instrucao normativa n 0 046 de 06-10-2011

32
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011 O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto na Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, no Decreto no 6.323, de 27 de dezembro de 2007, e o que consta do Processo no 21000.001631/2008-81, resolve: Art. 1º Estabelecer o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal, bem como as listas de Substâncias Permitidas para uso nos Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal, na forma desta Instrução Normativa e dos seus Anexos I a VII. Art. 2º As normas técnicas para os Sistemas previstos no art. 1º desta Instrução Normativa serão seguidas por toda pessoa física ou jurídica responsável por unidades de produção em conversão ou por sistemas orgânicos de produção. § 1º Para a produção animal, o presente Regulamento Técnico define normas técnicas para os Sistemas Orgânicos de Produção de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, aves, coelhos e abelhas. § 2º Para a aquicultura orgânica, deverão ser seguidas as Normas Técnicas para os Sistemas Orgânicos de Produção Aquícola. Art. 3º Para efeito deste Regulamento Técnico, considerase: I - biofertilizante: produto, que contém componentes ativos ou agentes biológicos, capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, melhorando o desempenho do sistema de produção e que seja isento de substâncias proibidas pela regulamentação de orgânicos; II - compostagem: processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem animal ou vegetal, isoladas ou misturadas, podendo o material ser enriquecido com minerais ou agentes capazes de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas e isento de substâncias proibidas pela regulamentação de orgânicos; III - composto orgânico: produto obtido por processo de compostagem; IV - conversão parcial: quando somente parte da unidade de produção é submetida ao processo de conversão, sendo prevista no plano de manejo a conversão total de toda a unidade de produção para o manejo orgânico; V - Organismo de Avaliação da Conformidade Orgânica - OAC: instituição que avalia, verifica e atesta que produtos ou estabelecimentos produtores ou comerciais atendem ao disposto no regulamento da produção orgânica, podendo ser uma certificadora ou Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica - OPAC; VI - Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade - OPAC: é uma organização que assume a responsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas num Sistema Participativo de Garantia - SPG, constituindo na sua estrutura organizacional uma Comissão de Avaliação e um Conselho de Recursos, ambos compostos por representantes dos membros de cada SPG; VII - Organização de Controle Social - OCS: grupo, associação, cooperativa, consórcio com ou sem personalidade jurídica, previamente cadastrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, a que está vinculado o agricultor familiar em venda direta, com processo organizado de geração de credibilidade a partir da interação de pessoas ou organizações, sustentado na participação, comprometimento, transparência e confiança, reconhecido pela sociedade;

Upload: rafael-guanabens

Post on 20-Oct-2015

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO

    GABINETE DO MINISTRO

    INSTRUO NORMATIVA N 46, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011

    O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO, no uso daatribuio que lhe confere o art. 87, pargrafo nico, inciso II, da Constituio, tendo em vista o dispostona Lei n 10.831, de 23 de dezembro de 2003, no Decreto no 6.323, de 27 de dezembro de 2007, e o queconsta do Processo no 21000.001631/2008-81, resolve:

    Art. 1 Estabelecer o Regulamento Tcnico para os Sistemas Orgnicos de Produo Animal e Vegetal,bem como as listas de Substncias Permitidas para uso nos Sistemas Orgnicos de Produo Animal eVegetal, na forma desta Instruo Normativa e dos seus Anexos I a VII.

    Art. 2 As normas tcnicas para os Sistemas previstos no art. 1 desta Instruo Normativa sero seguidaspor toda pessoa fsica ou jurdica responsvel por unidades de produo em converso ou por sistemasorgnicos de produo.

    1 Para a produo animal, o presente Regulamento Tcnico define normas tcnicas para os SistemasOrgnicos de Produo de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, sunos, aves, coelhos e abelhas.

    2 Para a aquicultura orgnica, devero ser seguidas as Normas Tcnicas para os Sistemas Orgnicos deProduo Aqucola.

    Art. 3 Para efeito deste Regulamento Tcnico, considerase:

    I - biofertilizante: produto, que contm componentes ativos ou agentes biolgicos, capaz de atuar, diretaou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, melhorando o desempenho do sistema deproduo e que seja isento de substncias proibidas pela regulamentao de orgnicos;II - compostagem: processo fsico, qumico, fsico-qumico ou bioqumico, natural ou controlado, a partirde matrias-primas de origem animal ou vegetal, isoladas ou misturadas, podendo o material serenriquecido com minerais ou agentes capazes de melhorar suas caractersticas fsicas, qumicas oubiolgicas e isento de substncias proibidas pela regulamentao de orgnicos;

    III - composto orgnico: produto obtido por processo de compostagem;

    IV - converso parcial: quando somente parte da unidade de produo submetida ao processo deconverso, sendo prevista no plano de manejo a converso total de toda a unidade de produo para omanejo orgnico;V - Organismo de Avaliao da Conformidade Orgnica - OAC: instituio que avalia, verifica e atestaque produtos ou estabelecimentos produtores ou comerciais atendem ao disposto no regulamento daproduo orgnica, podendo ser uma certificadora ou Organismo Participativo de Avaliao daConformidade Orgnica - OPAC;

    VI - Organismo Participativo de Avaliao da Conformidade - OPAC: uma organizao que assume aresponsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas num Sistema Participativo de Garantia- SPG, constituindo na sua estrutura organizacional uma Comisso de Avaliao e um Conselho deRecursos, ambos compostos por representantes dos membros de cada SPG;

    VII - Organizao de Controle Social - OCS: grupo, associao, cooperativa, consrcio com ou sempersonalidade jurdica, previamente cadastrado no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento -MAPA, a que est vinculado o agricultor familiar em venda direta, com processo organizado de geraode credibilidade a partir da interao de pessoas ou organizaes, sustentado na participao,comprometimento, transparncia e confiana, reconhecido pela sociedade;

  • VIII - doma racional: processo de domesticao do animal por condicionamento, sem uso de violncia;

    IX - procedimentos de abate humanitrio: o conjunto de processos, baseado em diretrizes tcnicas ecientficas que garantam o bem-estar dos animais desde o embarque at a operao de sangria;

    X - produo paralela: produo obtida onde, na mesma unidade de produo ou estabelecimento, hajacoleta, cultivo, criao ou processamento de produtos orgnico e no-orgnico;

    XI - trator animal: prtica de manejo integrada agricultura, em que se utilizam animais em cercadomvel com objetivo de capina, roada, adubao, controle de pragas e doenas dos vegetais ou controlede endo e ectoparasitos.

    TTULO I

    REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO

    CAPTULO I

    DOS OBJETIVOS

    Art. 4 Quanto aos aspectos ambientais, os sistemas orgnicos de produo devem buscar:

    I - a manuteno das reas de preservao permanente;

    II - a atenuao da presso antrpica sobre os ecossistemas naturais e modificados;

    III - a proteo, a conservao e o uso racional dos recursos naturais;

    IV - incremento da biodiversidade animal e vegetal; e

    V - regenerao de reas degradadas.

    Art. 5 As atividades econmicas dos sistemas orgnicos de produo devem buscar:

    I - o melhoramento gentico, visando adaptabilidade s condies ambientais locais e rusticidade;

    II - a manuteno e a recuperao de variedades locais, tradicionais ou crioulas, ameaadas pela erosogentica;

    III - a promoo e a manuteno do equilbrio do sistema de produo como estratgia de promover emanter a sanidade dos animais e vegetais;

    IV - a interao da produo animal e vegetal;

    V - a valorizao dos aspectos culturais e a regionalizao da produo; e

    VI - promover a sade animal por meio de estratgias prioritariamente preventivas.

    Art. 6 Quanto aos aspectos sociais, os sistemas orgnicos de produo devem buscar:

    I - relaes de trabalho fundamentadas nos direitos sociais determinados pela Constituio Federal;

    II - a melhoria da qualidade de vida dos agentes envolvidos em toda a rede de produo orgnica; e

    III - capacitao continuada dos agentes envolvidos em toda a rede de produo orgnica.

  • CAPTULO II

    DA DOCUMENTAO E DO REGISTRO

    Art. 7 A unidade de produo orgnica dever possuir documentos e registros de procedimentos de todasas operaes envolvidas na produo.

    Pargrafo nico. Todos os documentos e registros devero ser mantidos por um perodo mnimo de 5(cinco) anos.

    CAPTULO III

    DO PLANO DE MANEJO ORGNICO

    Art. 8 Todas as unidades de produo orgnica devem dispor de Plano de Manejo Orgnico atualizado. 1 Para o perodo de converso, dever ser elaborado um plano de manejo orgnico especficocontemplando os regulamentos tcnicos e todos os aspectos relevantes do processo de produo.

    2 O Plano de Manejo Orgnico dever contemplar:I - histrico de utilizao da rea;

    II - manuteno ou incremento da biodiversidade;

    III - manejo dos resduos;IV - conservao do solo e da gua;

    V - manejos da produo vegetal, tais como:a) manejo fitossanitrio;b) material de propagao;

    c) instalaes; e

    d) nutrio;

    VI - manejos da produo animal, tais como:a) bem-estar animal;

    b) plano para a promoo da sade animal;

    c) manejo sanitrio;d) nutrio, incluindo plano anual de alimentao;

    e) reproduo e material de multiplicao;

    f) evoluo do plantel; e

    g) instalaes;

    VII - manejo dos animais de servio, subsistncia, companhia, ornamentais e outros, de seus produtos,subprodutos ou dejetos sem fins de comercializao como orgnicos, sendo obrigatrio o controle e

  • autorizao pela OCS ou OAC dos insumos usados nesses animais;

    VIII - procedimentos para ps-produo, envase, armazenamento, processamento, transporte ecomercializao;

    IX - medidas para preveno e mitigao de riscos de contaminao externa, inclusive OrganismoGeneticamente Modificado - OGM e derivados;

    X - procedimentos que contemplem a aplicao das boas prticas de produo;

    XI - as inter-relaes ambientais, econmicas e sociais;

    XII - a ocupao da unidade de produo considerando os aspectos ambientais;

    XIII - aes que visem evitar contaminaes internas e externas, tais como:

    a) medidas de proteo em relao s fontes de contaminantes para reas limtrofes com unidades deproduo no orgnicas;

    e b) o controle da qualidade da gua, dentro da unidade de produo, por meio de anlises paraverificao da contaminao qumica e microbiolgica, que dever ocorrer a critrio do Organismo deAvaliao da Conformidade (OAC) ou da Organizao de Controle Social (OCS) em que se insere oagricultor familiar em venda direta.

    Art. 9 O produtor dever comunicar ao OAC ou OCS no caso de potencial contaminao ambiental noprevista no plano de manejo para definio das medidas mitigadoras.CAPTULO IV

    DO PERODO DE CONVERSO

    Art. 10. O perodo de converso para que as unidades de produo possam ser consideradas orgnicas tempor objetivo:I - assegurar que as unidades de produo estejam aptas a produzir em conformidade com osregulamentos tcnicos da produo orgnica, incluindo a capacitao dos produtores e trabalhadores; e

    II - garantir a implantao de um sistema de manejo orgnico por meio:a) da manuteno ou construo ecolgica da vida e da fertilidade do solo;

    b) do estabelecimento do equilbrio do agroecossistema; e

    c) da preservao da diversidade biolgica dos ecossistemas naturais e modificados.

    Art. 11. Para que um produto receba a denominao de orgnico, dever ser proveniente de um sistema deproduo onde tenham sido aplicados os princpios e normas estabelecidos na regulamentao daproduo orgnica, por um perodo varivel de acordo com:

    I - a espcie cultivada ou manejada;II - a utilizao anterior da unidade de produo;

    III - a situao ecolgica atual;

    IV - a capacitao em produo orgnica dos agentes envolvidos no processo produtivo; e

  • V - as anlises e as avaliaes das unidades de produo pelos respectivos OACs ou OCSs.

    Seo I

    Do Incio do Perodo de Converso

    Art. 12. O incio do perodo de converso dever ser estabelecido pelo OAC ou pela OCS.

    Pargrafo nico. A deciso da data a ser considerada como ponto de partida do perodo de converso tercomo base as informaes levantadas nas inspees ou visitas de controle interno que devero verificar acompatibilidade da situao encontrada com os regulamentos tcnicos, por meio de elementoscomprobatrios, tais como:

    I - declaraes de rgos oficiais relacionados s atividades agropecurias;

    II - declaraes de rgos ambientais oficiais;

    III - declaraes de vizinhos, associaes e outras organizaes envolvidas com a rede de produoorgnica;

    IV - anlises laboratoriais;

    V - fotos areas e imagens de satlite;

    VI - inspeo in loco na rea;

    VII - documentos de aquisio de animais, sementes, mudas e outros insumos; e

    VIII - verificao do conhecimento dos produtores e trabalhadores da unidade produtiva quanto aosprincpios, s prticas e regulamentao da produo orgnica.

    Art. 13. Para que a produo animal seja considerada orgnica, dever ser respeitado primeiramente operodo de converso da unidade de produo disposto no art. 15, instituindo-se, desde o incio, o manejoorgnico dos animais, sem que seus produtos e subprodutos sejam considerados orgnicos.Pargrafo nico. Somente depois de completado o perodo de converso da rea, ter incio o perodo deconverso dos animais, conforme disposto no art. 15.

    Seo II

    Da Durao do Perodo de Converso

    Art. 14. A durao do perodo de converso dever ser estabelecida pelo OAC ou pela OCS.

    Pargrafo nico. O perodo de converso ser varivel de acordo com o tipo de explorao e a utilizaoanterior da unidade de produo, considerando a situao ecolgica e social atual, com durao mnimade:

    I - 12 (doze) meses de manejo orgnico na produo vegetal de culturas anuais, para que a produo dociclo subsequente seja considerada como orgnica;II - 18 (dezoito) meses de manejo orgnico na produo vegetal de culturas perenes, para que a colheitasubsequente seja considerada como orgnica; eIII - 12 (doze) meses de manejo orgnico ou pousio na produo vegetal de pastagens perenes.Art. 15. O perodo de converso para que animais, seus produtos e subprodutos possam ser reconhecidos

  • como orgnicos, ser de:

    I - para aves de corte: pelo menos (trs quartos) do perodo de vida em sistema de manejo orgnico;II - para aves de postura: no mnimo 75 (setenta e cinco) dias em sistema de manejo orgnico;III - para bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos leiteiros: pelo menos 6 (seis) meses em sistema de manejoorgnico;

    IV - para bovinos e bubalinos e equdeos para corte: pelo menos 2/3 (dois teros) do perodo de vida doanimal em sistema de manejo orgnico, sendo esse perodo de no mnimo 12 (doze) meses;V - para ovinos, caprinos e sunos para corte: pelo menos (trs quartos) do perodo de vida do animalem sistema de manejo orgnico, sendo esse perodo de no mnimo 6 (seis) meses;VI - para coelhos de corte: no mnimo 3 (trs) meses em sistema de manejo orgnico.CAPTULO V

    DA CONVERSO PARCIAL E DA PRODUO PARALELA

    Art. 16. A converso parcial ou produo paralela ser permitida desde que atendidas as seguintescondies:

    I - no caso de culturas anuais e na implantao de culturas perenes no incio da converso, devero serutilizadas espcies diferentes ou variedades que apresentem diferenas visuais em reas distintas edemarcadas;

    II - no caso de culturas perenes preexistentes ao perodo de converso, somente ser permitida aconverso parcial ou produo paralela, de mesma espcie ou variedades sem diferenas visuais, se foremobtidas em reas distintas e demarcadas, e no mximo por cinco anos; a partir deste perodo, s serpermitida a converso parcial ou produo paralela com o uso de espcies diferentes ou variedades comdiferenas visuais em reas distintas e demarcadas;e

    III - a criao de animais de mesma espcie ser permitida desde que tenham finalidades produtivasdiferentes apenas em reas distintas e demarcadas, e no mximo por cinco anos; a partir deste perodo, sser permitido o uso de espcies diferentes em reas distintas e demarcadas.

    Pargrafo nico. A converso parcial ou produo paralela deve ser autorizada pelo OAC ou pela OCS edever ser concedida em funo dos seguintes critrios:

    I - distncia entre as reas sob manejo orgnico e noorgnico;II - posio topogrfica das reas, incluindo o percurso da gua;

    III - insumos utilizados nas reas no-orgnicas, forma de aplicao e controle;

    IV - demarcao especfica da rea no-orgnica; e

    V - facilidade de acesso para inspeo.

    Art. 17. Na converso parcial ou produo paralela, a unidade de produo dever ser dividida em reas,com demarcaes definidas, sendo vedada a alternncia de prticas de manejo orgnico e no-orgniconuma mesma rea.

    1 Os equipamentos de pulverizao empregados em reas e animais sob o manejo no-orgnico nopodero ser usados em reas e animais sob o manejo orgnico.

  • 2 Os equipamentos e implementos utilizados na produo animal e vegetal, sob manejo no-orgnico,excetuados os equipamentos de pulverizao mencionados no 1 deste artigo, devero passar porlimpeza para uso em manejo orgnico. 3 Os insumos utilizados em cada uma das reas, sob manejo orgnico e no-orgnico, devem serarmazenados separadamente, perfeitamente identificados, e os no permitidos para uso na agriculturaorgnica no podero ser armazenados na rea de produo orgnica.

    4 Os resduos da produo animal no-orgnica, seja da propriedade ou de fora dela, somente poderoser utilizados de acordo com o especificado nas normas de produo vegetal dispostas neste RegulamentoTcnico.

    Art. 18. O produtor dever comunicar ao OAC ou OCS, antes da colheita ou da obteno do produto deorigem animal, orgnicos e no-orgnicos:

    I - a data prevista da obteno desses produtos;

    II - os procedimentos de separao; e

    III - a produo estimada.

    Art. 19. O plano de manejo da unidade de produo com converso parcial ou produo paralela deverconter, alm do disposto no art. 8:

    I - procedimentos que visem aplicao das boas prticas de produo;

    II - procedimentos que visem eliminao do uso de organismos geneticamente modificados e derivadosem toda a unidade de produo; e

    III - a quantidade estimada, a frequncia, o perodo e a poca da produo orgnica e no-orgnica.

    TTULO II

    DOS SISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO ANIMAL

    CAPTULO I

    REQUISITOS GERAIS

    Seo I

    Dos ObjetivosArt. 20. Os sistemas orgnicos de produo animal devem buscar:

    I - promover prioritariamente a sade e o bem-estar animal em todas as fases do processo produtivo;

    II - adotar tcnicas sanitrias e prticas de manejo preventivas;III - manter a higiene em todo o processo criatrio, compatvel com a legislao sanitria vigente e com oemprego de produtos permitidos para uso na produo orgnica;

    IV - oferecer alimentao nutritiva, saudvel, de qualidade e em quantidade adequada de acordo com asexigncias nutricionais de cada espcie;

    V - ofertar gua de qualidade e em quantidade adequada, isenta de produtos qumicos e agentes

  • biolgicos que possam comprometer a sade e vigor dos animais, a qualidade dos produtos e dos

    recursos naturais, de acordo com os parmetros especificados pela legislao vigente;

    VI - utilizar instalaes higinicas, funcionais e adequadas a cada espcie animal e local de criao; e

    VII - destinar de forma ambientalmente adequada os resduos da produo.

    Art. 21. Os sistemas orgnicos de produo de abelhas melferas devem buscar:

    I - a existncia de reas de colheita de nctar e plen com dimenses suficientes para promover a nutrioadequada e o acesso gua de qualidade isenta de contaminantes intencionais;

    II - a adoo de medidas preventivas para a promoo da sade das abelhas, tais como a seleo adequadadas raas, a existncia de rea de liberao favorvel e suficiente e o manejo apropriado dos enxames;III - a construo de colmeias mediante a utilizao de materiais naturais renovveis que no apresentemrisco de comprometimento e contaminao para o meio ambiente e para os produtos de abelhas melferas;e

    IV - a preservao da populao de insetos nativos, quando da liberao das abelhas em reas silvestres,respeitando a capacidade de suporte do pasto para abelhas melferas.

    Seo II

    Da Aquisio de Animais

    Art. 22. Dever ser comunicada ao OAC ou a OCS a aquisio de animais para incio, reposio ouampliao da produo animal.

    Art. 23. Quando for necessrio introduzir animais no sistema de produo, estes devero ser provenientesde sistemas orgnicos.

    Pargrafo nico. Na indisponibilidade de animais de sistemas orgnicos, podero ser adquiridos animaisde unidades de produo no-orgnicas, preferencialmente em converso para o sistema orgnico, desdeque previamente aprovado pelo OAC ou pela OCS, e respeitado o perodo de converso previsto nesteRegulamento Tcnico.

    Art. 24. Todos os animais introduzidos na unidade de produo orgnica devem ter idade mnima em quepossam ser recriados sem a presena materna, observando-se que a idade mxima para ingresso defrangos de corte de dois dias de vida e para outras aves de at duas semanas.

    Seo III

    Do Bem-Estar Animal

    Art. 25. Os sistemas orgnicos de produo animal devem ser planejados de forma que sejam produtivos erespeitem as necessidades e o bem-estar dos animais.

    Art. 26. Deve-se dar preferncia por animais de raas adaptadas s condies climticas e ao tipo domanejo empregado.Art. 27. Devem ser respeitadas:

    I - a liberdade nutricional: os animais devem estar livres de sede, fome e desnutrio;

    II - a liberdade sanitria: os animais devem estar livres de feridas e enfermidades;

  • III - a liberdade de comportamento: os animais devem ter liberdade para expressar os comportamentosnaturais da espcie;

    IV - a liberdade psicolgica: os animais devem estar livres de sensao de medo e de ansiedade; e

    V - a liberdade ambiental: os animais devem ter liberdade de movimentos em instalaes que sejamadequadas a sua espcie.

    Art. 28. As instalaes devem ser projetadas e todo manejo deve ser realizado de forma a no gerarestresse aos animais, sendo que qualquer desvio de comportamento detectado dever ser objeto deavaliao e possvel redefinio pelo OAC e OCS de procedimentos de manejo e densidades animaisutilizadas.

    CAPTULO II

    DOS SISTEMAS PRODUTIVOS E DAS PRTICAS DE MANEJO ORGNICO DEBOVINOS,OVINOS, CAPRINOS, EQUINOS, SUNOS, AVES E COELHOS

    Seo I

    Da Nutrio

    Art. 29. Os sistemas orgnicos de produo animal devero utilizar alimentao da prpria unidade deproduo ou de outra sob manejo orgnico. 1 Em casos de escassez ou em condies especiais, de acordo com o plano de manejo orgnicoacordado entre produtor e o OAC ou OCS, ser permitida a utilizao de alimentos no-orgnicos naproporo da ingesto diria, com base na matria seca, de:

    I - at 15% para animais ruminantes; e

    II - at 20% para animais no ruminantes.

    2 Para os herbvoros, dever ser utilizado ao mximo o sistema de pastagem, sendo que as forragensfrescas, secas ou ensiladas devero constituir pelo menos 60% da matria seca que compe sua dieta,permitindo-se reduo dessa percentagem para 50% aos animais em produo leiteira, durante um perodomximo de trs meses a partir do incio da lactao.

    3 Podero ser utilizadas como aditivos na produo de silagem as bactrias lcticas, acticas, frmicase propinicas ou seus produtos naturais cidos, quando as condies no permitam a fermentao natural,mediante autorizao do OAC ou da OCS.

    4 Os aditivos e os auxiliares tecnolgicos utilizados devem ser provenientes de fontes naturais e nopodero apresentar molculas de ADN / ARN recombinante ou protena resultante de modificaogentica em seu produto final.

    5 Outras substncias, no mencionadas no 3 deste artigo, somente podero ser utilizadas naalimentao animal se constantes da relao estabelecida no Anexo III deste Regulamento Tcnico emediante prvia aprovao pelo OAC ou OCS.

    Art. 30. No podero ser utilizados compostos nitrogenados no-proticos e nitrognio sinttico naalimentao de animais em sistemas orgnicos de produo.

    Art. 31. permitido o uso de suplementos minerais e vitamnicos, desde que os seus componentes nocontenham resduos contaminantes acima dos limites permitidos e que atendam legislao especfica.

  • Art. 32. Os mamferos jovens devero ser amamentados pela me ou por fmea substituta. 1 Na impossibilidade do aleitamento natural, ser permitido o uso de alimentao artificial,preferencialmente com leite da mesma espcie animal.

    2 Em ambos os casos mencionados no 1, o perodo de aleitamento deve ser de, no mnimo:

    I - 90 (noventa) dias para bovinos, bubalinos e equdeos;

    II - 28 (vinte e oito) dias para sunos; e

    III - 45 (quarenta e cinco) dias para ovinos e caprinos.

    Seo II

    Do Ambiente de Criao

    Art. 33. Todos os animais devero preferencialmente ser criados em regime de vida livre.

    Art. 34. No ser permitida a reteno permanente em gaiolas, galpes, estbulos, correntes, cordas ouqualquer outro mtodo restritivo aos animais.

    1 No caso de animais abrigados em instalaes, deve ser facultada a eles a possibilidade de sada pararea externa com forragem verde por pelo menos 6 (seis) horas no perodo diurno, salvo em situaesespeciais de enfermidades, endemias ou alteraes climticas severas, devendo ser comunicada OAC ouOCS.

    2 Em todos os casos, as densidades animais devem estar de acordo com as determinaes desteRegulamento Tcnico.

    Art. 35. Os ambientes de criao devero dispor de reas que assegurem:

    I - aos animais assumirem seus movimentos naturais, o contato social e descanso;

    II - alimentao, ritual reprodutivo, reproduo e proteo, em condies que garantam a sade e obem-estar animal;

    III - acesso a pastagem ou rea de circulao ao ar livre, com vegetao arbrea suficiente para garantirsombra a todos os animais sem que esses tenham que disputar espao; e

    IV - s aves aquticas, o acesso a fontes de gua tais como audes, lagos ou outras sempre que ascondies climticas permitirem.

    Art. 36. As pastagens devem ser compostas com vegetao arbrea para cumprir sua funo ecossistmicae propiciar sombreamento necessrio ao bem-estar da espcie em pastejo. 1 No caso de pastagens cultivadas, dever-se- adotar o consrcio, ou a rotao de culturas, ou ambos.

    2 Em caso de pastagens sem reas de sombreamento, determina-se um prazo de 5 (cinco) anos paraestabelecimento de vegetao arbrea suficiente e, durante este perodo, poder ser utilizadosombreamento artificial.

    Art. 37. Quando da utilizao de reas de lavoura como opo de pastoreio ou com o objetivo deutilizao de trator animal, poder ser utilizado o sombreamento artificial.

    Pargrafo nico. Nos casos de uso do trator animal, deve ser atendido o disposto nos arts. 34 e 39.

  • Art. 38. As densidades mximas dos animais em rea externa devero obedecer ao disposto abaixo:

    I - 3 m por ave poedeira em sistema extensivo ou 1 m disponvel por ave no piquete em sistemarotacionado;

    II - 2,5 m por frango de corte em sistema extensivo ou 0,5 m disponvel por ave no piquete em sistemarotacionado;

    III - 500 m/ 100 kg de peso vivo para ruminantes;

    IV - 2,5 m/leito de at 25 kg;

    V - 5 m/leito de 26 at 50 kg;

    VI - 7,5 m/leito de 51 at 85 kg;

    VII - 10 m/leito de 86 at 110 kg;

    VIII - 20 m/animal de 111 at 200 kg;

    IX - 30 m por animal acima de 201 kg; e

    X - 30 m por fmea suna reprodutora acompanhada de leitegada.

    Art. 39. Quando necessrias, as instalaes para os animais devero dispor de condies de temperatura,umidade, iluminao e ventilao que garantam o bem-estar animal, respeitando as densidades mximasabaixo:

    I - para aves poedeiras de 6 aves por m;

    II - para frangos de corte de 10 aves por m;

    III - para vacas de leite, o alojamento deve respeitar a relao de, no mnimo, 6 m para cada animal;IV - para bovinos de corte, o alojamento deve respeitar a relao de, no mnimo, 1,5 m para cada 100 kgde peso vivo dos animais;

    V - para leites acima de 28 dias e at 30 kg, a lotao mxima permitida para rea de galpo deverespeitar a relao de, no mnimo, 0,6 m para cada animal;

    VI - para sunos adultos, a rea de galpo deve respeitar a relao de, no mnimo:

    a) 0,8 m para cada animal com at 50 kg de peso vivo;

    b) 1,1 m para cada animal com at 85 kg de peso vivo; e

    c) 1,3 m para cada animal com at 110 kg de peso vivo;

    VII - para ovelhas e cabras, a rea de abrigo deve respeitar a relao de, no mnimo, 1,5 m para cadaanimal de reproduo e de 0,5 m para cada animal jovem.Art. 40. Na confeco das camas, os materiais utilizados devem ser naturais e livres de resduos desubstncias no permitidas para uso em sistemas orgnicos de produo.

    1 Dever ser oferecida cama seca e limpa para todos os animais.

    2 Para sunos dever ser oferecida cama com material manipulvel como palha ou serragem para

  • possibilitar aos animais a expresso de seus comportamentos naturais.

    3 No ser permitido o uso de piso ripado para sunos.

    Art. 41. A cerca eltrica permitida desde que sejam respeitadas as medidas de segurana com relao aoseu uso.

    Art. 42. As instalaes, os equipamentos e os utenslios devem ser mantidos limpos e desinfetadosadequadamente, utilizando apenas as substncias permitidas que constam do Anexo I deste RegulamentoTcnico.

    Art. 43. As instalaes de armazenagem e manipulao de dejetos, incluindo as reas de compostagem,devero ser projetadas, implantadas e operadas de maneira a prevenir a contaminao das guassubterrneas e superficiais.

    Art. 44. A madeira para instalaes e equipamentos deve ser proveniente de extrao legal, e, se tratada,deve ser com substncias e mtodos de aplicao que minimizem os riscos de contaminao aos animais,seus produtos e subprodutos.

    Pargrafo nico. Para uso de madeira tratada, necessria autorizao do OAC ou da OCS.

    Seo III

    Do Manejo dos AnimaisArt. 45. O manejo deve ser realizado de forma calma, tranquila e sem agitaes, sendo vedado o uso deinstrumentos que possam causar medo ou sofrimento aos animais.

    Art. 46. proibida a alimentao forada dos animais.

    Art. 47. Ser permitido o uso de inseminao artificial, cujo smen preferencialmente advenha de animaisde sistemas orgnicos de produo.

    Art. 48. Sero proibidas as tcnicas de transferncia de embrio, fertilizao in vitro, sincronizao de cioe outras tcnicas que utilizem induo hormonal artificial.

    Art. 49. O corte de ponta de chifres, a castrao, o mochamento e as marcaes, quando realmentenecessrios, devero ser efetuados na idade apropriada, visando reduzir processos dolorosos e acelerar otempo de recuperao.

    1 As prticas citadas no caput deste artigo, bem como o uso de anestsicos, nos casos em que sejamnecessrios para executlas, dever ser aprovado previamente pelo OAC ou OCS, da forma por elesestabelecida e de acordo com legislao vigente sobre o tema.

    2 No ser permitido o corte de dentes dos leites, a debicagem das aves, o corte da cauda de sunos,assim como a insero de "anel" no focinho, a descorna de animais e outras mutilaes no mencionadasno caput deste artigo.

    3 No sero permitidos sistemas de marcao que impliquem mutilaes nos animais.

    Art. 50. No ser permitida a prtica da muda forada em aves de postura.

    Art. 51. A iluminao artificial ser permitida desde que se garanta um perodo mnimo de 8 (oito) horaspor dia no escuro.

    Pargrafo nico. O perodo mnimo no escuro, previsto no caput deste artigo, no se aplica na fase inicialde criao de pintos, quando a iluminao artificial for a melhor opo como fonte de calor.

  • Art. 52. No ser permitido o uso de estmulos eltricos ou tranquilizantes quimiossintticos no manejo deanimais.

    Art. 53. proibido utilizar em servio animais feridos, enfermos, fracos ou extenuados ou obrigar animaisde servio a trabalhos excessivos ou superiores s suas foras por meio de torturas ou castigos.

    Art. 54. A doma de animais, quando feita em unidades de produo orgnica, deve ser realizada seguindoos princpios da doma racional.

    Art. 55. O transporte, o pr-abate e o abate dos animais, inclusive animais doentes ou descartados,devero atender ao seguinte:

    I - princpios de respeito ao bem-estar animal;

    II - reduo de processos dolorosos;

    III - procedimentos de abate humanitrio; e

    IV - a legislao especfica.

    1 No caso de animais que necessitem ser sacrificados, o uso de anestsico poder ser feito.

    2 No ser permitido manter, conduzir ou transportar animais, por qualquer meio de locomoo, decabea para baixo ou de qualquer outro modo que lhes produza sofrimento.

    3 No ser permitido manter animais embarcados sem gua e alimento por um perodo superior a 12(doze) horas.

    Art. 56. Nas exposies e aglomeraes, nos mercados e outros locais de venda, devero ser atendidos osprincpios de bemestar e necessidades fisiolgicas de cada espcie animal, atendendo legislaoespecfica.

    Seo IV

    Da Sanidade Animal

    Art. 57. Para obteno e manuteno da sade dos animais, deve-se utilizar o princpio da preveno:alimentao adequada, exerccios regulares e acesso a pastagem, os quais tm o efeito de promover asdefesas imunolgicas dos animais.

    Pargrafo nico. O sistema de pastejo deve ser preferencialmente rotativo para controle de parasitoses.Art. 58. O plano para promoo da sade animal, a que se refere o inciso VI do 2 do art. 8, deveridentificar os riscos e as estratgias para promoo e manuteno da sade animal.

    Pargrafo nico. O plano para promoo da sade animal deve prever o registro e a prospeco deindicadores de morbidade, mortalidade e incidncias das principais afeces na criao, bem como conteras medidas preventivas adotadas para o controle das enfermidades regionais e comuns a espcie, assimcomo medidas de biossegurana para a propriedade.

    Art. 59. proibido o uso de produtos quimiossintticos artificiais, hormnios, bem como qualquerproduto proveniente de organismos geneticamente modificados, exceo das vacinas obrigatrias.

    Pargrafo nico. Os tratamentos hormonais e quimiossintticos artificiais somente sero permitidos parafins teraputicos e, no caso de seu uso, devero ser respeitadas as disposies previstas no art. 63 desteRegulamento Tcnico.

  • Art. 60. Somente podero ser utilizadas na preveno e tratamento de enfermidades as substnciasconstantes no Anexo II deste Regulamento Tcnico.

    Pargrafo nico. Os produtos comerciais devem atender ao disposto nas legislaes especficas.

    Art. 61. obrigatrio o registro em livro especfico, a ser mantido na unidade de produo, de todateraputica utilizada nos animais, constando, no mnimo, as seguintes informaes:

    I - data de aplicao;

    II - perodo de tratamento;

    III - identificao do animal; e

    IV - princpio ativo do produto utilizado.

    Art. 62. Todas as vacinas e exames determinados pela legislao de sanidade animal sero obrigatrios.

    Art. 63. No caso de doenas ou ferimentos em que o uso das substncias permitidas no Anexo II desteRegulamento Tcnico no estejam surtindo efeito e o animal esteja em sofrimento ou risco de morte,excepcionalmente podero ser utilizados produtos quimiossintticos artificiais.

    1 Quando se fizer uso de produtos quimiossintticos artificiais, o perodo de carncia a ser respeitadopara que os produtos e subprodutos dos animais tratados possam voltar a ter o reconhecimento comoorgnicos dever ser duas vezes o perodo de carncia estipulado na bula do produto e, em qualquer caso,ser no mnimo de 96 horas.

    2 A utilizao de produtos quimiossintticos artificiais dever ser sempre informada ao OAC ou OCS,no prazo estabelecido por eles, que avaliaro a pertinncia de sua excepcionalidade e justificativa. 3 Cada animal s poder ser tratado com medicamentos no permitidos para uso na produo orgnicapor, no mximo, duas vezes no perodo de um ano.

    4 Se houver necessidade de se efetuar um nmero maior de tratamentos, do que o estipulado no 3deste artigo, o animal dever ser retirado do sistema orgnico.

    5 Durante o tratamento e no perodo de carncia, o animal dever ser identificado e alojado emambiente isolado do contato com os outros animais, obedecendo densidade estabelecida por esteregulamento para cada espcie animal, sendo que ele, seus produtos, subprodutos e dejetos no poderoser vendidos ou utilizados como orgnicos.

    CAPTULO III

    DOS SISTEMAS PRODUTIVOS E DAS PRTICAS DE MANEJO ORGNICO DE ABELHASMELFERAS

    Art. 64. As normas estabelecidas neste Captulo dizem respeito criao, fixa ou migratria, de abelhasmelferas em sistemas orgnicos de produo.

    Seo I

    Da Converso

    Art. 65. A localizao de apirios e meliponrios durante o perodo de converso deve obedecer aodisposto nos arts. 75 a 78 deste Regulamento Tcnico.

    Art. 66. O perodo de converso aplica-se tanto s unidades de produo em converso para sistemas

  • orgnicos, como para as colmeias trazidas de sistemas de produo no-orgnicos.

    Art. 67. Para que as colmeias, seus produtos e subprodutos possam ser reconhecidos como orgnicos,devem estar sob manejo orgnico por:I - no mnimo 120 (cento e vinte) dias para colmeias em produo; e

    II - no mnimo 30 (trinta) dias para enxames capturados dentro de unidades com sistemas de produoorgnica.

    Pargrafo nico. Transcorridos os prazos previstos nos incisos I e II, toda produo existente nas colmeiasdeve ser retirada e comercializada como produto no orgnico, a partir da as colmeias sero consideradasorgnicas.

    Art. 68. Durante o perodo de converso, a cera necessria para a fabricao de placas de cera deve serproveniente de unidades orgnicas de produo ou dos prprios oprculos.

    Pargrafo nico. proibida a reutilizao da cera e dos favos no obtidos em sistemas orgnicos.

    Art. 69. As melgueiras e os quadros das melgueiras em converso devem ser substitudos ou preparadoscom cera proveniente de unidades de produo orgnica.

    Pargrafo nico. Em circunstncias excepcionais, na indisponibilidade de cera produzida organicamente,poder ser autorizada, pelo OAC ou pela OCS, a utilizao de cera que no provenha de unidades deproduo orgnicas, nas quais no tenham sido utilizados ou aplicados produtos proibidos para produoorgnica de abelhas melferas e livres da presena de agentes etiolgicos de doenas.

    Art. 70. No ser necessria a substituio da cera quando, no enxame, no houve a utilizao prvia deprodutos proibidos por este Regulamento Tcnico.

    Seo II

    Da Origem das Abelhas

    Art. 71. Na escolha das raas, dever ser levada em considerao a capacidade das abelhas em seadaptarem s condies locais, sua vitalidade e sua resistncia a doenas.

    Art. 72. Os apirios e meliponrios devero ser constitudos, preferencialmente, por enxamesprovenientes de unidades de produo orgnica.

    Pargrafo nico. Os enxames adquiridos de unidades de produo no orgnicas ou em converso para omanejo orgnico, assim como os enxames que venham a se instalar espontaneamente na prpria unidadede produo, devero passar por perodo de converso.

    Art. 73. Para fins de reposio, podero ser adquiridos at 10% (dez por cento) de enxames no orgnicospor ano.

    Pargrafo nico. Em casos fortuitos ou de fora maior, o OAC ou a OCS poder autorizar a aquisio deuma porcentagem maior de enxames, desde que observado o perodo de converso.

    Art. 74. Ser permitida a captura de enxames na natureza, desde que verificada a ausncia de doenas eobservado o perodo de converso.

    Seo III

    Da Localizao dos Apirios e Meliponrios

  • Art. 75. Os apirios e meliponrios devero estar instalados em unidades de produo orgnica, em reasnativas ou em reas de reflorestamento.

    Pargrafo nico. A instalao de apirios em reas de reflorestamento depender da autorizao do OACou da OCS.

    Art. 76. O produtor dever apresentar croqui em escala adequada da unidade de produo ao OAC ou OCS.

    1 O croqui dever indicar os locais de implantao de colmeias.

    2 O OAC ou a OCS poder exigir anlises comprobatrias de que as regies acessveis s abelhasatendem ao estabelecido neste Regulamento Tcnico.

    Art. 77. A localizao de apirios e meliponrios orgnicos deve ser avaliada levando-se em consideraoa presena de nctar e plen num raio de no mnimo 3 km (trs quilmetros) e que essa rea sejaconstituda essencialmente por:

    I - culturas em manejo orgnico;II - vegetao nativa ou espontnea; ou

    III - outras culturas em que no tenham sido utilizados ou aplicados produtos proibidos para a agriculturaorgnica.

    Pargrafo nico. Dentro do raio estabelecido, no podero existir fontes potenciais de contaminao, taiscomo zonas urbanas e industriais, aterros e depsitos de lixo sendo responsabilidade do OAC ou da OCSa verificao desses riscos.

    Art. 78. Os apirios e meliponrios devem ser instalados em locais onde os operadores tenham acapacidade de monitorar todas as atividades que possam afetar as colmeias.

    Seo IV

    Da Alimentao

    Art. 79. Dever haver disponibilidade de gua de boa qualidade nas proximidades do apirio emeliponrio.

    Art. 80. Ao trmino de cada estao de produo, devero ser deixadas reservas de mel suficientes para asobrevivncia dos enxames at o incio de uma nova estao de produo.

    Art. 81. No caso de deficincias temporrias de alimento devido a condies climticas adversas, poderser administrada alimentao artificial ao enxame, devendo ser utilizados mel, acares e plantasproduzidas organicamente, preferencialmente da mesma unidade de produo.

    1 No caso de ausncia de produtos produzidos organicamente e, de acordo com o OAC ou com a OCS,podero ser utilizados produtos no orgnicos, desde que nestes no tenham sido utilizados produtos noregulamentados para uso na produo orgnica.

    2 A alimentao artificial s poder ser fornecida:

    I - aps a ltima colheita;

    II - at 15 (quinze) dias antes do incio do perodo subsequente de produo; e

    III - mediante prvia aprovao pelo OAC ou OCS.

  • 3 Os apirios e meliponrios que utilizarem alimentao artificial devero manter registros ondeconstem o tipo e a quantidade de produto utilizado, as datas da utilizao e os enxames alimentados.

    Seo V

    Do Manejo SanitrioArt. 82. Os enxames que apresentarem sintomas de doenas devem ser tratados imediatamente comprodutos estabelecidos no Anexo II deste Regulamento Tcnico, devendo-se dar preferncia aostratamentos fitoterpicos e homeopticos.

    Art. 83. Em caso de tratamento com substncias qumicas sintticas, os produtos obtidos no podero sercomercializados como orgnicos.

    Pargrafo nico. Para recuperar a condio de orgnico, o apirio e o meliponrio devero passar porperodo de converso, contado a partir da ltima aplicao do medicamento, exceto no caso de aplicaode medicamento de uso obrigatrio imposto pela legislao de sanidade animal.

    Art. 84. Ser obrigatrio o registro de toda teraputica utilizada, em livro especfico, a ser mantido naunidade de produo, constando, no mnimo, as seguintes informaes:

    I - data de aplicao;

    II - perodo de tratamento;

    III - identificao da colmeia; e

    IV - produto utilizado.

    Art. 85. Para desinfeco, higienizao e controle de pragas dos enxames, sero autorizadas assubstncias constantes do Anexo IV deste Regulamento Tcnico.

    Seo VI

    Do Manejo das ColmeiasArt. 86. proibida a colheita de mel a partir de favos que contenham ovos ou larvas de abelhas e adestruio das abelhas nos favos como mtodo associado colheita de produtos, assim como no sopermitidas mutilaes nas abelhas, tais como o corte das asas.

    Art. 87. Ser permitida a substituio de abelha-rainha com supresso da antiga.

    Art. 88. A prtica da supresso dos machos somente ser permitida como meio de conteno da infestaopelo caro Varroa jacobsoni.Art. 89. O deslocamento das colmeias somente poder ser efetuado mediante acordo com o OAC ou coma OCS.

    Art. 90. Ser proibido o uso de repelentes qumicos de sntese durante as operaes de extrao de mel.

    Art. 91. proibido o uso de materiais de revestimento e outros materiais com efeitos txicos naconfeco e na proteo de caixas para acondicionamento dos enxames.

    Art. 92. No permitido o uso de telhas de amianto ou outro material txico, para a cobertura dascolmeias.

  • Art. 93. Para a produo de fumaa, necessria para o manejo das abelhas, devero ser usados materiaisnaturais ou madeira sem tratamento qumico.

    Pargrafo nico. vedado o uso de combustveis que gerem gases txicos, tais como querosene egasolina, para viabilizar a queima do material gerador da fumaa.

    TTULO III

    DOS SISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO VEGETAL

    CAPTULO I

    DOS OBJETIVOS

    Art. 94. Os sistemas orgnicos de produo vegetal devem priorizar:

    I - a utilizao de material de propagao originrio de espcies vegetais adaptadas s condiesedafoclimticas locais e tolerantes a pragas e doenas;

    II - a reciclagem de matria orgnica como base para a manuteno da fertilidade do solo e a nutrio dasplantas;

    III - a manuteno da atividade biolgica do solo, o equilbrio de nutrientes e a qualidade da gua;

    IV - a adoo de manejo de pragas e doenas que:a) respeite o desenvolvimento natural das plantas;

    b) respeite a sustentabilidade ambiental;

    c) respeite a sade humana e animal, inclusive em sua fase de armazenamento; e

    d) privilegie mtodos culturais, fsicos e biolgicos;

    V - a utilizao de insumos que, em seu processo de obteno, utilizao e armazenamento, nocomprometam a estabilidade do habitat natural e do agroecossistema, no representando ameaa ao meioambiente e sade humana e animal.

    CAPTULO II

    DOS SISTEMAS PRODUTIVOS E DAS PRTICAS DE MANEJO

    Art. 95. A diversidade na produo vegetal dever ser assegurada, no mnimo, pela prtica de associaode culturas a partir das tcnicas de rotao e consrcios.

    Pargrafo nico. Para culturas perenes, a diversidade dever ser assegurada, no mnimo, pela manutenode cobertura viva do solo.

    Art. 96. A irrigao e a aplicao de insumos devem ser realizadas de forma a evitar desperdcios epoluio da gua de superfcie ou do lenol fretico.

    Art. 97. As instalaes de armazenagem e manipulao de esterco, incluindo as reas de compostagem,devero ser projetadas, implantadas e operadas de maneira a prevenir a contaminao das guassubterrneas e superficiais.

    Art. 98. proibido o uso de reguladores sintticos de crescimento na produo vegetal orgnica.

  • Pargrafo nico. Os reguladores de crescimento similares aos encontrados na natureza so permitidos,desde que obedeam ao mesmo modo de ao dos reguladores de origem natural ou biolgica, respeitadosos princpios da produo orgnica.

    Art. 99. Nas atividades de ps-colheita, a unidade de produo deve instalar sistemas que permitam o usoe a reciclagem da gua e dos resduos, evitando o desperdcio e a contaminao qumica e biolgica doambiente.

    Seo I

    Das Sementes e Mudas

    Art. 100. As sementes e mudas devero ser oriundas de sistemas orgnicos.

    1 O OAC ou o OCS, caso constatem a indisponibilidade de sementes e mudas oriundas de sistemasorgnicos, ou a inadequao das existentes situao ecolgica da unidade de produo, poderoautorizar a utilizao de outros materiais existentes no mercado, dando preferncia aos que no tenhamrecebido tratamento com agrotxicos ou com outros insumos no permitidos neste Regulamento Tcnico.

    2 As excees de que trata o 1 deste artigo no se aplicam aos brotos comestveis, que somentepodem ser produzidos com sementes orgnicas.

    3 Fica proibida utilizao de sementes e mudas no obtidas em sistemas orgnicos de produo a partirde 19 de dezembro de 2013.

    Art. 101. proibida a utilizao de organismos geneticamente modificados em sistemas orgnicos deproduo vegetal.

    Art. 102. vedado o uso de agrotxico sinttico no tratamento e armazenagem de sementes e mudasorgnicas.

    Seo II

    Da Fertilidade do Solo e Fertilizao

    Art. 103. Somente permitida a utilizao de fertilizantes, corretivos e inoculantes que sejam constitudospor substncias autorizadas no Anexo V deste Regulamento Tcnico e de acordo com a necessidade deuso prevista no Plano de Manejo Orgnico.Pargrafo nico. A utilizao desses insumos dever ser autorizada especificamente pelo OAC ou pelaOCS, que devem especificar:

    I - as matrias-primas e o processo de obteno do produto;

    II - a quantidade aplicada; e

    III - a necessidade de anlise laboratorial em caso de suspeita de contaminao.

    Art. 104. Em caso de suspeita de contaminao dos insumos de que trata o art. 103, dever ser exigida,pelo OAC ou pela OCS, a anlise laboratorial e, se constatada a contaminao, estes no podero serutilizados em sistemas orgnicos de produo.

    Art. 105. Devero ser mantidos registros e identificaes, detalhados e atualizados, das prticas de manejoe insumos utilizados nos sistemas de produo orgnica.

    Seo III

  • Do Manejo de PragasArt. 106. Somente podero ser utilizadas para o manejo de pragas, nos sistemas de produo orgnica, assubstncias e prticas elencadas no Anexo VII deste Regulamento Tcnico.

    Pargrafo nico. As substncias e prticas devem ter o seu uso autorizado pelo OAC ou pela OCS.

    Art. 107. Os insumos destinados ao controle de pragas na agricultura orgnica no devero gerar resduos,nos seus produtos finais, que possam acumular-se em organismos vivos ou conter contaminantesmalficos sade humana, animal ou do ecossistema.

    Art. 108. vedado o uso de agrotxicos sintticos, irradiaes ionizantes para combate ou preveno depragas e doenas, inclusive na armazenagem.

    Art. 109. So proibidos insumos que possuam propriedades mutagnicas ou carcinognicas.

    TTULO IV

    CRITRIOS PARA ALTERAO DE NORMAS E LISTAS DE SUBSTNCIAS E PRTICASPERMITIDAS PARA USO NA PRODUO ORGNICA

    Art. 110. Os critrios para a alterao de listas de substncias e prticas permitidas para uso na agriculturaorgnica devero ser observados, no processo de anlise das propostas, pelas Comisses da ProduoOrgnica nas Unidades da Federao (CPOrgs) e pela Comisso Nacional da Produo Orgnica(CNPOrg).

    CAPTULO I

    DAS ALTERAES DAS PRTICAS E LISTAS DE SUBSTNCIAS PERMITIDAS PARA USO NAPRODUO ORGNICA

    Seo I

    Das Propostas de Incluso e Excluso de Substncias e Prticas

    Art. 111. As propostas de incluso e excluso de substncias e prticas permitidas para uso na produoorgnica devero ser submetidas apreciao das CPOrgs e CNPOrg, que as encaminharo,acompanhadas de parecer, Coordenao de Agroecologia (COAGRE), que deliberar sobre a matria.

    Art. 112. Na avaliao das propostas de incluso ou excluso de substncias e prticas nas listas, deveroser considerados os seguintes aspectos:

    I - descrio detalhada do produto e de suas condies de uso, abordando aspectos relacionados toxicidade, seletividade, impactos sobre o meio ambiente, sade humana e animal;

    II - situao da substncia e prticas em listas de normas internacionais ou de legislaes de pases oublocos, de referncia em agricultura orgnica;

    III - o comprometimento da percepo por parte dos consumidores sobre o que considerado produtoorgnico; e

    IV - a oposio ou resistncia ao consumo como consequncia da incluso da substncia ou prtica nosistema orgnico de produo.

    Seo II

    Dos Critrios para Incluso de Substncias e Prticas

  • Art. 113. Somente ser aprovada a incluso nas listas de substncias e prticas permitidas para a produoorgnica aquelas que atendam aos seguintes critrios:

    I - estejam de acordo com os princpios da produo orgnica;II - apresentem argumentos que comprovem a necessidade de a substncia ser includa, fundamentadosnos seguintes critrios:

    a) produtividade;

    b) conservao e remineralizao dos solos;

    c) qualidade do produto;

    d) segurana ambiental;

    e) proteo ecolgica;

    f) bem-estar humano e animal; e

    g) indisponibilidade de alternativas aprovadas em quantidade ou qualidade suficientes;

    III - sejam preferencialmente passveis de serem geradas em sistemas orgnicos de produo;IV - sejam prioritariamente renovveis, seguidas das de origem mineral e, por fim, das quimicamenteidnticas aos produtos naturais;

    V - possam sofrer processos mecnicos, fsicos, qumicos, enzimticos e ao de microrganismos,observadas as excees e restries estabelecidas na Lei n 10.831, de 23 de dezembro de 2003, e na suaregulamentao;

    VI - o processo de obteno das substncias no deve afetar a estabilidade do habitat natural nem amanuteno da biodiversidade original da rea de extrao;

    VII - no devem ser prejudiciais nem produzir impacto negativo prolongado sobre o meio ambiente,assim como no dever acarretar poluio da gua superficial ou subterrnea, do ar ou do solo;

    VIII - sejam avaliados todos os estgios durante o processamento, uso e decomposio da substncia,sendo consideradas as seguintes caractersticas:

    a) todas as substncias devem ser degradveis a gs carbnico, gua ou a sua forma mineral;

    b) as substncias com elevada toxicidade aos organismos que no sejam alvo de sua ao principaldevero possuir meia vida de no mximo 5 (cinco) dias; e

    c) as substncias naturais no txicas no necessitaro apresentar degradabilidade dentro de prazoslimitados;

    IX - no produzam efeitos negativos sobre aspectos da qualidade do produto tais como paladar,capacidade de armazenamento e aparncia; e

    X - no produzam influncia negativa sobre o desempenho natural ou sobre as funes orgnicas dosanimais criados na unidade de produo.

    Art. 114. O uso de uma substncia em sistemas orgnicos de produo poder ser restrito a culturas,criaes, regies e condies especficas de utilizao.

  • Art. 115. Quando da incluso das substncias quimicamente idnticas aos produtos naturais, devero serconsiderados os aspectos ecolgicos, tcnicos e econmicos.

    Art. 116. Quando as substncias apresentarem toxicidade a organismos que no sejam alvo de sua aoprincipal, ser necessrio estabelecer restries para seu uso, a fim de garantir a sobrevivncia daquelesorganismos.

    1 Nos casos descritos no caput deste artigo, devero ser estabelecidas as dosagens mximas a seremaplicadas.

    2 Quando no for possvel adotar as medidas restritivas cabveis, citadas no caput deste artigo, o uso dasubstncia dever ser proibido.

    Seo III

    Dos Critrios para Excluso de Substncias e Prticas

    Art. 117. A aprovao da excluso de substncias e prticas permitidas para a produo orgnica deveobservar os seguintes requisitos:

    I - justificao da necessidade de excluso da substncia, com base em critrios como:a) produtividade;

    b) qualidade do produto;

    c) segurana ambiental;

    d) proteo ecolgica;

    e) bem-estar humano e animal; e

    f) disponibilidade de alternativas aprovadas em quantidade ou qualidade suficientes;

    II - comprovao de que o seu uso compromete a percepo dos consumidores sobre o que consideradoproduto orgnico ou gere resistncia ao seu consumo.

    Art. 118. Esta Instruo Normativa entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 119. Fica revogada a Instruo Normativa MAPA n 64, de 18 de dezembro de 2008.

    MENDES RIBEIRO FILHO

    ANEXO I

    RELAO DE SUBSTNCIAS PERMITIDAS PARA USO NA SANITIZAO DE INSTALAESE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA PRODUO ANIMAL ORGNICA

    SUBSTNCIA1. Hipoclorito de Sdio2. Perxido de Hidrognio3. Cal e cal virgem4. cido Fosfrico5. cido Ntrico6. lcool Etlico7. cido Peractico

  • 8. Soda Custica9. Extratos Vegetais10. Microrganismos (Biorremediadores)11. Sabes e Detergentes Neutros e Biodegradveis12. Sais Minerais Solveis13. Oxidantes Minerais14. Iodo

    As substncias de que trata este Anexo devero ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido noplano de manejo orgnico.ANEXO II

    DA INSTRUO NORMATIVA N 046 DE 06 DE OUTUBRO DE 2011

    RELAO DE SUBSTNCIAS PERMITIDAS NA PREVENO E TRATAMENTO DEENFERMIDADES DOS ANIMAIS ORGNICOS

    SUBSTNCIA1.Enzimas2.Vitaminas3.Aminocidos4.Prpolis5.Micro-organismos6.Preparados homeopticos7.Fitoterpicos8.Extratos vegetais9.Minerais10.Veculos (proibido os sintticos)11.Sabes e detergentes neutros e biodegradveis

    As substncias de que trata este Anexo devero ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido noplano de manejo orgnico.ANEXO III

    DA INSTRUO NORMATIVA N 046 DE 06 DE OUTUBRO DE 2011

    RELAO DE SUBSTNCIAS PERMITIDAS PARA A ALIMENTAO DE ANIMAIS EMSISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO

    SUBSTNCIAS CONDIES DE USO1.Resduos de origemvegetal

    2.Melao Utilizado como aglutinante nos alimentos compostos

    3.Farinha de algas Algas marinhas tm de ser lavadas a fim de reduzir o teorde iodo4.Ps e extratos deplantas

    5.Extratos proticosvegetais

    6.Leite, produtos esubprodutos lcteos

    Lactose em p somente extrada por meio de tratamentofsico

    7.Peixe, crustceos e

  • moluscos, seus produtose subprodutos

    Permitidas para animais de hbito onvoro. Os produtos esubprodutos no podem ser refinados

    8.Sal marinho O produto no pode ser refinado

    9.Vitaminas epr-vitaminas

    Derivadas de matrias-primas existentes naturalmente nosalimentos. Quando de origem sinttica, o produtor deveradotar estratgias que visem eliminao do seu uso at19 de dezembro de 2013.

    10.Enzimas Desde que de origem natural11.Micro-organismos 12.cido frmico Para uso apenas para ensilagemcido actico cido lctico cido propinico 13.Slica coloidal Utilizados como agentes aglutinantes, antiaglomerantes e

    coagulantes (aditivos tecnolgicos)Diatomita Sepiolita Bentonita Argilas caulinticas Vermiculita Perlita

    14.Sulfato de sdio Permitidos desde que no contenham resduoscontaminantes oriundos do processo de fabricao

    Carbonato de sdio Bicarbonato de sdio Cloreto de sdio Sal no refinado Carbonato de clcio Lactato de clcio Gluconato de clcio Calcrio calctico Fosfatos biclcicos deosso precipitados

    Fosfato biclcicodesfluorado

    Fosfato monoclcicodesfluorado

    Magnsio anidro Sulfato de magnsio

    15.Cloreto de magnsio Permitidos desde que no contenham resduoscontaminantes oriundos do processo de fabricao

    Carbonato de magnsio Carbonato ferroso Sulfato ferrosomono-hidratado

    xido frrico Iodato de clcio anidro Iodato de clciohexa-hidratado

    Iodeto de potssio Sulfato de cobalto monoou heptahidratado

    Carbonato bsico de

  • cobalto mono-hidratado xido cprico Carbonato bsico decobre mono-hidratado

    Sulfato de cobrepenta-hidratado

    Carbonato manganoso xido manganoso exido mangnico

    Sulfato manganoso monoou tetra-hidratado

    Carbonato de zinco xido de zinco Sulfato de zinco mono ouhepta-hidratado

    Molibdato de amnio Molibdato de sdio Selenato de sdio Selenito de sdio

    ANEXO IV

    DA INSTRUO NORMATIVA N 046 DE 06 DE OUTUBRO DE 2011

    RELAO DE SUBSTNCIAS PERMITIDAS PARA DESINFESTAO, HIGIENIZAO ECONTROLE DE PRAGAS DAS COLMEIAS EM SISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO

    PRODUTO1.Cal (xido de clcio) e cal virgem2.Hipoclorito de sdio3.lcool4.Soda custica5Perxido de hidrognio6Potassa custica (xido ou hidrxido de potssio)7cidos peractico, actico, oxlico, frmico e ltico8Timol, eucaliptol e mentol9Enxofre10.Agentes de controle biolgico11.Detergentes biodegradveis12.Sabes sdicos e potssicos13.Extratos vegetais

    As substncias de que trata este Anexo devero ser utilizadas de acordo com o que estiver estabelecido noplano de manejo orgnico.ANEXO V

    DA INSTRUO NORMATIVA N 046 DE 06 DE OUTUBRO DE 2011

    SUBSTNCIAS E PRODUTOS AUTORIZADOS PARA USO EM FERTILIZAO E CORREODO SOLO EM SISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO

    Restries, descrio, requisitos de composio e condies deuso

  • SUBSTNCIASE PRODUTOS CondiesGerais

    Condies adicionais para as substncias eprodutos obtidos de sistemas de produo noorgnicos

    1.Compostoorgnico,vermicomposto eoutros resduosorgnicos deorigem vegetal eanimal

    Definio daquantidade a serutilizada emfuno domanejo e dafertilidade dosolo tendo comoreferncia osparmetrostcnicos derecomendaesregionais, deforma a evitarpossveisimpactosambientais

    Desde que os limites mximos decontaminantes no ultrapassem osestabelecidos no Anexo VI; Permitido somentecom a autorizao do OAC ou da OCS

    2.Compostoorgnicoproveniente delixo domstico

    Permitidosdesde queoriundo decoleta seletiva;Permitido paraculturas perenesdesde quebioestabilizadoe no usadodiretamente naspartes areascomestveis;Definio daquantidade a serutilizada emfuno domanejo e dafertilidade dosolo tendo comoreferncia osparmetrostcnicos derecomendaesregionais deforma a evitarpossveisimpactosambientais;

    Permitido somente com a autorizao do OACou da OCS; Desde que os limites mximos decontaminantes no ultrapassem osestabelecidos no Anexo VI

    Proibidoaplicao naspartes areascomestveisquando utilizadocomo adubaode cobertura;Permitidosdesde que seuuso e manejo Permitido somente com a autorizao do OAC

  • 3.Excrementos deanimais econtedo derumem e devsceras

    no causemdanos sade eao meioambiente;Definio daquantidade a serutilizada emfuno domanejo e dafertilidade dosolo tendo comoreferncia osparmetrostcnicos derecomendaesregionais deforma a evitarpossveisimpactosambientais

    ou da OCS; Permitidos desde que compostadose bioestabilizados; O produto oriundo desistemas de criao com o uso intensivo dealimentos e produtos veterinrios proibidospela legislao de orgnicos s ser permitidoquando na regio no existir alternativadisponvel, desde que os limites decontaminantes no ultrapassem osestabelecidos no Anexo VI. O produtor deveradotar estratgias que visem a eliminao destetipo de insumo at 19 de dezembro de 2013.

    4.Adubos verdes

    5.Biofertilizantesobtidos decomponentes deorigem vegetal

    Permitidosdesde que seuuso e manejono causemdanos sade eao meioambiente

    Permitidos desde que a matria-prima nocontenha produtos no permitidos pelaregulamentao da agricultura orgnica.Permitido somente com a autorizao do OACou da OCS

    6.Biofertilizantesobtidos decomponentes deorigem animal

    Permitidosdesde que seuuso e manejono causemdanos sade eao meioambiente;Permitidosdesde quebioestabilizados;O uso em partescomestveis dasplantas estcondicionado autorizao peloOAC ou pelaOCS

    Permitidos desde que a matria-prima nocontenha produtos no permitidos pelaregulamentao da agricultura orgnica;Permitido somente com a autorizao do OACou da OCS

    Permitidosdesde quebioestabilizados;O uso em partescomestveis dasplantas estcondicionado autorizao peloOAC ou pelaOCS Permitidosdesde que seuuso e manejo

  • 7.Produtosderivados daaquicultura epesca 8.Resduosde biodigestores ede lagoas dedecantao efermentao

    no causemdanos sade eao meioambiente;Permitidosdesde quebioestabilizados;O uso em partescomestveis dasplantas estcondicionado autorizao peloOAC ou pelaOCS; Este itemno se aplica aresduos debiodigestores elagoas querecebamexcrementoshumanos

    Restrio para contaminao qumica ebiolgica; Permitidos desde que os limitesmximos de contaminantes no ultrapassem osestabelecidos no Anexo VI; Permitido somentecom a autorizao do OAC ou da OCS; Oprodutor dever adotar estratgias que visem eliminao deste tipo de insumo at 19 dedezembro de 2013.

    9.Excrementoshumanos e deanimais carnvorosdomsticos

    No aplicado acultivos paraconsumohumano;Bioestabilizado;No aplicadoem adubao decobertura nasuperfcie dosolo e partearea dasplantas;Permitidosomente com aautorizao doOAC ou daOCS

    Uso proibido.

    10.Inoculantes,microorganismose enzimas

    Desde que no sejam geneticamentemodificados ou originrios de organismosgeneticamente modificados; Desde que nocausem danos sade e ao ambiente.

    11.Ps de rocha Respeitados os limites mximos de metaispesados constantes no anexo VI

    12.ArgilasDesde queproveniente deextrao legal

    13.Fosfatos deRocha,Hiperfosfatos eTermofosfatos

    14.Sulfato depotssio e sulfatoduplo de potssio

    Desde que obtidos por procedimentos fsicos,no enriquecidos por processo qumico e notratados quimicamente para o aumento dasolubilidade; Permitido somente com aautorizao do OAC ou da OCS em que

  • e magnsio estiverem inseridos os agricultores familiaresem venda direta.

    15.Micronutrientes

    16.Sulfato deClcio (Gesso)

    Desde que o nvel de radiatividade noultrapasse o limite mximo regulamentado.Gipsita (gesso mineral) sem restrio.

    17.Carbonatos,xidos ehidrxidos declcio e magnsio(Calcrios e cal)

    18.TurfaDesde queproveniente deextrao legal.

    19.Algas MarinhasDesde queprovenientes deextrao legal.

    20.Preparadosbiodinmicos

    21.Enxofreelementar Desde que autorizado pelo OAC ou pela OCS

    22.P de serra,casca e outrosderivados damadeira, p decarvo e cinzas

    Permitidosdesde que amatria-primano estejacontaminada porsubstncias nopermitidas parauso em sistemasorgnicos deproduoProibido o usode extratopirolenhoso

    Permitidos desde que no sejam oriundos deatividade ilegal

    23.Produtosprocessados deorigem animalprocedentes dematadouros eabatedouros

    Definio daquantidade a serutilizada emfuno domanejo e dafertilidade dosolo tendo comoreferncia osparmetrostcnicos derecomendaesregionais deforma a evitarpossveisimpactosambientais.

    Permitidos desde que no sejam oriundos deatividade ilegal

    24.Substrato paraplantas

    Permitidosdesde queobtido semcausar danoambiental.

    Proibido o uso de radiao; Permitido desdeque sem enriquecimento com fertilizantes nopermitidos neste Regulamento Tcnico

    Definio da

  • 25.Produtos,subprodutos eresduosindustriais deorigem animal evegetal

    quantidade a serutilizada emfuno domanejo e dafertilidade dosolo tendo comoreferncia osparmetrostcnicos derecomendaesregionais deforma a evitarpossveisimpactosambientais

    Proibido o uso de vinhaa amnica; Permitidosdesde que no tratados com produtos nopermitidos neste Regulamento Tcnico

    26.Escriasindustriais dereao bsica

    Permitidas desde que autorizadas pelo OAC oupela OCS.

    27.Sulfato demagnsio ouKieserita

    Sais de extraomineral.Permitido desdeque de origemnatural.

    ANEXO VI

    VALORES DE REFERNCIA UTILIZADOS COMO LIMITES MXIMOS DE CONTAMINANTESADMITIDOS EM COMPOSTOS ORGNICOS, RESDUOS DE BIODIGESTOR, RESDUOS DELAGOA DE DECANTAO E FERMENTAO, E EXCREMENTOS ORIUNDOS DE SISTEMADE CRIAO COM O USO INTENSO DE ALIMENTOS E PRODUTOS OBTIDOS DE SISTEMASNO ORGNICOS

    Elemento Limite (mg kg de matria seca)-11.Arsnio 202.Cdmio 0,73.Cobre 704.Nquel 255.Chumbo 456.Zinco 2007.Mercrio 0,48.Cromo (VI) 0,09.Cromo (total) 7010.Coliformes Termotolerantes(nmero mais provvel porgrama de matria seca - NMP/gde MS)

    1.000

    11.Ovos viveis de helmintos(nmero por quatro gramas deslidos totais - n em 4g ST)o

    1

    SP12.Salmonella Ausncia em 10g de matria seca

    ANEXO VII

    SUBSTNCIAS E PRTICAS PARA MANEJO, CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS NOSVEGETAIS E TRATAMENTOS PS-COLHEITA NOS SISTEMAS ORGNICOS DE PRODUO

  • Substncias eprticas Descrio, requisitos de composio e condies de uso

    1.Agentes decontrole biolgicode pragas e doenas

    O uso de preparados virticos, fngicos ou bacteriolgicosdever ser autorizado pelo OAC ou pela OCS; proibida autilizao de organismos geneticamente modificados

    2.Armadilhas deinsetos, repelentesmecnicos emateriais repelentes

    O uso de materiais com substncia de ao inseticida dever serautorizado pelo OAC ou pela OCS.

    3.Semioqumicos(feromnio ealeloqumicos)

    Quando s existirem no mercado produtos associados asubstncias com uso proibido para agricultura orgnica, estes spodero ser utilizados em armadilhas ou sua aplicao deverser realizada em estacas ou em plantas no comestveis, sendoproibida a aplicao por pulverizao.

    4.Enxofre Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.5.Caldas bordalesae sulfoclcica Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.

    6.Sulfato deAlumnio Soluo em concentrao mxima de 1%.

    Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.

    7.P de Rocha Respeitados os limites mximos de metais pesados constantesno Anexo VI

    8.Prpolis9.Cal hidratada10.Extratos deinsetos

    11.Extratos deplantas e outrospreparadosfitoterpicos

    Podero ser utilizados livremente em partes comestveis osextratos e preparados de plantas utilizadas na alimentaohumana; O uso do extrato de fumo, piretro, rotenona eAzadiractina naturais, para uso em qualquer parte da planta,dever ser autorizado pelo OAC ou pela OCS sendo proibido ouso de nicotina pura; Extratos de plantas e outros preparadosfitoterpicos de plantas no utilizadas na alimentao humanapodero ser aplicados nas partes comestveis desde que existamestudos e pesquisas que comprovem que no causam danos sade humana, aprovados pelo OAC ou OCS.

    12.Sabo edetergente neutrose biodegradveis13.Gelatina14.Terrasdiatomceas Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS

    15.lcool etlico Necessidade de autorizao OAC ou pela OCS16.Alimentos deorigem animal evegetal

    Desde que isentos de componentes no autorizados por esteRegulamento Tcnico

    17Ceras naturais

    18.leos vegetais ederivados

    Desde que autorizado pelo OAC ou pela OCS; Desde queisentos de componentes no autorizados por este RegulamentoTcnico

    19.leos essenciais20.Solventes(lcool e amonaco)

    Uso proibido em ps-colheita Necessidade de autorizao peloOAC ou pela OCS.

    21.cidos naturais Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.

  • 22.Casena 23.Silicatos declcio e magnsio

    Respeitados os limites mximos de metais pesados constantesno anexo VI

    24.Bicarbonato desdio

    25.Permanganatode potssio

    Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.Uso proibido em ps-colheita

    26.Preparadoshomeopticos ebiodinmicos

    27.Carbureto declcio

    Agente de maturao de frutasNecessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.

    28.Dixido decarbono, gs denitrognio(atmosferamodificada) etratamento trmico

    Necessidade de autorizao pelo OAC ou pela OCS.

    29.Bentonita 30.Algas marinhas,farinhas e extratosde algas

    Desde que proveniente de extrao legal.Desde que sem tratamento qumico.

    31.Cobre nasformas dehidrxido,oxicloreto, sulfato,xido e octanoato.

    Uso proibido em ps-colheitaUso como fungicida. Necessidade de autorizao pela OAC oupela OCS, de forma a minimizar o acmulo de cobre no solo.Quantidade mxima a ser aplicada: 6 kg de cobre/ha/ano.

    32.Bicarbonato depotssio Necessidade de autorizao pela OAC ou pela OCS.

    33.leo mineral Uso proibido em ps-colheitaNecessidade de autorizao pela OAC ou pela OCS.34.Etileno Agente de maturao de frutas.

    35.Fosfato de ferro Uso proibido em ps-colheitaUso como moluscicida.36.Termoterapia 37.Dixido deCloro

    D.O.U., 07/10/2011 - Seo 1