instrucao operacional

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1 CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS APOSTILA DE SALVAMENTO ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO Introdução A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público Vítima Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação, podendo ser: fatal ou não-fatal. Socorrista É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou não-governamental. Público Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador. Bases do Socorrista: Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico Preparo Físico Preparo Técnico Atuação do Socorrista Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma: aviso saída chegada ao local isolamento método desfecho

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CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS

APOSTILA DE SALVAMENTO

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO Introdução A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público

� Vítima � Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação, podendo ser: fatal ou não-fatal.

� Socorrista � É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o

evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou não-governamental.

� Público � Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser

classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador. Bases do Socorrista: Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico – Preparo Físico – Preparo Técnico Atuação do Socorrista Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma: aviso � saída � chegada ao local � isolamento � método � desfecho

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ESCAPE Uma das reações instintivas de qualquer pessoa, que se encontra num incêndio ou em qualquer outra situação fora de seu domínio, é fugir do ambiente hostil. Este instinto de conservação, primitivo em sua origem, se vê, às vezes, neutralizado pelo valor material de bens pessoais. Como a fuga é instintiva, a via de escape de qualquer ponto de um edifício , deve ser, a mais curta possível, de fácil acesso e suficientemente ampla para acomodar a todos que tentarem escapar, e deve estar livre de gases e de fumaça. Como em todos os problemas relacionados com o fogo, a fuga depende do tempo. Desta forma, o tempo de escape não pode ser o mesmo para todos os edifícios, pois é função basicamente do número de ocupantes dos mesmos. A segurança humana é uma das principais finalidade de escape nos incêndios. Na decisão do percurso de evacuação a ser adotado devem-se considerar cinco variáveis . Destas três são previsíveis e duas aleatórias: Variáveis Previsíveis :

� Características dos ocupantes - a característica principal que deve ser levada em consideração é a mobilidade dos ocupantes de um local sinistrado. A mobilidade determina a capacidade de uma pessoa escapar. Os problemas de evacuação são muito piores em locais onde as concentrações de doentes, idosos e crianças sejam maiores.

� Planta do edifício - a característica arquitetônica de uma edificação deve se considerada de grande importância devido a distancia que uma pessoa terá que se deslocar até um ponto seguro. Em geral, a segurança está relacionada com a altura de um edifício, mas a distância pode ter igual importância em edifícios de um único piso.

� Os sistemas de escape existentes - sabemos que os locais onde os sistema de segurança

são existentes, o trabalho de evacuação se tornará mais fácil . Variáveis Aleatórias:

� Locais que poderão ser atingidos pelo incêndio – através de conhecimento do local onde se concentra o sinistro, podem-se traçar algumas projeções dos locais mais susceptíveis a incêndio. Através desta análise, podem ser definidas as vias de escape mais rápidas e seguras.

� Localização de uma pessoa em um edifício sinistrado - em alguns edifícios podemos prever os locais onde se encontram os seus ocupantes, e o numero provável de pessoas que ali normalmente estejam. Nos centros comerciais onde a população é flutuante, tal previsão torna-se impossível.

As operações de evacuação a serem realizadas pelas equipes de salvamento devem ser realizadas através de determinadas técnicas e conceitos teóricos. Técnicas de Escape:

� Escape Imediato - retirada dos ocupantes do edifício e executado por uma via de escape direta.

� Escape por Fases - ocupantes de um edifício são conduzidos a locais intermediários, de forma que a saída definitiva seja efetuada de maneira ordenada.

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� Escape para um Refúgio - ocupantes são transferidos para uma área protegida, dentro de uma estrutura, até que a situação seja minimizada e, em seguida, são resgatados.

Conceitos Básicos:

� O trabalho de evacuação de um local sinistrado deve ser executado obedecendo a conceitos básicos, a fim de que a situação dos ocupantes do mesmo seja totalmente minimizada. Sendo assim, a evacuação deve estar baseada nos seguintes princípios: objetividade, precisão, disciplina e segurança.

� É importante considerar que pessoas envolvidas por um sinistro, são tomadas pelo pânico, apresentando reações próprias, tremores pelo corpo, choro convulsivo, ou simplesmente permanecem estáticas, alheias a tudo que se passa. Cabe, portanto, ao homem que vai efetuar o salvamento (evacuação), usar de sua criatividade, a fim de que esse quadro seja revertido.

� O primeiro objetivo a ser atingido é o aterramento do setor ou dos andares envolvidos, através do seu sistema de emergência; logo a seguir, os andares diretamente envolvidos, com os seguintes procedimentos:

− Realizar a abertura de todas as portas, inspecionar o interior dos ambientes, em

especial: banheiros, armários, sob camas e outros móveis que, porventura existam, não esquecendo as escadas e janelas;

− Fazer a demarcação dos ambientes inspecionados;

− Conduzir as vítimas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro

encarregado de dar a orientação necessária para as vítimas, evitando a subida das mesmas; mantendo a distância entre uma vítima e outra; mantendo-as de um lado da escada, destinando o outro lado ao trânsito das equipes de salvamento; evitando correrias e aglomerações desnecessárias;

- Concentrar as vítimas a fim de efetuar uma chamada e verificar se há falta de

pessoas; - Solicitar o auxílio de pessoas que conheçam a estrutura do edifício.

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases, fumaça e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de deixar este tipo de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do socorro como também em conseqüências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema respiratório humano é mais vulnerável às agressões ambientais do que qualquer outra área do corpo. Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos locais de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho, atividade existente no CBMERJ (GBS, Gmar ). É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos no tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos.

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PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO NO AR

SINTOMAS

21% Condução normal 17% Alguma perda de coordenação e aumento da freqüência

respiratória 12% Vertigem, dor de cabeça e fadiga 09% Inconsciência 06% Morte em poucos minutos por parada respiratória e

concorrência de parada cardíaca

Obs.: Estes dados não podem ser considerados como absolutos, pois não levam em consideração o tempo de exposição e as diferentes capacidades respiratórias. EFEITOS TÓXICOS DO MONÓXIDO DE CARBONO (CO) NO ORGANISMO

CO ( partes por milhão )

CO no AR

SINTOMAS

100 0,01 Nenhum sintoma 200 0,02 Leve dor de cabeça, podendo ocorrer outros sintomas 400 0,04 Dor de cabeça após 1 ou 2 horas 800 0,08 Dor de cabeça após 45 min. Náuseas, colapso e inconsciência, após

2 h 1000 0,10 Risco de ocorrer inconsciência após 1 h 1600 0,16 Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 20 min. 3200 0,32 Dor de cabeça e tontura, náuseas após 5 ou 10 min. Inconsciência

após 30 min. 6400 0,64 Dor de cabeça e tontura após 1ou2 min. Inconsciência após 10 ou 10

min. 12800 1,28 Inconsciência imediata perigo de morte entre 1 e 3 min.

Obs.: Não se trata de dados absolutos, porque não mostra a variação da freqüência ou do tempo de exposição. EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA Existem dois meios de se equipar: � Método de colocação por sobre a cabeça:

1) verificar a pressão no manômetro do cilindro; 2) o equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte

alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no momento da colocação;

3) agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro; 4) segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora; 5) levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte

passem dos cotovelos; 6) inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças

caírem naturalmente sobre os ombros; 7) puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas; 8) ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se

confortavelmente; e

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9) lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca ma distribuição de peso. a. Método de vestir:

1) verificar a pressão no manômetro do cilindro 2) vestir o equipamento, passando um braço por vez através da alças. Colocando-lo no solo,

com as alças alargadas e o cinto aberto; 3) agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro; 4) com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito ( ou, com, a

esquerda, a que será colocada sobre o ombro esquerdo ); 5) levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve

passar por dentro da alça; e 6) ajustar as alças eo cinto como descrito no método anterior. Colocação da peça facial: 1) alargar ao máximo os tirantes da máscara; 2) colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas

mãos, colocar os tirantes por sobre a cabeça; 3) puxar simultaneamente e na mesma seqüência, os tirantes laterais interiores, o tirante

único superior e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danifica-los;

4) verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode ocorrer entrada de ar“;

5) certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada; 6) abrir o registro do cilindro; 7) efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e 8) deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar.

Com as costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a saída do ar, expirar com força isto deverá liberar a válvula.

Principais cuidados Observar:

1) conexão do cilindro ao redutor de pressão; 2) cinta que liga o cilindro ao suporte; 3) alças de transporte, cinto tirante peitoral ( confeccionados em NOMEX, para aumentar

a resistência ao calor ); 4) placa de suporte; 5) conexão das mangueiras; 6) tirantes e peças facial; 7) pressão do cilindro; 8) vedação a alta pressão; e

9) alarme sonoro.

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TIPOS DE TRABALHO CONSUMO MÉDIO P/CADA 100PSI Inspeção e reconhecimento....................... Operação ( c/ esforço físico ) ....................

03 min. 1,5 min.

Exemplificando : 1º caso pressão no cilindro ............................................................ 1500PSI tempo de caminhada ( ida ) .............................................. 8 min. tempo de caminhada ( volta ) ......................................... 8 min. tempo de inspeção e reconhecimento ........................... ? solução : 100 PSI ..........................................................3 min. X = 15000 x 3 1500 PSI .......................................................x 100 X= 45 min. De ar Deduzindo-se os 16 minutos de caminhada ( 8 de ida e 8 de volta ), temos 45 – 16 = 29 min. De inspeção e reconhecimento. 2º caso pressão do cilindro...................................................... 1500 PSI tempo de caminhada ( ida ) ........................................ 8 min. tempo de caminhada ( volta ) ..................................... 8 min. Tempo de trabalho de operação ................................. ? solução : 100 PSI ......................... 15 min. X= 15000 x 1,5 1500 PSI ....................... X 100 X= 22,5 min. de ar Deduzindo-se os 16 min. De caminhada ( 8de ida e 8de volta ), temos; 22,5 – 16 = 06,5 de min. De trabalho de operação. SALVAMENTO EM INCÊNDIO Para melhor realizar operações de salvamento em locais de incêndio o BM tem que levar em consideração primordialmente fatores como segurança, agilidade, controle, interação e coordenação. Logo, não se pode esquecer de utilizar equipamento de proteção individual adequado, assim como rádios portáteis, cabo guia, escadas enclausuradas (isoladas dos pavimentos por portas corta-fogo, provendo saídas suficientes para todos os integrantes da edificação), entre outros que serão comentados a seguir. A finalidade das edificações também deve ser levada em consideração para se montar o estilo de trabalho a ser utilizado pelas guarnições que realizará o salvamento, porque ocorrem sérias complicações em locais de incêndio onde há concentração de público, como teatros, cinemas estádios, salões de festas, mercados. Se as saídas normais ficarem bloqueadas, a situação através de saídas pelas quais os ocupantes não estão familiarizados. O fator de existir fogo numa

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edificação pode resultar em pânico e prejudicar a operação A organização para evacuar um local de concentração de público é fundamental. Locais como sanatórios, asilos e nosocômios apresentam circunstâncias especiais: alguns de seus ocupantes podem estar incapacitados de se locomover. Aqueles que executam trabalhos de salvamento nesses locais, têm que estar preparados paras remover as vítimas para local seguro sem agravar, ainda mais, a situação destes. O sucesso da operação nesses locais depende sempre de estudos e treinamentos prévios. Não se deve em hipótese usar o elevador e as pessoas envolvidas devem ser levadas sempre para pavimentos inferiores (de saída ). PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DE VÍTIMAS EM LOCAIS DE INCÊDIOS: 1) Usar sempre equipamentos de proteção respiratória. Lembrar que grande parte das vítimas em situações de incêndios perde a vida ou sofre lesões em conseqüência da intoxicação por monóxido de carbono (CO). 2) Se o local for desconhecido, com pouca visibilidade e perigoso, deve-se usar o cabo-guia, não só para a comunicação entre os BM, mas também para maior segurança nos trabalhos, uma vez que o caminho de volta ficará marcado. O melhor meio de se prender o cabo ao BM é através do nó de penetração com soltura rápida. 3) O trabalho deve ser efetuado sempre em duplas. 4) Na parte externa do prédio devemos procurar observar todos os meios de fuga visíveis. 5) Antes de começar o trabalho, procurar saber se já existem outros BM no sinistro. 6) Se dentro da edificação a visibilidade for ruim, e o BM não puder ver seus pés, deve dar continuidade à busca “engatinhando”. 7) Começar a busca, sempre que possível, pela parede que dá para o exterior. Isso permitirá ao BM ventilar o ambiente ao abrir as janelas tão logo seja oportuno 8) Usar todos meios de sinalização possíveis para evento. 9) Usar lanternas. 10) Utilizar qualquer tipo de material para reter as portas com dispositivos de fechamento automático. Pois isto manterá ventilação e caminho, pelo qual o BM entrou livre. 11) Procurar sustentar a posição de confiança ao demonstrar calma, segurança e racionalidade nas ordens dadas às vítimas. 12) Manter na mediada do possível, todos os integrantes da guarnição cientes de tudo que se passa. 13) Se o cômodo estiver muito quente para entrar, procurar somente nas proximidades da porta, pois a possibilidade de se encontrar vítimas neste local é muito grande. 14) As buscas devem ser planejadas para se evitar o desgaste desnecessário, assim como, a maior eficiência nos trabalhos. 15) Procurar estabelecer pontos de referência dentro da edificação (Ex.: direção da luz, da ventilação e meios secundários de fuga ). 16) Lembrar sempre que a localização de uma vítima pode ocorrer desde a parte externa da edificação. 17) Procurar em todos os compartimentos da edificação, principalmente armários e boxes dos banheiros. 18) Para localizar vítimas sob as camas, colocar a perna ou utilizar uma ferramenta longa que possibilite a vistoria. 19) Quando existir muita fumaça e conseqüentemente pouca visibilidade, descer e subir escadas apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Mantendo a cabeça elevada. 20) Não existe um tempo preestabelecido para que os trabalhos sejam paralisados e portanto se possa ouvir pedidos de socorro. Tosse, gemidos, choro ou outro sinal que indique a existência de

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vítimas nas proximidades. Ao se confirmar algum destes sons, dirigir-se imediatamente até a vítima estabelecendo troca de informações com a mesma, quando possível. 21) Sempre que encerrar as buscas num cômodo, deixar marcas visíveis de que todo o local já foi vasculhado. Gavetas em cima da cama, colchões enrolados e portas de armários são bons indicativos de que este tipo de trabalho já foi efetuado. 22) Ao terminar as buscas num pavimento, deixar uma marca visível na entrada do mesmo para informar que a procura por vítimas ali estão encerradas. 23) Assim que retirar uma vítima da edificação, deixá-la sob cuidados de alguém. Evitando assim, que a mesma venha a retornar para o sinistro, seja qual for o motivo.

NÓS E AMARRAÇÕES a) De extremidade: � Nó Simples É o mais simples de todos os nós, sendo mais conhecido por “Nó Cego”. Será utilizado como base para o Nó de Fita. Pode ser usado também para melhorar a pegada numa corda quando esta é utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (“LEPAR”). Para tanto, um dos métodos de confecção dos nós na corda é pelo processo de “fradear a corda”. � Nó em Oito Também conhecido por “Alemão”. Será usado como base para a Azelha em Oito pela Ponta ou para confecção da Azelha Dupla em Oito. � Nó de Frade Utilizado basicamente para “falcaçar” as pontas das cordas. Também serve como base para o Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas com a corda, que nada mais é do que o nó em questão. b) De emenda ou junção: � Nó Direito Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois quando “frouxo” desfaz-se com relativa facilidade. Será utilizado como finalização do Assento Americano. � Nó de Escota Simples Seu uso destina-se a união de cordas de mesmo diâmetro ou de diâmetros diferentes. Normalmente o utilizamos quando precisamos içar uma corda até determinado ponto através do uso de uma retinida que é lançada até o chão. � Nó de Escota Dupla Tem a mesma finalidade do Nó de Escota Simples, com a única e principal diferença de aumentar a segurança evitando-se que o nó se desfaça. Em cordas molhadas é o ideal. � Nó de Fita Também conhecido como “Nó Duplo”, é utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de fitas tubulares e/ou planas, formando anéis de fitas. Serve também para unir cordas, mas é pouco utilizado para esse fim. Em nosso caso específico utilizaremos tal nó para unir pedaços de fitas formando anéis que serão utilizados como “estropos” que poderão ser usados nas ancoragens.

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� Nó Pescador Simples É confeccionado basicamente fazendo-se um nó simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro e nos arremates quando não for possível realizar o nó Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote. c) Alceados � Nó Azelha Simples Nada mais é do que um Nó Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a corda em determinado objeto pontiagudo ou na confecção de estribos. Seu inconveniente é o fato de que, após submetido a tensão, fica difícil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). � Nó Azelha em Oito Confeccionado como o Nó em Oito (ou Alemão), só que pelo seio de uma corda. Sua vantagem em relação ao Nó de Azelha Simples é que possui fácil soltura depois de submetido à tensão. Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). É um dos nós mais utilizados nos “encordoamentos” às cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como sendo Azelha Dupla, o que parece incorreto, pois após confecção tem-se apenas uma alça. � Nó Azelha Dupla A doutrina de um modo geral não apresenta uma definição exata do que seja uma Azelha Dupla. Assim sendo, iremos considerar tal nó como sendo aquele que proporciona duas alças para serem empregadas em trabalhos diversos. � Nó Lais de Guia Simples Trata-se de um dos nós mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das cadeirinhas, o atavam ao peito para se “protegerem” em caso de queda (ficavam pendurados pelo peito numa posição bem incômoda e que impunha um risco de vida caso não fossem resgatados rapidamente). Não sendo arrematado torna-se um nó perigoso sendo apontado como o “culpado” por alguns acidentes em altura. � Nó Lais de Guia Duplo Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo após ser submetido à tensão possui fácil soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o Nó de Pescador Duplo. Quando feito pelo seio é conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas Alças. d) De arremate � Nó de Pescador Simples Ver confecção e características na subunidade referente a nós de junção ou emenda. Uma observação a se fazer é que quando se utiliza apenas uma das partes do nó como arremate, pode ser denominado de “Meio Pescador Duplo”. � Cote Nada mais é do que um Nó Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do nó principal feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do nó assemelha-se ao Nó Boca de Lobo, o nó não deve ser considerado como Cote.

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e) De ancoragem � Nó Boca de Lobo Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido à tensão. Seu uso mais comum é pelo seio da corda ou fita. É utilizado para fixação dos anéis de fita à cadeirinha. Seu ponto negativo é que, ao ser submetido à tensão, realiza um “efeito guilhotina” sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistência da corda (cerca de55%). � Nó Fiel Trata-se do nó mais conhecido no CBMERJ e a prova de adestramento no tocante a confecção de nós reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccioná-lo em condições mais adversas possíveis, como de olhos vendados, na perna, etc. É um nó muito utilizado no montanhismo, porém alguns profissionais o contra indicam sob a alegação de que depois de confeccionado e sob tensão, as cordas se sobrepõem fazendo um “efeito guilhotina” (mordendo). Não obstante isso é um nó extremamente confiável e de fácil confecção, podendo inclusive ser feito num mosquetão com apenas uma das mãos, caso a outra esteja ocupada. Sendo confeccionado e tencionado sobre uma superfície lisa e cilíndrica, pode correr com carga aproximada de 400 kgf. Daí a importância do arremate quando o nó for feito pela ponta. � Nó Lais de Guia Duplo Seu principal inconveniente em ocorrências reais é a demora na confecção. Nos treinamentos, quando houver tempo para preparar o local de instrução, é o nó mais indicado para as ancoragens, pois é fácil de desfazer-se após ser submetido à tensão. É o preferido por escaladores por ser fácil de desfazer-se depois de submetido à tensão, no encordoamento da cadeirinha. f) Autoblocantes � Nó Prusik Erroneamente chamado de Nó Prússico, é o nó autoblocante mais antigo que existe e seu nome foi emprestado de seu inventor, um “músico” chamado Karl Prusik. Trata-se de um nó muito Sua vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado até mesmo com uma só mão e que se trava em qualquer direção que for puxado. utilizado em “auto-resgates”. Alguns autores recomendam apenas duas voltas em sua confecção. Por questões de segurança, padronizaremos, no mínimo, três voltas. � Nó Machard Também muito fácil de ser confeccionado, substitui à altura o Nó Prusik. Embora fique travado em ambas as direções, é classificado como nó unidirecional (deve ser tracionado no sentido oposto à alça). � Nó French Prusik Também conhecido como Blocante Clássico, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. É um nó muito fácil de ser confeccionado e de ser afrouxado após receber carga. Sua característica principal é a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este é utilizado de forma que fique dobrado, ou seja, o mosquetão é introduzido nas duas alças. Com isso, um cordelete que tenha CR de750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o nó seja confeccionado com um número de voltas suficiente.

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g) De segurança � Nó UIAA De tão confiável, recebeu o nome da União Internacional das Associações de Alpinismo. Aliás, é o único “dispositivo de frenagem” (freio) homologado pela referida entidade.Também conhecido por Nó Dinâmico, serve como freio durante a segurança na escalada ou durante um rapel de mergência. Seu inconveniente é que o princípio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela fricção de duas partes da mesma corda numa peça metálica. Com isso, num uso constante, a corda poderia vir a se romper (isso no caso específico do rapel). Lembre-se que ele é para uma emergência. h) De tracionamento � Nó Paulista Nó bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do caminhão. Como o atrito de corda com corda não é recomendável, deve-se confeccionar o nó utilizando mosquetão ou o freio em oito. AUTOCORTE - EXPANSOR O conjunto de salvamento “lukas” é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que torna adequado para serviços desta natureza. Seus componentes foram desenvolvidos em laboratório, com o auxílio do computador, o que lhe garante apesar de seu reduzido peso, o desenvolvimento de forças extremamente altas, aliado à facilidade de operação em resgates ligeiros. Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos, ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade. O autocorte-expansor cada vez mais é utilizado em todos os Corpos de Bombeiros pela sua capacidade de soltar as vítimas com rapidez diminuindo o tempo de socorro neste tipo de acidente. Com isso a longa espera que era causada pela falta de equipamentos específicos, para salvamentos dessa natureza foi resolvida nos atendimentos hospitalares mais rápidos diminuindo consideravelmente o número de óbitos. O sistema consiste em um motor elétrico ou a gasolina que move uma bomba hidráulica, sendo esta comum a todos os modelos. Ela se caracteriza por um aro que contém em seu interior quatro pistões radiais permanentemente comprimidos por molas. No centro deste conjunto, há um excêntrico movido pelo eixo do motor, que devido ao seu movimento irregular, ao passar por cada um dos pistões provoca um movimento nos mesmos, impulsionando o fluído para dentro do aro que é oco. No aro, há apenas uma saída, por onde escoa todo o fluído em direção à válvula. Todo este conjunto permanece imerso no reservatório de óleo, tendo sob o aro, quatro tubos pescadores que alimentam cada um dos pistões. No bloco da válvula, há ainda um pequeno tubo encarregado de despejar o óleo que retorna das ferramentas hidráulicas. Componentes: O conjunto de salvamento é composto por: bomba hidráulica acionada por um motor a gasolina, mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas que podem ser utilizadas para afastamento, tração e corte.

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Componentes da moto-bomba: - 1: Bocal de abastecimento da gasolina; - 2: Tela de proteção; - 3: Manopla de acionamento; - 4: Bocal de abastecimento de óleo do motor; - 5: Silencioso com escudo protetor; - 6: Comando de partida, aceleração e parada ( Sistema Choke-a-Mantic ); - 7: Filtro de ar; - 8: Carburador; - 9: Cabeçote; - 10: Vela; - 11: Identificação do motor; - 12: Bocal de abastecimento do fluído hidráulico; - 13: Visor de nível do fluído hidráulico; - 14: Bujão de dreno; - 15: Identificação do modelo de bomba; - 16: Reservatório do fluído hidráulico; - 17: Alavanca de pressurização; - 18: Bloco da válvula .

Pinça hidráulica (LKS 35)

- 1: Braços antideslizantes de aço; - 2: Eixo central de fixação; - 3: Manga de proteção; - 4: Alça; - 5: Disco anatômico para abertura e fechamento; - 6: Punho; - 7: Plug de engate rápido.

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Pinça hidráulica (LSP 40 e LSP 44B)

Pinça hidráulica (LS 300 e LS 200)

Especificações:

MOTOR Tipo Monocilíndrico a 4 tempos Cilindrada 186,70 cm3 Potência 4 HP a 3.600 rpm Distância entre os eletrodos da vela 0,76 mm Combustível Gasolina pura Óleo lubrificante SAE 10w - 30 Reservatório de gasolina 1,10 litros Reservatório de Óleo 0,6 1itros Autonomia 1:10 h * com as molas das válvulas montadas.

LS 300 LS 200

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BOMBA HIDRÁULICA Capacidade do reservatório do fluído hidráulico 4 1itros

Fluido hidráulico Óleo mineral Peso ( com motor e gabinete) 33 kg

PINÇA HIDRÁULICA LKS 35 LSP 40 LSP 44B LS 200 LS 300

Força de corte no centro das lâminas

8.000 kgf *** *** 240kN 240kN

Força de afastamento/ tração

3.600 kgf

38 kN 45kN *** ***

Distância de afastamento/ tração

320 mm 630mm 620mm *** ***

Peso 14,5 kg 17Kg 23Kg 12,5 Kg 14kg

Dimensões L x B x H (mm) 825 x 190 x 160

805 x 299 x 170

830 x 299 x 170

680 x 210 x 163

720 x 278 x 163

MOTOSSERRA As motosserras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente, sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores. Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com maior freqüência na Corporação. Existem técnicas especiais para o desenvolvimento dos cortes de árvore, que veremos a seguir.

1 – Sabre 2 – Corrente 3 – Punho 4 – Filtro de ar 5 – Acelerador 6 – Trava do acelerador

7 – Afogador 8 –Protetor do punho 9 – Retém do acelerador 10 – Vela de ignição 11 – Tampa do cárter 12 – Garra

2

1 8

4

3 10

7

5

6 9

11 12

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Especificações

Quadro comparativo das Moto Serras STIHL Moto Serra STIHL 015-L 020 -

AV 041 - AV

051 - AV

075 - AV

08 - S / TS 08

Motor

Cilindrada

32 cm3 32 cm3 61 cm3 89 cm3 111 cm3 60,3 cm3

Peso (completo) 3,7 Kg 4,4 Kg 7,5 Kg 11,8 Kg 11,7 Kg 8,3 Kg

Comprimentos de corte / sabres

25 e 30 cm

30 e 35 cm

33, 40, 45 e 50

cm

43, 53, 63 e 75

cm

53, 63, 75 e 90

cm

33, 43 e 53 cm

Capacidade do Tanque de combustível

0,4 L 0,4 L 0,53 L 0,53 L 0,76 L 0,76 L

Capacidade do tanque de óleo lubrificante

0,25 L 0,25 L 0,34 L 0,34 L 0,34 L 0,34 L

Mistura de combustível / óleo 2T

1:20 1:20 1:20 1:20 1:20 1:20

Correntes 1/4” 1/4” 3/8” 0,404” 0,404” 3/8” MOTOCORTADOR Equipamentos de corte, movido a motor a explosão de dois tempos. Atualmente, encontramos o modelo TS 08, da marca STIHL, sendo utilizado com maior freqüência na Corporação. Os motocortadores possuem discos que podem ser acoplados ao aparelho. Estes discos podem ser de vários tipos, de acordo com o material a ser cortado. Na corporação, utiliza-se o disco para corte de ferro, aço ou concreto, de uso freqüente para a retirada de vítimas presas às ferragens de veículos, arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e outras situações onde caibam sua utilização, como, por exemplo, o corte de vergalhões em desabamentos.

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1 – Disco 2 – Protetor do Disco 3 – Punho 4 – Filtro de ar

5 – Acelerador 6 – Trava do acelerador 7 – Afogador 8 – Borboleta da regulagem do protetor

GÁS NATURAL VEICULAR

O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível “limpo”, composto por uma mistura de gases extremamente leve, com aproximadamente 90% de metano (CH4). É econômico, pois proporciona um rendimento maior para o veículo – um carro abastecido com R$50 de gás natural anda uma distância maior do que um outro com o mesmo valor com gasolina. É seguro, por ser inflamado apenas quando submetido a uma temperatura de 620º C ( o álcool se inflama a 200ºC e a gasolina a 300ºC ). É ecológico, pelo fato de não emitir poluentes como óxidos nitrogenosos (NOX), dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, monóxido de carbono. Os veículos podem ser adaptados em oficinas devidamente credenciadas pelo INMETRO, que os tornam bi-combustíveis. Isto é, o motorista pode escolher entre o uso do gás natural e o combustível original de seu veículo. Para isso, basta um clique em uma chave comutadora no painel. Algumas montadoras já disponibilizam para compra carros estruturados para o uso do gás natural com garantia de fábrica. Adotado em diversos países como: Argentina, Austrália, Canadá e vários países da Comunidade Européia, o GNV tem passado por muitas inovações tecnológicas em diversas montadoras, principalmente na Europa. Vale lembrar que o GNV nada mais é do que o mesmo gás natural usado também nos setores industrial, comercial, residencial e de geração de energia. Atualmente, o Brasil conta com gás natural produzido em algumas regiões e com gás importado. Antes de ser distribuído por gasodutos, o gás natural passa por uma unidade industrial denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). O resultado desse processamento é um combustível seco, limpo e com excelentes qualidades energéticas para o consumo em diversos segmentos.

1

4

2 3 5 6

7

8

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A rede de abastecimento de GNV já conta com mais de 1000 postos espalhados pelo território nacional e continua em franca expansão, assim como os projetos da rede de gasodutos. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – VEÍCULOS GNV a)ESTABELECIMENTO DO SOCORRO

• Estabelecer o socorro a 100 mts. do local, no mínimo, em casos de veículos leves (carros de passeio).

• Limitar as Linhas de mangueiras no menor número possível de militares no combate ao veículo, em caso de chamas.

• Aproximar com o “vento pelas costas”, além de linha de mangueiras com jato em neblina,

a alta pressão, dando cobertura.

• Proteger as viaturas de forma a não ficarem expostas à linha de deslocamento de ar, em casos de explosão ou “flashpoint”.

b) ISOLAMENTO

• Deverá ser adotada a evacuação de pessoas e animais, num raio inicial de 400 m. do local, nos casos de simples vazamento.

100 metros

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• Nos casos em que houver chamas envolvendo os cilindros, deverá ser adotado um raio

mínimo de 800 m. • Fica terminantemente proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de socorro.

c) RECONHECIMENTO

Veículo movido a GNV, ainda não possui identificação legal, não sendo portanto, possível a identificação imediata, sendo necessário observar:

• Quanto ao odor no local.

• Perguntar ao motorista do veículo se o mesmo é abastecido a GNV.

• Orientar quando na passagem de serviço, aos Comunicantes, para que tentem identificar a informação quanto ao combustível do veículo, na solicitação do evento.

• Observar quanto à propagação não condizente quanto à classe “A”, ou seja, jatos ou

“línguas de fogo”.

• Observar quanto à coloração do fogo (chama azulada).

• Deverá o Comandante ou Chefe de Operações, identificar a fonte de vazamento ou foco de incêndio e suas respectivas válvulas de fechamento, conforme o esquema supracitado, verificando o melhor acesso ao local.

d) SALVAMENTO

Após ser estabelecido a segurança no local, deverá ser procedido ao salvamento das

vítimas. Quanto aos riscos para a saúde o GNV oferece:

• Pode ser nocivo se inalado.

• O contato poderá provocar queimaduras na pele.

• Os vapores podem causar tontura ou sufocação.

• O contato com o líquido, poderá causar lesões na pele por congelamento.

• Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos. São obrigatórios o

uso da Roupa de Aproximação com capacete e viseira abaixada, além do uso de Equipamento

de Proteção Respiratória (EPR), máscara autônoma.

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CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS

APOSTILA DE SOCORROS DE URGÊNCIA

INSTRUTORA – 3º SGT BM DIANA Primeiros Socorros

� É o primeiro atendimento prestado a vítima no local do acidente.

Socorrista � Pessoa qualificada, portadora de um grau de conhecimento e que preste pronto atendimento a vítima.

Funções do Socorrista

� Manter a vítima viva até a chegada do socorro. � Evitar causar o chamado 2º trauma ( não ocasionando outras lesões ou agravando as já existentes )

Parada Respiratória � Cessação súbita da Respiração.

Como Reconhecer uma Parada Respiratória?

� Ausência do movimento Respiratório � Inconsciência � Cianose ( arroxeamento dos lábios e extremidades ) � Dilatação das Pupilas

Chame o socorro ( 193 ) � Delegue funções quando houver pessoas por perto.

Como reverter uma Parada Respiratória?

1º PASSO: Desobstruir Vias Aéreas � Ajoelhe-se junto a vítima, na altura do ombro. � Ponha uma mão na testa e a outra sob o queixo da vítima ( Ou elevação modificada ). � Atentar para objetos que possam estar obstruindo a passagem do ar ( próteses, dente solto, balas, chicletes e etc )

PRESTE MUITA ATENÇÃO � Se você tiver certeza que a vítima está inconsciente e o objeto estiver visível tente removê-lo. � Caso a vítima esteja consciente nunca introduza o dedo em sua boca.

SUFOCAMENTO

� Vítima com dificuldade Respiratória devido a um corpo estranho obstruindo suas vias aéreas.

Manobra de HEIMLICH ( Desobstrução de Vias Aéreas Superiores )

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� Vítimas Conscientes ( após tentar tossir )

� Vítimas Inconscientes

CONTRA INDICAÇÃO � Pessoas obesas � Mulheres grávidas � Crianças menores de 1 ano

Desobstrução Respiratória em Crianças

� Coloque a criança com a cabeça em posição mais baixa que o corpo e dê 5 tapas nas costas. � Caso não seja efetiva, gire a vítima de frente e tente 5 compressões torácicas ( com o dedo indicador ).

Após desobstruir Vias Aéreas

� Esse paciente respira? SIM →→→→ ótimo vamos esperar o Socorro NÃO →→→→ Iniciar Respiração Artificial Devemos agir rapidamente Sabemos que as células do nosso corpo morrerão sem oxigênio

� Até 4 min: Recuperação pode ser completa � 4 a 6 min: Grande probabilidade de dano Cerebral � Após 6 min: Provável dano Cerebral

Como reverter uma Parada Respiratória? 2º PASSO: Respiração Artificial

� AMBU � Máscara Individual

Caso você não tenha esses materiais espere o socorro chegar Respiração Artificial

Mão acima do umbigo e abaixo do limite das costelas

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� A Respiração Artificial com AMBU ou Máscara Individual, deve ser feita 2X em Intervalos de cinco segundos até que a vítima recupere a Respiração ou obtenha atendimento médico.

IMPORTANTE

� A Parada Respiratória e a Parada Cardíaca podem ocorrer separadas mas a ocorrência de uma, em pouco tempo, acarretará na ocorrência da outra.

� E quem será sempre a 1ª a acontecer? A Parada Respiratória sempre virá primeiro que a Parada Cardíaca.

Parada Cardíaca

� Ausência de Batimentos Cardíacos (Pulso) Como Reconhecer uma Parada Cardíaca?

� Ausência de Pulso. � Ausência de respiração. � Inconsciência. � Pele fria, amarelada e cianótica. � Pupilas dilatadas.

Onde verificar o Pulso? Em adultos:

� Pulso Carotideo � Pulso Femoral � Pulso Radial

Em Crianças e Lactentes:

� Pulso Braquial Como agir diante de uma Parada Cardíaca?

� Ajoelhe-se ao lado da vítima. � A vítima deve estar deitada sob uma superfície plana e em decúbito dorsal. � Apóie o terço proximal da palma da sua mão sob o ponto de pressão ( osso esterno ), apóie a outra mão em cima dessa, mantenha os dedos voltados para cima longe das costelas.

Massagem Cardíaca Adultos Crianças Bebês Local da Massagem Cardíaca

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Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno Suporte Básico de vida

� É o conjunto de técnicas que devem ser ensinadas aos profissionais que tenham a possibilidade de identificar urgências clínicas e manter a viabilidade dos órgãos vitais até a chegada do socorro.

1 - Cena

2 - AVI 3 - ABC –D

Avaliar a Cena 1- O que aconteceu? 2- Número de vítimas? 3- Cena está segura? Como verificar o Nível de Consciência? A CORDADO, ALERTA ? V ERBAL I NCONSCIENTE ? Após verificar Parada Respiratória e Parada Cardíaca, O que fazer? A.B.C – D A → Abertura de Vias Aéreas! B → Boa Respiração? C → Circulação? D →Desfibrilação! A Abertura de Vias Aéreas Com elevação Modificada da Mandíbula

B Boa Respiração? Respiração Anormal? 2 Ventilações C Circulação Verificar Pulso

� Caso não haja pulso iniciar a RCP � 30 Compressões torácicas para 2 Respirações Artificiais � Após 5 ciclos REAVALIAR

D Desfibrilação Se após 4 min de RCP a vítima continuar parada devemos

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Iniciar a desfibrilação RESUMO Cena O que aconteceu? Quantas vítimas? A cena está segura? A vítima: A.V.I. Se vítima estiver inconsciente Peça ajuda! Abertura de vias aéreas Mão na testa/queixo Boa respiração Se não: 2 Ventilações Circulação 30 Compressões para 2 ventilações ( 5 ciclos ) Desfibrilação Como constatamos que uma vítima de PCR está reanimada?

� Os movimentos respiratórios recomeçaram. � As pulsações recomeçaram. � As pupilas voltaram a reagir a luz. � A coloração geral da pele melhorou.

Nunca devemos esquecer: EPI

� Equipamentos de Proteção Individual São eles: � Luvas � Máscaras � Botas e etc....

Utilizando sempre o EPI estaremos protegidos da contaminação por:

� Sangue � Saliva � Vômito � Doenças de Pele � AIDS � Hepatite � Tuberculose e etc

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REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS

� O conhecimento das várias técnicas de resgate é muito importante para iniciarmos o socorro.

� O emprego de uma técnica errada pela equipe de resgate é arriscado para a vítima, que pode desenvolver o 2º trauma, e arriscado para o próprio socorrista que pode desenvolver lesões musculares ou lesões na coluna.

� A escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas varia com a situação, com o risco no local , número de socorristas e estabilidade do paciente.

EXTRICAÇÃO

Conjunto de manobras que tem como objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não deve sair por seus próprios meios.

DESENCARCERAMENTO

É um tipo de extricação, porém o objetivo é retirar as ferragens e os escombros de cima da vítima.

ENCARCERAMENTO É quando a vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em situações de colisões ou desabamentos

INDICAÇÕES DE EXTRICAÇÃO

1- Obstáculos físicos 2- Inconsciência 3- Risco de lesões secundárias 4- Combinação destes fatores

TÉCNICAS DE EXTRICAÇÃO

Existem duas técnicas de Extricação: A nossa escolha será feita de acordo com as condições do local e a gravidade do paciente. 1- PADRÃO

Serve para cenas seguras e vitimas estáveis, ela emprega equipamentos de imobilização e deve ser a técnica preferida. 2- RÁPIDA

Quando o paciente está instável ou quando há risco no local utilizando pouco ou nenhum equipamento.

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Chave de Rauteck : 3 – Vitima em Pé

Pacientes deambulando no local do acidente podem ter lesões graves de coluna e devem ser extricados.

TRANSPORTES DE EMERGÊNCIA 1) Técnica com 1 socorrista a) Pacientes capazes de andar

� Apoio lateral simples b) Pacientes que não podem andar

� Arrastamento pela roupa � Arrastamento por cobertor ( rolamento ) � Transporte tipo bombeiro ( indicado em vitimas inconscientes )

c) Transporte nos braços

2) Técnica com 2 ou mais socorristas a) Transporte pelas extremidades b) Transporte em cadeira c) Elevação manual direta d) Elevação manual com 6 socorristas e) Apoio lateral simples

EQUIPAMENTOS DE EXTRICAÇÃO E TRANSPORTE

COLAR CERVICAL

PRANCHA LONGA Possui espaços para introduzir as mãos, sua superfície é lisa e a sua espessura deve ser de poucos centímetros

para facilitar a colocação do paciente. Para que a fixação seja uniforme devem existir de 3 a 4 cintos para fixação do tronco e membros e de um imobilizador especial para a cabeça ( Head Block ) visando evitar a movimentação lateral durante o transporte. Improvisação de prancha longa: Porta, tábuas e etc

� Rolamento de 90º Indicado para as vitimas em decúbito dorsal.

� Rolamento de 180º

Indicado para as vitimas em decúbito ventral.

� Elevação a cavaleiro Indicado para as vitimas encontradas em decúbito dorsal nas quais não é possível se posicionar ao seu redor.

� Tracionamento com Corda

Manobra desenvolvida para retirar, sem equipamento, rapidamente a vitima de um acidente automobilístico, não encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua coluna. É indicado quando existe risco iminente de vida para a vitima.

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Indicado nas situações onde o socorrista não pode se posicionar ao redor da vitima. Exemplos: Atropelamento com a vitima em baixo do veiculo.

KED ( Dispositivo de Kendrick Extrication )

Dispositivo imobilizador de toda a coluna. O KED é um colete que é aplicado ao dorso do paciente e possui duas abas laterais para a estabilização da cabeça e do tronco. O tronco do paciente e é fixado ao dispositivo através de cintos coloridos, a cabeça e o pescoço são fixados através de uma tira mentoniana e uma tira frontal.

SOCORRO A QUEIMADURAS

Queimaduras são lesões da pele, provocadas por agentes térmicos, elétricos, químicos ou radioativos, que

causam dores fortes e podem levar a infecções. Classificação das Queimaduras

As Queimaduras podem ser classificadas quanto ao:

1. Agente Causador 2. Grau 3. Extensão

1. Queimaduras quanto ao agente causador: FÍSICOS: Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama... Eletricidade: corrente elétrica, raios... Radiação: sol, aparelhos de raio X, raios ultra-violetas, energia nuclear... QUÍMICOS: Produtos Químicos: ácidos, álcool, gasolina... BIOLÓGICOS: Animais: lagarta, água – viva... Vegetais: urtiga, látex de algumas plantas... 2. Queimaduras quanto ao grau

Queimaduras de 1º grau - vermelhidão (lesões de camadas superficiais da pele)

Queimaduras de 2º grau - vermelhidão e bolhas (lesões de camadas mais profundas da pele)

Queimaduras de 3º grau - destruição de tecidos (lesões de todas as camadas da pele, comprometimento dos tecidos mais profundos e nervos)

3. Queimaduras quanto a Extensão

Baixa: Menos de 15% da Superfície Corporal atingida

Média: Entre 15% e 40 % da Superfície Corporal

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Alta : Mais de 40% do Corpo queimado

� O Importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau, mas sim a extensão da pele queimada, ou seja, a área corporal atingida.

� A Inalação da fumaça é a principal causa de morte precoce e posteriormente a infecção.

REGRA DOS NOVE

Localização

As queimaduras nas mãos, pés, face, olhos e períneo, são consideradas lesões graves. Conduta

1. Afastar a vitima da origem da queimadura. 2. Sempre utilizar o E.P.I 3. Resfriar a lesão com água em temperatura ambiente. 4. Não aplicar gelo no local, pois causa vasoconstricção e a diminuição da irrigação sanguínea. 5. Proteger o paciente com lençóis limpos ou cobertores. 6. Remover jóias e vestes da vitima para evitar constricção com o aparecimento de um edema ( inchaço) caso

eles não se encontrem grudados no corpo. 7. Nunca utilizar remédios caseiros como manteiga, café, pasta de dente ou pomadas, pois estas substâncias

podem agravar a lesão, promover a infecção e dificultar a avaliação médica. 8. Não estourar as bolhas até chegar ao hospital. 9. Priorizar a manutenção das vias aéreas, respiração e circulação. 10. Administrar oxigênio em altas concentrações devido ao risco de intoxicação pelo monóxido de carbono. 11. Avaliar a superfície corporal queimada através da regra dos 9. 12. Transportar o mais rápido possível a vítima para o hospital.

Adultos

9%

9%

18%

36%

Cabeça = 9% Região Genital = 1% Braços ( cada ) = 9% Pernas ( cada ) = 18% Tórax = 36% Logo; antebraço = 4,5% braço = 4,5% coxa =9% perna = 9% só as costas = 18% só o peito = 18%

1%

9%

18%

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CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS

APOSTILA DE CHEFIA E LIDERANÇA

INSTRUTORA – CAP BM ELIANE CRISTINE 1 - LIDERANÇA 1.1 - CONCEITOS: O significado etimológico do vocábulo líder (Leader) em língua inglesa significa “pessoa que vai a frente para guiar ou mostrar o caminho, ou que precede ou dirige qualquer ação, opinião ou movimento”. A liderança é a capacidade de influenciar outras pessoas em torno de uma causa ou idéia. Segundo James Hunter (2005), “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos como sendo para o bem comum”. 1.2 - TIPOS DE LIDERANÇA

• DEMOCRÁTICA – O líder valoriza as contribuições de cada integrante do grupo, e obtêm o comprometimento através da participação.

• CARISMÁTICA – É o líder que possui o “dom natural” de influenciar pessoas. • VISIONÁRIA – O líder conduz as pessoas rumo a sonhos compartilhados. • SERVIDORA – O líder satisfaz as necessidades do grupo e não as vontades.

1.3 - QUALIDADES DE LIDERANÇA

• Servir; • Comprometimento; • Integridade; • Entusiasmo; • Imparcialidade; • Firmeza; • Zelo; • Confiança; • Humildade; • Visão; • Coragem; • Inteligência; • Auto-controle, etc.

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2 – CHEFIA 2.1 - CONCEITO – É aquele que tem a tarefa de fazer funcionar o grupo, ou de tomar deliberações e incorporá-las e ordens e instruções gerais e especificas. É assumir a responsabilidade do resultado final da atividade de várias pessoas que operam em conjunto. A Chefia Militar “É a arte de influenciar e conduzir homens a um determinado objetivo, obtendo sua obediência, confiança, respeito e leal cooperação”. 2.2 - PRINCÍPIOS DA CHEFIA

• Conhecer sua profissão; • Buscar conhecimento e aperfeiçoamento; • Conhecer o grupo e zelar pelo seu bem estar; • Manter o grupo bem informado; • Dar o exemplo; • Verificar se a ordem foi bem compreendida, fiscalizada e executada; • Treinar seus homens como uma equipe; • Assumir a responsabilidade dos seus atos; e • Decidir com equilíbrio e conhecimento de causa.

2.3 – CARACTERÍSTICAS DO CHEFE

• Senso de julgamento; • Boa apresentação; • Espírito de decisão; • Sentimento do dever; • Bom humor; • Energia; • Iniciativa; • Inteligência; • Integridade; • Auto-controle, etc.

3 – PODER E AUTORIDADE Conceitos segundo Max Weber “Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade em função de sua posição ou força, mesmo que a pessoa prefira não fazer”. “Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal”.

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CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS

APOSTILA COMBATE A INCÊNDIO

AGENTES EXTINTORES

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Agentes extintores são produtos químicos usados na prevenção e extinção de incêndios e na prevenção ou supressão de explosões. Habitualmente são utilizados através de equipamentos especializados móveis ou fixos, com a finalidade de projetar os mesmos contra o fogo ou no ambiente a fim de prevenir, combater ou suprimir incêndios ou explosões.

Nesta seção serão estudados os agentes extintores nas suas propriedades, características de extinção, riscos à pessoa humana, maneira de empregá-los e os aditivos que existem para melhorar, ampliar ou facilitar sua utilização ou função extintora.

Os agentes extinguem o fogo física ou quimicamente, podendo também às vezes; combinar estas duas ações. São armazenados e utilizados nos estados: sólido, líquido ou gasoso. Existem aqueles que executam a extinção nos estados líquido e gasoso, outros são aplicados líquidos, entretanto sua ação só é efetivada quando no estado gasoso, ou vaporizado. Os sólidos, mesmo atuando neste estado, geralmente recebem tratamentos para que se comportem como fluídos com a finalidade de serem empregados através dos equipamentos e instalações de combate ao fogo.

Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados para a prevenção, combate ou supressão de incêndio ou explosão, são os seguintes:

a) Água; b) Espuma; c) Dióxido de carbono e ; d) Pós químicos.

APARELHOS EXTINTORES DE INCÊNDIO

São equipamentos fundamentais para o estágio inicial das ações de combate a incêndio. Aparelho Extintor Tipo Água Extintor de Incêndio Portátil de Água-gás (AG) Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Esguicho 3) Alça para transporte 4) Recipiente 5) Tubo sifão 6) Cilindro de gás propelente Capacidade: 10 litros Alcance médio do jato: 10 m

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Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário, pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho rapidamente (caso exista), a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão interior do aparelho. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal. Extintor de Incêndio Portátil de Água-Pressurizada (AP) Dados Técnicos 1) Mangueira c/ Esguicho 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Manômetro Capacidade: 10 litros Alcance médio do jato: 10 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal. Aparelho Extintor Tipo Espuma Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Química O gás propelente é o próprio CO2 resultante da reação química dentro do aparelho no momento de sua utilização. Dados Técnicos 1) Tampa que serve como alça de transporte 2) Esguicho 3) Recipiente Interno (Sulfato de Alumínio) 4) Recipiente Externo (Bicarbonato de sódio, Água e Alcaçuz) Capacidade: Produz ± 65 litros de Espuma Alcance médio do jato: 10 metros Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.

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Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Inverta o Extintor (vire-o de "cabeça para baixo"), provocando assim a mistura das soluções que produzirá espuma. A fim de confirma o agente extintor Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros). Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento e procure formar uma camada de espuma cobrindo toda a superfície em chamas, caso a espuma não seja expelida, verificar se há obstrução no esguicho, persistindo o entupimento, afaste o aparelho, pois existirá risco de explosão mecânica. Obs.: O aparelho portátil de espuma química bem como a carreta de espuma química são equipamentos que começaram a ficar em desuso desde 1990. Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Mecânica Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Manômetro 8) Esguicho Aerador Capacidade: Produz ± 80 litros de espuma Alcance médio do jato: 5 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espuma cobrindo a base das chamas. Aparelho Extintor Tipo CO2 Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Punho 8) Difusor Capacidade: 4, 6 e 8 quilogramas Alcance médio do jato: 3 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe o punho, aponte o difusor para baixo e aperte o gatilho rapidamente para confirmar o agente extintor.

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Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (4 m). Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento. Aparelho Extintor tipo Pó químico Seco (PQS) Extintor de Incêndio Portátil de PQS a Pressurizar Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Recipiente 5) Tubo Sifão 6) Tubo de pressurização 7) Cilindro de gás propelente (ampola externa) , Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas Alcance médio do jato: 6 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário, pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho, rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão no interior do aparelho. Transporte o aparelho até próximo do local sinistrado (6 metros). Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento. Extintor de Incêndio Portátil de PQS Pressurizado O gás propelente está acondicionado junto com a carga extintora, mantendo o aparelho pressurizado permanentemente. Dados Técnicos 1) Mangueira com esguicho 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Manômetro Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas Alcance médio do jato: 6 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento.

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DECRETO Nº 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976

REGULAMENTA o Decreto-lei nº 247, de 21-7-75, qu e dispõe sobre segurança contra incêndio e pânico.

CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

CAPITULO III

Da classificação das Edificações

(*) Art. 9º - Quanto à determinação de medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, as edificações serão assim classificadas:

I - Residencial

a) Privativa (unifamiliar e multifamiliar);

b) Coletiva ( pensionatos, asilos, internatos e congêneres);

c) Transitória ( hotéis, motéis e congêneres);

II - Comercial (mercantil e escritório);

III - Industrial;

IV - Mista (residencial e comercial);

V - Pública (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congêneres);

VI - Escolar;

VII - Hospitalar e Laboratorial;

VIII - Garagem (edifícios, galpões e terminais rodoviários);

IX - De Reunião de Público (cinemas, teatros, igrejas, auditórios, salões de exposição, estádios, boates, clubes, circos, centros de convenções, restaurantes e congêneres);

X - De Usos Especiais Diversos (depósitos de explosivos, de munições e de inflamáveis, arquivos, museus e similares).

(*) O art. 9º teve sua redação alterada pelo Decre to nº 13.004, de 08 de junho de 1989, que foi considerado nulo pelo Decreto nº 17.653, de 23 de junho de 1992 e com isto a sua redação original foi mantida.

CAPITULO IV

Dos Dispositivos

Art. 10 - Os dispositivos preventivos fixos serão exigidos de acordo com a classificação das edificações e previstos neste Capitulo.

Art. 11 - As edificações residências privativas unifamiliares e multifamiliares, exceto as transitórias, deverão atender às exigências dos incisos deste artigo:

I - A edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 900m2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;

II - Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 900m2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;

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III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos serão exigida Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;

IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X;

V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no art. 229 deste Código.

(*) Parágrafo único - Quando se tratar de edificações residenciais multifamiliares, consideradas de interesse social, para as quais a respectiva Legislação Municipal de Obras dispensar, expressamente, a instalação de elevadores, serão as referidas edificações isentas da escada enclausurada de que trata o Capítulo XIX do Decreto nº 897, de 21.9.76.

(*) Já com a redação dada pelo Decreto nº 11.682, de 09 de agôsto de 1988, que alterou o Decreto nº 5.928, de 18 de agôsto de 1982

Art. 12 - As edificações residências transitórias e coletivas; hospitalares e laboratoriais deverão atender às seguintes exigências:

I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;

II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior a 900m2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;

III - Para a edificação com mais de 2 (dois) pavimentos, cuja altura seja até 12m (doze metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;

IV - Para a edificação cuja altura exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, e sistema elétrico ou eletrónico de emergência previsto no art. 195 deste Código;

V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no art. 229 deste Código.

Art. 13 - Os agrupamentos de edificações residências unifamiliares e as vilas estarão sujeitos às exigências dos incisos abaixo:

I - Com número de lotes ou casas até 6 (seis), são isentos de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;

II - Com número de lotes ou casas superior a 6 (seis), será exigida a colocação de hidrantes, conforme o Capitulo V;

Art. 14 - Os agrupamentos de edificações residências multifamiliares deverão atender às exigências dos seguintes incisos;

I - Além do estabelecido nos incisos de I a V do art. 11, serão exigidos tantos hidrantes quantos necessários, conforme o Capitulo V;

II - O sistema convencional de alimentação da Canalização Preventiva Contra Incêndio de cada prédio poderá ser substituído pelo Castelo d’água previsto no Capitulo IX.

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Art. 15 - As edificações mistas, publicas, comerciais, industriais e escolares atenderão às exigências deste artigo:

I - I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;

II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior a 900m2 (novecentos metros quadrados), bem como para todas as de 3 (três) pavimentos, será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;

III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos, cuja altura seja até 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;

IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;

V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no art. 229 deste Código.

VI - O galpão com área total construída igual ou superior a 1.500m2 (um mil e quinhentos metros quadrados) será dotado de Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante) prevista no Capítulo VII.

Parágrafo único - Quando se tratar de edificação industrial ou destinada a grande estabelecimento comercial a exigência da Canalização Preventiva Contra Incêndio será substituída pela Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante). Nessas edificações, a critério do Corpo de Bombeiros, segundo o grau de periculosidade, a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” poderá ser exigida.

Art. 16 - Para as garagens e edifícios, galpões e terminais rodoviários, obedecer-se-á ao seguinte:

I - Para edificio-garagem serão formuladas as exigências constastes do Capítulo VIII;

II - Para galpão-garagem com área total construída inferior a 1.500m2 (um mil e quinhentos metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio prevista no Capítulo VII;

III - Para galpão-garagem com área total construída igual ou superior a 1.500m2 (um mil e quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo VII;

IV - Para terminal rodoviário com área total construída inferior a 1.500m2 (um mil e quinhentos metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio prevista no Capítulo VII;

V - Para terminal rodoviário com área total construída igual ou superior a 1.500m2 (um mil e quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo VII;

VI - O terminal rodoviário com 2 (dois) ou mais pavimentos ficará sujeito às exigências previstas no Capítulo VII, onde couber, e outras medidas julgadas necessários pelo Corpo de Bombeiros.

Art. 17 - Para as edificações de reunião de publico e de usos especais diversos, conforme o caso, será exigido o previsto no art. 11 e no Capítulo XII, bem como outras medidas julgadas necessárias pelo Corpo de Bombeiros.

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Art. 18 - Para o cumprimento das exigências previstas neste Código, os pavimentos de uso comum, sobrelojas, pavimentos para estacionamentos, pavimento de acesso e subsolo serão computados como pavimentos em qualquer edificação.

Art. 19 - Para as edificações localizadas em encostas, possuindo ou não entradas em níveis diferentes, com 4 (quatro) ou mais pavimentos no somatório, serão exigidas portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no Capítulo XIX.

CAPÍTULO V

Da Instalação de Hidrantes Urbanos

Art. 20 - Será exigida a instalação de hidrantes nos casos de loteamentos, agrupamentos de edificações residenciais unifamiliares com mais de 6 (seis) casas, vilas com mais de 6 (seis) casas ou lotes, agrupamentos residenciais multifamiliares e de grandes estabelecimentos.

Art. 21 - Os hidrantes serão assinalados na planta de situação, exigindo-se um numero que será determinado de acordo com a área a ser urbanizada ou com a extensão do estabelecimento, obedecendo-se ao critério de 1 (um) hidrante do tipo coluna, no máximo, para a distância útil de 90m (noventa metros) do eixo da fachada de cada edificação ou eixo da fachada de cada edificação ou de eixo de cada lote.

Art. 22 - A critério do Corpo de Bombeiros, poderá ser exigido o hidrante nas áreas de grande estabelecimentos.

Art. 23 - Nos logradouros públicos a instalação de hidrantes compete ao órgão que opera e mantém o sistema de abastecimento d’água da localidade.

Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros, através de suas Seção e Subseções de Hidrantes, fará, anualmente junto a cada órgão de que trata este artigo, a previsão de hidrantes a serem instalados no ano seguintes.

CAPÍTULO VI

Da Canalização Preventiva

Art. 24 - O projeto e a instalação da Canalização Preventiva Contra Incêndio deverão ser executados obedecendo-se ao especificado neste Capítulo.

Art. 25 - São exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou baixo, ambos com capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e Edificações de cada Município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio (fig. 4), assim calculada:

I - Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros);

II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros), acrescido de 500 l (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro);

III - Quando não houver caixa d’água superior em face de outro sistema de abastecimento aceito pelo Corpo de Bombeiros, o reservatório do sistema terá, no mínimo, a capacidade determinada pelo regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida da reserva técnica estabelecida nos incisos anteriores.

Art. 26 - A canalização preventiva de ferro, resistente a uma pressão mínima de 18kg/cm2 (dezoito quilos por centímetro quadrado) e diâmetro mínimo de 63mm (2 1/2”), sairá do fundo do reservatório superior, abaixo do qual será dotada de uma válvula de retenção e de um registro, atravessando verticalmente todos os pavimentos, com ramificações para todas as caixas de incêndios e terminando no registro de passeio (hidrante de recalque - fig. 4).

Art. 27 - A pressão d’agua exigida em qualquer dos hidrantes será, no mínimo, de 1kg/cm2

(um quilo por centímetro quadrado), e, no máximo, de 4kg/cm2 (quatro quilos por centímetro quadrado).

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Parágrafo único - Para atender à pressão mínima exigida no presente artigo, admite-se a instalação de bomba elétrica, de partida automática, com ligação de alimentação independente da rede elétrica geral.

Art . 28 - Os abrigos terão forma paralelepidical com as dimensões mínimas de 70cm (setenta centímetros) de altura, 50cm (cinqüenta centímetros) de largura e 25cm (vinte e cinco centímetros) de profundidade; porta com vidro de 3mm (três milímetros), com inscrição INCÊNDIO, em letras vermelhas com o traço de 1cm (um centimetro), em moldura de 7cm (sete centímetros) de largura; registro de gaveta de 63mm (2 1/2”) de diâmetro, com junta “STORZ” de 63mm (2 1/2”), com redução para 38mm (1 1/2”) de diâmetro, onde será estabelecida a linha de mangueiras (Fig. 5 e 6).

Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, com o máximo de 2 (duas) seções permanentemente unidas com juntas “STORZ”, prontas para uso imediato, serão dotadas de esguichos com requinte de 13mm (1/2”) - (Fig. 7), ou de jato regulavel, a critério do Corpo de Bombeiros.

Art. 29 - As mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) de diâmetro interno, flexíveis, de fibra resistente à umidade, revestidas internamente de borracha, capazes de resistir à pressão mínima de teste de 20kg/cm2 (vinte quilos por centimetro quadrado), dotadas de junta “STORZ” e com seções de 15m (quinze metros de comprimento.

Art. 30 - O registro de passeio (hidrante de recalque) será do tipo gaveta, com 63mm (2 1/2”) de diâmetro, dotado de rosca macho, de acordo com a norma P-EB-669 da ABTN (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e adaptador para junta “STORZ” de 63mm (2 1/2”), com tampão protegido por uma caixa com tampa metálica medindo 30cm (trinta centímetros) X 40cm (quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de 40cm (quarenta centímetros), não podendo a borda do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze centímetros) da borda da caixa (Figs. 8 e 9).

Art. 31 - O numero de hidrantes será calculado de tal forma que a distancia sem obstáculos, entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger seja de, no máximo, 30m (trinta metros).

Seção I

Dos Reservatórios

Art. 33 - O abastecimento da Rede Preventiva será feito, de preferência pelo reservatório elevado, admitindo-se, porem, o reservatório subterrâneo ou baixo, facilmente utilizável pelas bombas do Corpo de Bombeiros, em substituição só primeiro.

Art. 34 - A distribuição será feita por gravidade, no caso do reservatório elevado e, pro conjunto de bombas de partida automática, no caso do reservatório subterrâneo ou baixo (Figs. 10, 11 e 12).

Art. 35 - No caso de reservatório elevado, serão instalados uma válvula de retenção e um registro, junto à saída da Rede Preventiva e, no caso de reservatório subterrâneo ou baixo , junto ao recalque das bombas. (Fig. 4 e 13).

Art. 36 - Deverá ser usado para incêndio o mesmo reservatório destinado ao consumo normal, assegurando-se a reserva técnica para incêndio (Fig. 13), prevista nesta Seção.

Art. 37 - A reserva técnica mínima para incêndio será assegurada mediante diferença de nível entre saídas da Rede Preventiva e as da distribuição geral ( água fria).

Art. 38 - O reservatório (elevado e subterrâneo ou baixo) terá capacidade determinada pelo Regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida, no mínimo, da reserva técnica de incêndio de 30.000 l (trinta mil litros).

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Art. 39 - A capacidade mínima da instalação deve ser tal que permita o funcionamento simultâneo de 2 (dois) hidrantes, com uma vazão total de 1.000 l (um mil litros) por minuto, durante 30 (trinta) minutos, à pressão de 4 kg/cm2 (quatro quilos por centimetro quadrado).

Parágrafo único - A capacidade da instalação será aumentada se o risco de incêndio a proteger assim exigir.

Art. 40 - A altura do reservatório elevado ou a capacidade das bombas deverá atender à vazão e à pressão exigidas no artigo anterior.

Seção II

Dos Conjuntos de Bombas

Art. 41 - Se o abastecimento da Rede Preventiva for feito pelo reservatório subterrâneo ou baixo, este apresentará conjunto de bombas de acionamento independente e automático, de modo a manter a pressão constante e permanente na rede.

Art. 42 - As bombas serão acoplamento direto, sem interposição de correias ou correntes, capazes de assegurar instalação, pressão e vazão exigidas.

Art. 43 - Haverá sempre dois sistemas de alimentação, um elétrico e outro à explosão, podendo ser este ultimo substituído por gerador próprio. (Figs. 10, 11 e 12).

Art. 44 - As bombas elétricas terão instalação independente da rede elétrica geral.

Art. 45 - As bombas serão de partida automática e dotadas de dispositivo de alarme que denuncie o seu funcionamento.

Art. 46 - Quando as bombas não estiverem situadas abaixo do nível da tomada d’agua (afogada) será obrigatório um dispositivo de escorva automático.

Seção III

Da Canalização

Art. 47 - O diâmetro interno mínimo da Rede Preventiva será de 75mm (3”), em tubos de ferro fundido ou de aço galvanizado, que satisfaçam às especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Art. 48 - Os hidrantes terão suas saídas com adaptação para junta” “STORZ”, de 63mm (2 1/2”) ou 38mm (1 1/2”), de acordo com o diâmetro da mangueira exigida.

Art. 49 - Os hidrantes serão assinalados nas plantas, obedecendo aos seguintes critérios:

I - Em pontos externos, próximos às entradas e, quando afastados dos prédios, nas vias de acesso, sempre visíveis.

II - A altura do registro do hidrante será, no mínimo, de 1m (um metro) e no máximo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) do piso.

III - O numero de hidrantes será determinado segundo a extensão da área a proteger, de modo que qualquer ponto do risco seja, simultaneamente, alcançado por duas linhas de mangueiras de hidrantes distintos. O comprimento das linhas de mangueiras não poderão ultrapassar a 30m (trinta metros), o que será calculado medindo-se a distancia do percurso do hidrante ao ponto mais distante a proteger.

IV - As linhas de mangueiras, com um máximo de 2 (duas) seções, permanentemente unidas por junta “STORZ” prontas para uso imediato, serão dotadas de esguichos com requinte ou de jato regulavel, a critério do Corpo de Bombeiros.

V - Os hidrantes serão pintados em vermelho de forma a serem localizados facilmente.

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VI - Os hidrantes serão dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, fiquem bloqueados pelo fogo.

VII - Os hidrantes poderão ficar no interior do abrigo das mangueiras ou externamente ao lado deste.

VIII - Os abrigos serão pintados em vermelho, terão ventilação permanente e o fechamento da porta será através de trinco ou fechadura, sendo obrigatório que uma das chaves permaneça junto ao abrigo, ou em seu interior desde que haja uma viseira de material transparente e facilmente violável.

Seção IV

Do Hidrante de Passeio (Hidrante de Recalque)

Art. 50 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) será localizado junto à via de acesso de viaturas, sobre o passeio e afastado dos prédios, de modo que possa ser operado com facilidade.

Art. 51 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) terá registro tipo gaveta, com 63mm (2 1/2”) de diâmetro e seu orifício externo disporá de junta “STORZ”, à qual se adaptara um tampão, ficando protegido por uma caixa metálica com tampa de 30cm (trinta centímetros) X 40cm (quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de 40cm (quarenta centímetros), não podendo o rebordo do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze centímetros) da borda da caixa.

Seção V

Das Linhas de Mangueira

Art. 52 - O comprimento das linhas de mangueira e o diâmetro dos requintes serão determinados de acordo com a seguinte tabela:

LINHAS DE MANGUEIRA REQUINTES

Comprimento máximo Diâmetro Diâmetro

30m (trinta metros) 38mm (1 1/2”) 13mm (1/2”)

30m (trinta metros) 63mm (2 1/2”) 19mm (3/4”)

Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, de que trata a presente Seção, poderão ser dotadas de esguicho de jato regulável, em substituição ao esguicho com requinte, a critério do Corpo de Bombeiros.

Art. 53 - As mangueiras e outros petrechos serão guardados em abrigos, junto ao respectivo hidrante, de maneira a facilitar o seu uso imediato.

Art. 54 - As mangueiras, outros petrechos e os hidrantes poderão ser acondicionados dentro do mesmo abrigo de medidas variáveis, desde que ofereçam possibilidade de qualquer manobra e de rápida utilização.

Art. 55 - as mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) ou de 63mm (2 1/2”) de diâmetro interno, flexiveis, de fibra resistente à umidade, revfestida internamente de borracha, capazes de suportar a pressão mínima de teste de 20 kg/cm2 (vinte quilos por centímetro quadrado), dotados de junta “STORZ” e com seção de 15m (quinze metros) de comprimento.

CAPÍTULO IX

Da Canalização Preventiva nos Agrupamentos de Edifi cações Residenciais

Multifamiliares

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Art. 70 - Nos agrupamentos de edificações residências multifamiliares (conjuntos residências), admite-se a supressão da caixa d’agua superior de cada bloco, prevista no Capítulo VI, desde que a canalização preventiva seja alimentada por Castelo d’agua, na forma estabelecida neste Capítulo.

Art. 71 - O castelo d’agua terá uma reserva técnica de incêndio de, no mínimo, 6.000 l (seis mil litros), acrescida de 200 l (duzentos litros) por hidrante exigido para todo o conjunto.

Art. 72 - O castelo d’agua terá o volume determinado pelo Regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescido da reserva técnica de incêndio prevista no artigo anterior.

Art. 73 - O distribuidor das canalizações preventivas dos blocos será em tubo de ferro fundido ou de aço galvanizado que satisfaça às especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com 75mm (3’’) de diâmetro, no mínimo, saindo do fundo do castelo d’água, abaixo do qual será dotado, o tubo, de válvula de retenção e registro geral (Fig. 15).

Art. 74 - Na frente de cada bloco, o distribuidor deixará uma canalização de 63cm (2 1/2’’) de diâmetro mínimo, dotado de hidrante de passeio, e atrevessara todos os pavimentos alimentadando as caixas de incêndios (Fig. 17).

Parágrafo único - Nessa canalização será instalada uma válvula de retenção com a finalidade de impedir, em caso de recalque para os hidrantes, o abastecimento do castelo d’água por meio dessa canalização (Fig. 14).

Art. 75 - A canalização preventiva de cada bloco terá as mesmas características das Canalizações Preventivas Contra Incêndio, constantes do Capítulo VI.

CAPÍTULO X

Da Instalação da Rede de Chuveiros Automáticos

Art. 76 - O projeto e a instalação de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” serão executados obedecendo às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Art. 77 - O projeto e a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, serão de inteira responsabilidade das respectivas firmas executantes.

Art. 78 - A instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” somente poderá ser executado depois de aprovado o respectivo projeto pelo Corpo de Bombeiros.

Art. 79 - Os projetos e instalações de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” somente serão aceitos pelo Corpo de Bombeiros, mediante a apresentação de Certificado de Responsabilidade emitido pela firma responsável.

Art. 80 - O Corpo de Bombeiros exigirá a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, obedecendo aos seguintes requisitos:

I - Em edificação residencial privativa multifamiliar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklkers”, com bicos de saídas nas partes de uso comum a todos os pavimentos, nos subsolos e nas áreas de estacionamento, exceto nas áreas abertas dos pavimentos de uso comum.

II - Em edificação residencial coletiva e transitória, hospitalar ou laboratorial, cuja altura exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro público ou de via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, com bicos de saída em todos os compartimentos das áreas localizadas acima da altura prevista, bem como em outras dependências que, a juízo do Corpo de Bombeiros, exijam essa instalação, mesmo abaixo da citada altura.

III - Em edificação mista pública ou escolar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros

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automáticos do tipo “Sprinklers”, com bicos de saídas em todas as partes de uso comum e nas áreas comerciais, industriais e de estacionamentos, mesmo abaixo da citada altura.

IV - em edificação comercial ou industrial, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, com bicos de saídas em todas as partes de uso comum e nas áreas comerciais, industriais e de estacionamento, mesmo abaixo da citada altura.

V - A critério do Corpo de Bombeiros, em edificação ou galpão industrial,comercial ou de usos especiais deversos, de acordo com a periculosidade, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”.

VI - Em edificação com altura superior a 12m (doze metros) situada em terreno onde não seja possível o acesso e o estabelecimento de um auto-escada mecânica, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos tipo “Sprinklers” com bicos de saídas nos locais determinados nos incisos I, II, III, IV e V deste artigo.

VII - Nos prédios cuja arquitetura, pela forma ou disposição dos pavimentos impeça o alcance máximo de um auto-escada mecânica, a altura, a partir da qual deverá ser exigida a instalação de rede de chuveiros automárticos do tipo “Sprinklers”, será determinada pelo Corpo de Bombeiros.

CAPÍTULO XI

Dos Extintores Portáteis e Sobre-Rodas

Art. 81 - A critério do Corpo de Bombeiros, os imóveis ou estabelecimentos, mesmo dotados de outros sistemas de prevenção, serão providos de extintores. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe de incêndio a extinguir.

Seção I

Das classes de Incêndio

Art. 82 - Para o cumprimento das disposições contidas neste Código, será adotada a seguinte classificação de incêndio, segundo o material a proteger:

I - Classe “A” - Fogo em materiais comuns de fácil combustão (madeira, pano, lixo e similares);

II - Classe “B” - Fogo em líquidos inflamáveis, óleos, graxas, vernizes e similares;

III - Classe “C” - Fogo em equipamento elétricos energizados (motores, aparelhos de ar condicionado, televisores, rádios e similares);

IV - Classe “D” - Fogo em metais piróforos e suas ligas (magnésio, potássio,alumínio e outros).

Seção III

Da Quantidade de Extintores

Art. 84 - A quantidade de extintores será determinada no Laudo de Exigências, obedecendo, em princípio, à seguinte tabela:

Risco Área Máxima a ser Protegida por Unidade

Unidade Extintora

Distância Máximapara o Alcance do Operador

Pequeno 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados)

20m (vinte metros)

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Médio 150m² (cento e cinqüenta metros quadrados)

15m (quinze metros)

Grande 100m² (cem metros quadrados) 10m (dez metros)

Seção IV

Da Localização e Sinalização dos Extintores

Art. 85 - A localização dos extintores obedecerá aos seguintes princípios:

I - A probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso deve ser a mínima possível;

II - Boa visibilidade, para que os possíveis operadores fiquem familiarizados com a sua localização;

III - Os extintores portáteis deverão ser fixados de maneira que nenhuma de suas partes fique acima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) do piso;

IV - A sua localização não será permitida nas escadas e antecâmaras das escadas;

V - Os extintores sobre-rodas deverão sempre ter livre acesso a qualquer ponto da área a proteger;

VI - Nas instalações industriais, depósitos, galpões, oficinas e similares, os locais onde os extintores forem colocados serão sinalizados por círculos ou setas vermelhas. A área de 1m² (um metro quadrado) do piso localizada abaixo do extintor será também pintada em vermelho e, em hipótese alguma, poderá ser ocupada.

Art. 86 - Somente serão aceitos os extintores que possuírem o selo de Marca de Conformidade da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), seja de Vistoria ou de Inspecionado, respeitadas as datas de vigência.

CAPÍTULO XII

Dos Estabelecimentos e Edificações

de Reunião de Público

Seção I

Generalidades

Art. 87 - São estabelecimentos e edificações de reunião de público:

I - Estádios;

II - Auditórios;

III - Ginásios esportivos;

IV - Clubes sociais;

V - Boates;

VI - Salões diversos;

VII - Teatros;

VIII - Cinemas;

IX - Parques de diversões;

X - Circos;

IX - Outros similares.

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Art. 88 - Para construção de edificações de reunião de público e de instalação de estabelecimentos constantes do artigo anterior, de caráter transitório ou não, é obrigatória a apresentação de plantas ao Corpo de Bombeiros, para que sejam determinadas medidas preventivas contra incêndio e pânico.

Parágrafo único - Somente com o Certificado de Aprovação fornecido pelo Corpo de Bombeiros, essas edificações ou estabelecimentos poderão receber o “Habite-se” de aceitação da obra ou o Alvará de funcionamento.

Art. 89 - Espetáculos em teatros, circos ou outros locais de grandes concentração de público, a critério do Corpo de Bombeiros, somente poderão ser realizados com a presença de guarda de bombeiro-militar mediante a solicitação obrigatória do interessado ou responsável, com um mínimo de 15 (quinze) dias de antecedência.

Art. 90 - As saídas dos locais de reunião devem se comunicar de preferência, diretamente, com a via pública.

Art. 91 - As saídas de emergência podem dar para corredores, galerias ou pátios, desde que se comuniquem diretamente com a via pública.

Art. 92 - Os teatros, cinemas, auditórios, boates e salões diversos terão os seguintes dispositivos contra incêndio e pânico;

I - Dispositivos Preventivos Fixos: determinados de acordo com a área e a localização, no interior ou fora do corpo da edificação, conforme o disposto no Capítulo IV;

II - Extintores Portáteis e Sobre-Rodas cuja quantidade, capacidade e localização será determinada de acordo com o exposto no Capítulo XI;

III - Sistemas Preventivos de Caráter Estrutural, instalação e montagem, conforme as seguintes prescrições:

a) todas as peças de decoração (tapetes, cortinas e outras), assim como cenários e outras montagens transitórias, deverão ser incombustíveis ou tratadas com produtos retardantes à ação do fogo;

b) os sistemas de refrigeração e calefação serão cuidadosamente instalados, não sendo permitido o emprego de material de fácil combustão;

c) todas as portas serão dotadas de ferragens do tipo antipânico, previstas no Capítulo XIX, deverão abrir de dentro para fora e ser encimadas com os anúncios SAÍDA, em luz suave e verde, e É PROIBIDO FUMAR, em luz vermelha, legíveis à distância, mesmo quando se apagarem as luzes da platéia;

d) quando o escoamento de público, de local de reunião, se fizer através de corredores ou galerias, estes possuirão uma largura constante até o alinhamento do logradouro, igual à soma das larguras das portas que, para eles, se abrirem;

e) as circulações, em um mesmo nível, dos locais de reunião até 500m², (quinhentos metros quadrados), terão largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros). Ultrapassada esta área, haverá um acréscimo de 5cm (cinco centímetros) na largura por metro quadrado excedente;

f) nas edificações destinadas a locais de reunião de público, o dimensionamento da largura das escadas deverá atender ao fluxo de circulação de cada nível contíguo superior, de maneira que, no nível das saídas para o logradouro, a escada tenha sempre a largura correspondente à soma dos fluxos de todos os níveis;

g) as escadas de acesso aos locais de reunião de público deverão atender aos seguintes requisitos:

1) ter largura mínima de 2m (dois metros) para a lotação até 200m (duzentas) pessoas. Acima deste limite, será exigido o acréscimo de 1m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas.

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2) o lanço externo que se comunicar com a saída deverá estar sempre orientado na direção desta;

3) os degraus terão altura máxima de 18,5cm (dezoito centímetros e meio), profundidade mínima de 25cm (vinte e cinco centímetros) e serão dotados de espelho;

4) as escadas não poderão ter seus degraus balanceados, ensejando a formação de “leques”;

h) as folhas das portas de saídas dos locais de reunião, bem como das bilheterias, se houver, não poderão abrir diretamente sobre o passeio do logradouro;

i) entre as filas de cadeiras de uma série, deverá existir um espaço mínimo de 90 cm (noventa centímetros), de encosto a encosto e, entre as séries de cadeiras, deverá existir espaço livre de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura;

j) o número máximo de assentos por fila será de 15 (quinze) e por coluna de 20 (vinte), constituindo séries de 300 (trezentos) assentos no máximo;

l) não serão permitidas séries de assentos que terminem junto às paredes, devendo ser mantido um espaço de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura;

m) para o público haverá sempre, no mínimo, uma porta de entrada e de saída do recinto, situadas em pontos distantes, de modo a não haver sobreposição de fluxo, com largura mínima de2m (dois metros). A soma das larguras de todas as portas equivalerá a uma largura total correspondente a 1m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas;

n) os locais de espera terão área equivalente, no mínimo, a 1m² (um metro quadrado) para cada 8 (oito) pessoas;

o) nos teatros, cinemas e salões, é terminantemente proibido guardar ou armazenar material inflamável ou de fácil combustão, tais como cenários em desuso, sarrafos de madeira, papéis, tinta e outros, sendo admitido, única e exclusivamente, o indispensável ao espetáculo;

p) quando a lotação exceder de 5.000 (cinco mil) lugares, serão exigidas rampas para escoamento do público;

q) o guarda-corpo terá a altura mínima de 1m (um metro);

r) nos cinemas, a cabine de projeção estará separada de todos os recintos adjacentes por meio de portas corta-fogo leves e metálicas. Na parte da parede que separa a cabine do salão não haverá outra abertura, senão as necessárias janelinhas de projeção e observação. As de observação podem ter, no máximo, 250cm² (duzentos e cinqüenta centímetros quadrados) e as de projeção, o necessário á passagem do feixe de luz do projetor; ambas possuirão um obliterador de fechamento em chapa metálica de 2cm (dois centímetros) de espessura. O pé-direito da cabine, medido acima do estrado ou estribo do operador, não poderá, em ponto algum, ser inferiora 2m (dois metros);

s) nos cinemas só serão admitidos na cabine de projeção os rolos de filmes necessários ao programa do dia; todos os demais estarão em seus estojos, guardados em armário de material incombustível e em local próprio;

t) nos teatros, a parede que separa o palco do salão será do tipo corta-fogo, com a “boca-de-cena” provida de cortina contra incêndio, incombustível e estanque à fumaça; a descida dessa cortina será feita na vertical e, se possível, automaticamente. As pequenas aberturas, interligando o palco e o salão serão providas de portas corta-fogo leves e metálicas;

u) nos teatros, todos os compartimentos da “caixa” terão saída direta para a via pública, podendo ser através de corredores, “halls”, galerias ou pátios, independente das saídas destinadas ao público;

v) nos teatros e cinemas, além dos circuitos de iluminação geral, haverá um de luzes de emergência com fonte de energia própria; quando ocorrer uma interrupção de corrente, as luzes

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de emergência deverão iluminar o ambiente de forma a permitir uma perfeita orientação aos expectadores, na forma do Capítulo XIX;

x) os teatros, cinemas, auditórios, boates e salões diversos terão suas lotações declaradas nos respectivos Laudos de Exigências e Certificados de Aprovação expedidos pelo Corpo de Bombeiros;

z) as lotações máximas dos salões diversos, desde que as saídas convencionais comportem, serão determinadas admitindo-se, nas áreas destinadas a pessoas sentadas, 1(uma) pessoa para cada 70cm² (setenta centímetros quadrados) e,, nas áreas destinadas a pessoas em pé, 1 (uma) para cada 40cm² (quarenta centímetros quadrados); não serão computadas as áreas de circulação e “halls”.

Seção II

Dos Estádios

Art. 93 - Os estádios terão os seguintes sistemas preventivos contra incêndio e pânico:

I - Instalações Preventivas Fixas determinadas conforme o disposto no Capítulo IV;

II - Extintores Portáteis e Sobre-Rodas, cuja quantidade, capacidade e localização serão determinadas conforme o exposto no Capítulo XI;

III - Sistemas Preventivos de Caráter Estrutural, instalação e montagem, obedecendo-se ao seguinte:

a) as entradas e saídas só poderão ser feitas através de rampas. Essas rampas terão a soma de suas larguras calculada na base de 1,40m (um metro e quarenta centímetros) para cada 1.000 (um mil) espectadores, não podendo ser inferior a 3m (três metros);

b) para o cálculo da capacidade das arquibancadas, gerais e outros setores, serão admitidas para cada metro quadrado, 2 (duas) pessoas sentadas ou 3 (três) em pé, não se computando as áreas de circulação e “halls”;

c) outras medidas previstas no inciso III do art. 92 deste Código poderão ser exigidas, quando necessárias, a critério do Corpo de Bombeiros.

Seção III

Dos Parques de Diversões

Art. 94 - Os parques de diversões terão os seguintes Sistemas e Prevenção Contra Incêndio e Pânico:

I - Extintores Portáteis e Sobre-Rodas, cuja quantidade, capacidade e localização serão determinadas conforme o exposto no Capítulo XI;

II - O material e a montagem de parques de diversões obedecerão às seguintes condições:

a) serão incombustíveis os materiais a serem empregados nas coberturas e barracas;

b) haverá, obrigatoriamente, vãos de entrada e de saída, independentes. A soma da largura desses vãos, de entrada e de saída, obedecerá à proporção de 1m (um metro) para cada 500 (quinhentas) pessoas, não podendo ser inferior a 3m (três metros) cada um;

c) a capacidade máxima de público permitida no interior dos parques de diversões será proporcional a 1 (uma) pessoa para cada metro quadrado de área livre á circulação.

CAPÍTULO XIX

Do Escape

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Art. 178 - No estudo dos meios de escape deverá ser considerado o número de ocupantes do imóvel ou estabelecimento, em relação às saídas convencionais e aos meios complementares de salvamento.

Art. 179 - Edificações ou estabelecimentos destinados à concentração ou reunião de público (comerciais, industriais, mistos, coletivos e hospitalares) deverão possuir Manual de Segurança e Plano de Escape e seus responsáveis providenciarão, periodicamente, a sua distribuição e instrução sobre os mesmos.

(*) Art. 180 - As edificações residenciais (coletivas e transitórias), públicas, comerciais, industriais, escolares, hospitalares, laboratoriais e de reunião de público, excetuando-se as residenciais multifamiliares e garagens, com mais de 2 (dois) pavimentos e área construída, em qualquer pavimento, igual ou superior a 1000m² (um mil metros quadrados), bem como as de 15 (quinze) ou mais pavimentos, qualquer que seja a área construída, terão, pelo menos, 2 (duas) escadas com distância, no mínimo, igual à metade da maior dimensão da edificação no sentido dessa dimensão, de modo que nenhum ponto do pise deixe de ter livre acesso a todas as escadas, nem fique a mais de 35m (trinta e cinco metros) da escada mais próxima (Figs. 16 e 17).

(*) § 1º - As edificações dos tipos previstos neste artigo e que tenham mais de 2 (dois) pavimentos, porém com área construída inferior a 1000m² (um mil metros quadrados) em qualquer pavimento, não poderão ter nenhum ponto com distância superior a 35m (trinta e cinco metros) da escada mais próxima (Fig. 17).

(*) § 2º - As edificações residenciais multifamiliares e as garagens servidas por rampa, que tenham 25 (vinte e cinco) ou mais pavimentos, estarão sujeitas às exigências do presente artigo.

(*) Redação dada pelo Decreto nº 17.563, de 23 de j unho de 1992

Art. 181 - As saídas convencionais de que trata o presente Capítulo são as previstas na legislação sobre obras como sendo um caminho contínuo de qualquer ponto interior em direção à área livre, fora da edificação, em conexão com o logradouro, compreendendo portas, circulações e área de conexão, a saber:

I - as portas são as partes das saídas que conduzem a uma circulação ou a outra via de escape;

II - as circulações são as partes das saídas em um mesmo nível (corredores e “hall”) ou ligando níveis diferentes (escadas e rampas), destinadas a permitir que os ocupantes se retirem do prédio;

III - as áreas de conexão são as partes das saídas, (“halls”, galerias e áreas livres), entre o término da circulação e a parte externa do prédio, em conexão com o logradouro.

Art. 182 - As características das saídas convencionais (portas, circulações e áreas de conexão) obedecerão às disposições constantes da legislação de obras e às deste Código.

Art. 183 - A escada enclausurada à prova de fumaça deverá servir a todos os pavimentos e atender aos seguintes requisitos (Figs. 18 e 27):

I - Ser envolvida por paredes de alvenaria de 25 cm (vinte e cinco centímetros) de espessura ou de 15 cm (quinze centímetros) de concreto, resistentes ao fogo por 4h (quatro horas);

II - Apresentar comunicação com área de uso comum do pavimento somente através de porta corta-fogo leve, com uma largura mínima de 90 cm (noventa centímetros), abrindo no sentido do movimento de saída;

III - Ser disposta de forma a assegurar passagem com altura livre igual ou superior a 2,10m (dois metros e dez centímetros);

IV - Ter lanços retos, não se permitindo degraus em leque;

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V - Ter os degraus com altura e largura que satisfaçam, em conjunto, à relação 0,63 ≤ 2H + L ≤ 0,64m, sendo “H” a altura (espelho) e “L” a largura (piso) do degrau. Além disso, a altura mínima de 0,26m (vinte e seis centímetros);

VI - Ter patamares intermediários sempre que houver mais e 16 (dezesseis) degraus. A extensão do patamar não poderá ser inferior a 1,20m (um metro e vinte centímetros);

VII - Ter corrimão, obrigatoriamente;

VIII - Ter corrimão, intermediário, quando a largura da escada for superior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

IX - Não admitir nas caixas da escada quaisquer bocas coletoras de lixo, caixas de incêndio, portas de compartimento ou de elevadores, chaves elétricas e outras instalações estranhas à sua finalidade, exceto os pontos e iluminação.

§ 1º - Quando for impossível se manter a mesma prumada, será aceita a transição da prumada da escada desde que seja assegurada a sua condição de enclausuramento.

§ 2º - Dentro das caixas de escada, acima da porta corta-fogo leve, haverá a indicação, em local bem visível, do número do pavimento correspondente.

Art. 184 - A escada enclausurada à prova de fumaça deverá ter seu acesso através de uma antecâmara (balcão, terraço ou vestíbulo).

§ 1º - Balcão e terraço devem atender aos seguintes requisitos:

a) estar situado a mais de 16m (dezesseis metros) de qualquer abertura na mesma fachada do próprio prédio ou prédios vizinhos que possam, eventualmente, constituir fonte de calor resultante de incêndio;

b) ter parapeito maciço com altura mínima de 1.10m (um metro e dez centímetros);

c) ter o piso no mesmo nível do piso dos pavimentos internos do prédio e da caixa e escada enclausurada à prova de fumaça;

d) ter comunicação com os pavimentos através de porta corta-fogo leve;

§ 2 - Os vestíbulos devem atender aos seguintes requisitos:

a) ter o piso no mesmo nível do piso dos pavimentos internos do prédio e da caixa da escada enclausurada à prova de fumaça;

b) ser ventilado por duto ou por janela abrindo diretamente para o exterior.

Art. 185 - A abertura para ventilação permanente por duto deve atender aos seguintes requisitos:

a) estar situada junto ao teto;

b) ter área efetiva mínima de 0,0070m² (setenta centímetros quadrados) e largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

Art. 186 - A abertura para ventilação permanente por janela deve atender aos seguintes requisitos:

a) estar situada junto ao teto;

b) ter área efetiva mínima de 85cm² (oitenta e cinco centímetros quadrados) e largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

c) estar situada a mais de 16m (dezesseis metros) de qualquer abertura na mesma fachada do próprio prédio ou de prédios vizinhos que possam constituir, eventualmente, fonte de calor resultante de incêndio.

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Art. 187 - A comunicação da antecâmara com a escada e o pavimento deverá ser protegida por porta corta-fogo leve.

Art. 188 - Na antecâmara não poderá ser localizado qualquer equipamento, exceto os pontos de iluminação.

Art. 189 - Os dutos de ventilação devem atender aos seguintes requisitos:

a) ter suas paredes resistentes ao fogo por 2h (duas horas);

b) ter somente aberturas na parede comum com os vestíbulos, nas condições das alíneas “a”, “b”, e “c” do § 1º do art. 184;

c) ter as dimensões mínimas, assinaladas em planta, de vão livre de 1,20m (um metro e vinte centímetros) x 0,70m (setenta centímetros);

d) elevar-se no mínimo 1m (um metro) acima de qualquer cobertura, podendo ser protegidos contra intempéries na sua parte superior por qualquer material;

e) ter, pelo menos, em duas faces acima da cobertura, venezianas de ventilação com área mínima de 1m² (um metro quadrado) cada;

f) não ser utilizados para localização de equipamentos ou canalizações.

Art. 190 - Além das escadas enclausuradas à prova de fumaça, serão admitidas escadas privativas abertas ou outros meios de acesso, construídos em material incombustível, dentro da área privativa das unidades, interligando-se num máximo de 3 (três) pavimentos superpostos;

Art. 191 - O corrimão deverá atender aos seguintes requisitos;

a) estar situado de ambos os lados da escada, com uma altura entre 75cm (setenta e cinco centímetros) e 85cm (oitenta e cinco centímetros) acima do nível do bordo do piso;

b) ser fixado somente pela sua face inferior;

c) ter largura máxima de 6cm (seis centímetros);

d) estar afastado, no mínimo, 4cm (quatro centímetros) da face da parede.

Parágrafo único - Os espaços ocupados pelos corrimões e respectivos afastamentos estarão compreendidos na largura útil da escada.

Art. 192 - As rampas poderão substituir as escadas, desde que sejam cumpridos os mesmos requisitos aplicáveis à escada, e mais:

I - As rampas terão inclinação de, no máximo, 12% (doze por cento);

II - As rampas deverão apresentar o piso revestido de material antiderrapante e serem providas de corrimão.

(*) III - Nas unidades hospitalares, as rampas deverão obrigatoriamente ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), de forma a permitir o livre trânsito de uma maca com dimensões mínimas de 2,00m X 0,80m (dois metros de comprimento por oitenta centímetros de largura).

(*) Acrescido pelo Decreto nº 21.448, de 23 de mai o de 1995

Art. 193 - As saídas de edificações deverão ser sinalizadas com indicação clara do sentido de saída.

Parágrafo único - A sinalização deverá conter a palavra SAÍDA, ESCAPE ou SEM SAÍDA e uma seta indicando o sentido (Fig.28).

Art. 194 - A iluminação natural das caixas da escada enclausurada à prova de fumaça será obtida através da colocação de tijolos compactos de vidro, atendidas as seguintes exigências:

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I - Em paredes dando para antecâmara, sua área máxima será de 1m² (um metro quadrado);

II - Em paredes dando para o exterior, sua área máxima será de 50cm² (cinqüenta centímetros quadrados).

Parágrafo único - Não será permitida a colocação de tijolos compactos de vidro nas paredes da escada contíguas ao corpo do prédio.

Art. 195 - As edificações de que trata o inciso IV do art. 12, serão providas de sistema elétrico ou eletrônico de emergência a fim de iluminar todas as saídas, setas e placas indicativas, dotado de alimentador próprio e capaz de entrar em funcionamento imediato, tão logo ocorra interrupção no suprimento de energia da edificação.

Art. 196 - As saídas convencionais, a saída final e seus meios complementares, em toda e qualquer edificação, deverão permanecer livres e desimpedidos não podendo, definitivamente, ser ocupados para fins comerciais ou de propaganda, servir como depósitos, vitrinas, mostruários ou outros fins.

Art. 197 - As portas dos locais de reunião abrirão sempre no sentido do trânsito de saída.

Parágrafo único - As portas referidas neste artigo, ao abrirem, não poderão diminuir a largura efetiva da saída a uma dimensão menor que a largura mínima exigida.

Art. 198 - Todas as portas de acesso à escada enclausurada serão do tipo corta-fogo leve e, no que for aplicável, obedecerão às especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Art. 199 - As portas terão as seguintes larguras normalizadas:

I - 0,90m (noventa centímetros) valendo por uma unidade de passagem;

II - 1,40m (um metro e quarenta centímetros) com duas folhas de 0,70m (setenta centímetros) valendo por 2 (duas) unidades de passagem;

III - 1,80m (um metro e oitenta centímetros) com duas folhas de 0,90m (noventa centímetros) valendo por 3 (três) unidades de passagem.

Art. 200 - As portas do tipo corta-fogo leve deverão ser providas de dispositivos mecânicos e automáticos de modo a permanecerem fechadas, porém, destrancadas.

Art. 201 - As portas das salas com capacidade acima de 200 (duzentos) pessoas deverão ter ferragens do tipo antipânico, com as seguintes características:

I - Serem acionadas por um peso inferior a 5kg (cinco quilos);

II - Terem a barra de acionamento colocada entre 90cm (noventa centímetros) e 1,10m (um metro e dez centímetros) acima do piso.

Art. 202 - Os poços dos elevadores das edificações deverão ser separados do corpo principal do edifício por paredes de alvenaria de 25cm (vinte e cinco centímetros) de espessura ou de concreto com 15cm (quinze centímetros), com portas corta-fogo leves e metálicas as aberturas.

§ 1º - Em cada pavimento, acima do espelho do botão de chamada de cada elevador,haverá a indicação EM CASO DE INCÊNDIO NÃO USE O ELEVADOR, DESÇA PELA ESCADA , em letras em cor vermelha fosforescente.

§ 2º -Todos os elevadores deverão ser dotados de:

a) Comando de emergência para ser operado pelo Corpo de Bombeiros, em caso de incêndio, de forma a possibilitar a anulação das chamadas existentes;

b) Dispositivo de retorno do carro ao pavimento de acesso no caso de falta de energia elétrica.

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Art. 203 - Meios complementares de escape são dispositivos, aparelhos, petrechos ou medidas destinados a orientar o escape ou suprir possíveis deficiências das Saídas Convencionais, sendo os principais:

I - Escada escamoteável, tipo “Marinheiro”;

II - Escada com patamar, do tipo “Marinheiro”;

III - Escada externa, simples, tipo “Marinheiro”;

IV - Escada interna, do tipo “Marinheiro”, simples, com prumadas diferentes de um pavimento para outro;

V - Passarela metálica, fixa ou móvel, interligando pavimentos ou coberturas de edificações;

VI - Tubo de salvamento;

VII - Janelas.

Parágrafo único - Os meios complementares de escape serão exigidos, a critério do Corpo de Bombeiros, sempre que se fizerem necessários.

GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)

Características do GLP: •Produto extraído do Petróleo bruto •Composição básica: Butano 50% e Propano •Inflamável, incolor, inodoro, recebe um aditivo chamado MERCAPTA • Não é Tóxico, nem Venenoso, mais PESADO que o Ar Sistema de Segurança : •Botija: Não possui um dispositivo específico. * Possui um Anel Retentor (Botija de 5Kg) que é um dispositivo mecânico da própria estrutura da válvula de adaptação do regulador na botija. Consideramos este um dispositivo mecânico, porque quando há o aumento da pressão interna na botija pelo aquecimento ou deformação estrutural do vasilhame; há o rompimento do “Anel”, sob a forma de um disparo, da “haste com a mola” (parafuso), onde ocorrerá o vazamento ininterrupto do gás.

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Tipos de cilindros: Botijão de 13 Kg, Cilindro de 20 Kg, cilindro de 45 Kg, cilindro de 90 Kg e Botijão de 5 e 3 Kg BOTIJÃO DE 13 KG

Visualização:

BOTIJÃO Plug-fusível CILINDRO de 90 Kg – Válvula de segurança Válvula de segurança

INSTALAÇÃO – COMPONENTES

Fase Líquida

Fase Gasosa

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COMO PROCEDER EM CASOS DE EMERGÊNCIA:

Vazamento de gás sem fogo � Afaste as pessoas do local; � Desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência; � Não acione interruptores de elétricos; � Feche o registro do gás; � Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros; � Se em ambiente fechado, abra portas e janelas, e � Entre em contato com a empresa distribuidora de gás e, em casos mais graves, acione o Corpo de

Bombeiros. Vazamento de gás com fogo � Afaste as pessoas do local; � Desligue a chave geral de eletricidade; � Se possível, feche o registro de gás; � Retire do local os materiais combustíveis que puder, e