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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM
ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR
MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO
INTERVENÇÃO PROFISSIONAL EM CONTEXTO DE
CAMPEONATO NACIONAL DE INICIADOS
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA MANIPULAÇÃO DAS CONDICIONANTES
ESTRUTURAIS DOS JOGOS REDUZIDOS NOS ASPETOS TÉCNICO-TÁTICOS
DO JOGO
João Miguel Moreira Paraíso
Relatório de Estágio apresentado com vista à obtenção
do grau de Mestre em Desporto, especialização em
Treino Desportivo, sob orientação do Professor
Mestre/Especialista Eduardo Filipe Magalhães Teixeira
da Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
Rio Maior, 22 de outubro de 2018
João Miguel Moreira Paraíso
Escola Superior de Desporto de Rio Maior – Instituto Politécnico de Santarém
2017/2018
“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará
fazendo o impossível”
São Francisco de Assis
“Algumas pessoas querem que aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem
acontecer”
Michael Jeffrey Jordan
“Quem não tem coragem para arriscar não conquistará nada na vida”
Muhammad Ali-Haj
“A diferença entre o impossível e o possível reside na determinação de um homem”
Thomas Charles Lasorda
iii
AGRADECIMENTOS
Dedico este espaço para aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para que
conseguisse atingir o meu objetivo. O mérito é meu e vosso, é NOSSO!
Primeiramente, agradecer à Universidade da Beira Interior e ao Departamento de Ciências do
Desporto por me terem proporcionado os melhores três anos que podia ter, numa cidade
maravilhosa e cheio de riqueza.
Aos meus colegas e amigos que fiz durante a minha licenciatura e a quem devo muito do que
conquistei a nível profissional, a partilha de convivências e de conhecimentos que me fez crescer
e tornar a pessoa que sou hoje.
À Escola Superior de Desporto de Rio Maior, por me ter acolhido e proporcionando
experiências que me vão ficar marcadas para a vida.
Aos meus colegas e amigos que fiz durante o mestrado, pela partilha de convivências e de
conhecimentos e que muito contribuíram para este relatório.
Ao professor Eduardo Teixeira que me acolheu como seu orientando e me auxiliou sempre
nas minhas necessidades e dúvidas.
Ao Sport Clube Leiria e Marrazes pela possibilidade de integração no clube que muito me
identifico e pela aposta em pessoas especializadas na área do treino, criando inúmeras
oportunidades para nos desenvolvermos e às nossas ideias.
Aos treinadores Bruno Gomes e Hugo Magalhães pela partilha de conhecimentos constante e
na procura de nos desenvolvermos em conjunto, sempre como uma equipa.
Aos jogadores do escalão de iniciados do Sport Clube Leiria e Marrazes por compreenderem
e respeitarem sempre as minhas ideias, as minhas teimosias e as minhas brincadeiras, o sucesso
deste relatório deve-se ao vosso esforço durante a época desportiva.
À minha mãe por todo o apoio, por me incentivar constantemente e me desafiar a ser melhor!
Ao meu pai que embora ausente das nossas vidas, sei que posso contar sempre com a tua
estrelinha para, nos momentos difíceis, incentivares-me e dar-te motivos de orgulho!
À minha avó que sempre me apoiou e me incentivou a seguir atrás dos meus sonhos!
À Beatriz que mesmo aparecendo a meio da caminhada, surgiu numa altura em que mais
precisava de incentivo para concluir esta fase e me ajudou a definir um próximo objetivo!
À minha família por me apoiarem e incentivarem a ser melhor e seguir os meus sonhos.
A todos vocês, o meu MUITO OBRIGADO!
João Miguel Moreira Paraíso
iv
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. iii
ÍNDICE GERAL .......................................................................................................................... iv
ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. viii
ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................... ix
ÍNDICE DE ANEXOS ................................................................................................................. xi
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................. xiii
RESUMO ................................................................................................................................... xiv
ABSTRACT ................................................................................................................................ xv
PARTE I – ESTÁGIO ................................................................................................................. 16
1. Avaliação do Contexto ........................................................................................................ 16
1.1. Análise da Atividade .................................................................................................... 18
1.2. Análise do Envolvimento ............................................................................................. 19
1.2.1. A região ................................................................................................................. 19
1.2.2. O clube .................................................................................................................. 19
1.2.3. Análise dos Recurso Gerais ................................................................................... 21
1.2.3.1. Recursos físicos, espaciais e temporais .......................................................... 21
1.2.3.2. Recursos materiais .......................................................................................... 22
1.2.3.3. Recursos humanos .......................................................................................... 23
1.2.3.4. Departamento de Guarda-Redes ..................................................................... 25
1.2.3.5. Departamento Médico .................................................................................... 25
1.3. Análise da equipa ......................................................................................................... 26
1.3.1. Equipa Técnica ...................................................................................................... 26
1.3.2. Estrutura de Apoio ................................................................................................ 26
1.3.3. Plantel de Jogadores .............................................................................................. 27
1.3.4. Campeonato Nacional de Iniciados 2017/2018 ..................................................... 27
1.3.5. Recursos Específicos dos Iniciados A ................................................................... 29
1.3.5.1. Recursos físicos, espaciais e temporais .......................................................... 29
1.3.5.2. Recursos materiais .......................................................................................... 29
1.3.5.3. Recursos humanos .......................................................................................... 30
1.3.6. Modelo de Jogo ..................................................................................................... 31
v
1.3.6.1. Modelo de Jogo Adaptado | SCL Marrazes, Iniciados, Época 2017/2018 ..... 32
1.3.6.1.1. Sistema Principal (1:4:3:3) ...................................................................... 33
1.3.6.1.2. Sistema Alternativo (1:4:4:2) .................................................................. 33
1.3.6.1.3. Princípio geral do jogo ............................................................................ 33
1.3.6.1.4. Organização Ofensiva ............................................................................. 33
1.3.6.1.5. Organização Defensiva ............................................................................ 37
1.3.6.1.6. Transição Ofensiva .................................................................................. 40
1.3.6.1.7. Transição Defensiva ................................................................................ 41
1.3.6.1.8. Esquemas Táticos Ofensivos ................................................................... 42
1.3.6.1.9. Esquemas Táticos Defensivos ................................................................. 47
2. Definição dos Objetivos ...................................................................................................... 51
2.1. Objetivos de intervenção profissional .......................................................................... 51
2.1.1. Planeamento .......................................................................................................... 51
2.1.2. Intervenção ............................................................................................................ 54
2.1.3. Gestão .................................................................................................................... 58
2.1.4. Controlo e avaliação .............................................................................................. 61
2.1.5. Valores, direitos e deveres..................................................................................... 62
2.2. Objetivos a atingir com a população alvo .................................................................... 64
2.2.1. Relacionais ............................................................................................................ 64
2.2.2. Competitivos ......................................................................................................... 67
3. Modelo de Treino ................................................................................................................ 72
3.1. Planeamento ................................................................................................................. 72
3.1.1. Planeamento Anual ............................................................................................... 75
3.1.1.1. Período Preparatório ....................................................................................... 75
3.1.1.2. Período Competitivo ...................................................................................... 77
3.1.1.3. Período Transitório ......................................................................................... 80
3.2. Metodologias de treino ................................................................................................. 82
3.2.1. Métodos de Preparação Geral................................................................................ 83
3.2.2. Métodos Específicos de Preparação ...................................................................... 84
3.2.2.1. Exercícios Específicos de Preparação Geral .................................................. 84
vi
3.2.2.1.1. Descontextualizado ................................................................................. 84
3.2.2.1.2. Manutenção da Posse de bola .................................................................. 84
3.2.2.1.3. Em Circuito ............................................................................................. 85
3.2.2.1.4. Lúdico-Recreativos ................................................................................. 85
3.2.2.2. Exercícios Específicos de Preparação ............................................................ 86
3.2.2.2.1. Padronizados ........................................................................................... 86
3.2.2.2.2. Setorial .................................................................................................... 86
3.2.2.2.3. Finalização .............................................................................................. 87
3.2.2.2.4. Situações Fixas ........................................................................................ 87
3.2.2.2.5. Metaespecializados .................................................................................. 88
3.2.2.2.6. Competitivos ........................................................................................... 88
3.3. Análise do Processo de Treino ..................................................................................... 89
3.3.1. Distribuição dos Métodos de Treino por Período da Época .................................. 90
3.4. Protocolo do Jogo ......................................................................................................... 93
3.4.1. Concentração e Deslocação ................................................................................... 93
3.4.2. Palestra .................................................................................................................. 93
3.4.3. Aquecimento para o Jogo ...................................................................................... 93
3.4.4. Preparação para o Jogo .......................................................................................... 94
3.4.5. Preleção/Feedback durante a Competição ............................................................. 94
3.4.6. Intervalo do Jogo ................................................................................................... 94
3.4.7. Final do Jogo ......................................................................................................... 94
3.5. Observação e Análise de Jogo ...................................................................................... 95
4. Reflexão Crítica .................................................................................................................. 97
PARTE II – ESTUDO ................................................................................................................. 99
1. Introdução ........................................................................................................................... 99
2. Enquadramento Teórico .................................................................................................... 101
2.1. Estudos de aplicação já realizados ............................................................................. 102
2.2. Síntese ........................................................................................................................ 105
3. Objetivo do Estudo ............................................................................................................ 106
4. Metodologia ...................................................................................................................... 107
4.1. Recolha de Dados ....................................................................................................... 107
4.2. Caracterização da Amostra ......................................................................................... 107
vii
4.3. Sistema de Parâmetros/Variáveis ............................................................................... 108
4.3.1. Variáveis Independentes ..................................................................................... 109
4.3.2. Variáveis Dependentes ........................................................................................ 110
4.4. Tratamento de Dados e Procedimentos Estatísticos ................................................... 110
4.5. Calendarização ........................................................................................................... 111
5. Discussão de Resultados ................................................................................................... 112
5.1. Dimensão do Campo .................................................................................................. 113
5.2. Relação Numérica ...................................................................................................... 113
5.3. Regras do Jogo ........................................................................................................... 114
6. Conclusão .......................................................................................................................... 115
PARTE III - BALANÇO FINAL .............................................................................................. 116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 117
ANEXOS................................................................................................................................... 122
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Evolução do símbolo do Sport Clube Leiria e Marrazes. ........................................... 20
Figura 2- Inauguração do Parque de Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes. ......................... 20
Figura 3- Palmarés de conquistas do Sport Clube Leiria e Marrazes. ....................................... 21
Figura 4- Representação do Complexo Aldeia do Desporto, Marrazes, Leiria.......................... 22
Figura 5- Organograma do Departamento de Futebol do SCL Marrazes. ................................. 23
Figura 6- Distribuição do espaço físico para a equipa de iniciados A do SCL Marrazes. ......... 29
Figura 7- Organograma da organização dos Iniciados A. .......................................................... 30
Figura 8- Dinâmicas da primeira fase de construção da organização ofensiva. ......................... 35
Figura 9- Dinâmicas de segunda fase de construção da organização ofensiva. ......................... 36
Figura 10- Dinâmicas de terceira fase da organização ofensiva. ............................................... 37
Figura 11- Dinâmica da primeira fase de pressão em organização defensiva. ........................... 38
Figura 12- Dinâmica da segunda fase de pressão em organização defensiva. ........................... 39
Figura 13- Dinâmica da terceira fase de pressão em organização defensiva. ............................ 40
Figura 14- Cantos ofensivos n. º1, 2 e 3 (da esquerda para a direita). ....................................... 43
Figura 15- Livres ofensivo n. º1 e 2 (da esquerda para a direita). .............................................. 44
Figura 16- Lançamentos de linha lateral (da esquerda para a direita). ....................................... 45
Figura 17- Pontapés de baliza n. º1, 2, 3 e 4 (da esquerda para a direita). ................................. 46
Figura 18- Dinâmica da reposição de bola ofensiva. ................................................................. 47
Figura 19- Cantos defensivos (da esquerda para a direita). ....................................................... 48
Figura 20- Livres defensivos n. º1 e 2 (da esquerda para a direita). .......................................... 48
Figura 21- Lançamentos de linha lateral defensivos (da esquerda para a direita). ..................... 49
Figura 22- Pontapés de baliza defensivos (da esquerda para a direita). ..................................... 50
Figura 23- Reposição de bola defensiva. ................................................................................... 50
Figura 24- Tipos de planificação, adaptado de Castelo (1996). ................................................. 73
Figura 25- Níveis e Etapas de Planeamento, adaptado de Costa e Santos (2011). .................... 74
Figura 26- Relação entre volume de treino e métodos de treino. ............................................... 89
Figura 27- Relação dos métodos de treino nos diferentes períodos da época. ........................... 90
Figura 28- Relação dos métodos de treino no período preparatório. ......................................... 91
Figura 29- Relação dos métodos de treino no período competitivo. .......................................... 91
Figura 30- Relação dos métodos de treino no período transitório. ............................................ 92
Figura 31- Processo de análise de desempenho, adaptado de Carling et al. (2006). .................. 96
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1- Material de apoio direto disponível para o treino e competição. ............................... 22
Tabela 2- Tarefas e responsabilidades de cada elemento da equipa técnica de Sub-15. ............ 26
Tabela 3- Constituição do plantel de jogadores da equipa de Iniciados A do SCL Marrazes, época
2017/2018. ........................................................................................................................... 27
Tabela 4- Quantificação do material de uso exclusivo dos Iniciados A. .................................... 29
Tabela 5- Esquematização dos sistemas de jogo e as dinâmicas que pertencem ao modelo de jogo.
............................................................................................................................................. 32
Tabela 6- Objetivos de planeamento: dimensão 1. ..................................................................... 51
Tabela 7- Objetivos de planeamento: dimensão 2. ..................................................................... 52
Tabela 8- Objetivos de planeamento: dimensão 3. ..................................................................... 53
Tabela 9- Objetivos da intervenção: dimensão 1. ...................................................................... 54
Tabela 10- Objetivos de intervenção: dimensão 2. .................................................................... 55
Tabela 11- Objetivos de intervenção: dimensão 3. .................................................................... 56
Tabela 12- Objetivos de intervenção: dimensão 4. .................................................................... 58
Tabela 13- Objetivos de gestão: dimensão 1. ............................................................................. 59
Tabela 14- Objetivos de gestão: dimensão 2. ............................................................................. 60
Tabela 15- Objetivo de gestão: dimensão 3. .............................................................................. 61
Tabela 16- Objetivos de controlo e avaliação: dimensão 1. ....................................................... 61
Tabela 17- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 1. .............................................. 62
Tabela 18- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 2. .............................................. 63
Tabela 19- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 3. .............................................. 63
Tabela 20- Objetivos relacionais: dimensão 1............................................................................ 64
Tabela 21- Objetivos relacionais: dimensão 2............................................................................ 65
Tabela 22- Objetivos relacionais: dimensão 3............................................................................ 65
Tabela 23- Objetivos relacionais: dimensão 4............................................................................ 66
Tabela 24- Objetivos relacionais: dimensão 5............................................................................ 66
Tabela 25- Objetivos relacionais: dimensão 6............................................................................ 67
Tabela 26- Objetivos competitivos: dimensão 1. ....................................................................... 67
Tabela 27- Objetivos competitivos: dimensão 2. ....................................................................... 67
Tabela 28- Objetivos competitivos: dimensão 3. ....................................................................... 68
Tabela 29- Objetivos competitivos: dimensão 4. ....................................................................... 68
Tabela 30- Calendarização do Período Preparatório da época 2017/2018. ................................ 76
Tabela 31- Resultados dos jogos realizados para a 1ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados
2017/2018. ........................................................................................................................... 77
Tabela 32- Classificação Final da 1ª Fase do Campeonato Nacional – Série D. ....................... 78
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
x
Tabela 33- Classificação Inicial da 2ª Fase – Manutenção/Descida, Série D do Campeonato
Nacional de Iniciados. ......................................................................................................... 78
Tabela 34- Resultados dos jogos realizados para a 2ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados
2017/2018. ........................................................................................................................... 79
Tabela 35- Classificação Final da 2ª Fase - Manutenção/Descida, Série D do Campeonato
Nacional 2017/2018. ........................................................................................................... 80
Tabela 36- Representação de um microciclo-tipo para o período competitivo. ......................... 80
Tabela 37- Métodos de treino segundo a nomenclatura de Castelo (2003). ............................... 83
Tabela 38- Exercício representativo dos Métodos de Preparação Geral. ................................... 83
Tabela 39- Exercício representativo de EEPG – Descontextualizado. ....................................... 84
Tabela 40- Exercício representativo de EEPG - Manutenção da Posse de Bola. ....................... 85
Tabela 41- Exercício representativo de EEPG - Em Circuito. ................................................... 85
Tabela 42- Exercício representativo de EEPG - Lúdico-Recreativo. ......................................... 86
Tabela 43- Exercício representativo de EEP- Padronizado. ....................................................... 86
Tabela 44- Exercício representativo de EEP- Setorial. .............................................................. 87
Tabela 45- Exercício representativo de EEP- Finalização. ........................................................ 87
Tabela 46- Exercício representativo de EEP- Situações Fixas. .................................................. 88
Tabela 47- Exercício representativo de EEP- Metaespecializado. ............................................. 88
Tabela 48- Exercício representativo de EEP- Competitivos. ..................................................... 88
Tabela 49- Estudos empíricos que manipulam as condicionantes do jogo. ............................. 103
Tabela 50- Estudos empíricos que manipulam as dimensões do campo. ................................. 104
Tabela 51- Estudos empíricos que manipulam a relação numérica.......................................... 105
Tabela 52- Identificação do tipo de variáveis e os respetivos parâmetros. .............................. 108
Tabela 53- Identificação das variáveis independentes e os indicadores correspondentes. ....... 108
Tabela 54- Identificação das variáveis dependentes e os indicadores correspondentes. .......... 109
Tabela 55- Calendarização das tarefas do estudo. .................................................................... 111
Tabela 56- Análise dos dados recolhidos ................................................................................. 112
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
xi
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1- Relação entre o volume total de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados
durante a época. ................................................................................................................. 123
Anexo 2- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados
durante o Período Preparatório. ......................................................................................... 123
Anexo 3- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados
durante o Período Competitivo. ........................................................................................ 124
Anexo 4- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados
durante o período Transitório. ........................................................................................... 124
Anexo 5- Ficha de jogo para análise da competição. ................................................................ 125
Anexo 6- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (NS Rio Maior vs SCL
Marrazes). .......................................................................................................................... 126
Anexo 7- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (SL Cartaxo vs SCL
Marrazes). .......................................................................................................................... 127
Anexo 8- Mapa de presenças às sessões de treino. ................................................................... 128
Anexo 9- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 1ª fase do Campeonato Nacional de
Juniores C - Série D. ......................................................................................................... 129
Anexo 10- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 2ª fase do Campeonato Nacional de
Juniores C - Série D. ......................................................................................................... 130
Anexo 11- Análise estatística e tempos de jogo ao longo do Torneio Extraordinário, organizado
pela Associação de Futebol de Leiria. ............................................................................... 131
Anexo 12- Total de análise estatística e tempos de jogo, relativos à época desportiva 2017/2018.
........................................................................................................................................... 132
Anexo 13- Macrociclo da Época Desportiva 2017/2018. ......................................................... 133
Anexo 14- Representação do Mesociclo 1, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 134
Anexo 15- Representação do Mesociclo 2, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 135
Anexo 16- Representação do Mesociclo 3, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 136
Anexo 17- Representação do Mesociclo 4, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 137
Anexo 18- Representação do Mesociclo 5, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 138
Anexo 19- Representação do Mesociclo 6, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 139
Anexo 20- Representação do Mesociclo 7, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 140
Anexo 21- Representação do Mesociclo 8, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 141
Anexo 22- Representação do Mesociclo 9, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 142
Anexo 23- Representação do Mesociclo 10, com a respetiva definição de conteúdos. ............ 143
Anexo 24- Representação do Mesociclo 11, com a respetiva definição de conteúdos. ............ 144
Anexo 25- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27. ........ 145
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
xii
Anexo 26- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27. ........ 146
Anexo 27- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27. ........ 147
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS
SCLM - Sport Clube Leiria e Marrazes
JDC - Jogos Desportivos Coletivos
UEFA - União de Associações Europeias de Futebol
CPP - Campeonato de Portugal Prio
GRAP - Grupo Recreativo de Amigos da Paz
AFL - Associação de Futebol de Leiria
FPF - Federação Portuguesa de Futebol
GR - Guarda-Redes
DE - Defesa Esquerdo
DD - Defesa Direito
DC - Defesa Centro
MDE - Médio Defensivo Esquerdo
MDD - Médio Defensivo Direito
MOC - Médio Ofensivo Centro
EE - Extremo Esquerdo
ED - Extremo Direito
AV - Avançado
MDC - Médio Defensivo Centro
MCE - Médio Interior Esquerdo
MCD - Médio Interior Direito
MJA - Modelo de Jogo Adaptado
MJO - Método de Jogo Ofensivo
MJD - Método de Jogo Defensivo
ST - Sessão de Treino
MPG - Métodos de Preparação Geral
MEP - Métodos Específicos de Preparação
EPG - Exercícios de Preparação Geral
EEPG - Exercícios Específicos de Preparação Geral
EEP - Exercícios Específicos de Preparação
MPB - Manutenção da Posse de Bola
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
xiv
RESUMO
O presente trabalho visa a elaboração de um relatório de estágio com vista a obtenção do grau
de Mestre em Desporto, com especialização em Treino Desportivo.
Este relatório aborda uma intervenção técnico-profissional no Sport Clube Leiria e Marrazes,
durante a época desportiva 2017/2018, onde foi desempenhada a função de treinador adjunto na
equipa de Juniores C (Sub-15, Campeonato Nacional).
O relatório encontra-se dividido em duas partes. A primeira parte é dedicada à intervenção no
estágio e a segunda está orientada para o desenvolvimento de um estudo relacionado com a
manipulação das condicionantes estruturais em jogos reduzidos.
Na primeira parte procurámos avaliar o contexto através da análise da atividade, do
envolvimento, dos recursos e a equipa de intervenção. Abordámos os objetivos e estratégias de
intervenção adotadas no contexto do estágio, nomeadamente ao nível do planeamento,
periodização, operacionalização e caracterização do processo de treino, bem como o protocolo de
jogo e a observação da competição. Por conseguinte, esta parte foca-se na concretização de uma
rigorosa e profunda análise ao processo de treino da equipa, discriminando os métodos de treino
utilizados numa relação de proximidade constante com o modelo de jogo adotado pela equipa,
bem como a periodização para a época desportiva em causa.
O estudo teve como objetivo analisar a influência técnico-tática na manipulação de
condicionantes estruturais em jogos reduzidos. A amostra foi constituída por 12 jogos, onde
intervieram 8 jogadores pertencentes à equipa de intervenção, iniciados sub-15 do Sport Clube
Leiria e Marrazes. A metodologia utilizada teve por base a Metodologia Observacional sustentada
num sistema de observação constituído por indicadores de performance.
Os resultados indicam que as dimensões do campo, a relação numérica e as regras do jogo
aplicadas influenciam as ações e o comportamento dos jogadores. No entanto, mais estudos
devem ser realizados abordando, essencialmente, a temática das condicionantes informacionais.
Palavras-chave: Futebol, Métodos de Treino, Modelo de Jogo, Tomada de Decisão, Jogos
Reduzidos.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
xv
ABSTRACT
The present work aims at the elaboration an traineeship report in order to obtain the Master’s
degree in Sports, with Sports Training specialization.
In this report we approached an professional intervention in Sport Club Leiria e Marrazes,
during the 2017/2018 season, where I worked as an assistant coach in under-15 team (National
Championship).
It is divided in two segments. The first dedicated to the traineeship’s intervention and the
second one focusing on the evolution of a study on the decision-making process in small sided
games.
In the first part we evaluated the context through the activity analysis, the involvement,
resources and the intervention team. We addressed our goals and intervention strategies adopted
in the context of the traineeship, namely in the planning, periodization, operationalization and
characterization of the training process, as well as the game protocol and observation. Therefore,
this part focuses on the accomplishment of a strict and deep analysis to the team's training process,
discerning the training methods used on a constant proximity relation with the game model
adopted by the team, as well as the periodization for the sport season.
The study aims to analyse the influence technical-tactical of structural conditioning
manipulation in small sided games. The sample consisted of 12 games, involving 8 players from
the intervention team – Sport Clube Leiria e Marrazes (Under 15) – and the methodology used
was based on Observational Methodology backed on an observation system made up of
performance indicators.
The results suggest that the field dimensions, the numerical relation and the games rules
applied do influence the players behaviour. However, more studies should be carried out,
essentially addressing the thematic of informational conditioning factors.
Keywords: Football, Training Methods, Game Model, Decision-Making, Small Sided Games.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
16
PARTE I – ESTÁGIO
A realização deste relatório surge no âmbito da disciplina de Estágio, inserida no Mestrado em
Desporto, com especialização em Treino Desportivo, concretamente na modalidade de Futebol,
lecionado na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
Face à proposta ambiciosa em integrar a equipa técnica de uma equipa recém-promovida aos
campeonatos nacionais da categoria de Iniciados e estando consciente do risco e dificuldades
inerentes à tarefa, pareceu a oportunidade certa no sentido de possibilitar uma aprendizagem num
nível competitivo superior e melhorar o grau de capacidades e competências de treinador ao lado
de um treinador com elevado grau de reputação e respeito pelos seus pares no distrito de Leiria.
Neste sentido, este capítulo abordará a avaliação do contexto inserido, refletindo sobre a
atividade e o envolvimento presente. Posteriormente, mencionar-se-ão os objetivos nos variados
prismas, bem como os conteúdos e estratégias de intervenção no contexto. Para finalizar, o último
tópico incidir-se-á no processo de avaliação e controlo de forma a avaliar-se se os objetivos
propostos foram ou não concretizados.
1. Avaliação do Contexto
O ensino dos Jogos Desportivos Coletivos (JDC), em particular do futebol, têm vindo a evoluir
progressivamente em função do conhecimento da sua natureza complexa como reflexo da análise
das características particulares do jogo, das suas tendências evolutivas e das repercussões ao nível
metodológico, conduzindo para uma evolução qualitativa das suas modalidades (Garganta &
Pinto, 1996; Garganta, 2001; Lopes, 2007; Silva, 2008).
Esta evolução acontece pelo reconhecimento de que o jogo decorre a partir de acontecimentos
imprevisíveis inerentes de relações complexas de oposição e cooperação, com vista na
concretização de objetivos individuais e coletivos, bem como do conhecimento que os mesmos
intervenientes têm do jogo, de si próprios e do adversário (Garganta & Oliveira, 1996).
Neste sentido, o ensino dos JDC deverá centrar-se no apelo à inteligência, à cognição, à
perceção e à tomada de decisão junto dos seus jogadores perante o contexto tático-estratégico,
conferindo aos jogadores a capacidade de adaptação e superação de acordo com as suas próprias
exigências e as impostas pelo jogo (Garganta & Pinto, 1994; Garganta & Oliveira, 1996;
Garganta, 1997; Araújo, 2005).
Para Garganta (1997), o futebol é um JDC que ocorre num contexto de elevada variabilidade,
imprevisibilidade e aleatoriedade, estando duas equipas em confronto, com objetivos comuns,
lutam para levar vantagem o tempo e o espaço, realizando, em cada momento, ações reversíveis
(ataque-defesa) alicerçadas em relações oposição-cooperação. Porém, com o desenvolvimento
verificado ao mais alto nível, embora persista a variabilidade e aleatoriedade, a imprevisibilidade
é cada vez mais previsível, isto é, as equipas estudam-se mutuamente de forma tão exaustiva,
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
17
pormenorizada e ao mínimo detalhe que cada vez menos se verifica, em contextos similares, uma
equipa superiorizar-se à outra, ou seja, desequilibrando a relação oposição-cooperação, embora
concordemos que é nesta relação que se deve continuar a exercitar de forma a poder ser melhor
que o adversário.
O futebol pode, também, ser caracterizado pela interação dos seus regulamentos e das
possibilidades de ação permitidas e exploradas pelos jogadores com diferentes proporcionalidades
com caráter estratégico, tático, técnico e físico (Castelo & Matos, 2008), onde a dimensão tática
assume-se como a coordenadora e modeladora de todo o processo de treino (Carvalhal, Lage &
Oliveira, 2014). Não obstante, esta dimensão unificadora deve estar intrinsecamente relacionada
a uma determinada forma de jogar que lhe confira identidade e orientação, e deverá ser
materializada a partir da concetualização de um modelo de jogo para a equipa (Amieiro, Barreto,
Oliveira & Resende, 2006; Garganta, 2006), refletindo-se no processo de ensino e de treino que
se pretende construir (Garganta, 1996).
Depois de concluir a licenciatura e após uma breve passagem pela modalidade de futsal de
competição, nomeadamente pelo GD Mata/AAUBI, o sonho em estar ligado diretamente à
modalidade de futebol levou a que, no ano de 2016, integrasse a estrutura de um clube de futebol
como treinador principal de futebol 5 e treinador-adjunto de futebol 11 no Atlético Clube
Marinhense. Após essa experiência, surgiu a oportunidade de integrar o presente projeto.
Tendo em vista a progressão na carreira de treinador e face ao convite para integrar uma equipa
técnica em contexto de campeonato nacional, a opção de relatório de estágio pareceu a escolha
acertada de forma a poder conciliar a experiência académica com a experiência profissional e,
ainda, obter a qualificação para o grau II – UEFA B de treinador.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
18
1.1. Análise da Atividade
A análise da atividade existe para que se tenha uma visão totalmente abrangente do
envolvimento que se venha (ou não) a integrar, de forma a conhecer cargos, tarefas e missões que
permitam a execução dos objetivos e estratégias de intervenção no âmbito do estágio curricular.
O ciclo de intervenção realizou-se no Sport Clube Leiria e Marrazes (SCLM), no departamento
de futebol juvenil, mais concretamente na equipa de Juniores C (escalão sub-15 anos), integrado
na prática de estágio curricular, no âmbito do 2º ano de Mestrado em Desporto, especialização
em Treino Desportivo, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior - Instituto Politécnico de
Santarém.
A função assumida na estrutura de futebol do clube foi a de treinador-adjunto, desenvolvendo
atividades ao nível do processo de treino, nomeadamente o planeamento e organização de
mesociclos, microciclos e sessões de treinos, bem como a intervenção e a devida reflexão e
introspeção ao final de cada sessão de treino, ao nível do processo competitivo, nomeadamente
na definição de objetivos e estratégias em função de um modelo de jogo e, por fim, com a
participação ativa nas tomadas de decisão envolventes o grupo de trabalho.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
19
1.2. Análise do Envolvimento
A análise do envolvimento resulta da caracterização da organização e do contexto onde é
realizado o estágio. Neste sentido, esta análise abordará dois panoramas: a região e o clube.
1.2.1. A região
Marrazes é uma localidade junto ao centro de Leiria (capital de distrito) com cerca de 25 000
habitantes e ocupando uma área de 32,80 km1. A localidade é reconhecida pela sua gastronomia
(Festival das Sopas), Museu Escolar, espaços verdes (Mata dos Marrazes) e desporto (Futebol,
Hóquei em Patins e BTT)2
A região centro tem uma grande tradição no que diz respeito à atividade física, com bastante
oferta indoor e outdoor, seja pela prática de forma recreativa ou pela competição.
Abordando apenas a modalidade de futebol, a competitividade na oferta é significativa. Só nas
proximidades da cidade de Leiria destacam-se o Sport Clube Leiria e Marrazes, a União
Desportiva de Leiria, o GRAP, o Atlético Clube Marinhense e a EAS Marinha Grande. Os clubes
com maior expressão na região são a União Desportiva de Leiria, que passou muitos anos na
Primeira Liga de Portugal, participando até em competições da UEFA, como a Taça UEFA e a
Taça Intertoto e, o Atlético Clube Marinhense, clube este que atualmente participa no
Campeonato de Portugal Prio (CPP) e que tem praticamente todas as equipas de futebol juvenil a
participar em competições nacionais. Por outro lado, a EAS Marinha Grande é uma coletividade
virada para o futebol formação (sem equipa sénior), onde anteriormente tinha uma ligação com o
Sporting Clube de Portugal e que, por si só, assim ganhou bastante notoriedade na região. Por
outro prisma, clubes como o Sport Clube Leiria e Marrazes e GRAP são clubes com extrema
expressão ao nível distrital e que, de forma progressiva, vão conquistando o seu lugar no grupo
dos chamados “grandes” da região.
1.2.2. O clube
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZES
“A Força de quem veste de Negro”
O Sport Clube Leiria e Marrazes foi fundado no ano de 1936, embora “(…) há registos nos
jornais da época de jogos efetuados nos Marrazes nos já longínquos anos 20 pelo Marrazes
Sporting Clube”2. Pois bem, “em 1936 surge o Marrazes Sport Club, fruto da junção de alguns
1 Retirado do site da Câmara Municipal de Leiria (http:/www.cm-leiria.pt/) 2 Retirado do site do Sport Clube Leiria e Marrazes (http:/www.sclmarrazes.pt/)
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grupos existentes na altura, nomeadamente a Associação Desportiva “A Floresta”, “Os
Quartafeiristas” e, ainda, um clube que se dedicava ao futebol juvenil, o Vitória Futebol Clube”2.
Em 1944, o clube inscreve-se pela primeira vez na Associação Futebol de Leiria (AFL), no
entanto já participava em jogos e torneios amigáveis. Foi, ainda, com a designação de Marrazes
Sport Club que o clube ascendeu pela primeira vez à III Divisão Nacional, decorrida a época
1951/1952, terminando em 5º lugar da série.
Através de uma Assembleia Geral Extraordinária, no dia 26 de abril de 1952, “os sócios
deliberaram promover a filiação do clube no Futebol Clube do Porto e alterar a designação para
Futebol Clube de Marrazes”2. Posteriormente, em nova Assembleia Geral, no dia 29 de janeiro de
1964, foi decidido alterar a denominação do clube para Sport Clube Leiria e Marrazes, designação
que permanece nos dias de hoje.
Foi no ano de 1977 um dos dias mais marcantes para sócios, adeptos e simpatizantes deste
clube, onde celebraram a subida à II Divisão Nacional no jogo decisivo frente ao Sporting Clube
Campomaiorense, vencendo por 3-0.
O dia 8 de dezembro de 1969 fica marcado como a Inauguração do Parque de Jogos, este
“sonho antigo dos associados e fruto da mobilização geral de toda a população da freguesia, com
a construção do campo de futebol simbolizando o empenho, dedicação e amor clubístico de todos
aqueles que se envolveram no projeto”2. Para o jogo de inauguração do campo de futebol, foi
convidada a recém-formada equipa da União Desportiva de Leiria, onde se testemunha que
tenham presenciado cerca de 7.000 pessoas.
Figura 1- Evolução do símbolo do Sport Clube Leiria e Marrazes.
Figura 2- Inauguração do Parque de Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes.
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Sendo, por natureza, um clube de excelência na formação de jovens futebolistas e cidadãos
(Homens), o clube tem como expressão máxima Rui Patrício, guarda-redes que representa o
Sporting Clube de Portugal e a Seleção Nacional de Portugal (Campeão Europeu de Futebol).
O clube, no entanto, não se dedica exclusivamente ao futebol. O SCLM “afirma-se hoje como
uma entidade prestadora de serviços à comunidade e dinamizadora de várias atividades
desportivas, recreativas e de apoio social”2. Para além do futebol, dinamiza várias outras
atividades como o BTT, Hóquei em Patins, entre outras.
1.2.3. Análise dos Recurso Gerais
Os recursos gerais podem ser vistos de diversos prismas: recursos físicos, espaciais e
temporais, recursos materiais e recursos humanos.
1.2.3.1. Recursos físicos, espaciais e temporais
Estes primeiros recursos referem-se aos meios físicos, espaciais e temporais de treino e de
competição. Desta forma, o Sport Clube Leiria e Marrazes tem dois espaços de treino: o Campo
nº1 e nº2 da Aldeia do Desporto, sendo que apenas o primeiro corresponde ao espaço utilizado
para a competição das diversas equipas do clube.
O campo nº1 da Aldeia do Desporto é composto por relvado artificial, com as dimensões de
100x64 metros e com uma capacidade de 200 lugares sentados. Por sua vez, o campo nº2 é
composto por relvado artificial com as dimensões de 100x64 metros e contribui para a distribuição
uniforme do espaço de treino para as equipas do clube. O complexo desportivo Aldeia do
Desporto, para além dos dois campos, é ainda constituído por cinco balneários, quatro WC, uma
Figura 3- Palmarés de conquistas do Sport Clube Leiria e Marrazes.
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sala de treinadores, um posto médico, um salão polivalente, um bar, uma sala de arrumações de
material de treino, bancadas e um escritório.
1.2.3.2. Recursos materiais
Os recursos materiais referem-se aos meios diretos (como por exemplo, as bolas, sinalizadores,
cones, balizas, etc.) que são utilizados para o treino ou para a competição.
O material de cariz direto foi comum a todas as equipas do clube, beneficiando de uma
requisição prévia para utilização em treino/competição. Desta forma, é apresentada na tabela 1 o
material existente.
Tabela 1- Material de apoio direto disponível para o treino e competição.
MATERIAL QUANTIDADE
Arco 15 unidades
Baliza de Futebol 11 6 unidades
Baliza de Futebol 5 4 unidades
Baliza de Futebol 7 4 unidades
Banco de Abdominais 1 unidade
Barreira Alta 15 unidades
Barreira Baixa 15 unidades
Bicicleta 1 unidade
Bola Tamanho 5 Nike Strike Laranja 80 unidades
Bola Tamanho 5 Adidas Euro 2016 Top Glider B/A 40 unidades
Bola Tamanho 4 Adidas Euro 2016 Top Glider B/V 50 unidades
Bola Tamanho 3 Joma Dali 30 unidades
Bola de Pilates 6 unidades
Colete 8 conjuntos
Cone Grande 30 unidades
Cone Médio 30 unidades
Cone Pequeno 30 unidades
Figura 4- Representação do Complexo Aldeia do Desporto, Marrazes, Leiria.
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Elástico 5 unidades
Elíptica 2 unidades
Escada de Coordenação 5 unidades
Garrafas de água (conjunto de 10) 8 unidades
Hexágono 10 unidades
Mini-baliza 8 unidades
Sinalizador 5 conjuntos
Step 1 unidades
Trampolim 1 unidade
Vara 10 unidades
Vara com base 20 unidades
1.2.3.3. Recursos humanos
Desta forma, a organização do departamento de futebol do Sport Clube Leiria e Marrazes
encontra-se estruturado da seguinte forma:
Em função do papel ocupado dentro da organização do SCL Marrazes, cada individualidade
apresenta diversas funções, missões e tarefas. Tendo em conta a estrutura definida, destacam-se:
1. Presidente: É o responsável máximo do clube. É responsável por fixar, executar e
fiscalizar os objetivos gerais e específicos das equipas, junto dos coordenadores dos
Presidente
Futebol Sénior
Equipa Sénior
Futebol Juvenil
Juniores Sub-19
Juvenis Sub-17
Juvenis Sub-16
Iniciados Sub-15
Iniciados Sub-14
Inciados Sub-13
Futebol Formação
Sub-13
Sub-12
Benjamins
Traquinas
Petizes
Guarda-Redes
Treinadores de Guarda-Redes
Departamento Médico
Fisioterapeutas e Massagistas
Figura 5- Organograma do Departamento de Futebol do SCL Marrazes.
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respetivos departamentos e por zelar pelo cumprimento dos planos e princípios
básicos do SCL Marrazes, definidos nos regulamentos do clube;
2. Coordenadores Futebol Sénior, Futebol Juvenil, Futebol Formação, Guarda-Redes e
Departamento Médico: Estabelecem a ligação entre a direção do clube e os corpos
técnicos e seccionistas das equipas. São responsáveis pela organização física e
temporal das unidades de treino, auxiliam na definição das equipas, no planeamento
da equipa e definição de modelo de treino e jogo, bem como na definição de estratégias
para fazer face aos problemas ao nível do clima, disciplina e coesão de grupo. Sempre
que possível, devem acompanhar as equipas, quer em treino quer em jogo, avaliando
a aplicação dos aspetos referenciados nos regulamentos do clube. Procuram promover
o bom relacionamento entre o corpo técnico, seccionistas e direção. Quando acham
pertinente, realizam reuniões mensais com o corpo técnico e seccionistas.
3. Equipas: São constituídas pelo corpo técnico (treinador principal, treinador adjunto),
seccionistas e atletas. O treinador principal é o responsável da equipa assumida. Tem
como responsabilidades a criação do modelo de jogo, elaboração dos mesociclos,
microciclos, unidades de treino, convocatórias, calendarização de jogos de
preparação, controlo e monitorização dos exercícios de treino, manutenção do material
de treino, coordenação do corpo técnico e jogadores e orientação da equipa nos
momentos de competição, em conjunto com os restantes elementos que constituem o
corpo técnico. O treinador adjunto auxilia na criação do modelo de jogo, no
planeamento dos mesociclos, microciclos e unidades de treino, participa no processo
de decisão do treinador, ao nível da convocatória e ao nível da preparação da
competição, no controlo e monitorização dos exercícios de treino, na manutenção do
material de treino, no controlo e monitorização dos aquecimentos de jogo e é
responsável pela análise e observação da equipa adversária (relatório de jogo). Os
seccionistas são responsáveis pelo auxílio administrativo e logístico à direção,
coordenador e corpo técnico, por zelar pela aplicação dos regulamentos do clube e das
provas em que o clube participa, por assistir aos treinos de forma a dar respostas às
solicitações do corpo técnico, médico e de apoio aos atletas, por procurar que os
equipamentos e material estejam em boas condições para utilização, por preencher as
fichas de jogo e por promover boas relações com a Associação de Futebol de Leiria,
com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), equipas adversárias e equipas de
arbitragem;
4. Guarda-Redes: É o departamento responsável pelo modelo de treino específico dos
guarda-redes, desde o escalão de sub-12 até ao escalão de juniores. É constituído por
quatro treinadores e são responsáveis pelo planeamento dos mesociclos, microciclos,
unidades de treino, controlo e monitorização dos exercícios de treino, manutenção do
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
25
material de treino e intervêm no processo de decisão com o corpo técnico das equipas,
com base na avaliação das suas competências e necessidades;
5. Departamento Médico: É o responsável pela prevenção, controlo e tratamento de
necessidades fisiológicas dos atletas, sempre cooperando com o corpo técnico das
equipas. É constituído por cinco fisioterapeutas e um personal trainer.
Face ao projeto que envolve o clube desde sempre, com a estreita ligação entre a formação de
jogadores e a equipa sénior do clube, onde o plantel atual é composto por cerca de 65% de
jogadores que tiveram passagens pelo clube na sua formação como atletas, a organização leva a
uma filosofia semelhante implementada entre os vários departamentos, levando os jogadores a
assimilar desde cedo conceitos que identificam o clube, como “Entrega, Esforço e Garra” e,
sempre, caracterizado com jogadores com intensidade e níveis de competências técnico-táticas
acima da média ao nível do distrito de Leiria.
1.2.3.4. Departamento de Guarda-Redes
O departamento de Guarda-Redes foi uma das grandes apostas para a época 2017/2018, com
a maior individualização do trabalho nesta área. Coordenado pelo professor Bruno Clemente, os
atletas que se enquadram nesta posição, desde o escalão de Benjamins, têm treinos semanais na
íntegra especializados na sua tarefa de guarda-redes. Os atletas pertencentes às equipas
enquadradas no futebol juvenil realizaram 1,5 treinos semanais de tarefa específica com os
treinadores Bruno Clemente, Leandro Santos, Márcia Santos, Nuno Ruano e Paulo Freitas.
1.2.3.5. Departamento Médico
Este departamento abrange todos os atletas do clube, desde o escalão de petizes ao escalão
sénior. O seu horário de funcionamento foi de 2ª à 6ª feira das 18h30 às 22h30 e, em dia de
competição (sábados e domingos), os jogos das equipas sénior, juniores, juvenis A e B e iniciados
A, B e C tiveram assegurada a presença de um elemento deste departamento, nos jogos em casa
e nos jogos fora. Já as equipas enquadradas no departamento de futebol de formação tiveram
assegurada a presença de um elemento deste departamento nos jogos que se realizaram nos
campos da Aldeia do Desporto.
O departamento foi constituído por um personal trainer e cinco fisioterapeutas. O
departamento responsabilizou-se pelo tratamento de lesões, pela sua reabilitação e garantia em
que o jogador integrava a equipa de trabalho com as capacidades físicas ideais para a prática
normal da atividade física exigida, reduzindo o tempo de reintegração no grupo de trabalho.
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1.3. Análise da equipa
Perspetivando a análise de uma equipa de intervenção, passa-se a caracterizar os elementos
que compuseram a equipa técnica, a estrutura de apoio, o plantel de jogadores e o modelo de jogo.
1.3.1. Equipa Técnica
A equipa técnica da equipa de Juniores C (Iniciados A) do SCLM foi, fundamentalmente,
constituída por três elementos: Bruno Gomes (Treinador Principal), João Paraíso (Treinador-
Adjunto) e Hugo Magalhães (Treinador-Adjunto). Qualquer um dos três elementos que
constituíram esta equipa técnica conhece o clube de forma profunda, pelo facto dos três serem ex-
jogadores da formação do clube. Bruno Gomes conta com vários anos à frente de equipas do
clube, desde o futebol de formação ao futebol juvenil, e acumulou o cargo de coordenador do
futebol juvenil. Por sua vez, João Paraíso, formado em Ciências do Desporto, foi treinador-
adjunto da equipa de Iniciados e treinador principal da equipa de Traquinas do Atlético Clube
Marinhense na época 2016/2017. E, por fim, Hugo Magalhães, formado em Desporto e Bem-
Estar, foi treinador-adjunto da equipa de Juniores e treinador principal da equipa de Traquinas do
SCLM na época transata.
As tarefas e responsabilidades de cada um foram distribuídas da seguinte forma:
1.3.2. Estrutura de Apoio
A estrutura de apoio refere-se aos elementos que vieram sustentar o trabalho da equipa técnica
em função dos jogadores e equipa.
Ao nível da equipa de Juniores C, esta foi constituída por três seccionistas Paulo Paixão, Stid
Amado e Mónica Rodrigues. Estes foram responsáveis pelos processos de logística (jogos em
casa e fora), inscrição de jogadores na competição, equipamento de jogo e preenchimento da ficha
de jogo.
Quanto à inclusão dos elementos do departamento médico, pelo fato de ser um departamento
que engloba vários profissionais e não estar designado um específico para cada equipa, os
elementos que o englobaram estão todos mencionados no seu enquadramento.
Mesociclo Microciclo Conteúdos Exercícios Exercício Feedback Preleção Jogo Aquecimento Jogo Microciclo Competição
Bruno Gomes -
João Paraíso - -
Hugo Magalhães - - - - -
PlaneamentoTreinadores
Operacionalização Reflexão
Tabela 2- Tarefas e responsabilidades de cada elemento da equipa técnica de Sub-15.
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27
1.3.3. Plantel de Jogadores
O plantel foi constituído por 27 jogadores com idades compreendidas entre os 12 e 14 anos de
idade, com a particularidade de o plantel ter sofrido alterações durante a época, com saídas,
entradas e promoções de outros escalões.
Na tabela 3 apresentamos alguns dados dos jogadores que fizeram parte da equipa de iniciados
A do SCLM, época 2017/2018.
Tabela 3- Constituição do plantel de jogadores da equipa de Iniciados A do SCL Marrazes, época 2017/2018.
1.3.4. Campeonato Nacional de Iniciados 2017/2018
O Campeonato Nacional de Iniciados, na época desportiva 2017/2018, foi uma competição
constituída por três fases. Na primeira fase, participaram as 72 (setenta e duas) equipas, agrupadas
em 6 séries (designadas desde a “A” até à “F”) de 12 (doze) equipas cada série. Esta fase realizou-
se a apenas uma volta, isto é, as equipas apenas se defrontaram uma vez entre elas. De cada série,
apuraram-se as quatro primeiras classificadas para a 2ª fase – Apuramento de Campeão, enquanto
que as restantes oito equipas qualificaram-se para a 2ª fase - Manutenção/Descida.
A 2ª fase – Manutenção/Descida disputou-se por campeonato a duas voltas, onde as equipas
defrontaram-se duas vezes (casa e fora). Esta fase teve a particularidade de as equipas terem
iniciado a competição com metade dos pontos obtidos na 1ª fase, levando a uma maior
Nº NOME ALCUNHA DATA DE NASCIMENTO NACIONALIDADE POSIÇÃO CLUBE ANTERIOR OBSERVAÇÕES
29 Jogador 1 JP 05-09-2003 Português GR GDR Boavista
13 Jogador 2 Ricardo 13-08-2003 Português GR SCL Marrazes
12 Jogador 3 Caseiro 22-03-2003 Português GR SCL Marrazes *
24 Jogador 4 Xico 13-02-2003 Português DD/DE GRAP
27 Jogador 5 Tiaguinho 16-10-2003 Português DD/DE SCL Marrazes
3 Jogador 6 Simão 23-06-2004 Português DD/DE/DC SCL Marrazes Iniciados B
22 Jogador 7 Edgar 04-09-2003 Português DD/ED SCL Marrazes Desistência
16 Jogador 8 Santos 24-06-2003 Português DD/MC SL Marinha
23 Jogador 9 Alex 23-08-2003 Português DC GDR Boavista
18 Jogador 10 Tomás 29-09-2004 Português DC/MC SCL Marrazes
17 Jogador 11 Lopez 16-08-2003 Português DC/MC SL Marinha
4 Jogador 12 Lucas 14-06-2003 Português DC SCL Marrazes
5 Jogador 13 Reis 05-05-2003 Português DE/MC SCL Marrazes
19 Jogador 14 Romeu 04-09-2003 Português DE/EE SCL Marrazes
66 Jogador 15 Nuno 25-07-2005 Português DE SCL Marrazes Sub-13
11 Jogador 16 Macrino 09-08-2003 Português DE/MC ACR Maceirinha
8 Jogador 17 Gustavo 29-04-2003 Português DE/EE SCL Marrazes Desistência
6 Jogador 18 Sobreira 22-07-2003 Português MC GDR Boavista
85 Jogador 19 Afonso 18-02-2004 Português MC AD Portomosense **
14 Jogador 20 Fábio 22-06-2003 Português MC AC Marinhense *
21 Jogador 21 André 20-06-2003 Português MC/MO SCL Marrazes
10 Jogador 22 Caseiro 17-11-2004 Português EE/AV SCL Marrazes Iniciados B
7 Jogador 23 Rodrigo 16-03-2005 Português MC/MO/AV SCL Marrazes Sub-13
77 Jogador 24 Totti 30-12-2003 Português MC/MO SC Pombal
20 Jogador 25 Brazão 02-04-2003 Português MO/AV SCL Marrazes *
9 Jogador 26 Teun 31-01-2003 Holandês EE/AV SCL Marrazes
35 Jogador 27 João 15-05-2003 Português AV UD Leiria **
* Transferiu-se para outro clube no decorrer da época.
** Transferiu-se para o clube no decorrer da época.
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competitividade. As equipas que terminaram nas últimas três posições, foram relegadas para os
respetivos campeonatos distritais, enquanto que as primeiras cinco permaneceram no
Campeonato Nacional da categoria.
Por sua vez, a 2ª fase - Apuramento de Campeão disputou-se com as 24 equipas qualificadas,
agrupadas em 3 séries (Série Norte, Centro e Sul), a duas voltas, onde se qualificaram para a 3ª
fase as primeiras e segundas classificadas de cada série.
Por último, a 3ª fase atribuiu o Campeão Nacional, disputado pelas 6 equipas apuradas a duas
voltas, onde o vencedor foi o clube com mais pontos conquistados no final desta série única.3
A série A foi constituída pelas seguintes equipas: Vitória S.C., S.C. Braga, A.D.C. Aveleda,
Moreirense F.C., F.C. Famalicão, A.D. Barroselas, G.D. Chaves, S.C. Vianense, Gil Vicente F.C.,
A.D. Esposende, Palmeiras F.C. e A.D.S.P. Vale Conde. A série B foi constituída pelas seguintes
equipas: F.C. Porto, C.D. Feirense, Dragon Force F.C., Rio Ave F.C., Boavista F.C., F.C. Paços
de Ferreira, S.C. Espinho, S.C. Coimbrões, Leixões S.C., S.C. Freamunde, U.D. Oliveirense e
F.C. Penafiel. A série C foi constituída pelas seguintes equipas: A.A. Avanca, Anadia F.C., A.A.
Coimbra – O.A.F., C.D. Tondela. G.R. Vigor Mocidade, S. Viseu e Benfica, G.D. Gafanha,
A.F.D. Pinguinzinhos, Viseu United F.C., U.C. Eirense, A. Naval 1º Maio e A.G.E.D. Gouveia.
A série D foi constituída pelas seguintes equipas: C.D. Fátima, U.D. Leiria, C.A.D.
Entroncamento, A.A. Santarém, Caldas S.C., E.A.S. Marinha Grande, C.D. Portalegrense 1925,
N.S. Rio Maior, S.C.L. Marrazes, Sertanense F.C., S.L. Cartaxo e A.C. Marinhense. A série E foi
constituída pelas seguintes equipas: Sporting C.P., S.L. Benfica, C.F. Os Belenenses, G.D. Estoril
Praia, S.G. Sacavenense, A.D. Oeiras, C.D. Cova Piedade, S.C. União Torreense, Real S.C.,
C.I.F., G.S. Loures e C.A.C. Pontinha. A série F foi constituída pelas seguintes equipas: F.C.
Barreirense, Vitória F.C., Farense F.C., Portimonense S.C., Lusitano G.C., S.C. Olhanense,
C.D.R. Quarteirense, Silves F.C., Despertar S.C., J.S. Campinense, C.D. Beja e Juventude S.C.. 3
Fruto do 2º lugar no Campeonato da Divisão de Honra de Leiria na época transata (2016/2017)
e, em virtude do primeiro classificado não poder preencher a vaga no Campeonato Nacional pelo
fato ser a equipa secundária do escalão (UD Leiria “B”) e a equipa “A” já ter a sua vaga no
respetivo campeonato, o SCL Marrazes foi, consequentemente, qualificado para o Campeonato
Nacional de Juniores C na época 2017/2018.
Esta participação já não foi uma estreia, uma vez que na última década, o clube conta
participações neste campeonato na época 2009/2010 onde conquistou o 5º lugar da Série D, o 9º
lugar da mesma série no ano seguinte, o 4º lugar na época 2011/2012 e, por último, na época
2012/2013 conquistou o 10º lugar na 2ª Fase – Manutenção/Descida, o que provocou o regresso
aos Campeonatos Distritais.
3 Retirado do site da Federação Portuguesa de Futebol (http://www.fpf.pt/)
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
29
1.3.5. Recursos Específicos dos Iniciados A
Neste ponto pretende-se especificar os recursos físicos, espaciais e temporais definidos para a
equipa de iniciados A do Sport Clube Leiria e Marrazes.
1.3.5.1. Recursos físicos, espaciais e temporais
A equipa de iniciados A do SCL Marrazes realizou três treinos semanais (terça-feira, quarta-
feira e sexta-feira). O primeiro treino da semana realizava-se com dois terços de campo, no campo
n.º 2 do complexo Aldeia do Desporto; o segundo treino realizava-se em meio-campo do campo
n.º 1 do complexo Aldeia do Desporto; o último treino semanal realizava-se, na primeira meia-
hora com campo completo no campo n.º 1 e a restante hora de treino com apenas meio-campo.
Os jogos oficiais realizaram-se no campo n. º1 do complexo Aldeia do Desporto.
A figura 6 representa o espaço físico disponível para as sessões de treino em campo para a
equipa de iniciados A do SCL Marrazes.
1.3.5.2. Recursos materiais
A equipa de iniciados A do SCL Marrazes teve ao seu dispor todo o material disponível, sendo
de seu uso exclusivo:
Tabela 4- Quantificação do material de uso exclusivo dos Iniciados A.
MATERIAL QUANTIDADE
Bola Tamanho 5 Nike Strike Laranja 20 unidades
Garrafas de água (conjunto de 10) 1 unidade
Terça-Feira
¾ de Campo (90´)
Campo n.º 2 da Aldeia do Desporto
Quarta-Feira
1/2 de Campo (90´)
Campo n.º 1 da Aldeia do Desporto
Sexta-Feira
Campo Inteiro (30´)
+
½ Campo (60´)
Campo n.º 1 da Aldeia do Desporto
Figura 6- Distribuição do espaço físico para a equipa de iniciados A do SCL Marrazes.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
30
1.3.5.3. Recursos humanos
Tendo em conta o já referenciado no capítulo 1.2.3.3., é definido o seguinte organograma
simplificado para o escalão de Iniciados A.
Coordenador Futebol Juvenil
Bruno Gomes
Treinador Principal
Bruno Gomes
Treinador Adjunto
João Paraíso
TreinadorAdjunto
Hugo Magalhães
Seccionista Principal
Stid Amado
Seccionista Apoio
Mónica Rodrigues
Seccionista Apoio
Paulo Paixão
Departamento de Guarda-
Redes
Departamento Médico
Figura 7- Organograma da organização dos Iniciados A.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
31
1.3.6. Modelo de Jogo
Um modelo de jogo visa condicionar e orientar o processo de planeamento e programação do
treino para a conceção e operacionalização de uma forma de jogar específica (Azevedo, 2011).
O mesmo deve preconizar, de forma metódica e sistemática, um corpo de ideias acerca de
como se pretende que o jogo seja praticado, definindo de modo conciso as tarefas e
comportamentos técnico-táticos exigíveis aos jogadores (Queiroz, 1986).
Para Oliveira (2004), a ideia de jogo do treinador é um aspeto determinante na organização de
uma equipa de futebol. Se o treinador souber exatamente como quer que a equipa jogue
(princípios e estrutura) e quais os comportamentos que deseja dos seus jogadores (dinâmicas),
tanto individual como coletivamente, os processos de treino/jogo serão mais facilmente
planeados, estruturados, organizados, realizados e controlados.
Ainda, a reprodução e aplicação prática do modelo de jogo deve permitir a possibilidade de
tirar novas conclusões, não permanecendo num estado contemplativo e fechado. Deve ter um
carácter aberto e criativo, de forma a racionalizar e a otimizar novas ideias e conceções, através
da projeção intelectual da essência de um facto capaz de resolver eficientemente diferentes
situações de jogo (Almeida, 2014).
Consideramos fundamental que o treinador tenha uma ideia precisa das tarefas e missões
táticas dos jogadores dentro da equipa. Castelo (2004) corrobora que o grau de coesão de uma
equipa cresce exponencialmente à medida que os jogadores percecionam e consciencializam as
suas tarefas, responsabilidades e direitos que lhes cabem dentro do coletivo.
O modelo de jogo consiste, portanto, numa conceção de jogo idealizada pelo treinador que
engloba uma série de fatores considerados necessários para a organização dos processos ofensivos
e defensivos da equipa tais como: os princípios, os métodos e sistemas de jogo bem como todo o
conjunto de comportamentos e valores que permitam caracterizar a organização desses processos,
quer em termos individuais, quer em termos coletivos (Quinta & Leal, 2001). Neste sentido, o
modelo de jogo pode ser sistematizado com as seguintes categorias:
1. Sistemas de Jogo;
2. Princípio Geral de Jogo;
3. Organização Ofensiva;
4. Organização Defensiva;
5. Transição Ofensiva;
6. Transição Defensiva;
7. Esquemas Táticos Ofensivos;
8. Esquemas Táticos Defensivos.
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32
1.3.6.1. Modelo de Jogo Adaptado | SCL Marrazes, Iniciados, Época 2017/2018
A equipa de Iniciados A do S.C.L. Marrazes apresentou dois sistemas de jogo (ver figura
abaixo): o sistema principal, com a variante 1:4:2:3:1 e 1:4:1:2:3, onde a diferença verificou-se
na inversão do triângulo dos jogadores do meio-campo; e o sistema alternativo (1:4:4:2), com a
variante 1:4:4:2 (Losango) e 1:4:4:2 (Em Linha), verificando-se diferenças na disposição em
campo da linha média da equipa.
O sistema principal foi o sistema aplicado ao longo do período preparatório, no período
competitivo (até ao final da 1ª fase, sensivelmente) e no período de transição. Ao finalizarmos a
1ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados, avaliou-se e ponderou-se, principalmente face às
características dos nossos jogadores mais influentes e optou-se pelo sistema alternativo com vista
à obtenção do resultado e, não tanto, pela qualidade de jogo que se procurou na 1ª fase, com o
reforço da linha média, retirando os extremos e ficando com quatro jogadores no meio campo,
com os defesas laterais responsáveis por dar largura ao jogo.
Na tabela 5 encontra-se a esquematização dos sistemas de jogo e as dinâmicas que
caracterizam o modelo de jogo.
Tabela 5- Esquematização dos sistemas de jogo e as dinâmicas que pertencem ao modelo de jogo.
A escolha do sistema tático a adotar para cada jogo teve em consideração a análise do
adversário e o tipo de jogo que adotaríamos (assumir o jogo ou dar a iniciativa ao adversário).
Obs.:
Sistema Principal Sistema Alternativo
1:4:3:3:
Dinâmica 1:4:2:3:1
Dinâmica 1:4:1:2:3
SISTEMAS DE JOGO
1:4:4:2
Dinâmica 1:4:4:2 (Losango)
Dinâmica 1:4:4:2 (Em Linha)
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33
1.3.6.1.1. Sistema Principal (1:4:3:3)
Este sistema tático agrupou-se em três setores, onde a dinâmica 1:4:2:3:1 foi a mais utilizada,
organizada por um setor mais recuado constituído pelo guarda-redes (GR), um defesa esquerdo
(DE), um defesa direito (DD), um defesa central esquerdo e um defesa central direito (DC); um
setor intermédio constituído por um médio defensivo esquerdo (MDE), um médio defensivo
direito (MDD) e um médio ofensivo central (MOC); e um setor avançado constituído por um
extremo esquerdo (EE), um extremo direito (ED) e um avançado (AV). Quando a dinâmica
passou a ser 1:4:1:2:3, as alterações verificaram-se apenas ao nível do setor intermédio, passando
a organização a um médio defensivo central (MDC), um médio interior esquerdo (MCE) e um
médio interior direito (MCD).
1.3.6.1.2. Sistema Alternativo (1:4:4:2)
Este sistema tático agrupou-se em três setores, onde a dinâmica 1:4:4:2 (Losango) organizou-
se por um setor mais recuado constituído pelo guarda-redes, um defesa esquerdo, um defesa
direito, um defesa central esquerdo e um defesa central direito; um setor intermédio constituído
um médio defensivo central, um médio interior esquerdo, um médio interior direito e um médio
ofensivo central; e um setor avançado constituído por um avançado esquerdo e um avançado
direito. Quando a dinâmica passou a ser 1:4:4:2 (Em Linha), as alterações verificaram-se ao nível
do setor intermédio, passando a organização a um médio defensivo esquerdo, um médio defensivo
direito, um médio interior esquerdo e um médio interior direito.
1.3.6.1.3. Princípio geral do jogo
O princípio geral aplicado ao modelo de jogo das equipas do clube passou-se pela valorização
da posse de bola e cada princípio específico do jogo da equipa teve como ponto de partida este
princípio de jogo geral. Os aspetos que ressalvámos com base neste princípio geral de jogo foram:
I. Só uma equipa podia ter a posse de bola e essa equipa tinha de ser a nossa;
II. Para estarmos mais próximos do objetivo do jogo, marcar golo, tínhamos de ter a posse
de bola o maior tempo possível;
III. Se a bola estivesse na posse da nossa equipa, estaríamos a evitar que a equipa
adversária atingisse o seu objetivo de jogo;
IV. A posse de bola permitia controlar os ritmos e os momentos de jogo.
1.3.6.1.4. Organização Ofensiva
A organização ofensiva foi desenvolvida dentro dos seguintes parâmetros: método de jogo
ofensivo, construção do processo ofensivo, criação de situações de finalização e finalização.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
34
A. Método de Jogo Ofensivo (MJO) – Ataque Posicional
O método de jogo ofensivo adotado foi o ataque posicional. Este método valorizou a posse de
bola, indo ao encontro do princípio geral do jogo que procurámos implementar. A equipa
procurou potenciar a circulação e manutenção da posse de bola de forma a ultrapassar as três fases
da organização ofensiva (construção, criação e finalização) e concretizar o objetivo do jogo, o
golo.
As dinâmicas dos sistemas táticos vinham ao encontro de dar as melhores condições aos
jogadores para a implementação e concretização do que se pretendia, nomeadamente do método
nomeado. Dentro das dinâmicas, as movimentações e permutas permitiam a imprevisibilidade e
a dificuldade que se podia criar na equipa adversária, sendo esse o fator que iria fomentar a
circulação e manutenção da bola e o respetivo aproveitamento do espaço livre existente e criado.
B. Construção do Processo Ofensivo
Nesta primeira fase de construção pretendeu-se que a equipa desenvolvesse mecanismos que
permitiam que a segunda fase acontecesse, isto é, que a bola chegasse a determinada zona do
campo com possibilidade de desenvolver situações de finalização.
Nestes momentos, quando esta fase era iniciada pelo guarda-redes, privilegiava-se o jogo curto
e com espaço aberto, com possibilidade de três situações:
1. Saída pelos defesas centrais (passe curto):
a) Defesas centrais posicionados no canto da grande área;
b) Defesas laterais na largura e profundidade (meio-campo);
c) Médios e avançados na profundidade.
2. Saída pelos defesas laterais (passe médio-curto):
a) Defesas centrais posicionados no canto da grande área;
b) Defesas laterais na largura e profundidade (meio-campo);
c) Médios e avançados na profundidade;
d) Um dos médios defensivos recuava para atrair a equipa adversária para o corredor
central.
3. Saída por um dos médios defensivos (passe curto):
a) Defesas centrais posicionados no canto da grande área;
b) Defesas laterais na largura e profundidade (meio-campo);
c) Médios e avançados na profundidade;
d) Um dos médios defensivos recuava para o meio dos defesas centrais para criar
superioridade numérica naquela zona.
Na figura 8 encontram-se esquematizadas as três dinâmicas que se pretendem no momento de
construção do processo ofensivo.
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35
Estas dinâmicas levavam a que a equipa procurasse, preferencialmente, os corredores laterias,
permitindo que a equipa chegasse à segunda fase de construção executando os movimentos
padrões ofensivos que serão abordados nesse ponto.
C. Criação de Situações de Finalização
Esta segunda fase de construção compreende-se pelas ações e movimentações que permitiram
à equipa chegar ao último terço do campo. Tal como mencionado no ponto anterior, a equipa
devia procurar chegar a esta fase pelos corredores laterais. A partir deste momento, quem devia
procurar criar desequilíbrios com e sem bola era a linha intermédia e a linha avançada.
Os movimentos padrões ofensivos previam passes entrelinhas no corredor central (para o
avançado), envolvência no corredor central dos extremos e os responsáveis pela largura eram os
defesas laterais. Desta forma, as trocas e mobilidade constantes dentro da organização eram o
aspeto fundamental no aproveitamento e criação de espaço livre e com solicitação da bola para
os desequilíbrios através de combinações ou individuais.
Na figura 9 encontra-se esquematizada a dinâmica da criação de situações de finalização.
Figura 8- Dinâmicas da primeira fase de construção da organização ofensiva.
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36
Nesta fase, a preocupação maior era a manutenção da posse de bola e a progressão para o
último terço. Contando com isto e com a maior qualidade e influência dos jogadores da linha
intermédia, eram eles a assumir a posse da bola e a fazer combinações constantes, tanto pelo
corredor central como pelos corredores laterais, de forma pausada (manutenção da posse de bola)
ou acelerada (causando desequilíbrios para progredir).
Por fim, um aspeto fundamental na estrutura da equipa era o facto dos médios defensivos não
se situarem na mesma linha, ou seja, jogarem lado-a-lado. Isto até podia acontecer
momentaneamente, de forma a dar uma linha de passe para que a equipa não perdesse a posse da
bola, no entanto era fundamental na ótica de progressão e para provocar desequilíbrios na
estrutura defensiva adversária que este aspeto não se verificasse.
D. Finalização
Esta terceira fase de construção consistia na procura e exploração do espaço existente no
último terço do campo e que proporcionassem situações de finalização e, porventura, na obtenção
do golo. Em situações desta natureza, geralmente, o adversário encontrava-se organizado num
bloco baixo, procurando o encurtamento do espaço (principalmente no corredor central), onde era
fundamental explorar o espaço existente nos corredores laterais com a largura provocado pela
envolvência dos defesas laterais em situações ofensivas. Também poderia acontecer, através de
uma movimentação de rotura por parte de médio ofensivo a cair no espaço entre o defesa lateral
e o defesa central da equipa adversária, causando a incerteza por ser um elemento “estranho”
naquela zona. Na criação de situações de cruzamento, preferencialmente tensos e rasteiros,
deviam procurar o 1º poste (zona do avançado), 2º poste (zona do extremo contrário) e zona do
penalti (zona do médio ofensivo ou um dos médios defensivos).
No corredor central, as situações que podiam ocorrer eram os passes entrelinhas para os
médios, com combinações diretas para o jogador que estava de frente para o jogo, procurando
Figura 9- Dinâmicas de segunda fase de construção da organização ofensiva.
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criar situações de 1x0+GR para o avançado e extremos através de diagonais, pelo espaço entre
defesas centrais ou defesa lateral e defesa central.
Na figura 10 encontram-se esquematizadas as dinâmicas para a terceira fase de organização
ofensiva.
Em última análise, o mais importante neste momento de jogo particular era a criação de
espaços, na largura e profundidade, com a variação do centro do jogo constante, as coberturas
ofensivas garantidas e o equilíbrio da equipa de modo a que a equipa não perdesse a bola e não
se precipitasse na obtenção do golo, evitando simultaneamente o desequilíbrio para o eventual
momento de transição defensiva e de organização defensiva.
1.3.6.1.5. Organização Defensiva
A organização ofensiva foi desenvolvida dentro dos seguintes parâmetros: método de jogo
defensivo, primeira fase de pressão, segunda fase de pressão e terceira fase de pressão.
A. Método de Jogo Defensivo (MJD)
O método de jogo defensivo adotado foi o método de defesa à zona pressionante, onde a equipa
se organizou em 1:4:2:3:1, com a linha defensiva organizada em linha de modo a colocar a equipa
adversária em fora-de-jogo. No entanto, em função da estratégia adotada para um determinado
adversário, ocorreram situações específicas como por exemplo, a estrutura alterar para um 1:4:4:2
e o bloco defensivo ser baixo, baixo-médio, médio, médio-alto ou alto.
Neste método de jogo pretendeu-se que a equipa efetuasse a basculação dos jogadores em
função da bola, com eficácia nas suas ações defensivas, nomeadamente a cobertura defensiva,
contenção ao portador da bola, equilíbrio defensivo e a concentração defensiva, orientando a
equipa adversária para as zonas mais afastadas do objetivo (impedindo o golo da equipa
Figura 10- Dinâmicas de terceira fase da organização ofensiva.
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adversária). Um dos aspetos mais relevantes na eficácia do processo defensivo é a definição do
momento de pressão que, na nossa opinião, deve ocorrer em bloco (com a equipa a pressionar por
igual) quando: a bola está no ar; má receção e/ou condução de bola do jogador adversário; jogador
com bola de costas para a nossa baliza.
É no processo defensivo onde deve estar presente a concentração, o equilíbrio, a agressividade
e intensidade na recuperação da bola.
B. Primeira fase de pressão
Na primeira fase de pressão pretende-se condicionar a construção do processo ofensivo da
equipa adversária, nomeadamente a primeira fase de construção. Salvo a adoção de uma estratégia
específica, este deve ocorrer com um bloco médio-alto.
Assumindo um bloco médio-alto, a equipa pretende deixar a equipa efetuar o primeiro passe
curto, evitando a imediata aproximação ao grande círculo ou meio-campo defensivo. Esta
situação, normalmente, permite que um dos defesas centrais receba a bola e, a partir daí a equipa
aproxima e procura condicionar o jogo a partir daí. A principal referência de colocação da
primeira linha defensiva deve ser o avançado, colocando-se na linha entre os defesas centrais
adversários, impedindo a variação do centro de jogo nessa zona, levando o defesa central a sair a
jogar para o corredor lateral.
A partir deste momento, definida a zona de pressão – corredor lateral – e os momentos de
pressão, cada jogador deve aproximar as linhas, encurtando o espaço disponível para jogar e ser
bastante intenso e ativo nas ações individuais defensivas (desarme, interceção e marcação).
Na figura 11 encontra-se esquematizada a dinâmica da primeira fase de pressão.
C. Segunda fase de pressão
Nesta segunda fase de pressão pretende-se impedir a criação de situações de finalização da
equipa adversária.
Figura 11- Dinâmica da primeira fase de pressão em organização defensiva.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
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Foi fundamental estabelecer princípios de contenção, a aproximação ao portador da bola de
forma agressiva, a cobertura defensiva, atrás e ao lado do jogador da pressão ao portador da bola
e de equilíbrio defensivo, onde se verificou que a equipa se concentrasse a defender em dois
corredores (em função da bola e baliza), fechando o espaço interior, obrigando a equipa adversária
a explorar os corredores laterais. Foi imperial que a qualquer momento do processo defensivo da
equipa se verificasse igualdade ou superioridade numérica junto ao portador da bola, evitando por
completo situações 1x2, 1x3 ou 2x3. Em situações como a circulação da bola pelos jogadores
mais recuados adversários procurou-se o encurtamento do espaço entrelinhas defensivas,
impedindo que a equipa adversária explorasse qualquer espaço jogável que pudesse existir dentro
da nossa estrutura defensiva.
Na figura 12 encontra-se esquematizada a dinâmica da segunda fase de pressão.
D. Terceira fase de pressão
Nesta terceira fase de pressão pretendeu-se que a equipa pudesse impedir a finalização da
equipa adversária. Através da organização e rigor, a equipa procurou a concretização dos
objetivos específico defensivos: defesa da baliza e recuperação da posse de bola. Para tal, foi
fundamental que a estrutura estivesse bem definida através das suas quatro linhas defensivas: a
primeira pelos quatro defesas; a segunda pelos dois médios defensivos; a terceira pelo médio
ofensivo e extremos; e, a quarta pelo avançado.
Na figura 13 encontra-se esquematizada a dinâmica da terceira fase de pressão.
Figura 12- Dinâmica da segunda fase de pressão em organização defensiva.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
40
Resumindo, no processo defensivo existiu a procura da concretização de um dos dois objetivos
específicos: defender a baliza e recuperação da posse de bola. Para que tal acontecesse, a equipa
cumpriu um conjunto de princípios que regessem a sua organização, com o condicionamento do
processo ofensivo adversário.
1.3.6.1.6. Transição Ofensiva
Este momento caracteriza-se, essencialmente, pelo momento de desequilíbrio que a nossa
equipa causou na organização da equipa adversária. Neste momento, a equipa poderia adotar dois
tipos de comportamento: procurar explorar o espaço livre que pudesse existir, através da
verticalidade e da objetividade para a baliza por via de ataque rápido; ou passar a ataque posicional
e submeter o processo de organização ofensiva preferencial do modelo de jogo.
Tratando-se do primeiro comportamento, foi essencial que a equipa sentisse a necessidade de
mudar de atitude aquando da recuperação da posse de bola e que respeitasse os seguintes aspetos
que considerámos essenciais:
a) Rápida mudança de atitude e comportamento (comportamento defensivo →
comportamento ofensivo);
b) Afastar do centro de jogo (evitar zonas com grande concentração de jogadores);
c) Garantir a cobertura ofensiva ao jogador que recupera a posse de bola, estabelecendo
linhas de passe para a circulação e manutenção da posse de bola.
Devido à grande concentração de jogadores no centro do jogo no momento de transição, a
equipa devia procurar aproveitar o espaço livre de pressão, onde pudesse existir um menor número
de jogadores da equipa adversária, beneficiando de:
a) Menor número de jogadores da equipa adversária;
b) Maior probabilidade de sucesso na criação de desequilíbrios ofensivos;
c) Maior probabilidade de manter a posse de bola.
Figura 13- Dinâmica da terceira fase de pressão em organização defensiva.
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41
Chegando a essas zonas, os jogadores deviam perceber como aproveitar o espaço livre. De
forma a provocar desequilíbrios na estrutura adversária, esse espaço devia ser explorado através
de uma relação de igualdade ou superioridade numérica, ou seja, com situações de 1x0, 1x1, 2x1,
2x2 ou 3x2. Criadas essas situações, e chegando a este momento, o sucesso estaria dependente da
tomada de decisão dos jogadores e da qualidade das ações tomadas, seja o drible/finta ou através
de combinações entre os jogadores envolvidos.
1.3.6.1.7. Transição Defensiva
Este momento caracteriza-se pela capacidade da nossa equipa reagir imediatamente à perda da
posse de bola. Neste momento, a equipa poderia adotar dois tipos de comportamento: procurava
recuperar a bola o mais rápido possível; ou evitava contra-ataque da equipa adversária por via do
condicionamento das ações de transição, levando a que a equipa adversária optasse pelo ataque
posicional e a manutenção da posse de bola, devido à falta de opções viáveis para exploração do
desequilíbrio momentâneo, permitindo assim à nossa equipa a reorganização do processo de
organização defensiva.
Ao nível da recuperação imediata da bola, pretendia-se que a equipa tivesse uma mudança de
atitude e comportamento (comportamento ofensivo → comportamento defensivo), permitindo:
a) Rápida organização do processo defensivo;
b) Evitar que a equipa adversária aproveitasse eventuais desequilíbrios e espaços livres
a explorar;
c) Maior probabilidade em recuperar a posse de bola.
Para além de ser relevante a equipa estar consciente das vantagens na recuperação imediata da
bola, foi necessário saber também como o poderiam fazer de forma eficaz. Os jogadores ao redor
da zona da perda da bola deveriam ter uma atitude muito ativa, alterando o comportamento,
respeitando três importantes premissas:
I. Aproximação rápida ao portador da bola, procurando recuperar a posse de bola durante
os 5 segundos seguintes à perda de bola;
II. Caso o adversário conseguisse sair da pressão defensiva, era necessário reorganizar a
equipa;
III. Se a equipa se encontrasse descompensada e estruturalmente desequilibrada, era
fundamental recorrer à falta tática.
Neste momento de transição defensiva, existia um princípio fundamental que determinava o
sucesso deste, tratando-se da concentração defensiva. O que queremos dizer é que, se a equipa
conseguisse posicionar um grande número de jogadores ao redor do centro do jogo, existia uma
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
42
maior probabilidade de a equipa recuperar a posse de bola. Portanto, o ideal seria criar situações
de superioridade numérica na zona de perda da posse de bola, nomeadamente 1x2, 2x3 e 3x4.
1.3.6.1.8. Esquemas Táticos Ofensivos
Os esquemas táticos ofensivos podem organizar-se em: cantos, livres, lançamentos de linha
lateral, pontapé de baliza e reposição de bola.
A. Cantos
Relativamente aos cantos ofensivos, quer fosse executado no lado direito ou esquerdo, foram
definidos três cantos, com diferentes características:
1. Canto n.º 1 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador a executar
o canto, um jogador junto ao primeiro poste, cinco jogadores entre a zona do penalti e a
linha da grande área, um jogador à entrada da área e dois jogadores na zona do meio-
campo. Após o sinal “levantar um braço”, o jogador junto ao primeiro poste aproximava-
se do marcador do canto de modo a arrastar os jogadores que se encontrassem na zona do
primeiro poste, onde a bola deveria cair. Era nessa zona que iriam aparecer dois jogadores
da linha de cinco, com um a aparecer na zona central da baliza, outro no segundo poste e
um entre o penalti e a linha da pequena área;
2. Canto n.º 2 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador a executar
o canto, um jogador perto dele, um jogador junto ao guarda-redes adversário, quatro
jogadores entre a zona do penalti e a linha da grande área, um jogador à entrada da área
e dois jogadores na zona do meio-campo. Neste canto, os marcadores deviam ser
jogadores preferencialmente destros a marcar do lado esquerdo e jogadores
preferencialmente esquerdinos a marcar do lado direito. Após o sinal “puxar as meias”, o
marcador do canto passava curto e passava nas costas do jogador mais próximo, para a
zona da esquina da grande área, onde efetuava um cruzamento em arco para a zona do
segundo poste, onde apareciam dois jogadores da linha de quatro, outro jogador aparecia
ao primeiro poste e outro na zona entre o penalti e a linha da pequena área;
3. Canto n.º 3 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador a executar
o canto, um jogador junto ao guarda-redes adversário, seis jogadores à entrada da área e
dois jogadores na zona do meio-campo. Este canto favorecia os jogadores com maior
estatura da nossa equipa. Após o sinal “mão na cabeça”, o marcador do canto colocava a
bola a cair na zona do penalti, onde apareciam três jogadores da linha de seis. Outro
jogador dessa linha de seis aparecia ao primeiro poste, um jogador aparecia ao segundo
poste e o último permanecia à entrada da grande área.
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Na figura 14 encontram-se esquematizados os três cantos ofensivos.
B. Livres
Nos livres ofensivos podemos dividir em duas situações: nos livres até a meio do meio-campo
ofensivo, sensivelmente, pretendíamos que a equipa saísse a jogar apoiado, com base nos
princípios de organização ofensiva - quando possível, os livres deviam ser executados
rapidamente de forma a aproveitar eventuais desequilíbrios posicionais e concentração da equipa
adversária; nos livres no setor ofensivo, foram definidos dois livres, onde o marcador devia ser
preferencialmente destro quando o livre era executado do lado esquerdo e esquerdino quando o
livre era executado do lado direito, de modo a fazer arco no sentido da baliza. Os livres foram
caracterizados por:
1. Livre n. º1 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador para executar
o livre, uma linha de cinco jogadores na linha da barreira ou na linha do último defesa
(evitar o fora-de-jogo), um jogador à entrada da grande área, um jogador no corredor
contrário à bola e dois jogadores na zona do meio-campo. Após o sinal “levantar o braço”
a bola era colocada em arco na zona do segundo poste, procurando um desvio, com um
dos jogadores da linha de cinco a procurar o primeiro poste, um jogador a zona central da
baliza, dois jogadores a zona do segundo poste e um jogador a zona do penalti;
2. Livre n. º 2 - Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador para executar
o livre, um jogador no corredor da bola – para arrastar um defesa adversário para essa
zona ou retirar um jogador da barreira -, uma linha de quatro jogadores na linha da
barreira ou na linha do último defesa (evitar o fora-de-jogo), um jogador à entrada da
grande área, um jogador no corredor contrário à bola e dois jogadores na zona do meio-
Figura 14- Cantos ofensivos n. º1, 2 e 3 (da esquerda para a direita).
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campo. Após o sinal “atar as chuteiras”, a bola era colocada por cima da barreira,
procurando o primeiro poste, onde aparecia um dos jogadores da linha de quatro, um
jogador aparecia na zona central da baliza, um jogador aparecia na zona do segundo poste
e um jogador na zona do penalti.
Na figura 15 encontram-se esquematizados os dois livres ofensivos.
C. Lançamentos de linha lateral
Relativamente aos lançamentos de linha lateral ofensivos, quer executados do lado direito ou
lado esquerdo, pretendia-se que a ações da equipa se agrupassem em duas situações:
1. Meio campo defensivo – primeira opção era circular pela linha defensiva, em segurança;
segunda opção era a procura do espaço livre no corredor lateral com a movimentação
para o espaço interior do médio ofensivo e com o avançado a cair nesse espaço livre no
corredor lateral. Nesta situação, os jogadores deviam ocupar os seus posicionamentos
dentro do sistema de jogo;
2. Meio campo ofensivo – procura do espaço livre no corredor lateral devido à permuta entre
o médio e o extremo desse corredor, com o avançado a dar uma linha de passe mais longa
e numa zona mais interior, libertando o corredor lateral. Os restantes jogadores deviam
ocupar os seus posicionamentos dentro do sistema de jogo.
Na figura 16 encontram-se esquematizadas as duas situações de lançamentos de linha lateral
ofensivos.
Figura 15- Livres ofensivo n. º1 e 2 (da esquerda para a direita).
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D. Pontapé de baliza
Nos pontapés de baliza pretendia-se que a equipa desenvolvesse mecanismos que iam ao
encontro do princípio geral do jogo, isto é, que chegassem à segunda fase de construção com bola
controlada, tal como mencionado no processo de construção do jogo ofensivo. Neste particular,
foram definidas quatro dinâmicas:
1. Pontapé de baliza n. º1 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o
sistema de jogo. Os defesas centrais deviam posicionar-se no canto da grande área, os
defesas laterais na largura e na profundidade (na linha do meio-campo) e os médios e
avançados deviam posicionar-se na profundidade, acima da linha do meio-campo. A
bola era colocada num dos defesas centrais;
2. Pontapé de baliza n. º2 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o
sistema de jogo. Os defesas centrais deviam posicionar-se no canto da grande área, os
defesas laterais na largura e na profundidade (na linha do meio-campo), um dos
médios defensivos recuava para atrair a equipa adversária para o corredor central e os
restantes jogadores deviam posicionar-se na profundidade, acima da linha do meio-
campo. A bola era colocada num dos defesas laterais;
3. Pontapé de baliza n. º3 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o
sistema de jogo. Os defesas centrais deviam posicionar-se no canto da grande área, os
defesas laterais na largura e na profundidade (na linha do meio-campo), um dos
médios defensivos recuava para o meio dos defesas centrais de modo a criar
superioridade numérica naquela zona e receber a bola do guarda-redes, com os
Figura 16- Lançamentos de linha lateral (da esquerda para a direita).
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restantes jogadores a posicionarem-se na profundidade, acima da linha do meio-
campo. A bola era colocada no médio defensivo que recuava.
4. Pontapé de baliza n. º4 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o
sistema de jogo. Esta situação acontecia quando as movimentações das dinâmicas
anteriores não permitiam à equipa sair a jogar com bola controlada de forma segura.
Assim, a equipa devia concentrar-se, maioritariamente na zona do grande círculo, com
a bola a ser colocada longa na procura do avançado. O papel principal, nesta situação
ia para os médios defensivos e médio ofensivo na procura de conquistar a segunda
bola após o duelo e ressalto da primeira bola do avançado com os defesas centrais
adversários.
Na figura 17 encontram-se esquematizadas as quatro situações a explorar nos momentos de
pontapé de baliza ofensivos.
E. Reposição de bola
Na reposição de bola a equipa organizava-se em 1:4:2:4, procurando imediatamente que o
centro de jogo passasse no setor ofensivo. Para isso, o médio ofensivo devia colocar a bola para
um médio defensivo que procurava colocar na profundidade, na procura de aproveitar alguma
desconcentração ou fragilidade de um defesa lateral adversário. Nesse sentido, o extremo e o
avançado, assim que a bola era reposta, saíam em velocidade para a zona determinada, procurando
ganhar a primeira bola; o extremo contrário e o médio ofensivo ficavam numa zona mais recuada
na procura de conquistar a segunda bola, com os restantes jogadores posicionados segundo o
sistema de jogo.
Na figura 18 encontra-se esquematizada a dinâmica de reposição de bola ofensiva.
Figura 17- Pontapés de baliza n. º1, 2, 3 e 4 (da esquerda para a direita).
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1.3.6.1.9. Esquemas Táticos Defensivos
Os esquemas táticos defensivos podem organizar-se em: cantos, livres, lançamentos de linha
lateral, pontapé de baliza e reposição de bola.
A. Cantos
Relativamente aos cantos defensivo, adotou-se uma defesa mista. Para além disso, ainda se
definiu uma condicionante que alterava o posicionamento dos jogadores – o pé preferencial do
marcador do canto, devido à trajetória que a bola podia tomar. Desta forma:
1. Pé contrário ao corredor – esta situação ocorreu quando o marcador era esquerdino e
marcava o canto do lado direito ou, inversamente, quando o marcador era destro e
marcava o canto do lado esquerdo, podendo a bola assumir uma trajetória em arco para a
baliza. Neste sentido, em termos posicionais, a equipa organizou-se com o guarda-redes
na pequena área, um jogador no primeiro poste para proteger essa zona, uma linha de três
jogadores na linha da pequena área, dividindo a zona do primeiro poste, zona central da
baliza e a zona do segundo poste, quatro jogadores na marcação individual aos jogadores
adversários, um jogador na entrada da grande área e um jogador no corredor lateral mais
subido para eventuais passes para o espaço exterior, na procura da transição ofensiva;
2. Pé igual ao corredor – esta situação ocorreu quando o marcador era esquerdino e marcava
o canto do lado esquerdo ou quando o marcador era destro e marcava o canto do lado
direito, levando a bola a assumir uma trajetória para sair da zona de baliza. Neste sentido,
em termos posicionais, a equipa organizou-se com o guarda-redes na pequena área, uma
linha de três jogadores na linha da pequena área, dividindo a zona do primeiro poste, zona
central da baliza e a zona do segundo poste, um jogador na zona do penalti, quatro
jogadores na marcação individual aos jogadores adversários, um jogador na entrada da
grande área e um jogador a meio do meio-campo defensivo, na procura da transição
ofensiva.
Figura 18- Dinâmica da reposição de bola ofensiva.
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Na figura 19 encontram-se esquematizados os posicionamentos em cantos defensivos.
B. Livres
Nos livres defensivos, quer do lado direto, quer do lado esquerdo foram definidos dois tipos
de posicionamento. Caso a equipa adversária optasse por sair a jogar, a equipa organizou-se
segundo o sistema de jogo. Caso a equipa adversária optasse por um lance estratégico, colocando
a bola na grande área, a equipa organizou-se com: um, dois ou três jogadores na barreira (decisão
do guarda-redes que, quando eram mais que dois, eram os jogadores que tinham a tarefa da
transição ofensiva a formar a barreira), uma linha de seis jogadores na linha da grande área (n. º1,
caso a barreira fosse fora da grande área) ou na linha da barreira (n. º2, caso a barreira fosse dentro
da grande área), procurando fechar espaços para movimentações e tirar a bola daquela zona
perigosa; um jogador à entrada da grande área e um jogador mais adiantado no corredor contrário
ao do livre.
Na figura 20 encontram-se esquematizados os posicionamentos nos livres defensivos.
Figura 19- Cantos defensivos (da esquerda para a direita).
Figura 20- Livres defensivos n. º1 e 2 (da esquerda para a direita).
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C. Lançamentos de linha lateral
Os lançamentos de linha lateral defensivos foram definidos por dois tipos de posicionamento,
quer para o lado direito, quer para o lado esquerdo. Caso a equipa adversária optasse por sair a
jogar de forma curta, a nossa equipa adotava um posicionamento em função do sistema de jogo.
Se a equipa adversária optasse por fazer um lançamento longo, de forma a colocar a bola na
grande área, a equipa posicionava-se da seguinte forma: um jogador em frente ao jogador
adversário que lançava, uma linha de quatro jogadores que protegia a zona da baliza, uma linha
de três jogadores que protegia a zona de segundas bolas e bloqueava as entradas de outros
jogadores, um jogador na entrada da grande área e um jogador na linha do meio-campo, preparado
para realizar transição ofensiva.
Na figura 21 encontram-se esquematizados os posicionamentos a adotar em lançamentos de
linha lateral defensivos.
D. Pontapé de baliza
Os pontapés de baliza defensivos, quer do lado direito, quer do lado esquerdo, foram definidos
por dois momentos. Face ao bloco médio-alto da nossa organização defensiva, pretendíamos que
os adversários efetuassem um primeiro passe curto para depois aí condicionar as suas ações.
Sendo assim, neste momento o comportamento era de acordo com a primeira fase de pressão do
sistema de jogo. Caso o adversário optasse pelo pontapé longo, o posicionamento da equipa
deveria ser concentrado na zona central do campo, permitindo a equipa ganhar a primeira e a
segunda bola e, assim, passar para a fase ofensiva.
Na figura 22 encontram-se esquematizados os condicionamentos a atuar no momento de
pontapé de baliza adversário.
Figura 21- Lançamentos de linha lateral defensivos (da esquerda para a direita).
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E. Reposição de bola
Na reposição de bola defensiva, a equipa posicionava-se dentro do sistema de jogo, com a
linha defensiva e intermédia mais baixa no campo de modo a evitar passes longos para o espaço
nas costas.
Na figura 23 encontra-se esquematizado o posicionamento inicial a adotar na reposição de
bola defensivo.
Figura 22- Pontapés de baliza defensivos (da esquerda para a direita).
Figura 23- Reposição de bola defensiva.
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2. Definição dos Objetivos
Embora o clube já conte na sua história várias participações no Campeonato Nacional e de ser
um clube ambicioso que procura sempre fazer mais e melhor, esta época tratou-se de um ano de
afirmação. Tratando-se de um clube virado para a formação de atletas e homens, o objetivo passa
por dotar os atletas de capacidades e competências que lhes permita afirmarem-se num
campeonato exigente e que, no futuro, venham a refletir essas capacidades nos escalões superiores
do clube para que se atinjam os objetivos de ter as equipas de futebol juvenil e sénior a participar
em campeonatos nacionais.
Desta feita, para orientar e coordenar o trabalho realizado durante o estágio, foram definidos
objetivos em duas grandes áreas: objetivos de intervenção profissional e objetivos a atingir com
a população alvo.
2.1. Objetivos de intervenção profissional
Ao nível dos objetivos de intervenção profissional, podemos destacar as seguintes dimensões:
planeamento, intervenção, gestão, controlo e avaliação, valores, direitos e deveres.
2.1.1. Planeamento
Nos objetivos do planeamento, foram definidas três dimensões de intervenção:
▪ Dimensão 1: Participação no planeamento da preparação da época desportiva, abrangendo a
definição de objetivos (competitivos e pessoais), do modelo de treino e jogo, calendarização
dos jogos de preparação, construção de macrociclos e mesociclos e participação em reuniões.
Tabela 6- Objetivos de planeamento: dimensão 1.
Estratégias
1. Participação em reuniões estabelecidas pelo treinador principal e/ou
direção, expondo o ponto de vista e as ideias, quando estes foram
solicitados;
2. Ter acesso ao planeamento, analisar, definir aspetos de melhoria e
apresentar ao treinador principal.
Avaliação
Reflexão sobre o planeamento, procurando avaliar a participação nesta
preparação, a definição dos objetivos e a construção dos macrociclos e
mesociclos.
Periodização Durante o período de preparação para a competição – julho e agosto.
Análise e reflexão A preparação da época desportiva começou a ser delineada pela equipa
técnica – Bruno Gomes, João Paraíso e Hugo Magalhães-, a cerca de
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três semanas do seu início. Nessa primeira reunião, foi iniciado e
analisado todo o planeamento da pré-época (macrociclos, mesociclos,
microciclos e sessões de treino), com sugestões de todas as partes. Uma
das particularidades para a organização dos primeiros microciclos, para
além de serem de caráter preparatório, existia a dificuldade de ter um
elevado número de jogadores em observação, o que dificultou a
introdução, com maior incidência, da forma de jogar. A partir do
período competitivo, o planeamento foi realizado microciclo a
microciclo, definido e debatido em conjunto com base na estratégia e
características dos adversários. Destas tarefas, contribuímos na
calendarização de jogos de preparação, na marcação e planeamento das
atividades a decorrer no estágio, nas reuniões com a direção, diretores e
pais do escalão, servindo esta para apresentação da época desportiva,
com a definição de objetivos coletivos competitivos (manutenção no
campeonato nacional) e métodos de trabalho (dias, horários e orgânica
do treino).
▪ Dimensão 2: Participação no planeamento de microciclos e sessões de treino (completa ou
algumas fases da sessão de treino e/ou determinados exercícios de treino).
Tabela 7- Objetivos de planeamento: dimensão 2.
Estratégias
1. Participação ativa em reuniões da equipa técnica para a definição e
construção dos microciclos e sessões de treino;
2. Análise e discussão acerca do planeamento proposto pelos pares;
3. Apresentação de sugestões de planeamentos, tendo em conta o
modelo de jogo.
Avaliação Reflexão sobre o planeamento, procurando avaliar a participação nesta
preparação e a construção dos microciclos e sessões de treino.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
O planeamento de todos os microciclos e sessões de treino foram
pensados, separadamente, pela equipa técnica e discutidos, em conjunto.
Existiram alguns períodos ao longo da época, por motivos profissionais,
que o treinador principal esteve ausente do processo e, assim, ficou a
cargo dos dois treinadores adjuntos, mantendo a orgânica do processo
do planeamento até aqui fomentado. A organização espácio-temporal da
sessão de treino foi da responsabilidade dos treinadores adjuntos,
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53
inclusive a ordenação e planificação do espaço de treino e dos espaços
dos exercícios, de forma a permitir rápidas transições entre os exercícios
e aproveitando os espaços e materiais comuns entre exercícios,
racionalizando o espaço entre todos os exercícios da sessão de treino,
evitando a montagem/desmontagem nas transições dos exercícios. A
preparação prévia da requisição do material, bem como, quando
possível, da montagem nos períodos que antecedem o treino (quando o
espaço estava livre) foi da responsabilidade dos treinadores adjuntos.
Existiu liberdade para, em caso de análise, ajustar, de forma pertinente
e relevante, a própria orgânica e condicionantes presentes (por exemplo,
a falta de jogadores não prevista). A desmontagem dos exercícios foi da
responsabilidade dos treinadores adjuntos de modo a encurtar os
períodos de descanso dos jogadores e efetivar a prática desportiva dos
atletas, onde apenas na fase final da sessão de treino, os jogadores é que
eram responsáveis pelo transporte do material e o acondicionamento
deste nas devidas instalações.
▪ Dimensão 3: Participação no planeamento da estratégia de jogo e no aquecimento do jogo.
Tabela 8- Objetivos de planeamento: dimensão 3.
Estratégias
1. Participação em reuniões da equipa técnica de preparação do jogo;
2. Análise e discussão acerca do planeamento proposto pelos pares;
3. Construção do aquecimento, direcionado para os objetivos do jogo e
congruentes com o modelo de jogo.
Avaliação Reflexão sobre o planeamento, procurando avaliar a participação nesta
preparação e a construção do aquecimento e plano de jogo.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
No que respeita à participação no plano de jogo, participámos no
processo de tomada de decisão da seleção dos jogadores para a
convocatória e para o onze inicial, processo este discutido por toda a
equipa técnica. Devido às limitações em termos de qualidade face às
exigências do campeonato em disputa, estas decisões cingiram sempre
com base no rendimento durante o microciclo, no rendimento dos
jogadores no jogo anterior, nas características do adversário e estratégia
a adotar. Na preparação do jogo, a tarefa e responsabilidade de preparar
o material para o jogo, especialmente para o aquecimento (sinalizadores,
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coletes e bolas) foi-nos designada. O aquecimento também era planeado,
em conjunto, durante a semana tendo em conta os objetivos e a estratégia
para o jogo. No aquecimento pré-jogo tivemos, portanto,
responsabilidades no planeamento, preparação, execução e
monitorização. Procurámos ter uma lógica de aumento de complexidade
e intensidade, iniciado por situações de passe curto (a dois toques),
mobilização geral, situação de manutenção de posse de bola (ajustando
o objetivo e as condicionantes ao objetivo e estratégia de jogo),
finalização por combinação direta e, terminando, com velocidade de
reação.
2.1.2. Intervenção
Nos objetivos da intervenção, foram definidas quatro dimensões de intervenção:
▪ Dimensão 1: Instrução e discurso fluído, breve e claro, com a apresentação das ideias chave
(forma, espaço, orgânica, objetivo e condicionantes, conforme as estratégias de manipulação
dos exercícios).
Tabela 9- Objetivos da intervenção: dimensão 1.
Estratégias
1. Treinar (repetição) com gravação de vídeo e/ou aúdio com objetivo
de aperfeiçoar a dicção, o encadeamento da instrução e controlar o
tempo, estabelecendo o tempo ideal de instrução;
2. Preparar questões de descoberta guiada, que vá ao encontro dos
objetivos do exercício de treino;
3. Preparar demonstrações (seja eu próprio a executar, seja outro jogador
a executar, ou com o quadro técnico ou outro material de treino).
Avaliação
1. Gravação, em alguns momentos, da sessão de treino, para analisar e
refletir sobre a instrução (verificando o encadeamento da instrução,
questões guiadas, possíveis demonstrações e tempo de instrução);
2. Reflexão da dimensão instrução, procurando estabelecer uma relação
entre as estratégias planeadas, as estratégias utilizadas e a influência que
estas tiveram no exercício de treino, de forma a avaliar:
a. Cumprimento temporal;
b. Dicção da instrução;
c. Encadeamento da instrução;
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d. Colocação de questões guiadas;
e. Utilização da demonstração.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Procurámos sempre que a instrução fosse fluída, breve e clara,
apresentando as ideias chave (objetivos, descrição e critérios de êxito)
do exercício de treino. Para isto acontecer, foram preparadas estratégias,
como por exemplo, preparar antecipadamente a instrução, com a
construção do discurso e das ideias chaves a apresentar, a preparação de
questões de descoberta guiada e preparação de demonstrações. À
medida que a época avançou, a evolução no processo de instrução foi
significativa, pelo que, a partir do final da 1ª fase, a preparação da sessão
de treino e da instrução foi realizada mais naturalmente. Como o
planeamento da sessão de treino era realizado em conjunto, e sabíamos
quais os exercícios a apresentar adaptámo-nos de acordo com a
experiência e o à-vontade dos treinadores em apresentar determinado
exercício, levando a uma divisão de tarefas e adaptação ao contexto de
cada um. Através da análise de áudio, permitiu-nos perceber as
dificuldades iniciais que tivemos, essencialmente no encadeamento da
instrução, aspeto este que foi corrigido com base na preparação e
repetição, ao longo da época.
▪ Dimensão 2: Feedback específico, de acordo com os critérios de êxito definidos no
planeamento, para cada exercício da sessão de treino.
Tabela 10- Objetivos de intervenção: dimensão 2.
Estratégias
1. Estabelecer perguntas, de descoberta guiada, no sentido de indicar
comportamentos alternativos que levem à realização, com sucesso, da
ação do jogador, rumo ao objetivo delineado;
2. Preparar demonstrações para que possam ser esclarecidos
determinados critérios de êxito e, assim, serem aperfeiçoados
comportamento do jogador em execução;
3. Preparar palavras-chave que possam servir de guia para todo o
processo de intervenção no exercício de treino, em função de diversas
possibilidades (sucesso ou insucesso) que possam acontecer durante a
execução do exercício.
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Avaliação
1. Gravação, em alguns momentos, da sessão de treino, para analisar e
refletir sobre o feedback (verificando o tipo e quantidade de feedback,
demonstrações e resposta por parte dos jogadores);
2. Reflexão da dimensão feedback, procurando estabelecer uma relação
entre as estratégias planeadas, as estratégias utilizadas e a influência que
estas tiveram no exercício de treino, de forma a avaliar:
a. Utilização de perguntas de descoberta guiada;
b. Utilização de demonstrações;
c. Utilização de feedback específico e relacionado com os critérios
de êxito;
d. Relação do feedback específico com as respostas dos jogadores
e as alterações no seu comportamento.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Procurámos focar na especificidade do feedback, através da sua relação
com os critérios de êxito delineados para cada exercício, utilizando
várias estratégias: estabelecer perguntas de descoberta guiada
(explicação de determinados aspetos técnico-táticos), a utilização de
demonstrações (intervindo antes ou durante o exercício, solicitando
determinados comportamentos e ações dos jogadores) e preparação de
palavras-chave (direcionadas para o tipo de exercício e objetivos do
mesmo), tendo por base o planeamento do microciclo realizado. Na fase
inicial da época, as dificuldades no feedback específico, visualizadas em
vídeo, prenderam-se, em alguns momentos, perceber o momento de
intervenção e na seleção da estratégia adequada para determinada
situação, que foi corrigida ao longo da época com aquisição de
experiência e analisando os comportamentos do treinador principal.
▪ Dimensão 3: Feedback motivacional de acordo com as exigências e características dos
exercícios.
Tabela 11- Objetivos de intervenção: dimensão 3.
Estratégias
1. Preparar palavras-chave e/ou expressões a utilizar no exercício, tendo
em conta:
a. Exercício de dominante técnico-tática, onde se procura: se o
comportamento e ação for realizada corretamente, deve-se
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reforçar e valorizar; se o comportamento e ação for realizada de
forma insuficiente, deve-se motivar e encorajar, valorizando o
esforço do jogador;
b. Exercício de dominante física, onde se procura: motivar para a
realização do exercício; elogiar o esforço do jogador.
2. Estruturar o feedback motivacional em função dos resultados.
Avaliação
1. Gravação, em alguns momentos, da sessão de treino, para analisar e
refletir sobre o feedback (verificando o feedback motivacional e as
respostas dos jogadores;
2. Reflexão da dimensão feedback, procurando estabelecer uma relação
entre as estratégias planeadas, as estratégias utilizadas e a influência que
estas tiveram no jogador, de forma a avaliar:
a. Utilização do feedback motivacional durante o exercício
perante o coletivo;
b. Utilização do feedback motivacional durante o exercício
perante o individual;
c. Relação do feedback com as possíveis respostas dadas pelos
jogadores.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
O feedback motivacional foi utilizado com muita frequência ao longo
de cada sessão de treino, explorando momentos específicos associados
à falta de autoconfiança ou baixa autoestima, quer individual, quer
coletiva, derivada, principalmente, de resultados negativos. Podemos
encontrar, portanto, uma estreita relação desta dimensão com a perceção
que temos enquanto treinadores, sendo que esta perceção foi refinada ao
longo da época, à medida que íamos analisando os comportamentos do
treinador principal. Com a gravação em vídeo, foi-nos permitido refletir
sobre se os feedbacks instruídos produziram o tipo de resposta que se
pretendia e, na maioria dos casos, conseguisse obter resultados
positivos.
▪ Dimensão 4: Intervenção nos diversos momentos associados à competição –
análise do adversário, aquecimento, decisões antes e durante o jogo e reflexão do jogo.
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Tabela 12- Objetivos de intervenção: dimensão 4.
Estratégias
1. Realização da observação e análise do adversário (vídeo ou
informações recolhidas);
2. Aplicação do planeamento do aquecimento pré-jogo;
3. Participação ativa na tomada de decisões e discussão de ideias e
soluções durante o momento competitivo;
4. Participação em reuniões de equipa técnica de análise e preparação do
jogo.
Avaliação
1. Gravação em vídeo dos jogos de forma a realizar a observação e
análise do adversário, auxiliando na reflexão do jogo;
2. Reflexão da intervenção durante o aquecimento pré-jogo e jogo.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
A intervenção dos diversos momentos associados à competição ocorreu
a vários níveis. A observação e análise da equipa adversária foi realizada
pela equipa técnica, em conjunto, debatendo análises individuais e
construindo pontos fulcrais que procurassem o sucesso na preparação do
jogo. Esses pontos procuravam a caracterização estatística (ataques,
remates e esquemas táticos), a caracterização coletiva e previsão do
sistema tático, a caracterização individual e previsão do onze titular e
outros aspetos relevantes. Durante o jogo, a intervenção consistiu na
correção de posicionamentos individuais ou setoriais, feedbacks
específicos e motivacionais (incentivos e encorajamento). Antes de
quaisquer alterações na estrutura da equipa, eram debatidos pela equipa
técnica com base na análise de cada um, nomeadamente na alteração do
sistema tático, alteração de posicionamento ou em eventuais
substituições e modificações na estratégia. Após cada jogo, a equipa
técnica reuniu-se para realizar uma introspeção sobre o mesmo, de
forma a que no dia seguinte a análise de cada um incidisse em vários
pontos fundamentais para a preparação do próximo microciclo, entre os
quais abordava-se os aspetos positivos e negativos e definia-se
estratégias para desenvolvimento e melhoramento desses aspetos.
2.1.3. Gestão
Nos objetivos de gestão, foram definidas três dimensões de intervenção:
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▪ Dimensão 1: Posicionamento o mais correto possível, de forma a visualizar todo o exercício,
a equipa técnica e controlar e gerir todo o exercício.
Tabela 13- Objetivos de gestão: dimensão 1.
Estratégias
1. Planear, aquando do planeamento do microciclo, o posicionamento
de acordo com o descrito na dimensão 1;
2. Discutir o posicionamento com a equipa técnica, com o objetivo de
este ser o mais adequado aos objetivos e pretensões desta.
Avaliação
Respeitar os posicionamentos planeados previamente como auxiliar de
reflexão da dimensão para análise dos posicionamentos, estabelecendo
uma relação entre os posicionamentos planeados e os posicionamentos
efetuados e a sua relação para o êxito do mesmo no aspeto de controlo e
gestão do exercício.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Procurámos delinear estratégias de posicionamento de modo a termos
diferentes pontos de foco, de forma a controlar e gerir o processo e
direcionado para o que estava definido – visualização de todo o
exercício e da equipa técnica. Na esquematização dos exercícios na
sessão de treino encontravam-se os posicionamentos do treinador
principal e treinador adjunto, não existindo distinção. O treinador
principal adotava, frequentemente, outro posicionamento mais próximo
dos jogadores, para que estes sentissem a sua presença e o seu feedback
e, assim, aumentar a intensidade do exercício. A reflexão era efetuada
no momento conforme as exigências e condicionantes (gestão das bolas,
etc.) do próprio exercício.
▪ Dimensão 2: Gestão correta do exercício nos domínios de construção de condicionantes,
facilitadoras e dificultadoras, que permitam adaptar o exercício ao tipo de resposta dada pelos
jogadores, durante a execução do mesmo, bem como na construção de possíveis variantes de
atuação e modificação do exercício em função de questões meteorológicas e de material e,
por fim, na construção de diferentes regras que possam aumentar, em função do momento, o
êxito de execução dos jogadores no exercício.
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60
Tabela 14- Objetivos de gestão: dimensão 2.
Estratégias
1. Planear condicionantes facilitadores (caso se verifique dificuldade na
realização do exercício) e dificultadoras (caso se verifique facilidade na
realização do exercício);
2. Planeamento de variantes face aos diversos fatores que possam
influenciar a correta realização do exercício, tendo a capacidade de atuar
no momento, na sessão de treino;
3. Planeamento de regras/normas que possam influenciar a correta
realização do exercício, tendo a capacidade de atuar no momento, na
sessão de treino.
Avaliação
Gravação em vídeo da sessão de treino como auxiliar na reflexão na
dimensão de gestão do exercício no sentido de estabelecer uma relação
entre as estratégias planeadas, as estratégias aplicadas e a resposta dos
jogadores, perante as tomadas de decisão, avaliando:
a. Aplicabilidade e eficácia das condicionantes;
b. Aplicabilidade e eficácia das variantes;
c. Aplicabilidade e eficácia das regras/normas.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Para cada exercício, foram definidas à priori condicionantes, variantes
e regras que poderiam ser manipuláveis conforme os comportamentos
verificados durante a execução dos exercícios, em função do objetivo.
As condicionantes facilitadoras consistiam, por exemplo, na criação de
superioridade numérica e execução de menos tarefas, através da
fragmentação do exercício e, as condicionantes dificultadoras
consistiam, por exemplo, retirar superioridades ou igualdades
numéricas, colocação de mais bolas ou condicionar o número de toques
por jogador (jogar a 2 ou 3 toques). Não se efetuaram muitas gravações
em vídeo, no entanto, a reflexão foi sempre realizada em conjunto com
os outros elementos da equipa técnica no final de cada sessão de treino,
procurando ajustar as estratégias adotadas a futuras aplicações.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
61
▪ Dimensão 3: Promover aos jogadores o maior tempo de prática motora possível.
Tabela 15- Objetivo de gestão: dimensão 3.
Estratégias
1. Procurar que a instrução seja o mais breve possível, respeitando as
estratégias tomadas na dimensão instrução;
2. Planear estratégias para que o tempo de transição entre cada exercício
possa ser o mais reduzido possível, ao nível dos seguintes fatores:
a. Hidratação;
b. Transição entre cada exercício.
Avaliação
Reflexão da dimensão de gestão do exercício, procurando relacionar as
estratégias planeadas, as estratégias efetuadas e a execução tomada pelos
jogadores, avaliando:
a. Tempo de transição;
b. Eficácia das estratégias utilizadas na transição, no sentido de
aumentar o tempo de prática motora de cada jogador.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Para aumentar o tempo de prática motora, recorremos às seguintes
estratégias: diminuição no tempo de instrução, com a preparação desta
mencionada anteriormente na dimensão instrução; diminuição do tempo
de hidratação com a contagem em voz alta do tempo, sendo que os
jogadores que não respeitassem os tempos eram castigados com tarefas
físicas (flexões de braços, saltos com agachamento ou abdominais);
diminuição do tempo de transição entre cada exercício, desenvolvendo
uma montagem antecipada e encadeada dos exercícios, como
determinada no planeamento da sessão de treino.
2.1.4. Controlo e avaliação
Nos objetivos de controlo e avaliação, foi definida uma dimensão de intervenção:
▪ Dimensão 1: Promover uma capacidade de reflexão, controlo e avaliação ao nível
do microciclo e da sessão de treino.
Tabela 16- Objetivos de controlo e avaliação: dimensão 1.
Estratégias
1. Análise de cada exercício, nos seguintes aspetos:
a. Construção;
b. Relação com os objetivos da sessão de treino;
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62
c. Pontos positivos;
d. Pontos negativos;
e. Aspetos de melhoria.
2. Análise de cada exercício, nos seguintes domínios:
a. Instrução;
b. Feedback;
c. Gestão do exercício.
Avaliação Reflexão da sessão de treino, sendo que cada exercício será alvo de
reflexão, tendo por base as estratégias e os pontos delineados.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
No final de cada sessão de treino, existiu uma discussão entre equipa
técnica sobre a sessão de treino realizada, analisando e refletindo,
exercício a exercício, os domínios mencionados nas estratégias. Esta
reflexão permitiu perceber a importância e aplicação dos princípios
metodológicos na construção da sessão de treino, essenciais no
desenvolvimento de competências cognitivas, bem como incrementar
competências profissionais de atuação no contexto desportivos,
determinantes no exercício da função de treinador.
2.1.5. Valores, direitos e deveres
Nos objetivos de valores, direitos e deveres, foram definidas três dimensões de intervenção:
▪ Dimensão 1: Incitar e cumprir as regras do Sport Clube Leiria e Marrazes, discriminadas no
Regulamento Interno do clube.
Tabela 17- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 1.
Estratégias Análise das regras inerentes ao Sport Clube Leiria e Marrazes.
Avaliação 1. Aplicação das regras;
2. Promoção das regras aos jogadores.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Antes de poder assumir as funções, foi imperatório analisar e refletir
sobre o regulamento e as normas por que se rege o clube. Para além de
ser um clube onde o foco é o futebol de formação, o clube também sente
a responsabilidade de formar os jogadores em Homens. Daí, essa
responsabilidade ser assumida, primeiramente, pela direção e
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63
seccionistas e, depois, por quem contacta com a população alvo – os
treinadores. A partir desse momento, procurámos sempre promover boas
práticas e incutir certas regras aos jogadores, nomeadamente o uso de
fato de treino nos dias de jogo, uma conduta correta nos jogos em casa
e fora, pois, do nosso ponto de vista, são os jogadores e os pais que dão
a imagem pelo clube. As regras que aplicámos foram a utilização do fato
de treino do clube no treino e jogos e o respeito por todos.
▪ Dimensão 2: Responsabilidade em representar o Sport Clube Leiria e Marrazes, tendo em
conta fatores como: história e passado do clube, influência regional no âmbito desportivo e a
importância para o clube de ter equipas de formação nos campeonatos nacionais.
Tabela 18- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 2.
Estratégias 1. Análise da história e valores do Sport Clube Leiria e Marrazes.
Avaliação
1. Consciencialização do clube que estou a representar, tendo em conta
a sua história a nível regional;
2. Emprego de comportamentos e atitudes dignos da representação do
Sport Clube Leiria e Marrazes.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Para além de conhecermos o clube, procurámos aprofundar o
conhecimento sobre a história, a nível da formação e do futebol sénior.
Tal como mencionado anteriormente, o clube atravessava um momento
de revitalização e de crescimento após um período mais conturbando por
má gestão administrativa. Então, foi fundamental perceber e passar a
mensagem a toda a comunidade marrazense do período que o clube
atravessava, para assim compreender o processo evolutivo que se
procurou, pela direção, coordenadores e treinadores, atingir.
▪ Dimensão 3: Ser assíduo e pontual, estando presente em todas as sessões de
treino, todos os jogos e todas as reuniões, respeitando os horários para cada um.
Tabela 19- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 3.
Estratégias
1. Definição de regras de pontualidade e assiduidade:
a. Chegar, no máximo, 30 minutos antes do início de cada sessão
de treino;
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64
b. Chegar, no máximo, 10 minutos antes da hora marcada para o
início da concentração.
Avaliação 1. Estar presente em todos os momentos em que esteja convocado;
2. Chegar sempre no horário pré-definido.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Estivemos presentes em todas as sessões de treino, todos os jogos e todas
as reuniões, quer do clube, quer da equipa, chegando sempre antes da
hora prevista, respeitando sempre os horários propostos, com o objetivo
de reunir com a equipa técnica e preparar o momento que se seguia.
2.2. Objetivos a atingir com a população alvo
De acordo com a função a exercer e a caracterização do contexto envolvido, deverão ser
expostos objetivos que se pretendem atingir, em termos individuais, com cada jogador, e
coletivos, englobando a equipa.
Nos objetivos a atingir com a população alvo podemos destacar aos seguintes objetivos:
relacionais e competitivos.
2.2.1. Relacionais
Nos objetivos do estabelecimento de relações, foram definidas seis dimensões de intervenção:
▪ Dimensão 1: Desenvolver a interação com a comunidade do Sport Clube Leiria e Marrazes.
Tabela 20- Objetivos relacionais: dimensão 1.
Estratégias 1. Estar predisposto a ajudar e colaborar em tarefas que sejam solicitadas
previamente.
Avaliação Colaboração e cooperação em todo e qualquer momento, naquilo que
for necessário, promovendo uma interação positiva.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Quando foi necessário e informado, colaborámos e cooperámos em
todas as atividades realizadas pelos SCL Marrazes, tais como:
organização de torneios; organização do jantar de natal e festa de
encerramento do clube; organização e monitorização do campo de férias
(realizado no final do mês de junho); observação e scouting de jogadores
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
65
para preparação da época desportiva 2018/2019; auxiliar outros escalões
em termos do fornecimento de material e informações relevantes.
▪ Dimensão 2: Desenvolver a interação com os jogadores.
Tabela 21- Objetivos relacionais: dimensão 2.
Estratégias
1. Desenvolver momentos de interação positiva com os jogadores antes
das sessões de treino e dos jogos;
2. Cumprimentar todos os jogadores antes e depois das sessões de treino
e jogos;
3. Falar com os jogadores sobre assuntos que estes achem pertinentes;
4. Utilização de feedback positivo no processo de treino e jogo, para que
isso se possa refletir no desempenho dos jogadores.
Avaliação Promoção de uma relação positiva jogador-treinador.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Promoveu-se, com os jogadores, uma relação positiva jogador-treinador
procurando-se, em todas as sessões do treino, desenvolver pequenos
jogos e brincadeiras com eles, como por exemplo “meínhos” e “toques
sem deixar a bola cair no chão” e, estabelecer conversas, dentro dos
interesses de cada um, nomeadamente temas relacionados com futebol
e o rendimento escolar.
▪ Dimensão 3: Desenvolver a interação com a equipa técnica.
Tabela 22- Objetivos relacionais: dimensão 3.
Estratégias
1. Participação em diversas atividades em equipa técnica (ver jogos,
treinos, etc.);
2. Partilha de conhecimentos e experiências;
3. Desenvolvimento de uma relação baseada na confiança e honestidade.
Avaliação Desenvolvimento de uma relação sustentada num espírito de amizade,
companheirismo e confiança.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Com os treinadores, foi estabelecida uma relação de confiança e
cordialidade, com base na participação de atividades em equipa técnica,
como por exemplo, ver jogos de outros escalões e de outros clubes,
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
66
partilha de conhecimentos e experiência, em contexto pessoal,
profissional e desportivo.
▪ Dimensão 4: Desenvolver a interação com outros alunos do mestrado e ex-colegas de
licenciatura.
Tabela 23- Objetivos relacionais: dimensão 4.
Estratégias Realização de reuniões com outros alunos de mestrado e ex-colegas para
partilha e reflexão de experiências.
Avaliação Partilha e reflexão com outros alunos de mestrado e ex-colegas de
licenciatura.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Esporadicamente, realizámos momentos de “café” para partilha de
conhecimentos e de experiências com outros alunos de mestrado e ex-
colegas de licenciatura, tendo em vista o contexto de estágio em que
cada um estava inserido, o desenvolvimento do conhecimento e
competências de cada um, definindo estratégias de melhoria.
▪ Dimensão 5: Desenvolver a interação com os pais.
Tabela 24- Objetivos relacionais: dimensão 5.
Estratégias
1. Cumprimentar sempre os pais em dias de treinos e jogos;
2. Remeter quaisquer assuntos ou abordagens para o treinador
principal/seccionista/coordenador.
Avaliação Manter relação de respeito e cooperação.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Com os pais foi estabelecida uma relação positiva, onde existia respeito
e cooperação para que as coisas corressem da melhor forma. Existiram
algumas abordagens para temas/assuntos fora do meu âmbito, as quais
foram dirigidas para as pessoas responsáveis por esses mesmos assuntos.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
67
▪ Dimensão 6: Desenvolver a interação com outros agentes desportivos.
Tabela 25- Objetivos relacionais: dimensão 6.
Estratégias Ser cooperante e colaborar com todos os agentes desportivos, em todo e
qualquer momento.
Avaliação Desenvolvimento de relações positivas com todos os agentes
desportivos.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Procurou-se estabelecer uma relação positiva com os agentes
desportivos, nomeadamente com treinadores e dirigentes de outros
clubes, nem sempre conseguido por ambas as partes, devido ao conflito
de interesses existentes face ao contexto competitivo inserido.
2.2.2. Competitivos
Nos objetivos competitivos, foram definias quatro dimensões de intervenção:
▪ Dimensão 1: Assegurar a manutenção no Campeonato Nacional de Juniores C, organizado
pela Federação Portuguesa de Futebol.
Tabela 26- Objetivos competitivos: dimensão 1.
Avaliação Análise da classificação.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Foi assegurada a manutenção no Campeonato Nacional de Juniores C.
Na primeira fase, série D, obteve-se o sétimo lugar, qualificando a
equipa para a fase de manutenção onde, igualmente na série D, obteve o
quarto lugar, garantindo a manutenção.
▪ Dimensão 2: Procurar que a equipa tenha uma média de pontos conquistados superior na 2ª
fase – Fase de Manutenção, em comparação com a 1ª fase.
Tabela 27- Objetivos competitivos: dimensão 2.
Avaliação Análise dos pontos conquistados na 1ª fase e na 2ª fase.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
68
Análise e reflexão
O objetivo foi cumprido. Na 1ª fase, fruto de 3 vitórias, 2 empates e 6
derrotas, conquistaram-se 11 pontos, perfazendo uma média de 1.1
pontos por jogo. Por sua vez, na 2ª fase foram conquistados 19 pontos
em 14 jogos, fruto de 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, perfazendo uma
média de 1.4 pontos por jogo.
▪ Dimensão 3: Procurar que a equipa termine com goal average (diferença entre golos
marcados e sofridos) positivo.
Tabela 28- Objetivos competitivos: dimensão 3.
Avaliação Garantir um goal average positivo no Campeonato Nacional Juniores C.
Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.
Análise e reflexão
Na primeira fase, inserido na série D, o objetivo não foi cumprido,
terminando com uma diferença de golos negativa (-16, fruto de 7 golos
marcados e 23 golos sofridos). Na segunda fase, o objetivo foi cumprido,
terminando com uma diferença de golos positiva (+1, fruto de 15 golos
marcados e 14 sofridos).
▪ Dimensão 4: Introduzir, adquirir e consolidar o modelo de jogo da equipa.
Tabela 29- Objetivos competitivos: dimensão 4.
Avaliação
Reflexão vocacionada na aprendizagem e consolidação do modelo de
jogo, estabelecendo uma relação entre o processo de treino e os
momentos competitivos.
Periodização Após o término da época desportiva – maio/junho.
Análise e reflexão
No geral, podemos afirmar que o modelo de jogo e as suas dinâmicas
foram adquiridas pela maior parte dos jogadores, quer de forma
individual, quer de forma coletiva. Neste sentido, foi fundamental
analisar, avaliar e refletir de uma forma mais pormenorizada, em
relação: a) sistema de jogo e missões; b) princípios gerais; c)
organização ofensiva; d) organização defensiva; e) transição ofensiva;
f) transição defensiva; g) esquemas táticos ofensivos; h) esquemas
táticos defensivos.
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69
O sistema de jogo mais utilizado foi o 1:4:4:2, nomeadamente no início
da 2ª fase e momento fundamental para a concretização do objetivo
proposto. A alteração de sistema de jogo teve em conta diversos fatores,
entre os quais as características dos melhores jogadores, a fluidez de
jogo face ao princípio geral adaptado e à dificuldade dos adversários em
lidar com dois jogadores mais avançados. Tal como mencionado, a
época iniciou com a implementação de um sistema de 1:4:3:3, com duas
dinâmicas distintas, mas após alguns jogos de preparação e competitivos
e por não termos jogadores com características para jogar nas alas
(extremos puros ou avançados interiores), promoveu-se à alteração para
o 1:4:4:2, reforçando a zona do meio-campo com maior número de
jogadores e mais consistência, onde a largura era dada pelos defesas
laterais que subiam pela linha, procurando aproveitar a despovoação
nessas zonas. Em relação às missões táticas, as maiores dificuldades
sentidas foi ao nível dos avançados (em ambos os sistemas). Embora, na
nossa opinião, termos um par de jogadores com capacidade e potencial
para fornecerem e executarem aquilo que foi delineado para os
jogadores mais adiantados, esses jogadores nunca foram capazes de
corresponder ao que era esperado, e daí também a falta de eficácia da
equipa e o reduzido número de golos marcados. Por outro lado, foi de
realçar a perceção e evolução verificada ao nível da linha média da
equipa, onde se encontravam os nossos melhores jogadores e que muito
progrediram, tanto na ocupação e racionalização do espaço de jogo,
como na qualidade dada na criação de linhas de passe e do próprio passe
na primeira e segunda fase de construção da organização ofensiva.
O princípio geral – valorizar a bola – foi adquirido por todos os
jogadores. Tendo assumido o compromisso com os jogadores de adotar
este princípio, os jogadores mostraram-se disponíveis e com capacidade
de aplicá-lo de forma eficaz, embora tivessem sentido algumas
dificuldades numa primeira fase da época.
Respeitando a organização ofensiva, o MJO maioritariamente adotado
em contexto de jogo foi o ataque posicional, embora contra alguns
adversários, como a UD Leiria e EAS Marinha Grande se tenha
privilegiado o contra-ataque, devido à maior capacidade dos
adversários.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
70
A primeira fase de construção foi adquirida e desenvolvida de forma
positiva e com sucesso, onde a variabilidade de opções permitiu, em
diferentes contextos, com maior ou menor pressão do adversário,
estabelecer uma ligação bem-sucedida com o setor médio. Por sua vez,
a segunda fase de construção foi o conteúdo que teve maior evolução e
onde se procurou dar ferramentas aos jogadores para se conseguirem
adaptar a diferentes contextos e conseguirem levar a melhor face ao
adversário. Foram estabelecidas diversas dinâmicas, com e sem bola, em
função do local da bola, procurando a ocupação e criação de espaço
livre, estabelecendo uma relação entre o setor médio e avançado. Por
fim, a terceira fase de construção foi o segmento onde a equipa
apresentou mais dificuldades na sua aprendizagem e aplicação em jogo,
onde apresentou falta de eficácia e, até mesmo, falta de qualidade dos
jogadores que lá ocuparam, refletindo-se no número de golos marcados
pela equipa durante a época. As situações eram criadas em grande
número, no entanto o que faltou foi, exatamente, o momento de
finalização.
Para a organização defensiva, o MJD desenvolvido foi a defesa à zona,
respeitando o modelo de jogo adotado, adaptando o bloco e zonas de
pressão face ao adversário em questão, nomeadamente em jogos com a
UD Leiria e EAS Marinha Grande, definindo, estrategicamente, um
bloco médio-baixo.
A primeira fase de pressão foi determinada pelo tipo de bloco utilizado.
Na maioria dos jogos, adotando um bloco médio-alto, procurou-se
condicionar a saída do adversário, com sucesso, obrigando os
adversários a jogar para zonas desertas ou zonas onde a probabilidade
de a nossa equipa recuperar a bola era maior. Por sua vez, na segunda
fase de pressão, a equipa adaptou-se com sucesso ao pretendido,
ressentindo alguma falta de intensidade e agressividade na fase inicial
da época, daí os resultados não terem sido os pretendidos nessa fase. Por
fim, na terceira fase de pressão, a equipa manteve-se com uma
organização estável, realizando com sucessos as missões trabalhadas e
idealizadas, onde os golos surgiam de erros isolados com execuções
deficientes (contenção, cabeceamento e posicionamento individual na
estrutura e setor).
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
71
No âmbito da transição ofensiva, a equipa procurou sempre, sem
precipitação, manter a posse de bola e, apenas em zonas avançadas,
procurar os espaços livres e atacar rapidamente a baliza. Não surgiram
muitas situações de finalização provenientes de transições ofensivas.
Por sua vez, na transição defensiva, a equipa demonstrou algumas
dificuldades, nomeadamente na reação à perda da posse de bola,
melhorando ao longo da época, nomeadamente no nível de
agressividade e intensidade com que reagiam à perda da bola (individual
e coletivamente).
Para finalizar, os esquemas táticos (ofensivos e defensivos) são
considerados fundamentais no futebol moderno, acreditando que podem
ser decisivos para o resultado e desenrolar do jogo. Ofensivamente, a
equipa aproveitou, com sucesso, situações de livre e canto e,
defensivamente, não concedeu muitas oportunidades aos adversários,
levando a afirmar que foram nos esquemas táticos onde os jogadores
desenvolveram maior capacidade e consistência e que permitiram a
concretização do objetivo da época.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
72
3. Modelo de Treino
O modelo de treino é determinado pelo processo de treino que permite operacionalizar e
estabelecer uma elevada correlação com o modelo de jogo, materializando as ideias do treinador
(Mesquita, 2000). Deste modo, quanto maior o grau de congruência do modelo de treino, com a
implementação de metodologias específicas do treinador e o modelo de jogo, conceptualizado
pelo próprio treinador, maiores serão as possibilidades para uma superação constante dos
jogadores, de forma individual, e da equipa, de forma coletiva (Castelo, 2009).
Neste sentido, o modelo de treino é o suporte específico de preparação ao modelo de jogo que
se pretende implementar mediantes as dimensões de rendimento, como as dimensões técnico-
táticas, físicas e psicológicas (Garganta, 1997; Oliveira, 2004; Silva, 2008). Para Castelo e Matos
(2008), o modelo de treino é realizado através de diversos meios, métodos e formas, simulando a
competição o máximo possível, sendo que quanto maior a harmonia entre ambos, maiores são as
possibilidades de sucesso dos jogadores e da equipa.
Deste modo, o processo de treino passa pela prestação competitiva jogo a jogo, a partir de uma
permanente interação entre o modelo de jogo, a dinâmica obtida da equipa no jogo anterior
(aspetos positivos e negativos) e as características do próximo adversário (Silva, 2008).
3.1. Planeamento
O termo planear ou planificar refere-se à descrição e organização, antecipadamente, as
condições de treino, objetivos a atingir, os meios e métodos a aplicar, as fases teoricamente mais
importantes e exigentes da época desportiva, o que exige grande esforço de aplicação e reflexão,
mas proporciona inúmeras vantagens (Garganta, 1991). Por sua vez, Castelo (2004) entende a
planificação como um método que analisa, define e sistematiza as diferentes operações inerentes
à construção e desenvolvimento de uma equipa. Para Mourinho (2001) é o ato de preparar e
estabelecer um plano de atividades para realizar um conjunto de tarefas, o que pressupõe a
necessidade de determinar um conjunto de objetivos, meios, conteúdos e estratégias de os
alcançar, existindo a necessidade de reestruturar um modelo de ação.
De acordo com Castelo (1996), o planeamento distingue três tipos de planificação: a
planificação conceptual, a planificação estratégica e a planificação tática.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
73
Figura 24- Tipos de planificação, adaptado de Castelo (1996).
A planificação concetual entende-se pelo estabelecimento de um conjunto de linhas gerais e
específicas que procuram direcionar e orientar a trajetória da organização da equipa a curto-médio
prazo (Castelo, 1996), ou seja, exprime-se no modelo de jogo da equipa a partir da análise
organizacional da equipa no presente, pela conceção de jogo por parte do treinador na qual
incidem as tendências evolutivas da modalidade e pela definição das orientações do trabalho da
equipas e os meios para atingir os efeitos pretendidos.
Por sua vez, a planificação estratégica, segundo Castelo (1996), consiste na elaboração de
planos estratégicos de intervenção que se traduzem em alterações pontuais e temporárias da
expressão tática de base da equipa, influenciando a sua funcionalidade geral. Estas modificações
estabelecem-se em função dos conhecimentos e do estudo das condições objetivas sobre as quais
se realizará a futura confrontação desportiva.
A planificação tática é definida pela aplicação prática, isto é, pelo carater operativo da
planificação concetual e estratégica, procurando, de forma racional e oportuna, utilizar durante o
jogo as qualidades físicas, técnico-táticas e psicológicas, individuais e coletivas de todos os
jogadores que constituem a equipa, organizados e coordenados com vista à concretização dos
objetivos pré-estabelecidos (Castelo, 1996).
Segundo Costa e Santos (2011), cit. por Duarte (2015), a periodização envolve seis níveis
fundamentais do planeamento, partindo de um plano macro até às unidades de planeamento micro.
PLANIFICAÇÃO
CONCETUAL ESTRATÉGICA TÁTICA
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74
Figura 25- Níveis e Etapas de Planeamento, adaptado de Costa e Santos (2011).
O planeamento anual assume-se como a macroestrutura da periodização de uma época
desportiva. Geralmente, este planeamento corresponde a três períodos – o preparatório, que
corresponde à pré-época; o competitivo, que corresponde ao período de duração das provas
oficiais; o transitório, que corresponde ao término da época desportiva. Este nível é fortemente
dependente do calendário competitivo a que a equipa está sujeita durante a época.
Na grandeza do macrociclo, é fundamental ter em consideração a periodização do mesmo,
tendo em conta o calendário competitivo, as etapas, os períodos, os objetivos parciais e métodos
de treino, bem como a definição e planificação de conteúdos (Costa & Santos, 2011).
O mesociclo, segundo Castelo (2002), define-se como unidade estrutural da preparação
desportiva e é caracterizado por associar um conjunto de microciclos semelhantes que possuem
direções e objetivos idênticos, com vista na acumulação dos efeitos positivos pretendidos e por
produzir um significativo patamar de rendimento desportivo. Para Costa e Santos (2011), existem
alguns aspetos fundamentais a ter em conta no planeamento, nomeadamente a organização de
conteúdos, definindo quais os prioritários e quais os complementares, a progressividade,
ciclicidade e relacionamento de conteúdos e a dinâmica das cargas a médio prazo.
Por sua vez, o microciclo, para Castelo (1998), é constituído pela programação de sequências
de sessões de treino (geralmente semanal). Nesse microciclo existe uma repartição das cargas de
treino e dos objetivos pelas sessões de treino, respeitando os fatores de treino, procurando uma
evolução no nível de rendimento da equipa. Na construção dos microciclos é fundamental
considerar diversos fatores que possam influenciar o seu planeamento, como a análise do jogo
anterior, a análise da equipa adversária do próximo jogo, a definição, organização e estruturação
Nív
eis/
Eta
pas
de
Pla
nem
ento
Planeamento Anual
Macrociclo
Mesociclo
Microciclo
Sessão de Treino
Exercício de Treino
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
75
de conteúdos, a regulação e organização das unidades de treino, bem como a análise recente da
prestação da equipa no processo de treino e competição (Costa & Santos, 2011).
De acordo com Castelo (2006), as sessões de treinos são constituídas por um conjunto de
exercícios, devidamente sistematizados e coordenados, formando um processo metodológico
global e unitário. Costa e Santos (2011) consideram alguns fatores essenciais na construção de
sessões de treino, nomeadamente a caracterização geral, a definição de objetivos e conteúdos, os
gráficos e a descrição, a relação entre as partes da unidade de treino, a progressividade da unidade
de treino e o controlo dos objetivos.
Por último, o exercício de treino pode ser considerado um ato motor sistemático cuja essência
assenta na realização de movimentos de diferentes segmentos do corpo, executados simultânea e
sucessivamente, coordenados e organizados de acordo com um determinado objetivo (Castelo,
2003). Para Queiroz (1986) e Castelo (1996,2002), a identidade e a especificidade são as
características fundamentais do exercício. Castelo (2002) assume mesmo que, para que os efeitos
de aplicação de uma forma regular, racional e metódica de exercícios de treino resultem em
adaptações funcionais constantes, permanentes e duradouras, manifestando-se na elevação do
rendimento desportivo dos praticantes ou das equipas, estes deverão ser caracterizados pela sua
especificidade.
3.1.1. Planeamento Anual
Posto isto, considera-se que estruturar a época em períodos (ou ciclos de treino), com
características e objetivos específicos torna-se imprescindível para se realizar um planeamento
eficaz (Garganta, 1991). Esta divisão auxilia na organização do processo de treino, tornando mais
efetivo o conteúdo de preparação, face aos objetivos e o tempo a gerir (Garganta, 1993).
Nesse sentido, o conceito de periodização do treino, de acordo com Garganta (1993), refere-
se à divisão da época em períodos, cada um dos quais com estrutura diferenciada – características
e objetivos específicos -, em função da duração e das características do calendário competitivos,
mas sobretudo com a natureza da adaptação do organismo do atleta aos estímulos e aos princípios
de treino que são implementados.
Assim, o tipo de periodização utilizado associa-se a três condições essenciais (Peixoto, 1999):
1) Período Preparatório; 2) Período Competitivo; 3) Período Transitório.
3.1.1.1. Período Preparatório
Segundo Oliveira (2014), o período de preparação deve ser curto, mas com intensidades
elevadas de modo a que os jogadores adquirem, o mais rápido possível, as capacidades técnico-
táticas individuais e coletivas, físicas, cognitivas e psicológicas que o modelo de jogo idealizado
obriga, levando a um aumento progressivo da forma desportiva neste período.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
76
O período pré-competitivo teve algumas particularidades que condicionaram, calculadamente,
a preparação para o início da competição.
O grupo de trabalho (equipa técnica, diretiva e jogadores) tiveram o primeiro ponto de contacto
no passado dia 21 de julho de 2017, com uma reunião de apresentação da estrutura diretiva, da
estrutura da equipa técnica, objetivos quantitativos e qualitativos e os recursos disponíveis.
No momento inicial, o plantel era constituído por cerca de trinta jogadores, alguns que
transitaram da época anterior e outros que tiveram a sua formação futebolística noutros clubes do
distrito. Esta tardia definição deveu-se, fundamentalmente, à conclusão da subida de divisão do
campeonato da divisão de honra de Leiria, semanas antes ao começo da preparação da nova época.
Neste período, portanto, face ao elevado número de jogadores, procedeu-se à observação e
seleção dos jogadores que teriam condições para integrar o plantel final com que se iniciaria a
competição.
Desta forma, o período pré-competitivo foi organizado com a duração de quatro microciclos,
com um total de dezoito sessões de treino e cinco jogos de preparação.
Na tabela 30 encontra-se a calendarização do período preparatório da época 2017/2018.
Tabela 30- Calendarização do Período Preparatório da época 2017/2018.
Os jogos de preparação foram realizados com outras equipas a pertencerem ao Campeonato
Nacional de Iniciados, com a seguinte calendarização:
✓ 29 de julho de 2017 – Associação Académica de Coimbra vs. SCL Marrazes (Coimbra)
11h | Resultado: 8-0;
✓ 5 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs. Clube Atlético da Pontinha (Marrazes) 17h |
Resultado: 1-4;
✓ 9 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs. CD Fátima (Marrazes) 19h | Resultado: 2-1;
✓ 12 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs. Sertanense FC (Marrazes) 10h30 | Resultado:
1-0;
MICROCICLO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA SÁBADO DOMINGO
JOGO DE
PREPARAÇÃO
ST 1 ST 2 ST 3 ST 4
ST 9 ST 10
ST 5 ST 6 ST 7 ST 8JOGO DE
PREPARAÇÃOST 11
JOGO DE
PREPARAÇÃO
ST 12JOGO DE
PREPARAÇÃOST 13 ST 14
ST 15 ST 16 ST 17 ST 18JOGO DE
PREPARAÇÃO
FOLGA14-AGO A 20-
AGOFOLGA
PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO 2017/2018
24-JUL A 30-
JULFOLGA FOLGA
31-JUL A 6-
AGOFolga
7-AGO A 13-
AGOFOLGA FOLGA
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
77
✓ 19 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs Viseu United (Marrazes) 17h | Resultado: 1-0.
3.1.1.2. Período Competitivo
Neste período, a periodização assuma uma lógica evolutiva do modelo de jogo e dos seus
princípios. A componente tática é a principal coordenadora de todo o processo evolutivo da
periodização, onde se procura a manutenção ou aquisição progressiva da forma desportiva
(Oliveira, 2014).
Tal como explanado anteriormente, o Campeonato Nacional da categoria encontra-se dividido
em três fases.
Resumidamente, na primeira fase, participaram 72 (setenta e duas) equipas, agrupadas em 6
séries (designadas desde a “A” até à “F”) de 12 (doze) equipas cada série. Esta fase realizou-se a
apenas uma volta, isto é, as equipas apenas se defrontaram uma vez entre elas. De cada série,
apuraram-se as quatro primeiras classificadas para a 2ª fase – Apuramento de Campeão, enquanto
que as restantes oito equipas qualificaram-se para a 2ª fase - Manutenção/Descida. A equipa do
S.C.L. Marrazes ficou enquadrada na série D, com as equipas do C.D. Fátima, U.D. Leiria, C.A.D.
Entroncamento, A.A. Santarém, Caldas S.C., E.A.S. Marinha Grande, C.D. Portalegrense 1925,
N.S. Rio Maior, S.C.L. Marrazes, Sertanense F.C., S.L. Cartaxo e A.C. Marinhense.
A primeira fase teve início no passado dia 27 de agosto de 2017, onde na primeira jornada
enfrentámos o CAD Entroncamento na condição de visitados. A primeira fase teve a duração de
onze jornadas, terminando no dia 5 de novembro de 2017.
Na tabela 31 encontram-se os resultados dos jogos realizados enquadrados na 1ª fase da
competição.
Ao terminar esta 1ª fase, a nossa classificação foi o 7º lugar com 11 pontos conquistados, fruto
de 3 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, com um total de 7 golos marcados e 23 golos sofridos.
Jornada Data Jogo Resultado
1ª 27-ago-17 SCL Marrazes vs CAD Entroncamento 0-2
2ª 3-set-17 NS Rio Maior vs SCL Marrazes 1-0
3ª 10-set-17 SCL Marrazes vs UD Leiria 0-2
4ª 17-set-17 SL Cartaxo vs SCL Marrazes 0-3
5ª 24-set-17 SCL Marrazes vs CD Portalegrense 1925 1-1
6ª 30-set-17 AC Marinhense vs SCL Marrazes 0-1
7ª 8-out-17 SCL Marrazes vs Sertanense FC 1-0
8ª 15-out-17 CD Fátima vs SCL Marrazes 9-0
9ª 22-out-17 SCL Marrazes vs EAS Marinha Grande 0-6
10ª 29-out-17 SCL Marrazes vs Caldas SC 0-1
11ª 5-nov-17 AA Santarém vs SCL Marrazes 1-1
Tabela 31- Resultados dos jogos realizados para a 1ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados
2017/2018.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
78
Na tabela 32 encontra-se a classificação final da primeira fase do campeonato nacional de
iniciados.
Terminada a 1ª fase, as equipas do CD Fátima, CAD Entroncamento, UD Leiria e AA
Santarém qualificaram-se para a 2ª fase – Apuramento de Campeão. As restantes equipas ficaram
apuradas para a 2ª fase - Manutenção/Descida, que se disputou por campeonato a duas voltas,
levando as equipas a defrontarem-se duas vezes (casa e fora). Esta fase teve a particularidade de
as equipas iniciarem a competição com metade dos pontos obtidos na 1ª fase (em caso de número
ímpar de pontos, arredonda por excesso), levando a uma maior competitividade e equilíbrio.
Desta forma, a equipa do SCL Marrazes iniciou a 2ª fase com 6 pontos, colocando-se à partida
na 3ª posição.
A tabela 33 representa a classificação por pontos ao início da 2ª fase – Manutenção/Descida
do Campeonato Nacional, Série D.
Posição Equipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS Pontuação
1 CD Fátima 11 8 3 0 32 4 27
2 CAD Entroncamento 11 9 0 2 32 7 27
3 UD Leiria 11 8 1 2 21 6 25
4 AA Santarém 11 7 3 1 24 7 24
5 EAS Marinha Grande 11 6 3 2 37 10 21
6 Caldas SC 11 6 1 4 24 11 19
7 SCL Marrazes 11 3 2 6 7 23 11
8 CD Portalegrense 1925 11 3 1 7 10 23 10
9 NS Rio Maior 11 3 1 7 12 16 10
10 SL Cartaxo 11 2 0 9 5 44 6
11 AC Marinhense 11 1 2 8 3 22 5
12 Sertanense FC 11 1 1 9 4 38 4
Tabela 32- Classificação Final da 1ª Fase do Campeonato Nacional – Série D.
Posição Equipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS Pontuação
1 EAS Marinha Grande 0 0 0 0 0 0 11
2 Caldas SC 0 0 0 0 0 0 10
3 SCL Marrazes 0 0 0 0 0 0 6
4 CD Portalegrense 1925 0 0 0 0 0 0 5
5 NS Rio Maior 0 0 0 0 0 0 5
6 AC Marinhense 0 0 0 0 0 0 3
7 SL Cartaxo 0 0 0 0 0 0 3
8 Sertanense FC 0 0 0 0 0 0 2
Tabela 33- Classificação Inicial da 2ª Fase – Manutenção/Descida, Série D do Campeonato Nacional de Iniciados.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
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As equipas que terminaram nas últimas três posições, foram relegadas para os respetivos
campeonatos distritais, enquanto que as primeiras cinco permaneceram no Campeonato Nacional
da categoria.
A segunda fase teve início no passado dia 26 de novembro de 2017, onde na primeira jornada
enfrentámos o Caldas SC na condição de visitados. A 2ª fase teve a duração de catorze jornadas,
terminando no dia 8 de abril de 2018.
Na tabela 34 encontram-se os resultados dos jogos realizados enquadrados na 2ª fase da
competição.
Terminada a 2ª Fase – Manutenção/Descida, Série D, as equipas relegadas para os
campeonatos distritais foram o Sertanense FC, o SL Cartaxo e o NS Rio Maior. A equipa do SCL
Marrazes terminou no 4º lugar, fruto dos 25 pontos conquistados, através de cinco vitórias, quatro
empates e cinco derrotas, com quinze golos marcados e quatorze sofridos.
Jornada Data Jogo Resultado
1ª 26-nov-17 SCL Marrazes vs Caldas SC 1-1
2ª 3-dez-17 EAS Marinha Grande vs SCL Marrazes 2-0
3ª 10-dez-17 SCL Marrazes vs CD Portalegrense 1925 1-1
4ª 17-dez-17 AC Marinhense vs SCL Marrazes 3-1
5ª 30-dez-17 Sertanense FC vs SCL Marrazes 1-2
6ª 7-jan-18 SCL Marrazes vs NS Rio Maior 3-3
7ª 21-jan-18 SL Cartaxo vs SCL Marrazes 0-1
8ª 28-jan-18 Caldas SC vs SCL Marrazes 1-0
9ª 4-fev-18 SCL Marrazes vs EAS Marinha Grande 0-1
10ª 10-fev-18 CD Portalgrense 1925 vs SCL Marrazes 0-2
11ª 4-mar-18 SCL Marrazes vs AC Marinhense 1-2
12ª 10-mar-18 SCL Marrazes vs Sertanense FC 1-0
13ª 31-mar-18 NS Rio Maior vs SCL Marrazes 0-0
14ª 8-abr-18 SCL Marrazes vs SL Cartaxo 3-0
Tabela 34- Resultados dos jogos realizados para a 2ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados 2017/2018.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
80
A tabela 35 representa a classificativa final da 2ª fase – Manutenção/Descida, Série D do
Campeonato Nacional de Iniciados.
O planeamento desenvolvido no período competitivo, principalmente com a 2ª fase do
campeonato nacional, foi mais ao encontro da estratégia de jogo e com o sistema alternativo de
modo a obter o melhor resultado, ao invés do brilho e respeito ao princípio geral que procurámos
aplicar.
O período competitivo teve início no dia 21 de agosto de 2017 e terminou no dia 8 de abril de
2018, contabilizando trinta e três microciclos, com um total de cento e três sessões de treino e
vinte e cinco jogos oficiais.
O microciclo padrão para o período competitivo consistiu em três sessões semanais com o
jogo ao domingo.
A tabela 36 representa o microciclo-tipo aplicado ao longo do período competitivo da época
2017/2018.
3.1.1.3. Período Transitório
O período transitório define-se pelo período que decorre desde o fim da competição até ao
final da época desportiva. Esta fase, pode ser caracterizada por uma fase de relaxamento, onde a
carga física e mental é substancialmente reduzida. No entanto, durante esta fase particular,
decorreu um Torneio Extraordinário, organizado pela Associação de Futebol de Leiria. Nesta
competição participaram as cinco equipas do distrito de Leiria que participaram na edição
2017/2018 do Campeonato Nacional de Iniciados, ou seja, o AC Marinhense, o Caldas SC, a EAS
Marinha Grande, a UD Leiria e o SCL Marrazes.
Posição Equipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS Pontuação
1 EAS Marinha Grande 14 11 2 1 44 9 46
2 Caldas SC 14 8 5 1 31 12 39
3 AC Marinhense 14 8 3 3 24 16 30
4 SCL Marrazes 14 5 4 5 15 14 25
5 CD Portalegrense 1925 14 6 2 6 18 23 25
6 NS Rio Maior 14 5 2 7 30 27 22
7 SL Cartaxo 14 1 2 11 5 34 8
8 Sertanense FC 14 1 2 11 10 42 7
Tabela 35- Classificação Final da 2ª Fase - Manutenção/Descida, Série D do Campeonato Nacional 2017/2018.
MICROCICLO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA SÁBADO DOMINGO
ST ST ST
PERÍODO COMPETITIVO 2017/2018
PADRÃO COMPETIÇÃOFOLGA FOLGA FOLGA
Tabela 36- Representação de um microciclo-tipo para o período competitivo.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
81
Desta forma, o período competitivo poderia ser prolongado para englobar esta competição, no
entanto, considerámos não existir qualquer objetivo competitivo a cumprir neste torneio, a não
ser o de dar minutos de jogo aos jogadores menos utilizados durante a competição, propriamente
dita. Considerámos ser um prémio justo para aqueles que, não estando tão diretamente ligados ao
jogo, não deixaram de ser fundamentais para ajudar os companheiros de equipa, seja na aquisição
do rendimento necessário, seja com a componente mental e apoio que é fundamental em qualquer
escalão.
Este período decorreu desde o dia 9 de abril de 2018 ao dia 13 de maio de 2018, quando
termina o Torneio Extraordinário.
Os jogos do Torneio Extraordinário foram realizados com outras equipas a pertencerem ao
Campeonato Nacional de Iniciados, com a seguinte calendarização:
✓ 22 de abril de 2018 – SCL Marrazes vs. AC Marinhense (Marrazes) 10h30 | Resultado:
0-2;
✓ 1 de maio de 2018 – UD Leiria vs. SCL Marrazes (Santa Eufémia) 15h00 | Resultado: 3-
0;
✓ 6 de maio de 2018 – EAS Marinha Grande vs. SCL Marrazes (Picassinos) 10h30 |
Resultado: 0-0;
✓ 13 de maio de 2018 – SCL Marrazes vs. Caldas SC (Marrazes) 10h30 | Resultado: 0-0.
No Torneio Extraordinário, ficámos em 5º lugar, conquistando 2 pontos, fruto de 2 empates e
2 derrotas, com 0 golos marcados e 5 golos sofridos.
Com base nos resultados obtidos e sabendo não ter presente um objetivo competitivo, esta
competição permitiu que os jogadores menos utilizados adquirissem maior experiência de
competição e permitiu analisar que esses mesmos jogadores não tinham condições para, em jogos
com objetivo competitivo, dar o contributo ao nível da exigência do campeonato nacional,
demonstrando a heterogeneidade do plantel do SCL Marrazes.
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82
3.2. Metodologias de treino
Para Garganta (2004), existem várias formas de jogar futebol e de conseguir resultados, do
mesmo modo que existem várias maneiras de treinar.
É inequívoco que existe uma relação direta entre o modelo de jogo e modelo de treino, em que
o primeiro surge como um guião e sequenciação pelos diferentes métodos de treino no
planeamento das sessões e microciclos de treino (Castelo, 2009).
Deste modo, o processo de treino passa pela prestação competitiva jogo a jogo, a partir de uma
permanente interação entre o modelo de jogo, a dinâmica obtida pela equipa no jogo anterior e as
características do próximo adversário (Silva, 2008) e, assim, a especificidade é uma determinante
numa metodologia de treino integrado em que os exercícios criados são o mais situacionais
possível, ou seja, tira-se do jogo aquilo que é mais importante e transporta-se para o treino, sendo
este constituído por ações do próprio jogo (Teodorescu, 2003; Oliveira, 2004).
O exercício de treino é qualquer tarefa que pressupõe uma adaptação de um atleta ou conjunto
de atletas para a concretização do objetivo desejado. Castelo (2004) refere que o treino não deve
ser fundamentalista e o treinador deve ser flexível, nomeadamente nos conteúdos do treino, sem,
no entanto, desvirtuar os princípios da visão de treino e de jogo do treinador, de acordo com o
modelo de jogo idealizado.
Neste sentido, Castelo (2004) defende que os métodos de treino decorrem da lógica do jogo e,
agrupa os exercícios da seguinte forma:
▪ Métodos de Preparação Geral;
▪ Métodos Específicos de Preparação.
Na tabela 37 encontra-se esquematizado a árvore de exercícios de treino e os respetivos
agrupamentos.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
83
3.2.1. Métodos de Preparação Geral
Os métodos de preparação geral (MPG) são todos os meios que não incluem a utilização da
bola como centro de decisão mental e ação motora do jogador. Este método pretende potenciar
uma capacidade isoladamente, fomentar processos de preparação, ativar processos de recuperação
e concretizar uma base orgânica funcional (Castelo & Matos, 2008), tais como a resistência, a
força, a flexibilidade e a velocidade.
Na tabela 38, encontra-se representado o exercício “Estrela”, exercício de preparação geral
aplicado ao longo da época 2017/2018.
EX. ÚT IL DES T OT AL
Espaço: 15x15 metros.
T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA
Exercício - "Estrela"
10´
3´
+
3´
+
3´
30´´
+
30´´
15´
Classificação ( Castelo): Exercício de Preparação Geral.
Objetiv o: Velocidade Resistente.
Descrição: Jogador realiza saltos laterais ou horizontais. Ao sinal sonoro, sai um elemento em
velocidade contornar a vara e chegar ao ponto final e repõe a fila seguinte. 3 séries de 4 saídas (uma
volta à "estrela") para cada jogador, com intervalo de 30 segundos entre cada série.
Forma: 4 Grupos.
Tabela 38- Exercício representativo dos Métodos de Preparação Geral.
EXERCÍCIOS DE
TREINO
MÉTODOS DE
PREPARAÇÃO GERAL
(MPG)
EXERCÍCIOS DE PREPARAÇÃO GERAL
(EPG)
RESISTÊNCIA
FORÇA
FLEXIBILIDADE
VELOCIDADE
MÉTODOS
ESPECÍFICOS DE
PREPARAÇÃO
(MEP)
EXERCÍCIOS
ESPECÍFICOS DE
PREPARAÇÃO GERAL
(EEPG)
DESCONTEXTUALIZADO
MANUTENÇÃO DA POSSE DE BOLA
EM CIRCUITO
LÚDICO-RECREATIVOS
EXERCÍCIOS
ESPECÍFICOS DE
PREPARAÇÃO
(EEP)
PADRONIZADO
SETORIAL
FINALIZAÇÃO
SITUAÇÕES FIXAS
METAESPECIALIZADO
COMPETITIVO
Tabela 37- Métodos de treino segundo a nomenclatura de Castelo (2003).
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84
3.2.2. Métodos Específicos de Preparação
Os métodos específicos de preparação (MEP) podem considerar exercícios que visam
potenciar as relações jogador-bola e relações jogador-objetivo do jogo. Neste sentido, os MEP
dividem em exercícios específicos de preparação geral (EEPG) e exercícios específicos de
preparação (EEP).
3.2.2.1. Exercícios Específicos de Preparação Geral
Os EEPG, segundo Castelo e Matos (2008), estabelecem a relação do jogador com a bola sem
envolver diretamente a concretização do objetivo fundamental do jogo, isto é, o golo. Estes podem
agrupar-se em quatro categorias: descontextualizado/aperfeiçoamento técnico, manutenção da
posse de bola (MPB), em circuito e lúdico-recreativos.
3.2.2.1.1. Descontextualizado
Estes exercícios de treino são operacionalizados tendo em conta os contextos situacionais do
jogo. As tarefas motoras específicas são isoladas da realidade estrutural e funcional em que estas
se expressam durante a competição, quebrando-se as conexões mais relevantes entre informação
e ação do jogo (Castelo & Matos, 2008). A tabela 39 representa um exemplo de exercício aplicado
para a categoria em questão;
3.2.2.1.2. Manutenção da Posse de bola
Estes exercícios de treino são caracterizados pela criação de condições que objetivam decisões
e ações de resolução das diferentes situações de jogo pela prioridade de conservação da bola
(Castelo & Matos, 2008). A tabela 40 representa um exemplo de exercício aplicado para a situação
de MPB;
EX. ÚT IL DES T OT AL
Espaço: 40x20 m.
T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA
Exercício - "Y"
12´
3´
+
3´
+
3´
+
3´
- 12´
Classificação ( Castelo): EEPG - Descontextualizados.
Objetiv o: Potenciar ações técnicas (passe, receção, desmarcação e contenção).
Descrição: Em formato Y, realiza combinação direta e: I-condução de bola; II-receção e passe; III-
combinação direta; IV-comvbinação indireta (ambos os lados).
Forma: 4 posições.
Tabela 39- Exercício representativo de EEPG – Descontextualizado.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
85
3.2.2.1.3. Em Circuito
Estes exercícios de treino são constituídos por um conjunto de tarefas motoras organizadas em
percurso ou estações, onde as tarefas a realizar pelos jogadores individual ou em pequenos grupos
se diferencia pelo seu caráter geral ou específico (Castelo & Matos, 2008). A tabela 41 representa
um exemplo de exercício aplicado para a situação de circuito;
3.2.2.1.4. Lúdico-Recreativos
Estes exercícios promovem atividades e tarefas individuais e coletivas de caráter lúdico, de
diversão, motivação e ambiente competitivo saudável no âmbito de integração e coesão da equipa,
bem como, minimizar as tensões de caráter interno e externo que derivam de situações pré ou
pós-competição (Castelo & Matos, 2008). A tabela 42 representa um exemplo de exercício
aplicado para a situação em questão.
EX. ÚT IL DES T OT AL
Espaço: 40x30 m.
T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA
Exercício - MPB com Pórticos.
18´
8´
+
8´
2´ 18´
Classificação ( Castelo): EEPG - Manutenção da Posse de Bola.
Objetiv o: Organização Ofensiva (MPB).
Descrição: 2 equipas em campo reduzido procuram manter a bola e concretizar pontos com um
passe entre os pórticos para um colega de equipa. Condicionantes: Nº de toques, condicionar nº de
pórticos, nº de bolas.
Forma: 8x8
Tabela 40- Exercício representativo de EEPG - Manutenção da Posse de Bola.
EX. ÚT IL DES T OT AL
Espaço: 40x30 m.
T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA
Exercício - Circuito Coordenação+Aperfeiçoamento T écnico
14´
3´
+
3´
+
3´
+
3´
2´ 14´
Classificação ( Castelo): EEPG - Em Circuito.
Objetiv o: Desenvolver capacidades motoras e aperfeiçoamento técnico.
Descrição: Por estações: Estação I-Slalow sem bola + Primeiro toque; Estação II- Skiping
Frontal/Lateral + Ressalto de bola; Estação III- Multisaltos + Volley; Estação IV- Salto pés juntos +
Cabeceamento.
Forma: 4 Estações
Tabela 41- Exercício representativo de EEPG - Em Circuito.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
86
3.2.2.2. Exercícios Específicos de Preparação
Por sua vez, os EEP permitem estabelecer diferentes níveis de concordância com a realidade
competitiva, tendo sempre em foco o objetivo fundamental do jogo, o golo (Castelo & Matos,
2008). Estes podem agrupar-se em seis categorias: padronizados, setorial, finalização, situações
fixas, metaespecializados e competitivos.
3.2.2.2.1. Padronizados
Estes exercícios de treino estabelecem-se como formas precárias ou superiores de organização
da equipa com o objetivo de induzir, dirigir, moldar e coordenar as tomadas de decisão,
comportamentos e interações de caráter individual, setorial e intersectorial (Castelo & Matos,
2008). A tabela 43 representa um exercício aplicado para a situação de exercício padronizado;
3.2.2.2.2. Setorial
Estes exercícios de treino promovem condições de jogo para a otimização do trabalho coletivo,
fundamentalmente nos processos específicos de um setor (intrassectorial) ou na articulação entre
setores (intersectorial) (Castelo & Matos, 2008). A tabela 44 representa um exercício aplicado
para a situação em questão;
EX. ÚT IL DES T OT AL
Espaço: 30 x20 m.
T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA
Exercício - "Golos de cabeça"
10´ 10´ - 10´
Classificação ( Castelo): EEPG - Lúdico-Recreativos.
Objetiv o: Potenciar motivação e espírito de equipa.
Descrição: Jogo em campo reduzido em que só é permitido jogar com a mão e o golo só é válido se
for através de cabeceamento vindo de um passe de um colega.
Forma: 8x8
Tabela 42- Exercício representativo de EEPG - Lúdico-Recreativo.
EX. ÚT IL DES T OT AL
Espaço: 100 x 64 m.
T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA
Exercício - 10x0
15´ 15´ - 15´
Classificação ( Castelo): EEP - Padronizado.
Objetiv o: Organização Ofensiva.
Descrição: Ataque sem oposição, executar segundo o modelo de jogo movimentações de I, II e III
Fase de Construção.
Forma: GR+10x0+GR
Tabela 43- Exercício representativo de EEP- Padronizado.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
87
3.2.2.2.3. Finalização
Estes exercícios de treino potenciam a criação de contextos situacionais de caráter individual
e coletivo propícias à finalização com elevadas probabilidades de sucesso, onde se aperfeiçoa e
otimiza as decisões e ações de remate em momentos sucessivos (Castelo & Matos, 2008). A tabela
45 representa um exercício aplicado para a situação de finalização;
3.2.2.2.4. Situações Fixas
Estes exercícios de treino são construídos e praticados na base de sub-rotinas específicas do
jogo, preparadas e executadas a partir de esquemas táticos, como os cantos, lançamentos de linha
lateral, livres e reposição de bola (Castelo & Matos, 2008). Neste grupo enquadram-se situações
de finalização com elevadas possibilidades de golo (fase ofensiva) ou de proteção da baliza e de
recuperação da posse de bola (fase defensiva). A tabela 46 representa um exercício aplicado para
situações fixas;
EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA
T EMPO
Exercício - Jogo reduzido com Apoios na Largura
22´
10´
+
10´
2´ 22´
Classificação ( Castelo): EEP - Setorial
Objetiv o: Organização Ofensiva (Largura).
Descrição: Jogo em campo reduzido com 2 apoios na largura. Condicionantes:I-para finalizar tem
de ir aos dois corredores laterais; II-quem passou para o apoio não pode receber consecutivamente
(mobilidade da equipa); III- N.º de toques
Forma: GR+4x4+GR+2 Espaço: 30x20 m.
EXERCÍCIO
Tabela 44- Exercício representativo de EEP- Setorial.
EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA
T EMPO
Exercício - Finalização
18´ 15´ - 18´
Classificação ( Castelo): EEP - Finalização
Objetiv o: Organização Ofensiva (Finalização).
Descrição: Definir 2 situações a rodar de posição: I- Combinação entre Ex e MC (corredores
laterais); II- Combinação entre MC e Av (corredor central).
Forma: 2x0+GR Espaço: 50x64 m.
EXERCÍCIO
Tabela 45- Exercício representativo de EEP- Finalização.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
88
3.2.2.2.5. Metaespecializados
Estes exercícios de treino direcionam-se, especificam-se e potenciam as missões táticas de
certos ou todos os jogadores, em simultâneo ou separadamente, as quais derivam do seu estatuto
estratégico dentro da organização dinâmica da equipa (Castelo & Matos, 2008). A tabela 47
representa um exercício aplicado para a situação em questão;
3.2.2.2.6. Competitivos
Estes exercícios de treino são em tudo semelhantes à essência e natureza da competição do
jogo. São aqueles que mais se aproximam, do ponto de vista estrutural e funcional, das exigências
e das condições reais inerentes no jogo formal (Castelo & Matos, 2008). A tabela 48 representa
um exercício aplicado para a situação em questão.
EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA
T EMPO
Exercício - Jogo Formal
65´
30´
+
30´
5´ 65´
Classificação ( Castelo): EEP - Competitivos.
Objetiv o: Organização Ofensiva e Defensiva.
Descrição: Jogo formal com condicionantes: I-Nº de toques; II-Circulação pelos três corredores; III-
Zonas de pressão.
Forma: GR+10x10+GR Espaço: 100x64 m.
EXERCÍCIO
Tabela 48- Exercício representativo de EEP- Competitivos.
EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA
T EMPO
Exercício - Jogo Específico Corredores.
35´
15´
+
15´
5´ 35´
Classificação ( Castelo): EEP - Metaespecializado.
Objetiv o: Organização Ofensiva.
Descrição: Jogo em campo reduzido condicionado em três corredores onde: Corredores laterais
1x1; corredor central 5x5. Condicionar: I- n.º toques; II- nº de jogadores; III-Golo apenas de
cruzamento.
Forma: GR+1x1+5x5+1x1+GR Espaço: 50x64 m.
EXERCÍCIO
Tabela 47- Exercício representativo de EEP- Metaespecializado.
EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA
T EMPO
Exercício - Esquemas T áticos
20´ 15´ - 20´
Classificação ( Castelo): EEP - Situações Fixas.
Objetiv o: Esquemas T áticos (Cantos Defensivos).
Descrição: Definir posicionamentos e comportamentos a adotar em situação de cantos defensivos,
com defesa mista, segundo o modelo de jogo adotado.
Forma: GR+10x7 Espaço: 50x64 m.
EXERCÍCIO
Tabela 46- Exercício representativo de EEP- Situações Fixas.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
89
3.3. Análise do Processo de Treino
A época desportiva iniciou-se no dia 21 de julho de 2017 e terminou no dia 13 de maio de
2018. Foram realizadas cento e trinta e cinco sessões de treino, contabilizadas em quarenta e dois
microciclo, perfazendo cerca de nove mil, quatrocentos e sessenta e um minutos de treino, ou
seja, aproximadamente cento e cinquenta e oito horas de treino, com uma média de setenta
minutos por sessão de treino.
Face a este volume de treino, a figura 26 apresenta a relação entre o volume de treino e a
distribuição pelos métodos de treinos utilizados ao longo da época. No anexo 1 encontra-se tabela
representativa do total de volume treino e a distribuição dos métodos de treino.
Analisando os valores apresentados, concluímos que os métodos de treino em destaque e
valorizados ao longo da época desportiva foram os exercícios de preparação geral (21%) e os
exercícios específicos de preparação, na vertente competitiva (21%).
Verificamos que os exercícios de preparação geral contribuíram uma fatia importante, sendo
essencialmente utilizada em exercícios com o objetivo de ativação e recuperação ativa. Por sua
vez, constatamos que o método de treino competitivo representa um papel fundamental na
preparação pelo facto do planeamento de treino da equipa ter sido realizado segundo uma forma
específica de jogo, com a essência e natureza da competição a aproximar-se de perto ao método
de treino em questão.
Prontamente, surge os exercícios específicos de preparação geral, na vertente de manutenção
da posse de bola (17%), indicador este que vai ao encontro daquilo que se procura dentro do
modelo de jogo, adotando um método de jogo ofensivo de ataque posicional, valorizando a posse
de bola.
Outro método de treino que representa um valor significativo no planeamento do treino é o
exercício específico de preparação geral, na vertente descontextualizado (12%), onde se procura
Figura 26- Relação entre volume de treino e métodos de treino.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
90
desenvolver e potenciar as capacidades técnicas individuais de modo aos jogadores sejam capazes
de oferecer as suas qualidades em prol do coletivo e do princípio de jogo que tentamos
implementar no modelo de jogo.
Por outro lado, o reduzido volume de treino aplicado nos exercícios específicos de preparação,
na vertente de situações fixas (2%) justifica-se pelo reduzido tempo de treino disponível e onde
defendemos que a prioridade eram outros aspetos do jogo.
3.3.1. Distribuição dos Métodos de Treino por Período da Época
O planeamento da época divide-se em três grandes ciclos: Período Preparatório, Período
Competitivo e Período Transitório. A figura 27 apresenta a especificidade de métodos de treino
aplicados nos diferentes períodos do planeamento da época desportiva.
Desfragmentando os dados apresentados, podemos analisar os diferentes períodos e
caracterizar cada um destes face à especificidade e necessidades no planeamento.
Comparando os três períodos, observamos que existe uma evolução no volume de treino
dedicado a exercícios de manutenção da posse de bola, lúdico-recreativos e metaespecializados,
e uma redução no volume de treino no treino em circuito, aperfeiçoamento técnico e padronizado.
A figura 28 apresenta a especificidade dos métodos de treino utilizados ao longo do período
preparatório, ou seja, o período que antecede a competição.
Figura 27- Relação dos métodos de treino nos diferentes períodos da época.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
91
Segundo os dados apresentados, podemos concluir que, no período preparatório, o foco do
planeamento foi na observação e potenciamento do conhecimento do jogo, bem como trabalhar o
modelo de jogo através de exercícios competitivos (22%), no aperfeiçoamento técnico dos
jogadores, através de exercícios descontextualizados (21%) e na preparação física dos jogadores,
através de exercícios de preparação geral (18%).
Face às condicionantes na preparação do período preparatório com a indefinição do plantel e
com a diferença de realidade competitiva na transição de época, este planeamento foi ao encontro
do esperado, procurando dar condições técnicas e físicas aos jogadores que permitissem
corresponder de forma positiva às exigências competitivas.
Com o terminar do período preparatório, iniciou-se o período competitivo, onde a principal
especificidade deste ciclo foi a obtenção e concretização do objetivo maior e desportivo da época
– manutenção no campeonato nacional de iniciados. A figura 29 apresenta a especificidade dos
métodos de treino utilizados ao longo do período competitivo.
Figura 28- Relação dos métodos de treino no período preparatório.
Figura 29- Relação dos métodos de treino no período competitivo.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
92
Por sua vez, no período competitivo, concluímos que o planeamento focou-se nos exercícios
de preparação geral (23%), seguindo-se os exercícios competitivos (20%) e os exercícios de
manutenção da posse de bola (19%). A justificação prende-se pelas breves pausas competitivas
verificadas durante a 1ª e 2ª fase e na transição de uma para a outra, levando a que o planeamento
sofresse uma adaptação e existisse uma maior preocupação para a preparação física,
fundamentalmente, que permitisse, nos momentos decisivos da época, levar vantagem perante os
adversários. Ainda, aplicou-se durante o microciclo 16 um protocolo de preparação física,
abrangendo componentes como a resistência, força e coordenação motora, durante uma das
interrupções durante o período competitivo, contribuindo em grande peso para a alta percentagem
de volume de treino para os exercícios de preparação geral.
Para finalizar, o período transitório caracteriza o ciclo final da época desportiva, levando a
uma descompressão de cargas e do conteúdo e informação sobre o jogo para os jogadores. A
figura 30 apresenta a especificidade dos métodos de treino utilizados durante o período transitório.
Neste ciclo, observamos que o foco direcionou-se nos exercícios competitivos (24%) e de
manutenção de posse de bola (23%). Verificamos, também, um aumento significativo dos
exercícios lúdico-recreativos (10%) e exercícios metaespecializados (8%). Estes dados permitem-
nos concluir que neste período, face à ausência de objetivos competitivos, o planeamento dirige-
se ao encontro de otimizar e potenciar individualmente e coletivamente os jogadores, preparando,
de certa forma, os jogadores para o ano seguinte.
Neste ciclo ainda foi permitido fomentar o espírito de equipa e motivação dos jogadores, bem
como a competitividade entre eles de forma saudável.
Figura 30- Relação dos métodos de treino no período transitório.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
93
3.4. Protocolo do Jogo
O protocolo de jogo esclarece sobre toda a logística e planeamento deste, nomeadamente sobre
a concentração e deslocação, palestra, aquecimento para o jogo, preparação para o jogo, preleção
durante a competição, intervalo do jogo e final do jogo.
3.4.1. Concentração e Deslocação
A concentração para os jogos, quer em situação de visitantes ou visitados, era realizada no
complexo Aldeia do Desporto. Em condição de visitado, a concentração era marcada para
1h45min antes do início da competição. Em condição de visitante, era considerada essa 1h45min
mais a hora prevista para a deslocação, sendo que os jogadores eram transportados pelas carrinhas
que o clube disponibilizava.
3.4.2. Palestra
Este momento tinha a duração aproximadamente de 20 minutos, onde o treinador procurava
fazer um enquadramento do jogo e da competição, comunicava a estratégia para o jogo,
abordando os momentos de organização ofensiva e defensiva, transições e esquemas táticos. Após
a palestra, os jogadores equipavam-se, mantendo a concentração competitiva.
3.4.3. Aquecimento para o Jogo
O aquecimento era realizado pelos treinadores adjuntos. O treinador Hugo Magalhães ficava
responsável pelo aquecimento específico de guarda-redes, enquanto o treinador João Paraíso
ficava responsável pelo aquecimento dos jogadores de campo.
Numa primeira fase, os jogadores realizavam passe e receção, em duplas, com distâncias curtas
(3-5 metros), na tentativa de adaptarem-se às condições do campo e ao tipo de relva, com uma
duração de cerca de 5 minutos.
Após esta primeira fase, os jogadores realizavam mobilização articular dos membros
superiores e inferiores, integrando alguns exercícios de flexibilidade dinâmica e força reativa.
Esta fase tinha a duração de 7 minutos.
Posteriormente, os jogadores de campo executavam um exercício de MPB (20 x 25 metros),
na forma de 5x5 com zonas de progressão. Este exercício tinha a duração de 3 minutos, sendo
repetido por 3 vezes, com período de recuperação de 45 segundos entre cada repetição.
Antes do desenvolvimento do exercício de velocidade de deslocamento e reação (2 minutos),
a equipa realizava finalização analítica, combinando com um dos treinadores para rematar à
baliza, durante cerca de 5 minutos.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
94
3.4.4. Preparação para o Jogo
Após os jogadores terem realizado o período de aquecimentos, os jogadores hidratavam e
trocavam as camisolas de aquecimento pelas camisolas de jogo. Posto isto, o grupo reunia, dando
as mãos em círculo, com o treinador a passar uma frase de motivação e o grupo realizava o grito
“Quem nós somos? (Capitão), Sport Clube Leiria e Marrazes (Todos), Quem nós somos?
(Capitão), A força de quem veste de negro (Todos), O que nós queremos? (Capitão), Ganhar,
Ganhar, Ganhar (Todos)”.
3.4.5. Preleção/Feedback durante a Competição
Durante o jogo, os treinadores procuravam corrigir erros da nossa equipa e ajustavam certos
posicionamentos devido a alterações da equipa adversária. O treinador utilizou muitas vezes o
feedback motivacional e informativo.
3.4.6. Intervalo do Jogo
Todos os jogadores recolhiam aos balneários (salvo fosse para realizar alguma substituição ao
intervalo), e os primeiros 5 minutos era para os jogadores relaxaram, hidratarem-se e refrescarem-
se, bem como tratar de alguma lesão ou mazela. Enquanto isto, a equipa técnica conferenciava
sobre o conteúdo da preleção e possíveis alterações, tanto ao nível da estratégia como da formação
da equipa. Nos restantes 5 minutos, o treinador principal transmitia os aspetos positivos e aspetos
a melhorar, terminando sempre com uma mensagem de motivação para a equipa.
3.4.7. Final do Jogo
Após o término do jogo, os jogadores agradeciam ao público e recolhiam ao balneário, onde
o treinador fazia um breve resumo do jogo.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
95
3.5. Observação e Análise de Jogo
No futebol, os momentos de decisão são mais aleatórios e deliberativos para o desfecho de
qualquer partida (Teixeira, Loureiro & Sequeira, 2015), tornando a análise do jogo e treino
essencial para o desenvolvimento das equipas.
A análise de jogo com base na observação dos comportamentos dos jogadores tem sofrido um
processo evolutivo ao longo dos anos, nomeadamente na modalidade de futebol (Pereira, 2010).
Nesse sentido, Garganta (2001) considera que essa evolução tem sido acompanhada por um
aumento exponencial da importância da observação e da influência na preparação desportiva,
reforçando que este processo trouxe uma evolução nas fórmulas de investigação, com o objetivo
de identificar, detalhadamente, o número, tipo e frequência das tarefas realizadas ao longo de um
jogo.
As investigações têm surgido, nas variadas modalidades desportivas, com o intuito de
compreender a diferença entre o rendimento dos jogadores e das equipas, através da identificação
dos fatores que determinam o resultado da eficácia das ações táticas individuais e coletivas
(Anguera, 2000).
No que concerne à observação e análise de jogo, o pensamento moderno evoluiu para a análise
qualitativa, deixando os modelos e métodos onde predominava a análise quantitativa, sendo que,
neste momento, a observação e análise de jogo tornou-se uma ferramenta indispensável para
avaliar o rendimento no futebol (Ventura, 2013). Este facto deve-se, segundo Vásquez (2012), à
necessidade de obter o máximo de rendimento competitivo, levando a que treinadores e
investigadores procurem aprofundar o conhecimento das variáveis e componentes que
caracterizem o jogo.
Tal como mencionado anteriormente, o processo de treino passa pela prestação competitiva
jogo a jogo, a partir de uma permanente interação entre o modelo de jogo, a dinâmica obtida da
equipa no jogo anterior (aspetos positivos e negativos) e as características do próximo adversário
(Silva, 2008), daí Ventura (2013) considerar que o modelo de análise de jogo é fundamental para
o treinador definir o microciclo, de forma a preparar uma estratégia o mais eficiente possível,
tendo em conta o adversário e a sua própria equipa.
Os investigadores consideram que a análise de jogo ganha cada vez mais preponderância no
planeamento e preparação das equipas (Malta & Travassos, 2014), permitindo aproximar o treino
da competição. Castelo (2003) defende que o transfere que se pretende preconizar da observação
do jogo para o treino se baseia no princípio da especificidade, isto é, o exercício de treino deve-
se caracterizar pelo elevado grau de concordância e identidade com a lógica interna do jogo.
Matias e Greco (2009) indicam que a análise da performance tática possibilita configurar modelos
de atividade dos jogadores e das equipas, promovendo o desenvolvimento de métodos de treino,
de forma a garantir a maior especificidade na transferibilidade para o jogo. Assim, a análise deve
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
96
assentar na determinação da estrutura do rendimento, dos fatores chave e respetiva hierarquização
(Pereira, 2010), onde o treinador procura perceber o que é necessário para que a sua equipa seja
bem-sucedida e, posteriormente, procura induzir no treino os comportamentos desejados.
Nesse sentido, Carling, Williams, e Reilly (2006) referem um conjunto de etapas fundamentais
para uma análise de desempenho eficaz: 1) desempenho, operacionalizando as ações; 2)
observação das ações; 3) análise da performance e resultado das ações; 4) interpretação dos dados;
5) planeamento de novas ações; 6) preparação para o próximo desempenho.
Figura 31- Processo de análise de desempenho, adaptado de Carling et al. (2006).
A análise pode ser realizada sobre duas perspetivas (Carling et al., 2006): análise notacional,
através da recolha de informação de eventos no jogo durante e após um jogo, avaliando e
classificando o desempenho dos jogadores; análise de movimento, com a análise de indicadores
individuais e de características do movimento dos jogadores ao longo da partida, sem utilizar a
análise qualitativa.
Neste sentido, a análise de jogo realizada ao longo da época desportiva consistia numa análise
qualitativa, elaborada individualmente por cada elemento da equipa técnica e, no dia após a
competição procurava-se debater com os restantes elementos.
DESEMPENHO
OBSERVAÇÃO
ANÁLISE
INTERPRETAÇÃO
PLANEAMENTO
PREPARAÇÃO
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
97
4. Reflexão Crítica
Terminado o processo de aprendizagem e de evolução, é tempo de se refletir sobre várias
questões que foram fundamentais ao longo deste período.
Analisando-se todo o processo e a evolução, integrado na equipa técnica dos Sub-15 do Sport
Clube Leiria e Marrazes, pode-se concluir que foi um ano de concretização, pela conquista ao
nível de objetivos quantitativos e qualitativos, muito devido à possibilidade de se trabalhar num
clube que ambiciona evoluir para atingir patamares mais desafiantes, bem como pelo facto de ter
tido a possibilidade de trabalhar ao lado de um dos treinadores com maior currículo ao nível do
futebol de formação.
Assim, para além do objetivo competitivo principal – manutenção no campeonato nacional de
iniciados – ter sido concretizado, enaltece-se ainda mais o feito face às características e
dificuldades a que o clube, diretores, equipa técnica e jogadores estavam sujeitos, tais como:
✓ Clube atravessa uma renovação diretiva;
✓ Único escalão do clube com participação nos campeonatos nacionais;
✓ Dificuldade na definição do plantel, com número significativo de jogadores e
provenientes de outros clubes;
✓ Jogadores sem experiência e competitividade para a exigência do campeonato nacional.
Analisando a performance da equipa, pode-se dizer que a qualidade de jogo apresentada
melhorou significativamente em comparação com a apresentada numa fase inicial da época,
conseguindo-se conciliar a obtenção de resultados quantitativos com os resultados qualitativos,
refletindo a grande evolução que a equipa atingiu.
Relativamente à vertente humana e relacional com os diversos agentes intervenientes, a
adaptação foi bastante facilitada e positiva, quer em termos profissionais quer em termos pessoais,
justificada pela minha experiência anterior no clube e pela congruência de objetivos ambiciosos
e exigentes entre mim e os restantes agentes.
Na parte operacional, nomeadamente no processo de treino, a evolução foi significativa, pois
implicou a aplicação de uma grande panóplia de exercícios, feedbacks, treinos específicos e
individualizados, bem como a análise de aspetos positivos, aspetos a melhor na equipa e aspetos
a ter cautela e aspetos a explorar nas equipas adversários, na preparação para a competição.
Um aspeto menos positivo foi a falta de filmagem de jogos para analisar através de vídeo,
devido ao facto de nem sempre termos disponível uma pessoa para essa tarefa. No entanto, no
final de cada jogo e no período entre o jogo e o primeiro treino do microciclo seguinte, cada
elemento faria a sua própria análise ao jogo para debater em conjunto com a restante equipa
técnica.
Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018
98
Concomitantemente, no final de cada sessão de treino, debatia-se os aspetos positivos e
negativos, com a preparação do treino seguinte conforme os objetivos e conteúdos pretendidos
dentro do modelo de jogo, a evolução dos jogadores, as cargas necessárias e as características do
próximo adversário, no ponto de vista estratégico-tático.
Findado o período desportivo, as perspetivas para o futuro são as de assumir a responsabilidade
de gerir uma equipa técnica no futebol juvenil, numa das equipas do clube, pois sentimos que as
condições que o clube oferece e a abertura para investimento ao nível de materiais, equipamentos,
recursos humanos especializados (maior número de treinadores com curso superior na área de
desporto e treino desportivo), bem como de novas ideias que permitam o clube aproximar-se das
equipas profissionais e que atuam nos campeonatos nacionais, levam-nos a perspetiva na aposta
pessoal.
Por fim, sugere-se que o clube aposte na contratação de recursos humanos de análise e
scouting. Perante a competitividade regional que existe, torna-se fundamental esta questão,
porque se queremos os melhores jogadores, não podemos estar à espera que eles apareçam, mas
temos de adotar um sistema de “recrutamento”, que é o que acontece com os melhores clubes.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
99
PARTE II – ESTUDO
Este segundo capítulo surge na medida em elaborar um estudo quantitativo/qualitativo na
medida em que nos possa ser útil para a melhoria de competências numa área de interesse pessoal.
Assim, o estudo a realizar tratar-se-á de verificar a influência técnico-tática na manipulação
das condicionantes estruturais nos jogos reduzidos, aplicado na equipa onde se exerceu as funções
de treinador-adjunto, em contexto de estágio. A escolha por este tema deve-se pela observação e
tentativa de compreensão de um aspeto global como a tomada de decisão e de que forma esta
pode ser desenvolvida para que os jogadores possam melhorar a sua taxa de sucesso de ações
individuais e coletivas em competição.
1. Introdução
Os jogos desportivos coletivos não são contextos estáveis na medida em que a informação do
jogo é absoluta. Pelo contrário, os jogadores, para terem sucesso na tarefa, necessitam de adaptar
as suas ações e comportamentos para um contexto dinâmico que implica constantes mudanças
comportamentais e informacionais do jogo (Passos, Araújo, Davids & Shuttleworth, 2008).
Desta forma, os treinadores questionam-se: Como se preparam os jogadores e as equipas a ter
sucesso em jogos predominantemente imprevisíveis? Passos et al. (2008) reportam que é
fundamental direcionar o foco para a relação jogador-ambiente durante o treino de forma a
encorajar os atletas a procurar soluções favoráveis para desequilibrar o sistema (quando atacam)
e para manter o sistema (quando defendem). Os autores ainda propõem que a forma de concretizar
este objetivo é através da conceção de tarefas que incluam variabilidade que simulam sistemas
competitivos que possam vir a concretizarem-se em jogo formal. Nesta lógica, conseguindo os
jogadores, em ambiente controlado (treino), concretizar as diferentes tarefas com sucesso dentro
da enorme variabilidade provocada pelo treino, a sua aptidão e predisposição para a procura de
soluções em ambiente aberto (jogo) será maior e resultará em sucesso.
Na procura de corroborar esta proposta, o estudo terá como objetivo verificar o comportamento
dos jogadores num exercício em organização ofensiva (com bola), onde se procurará dar
informações distintas de forma a caracterizar os objetivos específicos de cada
constrangimento/condicionante incutida.
O estudo decorreu durante o biénio 2017/2018, com a observação de três treinos da equipa de
iniciados do Sport Clube Leiria e Marrazes, onde o período de observação ocorreu num período
transitório da época desportiva 2017/2018. Numa segunda fase, procedeu-se à análise e
tratamento de dados, onde se foi avaliar, dentro dos parâmetros definidos (ações técnicas), a taxa
de sucesso das suas ações e a sua relação com a tomada de decisão. Posteriormente, a discussão
e análise dos dados obtidos permitiu-nos estabelecer se a manipulação dos constrangimentos
influência a tomada de decisão no treino numa equipa de futebol juvenil.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
100
Para o tratamento de dados foi utilizado o software Video Observer (programa de observação
e análise de vídeo por definição de parâmetros) e SPSS (análise estatística).
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
101
2. Enquadramento Teórico
Nos últimos anos, os modelos cognitivos tradicionais têm vindo a ser desafiados por um
conjunto de teorias relacionadas com a psicologia ecológica como a teoria dos sistemas dinâmicos
(Michaels & Beek, 1995), surgindo diversos estudos que adotam esta perspetiva (Grehaigne,
Bouthier & David, 1997; McGarry, Anderson, Wallace, Hughes & Franks, 2002).
Matos et al. (2006) explanam sobre a situação 1x1 característica dos jogos desportivos
coletivos, considerando uma díade entre o atacante e o defesa. Esta díade, em parceria com a
baliza, forma um sistema.
Aproveitando o exemplo citado por Matos et al. (2006), o objetivo do atacante, nesta situação,
é destruir a estabilidade do sistema, ultrapassando o opositor. No entanto, o defesa reage aos
movimentos do atacante. Por exemplo, se o defesa conseguir manter a sua posição entre o atacante
e a baliza, o sistema mantém-se estável. Caso contrário, se o atacante ultrapassar o defesa, ocorre
a quebra de simetria do sistema. Neste sentido, Araújo, Davids, Bennett, Button, e Chapman
(2004) consideram que o ajustamento constante entre os dois jogadores pode ser compreendido
como uma forma de coordenação interpessoal.
Mahlo (1969) apresentou o conceito de “ato tático”, argumentando que os jogadores exploram
a situação para conseguir a melhor solução para cada momento. No entanto, o autor considerou
que este processo estava regulado por uma “resolução mental do problema”, isto é, o jogador
percebe e analisa o jogo, define uma solução mental do problema (tendo em conta o seu
conhecimento do jogo) e define e ação que resolverá o problema. Esta perspetiva exige que os
jogadores e as equipas conheçam todas as situações do jogo, bem como as consequências que
podem tomar para realizarem uma correspondência adequada com base no que percebem, as
soluções mentais e a ação que vão realizar.
Por sua vez, Araújo, Davids, e Hristovski (2006) consideram que a variabilidade de situações
não se pode resolver pela cabeça do jogador, pelo contrário, deve emergir pela interação de todas
as condicionantes que atuam a cada momento, isto é, os constrangimentos. Segundo Newell
(1996), os constrangimentos podem referir-se ao jogador, ao ambiente ou à tarefa.
O processo de tomada de decisão reflete a execução de uma solução que encaixa nessa
determinada situação para conseguir o objetivo (Araújo, Travassos, Torrents & Vives, 2011).
Essas soluções surgem da exploração do ambiente e da deteção de affordances (possibilidades de
ação), tendo em conta as capacidades dos indivíduos envolvidos (Araújo et al., 2006; Fajen, Riley
& Turvey, 2009).
Segundo Araújo et al. (2011), durante um jogo coletivo, a coordenação entre os diferentes
membros se baseará na capacidade de adaptação às mudanças de contexto. Muitas sessões de
treino ou aprendizagem têm como objetivo a estabilização de comportamentos, enquanto que o
compromisso dos jogos coletivos passa por destabilizar esses comportamentos (p.e. para se
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
102
verificar uma ação de finalização no futebol, a equipa atacante tem que romper com a dinâmica
do jogo estável entre as equipas). Neste sentido, os jogadores necessitam de explorar o contexto
e criar relações de interação com os seus colegas de equipa e adversários para que consigam
resolver o problema de cada situação única que surge. Assim, mais que memorizar um grande
número de ações ou sequências de ações, o jogador necessita de desenrolar a sua capacidade para
detetar os constrangimentos específicos que afetam a sua concretização do objetivo (Davids,
Button & Bennett, 2008).
Vários autores (Davids, Williams, Button & Court, 2001; Araújo et al., 2004) salientam a
importância da manipulação dos constrangimentos de forma a otimizar o processo de treino,
interpretando-se que a estabilidade dos padrões de coordenação pode ser alterada pela imposição
de constrangimentos ao indivíduo, como por exemplo a informação disponível e as instruções
fornecias ou as relações antropométricas entre atacante e defesa (Kugler, Kelso & Turvey, 1982;
Newell, 1996; Araújo et al., 2004).
A tomada de decisão emerge do processo contínuo e crítico na procura de informação para
atuar e atuar para deter melhor a informação (Gibson, 1979; Araújo et al., 2006). Posto isto, nem
toda a informação será relevante para a concretização do objetivo, pelo que se condicionar a
perceção da informação para que esta filtre a informação que possa determinar o sucesso ou
insucesso no jogo no seu contexto específico (Araújo et al., 2011).
2.1. Estudos de aplicação já realizados
Considerando a temática da tomada de decisão, Matos et al. (2006) analisaram o efeito da
manipulação de constrangimentos na tomada de decisão na situação de 1 x 1 na modalidade de
basquetebol. Os constrangimentos manipulados foram a instrução e o escalonamento corporal que
permitiram concluir que ambos influenciam a dinâmica do sistema, podendo ser adaptado
igualmente aos restantes jogos coletivos.
Santos, Padilha, e Teoldo (2014) analisaram a relação entre o comportamento tático e a tomada
de decisão tendo em conta os princípios táticos defensivos como a contenção, a cobertura
defensiva, o equilíbrio, a concentração e a unidade defensiva. Os autores concluíram que a tomada
de decisão está negativamente corelacionada com a incidência do princípio da concentração, o
que pressupõe que os jogadores planeiam as suas ações e adaptam-se a um estilo defensivo mais
conservador, enquanto os jogadores mais impulsivos nas suas decisões apresentam um estilo
defensivo mais agressivo.
Por outro lado, Almeida, Ferreira, e Volossovitch (2012) analisaram a influência das diferentes
regras aplicáveis nos jogos de campo reduzido, observando a performance ofensiva. A prática
consistiu na realização de jogos com diferentes condicionantes, onde se incluem regra livre (sem
limite de toques por jogador), limitação de dois toques e limitação de quatro toques por jogador.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
103
Os resultados permitiram entender que a manipulação de constrangimentos como as regras do
jogo, influenciam diretamente o comportamento dos jogadores e, consequentemente, promovem
a aquisição técnica e desenvolve a performance dos praticantes.
Tabela 49- Estudos empíricos que manipulam as condicionantes do jogo.
Estudos Amostra Categorias / Variáveis Procedimentos
Matos et al.
(2006)
10 atletas com idades
compreendidas entre os 15
e os 19 anos.
Vantagem, Quebra de Simetria, Número de
Quebras de Simetria, Tempo de Passagem
do Meio-Campo, Variabilidade da Trajetória
da Atacante e Variabilidade da Distância do
Ponto Médio.
Análise de Vídeo
e Análise
Estatística.
Santos et al.
(2014)
154 jovens do género
masculino com idade
inferior a 17 anos (Escalão
Sub-17).
Princípios Táticos Defensivos: Contenção,
Cobertura Defensiva, Equilíbrio,
Concentração e Unidade Defensiva.
Análise de vídeo
recolhido, FUT-
SAT e IGT.
Almeida et al.
(2012)
8 jovens do género
masculino com idades
compreendidas entre os 11
e os 13 anos (Escalão Sub-
13).
Duração da posse de bola, número de
jogadores envolvidos, toques na bola,
passes, relação jogadores
envolvidos/duração, relação toques na
bola/duração, relação passes/duração,
relação toques na bola/jogadores
envolvidos, relação passes/jogadores
envolvidos, relação passes/toques na bola,
remates, relação golos/remates e sequências
ofensivas.
Análise de vídeo
recolhido.
O estudo de Folgado, Lemmink, Frencken, e Sampaio (2014) visa identificar de que forma o
comportamento tático coletivo varia entre equipas de diferentes idades e diferentes condições de
jogos em campo reduzido, como a dimensão do campo jogado. Folgado et al. (2014) observaram
que as variáveis coletivas podem ajudar a compreender as implicações táticas nos jogos em campo
reduzido e na relação entre comprimento e largura da equipa, servindo como adaptação dos
princípios “largura” e “concentração”, refletindo a disposição da equipa no campo, podendo ser
usada como medida de comparação.
Silva et al. (2014) analisaram as diferenças no comportamento a nível tático das equipas e de
como a qualidade técnica influência o comportamento coletivo da equipa tendo manipulado a
dimensão do campo. Os resultados encontrados surgem no sentido de compreender que o
comportamento tático é flexível e pode ser esboçado intencionalmente através da manipulação de
variáveis como, neste caso, a dimensão do espaço de jogo. Segundo Silva et al. (2014), os
treinadores podem controlar o tamanho, a forma e o espaço entre os jogadores (colegas e
opositores) e, assim, constranger a emergência de affordances como adaptações táticas enquanto
especifica a própria natureza dos constrangimentos da tarefa em jogos em campo reduzido.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
104
Tabela 50- Estudos empíricos que manipulam as dimensões do campo.
Estudos Amostra Categorias / Variáveis Procedimentos
Folgado et al.
(2014)
30 jovens com idades
compreendidas entre os 7
e os 13 anos (Escalões
Sub-9, Sub-11 e Sub-13).
Lpwratio (relação entre comprimento e
largura da equipa) e distância entre
centróides das equipas.
Análise de vídeo
recolhido,
TACTO e
MatLab.
Silva et al.
(2014)
20 jovens do género
masculino com idades
compreendidas entre os 15
e os 17 anos (Escalão Sub-
17).
Soma das distâncias entre jogadores da
equipa e o seu oponente (TS), espaço efetivo
jogado (EPS), rácio comprimento por
largura jogado (PLpW), média de
informação de centróides na direção
longitudinal (AMI longitudinal) e média de
informação de centróides na direção lateral
(AMI lateral).
GPS.
Outros autores concentraram-se em analisar os efeitos da relação numérico, isto é, a
superioridade, igualdade ou inferioridade numérica, nos jogos em campo reduzido.
Travassos, Vilar, Araújo, e McGarry (2014) consideraram o número de jogadores envolvidos,
a distância de cada atacante em relação ao centróide da equipa, a distância de cada defesa em
relação ao centróide da equipa, a superfície da equipa que ataca, a área da superfície da equipa
que defende e a distância do centróide ataque-defesa. Travassos et al. (2014) concluíram que a
manipulação da igualdade e desigualdade numérica nos jogos em campo reduzido constringe o
rendimento a nível tático das equipas, principalmente ao nível defensivo, em que o
comportamento dos jogadores é fortemente condicionado quando em inferioridade numérica,
verificando que os jogadores nessa condição se retraem no campo, baixando a sua linha defensiva
para uma zona mais junto à sua baliza, encurtando o espaço jogado.
Por sua vez, Vilar et al. (2014) verificaram a influência da relação numérica com jogos em
campo reduzido sob a forma de 5 x 5, 5 x 4 e 5 x 3, onde concluíram que a manipulação da relação
numérica influencia o comportamento dos jogadores que atacam, ou seja, a equipa em processo
ofensivo beneficia de uma estratégia mais lateralizada, levando a equipa que defende a criar mais
espaço entre eles e causando desequilíbrios e espaços a explorar.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
105
Tabela 51- Estudos empíricos que manipulam a relação numérica.
Estudos Amostra Categorias / Variáveis Procedimentos
Travassos et al.
(2014)
15 jovens com idades
compreendidas entre os 17
e os 21 anos.
Distância de cada atacante para o centróide,
distância de cada defesa para o centróide,
área da superfície da equipa atacante, área da
superfície da equipa defensiva e distância do
centróide do ataque-defesa.
Análise de vídeo
recolhido,
TACTO e
MatLab.
Vilar et al.
(2014)
15 jovens do género
masculino com idades
compreendidas entre os 17
e os 21 anos.
Distância interpessoal, distância relativa
para intercetar o remate e a distância relativa
para intercetar o passe.
Análise de vídeo
recolhido,
TACTO e
MatLab.
2.2. Síntese
Dado que o estudo pretende analisar de que forma os constrangimentos do jogo podem
melhorar em contexto de treino a tomada de decisão, a revisão da literatura permitiu enquadrar a
temática de forma a poder ser útil na potencialização do treino e rendimento dos jogadores na
competição.
Procuramos, assim, enquadrar o processo de tomada de decisão nas teorias estudadas,
tentando-se perceber quando é que a mesma acontece e qual o seu nível de sucesso.
No que diz respeito às condicionantes do jogo, a literatura identifica alguns constrangimentos
que podem ser manipulados de forma a melhorar o processo de tomada de decisão (Matos et al.,
2006; Santos et al., 2014; Travassos et al., 2014) . Para a relação numérica, os estudos analisados
concluem que esta influencia a tomada de decisão, na medida que esta melhora em condições de
superioridade numérica. E, por fim, a dimensão do campo influencia a eficácia do processo
observado no sentido de que com maior espaço disponível as distâncias entre colegas e opositores
aumenta e o processo é mais eficaz.
Neste sentido, o problema que pretendemos explorar dirige-se para a análise da manipulação
destes constrangimentos e a sua influência no processo de tomada de decisão nos jogos reduzidos.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
106
3. Objetivo do Estudo
A realização deste estudo pretendeu verificar o comportamento dos jogadores num exercício
em organização ofensiva (com bola), onde se procurou dar informações distintas de forma a
caracterizar os objetivos específicos de cada constrangimento/condicionante incutida.
Através do comportamento dos jogadores procuramos compreender de que a
informação/constrangimento inserido no exercício influencia a sua tomada de decisão
(sucesso/insucesso) e, assim, melhorar o rendimento do jogador na competição.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
107
4. Metodologia
A metodologia do estudo descreve todos os procedimentos metodológicos, entre os quais o
processo de recolha de dados, a caracterização da amostra, os parâmetros considerados, o
processo de tratamento de dados e os procedimentos estatísticos necessários para concretizar no
desenho experimental do estudo.
4.1. Recolha de Dados
A observação e recolha de dados foi realizada através de jogos no formato 4 x 4, num campo
com dimensões de 40 x 25 metros com duas mini-balizas (1,7 x 1 metros). Cada jogo teve a
duração de 4 minutos com intervalos de recuperação de 3 minutos entre cada um. No início de
cada sessão foi providenciado um aquecimento baseado em processos de corrida, alongamentos
e exercício de manutenção da posse de bola. A recolha de dados decorreu em três sessões, em
dias diferentes, com cada sessão a contabilizar quatro situações diferentes, perfazendo um total
de 12 jogos.
Situação 1: jogo 4 x 4 num campo com dimensões de 40 x 25 metros e com duas mini-balizas.
Situação 2: jogo 4 x 4 num campo com dimensões 30 x 20 metros e com duas mini-balizas.
Situação 3: jogo 4 x 3 num campo com dimensões de 40 x 25 metros e com duas mini-balizas.
Situação 4: jogo 4 x 4 num campo com dimensões de 40 x 25 metros e com duas mini-balizas e
com a condicionante do portador da bola não poder fazer passe ao jogador que lhe passou a bola
(devolução da bola).
Na recolha de dados foi utilizada uma câmara de vídeo com tripé, o programa Video Observer
(Videobserver®, Portugal), onde estava o sistema de observação com combinações de parâmetros
e critérios do que se pretendeu avaliar. Por último, os dados obtidos nesse programa foram
transferidos para um software de tratamento de dados estatístico, o SPSS Statistics versão 20
(Microsoft® Corporation, U.S.A.), para estabelecer as devidas relações entre variáveis e concluir
sobre o objetivo do estudo.
4.2. Caracterização da Amostra
A amostra foi constituída por oito jogadores da equipa de Iniciados (sub-15 anos) do Sport
Clube Leiria e Marrazes, equipa que milita no campeonato nacional da categoria, com atletas com
uma média de idade de 14,4 anos e experiência da modalidade de 5 anos.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
108
4.3. Sistema de Parâmetros/Variáveis
O sistema de observação utilizado no estudo agrupou variáveis dependentes e independentes,
como exposto na tabela 52.
Tabela 52- Identificação do tipo de variáveis e os respetivos parâmetros.
As variáveis independentes são aquelas que estão definidas no contexto, isto é, são os
parâmetros específicos da tarefa/situação. Neste caso particular, as variáveis independentes foram
a dimensão do campo (40 x 25 metros e 35 x 20 metros), a relação numérica
(superioridade/inferioridade numérica e igualdade numérica) e a condicionante informacional
(portador da bola não pode devolver ao último portador da bola).
Tabela 53- Identificação das variáveis independentes e os indicadores correspondentes.
VARIÁVEIS INDEPENDENTES INDICADORES
Dimensão do Campo Maior
Menor
Relação Numérica
Igualdade
Superioridade
Inferioridade
Regras do Jogo Sim
Não
Por sua vez, as variáveis dependentes são aquelas que correspondem à tarefa dentro do
contexto, ou seja, são os parâmetros que vão ser ditados pelas ações dos intervenientes e que
dependem destes. Neste estudo, as variáveis dependentes foram o passe (0 – 3, 4 – 7 ou + 7), o
drible (0 - 2 ou + 2), o remate (sucesso ou insucesso), o número de jogadores envolvidos (1, 2, 3
e 4) e a duração do processo ofensivo (0-15 segundos ou + 15 segundos).
VARIÁVEIS PARÂMETROS
INDEPENDENTES (Contextual)
Dimensão do Campo
Relação Numérica
Regras do Jogo
DEPENDENTES (Tarefa)
Passe
Drible
Remate
Número de Jogadores Envolvidos
Duração do Processo Ofensivo
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
109
Tabela 54- Identificação das variáveis dependentes e os indicadores correspondentes.
VARIÁVEIS DEPENDENTES INDICADORES
Passe
0-3
4-7
+ 7
Drible 0-2
+ 2
Remate Sucesso
Insucesso
Número de Jogadores envolvidos
1
2
3
4
Duração do Processo Ofensivo 0-15 segundos
+ 15 segundos
Neste sentido, passamos à descrição pormenorizada de cada uma das variáveis e indicadores
utilizados.
4.3.1. Variáveis Independentes
Como já mencionado anteriormente, estas variáveis dizem respeito aos parâmetros do
contexto, isto é, aqueles que são definidos e próprios de cada situação observada.
Dimensão do campo: a variável em questão caracteriza as duas situações onde se observará o
comportamento e ações dos jogadores em campos com dimensões distintas (um maior e outro
menor). O campo maior terá dimensões de 40 x 25 metros e o menor de 35 x 20 metros.
Relação Numérica: esta variável é caracterizada pela relação entre o número de jogadores que
ataca e que defende. Este parâmetro pode considerar inferioridade numérica, quando a equipa
atacante tem um menor número de jogadores que a equipa que defende; igualdade numérica,
quando o número de jogadores que ataca e defende é igual; superioridade numérica, quando a
equipa que ataca tem um número maior de jogadores do que a equipa que defende.
Regras do Jogo: a variável informacional considera as situações em que se condiciona o passe
entre o jogador que recebe a bola e o que a entregou levando, desta forma, ao portador da bola
procurar o drible ou passar a outro colega de equipa.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
110
4.3.2. Variáveis Dependentes
Ao invés das variáveis independentes, as variáveis dependentes, como a sua própria
nomenclatura assim o diz, depende da ação direta dos elementos intervenientes, isto é,
corresponde às tarefas e oportunidades de ação que o jogador toma de forma a concretizar o
objetivo específico do exercício aplicado.
Passe: esta variável diz respeito à ação técnica realizada entre o portador da bola e um colega de
equipa. Foi considerada uma ação quando foi realizado um passe de um jogador para outro
jogador da mesma equipa sem que este tivesse sido intercetado. Os indicadores observados
consideraram-se nos intervalos 0 – 3, 4 – 7 ou + 7 passes.
Drible: Foi considerado um drible quando um jogador ultrapassou um opositor através da
condução e controlo da bola. A variável em questão foi caracterizada pelo intervalo de 0 – 2 ou +
2 dribles durante o processo ofensivo observado.
Remate: Foi considerado remate a ação técnica realizada para efetuar golo. Esta variável
considera o resultado da finalização ou ação técnica, podendo enquadrar-se em golo (sucesso) ou
fora (insucesso).
Número de Jogadores envolvidos: a variável caracterizou o número de jogadores que interfere
diretamente na sequência ofensiva observada, podendo considerar-se 1, 2, 3 ou 4 jogadores.
Duração do processo ofensivo: esta variável diz respeito à duração de cada sequência ofensiva
observada, onde considerou-se os intervalos de tempo de 0 – 15 segundos ou + 15 segundos.
4.4. Tratamento de Dados e Procedimentos Estatísticos
Os dados foram recolhidos em forma de vídeo através de uma câmara de vídeo digital,
posicionada num lugar fixo que permitiu visualizar todo o campo utilizado. Posteriormente, o
vídeo foi transferido para um computador e introduzido no programa Video Observer
(Videobserver®, Portugal), onde estava inserido o sistema de observação descrito com
combinações de critérios definidos para o estudo. Assim que os dados foram tratados, os
resultados foram exportados para o software de tratamento estatístico SPSS Statistics versão 20
(Microsoft® Corporation, U.S.A.), para se estabelecer as relações entre variáveis, que permitiram
a conclusão do estudo face ao objetivo proposto.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
111
4.5. Calendarização
De forma a promover a organização e o trabalho estruturado das tarefas individuais, foi
desenvolvido um desenho das diferentes tarefas a desenvolver durante o período experimental do
estudo, desde a conceção do projeto à conclusão do estudo.
TAREFAS SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET
Conceção do Projeto
Aplicação dos Testes
Tratamento dos Dados
Conclusão do Estudo
Entrega do Estudo
Período Competitivo
Tabela 55- Calendarização das tarefas do estudo.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
112
5. Discussão de Resultados
A aplicação deste estudo contemplou a visualização de 12 jogos no formato de 4x4 e 4x3 com
jogadores do escalão de sub-15 do Sport Clube Leiria e Marrazes. Foram analisadas diversas
categorias configuradas pelo sistema de observação construído com o objetivo de analisar o
comportamento dos jogadores para compreender de que forma a informação/constrangimento
inserido no exercício influencia a sua tomada de decisão (sucesso/insucesso) e, assim, melhorar
o rendimento do jogador na competição.
A tabela 56 representa os dados recolhidos tendo em consideração as três variáveis
independentes: dimensão do campo, relação numérica e a condicionante informacional.
Tabela 56- Análise dos dados recolhidos
Indicadores
de
Performance
Dimensões do
Campo (%) Relação Numérica (%) Regras (%)
Maior Menor Igualdade Superioridade Inferioridade Sim Não
PASSE
0-3 44,4 33,3 36,6 17,3 42,3 35.7 44,2
4-7 44,4 50 51,2 56,2 44,2 57,1 41,9
+7 11,2 16,7 12,2 26,5 13,5 7,2 13,9
DRIBLE
0-2 95,6 91,7 95,1 97,3 81,8 78,6 95,3
+2 4,4 8,3 4,9 2,7 18,2 21,4 4,7
REMATE
Sucesso 42,2 16,7 34,1 46,8 15,7 28,6 34,9
Insucesso 57,8 83,3 65,9 53,2 84,3 71,4 65,1
NÚMERO DE JOGADORES ENVOLVIDOS
1 4,4 2,4 2,4 1,7 12,9 6,4 4,7
2 37,8 32,7 31,7 28,9 49,2 33,6 39,5
3 31,1 40,3 36,6 38,6 37,9 39,3 34,9
4 26,7 24,6 29,3 30,8 - 20,7 20,9
DURAÇÂO DO PROCESSO OFENSIVO
0-15 segundos 82,2 83,3 82,9 61,4 95,1 88,7 81,4
+ 15 segundos 17,8 16,7 17,1 38,6 4,9 11,3 18,6
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
113
5.1. Dimensão do Campo
Fruto dos resultados obtidos, podemos constatar que, em comparação com um campo maior e
um campo com dimensões mais reduzidas, obtém-se maior taxa de eficácia quando as dimensões
do campo são maiores (42,2%). Quando as dimensões do campo são mais reduzidas, a equipa
apresenta uma taxa de sucesso de apenas 16,7%.
Comparativamente, quando as dimensões do campo são maiores, verifica-se que a duração do
processo ofensivo é significativamente baixa (82,2%), os jogadores efetuam processos com
menos ações (passe e drible), envolvendo apenas 2 jogadores (37,8%). Ao invés, quando as
dimensões do campo são mais reduzidas, a duração do processo ofensivo é muito baixa (83,3%),
os jogadores procuram mais ações ao nível do passe (4-7 passes) e menos de drible (0-2 dribles),
envolvendo 3 jogadores no processo ofensivo (40,3%).
Estes resultados permitem correlacionar os comportamentos encontrados com os resultados
obtidos por Folgado et al. (2014), incutindo a lógica de que em dimensões maiores, as implicações
levam a adaptações na relação comprimento e largura e, por conseguinte, leva os jogadores a
tomarem ações diferentes (decisão), alterando o seu comportamento “padrão”.
Portanto, tal como Silva et al. (2014), fomentamos a ideia de que a manipulação das dimensões
do campo são uma estratégia de condicionar e influenciar a tomada de decisão e os
comportamentos dos jogadores.
5.2. Relação Numérica
A relação numérica considera-se por três situações contextuais: igualdade, superioridade e
inferioridade.
Em relação à taxa de sucesso do processo ofensivo, considera-se que este é superior quando a
equipa se encontra em superioridade numérica (46,8%), seguindo-se a igualdade (34,1%) e, por
fim, a inferioridade numérica (15,7%).
No que diz respeito aos comportamentos e ações, verificam-se que o processo ofensivo tem
maior duração quando a equipa se encontra em superioridade numérica, em comparação com as
outras duas condições. Neste sentido, foi em superioridade numérica que se verificou maior taxa
no número de passes efetuados (26,5%) e no maior número de jogadores envolvidos (30,8%). Em
relação às ações de drible, a maior taxa verificou-se em situações de inferioridade numérica
(18,2%) e menor em superioridade numérica (2,7%).
Tal como Travassos et al. (2014), verificaram-se constrangimentos ao nível do rendimento e
no comportamento nestas condições, onde as ações observadas no nosso contexto levam-nos a
crer que os dois estudos complementam-se, sendo que um contempla ações técnicas e outro ações
táticas. De igual forma, os resultados obtidos vão ao encontro de Vilar et al. (2014), onde observa-
se que a equipa em processo ofensivo beneficia de uma estratégia mais lateralizada e mais
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
114
pensada, através de um maior número de passes, provocando a criação de espaços a explorar para
concretizar o objetivo do jogo.
Em consonância com os autores, o nosso estudo permite verificar a influência que a relação
numérica tem no comportamento e ações praticadas (decisões) e que se afirma como uma
estratégia de condicionar o comportamento dos jogadores.
5.3. Regras do Jogo
Na situação em que se condicionou as ações dos jogadores, não podendo jogar com o colega
que lhe passou a bola, diminuiu-se as possibilidades de ação para os jogadores. Nesta condição,
a taxa de sucesso do processo ofensivo foi mais baixa (28,6%) do que sem este constrangimento.
No entanto, esta condicionante modificou os comportamentos pois, embora a duração do processo
ofensivo fosse menor (88,7%), verificou-se uma taxa intermédia de passes efetuados (57,1%),
bem como um valor superior para os dribles (21,4%). Quanto ao número de jogadores envolvidos,
verificou-se que a preferência foi o envolvimento de 3 jogadores (39,3%), ao invés, sem a
condicionante, o envolvimento de apenas 2 jogadores apresenta maior valor (39,5%).
Como abordado anteriormente, Almeida et al. (2012) analisou a influência das diferentes
regras aplicáveis nos jogos de campo reduzido, observando a performance ofensiva. A prática
consistiu na realização de jogos com diferentes condicionantes, onde se incluem regra livre (sem
limite de toques por jogador), limitação de dois toques e limitação de quatro toques por jogador.
Os resultados permitiram entender que a manipulação de constrangimentos como as regras do
jogo, influenciam diretamente o comportamento dos jogadores e, consequentemente, promovem
a aquisição técnica e desenvolve a performance dos praticantes.
Embora existam estudos que abordem a temática da imposição de regras para condicionar a
tomada de decisão e os comportamentos dos jogadores, a regra introduzida neste estudo aplica-se
como uma estratégia de condicionar, como se verificou, a forma e as ações assumidas pelos
decisores. Desta forma, embora não existam termos de comparação, podemos concluir que esta
variável influencia o comportamento e a tomada de decisão nos jogos de campo reduzido.
Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo
115
6. Conclusão
O presente estudo teve como objetivo verificar de que forma os constrangimentos aplicados
nos jogos reduzidos influenciam a tomada de decisão dos jogadores. Para isso, observou-se o
condicionamento das dimensões do campo, da relação numérica e da condicionante
informacional. O sistema de observação foi criado e aperfeiçoado de forma a corresponder às
necessidades e do que se queria analisar, através de ações técnicas em processo ofensivo.
A partir da manipulação das dimensões do campo conclui-se:
a) A taxa de sucesso é superior quando as dimensões do campo são maiores;
b) Quando o campo é maior, os jogadores envolvem apenas 2 jogadores e menos ações
técnicas (passe e drible);
c) Quando o campo é menor, os jogadores envolvem, geralmente, 3 jogadores e
procuram mais ações de passe e menos de drible;
d) A duração do processo ofensivo é significativamente baixa nas duas situações.
Por sua vez, na manipulação da relação numérica conclui-se:
a) A taxa de sucesso é superior quando a equipa se encontra em superioridade numérica,
seguindo-se em igualdade e, por fim, em inferioridade numérica;
b) Quando a equipa se encontra em superioridade numérica, o número de jogadores
envolvidos e o número de passes efetuados por sequência é superior, em comparação
com as outras duas condições;
c) Quando a equipa se encontra em inferioridade numérica, verifica-se um aumento
significativo no número de ações de drible.
d) A duração do processo ofensivo é significativamente maior quando a equipa se
encontra em superioridade numérica.
Por fim, na manipulação das regras conclui-se:
a) A taxa de sucesso é superior quando a regra não se aplica;
b) Os jogadores utilizaram maior número de passes e drible quando a regra se aplicava;
c) Com a regra, o número de jogadores envolvidos foi, geralmente, de 3 jogadores,
enquanto sem a regra, por norma, envolveram-se apenas 2 jogadores no processo
ofensivo;
d) A duração do processo ofensivo é inferior quando a regra está aplicada.
Finalizando, concluímos que, embora existam inúmeras formas de manipular os exercícios e
melhorar a performance dos jogadores, as variáveis aplicadas neste estudo influenciaram esse
comportamento e a tomada de decisão, nomeadamente ao nível de ações técnicas.
116
PARTE III - BALANÇO FINAL
O balanço final proporciona uma reflexão sobre toda a experiência vivida durante o estágio.
Todo o trabalho desenvolvido ao longo do estágio possibilitou-nos realizar uma ponte entre o
domínio técnico e prático.
A época desportiva termina com um sentimento de dever cumprindo, revelando-se bastante
desgastante, pela elevada carga horária despendida, quer no planeamento quer na
operacionalização. No início, definimos objetivos focados no âmbito individual e coletivo que,
de forma geral, foram concluídos com sucesso. Um dos principais fatores que influenciou o
desenvolvimento pessoal foi o facto ter responsabilidades diretamente relacionadas com o
planeamento e a intervenção no treino, permitindo desta forma consolidar processos e ideias para
a tarefa de treinador. Ainda, outro aspeto bastante positivo foi a participação em tomadas de
decisão no âmbito competitivo, com constantes análises e reflexões individual e coletivamente.
Um ponto menos positivo foi o facto de não conseguirmos, equipa técnica, poder fazer uma
observação e análise da competição mais detalhada, através da gravação dos jogos. Entendemos
que esse seria um aspeto que teria melhorado o nosso planeamento e preparação para a
competição.
Quanto ao estudo realizado, este permitiu-nos enquadrar sobre o que já era investigado na
temática da tomada de decisão. Estando diretamente relacionado com o sucesso e o insucesso,
procurámos estabelecer estratégias de modo a melhorar a tomada de decisão no contexto de
intervenção. Comparativamente com o que já foi estudado, a manipulação dos constrangimentos
viabilizou-nos percecionar de que forma a tomada de decisão é influenciada, sob diferentes
contextos.
Terminando, o contexto de estágio proporciona um elevado número de experiência e relações
no desenvolvimento da tarefa e consideramos essencial na aplicação dos conteúdos teóricos,
proporcionando um crescimento nas competências profissionais e, por conseguinte, dotando o
profissional de uma maior capacidade de atuação e adaptação a diferentes envolvimentos.
117
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122
ANEXOS
123
MÉTO DO S DE TREINO JUL AGO SET O UT NO V DEZ JAN FEV MAR ABR MAI TO TAL %
EPG 84 268 195 185 309 213 194 150 212 142 35 1987 21%
Descontextualizado 103 189 47 175 86 107 110 115 62 125 40 1159 12%
MPB 0 117 188 120 148 175 300 170 141 174 84 1617 17%
Circuito 42 65 27 30 40 0 27 0 22 0 0 253 3%
Lúdico-Recreativo 0 30 50 30 10 10 10 10 95 82 15 342 4%
Finalização 0 94 94 55 62 57 64 35 25 72 0 558 6%
Metaespecializado 0 197 30 0 0 65 70 60 70 48 28 568 6%
Padronizado 15 105 60 15 48 95 25 33 54 15 15 480 5%
Setorial 0 55 95 15 20 20 88 55 60 0 0 408 4%
Situações Fixas 0 45 50 0 0 0 0 15 15 0 0 125 1%
Competitivos 142 192 160 193 272 204 236 178 103 187 97 1964 21%
Minutos 386 1357 996 818 995 946 1124 821 859 845 314 9461
Horas 6,433 22,62 16,6 13,63 16,58 15,77 18,73 13,68 14,32 14,08 5,233 157,7
PLANO ANUAL
Anexo 1- Relação entre o volume total de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados durante a época.
MÉTO DO S DE TREINO JUL AGO TO TAL %
EPG 84 142 226 18%
Descontextualizado 103 167 270 21%
MPB 0 35 35 3%
Circuito 42 50 92 7%
Lúdico-Recreativo 0 30 30 2%
Finalização 0 79 79 6%
Metaespecializado 0 70 70 6%
Padronizado 15 105 120 9%
Setorial 0 55 55 4%
Situações Fixas 0 15 15 1%
Competitivos 142 130 272 22%
Minutos 386 878 1264
Horas 6,433 14,63 21,07
PERÍODO PREPARATÓRIO
Anexo 2- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de
treino utilizados durante o Período Preparatório.
124
MÉTO DO S DE TREINO AGO SET O UT NO V DEZ JAN FEV MAR ABR TO TAL %
EPG 126 195 185 309 213 194 150 212 45 1629 23%
Descontextualizado 22 47 175 86 107 110 115 62 45 769 11%
MPB 82 188 120 148 175 300 170 141 35 1359 19%
Circuito 15 27 30 40 0 27 0 22 0 161 2%
Lúdico-Recreativo 0 50 30 10 10 10 10 95 0 215 3%
Finalização 15 94 55 62 57 64 35 25 15 422 6%
Metaespecializado 127 30 0 0 65 70 60 70 0 422 6%
Padronizado 0 60 15 48 95 25 33 54 0 330 5%
Setorial 0 95 15 20 20 88 55 60 0 353 5%
Situações Fixas 30 50 0 0 0 0 15 15 0 110 2%
Competitivos 62 160 193 272 204 236 178 103 57 1465 20%
Minutos 479 996 818 995 946 1124 821 859 197 7235
Horas 7,983 16,6 13,63 16,58 15,77 18,73 13,68 14,32 3,283 120,6
PERÍODO COMPETITIVO
Anexo 3- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados durante o Período
Competitivo.
MÉTO DO S DE TREINO ABR MAI TO TAL %
EPG 97 35 132 14%
Descontextualizado 80 40 120 12%
MPB 139 84 223 23%
Circuito 0 0 0 0%
Lúdico-Recreativo 82 15 97 10%
Finalização 57 0 57 6%
Metaespecializado 48 28 76 8%
Padronizado 15 15 30 3%
Setorial 0 0 0 0%
Situações Fixas 0 0 0 0%
Competitivos 130 97 227 24%
Minutos 648 314 962
Horas 10,8 5,233 16,03
PERÍODO TRANSITÓRIO
Anexo 4- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de
treino utilizados durante o período Transitório.
125
.
VS
N.º 1º CA 2º CA CV
Tempo
Entrou
Saiu
Tempo
Marcador
Assistência
2017/2018
DATA: HORA: LOCAL:
COMPETIÇÃO:
JORNADA:
NOME
Treinador Principal
Fisioterapeuta
Treinador Adjunto
Diretor
Capitão
Sub-Capitão
OBSERVAÇÕES:
SISTEMA DE JOGO:
POSIÇÕES:
GR- MC-
DD- MC-
DC- ME-
DC- MD-
DE- AV-
AV-
Substituições
Golos
Resultado 1ª Parte Resultado Final
Notas da 1ª Parte: Notas da 2ª Parte:
Anexo 5- Ficha de jogo para análise da competição.
126
VS
N.º 1º CA 2º CA CV
13
16
21
5
3
18
6
77
15
23
7
29
9
19
10
4
11
24
Santos Bruno Gomes
2017/2018
NS Rio Maior SCL Marrazes
DATA: 31-mar-18 HORA: 11h LOCAL: Rio Maior
COMPETIÇÃO: 2ª Fase do Campeonato Nacional - Série D
JORNADA: 13ª Jornada
NOME
Ricardo Treinador Principal
Alex Fisioterapeuta
André
Reis Treinador Adjunto
Simão João Paraíso
Tomás
Sobreira Diretor
Totti Stid Amado
João Pedro
Xico
Rodrigo Rita
JP
Teun Capitão
Romeu Daniel Reis
Caseiro
Lucas Sub-Capitão
Macrino André Augusto
OBSERVAÇÕES: Bloco médio-alto numa fase inicial, com alteração ao intervalo para um bloco
médio, de forma a dar mais alguma consistência defensiva, encurtando as linhas entre a linha
média e a linha defensiva. Procurar transições defesa/ataque. Sistema de jogo inicial não sofreu
quaisquer alterações com as substituições realizadas.
SISTEMA DE JOGO: 1:4:4:2 (Em Linha)
POSIÇÕES:
GR- Ricardo MC- Tomás
DD- Santos MC- Sobreira
DC- André ME- Totti
DC- Reis MD- João
DE- Simão AV- Rodrigo
AV- Alex
Substituições
Tempo 49´ 64´
Entrou 9 19
Saiu 7 77SL C
artax
o
SCL M
arraze
s
Golos
Tempo
Marcador
Assistência SL C
artax
o
SCL M
arraze
s
Jogo repartido, sem muitas situações de finalização, com o perigo a aparecer para as
duas equipas através de livres diretos à entrada de área. Primeiros 20 minutos
tivemos ligeiramente melhor, assumindo a bola e circulando rapidamente e nos
últimos 20 minutos a tendência ligeira passou para o NSRM, com muitas faltas
cometidas (algumas desnecessárias), junto à nossa área.
Com um bloco mais baixo em comparação à primeira parte e com a procura do golo
da equipa adversária (desvantagem pontual), conseguimos condicionar as ações
ofensivas no corredor centrar, levando para o corredores laterais as ações da
equipa adversária, no entanto sempre em superioridade numérica defensiva. Única
situação de real perigo da equipa adversária, por falta de agressividade defensiva
da nossa linha defensiva. Resultado positivo e a exibição focou-se no que o jogo
obrigou, onde na segunda parte procurámos apenas as transições defesa/ataque,
com algumas bem sucedidas, faltando o pragmatismo na finalização.
Resultado 1ª Parte Resultado Final
0 - 0 0 - 0
Notas da 1ª Parte: Notas da 2ª Parte:
Anexo 6- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (NS Rio Maior vs SCL Marrazes).
127
VS
N.º 1º CA 2º CA CV
13
22
16
23
18
17
5
11
6
21
77
12
24
19
8
14
20
9
Totti
Caseiro
Xico
Romeu
Gustavo
2017/2018
Treinador Principal
Treinador Adjunto
Diretor
Fisioterapeuta
NOME
Ricardo
Edgar
Santos
Alex
Tomás
Lopez
Reis
Macrino
Sobreira
André
SCL MarrazesSL Cartaxo
COMPETIÇÃO: 1ª Fase do Campeonato Nacional - Série D
JORNADA: 4ª Jornada
LOCAL: CartaxoHORA: 11hDATA: 17-set-17
Brazão
Teun
Capitão
Sub-CapitãoFábio
Substituições
POSIÇÕES:
OBSERVAÇÕES: Bloco médio-alto numa fase inicial, com alteração ao intervalo para um bloco
médio, de forma a dar alguma iniciativa ao adversário e sair em transições defesa/ataque. Sistema
de jogo inicial não sofreu quaisquer alterações com as substituições realizadas.
André Augusto
MC- Sobreira
MC- Tomás
DE- Reis
DC- Lopez
DC- Alex
DD- Santos
Bruno Gomes
João Paraíso
Stid Amado
Ana Gave
Daniel Reis
SISTEMA DE JOGO: 1:4:2:3:1
GR- Ricardo
AV- Edgar
ED- Totti
EE- Macrino
MO- André
Tempo 35´ 35´ 35´ 56´ 56´
Entrou 19 8 9 24 20
Saiu 11 22 17 21 23
Golos
SL C
artax
o
SCL M
arraze
s
Tempo 20´ 50´ 65´
Marcador 77 21 77
Assistência 18 9 5
Resultado Final
0 - 3
SL C
artax
o
SCL M
arraze
s
Resultado 1ª Parte
0 - 1
Notas da 1ª Parte: Notas da 2ª Parte:
Jogo de sentido único, com boa circulação da bola e criação de muitas situações
para finalizar, no entanto com processos muito lentos e com dificuldades em
acelerar com o primeiro toque (terreno também não ajuda). Melhorar a intensidade e
agressividade no momento de perda da bola e procurar maior pragmatismo no
último terço.
Com um bloco mais baixo em comparação à primeira parte e com a tentativa de
reação da equipa adversária, conseguimos manter a organização que só pecou com
duas situações de falta de concentração defensiva que levou às situações mais
perigosas para a nossa baliza. Jogo mais partido, com muitas transições de parte a
parte, no entanto conseguimos ampliar numa situação de transição rápida com
influência de apenas 3 jogadores e num envolvimento no corredor que surge um
cruzamento com a finalização ao segundo poste.
Anexo 7- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (SL Cartaxo vs SCL Marrazes).
128
N.º Jogador ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L TP
29 JP 5 0 5 0 0 19 10 9 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 13 2 0 0 15 14 0 0 1 15 14 1 0 0 13 13 0 0 0 14 8 2 2 2 11 10 0 0 1 4 3 1 0 0 138 112 20 2 4 81%
13 Ricardo 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 14 1 0 0 15 14 1 0 0 15 15 0 0 0 13 13 0 0 0 14 14 0 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 136 2 0 0 99%
12 Caseiro 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 6 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 30 0 0 0 100%
24 Xico 5 5 0 0 0 19 15 4 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 10 3 0 2 15 14 1 0 0 15 9 0 2 4 13 7 2 4 0 14 12 1 1 0 11 11 0 0 0 4 3 1 0 0 138 113 12 7 6 82%
27 Tiaguinho 5 4 1 0 0 19 17 2 0 0 14 14 0 0 0 13 11 0 0 2 15 13 2 0 0 15 10 4 1 0 15 12 0 3 0 13 10 0 3 0 14 7 4 3 0 11 10 0 1 0 4 4 0 0 0 138 112 13 11 2 81%
3 Simão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 9 3 0 1 14 7 2 0 5 11 7 4 0 0 4 4 0 0 0 42 27 9 0 6 64%
22 Edgar 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 15 0 0 0 15 12 3 0 0 15 14 0 1 0 13 7 2 2 2 14 2 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 123 101 5 15 2 82%
16 Santos 5 3 2 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 12 0 0 1 15 14 1 0 0 15 8 0 0 7 15 13 2 0 0 13 12 0 1 0 14 12 2 0 0 11 10 1 0 0 4 2 2 0 0 138 119 10 1 8 86%
23 Alex 5 0 5 0 0 19 18 1 0 0 14 14 0 0 0 13 10 0 0 3 15 13 2 0 0 15 14 1 0 0 15 15 0 0 0 13 13 0 0 0 14 14 0 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 126 9 0 3 91%
18 Tomás Lopez 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 15 0 0 0 15 15 0 0 0 15 15 0 0 0 13 12 0 0 1 14 12 2 0 0 11 6 5 0 0 4 3 0 0 1 138 129 7 0 2 93%
17 Lopez 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 11 0 0 2 15 15 0 0 0 15 11 0 0 4 15 14 1 0 0 13 11 2 0 0 14 13 1 0 0 11 10 1 0 0 4 2 2 0 0 138 125 7 0 6 91%
4 Lucas 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 9 1 0 3 15 13 2 0 0 15 14 0 1 0 15 9 2 0 4 13 10 2 1 0 14 12 1 1 0 11 5 2 4 0 4 0 0 4 0 138 110 10 11 7 80%
5 Reis 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 2 0 0 11 15 12 3 0 0 15 11 1 0 3 15 12 1 0 2 13 11 0 0 2 14 14 0 0 0 11 3 0 0 8 4 2 0 0 2 138 105 5 0 28 76%
19 Romeu 5 5 0 0 0 19 16 3 0 0 14 13 1 0 0 13 13 0 0 0 15 13 2 0 0 15 13 2 0 0 15 15 0 0 0 13 10 1 0 2 14 13 0 1 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 126 9 1 2 91%
66 Nuno 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7 0 0 0 15 11 4 0 0 13 8 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 26 9 0 0 74%
11 Macrino 5 3 2 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 15 0 0 0 15 15 0 0 0 15 14 1 0 0 13 11 2 0 0 14 14 0 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 133 5 0 0 96%
8 Gustavo 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 12 3 0 0 15 9 6 0 0 15 9 1 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 96 81 10 5 0 84%
6 Sobreira 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 11 4 0 0 15 13 2 0 0 15 9 5 1 0 13 12 1 0 0 14 12 0 1 1 11 9 1 0 1 4 4 0 0 0 138 121 13 2 2 88%
85 Afonso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 15 14 1 0 0 15 14 1 0 0 13 10 3 0 0 14 7 1 1 5 11 7 4 0 0 4 3 1 0 0 78 61 11 1 5 78%
14 Fábio 5 5 0 0 0 19 17 2 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 7 1 7 0 15 14 1 0 0 15 10 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 96 80 4 12 0 83%
21 André 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 8 0 0 6 13 12 0 1 0 15 13 1 1 0 15 14 1 0 0 15 15 0 0 0 13 13 0 0 0 14 13 0 1 0 11 10 0 1 0 4 3 0 1 0 138 125 2 5 6 91%
10 Caseiro 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 8 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 38 32 0 0 6 84%
7 Rodrigo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 15 11 4 0 0 13 8 5 0 0 14 11 3 0 0 11 7 1 0 3 4 4 0 0 0 60 44 13 0 3 73%
77 Totti 0 0 0 0 0 19 17 2 0 0 14 12 2 0 0 13 13 0 0 0 15 13 2 0 0 15 13 2 0 0 15 14 0 0 1 13 13 0 0 0 14 14 0 0 0 11 8 3 0 0 4 4 0 0 0 133 121 11 0 1 91%
20 Brazão 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 6 2 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 53 0 4 0 93%
9 Teun 5 5 0 0 0 19 17 2 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 14 1 0 0 15 13 2 0 0 15 12 3 0 0 13 12 0 1 0 14 14 0 0 0 11 10 0 1 0 4 3 1 0 0 138 127 9 2 0 92%
35 João 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13 0 0 0 14 13 1 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 42 41 1 0 0 98%
ST - P - D - F - L -
TotalJulho Agosto Setembro O utubro Novembro Janeiro Fevereiro Março Abril MaioDezembro
LesionadoSessões de Treino Presente Dispensado Falta Injustificada
Anexo 8- Mapa de presenças às sessões de treino.
129
N.º Jogador Posição Ano T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV
29 JP GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 1 0 0 70 0 1 0 0 210 0 2 0 0
13 Ricardo GR 03´ 70 0 2 0 0 70 0 1 0 0 70 0 2 0 0 70 0 0 0 0 70 0 1 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 9 0 0 70 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 560 0 21 0 0
12 Caseiro GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
24 Xico DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 84 0 0 0 0
27 Tiaguinho DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 13 0 0 0 0
3 Simão DE 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
22 Edgar DD/ED 03´ 25 0 0 0 0 35 0 0 0 0 63 0 0 0 0 35 0 0 0 0 12 0 0 0 0 13 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 11 0 0 0 0 35 0 0 0 0 66 0 0 0 0 365 0 0 0 0
16 Santos DD 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 770 0 0 0 0
23 Alex DC/AV 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 56 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 523 0 0 0 0
18 Tomás Lopez DC/MC 04´ 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 595 0 0 0 0
17 Lopez DC 03´ 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 595 0 0 0 0
4 Lucas DC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0
5 Reis DE/MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 57 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 407 0 0 0 0
19 Romeu DE/EE 03´ 45 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 58 0 0 0 0 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 25 0 0 0 0 70 0 0 0 0 48 0 0 0 0 4 0 0 0 0 408 0 0 0 0
66 Nuno DE 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11 Macrino DE/EE 03´ 45 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 1 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 22 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 557 0 0 1 0
8 Gustavo DE/EX 03´ 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 60 0 0 0 0 25 0 0 0 0 59 0 0 0 0 35 0 0 0 0 57 1 0 0 0 331 1 0 0 0
6 Sobreira MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 700 0 0 1 0
85 Afonso MC 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
14 Fábio MC 03´ 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 1 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 410 1 0 1 0
21 André DC/MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 14 0 0 0 0 56 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 490 2 0 0 0
10 Caseiro EE/AV 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 Rodrigo MC/AV 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
77 Totti MC/AV 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 2 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 770 3 0 1 0
20 Brazão ED/AV 03´ 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 56 0 0 0 0 14 0 0 0 0 6 0 0 0 0 35 0 0 0 0 10 0 0 0 0 45 0 0 1 0 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 247 0 0 1 0
9 Teun ED/AV 03´ 70 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 64 0 0 0 0 52 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 388 0 0 0 0
35 João MC/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- -
T - GM - GS - CA - CV -
Não Convocado 11 Inicial
AA Santarém
Fora
05-nov-17
EAS Marinha Grande
Casa
22-out-18
Caldas SC
Casa
29-out-1724-set-17 30-set-17 08-out-17
CD Fátima
Fora
15-out-17
CD Portalegrense 1925 AC Marinhense Sertanense FC
Casa Fora CasaCasa
10-set-17
Fora
17-set-17
CAD Entroncamento NS Rio Maior UD Leiria SL Cartaxo
Fora
03-set-17
Resultado
Data
Condição
27-ago-17
Casa
Total0-2 1-0 0-2 0-3 1-1 0-1 1-0 9-0 0-6 0-1 1-1
Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos Cartão Amarelo Cartão Vermelho
Anexo 9- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 1ª fase do Campeonato Nacional de Juniores C - Série D.
130
N.º Jogador Posição Ano T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV
29 JP GR 03´ 70 0 1 0 0 70 0 2 0 0 0 0 0 0 0 70 0 3 0 0 70 0 1 0 0 70 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 2 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 350 0 9 0 0
13 Ricardo GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 1 0 0 70 0 2 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 420 0 3 1 0
12 Caseiro GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
24 Xico DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0
27 Tiaguinho DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0
3 Simão DE 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 26 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 306 1 0 0 0
22 Edgar DD/ED 03´ 8 0 0 0 0 8 0 0 0 0 8 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 0
16 Santos DD 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 700 1 0 1 0
23 Alex DC/AV 03´ 51 0 0 0 0 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 70 0 0 0 0 25 0 0 0 0 136 0 0 0 0
18 Tomás Lopez DC/MC 04´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 700 0 0 0 0
17 Lopez DC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 560 0 0 2 1
4 Lucas DC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
5 Reis DE/MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 65 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 2 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 659 4 0 2 0
19 Romeu DE/EE 03´ 62 0 0 0 0 62 0 0 0 0 62 0 0 0 0 70 0 0 0 0 20 0 0 0 0 70 2 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 24 0 0 0 0 1 0 0 0 0 20 0 0 0 0 6 0 0 0 0 45 0 0 1 0 466 3 0 1 0
66 Nuno DE 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0
11 Macrino DE/EE 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 50 1 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 0 0 0 0 0 0 0 0 0 60 0 0 0 0 390 1 0 1 0
8 Gustavo DE/EX 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6 Sobreira MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 58 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 758 0 0 2 0
85 Afonso MC 04´ 19 0 0 0 0 19 0 0 0 0 17 0 0 0 0 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 0 0 0 0
14 Fábio MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 140 1 0 0 0
21 André DC/MC 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 700 0 0 2 0
10 Caseiro EE/AV 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 Rodrigo MC/AV 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 64 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 60 0 0 0 0 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0 0 0 45 0 0 0 0 549 0 0 0 0
77 Totti MC/AV 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 42 0 0 0 0 70 0 0 0 0 57 0 0 0 0 35 0 0 0 0 36 0 0 0 0 61 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0 0 0 0 50 0 0 0 0 64 0 0 0 0 25 0 0 0 0 459 0 0 0 0
20 Brazão ED/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9 Teun ED/AV 03´ 35 1 0 0 0 70 0 0 0 0 53 0 0 0 0 49 0 0 0 0 63 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 46 0 0 0 0 69 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 0 0 0 10 1 0 0 0 538 2 0 0 0
35 João MC/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 350 1 0 0 0
- -
T - GM - GS - CA - CV -
Total
Sertanense FC
Casa
10-mar-18
NS Rio Maior
Fora
31-mar-18
1-0 0-0
SL Cartaxo
Casa
08-abr-18
3-0
10-fev-18 04-mar-18
Resultado 1-1 2-0 1-1 3-1 1-2 3-3 0-1 1-0 0-1 0-2 1-2
04-fev-18
Casa
Data 26-nov-17 03-dez-17 10-dez-17 17-dez-17 30-dez-17 07-jan-18 21-jan-18 28-jan-18
Fora Casa Fora Fora Casa Fora
SL Cartaxo Caldas SC EAS Marinha Grande CD Portalegrense 1925 AC Marinhense
Condição Casa Fora Casa Fora
NS Rio MaiorCaldas SC EAS Marinha Grande CD Portalegrense 1925 AC Marinhense Sertanense FC
Cartão Amarelo Cartão Vermelho
Não Convocado 11 Inicial
Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos
Anexo 10- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 2ª fase do Campeonato Nacional de Juniores C - Série D.
131
N.º Jogador Posição Ano T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV
29 JP GR 03´ 70 0 2 0 0 0 0 0 0 0 70 0 4 0 0 70 0 1 0 0 210 0 7 0 0
13 Ricardo GR 03´ 0 0 0 0 0 70 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 3 0 0
12 Caseiro GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
24 Xico DD 03´ 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 140 0 0 0 0
27 Tiaguinho DD 03´ 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 0 0 0 0 85 0 0 0 0
3 Simão DE 04´ 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 245 0 0 0 0
22 Edgar DD/ED 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
16 Santos DD 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 0 0 0 0 0 210 1 0 0 0
23 Alex DC/AV 03´ 35 0 0 0 0 15 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 1 0 0 0 100 1 0 0 0
18 Tomás Lopez DC/MC 04´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 55 0 0 0 0 0 0 0 0 0 195 0 0 0 0
17 Lopez DC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 280 0 0 0 0
4 Lucas DC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
5 Reis DE/MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
19 Romeu DE/EE 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 0 0 0 0 120 0 0 0 0
66 Nuno DE 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11 Macrino DE/EE 03´ 45 0 0 0 0 35 0 0 0 0 55 0 0 0 0 35 0 0 0 0 170 0 0 0 0
8 Gustavo DE/EX 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6 Sobreira MC 03´ 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 245 0 0 0 0
85 Afonso MC 04´ 70 0 0 0 0 55 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 265 0 0 0 0
14 Fábio MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
21 André DC/MC 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 175 0 0 0 0
10 Caseiro EE/AV 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 Rodrigo MC/AV 05´ 25 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 145 0 0 0 0
77 Totti MC/AV 03´ 0 0 0 0 0 55 0 0 0 0 55 0 0 0 0 35 0 0 0 0 145 0 0 0 0
20 Brazão ED/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9 Teun ED/AV 03´ 35 0 0 0 0 45 0 0 0 0 35 0 0 0 0 20 0 0 0 0 135 0 0 0 0
35 João MC/AV 03´ 35 0 0 0 0 25 0 0 0 0 35 0 0 0 0 50 0 0 0 0 145 0 0 0 0
- Não Convocado - 11 Inicial
T - GM - GS -
CA - CV -
TotalResultado 0-2 3-0 4-1 1-1
Data 22-abr-18 01-mai-18 06-mai-18 13-mai-18
AC Marinhense UD Leiria EAS Marinha Grande Caldas SC
Condição Casa Fora Fora Casa
Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos
Cartão Amarelo Cartão Vermelho
Anexo 11- Análise estatística e tempos de jogo ao longo do Torneio Extraordinário, organizado pela Associação de Futebol de Leiria.
132
N.º Jogador T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV
29 JP 210 0 2 0 0 350 0 9 0 0 560 0 11 0 0 210 0 7 0 0 770 0 18 0 0
13 Ricardo 560 0 21 0 0 420 0 3 1 0 980 0 24 1 0 70 0 3 0 0 1050 0 27 1 0
12 Caseiro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
24 Xico 84 0 0 0 0 5 0 0 0 0 89 0 0 0 0 140 0 0 0 0 229 0 0 0 0
27 Tiaguinho 13 0 0 0 0 70 0 0 0 0 83 0 0 0 0 85 0 0 0 0 168 0 0 0 0
3 Simão 0 0 0 0 0 306 1 0 0 0 306 1 0 0 0 245 0 0 0 0 551 1 0 0 0
22 Edgar 365 0 0 0 0 82 0 0 0 0 447 0 0 0 0 0 0 0 0 0 447 0 0 0 0
16 Santos 770 0 0 0 0 700 1 0 1 0 1470 1 0 1 0 210 1 0 0 0 1680 2 0 1 0
23 Alex 523 0 0 0 0 136 0 0 0 0 659 0 0 0 0 100 1 0 0 0 759 1 0 0 0
18 Tomás Lopez 595 0 0 0 0 700 0 0 0 0 1295 0 0 0 0 195 0 0 0 0 1490 0 0 0 0
17 Lopez 595 0 0 0 0 560 0 0 2 1 1155 0 0 2 1 280 0 0 0 0 1435 0 0 2 1
4 Lucas 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0
5 Reis 407 0 0 0 0 659 4 0 2 0 1066 4 0 2 0 0 0 0 0 0 1066 4 0 2 0
19 Romeu 408 0 0 0 0 466 3 0 1 0 874 3 0 1 0 120 0 0 0 0 994 3 0 1 0
66 Nuno 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0
11 Macrino 557 0 0 1 0 390 1 0 1 0 947 1 0 2 0 170 0 0 0 0 1117 1 0 2 0
8 Gustavo 331 1 0 0 0 0 0 0 0 0 331 1 0 0 0 0 0 0 0 0 331 1 0 0 0
6 Sobreira 700 0 0 1 0 758 0 0 2 0 1458 0 0 3 0 245 0 0 0 0 1703 0 0 3 0
85 Afonso 0 0 0 0 0 125 0 0 0 0 125 0 0 0 0 265 0 0 0 0 390 0 0 0 0
14 Fábio 410 1 0 1 0 140 1 0 0 0 550 2 0 1 0 0 0 0 0 0 550 2 0 1 0
21 André 490 2 0 0 0 700 0 0 2 0 1190 2 0 2 0 175 0 0 0 0 1365 2 0 2 0
10 Caseiro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 Rodrigo 0 0 0 0 0 549 0 0 0 0 549 0 0 0 0 145 0 0 0 0 694 0 0 0 0
77 Totti 770 3 0 1 0 459 0 0 0 0 1229 3 0 1 0 145 0 0 0 0 1374 3 0 1 0
20 Brazão 247 0 0 1 0 0 0 0 0 0 247 0 0 1 0 0 0 0 0 0 247 0 0 1 0
9 Teun 388 0 0 0 0 538 2 0 0 0 926 2 0 0 0 135 0 0 0 0 1061 2 0 0 0
35 João 0 0 0 0 0 350 1 0 0 0 350 1 0 0 0 145 0 0 0 0 495 1 0 0 0
T - GM - GS -
CA - CV -
TOTAL ÉPOCA 2017/2018TORNEIO
EXTRAORDINÁRIO1ª Fase 2ª Fase Total
CAMPEONATO NACIONAL 2017/2018
Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos
Cartão Amarelo Cartão Vermelho
Anexo 12- Total de análise estatística e tempos de jogo, relativos à época desportiva 2017/2018.
133
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã P
tarde T T T T T
noite A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã T T P J
tarde T T T P T T P T T T T T T P T T T T
noite T T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J J J J
tarde
noite T T T T T T T T T T T T T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J J J
tarde
noite T T T T T T T T T T T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã T J J
tarde P
noite T T T T T T T T T T T T T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã T J J J J
tarde T
noite T T T T T T T T T T P T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J J
tarde
noite T T T T T T T T T T T T T T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J
tarde P
noite T T T T T T T T T P T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J J
tarde T
noite T T T T T T T T T T P T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J
tarde T T
noite T T T T T T T T T T
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
manhã J J
tarde J
noite T T T T
T -
P -
J -
J - JOGO DE TORNEIO EXTRAORDINÁRIO
FEVEREIRO
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
JANEIRO
SESSÃO DE TREINO
JOGO DE PREPARAÇÃO
JOGO DE CAMPEONATO
MARÇO
ABRIL
MAIO
Anexo 13- Macrociclo da Época Desportiva 2017/2018.
134
Micro domingo
JULHO
CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZES
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado
INICIADOS A - 2003/2004
08/07 09/0705/07 06/07 07/07
14/07 15/07 16/0710/07 11/07 12/07 13/07
03/07 04/07
19/07 20/0717/07 18/07 23/07
Apresentação aos
Jogadores e
Encarregados de
Educação
21/07 22/07
24/07 ST 1 25/07 ST 2
1
Perí
od
o
Pre
para
tóri
o
Capacidade Aeróbica
(Ações Técnicas e
Coordenativas)
19h00
Capacidade Aeróbica
(Jogos Reduzidos)
Capacidade
Anaeróbica
(Velocidade
Resistente)
19h00
Capacidade Aeróbica
(Ações Técnicas)
Capacidade
Anaeróbica
(Velocidade
Resistente)
19h00
Capacidade Motora
(Coordenação e
Agilidade)
Organização
Defensiva
19h00
AA Coimbra
vs
SCL Marrazes
10h30
26/07 ST 3 27/07 ST 4 28/07 29/07 P 30/07
Anexo 14- Representação do Mesociclo 1, com a respetiva definição de conteúdos.
135
Micro
Organização
Ofensiva;
Transições
Ofensivas
19h45
Organização
Ofensiva; Esquemas
Táticos
19h45
NS Rio Maior
vs
SCL Marrazes
11h00
ST 26 02/09 03/09 J30/08 31/08 ST 25 01/09
6
28/08 ST 23 29/08 ST 24
Recuperação Ativa;
Capacidade Motora
(Coordenação e
Ações Técnicas)
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva
19h45
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
Perí
od
o
Pre
para
tóri
o
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
3
Perí
od
o
Pre
para
tóri
o
2
Perí
od
o
Pre
para
tóri
o
SCL Marrazes
vs
CA Pontinha
17h00
05/08 P
Organização
Ofensiva
10h30
06/08 ST 11
Recuperação Ativa
17h00
Capacidade de
Força/Potência e
Organização
Defensiva 10h30
09/08
Capacidade de
Força/Potência e
Velocidade
Resistente
19h00
Capacidade de
Força/Potência
(Ações Técnicas)
Organização
Ofensiva
19h00
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h00
Capacidade Técnica
e Organização
Defensiva (Príncipios
Defensivos)
19h00
ST 9 06/08
07/08 08/08 ST 12
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
AGOSTO
sábado domingo
31/7 ST 5 01/08 ST 6 02/08 ST 7 03/08
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira
ST 10ST 8 04/08 05/08
P 13/08
Organização
Ofensiva;
Velocidade
Específica
19h00
SCL Marrazes
vs
CD Fátima
19h00
Capacidade Motora
(Ações Técnicas)
Organização
Ofensiva
19h00
Capacidade Técnica;
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
19h00
SCL Marrazes
vs
Sertanense FC
10h30
P 10/08 ST 13 11/08 ST 14 12/08
4
23/08
P
21/08 ST 19 22/08 ST 20
5
20/08
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva
19h00
Capacidade Motora
(Ações Técnicas)
Organização
Defensiva
19h00
Capacidade Técnica;
Velocidade
Resistente;
Organização
Ofensiva
19h00
Capacidade Técnica;
Velocidade de
Reação;
Esquemas Táticos
19h00
SCL Marrazes
vs
Viseu United
17h00
ST 16 17/08 ST 17 18/08 ST 18 19/0814/08 15/08 ST 15 16/08
27/08 J
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva;
Velocidade
Resistente
19h00
Capacidade Técnica;
Velocidade
Resistente;
Capacidade de
Potência
19h00
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h00
Aceleração e
Velocidade;
Esquemas Táticos
19h00
SCL Marrazes
vs
CADE
10h30
24/08 ST 21 25/08 ST 22 26/08
Anexo 15- Representação do Mesociclo 2, com a respetiva definição de conteúdos.
136
Micro
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
10
25/09 26/09
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
Capacidade Motora
(Ações Técnicas e
Agilidade)
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Motivação e Espírito
de Equipa; Esquemas
Táticos
19h45
AC Marinhense
vs
SCL Marrazes
11h00
29/09 ST 39 30/09 J 01/10ST 37 27/09 ST 38 28/09
23/09 24/09 J
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva;
Velocidade e
Aceleração
19h45
20/09 ST 35 21/09 22/09 ST 36
SCL Marrazes
vs
CD Portalegrense
1925
11h00
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
9
18/09 19/09 ST 34
17/09 J
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva; Transições
Ofensivas
19h45
Organização
Ofensiva; Transições
Ofensivas
19h45
Organização
Ofensiva; Transições
Ofensivas;
Esquemas Táticos
19h45
SL Cartaxo
vs
SCL Marrazes
11h00
ST 32 14/09 15/09 ST 33 16/09
8
11/09
J
Recuperação Ativa;
Capacidade Motora
(Coordenação e
Ações Técnicas)
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva
19h45
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva; Transições
Ofensivas; Esquemas
Táticos
19h45
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva; Transições
Ofensivas
19h45
ST 29 08/09 ST 30 09/09 10/09
SCL Marrazes
vs
UD Leiria
11h00
7
04/09 ST 27 05/09 ST 28 06/09 07/09
12/09 ST 31 13/09
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
SETEMBRO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
Anexo 16- Representação do Mesociclo 3, com a respetiva definição de conteúdos.
137
Micro
29/10 J
Capacidade
Cardiorespiratória
(Resistência
Aeróbica)
Força
Rápida/Potência;
Organização
Defensiva
19h45
Velocidade e
Potência;
Organização
Ofensiva
19h45
Preparação
Estratégica Pré-Jogo;
Velocidade de
Reação;
Dinâmica de Grupo
21h00
25/10 ST 49 26/10 27/10 ST 50
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
14
23/10 24/10 ST 48
J
Reflexão Pós-Jogo
19h45
Capacidade
Cardiorespiratória
(Resistência
Aeróbica) Velocidade
Resistente;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação;
Organização
Ofensiva
19h45
SCL Marrazes
vs
EAS Marinha Grande
11h00
20/10 ST 47 21/10 22/10
SCL Marrazes
vs
Caldas SC
11h00
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
28/10
CD Fátima
vs
SCL Marrazes
11h00
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
13
16/10 17/10 18/10 ST 46 19/10
Capacidade Motora
(Ações Técnicas);
Velocidade
Resistente;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade e
Aceleração;
Organização
Ofensiva
19h45
11/10 ST 44 12/10 13/10 ST 45
12
09/10 10/10 ST 43
J
Capacidade Técnica;
Velocidade
Resistente;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
SCL Marrazes
vs
Sertanense FC
11h00
06/10 ST 42 07/10 08/10
14/10 15/10 J
11
02/10 03/10 ST 40 04/10 ST 41 05/10
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
OUTUBRO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
Anexo 17- Representação do Mesociclo 4, com a respetiva definição de conteúdos.
138
Micro
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
J
Recuperação Ativa;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Motora;
Organização
Ofensiva
19h45
Estratégia Pré-Jogo;
Organização
Ofensiva; Transição
Defesa-Ataque
19h45
Organização
Ofensiva; Velocidade
de Reação
10h30
EAS Marinha Grande
vs
SCL Marrazes
11h00
01/12 ST 67 02/12 03/12
SCL Marrazes
vs
Caldas SC
11h00
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
19
27/11 ST 64 28/11 ST 65 29/11 ST 66 30/11
Capacidade Técnica;
Velocidade
Resistente;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Coesão de Grupo;
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
21h00
22/11 ST 62 23/11 24/11 ST 63
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
18
20/11 21/11 ST 61
Capacidade
Cardiorespiratória
(Resistência
Aeróbica)
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
GDR Boavista
(Juvenis)
vs
SCL Marrazes
15h30
17/11 ST 60 18/11 P 19/11
25/11 26/11 J
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
17
13/11 14/11 ST 58 15/11 ST 59 16/11
Condicionamento
Metabólico;
Organização
Ofensiva
19h15
Força/Resistência do
Core;
Organização
Ofensiva
19h15
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h15
08/11 ST 56 09/11 10/11 ST 57
16
06/11 ST 54 07/11 ST 55
J
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva;
Esquemas Táticos
10h30
Observação e
Estratégia;
Descompressão e
Recuperação
19h45
AA Santarém
vs
SCL Marrazes
11h00
03/11 ST 53 04/11 05/11
11/11 12/11
Capacidade
Cardiorespiratória
(Resistência
Aeróbica)
19h15
15
30/10 31/10 ST 51 01/11 ST 52 02/11
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
NOVEMBRO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
Anexo 18- Representação do Mesociclo 5, com a respetiva definição de conteúdos.
139
Micro
31/12
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade
Cardiorespiratória
(Resistência
Aeróbica)
Organização
Ofensiva
19h45
Coesão de Grupo;
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
17h00
Sertanense FC
vs
SCL Marrazes
11h00
27/12 ST 79 28/12 ST 80 29/12
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
23
25/12 26/12 ST 78
Reflexão Pós-Jogo;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Defensiva e
Organização
Ofensiva
19h45
GDRC Unidos
(Juvenis)
vs
SCL Marrazes
20h00
P 22/12 23/12 24/12
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
30/12 J
AC Marinhense
vs
SCL Marrazes
11h00
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
22
18/12 19/12 ST 76 20/12 ST 77 21/12
Capacidade Motora;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h45
13/12 ST 74 14/12 15/12 ST 75
21
11/12 ST 72 12/12 ST 73
J
Recuperação Ativa;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica
e Capacidade
Motora; Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Motora;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
10h00
SCL Marrazes
vs
CD Portalegrense
1925
11h00
08/12 ST 71 09/12 10/12
16/12 17/12 J
Recuperação Ativa;
Capacidade Motora
19h45
20
04/12 ST 68 05/12 ST 69 06/12 ST 70 07/12
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
DEZEMBRO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
Anexo 19- Representação do Mesociclo 6, com a respetiva definição de conteúdos.
140
Micro
28/01 J
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h45
24/01 ST 92 25/01 26/01 ST 93
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
27
22/01 23/01 ST 91
J
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Motivação e Espírito
de Equipa;
Velocidade de
Reação;
Organização
Ofensiva
19h45
SL Cartaxo
vs
SCL Marrazes
11h00
19/01 ST 90 20/01 21/01
Caldas SC
vs
SCL Marrazes
11h00
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
27/01
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
26
15/01 ST 87 16/01 ST 88 17/01 ST 89 18/01
Organização
Ofensiva;
Esquemas Táticos
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
10/01 ST 85 11/01 12/01 ST 86
25
08/01 09/01 ST 84
J
Capacidade
Cardiorespiratória e
Força;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação;
Organização
Ofensiva
10h00
SCL Marrazes
vs
NS Rio Maior
11h00
05/01 ST 83 06/01 07/01
13/01 14/01
24
01/01 02/01 ST 81 03/01 ST 82 04/01
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
JANEIRO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
Anexo 20- Representação do Mesociclo 7, com a respetiva definição de conteúdos.
141
Micro
25/02
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade
Resistente;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
GDRC Unidos
(Juvenis)
vs
SCL Marrazes
20h00
GDR Boavista
(Juvenis)
vs
SCL Marrazes
15h00
21/02 ST 104 22/02 P 23/02
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
31
19/02 ST 102 20/02 ST 103
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
16/02 ST 101 17/02 18/02
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
24/02 P
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
30
12/02 13/02 14/02 ST 100 15/02
Capacidade
Cardiorespiratória
(Resistência
Aeróbica)
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h15
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
19h15
CD Portalegrense
1925
vs
SCL Marrazes
11h00
07/02 ST 98 08/02 ST 99 09/02
29
05/02 06/02 ST 97
J
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação;
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
SCL Marrazes
vs
EAS Marinha Grande
11h00
02/02 ST 96 03/02 04/02
10/02 J 11/02
28
29/01 30/01 ST 94 31/01 ST 95 01/02
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
FEVEREIRO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
Anexo 21- Representação do Mesociclo 8, com a respetiva definição de conteúdos.
142
Micro
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
MARÇO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
32
26/02 27/02 ST 105 28/02 ST 106 01/03
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
33
05/03 06/03 ST 108
J
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação; Motivação e
Recuperação
19h45
SCL Marrazes
vs
AC Marinhense
11h00
02/03 ST 107 03/03 04/03
10/03 J 11/03
Reflexão Pós-Jogo;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h15
Velocidade de
Reação; Motivação e
Recuperação
19h30
SCL Marrazes
vs
Sertanense FC
11h00
07/03 ST 109 08/03 ST 110 09/03
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
34
12/03 13/03 ST 111 14/03 ST 112 15/03
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
35
19/03 ST 113 20/03 ST 114
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
Futsal
/
Futebol de Rua
21h00
Piscina
20h00
16/03 17/03 18/03
24/03 P 25/03
Capacidade Motora
(Coordenação e
Agilidade)
Velocidade
Resistente;
Organização
Defensiva
20h30
Organização
Defensiva;
Transições Defesa-
Ataque
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação;
Esquemas Táticos;
Recuperação
19h45
SCL Marrazes
vs
CD Vilarense
15h00
21/03 ST 115 22/03 23/03 ST 116
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
36
26/03 27/03 ST 117 28/03 ST 118 29/03
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
Organização
Defensiva
19h45
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
Motivação;
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
18h30
NS Rio Maior
vs
SCL Marrazes
11h00
ST 119 30/03 31/03 J 01/04
Anexo 22- Representação do Mesociclo 9, com a respetiva definição de conteúdos.
143
Micro
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ABRIL
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
37
02/04 03/04 ST 120 04/04 ST 121 05/04
Perí
od
o
Co
mp
eti
tiv
o
38
09/04 10/04 ST 123
J
Capacidade Técnica;
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
19h45
SCL Marrazes
vs
SL Cartaxo
11h00
06/04 ST 122 07/04 08/04
14/04 15/04
Recuperação Ativa;
Descompressão
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
11/04 ST 124 12/04 13/04 ST 125
Perí
od
o
Tra
nsi
tóri
o
39
16/04 17/04 ST 126 18/04 ST 127 19/04
Perí
od
o
Tra
nsi
tóri
o
40
23/04 24/04 ST 129
J
Capacidade Motora;
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade
Específica;
Organização
Ofensiva
18h45
Capacidade Técnica;
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
19h45
SCL Marrazes
vs
AC Marinhense
10h30
20/04 ST 128 21/04 22/04
Perí
od
o
Tra
nsi
tóri
o
28/04 29/04
Capacidade Motora;
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva;
Motivação
19h45
25/04 26/04 27/04 ST 130
Anexo 23- Representação do Mesociclo 10, com a respetiva definição de conteúdos.
144
Micro
SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018
MAIO
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo
41
30/04 ST 131 01/05 J 02/05 03/05
Perí
od
o
Tra
nsi
tóri
o
42
07/05 08/05 ST 133
J
Motivação;
Organização
Ofensiva
18h45
UD Leiria
vs
SCL Marrazes
15h00
Organização
Ofensiva e
Organização
Defensiva
19h45
EAS Marinha Grande
vs
SCL Marrazes
10h30
04/05 ST 132 05/05 06/05
12/05 13/05 J
Capacidade Motora
(Coordenação e
Agilidade)
Capacidade Técnica;
Organização
Ofensiva
19h45
Organização
Ofensiva
19h45
Velocidade de
Reação; Organização
Ofensiva
19h45
09/05 ST 134 10/05 11/05 ST 135
SCL Marrazes
vs
Caldas SC
10h30
Perí
od
o
Tra
nsi
tóri
o
14/05 15/05 16/05 17/05 18/05 19/05 20/05
26/05 27/0523/05 24/05 25/0521/05 22/05
Anexo 24- Representação do Mesociclo 11, com a respetiva definição de conteúdos.
145
Jogadores
Afonso
Alex
André Augusto
Daniel Reis
Edgar Duarte
Fábio Tojeira
Francisco Janeiro
EX. ÚTIL TOTAL Gustavo
João Pedro
Lucas Paixão
Luís Sobreira
Macrino
Ricardo Santos
Romeu Neca
Teun
Tiago Antunes
Tomás Amado
Tomás Lopez
Tomás Santos
Totti
1´ 1´ 16´
2´ 2´ 38´
1´ 1´ 51´
1´ 1´ 82´
ST: 91 N.º Jog.: 15Material: Sinalizador (1); Bola (20); Mini-Baliza (4); Colete (7+1); Cone
(20); Vara (10); Barreira (10); Água.
Época 2017/2018
Período: Competitivo Mesociclo: Janeiro Microciclo: 27 Data: 23/01/2018
5´Objetivo: Enquadramento com os jogadores para o que se pretende da unidade de
treino.
Hora: 19h45 Volume: 87´
Local: Campo n.º 2 Aldeia do Desporto
INTRODUÇÃO
Exercício: Palestra inicial.
5´ 5´
Objetivo da UT: Capacidade Técnica e Organização Ofensiva.
EXERCÍCIO ESQUEMA TEMPO
Sport Clube Leiria e Marrazes
TRANSIÇÃO
PARTE FUNDAMENTAL
Classificação (Castelo): EEPG - Descontextualizado.
PARTE INICIAL
Exercício I - Aquecimento
10´ 10´ 15´
Classificação (Castelo): EPG.
Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.
Descrição: Corrida contínua à volta do campo, em intensidade média/baixa, com bola
controlada.
Forma: Todos os jogadores. Espaço: 100x64 m.
Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o
surgimento de alguns sinais de esforço (suor).
Exercício II - Ações Técnicas
20´ 18´ 36´
Objetivo: Capacidade Técnica e Potência.
Descrição: Realizar 4 passes a um toque, salto de pés juntos, desviar entre varas e
novo salto com outros 4 passes: passe rasteiro, volley e cabeceamento (3 séries;
45seg cada jogador).
Forma: Grupos de 3. Espaço: 40 x 35m.
Critérios de Êx ito: Sucesso nas ações técnicas, intensidade alta, fluidez de
movimentos, sinais de esforço.
25´ 81´
Objetivo: Organização Ofensiva.
Descrição: 7x7+1 em campo reduzido com duas mini-balizas para cada equipa
colocadas nos corredores laterais, condicionado a 2 toques por jogador.
Forma: 7x7+1 Espaço: 70 x 64 m.
Critérios de Êx ito: Nº de passes elevado, duração da posse de bola elevada…
qualidade de passe e deslocamento, finalização concretizada.
Classificação (Castelo): EEPG - MPB.
HIDRATAÇÃO
HIDRATAÇÃO
Exercício IV - Jogo Reduzido
30´
5´ 5´ 87´Classificação (Castelo): EPG.
Objetivo: Prevenção de lesões e encurtar o período de recuperação até à sessão
seguinte.
Observações: Treinadores:
Bruno Veloso e João Paraíso
Exercício III - Velocidade resistente.
12´
4´
+
4´
50´
Classificação (Castelo): EEPG - Descontextualizado.
Objetivo: Capacidade anaeróbica (velocidade resistente).
Descrição: Posições de acordo com modelo de jogo, em que vão realizar receção-
passe (dois toques) e rapidamente aproximar para intercetar linha de passe do colega,
conforme o esquema.
Forma: Todos os jogadores. Espaço: 70x64 m.
Critérios de Êx ito: Reação à perda da bola (pressing), rapidez de circulação da bola,
perceção do espaço entre setores, velocidade.
HIDRATAÇÃO
PARTE FINAL
Exercício V - Alongamentos / Recuperação
Anexo 25- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27.
146
Jogadores
Afonso
Alex
André Augusto
Daniel Reis
Edgar Duarte
Fábio Tojeira
Francisco Janeiro
EX. ÚTIL TOTAL Gustavo
João Pedro
Lucas Paixão
Luís Sobreira
Macrino
Ricardo Santos
Romeu Neca
Teun
Tiago Antunes
Tomás Amado
Tomás Lopez
Tomás Santos
Totti
Totti
1´ 1´ 11´ Ricardo Santos
Tomás Santos
Lucas Paixão
Reis
André Augusto
Tomás Amado
Teun
Romeu Neca
Macrino
Totti
João Pedro
2´ 2´ 28´ Miguel
Alex
Tiago Antunes
Tomás Lopez
Rodrigo
Totti
Afonso
Edgar Duarte
2´ 2´ 55´
1´ 1´ 84´
Observações: Treinadores:
Bruno Veloso e João Paraíso
PARTE FUNDAMENTAL
Descrição: Jogo em campo reduzido, com limitação a 2 toques por jogador.
Forma: GR+8x8+GR Espaço: 50x64 m.
Critérios de Êx ito: Fase de construção conseguida; circulação de bola; criação de
situações de finalização e finalização com sucesso…
HIDRATAÇÃO
PARTE FINAL
Exercício V - Alongamentos / Recuperação
5´ 5´ 89´Classificação (Castelo): EPG.
Objetivo: Prevenção de lesões e encurtar o período de recuperação até à sessão
seguinte.
83´
Classificação (Castelo): EEP - Competitivos.
Objetivo: Organização Ofensiva.
HIDRATAÇÃO
Exercício IV - Jogo reduzido GR+8x8+GR
28´
12´
+
12´
Critérios de Êx ito: Nº de passes elevado, duração da posse de bola elevada…
qualidade de passe e deslocamento.
20´ 53´
Classificação (Castelo): EEP - Setorial
Objetivo: Organização Ofensiva (I -> II -> III fase de construção)
Descrição: I fase de construção: GR+5x3 até conseguir transitar para o meio-campo
ofensivo através de passe ou condução; II e III fase de construção: 7x4 para finalizar na
baliza, envolvendo os laterais. Condicionado a 2 toques p/ jogador.
Forma: GR+5x3… 7x4+GR Espaço: 50x64 m.
Critérios de Êx ito:Compreensão dos posicionamentos iniciais, concretizar a
transição; criar oportunidades para o golo e finalizar com sucesso.
Exercício III - Jogo condicionado.
25´
Classificação (Castelo): EEPG - MPB
Objetivo: Organização Ofensiva (MPB).
Descrição: Meínho 4x2, com grupos de 2 que o jogador que perde bola, ele e o seu
par vão defender. Numa 2ª vaga, a mesma cor a defender e ao sinal tem de trocar de
quadrado. Só troca quem defende ao fim do tempo definido.
Forma: 4x2 Espaço: 3* (6x6) m.
5´ 5´ 10´
HIDRATAÇÃO
Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.
Descrição: Corrida contínua à volta do campo, em intensidade média/baixa, com bola
controlada.
Forma: Todos os jogadores. Espaço: 100x64 m.
Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o
surgimento de alguns sinais de esforço (suor).
TRANSIÇÃO
Exercício II - MPB
15´
3
x
4´
26´
ST: 92 N.º Jog.: 16 + 2 GR
Material: Sinalizador (1); Bola (20); Colete (8+6); Cone (20); Água.
5´ 5´
Objetivo da UT: Organização Ofensiva (MPB + III Fase de Construção).
EXERCÍCIO ESQUEMA TEMPO
5´Objetivo: Enquadramento com os jogadores para o que se pretende da unidade de
treino.
PARTE INICIAL
Exercício I - Aquecimento
Classificação (Castelo): EPG.
Hora: 19h45 Volume: 89´
Local: Campo n.º 1 Aldeia do Desporto
INTRODUÇÃO
Exercício: Palestra inicial.
Sport Clube Leiria e Marrazes Época 2017/2018
Período: Competitivo Mesociclo: Janeiro Microciclo: 27 Data: 24/01/2018
Anexo 26- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27.
147
Jogadores
Afonso
Alex
André Augusto
Daniel Reis
Edgar Duarte
Fábio Tojeira
Francisco Janeiro
EX. ÚTIL TOTAL João Pedro
Lucas Paixão
Luís Sobreira
Macrino
Ricardo Santos
Romeu Neca
Teun
Tiago Antunes
Tomás Amado
Tomás Lopez
Tomás Santos
Totti
Totti
Ricardo Santos
1´ 1´ 16´ Tiago Antunes
Tomás Lopez
Macrino
Tomás Amado
Totti
Afonso
Edgar Duarte
Totti
João Pedro
Alex
Tomás Santos
1´ 1´ 27´ Reis
André Augusto
Luis Sobreira
Teun
Romeu Neca
1´ 1´ 40´
2´ 2´ 67´
1´ 1´ 83´
5´ 5´
Objetivo da UT: Velocidade de Deslocamento e Organização Ofensiva.
EXERCÍCIO ESQUEMA TEMPO
Objetivo: Enquadramento com os jogadores para o que se pretende da unidade de
treino.
5´
Hora: 19h45 Volume: 88´
Local: Campo n.º 2 Aldeia do Desporto
INTRODUÇÃO
Exercício: Palestra inicial.
Sport Clube Leiria e Marrazes Época 2017/2018
Período: Competitivo Mesociclo: Janeiro Microciclo: 27 Data: 26/01/2018
ST: 93 N.º Jog.: 14 + 2 GR
Material: Bola (15); Sinalizador (1); Cone (10); Colete (7); Água.
PARTE INICIAL
Exercício I - Aquecimento
5´ 5´ 10´
Classificação (Castelo): EPG.
Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.
Descrição: Corrida contínua à volta do campo, em intensidade média/baixa, com bola
controlada.
Forma: Todos os jogadores. Espaço: 100x64 m.
Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o
surgimento de alguns sinais de esforço (suor).
TRANSIÇÂO
Exercício II - Aquecimento
10´ 26´
Classificação (Castelo): EEPG - Descontextualizados.
Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.
10´Descrição: Passe, receção e execução de ações de coordenação (skipping
frontal/lateral e deslocamento em z).
Forma: Todos os jogadores. Espaço: 20x30m.
Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o
surgimento de alguns sinais de esforço (suor).
HIDRATAÇÃO
Exercício III - Velocidade Reação
Classificação (Castelo): EPG.
Objetivo: Potenciar a velocidade aliada à reação ao estímulo.
PARTE FUNDAMENTAL
Descrição: Saída em velocidade para deixar o cone dentro do arco, por ordem
(1,2,3).
Forma: Jogadores de campo. Espaço: 30x35 m.
Critérios de Êx ito: Rapidez de execução e de movimento.
8´ 39´
20´ 65´Descrição: Jogo em campo reduzido, livre de toques e de posicionamento.
Forma: GR+7x7+GR Espaço: 50x64 m.
Critérios de Êx ito: Fase de construção conseguida; circulação de bola; criação de
situações de finalização e finalização com sucesso…
HIDRATAÇÃO
Exercício IV - Jogo reduzido GR+7x7+GR
Classificação (Castelo): EEP - Competitivos.
Objetivo: Organização Ofensiva.
12´
25´
HIDRATAÇÃO
Exercício V - Finalização
15´
6´
+
6´
82´
Classificação (Castelo): EEP - Concretização do Objetivo de Jogo.
Objetivo: Organização Ofensiva (III Fase de Construção -> Finalização).
Descrição: Combinação simples no corredor central para finalizar e reagir
imediatamente para uma segunda bola que é cruzada de um corredor.
Forma: 5x0+GR Espaço: 50x64 m.
Critérios de Êx ito: Timing de aceleração, 1 toque; cruzamento para a zona
pretendida; ataque à bola; Finalização com sucesso.
Observações: Treinadores:
Bruno Veloso e João Paraíso
HIDRATAÇÃO
PARTE FINAL
Exercício VI - Alongamentos / Recuperação
5´ 5´ 88´Classificação (Castelo): EPG.
Objetivo: Prevenção de lesões e encurtar o período de recuperação até à sessão
seguinte.
Anexo 27- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27.