. A equipe do (LeDOUX,1998)
reforgou a crenga de que 0 cerebro dos mamiferos, a humano incluido, contem um
mapa da evolugao das especies, todas convivendo em cada individuo. Assim, 0
panico, a ira ou a ansiedade sao primeiramente disparados na amigdala, estrutura ja
presente no cerebro dos repteis, e mantida nas especies superiores, na luta pel a
sobrevivencia.
Nos seres humanos muitas vezes , a amfgdala pode levar a reagoes animais.
o coragao dispara, a boca seca, os musculos ficam retesados, a homem prepara-se
para 0 ataque ,se 0 cerebra superior, a c6rtex, nao entram em agao, contendo 0
impeto, parte-se para a agressao sem nenhum mati va, apenas porque uma
lembran<;a amea<;adora foi evocada. (ANEXO 01)
o desenvolvimento do incipiente cerebra pre-reptiliano, com aptid6es
limitadas as de comer e procriar, deu-se em duas diregoes.
Para 0 lade esguerdo, cresceram as aptid6es relacionadas com a
preservagao a partir da prategao individual: reagao e fuga.
Para 0 lado direito, cresceram as aptid6es gregarias destinadas a garantir a
sobrevivencia at raves da associagao com outros: aproximagao e agrupamento.
18
Ac;:ao, reayao e fuga, convivio e agrupamento sao comportamentos comuns a
mamiferos, repteis, aves e outras especies . E nenhuma destas aptid6es exigem
elaborac;:6es intelectuais como as propostas no c6rtex cerebral.
Essas aptid6es sao suficientes para prover a subsistencia de qualquer ser
vivo em ambiente nao muito competitiv~ ou ameac;:ador.
As primeiras celulas do c6rtex cerebral trouxeram, pelo lado esquerdo, a
autodisciplina, 0 autocontrole de ac;:6es e movimentos deliberados e, em seguida, a
capacidade de pensar al'oes (planejar).
Do lade direito, aparecem as aptid6es para 0 apoio social reciproca, para a
transmissao de conhecimentos, experiencias, logo, para 0 envalvimento emotivo e
social completo entre os grupos, que 56 pode realizar - se em profundidade com 0
surgimenta da linguagem falada e escrita .00 lado esquerdo, aparece a capacidade
de analise, de quantificac;:ao, de critica, de avaliac;:ao e de entendimento.
Essas capacidades constituem as aptid6es intelectuais do homem,
responsaveis pelas superiores capacidades de raciocfnio, entender, criar e dominar
conhecimentos e ideias de todos as tipos, gerando, cada vez mais novas
conhecimentos e novas informac;:6es, em condic;:6es de imprimir, como estao
irnprirnindo, urn ritma de crescimento expanencial para a saber.
4.2 BASES TEORICAS
Desde a antiguidade, inumeros pesquisadores e estudiosas debruyaram-se
sabre a analise das aptid6es cerebrais do ser humano, produzindo propostas sobre
19
as quais se edificaram conceitos que somente ao longe das ultimas decadas
lograram popularizar-se. (MIRANDA ,1997)
A primeira proposta a ganhar notoriedade foi a relativa Dualidade Cerebral,
insinuando a distribuiyae de aptidoes especificas entre os dois hemisferios cerebra is,
direito e esquerdo.
4.2.1 Dualidade Cerebral
Segundo essa proposta 0 hemisferio esquerdo abrigaria 0 raciocinio concreto,
logico formal e anaHtico, baseado na razao, sequencia e fatos, cabendo ao
hemisferio direito os raciocinios abstratos, conceituais, informais e intuitivQs,
baseados em percepyoes, possibilidades e especulayOes.
Durante muitos anos, essa teo ria a respeito da capacitayao distinta dos
hemisferios cerebrais esquerdo e direito para raciocinar e fornecer respostas dos
tipos: crftico/analitico e artistico/criativo para as problemas humanos recebeu exigua
colaboray8o nova.
Em contraste, 0 numero de estudiosos que lanyaram mao destes cenceitos
para subsidiar obras, palestras e programas de treinamento e desenvalvimento
pessoal cresce, ana apos ano.
20
4.2.2 Dorninimcia Cerebral
"Na segunda rnetade da decada de 80, Ned HERRMANN, ern sua obra The
Creative Brainj. lanc;ou novas luzes sabre as teorias de dominancia cerebral
esquerda e direita, ao propor a metafora dos quatro quadrantes cerebra is:
Anterior/Esquerdo, Posterior/Esquerdo, Anterior/Direito, Posterior/Esquerdo.
Cada parte desse cerebro e responsavel por fun90es especificas e
consequentemente, 0 comportamento das pessoas esta relacionado ao quadrante
cerebral rnais desenvolvido. "(MIRANDA,1997)
21
4.2.3 Hemisferios Cerebrais
o cerebra possui dais hemisferios - direito e esquerdo, cada um com funl'oes
distintas e que processam informa90es de forma diferentes. Cada hemisferio tern
caracteristicas e funl'oes pr6prias, segundo (TEIXEIRA,1998) temos um cerebra
inferior - responsavel pela respira~o e inst1ntos,uma parte central que contrala as
em090es e uma parte superior - 0 cortex - que nos capacita a pensar, raciocinar e a
criar. - vida intelectual, a saber·
Caracteristicas de pessoas com predominancia no hemisferio:
• ANTERIOR/ESQUERDO
~ sao controladas em tudo que fazem, gostam de ter suas conlas
constantemente monitoradas, na empresa fazem seu proprio sistema
de contrales;
>- estao sempre atentas as regras e normas; quando chegam a urn local
e nao encontram essas normas , elas proprias criam e, alem de segui-
las fazem questao que as outras pessoas tambem sigam;
>- os horarios sempre sao seguidos, raramente chegam atrasadas a seus
compromissos e nao gostam que os outros se atrasem;
>- a organiz8gaOesta sempre presente na empresa, a mesa esta sempre
arrumada, os documentos arquivados e sao capazes de explicar as
procedimentos nos minimos detalhes;
22
}> gostam de trabalhar com tabelas, graficos e estatistica, sao detalhistas
e exigentes.
• POSTERIORIESQUERDO
>- pessoas que estao em con stante movimento, par natureza naD gas tam
de fiear paradas;
>- sao pessoas orientadas para resultados, medem seus esfon;;os pelo
que elas veern de retorno, estao sempre buscando 0 que fazer quando
terminam suas abriga¢es , realizam as trabalhos de terceiros;
>- agem par impulso, as vszes a vontade de fazer e tao grande, que elas
naD medem muito bern as consequencias;
>- na maioria das vezes, reclamam de reunioes, que para elas sao perda
de tempo. Preferem ter seus entendimentos em pe, e de preferencia
nos corredores;
>- estao sempre agitadas e atrasadas, sua mesa acumula uma serie de
servic;os prioritarios, a necessidade de movimento e tamanha que, em
determinados casos preferem subir a andares de escada porque 0
elevador demora muito.
• ANTERIOR/DIREITO
>- sao pessoas que gostam de variedade, rec1amam quando 0 que fazem
se torna repetitivo, estao sempre buscando coisas novas;
23
);> sao pessoas visionarias, que muitos chamam de sonhadoras, tem
sempre uma soluyao dificil de ser colocada em pratica;
>- em reunioes, estao sempre "distantes", distrafdas, e normalmente,
quando falam, apresentam um ponto de vista diferente do que estava
sendo discutido. Sao pessoas de ideias novas, porem, nem sempre
exequiveis;
);> normalmente nao dao atenyao aos detalhes, querem saber os
"finalmentes";
~ par possuirem muitas ideias, nem sempre conseguem colocar em
pratica tudo 0 que pensaram; em fun<;:aodisso, as vezes se julgam
pouco produtivas;
):. em muitos casas acham 6bvias determinadas ideias, e criticam as
resultados com freqOemcia,parecenda mesma que ja pensaram sobre
o caso.
• POSTERIOR/DIREITO
)0. pessoas que valorizam sua equipe de trabalho, dando atenc;aoespecial
a todas as pessoas;
>- organizam festas e comemorac;oes,nao admitem que 0 aniversario do
colega nao seja festejado;
);> possuem uma excelente mem6ria do passado, valorizam
procedimentos criados pelos outros, mesmo quando eles nao se
encontram mais presentes;
24
>- sao pessoas sentimentais, que tem dificuldade ate mesma de arrumar
sua gaveta, pais naa querem jogar fara a entrada do teatro a que ja
foram he meses, a bilhete da passagem da aquela viagem ocorrida;
>- sao patriotas e, nas organiza90es, vestem a camisa, de fato e de
direito, nao admitem criticas aquilo que elas acreditam, na maioria das
vezes sao 6limos amigos. (ANEXO 2)
25
5 FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DA INTELIGENCIA
Desde a cria<;iiodo primeiro teste de inteligencia (BINET,1905), 0 objetivo foi
detectar as alunos que nao apresentavam condic;6es de acompanhar 0 ensina
regular e que deveriam receber tratamento diferenciado. Em um segundo momento,
na primeira Guerra Mundial as USA usou para detectar quais as soldados que
tinham condi90es de receber e entender instru9ao militar no sentido de excluir os
menos dotados. 0 psicologo alemao STERN transformou a medida de inteligencia
de Binet em QUDciente de Inteligencia - 0.1. ,sendo que as areas avaliadas estao
relacionadas a: raciocfnio logica, habilidades mate mati cas, habilidades espaciais.
o 0.1 e uma especie de lateria genetica .0 cerebra humano com cerea de 100
bilh6es de neur6nios que S8 interligam, cada urn, com centenas de outros,
perfazendo um total de 20 mil conexoes. 0 numero de conexoes pode variar devido
a fatares geneticos e ambientais e aeaba determinando a diferenya entre 0 Q.1. das
pessoas 0 qual, depois de estabelecido, pouco podemos fazer para modificar.
5.1CONCEITOS
Segundo 0 ponto de vista basico adotado pelos varios autores que a
definiram, em termos psicol6gicos, 0 conceito de inteligencia pode abranger
diferentes significados:
26
• Tendencia para adotar e manter uma dire.,ao definida. (CABRAL,1973)
• Capacidade de resolver problemas frente as novas situ890es. Capacidade
de utilizar efetivamente conceilos abstratos. ( CABRAL, (973)
• Capacidade de corresponder da melhor maneira possivel as exigencias do
mundo exterior. (CABRAL,1973)
• intera980 complexa entre a hereditariedade e a experiencia ;nao e fixa
nem imutavel seu potencial pode ser plena ou parcialmente utilizacto,
dependendo do ambienle
(OLIVEIRA,1994).
familia escola sociedade.
5.2TIPOS
(GARDNER,1993) propos que nao havia um tipo unico, monolitico de
Inteligencia decisiva para 0 sucesso na vida, mas sete tipos diferentes .
o auter vai muito alem do conceito do Padrao de QI como fator unico e
imutavel.
Reconhece que as testes de QI S8 baseiam numa noc;ao limitada de
inteligemcia sem ligaC;8o com a gama de talentos e aptid6es que contam para a vida,
acima e alem do QI" (GOLEMAM,1996)
Na missao de (GARDNER,1993) ele enfatiza a percep~ao e 0 papel do
sentimento nestas inteligencias, concentra-se mais na cogni~o sobre 0 sentimento
mas pouco explorou sobre 0 papel das emoc;6es. Esta visao esta mudando muito
27
lentamente, a medida que a psicologia come'Ya a reconhecer 0 papel do sentimento
no pensamento.
Inteligimcias Multiplas -segundo 0 autor (ANTUNES, 1997) a nova visao de
inteligencia, admite urn ser humano muito mais amplo, bern mais rico com um
cerebra dotado de multiplas inteligencias, a saber:
Inteligencia Verbal - leva a resolver problemas a partir do uso de palavras -
dominio da expressao.
L6gico Matematica - encontra-se em pessoas que podem enxergar as
praje'Yoes geometricas no espa'Yo - capacidade de lidar com conceilos cientificos.
Espacial - capacidade de conslruir mental mente um modele de mundo e de
ser capaz de operar e manobrar esse modelo.
Musical - e 0 dominic da expressao com 0 som.
Corporal - cinestesica - capacidade de resolver problemas ou elaborar
produtos utilizando 0 corpo inteiro ou parte do mesmo. E a inleligencia do
movimento.
Naturalista - sao aquelas pessoas que se descobrem parte integrante do
mundo animal e vegetal - compreendem processos da natureza.
Pictogratica - capacidade de comunicac;ao atraves da magia do trac;o, do
envolvimento com 0 desenho.
o modelo de (GARDNER,1993) continua a evoluir:
• Inleligencia Interpessoal - sensibilidade as opinioes, motivos e inten90es
dos oulros - pode ser chamada de inteligencia social, saber conviver com
28
• os outras. Maneira como se constr6em as rela~oes com outras pessoas.
Componentes: Oestreza Pessoal, Reconhecimento de emoc;oes em outras
pessoas.
• Inteligemcia Intrapessoal - estar em contato com os pr6prios sentimentos,
emoc;oes - capacidade de formar urn modele coerente de querer -se bern,
da auto-estima, automotivacao - habilidade de administrar os
sentimentosa seu favor. Componentes: Auto - consciemcia, Contrale das
Emoyoes, Motivayao.
29
6 INTELIGENCIA EMOCIONAL
o Canceila de Inteligencia Emocional fai introduzida (SALOVEY,1990)
psicolaga da Universidade de Yale, e diz respeila as Habilidades Interpessoais e
Intrapessoais.
Esta relacionada as habilidades, tais como: motivar-se a si mesma e persistir
em face a frustrac;oes; controlar impulsos, canalizando emogoes para situ8c;oes
apropriadas; praticar gratificag80 prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a
liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de
interesses comuns.
6.1 CONCEITO
>- E 0 usc inteligente das emoc;6es - fazer intencionalmente com que suas
emogoes trabalhem a seu favor - usanda-as como uma ajuda para ditar
seu comportamento e seu raciocinio de maneira a aperfeic;oar seus
resulladas( WEISINGER, 1997)
};;. E a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente 0 poder e a
perspicacia das emoc;oes como uma fonte de energia, informac;ao,
canexiia e infiuencia humana; (COOPER, 1997)
>- Talentos como a capacidade de motivar-se e persistir diante de
frustrac;6es, controlar impulsos e adiar a satisfayao, regular a proprio
30
>- estado de espidto e impedir que a aflic;aoinvada a capacidade de pensar,
criar empatia. (GOLEMAN, 1996)
6.2 EMOc;:Ao:
Movimento em direc;aoao la fora, um impulso que nasce no interior de si e
fala para ° que 0 cerea, uma semsac;:aoque nos diz quem somos enos coloca em
rela<;iio com a mundo (FILLIOZA, 1998)
E a informacyaoque se apresenta mais rapida do que 0 pensamento hipotetico
-dedutivo
>- E mover - afastar-se - e em essen cia, impulso para agir;
~ Qualquer agita<;iio au perturba<;iio da mente, sentimento, paixiio; qualquer
estado mental vee mente ou excitado.
Tipos de emo<;6es:
Ira: furia, revolta, ressentimento, raiva, exasperac;:ao, indignac;ao
vexame, irritabilidade hostilidade;
• Tristeza: sofrimento, magoa, desanimo, melancolia, solidao,
desespero;
• Medo: ansiedade, nervosismo, preocupac;ao, pavor, susto, terror;
• Prazer: felicidade, orgulho, gratificac;:ao,prazer sensual;
• Amor: aceitac;:ao,amizade, confianc;:a,afinidade, dedieac;:ao;
• Surpresa: choque, espanto, pasmo;
31
• Naja: desprezo, desdem, antipatia, aversao;
• Verganha: culpa, magoa, remorso, humilhayao, arrependimento.
6.3 NATUREZA DA INTELIGENCIA EMOCIONAL
A vida emocional e urn campo com 0 qual nao se pode lidar, certamente como
matematica ou leltura, com maior ou menor talento, e exige um conjunto de aptid6es.
E sua utilizayao e decisiva para a compreensao do porque uma pessoa prospera na
vida, enquanto outra de igual intelecto nao consegu8.
A aptidao emocional e uma meta - capacidade que determina a utilizayao de
outras aptidoes, ou seja, a lnteligencia Emocional oferece uma vantagem extra, as
pessoas conhecem e lidam bem com os pr6prios sentimentos, leem e consideram os
sentimentos dos outros, levam sempre vantagem em qualquer campo da vida, tanto
nas rela90es amorosas, como no sentido de internalizar as normas, princfpios que
regem 0 sucesso do processo de aprendizagem Sao pessoas satisfeitas, eficientes,
dominando os habitos mentais que fomentam a produtividade. As que nao
conseguem exercer controle sobre a vida emocional travam batalhas internas, que
dificultam a capacidade de concentrac;:ao
6.4CARACTERisTICAS DA INTELIGENCIA EMOCIONAL
A mente emocional e muito mais rapida que a racional, soltando a a9ao sem
parar. Sua rapidez exclui a rejeic;ao deliberada, analitica da mente pensante.
.12
o intervalo entre a disparo de uma emogao e sua agao e instantanea,
automatica, jamais entra no saber consciente.
A mente emocional e nosso radar para a perigo. A desvantagem e que as
impress6es e julgamentos intuitivos, par serem feitos muito rapidos podem ser
errados.
A reagao emocional, par ser instantanea assume a comando em situagoes
que tern a urgencia da sobreviv€mcia. Os sentimentos rnais intensos, sao reagoes
involuntarias - Essa serla a primeira rota
Essa caracteristica de imediatismo amite a precisao e frente as primeiras
impress6es, existe a reaC;ao.A grande vantagem e que ela pode identificar a
realidade emocional, sendo assim a primeiro impulso e a do coragao e nao da razao.
Esse poder de decisoes rapidas e mobilizado para enfrentar uma emergencia.
A segunda rota e rnais deliberada, tem-se consciencia dos pensamentos que
levam a ela. Nesta situac;:aoexiste avaliagao.
Nessa sequencia mais lenta, a pensamento precede 0 sentimento.
Oesta forma na primeira rota, a percepc;:aoe imediata e na segunda, existe 0
pensamento refletido. Mas, a mente racional em geral, nao decide que emogoes
deve-se ter, mas pode controlar a curso das reagoes.
33
6.5 COMPONENTES INTELIGENCIA EMOCIONAL
A Inteligencia Emocional provem de dois componentes, que agem como as
componentes do DNA; quando alimentados pela experiencia, eles permitem
desenvolver habilidades e aptid6es especificas, que VaG formar a base da
Inteligencia Emocional. Os componentes da Inteligencia Emocional podem ser
desenvolvidos para Ihe dar condi<,;oes de expandi-Ia significativamente.
Cada urn desses componentes representa certas aptid5es que, reunidas, daD
origem a Inteligencia Emocional; cada nivel subsequente incorpora as aptid6es dos
niveis anteriores, sendo construidos, assim, de forma hierarquic8.
6.5.1 Habilidade Intrapessoal
E urn conjunto de habilidades correlatas voltadas para 0 interior do pr6prio
individuo. E a capacidade de ter acessa aos proprios sentimentos e saber conduzi-
los de forma a tarnar a vida harmoniosa.
Auto-Conhecimento Emocional
E reconhecer urn sentimento quando ele ocorre, e utilizar a capacidade de
contro[a-[o.
A auto - consciencia, e urna das aptid6es rnais importantes da inteligencia
emocional, porque esta s6 comelY8 a funcionar a partir de quando a informagao entra
34
no sistema perceptivo. Quando se tem consciencia do que esta provocando uma
emo~o, entao pode-se aprender a controla-Ia e usa-Ia de forma correta, para que
as influencias negativas nao atrapalhem projetos.
A auto - consciencia desenvolvida, permite observar -se em a<;ao, monitorar-
se, como experimentar as coisas, como se sente, como dirigir-se as outras pessoas.
Seria 0 conhecimento subjetivo a respeito da natureza da personalidade, 0 qual
subsidia a conduta, como tambem auxilia no processo de realiza<;80 de escolhas.
E preciso introspe<;8o para explorar essas rea<;oes frente aos acontecimentos
diarios, e poder desenvolver alguns aspectos que podem dar maior amplitude a
auto - consciencia, a saber:
• examinar a maneira como se faz avalia<;oes;
• atentar para as sentidos;
• entrar em contato com sentimentos;
• identificar inten<;oes;
• pres tar aten<;80 em atos.
A partir destes requisitos, consegue-se monitorar e observar-se em a<;80,
para que os atos funcionem em beneficia proprio. A auto - consciencia e 0 alicerce
sabre 0 qual pode-se construir todas as aptidoes da inteligencia emocional. 0 estada
de alerta para as informagoes oriundas dos pensamentos e sentimentos,
interpretat;:oes das emo<;oes, sensa<;oes e intent;:oes.
35
Controle Emocional
Habilidade de lidar com os senlimentos para que sejam apropriados- aptidao
que S8 desenvolve na autoconsciencia. Capacidade de confortar-se, livrar-se da
ansiedade, trisleza, e irrilabilidade.
o controle das emo90es, signifiea saber lidar com situ896es da maneira mais
produtiva. As emo96es sao 0 resultado de: pensamentos, e altera90es pSicologicas.
Signifiea usar a compreensao para modificar as situ896es para beneficia pessoa!.
Primeiramente, S8 faz necessaria tomar conhecimento do sentimenta, depois
atentar para os pensamentos, desenvolver urn dialogo interne construtivo, reservar
alguns minutos para reflexao e depois buscar a solU9E10 para 0 fato.
Os componentes do sistema emocional: Avaliag6es Cognitivas, Alteray6es
Fisiologicas e as Tendemcias de A9aO. Adiclonados a estes componentes, esta 0
contexto emocional. Atraves destes dados, controlamos com eficiE!:ncia ou nao as
emo90es. E importante lembrar, que nao sao os atos de outras pessoas ou
acontecimentos externos que dirigem nossas rea90es emocionais.
Desta forma, pertence somente as pessoas 0 poder de realizarem esse
controle. Mas, um fato ameayador que deve ser considerado, e estar atento aos
pensamentos automaticos, pois tendem a ser irracionais, ocorrem com rapidez e, em
geral nao sao question ados, e aparecem freqOentemente em c6digo e levam a urn
raciocinio distorcido que modificam a percepr;ao da realidade. Aprendendo a evitar
este raciocinio, ter-S8 a condi90es de conseguir maior dominio e controle das
emo90es.
36
Auto - motivat;;ao
Na emoC;:8oa servic;:ode uma meta e essencial, a atenc;:ao, a automotivac;:ao
que reprimindo a impulsividade, aumenta a produtividade e a eficacia em qualquer
atividade.
Usar 0 sistema emocional para catalisar todo esse processo e mante-Io em
andamento. (WEtSINGER, 1997) cita quatro fontes de onde pode-se retirar
motivaC;:8o:
• de si pr6prio (pensamento, excitac;:ao,atitudes);
• amigos e colegas solidarios (time de ouro);
• mentor emocional (pessoa real ou fictlcia);
• ambiente (ar, iluminac;:ao,as sons, as mensagens motivadoras dispostas
nos ambientes).
Atraves do processo motivacional, supera-se quaisquer obstaculos. Aumenta
a incentivo, fortalece a confianc;:a,a tenacidade, a f1exibilidade, 0 otimismo e °entusiasmo.
Essas fontes podem ajudar 0 individuo a motivar-se e a permanecer
motivado.
A desmotivaC;:8o torna-se angustiante, sentimentos como isolamento,
frustrac;:ao,depressao, ansiedade e auto- estima baixa.
37
6.5.2 Habilidade Interpesssoal
E a capacidade de compreender as Qutros : 0 que as motiva e como faze-los
trabalhar juntos de forma cooperativa, em vez de competitiva. Eo a capacidade de
lideranC;;;8, de fazer e reter amigas e, principal mente de pacificar.
Competencia tecnica para a profissional, todos reconhecem sua necessidade
na area especifica das atividades. Porem quando se refere a Habilidade Interpessoal
56 e reconhecida par algumas categorias profissionais. Porem em cada profissao os
dois tipos de competemcia sao necessarias embora em propon~;6es diferentes. Par
ex: com rela9aO ao psicopedagogo a sua capacidade interpessoal 13tao importante
quanta a tacnica.
Se a competencia tecnica pode ser adquirida a interpessoal necessita de
treinamento especial.
Segundo (ARGYRIS, 1968) "13a habilidade de lidar eficazmente com rela90es
interpessoais de acordo com tres criterios":
• Percep980
• Habilidade de resolver problemas de modo que nao haja regressoes
• Solwyao alcanQada e que as pessoas envolvidas tenham condi<;oes de
continuar a trabalhar juntas.
A habilidade de lidar com situa90es interpessoais engloba: fiexibilidade
perceptiva e comportamental, desenvolvimento da capacidade criativa, dar e receber
feeedback.
3.
Segundo (MOSCOVICI, 1985) - competimcia Interpessoal, portanto e 0
resultado de perceP9E1oacurada realistica as situ8goes interpessoais e de
habilidades especfficas.
Comportamentos que conduzem a consequencias significativas no
relacionamento duradouro e autentico, satisfatorio para as pessoas envolvidas.
Competencia interpessoal nao e urn darn ou talento inato da personalidade, e
sim uma capacidade que S8 pode desenvolver par meio de treinamento.
Relacionamento com Qutras pessoas significa a troca de informag6es atraves
de meies significativos.
Destreza Interpessoal.
Seria a forma de relacionar -S8 bern com as Qutros e, 0 que permite urn born
relacionamento, envolve:
• prover necessidades pessoais;
• compartilhar sentimentos, pensamentos e ideais.
E importante citar duas aptid6es primordiais:
• capacidade de analise dos relacionamentos;
• capacidade de comunicac;ao em niveis adequados.
Analisar um relacionamento significa examina-Io a partir de perspectivas de
diferentes silua96es. A pessoa emocionalmente inteligente, respeita os limites do
relacionamento.
39
Os limites nao costumam ser mencionados, nao se sabe que eles existem,
ata transgredi-Ios.
A capacidade de analise, sup6e tambem levar em conta as expectativas do
relacionamento. Quando as expectativas ultrapassam as limites do que 0 outro tem
condi¢es de fazer, os individuos se decepcionam, se frustram e ressentem-se.
As pessoas entram em um relacionamento, com 0 proposito de suprir
algumas necessidades, mas quando somente as necessidades proprias forem
supridas, 0 relacionamento pode sofrer um desgaste e ate terminar. Nesse caso,
vimos a reciprocidade como de vital importancia. Outro aspecto que da
profundidade, sentido e valor ao relacionamento a 0 vinculo, que facilita a
comunicar;:ao.
Segundo (WEISINGER,1997) "0 objetivo da destreza interpessoal e levar a
comunica9ao com outra pessoa ao seu nrvel culminante, no qual as envolvidos
estao em perfeita sincronia, inteiramente afinados e totalmente vinculados". Sentem-
se perfeitamente a vontade, compartilhando pensamentos, sentimentos e ideias, e
sabem que sao ouvidos com atenyao. Par sentirem um nivel lao alto de
receptividade, os indivfduos conseguem ser mais criativos em seu trabalho e mais
incentivados a revelar seus sentimentos. Nao e preciso dizer que poucas pessoas
conseguem esse nrvel de comunicar;:Elo,seja no trabalho au nos relacionamentos
pessoais
Reconhecer emo~oes nos outros - Empatia - compreender os
sentimentos do outro.
Urn dos requisitos mais dificeis, mas de grande valor e a capacidade de
estabelecer urn canal de comunicayao eficaz entre educador e educando: Palavras
erradas, gest05, inconvenientes, postaC;80de voz inadequada podern ligar ao
insucesso nos dialogos e situac;oesconflituosas.
Citamos aqui cinco tecnicas que podem trazer resultado:- auto-revelaC;8o,
positividade, escuta dinarnica, critica, cornunicat;:aode grupo. EducaC;aoEmocional eo reconhecimento das emoc;oes e dos sentimentos do outro, orientando-os para
resoluc;aoprodutiva de uma situac;aoproblernatica no sentido de ajudar as pessoas
e a si mesmo 0 desenvolvimento dessas atitudes faz com que se produza mais ,
pois encontra-se cooperaC;ao e tambem apresenta-se condic;oes favoravel de
melharar a desempenho.
Em todas as questoes a fator determinante e a comunicaC;8oe seu valor no
processo de aprendizagem e incalculave1.Tecnicas de comunicac;aoeficaz assegura
relac;oespositivas entre as pessoas. Significa 0 processo de ajuda aos educandos
no controle das emoc;oes. 0 processo de aprendizagem depende do inter-
relacionamento do educador - educando que fazem parte dela. E 0 seu sucesso
depende de que todos usem 0 melhor de sua capacidade, como tambem ajudem as
colegas a realizarem 0 mesmo.
A aprendizagem baseia - se na interac;aoentre os indivfduos: 0 desempenho
de cada urn afeta toda 0 processo. Par isso, para a aprendizagem e importante nao
41
somente 0 desempenho de alguns alunos, mais de todos, au seja, as que
apresentam condi90es de poderem ajudar as outros a fazer 0 mesmo.
Esta questao pode ser sintetizada no contexto da Educayao Emocional:
• ajudar os outros a controlar emogoes;
• comunicar-se eficazmente e solucionar problemas pessoais;
• resolver seus conflitos e permanecer motivados.
Em algumas situa90es, e possivel prever a tipo de emo9ao que uma outra
pessoa, pode estar sentindo mas em outros nao.
Quando se tem alguma pista, leva-se vantagem, pOis consegue-se separar
emogoes proprias as de outra, e desta forma planeja-se a estrategia mais eficaz.
Antever 0 estado emocional de outra pessoa ajuda a contribuir, pode-se
assumir a controle e lidar produtivamente com as situagoes.
Sugestoes de Tecnicas:
• relaxamento;
• apaziguamento;
• redlmensionar a con versa;
• saber ouvir.
42
7 EDUCA9AO EMOCIONAl
o aprendizado 56 S8 evide'mcia quando habilidades que ficam internalizadas
passam a ser praticactas. Saber nao €I fazer. Varias das multiplas formas de
inteligencia precisam ser desenvolvidas, como habilidades nos processos
emocionais para, justamente produzirem comportamento interpessoal e social
apropriado as situ890es. A aprendizagem propicia maior facilidade, conhecimentos
e habilidades as situ896es reais.
Segundo (STEINEIR, 1997) "quando se e emocionalmente educado,
consegue-se lidar com situ8yoes emocionais espinhosas que, com frequencia,
resultam em discussoes, furia, menUras, agressao e magoas infligidas a Qutros
pessoas." As pessoas sofrem a influencia constante de traumas emocionais, a
maioria deles proveniente de simples dificuldades cotidianas e outros, de
deslealdades e decep90es. Sem alguma forma de escoamento, todo esse sofrimento
leva ao congelamento emocional como forma de prote92o. Contudo, os individuos
protegem-se dentro de uma concha emocional, perdendo 0 cantato com os
sentimentos e S8 tarnam insensiveis e incapazes de entende-Ios, ou contro!a-los.
Educayao Emociona! constitui 0 metoda mais direto 8 eficaz para restabelecer
o contato com OS proprios sentimentos e 0 poder que eles tern, estabelecendo-se
desse modo rea90es favaraveis e afetuosas com as pessaas. E passive! exercitar -se
na arte de saborear os proprio sentimentos e os sentimentos alheios. Esta 80
43
alcance de todos compreender e canalizar as emoyoes, ouvir e reagir as
necessidades do outro, sanar prejuizos emocionais e navegar no mar dos
sentimentos.
7.1 0 ABC DA EDUCA<;AO EMOCIONAL
Consciencia Emocional: Capacidade de perceber que tipo de emog8o
estamos sent indo e qual a sua intensidade, e 0 que a provocou. E a parte
fundamental do desenvolvimento emocional.
Ser emocionalmente educado, compoem-se de tres aptidoes
• capacidade de entender as emoyoes;
• ouvir as outras pessoas e empatizar com suas emoyoes, e expressar as
emoyoes produtivas.
Quando fala-se em educacao emocional, as pessoas relacionam com a perda
da autoridade. Nao podemos confundir que educay80 emocional seja apenas a
liberay80 das emoyoes, mas saber compreende-Ias administra-Ias e control a-las.
A Educayao Emocional propoe 0 cooperatlvismo, 0 espirito de equipe, 0
respeito aD Dutro. Para atingir -S8 essas metas se faz necessaria rever alguns
canceitas e praticas para tarnar as pessoas mais molivadas, realizadas 8 com alta
produtividade.
o grande segredo €I antes de mais nada a autoconhecimento e a
conhecimento do outro. Saber qual e a predominancia cerebral €I urn grande passo
44
para 0 desenvolvimento . Ap6s esse conhecimento vern a etapa de estudo para
identificar os pontos fortes e tragos da area de predominancia, saber quais areas
que completam e quais sao as mais conflitantes. Ap6s, essa etapa fazer exercicios
para a busca do equilibrio, pOis nao existe uma area melhor ou pior do que outra,
todas sao importantes, por isso 0 ideal e a busca da harmonia. Urn educador nao
pode somente estar atento as quest6es academicas e exigir a uniformidade nos
comportamentos, etc. Uma grupo de educandos sao formados par elementos com
caracteristicas de comportamento diferenciados, podem portanto complementarem-
se e atingirem uma sinergia imbativel quando 0 assunto for produtividade e
criatividade! Um elemento sera eomplementar ao outro.
7.2 ESTRATEGIAS DO EDUCADOR
1. Perceber as emo90es do educando;
2. Reconhecer na emor;ao uma oportunidade de intimidade OLi aprendizado;
3. Ouvir com empatia, legitimando as sentimentos do educando;
4. Impor limites ao mesmo tempo explorar estrategias para a solut;:ao do problema
em questiio. (GODMAN,1997)
5. Reforr;ar atitudes positivas que promovam uma quantidade de felicidade
sufieiente para que 0 educando possa cada vez mais veneer suas limitar;oes.
45
7.3 EFEITOS DA EDUCA<;AO EMOCIONAL
Quando os educandos sao preparados emocionalmente ao longo do tempo
pode-s8 observar mudant;8s significativas comportamental e tecnica, ou seja:
Apresentam menes problemas de relacionamento interpessoal e menes
comportamentos violentos, bern como aumenta 0 grau de sentimento positiv~ em
relac;ao a vida.
Esses educandos apresentam mais habilidade de S8 acalmar, de reduc;ao da
angustia e concentram as energias para atividades produtivas, bern como ajuda a
tornarem-se adultos mais saudaveis. 0 treinamento da emot;.3o nao e panaceia para
todos as males mais garantem a reduyao da tensao. Esta estrah~gia propicia
tambem urn processo de intimidade e consequentemente 0 educador exercera forte
influemcia, impondo limites, com autoridade, mas com flexibilidade, com explicar;oes
e muito carinho. (GOTTMAN, 1997).
46
74 EDUCACAO EMOCIONAL E DESEMPENHO
Pode-s8 afirmar que temas dois cerebra, duas mentes e dais tipos diferentes de
inteligencia - a racional e a emocional , e 0 nOSSQ desempenho depende de ambos.
Ja foi provado cientificamenle como vimos no capilulo 4.2 (Bases Te6ricas do
Desenvolvimento Cerebral) que quando a neocortex, sistemalimbico.amigdala e
lobos prefrontais, interagem bern a inteligencia emocional aumenta e a capacidade
intelecluallambem .
Oesta forma a processo educacionat deve combinar no intelectual, no cognitiv~
au na capacidade tecniC8, a competencia interpessoal, que e de base emocional .
E de nosso conhecimento que as crian98s quando gostam do professor S8
dedi cam mais e aprendem com maior facilidade e de conhecimento tambem que
80% dos problemas de aprendizado sao de ordem emocional, observamos que
grande parte do tempo nossas crianr;as enfrentam 0 medo da rejeiyao, do ridiculo,
da repressao e do fracasso, e nesse ambiente ninguem percebe verdadeiramente
seus sentimentos en tao cabe a pr6pria crianr;a administra-Ios au seja, uns se
retraem, Qutros tornam-se hiperalivQs, mordem, bat em. Nos Estados Unidas os
pedagogos colocaram em prittiea urn Programa de Desenvolvimento Afetivo e Social
. neste programa as crianr;as aprendem a administrar as emor;6es, e a parte
chamada comporlamental, ou seja, dar enfase no emocional-interpessoal e
intrapessoal,
47
Estes aspectos tam bern deveriam ser urn componente dos modulos de
treinamento e desenvolvimento de educadores, pOiS lao somente, a implanta~o de
novas didaticas ou tecnicas nao garantem a efetividade na soluC;ao de dificuldades
de aprendizagem, se nao houver primeira a pracesso de interaC;ao grupal que se
baseia essencialmente na traca, no relacionamenlo, na comunicaC;ao, e na empalia,
etc.
A inteligencia emocional e um fator subjetivo e complexo, mas alguns de seus
aspectos podem ser identificados .E importante a sua identificayao para que
possamos refon;ar as pontos fortes e desenvolver as pontos fracas. Howard Gardner
propoe profundas mudan9as no sistema formal de educar; tendo em vista a
existencia de pelo menos sete tipos de inteligencia, sendo todas de igual valor au
prioridade, embora muitas culturas insistam em privilegiar algumas delas. Segundo a
pareeer de GARDNER, profissoes diferentes requerem habilidades espeeificas,
cabendo a escola e a familia auxiliarem as pessoas a se adaptarem em ocupa90es
que correspondam ao seu estilo particular de inteligencia e interesses pOis, nem
lodos aprendem da mesma forma, alem disso ele cita que e imposslvel aprender
tudo 0 que h8 para ser aprendido.
o interesse do autor nao e com as considerados wbons alunos". Mas slm com
aqueles que nao apresentam indice elevado de QI e que acabam sendo rotulados
como desprovidos de lalentos , e consequentemente apresentam fracasso escolar e
em decorrencia fracasso profissional. Observa-se urn nurnero muito grande de
alunos que nao apresentam boa produtividade, que nao aprendem, que abandonam
a escola
Sera que esse panorama nao reafirma uma pratica de ensina autoritaria,
centrada na razao, alienante? E importante que realmente a escola e os
profissionais proporcionem as condic;:6es necessarias a uma educa<;ao mais
saudavel e democratica , voltada para a autonomia, iniciativa, criatividade,
expressao emocional, espirito critico e empatia .
A missao do educador deveria estar voltada a estfmulos de todas as
inteligencias, e a encarar face a face a importancia das em090es no processo de
raciocinio, de levar 0 educando a nao ter medo do outro , a sentir-se rnais proximo e
mais solidario, de modo a melhorar a forma de cada urn lidar com as suas
dificuldades pois assim sendo eles mostrarao maior comprometimento e mais
efetividade no processo de aprendizagem.
DESEMPENHO c==> RAZAO + EMOI(AO
49
8 CONCLUSAO
o conhecimento hoje esta globalizado, disponivel e acessivel para todas.
Estudos tern demonstrado que so mente a valoriza~o do capital intelectual nao e 0
diferencial a colocar as pessoas em situ890es mais confortaveis e a obter vantagem
competitiv8 e sucesso pessoal e profissional
Esta S8 ingressando em urn novo patamar de eVOIUt;80 e 0 perfil das pessoas
vencedoras definem algumas caracteristicas fundamentais: Capacidade de
Relacionamento Intra e inter-pessoal - A importancia do investimento em
Educa9ao Emocional .
Quando nos referimos a educ89c30, a cresci mento, ressalta-s8 tambem a
importancia sabre como as pessoas podem desenvolver-se de forma saudavel. A
preocupa9ao e de criar-s8 meios de tarnar eficazes as esforc;os das implanta90es
necessarias para que nao se evidencie a processo de fracasso escolar e
profrssioanal. As organiza90es sao formadas par pessoas, e a engajamento
emocional entre a individuo encontra-se em estagio incipiente, tanto que podemos
observar que e muito comum, haver muita complexidade nos relacionamentos
interpessoais, refletindo com isso uma visao individualista, e com enfase na
valoriza9ilo do conhecimento. As pessoas tem que estar sempre bem atualizados,
conhecer as novas tendencias e teorias, transformamos - os em profissionais da
Teoria - nada praticos, nada f1exiveis ou criativos.
50
As pessoas que menosprezarem valores de companheirismo, de
relacionamento interpessoal estarao fadadas ao fracasso, como tambem estarao
pando em risco a crescimento da organiza~o. Caracteristicas pessoais como: ter
capacidade de ouvir, comunicayao, empatia, humor, resistemcia a frustray80, dentre
outras ja citada nesta pesquisa, sao atributos que facilitam, que sao necessarios e
que podem ser desenvolvidos. A aprendizagem permanente e de todos deve estar
direcionada nao somente a conhecimentos tecnicos mas e, principalmente ao
desenvolvimento de habilidades comportamentais e de atitudes. Sabe-se que a
caminho para a lideranca de mercado requer a combinagao dos conhecimentos
lecnicos com as habilidades comportamentais. Tais habilidades devem ser
ministradas paulando-se no conhecimento das fases de Oesenvolvimento,
conhecendo as aspirayoes e os principios basicos que motivam 0 ser humano
(teorias), evitando os desapontamentos e principal mente enfatizando 0 universo da
Inteligencia Emocional- Habilidades Intra e Interpesssoais.
Oesta forma, atraves da presente pesquisa teorica pode-se analisar, refletir e
ampliar 0 grau de conhecimento sobre Inteligencia Emocional, bern como fornecer
subsidios que demonstram, a importancia, e a infiuencia, bem como, que 0
investimento e falor determinante de desempenho, produtividade a favor de
individuos integra mente desenvolvidos.
(GOLEMAN,1996) refor98 , que 0 sucesso profissional e definido em 80%
pela Inteligencia Emocional e em 20% pelo QI."
51
AIE~m disso as ultimas descobertas neurologicas indicam que a emoc;ao e 0
combustivel indispensavel para 0 desenvolvimento de raciocinios mais elevados.
Pode-se concluir atraves da presente pesquisa que desde 1990 e rnais
enfaticamente 1996 ja eram ressaltados esses aspectos, de desenvolvimento
interpessoal e que as tecnicas tambem ja eram direcionadas para educac;ao dos
aspectos emocionais, como estrategia de produtividade.
o fato e que muito se tem falado sabre a necessidade de desenvolvimento
dos indivfduos na area comportamental, mais real mente as pesquisas demonstram
que as posturas adotadas pelos dirigentes de escolas, educadores e pais, nao se
pautam nestas premissas e que seus investimentos ainda estao direcionados para
outras demandas.
Pode-se observar que lalta decisao por parte de escolas e educadores para
tornar-se exeqOivel uma teoria que ha muito ja foi interpretada como de
credibilidade e fidedignidade.
A maioria das organizac;6es de ensina nao reconhecem que as atributos
relacionados as habilidades intra e interpessoal sao de importancia e estes
conceitos sao vistos ate como inconvenientes. Muitas organizat;oes quando entram
em processos de mudanyas optam par modelos reducionistas e mecanicistas
desconsiderando os paradigrnas de globalidade.
Torna-se emergente enfatizar que 0 profissional voltado para a area
educacional tern pela frente urn grande desafio, conscientizar administradores
escolar, educadares e pais da urgencia de integrar a Educa<;80 Ernocional como
52
estrategia de desempenho eficaz com vistas a tamar a organizaC;80de
aprendizagem mais humana e voltada para os desafios e exigencias do proximo
milemio. Investir na Intelig{mcia Emocional e tao importante quanto 0
investimento no capital intelectual para que haja desempenho eficaz.
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ANEXOS
54
Anexo-l
Anexo-II
ANTERIOR ESQUERDO
REFERENCIAS BIBLlOGAAFICAS
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