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Instrução Normativa de Referência para Licenciamento Ambiental de Postos Revendedores Elaboração Revisão Data Página Maio/2014 00 1 OBJETIVO Estabelecer critérios, procedimentos, trâmite administrativo e premissas para o Licenciamento Ambiental de Postos Revendedores, considerando a Resolução CONAMA nº 273 de 29.11.2000 e as legislações ambientais vigentes. REFERÊNCIAS 1) Resoluções CONAMA nº 273 de 29.11.2000, CONAMA 237 de 19.12.1997, CONAMA 398 de 11.06.2008, CONAMA nº 420 , de 28 de dezembro de 2009 2) Normas ABNT NBR 7.229, NBR 10.004, NBR 13.784, NBR 13.969, NBR 14.605, NBR 14.973,NBR 15.515- 3 3) Decisão de Diretoria nº 263/2009/P - CETESB, de 20 de outubro de 2009 4) Proposta ABEMA de Norma de Gestão de Áreas Contaminadas, que dispões sobre os procedimentos para a realização de investigações ambientais, plano de intervenção e outros requisitos. 5) ASTM (American Society for TestingandMaterials - EUA) PS-104-98, E-2081-00 (2004) e1 que dispõe sobre análises de risco 6) DZ-0077.R-0 (RJ) que estabelece procedimentos, define responsabilidades e institui o Termo de Encerramento (TE) de atividades consideradas potencialmente poluidoras ou degradadoras do ambiente. TERMOS E DEFINIÇÕES Ações de Intervenção Emergenciais: ações necessárias para eliminação ou redução de risco iminente, imediato e outros potenciais riscos. Área Contaminada: área onde as concentrações de substâncias químicas de interesse estão acima dos valores de referência, indicando a existência de risco potencial à segurança, à saúde humana ou ao meio ambiente. Avaliação de risco ambiental: processo pelo qual são identificados, avaliados e quantificados os riscos àsaúde humana ou a bem de relevante interesse ambiental a ser protegido Avaliação Preliminar de Risco (APR): processo de identificação de perigos, suas causas eefeitos sobre os trabalhadores, a população vizinha e sobre o meio ambiente, sugerindo medidas de mitigação dos riscos associados. Biocombustível: combustível derivado de biomassa renovável, para uso em motores à combustão interna ou, conforme regulamentado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), que possa substituir parcial ou totalmente os combustíveis de origem fóssil. Destinação Correta de Resíduos Sólidos Perigosos: procedimentos técnicos em que os resíduos sólidos perigosos são descaracterizados de sua forma inicial, e que seus elementos constituintes são reaproveitados, reciclados,descartados por processos que utilizam técnica(s) admitida(s) pelos órgãos ambientais competentes, observando a Política Nacional de Resíduos Sólidos e outras legislaçõeslocais

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Instrução Normativa de Referência para Licenciamento Ambiental de Postos

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Maio/2014 00 1

OBJETIVO Estabelecer critérios, procedimentos, trâmite administrativo e premissas para o Licenciamento Ambiental de Postos Revendedores, considerando a Resolução CONAMA nº 273 de 29.11.2000 e as legislações ambientais vigentes. REFERÊNCIAS

1) Resoluções CONAMA nº 273 de 29.11.2000, CONAMA 237 de 19.12.1997, CONAMA 398 de 11.06.2008, CONAMA nº 420 , de 28 de dezembro de 2009

2) Normas ABNT NBR 7.229, NBR 10.004, NBR 13.784, NBR 13.969, NBR 14.605, NBR 14.973,NBR 15.515-3

3) Decisão de Diretoria nº 263/2009/P - CETESB, de 20 de outubro de 2009 4) Proposta ABEMA de Norma de Gestão de Áreas Contaminadas, que dispões sobre os procedimentos

para a realização de investigações ambientais, plano de intervenção e outros requisitos. 5) ASTM (American Society for TestingandMaterials - EUA) PS-104-98, E-2081-00 (2004) e1 que dispõe

sobre análises de risco 6) DZ-0077.R-0 (RJ) que estabelece procedimentos, define responsabilidades e institui o Termo de

Encerramento (TE) de atividades consideradas potencialmente poluidoras ou degradadoras do ambiente.

TERMOS E DEFINIÇÕES

Ações de Intervenção Emergenciais: ações necessárias para eliminação ou redução de risco iminente, imediato e outros potenciais riscos. Área Contaminada: área onde as concentrações de substâncias químicas de interesse estão acima dos valores de referência, indicando a existência de risco potencial à segurança, à saúde humana ou ao meio ambiente. Avaliação de risco ambiental: processo pelo qual são identificados, avaliados e quantificados os riscos àsaúde humana ou a bem de relevante interesse ambiental a ser protegido Avaliação Preliminar de Risco (APR): processo de identificação de perigos, suas causas eefeitos sobre os trabalhadores, a população vizinha e sobre o meio ambiente, sugerindo medidas de mitigação dos riscos associados. Biocombustível: combustível derivado de biomassa renovável, para uso em motores à combustão interna ou, conforme regulamentado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), que possa substituir parcial ou totalmente os combustíveis de origem fóssil. Destinação Correta de Resíduos Sólidos Perigosos: procedimentos técnicos em que os resíduos sólidos perigosos são descaracterizados de sua forma inicial, e que seus elementos constituintes são reaproveitados, reciclados,descartados por processos que utilizam técnica(s) admitida(s) pelos órgãos ambientais competentes, observando a Política Nacional de Resíduos Sólidos e outras legislaçõeslocais

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vigentes de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, bem como minimizar os impactos ambientais adversos. Ensaio de Estanqueidade: conjunto de procedimentos que tem como objetivo avaliar a presença de vazamentos nos sistemas de armazenamento subterrâneos de combustíveis (SASC) seja nos tanques ou nas tubulações; Fase Livre: ocorrência de substância ou produto imiscível, em fase separada da água; Medidas de Intervenção: ações de intervenção realizadas em uma área contaminada visando a atingir níveis de risco toleráveis, para o uso declarado ou futuro da área. Monitoramento: medição ou verificação, contínua ou periódica, para acompanhamento da qualidade de um meio contaminado ou das suas características. Perigo: fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos à vida humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio público e privado, em razão da presença de agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou inflamáveis no solo ou em águas subterrâneas ou em instalações, equipamentos e construções abandonadas, em desuso ou não controladas. Plano de Emergência Individual (PEI): documento ou conjunto de documentos que contém as informações e descreve os procedimentos de resposta da instalação a um incidente de poluição por óleo, em águas sob jurisdição nacional, decorrente de suas atividades. Posto Revendedor - PR: instalação onde é exercida a atividade de revenda varejista de combustíveis derivados de petróleo (líquidos e gás natural) e biocombustíveis (etanol e biodiesel), dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores. Posto revendedor em operação: aquele que, por ocasião da divulgação desta norma, estava construído e equipado e já havia iniciado suas operações. Posto revendedor novo: aquele que, por ocasião da divulgação desta norma, estava em fase de projeto ou de construção e montagem, não tendo ainda iniciado suas operações. Relatório de Investigação de Ambiental: Estudo ambiental realizado em três etapas distintas, a saber:

1) Avaliação preliminar: avaliação inicial, realizada com base nas informações históricas disponíveis e inspeção do local, com o objetivo principal de encontrar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação na área; 2) Investigação confirmatória: etapa do processo de identificação de áreas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de substâncias de origem antrópica nas áreas suspeitas, no solo ou nas águas subterrâneas, em concentrações acima dos valores de investigação;

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3) Investigação detalhada: etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas, que consiste na aquisição e interpretação de dados em área contaminada sob investigação, a fim de entender a dinâmica da contaminação nos meios físicos afetados e a identificação dos cenários específicos de uso e ocupação do solo, dos receptores de risco existentes, dos caminhos de exposição e das vias de ingresso;

Remediação: uma das ações de intervenção para reabilitação de área contaminada, que consiste em aplicação de técnicas que visam à remoção, contenção ou redução das concentrações de contaminantes. Responsável Legal – pessoa(s) física(s) ou jurídica(s) que celebraram entre si contrato de sociedade, obrigando-se a contribuir com bens e serviços para o exercício da atividade econômica (revenda varejista de combustíveis) e a partilha entre si, dos resultados (CC art. 981). Responsável Técnico - os profissionais habilitados no correspondente conselho de classe, contratados pelo responsável legal para a elaboração de projetos, plantas, instalações, avaliações ambientais e/ou de riscos. Risco: probabilidade de ocorrência de efeito(s) adverso(s) em receptores expostos a contaminantes. Risco iminente: estará configurado sempre que for constatada, em um raio de 100 m da área contaminada, a probabilidade de ocorrerem danos imediatos à saúde humana, propriedade e meio ambiente. Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis (SASC): Conjunto de tanques, tubulações e acessórios interligados e enterrados. Sistema de Drenagem Oleosa - SDO: Sistema cujas funções são reter os resíduos sólidos sedimentáveis, coletar e conduzir o efluente oleoso; Sistema Separador de Água e Óleo - SAO: recipiente que recebe os efluentes do sistema de drenagem oleosa e separa água dos resíduos oleosos;

SEÇÕES 1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL A localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de Postos Revendedoresdependeráde prévio licenciamento ambiental ou autorização ambiental, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, conforme a Resolução CONAMA nº 273, de 29 de novembro 2000, normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou quaisquer outras normas que as venham substituir, aplicável o disposto por esta Instrução Normativa.

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Este órgão ambiental, no exercício de sua competência, expedirá os seguintes atos administrativos:

1.1. Licença Prévia - LP: concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação;

1.2. Licença de Instalação - LI: autoriza a instalação do empreendimento com as especificações constantes

dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas de controle ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante;

1.3. Licença de Operação - LO: autoriza a operação da atividade, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta nas licenças anteriores, assim comoa adoção das medidas de controle ambiental e condicionantes necessárias para a adequada operação do empreendimento;

1.4. Licença de Operação comInstalação(LOI): autoriza o empreendimento que disponha de licença de

operação a continuar operandototal ou parcialmente,durante obras dereformas (modernização e acréscimo);

1.5. Licença de Operação e Recuperação (LOR): autoriza o empreendimento que disponha de licença de operação a continuar operando total ou parcialmente, durante a implementação de ações de recuperação ambiental e monitoramento conforme previsto em norma específica;

1.6. Licença de Operação com Instalação e Recuperação (LOIR): autoriza o empreendimento que disponha de licença de operação a continuar operando total ou parcialmente, durante reformas ou adequações e implementação do Plano de Intervenção para a recuperação ambiental e monitoramento conforme previsto em norma específica;

1.7. Autorização Ambiental - AA: aprova a desativação ou paralisação temporária dos empreendimentos e autoriza a desativação do empreendimento com a remoção dos tanques de armazenamento de combustíveis subterrâneos e outros equipamentos;

1.8. Termo de Encerramento das Atividades(TE): atesta o encerramento total das atividades do posto revendedor com a remoção de todos os equipamentos e sistemas subterrâneos,estando a área onde operava o empreendimento, comprovadamente reabilitadapara o uso futuro declarado.

1.9. Termo de Reabilitação (TR): atesta que foram implantadas as medidas de intervenção e as metas de remediação foram atingidas, tendo sido observada a manutenção dessas metas durante o monitoramento para o encerramento do Plano de Intervenção visando ao uso declarado da área.

A definição do tipo de ato administrativo a ser requerido ao órgão ambiental licenciador será baseada no fluxograma a seguir:

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2. PRAZOS DE VALIDADE DAS LICENÇAS

I - Licença Prévia (LP): no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 2 (dois) anos.

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II - Licença de Instalação (LI): no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 3 (três) anos. III - Licença de Operação (LO): deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no máximo, 5 (cinco) anos. A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II, e tendo sido o órgão licenciador, comunicado por ofício, com antecedência mínima de 90 dias.

3. RESPONSABILIDADES

3.1. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a responsabilidade das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

3.2. O responsávellegal pelo estabelecimento deve:

3.2.1. Requerer a licença ambiental ou sua renovação conforme o caso; respeitando prazos, providenciando toda a documentação exigida para cada situação, conforme consta nesta instrução e arcando com os custos.

3.2.2. Comunicar imediatamente, este órgão ambiental, sobre a ocorrência de quaisquer acidentes ou vazamentos após sua constatação ou conhecimento do fato.

3.2.3. Adotar as medidas emergenciais requeridas pelo evento acidental, independentemente da comunicação da ocorrência de acidentes ou vazamentos, no sentido de minimizar os riscos e os impactos às pessoas e ao meio ambiente;

3.2.4. Promover o treinamento, de seus respectivos funcionários, visando a orientar as medidas de prevenção de acidentes e ações cabíveis imediatas para controle de situações de emergência e risco, de acordo com o requerido pela NR20 (MTE) e/ou CONAMA 273/00;

3.3. Em caso de acidentes ou vazamentos que representem situações de risco ao meio ambiente ou às pessoas, bem como na ocorrência de passivos ambientais, o responsável legal pelo empreendimentoresponderá pelos danos, pela adoção de medidas para controle da situação emergencial e pelo saneamento das áreas impactadas, de acordo com as exigências do órgão ambiental competente. No caso da impossibilidade do responsável legal responder pelos fatos acima citados, os proprietários do terreno e/ou instalação efornecedores poderão ser responsabilizados subsidiariamente na esfera civil.

3.4. O responsável legal será responsabilizado pelo não cumprimento desta Instrução Normativa, por más condições operacionais e acidentes ocorridos destas e pela contaminação da área do

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empreendimento, caso ocorra.No caso da impossibilidade do responsável legal responder pelos fatos acima citados, os proprietários do terreno e/ou instalação e fornecedores poderão ser responsabilizados subsidiariamente na esfera civil.

3.5. Caso existam empresas terceirizadas para atender a casos de vazamentos, incêndios, explosões e treinamento de equipes, essas deverão estar formalmente contratadas, pelo responsável legal pelo empreendimento, para fins de responsabilidade solidária. As empresas terceirizadas deverão ter profissionais devidamente habilitados e registrados nos respectivos conselhos de classe. A participação de empresas contratadas não exclui a responsabilidadedo responsável legal.

3.6. A responsabilidade técnica dos profissionais no que diz respeito aos dados e às informações não cessa na entrega do produto final, conforme legislação em vigor.

3.7. Sendo constatada a imperícia, sonegação de informações ou omissão de qualquer dos responsáveis (legal e técnico) ou da empresa terceirizada, o órgão ambiental deverá comunicar imediatamente o fato ao Conselho Regional competente para apuração e aplicação das penalidades cabíveis e aos demais órgãos públicos pertinentes.

4. REQUERIMENTO DAS LICENÇAS E AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS

4.1. POSTOS NOVOS

4.1.1. Licença Prévia (LP)

O Licença Prévia (LP)deverá ser requerida pelo Responsável Legal pelo empreendimento, para o licenciamento ambiental de novos empreendimentos, em fase preliminar de planejamento, mediante a apresentação dos documentos descriminados no ANEXO 1 desta instrução normativa, atendendo à legislação pertinente e às normas de cumprimento obrigatório.

A LP aprovará a localização e a concepção do projeto, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação. Após a obtenção da LP, o responsável legal deverá requerer aslicenças para instalação e operação do empreendimento conforme orientações a seguir.

4.1.2. Licença de Instalação (LI)

De posse da LP, o responsável legal pelo empreendimentodeve requerer da LI , após o detalhamento do projeto executivo,apresentando os documentos específicos relacionados no ANEXO 3, atendendo à legislação pertinente e às normas de cumprimento obrigatório.

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Se o posto já estiver em fase de construção e montagem por ocasião da divulgação desta norma, já tendo LI emitida, deverá seguir a construção conforme expresso na respectiva LI. Caso não tenha LI ainda, o responsável legal deverá providenciar toda a documentação descriminada no ANEXO 4. A Licença Prévia e a Licença de Instalação poderão ser concedidas concomitantemente, a critério do órgão ambiental. 4.1.3. Licença de Operação (LO)

Após cumpridas todas as condicionantes e requisitos básicos das outras duas fases preliminares deste processo de licenciamento, o responsável legal pelo empreendimentodeverásolicitar a LO que autorizará a operação da atividade, durante seu prazo de validade, apresentando os documentos listados no ANEXO 5, desta instrução normativa. O órgão ambiental verificará o efetivo cumprimento das exigências constantes das licenças anteriores, bem como das medidas de controle ambiental e condicionantes necessárias para a adequada operação do empreendimento, antes de autorizar a operação do posto.

4.2. POSTOS EM OPERAÇÃO, SEM LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)

O responsável legal pelo empreendimento que, já estejaem operação por ocasião da divulgação desta instrução normativa,mas que ainda não esteja devidamente licenciado,deverá solicitar a Licença de Operação (LO) conforme as situações a seguir descriminadas:

4.2.1. Licença de Operação para posto em operação e que não necessita de adequação mínima ou

reforma.

Caso o posto revendedor esteja em conformidade com as adequações mínimas para a operação, exigidas por este órgão licenciador no item 4.2.2 desta norma, não necessitando realizar quaisquer obras de adequação ou reformas, oresponsável legal pelo empreendimento deverá solicitar a Licença de Operação, apresentando os documentos relacionados no ANEXO 6. A Licença de Operação será emitida se, todas as condições e requisitos necessários para a operação do posto tiverem sido comprovadamente atendidos.

4.2.2. Licença de Operação para posto em operação e que necessita de adequação mínima ou

reforma.

Caso o posto revendedor em funcionamento, não atenda às condições mínimas de operação exigidas por este órgão licenciador ou necessite de reforma, oresponsável legal pelo empreendimento, deverá solicitar a Licença de Operação comInstalação (LOI), apresentando no requerimento da licença, os documentos relacionados no ANEXO 7, desta instrução normativa.

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As condições mínimas de operação exigidas por este órgão são:

ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS MÍNIMAS

Respiros dos tanques de armazenamento na área do empreendimento e em local

tecnicamente adequado, sem riscos e incômodos à vizinhança, conforme NBR 13783.

Controle e detecção de vazamento de GNV, conforme NBR 12236.

Instalação de descarga selada, conforme NBR 13786.

Válvula de retenção junto à sucção da bomba, conforme NBR 13786.

Câmara de contenção em todas as descargas, bombas e tanques, conforme NBR 13786.

Piso impermeável e canaletas para coleta de efluentes na pista de abastecimento, lavagem de

veículos, troca de óleo e na área de descarga de produtos, com os efluentes líquidos coletados

direcionados para separador de água e óleo, conforme NBR 13786.

Sistema de controle de efluentes para atividade de descarga de caminhão tanque,

abastecimento de veículos e troca de óleo, conforme NBR 14605.

A Licença de Operação com Instalaçãoserá emitida se apresentada a respectiva Análise Preliminar de Risco (APR) elaborada e assinada por profissional habilitado e registrado no respectivo conselho de classe, juntamente com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), de acordo com a NR20,. Na APR, todas as condições e requisitos necessários para a operação segura e simultânea à sua reforma / adequações mínimas deverão ter sido consideradas. Comprovado por meio de oficio do Responsável Legal, encaminhando relatório do responsável técnico com fotos e ART, o encerramento da obra o responsável legal pelo empreendimento deverá comunicar por ofício, o órgão ambiental para que, mediante aceitação do órgão, as condicionantes da LOI sejam extintas e passem a vigorar, apenas as condicionantes da LO. 4.2.3. Licença de Operação para posto em operação e que necessita adotar medidas de

recuperação de solo

O responsável legal pelo empreendimento em operação, em que tenha havido acidentes ou vazamentos que representaram situações de perigo ao meio ambiente ou às pessoas e que resultaram na comprovada ocorrência de passivos ambientais, deverá solicitar a Licença de Operação e Recuperação (LOR), apresentando os documentos listados no ANEXO 9, desta norma.

A Licença de Operação e Recuperação será emitida se apresentada a Análise Preliminar de Risco (APR) elaborada e assinada por profissional habilitado e registrado no respectivo conselho de classe, juntamente com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

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Na APR, todas as condições e requisitos necessários para a operação segura e simultânea à reabilitação da área contaminada deverão ter sido consideradas. Comprovado por meio de oficio do Responsável Legal, encaminhando relatório do responsável técnico com fotos e ART o órgão ambiental para que, mediante aceitação do órgão, as condicionantes da LOR sejam extintas e passem a vigorar, apenas as condicionantes da LO. 4.2.4. Licença de Operação para posto em operação eque necessita de adequação mínima /

reformaeadotar medidas de recuperação de solo O responsável legal pelo empreendimento em operação, onde comprovadamente haja passivo ambiental a ser tratado e a necessidade de adequações mínimas (conforme item 4.2.2) ou reforma, deverá solicitar a Licença de Operação com Instalação e Recuperação (LOIR), apresentando os documentos listados no ANEXO 10, desta norma. A Licença de Operação com Instalaçãoe Recuperação será emitida se apresentada a Análise Preliminar de Risco (APR), elaborada e assinada por profissional habilitado e registrado no respectivo conselho de classe, juntamente com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Na APR, todas as condições e requisitos necessários para a operação segura e simultânea às obras e àreabilitação da área contaminada deverão ter sido consideradas. Comprovado por meio de oficio do Responsável Legal, encaminhando relatórios dos responsáveis técnicos com fotos e ART, o órgão ambiental para que, mediante aceitação do órgão, as condicionantes da LOIR sejam extintas e passem a vigorar, apenas as condicionantes da LO.

4.3. POSTOS EM OPERAÇÃO COM LO VIGENTE

4.3.1. Com LO vigente e que entrarão em reforma

O responsável legal pelo empreendimento que já estejaem operação por ocasião da divulgação desta instrução normativa, e que já esteja de posse da Licença de Operação (LO),mas que deseja realizar reformas em seu posto, deverá solicitar a Licença de Operação comInstalação (LOI) apresentando os documentos listados no ANEXO 11, desta norma. A LO vigente será substituída pela LOI e todas as condicionantes da primeira constarão na nova Licença de Operação com Instalação, inclusive o prazo de validade. Caso o cronograma da obra indique que esta vai ultrapar o prazo de validade da LO vigente, o responsável legal deverá dar entrada no processo de renovação da LOI,com o mínimo de 90 dias de antecedência do término da validade.

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A Licença de Operação com Instalação será emitida se apresentada uma Análise Preliminar de Risco (APR) elaborada e assinada por profissional habilitado e registrado no respectivo conselho de classe, juntamente com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Na APR, todas as condições e requisitos necessários para a operação segura e simultânea à sua reforma / adequações mínimas deverão ter sido consideradas. Comprovado por meio de oficio do Responsável Legal, encaminhando relatório do responsável técnico com fotos e ART, o órgão ambiental para que, mediante aceitação do órgão, as condicionantes da LOI sejam extintas e passem a vigorar, apenas as condicionantes da LO. 4.3.2. Com LO vigente e que necessita adotar medidas de recuperação de solo

O responsável legal pelo empreendimento em operação, em que tenha havido acidentes ou vazamentos que representaram situações de perigo ao meio ambiente ou às pessoas e resultaram na comprovada ocorrência de passivos ambientais, deverá solicitar a Licença de Operação e Recuperação (LOR), apresentando os documentos descriminados no ANEXO 12, desta instrução normativa. A LO vigente será substituída pela LOR e todas as condicionantes da primeira constarão na nova Licença de Operação e Recuperação, inclusive o prazo de validade. Caso o cronograma de remediaçãoindique que vai ultrapassar o prazo de validade da LO vigente, o responsável legal deverá dar entrada no processo de renovação da LORcom 90 dias de antecedência do término da validade, conforme item 6, desta norma. A Licença de Operação e Recuperação será emitida se apresentada uma Análise Preliminar de Risco (APR) elaborada e assinada por profissional habilitado e registrado no respectivo conselho de classe, juntamente com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Na APR, todas as condições e requisitos necessários para a operação segura e simultânea à reabilitação da área contaminada deverão ter sido consideradas. Comprovado por meio de oficio do Responsável Legal, encaminhando relatório do responsável técnico com fotos e ART, o órgão ambiental para que, mediante aceitação do órgão, as condicionantes da LOR sejam extintas e passem a vigorar, apenas as condicionantes da LO. Concluídas as ações de recuperação da área, caso os alvos de remediação aprovados por ocasião da concessão da LOR,não tiverem sido atingidos ou os resultados do monitoramento pós remediação estejam acima dos valores máximos aceitáveis, os responsáveis legal e técnico estarão sujeitos às eventuais sanções nos termos da legislação ambiental em vigor, além de obrigados a rever o Plano de Intervenção e implementar medidas cabíveis para a conclusão dos trabalhos, conforme procedimentodetalhado deGestão de Áreas Contaminadas (GAC) deste órgão ambiental.

4.4. AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL

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As seguintes atividades necessitarão de Autorização Ambiental - AA: I - Paralisação parcial de atividades;

II – Remoção e/ou substituição de tanques e linhas.

4.4.1. PARALISAÇÃO PARCIAL DAS ATIVIDADES. Entende-se por paralisação, a suspensão temporária das atividades, caracterizada por período superior a 90 (noventa) dias corridos, sem lançamento nos livros de registro de movimentação e controle de produtos, motivada por solicitação do interessado. Ocorrendo paralisação das atividades, fica o responsável legal pelo empreendimento, obrigado a solicitar a Autorização Ambiental (AA) a este órgão seguindo os procedimentos abaixo listados. Todo o Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível - SASC e suas bombas deve estar vazio e desgaseificadas, tamponadas com bujões durante o período da paralisação. Quando da solicitação de AA com o intuito de paralisar as atividades, deverão ser apresentados os seguintes documentos: I - Comunicado de paralisação das atividades, endereçado a este órgão, assinado pelo responsável legal pelo empreendimento, afirmando que tem conhecimento das ações listadas no Plano de Paralisação das Atividades; II - Plano de Paralisação das Atividades, assinado por profissional habilitado acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; contendo:

a) Dados do posto (Razão social, endereço, CNPJ e etc.), b) Caracterização do empreendimento (instalações, equipamentos e sistemas), c) Motivo da paralisação e d) Cronograma da paralisação

Este órgão ambiental, a qualquer momento, poderá solicitar informações complementares julgadas necessárias à análise da proposta. 4.4.2. DESATIVAÇÃO COM REMOÇÃO OUSUBSTITUIÇÃODE TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE

COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E LINHAS SUBTERRÂNEAS Na eventualidade de desativação de um ou mais tanques e linhas subterrâneos para sua remoção definitiva ou substituição, o representante legal do empreendimento deverá solicitar uma Autorização Ambiental a este órgão, apresentando:

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I - Comunicado de desativação e remoção de tanques, endereçado a este órgão, assinado pelo responsável legal pelo empreendimento, afirmando que tem conhecimento das ações listadas no Plano de Desativação e Remoção de Tanques de Armazenamento de Combustíveis Líquidos;

II - Plano de Desativação e Remoção de Tanques de Armazenamento de Combustíveis Líquidos assinado por profissional habilitado acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; contendo:

a) Dados do posto (Razão social, endereço, CNPJ etc), b) Caracterização do empreendimento (instalações, equipamentos e sistemas), c) Motivo da desativação para remoção e substituição, quando for o caso d) Informar a destinação dos equipamentos retirados e apresentar certificado de destinação

final e e) Cronograma das atividades

Este órgão ambiental, a qualquer momento, poderá solicitar informações complementares julgadas necessárias à análise da proposta. Na impossibilidade da remoção de algum tanque, deverá ser apresentado um laudo técnico, assinado pelo responsável técnico, descrevendo os motivos desta impossibilidade, acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, de forma a atender a ABNT NBR 14.973.

4.5. ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES

Entende-se por encerramento das atividades, a remoção total dos equipamentos e instalações e a utilização do imóvel para outras finalidades que não se enquadrem naquelas alvo desta instrução normativa. Para o encerramento das atividades de postos revendedores que disponham de sistemas subterrâneos de acondicionamento ou armazenamento de derivados de petróleo líquidos ou biocombustíveis deverá ser requerido um Termo de Encerramento ou de Recuperação conforme as seguintes situações: I – Termo de Encerramento com Recuperação para área contaminada (TR) II – Termo de Encerramento de Atividades para área comprovadamente não contaminada (TE) O responsável legal pelo posto deverá requerer junto a este órgão ambiental um termo de encerramento das atividades apresentando os documentos relacionados no ANEXO 13, desta instrução normativa. Este órgão ambiental, após a análise do requerimento e dos documentos a ele juntados, emitirá o termo adequado à situação.

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Concluída a recuperação da área, o responsável legal poderá receber do órgão, o Termo de Encerramento das Atividades (TE). Este órgão ambiental, a qualquer momento, poderá solicitar informações complementares julgadas necessárias à análise do requerimento.

5. DISPENSAS DE LICENCIAMENTO Estão isentas de licenciamento ambiental construções, reformas e ampliações, conforme o quadro abaixo:

ITEM TIPO DE SERVIÇO

1 Reparos em alvenaria e acabamentos prediais e serviços de adequação civil em prédios existentes.

2 Manutenção ou substituição de componentes de imagem na cobertura.

3 Instalação, substituição ou remoção de totens de imagem.

4 Reparos no revestimento de concreto da pista.

5 Reparos em concreto sobre tanques.

6 Substituição de revestimento de piso.

7 Substituição ou reparos de canaletas.

8 Substituição de aros e tampas de bocas de visita e dos bocais de descarga.

9 Substituição da câmara de contenção de descarga.

10 Substituição da câmara de contenção de bomba/tanque.

11 Remoção ou substituição de tubulações respiro.

12 Remoção ou substituição de trecho não estanque de tubulações de sucção.

13 Substituição de tubulações hidráulicas de rede de água potável ou de água pluvial que apresentem vazamento.

14 Remoção ou substituição de tubulação da rede de drenagem oleosa.

15 Reparo de caixa elétrica, de automação e de drenagem.

16 Instalação ou substituição de eletrodutos.

17 Instalação, substituição ou reforma de sistema separador de água e óleo - SAO.

18 Reparos em rede de esgotamento sanitário.

19 Substituição da coifa de vedação da câmara de contenção.

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20 Remoção e/ou substituição de bombas e filtros prensa sem instalação de tubulação, sem que haja cava na área do

posto.

21 Serviços, reparos e substituição de equipamentos na edificação do posto.

22 Manutenção da pintura e limpeza em geral.

23 Reparos na ilha de bombas.

24 Reparos nas instalações de GNV.

25 Instalação, substituição ou reforma de sistema separador de água e óleo –SÃO

26 Instalação ou desativação de área de lavagem;

27 Substituição, acréscimo e exclusão de linhas (tubulações), desde que não haja alteração no volume de combustível

armazenado;

28 Substituição ou instalação de câmaras de contenção, filtros, ilhas e unidades de abastecimento;

Observação importante: Os itens 27 e 28, embora dispensados de licença, requerem comunicação prévia, com antecedência mínima de 15 dias, ao órgão ambiental. Deverá ser apresentada planta atualizada com a alteração, de forma a permitir a atualização da documentação do posto, no órgão. Entretanto, sem a necessidade de manifestação expressa deste para o prosseguimento das modificações. A referida planta deverá ser assinada por profissional habilitado acompanhada de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, com a disposição de todas as linhas, tanques e unidades abastecedoras nos casos de adição de linhas (tubulações) ou de equipamentos. 6. RENOVAÇÃO DE LICENCIAMENTO A renovação de licenças poderá ser necessária nas seguintes situações:

I – Renovação de Licença de Instalação (LI), caso as obras tenham sofrido atrasos fundamentados II – Renovação de Licença de Operação (LO) III - Renovação da Licença de Operação com Instalação (LOI), caso as obras tenham sofrido atrasos fundamentados IV – Renovação da Licença de Operação e Recuperação (LOR), caso, ao término do Plano de Intervenção não tenham sido atingidos os níveis de contaminação toleráveis

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V – Renovação da Licença de Operação com Instalação e Recuperação (LOIR), pelos motivos expostos nos itens III e IV, acima

A renovação da licença de operações deverá ser requerida com antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. As demais solicitações deverão ser requerida com antecedência mínima de 90 (noventa) dias da expiração de seu prazo de validade, A concessão da renovação dalicença está vinculada à comprovação do cumprimento de todas as condicionantes, exigências e restrições contidas na licença objeto da renovação e da verificação da conformidade dos equipamentos instalados com a legislação e as normas vigentes à época. Conforme estabelecido na Resolução CONAMA nº 420 , de 28 de dezembro de 2009, este órgão poderá solicitar, quando da renovação da licença, novo relatório de Investigação Ambiental, caso haja indícios de que o solo ou a água subterrânea foram impactados pela atividade durante a vigência da licença anterior. Tal exigência deverá necessariamente ser motivada. O conteúdoda documentação é explicitado no Procedimento de GAC deste órgão ambiental 7. MONITORAMENTO DE ESTANQUEIDADE Os ensaios de estanqueidade dos tanques e respectivas tubulações deverão ser realizados com a periodicidade estabelecida na tabela abaixo e os laudos devem ficar no estabelecimento, a disposição da fiscalização.

TEMPO DECORRIDO DESDE A FABRICAÇÃO DO TANQUE

TIPO DE TANQUE INTERVALO ENTRE OS

ENSAIOS

até 10 anos

parede simples um ano

parede dupla sem espaço intersticial dois anos

parede dupla com espaço intersticial, sem monitoramento eletrônico

dois anos

parede dupla com espaço intersticial e monitoramento eletrônico

cinco anos

entre 10 e 20 anos

parede simples seis meses

parede dupla sem espaço intersticial um ano

parede dupla com espaço intersticial, sem um ano

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monitoramento eletrônico

parede dupla com espaço intersticial e monitoramento eletrônico

cinco anos

acima de 20 anos

parede simples três meses

parede dupla sem espaço intersticial seis meses

parede dupla com espaço intersticial, sem monitoramento eletrônico

seis meses

parede dupla com espaço intersticial e monitoramento eletrônico

cinco anos

8. VAZAMENTOS NO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS (SASC) Quando constatados vazamentos no SASC, deverão ser adotados os procedimentos relacionados a seguir:

I - Paralisar imediatamente a operação do equipamento com vazamento. II - Comunicar o vazamento ao órgão ambiental licenciador. III - Solicitar autorização ao órgão ambiental licenciador para remoção ou substituição do equipamento (AA) IV - Remover ou substituir e comprovar a destinação adequada da sucata metálica do tanque, após esvaziamento e desgaseificação. V–Comprovar a destinação dos resíduos (borra de produto) de modo ambientalmente adequado.

O órgão ambiental licenciador poderá autorizar a permanência dos tanques no local, desde que atendidas as condições relacionadas a seguir:

1 - Comprovada impossibilidade técnica de remoção dos tanques, conforme item 3.4.2. 2 - Apresentado o comprovante de desgaseificação e inertização dos respectivos tanques.

9. OBRIGATORIEDADE DE INVESTIGAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS

9.1. A investigação de passivos ambientais será realizada obrigatoriamente nas seguintes situações:

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9.1.1. Solicitação de licença de instalação caso o posto revendedor seja implementado em um terreno que tenha abrigado anteriormente, uma atividade potencialmente contaminadora de solo

9.1.2. Solicitação de licença de operação de postos revendedores que estão em operação

9.1.3. Ocorrência de vazamento ou suspeita de contaminação de solo durante a operação de um posto revendedor, em qualquer situação de licenciamento em que se encontre.

Os procedimentos para realização desta investigação seguirão as orientações e requisitos explicitados no procedimento detalhado de Gestão de Áreas Contaminadas elaborado por este órgão ambiental.

10. NA CONSTATAÇÃO DE ÁREA CONTAMINAÇÃO DA ÁREA 10.1. No caso de confirmação de contaminação da área deverá ser realizado o Plano de Intervenção

para a recuperação da área, seguindo os procedimentos para realização destas investigação que seguirão as orientações e requisitos explicitados no procedimento detalhado de Gestão de Áreas Contaminadas elaborado por este órgão ambiental.

11. IDENTIFICAÇÃO DE RISCO IMINENTE E AÇÕES DE INTERVENÇÃO EMERGENCIAIS NO POSTO REVENDEDOR 11.1. O Risco Iminente estará configurado sempre que for constatada, em um raio de 100 m da área

do empreendimento, pelo menos uma das seguintes situações:

a) Combustível sobrenadante em utilidades subterrâneas, em galerias públicas ou privadas. b) Combustível livre na superfície do solo. c) Combustível sobrenadante em corpos d´água superficiais ou em águas subterrâneas. d) Combustível sobrenadante em poços ativos de abastecimento de água. e) Ocorrência de explosividade emníveis iguais ou superiores a 10% do Limite Inferior de

Explosividade (LIE)em utilidades subterrâneas ou poços ativos de abastecimento de água.

11.2. Constatada a existência de risco iminente, o responsável legal pelo empreendimento deverá tomar as medidas de intervenção emergenciais, imediatamente e comunicar o órgão ambiental competente

11.3. As Ações de Intervenção Emergenciais (AIE) a serem adotadas pelo responsável legal poderão de acordo com a avaliação de risco local devem ser:

a) Residência ou edificação em construção: evacuar os ocupantes da afetada e dar inicio às medidas

de mitigação tais como ventilação/exaustão da edificação e controle de fontes de ignição.

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b) Outras áreas afetadas: Isolar e dar início às medidas de mitigação tais como ventilação/exaustão da utilidade e controle de fontes de ignição.

c) Prevenir a migração futura de hidrocarbonetos derivados de petróleo (HDP) em fase livre por

meio de medidas de extração fase líquida sobrenadante ou contenção temporária e restringir o acesso à área afetada.

d) Notificar usuário(s) para não utilizar a água impactada e prover fonte alternativa de água,

controlar hidraulicamente a água contaminada e tratar a água no ponto de consumo.

e) Minimizar a extensão do impacto no solo ou habitat sensível com medidas de contenção apropriadas à situação e implementar gerenciamento da área para minimizar a exposição.

12. EFLUENTES E RESÍDUOS

12.1. Os efluentes gerados nas áreas de abastecimento lavagem e lubrificação de veículos deverão

ser recolhidos por Sistema de Drenagem Oleosa (SDO) e receber tratamento primário em Sistema Separador de Água e Óleo (SAO) constituído por caixa de areia, caixa separadora, caixa coletora e caixa de amostragem de efluentes, construído dentro dos padrões estabelecidos pela ABNT NBR 14.605-2 e suas alterações.

12.2. Os padrões de lançamento de efluentes tratados do SAO, deverão respeitar o disposto em norma federal e/ou legislação estadual específica.

12.2.1. Após passagem pela SAO, o efluente, dentro dos parâmetros de lançamento, deve ser

conduzido para a rede coletora, corpo receptor ou outro destino determinado pelo poder público.

12.2.2. Os óleos retidos pelo SAO devem ser coletados e destinados adequadamente por empresas licenciadas ambientalmente.

12.3. Fica proibido o lançamento de resíduos provenientes da área lavagem de veículos, lubrificação

e abastecimento, mesmo após tratamento no SAO, na rede de águas pluviais. Os empreendimentos com lavagem de veículos deverão possuir SDO (Sistema de Drenagem Oleosa) exclusivo para essa área.

12.4. O armazenamento de óleo usado ou contaminado deverá ser efetuado em tanques aéreos ou subterrâneos construídos e instalados conforme normas da ABNT. Em caso de tambores, estes deverão ser dispostos em local coberto, com piso impermeável e circundados por barreiras ou canaletas de contenção ligados ao SAO da pista.

12.5. No caso de implantação de tanque subterrâneo, este deverá ser do tipo jaquetado, possuir

câmara de contenção na descarga selada e monitoramento intersticial, bem como deverá ser feito teste de estanqueidade de acordo com a ABNT NBR 13.784 e suas alterações.

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Todos os resíduos gerados na operação do posto deverão ter tratamento de acordo com a Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do posto atendendo à PNRS e seus desdobramentos estaduais. 13. ESTOCAGEM DE GÁS NATURAL

13.1. CONDIÇÕES GERAIS DE OPERAÇÃO

As instalações de gás natural devem respeitar as distâncias e os afastamentos entre prédios, linhas-limite, áreas de estocagem e unidades de abastecimento contidas na NBR 12236 da ABNT. Deverá ser implantado tratamento acústico, com base em projeto previamente submetido ao órgão ambiental, caso os níveis de pressão sonora na vizinhança do empreendimento ultrapassem os Níveis de Critério de Avaliação (NCA) estabelecidos pela NBR 10151 - da ABNT. Se o abastecimento de gás for ininterrupto, deve-se tomar como referência os valores noturnos, para efeito de projeto acústico. Empreendimentos que comercializam somente GN ficam desobrigados do atendimento às exigências que dizem respeito aos combustíveis líquidos. Para o licenciamento ambiental de postos de GNC, deverá ser realizada Análise Preliminar de Riscos (APR) devidamente assinada por profissional habilitado e com emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Caso o órgão ambiental disponha de instrução técnica específica para esta avaliação, essa poderá ser adotada.

13.2. GÁS NATURAL VEICULAR (GNV)

O limite máximo de estocagem fixa dos cilindros pulmão de GNV, nos postos de serviço, será de 3.600 m3 por unidade compressora, na pressão de 250 bar, podendo abastecer simultaneamente automóveis e veículos transportadores com até 7.000 m3.

13.3. GÁS NATURAL COMPRIMIDO (GNC) O limite máximo de estocagem no conjunto móvel de GNC vinculado ao veículo transportador será de 7.000 m3, permitindo-se até dois veículos transportadores para abastecimento nos postos de serviço, na pressão inicial de estocagem de 250 bar. 13.4. BASE DE COMPRESSÃO DE GNC

O limite máximo de estocagem fixa dos cilindros pulmão de GNV, na base de compressão, será de 3.600 m3 por unidade compressora, na pressão de 250 bar e o limite de estocagem em cada conjunto móvel de GNC vinculado ao veículo transportador será de 7.000 m3, na pressão inicial de estocagem de 250 bar.

14. CONDIÇÕES GERAIS

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Além da documentação requerida por esta instrução normativa, este órgão ambiental licenciador poderá solicitar ao responsável legal pelo empreendimento, quaisquer outras informações ou documentos necessários à análise do que lhe foi requerido. Deverá ser informada imediatamente, ao órgão ambiental licenciador qualquer alteração havida nos dados cadastrais apresentados, bem como a substituição do(s) representante(s) legal(is), quer durante a vigência de quaisquer das licenças ou autorizações ambientais, quer durante a análise do requerimento encaminhado. Os documentos especificados nesta norma deverão ser apresentados em formato A-4. As plantas deverão ser apresentadas dobradas em formato A-4, de forma a permitir sua inserção nos processos administrativos. Os projetos e plantas entregues deverão ter a assinatura e o número de registro no Conselho Regional dos profissionais habilitados e responsáveis pela sua elaboração. Todo o material impresso apresentado deverá ser entregue, simultaneamente, em formato digital, gravado em CD ou DVD.Não será admitida, de forma alguma, cópias parciais ou integrais de livros, textos da internet ou qualquer outra fonte, ressalvadas as citações elaboradas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Qualquer atividade que não necessite de licença ou autorização ambiental, não necessitará de comunicação a este órgão. O pagamento dos custos da análise do licenciamento não garante ao interessado a concessão da licença ou autorização requerida e não o isenta de imposição de penalidade por infração à legislação ambiental. As instalações devem ser construídas de acordo com as normas técnicas da ABNT em vigor, ou na ausência delas, com normas de outros estados da federação ou outras internacionalmente aceitas. O não cumprimento do disposto nesta Instrução sujeitará os infratores às sanções previstas pela legislação local pertinente, demais legislações e normas aplicáveis ou as que venham a substituí-las. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.