repositorio.ipsantarem.pt · instituto politÉcnico de santarÉm escola superior de desporto de rio...

148
INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO INTERVENÇÃO PROFISSIONAL EM CONTEXTO DE CAMPEONATO NACIONAL DE INICIADOS ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA MANIPULAÇÃO DAS CONDICIONANTES ESTRUTURAIS DOS JOGOS REDUZIDOS NOS ASPETOS TÉCNICO-TÁTICOS DO JOGO João Miguel Moreira Paraíso Relatório de Estágio apresentado com vista à obtenção do grau de Mestre em Desporto, especialização em Treino Desportivo, sob orientação do Professor Mestre/Especialista Eduardo Filipe Magalhães Teixeira da Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Rio Maior, 22 de outubro de 2018

Upload: others

Post on 30-Aug-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR

MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO

INTERVENÇÃO PROFISSIONAL EM CONTEXTO DE

CAMPEONATO NACIONAL DE INICIADOS

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA MANIPULAÇÃO DAS CONDICIONANTES

ESTRUTURAIS DOS JOGOS REDUZIDOS NOS ASPETOS TÉCNICO-TÁTICOS

DO JOGO

João Miguel Moreira Paraíso

Relatório de Estágio apresentado com vista à obtenção

do grau de Mestre em Desporto, especialização em

Treino Desportivo, sob orientação do Professor

Mestre/Especialista Eduardo Filipe Magalhães Teixeira

da Escola Superior de Desporto de Rio Maior.

Rio Maior, 22 de outubro de 2018

Page 2: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

João Miguel Moreira Paraíso

Escola Superior de Desporto de Rio Maior – Instituto Politécnico de Santarém

2017/2018

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará

fazendo o impossível”

São Francisco de Assis

“Algumas pessoas querem que aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem

acontecer”

Michael Jeffrey Jordan

“Quem não tem coragem para arriscar não conquistará nada na vida”

Muhammad Ali-Haj

“A diferença entre o impossível e o possível reside na determinação de um homem”

Thomas Charles Lasorda

Page 3: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

iii

AGRADECIMENTOS

Dedico este espaço para aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para que

conseguisse atingir o meu objetivo. O mérito é meu e vosso, é NOSSO!

Primeiramente, agradecer à Universidade da Beira Interior e ao Departamento de Ciências do

Desporto por me terem proporcionado os melhores três anos que podia ter, numa cidade

maravilhosa e cheio de riqueza.

Aos meus colegas e amigos que fiz durante a minha licenciatura e a quem devo muito do que

conquistei a nível profissional, a partilha de convivências e de conhecimentos que me fez crescer

e tornar a pessoa que sou hoje.

À Escola Superior de Desporto de Rio Maior, por me ter acolhido e proporcionando

experiências que me vão ficar marcadas para a vida.

Aos meus colegas e amigos que fiz durante o mestrado, pela partilha de convivências e de

conhecimentos e que muito contribuíram para este relatório.

Ao professor Eduardo Teixeira que me acolheu como seu orientando e me auxiliou sempre

nas minhas necessidades e dúvidas.

Ao Sport Clube Leiria e Marrazes pela possibilidade de integração no clube que muito me

identifico e pela aposta em pessoas especializadas na área do treino, criando inúmeras

oportunidades para nos desenvolvermos e às nossas ideias.

Aos treinadores Bruno Gomes e Hugo Magalhães pela partilha de conhecimentos constante e

na procura de nos desenvolvermos em conjunto, sempre como uma equipa.

Aos jogadores do escalão de iniciados do Sport Clube Leiria e Marrazes por compreenderem

e respeitarem sempre as minhas ideias, as minhas teimosias e as minhas brincadeiras, o sucesso

deste relatório deve-se ao vosso esforço durante a época desportiva.

À minha mãe por todo o apoio, por me incentivar constantemente e me desafiar a ser melhor!

Ao meu pai que embora ausente das nossas vidas, sei que posso contar sempre com a tua

estrelinha para, nos momentos difíceis, incentivares-me e dar-te motivos de orgulho!

À minha avó que sempre me apoiou e me incentivou a seguir atrás dos meus sonhos!

À Beatriz que mesmo aparecendo a meio da caminhada, surgiu numa altura em que mais

precisava de incentivo para concluir esta fase e me ajudou a definir um próximo objetivo!

À minha família por me apoiarem e incentivarem a ser melhor e seguir os meus sonhos.

A todos vocês, o meu MUITO OBRIGADO!

João Miguel Moreira Paraíso

Page 4: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

iv

ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. iii

ÍNDICE GERAL .......................................................................................................................... iv

ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. viii

ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................... ix

ÍNDICE DE ANEXOS ................................................................................................................. xi

LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................. xiii

RESUMO ................................................................................................................................... xiv

ABSTRACT ................................................................................................................................ xv

PARTE I – ESTÁGIO ................................................................................................................. 16

1. Avaliação do Contexto ........................................................................................................ 16

1.1. Análise da Atividade .................................................................................................... 18

1.2. Análise do Envolvimento ............................................................................................. 19

1.2.1. A região ................................................................................................................. 19

1.2.2. O clube .................................................................................................................. 19

1.2.3. Análise dos Recurso Gerais ................................................................................... 21

1.2.3.1. Recursos físicos, espaciais e temporais .......................................................... 21

1.2.3.2. Recursos materiais .......................................................................................... 22

1.2.3.3. Recursos humanos .......................................................................................... 23

1.2.3.4. Departamento de Guarda-Redes ..................................................................... 25

1.2.3.5. Departamento Médico .................................................................................... 25

1.3. Análise da equipa ......................................................................................................... 26

1.3.1. Equipa Técnica ...................................................................................................... 26

1.3.2. Estrutura de Apoio ................................................................................................ 26

1.3.3. Plantel de Jogadores .............................................................................................. 27

1.3.4. Campeonato Nacional de Iniciados 2017/2018 ..................................................... 27

1.3.5. Recursos Específicos dos Iniciados A ................................................................... 29

1.3.5.1. Recursos físicos, espaciais e temporais .......................................................... 29

1.3.5.2. Recursos materiais .......................................................................................... 29

1.3.5.3. Recursos humanos .......................................................................................... 30

1.3.6. Modelo de Jogo ..................................................................................................... 31

Page 5: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

v

1.3.6.1. Modelo de Jogo Adaptado | SCL Marrazes, Iniciados, Época 2017/2018 ..... 32

1.3.6.1.1. Sistema Principal (1:4:3:3) ...................................................................... 33

1.3.6.1.2. Sistema Alternativo (1:4:4:2) .................................................................. 33

1.3.6.1.3. Princípio geral do jogo ............................................................................ 33

1.3.6.1.4. Organização Ofensiva ............................................................................. 33

1.3.6.1.5. Organização Defensiva ............................................................................ 37

1.3.6.1.6. Transição Ofensiva .................................................................................. 40

1.3.6.1.7. Transição Defensiva ................................................................................ 41

1.3.6.1.8. Esquemas Táticos Ofensivos ................................................................... 42

1.3.6.1.9. Esquemas Táticos Defensivos ................................................................. 47

2. Definição dos Objetivos ...................................................................................................... 51

2.1. Objetivos de intervenção profissional .......................................................................... 51

2.1.1. Planeamento .......................................................................................................... 51

2.1.2. Intervenção ............................................................................................................ 54

2.1.3. Gestão .................................................................................................................... 58

2.1.4. Controlo e avaliação .............................................................................................. 61

2.1.5. Valores, direitos e deveres..................................................................................... 62

2.2. Objetivos a atingir com a população alvo .................................................................... 64

2.2.1. Relacionais ............................................................................................................ 64

2.2.2. Competitivos ......................................................................................................... 67

3. Modelo de Treino ................................................................................................................ 72

3.1. Planeamento ................................................................................................................. 72

3.1.1. Planeamento Anual ............................................................................................... 75

3.1.1.1. Período Preparatório ....................................................................................... 75

3.1.1.2. Período Competitivo ...................................................................................... 77

3.1.1.3. Período Transitório ......................................................................................... 80

3.2. Metodologias de treino ................................................................................................. 82

3.2.1. Métodos de Preparação Geral................................................................................ 83

3.2.2. Métodos Específicos de Preparação ...................................................................... 84

3.2.2.1. Exercícios Específicos de Preparação Geral .................................................. 84

Page 6: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

vi

3.2.2.1.1. Descontextualizado ................................................................................. 84

3.2.2.1.2. Manutenção da Posse de bola .................................................................. 84

3.2.2.1.3. Em Circuito ............................................................................................. 85

3.2.2.1.4. Lúdico-Recreativos ................................................................................. 85

3.2.2.2. Exercícios Específicos de Preparação ............................................................ 86

3.2.2.2.1. Padronizados ........................................................................................... 86

3.2.2.2.2. Setorial .................................................................................................... 86

3.2.2.2.3. Finalização .............................................................................................. 87

3.2.2.2.4. Situações Fixas ........................................................................................ 87

3.2.2.2.5. Metaespecializados .................................................................................. 88

3.2.2.2.6. Competitivos ........................................................................................... 88

3.3. Análise do Processo de Treino ..................................................................................... 89

3.3.1. Distribuição dos Métodos de Treino por Período da Época .................................. 90

3.4. Protocolo do Jogo ......................................................................................................... 93

3.4.1. Concentração e Deslocação ................................................................................... 93

3.4.2. Palestra .................................................................................................................. 93

3.4.3. Aquecimento para o Jogo ...................................................................................... 93

3.4.4. Preparação para o Jogo .......................................................................................... 94

3.4.5. Preleção/Feedback durante a Competição ............................................................. 94

3.4.6. Intervalo do Jogo ................................................................................................... 94

3.4.7. Final do Jogo ......................................................................................................... 94

3.5. Observação e Análise de Jogo ...................................................................................... 95

4. Reflexão Crítica .................................................................................................................. 97

PARTE II – ESTUDO ................................................................................................................. 99

1. Introdução ........................................................................................................................... 99

2. Enquadramento Teórico .................................................................................................... 101

2.1. Estudos de aplicação já realizados ............................................................................. 102

2.2. Síntese ........................................................................................................................ 105

3. Objetivo do Estudo ............................................................................................................ 106

4. Metodologia ...................................................................................................................... 107

4.1. Recolha de Dados ....................................................................................................... 107

4.2. Caracterização da Amostra ......................................................................................... 107

Page 7: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

vii

4.3. Sistema de Parâmetros/Variáveis ............................................................................... 108

4.3.1. Variáveis Independentes ..................................................................................... 109

4.3.2. Variáveis Dependentes ........................................................................................ 110

4.4. Tratamento de Dados e Procedimentos Estatísticos ................................................... 110

4.5. Calendarização ........................................................................................................... 111

5. Discussão de Resultados ................................................................................................... 112

5.1. Dimensão do Campo .................................................................................................. 113

5.2. Relação Numérica ...................................................................................................... 113

5.3. Regras do Jogo ........................................................................................................... 114

6. Conclusão .......................................................................................................................... 115

PARTE III - BALANÇO FINAL .............................................................................................. 116

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 117

ANEXOS................................................................................................................................... 122

Page 8: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

viii

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- Evolução do símbolo do Sport Clube Leiria e Marrazes. ........................................... 20

Figura 2- Inauguração do Parque de Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes. ......................... 20

Figura 3- Palmarés de conquistas do Sport Clube Leiria e Marrazes. ....................................... 21

Figura 4- Representação do Complexo Aldeia do Desporto, Marrazes, Leiria.......................... 22

Figura 5- Organograma do Departamento de Futebol do SCL Marrazes. ................................. 23

Figura 6- Distribuição do espaço físico para a equipa de iniciados A do SCL Marrazes. ......... 29

Figura 7- Organograma da organização dos Iniciados A. .......................................................... 30

Figura 8- Dinâmicas da primeira fase de construção da organização ofensiva. ......................... 35

Figura 9- Dinâmicas de segunda fase de construção da organização ofensiva. ......................... 36

Figura 10- Dinâmicas de terceira fase da organização ofensiva. ............................................... 37

Figura 11- Dinâmica da primeira fase de pressão em organização defensiva. ........................... 38

Figura 12- Dinâmica da segunda fase de pressão em organização defensiva. ........................... 39

Figura 13- Dinâmica da terceira fase de pressão em organização defensiva. ............................ 40

Figura 14- Cantos ofensivos n. º1, 2 e 3 (da esquerda para a direita). ....................................... 43

Figura 15- Livres ofensivo n. º1 e 2 (da esquerda para a direita). .............................................. 44

Figura 16- Lançamentos de linha lateral (da esquerda para a direita). ....................................... 45

Figura 17- Pontapés de baliza n. º1, 2, 3 e 4 (da esquerda para a direita). ................................. 46

Figura 18- Dinâmica da reposição de bola ofensiva. ................................................................. 47

Figura 19- Cantos defensivos (da esquerda para a direita). ....................................................... 48

Figura 20- Livres defensivos n. º1 e 2 (da esquerda para a direita). .......................................... 48

Figura 21- Lançamentos de linha lateral defensivos (da esquerda para a direita). ..................... 49

Figura 22- Pontapés de baliza defensivos (da esquerda para a direita). ..................................... 50

Figura 23- Reposição de bola defensiva. ................................................................................... 50

Figura 24- Tipos de planificação, adaptado de Castelo (1996). ................................................. 73

Figura 25- Níveis e Etapas de Planeamento, adaptado de Costa e Santos (2011). .................... 74

Figura 26- Relação entre volume de treino e métodos de treino. ............................................... 89

Figura 27- Relação dos métodos de treino nos diferentes períodos da época. ........................... 90

Figura 28- Relação dos métodos de treino no período preparatório. ......................................... 91

Figura 29- Relação dos métodos de treino no período competitivo. .......................................... 91

Figura 30- Relação dos métodos de treino no período transitório. ............................................ 92

Figura 31- Processo de análise de desempenho, adaptado de Carling et al. (2006). .................. 96

Page 9: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

ix

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Material de apoio direto disponível para o treino e competição. ............................... 22

Tabela 2- Tarefas e responsabilidades de cada elemento da equipa técnica de Sub-15. ............ 26

Tabela 3- Constituição do plantel de jogadores da equipa de Iniciados A do SCL Marrazes, época

2017/2018. ........................................................................................................................... 27

Tabela 4- Quantificação do material de uso exclusivo dos Iniciados A. .................................... 29

Tabela 5- Esquematização dos sistemas de jogo e as dinâmicas que pertencem ao modelo de jogo.

............................................................................................................................................. 32

Tabela 6- Objetivos de planeamento: dimensão 1. ..................................................................... 51

Tabela 7- Objetivos de planeamento: dimensão 2. ..................................................................... 52

Tabela 8- Objetivos de planeamento: dimensão 3. ..................................................................... 53

Tabela 9- Objetivos da intervenção: dimensão 1. ...................................................................... 54

Tabela 10- Objetivos de intervenção: dimensão 2. .................................................................... 55

Tabela 11- Objetivos de intervenção: dimensão 3. .................................................................... 56

Tabela 12- Objetivos de intervenção: dimensão 4. .................................................................... 58

Tabela 13- Objetivos de gestão: dimensão 1. ............................................................................. 59

Tabela 14- Objetivos de gestão: dimensão 2. ............................................................................. 60

Tabela 15- Objetivo de gestão: dimensão 3. .............................................................................. 61

Tabela 16- Objetivos de controlo e avaliação: dimensão 1. ....................................................... 61

Tabela 17- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 1. .............................................. 62

Tabela 18- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 2. .............................................. 63

Tabela 19- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 3. .............................................. 63

Tabela 20- Objetivos relacionais: dimensão 1............................................................................ 64

Tabela 21- Objetivos relacionais: dimensão 2............................................................................ 65

Tabela 22- Objetivos relacionais: dimensão 3............................................................................ 65

Tabela 23- Objetivos relacionais: dimensão 4............................................................................ 66

Tabela 24- Objetivos relacionais: dimensão 5............................................................................ 66

Tabela 25- Objetivos relacionais: dimensão 6............................................................................ 67

Tabela 26- Objetivos competitivos: dimensão 1. ....................................................................... 67

Tabela 27- Objetivos competitivos: dimensão 2. ....................................................................... 67

Tabela 28- Objetivos competitivos: dimensão 3. ....................................................................... 68

Tabela 29- Objetivos competitivos: dimensão 4. ....................................................................... 68

Tabela 30- Calendarização do Período Preparatório da época 2017/2018. ................................ 76

Tabela 31- Resultados dos jogos realizados para a 1ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados

2017/2018. ........................................................................................................................... 77

Tabela 32- Classificação Final da 1ª Fase do Campeonato Nacional – Série D. ....................... 78

Page 10: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

x

Tabela 33- Classificação Inicial da 2ª Fase – Manutenção/Descida, Série D do Campeonato

Nacional de Iniciados. ......................................................................................................... 78

Tabela 34- Resultados dos jogos realizados para a 2ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados

2017/2018. ........................................................................................................................... 79

Tabela 35- Classificação Final da 2ª Fase - Manutenção/Descida, Série D do Campeonato

Nacional 2017/2018. ........................................................................................................... 80

Tabela 36- Representação de um microciclo-tipo para o período competitivo. ......................... 80

Tabela 37- Métodos de treino segundo a nomenclatura de Castelo (2003). ............................... 83

Tabela 38- Exercício representativo dos Métodos de Preparação Geral. ................................... 83

Tabela 39- Exercício representativo de EEPG – Descontextualizado. ....................................... 84

Tabela 40- Exercício representativo de EEPG - Manutenção da Posse de Bola. ....................... 85

Tabela 41- Exercício representativo de EEPG - Em Circuito. ................................................... 85

Tabela 42- Exercício representativo de EEPG - Lúdico-Recreativo. ......................................... 86

Tabela 43- Exercício representativo de EEP- Padronizado. ....................................................... 86

Tabela 44- Exercício representativo de EEP- Setorial. .............................................................. 87

Tabela 45- Exercício representativo de EEP- Finalização. ........................................................ 87

Tabela 46- Exercício representativo de EEP- Situações Fixas. .................................................. 88

Tabela 47- Exercício representativo de EEP- Metaespecializado. ............................................. 88

Tabela 48- Exercício representativo de EEP- Competitivos. ..................................................... 88

Tabela 49- Estudos empíricos que manipulam as condicionantes do jogo. ............................. 103

Tabela 50- Estudos empíricos que manipulam as dimensões do campo. ................................. 104

Tabela 51- Estudos empíricos que manipulam a relação numérica.......................................... 105

Tabela 52- Identificação do tipo de variáveis e os respetivos parâmetros. .............................. 108

Tabela 53- Identificação das variáveis independentes e os indicadores correspondentes. ....... 108

Tabela 54- Identificação das variáveis dependentes e os indicadores correspondentes. .......... 109

Tabela 55- Calendarização das tarefas do estudo. .................................................................... 111

Tabela 56- Análise dos dados recolhidos ................................................................................. 112

Page 11: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

xi

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo 1- Relação entre o volume total de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados

durante a época. ................................................................................................................. 123

Anexo 2- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados

durante o Período Preparatório. ......................................................................................... 123

Anexo 3- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados

durante o Período Competitivo. ........................................................................................ 124

Anexo 4- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados

durante o período Transitório. ........................................................................................... 124

Anexo 5- Ficha de jogo para análise da competição. ................................................................ 125

Anexo 6- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (NS Rio Maior vs SCL

Marrazes). .......................................................................................................................... 126

Anexo 7- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (SL Cartaxo vs SCL

Marrazes). .......................................................................................................................... 127

Anexo 8- Mapa de presenças às sessões de treino. ................................................................... 128

Anexo 9- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 1ª fase do Campeonato Nacional de

Juniores C - Série D. ......................................................................................................... 129

Anexo 10- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 2ª fase do Campeonato Nacional de

Juniores C - Série D. ......................................................................................................... 130

Anexo 11- Análise estatística e tempos de jogo ao longo do Torneio Extraordinário, organizado

pela Associação de Futebol de Leiria. ............................................................................... 131

Anexo 12- Total de análise estatística e tempos de jogo, relativos à época desportiva 2017/2018.

........................................................................................................................................... 132

Anexo 13- Macrociclo da Época Desportiva 2017/2018. ......................................................... 133

Anexo 14- Representação do Mesociclo 1, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 134

Anexo 15- Representação do Mesociclo 2, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 135

Anexo 16- Representação do Mesociclo 3, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 136

Anexo 17- Representação do Mesociclo 4, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 137

Anexo 18- Representação do Mesociclo 5, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 138

Anexo 19- Representação do Mesociclo 6, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 139

Anexo 20- Representação do Mesociclo 7, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 140

Anexo 21- Representação do Mesociclo 8, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 141

Anexo 22- Representação do Mesociclo 9, com a respetiva definição de conteúdos. .............. 142

Anexo 23- Representação do Mesociclo 10, com a respetiva definição de conteúdos. ............ 143

Anexo 24- Representação do Mesociclo 11, com a respetiva definição de conteúdos. ............ 144

Anexo 25- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27. ........ 145

Page 12: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

xii

Anexo 26- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27. ........ 146

Anexo 27- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27. ........ 147

Page 13: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

xiii

LISTA DE ABREVIATURAS

SCLM - Sport Clube Leiria e Marrazes

JDC - Jogos Desportivos Coletivos

UEFA - União de Associações Europeias de Futebol

CPP - Campeonato de Portugal Prio

GRAP - Grupo Recreativo de Amigos da Paz

AFL - Associação de Futebol de Leiria

FPF - Federação Portuguesa de Futebol

GR - Guarda-Redes

DE - Defesa Esquerdo

DD - Defesa Direito

DC - Defesa Centro

MDE - Médio Defensivo Esquerdo

MDD - Médio Defensivo Direito

MOC - Médio Ofensivo Centro

EE - Extremo Esquerdo

ED - Extremo Direito

AV - Avançado

MDC - Médio Defensivo Centro

MCE - Médio Interior Esquerdo

MCD - Médio Interior Direito

MJA - Modelo de Jogo Adaptado

MJO - Método de Jogo Ofensivo

MJD - Método de Jogo Defensivo

ST - Sessão de Treino

MPG - Métodos de Preparação Geral

MEP - Métodos Específicos de Preparação

EPG - Exercícios de Preparação Geral

EEPG - Exercícios Específicos de Preparação Geral

EEP - Exercícios Específicos de Preparação

MPB - Manutenção da Posse de Bola

Page 14: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

xiv

RESUMO

O presente trabalho visa a elaboração de um relatório de estágio com vista a obtenção do grau

de Mestre em Desporto, com especialização em Treino Desportivo.

Este relatório aborda uma intervenção técnico-profissional no Sport Clube Leiria e Marrazes,

durante a época desportiva 2017/2018, onde foi desempenhada a função de treinador adjunto na

equipa de Juniores C (Sub-15, Campeonato Nacional).

O relatório encontra-se dividido em duas partes. A primeira parte é dedicada à intervenção no

estágio e a segunda está orientada para o desenvolvimento de um estudo relacionado com a

manipulação das condicionantes estruturais em jogos reduzidos.

Na primeira parte procurámos avaliar o contexto através da análise da atividade, do

envolvimento, dos recursos e a equipa de intervenção. Abordámos os objetivos e estratégias de

intervenção adotadas no contexto do estágio, nomeadamente ao nível do planeamento,

periodização, operacionalização e caracterização do processo de treino, bem como o protocolo de

jogo e a observação da competição. Por conseguinte, esta parte foca-se na concretização de uma

rigorosa e profunda análise ao processo de treino da equipa, discriminando os métodos de treino

utilizados numa relação de proximidade constante com o modelo de jogo adotado pela equipa,

bem como a periodização para a época desportiva em causa.

O estudo teve como objetivo analisar a influência técnico-tática na manipulação de

condicionantes estruturais em jogos reduzidos. A amostra foi constituída por 12 jogos, onde

intervieram 8 jogadores pertencentes à equipa de intervenção, iniciados sub-15 do Sport Clube

Leiria e Marrazes. A metodologia utilizada teve por base a Metodologia Observacional sustentada

num sistema de observação constituído por indicadores de performance.

Os resultados indicam que as dimensões do campo, a relação numérica e as regras do jogo

aplicadas influenciam as ações e o comportamento dos jogadores. No entanto, mais estudos

devem ser realizados abordando, essencialmente, a temática das condicionantes informacionais.

Palavras-chave: Futebol, Métodos de Treino, Modelo de Jogo, Tomada de Decisão, Jogos

Reduzidos.

Page 15: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

xv

ABSTRACT

The present work aims at the elaboration an traineeship report in order to obtain the Master’s

degree in Sports, with Sports Training specialization.

In this report we approached an professional intervention in Sport Club Leiria e Marrazes,

during the 2017/2018 season, where I worked as an assistant coach in under-15 team (National

Championship).

It is divided in two segments. The first dedicated to the traineeship’s intervention and the

second one focusing on the evolution of a study on the decision-making process in small sided

games.

In the first part we evaluated the context through the activity analysis, the involvement,

resources and the intervention team. We addressed our goals and intervention strategies adopted

in the context of the traineeship, namely in the planning, periodization, operationalization and

characterization of the training process, as well as the game protocol and observation. Therefore,

this part focuses on the accomplishment of a strict and deep analysis to the team's training process,

discerning the training methods used on a constant proximity relation with the game model

adopted by the team, as well as the periodization for the sport season.

The study aims to analyse the influence technical-tactical of structural conditioning

manipulation in small sided games. The sample consisted of 12 games, involving 8 players from

the intervention team – Sport Clube Leiria e Marrazes (Under 15) – and the methodology used

was based on Observational Methodology backed on an observation system made up of

performance indicators.

The results suggest that the field dimensions, the numerical relation and the games rules

applied do influence the players behaviour. However, more studies should be carried out,

essentially addressing the thematic of informational conditioning factors.

Keywords: Football, Training Methods, Game Model, Decision-Making, Small Sided Games.

Page 16: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

16

PARTE I – ESTÁGIO

A realização deste relatório surge no âmbito da disciplina de Estágio, inserida no Mestrado em

Desporto, com especialização em Treino Desportivo, concretamente na modalidade de Futebol,

lecionado na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.

Face à proposta ambiciosa em integrar a equipa técnica de uma equipa recém-promovida aos

campeonatos nacionais da categoria de Iniciados e estando consciente do risco e dificuldades

inerentes à tarefa, pareceu a oportunidade certa no sentido de possibilitar uma aprendizagem num

nível competitivo superior e melhorar o grau de capacidades e competências de treinador ao lado

de um treinador com elevado grau de reputação e respeito pelos seus pares no distrito de Leiria.

Neste sentido, este capítulo abordará a avaliação do contexto inserido, refletindo sobre a

atividade e o envolvimento presente. Posteriormente, mencionar-se-ão os objetivos nos variados

prismas, bem como os conteúdos e estratégias de intervenção no contexto. Para finalizar, o último

tópico incidir-se-á no processo de avaliação e controlo de forma a avaliar-se se os objetivos

propostos foram ou não concretizados.

1. Avaliação do Contexto

O ensino dos Jogos Desportivos Coletivos (JDC), em particular do futebol, têm vindo a evoluir

progressivamente em função do conhecimento da sua natureza complexa como reflexo da análise

das características particulares do jogo, das suas tendências evolutivas e das repercussões ao nível

metodológico, conduzindo para uma evolução qualitativa das suas modalidades (Garganta &

Pinto, 1996; Garganta, 2001; Lopes, 2007; Silva, 2008).

Esta evolução acontece pelo reconhecimento de que o jogo decorre a partir de acontecimentos

imprevisíveis inerentes de relações complexas de oposição e cooperação, com vista na

concretização de objetivos individuais e coletivos, bem como do conhecimento que os mesmos

intervenientes têm do jogo, de si próprios e do adversário (Garganta & Oliveira, 1996).

Neste sentido, o ensino dos JDC deverá centrar-se no apelo à inteligência, à cognição, à

perceção e à tomada de decisão junto dos seus jogadores perante o contexto tático-estratégico,

conferindo aos jogadores a capacidade de adaptação e superação de acordo com as suas próprias

exigências e as impostas pelo jogo (Garganta & Pinto, 1994; Garganta & Oliveira, 1996;

Garganta, 1997; Araújo, 2005).

Para Garganta (1997), o futebol é um JDC que ocorre num contexto de elevada variabilidade,

imprevisibilidade e aleatoriedade, estando duas equipas em confronto, com objetivos comuns,

lutam para levar vantagem o tempo e o espaço, realizando, em cada momento, ações reversíveis

(ataque-defesa) alicerçadas em relações oposição-cooperação. Porém, com o desenvolvimento

verificado ao mais alto nível, embora persista a variabilidade e aleatoriedade, a imprevisibilidade

é cada vez mais previsível, isto é, as equipas estudam-se mutuamente de forma tão exaustiva,

Page 17: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

17

pormenorizada e ao mínimo detalhe que cada vez menos se verifica, em contextos similares, uma

equipa superiorizar-se à outra, ou seja, desequilibrando a relação oposição-cooperação, embora

concordemos que é nesta relação que se deve continuar a exercitar de forma a poder ser melhor

que o adversário.

O futebol pode, também, ser caracterizado pela interação dos seus regulamentos e das

possibilidades de ação permitidas e exploradas pelos jogadores com diferentes proporcionalidades

com caráter estratégico, tático, técnico e físico (Castelo & Matos, 2008), onde a dimensão tática

assume-se como a coordenadora e modeladora de todo o processo de treino (Carvalhal, Lage &

Oliveira, 2014). Não obstante, esta dimensão unificadora deve estar intrinsecamente relacionada

a uma determinada forma de jogar que lhe confira identidade e orientação, e deverá ser

materializada a partir da concetualização de um modelo de jogo para a equipa (Amieiro, Barreto,

Oliveira & Resende, 2006; Garganta, 2006), refletindo-se no processo de ensino e de treino que

se pretende construir (Garganta, 1996).

Depois de concluir a licenciatura e após uma breve passagem pela modalidade de futsal de

competição, nomeadamente pelo GD Mata/AAUBI, o sonho em estar ligado diretamente à

modalidade de futebol levou a que, no ano de 2016, integrasse a estrutura de um clube de futebol

como treinador principal de futebol 5 e treinador-adjunto de futebol 11 no Atlético Clube

Marinhense. Após essa experiência, surgiu a oportunidade de integrar o presente projeto.

Tendo em vista a progressão na carreira de treinador e face ao convite para integrar uma equipa

técnica em contexto de campeonato nacional, a opção de relatório de estágio pareceu a escolha

acertada de forma a poder conciliar a experiência académica com a experiência profissional e,

ainda, obter a qualificação para o grau II – UEFA B de treinador.

Page 18: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

18

1.1. Análise da Atividade

A análise da atividade existe para que se tenha uma visão totalmente abrangente do

envolvimento que se venha (ou não) a integrar, de forma a conhecer cargos, tarefas e missões que

permitam a execução dos objetivos e estratégias de intervenção no âmbito do estágio curricular.

O ciclo de intervenção realizou-se no Sport Clube Leiria e Marrazes (SCLM), no departamento

de futebol juvenil, mais concretamente na equipa de Juniores C (escalão sub-15 anos), integrado

na prática de estágio curricular, no âmbito do 2º ano de Mestrado em Desporto, especialização

em Treino Desportivo, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior - Instituto Politécnico de

Santarém.

A função assumida na estrutura de futebol do clube foi a de treinador-adjunto, desenvolvendo

atividades ao nível do processo de treino, nomeadamente o planeamento e organização de

mesociclos, microciclos e sessões de treinos, bem como a intervenção e a devida reflexão e

introspeção ao final de cada sessão de treino, ao nível do processo competitivo, nomeadamente

na definição de objetivos e estratégias em função de um modelo de jogo e, por fim, com a

participação ativa nas tomadas de decisão envolventes o grupo de trabalho.

Page 19: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

19

1.2. Análise do Envolvimento

A análise do envolvimento resulta da caracterização da organização e do contexto onde é

realizado o estágio. Neste sentido, esta análise abordará dois panoramas: a região e o clube.

1.2.1. A região

Marrazes é uma localidade junto ao centro de Leiria (capital de distrito) com cerca de 25 000

habitantes e ocupando uma área de 32,80 km1. A localidade é reconhecida pela sua gastronomia

(Festival das Sopas), Museu Escolar, espaços verdes (Mata dos Marrazes) e desporto (Futebol,

Hóquei em Patins e BTT)2

A região centro tem uma grande tradição no que diz respeito à atividade física, com bastante

oferta indoor e outdoor, seja pela prática de forma recreativa ou pela competição.

Abordando apenas a modalidade de futebol, a competitividade na oferta é significativa. Só nas

proximidades da cidade de Leiria destacam-se o Sport Clube Leiria e Marrazes, a União

Desportiva de Leiria, o GRAP, o Atlético Clube Marinhense e a EAS Marinha Grande. Os clubes

com maior expressão na região são a União Desportiva de Leiria, que passou muitos anos na

Primeira Liga de Portugal, participando até em competições da UEFA, como a Taça UEFA e a

Taça Intertoto e, o Atlético Clube Marinhense, clube este que atualmente participa no

Campeonato de Portugal Prio (CPP) e que tem praticamente todas as equipas de futebol juvenil a

participar em competições nacionais. Por outro lado, a EAS Marinha Grande é uma coletividade

virada para o futebol formação (sem equipa sénior), onde anteriormente tinha uma ligação com o

Sporting Clube de Portugal e que, por si só, assim ganhou bastante notoriedade na região. Por

outro prisma, clubes como o Sport Clube Leiria e Marrazes e GRAP são clubes com extrema

expressão ao nível distrital e que, de forma progressiva, vão conquistando o seu lugar no grupo

dos chamados “grandes” da região.

1.2.2. O clube

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZES

“A Força de quem veste de Negro”

O Sport Clube Leiria e Marrazes foi fundado no ano de 1936, embora “(…) há registos nos

jornais da época de jogos efetuados nos Marrazes nos já longínquos anos 20 pelo Marrazes

Sporting Clube”2. Pois bem, “em 1936 surge o Marrazes Sport Club, fruto da junção de alguns

1 Retirado do site da Câmara Municipal de Leiria (http:/www.cm-leiria.pt/) 2 Retirado do site do Sport Clube Leiria e Marrazes (http:/www.sclmarrazes.pt/)

Page 20: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

20

grupos existentes na altura, nomeadamente a Associação Desportiva “A Floresta”, “Os

Quartafeiristas” e, ainda, um clube que se dedicava ao futebol juvenil, o Vitória Futebol Clube”2.

Em 1944, o clube inscreve-se pela primeira vez na Associação Futebol de Leiria (AFL), no

entanto já participava em jogos e torneios amigáveis. Foi, ainda, com a designação de Marrazes

Sport Club que o clube ascendeu pela primeira vez à III Divisão Nacional, decorrida a época

1951/1952, terminando em 5º lugar da série.

Através de uma Assembleia Geral Extraordinária, no dia 26 de abril de 1952, “os sócios

deliberaram promover a filiação do clube no Futebol Clube do Porto e alterar a designação para

Futebol Clube de Marrazes”2. Posteriormente, em nova Assembleia Geral, no dia 29 de janeiro de

1964, foi decidido alterar a denominação do clube para Sport Clube Leiria e Marrazes, designação

que permanece nos dias de hoje.

Foi no ano de 1977 um dos dias mais marcantes para sócios, adeptos e simpatizantes deste

clube, onde celebraram a subida à II Divisão Nacional no jogo decisivo frente ao Sporting Clube

Campomaiorense, vencendo por 3-0.

O dia 8 de dezembro de 1969 fica marcado como a Inauguração do Parque de Jogos, este

“sonho antigo dos associados e fruto da mobilização geral de toda a população da freguesia, com

a construção do campo de futebol simbolizando o empenho, dedicação e amor clubístico de todos

aqueles que se envolveram no projeto”2. Para o jogo de inauguração do campo de futebol, foi

convidada a recém-formada equipa da União Desportiva de Leiria, onde se testemunha que

tenham presenciado cerca de 7.000 pessoas.

Figura 1- Evolução do símbolo do Sport Clube Leiria e Marrazes.

Figura 2- Inauguração do Parque de Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes.

Page 21: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

21

Sendo, por natureza, um clube de excelência na formação de jovens futebolistas e cidadãos

(Homens), o clube tem como expressão máxima Rui Patrício, guarda-redes que representa o

Sporting Clube de Portugal e a Seleção Nacional de Portugal (Campeão Europeu de Futebol).

O clube, no entanto, não se dedica exclusivamente ao futebol. O SCLM “afirma-se hoje como

uma entidade prestadora de serviços à comunidade e dinamizadora de várias atividades

desportivas, recreativas e de apoio social”2. Para além do futebol, dinamiza várias outras

atividades como o BTT, Hóquei em Patins, entre outras.

1.2.3. Análise dos Recurso Gerais

Os recursos gerais podem ser vistos de diversos prismas: recursos físicos, espaciais e

temporais, recursos materiais e recursos humanos.

1.2.3.1. Recursos físicos, espaciais e temporais

Estes primeiros recursos referem-se aos meios físicos, espaciais e temporais de treino e de

competição. Desta forma, o Sport Clube Leiria e Marrazes tem dois espaços de treino: o Campo

nº1 e nº2 da Aldeia do Desporto, sendo que apenas o primeiro corresponde ao espaço utilizado

para a competição das diversas equipas do clube.

O campo nº1 da Aldeia do Desporto é composto por relvado artificial, com as dimensões de

100x64 metros e com uma capacidade de 200 lugares sentados. Por sua vez, o campo nº2 é

composto por relvado artificial com as dimensões de 100x64 metros e contribui para a distribuição

uniforme do espaço de treino para as equipas do clube. O complexo desportivo Aldeia do

Desporto, para além dos dois campos, é ainda constituído por cinco balneários, quatro WC, uma

Figura 3- Palmarés de conquistas do Sport Clube Leiria e Marrazes.

Page 22: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

22

sala de treinadores, um posto médico, um salão polivalente, um bar, uma sala de arrumações de

material de treino, bancadas e um escritório.

1.2.3.2. Recursos materiais

Os recursos materiais referem-se aos meios diretos (como por exemplo, as bolas, sinalizadores,

cones, balizas, etc.) que são utilizados para o treino ou para a competição.

O material de cariz direto foi comum a todas as equipas do clube, beneficiando de uma

requisição prévia para utilização em treino/competição. Desta forma, é apresentada na tabela 1 o

material existente.

Tabela 1- Material de apoio direto disponível para o treino e competição.

MATERIAL QUANTIDADE

Arco 15 unidades

Baliza de Futebol 11 6 unidades

Baliza de Futebol 5 4 unidades

Baliza de Futebol 7 4 unidades

Banco de Abdominais 1 unidade

Barreira Alta 15 unidades

Barreira Baixa 15 unidades

Bicicleta 1 unidade

Bola Tamanho 5 Nike Strike Laranja 80 unidades

Bola Tamanho 5 Adidas Euro 2016 Top Glider B/A 40 unidades

Bola Tamanho 4 Adidas Euro 2016 Top Glider B/V 50 unidades

Bola Tamanho 3 Joma Dali 30 unidades

Bola de Pilates 6 unidades

Colete 8 conjuntos

Cone Grande 30 unidades

Cone Médio 30 unidades

Cone Pequeno 30 unidades

Figura 4- Representação do Complexo Aldeia do Desporto, Marrazes, Leiria.

Page 23: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

23

Elástico 5 unidades

Elíptica 2 unidades

Escada de Coordenação 5 unidades

Garrafas de água (conjunto de 10) 8 unidades

Hexágono 10 unidades

Mini-baliza 8 unidades

Sinalizador 5 conjuntos

Step 1 unidades

Trampolim 1 unidade

Vara 10 unidades

Vara com base 20 unidades

1.2.3.3. Recursos humanos

Desta forma, a organização do departamento de futebol do Sport Clube Leiria e Marrazes

encontra-se estruturado da seguinte forma:

Em função do papel ocupado dentro da organização do SCL Marrazes, cada individualidade

apresenta diversas funções, missões e tarefas. Tendo em conta a estrutura definida, destacam-se:

1. Presidente: É o responsável máximo do clube. É responsável por fixar, executar e

fiscalizar os objetivos gerais e específicos das equipas, junto dos coordenadores dos

Presidente

Futebol Sénior

Equipa Sénior

Futebol Juvenil

Juniores Sub-19

Juvenis Sub-17

Juvenis Sub-16

Iniciados Sub-15

Iniciados Sub-14

Inciados Sub-13

Futebol Formação

Sub-13

Sub-12

Benjamins

Traquinas

Petizes

Guarda-Redes

Treinadores de Guarda-Redes

Departamento Médico

Fisioterapeutas e Massagistas

Figura 5- Organograma do Departamento de Futebol do SCL Marrazes.

Page 24: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

24

respetivos departamentos e por zelar pelo cumprimento dos planos e princípios

básicos do SCL Marrazes, definidos nos regulamentos do clube;

2. Coordenadores Futebol Sénior, Futebol Juvenil, Futebol Formação, Guarda-Redes e

Departamento Médico: Estabelecem a ligação entre a direção do clube e os corpos

técnicos e seccionistas das equipas. São responsáveis pela organização física e

temporal das unidades de treino, auxiliam na definição das equipas, no planeamento

da equipa e definição de modelo de treino e jogo, bem como na definição de estratégias

para fazer face aos problemas ao nível do clima, disciplina e coesão de grupo. Sempre

que possível, devem acompanhar as equipas, quer em treino quer em jogo, avaliando

a aplicação dos aspetos referenciados nos regulamentos do clube. Procuram promover

o bom relacionamento entre o corpo técnico, seccionistas e direção. Quando acham

pertinente, realizam reuniões mensais com o corpo técnico e seccionistas.

3. Equipas: São constituídas pelo corpo técnico (treinador principal, treinador adjunto),

seccionistas e atletas. O treinador principal é o responsável da equipa assumida. Tem

como responsabilidades a criação do modelo de jogo, elaboração dos mesociclos,

microciclos, unidades de treino, convocatórias, calendarização de jogos de

preparação, controlo e monitorização dos exercícios de treino, manutenção do material

de treino, coordenação do corpo técnico e jogadores e orientação da equipa nos

momentos de competição, em conjunto com os restantes elementos que constituem o

corpo técnico. O treinador adjunto auxilia na criação do modelo de jogo, no

planeamento dos mesociclos, microciclos e unidades de treino, participa no processo

de decisão do treinador, ao nível da convocatória e ao nível da preparação da

competição, no controlo e monitorização dos exercícios de treino, na manutenção do

material de treino, no controlo e monitorização dos aquecimentos de jogo e é

responsável pela análise e observação da equipa adversária (relatório de jogo). Os

seccionistas são responsáveis pelo auxílio administrativo e logístico à direção,

coordenador e corpo técnico, por zelar pela aplicação dos regulamentos do clube e das

provas em que o clube participa, por assistir aos treinos de forma a dar respostas às

solicitações do corpo técnico, médico e de apoio aos atletas, por procurar que os

equipamentos e material estejam em boas condições para utilização, por preencher as

fichas de jogo e por promover boas relações com a Associação de Futebol de Leiria,

com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), equipas adversárias e equipas de

arbitragem;

4. Guarda-Redes: É o departamento responsável pelo modelo de treino específico dos

guarda-redes, desde o escalão de sub-12 até ao escalão de juniores. É constituído por

quatro treinadores e são responsáveis pelo planeamento dos mesociclos, microciclos,

unidades de treino, controlo e monitorização dos exercícios de treino, manutenção do

Page 25: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

25

material de treino e intervêm no processo de decisão com o corpo técnico das equipas,

com base na avaliação das suas competências e necessidades;

5. Departamento Médico: É o responsável pela prevenção, controlo e tratamento de

necessidades fisiológicas dos atletas, sempre cooperando com o corpo técnico das

equipas. É constituído por cinco fisioterapeutas e um personal trainer.

Face ao projeto que envolve o clube desde sempre, com a estreita ligação entre a formação de

jogadores e a equipa sénior do clube, onde o plantel atual é composto por cerca de 65% de

jogadores que tiveram passagens pelo clube na sua formação como atletas, a organização leva a

uma filosofia semelhante implementada entre os vários departamentos, levando os jogadores a

assimilar desde cedo conceitos que identificam o clube, como “Entrega, Esforço e Garra” e,

sempre, caracterizado com jogadores com intensidade e níveis de competências técnico-táticas

acima da média ao nível do distrito de Leiria.

1.2.3.4. Departamento de Guarda-Redes

O departamento de Guarda-Redes foi uma das grandes apostas para a época 2017/2018, com

a maior individualização do trabalho nesta área. Coordenado pelo professor Bruno Clemente, os

atletas que se enquadram nesta posição, desde o escalão de Benjamins, têm treinos semanais na

íntegra especializados na sua tarefa de guarda-redes. Os atletas pertencentes às equipas

enquadradas no futebol juvenil realizaram 1,5 treinos semanais de tarefa específica com os

treinadores Bruno Clemente, Leandro Santos, Márcia Santos, Nuno Ruano e Paulo Freitas.

1.2.3.5. Departamento Médico

Este departamento abrange todos os atletas do clube, desde o escalão de petizes ao escalão

sénior. O seu horário de funcionamento foi de 2ª à 6ª feira das 18h30 às 22h30 e, em dia de

competição (sábados e domingos), os jogos das equipas sénior, juniores, juvenis A e B e iniciados

A, B e C tiveram assegurada a presença de um elemento deste departamento, nos jogos em casa

e nos jogos fora. Já as equipas enquadradas no departamento de futebol de formação tiveram

assegurada a presença de um elemento deste departamento nos jogos que se realizaram nos

campos da Aldeia do Desporto.

O departamento foi constituído por um personal trainer e cinco fisioterapeutas. O

departamento responsabilizou-se pelo tratamento de lesões, pela sua reabilitação e garantia em

que o jogador integrava a equipa de trabalho com as capacidades físicas ideais para a prática

normal da atividade física exigida, reduzindo o tempo de reintegração no grupo de trabalho.

Page 26: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

26

1.3. Análise da equipa

Perspetivando a análise de uma equipa de intervenção, passa-se a caracterizar os elementos

que compuseram a equipa técnica, a estrutura de apoio, o plantel de jogadores e o modelo de jogo.

1.3.1. Equipa Técnica

A equipa técnica da equipa de Juniores C (Iniciados A) do SCLM foi, fundamentalmente,

constituída por três elementos: Bruno Gomes (Treinador Principal), João Paraíso (Treinador-

Adjunto) e Hugo Magalhães (Treinador-Adjunto). Qualquer um dos três elementos que

constituíram esta equipa técnica conhece o clube de forma profunda, pelo facto dos três serem ex-

jogadores da formação do clube. Bruno Gomes conta com vários anos à frente de equipas do

clube, desde o futebol de formação ao futebol juvenil, e acumulou o cargo de coordenador do

futebol juvenil. Por sua vez, João Paraíso, formado em Ciências do Desporto, foi treinador-

adjunto da equipa de Iniciados e treinador principal da equipa de Traquinas do Atlético Clube

Marinhense na época 2016/2017. E, por fim, Hugo Magalhães, formado em Desporto e Bem-

Estar, foi treinador-adjunto da equipa de Juniores e treinador principal da equipa de Traquinas do

SCLM na época transata.

As tarefas e responsabilidades de cada um foram distribuídas da seguinte forma:

1.3.2. Estrutura de Apoio

A estrutura de apoio refere-se aos elementos que vieram sustentar o trabalho da equipa técnica

em função dos jogadores e equipa.

Ao nível da equipa de Juniores C, esta foi constituída por três seccionistas Paulo Paixão, Stid

Amado e Mónica Rodrigues. Estes foram responsáveis pelos processos de logística (jogos em

casa e fora), inscrição de jogadores na competição, equipamento de jogo e preenchimento da ficha

de jogo.

Quanto à inclusão dos elementos do departamento médico, pelo fato de ser um departamento

que engloba vários profissionais e não estar designado um específico para cada equipa, os

elementos que o englobaram estão todos mencionados no seu enquadramento.

Mesociclo Microciclo Conteúdos Exercícios Exercício Feedback Preleção Jogo Aquecimento Jogo Microciclo Competição

Bruno Gomes -

João Paraíso - -

Hugo Magalhães - - - - -

PlaneamentoTreinadores

Operacionalização Reflexão

Tabela 2- Tarefas e responsabilidades de cada elemento da equipa técnica de Sub-15.

Page 27: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

27

1.3.3. Plantel de Jogadores

O plantel foi constituído por 27 jogadores com idades compreendidas entre os 12 e 14 anos de

idade, com a particularidade de o plantel ter sofrido alterações durante a época, com saídas,

entradas e promoções de outros escalões.

Na tabela 3 apresentamos alguns dados dos jogadores que fizeram parte da equipa de iniciados

A do SCLM, época 2017/2018.

Tabela 3- Constituição do plantel de jogadores da equipa de Iniciados A do SCL Marrazes, época 2017/2018.

1.3.4. Campeonato Nacional de Iniciados 2017/2018

O Campeonato Nacional de Iniciados, na época desportiva 2017/2018, foi uma competição

constituída por três fases. Na primeira fase, participaram as 72 (setenta e duas) equipas, agrupadas

em 6 séries (designadas desde a “A” até à “F”) de 12 (doze) equipas cada série. Esta fase realizou-

se a apenas uma volta, isto é, as equipas apenas se defrontaram uma vez entre elas. De cada série,

apuraram-se as quatro primeiras classificadas para a 2ª fase – Apuramento de Campeão, enquanto

que as restantes oito equipas qualificaram-se para a 2ª fase - Manutenção/Descida.

A 2ª fase – Manutenção/Descida disputou-se por campeonato a duas voltas, onde as equipas

defrontaram-se duas vezes (casa e fora). Esta fase teve a particularidade de as equipas terem

iniciado a competição com metade dos pontos obtidos na 1ª fase, levando a uma maior

Nº NOME ALCUNHA DATA DE NASCIMENTO NACIONALIDADE POSIÇÃO CLUBE ANTERIOR OBSERVAÇÕES

29 Jogador 1 JP 05-09-2003 Português GR GDR Boavista

13 Jogador 2 Ricardo 13-08-2003 Português GR SCL Marrazes

12 Jogador 3 Caseiro 22-03-2003 Português GR SCL Marrazes *

24 Jogador 4 Xico 13-02-2003 Português DD/DE GRAP

27 Jogador 5 Tiaguinho 16-10-2003 Português DD/DE SCL Marrazes

3 Jogador 6 Simão 23-06-2004 Português DD/DE/DC SCL Marrazes Iniciados B

22 Jogador 7 Edgar 04-09-2003 Português DD/ED SCL Marrazes Desistência

16 Jogador 8 Santos 24-06-2003 Português DD/MC SL Marinha

23 Jogador 9 Alex 23-08-2003 Português DC GDR Boavista

18 Jogador 10 Tomás 29-09-2004 Português DC/MC SCL Marrazes

17 Jogador 11 Lopez 16-08-2003 Português DC/MC SL Marinha

4 Jogador 12 Lucas 14-06-2003 Português DC SCL Marrazes

5 Jogador 13 Reis 05-05-2003 Português DE/MC SCL Marrazes

19 Jogador 14 Romeu 04-09-2003 Português DE/EE SCL Marrazes

66 Jogador 15 Nuno 25-07-2005 Português DE SCL Marrazes Sub-13

11 Jogador 16 Macrino 09-08-2003 Português DE/MC ACR Maceirinha

8 Jogador 17 Gustavo 29-04-2003 Português DE/EE SCL Marrazes Desistência

6 Jogador 18 Sobreira 22-07-2003 Português MC GDR Boavista

85 Jogador 19 Afonso 18-02-2004 Português MC AD Portomosense **

14 Jogador 20 Fábio 22-06-2003 Português MC AC Marinhense *

21 Jogador 21 André 20-06-2003 Português MC/MO SCL Marrazes

10 Jogador 22 Caseiro 17-11-2004 Português EE/AV SCL Marrazes Iniciados B

7 Jogador 23 Rodrigo 16-03-2005 Português MC/MO/AV SCL Marrazes Sub-13

77 Jogador 24 Totti 30-12-2003 Português MC/MO SC Pombal

20 Jogador 25 Brazão 02-04-2003 Português MO/AV SCL Marrazes *

9 Jogador 26 Teun 31-01-2003 Holandês EE/AV SCL Marrazes

35 Jogador 27 João 15-05-2003 Português AV UD Leiria **

* Transferiu-se para outro clube no decorrer da época.

** Transferiu-se para o clube no decorrer da época.

Page 28: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

28

competitividade. As equipas que terminaram nas últimas três posições, foram relegadas para os

respetivos campeonatos distritais, enquanto que as primeiras cinco permaneceram no

Campeonato Nacional da categoria.

Por sua vez, a 2ª fase - Apuramento de Campeão disputou-se com as 24 equipas qualificadas,

agrupadas em 3 séries (Série Norte, Centro e Sul), a duas voltas, onde se qualificaram para a 3ª

fase as primeiras e segundas classificadas de cada série.

Por último, a 3ª fase atribuiu o Campeão Nacional, disputado pelas 6 equipas apuradas a duas

voltas, onde o vencedor foi o clube com mais pontos conquistados no final desta série única.3

A série A foi constituída pelas seguintes equipas: Vitória S.C., S.C. Braga, A.D.C. Aveleda,

Moreirense F.C., F.C. Famalicão, A.D. Barroselas, G.D. Chaves, S.C. Vianense, Gil Vicente F.C.,

A.D. Esposende, Palmeiras F.C. e A.D.S.P. Vale Conde. A série B foi constituída pelas seguintes

equipas: F.C. Porto, C.D. Feirense, Dragon Force F.C., Rio Ave F.C., Boavista F.C., F.C. Paços

de Ferreira, S.C. Espinho, S.C. Coimbrões, Leixões S.C., S.C. Freamunde, U.D. Oliveirense e

F.C. Penafiel. A série C foi constituída pelas seguintes equipas: A.A. Avanca, Anadia F.C., A.A.

Coimbra – O.A.F., C.D. Tondela. G.R. Vigor Mocidade, S. Viseu e Benfica, G.D. Gafanha,

A.F.D. Pinguinzinhos, Viseu United F.C., U.C. Eirense, A. Naval 1º Maio e A.G.E.D. Gouveia.

A série D foi constituída pelas seguintes equipas: C.D. Fátima, U.D. Leiria, C.A.D.

Entroncamento, A.A. Santarém, Caldas S.C., E.A.S. Marinha Grande, C.D. Portalegrense 1925,

N.S. Rio Maior, S.C.L. Marrazes, Sertanense F.C., S.L. Cartaxo e A.C. Marinhense. A série E foi

constituída pelas seguintes equipas: Sporting C.P., S.L. Benfica, C.F. Os Belenenses, G.D. Estoril

Praia, S.G. Sacavenense, A.D. Oeiras, C.D. Cova Piedade, S.C. União Torreense, Real S.C.,

C.I.F., G.S. Loures e C.A.C. Pontinha. A série F foi constituída pelas seguintes equipas: F.C.

Barreirense, Vitória F.C., Farense F.C., Portimonense S.C., Lusitano G.C., S.C. Olhanense,

C.D.R. Quarteirense, Silves F.C., Despertar S.C., J.S. Campinense, C.D. Beja e Juventude S.C.. 3

Fruto do 2º lugar no Campeonato da Divisão de Honra de Leiria na época transata (2016/2017)

e, em virtude do primeiro classificado não poder preencher a vaga no Campeonato Nacional pelo

fato ser a equipa secundária do escalão (UD Leiria “B”) e a equipa “A” já ter a sua vaga no

respetivo campeonato, o SCL Marrazes foi, consequentemente, qualificado para o Campeonato

Nacional de Juniores C na época 2017/2018.

Esta participação já não foi uma estreia, uma vez que na última década, o clube conta

participações neste campeonato na época 2009/2010 onde conquistou o 5º lugar da Série D, o 9º

lugar da mesma série no ano seguinte, o 4º lugar na época 2011/2012 e, por último, na época

2012/2013 conquistou o 10º lugar na 2ª Fase – Manutenção/Descida, o que provocou o regresso

aos Campeonatos Distritais.

3 Retirado do site da Federação Portuguesa de Futebol (http://www.fpf.pt/)

Page 29: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

29

1.3.5. Recursos Específicos dos Iniciados A

Neste ponto pretende-se especificar os recursos físicos, espaciais e temporais definidos para a

equipa de iniciados A do Sport Clube Leiria e Marrazes.

1.3.5.1. Recursos físicos, espaciais e temporais

A equipa de iniciados A do SCL Marrazes realizou três treinos semanais (terça-feira, quarta-

feira e sexta-feira). O primeiro treino da semana realizava-se com dois terços de campo, no campo

n.º 2 do complexo Aldeia do Desporto; o segundo treino realizava-se em meio-campo do campo

n.º 1 do complexo Aldeia do Desporto; o último treino semanal realizava-se, na primeira meia-

hora com campo completo no campo n.º 1 e a restante hora de treino com apenas meio-campo.

Os jogos oficiais realizaram-se no campo n. º1 do complexo Aldeia do Desporto.

A figura 6 representa o espaço físico disponível para as sessões de treino em campo para a

equipa de iniciados A do SCL Marrazes.

1.3.5.2. Recursos materiais

A equipa de iniciados A do SCL Marrazes teve ao seu dispor todo o material disponível, sendo

de seu uso exclusivo:

Tabela 4- Quantificação do material de uso exclusivo dos Iniciados A.

MATERIAL QUANTIDADE

Bola Tamanho 5 Nike Strike Laranja 20 unidades

Garrafas de água (conjunto de 10) 1 unidade

Terça-Feira

¾ de Campo (90´)

Campo n.º 2 da Aldeia do Desporto

Quarta-Feira

1/2 de Campo (90´)

Campo n.º 1 da Aldeia do Desporto

Sexta-Feira

Campo Inteiro (30´)

+

½ Campo (60´)

Campo n.º 1 da Aldeia do Desporto

Figura 6- Distribuição do espaço físico para a equipa de iniciados A do SCL Marrazes.

Page 30: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

30

1.3.5.3. Recursos humanos

Tendo em conta o já referenciado no capítulo 1.2.3.3., é definido o seguinte organograma

simplificado para o escalão de Iniciados A.

Coordenador Futebol Juvenil

Bruno Gomes

Treinador Principal

Bruno Gomes

Treinador Adjunto

João Paraíso

TreinadorAdjunto

Hugo Magalhães

Seccionista Principal

Stid Amado

Seccionista Apoio

Mónica Rodrigues

Seccionista Apoio

Paulo Paixão

Departamento de Guarda-

Redes

Departamento Médico

Figura 7- Organograma da organização dos Iniciados A.

Page 31: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

31

1.3.6. Modelo de Jogo

Um modelo de jogo visa condicionar e orientar o processo de planeamento e programação do

treino para a conceção e operacionalização de uma forma de jogar específica (Azevedo, 2011).

O mesmo deve preconizar, de forma metódica e sistemática, um corpo de ideias acerca de

como se pretende que o jogo seja praticado, definindo de modo conciso as tarefas e

comportamentos técnico-táticos exigíveis aos jogadores (Queiroz, 1986).

Para Oliveira (2004), a ideia de jogo do treinador é um aspeto determinante na organização de

uma equipa de futebol. Se o treinador souber exatamente como quer que a equipa jogue

(princípios e estrutura) e quais os comportamentos que deseja dos seus jogadores (dinâmicas),

tanto individual como coletivamente, os processos de treino/jogo serão mais facilmente

planeados, estruturados, organizados, realizados e controlados.

Ainda, a reprodução e aplicação prática do modelo de jogo deve permitir a possibilidade de

tirar novas conclusões, não permanecendo num estado contemplativo e fechado. Deve ter um

carácter aberto e criativo, de forma a racionalizar e a otimizar novas ideias e conceções, através

da projeção intelectual da essência de um facto capaz de resolver eficientemente diferentes

situações de jogo (Almeida, 2014).

Consideramos fundamental que o treinador tenha uma ideia precisa das tarefas e missões

táticas dos jogadores dentro da equipa. Castelo (2004) corrobora que o grau de coesão de uma

equipa cresce exponencialmente à medida que os jogadores percecionam e consciencializam as

suas tarefas, responsabilidades e direitos que lhes cabem dentro do coletivo.

O modelo de jogo consiste, portanto, numa conceção de jogo idealizada pelo treinador que

engloba uma série de fatores considerados necessários para a organização dos processos ofensivos

e defensivos da equipa tais como: os princípios, os métodos e sistemas de jogo bem como todo o

conjunto de comportamentos e valores que permitam caracterizar a organização desses processos,

quer em termos individuais, quer em termos coletivos (Quinta & Leal, 2001). Neste sentido, o

modelo de jogo pode ser sistematizado com as seguintes categorias:

1. Sistemas de Jogo;

2. Princípio Geral de Jogo;

3. Organização Ofensiva;

4. Organização Defensiva;

5. Transição Ofensiva;

6. Transição Defensiva;

7. Esquemas Táticos Ofensivos;

8. Esquemas Táticos Defensivos.

Page 32: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

32

1.3.6.1. Modelo de Jogo Adaptado | SCL Marrazes, Iniciados, Época 2017/2018

A equipa de Iniciados A do S.C.L. Marrazes apresentou dois sistemas de jogo (ver figura

abaixo): o sistema principal, com a variante 1:4:2:3:1 e 1:4:1:2:3, onde a diferença verificou-se

na inversão do triângulo dos jogadores do meio-campo; e o sistema alternativo (1:4:4:2), com a

variante 1:4:4:2 (Losango) e 1:4:4:2 (Em Linha), verificando-se diferenças na disposição em

campo da linha média da equipa.

O sistema principal foi o sistema aplicado ao longo do período preparatório, no período

competitivo (até ao final da 1ª fase, sensivelmente) e no período de transição. Ao finalizarmos a

1ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados, avaliou-se e ponderou-se, principalmente face às

características dos nossos jogadores mais influentes e optou-se pelo sistema alternativo com vista

à obtenção do resultado e, não tanto, pela qualidade de jogo que se procurou na 1ª fase, com o

reforço da linha média, retirando os extremos e ficando com quatro jogadores no meio campo,

com os defesas laterais responsáveis por dar largura ao jogo.

Na tabela 5 encontra-se a esquematização dos sistemas de jogo e as dinâmicas que

caracterizam o modelo de jogo.

Tabela 5- Esquematização dos sistemas de jogo e as dinâmicas que pertencem ao modelo de jogo.

A escolha do sistema tático a adotar para cada jogo teve em consideração a análise do

adversário e o tipo de jogo que adotaríamos (assumir o jogo ou dar a iniciativa ao adversário).

Obs.:

Sistema Principal Sistema Alternativo

1:4:3:3:

Dinâmica 1:4:2:3:1

Dinâmica 1:4:1:2:3

SISTEMAS DE JOGO

1:4:4:2

Dinâmica 1:4:4:2 (Losango)

Dinâmica 1:4:4:2 (Em Linha)

Page 33: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

33

1.3.6.1.1. Sistema Principal (1:4:3:3)

Este sistema tático agrupou-se em três setores, onde a dinâmica 1:4:2:3:1 foi a mais utilizada,

organizada por um setor mais recuado constituído pelo guarda-redes (GR), um defesa esquerdo

(DE), um defesa direito (DD), um defesa central esquerdo e um defesa central direito (DC); um

setor intermédio constituído por um médio defensivo esquerdo (MDE), um médio defensivo

direito (MDD) e um médio ofensivo central (MOC); e um setor avançado constituído por um

extremo esquerdo (EE), um extremo direito (ED) e um avançado (AV). Quando a dinâmica

passou a ser 1:4:1:2:3, as alterações verificaram-se apenas ao nível do setor intermédio, passando

a organização a um médio defensivo central (MDC), um médio interior esquerdo (MCE) e um

médio interior direito (MCD).

1.3.6.1.2. Sistema Alternativo (1:4:4:2)

Este sistema tático agrupou-se em três setores, onde a dinâmica 1:4:4:2 (Losango) organizou-

se por um setor mais recuado constituído pelo guarda-redes, um defesa esquerdo, um defesa

direito, um defesa central esquerdo e um defesa central direito; um setor intermédio constituído

um médio defensivo central, um médio interior esquerdo, um médio interior direito e um médio

ofensivo central; e um setor avançado constituído por um avançado esquerdo e um avançado

direito. Quando a dinâmica passou a ser 1:4:4:2 (Em Linha), as alterações verificaram-se ao nível

do setor intermédio, passando a organização a um médio defensivo esquerdo, um médio defensivo

direito, um médio interior esquerdo e um médio interior direito.

1.3.6.1.3. Princípio geral do jogo

O princípio geral aplicado ao modelo de jogo das equipas do clube passou-se pela valorização

da posse de bola e cada princípio específico do jogo da equipa teve como ponto de partida este

princípio de jogo geral. Os aspetos que ressalvámos com base neste princípio geral de jogo foram:

I. Só uma equipa podia ter a posse de bola e essa equipa tinha de ser a nossa;

II. Para estarmos mais próximos do objetivo do jogo, marcar golo, tínhamos de ter a posse

de bola o maior tempo possível;

III. Se a bola estivesse na posse da nossa equipa, estaríamos a evitar que a equipa

adversária atingisse o seu objetivo de jogo;

IV. A posse de bola permitia controlar os ritmos e os momentos de jogo.

1.3.6.1.4. Organização Ofensiva

A organização ofensiva foi desenvolvida dentro dos seguintes parâmetros: método de jogo

ofensivo, construção do processo ofensivo, criação de situações de finalização e finalização.

Page 34: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

34

A. Método de Jogo Ofensivo (MJO) – Ataque Posicional

O método de jogo ofensivo adotado foi o ataque posicional. Este método valorizou a posse de

bola, indo ao encontro do princípio geral do jogo que procurámos implementar. A equipa

procurou potenciar a circulação e manutenção da posse de bola de forma a ultrapassar as três fases

da organização ofensiva (construção, criação e finalização) e concretizar o objetivo do jogo, o

golo.

As dinâmicas dos sistemas táticos vinham ao encontro de dar as melhores condições aos

jogadores para a implementação e concretização do que se pretendia, nomeadamente do método

nomeado. Dentro das dinâmicas, as movimentações e permutas permitiam a imprevisibilidade e

a dificuldade que se podia criar na equipa adversária, sendo esse o fator que iria fomentar a

circulação e manutenção da bola e o respetivo aproveitamento do espaço livre existente e criado.

B. Construção do Processo Ofensivo

Nesta primeira fase de construção pretendeu-se que a equipa desenvolvesse mecanismos que

permitiam que a segunda fase acontecesse, isto é, que a bola chegasse a determinada zona do

campo com possibilidade de desenvolver situações de finalização.

Nestes momentos, quando esta fase era iniciada pelo guarda-redes, privilegiava-se o jogo curto

e com espaço aberto, com possibilidade de três situações:

1. Saída pelos defesas centrais (passe curto):

a) Defesas centrais posicionados no canto da grande área;

b) Defesas laterais na largura e profundidade (meio-campo);

c) Médios e avançados na profundidade.

2. Saída pelos defesas laterais (passe médio-curto):

a) Defesas centrais posicionados no canto da grande área;

b) Defesas laterais na largura e profundidade (meio-campo);

c) Médios e avançados na profundidade;

d) Um dos médios defensivos recuava para atrair a equipa adversária para o corredor

central.

3. Saída por um dos médios defensivos (passe curto):

a) Defesas centrais posicionados no canto da grande área;

b) Defesas laterais na largura e profundidade (meio-campo);

c) Médios e avançados na profundidade;

d) Um dos médios defensivos recuava para o meio dos defesas centrais para criar

superioridade numérica naquela zona.

Na figura 8 encontram-se esquematizadas as três dinâmicas que se pretendem no momento de

construção do processo ofensivo.

Page 35: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

35

Estas dinâmicas levavam a que a equipa procurasse, preferencialmente, os corredores laterias,

permitindo que a equipa chegasse à segunda fase de construção executando os movimentos

padrões ofensivos que serão abordados nesse ponto.

C. Criação de Situações de Finalização

Esta segunda fase de construção compreende-se pelas ações e movimentações que permitiram

à equipa chegar ao último terço do campo. Tal como mencionado no ponto anterior, a equipa

devia procurar chegar a esta fase pelos corredores laterais. A partir deste momento, quem devia

procurar criar desequilíbrios com e sem bola era a linha intermédia e a linha avançada.

Os movimentos padrões ofensivos previam passes entrelinhas no corredor central (para o

avançado), envolvência no corredor central dos extremos e os responsáveis pela largura eram os

defesas laterais. Desta forma, as trocas e mobilidade constantes dentro da organização eram o

aspeto fundamental no aproveitamento e criação de espaço livre e com solicitação da bola para

os desequilíbrios através de combinações ou individuais.

Na figura 9 encontra-se esquematizada a dinâmica da criação de situações de finalização.

Figura 8- Dinâmicas da primeira fase de construção da organização ofensiva.

Page 36: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

36

Nesta fase, a preocupação maior era a manutenção da posse de bola e a progressão para o

último terço. Contando com isto e com a maior qualidade e influência dos jogadores da linha

intermédia, eram eles a assumir a posse da bola e a fazer combinações constantes, tanto pelo

corredor central como pelos corredores laterais, de forma pausada (manutenção da posse de bola)

ou acelerada (causando desequilíbrios para progredir).

Por fim, um aspeto fundamental na estrutura da equipa era o facto dos médios defensivos não

se situarem na mesma linha, ou seja, jogarem lado-a-lado. Isto até podia acontecer

momentaneamente, de forma a dar uma linha de passe para que a equipa não perdesse a posse da

bola, no entanto era fundamental na ótica de progressão e para provocar desequilíbrios na

estrutura defensiva adversária que este aspeto não se verificasse.

D. Finalização

Esta terceira fase de construção consistia na procura e exploração do espaço existente no

último terço do campo e que proporcionassem situações de finalização e, porventura, na obtenção

do golo. Em situações desta natureza, geralmente, o adversário encontrava-se organizado num

bloco baixo, procurando o encurtamento do espaço (principalmente no corredor central), onde era

fundamental explorar o espaço existente nos corredores laterais com a largura provocado pela

envolvência dos defesas laterais em situações ofensivas. Também poderia acontecer, através de

uma movimentação de rotura por parte de médio ofensivo a cair no espaço entre o defesa lateral

e o defesa central da equipa adversária, causando a incerteza por ser um elemento “estranho”

naquela zona. Na criação de situações de cruzamento, preferencialmente tensos e rasteiros,

deviam procurar o 1º poste (zona do avançado), 2º poste (zona do extremo contrário) e zona do

penalti (zona do médio ofensivo ou um dos médios defensivos).

No corredor central, as situações que podiam ocorrer eram os passes entrelinhas para os

médios, com combinações diretas para o jogador que estava de frente para o jogo, procurando

Figura 9- Dinâmicas de segunda fase de construção da organização ofensiva.

Page 37: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

37

criar situações de 1x0+GR para o avançado e extremos através de diagonais, pelo espaço entre

defesas centrais ou defesa lateral e defesa central.

Na figura 10 encontram-se esquematizadas as dinâmicas para a terceira fase de organização

ofensiva.

Em última análise, o mais importante neste momento de jogo particular era a criação de

espaços, na largura e profundidade, com a variação do centro do jogo constante, as coberturas

ofensivas garantidas e o equilíbrio da equipa de modo a que a equipa não perdesse a bola e não

se precipitasse na obtenção do golo, evitando simultaneamente o desequilíbrio para o eventual

momento de transição defensiva e de organização defensiva.

1.3.6.1.5. Organização Defensiva

A organização ofensiva foi desenvolvida dentro dos seguintes parâmetros: método de jogo

defensivo, primeira fase de pressão, segunda fase de pressão e terceira fase de pressão.

A. Método de Jogo Defensivo (MJD)

O método de jogo defensivo adotado foi o método de defesa à zona pressionante, onde a equipa

se organizou em 1:4:2:3:1, com a linha defensiva organizada em linha de modo a colocar a equipa

adversária em fora-de-jogo. No entanto, em função da estratégia adotada para um determinado

adversário, ocorreram situações específicas como por exemplo, a estrutura alterar para um 1:4:4:2

e o bloco defensivo ser baixo, baixo-médio, médio, médio-alto ou alto.

Neste método de jogo pretendeu-se que a equipa efetuasse a basculação dos jogadores em

função da bola, com eficácia nas suas ações defensivas, nomeadamente a cobertura defensiva,

contenção ao portador da bola, equilíbrio defensivo e a concentração defensiva, orientando a

equipa adversária para as zonas mais afastadas do objetivo (impedindo o golo da equipa

Figura 10- Dinâmicas de terceira fase da organização ofensiva.

Page 38: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

38

adversária). Um dos aspetos mais relevantes na eficácia do processo defensivo é a definição do

momento de pressão que, na nossa opinião, deve ocorrer em bloco (com a equipa a pressionar por

igual) quando: a bola está no ar; má receção e/ou condução de bola do jogador adversário; jogador

com bola de costas para a nossa baliza.

É no processo defensivo onde deve estar presente a concentração, o equilíbrio, a agressividade

e intensidade na recuperação da bola.

B. Primeira fase de pressão

Na primeira fase de pressão pretende-se condicionar a construção do processo ofensivo da

equipa adversária, nomeadamente a primeira fase de construção. Salvo a adoção de uma estratégia

específica, este deve ocorrer com um bloco médio-alto.

Assumindo um bloco médio-alto, a equipa pretende deixar a equipa efetuar o primeiro passe

curto, evitando a imediata aproximação ao grande círculo ou meio-campo defensivo. Esta

situação, normalmente, permite que um dos defesas centrais receba a bola e, a partir daí a equipa

aproxima e procura condicionar o jogo a partir daí. A principal referência de colocação da

primeira linha defensiva deve ser o avançado, colocando-se na linha entre os defesas centrais

adversários, impedindo a variação do centro de jogo nessa zona, levando o defesa central a sair a

jogar para o corredor lateral.

A partir deste momento, definida a zona de pressão – corredor lateral – e os momentos de

pressão, cada jogador deve aproximar as linhas, encurtando o espaço disponível para jogar e ser

bastante intenso e ativo nas ações individuais defensivas (desarme, interceção e marcação).

Na figura 11 encontra-se esquematizada a dinâmica da primeira fase de pressão.

C. Segunda fase de pressão

Nesta segunda fase de pressão pretende-se impedir a criação de situações de finalização da

equipa adversária.

Figura 11- Dinâmica da primeira fase de pressão em organização defensiva.

Page 39: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

39

Foi fundamental estabelecer princípios de contenção, a aproximação ao portador da bola de

forma agressiva, a cobertura defensiva, atrás e ao lado do jogador da pressão ao portador da bola

e de equilíbrio defensivo, onde se verificou que a equipa se concentrasse a defender em dois

corredores (em função da bola e baliza), fechando o espaço interior, obrigando a equipa adversária

a explorar os corredores laterais. Foi imperial que a qualquer momento do processo defensivo da

equipa se verificasse igualdade ou superioridade numérica junto ao portador da bola, evitando por

completo situações 1x2, 1x3 ou 2x3. Em situações como a circulação da bola pelos jogadores

mais recuados adversários procurou-se o encurtamento do espaço entrelinhas defensivas,

impedindo que a equipa adversária explorasse qualquer espaço jogável que pudesse existir dentro

da nossa estrutura defensiva.

Na figura 12 encontra-se esquematizada a dinâmica da segunda fase de pressão.

D. Terceira fase de pressão

Nesta terceira fase de pressão pretendeu-se que a equipa pudesse impedir a finalização da

equipa adversária. Através da organização e rigor, a equipa procurou a concretização dos

objetivos específico defensivos: defesa da baliza e recuperação da posse de bola. Para tal, foi

fundamental que a estrutura estivesse bem definida através das suas quatro linhas defensivas: a

primeira pelos quatro defesas; a segunda pelos dois médios defensivos; a terceira pelo médio

ofensivo e extremos; e, a quarta pelo avançado.

Na figura 13 encontra-se esquematizada a dinâmica da terceira fase de pressão.

Figura 12- Dinâmica da segunda fase de pressão em organização defensiva.

Page 40: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

40

Resumindo, no processo defensivo existiu a procura da concretização de um dos dois objetivos

específicos: defender a baliza e recuperação da posse de bola. Para que tal acontecesse, a equipa

cumpriu um conjunto de princípios que regessem a sua organização, com o condicionamento do

processo ofensivo adversário.

1.3.6.1.6. Transição Ofensiva

Este momento caracteriza-se, essencialmente, pelo momento de desequilíbrio que a nossa

equipa causou na organização da equipa adversária. Neste momento, a equipa poderia adotar dois

tipos de comportamento: procurar explorar o espaço livre que pudesse existir, através da

verticalidade e da objetividade para a baliza por via de ataque rápido; ou passar a ataque posicional

e submeter o processo de organização ofensiva preferencial do modelo de jogo.

Tratando-se do primeiro comportamento, foi essencial que a equipa sentisse a necessidade de

mudar de atitude aquando da recuperação da posse de bola e que respeitasse os seguintes aspetos

que considerámos essenciais:

a) Rápida mudança de atitude e comportamento (comportamento defensivo →

comportamento ofensivo);

b) Afastar do centro de jogo (evitar zonas com grande concentração de jogadores);

c) Garantir a cobertura ofensiva ao jogador que recupera a posse de bola, estabelecendo

linhas de passe para a circulação e manutenção da posse de bola.

Devido à grande concentração de jogadores no centro do jogo no momento de transição, a

equipa devia procurar aproveitar o espaço livre de pressão, onde pudesse existir um menor número

de jogadores da equipa adversária, beneficiando de:

a) Menor número de jogadores da equipa adversária;

b) Maior probabilidade de sucesso na criação de desequilíbrios ofensivos;

c) Maior probabilidade de manter a posse de bola.

Figura 13- Dinâmica da terceira fase de pressão em organização defensiva.

Page 41: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

41

Chegando a essas zonas, os jogadores deviam perceber como aproveitar o espaço livre. De

forma a provocar desequilíbrios na estrutura adversária, esse espaço devia ser explorado através

de uma relação de igualdade ou superioridade numérica, ou seja, com situações de 1x0, 1x1, 2x1,

2x2 ou 3x2. Criadas essas situações, e chegando a este momento, o sucesso estaria dependente da

tomada de decisão dos jogadores e da qualidade das ações tomadas, seja o drible/finta ou através

de combinações entre os jogadores envolvidos.

1.3.6.1.7. Transição Defensiva

Este momento caracteriza-se pela capacidade da nossa equipa reagir imediatamente à perda da

posse de bola. Neste momento, a equipa poderia adotar dois tipos de comportamento: procurava

recuperar a bola o mais rápido possível; ou evitava contra-ataque da equipa adversária por via do

condicionamento das ações de transição, levando a que a equipa adversária optasse pelo ataque

posicional e a manutenção da posse de bola, devido à falta de opções viáveis para exploração do

desequilíbrio momentâneo, permitindo assim à nossa equipa a reorganização do processo de

organização defensiva.

Ao nível da recuperação imediata da bola, pretendia-se que a equipa tivesse uma mudança de

atitude e comportamento (comportamento ofensivo → comportamento defensivo), permitindo:

a) Rápida organização do processo defensivo;

b) Evitar que a equipa adversária aproveitasse eventuais desequilíbrios e espaços livres

a explorar;

c) Maior probabilidade em recuperar a posse de bola.

Para além de ser relevante a equipa estar consciente das vantagens na recuperação imediata da

bola, foi necessário saber também como o poderiam fazer de forma eficaz. Os jogadores ao redor

da zona da perda da bola deveriam ter uma atitude muito ativa, alterando o comportamento,

respeitando três importantes premissas:

I. Aproximação rápida ao portador da bola, procurando recuperar a posse de bola durante

os 5 segundos seguintes à perda de bola;

II. Caso o adversário conseguisse sair da pressão defensiva, era necessário reorganizar a

equipa;

III. Se a equipa se encontrasse descompensada e estruturalmente desequilibrada, era

fundamental recorrer à falta tática.

Neste momento de transição defensiva, existia um princípio fundamental que determinava o

sucesso deste, tratando-se da concentração defensiva. O que queremos dizer é que, se a equipa

conseguisse posicionar um grande número de jogadores ao redor do centro do jogo, existia uma

Page 42: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

42

maior probabilidade de a equipa recuperar a posse de bola. Portanto, o ideal seria criar situações

de superioridade numérica na zona de perda da posse de bola, nomeadamente 1x2, 2x3 e 3x4.

1.3.6.1.8. Esquemas Táticos Ofensivos

Os esquemas táticos ofensivos podem organizar-se em: cantos, livres, lançamentos de linha

lateral, pontapé de baliza e reposição de bola.

A. Cantos

Relativamente aos cantos ofensivos, quer fosse executado no lado direito ou esquerdo, foram

definidos três cantos, com diferentes características:

1. Canto n.º 1 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador a executar

o canto, um jogador junto ao primeiro poste, cinco jogadores entre a zona do penalti e a

linha da grande área, um jogador à entrada da área e dois jogadores na zona do meio-

campo. Após o sinal “levantar um braço”, o jogador junto ao primeiro poste aproximava-

se do marcador do canto de modo a arrastar os jogadores que se encontrassem na zona do

primeiro poste, onde a bola deveria cair. Era nessa zona que iriam aparecer dois jogadores

da linha de cinco, com um a aparecer na zona central da baliza, outro no segundo poste e

um entre o penalti e a linha da pequena área;

2. Canto n.º 2 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador a executar

o canto, um jogador perto dele, um jogador junto ao guarda-redes adversário, quatro

jogadores entre a zona do penalti e a linha da grande área, um jogador à entrada da área

e dois jogadores na zona do meio-campo. Neste canto, os marcadores deviam ser

jogadores preferencialmente destros a marcar do lado esquerdo e jogadores

preferencialmente esquerdinos a marcar do lado direito. Após o sinal “puxar as meias”, o

marcador do canto passava curto e passava nas costas do jogador mais próximo, para a

zona da esquina da grande área, onde efetuava um cruzamento em arco para a zona do

segundo poste, onde apareciam dois jogadores da linha de quatro, outro jogador aparecia

ao primeiro poste e outro na zona entre o penalti e a linha da pequena área;

3. Canto n.º 3 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador a executar

o canto, um jogador junto ao guarda-redes adversário, seis jogadores à entrada da área e

dois jogadores na zona do meio-campo. Este canto favorecia os jogadores com maior

estatura da nossa equipa. Após o sinal “mão na cabeça”, o marcador do canto colocava a

bola a cair na zona do penalti, onde apareciam três jogadores da linha de seis. Outro

jogador dessa linha de seis aparecia ao primeiro poste, um jogador aparecia ao segundo

poste e o último permanecia à entrada da grande área.

Page 43: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

43

Na figura 14 encontram-se esquematizados os três cantos ofensivos.

B. Livres

Nos livres ofensivos podemos dividir em duas situações: nos livres até a meio do meio-campo

ofensivo, sensivelmente, pretendíamos que a equipa saísse a jogar apoiado, com base nos

princípios de organização ofensiva - quando possível, os livres deviam ser executados

rapidamente de forma a aproveitar eventuais desequilíbrios posicionais e concentração da equipa

adversária; nos livres no setor ofensivo, foram definidos dois livres, onde o marcador devia ser

preferencialmente destro quando o livre era executado do lado esquerdo e esquerdino quando o

livre era executado do lado direito, de modo a fazer arco no sentido da baliza. Os livres foram

caracterizados por:

1. Livre n. º1 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador para executar

o livre, uma linha de cinco jogadores na linha da barreira ou na linha do último defesa

(evitar o fora-de-jogo), um jogador à entrada da grande área, um jogador no corredor

contrário à bola e dois jogadores na zona do meio-campo. Após o sinal “levantar o braço”

a bola era colocada em arco na zona do segundo poste, procurando um desvio, com um

dos jogadores da linha de cinco a procurar o primeiro poste, um jogador a zona central da

baliza, dois jogadores a zona do segundo poste e um jogador a zona do penalti;

2. Livre n. º 2 - Em termos posicionais, a equipa organizou-se com um jogador para executar

o livre, um jogador no corredor da bola – para arrastar um defesa adversário para essa

zona ou retirar um jogador da barreira -, uma linha de quatro jogadores na linha da

barreira ou na linha do último defesa (evitar o fora-de-jogo), um jogador à entrada da

grande área, um jogador no corredor contrário à bola e dois jogadores na zona do meio-

Figura 14- Cantos ofensivos n. º1, 2 e 3 (da esquerda para a direita).

Page 44: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

44

campo. Após o sinal “atar as chuteiras”, a bola era colocada por cima da barreira,

procurando o primeiro poste, onde aparecia um dos jogadores da linha de quatro, um

jogador aparecia na zona central da baliza, um jogador aparecia na zona do segundo poste

e um jogador na zona do penalti.

Na figura 15 encontram-se esquematizados os dois livres ofensivos.

C. Lançamentos de linha lateral

Relativamente aos lançamentos de linha lateral ofensivos, quer executados do lado direito ou

lado esquerdo, pretendia-se que a ações da equipa se agrupassem em duas situações:

1. Meio campo defensivo – primeira opção era circular pela linha defensiva, em segurança;

segunda opção era a procura do espaço livre no corredor lateral com a movimentação

para o espaço interior do médio ofensivo e com o avançado a cair nesse espaço livre no

corredor lateral. Nesta situação, os jogadores deviam ocupar os seus posicionamentos

dentro do sistema de jogo;

2. Meio campo ofensivo – procura do espaço livre no corredor lateral devido à permuta entre

o médio e o extremo desse corredor, com o avançado a dar uma linha de passe mais longa

e numa zona mais interior, libertando o corredor lateral. Os restantes jogadores deviam

ocupar os seus posicionamentos dentro do sistema de jogo.

Na figura 16 encontram-se esquematizadas as duas situações de lançamentos de linha lateral

ofensivos.

Figura 15- Livres ofensivo n. º1 e 2 (da esquerda para a direita).

Page 45: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

45

D. Pontapé de baliza

Nos pontapés de baliza pretendia-se que a equipa desenvolvesse mecanismos que iam ao

encontro do princípio geral do jogo, isto é, que chegassem à segunda fase de construção com bola

controlada, tal como mencionado no processo de construção do jogo ofensivo. Neste particular,

foram definidas quatro dinâmicas:

1. Pontapé de baliza n. º1 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o

sistema de jogo. Os defesas centrais deviam posicionar-se no canto da grande área, os

defesas laterais na largura e na profundidade (na linha do meio-campo) e os médios e

avançados deviam posicionar-se na profundidade, acima da linha do meio-campo. A

bola era colocada num dos defesas centrais;

2. Pontapé de baliza n. º2 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o

sistema de jogo. Os defesas centrais deviam posicionar-se no canto da grande área, os

defesas laterais na largura e na profundidade (na linha do meio-campo), um dos

médios defensivos recuava para atrair a equipa adversária para o corredor central e os

restantes jogadores deviam posicionar-se na profundidade, acima da linha do meio-

campo. A bola era colocada num dos defesas laterais;

3. Pontapé de baliza n. º3 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o

sistema de jogo. Os defesas centrais deviam posicionar-se no canto da grande área, os

defesas laterais na largura e na profundidade (na linha do meio-campo), um dos

médios defensivos recuava para o meio dos defesas centrais de modo a criar

superioridade numérica naquela zona e receber a bola do guarda-redes, com os

Figura 16- Lançamentos de linha lateral (da esquerda para a direita).

Page 46: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

46

restantes jogadores a posicionarem-se na profundidade, acima da linha do meio-

campo. A bola era colocada no médio defensivo que recuava.

4. Pontapé de baliza n. º4 – Em termos posicionais, a equipa organizou-se segundo o

sistema de jogo. Esta situação acontecia quando as movimentações das dinâmicas

anteriores não permitiam à equipa sair a jogar com bola controlada de forma segura.

Assim, a equipa devia concentrar-se, maioritariamente na zona do grande círculo, com

a bola a ser colocada longa na procura do avançado. O papel principal, nesta situação

ia para os médios defensivos e médio ofensivo na procura de conquistar a segunda

bola após o duelo e ressalto da primeira bola do avançado com os defesas centrais

adversários.

Na figura 17 encontram-se esquematizadas as quatro situações a explorar nos momentos de

pontapé de baliza ofensivos.

E. Reposição de bola

Na reposição de bola a equipa organizava-se em 1:4:2:4, procurando imediatamente que o

centro de jogo passasse no setor ofensivo. Para isso, o médio ofensivo devia colocar a bola para

um médio defensivo que procurava colocar na profundidade, na procura de aproveitar alguma

desconcentração ou fragilidade de um defesa lateral adversário. Nesse sentido, o extremo e o

avançado, assim que a bola era reposta, saíam em velocidade para a zona determinada, procurando

ganhar a primeira bola; o extremo contrário e o médio ofensivo ficavam numa zona mais recuada

na procura de conquistar a segunda bola, com os restantes jogadores posicionados segundo o

sistema de jogo.

Na figura 18 encontra-se esquematizada a dinâmica de reposição de bola ofensiva.

Figura 17- Pontapés de baliza n. º1, 2, 3 e 4 (da esquerda para a direita).

Page 47: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

47

1.3.6.1.9. Esquemas Táticos Defensivos

Os esquemas táticos defensivos podem organizar-se em: cantos, livres, lançamentos de linha

lateral, pontapé de baliza e reposição de bola.

A. Cantos

Relativamente aos cantos defensivo, adotou-se uma defesa mista. Para além disso, ainda se

definiu uma condicionante que alterava o posicionamento dos jogadores – o pé preferencial do

marcador do canto, devido à trajetória que a bola podia tomar. Desta forma:

1. Pé contrário ao corredor – esta situação ocorreu quando o marcador era esquerdino e

marcava o canto do lado direito ou, inversamente, quando o marcador era destro e

marcava o canto do lado esquerdo, podendo a bola assumir uma trajetória em arco para a

baliza. Neste sentido, em termos posicionais, a equipa organizou-se com o guarda-redes

na pequena área, um jogador no primeiro poste para proteger essa zona, uma linha de três

jogadores na linha da pequena área, dividindo a zona do primeiro poste, zona central da

baliza e a zona do segundo poste, quatro jogadores na marcação individual aos jogadores

adversários, um jogador na entrada da grande área e um jogador no corredor lateral mais

subido para eventuais passes para o espaço exterior, na procura da transição ofensiva;

2. Pé igual ao corredor – esta situação ocorreu quando o marcador era esquerdino e marcava

o canto do lado esquerdo ou quando o marcador era destro e marcava o canto do lado

direito, levando a bola a assumir uma trajetória para sair da zona de baliza. Neste sentido,

em termos posicionais, a equipa organizou-se com o guarda-redes na pequena área, uma

linha de três jogadores na linha da pequena área, dividindo a zona do primeiro poste, zona

central da baliza e a zona do segundo poste, um jogador na zona do penalti, quatro

jogadores na marcação individual aos jogadores adversários, um jogador na entrada da

grande área e um jogador a meio do meio-campo defensivo, na procura da transição

ofensiva.

Figura 18- Dinâmica da reposição de bola ofensiva.

Page 48: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

48

Na figura 19 encontram-se esquematizados os posicionamentos em cantos defensivos.

B. Livres

Nos livres defensivos, quer do lado direto, quer do lado esquerdo foram definidos dois tipos

de posicionamento. Caso a equipa adversária optasse por sair a jogar, a equipa organizou-se

segundo o sistema de jogo. Caso a equipa adversária optasse por um lance estratégico, colocando

a bola na grande área, a equipa organizou-se com: um, dois ou três jogadores na barreira (decisão

do guarda-redes que, quando eram mais que dois, eram os jogadores que tinham a tarefa da

transição ofensiva a formar a barreira), uma linha de seis jogadores na linha da grande área (n. º1,

caso a barreira fosse fora da grande área) ou na linha da barreira (n. º2, caso a barreira fosse dentro

da grande área), procurando fechar espaços para movimentações e tirar a bola daquela zona

perigosa; um jogador à entrada da grande área e um jogador mais adiantado no corredor contrário

ao do livre.

Na figura 20 encontram-se esquematizados os posicionamentos nos livres defensivos.

Figura 19- Cantos defensivos (da esquerda para a direita).

Figura 20- Livres defensivos n. º1 e 2 (da esquerda para a direita).

Page 49: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

49

C. Lançamentos de linha lateral

Os lançamentos de linha lateral defensivos foram definidos por dois tipos de posicionamento,

quer para o lado direito, quer para o lado esquerdo. Caso a equipa adversária optasse por sair a

jogar de forma curta, a nossa equipa adotava um posicionamento em função do sistema de jogo.

Se a equipa adversária optasse por fazer um lançamento longo, de forma a colocar a bola na

grande área, a equipa posicionava-se da seguinte forma: um jogador em frente ao jogador

adversário que lançava, uma linha de quatro jogadores que protegia a zona da baliza, uma linha

de três jogadores que protegia a zona de segundas bolas e bloqueava as entradas de outros

jogadores, um jogador na entrada da grande área e um jogador na linha do meio-campo, preparado

para realizar transição ofensiva.

Na figura 21 encontram-se esquematizados os posicionamentos a adotar em lançamentos de

linha lateral defensivos.

D. Pontapé de baliza

Os pontapés de baliza defensivos, quer do lado direito, quer do lado esquerdo, foram definidos

por dois momentos. Face ao bloco médio-alto da nossa organização defensiva, pretendíamos que

os adversários efetuassem um primeiro passe curto para depois aí condicionar as suas ações.

Sendo assim, neste momento o comportamento era de acordo com a primeira fase de pressão do

sistema de jogo. Caso o adversário optasse pelo pontapé longo, o posicionamento da equipa

deveria ser concentrado na zona central do campo, permitindo a equipa ganhar a primeira e a

segunda bola e, assim, passar para a fase ofensiva.

Na figura 22 encontram-se esquematizados os condicionamentos a atuar no momento de

pontapé de baliza adversário.

Figura 21- Lançamentos de linha lateral defensivos (da esquerda para a direita).

Page 50: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

50

E. Reposição de bola

Na reposição de bola defensiva, a equipa posicionava-se dentro do sistema de jogo, com a

linha defensiva e intermédia mais baixa no campo de modo a evitar passes longos para o espaço

nas costas.

Na figura 23 encontra-se esquematizado o posicionamento inicial a adotar na reposição de

bola defensivo.

Figura 22- Pontapés de baliza defensivos (da esquerda para a direita).

Figura 23- Reposição de bola defensiva.

Page 51: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

51

2. Definição dos Objetivos

Embora o clube já conte na sua história várias participações no Campeonato Nacional e de ser

um clube ambicioso que procura sempre fazer mais e melhor, esta época tratou-se de um ano de

afirmação. Tratando-se de um clube virado para a formação de atletas e homens, o objetivo passa

por dotar os atletas de capacidades e competências que lhes permita afirmarem-se num

campeonato exigente e que, no futuro, venham a refletir essas capacidades nos escalões superiores

do clube para que se atinjam os objetivos de ter as equipas de futebol juvenil e sénior a participar

em campeonatos nacionais.

Desta feita, para orientar e coordenar o trabalho realizado durante o estágio, foram definidos

objetivos em duas grandes áreas: objetivos de intervenção profissional e objetivos a atingir com

a população alvo.

2.1. Objetivos de intervenção profissional

Ao nível dos objetivos de intervenção profissional, podemos destacar as seguintes dimensões:

planeamento, intervenção, gestão, controlo e avaliação, valores, direitos e deveres.

2.1.1. Planeamento

Nos objetivos do planeamento, foram definidas três dimensões de intervenção:

▪ Dimensão 1: Participação no planeamento da preparação da época desportiva, abrangendo a

definição de objetivos (competitivos e pessoais), do modelo de treino e jogo, calendarização

dos jogos de preparação, construção de macrociclos e mesociclos e participação em reuniões.

Tabela 6- Objetivos de planeamento: dimensão 1.

Estratégias

1. Participação em reuniões estabelecidas pelo treinador principal e/ou

direção, expondo o ponto de vista e as ideias, quando estes foram

solicitados;

2. Ter acesso ao planeamento, analisar, definir aspetos de melhoria e

apresentar ao treinador principal.

Avaliação

Reflexão sobre o planeamento, procurando avaliar a participação nesta

preparação, a definição dos objetivos e a construção dos macrociclos e

mesociclos.

Periodização Durante o período de preparação para a competição – julho e agosto.

Análise e reflexão A preparação da época desportiva começou a ser delineada pela equipa

técnica – Bruno Gomes, João Paraíso e Hugo Magalhães-, a cerca de

Page 52: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

52

três semanas do seu início. Nessa primeira reunião, foi iniciado e

analisado todo o planeamento da pré-época (macrociclos, mesociclos,

microciclos e sessões de treino), com sugestões de todas as partes. Uma

das particularidades para a organização dos primeiros microciclos, para

além de serem de caráter preparatório, existia a dificuldade de ter um

elevado número de jogadores em observação, o que dificultou a

introdução, com maior incidência, da forma de jogar. A partir do

período competitivo, o planeamento foi realizado microciclo a

microciclo, definido e debatido em conjunto com base na estratégia e

características dos adversários. Destas tarefas, contribuímos na

calendarização de jogos de preparação, na marcação e planeamento das

atividades a decorrer no estágio, nas reuniões com a direção, diretores e

pais do escalão, servindo esta para apresentação da época desportiva,

com a definição de objetivos coletivos competitivos (manutenção no

campeonato nacional) e métodos de trabalho (dias, horários e orgânica

do treino).

▪ Dimensão 2: Participação no planeamento de microciclos e sessões de treino (completa ou

algumas fases da sessão de treino e/ou determinados exercícios de treino).

Tabela 7- Objetivos de planeamento: dimensão 2.

Estratégias

1. Participação ativa em reuniões da equipa técnica para a definição e

construção dos microciclos e sessões de treino;

2. Análise e discussão acerca do planeamento proposto pelos pares;

3. Apresentação de sugestões de planeamentos, tendo em conta o

modelo de jogo.

Avaliação Reflexão sobre o planeamento, procurando avaliar a participação nesta

preparação e a construção dos microciclos e sessões de treino.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

O planeamento de todos os microciclos e sessões de treino foram

pensados, separadamente, pela equipa técnica e discutidos, em conjunto.

Existiram alguns períodos ao longo da época, por motivos profissionais,

que o treinador principal esteve ausente do processo e, assim, ficou a

cargo dos dois treinadores adjuntos, mantendo a orgânica do processo

do planeamento até aqui fomentado. A organização espácio-temporal da

sessão de treino foi da responsabilidade dos treinadores adjuntos,

Page 53: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

53

inclusive a ordenação e planificação do espaço de treino e dos espaços

dos exercícios, de forma a permitir rápidas transições entre os exercícios

e aproveitando os espaços e materiais comuns entre exercícios,

racionalizando o espaço entre todos os exercícios da sessão de treino,

evitando a montagem/desmontagem nas transições dos exercícios. A

preparação prévia da requisição do material, bem como, quando

possível, da montagem nos períodos que antecedem o treino (quando o

espaço estava livre) foi da responsabilidade dos treinadores adjuntos.

Existiu liberdade para, em caso de análise, ajustar, de forma pertinente

e relevante, a própria orgânica e condicionantes presentes (por exemplo,

a falta de jogadores não prevista). A desmontagem dos exercícios foi da

responsabilidade dos treinadores adjuntos de modo a encurtar os

períodos de descanso dos jogadores e efetivar a prática desportiva dos

atletas, onde apenas na fase final da sessão de treino, os jogadores é que

eram responsáveis pelo transporte do material e o acondicionamento

deste nas devidas instalações.

▪ Dimensão 3: Participação no planeamento da estratégia de jogo e no aquecimento do jogo.

Tabela 8- Objetivos de planeamento: dimensão 3.

Estratégias

1. Participação em reuniões da equipa técnica de preparação do jogo;

2. Análise e discussão acerca do planeamento proposto pelos pares;

3. Construção do aquecimento, direcionado para os objetivos do jogo e

congruentes com o modelo de jogo.

Avaliação Reflexão sobre o planeamento, procurando avaliar a participação nesta

preparação e a construção do aquecimento e plano de jogo.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

No que respeita à participação no plano de jogo, participámos no

processo de tomada de decisão da seleção dos jogadores para a

convocatória e para o onze inicial, processo este discutido por toda a

equipa técnica. Devido às limitações em termos de qualidade face às

exigências do campeonato em disputa, estas decisões cingiram sempre

com base no rendimento durante o microciclo, no rendimento dos

jogadores no jogo anterior, nas características do adversário e estratégia

a adotar. Na preparação do jogo, a tarefa e responsabilidade de preparar

o material para o jogo, especialmente para o aquecimento (sinalizadores,

Page 54: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

54

coletes e bolas) foi-nos designada. O aquecimento também era planeado,

em conjunto, durante a semana tendo em conta os objetivos e a estratégia

para o jogo. No aquecimento pré-jogo tivemos, portanto,

responsabilidades no planeamento, preparação, execução e

monitorização. Procurámos ter uma lógica de aumento de complexidade

e intensidade, iniciado por situações de passe curto (a dois toques),

mobilização geral, situação de manutenção de posse de bola (ajustando

o objetivo e as condicionantes ao objetivo e estratégia de jogo),

finalização por combinação direta e, terminando, com velocidade de

reação.

2.1.2. Intervenção

Nos objetivos da intervenção, foram definidas quatro dimensões de intervenção:

▪ Dimensão 1: Instrução e discurso fluído, breve e claro, com a apresentação das ideias chave

(forma, espaço, orgânica, objetivo e condicionantes, conforme as estratégias de manipulação

dos exercícios).

Tabela 9- Objetivos da intervenção: dimensão 1.

Estratégias

1. Treinar (repetição) com gravação de vídeo e/ou aúdio com objetivo

de aperfeiçoar a dicção, o encadeamento da instrução e controlar o

tempo, estabelecendo o tempo ideal de instrução;

2. Preparar questões de descoberta guiada, que vá ao encontro dos

objetivos do exercício de treino;

3. Preparar demonstrações (seja eu próprio a executar, seja outro jogador

a executar, ou com o quadro técnico ou outro material de treino).

Avaliação

1. Gravação, em alguns momentos, da sessão de treino, para analisar e

refletir sobre a instrução (verificando o encadeamento da instrução,

questões guiadas, possíveis demonstrações e tempo de instrução);

2. Reflexão da dimensão instrução, procurando estabelecer uma relação

entre as estratégias planeadas, as estratégias utilizadas e a influência que

estas tiveram no exercício de treino, de forma a avaliar:

a. Cumprimento temporal;

b. Dicção da instrução;

c. Encadeamento da instrução;

Page 55: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

55

d. Colocação de questões guiadas;

e. Utilização da demonstração.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Procurámos sempre que a instrução fosse fluída, breve e clara,

apresentando as ideias chave (objetivos, descrição e critérios de êxito)

do exercício de treino. Para isto acontecer, foram preparadas estratégias,

como por exemplo, preparar antecipadamente a instrução, com a

construção do discurso e das ideias chaves a apresentar, a preparação de

questões de descoberta guiada e preparação de demonstrações. À

medida que a época avançou, a evolução no processo de instrução foi

significativa, pelo que, a partir do final da 1ª fase, a preparação da sessão

de treino e da instrução foi realizada mais naturalmente. Como o

planeamento da sessão de treino era realizado em conjunto, e sabíamos

quais os exercícios a apresentar adaptámo-nos de acordo com a

experiência e o à-vontade dos treinadores em apresentar determinado

exercício, levando a uma divisão de tarefas e adaptação ao contexto de

cada um. Através da análise de áudio, permitiu-nos perceber as

dificuldades iniciais que tivemos, essencialmente no encadeamento da

instrução, aspeto este que foi corrigido com base na preparação e

repetição, ao longo da época.

▪ Dimensão 2: Feedback específico, de acordo com os critérios de êxito definidos no

planeamento, para cada exercício da sessão de treino.

Tabela 10- Objetivos de intervenção: dimensão 2.

Estratégias

1. Estabelecer perguntas, de descoberta guiada, no sentido de indicar

comportamentos alternativos que levem à realização, com sucesso, da

ação do jogador, rumo ao objetivo delineado;

2. Preparar demonstrações para que possam ser esclarecidos

determinados critérios de êxito e, assim, serem aperfeiçoados

comportamento do jogador em execução;

3. Preparar palavras-chave que possam servir de guia para todo o

processo de intervenção no exercício de treino, em função de diversas

possibilidades (sucesso ou insucesso) que possam acontecer durante a

execução do exercício.

Page 56: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

56

Avaliação

1. Gravação, em alguns momentos, da sessão de treino, para analisar e

refletir sobre o feedback (verificando o tipo e quantidade de feedback,

demonstrações e resposta por parte dos jogadores);

2. Reflexão da dimensão feedback, procurando estabelecer uma relação

entre as estratégias planeadas, as estratégias utilizadas e a influência que

estas tiveram no exercício de treino, de forma a avaliar:

a. Utilização de perguntas de descoberta guiada;

b. Utilização de demonstrações;

c. Utilização de feedback específico e relacionado com os critérios

de êxito;

d. Relação do feedback específico com as respostas dos jogadores

e as alterações no seu comportamento.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Procurámos focar na especificidade do feedback, através da sua relação

com os critérios de êxito delineados para cada exercício, utilizando

várias estratégias: estabelecer perguntas de descoberta guiada

(explicação de determinados aspetos técnico-táticos), a utilização de

demonstrações (intervindo antes ou durante o exercício, solicitando

determinados comportamentos e ações dos jogadores) e preparação de

palavras-chave (direcionadas para o tipo de exercício e objetivos do

mesmo), tendo por base o planeamento do microciclo realizado. Na fase

inicial da época, as dificuldades no feedback específico, visualizadas em

vídeo, prenderam-se, em alguns momentos, perceber o momento de

intervenção e na seleção da estratégia adequada para determinada

situação, que foi corrigida ao longo da época com aquisição de

experiência e analisando os comportamentos do treinador principal.

▪ Dimensão 3: Feedback motivacional de acordo com as exigências e características dos

exercícios.

Tabela 11- Objetivos de intervenção: dimensão 3.

Estratégias

1. Preparar palavras-chave e/ou expressões a utilizar no exercício, tendo

em conta:

a. Exercício de dominante técnico-tática, onde se procura: se o

comportamento e ação for realizada corretamente, deve-se

Page 57: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

57

reforçar e valorizar; se o comportamento e ação for realizada de

forma insuficiente, deve-se motivar e encorajar, valorizando o

esforço do jogador;

b. Exercício de dominante física, onde se procura: motivar para a

realização do exercício; elogiar o esforço do jogador.

2. Estruturar o feedback motivacional em função dos resultados.

Avaliação

1. Gravação, em alguns momentos, da sessão de treino, para analisar e

refletir sobre o feedback (verificando o feedback motivacional e as

respostas dos jogadores;

2. Reflexão da dimensão feedback, procurando estabelecer uma relação

entre as estratégias planeadas, as estratégias utilizadas e a influência que

estas tiveram no jogador, de forma a avaliar:

a. Utilização do feedback motivacional durante o exercício

perante o coletivo;

b. Utilização do feedback motivacional durante o exercício

perante o individual;

c. Relação do feedback com as possíveis respostas dadas pelos

jogadores.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

O feedback motivacional foi utilizado com muita frequência ao longo

de cada sessão de treino, explorando momentos específicos associados

à falta de autoconfiança ou baixa autoestima, quer individual, quer

coletiva, derivada, principalmente, de resultados negativos. Podemos

encontrar, portanto, uma estreita relação desta dimensão com a perceção

que temos enquanto treinadores, sendo que esta perceção foi refinada ao

longo da época, à medida que íamos analisando os comportamentos do

treinador principal. Com a gravação em vídeo, foi-nos permitido refletir

sobre se os feedbacks instruídos produziram o tipo de resposta que se

pretendia e, na maioria dos casos, conseguisse obter resultados

positivos.

▪ Dimensão 4: Intervenção nos diversos momentos associados à competição –

análise do adversário, aquecimento, decisões antes e durante o jogo e reflexão do jogo.

Page 58: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

58

Tabela 12- Objetivos de intervenção: dimensão 4.

Estratégias

1. Realização da observação e análise do adversário (vídeo ou

informações recolhidas);

2. Aplicação do planeamento do aquecimento pré-jogo;

3. Participação ativa na tomada de decisões e discussão de ideias e

soluções durante o momento competitivo;

4. Participação em reuniões de equipa técnica de análise e preparação do

jogo.

Avaliação

1. Gravação em vídeo dos jogos de forma a realizar a observação e

análise do adversário, auxiliando na reflexão do jogo;

2. Reflexão da intervenção durante o aquecimento pré-jogo e jogo.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

A intervenção dos diversos momentos associados à competição ocorreu

a vários níveis. A observação e análise da equipa adversária foi realizada

pela equipa técnica, em conjunto, debatendo análises individuais e

construindo pontos fulcrais que procurassem o sucesso na preparação do

jogo. Esses pontos procuravam a caracterização estatística (ataques,

remates e esquemas táticos), a caracterização coletiva e previsão do

sistema tático, a caracterização individual e previsão do onze titular e

outros aspetos relevantes. Durante o jogo, a intervenção consistiu na

correção de posicionamentos individuais ou setoriais, feedbacks

específicos e motivacionais (incentivos e encorajamento). Antes de

quaisquer alterações na estrutura da equipa, eram debatidos pela equipa

técnica com base na análise de cada um, nomeadamente na alteração do

sistema tático, alteração de posicionamento ou em eventuais

substituições e modificações na estratégia. Após cada jogo, a equipa

técnica reuniu-se para realizar uma introspeção sobre o mesmo, de

forma a que no dia seguinte a análise de cada um incidisse em vários

pontos fundamentais para a preparação do próximo microciclo, entre os

quais abordava-se os aspetos positivos e negativos e definia-se

estratégias para desenvolvimento e melhoramento desses aspetos.

2.1.3. Gestão

Nos objetivos de gestão, foram definidas três dimensões de intervenção:

Page 59: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

59

▪ Dimensão 1: Posicionamento o mais correto possível, de forma a visualizar todo o exercício,

a equipa técnica e controlar e gerir todo o exercício.

Tabela 13- Objetivos de gestão: dimensão 1.

Estratégias

1. Planear, aquando do planeamento do microciclo, o posicionamento

de acordo com o descrito na dimensão 1;

2. Discutir o posicionamento com a equipa técnica, com o objetivo de

este ser o mais adequado aos objetivos e pretensões desta.

Avaliação

Respeitar os posicionamentos planeados previamente como auxiliar de

reflexão da dimensão para análise dos posicionamentos, estabelecendo

uma relação entre os posicionamentos planeados e os posicionamentos

efetuados e a sua relação para o êxito do mesmo no aspeto de controlo e

gestão do exercício.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Procurámos delinear estratégias de posicionamento de modo a termos

diferentes pontos de foco, de forma a controlar e gerir o processo e

direcionado para o que estava definido – visualização de todo o

exercício e da equipa técnica. Na esquematização dos exercícios na

sessão de treino encontravam-se os posicionamentos do treinador

principal e treinador adjunto, não existindo distinção. O treinador

principal adotava, frequentemente, outro posicionamento mais próximo

dos jogadores, para que estes sentissem a sua presença e o seu feedback

e, assim, aumentar a intensidade do exercício. A reflexão era efetuada

no momento conforme as exigências e condicionantes (gestão das bolas,

etc.) do próprio exercício.

▪ Dimensão 2: Gestão correta do exercício nos domínios de construção de condicionantes,

facilitadoras e dificultadoras, que permitam adaptar o exercício ao tipo de resposta dada pelos

jogadores, durante a execução do mesmo, bem como na construção de possíveis variantes de

atuação e modificação do exercício em função de questões meteorológicas e de material e,

por fim, na construção de diferentes regras que possam aumentar, em função do momento, o

êxito de execução dos jogadores no exercício.

Page 60: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

60

Tabela 14- Objetivos de gestão: dimensão 2.

Estratégias

1. Planear condicionantes facilitadores (caso se verifique dificuldade na

realização do exercício) e dificultadoras (caso se verifique facilidade na

realização do exercício);

2. Planeamento de variantes face aos diversos fatores que possam

influenciar a correta realização do exercício, tendo a capacidade de atuar

no momento, na sessão de treino;

3. Planeamento de regras/normas que possam influenciar a correta

realização do exercício, tendo a capacidade de atuar no momento, na

sessão de treino.

Avaliação

Gravação em vídeo da sessão de treino como auxiliar na reflexão na

dimensão de gestão do exercício no sentido de estabelecer uma relação

entre as estratégias planeadas, as estratégias aplicadas e a resposta dos

jogadores, perante as tomadas de decisão, avaliando:

a. Aplicabilidade e eficácia das condicionantes;

b. Aplicabilidade e eficácia das variantes;

c. Aplicabilidade e eficácia das regras/normas.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Para cada exercício, foram definidas à priori condicionantes, variantes

e regras que poderiam ser manipuláveis conforme os comportamentos

verificados durante a execução dos exercícios, em função do objetivo.

As condicionantes facilitadoras consistiam, por exemplo, na criação de

superioridade numérica e execução de menos tarefas, através da

fragmentação do exercício e, as condicionantes dificultadoras

consistiam, por exemplo, retirar superioridades ou igualdades

numéricas, colocação de mais bolas ou condicionar o número de toques

por jogador (jogar a 2 ou 3 toques). Não se efetuaram muitas gravações

em vídeo, no entanto, a reflexão foi sempre realizada em conjunto com

os outros elementos da equipa técnica no final de cada sessão de treino,

procurando ajustar as estratégias adotadas a futuras aplicações.

Page 61: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

61

▪ Dimensão 3: Promover aos jogadores o maior tempo de prática motora possível.

Tabela 15- Objetivo de gestão: dimensão 3.

Estratégias

1. Procurar que a instrução seja o mais breve possível, respeitando as

estratégias tomadas na dimensão instrução;

2. Planear estratégias para que o tempo de transição entre cada exercício

possa ser o mais reduzido possível, ao nível dos seguintes fatores:

a. Hidratação;

b. Transição entre cada exercício.

Avaliação

Reflexão da dimensão de gestão do exercício, procurando relacionar as

estratégias planeadas, as estratégias efetuadas e a execução tomada pelos

jogadores, avaliando:

a. Tempo de transição;

b. Eficácia das estratégias utilizadas na transição, no sentido de

aumentar o tempo de prática motora de cada jogador.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Para aumentar o tempo de prática motora, recorremos às seguintes

estratégias: diminuição no tempo de instrução, com a preparação desta

mencionada anteriormente na dimensão instrução; diminuição do tempo

de hidratação com a contagem em voz alta do tempo, sendo que os

jogadores que não respeitassem os tempos eram castigados com tarefas

físicas (flexões de braços, saltos com agachamento ou abdominais);

diminuição do tempo de transição entre cada exercício, desenvolvendo

uma montagem antecipada e encadeada dos exercícios, como

determinada no planeamento da sessão de treino.

2.1.4. Controlo e avaliação

Nos objetivos de controlo e avaliação, foi definida uma dimensão de intervenção:

▪ Dimensão 1: Promover uma capacidade de reflexão, controlo e avaliação ao nível

do microciclo e da sessão de treino.

Tabela 16- Objetivos de controlo e avaliação: dimensão 1.

Estratégias

1. Análise de cada exercício, nos seguintes aspetos:

a. Construção;

b. Relação com os objetivos da sessão de treino;

Page 62: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

62

c. Pontos positivos;

d. Pontos negativos;

e. Aspetos de melhoria.

2. Análise de cada exercício, nos seguintes domínios:

a. Instrução;

b. Feedback;

c. Gestão do exercício.

Avaliação Reflexão da sessão de treino, sendo que cada exercício será alvo de

reflexão, tendo por base as estratégias e os pontos delineados.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

No final de cada sessão de treino, existiu uma discussão entre equipa

técnica sobre a sessão de treino realizada, analisando e refletindo,

exercício a exercício, os domínios mencionados nas estratégias. Esta

reflexão permitiu perceber a importância e aplicação dos princípios

metodológicos na construção da sessão de treino, essenciais no

desenvolvimento de competências cognitivas, bem como incrementar

competências profissionais de atuação no contexto desportivos,

determinantes no exercício da função de treinador.

2.1.5. Valores, direitos e deveres

Nos objetivos de valores, direitos e deveres, foram definidas três dimensões de intervenção:

▪ Dimensão 1: Incitar e cumprir as regras do Sport Clube Leiria e Marrazes, discriminadas no

Regulamento Interno do clube.

Tabela 17- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 1.

Estratégias Análise das regras inerentes ao Sport Clube Leiria e Marrazes.

Avaliação 1. Aplicação das regras;

2. Promoção das regras aos jogadores.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Antes de poder assumir as funções, foi imperatório analisar e refletir

sobre o regulamento e as normas por que se rege o clube. Para além de

ser um clube onde o foco é o futebol de formação, o clube também sente

a responsabilidade de formar os jogadores em Homens. Daí, essa

responsabilidade ser assumida, primeiramente, pela direção e

Page 63: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

63

seccionistas e, depois, por quem contacta com a população alvo – os

treinadores. A partir desse momento, procurámos sempre promover boas

práticas e incutir certas regras aos jogadores, nomeadamente o uso de

fato de treino nos dias de jogo, uma conduta correta nos jogos em casa

e fora, pois, do nosso ponto de vista, são os jogadores e os pais que dão

a imagem pelo clube. As regras que aplicámos foram a utilização do fato

de treino do clube no treino e jogos e o respeito por todos.

▪ Dimensão 2: Responsabilidade em representar o Sport Clube Leiria e Marrazes, tendo em

conta fatores como: história e passado do clube, influência regional no âmbito desportivo e a

importância para o clube de ter equipas de formação nos campeonatos nacionais.

Tabela 18- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 2.

Estratégias 1. Análise da história e valores do Sport Clube Leiria e Marrazes.

Avaliação

1. Consciencialização do clube que estou a representar, tendo em conta

a sua história a nível regional;

2. Emprego de comportamentos e atitudes dignos da representação do

Sport Clube Leiria e Marrazes.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Para além de conhecermos o clube, procurámos aprofundar o

conhecimento sobre a história, a nível da formação e do futebol sénior.

Tal como mencionado anteriormente, o clube atravessava um momento

de revitalização e de crescimento após um período mais conturbando por

má gestão administrativa. Então, foi fundamental perceber e passar a

mensagem a toda a comunidade marrazense do período que o clube

atravessava, para assim compreender o processo evolutivo que se

procurou, pela direção, coordenadores e treinadores, atingir.

▪ Dimensão 3: Ser assíduo e pontual, estando presente em todas as sessões de

treino, todos os jogos e todas as reuniões, respeitando os horários para cada um.

Tabela 19- Objetivos de valores, direitos e deveres: dimensão 3.

Estratégias

1. Definição de regras de pontualidade e assiduidade:

a. Chegar, no máximo, 30 minutos antes do início de cada sessão

de treino;

Page 64: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

64

b. Chegar, no máximo, 10 minutos antes da hora marcada para o

início da concentração.

Avaliação 1. Estar presente em todos os momentos em que esteja convocado;

2. Chegar sempre no horário pré-definido.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Estivemos presentes em todas as sessões de treino, todos os jogos e todas

as reuniões, quer do clube, quer da equipa, chegando sempre antes da

hora prevista, respeitando sempre os horários propostos, com o objetivo

de reunir com a equipa técnica e preparar o momento que se seguia.

2.2. Objetivos a atingir com a população alvo

De acordo com a função a exercer e a caracterização do contexto envolvido, deverão ser

expostos objetivos que se pretendem atingir, em termos individuais, com cada jogador, e

coletivos, englobando a equipa.

Nos objetivos a atingir com a população alvo podemos destacar aos seguintes objetivos:

relacionais e competitivos.

2.2.1. Relacionais

Nos objetivos do estabelecimento de relações, foram definidas seis dimensões de intervenção:

▪ Dimensão 1: Desenvolver a interação com a comunidade do Sport Clube Leiria e Marrazes.

Tabela 20- Objetivos relacionais: dimensão 1.

Estratégias 1. Estar predisposto a ajudar e colaborar em tarefas que sejam solicitadas

previamente.

Avaliação Colaboração e cooperação em todo e qualquer momento, naquilo que

for necessário, promovendo uma interação positiva.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Quando foi necessário e informado, colaborámos e cooperámos em

todas as atividades realizadas pelos SCL Marrazes, tais como:

organização de torneios; organização do jantar de natal e festa de

encerramento do clube; organização e monitorização do campo de férias

(realizado no final do mês de junho); observação e scouting de jogadores

Page 65: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

65

para preparação da época desportiva 2018/2019; auxiliar outros escalões

em termos do fornecimento de material e informações relevantes.

▪ Dimensão 2: Desenvolver a interação com os jogadores.

Tabela 21- Objetivos relacionais: dimensão 2.

Estratégias

1. Desenvolver momentos de interação positiva com os jogadores antes

das sessões de treino e dos jogos;

2. Cumprimentar todos os jogadores antes e depois das sessões de treino

e jogos;

3. Falar com os jogadores sobre assuntos que estes achem pertinentes;

4. Utilização de feedback positivo no processo de treino e jogo, para que

isso se possa refletir no desempenho dos jogadores.

Avaliação Promoção de uma relação positiva jogador-treinador.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Promoveu-se, com os jogadores, uma relação positiva jogador-treinador

procurando-se, em todas as sessões do treino, desenvolver pequenos

jogos e brincadeiras com eles, como por exemplo “meínhos” e “toques

sem deixar a bola cair no chão” e, estabelecer conversas, dentro dos

interesses de cada um, nomeadamente temas relacionados com futebol

e o rendimento escolar.

▪ Dimensão 3: Desenvolver a interação com a equipa técnica.

Tabela 22- Objetivos relacionais: dimensão 3.

Estratégias

1. Participação em diversas atividades em equipa técnica (ver jogos,

treinos, etc.);

2. Partilha de conhecimentos e experiências;

3. Desenvolvimento de uma relação baseada na confiança e honestidade.

Avaliação Desenvolvimento de uma relação sustentada num espírito de amizade,

companheirismo e confiança.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Com os treinadores, foi estabelecida uma relação de confiança e

cordialidade, com base na participação de atividades em equipa técnica,

como por exemplo, ver jogos de outros escalões e de outros clubes,

Page 66: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

66

partilha de conhecimentos e experiência, em contexto pessoal,

profissional e desportivo.

▪ Dimensão 4: Desenvolver a interação com outros alunos do mestrado e ex-colegas de

licenciatura.

Tabela 23- Objetivos relacionais: dimensão 4.

Estratégias Realização de reuniões com outros alunos de mestrado e ex-colegas para

partilha e reflexão de experiências.

Avaliação Partilha e reflexão com outros alunos de mestrado e ex-colegas de

licenciatura.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Esporadicamente, realizámos momentos de “café” para partilha de

conhecimentos e de experiências com outros alunos de mestrado e ex-

colegas de licenciatura, tendo em vista o contexto de estágio em que

cada um estava inserido, o desenvolvimento do conhecimento e

competências de cada um, definindo estratégias de melhoria.

▪ Dimensão 5: Desenvolver a interação com os pais.

Tabela 24- Objetivos relacionais: dimensão 5.

Estratégias

1. Cumprimentar sempre os pais em dias de treinos e jogos;

2. Remeter quaisquer assuntos ou abordagens para o treinador

principal/seccionista/coordenador.

Avaliação Manter relação de respeito e cooperação.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Com os pais foi estabelecida uma relação positiva, onde existia respeito

e cooperação para que as coisas corressem da melhor forma. Existiram

algumas abordagens para temas/assuntos fora do meu âmbito, as quais

foram dirigidas para as pessoas responsáveis por esses mesmos assuntos.

Page 67: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

67

▪ Dimensão 6: Desenvolver a interação com outros agentes desportivos.

Tabela 25- Objetivos relacionais: dimensão 6.

Estratégias Ser cooperante e colaborar com todos os agentes desportivos, em todo e

qualquer momento.

Avaliação Desenvolvimento de relações positivas com todos os agentes

desportivos.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Procurou-se estabelecer uma relação positiva com os agentes

desportivos, nomeadamente com treinadores e dirigentes de outros

clubes, nem sempre conseguido por ambas as partes, devido ao conflito

de interesses existentes face ao contexto competitivo inserido.

2.2.2. Competitivos

Nos objetivos competitivos, foram definias quatro dimensões de intervenção:

▪ Dimensão 1: Assegurar a manutenção no Campeonato Nacional de Juniores C, organizado

pela Federação Portuguesa de Futebol.

Tabela 26- Objetivos competitivos: dimensão 1.

Avaliação Análise da classificação.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Foi assegurada a manutenção no Campeonato Nacional de Juniores C.

Na primeira fase, série D, obteve-se o sétimo lugar, qualificando a

equipa para a fase de manutenção onde, igualmente na série D, obteve o

quarto lugar, garantindo a manutenção.

▪ Dimensão 2: Procurar que a equipa tenha uma média de pontos conquistados superior na 2ª

fase – Fase de Manutenção, em comparação com a 1ª fase.

Tabela 27- Objetivos competitivos: dimensão 2.

Avaliação Análise dos pontos conquistados na 1ª fase e na 2ª fase.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Page 68: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

68

Análise e reflexão

O objetivo foi cumprido. Na 1ª fase, fruto de 3 vitórias, 2 empates e 6

derrotas, conquistaram-se 11 pontos, perfazendo uma média de 1.1

pontos por jogo. Por sua vez, na 2ª fase foram conquistados 19 pontos

em 14 jogos, fruto de 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, perfazendo uma

média de 1.4 pontos por jogo.

▪ Dimensão 3: Procurar que a equipa termine com goal average (diferença entre golos

marcados e sofridos) positivo.

Tabela 28- Objetivos competitivos: dimensão 3.

Avaliação Garantir um goal average positivo no Campeonato Nacional Juniores C.

Periodização Durante toda a época desportiva - julho a maio.

Análise e reflexão

Na primeira fase, inserido na série D, o objetivo não foi cumprido,

terminando com uma diferença de golos negativa (-16, fruto de 7 golos

marcados e 23 golos sofridos). Na segunda fase, o objetivo foi cumprido,

terminando com uma diferença de golos positiva (+1, fruto de 15 golos

marcados e 14 sofridos).

▪ Dimensão 4: Introduzir, adquirir e consolidar o modelo de jogo da equipa.

Tabela 29- Objetivos competitivos: dimensão 4.

Avaliação

Reflexão vocacionada na aprendizagem e consolidação do modelo de

jogo, estabelecendo uma relação entre o processo de treino e os

momentos competitivos.

Periodização Após o término da época desportiva – maio/junho.

Análise e reflexão

No geral, podemos afirmar que o modelo de jogo e as suas dinâmicas

foram adquiridas pela maior parte dos jogadores, quer de forma

individual, quer de forma coletiva. Neste sentido, foi fundamental

analisar, avaliar e refletir de uma forma mais pormenorizada, em

relação: a) sistema de jogo e missões; b) princípios gerais; c)

organização ofensiva; d) organização defensiva; e) transição ofensiva;

f) transição defensiva; g) esquemas táticos ofensivos; h) esquemas

táticos defensivos.

Page 69: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

69

O sistema de jogo mais utilizado foi o 1:4:4:2, nomeadamente no início

da 2ª fase e momento fundamental para a concretização do objetivo

proposto. A alteração de sistema de jogo teve em conta diversos fatores,

entre os quais as características dos melhores jogadores, a fluidez de

jogo face ao princípio geral adaptado e à dificuldade dos adversários em

lidar com dois jogadores mais avançados. Tal como mencionado, a

época iniciou com a implementação de um sistema de 1:4:3:3, com duas

dinâmicas distintas, mas após alguns jogos de preparação e competitivos

e por não termos jogadores com características para jogar nas alas

(extremos puros ou avançados interiores), promoveu-se à alteração para

o 1:4:4:2, reforçando a zona do meio-campo com maior número de

jogadores e mais consistência, onde a largura era dada pelos defesas

laterais que subiam pela linha, procurando aproveitar a despovoação

nessas zonas. Em relação às missões táticas, as maiores dificuldades

sentidas foi ao nível dos avançados (em ambos os sistemas). Embora, na

nossa opinião, termos um par de jogadores com capacidade e potencial

para fornecerem e executarem aquilo que foi delineado para os

jogadores mais adiantados, esses jogadores nunca foram capazes de

corresponder ao que era esperado, e daí também a falta de eficácia da

equipa e o reduzido número de golos marcados. Por outro lado, foi de

realçar a perceção e evolução verificada ao nível da linha média da

equipa, onde se encontravam os nossos melhores jogadores e que muito

progrediram, tanto na ocupação e racionalização do espaço de jogo,

como na qualidade dada na criação de linhas de passe e do próprio passe

na primeira e segunda fase de construção da organização ofensiva.

O princípio geral – valorizar a bola – foi adquirido por todos os

jogadores. Tendo assumido o compromisso com os jogadores de adotar

este princípio, os jogadores mostraram-se disponíveis e com capacidade

de aplicá-lo de forma eficaz, embora tivessem sentido algumas

dificuldades numa primeira fase da época.

Respeitando a organização ofensiva, o MJO maioritariamente adotado

em contexto de jogo foi o ataque posicional, embora contra alguns

adversários, como a UD Leiria e EAS Marinha Grande se tenha

privilegiado o contra-ataque, devido à maior capacidade dos

adversários.

Page 70: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

70

A primeira fase de construção foi adquirida e desenvolvida de forma

positiva e com sucesso, onde a variabilidade de opções permitiu, em

diferentes contextos, com maior ou menor pressão do adversário,

estabelecer uma ligação bem-sucedida com o setor médio. Por sua vez,

a segunda fase de construção foi o conteúdo que teve maior evolução e

onde se procurou dar ferramentas aos jogadores para se conseguirem

adaptar a diferentes contextos e conseguirem levar a melhor face ao

adversário. Foram estabelecidas diversas dinâmicas, com e sem bola, em

função do local da bola, procurando a ocupação e criação de espaço

livre, estabelecendo uma relação entre o setor médio e avançado. Por

fim, a terceira fase de construção foi o segmento onde a equipa

apresentou mais dificuldades na sua aprendizagem e aplicação em jogo,

onde apresentou falta de eficácia e, até mesmo, falta de qualidade dos

jogadores que lá ocuparam, refletindo-se no número de golos marcados

pela equipa durante a época. As situações eram criadas em grande

número, no entanto o que faltou foi, exatamente, o momento de

finalização.

Para a organização defensiva, o MJD desenvolvido foi a defesa à zona,

respeitando o modelo de jogo adotado, adaptando o bloco e zonas de

pressão face ao adversário em questão, nomeadamente em jogos com a

UD Leiria e EAS Marinha Grande, definindo, estrategicamente, um

bloco médio-baixo.

A primeira fase de pressão foi determinada pelo tipo de bloco utilizado.

Na maioria dos jogos, adotando um bloco médio-alto, procurou-se

condicionar a saída do adversário, com sucesso, obrigando os

adversários a jogar para zonas desertas ou zonas onde a probabilidade

de a nossa equipa recuperar a bola era maior. Por sua vez, na segunda

fase de pressão, a equipa adaptou-se com sucesso ao pretendido,

ressentindo alguma falta de intensidade e agressividade na fase inicial

da época, daí os resultados não terem sido os pretendidos nessa fase. Por

fim, na terceira fase de pressão, a equipa manteve-se com uma

organização estável, realizando com sucessos as missões trabalhadas e

idealizadas, onde os golos surgiam de erros isolados com execuções

deficientes (contenção, cabeceamento e posicionamento individual na

estrutura e setor).

Page 71: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

71

No âmbito da transição ofensiva, a equipa procurou sempre, sem

precipitação, manter a posse de bola e, apenas em zonas avançadas,

procurar os espaços livres e atacar rapidamente a baliza. Não surgiram

muitas situações de finalização provenientes de transições ofensivas.

Por sua vez, na transição defensiva, a equipa demonstrou algumas

dificuldades, nomeadamente na reação à perda da posse de bola,

melhorando ao longo da época, nomeadamente no nível de

agressividade e intensidade com que reagiam à perda da bola (individual

e coletivamente).

Para finalizar, os esquemas táticos (ofensivos e defensivos) são

considerados fundamentais no futebol moderno, acreditando que podem

ser decisivos para o resultado e desenrolar do jogo. Ofensivamente, a

equipa aproveitou, com sucesso, situações de livre e canto e,

defensivamente, não concedeu muitas oportunidades aos adversários,

levando a afirmar que foram nos esquemas táticos onde os jogadores

desenvolveram maior capacidade e consistência e que permitiram a

concretização do objetivo da época.

Page 72: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

72

3. Modelo de Treino

O modelo de treino é determinado pelo processo de treino que permite operacionalizar e

estabelecer uma elevada correlação com o modelo de jogo, materializando as ideias do treinador

(Mesquita, 2000). Deste modo, quanto maior o grau de congruência do modelo de treino, com a

implementação de metodologias específicas do treinador e o modelo de jogo, conceptualizado

pelo próprio treinador, maiores serão as possibilidades para uma superação constante dos

jogadores, de forma individual, e da equipa, de forma coletiva (Castelo, 2009).

Neste sentido, o modelo de treino é o suporte específico de preparação ao modelo de jogo que

se pretende implementar mediantes as dimensões de rendimento, como as dimensões técnico-

táticas, físicas e psicológicas (Garganta, 1997; Oliveira, 2004; Silva, 2008). Para Castelo e Matos

(2008), o modelo de treino é realizado através de diversos meios, métodos e formas, simulando a

competição o máximo possível, sendo que quanto maior a harmonia entre ambos, maiores são as

possibilidades de sucesso dos jogadores e da equipa.

Deste modo, o processo de treino passa pela prestação competitiva jogo a jogo, a partir de uma

permanente interação entre o modelo de jogo, a dinâmica obtida da equipa no jogo anterior

(aspetos positivos e negativos) e as características do próximo adversário (Silva, 2008).

3.1. Planeamento

O termo planear ou planificar refere-se à descrição e organização, antecipadamente, as

condições de treino, objetivos a atingir, os meios e métodos a aplicar, as fases teoricamente mais

importantes e exigentes da época desportiva, o que exige grande esforço de aplicação e reflexão,

mas proporciona inúmeras vantagens (Garganta, 1991). Por sua vez, Castelo (2004) entende a

planificação como um método que analisa, define e sistematiza as diferentes operações inerentes

à construção e desenvolvimento de uma equipa. Para Mourinho (2001) é o ato de preparar e

estabelecer um plano de atividades para realizar um conjunto de tarefas, o que pressupõe a

necessidade de determinar um conjunto de objetivos, meios, conteúdos e estratégias de os

alcançar, existindo a necessidade de reestruturar um modelo de ação.

De acordo com Castelo (1996), o planeamento distingue três tipos de planificação: a

planificação conceptual, a planificação estratégica e a planificação tática.

Page 73: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

73

Figura 24- Tipos de planificação, adaptado de Castelo (1996).

A planificação concetual entende-se pelo estabelecimento de um conjunto de linhas gerais e

específicas que procuram direcionar e orientar a trajetória da organização da equipa a curto-médio

prazo (Castelo, 1996), ou seja, exprime-se no modelo de jogo da equipa a partir da análise

organizacional da equipa no presente, pela conceção de jogo por parte do treinador na qual

incidem as tendências evolutivas da modalidade e pela definição das orientações do trabalho da

equipas e os meios para atingir os efeitos pretendidos.

Por sua vez, a planificação estratégica, segundo Castelo (1996), consiste na elaboração de

planos estratégicos de intervenção que se traduzem em alterações pontuais e temporárias da

expressão tática de base da equipa, influenciando a sua funcionalidade geral. Estas modificações

estabelecem-se em função dos conhecimentos e do estudo das condições objetivas sobre as quais

se realizará a futura confrontação desportiva.

A planificação tática é definida pela aplicação prática, isto é, pelo carater operativo da

planificação concetual e estratégica, procurando, de forma racional e oportuna, utilizar durante o

jogo as qualidades físicas, técnico-táticas e psicológicas, individuais e coletivas de todos os

jogadores que constituem a equipa, organizados e coordenados com vista à concretização dos

objetivos pré-estabelecidos (Castelo, 1996).

Segundo Costa e Santos (2011), cit. por Duarte (2015), a periodização envolve seis níveis

fundamentais do planeamento, partindo de um plano macro até às unidades de planeamento micro.

PLANIFICAÇÃO

CONCETUAL ESTRATÉGICA TÁTICA

Page 74: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

74

Figura 25- Níveis e Etapas de Planeamento, adaptado de Costa e Santos (2011).

O planeamento anual assume-se como a macroestrutura da periodização de uma época

desportiva. Geralmente, este planeamento corresponde a três períodos – o preparatório, que

corresponde à pré-época; o competitivo, que corresponde ao período de duração das provas

oficiais; o transitório, que corresponde ao término da época desportiva. Este nível é fortemente

dependente do calendário competitivo a que a equipa está sujeita durante a época.

Na grandeza do macrociclo, é fundamental ter em consideração a periodização do mesmo,

tendo em conta o calendário competitivo, as etapas, os períodos, os objetivos parciais e métodos

de treino, bem como a definição e planificação de conteúdos (Costa & Santos, 2011).

O mesociclo, segundo Castelo (2002), define-se como unidade estrutural da preparação

desportiva e é caracterizado por associar um conjunto de microciclos semelhantes que possuem

direções e objetivos idênticos, com vista na acumulação dos efeitos positivos pretendidos e por

produzir um significativo patamar de rendimento desportivo. Para Costa e Santos (2011), existem

alguns aspetos fundamentais a ter em conta no planeamento, nomeadamente a organização de

conteúdos, definindo quais os prioritários e quais os complementares, a progressividade,

ciclicidade e relacionamento de conteúdos e a dinâmica das cargas a médio prazo.

Por sua vez, o microciclo, para Castelo (1998), é constituído pela programação de sequências

de sessões de treino (geralmente semanal). Nesse microciclo existe uma repartição das cargas de

treino e dos objetivos pelas sessões de treino, respeitando os fatores de treino, procurando uma

evolução no nível de rendimento da equipa. Na construção dos microciclos é fundamental

considerar diversos fatores que possam influenciar o seu planeamento, como a análise do jogo

anterior, a análise da equipa adversária do próximo jogo, a definição, organização e estruturação

Nív

eis/

Eta

pas

de

Pla

nem

ento

Planeamento Anual

Macrociclo

Mesociclo

Microciclo

Sessão de Treino

Exercício de Treino

Page 75: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

75

de conteúdos, a regulação e organização das unidades de treino, bem como a análise recente da

prestação da equipa no processo de treino e competição (Costa & Santos, 2011).

De acordo com Castelo (2006), as sessões de treinos são constituídas por um conjunto de

exercícios, devidamente sistematizados e coordenados, formando um processo metodológico

global e unitário. Costa e Santos (2011) consideram alguns fatores essenciais na construção de

sessões de treino, nomeadamente a caracterização geral, a definição de objetivos e conteúdos, os

gráficos e a descrição, a relação entre as partes da unidade de treino, a progressividade da unidade

de treino e o controlo dos objetivos.

Por último, o exercício de treino pode ser considerado um ato motor sistemático cuja essência

assenta na realização de movimentos de diferentes segmentos do corpo, executados simultânea e

sucessivamente, coordenados e organizados de acordo com um determinado objetivo (Castelo,

2003). Para Queiroz (1986) e Castelo (1996,2002), a identidade e a especificidade são as

características fundamentais do exercício. Castelo (2002) assume mesmo que, para que os efeitos

de aplicação de uma forma regular, racional e metódica de exercícios de treino resultem em

adaptações funcionais constantes, permanentes e duradouras, manifestando-se na elevação do

rendimento desportivo dos praticantes ou das equipas, estes deverão ser caracterizados pela sua

especificidade.

3.1.1. Planeamento Anual

Posto isto, considera-se que estruturar a época em períodos (ou ciclos de treino), com

características e objetivos específicos torna-se imprescindível para se realizar um planeamento

eficaz (Garganta, 1991). Esta divisão auxilia na organização do processo de treino, tornando mais

efetivo o conteúdo de preparação, face aos objetivos e o tempo a gerir (Garganta, 1993).

Nesse sentido, o conceito de periodização do treino, de acordo com Garganta (1993), refere-

se à divisão da época em períodos, cada um dos quais com estrutura diferenciada – características

e objetivos específicos -, em função da duração e das características do calendário competitivos,

mas sobretudo com a natureza da adaptação do organismo do atleta aos estímulos e aos princípios

de treino que são implementados.

Assim, o tipo de periodização utilizado associa-se a três condições essenciais (Peixoto, 1999):

1) Período Preparatório; 2) Período Competitivo; 3) Período Transitório.

3.1.1.1. Período Preparatório

Segundo Oliveira (2014), o período de preparação deve ser curto, mas com intensidades

elevadas de modo a que os jogadores adquirem, o mais rápido possível, as capacidades técnico-

táticas individuais e coletivas, físicas, cognitivas e psicológicas que o modelo de jogo idealizado

obriga, levando a um aumento progressivo da forma desportiva neste período.

Page 76: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

76

O período pré-competitivo teve algumas particularidades que condicionaram, calculadamente,

a preparação para o início da competição.

O grupo de trabalho (equipa técnica, diretiva e jogadores) tiveram o primeiro ponto de contacto

no passado dia 21 de julho de 2017, com uma reunião de apresentação da estrutura diretiva, da

estrutura da equipa técnica, objetivos quantitativos e qualitativos e os recursos disponíveis.

No momento inicial, o plantel era constituído por cerca de trinta jogadores, alguns que

transitaram da época anterior e outros que tiveram a sua formação futebolística noutros clubes do

distrito. Esta tardia definição deveu-se, fundamentalmente, à conclusão da subida de divisão do

campeonato da divisão de honra de Leiria, semanas antes ao começo da preparação da nova época.

Neste período, portanto, face ao elevado número de jogadores, procedeu-se à observação e

seleção dos jogadores que teriam condições para integrar o plantel final com que se iniciaria a

competição.

Desta forma, o período pré-competitivo foi organizado com a duração de quatro microciclos,

com um total de dezoito sessões de treino e cinco jogos de preparação.

Na tabela 30 encontra-se a calendarização do período preparatório da época 2017/2018.

Tabela 30- Calendarização do Período Preparatório da época 2017/2018.

Os jogos de preparação foram realizados com outras equipas a pertencerem ao Campeonato

Nacional de Iniciados, com a seguinte calendarização:

✓ 29 de julho de 2017 – Associação Académica de Coimbra vs. SCL Marrazes (Coimbra)

11h | Resultado: 8-0;

✓ 5 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs. Clube Atlético da Pontinha (Marrazes) 17h |

Resultado: 1-4;

✓ 9 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs. CD Fátima (Marrazes) 19h | Resultado: 2-1;

✓ 12 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs. Sertanense FC (Marrazes) 10h30 | Resultado:

1-0;

MICROCICLO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA SÁBADO DOMINGO

JOGO DE

PREPARAÇÃO

ST 1 ST 2 ST 3 ST 4

ST 9 ST 10

ST 5 ST 6 ST 7 ST 8JOGO DE

PREPARAÇÃOST 11

JOGO DE

PREPARAÇÃO

ST 12JOGO DE

PREPARAÇÃOST 13 ST 14

ST 15 ST 16 ST 17 ST 18JOGO DE

PREPARAÇÃO

FOLGA14-AGO A 20-

AGOFOLGA

PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO 2017/2018

24-JUL A 30-

JULFOLGA FOLGA

31-JUL A 6-

AGOFolga

7-AGO A 13-

AGOFOLGA FOLGA

Page 77: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

77

✓ 19 de agosto de 2017 – SCL Marrazes vs Viseu United (Marrazes) 17h | Resultado: 1-0.

3.1.1.2. Período Competitivo

Neste período, a periodização assuma uma lógica evolutiva do modelo de jogo e dos seus

princípios. A componente tática é a principal coordenadora de todo o processo evolutivo da

periodização, onde se procura a manutenção ou aquisição progressiva da forma desportiva

(Oliveira, 2014).

Tal como explanado anteriormente, o Campeonato Nacional da categoria encontra-se dividido

em três fases.

Resumidamente, na primeira fase, participaram 72 (setenta e duas) equipas, agrupadas em 6

séries (designadas desde a “A” até à “F”) de 12 (doze) equipas cada série. Esta fase realizou-se a

apenas uma volta, isto é, as equipas apenas se defrontaram uma vez entre elas. De cada série,

apuraram-se as quatro primeiras classificadas para a 2ª fase – Apuramento de Campeão, enquanto

que as restantes oito equipas qualificaram-se para a 2ª fase - Manutenção/Descida. A equipa do

S.C.L. Marrazes ficou enquadrada na série D, com as equipas do C.D. Fátima, U.D. Leiria, C.A.D.

Entroncamento, A.A. Santarém, Caldas S.C., E.A.S. Marinha Grande, C.D. Portalegrense 1925,

N.S. Rio Maior, S.C.L. Marrazes, Sertanense F.C., S.L. Cartaxo e A.C. Marinhense.

A primeira fase teve início no passado dia 27 de agosto de 2017, onde na primeira jornada

enfrentámos o CAD Entroncamento na condição de visitados. A primeira fase teve a duração de

onze jornadas, terminando no dia 5 de novembro de 2017.

Na tabela 31 encontram-se os resultados dos jogos realizados enquadrados na 1ª fase da

competição.

Ao terminar esta 1ª fase, a nossa classificação foi o 7º lugar com 11 pontos conquistados, fruto

de 3 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, com um total de 7 golos marcados e 23 golos sofridos.

Jornada Data Jogo Resultado

1ª 27-ago-17 SCL Marrazes vs CAD Entroncamento 0-2

2ª 3-set-17 NS Rio Maior vs SCL Marrazes 1-0

3ª 10-set-17 SCL Marrazes vs UD Leiria 0-2

4ª 17-set-17 SL Cartaxo vs SCL Marrazes 0-3

5ª 24-set-17 SCL Marrazes vs CD Portalegrense 1925 1-1

6ª 30-set-17 AC Marinhense vs SCL Marrazes 0-1

7ª 8-out-17 SCL Marrazes vs Sertanense FC 1-0

8ª 15-out-17 CD Fátima vs SCL Marrazes 9-0

9ª 22-out-17 SCL Marrazes vs EAS Marinha Grande 0-6

10ª 29-out-17 SCL Marrazes vs Caldas SC 0-1

11ª 5-nov-17 AA Santarém vs SCL Marrazes 1-1

Tabela 31- Resultados dos jogos realizados para a 1ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados

2017/2018.

Page 78: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

78

Na tabela 32 encontra-se a classificação final da primeira fase do campeonato nacional de

iniciados.

Terminada a 1ª fase, as equipas do CD Fátima, CAD Entroncamento, UD Leiria e AA

Santarém qualificaram-se para a 2ª fase – Apuramento de Campeão. As restantes equipas ficaram

apuradas para a 2ª fase - Manutenção/Descida, que se disputou por campeonato a duas voltas,

levando as equipas a defrontarem-se duas vezes (casa e fora). Esta fase teve a particularidade de

as equipas iniciarem a competição com metade dos pontos obtidos na 1ª fase (em caso de número

ímpar de pontos, arredonda por excesso), levando a uma maior competitividade e equilíbrio.

Desta forma, a equipa do SCL Marrazes iniciou a 2ª fase com 6 pontos, colocando-se à partida

na 3ª posição.

A tabela 33 representa a classificação por pontos ao início da 2ª fase – Manutenção/Descida

do Campeonato Nacional, Série D.

Posição Equipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS Pontuação

1 CD Fátima 11 8 3 0 32 4 27

2 CAD Entroncamento 11 9 0 2 32 7 27

3 UD Leiria 11 8 1 2 21 6 25

4 AA Santarém 11 7 3 1 24 7 24

5 EAS Marinha Grande 11 6 3 2 37 10 21

6 Caldas SC 11 6 1 4 24 11 19

7 SCL Marrazes 11 3 2 6 7 23 11

8 CD Portalegrense 1925 11 3 1 7 10 23 10

9 NS Rio Maior 11 3 1 7 12 16 10

10 SL Cartaxo 11 2 0 9 5 44 6

11 AC Marinhense 11 1 2 8 3 22 5

12 Sertanense FC 11 1 1 9 4 38 4

Tabela 32- Classificação Final da 1ª Fase do Campeonato Nacional – Série D.

Posição Equipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS Pontuação

1 EAS Marinha Grande 0 0 0 0 0 0 11

2 Caldas SC 0 0 0 0 0 0 10

3 SCL Marrazes 0 0 0 0 0 0 6

4 CD Portalegrense 1925 0 0 0 0 0 0 5

5 NS Rio Maior 0 0 0 0 0 0 5

6 AC Marinhense 0 0 0 0 0 0 3

7 SL Cartaxo 0 0 0 0 0 0 3

8 Sertanense FC 0 0 0 0 0 0 2

Tabela 33- Classificação Inicial da 2ª Fase – Manutenção/Descida, Série D do Campeonato Nacional de Iniciados.

Page 79: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

79

As equipas que terminaram nas últimas três posições, foram relegadas para os respetivos

campeonatos distritais, enquanto que as primeiras cinco permaneceram no Campeonato Nacional

da categoria.

A segunda fase teve início no passado dia 26 de novembro de 2017, onde na primeira jornada

enfrentámos o Caldas SC na condição de visitados. A 2ª fase teve a duração de catorze jornadas,

terminando no dia 8 de abril de 2018.

Na tabela 34 encontram-se os resultados dos jogos realizados enquadrados na 2ª fase da

competição.

Terminada a 2ª Fase – Manutenção/Descida, Série D, as equipas relegadas para os

campeonatos distritais foram o Sertanense FC, o SL Cartaxo e o NS Rio Maior. A equipa do SCL

Marrazes terminou no 4º lugar, fruto dos 25 pontos conquistados, através de cinco vitórias, quatro

empates e cinco derrotas, com quinze golos marcados e quatorze sofridos.

Jornada Data Jogo Resultado

1ª 26-nov-17 SCL Marrazes vs Caldas SC 1-1

2ª 3-dez-17 EAS Marinha Grande vs SCL Marrazes 2-0

3ª 10-dez-17 SCL Marrazes vs CD Portalegrense 1925 1-1

4ª 17-dez-17 AC Marinhense vs SCL Marrazes 3-1

5ª 30-dez-17 Sertanense FC vs SCL Marrazes 1-2

6ª 7-jan-18 SCL Marrazes vs NS Rio Maior 3-3

7ª 21-jan-18 SL Cartaxo vs SCL Marrazes 0-1

8ª 28-jan-18 Caldas SC vs SCL Marrazes 1-0

9ª 4-fev-18 SCL Marrazes vs EAS Marinha Grande 0-1

10ª 10-fev-18 CD Portalgrense 1925 vs SCL Marrazes 0-2

11ª 4-mar-18 SCL Marrazes vs AC Marinhense 1-2

12ª 10-mar-18 SCL Marrazes vs Sertanense FC 1-0

13ª 31-mar-18 NS Rio Maior vs SCL Marrazes 0-0

14ª 8-abr-18 SCL Marrazes vs SL Cartaxo 3-0

Tabela 34- Resultados dos jogos realizados para a 2ª fase do Campeonato Nacional de Iniciados 2017/2018.

Page 80: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

80

A tabela 35 representa a classificativa final da 2ª fase – Manutenção/Descida, Série D do

Campeonato Nacional de Iniciados.

O planeamento desenvolvido no período competitivo, principalmente com a 2ª fase do

campeonato nacional, foi mais ao encontro da estratégia de jogo e com o sistema alternativo de

modo a obter o melhor resultado, ao invés do brilho e respeito ao princípio geral que procurámos

aplicar.

O período competitivo teve início no dia 21 de agosto de 2017 e terminou no dia 8 de abril de

2018, contabilizando trinta e três microciclos, com um total de cento e três sessões de treino e

vinte e cinco jogos oficiais.

O microciclo padrão para o período competitivo consistiu em três sessões semanais com o

jogo ao domingo.

A tabela 36 representa o microciclo-tipo aplicado ao longo do período competitivo da época

2017/2018.

3.1.1.3. Período Transitório

O período transitório define-se pelo período que decorre desde o fim da competição até ao

final da época desportiva. Esta fase, pode ser caracterizada por uma fase de relaxamento, onde a

carga física e mental é substancialmente reduzida. No entanto, durante esta fase particular,

decorreu um Torneio Extraordinário, organizado pela Associação de Futebol de Leiria. Nesta

competição participaram as cinco equipas do distrito de Leiria que participaram na edição

2017/2018 do Campeonato Nacional de Iniciados, ou seja, o AC Marinhense, o Caldas SC, a EAS

Marinha Grande, a UD Leiria e o SCL Marrazes.

Posição Equipa Jogos Vitórias Empates Derrotas GM GS Pontuação

1 EAS Marinha Grande 14 11 2 1 44 9 46

2 Caldas SC 14 8 5 1 31 12 39

3 AC Marinhense 14 8 3 3 24 16 30

4 SCL Marrazes 14 5 4 5 15 14 25

5 CD Portalegrense 1925 14 6 2 6 18 23 25

6 NS Rio Maior 14 5 2 7 30 27 22

7 SL Cartaxo 14 1 2 11 5 34 8

8 Sertanense FC 14 1 2 11 10 42 7

Tabela 35- Classificação Final da 2ª Fase - Manutenção/Descida, Série D do Campeonato Nacional 2017/2018.

MICROCICLO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA SÁBADO DOMINGO

ST ST ST

PERÍODO COMPETITIVO 2017/2018

PADRÃO COMPETIÇÃOFOLGA FOLGA FOLGA

Tabela 36- Representação de um microciclo-tipo para o período competitivo.

Page 81: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

81

Desta forma, o período competitivo poderia ser prolongado para englobar esta competição, no

entanto, considerámos não existir qualquer objetivo competitivo a cumprir neste torneio, a não

ser o de dar minutos de jogo aos jogadores menos utilizados durante a competição, propriamente

dita. Considerámos ser um prémio justo para aqueles que, não estando tão diretamente ligados ao

jogo, não deixaram de ser fundamentais para ajudar os companheiros de equipa, seja na aquisição

do rendimento necessário, seja com a componente mental e apoio que é fundamental em qualquer

escalão.

Este período decorreu desde o dia 9 de abril de 2018 ao dia 13 de maio de 2018, quando

termina o Torneio Extraordinário.

Os jogos do Torneio Extraordinário foram realizados com outras equipas a pertencerem ao

Campeonato Nacional de Iniciados, com a seguinte calendarização:

✓ 22 de abril de 2018 – SCL Marrazes vs. AC Marinhense (Marrazes) 10h30 | Resultado:

0-2;

✓ 1 de maio de 2018 – UD Leiria vs. SCL Marrazes (Santa Eufémia) 15h00 | Resultado: 3-

0;

✓ 6 de maio de 2018 – EAS Marinha Grande vs. SCL Marrazes (Picassinos) 10h30 |

Resultado: 0-0;

✓ 13 de maio de 2018 – SCL Marrazes vs. Caldas SC (Marrazes) 10h30 | Resultado: 0-0.

No Torneio Extraordinário, ficámos em 5º lugar, conquistando 2 pontos, fruto de 2 empates e

2 derrotas, com 0 golos marcados e 5 golos sofridos.

Com base nos resultados obtidos e sabendo não ter presente um objetivo competitivo, esta

competição permitiu que os jogadores menos utilizados adquirissem maior experiência de

competição e permitiu analisar que esses mesmos jogadores não tinham condições para, em jogos

com objetivo competitivo, dar o contributo ao nível da exigência do campeonato nacional,

demonstrando a heterogeneidade do plantel do SCL Marrazes.

Page 82: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

82

3.2. Metodologias de treino

Para Garganta (2004), existem várias formas de jogar futebol e de conseguir resultados, do

mesmo modo que existem várias maneiras de treinar.

É inequívoco que existe uma relação direta entre o modelo de jogo e modelo de treino, em que

o primeiro surge como um guião e sequenciação pelos diferentes métodos de treino no

planeamento das sessões e microciclos de treino (Castelo, 2009).

Deste modo, o processo de treino passa pela prestação competitiva jogo a jogo, a partir de uma

permanente interação entre o modelo de jogo, a dinâmica obtida pela equipa no jogo anterior e as

características do próximo adversário (Silva, 2008) e, assim, a especificidade é uma determinante

numa metodologia de treino integrado em que os exercícios criados são o mais situacionais

possível, ou seja, tira-se do jogo aquilo que é mais importante e transporta-se para o treino, sendo

este constituído por ações do próprio jogo (Teodorescu, 2003; Oliveira, 2004).

O exercício de treino é qualquer tarefa que pressupõe uma adaptação de um atleta ou conjunto

de atletas para a concretização do objetivo desejado. Castelo (2004) refere que o treino não deve

ser fundamentalista e o treinador deve ser flexível, nomeadamente nos conteúdos do treino, sem,

no entanto, desvirtuar os princípios da visão de treino e de jogo do treinador, de acordo com o

modelo de jogo idealizado.

Neste sentido, Castelo (2004) defende que os métodos de treino decorrem da lógica do jogo e,

agrupa os exercícios da seguinte forma:

▪ Métodos de Preparação Geral;

▪ Métodos Específicos de Preparação.

Na tabela 37 encontra-se esquematizado a árvore de exercícios de treino e os respetivos

agrupamentos.

Page 83: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

83

3.2.1. Métodos de Preparação Geral

Os métodos de preparação geral (MPG) são todos os meios que não incluem a utilização da

bola como centro de decisão mental e ação motora do jogador. Este método pretende potenciar

uma capacidade isoladamente, fomentar processos de preparação, ativar processos de recuperação

e concretizar uma base orgânica funcional (Castelo & Matos, 2008), tais como a resistência, a

força, a flexibilidade e a velocidade.

Na tabela 38, encontra-se representado o exercício “Estrela”, exercício de preparação geral

aplicado ao longo da época 2017/2018.

EX. ÚT IL DES T OT AL

Espaço: 15x15 metros.

T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA

Exercício - "Estrela"

10´

+

+

30´´

+

30´´

15´

Classificação ( Castelo): Exercício de Preparação Geral.

Objetiv o: Velocidade Resistente.

Descrição: Jogador realiza saltos laterais ou horizontais. Ao sinal sonoro, sai um elemento em

velocidade contornar a vara e chegar ao ponto final e repõe a fila seguinte. 3 séries de 4 saídas (uma

volta à "estrela") para cada jogador, com intervalo de 30 segundos entre cada série.

Forma: 4 Grupos.

Tabela 38- Exercício representativo dos Métodos de Preparação Geral.

EXERCÍCIOS DE

TREINO

MÉTODOS DE

PREPARAÇÃO GERAL

(MPG)

EXERCÍCIOS DE PREPARAÇÃO GERAL

(EPG)

RESISTÊNCIA

FORÇA

FLEXIBILIDADE

VELOCIDADE

MÉTODOS

ESPECÍFICOS DE

PREPARAÇÃO

(MEP)

EXERCÍCIOS

ESPECÍFICOS DE

PREPARAÇÃO GERAL

(EEPG)

DESCONTEXTUALIZADO

MANUTENÇÃO DA POSSE DE BOLA

EM CIRCUITO

LÚDICO-RECREATIVOS

EXERCÍCIOS

ESPECÍFICOS DE

PREPARAÇÃO

(EEP)

PADRONIZADO

SETORIAL

FINALIZAÇÃO

SITUAÇÕES FIXAS

METAESPECIALIZADO

COMPETITIVO

Tabela 37- Métodos de treino segundo a nomenclatura de Castelo (2003).

Page 84: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

84

3.2.2. Métodos Específicos de Preparação

Os métodos específicos de preparação (MEP) podem considerar exercícios que visam

potenciar as relações jogador-bola e relações jogador-objetivo do jogo. Neste sentido, os MEP

dividem em exercícios específicos de preparação geral (EEPG) e exercícios específicos de

preparação (EEP).

3.2.2.1. Exercícios Específicos de Preparação Geral

Os EEPG, segundo Castelo e Matos (2008), estabelecem a relação do jogador com a bola sem

envolver diretamente a concretização do objetivo fundamental do jogo, isto é, o golo. Estes podem

agrupar-se em quatro categorias: descontextualizado/aperfeiçoamento técnico, manutenção da

posse de bola (MPB), em circuito e lúdico-recreativos.

3.2.2.1.1. Descontextualizado

Estes exercícios de treino são operacionalizados tendo em conta os contextos situacionais do

jogo. As tarefas motoras específicas são isoladas da realidade estrutural e funcional em que estas

se expressam durante a competição, quebrando-se as conexões mais relevantes entre informação

e ação do jogo (Castelo & Matos, 2008). A tabela 39 representa um exemplo de exercício aplicado

para a categoria em questão;

3.2.2.1.2. Manutenção da Posse de bola

Estes exercícios de treino são caracterizados pela criação de condições que objetivam decisões

e ações de resolução das diferentes situações de jogo pela prioridade de conservação da bola

(Castelo & Matos, 2008). A tabela 40 representa um exemplo de exercício aplicado para a situação

de MPB;

EX. ÚT IL DES T OT AL

Espaço: 40x20 m.

T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA

Exercício - "Y"

12´

+

+

+

- 12´

Classificação ( Castelo): EEPG - Descontextualizados.

Objetiv o: Potenciar ações técnicas (passe, receção, desmarcação e contenção).

Descrição: Em formato Y, realiza combinação direta e: I-condução de bola; II-receção e passe; III-

combinação direta; IV-comvbinação indireta (ambos os lados).

Forma: 4 posições.

Tabela 39- Exercício representativo de EEPG – Descontextualizado.

Page 85: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

85

3.2.2.1.3. Em Circuito

Estes exercícios de treino são constituídos por um conjunto de tarefas motoras organizadas em

percurso ou estações, onde as tarefas a realizar pelos jogadores individual ou em pequenos grupos

se diferencia pelo seu caráter geral ou específico (Castelo & Matos, 2008). A tabela 41 representa

um exemplo de exercício aplicado para a situação de circuito;

3.2.2.1.4. Lúdico-Recreativos

Estes exercícios promovem atividades e tarefas individuais e coletivas de caráter lúdico, de

diversão, motivação e ambiente competitivo saudável no âmbito de integração e coesão da equipa,

bem como, minimizar as tensões de caráter interno e externo que derivam de situações pré ou

pós-competição (Castelo & Matos, 2008). A tabela 42 representa um exemplo de exercício

aplicado para a situação em questão.

EX. ÚT IL DES T OT AL

Espaço: 40x30 m.

T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA

Exercício - MPB com Pórticos.

18´

+

2´ 18´

Classificação ( Castelo): EEPG - Manutenção da Posse de Bola.

Objetiv o: Organização Ofensiva (MPB).

Descrição: 2 equipas em campo reduzido procuram manter a bola e concretizar pontos com um

passe entre os pórticos para um colega de equipa. Condicionantes: Nº de toques, condicionar nº de

pórticos, nº de bolas.

Forma: 8x8

Tabela 40- Exercício representativo de EEPG - Manutenção da Posse de Bola.

EX. ÚT IL DES T OT AL

Espaço: 40x30 m.

T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA

Exercício - Circuito Coordenação+Aperfeiçoamento T écnico

14´

+

+

+

2´ 14´

Classificação ( Castelo): EEPG - Em Circuito.

Objetiv o: Desenvolver capacidades motoras e aperfeiçoamento técnico.

Descrição: Por estações: Estação I-Slalow sem bola + Primeiro toque; Estação II- Skiping

Frontal/Lateral + Ressalto de bola; Estação III- Multisaltos + Volley; Estação IV- Salto pés juntos +

Cabeceamento.

Forma: 4 Estações

Tabela 41- Exercício representativo de EEPG - Em Circuito.

Page 86: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

86

3.2.2.2. Exercícios Específicos de Preparação

Por sua vez, os EEP permitem estabelecer diferentes níveis de concordância com a realidade

competitiva, tendo sempre em foco o objetivo fundamental do jogo, o golo (Castelo & Matos,

2008). Estes podem agrupar-se em seis categorias: padronizados, setorial, finalização, situações

fixas, metaespecializados e competitivos.

3.2.2.2.1. Padronizados

Estes exercícios de treino estabelecem-se como formas precárias ou superiores de organização

da equipa com o objetivo de induzir, dirigir, moldar e coordenar as tomadas de decisão,

comportamentos e interações de caráter individual, setorial e intersectorial (Castelo & Matos,

2008). A tabela 43 representa um exercício aplicado para a situação de exercício padronizado;

3.2.2.2.2. Setorial

Estes exercícios de treino promovem condições de jogo para a otimização do trabalho coletivo,

fundamentalmente nos processos específicos de um setor (intrassectorial) ou na articulação entre

setores (intersectorial) (Castelo & Matos, 2008). A tabela 44 representa um exercício aplicado

para a situação em questão;

EX. ÚT IL DES T OT AL

Espaço: 30 x20 m.

T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA

Exercício - "Golos de cabeça"

10´ 10´ - 10´

Classificação ( Castelo): EEPG - Lúdico-Recreativos.

Objetiv o: Potenciar motivação e espírito de equipa.

Descrição: Jogo em campo reduzido em que só é permitido jogar com a mão e o golo só é válido se

for através de cabeceamento vindo de um passe de um colega.

Forma: 8x8

Tabela 42- Exercício representativo de EEPG - Lúdico-Recreativo.

EX. ÚT IL DES T OT AL

Espaço: 100 x 64 m.

T EMPOEXERCÍCIO ESQUEMA

Exercício - 10x0

15´ 15´ - 15´

Classificação ( Castelo): EEP - Padronizado.

Objetiv o: Organização Ofensiva.

Descrição: Ataque sem oposição, executar segundo o modelo de jogo movimentações de I, II e III

Fase de Construção.

Forma: GR+10x0+GR

Tabela 43- Exercício representativo de EEP- Padronizado.

Page 87: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

87

3.2.2.2.3. Finalização

Estes exercícios de treino potenciam a criação de contextos situacionais de caráter individual

e coletivo propícias à finalização com elevadas probabilidades de sucesso, onde se aperfeiçoa e

otimiza as decisões e ações de remate em momentos sucessivos (Castelo & Matos, 2008). A tabela

45 representa um exercício aplicado para a situação de finalização;

3.2.2.2.4. Situações Fixas

Estes exercícios de treino são construídos e praticados na base de sub-rotinas específicas do

jogo, preparadas e executadas a partir de esquemas táticos, como os cantos, lançamentos de linha

lateral, livres e reposição de bola (Castelo & Matos, 2008). Neste grupo enquadram-se situações

de finalização com elevadas possibilidades de golo (fase ofensiva) ou de proteção da baliza e de

recuperação da posse de bola (fase defensiva). A tabela 46 representa um exercício aplicado para

situações fixas;

EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA

T EMPO

Exercício - Jogo reduzido com Apoios na Largura

22´

10´

+

10´

2´ 22´

Classificação ( Castelo): EEP - Setorial

Objetiv o: Organização Ofensiva (Largura).

Descrição: Jogo em campo reduzido com 2 apoios na largura. Condicionantes:I-para finalizar tem

de ir aos dois corredores laterais; II-quem passou para o apoio não pode receber consecutivamente

(mobilidade da equipa); III- N.º de toques

Forma: GR+4x4+GR+2 Espaço: 30x20 m.

EXERCÍCIO

Tabela 44- Exercício representativo de EEP- Setorial.

EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA

T EMPO

Exercício - Finalização

18´ 15´ - 18´

Classificação ( Castelo): EEP - Finalização

Objetiv o: Organização Ofensiva (Finalização).

Descrição: Definir 2 situações a rodar de posição: I- Combinação entre Ex e MC (corredores

laterais); II- Combinação entre MC e Av (corredor central).

Forma: 2x0+GR Espaço: 50x64 m.

EXERCÍCIO

Tabela 45- Exercício representativo de EEP- Finalização.

Page 88: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

88

3.2.2.2.5. Metaespecializados

Estes exercícios de treino direcionam-se, especificam-se e potenciam as missões táticas de

certos ou todos os jogadores, em simultâneo ou separadamente, as quais derivam do seu estatuto

estratégico dentro da organização dinâmica da equipa (Castelo & Matos, 2008). A tabela 47

representa um exercício aplicado para a situação em questão;

3.2.2.2.6. Competitivos

Estes exercícios de treino são em tudo semelhantes à essência e natureza da competição do

jogo. São aqueles que mais se aproximam, do ponto de vista estrutural e funcional, das exigências

e das condições reais inerentes no jogo formal (Castelo & Matos, 2008). A tabela 48 representa

um exercício aplicado para a situação em questão.

EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA

T EMPO

Exercício - Jogo Formal

65´

30´

+

30´

5´ 65´

Classificação ( Castelo): EEP - Competitivos.

Objetiv o: Organização Ofensiva e Defensiva.

Descrição: Jogo formal com condicionantes: I-Nº de toques; II-Circulação pelos três corredores; III-

Zonas de pressão.

Forma: GR+10x10+GR Espaço: 100x64 m.

EXERCÍCIO

Tabela 48- Exercício representativo de EEP- Competitivos.

EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA

T EMPO

Exercício - Jogo Específico Corredores.

35´

15´

+

15´

5´ 35´

Classificação ( Castelo): EEP - Metaespecializado.

Objetiv o: Organização Ofensiva.

Descrição: Jogo em campo reduzido condicionado em três corredores onde: Corredores laterais

1x1; corredor central 5x5. Condicionar: I- n.º toques; II- nº de jogadores; III-Golo apenas de

cruzamento.

Forma: GR+1x1+5x5+1x1+GR Espaço: 50x64 m.

EXERCÍCIO

Tabela 47- Exercício representativo de EEP- Metaespecializado.

EX. ÚT IL DES T OT ALESQUEMA

T EMPO

Exercício - Esquemas T áticos

20´ 15´ - 20´

Classificação ( Castelo): EEP - Situações Fixas.

Objetiv o: Esquemas T áticos (Cantos Defensivos).

Descrição: Definir posicionamentos e comportamentos a adotar em situação de cantos defensivos,

com defesa mista, segundo o modelo de jogo adotado.

Forma: GR+10x7 Espaço: 50x64 m.

EXERCÍCIO

Tabela 46- Exercício representativo de EEP- Situações Fixas.

Page 89: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

89

3.3. Análise do Processo de Treino

A época desportiva iniciou-se no dia 21 de julho de 2017 e terminou no dia 13 de maio de

2018. Foram realizadas cento e trinta e cinco sessões de treino, contabilizadas em quarenta e dois

microciclo, perfazendo cerca de nove mil, quatrocentos e sessenta e um minutos de treino, ou

seja, aproximadamente cento e cinquenta e oito horas de treino, com uma média de setenta

minutos por sessão de treino.

Face a este volume de treino, a figura 26 apresenta a relação entre o volume de treino e a

distribuição pelos métodos de treinos utilizados ao longo da época. No anexo 1 encontra-se tabela

representativa do total de volume treino e a distribuição dos métodos de treino.

Analisando os valores apresentados, concluímos que os métodos de treino em destaque e

valorizados ao longo da época desportiva foram os exercícios de preparação geral (21%) e os

exercícios específicos de preparação, na vertente competitiva (21%).

Verificamos que os exercícios de preparação geral contribuíram uma fatia importante, sendo

essencialmente utilizada em exercícios com o objetivo de ativação e recuperação ativa. Por sua

vez, constatamos que o método de treino competitivo representa um papel fundamental na

preparação pelo facto do planeamento de treino da equipa ter sido realizado segundo uma forma

específica de jogo, com a essência e natureza da competição a aproximar-se de perto ao método

de treino em questão.

Prontamente, surge os exercícios específicos de preparação geral, na vertente de manutenção

da posse de bola (17%), indicador este que vai ao encontro daquilo que se procura dentro do

modelo de jogo, adotando um método de jogo ofensivo de ataque posicional, valorizando a posse

de bola.

Outro método de treino que representa um valor significativo no planeamento do treino é o

exercício específico de preparação geral, na vertente descontextualizado (12%), onde se procura

Figura 26- Relação entre volume de treino e métodos de treino.

Page 90: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

90

desenvolver e potenciar as capacidades técnicas individuais de modo aos jogadores sejam capazes

de oferecer as suas qualidades em prol do coletivo e do princípio de jogo que tentamos

implementar no modelo de jogo.

Por outro lado, o reduzido volume de treino aplicado nos exercícios específicos de preparação,

na vertente de situações fixas (2%) justifica-se pelo reduzido tempo de treino disponível e onde

defendemos que a prioridade eram outros aspetos do jogo.

3.3.1. Distribuição dos Métodos de Treino por Período da Época

O planeamento da época divide-se em três grandes ciclos: Período Preparatório, Período

Competitivo e Período Transitório. A figura 27 apresenta a especificidade de métodos de treino

aplicados nos diferentes períodos do planeamento da época desportiva.

Desfragmentando os dados apresentados, podemos analisar os diferentes períodos e

caracterizar cada um destes face à especificidade e necessidades no planeamento.

Comparando os três períodos, observamos que existe uma evolução no volume de treino

dedicado a exercícios de manutenção da posse de bola, lúdico-recreativos e metaespecializados,

e uma redução no volume de treino no treino em circuito, aperfeiçoamento técnico e padronizado.

A figura 28 apresenta a especificidade dos métodos de treino utilizados ao longo do período

preparatório, ou seja, o período que antecede a competição.

Figura 27- Relação dos métodos de treino nos diferentes períodos da época.

Page 91: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

91

Segundo os dados apresentados, podemos concluir que, no período preparatório, o foco do

planeamento foi na observação e potenciamento do conhecimento do jogo, bem como trabalhar o

modelo de jogo através de exercícios competitivos (22%), no aperfeiçoamento técnico dos

jogadores, através de exercícios descontextualizados (21%) e na preparação física dos jogadores,

através de exercícios de preparação geral (18%).

Face às condicionantes na preparação do período preparatório com a indefinição do plantel e

com a diferença de realidade competitiva na transição de época, este planeamento foi ao encontro

do esperado, procurando dar condições técnicas e físicas aos jogadores que permitissem

corresponder de forma positiva às exigências competitivas.

Com o terminar do período preparatório, iniciou-se o período competitivo, onde a principal

especificidade deste ciclo foi a obtenção e concretização do objetivo maior e desportivo da época

– manutenção no campeonato nacional de iniciados. A figura 29 apresenta a especificidade dos

métodos de treino utilizados ao longo do período competitivo.

Figura 28- Relação dos métodos de treino no período preparatório.

Figura 29- Relação dos métodos de treino no período competitivo.

Page 92: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

92

Por sua vez, no período competitivo, concluímos que o planeamento focou-se nos exercícios

de preparação geral (23%), seguindo-se os exercícios competitivos (20%) e os exercícios de

manutenção da posse de bola (19%). A justificação prende-se pelas breves pausas competitivas

verificadas durante a 1ª e 2ª fase e na transição de uma para a outra, levando a que o planeamento

sofresse uma adaptação e existisse uma maior preocupação para a preparação física,

fundamentalmente, que permitisse, nos momentos decisivos da época, levar vantagem perante os

adversários. Ainda, aplicou-se durante o microciclo 16 um protocolo de preparação física,

abrangendo componentes como a resistência, força e coordenação motora, durante uma das

interrupções durante o período competitivo, contribuindo em grande peso para a alta percentagem

de volume de treino para os exercícios de preparação geral.

Para finalizar, o período transitório caracteriza o ciclo final da época desportiva, levando a

uma descompressão de cargas e do conteúdo e informação sobre o jogo para os jogadores. A

figura 30 apresenta a especificidade dos métodos de treino utilizados durante o período transitório.

Neste ciclo, observamos que o foco direcionou-se nos exercícios competitivos (24%) e de

manutenção de posse de bola (23%). Verificamos, também, um aumento significativo dos

exercícios lúdico-recreativos (10%) e exercícios metaespecializados (8%). Estes dados permitem-

nos concluir que neste período, face à ausência de objetivos competitivos, o planeamento dirige-

se ao encontro de otimizar e potenciar individualmente e coletivamente os jogadores, preparando,

de certa forma, os jogadores para o ano seguinte.

Neste ciclo ainda foi permitido fomentar o espírito de equipa e motivação dos jogadores, bem

como a competitividade entre eles de forma saudável.

Figura 30- Relação dos métodos de treino no período transitório.

Page 93: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

93

3.4. Protocolo do Jogo

O protocolo de jogo esclarece sobre toda a logística e planeamento deste, nomeadamente sobre

a concentração e deslocação, palestra, aquecimento para o jogo, preparação para o jogo, preleção

durante a competição, intervalo do jogo e final do jogo.

3.4.1. Concentração e Deslocação

A concentração para os jogos, quer em situação de visitantes ou visitados, era realizada no

complexo Aldeia do Desporto. Em condição de visitado, a concentração era marcada para

1h45min antes do início da competição. Em condição de visitante, era considerada essa 1h45min

mais a hora prevista para a deslocação, sendo que os jogadores eram transportados pelas carrinhas

que o clube disponibilizava.

3.4.2. Palestra

Este momento tinha a duração aproximadamente de 20 minutos, onde o treinador procurava

fazer um enquadramento do jogo e da competição, comunicava a estratégia para o jogo,

abordando os momentos de organização ofensiva e defensiva, transições e esquemas táticos. Após

a palestra, os jogadores equipavam-se, mantendo a concentração competitiva.

3.4.3. Aquecimento para o Jogo

O aquecimento era realizado pelos treinadores adjuntos. O treinador Hugo Magalhães ficava

responsável pelo aquecimento específico de guarda-redes, enquanto o treinador João Paraíso

ficava responsável pelo aquecimento dos jogadores de campo.

Numa primeira fase, os jogadores realizavam passe e receção, em duplas, com distâncias curtas

(3-5 metros), na tentativa de adaptarem-se às condições do campo e ao tipo de relva, com uma

duração de cerca de 5 minutos.

Após esta primeira fase, os jogadores realizavam mobilização articular dos membros

superiores e inferiores, integrando alguns exercícios de flexibilidade dinâmica e força reativa.

Esta fase tinha a duração de 7 minutos.

Posteriormente, os jogadores de campo executavam um exercício de MPB (20 x 25 metros),

na forma de 5x5 com zonas de progressão. Este exercício tinha a duração de 3 minutos, sendo

repetido por 3 vezes, com período de recuperação de 45 segundos entre cada repetição.

Antes do desenvolvimento do exercício de velocidade de deslocamento e reação (2 minutos),

a equipa realizava finalização analítica, combinando com um dos treinadores para rematar à

baliza, durante cerca de 5 minutos.

Page 94: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

94

3.4.4. Preparação para o Jogo

Após os jogadores terem realizado o período de aquecimentos, os jogadores hidratavam e

trocavam as camisolas de aquecimento pelas camisolas de jogo. Posto isto, o grupo reunia, dando

as mãos em círculo, com o treinador a passar uma frase de motivação e o grupo realizava o grito

“Quem nós somos? (Capitão), Sport Clube Leiria e Marrazes (Todos), Quem nós somos?

(Capitão), A força de quem veste de negro (Todos), O que nós queremos? (Capitão), Ganhar,

Ganhar, Ganhar (Todos)”.

3.4.5. Preleção/Feedback durante a Competição

Durante o jogo, os treinadores procuravam corrigir erros da nossa equipa e ajustavam certos

posicionamentos devido a alterações da equipa adversária. O treinador utilizou muitas vezes o

feedback motivacional e informativo.

3.4.6. Intervalo do Jogo

Todos os jogadores recolhiam aos balneários (salvo fosse para realizar alguma substituição ao

intervalo), e os primeiros 5 minutos era para os jogadores relaxaram, hidratarem-se e refrescarem-

se, bem como tratar de alguma lesão ou mazela. Enquanto isto, a equipa técnica conferenciava

sobre o conteúdo da preleção e possíveis alterações, tanto ao nível da estratégia como da formação

da equipa. Nos restantes 5 minutos, o treinador principal transmitia os aspetos positivos e aspetos

a melhorar, terminando sempre com uma mensagem de motivação para a equipa.

3.4.7. Final do Jogo

Após o término do jogo, os jogadores agradeciam ao público e recolhiam ao balneário, onde

o treinador fazia um breve resumo do jogo.

Page 95: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

95

3.5. Observação e Análise de Jogo

No futebol, os momentos de decisão são mais aleatórios e deliberativos para o desfecho de

qualquer partida (Teixeira, Loureiro & Sequeira, 2015), tornando a análise do jogo e treino

essencial para o desenvolvimento das equipas.

A análise de jogo com base na observação dos comportamentos dos jogadores tem sofrido um

processo evolutivo ao longo dos anos, nomeadamente na modalidade de futebol (Pereira, 2010).

Nesse sentido, Garganta (2001) considera que essa evolução tem sido acompanhada por um

aumento exponencial da importância da observação e da influência na preparação desportiva,

reforçando que este processo trouxe uma evolução nas fórmulas de investigação, com o objetivo

de identificar, detalhadamente, o número, tipo e frequência das tarefas realizadas ao longo de um

jogo.

As investigações têm surgido, nas variadas modalidades desportivas, com o intuito de

compreender a diferença entre o rendimento dos jogadores e das equipas, através da identificação

dos fatores que determinam o resultado da eficácia das ações táticas individuais e coletivas

(Anguera, 2000).

No que concerne à observação e análise de jogo, o pensamento moderno evoluiu para a análise

qualitativa, deixando os modelos e métodos onde predominava a análise quantitativa, sendo que,

neste momento, a observação e análise de jogo tornou-se uma ferramenta indispensável para

avaliar o rendimento no futebol (Ventura, 2013). Este facto deve-se, segundo Vásquez (2012), à

necessidade de obter o máximo de rendimento competitivo, levando a que treinadores e

investigadores procurem aprofundar o conhecimento das variáveis e componentes que

caracterizem o jogo.

Tal como mencionado anteriormente, o processo de treino passa pela prestação competitiva

jogo a jogo, a partir de uma permanente interação entre o modelo de jogo, a dinâmica obtida da

equipa no jogo anterior (aspetos positivos e negativos) e as características do próximo adversário

(Silva, 2008), daí Ventura (2013) considerar que o modelo de análise de jogo é fundamental para

o treinador definir o microciclo, de forma a preparar uma estratégia o mais eficiente possível,

tendo em conta o adversário e a sua própria equipa.

Os investigadores consideram que a análise de jogo ganha cada vez mais preponderância no

planeamento e preparação das equipas (Malta & Travassos, 2014), permitindo aproximar o treino

da competição. Castelo (2003) defende que o transfere que se pretende preconizar da observação

do jogo para o treino se baseia no princípio da especificidade, isto é, o exercício de treino deve-

se caracterizar pelo elevado grau de concordância e identidade com a lógica interna do jogo.

Matias e Greco (2009) indicam que a análise da performance tática possibilita configurar modelos

de atividade dos jogadores e das equipas, promovendo o desenvolvimento de métodos de treino,

de forma a garantir a maior especificidade na transferibilidade para o jogo. Assim, a análise deve

Page 96: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

96

assentar na determinação da estrutura do rendimento, dos fatores chave e respetiva hierarquização

(Pereira, 2010), onde o treinador procura perceber o que é necessário para que a sua equipa seja

bem-sucedida e, posteriormente, procura induzir no treino os comportamentos desejados.

Nesse sentido, Carling, Williams, e Reilly (2006) referem um conjunto de etapas fundamentais

para uma análise de desempenho eficaz: 1) desempenho, operacionalizando as ações; 2)

observação das ações; 3) análise da performance e resultado das ações; 4) interpretação dos dados;

5) planeamento de novas ações; 6) preparação para o próximo desempenho.

Figura 31- Processo de análise de desempenho, adaptado de Carling et al. (2006).

A análise pode ser realizada sobre duas perspetivas (Carling et al., 2006): análise notacional,

através da recolha de informação de eventos no jogo durante e após um jogo, avaliando e

classificando o desempenho dos jogadores; análise de movimento, com a análise de indicadores

individuais e de características do movimento dos jogadores ao longo da partida, sem utilizar a

análise qualitativa.

Neste sentido, a análise de jogo realizada ao longo da época desportiva consistia numa análise

qualitativa, elaborada individualmente por cada elemento da equipa técnica e, no dia após a

competição procurava-se debater com os restantes elementos.

DESEMPENHO

OBSERVAÇÃO

ANÁLISE

INTERPRETAÇÃO

PLANEAMENTO

PREPARAÇÃO

Page 97: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

97

4. Reflexão Crítica

Terminado o processo de aprendizagem e de evolução, é tempo de se refletir sobre várias

questões que foram fundamentais ao longo deste período.

Analisando-se todo o processo e a evolução, integrado na equipa técnica dos Sub-15 do Sport

Clube Leiria e Marrazes, pode-se concluir que foi um ano de concretização, pela conquista ao

nível de objetivos quantitativos e qualitativos, muito devido à possibilidade de se trabalhar num

clube que ambiciona evoluir para atingir patamares mais desafiantes, bem como pelo facto de ter

tido a possibilidade de trabalhar ao lado de um dos treinadores com maior currículo ao nível do

futebol de formação.

Assim, para além do objetivo competitivo principal – manutenção no campeonato nacional de

iniciados – ter sido concretizado, enaltece-se ainda mais o feito face às características e

dificuldades a que o clube, diretores, equipa técnica e jogadores estavam sujeitos, tais como:

✓ Clube atravessa uma renovação diretiva;

✓ Único escalão do clube com participação nos campeonatos nacionais;

✓ Dificuldade na definição do plantel, com número significativo de jogadores e

provenientes de outros clubes;

✓ Jogadores sem experiência e competitividade para a exigência do campeonato nacional.

Analisando a performance da equipa, pode-se dizer que a qualidade de jogo apresentada

melhorou significativamente em comparação com a apresentada numa fase inicial da época,

conseguindo-se conciliar a obtenção de resultados quantitativos com os resultados qualitativos,

refletindo a grande evolução que a equipa atingiu.

Relativamente à vertente humana e relacional com os diversos agentes intervenientes, a

adaptação foi bastante facilitada e positiva, quer em termos profissionais quer em termos pessoais,

justificada pela minha experiência anterior no clube e pela congruência de objetivos ambiciosos

e exigentes entre mim e os restantes agentes.

Na parte operacional, nomeadamente no processo de treino, a evolução foi significativa, pois

implicou a aplicação de uma grande panóplia de exercícios, feedbacks, treinos específicos e

individualizados, bem como a análise de aspetos positivos, aspetos a melhor na equipa e aspetos

a ter cautela e aspetos a explorar nas equipas adversários, na preparação para a competição.

Um aspeto menos positivo foi a falta de filmagem de jogos para analisar através de vídeo,

devido ao facto de nem sempre termos disponível uma pessoa para essa tarefa. No entanto, no

final de cada jogo e no período entre o jogo e o primeiro treino do microciclo seguinte, cada

elemento faria a sua própria análise ao jogo para debater em conjunto com a restante equipa

técnica.

Page 98: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Intervenção Profissional Numa Realidade De Campeonato Nacional De Iniciados 2017/2018

98

Concomitantemente, no final de cada sessão de treino, debatia-se os aspetos positivos e

negativos, com a preparação do treino seguinte conforme os objetivos e conteúdos pretendidos

dentro do modelo de jogo, a evolução dos jogadores, as cargas necessárias e as características do

próximo adversário, no ponto de vista estratégico-tático.

Findado o período desportivo, as perspetivas para o futuro são as de assumir a responsabilidade

de gerir uma equipa técnica no futebol juvenil, numa das equipas do clube, pois sentimos que as

condições que o clube oferece e a abertura para investimento ao nível de materiais, equipamentos,

recursos humanos especializados (maior número de treinadores com curso superior na área de

desporto e treino desportivo), bem como de novas ideias que permitam o clube aproximar-se das

equipas profissionais e que atuam nos campeonatos nacionais, levam-nos a perspetiva na aposta

pessoal.

Por fim, sugere-se que o clube aposte na contratação de recursos humanos de análise e

scouting. Perante a competitividade regional que existe, torna-se fundamental esta questão,

porque se queremos os melhores jogadores, não podemos estar à espera que eles apareçam, mas

temos de adotar um sistema de “recrutamento”, que é o que acontece com os melhores clubes.

Page 99: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

99

PARTE II – ESTUDO

Este segundo capítulo surge na medida em elaborar um estudo quantitativo/qualitativo na

medida em que nos possa ser útil para a melhoria de competências numa área de interesse pessoal.

Assim, o estudo a realizar tratar-se-á de verificar a influência técnico-tática na manipulação

das condicionantes estruturais nos jogos reduzidos, aplicado na equipa onde se exerceu as funções

de treinador-adjunto, em contexto de estágio. A escolha por este tema deve-se pela observação e

tentativa de compreensão de um aspeto global como a tomada de decisão e de que forma esta

pode ser desenvolvida para que os jogadores possam melhorar a sua taxa de sucesso de ações

individuais e coletivas em competição.

1. Introdução

Os jogos desportivos coletivos não são contextos estáveis na medida em que a informação do

jogo é absoluta. Pelo contrário, os jogadores, para terem sucesso na tarefa, necessitam de adaptar

as suas ações e comportamentos para um contexto dinâmico que implica constantes mudanças

comportamentais e informacionais do jogo (Passos, Araújo, Davids & Shuttleworth, 2008).

Desta forma, os treinadores questionam-se: Como se preparam os jogadores e as equipas a ter

sucesso em jogos predominantemente imprevisíveis? Passos et al. (2008) reportam que é

fundamental direcionar o foco para a relação jogador-ambiente durante o treino de forma a

encorajar os atletas a procurar soluções favoráveis para desequilibrar o sistema (quando atacam)

e para manter o sistema (quando defendem). Os autores ainda propõem que a forma de concretizar

este objetivo é através da conceção de tarefas que incluam variabilidade que simulam sistemas

competitivos que possam vir a concretizarem-se em jogo formal. Nesta lógica, conseguindo os

jogadores, em ambiente controlado (treino), concretizar as diferentes tarefas com sucesso dentro

da enorme variabilidade provocada pelo treino, a sua aptidão e predisposição para a procura de

soluções em ambiente aberto (jogo) será maior e resultará em sucesso.

Na procura de corroborar esta proposta, o estudo terá como objetivo verificar o comportamento

dos jogadores num exercício em organização ofensiva (com bola), onde se procurará dar

informações distintas de forma a caracterizar os objetivos específicos de cada

constrangimento/condicionante incutida.

O estudo decorreu durante o biénio 2017/2018, com a observação de três treinos da equipa de

iniciados do Sport Clube Leiria e Marrazes, onde o período de observação ocorreu num período

transitório da época desportiva 2017/2018. Numa segunda fase, procedeu-se à análise e

tratamento de dados, onde se foi avaliar, dentro dos parâmetros definidos (ações técnicas), a taxa

de sucesso das suas ações e a sua relação com a tomada de decisão. Posteriormente, a discussão

e análise dos dados obtidos permitiu-nos estabelecer se a manipulação dos constrangimentos

influência a tomada de decisão no treino numa equipa de futebol juvenil.

Page 100: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

100

Para o tratamento de dados foi utilizado o software Video Observer (programa de observação

e análise de vídeo por definição de parâmetros) e SPSS (análise estatística).

Page 101: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

101

2. Enquadramento Teórico

Nos últimos anos, os modelos cognitivos tradicionais têm vindo a ser desafiados por um

conjunto de teorias relacionadas com a psicologia ecológica como a teoria dos sistemas dinâmicos

(Michaels & Beek, 1995), surgindo diversos estudos que adotam esta perspetiva (Grehaigne,

Bouthier & David, 1997; McGarry, Anderson, Wallace, Hughes & Franks, 2002).

Matos et al. (2006) explanam sobre a situação 1x1 característica dos jogos desportivos

coletivos, considerando uma díade entre o atacante e o defesa. Esta díade, em parceria com a

baliza, forma um sistema.

Aproveitando o exemplo citado por Matos et al. (2006), o objetivo do atacante, nesta situação,

é destruir a estabilidade do sistema, ultrapassando o opositor. No entanto, o defesa reage aos

movimentos do atacante. Por exemplo, se o defesa conseguir manter a sua posição entre o atacante

e a baliza, o sistema mantém-se estável. Caso contrário, se o atacante ultrapassar o defesa, ocorre

a quebra de simetria do sistema. Neste sentido, Araújo, Davids, Bennett, Button, e Chapman

(2004) consideram que o ajustamento constante entre os dois jogadores pode ser compreendido

como uma forma de coordenação interpessoal.

Mahlo (1969) apresentou o conceito de “ato tático”, argumentando que os jogadores exploram

a situação para conseguir a melhor solução para cada momento. No entanto, o autor considerou

que este processo estava regulado por uma “resolução mental do problema”, isto é, o jogador

percebe e analisa o jogo, define uma solução mental do problema (tendo em conta o seu

conhecimento do jogo) e define e ação que resolverá o problema. Esta perspetiva exige que os

jogadores e as equipas conheçam todas as situações do jogo, bem como as consequências que

podem tomar para realizarem uma correspondência adequada com base no que percebem, as

soluções mentais e a ação que vão realizar.

Por sua vez, Araújo, Davids, e Hristovski (2006) consideram que a variabilidade de situações

não se pode resolver pela cabeça do jogador, pelo contrário, deve emergir pela interação de todas

as condicionantes que atuam a cada momento, isto é, os constrangimentos. Segundo Newell

(1996), os constrangimentos podem referir-se ao jogador, ao ambiente ou à tarefa.

O processo de tomada de decisão reflete a execução de uma solução que encaixa nessa

determinada situação para conseguir o objetivo (Araújo, Travassos, Torrents & Vives, 2011).

Essas soluções surgem da exploração do ambiente e da deteção de affordances (possibilidades de

ação), tendo em conta as capacidades dos indivíduos envolvidos (Araújo et al., 2006; Fajen, Riley

& Turvey, 2009).

Segundo Araújo et al. (2011), durante um jogo coletivo, a coordenação entre os diferentes

membros se baseará na capacidade de adaptação às mudanças de contexto. Muitas sessões de

treino ou aprendizagem têm como objetivo a estabilização de comportamentos, enquanto que o

compromisso dos jogos coletivos passa por destabilizar esses comportamentos (p.e. para se

Page 102: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

102

verificar uma ação de finalização no futebol, a equipa atacante tem que romper com a dinâmica

do jogo estável entre as equipas). Neste sentido, os jogadores necessitam de explorar o contexto

e criar relações de interação com os seus colegas de equipa e adversários para que consigam

resolver o problema de cada situação única que surge. Assim, mais que memorizar um grande

número de ações ou sequências de ações, o jogador necessita de desenrolar a sua capacidade para

detetar os constrangimentos específicos que afetam a sua concretização do objetivo (Davids,

Button & Bennett, 2008).

Vários autores (Davids, Williams, Button & Court, 2001; Araújo et al., 2004) salientam a

importância da manipulação dos constrangimentos de forma a otimizar o processo de treino,

interpretando-se que a estabilidade dos padrões de coordenação pode ser alterada pela imposição

de constrangimentos ao indivíduo, como por exemplo a informação disponível e as instruções

fornecias ou as relações antropométricas entre atacante e defesa (Kugler, Kelso & Turvey, 1982;

Newell, 1996; Araújo et al., 2004).

A tomada de decisão emerge do processo contínuo e crítico na procura de informação para

atuar e atuar para deter melhor a informação (Gibson, 1979; Araújo et al., 2006). Posto isto, nem

toda a informação será relevante para a concretização do objetivo, pelo que se condicionar a

perceção da informação para que esta filtre a informação que possa determinar o sucesso ou

insucesso no jogo no seu contexto específico (Araújo et al., 2011).

2.1. Estudos de aplicação já realizados

Considerando a temática da tomada de decisão, Matos et al. (2006) analisaram o efeito da

manipulação de constrangimentos na tomada de decisão na situação de 1 x 1 na modalidade de

basquetebol. Os constrangimentos manipulados foram a instrução e o escalonamento corporal que

permitiram concluir que ambos influenciam a dinâmica do sistema, podendo ser adaptado

igualmente aos restantes jogos coletivos.

Santos, Padilha, e Teoldo (2014) analisaram a relação entre o comportamento tático e a tomada

de decisão tendo em conta os princípios táticos defensivos como a contenção, a cobertura

defensiva, o equilíbrio, a concentração e a unidade defensiva. Os autores concluíram que a tomada

de decisão está negativamente corelacionada com a incidência do princípio da concentração, o

que pressupõe que os jogadores planeiam as suas ações e adaptam-se a um estilo defensivo mais

conservador, enquanto os jogadores mais impulsivos nas suas decisões apresentam um estilo

defensivo mais agressivo.

Por outro lado, Almeida, Ferreira, e Volossovitch (2012) analisaram a influência das diferentes

regras aplicáveis nos jogos de campo reduzido, observando a performance ofensiva. A prática

consistiu na realização de jogos com diferentes condicionantes, onde se incluem regra livre (sem

limite de toques por jogador), limitação de dois toques e limitação de quatro toques por jogador.

Page 103: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

103

Os resultados permitiram entender que a manipulação de constrangimentos como as regras do

jogo, influenciam diretamente o comportamento dos jogadores e, consequentemente, promovem

a aquisição técnica e desenvolve a performance dos praticantes.

Tabela 49- Estudos empíricos que manipulam as condicionantes do jogo.

Estudos Amostra Categorias / Variáveis Procedimentos

Matos et al.

(2006)

10 atletas com idades

compreendidas entre os 15

e os 19 anos.

Vantagem, Quebra de Simetria, Número de

Quebras de Simetria, Tempo de Passagem

do Meio-Campo, Variabilidade da Trajetória

da Atacante e Variabilidade da Distância do

Ponto Médio.

Análise de Vídeo

e Análise

Estatística.

Santos et al.

(2014)

154 jovens do género

masculino com idade

inferior a 17 anos (Escalão

Sub-17).

Princípios Táticos Defensivos: Contenção,

Cobertura Defensiva, Equilíbrio,

Concentração e Unidade Defensiva.

Análise de vídeo

recolhido, FUT-

SAT e IGT.

Almeida et al.

(2012)

8 jovens do género

masculino com idades

compreendidas entre os 11

e os 13 anos (Escalão Sub-

13).

Duração da posse de bola, número de

jogadores envolvidos, toques na bola,

passes, relação jogadores

envolvidos/duração, relação toques na

bola/duração, relação passes/duração,

relação toques na bola/jogadores

envolvidos, relação passes/jogadores

envolvidos, relação passes/toques na bola,

remates, relação golos/remates e sequências

ofensivas.

Análise de vídeo

recolhido.

O estudo de Folgado, Lemmink, Frencken, e Sampaio (2014) visa identificar de que forma o

comportamento tático coletivo varia entre equipas de diferentes idades e diferentes condições de

jogos em campo reduzido, como a dimensão do campo jogado. Folgado et al. (2014) observaram

que as variáveis coletivas podem ajudar a compreender as implicações táticas nos jogos em campo

reduzido e na relação entre comprimento e largura da equipa, servindo como adaptação dos

princípios “largura” e “concentração”, refletindo a disposição da equipa no campo, podendo ser

usada como medida de comparação.

Silva et al. (2014) analisaram as diferenças no comportamento a nível tático das equipas e de

como a qualidade técnica influência o comportamento coletivo da equipa tendo manipulado a

dimensão do campo. Os resultados encontrados surgem no sentido de compreender que o

comportamento tático é flexível e pode ser esboçado intencionalmente através da manipulação de

variáveis como, neste caso, a dimensão do espaço de jogo. Segundo Silva et al. (2014), os

treinadores podem controlar o tamanho, a forma e o espaço entre os jogadores (colegas e

opositores) e, assim, constranger a emergência de affordances como adaptações táticas enquanto

especifica a própria natureza dos constrangimentos da tarefa em jogos em campo reduzido.

Page 104: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

104

Tabela 50- Estudos empíricos que manipulam as dimensões do campo.

Estudos Amostra Categorias / Variáveis Procedimentos

Folgado et al.

(2014)

30 jovens com idades

compreendidas entre os 7

e os 13 anos (Escalões

Sub-9, Sub-11 e Sub-13).

Lpwratio (relação entre comprimento e

largura da equipa) e distância entre

centróides das equipas.

Análise de vídeo

recolhido,

TACTO e

MatLab.

Silva et al.

(2014)

20 jovens do género

masculino com idades

compreendidas entre os 15

e os 17 anos (Escalão Sub-

17).

Soma das distâncias entre jogadores da

equipa e o seu oponente (TS), espaço efetivo

jogado (EPS), rácio comprimento por

largura jogado (PLpW), média de

informação de centróides na direção

longitudinal (AMI longitudinal) e média de

informação de centróides na direção lateral

(AMI lateral).

GPS.

Outros autores concentraram-se em analisar os efeitos da relação numérico, isto é, a

superioridade, igualdade ou inferioridade numérica, nos jogos em campo reduzido.

Travassos, Vilar, Araújo, e McGarry (2014) consideraram o número de jogadores envolvidos,

a distância de cada atacante em relação ao centróide da equipa, a distância de cada defesa em

relação ao centróide da equipa, a superfície da equipa que ataca, a área da superfície da equipa

que defende e a distância do centróide ataque-defesa. Travassos et al. (2014) concluíram que a

manipulação da igualdade e desigualdade numérica nos jogos em campo reduzido constringe o

rendimento a nível tático das equipas, principalmente ao nível defensivo, em que o

comportamento dos jogadores é fortemente condicionado quando em inferioridade numérica,

verificando que os jogadores nessa condição se retraem no campo, baixando a sua linha defensiva

para uma zona mais junto à sua baliza, encurtando o espaço jogado.

Por sua vez, Vilar et al. (2014) verificaram a influência da relação numérica com jogos em

campo reduzido sob a forma de 5 x 5, 5 x 4 e 5 x 3, onde concluíram que a manipulação da relação

numérica influencia o comportamento dos jogadores que atacam, ou seja, a equipa em processo

ofensivo beneficia de uma estratégia mais lateralizada, levando a equipa que defende a criar mais

espaço entre eles e causando desequilíbrios e espaços a explorar.

Page 105: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

105

Tabela 51- Estudos empíricos que manipulam a relação numérica.

Estudos Amostra Categorias / Variáveis Procedimentos

Travassos et al.

(2014)

15 jovens com idades

compreendidas entre os 17

e os 21 anos.

Distância de cada atacante para o centróide,

distância de cada defesa para o centróide,

área da superfície da equipa atacante, área da

superfície da equipa defensiva e distância do

centróide do ataque-defesa.

Análise de vídeo

recolhido,

TACTO e

MatLab.

Vilar et al.

(2014)

15 jovens do género

masculino com idades

compreendidas entre os 17

e os 21 anos.

Distância interpessoal, distância relativa

para intercetar o remate e a distância relativa

para intercetar o passe.

Análise de vídeo

recolhido,

TACTO e

MatLab.

2.2. Síntese

Dado que o estudo pretende analisar de que forma os constrangimentos do jogo podem

melhorar em contexto de treino a tomada de decisão, a revisão da literatura permitiu enquadrar a

temática de forma a poder ser útil na potencialização do treino e rendimento dos jogadores na

competição.

Procuramos, assim, enquadrar o processo de tomada de decisão nas teorias estudadas,

tentando-se perceber quando é que a mesma acontece e qual o seu nível de sucesso.

No que diz respeito às condicionantes do jogo, a literatura identifica alguns constrangimentos

que podem ser manipulados de forma a melhorar o processo de tomada de decisão (Matos et al.,

2006; Santos et al., 2014; Travassos et al., 2014) . Para a relação numérica, os estudos analisados

concluem que esta influencia a tomada de decisão, na medida que esta melhora em condições de

superioridade numérica. E, por fim, a dimensão do campo influencia a eficácia do processo

observado no sentido de que com maior espaço disponível as distâncias entre colegas e opositores

aumenta e o processo é mais eficaz.

Neste sentido, o problema que pretendemos explorar dirige-se para a análise da manipulação

destes constrangimentos e a sua influência no processo de tomada de decisão nos jogos reduzidos.

Page 106: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

106

3. Objetivo do Estudo

A realização deste estudo pretendeu verificar o comportamento dos jogadores num exercício

em organização ofensiva (com bola), onde se procurou dar informações distintas de forma a

caracterizar os objetivos específicos de cada constrangimento/condicionante incutida.

Através do comportamento dos jogadores procuramos compreender de que a

informação/constrangimento inserido no exercício influencia a sua tomada de decisão

(sucesso/insucesso) e, assim, melhorar o rendimento do jogador na competição.

Page 107: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

107

4. Metodologia

A metodologia do estudo descreve todos os procedimentos metodológicos, entre os quais o

processo de recolha de dados, a caracterização da amostra, os parâmetros considerados, o

processo de tratamento de dados e os procedimentos estatísticos necessários para concretizar no

desenho experimental do estudo.

4.1. Recolha de Dados

A observação e recolha de dados foi realizada através de jogos no formato 4 x 4, num campo

com dimensões de 40 x 25 metros com duas mini-balizas (1,7 x 1 metros). Cada jogo teve a

duração de 4 minutos com intervalos de recuperação de 3 minutos entre cada um. No início de

cada sessão foi providenciado um aquecimento baseado em processos de corrida, alongamentos

e exercício de manutenção da posse de bola. A recolha de dados decorreu em três sessões, em

dias diferentes, com cada sessão a contabilizar quatro situações diferentes, perfazendo um total

de 12 jogos.

Situação 1: jogo 4 x 4 num campo com dimensões de 40 x 25 metros e com duas mini-balizas.

Situação 2: jogo 4 x 4 num campo com dimensões 30 x 20 metros e com duas mini-balizas.

Situação 3: jogo 4 x 3 num campo com dimensões de 40 x 25 metros e com duas mini-balizas.

Situação 4: jogo 4 x 4 num campo com dimensões de 40 x 25 metros e com duas mini-balizas e

com a condicionante do portador da bola não poder fazer passe ao jogador que lhe passou a bola

(devolução da bola).

Na recolha de dados foi utilizada uma câmara de vídeo com tripé, o programa Video Observer

(Videobserver®, Portugal), onde estava o sistema de observação com combinações de parâmetros

e critérios do que se pretendeu avaliar. Por último, os dados obtidos nesse programa foram

transferidos para um software de tratamento de dados estatístico, o SPSS Statistics versão 20

(Microsoft® Corporation, U.S.A.), para estabelecer as devidas relações entre variáveis e concluir

sobre o objetivo do estudo.

4.2. Caracterização da Amostra

A amostra foi constituída por oito jogadores da equipa de Iniciados (sub-15 anos) do Sport

Clube Leiria e Marrazes, equipa que milita no campeonato nacional da categoria, com atletas com

uma média de idade de 14,4 anos e experiência da modalidade de 5 anos.

Page 108: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

108

4.3. Sistema de Parâmetros/Variáveis

O sistema de observação utilizado no estudo agrupou variáveis dependentes e independentes,

como exposto na tabela 52.

Tabela 52- Identificação do tipo de variáveis e os respetivos parâmetros.

As variáveis independentes são aquelas que estão definidas no contexto, isto é, são os

parâmetros específicos da tarefa/situação. Neste caso particular, as variáveis independentes foram

a dimensão do campo (40 x 25 metros e 35 x 20 metros), a relação numérica

(superioridade/inferioridade numérica e igualdade numérica) e a condicionante informacional

(portador da bola não pode devolver ao último portador da bola).

Tabela 53- Identificação das variáveis independentes e os indicadores correspondentes.

VARIÁVEIS INDEPENDENTES INDICADORES

Dimensão do Campo Maior

Menor

Relação Numérica

Igualdade

Superioridade

Inferioridade

Regras do Jogo Sim

Não

Por sua vez, as variáveis dependentes são aquelas que correspondem à tarefa dentro do

contexto, ou seja, são os parâmetros que vão ser ditados pelas ações dos intervenientes e que

dependem destes. Neste estudo, as variáveis dependentes foram o passe (0 – 3, 4 – 7 ou + 7), o

drible (0 - 2 ou + 2), o remate (sucesso ou insucesso), o número de jogadores envolvidos (1, 2, 3

e 4) e a duração do processo ofensivo (0-15 segundos ou + 15 segundos).

VARIÁVEIS PARÂMETROS

INDEPENDENTES (Contextual)

Dimensão do Campo

Relação Numérica

Regras do Jogo

DEPENDENTES (Tarefa)

Passe

Drible

Remate

Número de Jogadores Envolvidos

Duração do Processo Ofensivo

Page 109: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

109

Tabela 54- Identificação das variáveis dependentes e os indicadores correspondentes.

VARIÁVEIS DEPENDENTES INDICADORES

Passe

0-3

4-7

+ 7

Drible 0-2

+ 2

Remate Sucesso

Insucesso

Número de Jogadores envolvidos

1

2

3

4

Duração do Processo Ofensivo 0-15 segundos

+ 15 segundos

Neste sentido, passamos à descrição pormenorizada de cada uma das variáveis e indicadores

utilizados.

4.3.1. Variáveis Independentes

Como já mencionado anteriormente, estas variáveis dizem respeito aos parâmetros do

contexto, isto é, aqueles que são definidos e próprios de cada situação observada.

Dimensão do campo: a variável em questão caracteriza as duas situações onde se observará o

comportamento e ações dos jogadores em campos com dimensões distintas (um maior e outro

menor). O campo maior terá dimensões de 40 x 25 metros e o menor de 35 x 20 metros.

Relação Numérica: esta variável é caracterizada pela relação entre o número de jogadores que

ataca e que defende. Este parâmetro pode considerar inferioridade numérica, quando a equipa

atacante tem um menor número de jogadores que a equipa que defende; igualdade numérica,

quando o número de jogadores que ataca e defende é igual; superioridade numérica, quando a

equipa que ataca tem um número maior de jogadores do que a equipa que defende.

Regras do Jogo: a variável informacional considera as situações em que se condiciona o passe

entre o jogador que recebe a bola e o que a entregou levando, desta forma, ao portador da bola

procurar o drible ou passar a outro colega de equipa.

Page 110: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

110

4.3.2. Variáveis Dependentes

Ao invés das variáveis independentes, as variáveis dependentes, como a sua própria

nomenclatura assim o diz, depende da ação direta dos elementos intervenientes, isto é,

corresponde às tarefas e oportunidades de ação que o jogador toma de forma a concretizar o

objetivo específico do exercício aplicado.

Passe: esta variável diz respeito à ação técnica realizada entre o portador da bola e um colega de

equipa. Foi considerada uma ação quando foi realizado um passe de um jogador para outro

jogador da mesma equipa sem que este tivesse sido intercetado. Os indicadores observados

consideraram-se nos intervalos 0 – 3, 4 – 7 ou + 7 passes.

Drible: Foi considerado um drible quando um jogador ultrapassou um opositor através da

condução e controlo da bola. A variável em questão foi caracterizada pelo intervalo de 0 – 2 ou +

2 dribles durante o processo ofensivo observado.

Remate: Foi considerado remate a ação técnica realizada para efetuar golo. Esta variável

considera o resultado da finalização ou ação técnica, podendo enquadrar-se em golo (sucesso) ou

fora (insucesso).

Número de Jogadores envolvidos: a variável caracterizou o número de jogadores que interfere

diretamente na sequência ofensiva observada, podendo considerar-se 1, 2, 3 ou 4 jogadores.

Duração do processo ofensivo: esta variável diz respeito à duração de cada sequência ofensiva

observada, onde considerou-se os intervalos de tempo de 0 – 15 segundos ou + 15 segundos.

4.4. Tratamento de Dados e Procedimentos Estatísticos

Os dados foram recolhidos em forma de vídeo através de uma câmara de vídeo digital,

posicionada num lugar fixo que permitiu visualizar todo o campo utilizado. Posteriormente, o

vídeo foi transferido para um computador e introduzido no programa Video Observer

(Videobserver®, Portugal), onde estava inserido o sistema de observação descrito com

combinações de critérios definidos para o estudo. Assim que os dados foram tratados, os

resultados foram exportados para o software de tratamento estatístico SPSS Statistics versão 20

(Microsoft® Corporation, U.S.A.), para se estabelecer as relações entre variáveis, que permitiram

a conclusão do estudo face ao objetivo proposto.

Page 111: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

111

4.5. Calendarização

De forma a promover a organização e o trabalho estruturado das tarefas individuais, foi

desenvolvido um desenho das diferentes tarefas a desenvolver durante o período experimental do

estudo, desde a conceção do projeto à conclusão do estudo.

TAREFAS SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

Conceção do Projeto

Aplicação dos Testes

Tratamento dos Dados

Conclusão do Estudo

Entrega do Estudo

Período Competitivo

Tabela 55- Calendarização das tarefas do estudo.

Page 112: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

112

5. Discussão de Resultados

A aplicação deste estudo contemplou a visualização de 12 jogos no formato de 4x4 e 4x3 com

jogadores do escalão de sub-15 do Sport Clube Leiria e Marrazes. Foram analisadas diversas

categorias configuradas pelo sistema de observação construído com o objetivo de analisar o

comportamento dos jogadores para compreender de que forma a informação/constrangimento

inserido no exercício influencia a sua tomada de decisão (sucesso/insucesso) e, assim, melhorar

o rendimento do jogador na competição.

A tabela 56 representa os dados recolhidos tendo em consideração as três variáveis

independentes: dimensão do campo, relação numérica e a condicionante informacional.

Tabela 56- Análise dos dados recolhidos

Indicadores

de

Performance

Dimensões do

Campo (%) Relação Numérica (%) Regras (%)

Maior Menor Igualdade Superioridade Inferioridade Sim Não

PASSE

0-3 44,4 33,3 36,6 17,3 42,3 35.7 44,2

4-7 44,4 50 51,2 56,2 44,2 57,1 41,9

+7 11,2 16,7 12,2 26,5 13,5 7,2 13,9

DRIBLE

0-2 95,6 91,7 95,1 97,3 81,8 78,6 95,3

+2 4,4 8,3 4,9 2,7 18,2 21,4 4,7

REMATE

Sucesso 42,2 16,7 34,1 46,8 15,7 28,6 34,9

Insucesso 57,8 83,3 65,9 53,2 84,3 71,4 65,1

NÚMERO DE JOGADORES ENVOLVIDOS

1 4,4 2,4 2,4 1,7 12,9 6,4 4,7

2 37,8 32,7 31,7 28,9 49,2 33,6 39,5

3 31,1 40,3 36,6 38,6 37,9 39,3 34,9

4 26,7 24,6 29,3 30,8 - 20,7 20,9

DURAÇÂO DO PROCESSO OFENSIVO

0-15 segundos 82,2 83,3 82,9 61,4 95,1 88,7 81,4

+ 15 segundos 17,8 16,7 17,1 38,6 4,9 11,3 18,6

Page 113: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

113

5.1. Dimensão do Campo

Fruto dos resultados obtidos, podemos constatar que, em comparação com um campo maior e

um campo com dimensões mais reduzidas, obtém-se maior taxa de eficácia quando as dimensões

do campo são maiores (42,2%). Quando as dimensões do campo são mais reduzidas, a equipa

apresenta uma taxa de sucesso de apenas 16,7%.

Comparativamente, quando as dimensões do campo são maiores, verifica-se que a duração do

processo ofensivo é significativamente baixa (82,2%), os jogadores efetuam processos com

menos ações (passe e drible), envolvendo apenas 2 jogadores (37,8%). Ao invés, quando as

dimensões do campo são mais reduzidas, a duração do processo ofensivo é muito baixa (83,3%),

os jogadores procuram mais ações ao nível do passe (4-7 passes) e menos de drible (0-2 dribles),

envolvendo 3 jogadores no processo ofensivo (40,3%).

Estes resultados permitem correlacionar os comportamentos encontrados com os resultados

obtidos por Folgado et al. (2014), incutindo a lógica de que em dimensões maiores, as implicações

levam a adaptações na relação comprimento e largura e, por conseguinte, leva os jogadores a

tomarem ações diferentes (decisão), alterando o seu comportamento “padrão”.

Portanto, tal como Silva et al. (2014), fomentamos a ideia de que a manipulação das dimensões

do campo são uma estratégia de condicionar e influenciar a tomada de decisão e os

comportamentos dos jogadores.

5.2. Relação Numérica

A relação numérica considera-se por três situações contextuais: igualdade, superioridade e

inferioridade.

Em relação à taxa de sucesso do processo ofensivo, considera-se que este é superior quando a

equipa se encontra em superioridade numérica (46,8%), seguindo-se a igualdade (34,1%) e, por

fim, a inferioridade numérica (15,7%).

No que diz respeito aos comportamentos e ações, verificam-se que o processo ofensivo tem

maior duração quando a equipa se encontra em superioridade numérica, em comparação com as

outras duas condições. Neste sentido, foi em superioridade numérica que se verificou maior taxa

no número de passes efetuados (26,5%) e no maior número de jogadores envolvidos (30,8%). Em

relação às ações de drible, a maior taxa verificou-se em situações de inferioridade numérica

(18,2%) e menor em superioridade numérica (2,7%).

Tal como Travassos et al. (2014), verificaram-se constrangimentos ao nível do rendimento e

no comportamento nestas condições, onde as ações observadas no nosso contexto levam-nos a

crer que os dois estudos complementam-se, sendo que um contempla ações técnicas e outro ações

táticas. De igual forma, os resultados obtidos vão ao encontro de Vilar et al. (2014), onde observa-

se que a equipa em processo ofensivo beneficia de uma estratégia mais lateralizada e mais

Page 114: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

114

pensada, através de um maior número de passes, provocando a criação de espaços a explorar para

concretizar o objetivo do jogo.

Em consonância com os autores, o nosso estudo permite verificar a influência que a relação

numérica tem no comportamento e ações praticadas (decisões) e que se afirma como uma

estratégia de condicionar o comportamento dos jogadores.

5.3. Regras do Jogo

Na situação em que se condicionou as ações dos jogadores, não podendo jogar com o colega

que lhe passou a bola, diminuiu-se as possibilidades de ação para os jogadores. Nesta condição,

a taxa de sucesso do processo ofensivo foi mais baixa (28,6%) do que sem este constrangimento.

No entanto, esta condicionante modificou os comportamentos pois, embora a duração do processo

ofensivo fosse menor (88,7%), verificou-se uma taxa intermédia de passes efetuados (57,1%),

bem como um valor superior para os dribles (21,4%). Quanto ao número de jogadores envolvidos,

verificou-se que a preferência foi o envolvimento de 3 jogadores (39,3%), ao invés, sem a

condicionante, o envolvimento de apenas 2 jogadores apresenta maior valor (39,5%).

Como abordado anteriormente, Almeida et al. (2012) analisou a influência das diferentes

regras aplicáveis nos jogos de campo reduzido, observando a performance ofensiva. A prática

consistiu na realização de jogos com diferentes condicionantes, onde se incluem regra livre (sem

limite de toques por jogador), limitação de dois toques e limitação de quatro toques por jogador.

Os resultados permitiram entender que a manipulação de constrangimentos como as regras do

jogo, influenciam diretamente o comportamento dos jogadores e, consequentemente, promovem

a aquisição técnica e desenvolve a performance dos praticantes.

Embora existam estudos que abordem a temática da imposição de regras para condicionar a

tomada de decisão e os comportamentos dos jogadores, a regra introduzida neste estudo aplica-se

como uma estratégia de condicionar, como se verificou, a forma e as ações assumidas pelos

decisores. Desta forma, embora não existam termos de comparação, podemos concluir que esta

variável influencia o comportamento e a tomada de decisão nos jogos de campo reduzido.

Page 115: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

Análise da Influência Da Manipulação Das Condicionantes Estruturais Dos Jogos Reduzidos Nos Aspetos Técnico-Táticos Do Jogo

115

6. Conclusão

O presente estudo teve como objetivo verificar de que forma os constrangimentos aplicados

nos jogos reduzidos influenciam a tomada de decisão dos jogadores. Para isso, observou-se o

condicionamento das dimensões do campo, da relação numérica e da condicionante

informacional. O sistema de observação foi criado e aperfeiçoado de forma a corresponder às

necessidades e do que se queria analisar, através de ações técnicas em processo ofensivo.

A partir da manipulação das dimensões do campo conclui-se:

a) A taxa de sucesso é superior quando as dimensões do campo são maiores;

b) Quando o campo é maior, os jogadores envolvem apenas 2 jogadores e menos ações

técnicas (passe e drible);

c) Quando o campo é menor, os jogadores envolvem, geralmente, 3 jogadores e

procuram mais ações de passe e menos de drible;

d) A duração do processo ofensivo é significativamente baixa nas duas situações.

Por sua vez, na manipulação da relação numérica conclui-se:

a) A taxa de sucesso é superior quando a equipa se encontra em superioridade numérica,

seguindo-se em igualdade e, por fim, em inferioridade numérica;

b) Quando a equipa se encontra em superioridade numérica, o número de jogadores

envolvidos e o número de passes efetuados por sequência é superior, em comparação

com as outras duas condições;

c) Quando a equipa se encontra em inferioridade numérica, verifica-se um aumento

significativo no número de ações de drible.

d) A duração do processo ofensivo é significativamente maior quando a equipa se

encontra em superioridade numérica.

Por fim, na manipulação das regras conclui-se:

a) A taxa de sucesso é superior quando a regra não se aplica;

b) Os jogadores utilizaram maior número de passes e drible quando a regra se aplicava;

c) Com a regra, o número de jogadores envolvidos foi, geralmente, de 3 jogadores,

enquanto sem a regra, por norma, envolveram-se apenas 2 jogadores no processo

ofensivo;

d) A duração do processo ofensivo é inferior quando a regra está aplicada.

Finalizando, concluímos que, embora existam inúmeras formas de manipular os exercícios e

melhorar a performance dos jogadores, as variáveis aplicadas neste estudo influenciaram esse

comportamento e a tomada de decisão, nomeadamente ao nível de ações técnicas.

Page 116: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

116

PARTE III - BALANÇO FINAL

O balanço final proporciona uma reflexão sobre toda a experiência vivida durante o estágio.

Todo o trabalho desenvolvido ao longo do estágio possibilitou-nos realizar uma ponte entre o

domínio técnico e prático.

A época desportiva termina com um sentimento de dever cumprindo, revelando-se bastante

desgastante, pela elevada carga horária despendida, quer no planeamento quer na

operacionalização. No início, definimos objetivos focados no âmbito individual e coletivo que,

de forma geral, foram concluídos com sucesso. Um dos principais fatores que influenciou o

desenvolvimento pessoal foi o facto ter responsabilidades diretamente relacionadas com o

planeamento e a intervenção no treino, permitindo desta forma consolidar processos e ideias para

a tarefa de treinador. Ainda, outro aspeto bastante positivo foi a participação em tomadas de

decisão no âmbito competitivo, com constantes análises e reflexões individual e coletivamente.

Um ponto menos positivo foi o facto de não conseguirmos, equipa técnica, poder fazer uma

observação e análise da competição mais detalhada, através da gravação dos jogos. Entendemos

que esse seria um aspeto que teria melhorado o nosso planeamento e preparação para a

competição.

Quanto ao estudo realizado, este permitiu-nos enquadrar sobre o que já era investigado na

temática da tomada de decisão. Estando diretamente relacionado com o sucesso e o insucesso,

procurámos estabelecer estratégias de modo a melhorar a tomada de decisão no contexto de

intervenção. Comparativamente com o que já foi estudado, a manipulação dos constrangimentos

viabilizou-nos percecionar de que forma a tomada de decisão é influenciada, sob diferentes

contextos.

Terminando, o contexto de estágio proporciona um elevado número de experiência e relações

no desenvolvimento da tarefa e consideramos essencial na aplicação dos conteúdos teóricos,

proporcionando um crescimento nas competências profissionais e, por conseguinte, dotando o

profissional de uma maior capacidade de atuação e adaptação a diferentes envolvimentos.

Page 117: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

117

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, C. H., Ferreira, A. P., & Volossovitch, A. (2012). Manipulating Task Constraints in

Small-Sided Soccer Games: Performance Analysis and Practical Implications. Sport

Science Journal, 5, 174-180.

Almeida, R. M. (2014). Da Conceptualização dos Métodos de Treino à Operacionalização

Prática no Quadro do Modelo de Jogo Adotado. (Mestrado), Universidade Lusófona de

Humanidades e Tecnologias, Lisboa.

Amieiro, N., Barreto, R., Oliveira, B., & Resende, N. (2006). Mourinho: Porquê tantas Vitórias.

Lisboa: Gradiva.

Anguera, M. (2000). Observacion en Deporte y Conducta Cinésico-Motriz: Aplicaciones.

Barcelona: Publicaciones dela Universitat de Barcelona.

Araújo, D., Davids, K., Bennett, S., Button, C., & Chapman, G. (2004). Emergence of Sport Skills

under Constraints. In N. J. Hodges (Ed.), Skill acquisition in sport: Research, theory and

practice (pp. 409-433). London: Routledge, Taylor & Francis.

Araújo, D., Davids, K., & Hristovski, R. (2006). The Ecological Dynamics of Decision Making

in Sport. Psychology of sport and exercise, 7(6), 653-676.

Araújo, D., Travassos, B., Torrents, C., & Vives, M. (2011). La Toma de Decisiones en el Deporte

Escolar. Un Ejemplo Aplicado al Fútbol. Innovació en Educació Física (INyEF), 3, 1-7.

Araújo, J. (2005). O Contexto da Decisão na Ação Tática no Desporto. Lisboa: Visão e

Contextos.

Azevedo, J. (2011). Por Dentro da Tática. Estoril: Prime Books.

Carling, C., Williams, A. M., & Reilly, T. (2006). Handbook of Soccer Match Analysis: a

Systematic Approach to Improving Performance. Journal of sports science & medicine,

5(1), 171.

Carvalhal, C., Lage, B., & Oliveira, J. M. (2014). Futebol - Um Saber sobre o Saber Fazer: Prime

Books.

Castelo, J. (1996). Futebol, a Organização do Jogo (E. d. Autor Ed.).

Castelo, J. (1998). Metodologia do Treino Desportivo (Vol. 2º). Lisboa: Edições FMH-UTL.

Castelo, J. (2002). O Exercício de Treino Desportivo: A Unidade Lógica de Programação e

Estruturação do Treino Desportivo. Lisboa: Edições FMH-UTL.

Castelo, J. (2003). Futebol - Guia Prático de Exercícios de Treino. Lisboa: Visão e Contextos.

Castelo, J. (2004). Futebol - A Organização Dinâmica do Jogo. Lisboa: Edições FMH.

Castelo, J. (2006). Futebol - Conceptualização e Organização Prática de 1100 Exercícios

Específicos de Treino. Lisboa: Edição Visão e Contextos.

Page 118: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

118

Castelo, J. (2009). Futebol. Organização e Dinâmica de Jogo. Universidade Lusófona: Edições

Universitárias Lusófonas.

Castelo, J., & Matos, L. F. (2008). Futebol - Conceptualização e Organização Prática de 1100

Exercícios Específicos de Treinos. Lisboa: Visão e contextos.

Costa, J. P., & Santos, F. (2011). Planeamento e Periodização. Documento de apoio à unidade

curricular de Modalidade Desportiva II - Futebol, Curso de Mestrado em Treino

Desportivo. Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Instituto Politécnico de Santarém.

Davids, K., Button, C., & Bennett, S. J. (2008). Dynamics of Skill Acquisition: A Constraints-Led

Approach: Human Kinetics.

Davids, K., Williams, A. M., Button, C., & Court, M. (2001). An Integrative Modeling Approach

to the Study of Intentional Movement Behavior. Handbook of sport psychology, 2, 144-

173.

Duarte, C. M. H. (2015). Intervenção na Equipa Sénior do União de Tomar. (Master Degree),

Instituto Politécnico de Santarém, Rio Maior.

Fajen, B. R., Riley, M. A., & Turvey, M. T. (2009). Information, Affordances, and the Control of

Action in Sport. international Journal of sport psychology, 40(1), 79.

Folgado, H., Lemmink, K. A., Frencken, W., & Sampaio, J. (2014). Length, Width and Centroid

Distance as Measures of Teams Tactical Performance in Youth Football. European

Journal of Sport Science, 14(sup1), S487-S492.

Garganta, J. (1991). Planeamento e Periodização do Treino Futebol. Revista Horizonte, 7(42),

196-201.

Garganta, J. (1993). Programação e Periodização do Treino em Futebol: das Generalidades à

Especificidade. In J. Bentos & A. Marques (Eds.), A Ciência do Desporto, a Cultura e o

Homem (pp. 259-270). Porto: FCDEF-UP.

Garganta, J. (1996). Modelação da Dimensão Tática do Jogo de Futebol. In J. Oliveira & F.

Tavares (Eds.), Estratégia e tática nos jogos desportivos coletivos (pp. 63-82). Porto:

CEJD. FCDEF-UP.

Garganta, J. (1997). A Modelação Tática do Jogo de Futebol. Estudo da Organização da Fase

Ofensiva em Equipas de Alto Rendimento. (Dissertação de Doutoramento), Universidade

do Porto, Porto.

Garganta, J. (2001). A Análise da Performance nos Jogos Desportivos. Horizontes e órbitas no

treino dos jogos desportivos, 1 (1), 57-64.

Garganta, J. (2004). A Formação Estratégico-Tática nos Jogos Desportivos de Oposição e

Cooperação (E. UFRGS Ed.). Porto Alegre: Razões e Finalidades.

Garganta, J. (2006). (Re)Fundar os Conceitos de Estratégia e Tática nos Jogos Desportivos

Coletivos, para Promover uma Eficácia Superior. Revista Brasileira de Educação Física

e Esporte, 20(5), 201-203.

Page 119: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

119

Garganta, J., & Oliveira, J. (1996). Estratégia e Tática nos Jogos Desportivos Coletivos. In J.

Oliveira & F. Tavares (Eds.), Estratégia e tática nos jogos desportivos coletivos (pp. 7-

23). Porto: CEJD. FCDEF-UP.

Garganta, J., & Pinto, J. (1994). O Ensino do Futebol. In A. Graça & J. Oliveira (Eds.), O Ensino

dos Jogos Desportivos (pp. 97-137). Porto: CEJD. FCDEF-UP.

Garganta, J., & Pinto, J. (1996). Contributo da Modelação da Competição e do Treino para a

Evolução do Nível do Jogo no Futebol. In J. Oliveira & F. Tavares (Eds.), Estratégica e

Tática nos Jogos Desportivos Coletivos (pp. 83-94). Porto: CEJD.FCDEF-UP.

Gibson, J. (1979). The Ecological Approach to Visual Perception. Hillsdale, New Jersey:

Lawrence Erlbaum Associates.

Grehaigne, J.-F., Bouthier, D., & David, B. (1997). Dynamic-System Analysis of Opponent

Relationships in Collective Actions in Soccer. Journal of Sports Sciences, 15(2), 137-

149.

Kugler, P., Kelso, J. S., & Turvey, M. (1982). On the Control and Coordination of Naturally

Developing Systems. The development of movement control and coordination, 5, 1-78.

Lopes, A. P. (2007). Se Não Fosse para Ganhar... A Importância da Dimensão Táctica no Ensino

dos Jogos Desportivos Colectivos: Campo das Letras.

Mahlo, F. (1969). La Acción Táctica del Juego. Paris: Vigot.

Malta, P., & Travassos, B. (2014). Caraterização da Transição Defesa-Ataque de uma Equipa de

Futebol/Characterization of the Defense-Attack Transition of a Soccer Team.

Motricidade, 10(1), 27.

Matias, C. J. A. d. S., & Greco, P. J. (2009). Análise de Jogo nos Jogos Esportivos Coletivos: a

Exemplo do Voleibol. Pensar a prática, 12(3).

Matos, R. C., Araújo, D., Gouveia, L., Barreiros, J., Fernandes, O., & Serpa, S. (2006).

Manipulação de Constrangimentos e Tomada de Decisão no Basquetebol. Paper

presented at the VI Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia.

McGarry, T., Anderson, D. I., Wallace, S. A., Hughes, M. D., & Franks, I. M. (2002). Sport

Competition as a Dynamical Self-Organizing System. Journal of Sports Sciences, 20(10),

771-781.

Mesquita, I. (2000). A Pedagogia do Treino. A Formação em Jogos Desportivos Coletivos.

Lisboa: Livros Horizonte.

Michaels, C., & Beek, P. (1995). The State of Ecological Psychology. Ecological psychology,

7(4), 259-278.

Mourinho, J. (2001). Das Teorias Generalistas... à ESPECIFICIDADE do Treino em Futebol.

Leiria: Escola Superior de Educação de Leiria/Instituto Politécnico de Leiria.

Newell, K. M. (1996). Change in Movement and Skill: Learning, Retention, and Transfer.

Dexterity and its development, 393-429.

Page 120: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

120

Oliveira, J. G. (2004). Conhecimento Específico em Futebol. Contributos para a Definição de

uma Matriz Dinâmica do Processo Ensino-Aprendizagem/Treino do Jogo. Porto: José

Guilherme. MSc Dissertation, Faculty of Sport Sciences and Physical Education-

University of Porto, Porto, Portugal.

Oliveira, J. G. (2014). Programação, Periodização e Planificação do Treino de Futebol.

Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física. Universidade do Porto.

Retrieved from https://pt.slideshare.net/PedMenCoach/programao-periodizao-e-planig

Passos, P., Araújo, D., Davids, K., & Shuttleworth, R. (2008). Manipulating Constraints to Train

Decision Making in Rugby Union. International Journal of Sports Science & Coaching,

3(1), 125-140.

Peixoto, C. (1999). Os Sistemas de Periodização do “Treino”. Revista Ludens, 16(3), 47-52.

Pereira, D. (2010). Análise e Observação do Jogo numa Equipa de Futebol Sénior de Alta

Competição. Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de

Santarém. Rio Maior.

Queiroz, C. (1986). Estrutura e Organização dos Exercícios de Treino em Futebol. Lisboa:

Federação Portuguesa de Futebol.

Quinta, R., & Leal, M. (2001). O Treino no Futebol: Uma Concepção para a Formação.

Santos, R., Padilha, M. B., & Teoldo, I. (2014). Relationship between Tactical Behavior and

Affective Decision-Making in U-17 Youth Soccer Players. Human Movement, 15(2),

100-104.

Silva, M. (2008). Desenvolvimento do Jogar, segundo a Periodização Táctica. Pontevedra:

McSports.

Silva, P., Duarte, R., Sampaio, J., Aguiar, P., Davids, K., Araújo, D., & Garganta, J. (2014). Field

Dimension and Skill Level Constrain Team Tactical Behaviours in Small-Sided and

Conditioned Games in Football. Journal of Sports Sciences, 32(20), 1888-1896.

Teixeira, E., Loureiro, N., & Sequeira, P. (2015). Construção e Validação de um Sistema de

Observação em Competição no Futebol de Bolas Paradas. Revista UIIPS, 3 (3), 1-17.

Teodorescu, L. (2003). Problemas de Teoria e Metodologia nos Jogos Desportivos (Vol. Lisboa):

Livros Horizonte.

Travassos, B., Vilar, L., Araújo, D., & McGarry, T. (2014). Tactical Performance Changes with

Equal vs Unequal Numbers of Players in Small-Sided Football Games. International

Journal of Performance Analysis in Sport, 14(2), 594-605.

Vásquez, A. (2012). Fútbol. Del Análisis del Juego a la Edícion de Informes Técnicos: Coleção

Preparação Futebolístic: MCSports.

Ventura, N. (2013). Observar para Ganhar, o Scouting como Ferramenta do Treinador. Lousã:

Tipogafria Lousanense.

Page 121: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

121

Vilar, L., Esteves, P. T., Travassos, B., Passos, P., Lago-Peñas, C., & Davids, K. (2014). Varying

Numbers of Players in Small-Sided Soccer Games Modifies Action Opportunities During

Training. International Journal of Sports Science & Coaching, 9(5), 1007-1018.

Page 122: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

122

ANEXOS

Page 123: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

123

MÉTO DO S DE TREINO JUL AGO SET O UT NO V DEZ JAN FEV MAR ABR MAI TO TAL %

EPG 84 268 195 185 309 213 194 150 212 142 35 1987 21%

Descontextualizado 103 189 47 175 86 107 110 115 62 125 40 1159 12%

MPB 0 117 188 120 148 175 300 170 141 174 84 1617 17%

Circuito 42 65 27 30 40 0 27 0 22 0 0 253 3%

Lúdico-Recreativo 0 30 50 30 10 10 10 10 95 82 15 342 4%

Finalização 0 94 94 55 62 57 64 35 25 72 0 558 6%

Metaespecializado 0 197 30 0 0 65 70 60 70 48 28 568 6%

Padronizado 15 105 60 15 48 95 25 33 54 15 15 480 5%

Setorial 0 55 95 15 20 20 88 55 60 0 0 408 4%

Situações Fixas 0 45 50 0 0 0 0 15 15 0 0 125 1%

Competitivos 142 192 160 193 272 204 236 178 103 187 97 1964 21%

Minutos 386 1357 996 818 995 946 1124 821 859 845 314 9461

Horas 6,433 22,62 16,6 13,63 16,58 15,77 18,73 13,68 14,32 14,08 5,233 157,7

PLANO ANUAL

Anexo 1- Relação entre o volume total de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados durante a época.

MÉTO DO S DE TREINO JUL AGO TO TAL %

EPG 84 142 226 18%

Descontextualizado 103 167 270 21%

MPB 0 35 35 3%

Circuito 42 50 92 7%

Lúdico-Recreativo 0 30 30 2%

Finalização 0 79 79 6%

Metaespecializado 0 70 70 6%

Padronizado 15 105 120 9%

Setorial 0 55 55 4%

Situações Fixas 0 15 15 1%

Competitivos 142 130 272 22%

Minutos 386 878 1264

Horas 6,433 14,63 21,07

PERÍODO PREPARATÓRIO

Anexo 2- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de

treino utilizados durante o Período Preparatório.

Page 124: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

124

MÉTO DO S DE TREINO AGO SET O UT NO V DEZ JAN FEV MAR ABR TO TAL %

EPG 126 195 185 309 213 194 150 212 45 1629 23%

Descontextualizado 22 47 175 86 107 110 115 62 45 769 11%

MPB 82 188 120 148 175 300 170 141 35 1359 19%

Circuito 15 27 30 40 0 27 0 22 0 161 2%

Lúdico-Recreativo 0 50 30 10 10 10 10 95 0 215 3%

Finalização 15 94 55 62 57 64 35 25 15 422 6%

Metaespecializado 127 30 0 0 65 70 60 70 0 422 6%

Padronizado 0 60 15 48 95 25 33 54 0 330 5%

Setorial 0 95 15 20 20 88 55 60 0 353 5%

Situações Fixas 30 50 0 0 0 0 15 15 0 110 2%

Competitivos 62 160 193 272 204 236 178 103 57 1465 20%

Minutos 479 996 818 995 946 1124 821 859 197 7235

Horas 7,983 16,6 13,63 16,58 15,77 18,73 13,68 14,32 3,283 120,6

PERÍODO COMPETITIVO

Anexo 3- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de treino utilizados durante o Período

Competitivo.

MÉTO DO S DE TREINO ABR MAI TO TAL %

EPG 97 35 132 14%

Descontextualizado 80 40 120 12%

MPB 139 84 223 23%

Circuito 0 0 0 0%

Lúdico-Recreativo 82 15 97 10%

Finalização 57 0 57 6%

Metaespecializado 48 28 76 8%

Padronizado 15 15 30 3%

Setorial 0 0 0 0%

Situações Fixas 0 0 0 0%

Competitivos 130 97 227 24%

Minutos 648 314 962

Horas 10,8 5,233 16,03

PERÍODO TRANSITÓRIO

Anexo 4- Relação entre o volume de treino e a distribuição dos métodos de

treino utilizados durante o período Transitório.

Page 125: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

125

.

VS

N.º 1º CA 2º CA CV

Tempo

Entrou

Saiu

Tempo

Marcador

Assistência

2017/2018

DATA: HORA: LOCAL:

COMPETIÇÃO:

JORNADA:

NOME

Treinador Principal

Fisioterapeuta

Treinador Adjunto

Diretor

Capitão

Sub-Capitão

OBSERVAÇÕES:

SISTEMA DE JOGO:

POSIÇÕES:

GR- MC-

DD- MC-

DC- ME-

DC- MD-

DE- AV-

AV-

Substituições

Golos

Resultado 1ª Parte Resultado Final

Notas da 1ª Parte: Notas da 2ª Parte:

Anexo 5- Ficha de jogo para análise da competição.

Page 126: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

126

VS

N.º 1º CA 2º CA CV

13

16

21

5

3

18

6

77

15

23

7

29

9

19

10

4

11

24

Santos Bruno Gomes

2017/2018

NS Rio Maior SCL Marrazes

DATA: 31-mar-18 HORA: 11h LOCAL: Rio Maior

COMPETIÇÃO: 2ª Fase do Campeonato Nacional - Série D

JORNADA: 13ª Jornada

NOME

Ricardo Treinador Principal

Alex Fisioterapeuta

André

Reis Treinador Adjunto

Simão João Paraíso

Tomás

Sobreira Diretor

Totti Stid Amado

João Pedro

Xico

Rodrigo Rita

JP

Teun Capitão

Romeu Daniel Reis

Caseiro

Lucas Sub-Capitão

Macrino André Augusto

OBSERVAÇÕES: Bloco médio-alto numa fase inicial, com alteração ao intervalo para um bloco

médio, de forma a dar mais alguma consistência defensiva, encurtando as linhas entre a linha

média e a linha defensiva. Procurar transições defesa/ataque. Sistema de jogo inicial não sofreu

quaisquer alterações com as substituições realizadas.

SISTEMA DE JOGO: 1:4:4:2 (Em Linha)

POSIÇÕES:

GR- Ricardo MC- Tomás

DD- Santos MC- Sobreira

DC- André ME- Totti

DC- Reis MD- João

DE- Simão AV- Rodrigo

AV- Alex

Substituições

Tempo 49´ 64´

Entrou 9 19

Saiu 7 77SL C

artax

o

SCL M

arraze

s

Golos

Tempo

Marcador

Assistência SL C

artax

o

SCL M

arraze

s

Jogo repartido, sem muitas situações de finalização, com o perigo a aparecer para as

duas equipas através de livres diretos à entrada de área. Primeiros 20 minutos

tivemos ligeiramente melhor, assumindo a bola e circulando rapidamente e nos

últimos 20 minutos a tendência ligeira passou para o NSRM, com muitas faltas

cometidas (algumas desnecessárias), junto à nossa área.

Com um bloco mais baixo em comparação à primeira parte e com a procura do golo

da equipa adversária (desvantagem pontual), conseguimos condicionar as ações

ofensivas no corredor centrar, levando para o corredores laterais as ações da

equipa adversária, no entanto sempre em superioridade numérica defensiva. Única

situação de real perigo da equipa adversária, por falta de agressividade defensiva

da nossa linha defensiva. Resultado positivo e a exibição focou-se no que o jogo

obrigou, onde na segunda parte procurámos apenas as transições defesa/ataque,

com algumas bem sucedidas, faltando o pragmatismo na finalização.

Resultado 1ª Parte Resultado Final

0 - 0 0 - 0

Notas da 1ª Parte: Notas da 2ª Parte:

Anexo 6- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (NS Rio Maior vs SCL Marrazes).

Page 127: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

127

VS

N.º 1º CA 2º CA CV

13

22

16

23

18

17

5

11

6

21

77

12

24

19

8

14

20

9

Totti

Caseiro

Xico

Romeu

Gustavo

2017/2018

Treinador Principal

Treinador Adjunto

Diretor

Fisioterapeuta

NOME

Ricardo

Edgar

Santos

Alex

Tomás

Lopez

Reis

Macrino

Sobreira

André

SCL MarrazesSL Cartaxo

COMPETIÇÃO: 1ª Fase do Campeonato Nacional - Série D

JORNADA: 4ª Jornada

LOCAL: CartaxoHORA: 11hDATA: 17-set-17

Brazão

Teun

Capitão

Sub-CapitãoFábio

Substituições

POSIÇÕES:

OBSERVAÇÕES: Bloco médio-alto numa fase inicial, com alteração ao intervalo para um bloco

médio, de forma a dar alguma iniciativa ao adversário e sair em transições defesa/ataque. Sistema

de jogo inicial não sofreu quaisquer alterações com as substituições realizadas.

André Augusto

MC- Sobreira

MC- Tomás

DE- Reis

DC- Lopez

DC- Alex

DD- Santos

Bruno Gomes

João Paraíso

Stid Amado

Ana Gave

Daniel Reis

SISTEMA DE JOGO: 1:4:2:3:1

GR- Ricardo

AV- Edgar

ED- Totti

EE- Macrino

MO- André

Tempo 35´ 35´ 35´ 56´ 56´

Entrou 19 8 9 24 20

Saiu 11 22 17 21 23

Golos

SL C

artax

o

SCL M

arraze

s

Tempo 20´ 50´ 65´

Marcador 77 21 77

Assistência 18 9 5

Resultado Final

0 - 3

SL C

artax

o

SCL M

arraze

s

Resultado 1ª Parte

0 - 1

Notas da 1ª Parte: Notas da 2ª Parte:

Jogo de sentido único, com boa circulação da bola e criação de muitas situações

para finalizar, no entanto com processos muito lentos e com dificuldades em

acelerar com o primeiro toque (terreno também não ajuda). Melhorar a intensidade e

agressividade no momento de perda da bola e procurar maior pragmatismo no

último terço.

Com um bloco mais baixo em comparação à primeira parte e com a tentativa de

reação da equipa adversária, conseguimos manter a organização que só pecou com

duas situações de falta de concentração defensiva que levou às situações mais

perigosas para a nossa baliza. Jogo mais partido, com muitas transições de parte a

parte, no entanto conseguimos ampliar numa situação de transição rápida com

influência de apenas 3 jogadores e num envolvimento no corredor que surge um

cruzamento com a finalização ao segundo poste.

Anexo 7- Aplicação da análise de jogo através da ficha de jogo construída (SL Cartaxo vs SCL Marrazes).

Page 128: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

128

N.º Jogador ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L ST P D F L TP

29 JP 5 0 5 0 0 19 10 9 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 13 2 0 0 15 14 0 0 1 15 14 1 0 0 13 13 0 0 0 14 8 2 2 2 11 10 0 0 1 4 3 1 0 0 138 112 20 2 4 81%

13 Ricardo 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 14 1 0 0 15 14 1 0 0 15 15 0 0 0 13 13 0 0 0 14 14 0 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 136 2 0 0 99%

12 Caseiro 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 6 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 30 0 0 0 100%

24 Xico 5 5 0 0 0 19 15 4 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 10 3 0 2 15 14 1 0 0 15 9 0 2 4 13 7 2 4 0 14 12 1 1 0 11 11 0 0 0 4 3 1 0 0 138 113 12 7 6 82%

27 Tiaguinho 5 4 1 0 0 19 17 2 0 0 14 14 0 0 0 13 11 0 0 2 15 13 2 0 0 15 10 4 1 0 15 12 0 3 0 13 10 0 3 0 14 7 4 3 0 11 10 0 1 0 4 4 0 0 0 138 112 13 11 2 81%

3 Simão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 9 3 0 1 14 7 2 0 5 11 7 4 0 0 4 4 0 0 0 42 27 9 0 6 64%

22 Edgar 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 15 0 0 0 15 12 3 0 0 15 14 0 1 0 13 7 2 2 2 14 2 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 123 101 5 15 2 82%

16 Santos 5 3 2 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 12 0 0 1 15 14 1 0 0 15 8 0 0 7 15 13 2 0 0 13 12 0 1 0 14 12 2 0 0 11 10 1 0 0 4 2 2 0 0 138 119 10 1 8 86%

23 Alex 5 0 5 0 0 19 18 1 0 0 14 14 0 0 0 13 10 0 0 3 15 13 2 0 0 15 14 1 0 0 15 15 0 0 0 13 13 0 0 0 14 14 0 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 126 9 0 3 91%

18 Tomás Lopez 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 15 0 0 0 15 15 0 0 0 15 15 0 0 0 13 12 0 0 1 14 12 2 0 0 11 6 5 0 0 4 3 0 0 1 138 129 7 0 2 93%

17 Lopez 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 11 0 0 2 15 15 0 0 0 15 11 0 0 4 15 14 1 0 0 13 11 2 0 0 14 13 1 0 0 11 10 1 0 0 4 2 2 0 0 138 125 7 0 6 91%

4 Lucas 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 9 1 0 3 15 13 2 0 0 15 14 0 1 0 15 9 2 0 4 13 10 2 1 0 14 12 1 1 0 11 5 2 4 0 4 0 0 4 0 138 110 10 11 7 80%

5 Reis 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 2 0 0 11 15 12 3 0 0 15 11 1 0 3 15 12 1 0 2 13 11 0 0 2 14 14 0 0 0 11 3 0 0 8 4 2 0 0 2 138 105 5 0 28 76%

19 Romeu 5 5 0 0 0 19 16 3 0 0 14 13 1 0 0 13 13 0 0 0 15 13 2 0 0 15 13 2 0 0 15 15 0 0 0 13 10 1 0 2 14 13 0 1 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 126 9 1 2 91%

66 Nuno 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7 0 0 0 15 11 4 0 0 13 8 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 26 9 0 0 74%

11 Macrino 5 3 2 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 15 0 0 0 15 15 0 0 0 15 14 1 0 0 13 11 2 0 0 14 14 0 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 138 133 5 0 0 96%

8 Gustavo 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 12 3 0 0 15 9 6 0 0 15 9 1 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 96 81 10 5 0 84%

6 Sobreira 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 11 4 0 0 15 13 2 0 0 15 9 5 1 0 13 12 1 0 0 14 12 0 1 1 11 9 1 0 1 4 4 0 0 0 138 121 13 2 2 88%

85 Afonso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 15 14 1 0 0 15 14 1 0 0 13 10 3 0 0 14 7 1 1 5 11 7 4 0 0 4 3 1 0 0 78 61 11 1 5 78%

14 Fábio 5 5 0 0 0 19 17 2 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 7 1 7 0 15 14 1 0 0 15 10 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 96 80 4 12 0 83%

21 André 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 8 0 0 6 13 12 0 1 0 15 13 1 1 0 15 14 1 0 0 15 15 0 0 0 13 13 0 0 0 14 13 0 1 0 11 10 0 1 0 4 3 0 1 0 138 125 2 5 6 91%

10 Caseiro 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 8 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 38 32 0 0 6 84%

7 Rodrigo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 15 11 4 0 0 13 8 5 0 0 14 11 3 0 0 11 7 1 0 3 4 4 0 0 0 60 44 13 0 3 73%

77 Totti 0 0 0 0 0 19 17 2 0 0 14 12 2 0 0 13 13 0 0 0 15 13 2 0 0 15 13 2 0 0 15 14 0 0 1 13 13 0 0 0 14 14 0 0 0 11 8 3 0 0 4 4 0 0 0 133 121 11 0 1 91%

20 Brazão 5 5 0 0 0 19 19 0 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 6 2 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 53 0 4 0 93%

9 Teun 5 5 0 0 0 19 17 2 0 0 14 14 0 0 0 13 13 0 0 0 15 14 1 0 0 15 13 2 0 0 15 12 3 0 0 13 12 0 1 0 14 14 0 0 0 11 10 0 1 0 4 3 1 0 0 138 127 9 2 0 92%

35 João 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13 0 0 0 14 13 1 0 0 11 11 0 0 0 4 4 0 0 0 42 41 1 0 0 98%

ST - P - D - F - L -

TotalJulho Agosto Setembro O utubro Novembro Janeiro Fevereiro Março Abril MaioDezembro

LesionadoSessões de Treino Presente Dispensado Falta Injustificada

Anexo 8- Mapa de presenças às sessões de treino.

Page 129: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

129

N.º Jogador Posição Ano T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV

29 JP GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 1 0 0 70 0 1 0 0 210 0 2 0 0

13 Ricardo GR 03´ 70 0 2 0 0 70 0 1 0 0 70 0 2 0 0 70 0 0 0 0 70 0 1 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 9 0 0 70 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 560 0 21 0 0

12 Caseiro GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Xico DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 84 0 0 0 0

27 Tiaguinho DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 13 0 0 0 0

3 Simão DE 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

22 Edgar DD/ED 03´ 25 0 0 0 0 35 0 0 0 0 63 0 0 0 0 35 0 0 0 0 12 0 0 0 0 13 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 11 0 0 0 0 35 0 0 0 0 66 0 0 0 0 365 0 0 0 0

16 Santos DD 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 770 0 0 0 0

23 Alex DC/AV 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 56 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 523 0 0 0 0

18 Tomás Lopez DC/MC 04´ 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 595 0 0 0 0

17 Lopez DC 03´ 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 595 0 0 0 0

4 Lucas DC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0

5 Reis DE/MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 57 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 407 0 0 0 0

19 Romeu DE/EE 03´ 45 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 58 0 0 0 0 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 25 0 0 0 0 70 0 0 0 0 48 0 0 0 0 4 0 0 0 0 408 0 0 0 0

66 Nuno DE 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11 Macrino DE/EE 03´ 45 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 1 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 22 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 557 0 0 1 0

8 Gustavo DE/EX 03´ 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 60 0 0 0 0 25 0 0 0 0 59 0 0 0 0 35 0 0 0 0 57 1 0 0 0 331 1 0 0 0

6 Sobreira MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 700 0 0 1 0

85 Afonso MC 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

14 Fábio MC 03´ 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 1 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 410 1 0 1 0

21 André DC/MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 14 0 0 0 0 56 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 490 2 0 0 0

10 Caseiro EE/AV 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 Rodrigo MC/AV 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

77 Totti MC/AV 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 2 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 770 3 0 1 0

20 Brazão ED/AV 03´ 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 56 0 0 0 0 14 0 0 0 0 6 0 0 0 0 35 0 0 0 0 10 0 0 0 0 45 0 0 1 0 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 247 0 0 1 0

9 Teun ED/AV 03´ 70 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 64 0 0 0 0 52 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 388 0 0 0 0

35 João MC/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

- -

T - GM - GS - CA - CV -

Não Convocado 11 Inicial

AA Santarém

Fora

05-nov-17

EAS Marinha Grande

Casa

22-out-18

Caldas SC

Casa

29-out-1724-set-17 30-set-17 08-out-17

CD Fátima

Fora

15-out-17

CD Portalegrense 1925 AC Marinhense Sertanense FC

Casa Fora CasaCasa

10-set-17

Fora

17-set-17

CAD Entroncamento NS Rio Maior UD Leiria SL Cartaxo

Fora

03-set-17

Resultado

Data

Condição

27-ago-17

Casa

Total0-2 1-0 0-2 0-3 1-1 0-1 1-0 9-0 0-6 0-1 1-1

Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos Cartão Amarelo Cartão Vermelho

Anexo 9- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 1ª fase do Campeonato Nacional de Juniores C - Série D.

Page 130: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

130

N.º Jogador Posição Ano T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV

29 JP GR 03´ 70 0 1 0 0 70 0 2 0 0 0 0 0 0 0 70 0 3 0 0 70 0 1 0 0 70 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 2 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 350 0 9 0 0

13 Ricardo GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 1 0 0 70 0 2 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 420 0 3 1 0

12 Caseiro GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Xico DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0

27 Tiaguinho DD 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0

3 Simão DE 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 26 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 306 1 0 0 0

22 Edgar DD/ED 03´ 8 0 0 0 0 8 0 0 0 0 8 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 0

16 Santos DD 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 700 1 0 1 0

23 Alex DC/AV 03´ 51 0 0 0 0 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 70 0 0 0 0 25 0 0 0 0 136 0 0 0 0

18 Tomás Lopez DC/MC 04´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 700 0 0 0 0

17 Lopez DC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 560 0 0 2 1

4 Lucas DC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5 Reis DE/MC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 65 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 2 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 659 4 0 2 0

19 Romeu DE/EE 03´ 62 0 0 0 0 62 0 0 0 0 62 0 0 0 0 70 0 0 0 0 20 0 0 0 0 70 2 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 24 0 0 0 0 1 0 0 0 0 20 0 0 0 0 6 0 0 0 0 45 0 0 1 0 466 3 0 1 0

66 Nuno DE 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0

11 Macrino DE/EE 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 50 1 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 0 0 0 0 0 0 0 0 0 60 0 0 0 0 390 1 0 1 0

8 Gustavo DE/EX 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6 Sobreira MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 58 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 758 0 0 2 0

85 Afonso MC 04´ 19 0 0 0 0 19 0 0 0 0 17 0 0 0 0 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 0 0 0 0

14 Fábio MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 140 1 0 0 0

21 André DC/MC 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 1 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 700 0 0 2 0

10 Caseiro EE/AV 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 Rodrigo MC/AV 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 64 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 60 0 0 0 0 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0 0 0 45 0 0 0 0 549 0 0 0 0

77 Totti MC/AV 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 42 0 0 0 0 70 0 0 0 0 57 0 0 0 0 35 0 0 0 0 36 0 0 0 0 61 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0 0 0 0 50 0 0 0 0 64 0 0 0 0 25 0 0 0 0 459 0 0 0 0

20 Brazão ED/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9 Teun ED/AV 03´ 35 1 0 0 0 70 0 0 0 0 53 0 0 0 0 49 0 0 0 0 63 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 46 0 0 0 0 69 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 0 0 0 10 1 0 0 0 538 2 0 0 0

35 João MC/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 350 1 0 0 0

- -

T - GM - GS - CA - CV -

Total

Sertanense FC

Casa

10-mar-18

NS Rio Maior

Fora

31-mar-18

1-0 0-0

SL Cartaxo

Casa

08-abr-18

3-0

10-fev-18 04-mar-18

Resultado 1-1 2-0 1-1 3-1 1-2 3-3 0-1 1-0 0-1 0-2 1-2

04-fev-18

Casa

Data 26-nov-17 03-dez-17 10-dez-17 17-dez-17 30-dez-17 07-jan-18 21-jan-18 28-jan-18

Fora Casa Fora Fora Casa Fora

SL Cartaxo Caldas SC EAS Marinha Grande CD Portalegrense 1925 AC Marinhense

Condição Casa Fora Casa Fora

NS Rio MaiorCaldas SC EAS Marinha Grande CD Portalegrense 1925 AC Marinhense Sertanense FC

Cartão Amarelo Cartão Vermelho

Não Convocado 11 Inicial

Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos

Anexo 10- Análise estatística e tempos de jogo ao longo da 2ª fase do Campeonato Nacional de Juniores C - Série D.

Page 131: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

131

N.º Jogador Posição Ano T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV

29 JP GR 03´ 70 0 2 0 0 0 0 0 0 0 70 0 4 0 0 70 0 1 0 0 210 0 7 0 0

13 Ricardo GR 03´ 0 0 0 0 0 70 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 3 0 0

12 Caseiro GR 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Xico DD 03´ 70 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 140 0 0 0 0

27 Tiaguinho DD 03´ 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 0 0 0 0 85 0 0 0 0

3 Simão DE 04´ 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 245 0 0 0 0

22 Edgar DD/ED 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

16 Santos DD 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 1 0 0 0 0 0 0 0 0 210 1 0 0 0

23 Alex DC/AV 03´ 35 0 0 0 0 15 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 1 0 0 0 100 1 0 0 0

18 Tomás Lopez DC/MC 04´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 55 0 0 0 0 0 0 0 0 0 195 0 0 0 0

17 Lopez DC 03´ 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 280 0 0 0 0

4 Lucas DC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5 Reis DE/MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

19 Romeu DE/EE 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 0 0 0 0 120 0 0 0 0

66 Nuno DE 05´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11 Macrino DE/EE 03´ 45 0 0 0 0 35 0 0 0 0 55 0 0 0 0 35 0 0 0 0 170 0 0 0 0

8 Gustavo DE/EX 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6 Sobreira MC 03´ 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 245 0 0 0 0

85 Afonso MC 04´ 70 0 0 0 0 55 0 0 0 0 70 0 0 0 0 70 0 0 0 0 265 0 0 0 0

14 Fábio MC 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21 André DC/MC 03´ 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 175 0 0 0 0

10 Caseiro EE/AV 04´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 Rodrigo MC/AV 05´ 25 0 0 0 0 15 0 0 0 0 35 0 0 0 0 70 0 0 0 0 145 0 0 0 0

77 Totti MC/AV 03´ 0 0 0 0 0 55 0 0 0 0 55 0 0 0 0 35 0 0 0 0 145 0 0 0 0

20 Brazão ED/AV 03´ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9 Teun ED/AV 03´ 35 0 0 0 0 45 0 0 0 0 35 0 0 0 0 20 0 0 0 0 135 0 0 0 0

35 João MC/AV 03´ 35 0 0 0 0 25 0 0 0 0 35 0 0 0 0 50 0 0 0 0 145 0 0 0 0

- Não Convocado - 11 Inicial

T - GM - GS -

CA - CV -

TotalResultado 0-2 3-0 4-1 1-1

Data 22-abr-18 01-mai-18 06-mai-18 13-mai-18

AC Marinhense UD Leiria EAS Marinha Grande Caldas SC

Condição Casa Fora Fora Casa

Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos

Cartão Amarelo Cartão Vermelho

Anexo 11- Análise estatística e tempos de jogo ao longo do Torneio Extraordinário, organizado pela Associação de Futebol de Leiria.

Page 132: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

132

N.º Jogador T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV T GM GS CA CV

29 JP 210 0 2 0 0 350 0 9 0 0 560 0 11 0 0 210 0 7 0 0 770 0 18 0 0

13 Ricardo 560 0 21 0 0 420 0 3 1 0 980 0 24 1 0 70 0 3 0 0 1050 0 27 1 0

12 Caseiro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Xico 84 0 0 0 0 5 0 0 0 0 89 0 0 0 0 140 0 0 0 0 229 0 0 0 0

27 Tiaguinho 13 0 0 0 0 70 0 0 0 0 83 0 0 0 0 85 0 0 0 0 168 0 0 0 0

3 Simão 0 0 0 0 0 306 1 0 0 0 306 1 0 0 0 245 0 0 0 0 551 1 0 0 0

22 Edgar 365 0 0 0 0 82 0 0 0 0 447 0 0 0 0 0 0 0 0 0 447 0 0 0 0

16 Santos 770 0 0 0 0 700 1 0 1 0 1470 1 0 1 0 210 1 0 0 0 1680 2 0 1 0

23 Alex 523 0 0 0 0 136 0 0 0 0 659 0 0 0 0 100 1 0 0 0 759 1 0 0 0

18 Tomás Lopez 595 0 0 0 0 700 0 0 0 0 1295 0 0 0 0 195 0 0 0 0 1490 0 0 0 0

17 Lopez 595 0 0 0 0 560 0 0 2 1 1155 0 0 2 1 280 0 0 0 0 1435 0 0 2 1

4 Lucas 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0

5 Reis 407 0 0 0 0 659 4 0 2 0 1066 4 0 2 0 0 0 0 0 0 1066 4 0 2 0

19 Romeu 408 0 0 0 0 466 3 0 1 0 874 3 0 1 0 120 0 0 0 0 994 3 0 1 0

66 Nuno 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0

11 Macrino 557 0 0 1 0 390 1 0 1 0 947 1 0 2 0 170 0 0 0 0 1117 1 0 2 0

8 Gustavo 331 1 0 0 0 0 0 0 0 0 331 1 0 0 0 0 0 0 0 0 331 1 0 0 0

6 Sobreira 700 0 0 1 0 758 0 0 2 0 1458 0 0 3 0 245 0 0 0 0 1703 0 0 3 0

85 Afonso 0 0 0 0 0 125 0 0 0 0 125 0 0 0 0 265 0 0 0 0 390 0 0 0 0

14 Fábio 410 1 0 1 0 140 1 0 0 0 550 2 0 1 0 0 0 0 0 0 550 2 0 1 0

21 André 490 2 0 0 0 700 0 0 2 0 1190 2 0 2 0 175 0 0 0 0 1365 2 0 2 0

10 Caseiro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 Rodrigo 0 0 0 0 0 549 0 0 0 0 549 0 0 0 0 145 0 0 0 0 694 0 0 0 0

77 Totti 770 3 0 1 0 459 0 0 0 0 1229 3 0 1 0 145 0 0 0 0 1374 3 0 1 0

20 Brazão 247 0 0 1 0 0 0 0 0 0 247 0 0 1 0 0 0 0 0 0 247 0 0 1 0

9 Teun 388 0 0 0 0 538 2 0 0 0 926 2 0 0 0 135 0 0 0 0 1061 2 0 0 0

35 João 0 0 0 0 0 350 1 0 0 0 350 1 0 0 0 145 0 0 0 0 495 1 0 0 0

T - GM - GS -

CA - CV -

TOTAL ÉPOCA 2017/2018TORNEIO

EXTRAORDINÁRIO1ª Fase 2ª Fase Total

CAMPEONATO NACIONAL 2017/2018

Tempo de Jogo Golos Marcados Golos Sofridos

Cartão Amarelo Cartão Vermelho

Anexo 12- Total de análise estatística e tempos de jogo, relativos à época desportiva 2017/2018.

Page 133: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

133

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã P

tarde T T T T T

noite A

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã T T P J

tarde T T T P T T P T T T T T T P T T T T

noite T T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J J J J

tarde

noite T T T T T T T T T T T T T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J J J

tarde

noite T T T T T T T T T T T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã T J J

tarde P

noite T T T T T T T T T T T T T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã T J J J J

tarde T

noite T T T T T T T T T T P T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J J

tarde

noite T T T T T T T T T T T T T T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J

tarde P

noite T T T T T T T T T P T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J J

tarde T

noite T T T T T T T T T T P T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J

tarde T T

noite T T T T T T T T T T

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

manhã J J

tarde J

noite T T T T

T -

P -

J -

J - JOGO DE TORNEIO EXTRAORDINÁRIO

FEVEREIRO

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

JANEIRO

SESSÃO DE TREINO

JOGO DE PREPARAÇÃO

JOGO DE CAMPEONATO

MARÇO

ABRIL

MAIO

Anexo 13- Macrociclo da Época Desportiva 2017/2018.

Page 134: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

134

Micro domingo

JULHO

CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZES

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado

INICIADOS A - 2003/2004

08/07 09/0705/07 06/07 07/07

14/07 15/07 16/0710/07 11/07 12/07 13/07

03/07 04/07

19/07 20/0717/07 18/07 23/07

Apresentação aos

Jogadores e

Encarregados de

Educação

21/07 22/07

24/07 ST 1 25/07 ST 2

1

Perí

od

o

Pre

para

tóri

o

Capacidade Aeróbica

(Ações Técnicas e

Coordenativas)

19h00

Capacidade Aeróbica

(Jogos Reduzidos)

Capacidade

Anaeróbica

(Velocidade

Resistente)

19h00

Capacidade Aeróbica

(Ações Técnicas)

Capacidade

Anaeróbica

(Velocidade

Resistente)

19h00

Capacidade Motora

(Coordenação e

Agilidade)

Organização

Defensiva

19h00

AA Coimbra

vs

SCL Marrazes

10h30

26/07 ST 3 27/07 ST 4 28/07 29/07 P 30/07

Anexo 14- Representação do Mesociclo 1, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 135: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

135

Micro

Organização

Ofensiva;

Transições

Ofensivas

19h45

Organização

Ofensiva; Esquemas

Táticos

19h45

NS Rio Maior

vs

SCL Marrazes

11h00

ST 26 02/09 03/09 J30/08 31/08 ST 25 01/09

6

28/08 ST 23 29/08 ST 24

Recuperação Ativa;

Capacidade Motora

(Coordenação e

Ações Técnicas)

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva

19h45

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

Perí

od

o

Pre

para

tóri

o

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

3

Perí

od

o

Pre

para

tóri

o

2

Perí

od

o

Pre

para

tóri

o

SCL Marrazes

vs

CA Pontinha

17h00

05/08 P

Organização

Ofensiva

10h30

06/08 ST 11

Recuperação Ativa

17h00

Capacidade de

Força/Potência e

Organização

Defensiva 10h30

09/08

Capacidade de

Força/Potência e

Velocidade

Resistente

19h00

Capacidade de

Força/Potência

(Ações Técnicas)

Organização

Ofensiva

19h00

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h00

Capacidade Técnica

e Organização

Defensiva (Príncipios

Defensivos)

19h00

ST 9 06/08

07/08 08/08 ST 12

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

AGOSTO

sábado domingo

31/7 ST 5 01/08 ST 6 02/08 ST 7 03/08

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira

ST 10ST 8 04/08 05/08

P 13/08

Organização

Ofensiva;

Velocidade

Específica

19h00

SCL Marrazes

vs

CD Fátima

19h00

Capacidade Motora

(Ações Técnicas)

Organização

Ofensiva

19h00

Capacidade Técnica;

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

19h00

SCL Marrazes

vs

Sertanense FC

10h30

P 10/08 ST 13 11/08 ST 14 12/08

4

23/08

P

21/08 ST 19 22/08 ST 20

5

20/08

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva

19h00

Capacidade Motora

(Ações Técnicas)

Organização

Defensiva

19h00

Capacidade Técnica;

Velocidade

Resistente;

Organização

Ofensiva

19h00

Capacidade Técnica;

Velocidade de

Reação;

Esquemas Táticos

19h00

SCL Marrazes

vs

Viseu United

17h00

ST 16 17/08 ST 17 18/08 ST 18 19/0814/08 15/08 ST 15 16/08

27/08 J

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva;

Velocidade

Resistente

19h00

Capacidade Técnica;

Velocidade

Resistente;

Capacidade de

Potência

19h00

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h00

Aceleração e

Velocidade;

Esquemas Táticos

19h00

SCL Marrazes

vs

CADE

10h30

24/08 ST 21 25/08 ST 22 26/08

Anexo 15- Representação do Mesociclo 2, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 136: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

136

Micro

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

10

25/09 26/09

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

Capacidade Motora

(Ações Técnicas e

Agilidade)

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Motivação e Espírito

de Equipa; Esquemas

Táticos

19h45

AC Marinhense

vs

SCL Marrazes

11h00

29/09 ST 39 30/09 J 01/10ST 37 27/09 ST 38 28/09

23/09 24/09 J

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva;

Velocidade e

Aceleração

19h45

20/09 ST 35 21/09 22/09 ST 36

SCL Marrazes

vs

CD Portalegrense

1925

11h00

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

9

18/09 19/09 ST 34

17/09 J

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva; Transições

Ofensivas

19h45

Organização

Ofensiva; Transições

Ofensivas

19h45

Organização

Ofensiva; Transições

Ofensivas;

Esquemas Táticos

19h45

SL Cartaxo

vs

SCL Marrazes

11h00

ST 32 14/09 15/09 ST 33 16/09

8

11/09

J

Recuperação Ativa;

Capacidade Motora

(Coordenação e

Ações Técnicas)

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva

19h45

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva; Transições

Ofensivas; Esquemas

Táticos

19h45

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva; Transições

Ofensivas

19h45

ST 29 08/09 ST 30 09/09 10/09

SCL Marrazes

vs

UD Leiria

11h00

7

04/09 ST 27 05/09 ST 28 06/09 07/09

12/09 ST 31 13/09

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

SETEMBRO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

Anexo 16- Representação do Mesociclo 3, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 137: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

137

Micro

29/10 J

Capacidade

Cardiorespiratória

(Resistência

Aeróbica)

Força

Rápida/Potência;

Organização

Defensiva

19h45

Velocidade e

Potência;

Organização

Ofensiva

19h45

Preparação

Estratégica Pré-Jogo;

Velocidade de

Reação;

Dinâmica de Grupo

21h00

25/10 ST 49 26/10 27/10 ST 50

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

14

23/10 24/10 ST 48

J

Reflexão Pós-Jogo

19h45

Capacidade

Cardiorespiratória

(Resistência

Aeróbica) Velocidade

Resistente;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação;

Organização

Ofensiva

19h45

SCL Marrazes

vs

EAS Marinha Grande

11h00

20/10 ST 47 21/10 22/10

SCL Marrazes

vs

Caldas SC

11h00

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

28/10

CD Fátima

vs

SCL Marrazes

11h00

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

13

16/10 17/10 18/10 ST 46 19/10

Capacidade Motora

(Ações Técnicas);

Velocidade

Resistente;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade e

Aceleração;

Organização

Ofensiva

19h45

11/10 ST 44 12/10 13/10 ST 45

12

09/10 10/10 ST 43

J

Capacidade Técnica;

Velocidade

Resistente;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

SCL Marrazes

vs

Sertanense FC

11h00

06/10 ST 42 07/10 08/10

14/10 15/10 J

11

02/10 03/10 ST 40 04/10 ST 41 05/10

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

OUTUBRO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

Anexo 17- Representação do Mesociclo 4, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 138: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

138

Micro

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

J

Recuperação Ativa;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Motora;

Organização

Ofensiva

19h45

Estratégia Pré-Jogo;

Organização

Ofensiva; Transição

Defesa-Ataque

19h45

Organização

Ofensiva; Velocidade

de Reação

10h30

EAS Marinha Grande

vs

SCL Marrazes

11h00

01/12 ST 67 02/12 03/12

SCL Marrazes

vs

Caldas SC

11h00

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

19

27/11 ST 64 28/11 ST 65 29/11 ST 66 30/11

Capacidade Técnica;

Velocidade

Resistente;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Coesão de Grupo;

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

21h00

22/11 ST 62 23/11 24/11 ST 63

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

18

20/11 21/11 ST 61

Capacidade

Cardiorespiratória

(Resistência

Aeróbica)

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

GDR Boavista

(Juvenis)

vs

SCL Marrazes

15h30

17/11 ST 60 18/11 P 19/11

25/11 26/11 J

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

17

13/11 14/11 ST 58 15/11 ST 59 16/11

Condicionamento

Metabólico;

Organização

Ofensiva

19h15

Força/Resistência do

Core;

Organização

Ofensiva

19h15

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h15

08/11 ST 56 09/11 10/11 ST 57

16

06/11 ST 54 07/11 ST 55

J

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva;

Esquemas Táticos

10h30

Observação e

Estratégia;

Descompressão e

Recuperação

19h45

AA Santarém

vs

SCL Marrazes

11h00

03/11 ST 53 04/11 05/11

11/11 12/11

Capacidade

Cardiorespiratória

(Resistência

Aeróbica)

19h15

15

30/10 31/10 ST 51 01/11 ST 52 02/11

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

NOVEMBRO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

Anexo 18- Representação do Mesociclo 5, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 139: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

139

Micro

31/12

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade

Cardiorespiratória

(Resistência

Aeróbica)

Organização

Ofensiva

19h45

Coesão de Grupo;

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

17h00

Sertanense FC

vs

SCL Marrazes

11h00

27/12 ST 79 28/12 ST 80 29/12

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

23

25/12 26/12 ST 78

Reflexão Pós-Jogo;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Defensiva e

Organização

Ofensiva

19h45

GDRC Unidos

(Juvenis)

vs

SCL Marrazes

20h00

P 22/12 23/12 24/12

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

30/12 J

AC Marinhense

vs

SCL Marrazes

11h00

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

22

18/12 19/12 ST 76 20/12 ST 77 21/12

Capacidade Motora;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h45

13/12 ST 74 14/12 15/12 ST 75

21

11/12 ST 72 12/12 ST 73

J

Recuperação Ativa;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica

e Capacidade

Motora; Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Motora;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

10h00

SCL Marrazes

vs

CD Portalegrense

1925

11h00

08/12 ST 71 09/12 10/12

16/12 17/12 J

Recuperação Ativa;

Capacidade Motora

19h45

20

04/12 ST 68 05/12 ST 69 06/12 ST 70 07/12

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

DEZEMBRO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

Anexo 19- Representação do Mesociclo 6, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 140: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

140

Micro

28/01 J

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h45

24/01 ST 92 25/01 26/01 ST 93

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

27

22/01 23/01 ST 91

J

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Motivação e Espírito

de Equipa;

Velocidade de

Reação;

Organização

Ofensiva

19h45

SL Cartaxo

vs

SCL Marrazes

11h00

19/01 ST 90 20/01 21/01

Caldas SC

vs

SCL Marrazes

11h00

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

27/01

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

26

15/01 ST 87 16/01 ST 88 17/01 ST 89 18/01

Organização

Ofensiva;

Esquemas Táticos

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

10/01 ST 85 11/01 12/01 ST 86

25

08/01 09/01 ST 84

J

Capacidade

Cardiorespiratória e

Força;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação;

Organização

Ofensiva

10h00

SCL Marrazes

vs

NS Rio Maior

11h00

05/01 ST 83 06/01 07/01

13/01 14/01

24

01/01 02/01 ST 81 03/01 ST 82 04/01

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

JANEIRO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

Anexo 20- Representação do Mesociclo 7, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 141: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

141

Micro

25/02

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade

Resistente;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

GDRC Unidos

(Juvenis)

vs

SCL Marrazes

20h00

GDR Boavista

(Juvenis)

vs

SCL Marrazes

15h00

21/02 ST 104 22/02 P 23/02

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

31

19/02 ST 102 20/02 ST 103

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

16/02 ST 101 17/02 18/02

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

24/02 P

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

30

12/02 13/02 14/02 ST 100 15/02

Capacidade

Cardiorespiratória

(Resistência

Aeróbica)

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h15

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

19h15

CD Portalegrense

1925

vs

SCL Marrazes

11h00

07/02 ST 98 08/02 ST 99 09/02

29

05/02 06/02 ST 97

J

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação;

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

SCL Marrazes

vs

EAS Marinha Grande

11h00

02/02 ST 96 03/02 04/02

10/02 J 11/02

28

29/01 30/01 ST 94 31/01 ST 95 01/02

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

FEVEREIRO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

Anexo 21- Representação do Mesociclo 8, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 142: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

142

Micro

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

MARÇO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

32

26/02 27/02 ST 105 28/02 ST 106 01/03

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

33

05/03 06/03 ST 108

J

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação; Motivação e

Recuperação

19h45

SCL Marrazes

vs

AC Marinhense

11h00

02/03 ST 107 03/03 04/03

10/03 J 11/03

Reflexão Pós-Jogo;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h15

Velocidade de

Reação; Motivação e

Recuperação

19h30

SCL Marrazes

vs

Sertanense FC

11h00

07/03 ST 109 08/03 ST 110 09/03

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

34

12/03 13/03 ST 111 14/03 ST 112 15/03

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

35

19/03 ST 113 20/03 ST 114

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

Futsal

/

Futebol de Rua

21h00

Piscina

20h00

16/03 17/03 18/03

24/03 P 25/03

Capacidade Motora

(Coordenação e

Agilidade)

Velocidade

Resistente;

Organização

Defensiva

20h30

Organização

Defensiva;

Transições Defesa-

Ataque

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação;

Esquemas Táticos;

Recuperação

19h45

SCL Marrazes

vs

CD Vilarense

15h00

21/03 ST 115 22/03 23/03 ST 116

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

36

26/03 27/03 ST 117 28/03 ST 118 29/03

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

Organização

Defensiva

19h45

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

Motivação;

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

18h30

NS Rio Maior

vs

SCL Marrazes

11h00

ST 119 30/03 31/03 J 01/04

Anexo 22- Representação do Mesociclo 9, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 143: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

143

Micro

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

ABRIL

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

37

02/04 03/04 ST 120 04/04 ST 121 05/04

Perí

od

o

Co

mp

eti

tiv

o

38

09/04 10/04 ST 123

J

Capacidade Técnica;

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

19h45

SCL Marrazes

vs

SL Cartaxo

11h00

06/04 ST 122 07/04 08/04

14/04 15/04

Recuperação Ativa;

Descompressão

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

11/04 ST 124 12/04 13/04 ST 125

Perí

od

o

Tra

nsi

tóri

o

39

16/04 17/04 ST 126 18/04 ST 127 19/04

Perí

od

o

Tra

nsi

tóri

o

40

23/04 24/04 ST 129

J

Capacidade Motora;

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade

Específica;

Organização

Ofensiva

18h45

Capacidade Técnica;

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

19h45

SCL Marrazes

vs

AC Marinhense

10h30

20/04 ST 128 21/04 22/04

Perí

od

o

Tra

nsi

tóri

o

28/04 29/04

Capacidade Motora;

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva;

Motivação

19h45

25/04 26/04 27/04 ST 130

Anexo 23- Representação do Mesociclo 10, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 144: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

144

Micro

SPORT CLUBE LEIRIA E MARRAZESINICIADOS A - 2003/2004 CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES C ÉPOCA 2017/2018

MAIO

segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado domingo

41

30/04 ST 131 01/05 J 02/05 03/05

Perí

od

o

Tra

nsi

tóri

o

42

07/05 08/05 ST 133

J

Motivação;

Organização

Ofensiva

18h45

UD Leiria

vs

SCL Marrazes

15h00

Organização

Ofensiva e

Organização

Defensiva

19h45

EAS Marinha Grande

vs

SCL Marrazes

10h30

04/05 ST 132 05/05 06/05

12/05 13/05 J

Capacidade Motora

(Coordenação e

Agilidade)

Capacidade Técnica;

Organização

Ofensiva

19h45

Organização

Ofensiva

19h45

Velocidade de

Reação; Organização

Ofensiva

19h45

09/05 ST 134 10/05 11/05 ST 135

SCL Marrazes

vs

Caldas SC

10h30

Perí

od

o

Tra

nsi

tóri

o

14/05 15/05 16/05 17/05 18/05 19/05 20/05

26/05 27/0523/05 24/05 25/0521/05 22/05

Anexo 24- Representação do Mesociclo 11, com a respetiva definição de conteúdos.

Page 145: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

145

Jogadores

Afonso

Alex

André Augusto

Daniel Reis

Edgar Duarte

Fábio Tojeira

Francisco Janeiro

EX. ÚTIL TOTAL Gustavo

João Pedro

Lucas Paixão

Luís Sobreira

Macrino

Ricardo Santos

Romeu Neca

Teun

Tiago Antunes

Tomás Amado

Tomás Lopez

Tomás Santos

Totti

1´ 1´ 16´

2´ 2´ 38´

1´ 1´ 51´

1´ 1´ 82´

ST: 91 N.º Jog.: 15Material: Sinalizador (1); Bola (20); Mini-Baliza (4); Colete (7+1); Cone

(20); Vara (10); Barreira (10); Água.

Época 2017/2018

Período: Competitivo Mesociclo: Janeiro Microciclo: 27 Data: 23/01/2018

5´Objetivo: Enquadramento com os jogadores para o que se pretende da unidade de

treino.

Hora: 19h45 Volume: 87´

Local: Campo n.º 2 Aldeia do Desporto

INTRODUÇÃO

Exercício: Palestra inicial.

5´ 5´

Objetivo da UT: Capacidade Técnica e Organização Ofensiva.

EXERCÍCIO ESQUEMA TEMPO

Sport Clube Leiria e Marrazes

TRANSIÇÃO

PARTE FUNDAMENTAL

Classificação (Castelo): EEPG - Descontextualizado.

PARTE INICIAL

Exercício I - Aquecimento

10´ 10´ 15´

Classificação (Castelo): EPG.

Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.

Descrição: Corrida contínua à volta do campo, em intensidade média/baixa, com bola

controlada.

Forma: Todos os jogadores. Espaço: 100x64 m.

Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o

surgimento de alguns sinais de esforço (suor).

Exercício II - Ações Técnicas

20´ 18´ 36´

Objetivo: Capacidade Técnica e Potência.

Descrição: Realizar 4 passes a um toque, salto de pés juntos, desviar entre varas e

novo salto com outros 4 passes: passe rasteiro, volley e cabeceamento (3 séries;

45seg cada jogador).

Forma: Grupos de 3. Espaço: 40 x 35m.

Critérios de Êx ito: Sucesso nas ações técnicas, intensidade alta, fluidez de

movimentos, sinais de esforço.

25´ 81´

Objetivo: Organização Ofensiva.

Descrição: 7x7+1 em campo reduzido com duas mini-balizas para cada equipa

colocadas nos corredores laterais, condicionado a 2 toques por jogador.

Forma: 7x7+1 Espaço: 70 x 64 m.

Critérios de Êx ito: Nº de passes elevado, duração da posse de bola elevada…

qualidade de passe e deslocamento, finalização concretizada.

Classificação (Castelo): EEPG - MPB.

HIDRATAÇÃO

HIDRATAÇÃO

Exercício IV - Jogo Reduzido

30´

5´ 5´ 87´Classificação (Castelo): EPG.

Objetivo: Prevenção de lesões e encurtar o período de recuperação até à sessão

seguinte.

Observações: Treinadores:

Bruno Veloso e João Paraíso

Exercício III - Velocidade resistente.

12´

+

50´

Classificação (Castelo): EEPG - Descontextualizado.

Objetivo: Capacidade anaeróbica (velocidade resistente).

Descrição: Posições de acordo com modelo de jogo, em que vão realizar receção-

passe (dois toques) e rapidamente aproximar para intercetar linha de passe do colega,

conforme o esquema.

Forma: Todos os jogadores. Espaço: 70x64 m.

Critérios de Êx ito: Reação à perda da bola (pressing), rapidez de circulação da bola,

perceção do espaço entre setores, velocidade.

HIDRATAÇÃO

PARTE FINAL

Exercício V - Alongamentos / Recuperação

Anexo 25- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27.

Page 146: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

146

Jogadores

Afonso

Alex

André Augusto

Daniel Reis

Edgar Duarte

Fábio Tojeira

Francisco Janeiro

EX. ÚTIL TOTAL Gustavo

João Pedro

Lucas Paixão

Luís Sobreira

Macrino

Ricardo Santos

Romeu Neca

Teun

Tiago Antunes

Tomás Amado

Tomás Lopez

Tomás Santos

Totti

Totti

1´ 1´ 11´ Ricardo Santos

Tomás Santos

Lucas Paixão

Reis

André Augusto

Tomás Amado

Teun

Romeu Neca

Macrino

Totti

João Pedro

2´ 2´ 28´ Miguel

Alex

Tiago Antunes

Tomás Lopez

Rodrigo

Totti

Afonso

Edgar Duarte

2´ 2´ 55´

1´ 1´ 84´

Observações: Treinadores:

Bruno Veloso e João Paraíso

PARTE FUNDAMENTAL

Descrição: Jogo em campo reduzido, com limitação a 2 toques por jogador.

Forma: GR+8x8+GR Espaço: 50x64 m.

Critérios de Êx ito: Fase de construção conseguida; circulação de bola; criação de

situações de finalização e finalização com sucesso…

HIDRATAÇÃO

PARTE FINAL

Exercício V - Alongamentos / Recuperação

5´ 5´ 89´Classificação (Castelo): EPG.

Objetivo: Prevenção de lesões e encurtar o período de recuperação até à sessão

seguinte.

83´

Classificação (Castelo): EEP - Competitivos.

Objetivo: Organização Ofensiva.

HIDRATAÇÃO

Exercício IV - Jogo reduzido GR+8x8+GR

28´

12´

+

12´

Critérios de Êx ito: Nº de passes elevado, duração da posse de bola elevada…

qualidade de passe e deslocamento.

20´ 53´

Classificação (Castelo): EEP - Setorial

Objetivo: Organização Ofensiva (I -> II -> III fase de construção)

Descrição: I fase de construção: GR+5x3 até conseguir transitar para o meio-campo

ofensivo através de passe ou condução; II e III fase de construção: 7x4 para finalizar na

baliza, envolvendo os laterais. Condicionado a 2 toques p/ jogador.

Forma: GR+5x3… 7x4+GR Espaço: 50x64 m.

Critérios de Êx ito:Compreensão dos posicionamentos iniciais, concretizar a

transição; criar oportunidades para o golo e finalizar com sucesso.

Exercício III - Jogo condicionado.

25´

Classificação (Castelo): EEPG - MPB

Objetivo: Organização Ofensiva (MPB).

Descrição: Meínho 4x2, com grupos de 2 que o jogador que perde bola, ele e o seu

par vão defender. Numa 2ª vaga, a mesma cor a defender e ao sinal tem de trocar de

quadrado. Só troca quem defende ao fim do tempo definido.

Forma: 4x2 Espaço: 3* (6x6) m.

5´ 5´ 10´

HIDRATAÇÃO

Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.

Descrição: Corrida contínua à volta do campo, em intensidade média/baixa, com bola

controlada.

Forma: Todos os jogadores. Espaço: 100x64 m.

Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o

surgimento de alguns sinais de esforço (suor).

TRANSIÇÃO

Exercício II - MPB

15´

3

x

26´

ST: 92 N.º Jog.: 16 + 2 GR

Material: Sinalizador (1); Bola (20); Colete (8+6); Cone (20); Água.

5´ 5´

Objetivo da UT: Organização Ofensiva (MPB + III Fase de Construção).

EXERCÍCIO ESQUEMA TEMPO

5´Objetivo: Enquadramento com os jogadores para o que se pretende da unidade de

treino.

PARTE INICIAL

Exercício I - Aquecimento

Classificação (Castelo): EPG.

Hora: 19h45 Volume: 89´

Local: Campo n.º 1 Aldeia do Desporto

INTRODUÇÃO

Exercício: Palestra inicial.

Sport Clube Leiria e Marrazes Época 2017/2018

Período: Competitivo Mesociclo: Janeiro Microciclo: 27 Data: 24/01/2018

Anexo 26- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27.

Page 147: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …

147

Jogadores

Afonso

Alex

André Augusto

Daniel Reis

Edgar Duarte

Fábio Tojeira

Francisco Janeiro

EX. ÚTIL TOTAL João Pedro

Lucas Paixão

Luís Sobreira

Macrino

Ricardo Santos

Romeu Neca

Teun

Tiago Antunes

Tomás Amado

Tomás Lopez

Tomás Santos

Totti

Totti

Ricardo Santos

1´ 1´ 16´ Tiago Antunes

Tomás Lopez

Macrino

Tomás Amado

Totti

Afonso

Edgar Duarte

Totti

João Pedro

Alex

Tomás Santos

1´ 1´ 27´ Reis

André Augusto

Luis Sobreira

Teun

Romeu Neca

1´ 1´ 40´

2´ 2´ 67´

1´ 1´ 83´

5´ 5´

Objetivo da UT: Velocidade de Deslocamento e Organização Ofensiva.

EXERCÍCIO ESQUEMA TEMPO

Objetivo: Enquadramento com os jogadores para o que se pretende da unidade de

treino.

Hora: 19h45 Volume: 88´

Local: Campo n.º 2 Aldeia do Desporto

INTRODUÇÃO

Exercício: Palestra inicial.

Sport Clube Leiria e Marrazes Época 2017/2018

Período: Competitivo Mesociclo: Janeiro Microciclo: 27 Data: 26/01/2018

ST: 93 N.º Jog.: 14 + 2 GR

Material: Bola (15); Sinalizador (1); Cone (10); Colete (7); Água.

PARTE INICIAL

Exercício I - Aquecimento

5´ 5´ 10´

Classificação (Castelo): EPG.

Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.

Descrição: Corrida contínua à volta do campo, em intensidade média/baixa, com bola

controlada.

Forma: Todos os jogadores. Espaço: 100x64 m.

Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o

surgimento de alguns sinais de esforço (suor).

TRANSIÇÂO

Exercício II - Aquecimento

10´ 26´

Classificação (Castelo): EEPG - Descontextualizados.

Objetivo: Ativação muscular; Preparação para as tarefas seguintes.

10´Descrição: Passe, receção e execução de ações de coordenação (skipping

frontal/lateral e deslocamento em z).

Forma: Todos os jogadores. Espaço: 20x30m.

Critérios de Êx ito: Aumento do ritmo cardíaco e temperatura corporal, bem como o

surgimento de alguns sinais de esforço (suor).

HIDRATAÇÃO

Exercício III - Velocidade Reação

Classificação (Castelo): EPG.

Objetivo: Potenciar a velocidade aliada à reação ao estímulo.

PARTE FUNDAMENTAL

Descrição: Saída em velocidade para deixar o cone dentro do arco, por ordem

(1,2,3).

Forma: Jogadores de campo. Espaço: 30x35 m.

Critérios de Êx ito: Rapidez de execução e de movimento.

8´ 39´

20´ 65´Descrição: Jogo em campo reduzido, livre de toques e de posicionamento.

Forma: GR+7x7+GR Espaço: 50x64 m.

Critérios de Êx ito: Fase de construção conseguida; circulação de bola; criação de

situações de finalização e finalização com sucesso…

HIDRATAÇÃO

Exercício IV - Jogo reduzido GR+7x7+GR

Classificação (Castelo): EEP - Competitivos.

Objetivo: Organização Ofensiva.

12´

25´

HIDRATAÇÃO

Exercício V - Finalização

15´

+

82´

Classificação (Castelo): EEP - Concretização do Objetivo de Jogo.

Objetivo: Organização Ofensiva (III Fase de Construção -> Finalização).

Descrição: Combinação simples no corredor central para finalizar e reagir

imediatamente para uma segunda bola que é cruzada de um corredor.

Forma: 5x0+GR Espaço: 50x64 m.

Critérios de Êx ito: Timing de aceleração, 1 toque; cruzamento para a zona

pretendida; ataque à bola; Finalização com sucesso.

Observações: Treinadores:

Bruno Veloso e João Paraíso

HIDRATAÇÃO

PARTE FINAL

Exercício VI - Alongamentos / Recuperação

5´ 5´ 88´Classificação (Castelo): EPG.

Objetivo: Prevenção de lesões e encurtar o período de recuperação até à sessão

seguinte.

Anexo 27- Exemplo de planeamento da sessão de treino enquadrado no microciclo 27.

Page 148: repositorio.ipsantarem.pt · INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO, ESPECIALIZAÇÃO EM TREINO DESPORTIVO …