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Instrução Normativa nº 1/2013/MinC INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 24 DE JUNHO DE 2013 Estabelece procedimentos para apresentação, recebimento, análise, aprovação, execução, acompanhamento e prestação de contas de propostas culturais, relativos ao mecanismo de incentivos fiscais do Programa Nacional de Apoio à Cultura Pronac. A MINISTRA DE ESTADO DA CULTURA, no uso da atribuição prevista no inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, e com base nas disposições da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e do art. 6º do Decreto nº 5.761, de 27 de abril de 2006, resolve: CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DEFINIÇÕES Art. 1º Esta Instrução Normativa regula os procedimentos de apresentação, recebimento, análise, aprovação, execução, acompanhamento, prestação de contas e avaliação de resultados das propostas culturais apresentadas com vistas à autorização para captação de recursos por meio do mecanismo de incentivo fiscal do Programa Nacional de Apoio à Cultura Pronac previsto na Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Art. 2º Os procedimentos regulados nesta Instrução Normativa devem observar os princípios e atender às finalidades da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e da Lei nº 8.313, de 1991. Art. 3º Para aplicação desta Instrução Normativa, serão consideradas as seguintes definições: I proposta cultural: requerimento apresentado por pessoa física ou jurídica de natureza cultural, por meio do sistema informatizado do Ministério da Cultura MinC, denominado Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura Salic, visando à obtenção dos benefícios do mecanismo de incentivo fiscal da Lei nº 8.313, de 1991; II projeto cultural: programas, planos, ações ou conjunto de ações inter-relacionadas para alcançar objetivos específicos, dentro dos limites de um orçamento e tempo delimitados, admitidos pelo MinC após conclusa análise de admissibilidade de proposta cultural e recebimento do número de registro no Pronac; III produto principal: objeto da ação preponderante do projeto; IV produto secundário: objeto da ação acessória vinculada ao produto principal do projeto; V plano de execução de proposta cultural: detalhamento de proposta cultural, contendo a definição de objetivos, metas, justificativa, etapas de trabalho, orçamento, cronograma de execução e produtos resultantes, elaborado em formulário próprio disponibilizado no sítio eletrônico do MinC; VI Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura Salic: sistema informatizado do MinC destinado à apresentação, ao recebimento, à análise de propostas culturais e à aprovação, à

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  • Instruo Normativa n 1/2013/MinC

    INSTRUO NORMATIVA N 1, DE 24 DE JUNHO DE 2013

    Estabelece procedimentos para apresentao, recebimento, anlise, aprovao, execuo,

    acompanhamento e prestao de contas de propostas culturais, relativos ao mecanismo de

    incentivos fiscais do Programa Nacional de Apoio Cultura Pronac.

    A MINISTRA DE ESTADO DA CULTURA, no uso da atribuio prevista no inciso II do pargrafo

    nico do art. 87 da Constituio Federal, e com base nas disposies da Lei n 8.313, de 23 de

    dezembro de 1991, e do art. 6 do Decreto n 5.761, de 27 de abril de 2006, resolve:

    CAPTULO I

    DOS PRINCPIOS, OBJETIVOS E DEFINIES

    Art. 1 Esta Instruo Normativa regula os procedimentos de apresentao, recebimento,

    anlise, aprovao, execuo, acompanhamento, prestao de contas e avaliao de

    resultados das propostas culturais apresentadas com vistas autorizao para captao de

    recursos por meio do mecanismo de incentivo fiscal do Programa Nacional de Apoio Cultura

    Pronac previsto na Lei n 8.313, de 23 de dezembro de 1991.

    Art. 2 Os procedimentos regulados nesta Instruo Normativa devem observar os princpios e

    atender s finalidades da Lei n 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e da Lei n 8.313, de 1991.

    Art. 3 Para aplicao desta Instruo Normativa, sero consideradas as seguintes definies:

    I proposta cultural: requerimento apresentado por pessoa fsica ou jurdica de natureza

    cultural, por meio do sistema informatizado do Ministrio da Cultura MinC, denominado

    Sistema de Apoio s Leis de Incentivo Cultura Salic, visando obteno dos benefcios do

    mecanismo de incentivo fiscal da Lei n 8.313, de 1991;

    II projeto cultural: programas, planos, aes ou conjunto de aes inter-relacionadas para

    alcanar objetivos especficos, dentro dos limites de um oramento e tempo delimitados,

    admitidos pelo MinC aps conclusa anlise de admissibilidade de proposta cultural

    e recebimento do nmero de registro no Pronac;

    III produto principal: objeto da ao preponderante do projeto;

    IV produto secundrio: objeto da ao acessria vinculada ao produto principal do projeto;

    V plano de execuo de proposta cultural: detalhamento de proposta cultural, contendo a

    definio de objetivos, metas, justificativa, etapas de trabalho, oramento, cronograma de

    execuo e produtos resultantes, elaborado em formulrio prprio disponibilizado no stio

    eletrnico do MinC;

    VI Sistema de Apoio s Leis de Incentivo Cultura Salic: sistema informatizado do MinC

    destinado apresentao, ao recebimento, anlise de propostas culturais e aprovao,

    http://www.cultura.gov.br/documents/10937/924524/Instru%C3%A7%C3%A3o+Normativa+01+de+24+de+junho+de+2013/879556a9-bc08-46a0-8ccb-f14a3e0509f3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8313cons.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8313cons.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5761.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9784.htm

  • execuo, ao acompanhamento e prestao de contas de projetos culturais por pessoas

    fsicas e jurdicas de natureza cultural;

    VII plano de divulgao: conjunto de aes destinadas divulgao de projeto cultural e

    produtos deles resultantes, anncios em jornais, cartazes, folders, outdoors, panfletos e

    inseres veiculadas em emissoras de rdio e televiso e em novas mdias, como portais e

    sites, dentre outras;

    VIII usurio do Salic: pessoa fsica que detentora de chave de validao para insero e

    edio de propostas e projetos culturais, podendo ser o prprio proponente ou seu

    representante legal;

    IX proponente: pessoa que apresenta propostas culturais no mbito do Pronac e

    responsabiliza-se pela execuo dos projetos aprovados, podendo ser pessoa fsica com

    atuao na rea cultural ou pessoa jurdica de direito pblico ou privado, com ou sem fins

    lucrativos, cujo ato constitutivo ou instrumento congnere disponha expressamente sobre sua

    finalidade cultural;

    X espaos culturais: espaos ou sistemas destinados ao uso coletivo e de frequncia pblica,

    geridos por instituies pblicas ou particulares, orientados prioritariamente para

    acolhimento, prtica, criao, produo, difuso e fruio de bens, produtos e

    servios culturais;

    XI medidas de acessibilidade: intervenes que objetivem priorizar ou facilitar o livre acesso

    de idosos e pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida, assim definidos em legislao

    especfica, de modo a possibilitar-lhes o pleno exerccio de seus direitos culturais, por meio da

    disponibilizao ou adaptao de espaos, equipamentos, transporte, comunicao e

    quaisquer bens ou servios s suas limitaes fsicas, sensoriais ou cognitivas de forma

    segura, de forma autnoma ou acompanhada, de acordo com a Conveno sobre os Direitos

    das Pessoas com Deficincia, promulgada pelo Decreto n 6.949, de 25 de agosto de 2009;

    XII democratizao do acesso: medidas que promovam acesso e fruio de bens, produtos e

    servios culturais, bem como ao exerccio de atividades profissionais, visando a ateno s

    camadas da populao menos assistidas ou excludas do exerccio de seus direitos culturais por

    sua condio socioeconmica, etnia, deficincia, gnero, faixa etria, domiclio, ocupao, para

    cumprimento do disposto no art. 215 da Constituio Federal;

    XIII produtor majoritrio: aquele que, em coprodues, tiver participao em mais de

    cinquenta por cento do oramento total;

    XIV produo cultural independente: aquela cujo produtor majoritrio no seja empresa

    concessionria de servio de radiodifuso e cabodifuso de som ou imagem, em qualquer tipo

    de transmisso, ou entidade a esta vinculada, e que:

    a) na rea da produo audiovisual, no seja vinculada a empresa estrangeira nem detenha,

    cumulativamente, as funes de distribuio ou comercializao de obra audiovisual, bem

    como a de fabricao de qualquer material destinado sua produo;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm

  • b) na rea de produo fonogrfica, no seja vinculada a empresa estrangeira nem detenha,

    cumulativamente, as funes de fabricao ou distribuio de qualquer suporte fonogrfico;

    c) na rea da produo de imagem no detenha, cumulativamente, as funes de fabricao,

    distribuio ou comercializao de material destinado fotografia ou s demais artes visuais,

    ou que no seja empresa jornalstica ou editorial;

    XV execuo compartilhada: aquela em que dois ou mais proponentes firmam entre si

    contrato, convnio ou acordo de cooperao tcnica, para executar a proposta cultural;

    XVI Plano de Trabalho Anual de Incentivos Fiscais: planejamento anual das atividades a

    serem implementadas pela Secretaria de Fomento e Incentivo Cultura Sefic e pela

    Secretaria do Audiovisual Sav, ouvida a Comisso Nacional de Incentivo Cultura CNIC, e

    integrante do Plano Anual do Pronac referido no art. 3 do Decreto n 5.761, de 27 de abril de

    2006;

    XVII Plano Anual de Atividades: proposta cultural apresentada por pessoa jurdica sem fins

    lucrativos que contemple, por um perodo de um ano, a manuteno da instituio e suas

    atividades culturais de carter permanente e continuado, bem como os projetos e aes

    constantes do seu planejamento, nos termos do art. 24 do Decreto n 5.761, de 2006;

    XVIII projeto pedaggico: documento integrante de propostas voltadas para formao,

    capacitao, especializao e aperfeioamento na rea da cultura, que contenha, pelo menos,

    os objetivos gerais e especficos da proposta, sua justificativa, carga horria completa, pblico-

    alvo, metodologias de ensino, material didtico a ser utilizado, contedos a serem ministrados

    e profissionais envolvidos;

    XIX plano de distribuio: detalhamento da forma como sero doados ou vendidos os

    ingressos e quaisquer outros produtos resultantes do projeto, com descrio detalhada do

    pblico alvo, dos preos, dos critrios, das estratgias e etapas do processo de distribuio e

    dos resultados esperados com o acesso do pblico;

    XX patrimnio cultural imaterial: saberes, celebraes, formas de expresso e lugares que

    grupos sociais reconhecem como referncias culturais organizadoras de sua identidade, por

    transmisso de tradies entre geraes, com especial destaque aos bens culturais registrados

    na forma do art. 1 do Decreto n 3.551, de 4 de agosto de 2000;

    XXI patrimnio cultural material: conjunto de bens culturais classificados como patrimnio

    histrico e artstico nacional nos termos do Decreto-lei n 25, de 30 de novembro de 1937,

    compreendidos como bens mveis ou imveis, construdos ou naturais, representativos da

    diversidade cultural brasileira em todo o perodo histrico ou pr-histrico, cuja conservao e

    proteo so de interesse pblico, quer sua vinculao a fatos memorveis da histria do

    Brasil, quer por seu excepcional valor arqueolgico ou etnogrfico, bibliogrfico ou artstico;

    XXII prazo de captao: perodo estabelecido na portaria que autoriza a captao de recursos

    incentivados para o projeto, com aderncia ao cronograma de execuo;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3551.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0025.htm

  • XXIII prazo de execuo: perodo compreendido a partir da autorizao para a movimentao

    dos recursos at a finalizao do objeto proposto, vinculado execuo das metas fsicas e

    financeiras constantes do oramento aprovado pelo Ministrio da Cultura;

    XXIV Conta Captao: conta bancria vinculada ao CPF ou CNPJ do proponente com a

    identificao do respectivo projeto aprovado, a ser utilizada exclusivamente para crdito dos

    recursos captados junto aos patrocinadores ou doadores, bem como para devoluo de

    recursos de projetos durante sua execuo, nos termos desta Instruo Normativa;

    XXV Conta Movimento: conta bancria vinculada ao CPF ou CNPJ dos proponentes com a

    identificao do projeto aprovado, a ser utilizada para livre movimentao, visando execuo

    dos projetos; e

    XXVI projeto ativo: qualquer projeto cultural compreendido desde o recebimento do nmero

    de registro no Pronac at a apresentao da prestao de contas final pelo proponente.

    CAPTULO II

    DAS COMPETNCIAS

    Art. 4 Compete Secretaria de Fomento e Incentivo Cultura Sefic receber, analisar,

    aprovar e acompanhar a execuo de propostas e projetos culturais regidos por esta Instruo

    Normativa, exceto aqueles de competncia da Secretaria do Audiovisual.

    Art. 5 Compete Secretaria do Audiovisual Sav receber, analisar, aprovar e acompanhar a

    execuo de propostas e projetos culturais regidos por esta Instruo Normativa que se

    enquadrem no inciso II do art. 1 da Portaria n 116, de 29 de novembro de 2011, do

    Ministrio da Cultura.

    Art. 6 Sefic e SAv competir proceder avaliao tcnica e anlise de prestao de contas

    dos projetos culturais sob sua competncia, bem como a eventual aplicao de penalidades.

    Art. 7 Compete aos titulares da Sefic e da SAv distribuir internamente as competncias

    decorrentes deste Captulo no previstas em regimento interno, nesta Instruo Normativa ou

    em portaria do Ministro de Estado da Cultura.

    CAPTULO III

    DAS PROPOSTAS CULTURAIS

    Seo I

    Da Apresentao

    Art. 8 As propostas culturais sero apresentadas pelo Salic, disponvel no portal do MinC na

    internet, juntamente com a documentao correspondente, em meio eletrnico.

    http://www2.cultura.gov.br/site/2011/12/01/portaria-n%C2%BA-1162011minc/

  • 1 Para efetivao da inscrio no cadastro, o usurio do Salic dever dar o aceite na tela

    referente "Declarao de Responsabilidade", conforme o Anexo desta Instruo Normativa.

    2 No ato de inscrio, o proponente dever comprovar sua natureza cultural anexando ao

    formulrio preenchido a documentao exigida nesta Instruo, conforme sua natureza

    jurdica.

    3 No caso de pessoa jurdica, a inscrio ser feita por seu representante legal e a

    comprovao da finalidade cultural do proponente dar-se- por meio das informaes

    contidas nos atos constitutivos, no contrato social, no estatuto, na ata ou em

    instrumento congnere e de elementos materiais comprobatrios de sua atuao na rea

    cultural nos ltimos dois anos.

    4 O representante legal da pessoa jurdica dever indicar o ato que lhe confere poderes de

    representao.

    Art. 9 O perodo para apresentao de propostas culturais de 1 de fevereiro a 30 de

    novembro de cada ano.

    1 No sero admitidas propostas culturais apresentadas em prazo inferior a noventa dias

    da data prevista para o incio de sua execuo;

    2 O MinC poder excepcionalmente avaliar propostas apresentadas com prazo para incio

    de execuo inferior ao previsto no 1 deste artigo, desde que justificada a excepcionalidade

    e que haja viabilidade de anlise.

    Art. 10. So obrigaes do proponente:

    I acompanhar a tramitao da proposta e do projeto no Salic, especialmente para tomar

    cincia das comunicaes que lhe forem dirigidas nos termos do pargrafo nico do art. 107

    desta Instruo Normativa;

    II manter seus dados devidamente atualizados, prestar informaes tempestivamente e

    enviar a documentao solicitada pelo MinC ou por suas unidades vinculadas, via Salic;

    III cumprir a Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, e obter a autorizao de que trata

    o art. 20 do Cdigo Civil, caso necessria, responsabilizando-se civil e criminalmente por

    qualquer violao de direitos de imagem, de autor e conexos, assegurado o direito de regresso

    do Estado por eventuais demandas judiciais propostas em seu desfavor;

    IV fazer uso adequado da identidade visual do MinC, segundo o disposto no art. 47,

    pargrafo nico, do Decreto n 5.761, de 2006, e no Manual de Identidade Visual do MinC;

    V declarar ao MinC todo e qualquer tipo de fontes de financiamento do projeto inscrito no

    Pronac, inclusive durante a sua execuo;

    VI prestar contas da execuo fsica e financeira dos projetos financiados no mbito do

    Pronac;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art20http://www2.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2007/09/manual-Lei-de-Incentivo.pdf

  • 1 O material de divulgao e o leiaute de produtos devero ser submetidos ao MinC, que

    ter cinco dias teis para avaliar o cumprimento da obrigao prevista no inciso III deste

    artigo.

    2 O MinC poder, no prazo do 1, indicar alteraes no material de divulgao ou no

    leiaute de produtos, visando correta utilizao das marcas do Ministrio da Cultura e

    do Governo Federal, ou aprov-los expressa ou tacitamente, caso no se manifeste.

    Art. 11. No momento do cadastramento da proposta cultural, no campo correspondente do

    Salic, sero anexados os seguintes documentos em meio digital e prestadas as seguintes

    informaes, relativas ao proponente e sua proposta:

    I apenas para pessoa fsica:

    a) currculo ou portflio, com destaque para as atividades na rea cultural;

    b) documento legal de identificao que contenha foto, assinatura, nmero da Carteira de

    Identidade e do CPF; e

    c) cdula de identidade de estrangeiro emitida pela Repblica Federativa do Brasil, se for o

    caso;

    II apenas para pessoa jurdica de direito pblico ou privado, com ou sem fins lucrativos:

    a) relatrio das aes de natureza cultural realizadas pela proponente;

    b) no caso de a proponente ter menos de dois anos de constituio ou no possuir aes de

    natureza cultural realizadas, anexar, no Salic, a verso atualizada do currculo ou portflio

    comprovando as atividades culturais de seus dirigentes nos dois ltimos anos;

    c) comprovante de inscrio e situao cadastral no CNPJ;

    d) estatuto ou contrato social e respectivas alteraes posteriores devidamente registradas no

    rgo competente ou do ato legal de sua constituio, conforme o caso;

    e) ata de eleio da atual diretoria, do termo de posse de seus dirigentes, devidamente

    registrado, ou do ato de nomeao de seus dirigentes, conforme for o caso; e

    f) documento legal de identificao do dirigente da proponente que contenha: foto,

    assinatura, nmero da Carteira de Identidade e do CPF;

    III para pessoas fsicas e jurdicas:

    a) no caso de outorga de poderes a terceiros: procurao que traga firma reconhecida,

    acompanhada dos documentos de identificao dos procuradores, e que contenha poderes

    que no configurem qualquer tipo de intermediao, vedada pelo art. 28 da Lei n 8.313, de

    1991; e

    b) no caso de proposta que preveja execuo compartilhada: contrato ou acordo de

    cooperao tcnica correspondente;

  • IV informaes relacionadas a qualquer proposta cultural:

    a) plano bsico de divulgao, de acordo com campos previamente definidos no Salic;

    b) plano de distribuio, com descrio dos produtos a serem distribudos, inclusive os

    gratuitos, especificando a destinao e os valores;

    c) projeto pedaggico com currculo do responsvel, no caso de proposta que preveja a

    instalao e manuteno de cursos de carter cultural ou artstico, destinados formao,

    capacitao, especializao e ao aperfeioamento de pessoal da rea da cultura;

    d) plano de execuo contendo carga horria e contedo programtico, no caso de oficinas, de

    workshops e de outras atividades de curta durao;

    e) outras fontes pretendidas para a arrecadao de recursos, inclusive aqueles solicitados a

    outros rgos e esferas da Administrao Pblica, assim como dos recursos prprios ou de

    terceiros, caso venha a ocorrer durante a execuo do projeto;

    f) declarao de que obter a autorizao dos titulares dos direitos autorais, conexos e de

    imagem em relao aos acervos, s obras e imagens de terceiros como condio para utiliz-

    los no projeto;

    g) declarao de que obter alvar ou autorizao equivalente emitida pelo rgo pblico

    competente, no caso de eventos ou intervenes artstico-culturais em espaos pblicos; e

    h) declarao de que destinar para fins culturais, todo e qualquer bem ou material

    permanente a ser adquirido ou produzido com recursos de incentivo fiscal, aps a finalizao

    do projeto ou dissoluo da entidade, devendo ainda apresentar recibo na prestao de

    contas, no caso de direcionamento do bem a outra entidade de natureza cultural;

    V informaes relacionadas a propostas nas reas de artes cnicas e msica, para

    espetculos, shows ou gravao de CD, DVD e mdias congneres:

    a) ficha tcnica, com currculo do diretor, do produtor e dos artistas protagonistas, quando for

    o caso;

    b) sinopse ou roteiro do espetculo de circo, da pea teatral, do espetculo de dana ou

    deperformance de outra natureza;

    c) anuncia do autor para a montagem do espetculo teatral objeto da proposta; e

    d) listagem detalhada do contedo a ser gravado ou justificativa quando no definido;

    VI Informaes relacionadas a propostas que contemplem exposies de arte temporrias e

    de acervos:

    a) proposta museogrfica da exposio;

    b) ficha tcnica, com currculo dos curadores e dos artistas, quando for o caso; e

    c) relatrio das obras que sero expostas, quando j definidas;

  • VII Informaes relacionadas a propostas para a rea de humanidades, para edio de obra

    literria:

    a) especificaes tcnicas das peas grficas, tais como livros, revistas, jornais, dentre outros; e

    b) sinopse da obra literria;

    VIII Informaes relacionadas a propostas na rea de patrimnio cultural material, conforme

    o caso:

    a) definio prvia dos bens em caso de proposta que vise identificao, documentao e

    ao inventrio de bem material histrico;

    b) propostas de pesquisa, levantamento de informao, organizao e formao de acervo e

    criao de banco de dados;

    c) termo de compromisso atestando que o resultado ou produto resultante do projeto ser

    integrado, sem nus, ao banco de dados do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico

    Nacional - Iphan;

    d) inventrio do acervo e parecer ou laudo tcnico, em caso de proposta que vise

    restaurao de acervos documentais; e

    e) plano bsico de sustentabilidade com indicao das aes de manuteno, em caso de

    proposta que trate da criao de acervos ou museus;

    IX informaes relacionadas especificamente a propostas na rea arquivstica, em caso de

    tratamento fsico, organizao, acondicionamento e guarda:

    a) diagnstico situacional com informaes sobre:

    1. dimenso do acervo, respeitando regras de mensurao praticadas para cada conjunto

    especfico de gneros e suportes documentais;

    2. estado de organizao, conservao e guarda de cada conjunto de suportes documentais;

    3. ambientes de armazenamento;

    4. existncia de instrumentos de pesquisa e bases de dados; e

    5. histrico de intervenes anteriores;

    X informaes relacionadas especificamente a propostas na rea arquivstica, em caso de

    reproduo (digitalizao, microfilmagem e afins) de acervo:

    a) comprovao de que os documentos originais estejam devidamente identificados, descritos,

    acondicionados, armazenados e referenciados em base de dados, ou, no tendo sido ainda

    cumprida esta etapa, declarao de que ela ser concluda antes ou concomitantemente aos

    processos de reproduo, sob pena de inabilitao; e

  • b) declarao de que os documentos originais no sero eliminados aps sua digitalizao ou

    microfilmagem e de que permanecero em boas condies de preservao e armazenamento,

    sob pena de inabilitao;

    XI informaes relacionadas especificamente a propostas na rea arquivstica, em caso de

    desenvolvimento de bases de dados:

    a) comprovao de que os documentos originais estejam devidamente identificados, descritos,

    acondicionados e armazenados, ou, no tendo sido ainda cumprida esta etapa, declarao de

    que ela ser concluda antes ou concomitantemente elaborao das bases de dados, sob

    pena de inabilitao;

    XII informaes relacionadas especificamente a propostas na rea arquivstica, em caso de

    aquisio de acervo:

    a) histrico de procedncia e de propriedade dos itens a serem adquiridos, acompanhado de

    declarao de inteno de venda do proprietrio ou do detentor dos direitos;

    b) diagnstico situacional do acervo na forma da alnea "a", do inciso IX, deste artigo;

    c) justificativa para a aquisio;

    d) inventrio do acervo a ser adquirido;

    e) laudo tcnico com avaliao de pelo menos dois especialistas sobre o valor de mercado do

    acervo;

    f) parecer de autenticidade do acervo; e

    g) declarao da entidade recebedora de que o acervo adquirido ser incorporado ao seu

    acervo permanente;

    XIII informaes relacionadas especificamente a propostas na rea arquivstica, em caso de

    desenvolvimento de pesquisa histrica sobre os acervos:

    a) projetos de pesquisa com metodologia adequada ao desenvolvimento de seus objetivos;

    b) levantamento preliminar de fontes que embasem o projeto e reviso da literatura sobre o

    seu objeto;

    c) delimitao do grupo de entrevistados e de sua relevncia para o projeto, em caso de

    utilizao de entrevistas orais;

    d) demonstrao da relevncia social e cultural do projeto a ser desenvolvido;

    e) descrio das equipes e da exeqibilidade do cronograma; e

    f) comprovao da qualificao tcnica do proponente e de outros profissionais envolvidos;

    XIV informaes relacionadas a propostas na rea de patrimnio cultural imaterial:

  • a) lista de bens, em caso de propostas que visem identificao, documentao ou ao

    inventrio de bem imaterial;

    b) proposta de pesquisa, levantamento de informao, organizao e formao de acervo e

    criao de bancos de dados;

    c) termo de compromisso atestando que o resultado ou produto resultante do projeto ser

    integrado, sem nus, ao banco de dados do Iphan; e

    d) no caso de propostas que contemplem a utilizao ou a divulgao de expresses originais e

    referncias culturais de artistas, grupos, povos e comunidades representativas da diversidade

    cultural brasileira sero ainda exigidos:

    1. consentimento prvio do artista, do grupo ou da comunidade sobre a proposta no que

    tange utilizao de suas expresses culturais;

    2. declarao acerca da contrapartida aos artistas, aos grupos ou s comunidades, em virtude

    dos benefcios materiais decorrentes da execuo do projeto; e

    3. declarao da forma como ser dado o crdito expresso cultural em que os produtos do

    projeto tm origem;

    XV informaes relacionadas a propostas na rea de audiovisual:

    a) pr-requisitos curriculares da equipe tcnica, especificando a funo que cada integrante

    ir exercer no projeto;

    b) termo de compromisso dos titulares da proposta e dos detentores dos direitos da obra

    cinematogrfica, de entrega de um mster do produto resultante do projeto, para preservao

    na Cinemateca Brasileira;

    c) laudo tcnico do estado de conservao das obras a serem restauradas para projetos que

    contemplem restaurao ou preservao de acervo audiovisual;

    d) argumento contendo abordagem ou aes investigativas, identificao das locaes, dos

    depoentes ou personagens e, quando for o caso, material de arquivo e locues, no caso de

    produo de documentrio de curta ou mdia metragem;

    e) roteiro dividido por sequncias, contendo o desenvolvimento dos dilogos e com o

    respectivo certificado de registro de roteiro na Fundao Biblioteca Nacional, para produo

    de obra de fico de curta ou mdia metragem;

    f) storyboard, para produo de obra de animao de curta ou mdia metragem; e

    g) estrutura e formato do programa de Rdio e TV a ser produzido, contendo sua durao,

    periodicidade e nmero de programas e manifestao de interesse de emissoras em veicular o

    programa, sendo vedada a previso de despesas vinculadas a aquisio de espaos para a sua

    veiculao, respeitada a excepcionalidade disposta no inciso X do art. 32;

  • XVI informaes relacionadas a propostas que contemplem mostras, festivais, oficinas

    eworkshops:

    a) beneficirios do produto da proposta e forma de seleo;

    b) justificao acerca do contedo ou acervo indicado para o segmento de pblico a ser

    atingido, no caso de mostra;

    c) detalhamento dos objetivos, das atividades e do formato do evento;

    d) indicao do curador, dos componentes de jri, da comisso julgadora ou congnere,

    quando houver; e

    e) relao dos ttulos a serem exibidos no caso de proposta na rea de audiovisual, sendo

    permitida a sua apresentao at o incio da execuo do projeto, na forma do 3 deste

    artigo;

    XVII informaes relacionadas a propostas que contemplem stio eletrnico ou

    multiplataformas:

    a) descrio das pginas que comporo o stio eletrnico ou portal, quando for o caso;

    b) descrio das fontes de alimentao de contedo;

    c) definio de contedos, incluindo pesquisa e sua organizao e roteiros;

    d) descrio de atualizao das informaes que comporo o stio eletrnico ou portal, quando

    for o caso;

    e) descrio das fases do jogo, ambientes e objetivos para verificar contedo, quando se tratar

    de propostas que contemplem jogos eletrnicos para qualquer plataforma ou suporte;

    f) descrio do aplicativo e sua funcionalidade, quando se tratar de propostas que contemplem

    aplicativos para diferentes sistemas operacionais;

    g) definio e descrio do universo explorado, plano de trabalho dos diferentes meios de

    distribuio, fruio e consumo, e definio dos diferentes contedos audiovisuais

    desenvolvidos e da forma que se relacionam com o objetivo de explorar diversos aspectos da

    narrativa proposta, quando se tratar de propostas que contemplem projetos transmdia;

    h) descrio dos ambientes e objetivos e possibilidades de interao, quando for o caso, e

    projeto tcnico, quando se tratar de propostas que contemplem projetos de interatividade

    audiovisual, como simuladores; e

    i) descrio da ao, justificativa e proposta tcnica, quando tratar-se de propostas que

    contemplem projetos de instalaes ou intervenes audiovisuais e ambientes de imerso

    eperformances audiovisuais.

    XVIII informaes relacionadas a propostas que contemplem construo ou interveno em

    espaos culturais:

  • a) projetos arquitetnicos e complementares detalhados da interveno ou construo

    pretendida, contendo o endereo da edificao e o nome, a assinatura e o nmero de inscrio

    do responsvel tcnico no CREA, bem como a assinatura do proprietrio ou detentor do direito

    de uso;

    b) memorial descritivo detalhado, assinado pelo responsvel;

    c) caderno de encargos ou registro documental equivalente das especificaes tcnicas dos

    materiais e equipamentos utilizados, assinado pelo autor da proposta cultural e pelo

    responsvel tcnico do projeto arquitetnico;

    d) escritura do imvel ou de documento comprobatrio de sua situao fundiria, quando a

    proposta envolver interveno em bens imveis;

    e) autorizao do proprietrio do imvel ou comprovao da posse do imvel, por interesse

    pblico ou social, condicionadas garantia subjacente de uso pelo prazo mnimo de vinte

    anos;

    f) registro documental fotogrfico ou videogrfico da situao atual dos bens a receberem a

    interveno;

    g) alvar e demais autorizaes para realizao da obra, pelas autoridades competentes;

    h) ato de tombamento ou de outra forma de acautelamento, quando se tratar de bens

    protegidos por lei;

    i) proposta de interveno aprovada pelo rgo responsvel pelo tombamento, quando for o

    caso; e

    j) levantamento arquitetnico completo, inclusive do terreno, devidamente cotado,

    especificando os possveis danos existentes quando se tratar de bens tombados ou protegidos

    por legislao que vise sua preservao;

    k) termo de compromisso de conservao do imvel objeto da proposta, pelo prazo mnimo de

    20 (vinte) anos devidamente assinado pelo proponente;

    XIX informaes relacionadas especificamente a propostas que contemplem restaurao de

    bens imveis tombados pelos poderes pblicos ou protegidos por lei mediante outras formas

    de acautelamento:

    a) levantamento cadastral do edifcio;

    b) pesquisa histrica;

    c) levantamento fotogrfico do estado atual do bem;

    d) diagnstico sobre o estado atual do imvel contendo informaes das causas dos danos,

    devidamente cotadas;

    e) planta de situao do imvel;

  • f) projeto arquitetnico e projetos complementares detalhados da interveno pretendida,

    aprovado pelo rgo responsvel pelo tombamento, contendo:

    1. nome, assinatura e nmero de inscrio do autor no CREA;

    2. endereo da edificao;

    3. memorial descritivo;

    4. especificaes tcnicas;

    5. levantamento completo dos danos existentes; e

    6. previso de acessibilidade a pessoas com deficincia e limitaes fsicas, conforme a Lei n

    10.098, de 19 de dezembro de 2000, o Decreto n 5.296, de 2 de dezembro de 2004 e a

    Instruo Normativa n 1, de 25 de novembro de 2003, do IPHAN; e

    g) ato de tombamento ou de outra forma de acautelamento; e

    XX informaes relacionadas a propostas na rea museolgica:

    a) em caso de restaurao:

    1. listagem com os itens a serem restaurados;

    2. justificativa tcnica para a restaurao, incluindo laudo de especialista atestando o estado

    de conservao da obra, do acervo, do objeto ou do documento;

    3. currculo do restaurador; e

    4. oramento especfico por obra;

    b) em caso de aquisio de acervo:

    1. lista dos itens a serem adquiridos, acompanhada de ficha tcnica completa;

    2. justificativa para a aquisio, atestando a pertinncia e a relevncia da incorporao dos

    itens ao acervo da instituio;

    3. histrico de procedncia e de propriedade dos itens a serem adquiridos, acompanhado de

    declarao de inteno de venda do proprietrio ou detentor dos direitos;

    4. laudo tcnico com avaliao de pelo menos dois especialistas sobre o valor de mercado dos

    itens;

    5. parecer de autenticidade das obras;

    6. declarao de que o item adquirido ser incorporado ao acervo permanente da instituio;

    7. laudo tcnico de especialista, com diagnstico do estado de conservao das obras; e

    8. comprovao de que o local que abrigar o acervo que se pretende adquirir possui

    condies adequadas de armazenamento e acondicionamento;

  • c) em caso de exposio com acervo da prpria instituio:

    1. listagem com os itens de acervo que iro compor a exposio;

    2. ficha tcnica dos itens do acervo (ttulo, data, tcnica, dimenses, crdito de propriedade);

    3. projeto museogrfico, com proposta conceitual, local e perodo da exposio, planta baixa,

    mobilirio, projeto luminotcnico, disposio dos itens no espao expositivo etc., ou, caso o

    projeto ainda no esteja definido, descrio de como se dar tal proposta, incluindo o conceito

    bsico da exposio, os itens, textos e objetos que sero expostos, local e perodo da

    exposio;

    4. currculo do(s) curador(es) e do(s) artista(s), quando for o caso; e

    5. proposta para aes educativas, se for o caso;

    d) em caso de exposio com obras emprestadas de outras instituies ou colees

    particulares:

    1. todos os documentos listados na alnea "c" deste inciso;

    2. declarao da instituio ou pessoa fsica que emprestar o acervo atestando a inteno de

    emprstimo no prazo estipulado;

    3. proposta de seguro para os itens; e

    4. nmero previsto e exemplos de possveis obras que integraro a mostra, quando no for

    possvel a apresentao de lista definitiva; e

    e) em caso de exposio itinerante:

    1. todos os documentos listados nas alneas c' e d' deste inciso;

    2. lista das localidades atendidas, com meno dos espaos expositivos; e

    3. declarao das instituies que iro receber a exposio atestando estarem de acordo e

    terem as condies necessrias para a realizao da mostra em seu espao.

    1 Os incisos deste artigo no so excludentes, podendo a proposta cultural enquadrar-se

    em mais de uma categoria descrita, hiptese em que sero exigidos todos os documentos

    pertinentes ao enquadramento da proposta.

    2 Os documentos descritos neste artigo, quando encaminhados em idioma estrangeiro,

    devero ser acompanhados de traduo contendo a assinatura, o nmero do CPF e do RG do

    tradutor, exceto nos casos de traduo juramentada.

    3 O MinC poder permitir, excepcionalmente, a apresentao de quaisquer dos

    documentos exigidos neste artigo em momento posterior, desde que o proponente apresente

    justificativa razovel.

  • 4 As exigncias previstas nas alneas a', b', c', g' e i' do inciso XVIII e alnea f' do inciso

    XIX podero ser excepcionadas quando se tratar de bem tombado.

    5 No caso de realizao de eventos com data certa, o cronograma de execuo do projeto

    dever prever um prazo final de execuo no superior a sessenta dias.

    6 Nos casos do inciso XX deste artigo, quando o proponente no for a prpria instituio

    museolgica, dever ser apresentada declarao do representante da instituio atestando

    sua concordncia com a realizao do projeto.

    7 Para as propostas culturais de Planos Anuais, os documentos exigveis sero definidos em

    ato prprio, sem prejuzo do disposto no 3.

    Art. 12. O oramento analtico dever conter a especificao de todos os itens necessrios

    para a realizao da proposta cultural, da qual constaro o detalhamento das metas, das

    etapas ou das fases, o cronograma de execuo e os custos financeiros individualizados.

    Pargrafo nico. Quando o proponente for ente pblico, a elaborao do cronograma de

    execuo dever prever o prazo necessrio para os procedimentos licitatrios determinados

    na Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, e na Lei n 10.520, de 17 de julho de 2002.

    Art. 13. O MinC somente dar seguimento s propostas culturais, transformando-as em

    projetos, quando contiverem o conjunto integral de documentos requeridos neste Captulo, ou

    aqueles estipulados em edital especfico, observada a ressalva dos 3 e 7 do art. 11 desta

    Instruo Normativa.

    Art. 14. Propostas que no estejam de acordo com as exigncias da presente Instruo

    Normativa sero devolvidas ao respectivo proponente, para que promova as adequaes

    necessrias sua formalizao e as restitua ao MinC via Salic, observando o

    prazo determinado no art. 108 desta Instruo.

    Seo II

    Das Condies e Limites

    Art. 15. A execuo do Plano de Trabalho Anual de Incentivos Fiscais obedecer s normas,

    diretrizes e metas estabelecidas no Plano Anual do Pronac, em consonncia com o plano

    plurianual e com a Lei de Diretrizes Oramentrias LDO.

    Pargrafo nico. O Plano de Trabalho Anual de Incentivos Fiscais ser elaborado pelo MinC e

    publicado at o dia 30 de novembro do ano anterior quele em que vigorar, observadas

    as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, devendo ser ouvida a

    Comisso Nacional de Incentivo Cultura - CNIC.

    Art. 16. As instituies culturais sem fins lucrativos que apresentarem propostas culturais

    visando o custeio de atividades permanentes devero apresentar Plano Anual de Atividades.

    1 As propostas referidas no caput deste artigo devero ser apresentadas at o dia 30 de

    setembro do ano anterior ao do cronograma do Plano Anual de Atividades, assim como seus

    oramentos globais adequados para a execuo em prazo nunca superior a doze meses.

  • 2 No caso de aprovao de Plano Anual de Atividades, novas propostas para o mesmo ano

    fiscal sero admitidas somente em carter de excepcionalidade, devidamente justificado pelo

    proponente, desde que o oramento no contemple itens oramentrios j includos no Plano

    Anual aprovado.

    Art. 17. Para fins de cumprimento ao princpio da no concentrao, disposto no 8 do art.

    19 da Lei n 8.313, de 1991, a admisso de novos projetos ser determinada no Plano de

    Trabalho Anual de Incentivos Fiscais previsto no art. 15 desta Instruo Normativa.

    Art. 18. O limite de projetos ativos no Salic por proponente o seguinte:

    I - pessoa fsica: dois projetos;

    II - pessoa jurdica enquadrada como Microempreendedor Individual - MEI, nos termos do art.

    18-A da Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006: dois projetos; e

    III - demais pessoas jurdicas: cinco projetos.

    1 O proponente que tiver liberao da movimentao dos recursos captados em pelo

    menos trinta e trs por cento dos projetos admitidos nos ltimos trs exerccios fiscais poder

    ter at o limite de quatro projetos, no caso dos incisos I e II, e dez projetos, no caso do inciso

    III.

    2 Os limites estabelecidos neste artigo no se aplicaro nos casos de cooperativas que

    possuam no mnimo vinte pessoas fsicas cooperadas e dois anos de atividades.

    3 O MinC autorizar a admisso de propostas acima dos limites estabelecidos neste artigo,

    nos casos de proposta contemplada em seleo pblica de incentivador ou com comprovadas

    garantias de patrocnio.

    Art. 19. O oramento da proposta ou o somatrio dos oramentos dos projetos ativos no Salic

    estar limitado por proponente a um percentual do valor autorizado para renncia fiscal do

    ano em curso, estabelecido na LDO, e obedecer aos seguintes limites:

    I pessoa fsica: 0,05%

    II pessoa jurdica enquadrada como Microempreendedor Individual - MEI: 0,05%;

    III demais pessoas jurdicas: 3%.

    1 Os limites estabelecidos neste artigo podero ser ampliados, estando o acrscimo

    limitado ao valor dos recursos efetivamente captados pelo proponente em projetos de

    restaurao de Patrimnio Cultural ativos no exerccio anterior.

    2 O MinC poder autorizar valores acima dos limites previstos neste artigo, nos casos de

    restaurao ou recuperao de bens de valor cultural reconhecido pelo Ministro de Estado da

    Cultura.

  • Art. 20. No ser admitida a utilizao de diferentes mecanismos de financiamento da Lei n

    8.313, de 1991, ou quaisquer outras fontes de recursos, para cobertura de um mesmo item de

    despesa.

    Art. 21. O projeto que simultaneamente contenha aes contempladas pelos artigos 18 e 26

    da Lei n 8.313, de 1991, ser enquadrado em apenas um dos dispositivos, de acordo com o

    produto principal do projeto.

    Art. 22. As despesas referentes aos servios de captao de recursos sero detalhadas na

    planilha de custos, destacadas dos demais itens oramentrios.

    Pargrafo nico. A captao de recursos ser realizada por profissionais contratados para este

    fim ou pelo prprio proponente, cujo valor ser limitado a cem mil reais ou a dez por cento do

    valor do projeto a captar, o que for menor, respeitada a regra do art. 24.

    Art. 23. Os custos de divulgao do projeto no podero ultrapassar vinte por cento do seu

    valor total.

    Art. 24. O proponente poder ser remunerado com recursos decorrentes de renncia fiscal,

    desde que preste servio ao projeto, discriminado no oramento analtico previsto no art. 12

    desta Instruo Normativa.

    Seo III

    Da Acessibilidade e Democratizao do Acesso

    Art. 25. Em observncia ao estipulado no art. 1, inciso I da Lei n 8.313, de 1991, e no art. 27

    do Decreto n 5.761, de 2006, as propostas culturais apresentadas ao mecanismo de

    incentivos fiscais do Pronac devero conter medidas de acessibilidade compatveis com as

    caractersticas do objeto, e de democratizao do acesso da sociedade aos produtos, bens e

    servios resultantes do apoio recebido.

    Art. 26. As propostas culturais devero contemplar medidas que garantam o acesso de

    pessoas com deficincia e pessoas idosas em locais onde se realizam atividades culturais ou

    espetculos artsticos, sem prejuzo de outras garantias previstas em legislao especfica.

    Art. 27. Para fins de cumprimento das medidas de acessibilidade determinadas pelo art. 27 do

    Decreto n 5.761, 27 de abril de 2006, pelo art. 47 do Decreto n 3.298, de 20 de dezembro

    de 1999 e pelo art. 2 do Decreto n 5.296, de 2 de dezembro de 2004, toda proposta cultural

    apresentada ao Ministrio da Cultura, com vistas ao financiamento do Pronac, dever incluir

    tais custos nos respectivos oramentos.

    Art. 28. Toda proposta cultural apresentada ao mecanismo de incentivos fiscais do Pronac em

    que haja previso de pblico pagante ou comercializao de produtos dever conter em seu

    plano de distribuio:

    I o quantitativo de ingressos ou produtos culturais, observados os seguintes limites:

    a) mnimo de dez por cento para distribuio gratuita populao de baixa renda, nos termos

    do art. 4 do Decreto n 6.135, de 26 de junho de 2007;

  • b) at dez por cento para distribuio gratuita promocional pelos patrocinadores; e

    c) at dez por cento para distribuio gratuita promocional em aes de divulgao do projeto;

    II o custo unitrio dos ingressos ou produtos culturais, observados os seguintes critrios:

    a) mnimo de vinte por cento para comercializao a preos populares e que no ultrapassem

    o teto do vale-cultura estabelecido no art. 8 da Lei n 12.761, de 27 de dezembro de 2012; e

    b) at cinquenta por cento para comercializao a critrio do proponente;

    III a previso da receita a ser arrecadada.

    Pargrafo nico. O custo unitrio referido no inciso II estar sujeito aprovao do Ministrio

    da Cultura, com vistas a assegurar a democratizao do acesso.

    Art. 29. As propostas culturais relativas circulao de espetculos e exposies devero

    prever a contratao de profissionais ou empresas prestadoras de servios locais ou regionais

    na proporo de, no mnimo, 20% (vinte por cento) do custo relativo contratao de mo de

    obra ou servios necessrios produo na respectiva localidade.

    1 A comprovao do cumprimento da obrigao prevista no caput dever ocorrer na

    prestao de contas, sem prejuzo de eventuais aes de acompanhamento e fiscalizao do

    Ministrio da Cultura na forma dos arts. 75, 1, e 77 desta Instruo Normativa.

    2 Pagamentos de seguros e transporte no sero considerados para o clculo do percentual

    previsto no caput.

    Art. 30. Alm das medidas descritas nos artigos anteriores, o proponente dever prever a

    adoo de, pelo menos, uma das seguintes medidas de democratizao de acesso s

    atividades, aos produtos, servios e bens culturais:

    I promover a participao de pessoas com deficincia e de idosos em concursos de prmios

    no campo das artes e das letras;

    II doar, no mnimo, vinte por cento dos produtos materiais resultantes da execuo do

    projeto a escolas pblicas, bibliotecas, museus ou equipamentos culturais de acesso

    franqueado ao pblico, devidamente identificados, sem prejuzo do disposto no art. 44 do

    Decreto n 5.761, de 2006;

    III desenvolver atividades em locais remotos ou prximos a populaes urbanas perifricas;

    IV oferecer transporte gratuito ao pblico, prevendo acessibilidade pessoa com deficincia

    ou com mobilidade reduzida e aos idosos;

    V disponibilizar na internet a ntegra dos registros audiovisuais existentes dos espetculos,

    exposies, atividades de ensino e outros eventos de carter presencial;

    VI permitir a captao de imagens das atividades e de espetculos e autorizar sua veiculao

    por redes pblicas de televiso;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12761.htm

  • VII realizar, gratuitamente, atividades paralelas aos projetos, tais como ensaios abertos,

    estgios, cursos, treinamentos, palestras, exposies, mostras e oficinas;

    VIII oferecer bolsas de estudo ou estgio a estudantes da rede pblica de ensino em

    atividades educacionais ou profissionais desenvolvidas na proposta cultural;

    IX estabelecer parceria visando capacitao de agentes culturais em iniciativas financiadas

    pelo Poder Pblico; ou

    X outras medidas sugeridas pelo proponente a serem apreciadas pelo Ministrio da Cultura.

    Art. 31. O Ministrio da Cultura, observada a legislao em vigor, acompanhar e fiscalizar as

    medidas de acessibilidade e democratizao de acesso na forma dos arts. 75, 1, e 77 desta

    Instruo, e considerar o cumprimento das medidas apresentadas como quesito de avaliao

    da proposta cultural, exigindo a comprovao de seu cumprimento quando da prestao

    de contas, sendo este item indispensvel para a aprovao das respectivas contas.

    Seo IV

    Das Vedaes

    Art. 32. vedada a previso de despesas:

    I a ttulo de elaborao de proposta cultural, taxa de administrao, de gerncia ou similar;

    II em benefcio de servidor ou empregado pblico, integrante de quadro de pessoal de rgo

    ou entidade pblica da administrao direta ou indireta de qualquer esfera governamental,

    por servios de consultoria ou assistncia tcnica, salvo nas hipteses previstas em leis

    especficas e na Lei de Diretrizes Oramentrias;

    III em favor de clubes e associaes de servidores pblicos ou entidades congneres;

    IV que resultarem em vantagem financeira ou material para o patrocinador, salvo nas

    hipteses previstas no art. 24, incisos I e II, da Lei n 8.313, de 1991, e no art. 31 do Decreto n

    5.761, de 2006;

    V de natureza administrativa que suplantem o limite de quinze por cento institudo pelo art.

    26 do Decreto n 5.761, de 2006, ou que sejam estranhos execuo da proposta cultural;

    VI com recepes, festas, coquetis, servios de buf ou similares, excetuados os gastos com

    refeies dos profissionais ou com aes educativas, quando necessrio consecuo dos

    objetivos da proposta;

    VII referentes compra de passagens em primeira classe ou classe executiva, salvo, em caso

    de necessidade justificada, para pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida, bem como

    nas hipteses autorizadas no art. 27 do Decreto n 71.733, de 18 de janeiro de 1973, e

    nos arts. 3-B e 10 do Decreto n 5.992, de 19 de dezembro de 2006;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D71733.htm#art27http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5992.htm#art3b

  • VIII com servios de captao, nos casos de proposta cultural selecionada por edital ou

    apresentada por instituio cultural criada pelo patrocinador, na forma do art. 27, 2, da Lei

    n 8.313, de 1991.

    IX com taxas bancrias, multas, juros ou correo monetria, inclusive referentes a

    pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos; e

    X com a aquisio de espao para veiculao de programas de rdio e TV, no caso de

    propostas na rea de audiovisual, exceto quando se tratar de inseres publicitrias para

    promoo e divulgao do produto principal do projeto, e desde que discriminado no plano de

    divulgao.

    1 A execuo de itens oramentrios com recursos incentivados ser desconcentrada,

    somente sendo permitida a aquisio de mais de cinco produtos ou servios do mesmo

    fornecedor quando demonstre ser a opo de maior economicidade, comprovada na

    prestao de contas mediante declarao do proponente, acompanhada de cotao de preos

    de pelo menos dois outros fornecedores.

    2 A aquisio de material permanente somente ser permitida quando comprovadamente

    representar a opo de maior economicidade ou constituir item indispensvel execuo do

    objeto da proposta cultural, em detrimento da locao, devendo o proponente, em qualquer

    caso, realizar cotao prvia de preos no mercado, observados os princpios da

    impessoalidade e da moralidade.

    3 A previso de custeio, com recursos captados, dos direitos autorais decorrentes de

    execuo pblica de eventos musicais recolhidos a entidades de gesto coletiva destes

    direitos, somente ser autorizada quando no houver cobrana de ingressos.

    Art. 33. vedada a apresentao de proposta por pessoa fsica ou pessoa jurdica de direito

    privado que, respectivamente, seja ou tenha como dirigentes, administradores, controladores

    ou membros de seus conselhos:

    I agente poltico de Poder ou do Ministrio Pblico, tanto quanto dirigente de rgo ou

    entidade da administrao pblica, de qualquer esfera governamental, ou respectivo cnjuge

    ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro

    grau; e

    II servidor pblico do Ministrio da Cultura ou de suas entidades vinculadas, bem como seus

    respectivos cnjuges, companheiros e parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, at

    o terceiro grau.

    Art. 34. No sero admitidas propostas apresentadas por igrejas ou instituies religiosas

    congneres, salvo quando caracterizadas exclusivamente como colaborao de interesse

    pblico.

    Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, entende-se por colaborao de interesse pblico

    aquela que atenda aos objetivos e requisitos da Lei n 8.313, de 1991, no implique retorno

  • financeiro ao proponente, nem contrarie orientao da Comisso Nacional de Incentivo

    Cultura CNIC.

    Art. 35. vedada a contratao de pessoa fsica ou jurdica para apresentar-se como

    proponente junto ao Pronac, fato que configura intermediao (art. 28 da Lei n 8.313, de

    1991).

    Pargrafo nico. No se configura intermediao a representao exclusiva de um artista ou

    grupo artstico, por pessoa com vnculo contratual prvio.

    Art. 36. So admitidas como despesas administrativas, para os fins do pargrafo nico do art.

    26 do Decreto n 5.761, de 2006:

    I material de consumo para escritrio;

    II locao de imvel para sede da instituio cultural sem fins lucrativos aberta ao pblico,

    durante a execuo do projeto;

    III servios de postagem e correios;

    IV transporte e deslocamento de pessoal administrativo;

    V conta de telefone, de gua, de luz ou de Internet;

    VI honorrios de pessoal administrativo, servios contbeis e advocatcios contratados para a

    execuo da proposta cultural e respectivos encargos sociais perante o INSS e o FGTS; e

    VII outras despesas administrativas restritas ao funcionamento de instituio cultural sem

    fins lucrativos aberta ao pblico, ou indispensveis execuo da proposta cultural assim

    consideradas pelo MinC.

    Pargrafo nico. So de responsabilidade do proponente as retenes e os recolhimentos

    relativos a impostos, tributos e contribuies que incidirem sobre os valores pagos pelos

    servios contratados para a execuo do projeto cultural, observada a legislao especfica

    vigente.

    CAPTULO IV

    DA ANLISE DAS PROPOSTAS CULTURAIS

    Art. 37. A anlise da proposta cultural ser realizada inicialmente pela Secretaria competente,

    que promover a verificao documental e o exame preliminar de admissibilidade da

    proposta.

    1 Aprovado o prosseguimento da proposta cultural, esta ser transformada em projeto e

    seguir para a unidade tcnica de anlise correspondente ao segmento cultural do produto

    principal.

  • 2 Caso a proposta no ultrapasse o exame de admissibilidade, adotar-se- o procedimento

    previsto nos arts. 14 e 108 desta Instruo Normativa, exceto quando for o caso

    de arquivamento imediato.

    3 Ser imediatamente arquivada pelo MinC, importando em no admisso, a proposta que:

    I contrarie smula administrativa da Comisso Nacional de Incentivo Cultura CNIC

    aprovada na forma de seu regimento;

    II contrarie parecer normativo expedido pela Consultoria Jurdica do Ministrio da Cultura,

    regularmente aprovado pelo Ministro de Estado da Cultura na forma do art. 42 da Lei

    Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993;

    III tenha objeto e cronograma idnticos a outra proposta j apresentada no mesmo ano

    fiscal, mesmo que por proponente diverso;

    IV caracterize reapresentao de projeto similar arquivado ou j analisado e indeferido pelo

    MinC, no mesmo ano fiscal, mesmo que por proponente diverso; ou

    V caracterize-se como fracionamento de outro projeto ativo, na medida em que seu objeto

    ou ao principal estejam nele contidas, podendo resultar em prejuzo para o alcance dos

    objetivos do projeto como um todo.

    Art. 38. Comporo a anlise documental e o exame de admissibilidade:

    I verificao do completo e correto preenchimento do formulrio de apresentao da

    proposta cultural;

    II anlise quanto ao enquadramento do proponente e da proposta cultural Lei n 8.313, de

    1991, e aos regulamentos, particularmente quanto finalidade cultural de ambos;

    III verificao da adequao do perfil da proposta e do proponente ao mecanismo pleiteado;

    IV verificao das planilhas oramentrias e dos documentos tcnicos exigidos do

    proponente; e

    V verificao de duplicidade da proposta apresentada a qualquer modalidade de

    financiamento no mbito do MinC.

    CAPTULO V

    DA ANLISE DOS PROJETOS CULTURAIS

    Art. 39. Recebido o projeto pela unidade de anlise tcnica, esta dever apreci-lo no prazo de

    at trinta dias contados do seu recebimento, sem prejuzo das eventuais suspenses ou

    interrupes previstas no art. 108, 1 e 2, desta Instruo Normativa.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp73.htm#art42

  • Pargrafo nico. O prazo previsto no caput poder ser ampliado para at cento e vinte dias,

    quanto de tratar de projetos de recuperao de patrimnio histrico ou construo de

    imveis, conforme a caracterstica do projeto e a complexidade da obra.

    Art. 40. O parecer tcnico, a ser elaborado de acordo com os procedimentos descritos

    na Portaria MinC n 83, de 8 de setembro de 2011, e homologado pelo titular da unidade

    competente para a anlise do projeto cultural, ou por quem este delegar, abordar,

    no mnimo, os seguintes quesitos:

    I aferio da capacidade tcnica do proponente para execuo do projeto apresentado;

    II suficincia das informaes prestadas;

    III atendimento dos objetivos descritos no art. 3 da Lei n 8.313, de 1991;

    IV enquadramento nas finalidades descritas no art. 1 da Lei n 8.313, de 1991, ou no art. 1

    do Decreto n 5.761, de 2006;

    V adequao entre o objeto a ser executado e os produtos resultantes, mediante indicadores

    para avaliao final do projeto;

    VI adequao das estratgias de ao aos objetivos, assinalando-se, claramente, no parecer,

    se as etapas previstas so necessrias ou suficientes sua realizao e se so compatveis com

    os prazos e custos previstos;

    VII adequao do projeto de medidas de acessibilidade e democratizao de acesso ao

    pblico s caractersticas do projeto cultural;

    VIII enquadramento do projeto nos segmentos culturais correspondentes s faixas de

    renncia estabelecidas no art. 18 e no art. 26 da Lei 8.313, de 1991, conforme Classificao do

    Ministrio da Cultura;

    IX repercusso local, regional, nacional e internacional do projeto, conforme o caso;

    X impactos e desdobramentos positivos ou negativos do projeto, seja no mbito cultural,

    ambiental, econmico, social ou outro considerado relevante;

    XI contribuio para o desenvolvimento da rea ou segmento cultural em que se insere o

    projeto cultural analisado;

    XII compatibilidade dos custos previstos com os preos praticados no mercado regional da

    produo, destacando-se o que se mostrar inadequado, com a justificao dos cortes

    efetuados, quando for o caso;

    XIII relao custo/benefcio do projeto no mbito cultural, incluindo o impacto da utilizao

    do mecanismo de incentivo fiscal na reduo do preo final de produtos ou servios culturais

    com pblico pagante, podendo a anlise tcnica propor reduo nos preos solicitados;

    XIV atendimento aos critrios e limites de custos estabelecidos pelo Ministrio da Cultura; e

    http://www.cultura.gov.br/legislacao/-/asset_publisher/siXI1QMnlPZ8/content/portaria-n%C2%BA-83-2011-minc/10937?redirect=http%3A%2F%2Fwww.cultura.gov.br%2Flegislacao%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_siXI1QMnlPZ8%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3D_118_INSTANCE_UFVehMS15laT__column-1%26p_p_col_pos%3D1%26p_p_col_count%3D2http://www2.cultura.gov.br/site/2011/12/01/portaria-n%C2%BA-1162011minc/http://www2.cultura.gov.br/site/2011/12/01/portaria-n%C2%BA-1162011minc/

  • XV quando se tratar de projetos que prevejam chamamento pblico, ser examinada a

    impessoalidade dos editais.

    1 O parecer tcnico ser redigido de forma clara, concisa, tecnicamente coerente, devendo

    manifestar-se quanto adequao das fases, dos preos a serem praticados e dos oramentos

    do projeto, de acordo com as polticas do MinC, e ser conclusivo, com recomendao de

    aprovao total, parcial ou indeferimento, devidamente fundamentada.

    2 Nos casos de projetos culturais que tenham como objeto a preservao de bens culturais

    tombados ou registrados pelos Poderes Pblicos, em mbito federal, estadual, distrital ou

    municipal, ser obrigatria, tambm, a apreciao pelo rgo responsvel pelo

    respectivo tombamento ou registro, cabendo ao proponente diligenciar neste sentido

    previamente apresentao da proposta no MinC.

    3 dispensvel o prvio tombamento do bem para fins de enquadramento do projeto no

    art. 18, 3, alnea g, da Lei n 8.313, de 1991, desde que o seu valor cultural e artstico tenha

    sido previamente atestado pelo Ministro de Estado da Cultura ou por quem este delegar.

    4 No se recomendar, no parecer tcnico, a aprovao dos projetos culturais que tiverem

    cortes oramentrios iguais ou superiores a cinquenta por cento do oramento proposto.

    Art. 41. O projeto cultural devidamente instrudo e com parecer tcnico, aps anuncia do

    MinC, ser encaminhado CNIC, para anlise e parecer na forma de seu regimento interno.

    Pargrafo nico. O encaminhamento CNIC independe da recomendao tcnica ser de

    aprovao total, parcial ou de indeferimento, exceto, neste ltimo caso, se a recomendao de

    indeferimento estiver fundamentada em smula administrativa da CNIC, aprovada na forma

    de seu regimento.

    Art. 42. A pedido do proponente interessado, e desde que justificadamente caracterizada a

    inviabilidade da apreciao do projeto cultural pela CNIC em tempo hbil, o Ministro de Estado

    da Cultura poder aprovar projetos e autorizar a captao de recursos em regime de urgncia,

    sem a prvia manifestao da CNIC (art. 38, 1, do Decreto n 5.761, de 2006).

    1 O pedido de urgncia ser dirigido ao titular da Secretaria competente, que poder

    rejeit-lo prontamente se verificar que a incluso na pauta da CNIC no interferir na execuo

    do projeto.

    2 O pedido de urgncia ser analisado em at dez dias pela autoridade descrita no 1

    deste artigo, ainda que o projeto j tenha sido distribudo a membro da CNIC, recomendando a

    avocao do processo ao Ministro de Estado da Cultura se julgar cabvel o pedido.

    3 Para anlise do projeto em regime de urgncia, o Ministro de Estado da Cultura poder

    solicitar manifestao individual de membro da CNIC ou da Consultoria Jurdica do Ministrio.

    4 O Ministro de Estado da Cultura poder, de ofcio, em carter excepcional e por motivos

    relevantes, avocar os processos na fase em que se encontrem.

  • CAPTULO VI

    DA APROVAO E AUTORIZAO PARA CAPTAO DE RECURSOS

    Art. 43. Aps a manifestao da CNIC, o projeto ser submetido deciso da autoridade

    mxima da Secretaria competente, conforme arts. 4 e 5 desta Instruo Normativa.

    1 Em caso de aprovao total ou parcial, a deciso ser ratificada por meio de Portaria de

    Autorizao para Captao de Recursos Incentivados, a ser publicada no Dirio Oficial da Unio

    depois de superadas as etapas previstas nos arts. 44, 45 e 46, conforme o caso.

    2 Em caso de indeferimento total do projeto cultural, o registro no Salic ser efetuado em

    at cinco dias teis, observado o disposto no pargrafo nico do art. 107 desta Instruo.

    Art. 44. Da deciso caber pedido de reconsiderao, no prazo de dez dias corridos, a contar

    do seu registro no Salic.

    Pargrafo nico. Caso a autoridade mxima da Secretaria competente entenda oportuna a

    manifestao de unidades tcnicas ou da CNIC, poder solicitar-lhes informaes, a serem

    prestadas em at trinta dias.

    Art. 45. Da deciso do pedido de reconsiderao caber recurso ao Ministro de Estado

    da Cultura, no prazo de dez dias corridos, a contar do seu registro no Salic.

    1 Caso o Ministro entenda oportuna nova manifestao de unidades tcnicas ou da CNIC,

    poder solicitar-lhes informaes, a serem prestadas em at trinta dias.

    2 A deciso proferida em grau de recurso irrecorrvel.

    Art. 46. Os proponentes, pessoas fsicas e jurdicas, devero manter regulares suas situaes

    fiscais e previdencirias, o que ser verificado antes da publicao da portaria de autorizao

    para captao de recursos por meio de:

    I consulta da Certido de Quitao de Tributos Federais (CQTF) e da Dvida Ativa da Unio

    (DAU) e Cadastro Informativo de Crditos no Quitados do Setor Pblico Federal (CADIN),

    quando se tratar de pessoa fsica; ou

    II consulta do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS), do Instituto Nacional de

    Seguridade Social (INSS), da Certido de Quitao de Tributos Federais (CQTF), da Dvida Ativa

    da Unio (DAU) e Cadastro Informativo de Crditos no Quitados do Setor Pblico Federal

    (CADIN), quando se tratar de pessoa jurdica.

    Pargrafo nico. Na impossibilidade de o Ministrio da Cultura obter as certides de que trata

    este artigo, ser solicitado seu envio pelo proponente.

    Art. 47. A Portaria de Autorizao para Captao de Recursos Incentivados conter, pelo

    menos:

    I o nmero de registro do projeto no Pronac;

    II o ttulo do projeto;

  • III o nome do proponente e respectivo CPF ou CNPJ;

    IV o valor autorizado para captao de doaes ou patrocnios;

    V os prazos de execuo e de captao;

    VI enquadramento legal;

    VII extrato do projeto aprovado;

    1 O projeto aprovado em portaria vincula as partes, no sendo cabvel a alterao

    unilateral de seus termos e condies por parte do proponente ou do Ministrio da Cultura.

    2 Em caso de ocorrncia de fato novo ou constatao de erro material que interfira na

    aprovao do projeto, o Ministrio da Cultura poder revogar a Portaria de Autorizao para

    Captao de Recursos Incentivados, respeitados os direitos adquiridos em relao a metas ou

    etapas j executadas, desde que captados os recursos correspondentes.

    3 A revogao de que trata o 2 no poder ocorrer se j se houver ultrapassado o prazo

    de cinco anos, salvo na hiptese de comprovada m-f do proponente, nos termos do art.

    54 da Lei n 9.784, de 1999.

    Art. 48. Os projetos culturais podero ter autorizao para captao parcelada de recursos,

    condicionando-se as novas autorizaes apresentao de relatrio circunstanciado da

    execuo da etapa anterior, acompanhado de cronograma fsico-financeiro e, quando for o

    caso, de documentao comprobatria.

    Pargrafo nico. O presente artigo se aplica apenas aos projetos culturais que possuam

    execuo modular.

    Art. 49. O proponente no poder ressarcir-se de despesas efetuadas em data anterior

    publicao da portaria de autorizao para captao de recursos.

    Pargrafo nico. Correm por conta e risco do proponente as despesas realizadas antes da

    liberao da movimentao dos recursos prevista no Captulo VII desta Instruo Normativa,

    somente sendo ressarcidas caso sejam captados recursos suficientes para a liberao de

    movimentao.

    Art. 50. vedada a captao de recursos de entidades vinculadas ao beneficirio, exceto na

    hiptese prevista no art. 27, 2, da Lei n 8.313, de 1991.

    Art. 51. Os recursos captados no sero aplicados em atividades no integrantes de projeto

    cultural aprovado.

    CAPTULO VII

    DA EXECUO DO PROJETO

    Seo I

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9784.htm#art54http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9784.htm#art54

  • Da Liberao e Movimentao dos Recursos

    Art. 52. Os recursos captados sero depositados em conta bancria bloqueada, denominada

    Conta Captao, e geridos em conta de livre movimentao, denominada Conta Movimento,

    ambas destinadas especificamente para o projeto cultural, a serem abertas pelo MinC logo

    aps a publicao da portaria de autorizao para captao de recursos, exclusivamente em

    instituies financeiras controladas pela Unio.

    1 No sero depositados na Conta Captao recursos oriundos de outras fontes no

    relacionadas ao mecanismo de incentivo fiscal.

    2 Em caso de bloqueio judicial em contas de projetos culturais aprovados nos termos da Lei

    n 8.313, de 1991, independente do motivo de tal bloqueio, dever o proponente, de

    imediato, promover a restituio dos valores devidamente atualizados conforme art. 54, 2,

    Conta Captao do projeto, com a devida comunicao ao Ministrio da Cultura.

    3 Durante o acompanhamento da execuo do projeto, o MinC poder, motivadamente e a

    fim de garantir sua regularidade, determinar a devoluo de recursos Conta Captao.

    Art. 53. Os recursos oriundos de patrocnio ou doao somente sero captados aps a devida

    publicao da portaria de autorizao para captao de recursos prevista no art. 47, e

    somente sero movimentados quando atingidos vinte por cento do oramento global do

    projeto, ressalvados os projetos contemplados em selees pblicas ou respaldados por

    contrato de patrocnio.

    1 Os recursos sero depositados na Conta Captao por meio de depsito identificado, com

    a informao obrigatria do CPF ou do CNPJ dos depositantes, ou, alternativamente, por

    Transferncia Eletrnica Disponvel TED, ou Documento de Operao de Crdito - DOC,

    desde que, da mesma forma, tenham sido identificados os depositantes.

    2 A primeira movimentao para a Conta Movimento ser efetuada pelo MinC ao se atingir

    o limite previsto no caput, e aps consulta da regularidade do proponente junto ao Programa

    Nacional de Incentivo Cultura Pronac, sendo que a liberao da movimentao dos demais

    recursos captados posteriormente dar-se- automaticamente pela instituio financeira

    por meio de transferncia bancria.

    3 O proponente ter direito a saques para pagamentos de despesas iguais ou inferiores a

    cem reais, devendo as demais despesas ser realizadas por meio de transferncia

    bancria identificada, cheque nominal ou qualquer outro meio eletrnico de pagamento que

    assegure a identificao do fornecedor de bem ou servio.

    4 Os recursos oriundos de captaes no autorizadas, realizadas fora do prazo ou do valor

    definido na portaria de autorizao, sero desconsiderados para sua utilizao pelo projeto,

    devendo ser revertidos ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), sem prejuzo ao incentivador

    quanto ao benefcio fiscal.

  • 5 No caso de projeto que preveja Plano Anual de Atividades nos termos do art. 16, os

    recursos captados podero ser transferidos para a Conta Movimento quando

    atingido 1/12 (um doze avos) do oramento global aprovado.

    6 Os limites previstos no caput e no 5 podero ser reduzidos:

    I na hiptese de urgente restaurao de bem imvel, a critrio do Secretrio de Fomento e

    Incentivo Cultura, desde que os recursos captados sejam suficientes para sustar os motivos

    da urgncia; e

    II em caso de alterao do projeto, mediante justificativa apresentada pelo proponente ao

    MinC, desde que observados os procedimentos da Seo III deste Captulo.

    7 Depsitos equivocados na Conta Captao, quando devidamente identificados e

    justificados, podero ter o estorno para a Conta Movimento autorizado pelo MinC, para o

    devido ajuste, apedido do proponente.

    8 Na hiptese do 7, o MinC comunicar o fato Receita Federal do Brasil, para eventual

    fiscalizao tributria na forma do art. 36 da Lei n 8.313, de 1991, e do art. 12 da Instruo

    Normativa Conjunta MinC/MF n 1, de 13 de junho de 1995.

    Art. 54. As contas Captao e Movimento, isentas de tarifas bancrias, sero vinculadas ao

    CPF ou ao CNPJ do proponente para o qual o projeto tenha sido aprovado.

    1 As contas somente podero ser operadas aps a regularizao cadastral, pelos

    respectivos titulares, na agncia bancria da instituio financeira oficial federal onde tenham

    sido abertas, de acordo com as normas vigentes do Banco Central, para que, em carter

    irrevogvel e irretratvel, a instituio financeira cumpra as determinaes do MinC para

    moviment-las.

    2 Os recursos depositados nas contas, enquanto no empregados em sua finalidade, e

    mediante solicitao expressa do titular junto sua Agncia de Relacionamento, no ato da

    regularizao das contas, sero obrigatoriamente aplicados em:

    I caderneta de poupana de instituio financeira oficial, se a previso de seu uso for igual ou

    superior a um ms; ou

    II em fundo de aplicao financeira de curto prazo, ou operao de mercado aberto lastreada

    em ttulo da dvida pblica federal, quando sua utilizao estiver prevista para prazos menores.

    3 Os rendimentos da aplicao financeira sero obrigatoriamente aplicados no prprio

    projeto cultural, dentro dos parmetros j aprovados pelo ministrio, estando sujeitos s

    mesmas condies de prestao de contas dos recursos captados.

    Art. 55. Ao trmino da execuo do projeto cultural, os saldos remanescentes das contas

    Captao e Movimento sero recolhidos ao Fundo Nacional da Cultura FNC, nos moldes do

    art. 5, V, da Lei n 8.313, de 1991.

    Seo II

    http://www2.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2007/10/instrucao-normativa-conjunta-minc-mf-1.pdfhttp://www2.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2007/10/instrucao-normativa-conjunta-minc-mf-1.pdf

  • Dos Prazos de Execuo e Captao

    Art. 56. O prazo de execuo do projeto ser estabelecido pela portaria de autorizao para

    captao de recursos, no estando adstrito ao exerccio fiscal corrente.

    Art. 57. O perodo para captao de recursos ser at o trmino do exerccio fiscal em que foi

    publicada a Portaria de Autorizao para Captao de Recursos Incentivados, podendo ser

    prorrogado pelo MinC quando o prazo de execuo ultrapassar o prazo de captao vigente.

    1 O prazo mximo de captao, com eventuais prorrogaes, ser de at vinte e quatro

    meses a partir da data de publicao da portaria de autorizao, exceto na ocorrncia de caso

    fortuito ou de fora maior, devidamente comprovado.

    2 O trmino do prazo para captao no poder ser posterior ao ltimo dia do prazo de

    execuo do projeto.

    3 Havendo ps-produo do projeto, os prazos mximos de captao e execuo sero de

    sessenta dias aps o trmino do ltimo evento.

    4 O prazo previsto no 1 poder ser ampliado para os casos de projetos de recuperao de

    patrimnio histrico ou construo de imveis, conforme a caracterstica do projeto e a

    complexidade da obra, desde que no exceda quatro exerccios fiscais.

    Art. 58. No sero prorrogados projetos relativos a planos anuais de atividades e projetos com

    calendrio especfico com data previamente informada ou historicamente definida.

    Pargrafo nico. O prazo previsto no 3 do art. 57 se aplica ao disposto nesse artigo.

    Art. 59. As solicitaes de prorrogao do prazo de captao do projeto cultural devero

    observar as seguintes condies:

    I formulao do pedido de prorrogao no Salic, com antecedncia de, no mnimo, trinta dias

    da data prevista para o encerramento do prazo vigente para captao, ressalvado o contido no

    art. 16, 2, e no art. 58;

    II informao das metas e dos itens do oramento j realizados, com seus respectivos

    valores, bem como os que sero realizados durante o novo perodo solicitado; e

    III apresentao de justificativa da necessidade da prorrogao para concluso do projeto,

    juntamente com novo cronograma de execuo fsico-financeira.

    1 O no cumprimento do prazo previsto no inciso I deste artigo implicar o arquivamento

    do projeto, na hiptese do art. 89, ou o incio da prestao de contas na forma do art. 75,

    1 e 2, nos demais casos.

    2 O recurso previsto no art. 94 desta Instruo Normativa ter seu prazo contado a partir

    da data da disponibilizao da informao no Salic, no caso do arquivamento referido 1.

    Art. 60. As condies dos incisos I, II, e III do art. 59 se aplicam s solicitaes de prorrogao

    do prazo de execuo.

  • 1 A prorrogao do prazo de execuo est vinculada a execuo das metas fsicas e

    financeiras constantes do oramento aprovado pelo Ministrio da Cultura.

    2 A prorrogao do prazo de execuo no renova o prazo de captao.

    Art. 61. O pedido de prorrogao de prazo de captao ou execuo ser analisado e decidido

    pela Coordenao-Geral regimentalmente competente para a anlise do ato, cabendo recurso,

    no prazo mximo de dez dias, ao titular da respectiva Diretoria.

    Art. 62. Quando no autorizada a prorrogao do prazo, caber recurso ainda autoridade

    mxima da Secretaria competente, no prazo de dez dias.

    Art. 63. vedada a captao de recursos entre a data de vencimento do prazo de captao e a

    data de publicao da portaria de prorrogao.

    Seo III

    Das Alteraes

    Art. 64. O projeto cultural somente poder ser alterado aps a publicao da autorizao para

    captao de recursos, mediante solicitao do proponente ao MinC, devidamente justificada e

    formalizada, no mnimo, trinta dias antes do incio da execuo da meta ou ao a ser alterada.

    1 Alteraes de nome, local de realizao e plano de distribuio somente sero objeto de

    anlise aps a captao de vinte por cento do valor aprovado do projeto, ressalvados os

    projetos contemplados em selees pblicas ou respaldados por contrato de patrocnio.

    2 Para alterao do nome do projeto dever ser apresentada anuncia dos patrocinadores,

    e se for o caso, anuncia do autor da obra.

    3 No caso de alterao do local de realizao do projeto, o proponente dever apresentar:

    I anuncia dos patrocinadores;

    II anuncia do responsvel pelo novo local de realizao;

    III planilha oramentria adequada nova realidade, mesmo que no haja alterao do valor

    aprovado; e

    IV cronograma de execuo atualizado.

    Art. 65. Sero permitidos remanejamentos de despesas entre os itens de oramento do

    projeto cultural, aps autorizao do MinC.

    1 Prescindiro da prvia autorizao do MinC as alteraes de valores de itens

    oramentrios do projeto, dentro do limite de vinte por cento do valor do item, para mais ou

    para menos, para fins de remanejamento, desde que no alterem o valor total do oramento

    aprovado do projeto.

  • 2 Os remanejamentos no podero implicar aumento do valor aprovado para as etapas

    relativas aos custos administrativos, de divulgao e de captao, sob pena de no

    aprovao das contas.

    3 Os remanejamentos no podero recair sobre itens do oramento que tenham sido

    retirados pelo MinC na aprovao do projeto.

    4 A incluso de novos itens oramentrios, mesmo que no altere o oramento total

    aprovado, deve ser submetida previamente ao MinC.

    5 Os pedidos de remanejamento oramentrio somente podero ser encaminhados aps a

    captao de vinte por cento do valor aprovado do projeto, ressalvados os projetos

    contemplados em selees pblicas ou respaldados por contrato de patrocnio.

    Art. 66. O proponente poder solicitar complementao de valor autorizado para captao,

    desde que comprovada sua necessidade, que tenha captado pelo menos cinquenta por cento

    do valor total inicialmente autorizado e que no exceda cinquenta por cento do valor j

    aprovado, apresentando:

    I justificativa da complementao;

    II detalhamento das etapas a serem complementadas; e

    III detalhamento dos custos referentes s etapas a serem complementadas.

    Pargrafo nico. A complementao de recursos de que trata este artigo no poder incluir

    itens do oramento que tenham sido retirados pelo MinC na aprovao do projeto.

    Art. 67. O proponente poder solicitar a reduo do valor do projeto, desde que tal

    providncia no comprometa a execuo do objeto nem represente reduo superior a

    quarenta por cento do valor total autorizado, apresentando:

    I justificativa da necessidade de reduo do valor do projeto;

    II detalhamento dos itens a serem retirados ou reduzidos, com seus respectivos valores; e

    III redimensionamento do escopo do projeto.

    1 Os pedidos de reduo do valor do projeto sero decididos pelo MinC.

    2 Os pedidos de reduo oramentria somente podero ser encaminhados aps a

    captao de no mnimo vinte por cento do recurso aprovado para o projeto, ressalvados os

    projetos contemplados em selees pblicas ou respaldados por contrato de patrocnio.

    Art. 68. Conforme sua complexidade, os pedidos de alterao, complementao,

    remanejamento ou reduo dos valores autorizados para captao podero ser submetidos a

    parecer tcnico da unidade de anlise e encaminhados CNIC, para anlise na forma do art. 41

    desta Instruo Normativa, antes da deciso final da autoridade mxima da Secretaria

    competente.

  • Art. 69. Aps a publicao da portaria que autoriza a captao de recursos, a alterao de

    proponente somente ser autorizada, mediante requerimento do proponente atual, que

    contenha a anuncia formal do substituto, e desde que:

    I no caracterize a intermediao de que trata o art. 28 da Lei n 8.313, de 1991;

    II o respectivo projeto se enquadre no requisito do 1 do art. 64 desta Instruo Normativa;

    e

    III seja o pedido submetido anlise tcnica quanto ao preenchimento dos demais requisitos

    previstos na Lei n 8.313, de 1991, no Decreto n 5.761, de 2006, e nesta Instruo Normativa.

    Pargrafo nico. Quando j houver ocorrido captao de recursos, a alterao do proponente

    depender, ainda, da anuncia dos patrocinadores ou doadores.

    Art. 70. No ser permitida a alterao de objeto ou de objetivos do projeto cultural

    aprovado.

    Art. 71. As alteraes da mesma natureza no sero concedidas mais de uma vez, e somente

    podero ser solicitadas aps a publicao da portaria de autorizao para captao de

    recursos.

    Pargrafo nico. A restrio do caput no se aplica para planos anuais e projetos de

    recuperao de patrimnio histrico ou construo de imveis, conforme a caracterstica do

    projeto e a complexidade da obra.

    Art. 72. vedada a transferncia de saldos no utilizados para outros projetos aprovados pelo

    Ministrio da Cultura.

    Pargrafo nico. A restrio do caput no se aplica para planos anuais apresentados pelo

    mesmo proponente, desde que o projeto anterior seja encerrado e acolhidas as justificativas

    apresentadas para a transferncia de saldo.

    Art. 73. Quando no autorizadas as alteraes previstas nesta Seo, caber recurso ao

    Ministro de Estado da Cultura no prazo de dez dias.

    CAPTULO VIII

    DO ACOMPANHAMENTO, DA AVALIAO TCNICA E DA PRESTAO DE CONTAS

    Art. 74. As doaes e os patrocnios captados pelos proponentes em razo do mecanismo de

    incentivo, decorrentes de renncia fiscal, so recursos pblicos, e os projetos culturais

    esto sujeitos a acompanhamento, avaliao tcnica e prestao de contas.

    1 A no aplicao sem justa causa ou aplicao incorreta dos recursos pblicos descritos

    neste artigo poder ensejar a instaurao de Tomada de Contas Especial.

    2 Considera-se justa causa a no captao de recursos dentro dos prazos regulamentares

    ou a sua captao em aporte insuficiente para a adequada execuo do projeto.

    Seo I

  • Do Acompanhamento dos Projetos Culturais e da Apresentao da Prestao de Contas

    Art. 75. Os projetos culturais de que trata esta Instruo Normativa tero sua execuo

    acompanhada pelo MinC, de forma a assegurar a consecuo dos seus objetos e seus

    objetivos, permitida a delegao, conforme previsto no art. 8 do Decreto n 5.761, de 2006.

    1 O acompanhamento previsto no caput ser realizado por meio de monitoramento

    distncia, mediante o registro trimestral de relatrios pelo proponente no Salic, contemplando

    as etapas de execuo do objeto, de acordo com o que foi estabelecido no Plano de Execuo,

    devendo o ltimo relatrio conter a consolidao das informaes, inclusive quanto

    concluso do projeto, sendo apresentado no prazo mximo de trinta dias aps o trmino do

    prazo de execuo do projeto.

    2 Para cumprimento do disposto no 1 deste artigo, o relatrio final consolidado no Salic

    dever estar acompanhado dos seguintes documentos:

    I cpia dos despachos adjudicatrios e homologaes das licitaes realizadas ou justificativa

    para sua dispensa ou inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal, quando o

    proponente pertencer Administrao Pblica;

    II cpia das cotaes de preos, nas hipteses previstas nos 1 e 2 do art. 32 desta

    Instruo Normativa;

    III relatrio da execuo fsica do projeto com avaliao dos resultados;

    IV relatrio de bens mveis adquiridos, produzidos ou construdos, juntamente com

    comprovante de realizao da cotao de preos prevista no 2 do art. 32 desta Instruo

    Normativa;

    V relatrio de bens imveis adquiridos, produzidos ou construdos;

    VI comprovao da distribuio dos produtos obtidos na execuo do projeto, conforme

    previsto no plano bsico de distribuio do projeto aprovado;

    VII exemplar de produto, comprovao fotogrfica ou outro registro do cumprimento do

    plano bsico de divulgao do projeto (arquivos digitais, livro, CD, registro audiovisual etc.);

    VIII comprovao das medidas adotadas pelo proponente para garantir a acessibilidade e

    democratizao do acesso, nos termos aprovados pelo Ministrio da Cultura;

    IX comprovante do recolhimento, ao FNC, de eventual saldo no utilizado na execuo do

    projeto;

    X cpia do termo de aceitao definitiva da obra, quando o projeto objetivar a execuo de

    obra ou servio de engenharia; e

    XI comprovao da destinao cultural dos bens adquiridos, produzidos ou construdos;

    XII cpias das notas fiscais, recibos de pagamentos de autnomos RPA e extratos

    bancrios; e

  • XIII relatrios que compem o Roteiro de Prestao de Contas disponvel no portal do MinC

    na internet, com a indicao das fontes dos recursos.

    3 No caso de projetos audiovisuais que resultem em obras cinematogrficas, o proponente

    dever entregar Secretaria do Audiovisual, no mesmo prazo do 1, cpia da obra no

    suporte em que foi originalmente produzida, para fins de preservao, a ser depositado na

    Cinemateca Brasileira.

    Art. 76. O proponente poder ainda ser chamado a apresentar relatrio parcial ou final de

    execuo em meio tangvel, conforme o MinC definir.

    Art. 77. A execuo do projeto ser fiscalizada por meio de auditorias, vistorias in loco e

    demais diligncias de acompanhamento, que sero realizadas diretamente pelo MinC, por suas

    entidades vinculadas, ou mediante parceria com outros rgos federais, estaduais

    e municipais.

    1 As diligncias previstas no caput sero lavradas em relatrio de fiscalizao

    circunstanciado, que dever integrar os autos e ser anexado no Salic.

    2 Caso necessrio, a Coordenao-Geral regimentalmente competente pelo

    acompanhamento e fiscalizao de projetos poder notificar o proponente a prestar

    esclarecimentos no prazo de vinte dias, nos termos do art. 107 desta Instruo Normativa.

    Art. 78. Em qualquer fase da execuo do projeto, poder o MinC determinar:

    I - a inadimplncia do projeto, caracterizada pela omisso do proponente no atendimento s

    diligncias; ou

    II - a inabilitao cautelar do proponente, com os efeitos previstos no art. 99 desta Instruo

    Normativa, por meio de deciso da autoridade mxima da Secretaria competente.

    1 As medidas referidas no caput tambm podem ser aplicadas cumulativamente pela

    autoridade mxima da Secretaria competente e perduram enquanto as irregularidades no

    forem sanadas ou suficientemente esclarecidas.

    2 Aplicada quaisquer das medidas, o proponente ser imediatamente notificado a

    apresentar esclarecimentos ou sanar a irregularidade no mesmo prazo do art. 77, 2.

    4 Decorrido o prazo do 2 sem o devido atendimento da notificao, o MinC adotar as

    demais providncias necessrias para a apurao de responsabilidades e o ressarcimento dos

    prejuzos ao errio.

    Art. 79. Encerrado o prazo do 1 do art. 75 desta Instruo Normativa, o MinC elaborar

    parecer de avaliao tcnica quanto execuo do objeto e dos objetivos do projeto,

    conforme art. 7 do Decreto n 5.761, de 2006, e proceder o bloqueio das contas do projeto.

    Art. 80. O parecer de avaliao tcnica abordar, no mnimo, os seguintes aspectos:

    I c