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INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP MESTRADO EM SAÚDE MATERNO INFANTIL Maria das Graças Santos Cavalcante AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DAS ÁREAS ESTRATÉGICAS MÍNIMAS DA ATENÇÃO BÁSICA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMARAGIBE – PE, 2003 RECIFE 2004

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INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP

MESTRADO EM SAÚDE MATERNO INFANTIL

Maria das Graças Santos Cavalcante

AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DAS ÁREAS ESTRATÉGICAS

MÍNIMAS DA ATENÇÃO BÁSICA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA

FAMÍLIA DE CAMARAGIBE – PE, 2003

RECIFE

2004

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INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP

MESTRADO EM SAÚDE MATERNO INFANTIL

AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DAS ÁREAS ESTRATÉGICAS

MÍNIMAS DA ATENÇÃO BÁSICA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA

FAMÍLIA DE CAMARAGIBE – PE, 2003

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Saúde Materno Infantil do Instituto Materno Infantil de

Pernambuco – IMIP, como requisito parcial para

obtenção do grau de Mestre em Saúde Materno Infantil

Mestranda: Maria das Graças Santos Cavalcante

Orientadora: Dra. Isabella Chagas Samico

Co-orientadores: Dr. Paulo Germano de Frias

Dra. Suely Arruda Vidal

Recife, dezembro de 2004

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F i c h a ca t a l o g rá f i ca

Preparada pela Biblioteca do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP, Ana Bove

Cavalcante, Maria das Graças Santos Avaliação da implantação das áreas estratégicas mínimas da atenção básica

nas equipes de saúde da família de Camaragibe, PE, 2004. / Maria das Graças Santos Cavalcante -- Recife: O autor, 2004.

131p. il. (figura, tabelas e quadros).

Dissertação (mestrado) -- Colegiado do Curso de Mestrado em Saúde Materno Infantil do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP.

Área de concentração: Avaliação de Programas e Serviços de Saúde Orientadora: Isabella Chagas Samico Co-orientadores: Paulo Germano de Frias e Suely Arruda Vidal

DESCRITORES: 1. Avaliação dos serviços 2. Avaliação de programas 3. Cuidados primários de saúde 4. Programa Saúde da Família I. Samico, Isabella Chagas, orientadora II. Frias, Paulo Germano de, co-orientador III. Vidal, Suely Arruda, co-orientadora IV. Título V. Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP.

NLM WA309

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Mude, mas comece devagar Porque a direção é mais importante

Que a velocidade...

Extraído da poesia Mudar Clarisse Linspector

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me dar capacidade de entender as sinalizações

do cotidiano e força para redirecionar a vida, recomeçando a cada dia.

Aos meus pais e minha irmã, que, com o seu amor incondicional, torcem pela

minha felicidade, vibram com as minhas conquistas, renovam as minhas energias.

Ao meu marido e meus filhos pelo amor, apoio e compreensão sem limites, sempre.

Ao Secretário Estadual de Saúde, Dr. Guilherme Robalinho, pela liberação para o

Mestrado.

Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de

sensibilidade e compromisso com a produção do conhecimento, participação na elaboração

do questionário e disponibilização dos dados.

À equipe da Gerência de Desenvolvimento da Gestão Municipal de Saúde, que sob

a batuta da amiga Graça Pinto, compartilhou comigo todas as etapas do Mestrado, com

carinho, confiança, respeito e solidariedade.

Ao IMIP, instituição contagiante e completa, que vem plantando sempre a semente

do futuro; exemplo de determinação, compromisso social e pioneirismo, construído passo a

passo com a tenacidade, competência e amor dos seus profissionais.

À minha orientadora, Dra. Isabella Samico e meus co-orientadores Dr. Paulo Frias

e Dra. Suely Arruda, pela incansável disponibilidade, contribuição científica e

solidariedade. Contrariando a tese do aprendizado com sofrimento, proporcionaram-me

muitas alegrias e crescimento pessoal, enquanto indutores da reflexão e capacidade de

pensar, sem deixar de lado a disciplina, o compromisso e o rigor científico.

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Ao Dr. Eronildo Felisberto, pelas oportunidades de participação em eventos

relacionados à avaliação em saúde, nos quais pude me aproximar da disciplina e ampliar os

horizontes de conhecimento.

A todos os professores, pelo incentivo à pesquisa científica, com os pés no chão.

À Odimeres, Secretária do Mestrado, o contato de todos os momentos.

Às colegas de turma, por acaso um “Clube da Luluzinha”, pela deliciosa

convivência.

Às Equipes de Saúde da Família de Chié II, Santa Terezinha e Chão de Estrelas, da

Secretaria de Saúde do Recife conveniadas com o IMIP, pela valiosa contribuição e apoio

à realização do Estudo Piloto.

À minha amiga Ivanise Tibúrcio, que quando convidada a participar das entrevistas,

colocou à disposição, além da competência profissional e capacidade de trabalho, seu

entusiasmo contagiante. A identificação com o objeto de estudo possibilitou uma intensa

troca de idéias, e suas observações, uma extensão do meu pensar.

À Dani, que movida pelo espírito científico, complementou o meu estudo com a

minuciosa investigação dos óbitos infantis.

À Ninha, que com solidariedade e desprendimento, teve participação decisiva na

etapa final desse trabalho.

À Secretaria de Saúde de Camaragibe, que pela experiência acumulada nesses 10

anos de Saúde da Família, possibilitou a realização de mais um trabalho científico,

contribuindo também para o campo acadêmico.

Às Equipes de Saúde da Família, que com a maior boa vontade aceitaram responder

aos questionários, não se limitando às perguntas, mas discorrendo crítica e

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apaixonadamente sobre o processo de trabalho, passando uma energia que não se tem

como traduzir.

Por fim, agradeço a todos os amigos que me incentivaram ao Mestrado e aos

colegas que ocasionalmente tiveram alguma participação no trabalho e deixaram a sua

marca.

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LISTA DE SIGLAS AB................. Atenção Básica

ACS............... Agentes Comunitários de Saúde

AEM-AB....... Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica

AM................ Aleitamento Materno

APS............... Atenção Primária à Saúde

AVC.............. Acidente Vascular Cerebral

BCG.............. Vacina antituberculose

BK................. Bacilo de Koch

CD................. Crescimento e Desenvolvimento

CEMEC........ Centro de Especialidades Médicas de Camaragibe

CF.................. Constituição Federal

CID-10.......... Décima Classificação Internacional de Doenças

CONASS....... Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde

DD................. Doença Diarréica

DM................ Diabetes Mellitus

DPT............... Vacina antidifiteria, coqueluche e tétano

DST............... Doenças Sexualmente Transmissíveis

ECG.............. Eletrocardiograma

ESB............... Equipe de Saúde Bucal

ESF................ Equipe de Saúde da Família

FIDEM.......... Fundação de Desenvolvimento Municipal

FUNASA....... Fundação Nacional de Saúde

GI.................. Grau de Implantação

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GM................ Gabinete do Ministro

HAS............... Hipertensão Arterial Sistêmica

HIB................ Vacina anti-hemófilos influenza

IBGE............. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDB................ Indicadores e Dados Básicos para a Saúde

IMIP.............. Instituto Materno Infantil de Pernambuco

INPS.............. Instituto Nacional de Previdência Social

IRA................ Infecção Respiratória Aguda

MS................. Ministério da Saúde

NOAS............ Norma Operacional da Assistência à Saúde

NOB.............. Norma Operacional Básica

Nv.................. Nascido vivo

OMS.............. Organização Mundial de Saúde

ONG.............. Organização Não Governamental

OPS............... Organização Panamericana de Saúde

PAB............... Piso da Atenção Básica

PACS............ Programa dos Agentes Comunitários de Saúde

PAISC........... Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança

PAISM.......... Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher

PIASS............ Programa de Interiorização de Ações de Saúde e Saneamento

PNDS............ Pesquisa Nacional Demografia e Saúde

PNI................ Programa Nacional de Imunização

PNUD............ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PRMI............ Programa de Redução da Mortalidade Infantil

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PROESF....... Projeto de Expansão e Consolidação do Saúde da Família

PSF................ Programa de Saúde da Família

REFORSUS.. Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde

RIPSA........... Rede Interagencial de Informações para a Saúde

RMR............. Região Metropolitana do Recife

SIA................ Sistema de Informação Ambulatorial

SIAB............. Sistema de Informação da Atenção Básica

SIH................ Sistema de Informação Hospitalar

SIM............... Sistema de Informação de Mortalidade

SINAN.......... Sistema de Informação de Agravos Notificáveis

SINASC........ Sistema de Informação de Nascimento

SISCOLO..... Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle do Câncer

do Colo do Útero

SPT – 2000.... Saúde Para Todos no Ano 2000

SR.................. Sintomáticos Respiratórios

SUS................ Sistema Único de Saúde

TRO.............. Terapia de Reidratação Oral

UNICEF........ Fundo das Nações Unidas para a Infância

UTI................ Unidade de Terapia Intensiva

WHO............ World Health Organization

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LISTA DE TABELAS E GRÁFICO Tabela-1 Distribuição de freqüência das atividades de Pré-Natal nas ESF -

Camaragibe, 2004 .........................................................................................

57

Tabela-2 Distribuição de freqüência das atividades de Prevenção de Câncer

Cérvico-Uterino nas ESF - Camaragibe, 2004..............................................

58 Tabela-3 Distribuição de freqüência das atividades de Planejamento Familiar nas

ESF - Camaragibe, 2004...............................................................................

59 Tabela-4 Grau de Implantação da Saúde da Mulher segundo Equipes de Saúde da

Família e Conglomerado Municipal - Camaragibe, 2004.............................

60

Tabela-5 Distribuição de freqüência das atividades de Vigilância Nutricional nas

ESF - Camaragibe, 2004...............................................................................

61 Tabela-6 Distribuição de freqüência das atividades de Imunizações nas ESF -

Camaragibe, 2004..........................................................................................

62 Tabela-7 Distribuição de freqüência das atividades de Assistência às Doenças

Prevalentes da Infância nas ESF - Camaragibe, 2004...................................

63 Tabela-8 Grau de Implantação da Saúde da Criança segundo Equipes de Saúde da

Família e Conglomerado Municipal - Camaragibe, 2004.............................

65 Tabela-9 Distribuição de freqüência das atividades de Controle da Hipertensão

Arterial Sistêmica nas ESF - Camaragibe, 2004...........................................

67 Tabela-10 Distribuição de freqüência das atividades de Controle da Diabetes

Mellitus nas ESF - Camaragibe, 2004...........................................................

68 Tabela-11 Grau de Implantação do Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica e da

Diabetes Mellitus segundo Equipes de Saúde da Família e Conglomerado

Municipal - Camaragibe, 2004......................................................................

69

Tabela-12 Distribuição de freqüência das atividades de Controle da Tuberculose nas

ESF - Camaragibe, 2004...............................................................................

71 Tabela-13 Distribuição de freqüência das atividades de Eliminação da Hanseníase

nas ESF - Camaragibe, 2004.........................................................................

72

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Tabela-14 Grau de Implantação do Controle da Tuberculose e Eliminação da

Hanseníase segundo Equipes de Saúde da Família e Conglomerado

Municipal - Camaragibe, 2004......................................................................

73

Tabela-15 Distribuição de freqüência das atividades de Saúde Bucal nas ESF –

Camaragibe, 2004..........................................................................................

74

Tabela-16 Grau de Implantação da Saúde Bucal segundo Equipes de Saúde da

Família e Conglomerado Municipal - Camaragibe, 2004.............................

75 Tabela-17 Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica

segundo Equipes de Saúde da Família e Conglomerado Municipal,

Camaragibe, 2004..........................................................................................

77

Gráfico-1 Distribuição do Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da

Atenção Básica - Camaragibe, 2004.............................................................

78 Tabela-18 Indicadores das Ações de Saúde da Mulher - Camaragibe, 2003................. 79

Tabela-19 Indicadores das Ações de Saúde da Criança, Camaragibe – 2003................ 80

Tabela-20 Indicadores do Controle da Hipertensão e da Diabetes Mellitus -

Camaragibe, 2003..........................................................................................

81 Tabela-21 Indicadores do Controle da Tuberculose e da Eliminação da Hanseníase -

Camaragibe, 2003..........................................................................................

82 Tabela-22 Indicadores das Ações de Saúde Bucal – Camaragibe, 2003........................ 83

Tabela-23 Consolidado dos Indicadores de Resultados das Áreas Estratégicas

Mínimas da Atenção Básica - Camaragibe, 2003.........................................

84 Tabela-24 Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica

no Conglomerado de ESF e Indicadores de Resultados - Camaragibe,

2003...............................................................................................................

87

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LISTA DE QUADROS Quadro 1- Perfil Municipal – Camaragibe - PE.......................................................... 26

Quadro 2- Características Gerais das ESF, Camaragibe, 2004................................... 29

Quadro 3- Variáveis para o Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas

da Atenção Básica, segundo documentos utilizados para a elaboração do

instrumento, tipo de dado e técnicas de coleta...........................................

33

Quadro 4- Elenco de variáveis e indicadores utilizados.............................................. 39 Quadro 5-

Distribuição do número de questões por Área Estratégica, ESF e

Conglomerado de ESF ..............................................................................

55

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LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 - Questionário para Avaliação do Grau de Implantação das Áreas Estratégicas

Mínimas da Atenção Básica, nas Equipes de Saúde da Família, no município de

Camaragibe, em 2004

Anexo 2 - Atividades de Pré-Natal nas Equipes de Saúde da Família - Camaragibe, 2004

Anexo 3 - Atividades de Prevenção de Câncer Cérvico-Uterino nas Equipes de Saúde da

Família - Camaragibe, 2004

Anexo 4 -

Atividades de Planejamento Familiar nas Equipes de Saúde da Família -

Camaragibe, 2004

Anexo 5 -

Atividades de Vigilância Nutricional nas Equipes de Saúde da Família -

Camaragibe, 2004

Anexo 6 - Atividades de Imunizações nas Equipes de Saúde da Família - Camaragibe, 2004

Anexo 7 - Atividades de Assistência às Doenças Prevalentes da Infância nas Equipes de

Saúde da Família - Camaragibe, 2004

Anexo 8 - Atividades de Controle da Hipertensão nas Equipes de Saúde da Família -

Camaragibe, 2004

Anexo 9 - Atividades de Controle da Diabetes Mellitus nas Equipes de Saúde da Família -

Camaragibe, 2004

Anexo 10- Atividades de Controle da Tuberculose nas Equipes de Saúde da Família -

Camaragibe, 2004

Anexo 11- Atividades de Eliminação da Hanseníase nas Equipes de Saúde da Família -

Camaragibe, 2004

Anexo 12- Atividades de Saúde Bucal nas Equipes de Saúde da Família - Camaragibe, 2004

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SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 1

1.1.O Sistema Único de Saúde e os Modelos Assistenciais......................................... 1

1.2.Atenção Primária à Saúde e o Programa de Saúde da Família.............................. 8

1.3.Avaliação em Saúde............................................................................................... 14

2. JUSTIFICATIVA................................................................................................... 21

3. OBJETIVOS........................................................................................................... 24

3.1.Geral....................................................................................................................... 24

3.2.Específicos.............................................................................................................. 24

4. MÉTODOS........................................................................................................... 25

4.1.Local do Estudo...................................................................................................... 25

4.2.Desenho do Estudo................................................................................................. 30

4.3.População do Estudo.............................................................................................. 31

4.4.Variáveis de Análise............................................................................................... 32

4.5.Instrumento para Avaliação do Grau de Implantação............................................ 47

4.5.1.Construção do Instrumento para Avaliação do Grau de Implantação................. 47

4.5.1.1.Primeira Etapa: Pesquisa de instrumentos existentes, análise e

compatibilização com as responsabilidades e atividades NOAS-SUS

01/02.................................................................................................................

47

4.5.1.2.Segunda Etapa: Apreciação do questionário por especialistas......................... 48

4.5.1.3.Terceira Etapa: Realização do teste piloto....................................................... 48

4.5.1.4.Quarta Etapa: Readequação do instrumento.................................................... 48

4.5.2.O Instrumento Utilizado...................................................................................... 49

4.5.3.Validade de Conteúdo......................................................................................... 49

4. 6. Coleta de Dados.................................................................................................... 49

4.6.1.Referente ao Grau de Implantação das ESF........................................................ 49

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4.6.2.Referente aos Indicadores de Resultados............................................................ 50

4.7. Confiabilidade....................................................................................................... 51

4.7.1.Referente ao Grau de Implantação...................................................................... 51

4.7.2.Referente aos Indicadores de Resultados ........................................................... 51

4.8. Processamento dos Dados..................................................................................... 53

4.9. Plano de Análise.................................................................................................... 53

4.10.Critérios Utilizados para a Definição do Grau de Implantação............................ 54

4.11 Considerações Metodológicas.............................................................................. 56

4.12. Aspectos Éticos................................................................................................... 56

V. RESULTADOS...................................................................................................... 57

5.1.Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica nas

Equipes de Saúde da Família..................................................................................

57

5.1.1.Saúde da Mulher - Pré-Natal............................................................................... 57

5.1.2 Saúde da Mulher - Prevenção de Câncer Cérvico-Uterino................................. 58

5.13 Saúde da Mulher - Planejamento Familiar.......................................................... 58

5.1.4 Grau de Implantação das Ações de Saúde da Mulher......................................... 59

5.1.5.Saúde da Criança - Vigilância Nutricional.......................................................... 61

5.1.6. Saúde da Criança – Imunizações........................................................................ 62

5.1.7 Saúde da Criança - Assistência às Doenças Prevalentes da Infância.................. 62

5.1.8 Grau de Implantação da Saúde da Criança.......................................................... 63

5.1.9 Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica........................................................ 66

5.1.10 Grau de Implantação do Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica.............. 66

5.1.11 Controle da Diabetes Mellitus........................................................................... 67

5.1.12 Grau de Implantação do Controle da Diabetes Mellitus................................... 68

5.1.13.Controle da Tuberculose................................................................................... 70

5.1.14 Grau de Implantação do Controle da Tuberculose............................................ 70

5.1.15.Eliminação da Hanseníase................................................................................. 71

5.1.16.Grau de Implantação de Eliminação da Hanseníase......................................... 72

5.1.17.Saúde Bucal....................................................................................................... 74

5.1.18.Grau de Implantação das Ações de Saúde Bucal.............................................. 74

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5.1.19 Consolidado do Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da

Atenção Básica....................................................................................................

76

5.2 Indicadores de Resultados das Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica... 78

5.2.1.Indicadores das Ações de Saúde da Mulher........................................................ 78

5.2.2.Indicadores das Ações de Saúde da Criança....................................................... 79

5.2.3.Indicadores do Controle da Hipertensão e da Diabetes Mellitus........................ 81

5.2.4.Indicadores do Controle da Tuberculose e de Eliminação da Hanseníase.......... 81

5.2.5.Indicadores das Ações de Saúde Bucal............................................................... 82

5.2.6.Consolidado dos Indicadores de Resultados das Áreas Estratégicas Mínimas

da Atenção Básica..............................................................................................

83

5.3. Relacionando o Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da

Atenção Básica no Conglomerado de ESF, com os Indicadores de Saúde............

86

6. DISCUSSÃO .......................................................................................................... 89

6.1 Saúde da Mulher..................................................................................................... 89

6.1.1 Pré-Natal.............................................................................................................. 89

6.1.2 Prevenção de Câncer Cévico-Uterino................................................................. 93

6.1.3 Planejamento Familiar......................................................................................... 95

6.2 Saúde da Criança.................................................................................................... 96

6.2.1 Vigilância Nutricional......................................................................................... 96

6.2.2 Imunização.......................................................................................................... 100

6.2.3 Assistência às Doenças Prevalentes da Infância................................................. 101

6.3 Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica........................................................... 104

6.4 Controle da Diabetes Mellitus................................................................................ 106

6.5 Controle da Tuberculose........................................................................................ 108

6.6 Eliminação da Hanseníase...................................................................................... 109

6.7 Saúde Bucal............................................................................................................ 111

6.8 O Conglomerado das ESF...................................................................................... 113

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................ 114

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 119

ANEXOS

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RESUMO

O estudo teve como objetivo avaliar a implantação das áreas estratégicas mínimas

da atenção básica definidas pela Norma Operacional de Assistência à Saúde/Sistema Único

de Saúde (saúde da mulher, saúde da criança, controle da hipertensão, controle da diabetes,

controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e saúde bucal) pelas Equipes de Saúde

da Família do município de Camaragibe para o ano de 2003. Realizou-se uma pesquisa

avaliativa, do tipo análise de implantação em seu segundo componente, que enfoca a

análise das variações da implantação nos efeitos observados, mediante estudo de caso

único com um nível de análise. A unidade de análise constituiu-se no conglomerado de

Equipes de Saúde da Família. Para a verificação do grau de implantação, foram realizadas

entrevistas com os profissionais a partir de questionários específicos para cada área

estratégica aplicados em 100% das equipes. Para a análise da influência do grau de

implantação nos resultados finais, foram construídos indicadores a partir dos dados dos

Sistemas de Informação em Saúde – SIM, Sinasc, Sinan, SIA, SIH, Siab, Siscolo - e dados

populacionais do IBGE, referentes ao ano de 2003. O grau de implantação foi considerado

implantado para as ações de saúde da mulher, controle da hipertensão, controle da

diabetes, controle da tuberculose e eliminação da hanseníase; parcialmente implantado

para as ações de saúde da criança, excetuando o componente vigilância nutricional que

apresentou-se implantado; e não implantado, para as ações de saúde bucal. Para o conjunto

das sete áreas estratégicas, o grau de implantação apresentou-se como parcialmente

implantado. Com referência à compatibilidade entre o grau de implantação e os

indicadores de resultados, verifica-se coerência para as ações de saúde da mulher (pré-natal

e planejamento familiar); saúde da criança (vigilância nutricional e imunizações); controle

da hipertensão; controle da diabetes e saúde bucal. No outro extremo, não houve

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concordância entre o grau de implantação e os indicadores de resultados para as ações de

saúde da mulher (prevenção de câncer cérvico-uterino); saúde da criança (assistência às

doenças prevalentes da infância); controle da tuberculose e eliminação da hanseníase. A

convergência dos resultados do grau de implantação e os indicadores selecionados sugerem

a contribuição do setor saúde para a melhoria da situação de saúde. Por sua vez, as

divergências indicam a necessidade de aprofundar as análises em relação às intervenções e

aos efeitos, no sentido de identificar os aspectos que precisam ser aprimorados.

Palavras-chave: Avaliação dos Serviços; Avaliação de Programas; Cuidados Primários

de Saúde; Programa Saúde da Família.

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ABSTRACT

The objective of the study was to evaluate the implementation of the basic strategic

areas of the primary health care defined by the Health Care Operational Regulation/Unified

Health System (woman health, child health, control of arterial hipertension, control of

diabetes, tuberculosis, eradication of hanseniasis and oral health) by the Family Health

Teams at the municipality of Camaragibe in the year of 2004. It was carried out an

evaluative research, an implementation analysis regarding its second component which

approaches the analysis of implementation variations on the observed effects. It was

developed an unique case study with one level of analysis. The unit analysis was the

totality of Family Health Teams. In order to verify the implementation degree, it was

realized interviews with health professionals utilizing specific questionnaires for each

strategic area applied in 100% of the teams. For the analysis of the influence of the

implementation degree on the final results, it was elaborated indicators from the Health

Information System data – SIM, Sinasc, Sinan, SIA, SIH, Siab, Siscolo and population

data from IBGE concerning the year of 2003. The implementation degree was considered

implemented for woman health actions, control of arterial hipertension, diabetes,

tuberculosis and eradication of hanseniasis; partialy implemented for child health actions,

except for the nutritional surveillance component that was implemented; and it was not

implemented for dental health actions. The degree of implementation was partialy

implemented for the whole of the seven strategic areas. Regarding the compatibility

between degree of implementation and indicators of results, it is verified coherence of

results for woman health actions (antenatal care and family health planning); child health

(nutritional surveillance and imunization); arterial hipertension control, diabetes control

and dental health. By the other side, there was not accordance between implementation

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degree and indicators of results for woman health actions (cervical cancer prevention);

child health (management of childhood illness); tuberculosis control and hanseniasis

eradication. The convergence of results of the implementation degree and the selected

indicators suggests the contribution of the health sector for improvement of the health

situation. On the other hand, the divergences indicate a need for strengthen the analysis in

relation to interventions and effects in order to identify the aspects that require

amelioration.

Key-words: Services Evaluation; Program Evaluation; Primary Health Care; Family

Health Program.

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1

1. INTRODUÇÃO

1.1 O Sistema Único de Saúde e os Modelos Assistenciais

O Sistema Único de Saúde (SUS), aprovado na Constituição Federal (CF) de

1988 (BRASIL, 1988), representa um marco na história das políticas públicas de saúde

no Brasil. A partir de então se passa a construir um sistema de saúde que tem como

propósito reverter à dicotomia entre a saúde individual e a saúde coletiva que sempre

caracterizou o sistema de saúde brasileiro desde a Proclamação da República, em 1899.

A criação do SUS não aconteceu por acaso. De acordo com Cunha & Cunha

(2001), cinco aspectos influenciaram sobremaneira esse processo:

1º) o acirramento da crise financeira da saúde provocada pela privatização da

assistência médica. No período de 1969 a 1975, o Instituto Nacional de

Previdência Social (INPS) destinava 90% das suas despesas ao pagamento

de serviços médicos terceirizados;

2º) o contexto internacional, destacando a Conferência de Alma-Ata, em 1978, a

partir da qual a discussão sobre os cuidados primários em saúde passou a ser

um compromisso dos países participantes, entre os quais o Brasil, que

reconheceram a atenção primária e a participação comunitária como

estratégia para a conquista da meta “Saúde para todos no Ano 2000 (SPT-

2000)”, tendo como proposta a expansão de cobertura para contingentes

populacionais excluídos do modelo previdenciário;

3º) o movimento sanitário, contra-hegemônico, na segunda metade da década

de 70, participou do processo de sistematização das propostas de mudança

do modelo de saúde, resultando no projeto de Reforma Sanitária;

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2

4º) a redemocratização do país em 1985 e instalação de uma nova conjuntura

denominada “Nova República”;

5º) a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, com ampla

representação de trabalhadores de saúde, governo, usuários e prestadores de

serviços de saúde. Esta Conferência significou um marco na formulação das

propostas de saúde, consolidadas na Reforma Sanitária Brasileira (BRASIL,

1986).

O documento final da VIII Conferência Nacional de Saúde define saúde como

“resultante das condições de habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho,

transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de

saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da

produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida” (BRASIL, 1986).

A Constituição Federal de 1988 aprovou a criação do Sistema Único de Saúde,

explicitado nos artigos nº. 196 a 200 e incorporou o conceito ampliado de saúde,

conforme definido na VIII Conferência Nacional de Saúde que coloca a saúde como

resultado de condições de vida. E mais, o SUS faz parte das ações definidas como de

“relevância pública e integra o Sistema de Seguridade Social”. O artigo 194 da

Constituição Federal define a Seguridade Social como “um conjunto integrado de ações

de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinada a assegurar os direitos

relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (BRASIL, 1988).

O SUS foi regulamentado pelas Leis Orgânicas da Saúde; Lei nº. 8.080/90, que

dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a

organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e pela Lei nº. 8.142/90 que

dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências

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3

intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde. (BRASIL, 1990a;

BRASIL, 1990b).

Sob o aspecto doutrinário e em conformidade com as citadas leis, o SUS integra

os seguintes princípios (BRASIL, 1990a):

Universalização, significando que a saúde passa a ser um direito de

cidadania de todas as pessoas, cabendo ao Estado assegurar esse direito;

Eqüidade, como princípio de justiça social, procurando tratar desigualmente

os desiguais, investindo mais onde há mais necessidade;

Integralidade, que significa considerar a pessoa como um todo. Esse

conceito pressupõe a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o

tratamento e a reabilitação e a integração entre as demais políticas públicas.

Quanto à organização do Sistema os princípios norteadores são (BRASIL,

1990a; BRASIL, 1990b):

Regionalização e Hierarquização, os serviços organizados em uma

determinada área geográfica por níveis de complexidade crescente;

Descentralização e Comando Único, como descentralização de poder e de

responsabilidades entre as três esferas de governo. É sinônimo de

municipalização das ações e serviços de saúde;

Participação Popular, por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde,

com o objetivo de formular estratégias, controlar e avaliar a execução da

política de saúde.

Outros instrumentos que possibilitam a operacionalização do Sistema são as

Normas Operacionais Básicas do Sistema Único de Saúde (NOB). Por meio delas se

descreve a trajetória do SUS a partir de 1991. Traçando as estratégias de

operacionalização, as NOB funcionam como um instrumento regulador do processo de

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descentralização das ações e serviços de saúde. Pelo seu caráter transitório pode ser

substituída por outra Norma, possibilitando a atualização das regras nos diferentes

estágios de implementação do SUS (SILVA, 2003).

Até o momento foram editadas as NOB-SUS 01/91 (BRASIL,1991), 01/92

(BRASIL, 1992), 01/93 (BRASIL, 1993), 01/96 (BRASIL, 1996) e a Norma

Operacional da Assistência à Saúde - NOAS 01/01 e 01/02 (BRASIL, 2001a, e

BRASIL, 2002a).

Do ponto de vista de impacto para a operacionalização do SUS as NOB-SUS 01/93

(BRASIL, 1993) e 01/96 (BRASIL, 1996) foram muito importantes.

A NOB-SUS 01/93 destacou que o objetivo mais importante da descentralização

do SUS é a completa reformulação do modelo assistencial centrado na assistência

médico-hospitalar individual, deslocando-o para a assistência integral, universalizada,

equânime, regionalizada e hierarquizada e resolutiva (ANDRADE, 2001).

A NOB-SUS 01/96 apresentou um avanço ao criar as bases para o novo modelo

de atenção à saúde, elegendo o Programa Saúde da Família, atualmente chamado de

Estratégia de Saúde da Família. A fim de garantir sustentabilidade à nova proposta, esta

NOB instituiu o Piso da Atenção Básica - PAB, para o financiamento das ações básicas,

definido com base em uma referência per capita nacional, repassado de forma regular,

fundo a fundo, rompendo com a lógica de pagamento por procedimento. Além disso,

estabeleceu um valor adicional de Incentivo aos Programas de Agentes Comunitários de

Saúde e de Saúde da Família (ANDRADE, 2001).

A implantação das NOB-SUS 01/93 e 01/96 desencadearam um intenso

processo de descentralização. Em dezembro de 2000, 99% dos municípios do país

estavam habilitados nos termos da NOB-SUS 01/96 e 62,72% do total dos recursos

assistenciais eram transferidos fundo a fundo. Isto possibilitou o desenvolvimento de

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inúmeras experiências inovadoras e o desenvolvimento de um saber qualificado em

diversas áreas da gestão do SUS (BRASIL, 2001a).

Todavia, em que pese os avanços alcançados, a generalização da

municipalização evidencia um conjunto de problemas e desafios a serem superados.

Destacam-se entre eles o caráter cartorial de algumas habilitações, a falta de qualidade

na atenção básica, presença de indicadores de saúde críticos, falta de garantia de acesso

aos cidadãos, falta de garantia de referência e de redes regionais/estaduais, alocação de

recursos financeiros vinculada à oferta de serviços, atomização de sistemas municipais,

limitada capacidade das Secretarias Estaduais de Saúde para coordenarem a

programação e a pactuação da assistência no âmbito intermunicipal e insuficiente

monitoramento e avaliação continuada de desempenho (BRASIL, 2001a).

A fim de corrigir estas distorções, a NOAS-SUS 01/01 propõe a regionalização

da assistência à saúde como uma macroestratégia para a estruturação de redes

articuladas e cooperativas, em territórios delimitados, com populações definidas e

mecanismos que garantam o acesso dos usuários aos serviços de saúde nos níveis de

complexidade necessários à resolução dos problemas de saúde (BRASIL, 2001a).

Como ponto de partida para a organização do sistema, esta norma define o

conceito de Atenção Básica Ampliada que compreende a ampliação do elenco de

procedimentos da atenção básica mediante o deslocamento de algumas ações de média

complexidade, de modo a tornar o atendimento coerente e resolutivo no primeiro nível

de atenção. Define também as “áreas estratégicas mínimas da Atenção Básica” (AEM-

AB) que devem ser ofertadas por todos os municípios, com qualidade e suficiência a

toda a população; reforça a Estratégia de Saúde da Família como o eixo para a

ampliação e qualificação da Atenção Básica (AB) nesse modelo assistencial com ênfase

à integralidade da atenção e a garantia do acesso da população aos demais níveis de

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complexidade do Sistema. Para viabilizar o aumento dessas responsabilidades é

proposta a ampliação do valor fixo do PAB (BRASIL, 2001a).

As áreas estratégicas mínimas da atenção básica são: Ações de Saúde da Mulher,

Ações de Saúde da Criança, Controle da Hipertensão, Controle da Diabetes, Controle da

Tuberculose, Eliminação da Hanseníase e Ações de Saúde Bucal. Cada uma destas áreas

envolve um conjunto de atividades específicas detalhadas mais adiante no Quadro 2, em

Métodos.

O SUS tem clareza da imagem-objetivo que deseja alcançar quanto ao modelo

de atenção à saúde ou modelos assistenciais e vem traçando políticas buscando se

aproximar da situação desejada.

Para Paim (1999a), “modelos assistenciais são combinações tecnológicas

estruturadas para o enfrentamento de problemas de saúde individuais e coletivos em

determinados espaços-populações incluindo ações sobre o ambiente, grupos

populacionais, equipamentos comunitários e usuários de serviços de saúde”.

Os modelos assistenciais médico-assistencial privatista e modelo assistencial

sanitarista não têm conseguido responder aos problemas de saúde da população (PAIM,

1999a).

O modelo médico-assistencial privatista, hegemônico na década de 70, se

assenta no seguinte tripé: a) o Estado como financiador do sistema por meio da

Previdência Social; b) o setor privado nacional como maior prestador de serviços de

assistência médica e c) o setor privado internacional como o mais significativo produtor

de insumos, principalmente equipamentos médicos e medicamentos (MENDES, 1993).

O modelo médico-assistencial privatista, centrado na demanda espontânea,

atende aos indivíduos que procuram por sua livre e espontânea iniciativa e de acordo

com a sua percepção do que é doença. A pressão espontânea e desorganizada da

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demanda condiciona a organização da oferta. Este modelo, predominantemente curativo

e incapaz de alterar os níveis de saúde da população, se encontra implantado na

medicina liberal, nos planos de saúde e mesmo nos serviços públicos, até que se

organizem para atender a uma população adscrita (PAIM,1999a).

O modelo assistencial sanitarista se organiza sob a forma de campanhas

sanitárias ou de programas especiais de saúde pública. As campanhas, com caráter

temporário e administração centralizada, geralmente desestruturam a rotina dos

serviços, são consideradas “um mal necessário”, para enfrentar os problemas que a rede

assistencial ainda não conseguiu. Os programas especiais têm caráter mais permanente,

todavia, por serem geridos verticalmente, criam conflitos na ponta do sistema (PAIM,

1999a).

Nesse sentido, vêm sendo propostos modelos assistenciais alternativos, visando

à integralidade da ação, o impacto na situação de saúde da população, compatíveis com

os princípios e diretrizes do SUS. Essa nova prática sanitária, denominada de vigilância

da saúde, atua nas três dimensões do processo saúde-doença: controle dos danos,

controle dos riscos e controle dos determinantes e condicionantes; adotando estratégias

combinadas de intervenção: promoção à saúde, prevenção de doenças e acidentes e

atenção curativa (MENDES, 1996).

O modelo da vigilância da saúde encontra-se em experimentação em alguns

estados por meio da implantação de distritos sanitários. A lógica que rege essa mudança

organizacional é a de promover uma oferta organizada de serviços com base no

conhecimento das necessidades de saúde da população, num dado território, com o

envolvimento intersetorial. Os aspectos mencionados nesse modelo de atenção à saúde

são determinantes para a construção de um novo sistema de saúde (MENDES, 1996).

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1.2 Atenção Primária à Saúde e o Programa de Saúde da Família

A Conferência de Alma-Ata, em 1978, deu origem ao compromisso de Saúde

para Todos no Ano 2000 (SPT-2000), vinculada à proposta de Atenção Primária à

Saúde (APS) e influenciou sobremaneira a reformulação das práticas de saúde na

América Latina e no Brasil.

Em maio de 1979, a Assembléia Mundial de Saúde ratificou o consenso sobre

APS enunciado no ano anterior em Alma-Ata, e a definiu como: “Atenção essencial à

saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e

socialmente aceitáveis, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na

comunidade por meios aceitáveis para eles e a um custo que tanto a comunidade como

o país possa arcar em cada estágio do seu desenvolvimento, um espírito de

autoconfiança e autodeterminação. É parte integral do sistema de saúde do país, do

qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e

econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato com os indivíduos, da

família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o

mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o

primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde” (WHO, 1978).

No Brasil, a APS na primeira metade da década de 70, foi marcada pelos

programas comunitários de saúde desenvolvidos pelos departamentos de medicina

preventiva das universidades, voltados para a prestação de serviços básicos de saúde às

populações pobres das periferias das grandes cidades e nas áreas rurais de difícil acesso.

Na segunda metade da década de 70, adotando a recomendação do Plano Decenal de

Saúde das Américas (OPS/OMS,1973) houve ampliação dos programas de saúde

comunitária com destaque para o programa de saúde comunitária de Montes Claros,

Minas Gerais (PAIM, 1999b).

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Em sintonia com as propostas dos organismos internacionais que promoveram a

Conferência de Alma-Ata, o Brasil institucionalizou os programas de extensão de

cobertura a partir da criação do Programa de Interiorização das Ações de Saúde e

Saneamento no Nordeste (PIASS) para o período de 1976 a 1979, mediante o decreto

presidencial nº 78.307 em 24 de agosto de 1976. O PIASS tinha a finalidade de

implantar uma estrutura básica de saúde pública nas comunidades de até 20 mil

habitantes e de contribuir para a melhoria do nível de saúde da população da Região.

Em 1977, a VI Conferência Nacional de Saúde ratificou essa política na discussão do

tema III “Interiorização dos Serviços de Saúde” (BRASIL,1977).

O Brasil subscreveu a Declaração de Alma-Ata na Assembléia Mundial da

Saúde em 1999, ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde elaborou internamente

uma proposta de expansão do PIASS para todo o país (PINTO, 1983).

O balanço do PIASS, em 1983, registrou uma expressiva ampliação da rede

básica de saúde no Nordeste brasileiro, bem como em relação à implantação de sistemas

simplificados de abastecimento de água e privadas higiênicas (PINTO, 1983).

Em 1983, o Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP) criou o Projeto de

Extensão Comunitária apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância

(UNICEF), visando desenvolver um modelo de atenção primária com cobertura

universal ao grupo materno-infantil, por intermédio do trabalho de agentes comunitários

de saúde, pediatras e ginecologistas capacitados para a atenção básica e educação em

saúde. A metodologia incluía a realização de visitas domiciliares, fortalecendo a ligação

entre a unidade de saúde local e a comunidade (MENDONÇA & MENDONÇA, 2000).

Este projeto precedeu e contribuiu para o desenvolvimento do Programa de Agentes

Comunitários de Saúde (PACS) posteriormente criado pelo Ministério da Saúde.

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A experiência do PACS, implantado pelo governo estadual do Ceará no período

de 1987 a 1990, proporcionou visibilidade nacional pelos resultados alcançados e

também contribuiu para a formulação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde

(MINAYO et al, 1990) em escala nacional. Em 1991, o Ministério da Saúde criou o

Programa de Agentes Comunitários de Saúde vinculado à Fundação Nacional de Saúde

(FUNASA), implantando inicialmente na Região Nordeste e em seguida na Região

Norte, com o objetivo de contribuir para a redução da morbimortalidade infantil e

materna. A partir de 1993 o Programa teve seu objetivo ampliado, passando a ser

expresso do seguinte modo:

“Incorporar ao Sistema Único de Saúde agentes comunitários de saúde,

profissionalizados em auxiliares de enfermagem, para desenvolver ações básicas de

saúde; identificar os fatores determinantes do processo saúde-doença; desencadear

ações de promoção de saúde e prevenção da doença; funcionar como elo de ligação

entre a população e os serviços de saúde, contribuindo, assim, com a comunidade, no

processo de aprender e ensinar a cuidar da sua própria saúde” (BRASIL, 1994).

Excetuando o entendimento da APS, na primeira metade dos anos 80, como um

programa de medicina simplificada para os pobres das áreas urbanas e rurais, ao invés

de uma estratégia para a reorientação do sistema de saúde no Brasil, o corpo doutrinário

da SPT-2000: integralidade, eqüidade, descentralização, intersetorialidade, participação

de comunidade e regionalização e hierarquização de serviços, foi amplamente

incorporado à Reforma Sanitária Brasileira (PAIM, 1987).

São várias as definições de Atenção Primária à Saúde. Starfield (2002) refere

como uma estratégia organizativa da atenção à saúde, assentada nos princípios de

atenção generalizada, acessível, integrada e continuada, mediante trabalho em equipe;

atenção centrada na pessoa e orientada à família e à comunidade; atenção coordenada,

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incluindo o acompanhamento do usuário nos outros níveis de atenção e apoio constante

aos usuários nos aspectos relacionados à saúde e bem estar.

A Atenção Primária à Saúde é denominada de Atenção Básica no âmbito do

SUS, sendo esses termos usados como sinônimos (SAMPAIO, 2004). No Brasil, a

operacionalização dos princípios da APS tem como estratégia prioritária o Programa de

Saúde da Família (SOUZA & SAMPAIO, 2002).

O Programa de Saúde da Família (PSF) implantado em 1994 como

desdobramento do PACS, incorporou práticas acumuladas de diversas pessoas e

instituições (SOUZA, 2000).

Incorporando os princípios do SUS, o PSF organiza-se em um território

definido, abrangendo 2.400 a 4.500 habitantes, com adscrição de clientela (600 a 1000

famílias), cadastramento e acompanhamento da população da área de abrangência

(BRASIL, 1997). Originalmente, a equipe de saúde da família era constituída por um

médico, uma enfermeira, dois auxiliares de enfermagem, quatro a seis agentes

comunitários de saúde. Mais recentemente, em 2001, a atividade de saúde bucal foi

incorporada ao Programa de Saúde da Família (BRASIL, 2000c). Os eixos

fundamentais que nortearam a implantação do PSF foram: territorialização, vinculação

com a população, integralidade da ação, trabalho em equipe com enfoque

interdisciplinar, ênfase na promoção à saúde com fortalecimento das ações intersetoriais

e estímulo à participação da comunidade (BRASIL, 1997).

O PSF foi concebido para ser a porta de entrada do sistema local de saúde e

desenvolver ações básicas de forma integral e resolutiva, proporcionando além de

extensão de cobertura e ampliação do acesso, a substituição das práticas tradicionais,

contribuindo para a reestruturação do sistema de saúde (SILVA, 2003).

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Um conjunto de iniciativas por parte do Ministério da Saúde veio,

cumulativamente, fortalecer a estratégia Saúde da Família:

Implantação dos Pólos de Capacitação, Formação e Educação Continuada

para Saúde da Família, financiados pelo REFORSUS, em 1997 (AGUIAR,

1998).

O Manual para a Organização da Atenção Básica situa a atenção básica

como eixo orientador do modelo de atenção à saúde e define o conceito

ampliado de Atenção Básica: “um conjunto de ações de caráter individual

ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde,

voltadas para a promoção da saúde, prevenção dos agravos, o tratamento e

a reabilitação”. Essas ações não se limitam àqueles procedimentos

incluídos no Grupo de Assistência Básica da tabela do SIA/SUS, quando da

implantação do Piso da Atenção Básica (BRASIL, 1998a).

O Pacto da Atenção Básica em 1999, como um instrumento nacional de

monitoramento e avaliação, regulamentado pela Portaria nº 476 de

14/04/1999 (BRASIL, 1999a).

Definição de novos valores de incentivo ao PSF relacionado à cobertura

populacional (BRASIL, 1999b).

A NOAS-SUS 01/01 e 01/02 enfatizam a importância de melhorar a

resolubilidade da atenção básica em todos os municípios brasileiros e define

as áreas estratégicas mínimas da atenção básica (BRASIL, 2001 e BRASIL,

2002).

Realização de pesquisas de dimensão nacional para avaliar o funcionamento

e contribuir para a reestruturação do PSF: “Avaliação da Implantação e

Funcionamento do Programa de Saúde da Família – PSF”, em 1999

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(BRASIL, 2000b); e “Monitoramento da Implantação e Funcionamento das

Equipes de Saúde da Família” - 2001/ 2002 (BRASIL, 2004a).

Incorporação das Equipes de Saúde Bucal às Equipes de Saúde da Família,

em 2001 (BRASIL, 2001b).

Implantação do Projeto de Expansão e Consolidação do Saúde da Família

(PROESF), destinado à organização e fortalecimento da Atenção Básica, no

período de 2002 a 2009 (BRASIL, 2003a).

Segundo Silva (2003), a implementação desse conjunto de políticas estabelece

dois momentos distintos na trajetória do PSF: o período 1994-1997, momento inicial,

com pouca identidade e posição marginal no âmbito do Ministério da Saúde,

apresentando dificuldades financeiras, de recursos humanos e de busca de aliados; e o

período de 1998-2002 onde a atenção básica é assumida como estratégia estruturante da

política de saúde, com possibilidade de transformar o sistema internamente. O PSF sai

da posição focalista para a universalização.

O número de Equipes de Saúde da Família (ESF) vem aumentando

progressivamente em nível nacional. Em setembro de 2004, estavam implantadas

21.475 ESF, em 4.785 municípios, cobrindo 39,4% da população brasileira.

Pernambuco, nesse mesmo período contava com 1.410 equipes implantadas em 178

municípios (92,4%), cobrindo 58,1% da população do estado (BRASIL,

www.saude.gov.br 2004b).

Ao longo de implantação do PSF verifica-se uma progressiva aproximação da

imagem-objetivo de reorganização do modelo de atenção à saúde, ao invés de apenas

mais um programa vertical, dirigido à implantação de uma atenção focalizada aos

pobres (TEIXEIRA, 2002).

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1.3 A Avaliação em Saúde

A avaliação é um componente que integra as práticas desenvolvidas pelos vários

campos do espaço social, apresentando diversas formas de expressão conceitual e

metodológica em função das peculiaridades de cada área (SILVA & FORMIGLI, 1994).

O conceito da avaliação dos programas públicos surgiu logo após a segunda

guerra mundial, quando o Estado, em substituição ao mercado, começou a empreender

políticas públicas nas áreas sociais. Os economistas foram os pioneiros da avaliação

mediante a utilização de métodos que em curto prazo revelaram-se obsoletos por não

darem conta das especificidades dos programas sociais (CONTANDRIOPOULOS, et

al., 1997).

A avaliação é uma atividade antiga e inerente ao processo de aprendizagem. A

American Avaluation Association e a Canadian Evaluation Society contribuíram para o

desenvolvimento da avaliação numa perspectiva interdisciplinar, profissionalizada e

fundamentada em aspectos teórico-metodológicos (CONTANDRIOPOULOS et al.

1997).

A avaliação das ações sanitárias, na década de 70 foram relacionadas ao controle

de custos do sistema de saúde, com financiamento público num contexto de diminuição

do crescimento econômico. A complexidade do setor saúde, com grandes áreas de

incerteza na relação entre os problemas de saúde e as intervenções para resolvê-las, a

rápida incorporação de novas tecnologias e a grande expectativa da população, abre

espaço permanente para a avaliação. Países como os Estados Unidos, Canadá, França e

Austrália, desenvolveram organizações encarregadas de avaliar novas tecnologias

(CONTANDRIOPOULOS et al., 1997).

Ao longo da história da avaliação quatro estágios foram identificados. O

primeiro estágio é baseado na medida e o avaliador tem que dominar os instrumentos

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para medir o fenômeno estudado. O segundo estágio visa identificar e descrever como

os programas atingem seus resultados. No terceiro estágio, a avaliação deve permitir o

julgamento de uma intervenção. O quarto estágio, mais recente, a avaliação é feita como

processo de negociação entre os atores envolvidos na intervenção a ser avaliada (GUBA

& LINCOLN, 1990 apud CONTANDRIOPOULOS et al., 1997).

Dentre as várias definições para avaliação destaca-se a “avaliação focada para a

utilização”, mediante a coleta sistemática de informações sobre as atividades,

características e resultados dos programas, com o propósito de fazer julgamento sobre

os programas, para subsidiar a tomada de decisões sobre futuras programações

(PATTON, 1997).

Para Contandriopoulos e colaboradores (1997) a avaliação “consiste

fundamentalmente em fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou

sobre qualquer um dos seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de

decisões. Este julgamento pode ser resultado da aplicação de critérios e de normas

(avaliação normativa) ou se elaborar a partir de um procedimento científico (pesquisa

avaliativa)”. Por intervenção entende-se o conjunto dos recursos físicos, financeiros,

humanos, entre outros, organizados para produzir bens ou serviços visando modificar

uma situação problemática. Uma intervenção pode ser uma técnica (teste laboratorial);

uma prática (protocolo de tratamento); uma organização (UTI); um programa

(imunização); uma política (SUS). As intervenções exigem a participação de diversos

atores (o poder público, os profissionais, os financiadores, os administradores, os

usuários), cada qual com seus objetivos em relação à intervenção e sua avaliação. Desta

forma, uma avaliação pode ter objetivos distintos em razão das diferentes inserções dos

atores com racionalidades diferentes, muitas vezes conflitantes

(CONTANDRIOPOULOS et al., 1997).

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Segundo Vieira-da-Silva, o conceito de campo da avaliação introduzido por

Bourdieu compreendendo uma rede de relações entre agentes e instituições, amplia o

conceito de avaliação para além do uso instrumental dos resultados. Desta forma a

definição de Contandriopoulos e colaboradores (1997) foi ajustada ao escopo maior do

campo da avaliação, incorporando o conceito de “práticas sociais”, desenvolvido por

Bourdieu, onde a saúde se situa como um caso particular, ao invés de “intervenção”

(VIEIRA-DA-SILVA, 2004, no prelo).

Silva & Formigli (1994) distinguem duas dimensões das práticas de saúde, a

individual (cuidado individual) e a coletiva (sistemas de atenção à saúde), reforçando o

recorte individual/coletivo. Nessa nova concepção, o julgamento varia desde a avaliação

das práticas cotidianas até o outro extremo mediante a pesquisa avaliativa. No primeiro

caso prevalece o senso comum, técnicas não sistemáticas de observação e a formulação

de juízo de valor simplificados e dicotômicos, qualitativo ou quantitativo: o

atendimento foi bom, a demanda foi grande e assim por diante. No caso da pesquisa

avaliativa, o julgamento das práticas sociais é feito a partir da utilização de

metodologias científicas. As políticas, programas e serviços de saúde têm sido

freqüentemente objeto de avaliação (VIEIRA-DA-SILVA, 2004, no prelo).

No campo da saúde coletiva, a avaliação é vinculada ao planejamento em saúde

como parte dos planos, projetos ou programas, já que viabiliza escolhas e possibilita um

controle técnico e social dos serviços e programas e a epidemiologia, vinculada ao

impacto dos serviços de saúde (STENZEL,1996).

CONTANDRIOPOULOS e colaboradores (1997) classificam os objetivos

oficiais de uma avaliação:

“1. Ajudar no planejamento e à elaboração de uma intervenção (objetivo

estratégico).

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2. Fornecer informação para melhorar uma intervenção no seu decorrer (objetivo

formativo).

3. Determinar os efeitos de uma intervenção para decidir se ela deve ser mantida,

transformada de forma importante ou interrompida (objetivo somativo).

4. Contribuir ao progresso dos conhecimentos, à elaboração teórica (objetivo

fundamental)” .

Contandriopoulos e colaboradores (1997) estabeleceram uma nova tipologia

para as abordagens da avaliação no campo da saúde: a Avaliação Normativa que

“consiste em fazer um julgamento sobre uma intervenção, comparando os recursos

empregados e sua organização (estrutura), os serviços ou bens produzidos (processo), e

os resultados obtidos, com critérios e normas”. É um tipo de avaliação geralmente

realizada pelo nível de gestão do sistema e também chamada avaliação administrativa.

Rossi & Freeman (1985), afirmam que “todas as avaliações normativas se

apóiam no postulado de que existe uma relação forte entre o respeito aos critérios e às

normas escolhidas e os efeitos reais do programa ou da intervenção” (ROSSI &

FREEMAN, 1985 apud CONTANDRIOPOULOS et al., 1997).

Os conceitos de estrutura, processo e resultados foram introduzidos no campo da

saúde por Avedis Donabedian, (DONABEDIAN, 1988), e têm alcançado um certo

consenso (SILVA & FORMIGLI, 1994) a partir do referencial sistêmico desenvolvidos

pela economia, associados à função de produção do setor industrial (COHEN &

FRANCO, 1994).

A apreciação da estrutura verifica a existência de recursos humanos e materiais

em quantidade e qualidade. Os organismos de “acreditação” utilizam este referencial

(NETO, 1997). A apreciação dos processos realiza-se observando as dimensões:

técnica, das relações interpessoais e organizacional. Quanto à apreciação dos resultados,

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a avaliação normativa é muitas vezes insuficiente para se fazer um julgamento válido,

ao que se sugere a abordagem da pesquisa avaliativa (CONTANDRIOPOULOS et al.,

1997).

A pesquisa avaliativa corresponde à intersecção de dois campos gerais de

conhecimentos e práticas, o da pesquisa não avaliativa e o da avaliação normativa.

A abordagem da Pesquisa Avaliativa é definida como “o procedimento que consiste em

fazer um julgamento ex-post de uma intervenção, usando métodos científicos”. Pode ser

decomposta em seis tipos de análise: análise estratégica, análise da intervenção, análise

da produtividade, análise da implantação, análise do rendimento e análise dos efeitos. A

pesquisa avaliativa de uma intervenção consiste em fazer uma ou várias dessas análises,

mediante a utilização de um ou vários desenhos de estudo e considerando as diferentes

perspectivas dos atores envolvidos. A principal característica desta pesquisa consiste no

fato dela ser o eixo entre a pesquisa sobre os estados de saúde e a pesquisa sobre as

intervenções em saúde (CONTANDRIOPOULOS e al., 1997).

Considerando particularmente a análise de implantação, definida como

estratégia de pesquisa para este estudo, esta consiste “por um lado, em medir a

influência que pode ter a variação no grau de implantação de uma intervenção nos seus

efeitos e, por outro, em apreciar a influência do ambiente, do contexto, no qual a

intervenção está implantada nos efeitos da intervenção”. Às vezes a ausência de efeitos

deve-se ao fato de que a intervenção avaliada não foi implantada. Este tipo de análise é

indicado quando se observa “uma grande variabilidade nos resultados obtidos por

intervenções semelhantes implantadas em contextos diferentes”; e também nos casos

em que a intervenção “é complexa e composta de elementos seqüenciais sobre os quais

o contexto pode interagir de diferentes modos” (CONTANDRIOPOULOS et al., 1997).

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A análise da implantação coloca em evidência os processos internos dos

programas de modo a permitir a sua melhoria de qualidade e se caracteriza por adotar

um modelo de avaliação oposto ao da “caixa preta” (DENIS & CHAMPAGNE, 1997).

O modelo da “caixa preta” se caracteriza pelos objetivos essencialmente somativos,

baseados exclusivamente nos efeitos, onde a intervenção é tratada de forma dicotômica

(existe ou não existe), homogênea (fácil de definir o conteúdo e os diferentes

componentes) e não recebe influência do ambiente onde é produzida. Além de não

refletir os processos envolvidos, propõe uma definição muito limitada dos objetivos,

não possibilita a reflexão na perspectiva dos vários executores, nos vários meios de

implantação e não permite um acompanhamento próximo da execução da intervenção.

Sendo assim, tende a limitar a utilidade das conclusões ao fazer um julgamento

insuficiente dos programas. Desta forma, a análise da implantação permite especificar

os fatores que influenciam os resultados obtidos após a introdução de uma intervenção e

minimiza os riscos de cometer um erro do terceiro tipo, avaliando os efeitos de uma

intervenção com grau de implantação inferior ao previsto e ampliar a validade externa

das pesquisas avaliativas (DENIS & CHAMPAGNE, 1997).

Levando-se em conta a complexidade de uma intervenção, composta por um

conjunto de elementos interligados entre si e com o meio em que se insere, não é

possível avaliar um programa observando apenas uma característica, sendo necessária à

utilização de abordagens metodológicas diversificadas (SAMICO, 2003).

A subjetividade implícita ao processo de avaliação pode levantar questões em

relação a validade dos estudos. A esse respeito Demo (1992) argumenta que a

dificuldade de avaliar isentamente e de encontrar critérios consensuais e definitivos, faz

com que a avaliação busque eleger critérios quantitativos por serem menos

manipuláveis.

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As inúmeras dimensões que compõem o SUS (gestão, organização da

assistência, recursos humanos, financiamento, controle social), num país continental e

heterogêneo como o Brasil, constituem um campo instigante para a Avaliação em

Saúde, no sentido de verificar como as concepções teóricas se materializam na prática,

gerando um conhecimento real necessário à formulação de novas políticas.

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2. JUSTIFICATIVA

O atual estágio de implementação do Sistema Único de Saúde produto de um

conjunto articulado de estratégias, operando em várias dimensões, resulta em avanços

concretos e irreversíveis para a organização do sistema de saúde. Dentre esses se

destacam:

Avanços na política de descentralização das ações e serviços de saúde,

fazendo com que cada vez mais os municípios assumam a responsabilidade

com a saúde de seus munícipes;

Fortalecimento da gestão do SUS como sendo a capacidade dos municípios

se estruturarem internamente e contribuírem para a construção de uma rede

assistencial regionalizada e hierarquizada; bem como, sob coordenação

estadual, desenvolverem instrumentos de pactuação entre gestores, de modo

a assegurar o acesso dos cidadãos em todos os níveis de complexidade do

sistema de saúde;

Mudanças na lógica de financiamento, substituindo gradualmente o repasse

de recursos financeiros por produção de serviços, pela transferência fundo a

fundo, a partir de critério populacional, de modo a criar uma base financeira

estável para fazer face a implementação do sistema de saúde;

Mudanças do modelo de atenção à saúde, estruturado a partir da

organização da atenção básica como porta de entrada do sistema de saúde e

pela articulação deste nível de atenção com os demais níveis de maior

complexidade, em todos os municípios brasileiros. Essa mudança implica no

desafio de superar a cultura tradicional de “fazer saúde”, focalizada na

doença e na assistência curativa, para criar uma nova concepção com a

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lógica da vigilância à saúde que significa trabalhar as necessidades e os

problemas de saúde num determinado território, por equipes

multiprofissionais, atuando nas dimensões da promoção da saúde, da

prevenção das doenças, da assistência, e da recuperação da saúde.

Para viabilizar as diretrizes do SUS, o município de Camaragibe aderiu a essas

estratégias e estruturou o sistema de saúde com as seguintes características:

Pioneirismo na iniciativa de mudança do modelo de atenção à saúde;

Implantação do Programa de Saúde da Família, como uma estratégia de

substituição da rede de serviços tradicionais desde 1994;

Elevada cobertura de equipes de saúde da família e de agentes comunitários

de saúde;

Atenção básica articulada aos níveis de maior complexidade no município;

Reconhecimento nacional como um município que desenvolveu

experiências inovadoras em saúde;

Habilitação na Gestão Plena do Sistema Municipal, recebendo o

financiamento fundo a fundo para a saúde (piso da atenção básica, teto

financeiro da assistência ambulatorial e hospitalar e incentivos);

Pioneirismo na implantação das equipes de saúde bucal;

Ênfase na atenção básica como o eixo norteador do sistema de saúde,

conforme preconiza a NOAS-SUS 01/01 e 01/02.

Diante desses avanços, essa pesquisa se justifica pelos seguintes motivos:

O contexto nacional e local do SUS favorece ao desenvolvimento da

avaliação no país e em Camaragibe;

A incipiente e assistemática prática de avaliação em saúde;

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A avaliação em saúde como uma etapa necessária ao processo de

implantação/implementação de políticas, programas e serviços de saúde;

Importância em desenvolver metodologias no campo da avaliação;

A inexistência de avaliação similar no estado de Pernambuco e no

município de Camaragibe;

Fornecer subsídios ao processo de avaliação em saúde em outros municípios

ou instituições;

Contribuir com um roteiro mínimo para “reflexão e ação” no processo de

planejamento da gestão apontando potencialidades, limites e fragilidades

das áreas estratégicas mínimas.

Dessa forma, tomando como base o referencial teórico, procura-se responder às

seguintes perguntas:

Qual o grau de implantação das áreas estratégicas mínimas da atenção

básica alcançado nas Equipes de Saúde da Família do Município de

Camaragibe – PE no ano 2003?

O grau de implantação das áreas estratégicas mínimas da atenção básica se

relacionam com os resultados intermediários e finalísticos encontrados?

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3. OBJETIVOS

3.1 Geral

Avaliar a implantação das áreas estratégicas mínimas para a atenção básica

(AEM – AB) pelas Equipes de Saúde da Família e conglomerado municipal de equipes,

no município de Camaragibe, em 2003.

3.2 Específicos

3.2.1 Determinar o grau de implantação (GI) das áreas estratégicas mínimas para

a atenção básica, quanto ao cumprimento das responsabilidades e atividades de saúde da

mulher, saúde da criança, controle da hipertensão, controle da diabetes mellitus,

controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e saúde bucal;

3.2.2 Descrever o comportamento dos indicadores de resultados relacionados às

áreas de saúde da mulher, saúde da criança, controle da hipertensão, controle da

diabetes mellitus, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e saúde bucal;

3.2.3 Relacionar o grau de implantação das áreas estratégicas mínimas da

atenção básica, com os indicadores de resultados encontrados para o ano de 2003.

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4. MÉTODOS

4.1 Local do Estudo

O estudo foi realizado no município de Camaragibe, com uma população

estimada pelo IBGE para o ano de 2003 de 137.727 habitantes, situado na Região

Metropolitana do Recife (RMR). Limita-se ao norte com os municípios de Paulista,

Paudalho e Recife; ao sul com São Lourenço da Mata e Recife; ao leste com Recife; e

ao oeste com São Lourenço da Mata. A área central da cidade, bastante acidentada,

concentra mais de 80% da população e se encontra totalmente conurbada com os

municípios do Recife, nas porções leste e sul do território, e São Lourenço da Mata, na

porção oeste. O município foi emancipado de São Lourenço da Mata em 13 de maio de

1982. A base econômica se insere no setor terciário, com predominância das atividades

de comércio e serviços e de um inexpressivo setor industrial. O turismo é uma atividade

crescente na região de Aldeia atraído pelo excelente clima e patrimônio ambiental com

rios e trechos de Mata Atlântica (CAMARAGIBE, 2001). O perfil sócio-econômico-

demográfico do município de Camaragibe está descrito no Quadro 1.

No âmbito intra-municipal, Camaragibe está dividido em cinco regiões, que

coincidem com os territórios do Programa Saúde da Família (CAMARAGIBE, 2001).

No setor saúde, o município é habilitado na Gestão Plena do Sistema Municipal nos

termos da Norma Operacional Básica 01/96 (NOB-SUS 01/96) desde 01/06/1998 e,

vem procurando adequar-se aos requisitos da Norma Operacional da Assistência à

Saúde (NOAS-SUS 01/02) para manter-se nessa modalidade de gestão

(CAMARAGIBE, 2001).

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Quadro 1

Perfil Municipal – Camaragibe - PE Caracterização do Território Área Densidade Demográfica Altitude da Sede Distância à Capital Microrregião Mesorregião

48,3 Km² 2.663,1 hab/Km² 55 m 11,6 Km Recife Metropolitana do Recife

Demografia 1991 2000População Urbana Taxa de Urbanização

101.927100,0%

128.702100,0%

Menos de 15 anos 15 a 64 anos 65 anos e mais Razão de Dependência

35.16762.9533.807

61,9%

36.72486.0065.972

49,6%Educação Taxa de analfabetismo 7-14 anos 10-14 anos 15-17 anos 18-24 anos

28,417,4

9,012,9

11,65,25,05,3

% freqüentando a escola 7-14 anos 10-14 anos 15-17 anos

84,284,765,6

96,595,981,0

Taxa de analfabetismo na população adulta Média de anos de estudo

26,94,3

19,25,5

Renda Renda per capita média (R$ de 2000) Proporção de Pobres (%) Índice de Gini

119,455,70,54

173,442,70,58

Acesso a Serviços Água Encanada Energia elétrica Coleta de Lixo

68,299,350,2

77,199,984,3

Acesso a Bens de Consumo Geladeira Televisão Telefone

66,975,9

2,3

89,192,319,6

Vulnerabilidade % de crianças em famílias com renda inferior à 1/2 SM % de mulheres de 15 a 17 anos com filhos

66,29,0

55,86,4

Desenvolvimento Humano Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Educação Longevidade Renda

0,6810,7440,7270,571

0,7470,8470,7610,633

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 1991 – 2000

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Em relação ao perfil epidemiológico, o município apresentou no período de

1993 a 2000 uma mortalidade proporcional marcada em 1º lugar pelas doenças do

aparelho circulatório (30,6%), e em 2º lugar pelas causas externas (15,1%). As doenças

do aparelho respiratório que ocupavam o 5º lugar em 1996, passou ao 3º lugar (12,5%)

em 2000 e as neoplasias que ocupavam o 3º lugar em 1995, passou para o 4º lugar

(11,4%) em 2000 (CAMARAGIBE, 2001).

A morbidade apresentou no período de 1997 a 2000 uma alta proporção de casos

confirmados de diarréia, broncopneumonia, DST e dengue. Em 2000, os coeficientes de

incidência para diarréia, broncopneumonia e dengue foram 1.442/100.000,

286,0/100.000 e 351,4/100.000 habitantes, respectivamente. Com a implantação da

notificação obrigatória das DST, o coeficiente de detecção de casos vem crescendo,

atingindo em 1999, o maior coeficiente de detecção - 1.471/100.000 habitantes

(CAMARAGIBE, 2001).

O perfil de nascimento dos residentes em Camaragibe apresentou uma tendência

decrescente, passando de 3.355 nascimentos em 1993 para 2.578 no ano de 2000.

Destes, apenas 02 (0,1%) não nasceram em unidades hospitalares. O percentual de

nascidos vivos com baixo peso ao nascer foi de 7,9% em 1993 e de 8,5% em 2000 com

flutuações no período. A gravidez na adolescência vem aumentando, passando de 21,7%

a 25,1%, nos anos de 1993 e 2000, respectivamente. Houve um aumento no percentual

de mães que realizaram acima de seis consultas de pré-natal, passando para 39,7% em

2000 em relação aos 33,2% em 1995 (CAMARAGIBE, 2001).

Conforme o Plano Municipal de Saúde para 2001-2005, o modelo de atenção à

saúde se assenta no tripé: vigilância à saúde, trabalho em territórios delimitados e

controle social. As equipes de saúde da família atuam no primeiro nível da atenção,

numa estratégia para estruturação da atenção básica e reorganização do modelo de

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atenção à saúde; no segundo nível, se encontra a média complexidade no sentido de

garantir a hierarquização da rede de referência e contra-referência; e o terceiro nível é

representado pelos hospitais e serviços de alta complexidade sob gestão estadual.

A rede básica é constituída por 36 equipes de saúde da família, dispostas em 33

Unidades de Saúde da Família e 30 micro-áreas do Programa de Agentes Comunitários

de Saúde, cobrindo 94% da população do município. O município foi pioneiro na

introdução do cirurgião-dentista na equipe do PSF, inaugurando esta prática em 1998

(CAMARAGIBE, 2001).

As 36 equipes estão completas e distribuídas nos cinco territórios. Existem

quatro equipes de saúde bucal; sendo que cada uma das três ESB cobre duas ESF e uma

três ESF, totalizando nove equipes realizando ações de saúde bucal. O processo de

implantação das equipes de saúde da família foi gradual. No triênio 1994-1996, foram

implantadas 15 equipes. Na gestão 1997-2000 foram implantadas 17 equipes e na gestão

2001 a maio de 2004, foram implantadas quatro equipes, sendo que a última foi

implantada em maio de 2003, e, portanto, à época da coleta dos dados, completava um

ano de implantação. O município iniciou a implantação das equipes de saúde bucal há

mais de três anos, tendo habilitado as ESB na modalidade II (cirurgião-dentista, auxiliar

de consultório dentário e técnico de higiene bucal). As 36 equipes de saúde da família

cobrem 35.400 famílias, sendo 995 famílias a mediana para cada equipe. Quanto à

capacitação das equipes, 27 médicos, 29 enfermeiros e três cirurgiões-dentistas fizeram

Curso de Especialização em Saúde da Família. Em aproximadamente 2/3 das ESF (23

equipes), o médico e o enfermeiro têm essa especialização. Em 33 ESF houve

treinamento introdutório para os Agentes Comunitários de Saúde (Quadro 2).

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Quadro 2

Características Gerais das Equipes de Saúde da Família - Camaragibe, 2004

Caracterização das ESF

Nº de ESF completas 36 ESF

N º de ESB 04 ESB habilitadas na modalidade II

Nº de ESF atendidas por ESB 09 ESF

Nº de famílias cadastradas pelas ESF 35.400 famílias

Nº de famílias cadastradas pelas ESB 8.418 famílias

Mediana de famílias por ESF 995 famílias

Cronologia de Implantação das ESF

1994 - 1996 15 ESF

1997 - 2000 17 ESF

2001 - maio de 2004 04 ESF

Curso de Especialização em Saúde da Família

Médico 27

Enfermeiro 29

Cirurgião-dentista 03

Treinamento Introdutório

Médico 15 ESF

Enfermeiro 25 ESF

Auxiliar de enfermagem 18 ESF

Agente comunitário de saúde 33 ESF

Cirurgião-dentista 2 ESB

Técnico de higiene dental 2 ESB

Auxiliar de consultório dentário 3 ESB

A referência para a rede básica é constituída por: dois centros de especialidades

médicas (Cemec); um laboratório de prevenção do câncer cérvico-uterino; um núcleo de

apoio diagnóstico com exames de patologia clínica e ultra-sonografia; um núcleo de

reabilitação física; um centro de atenção psicossocial; uma maternidade; três

laboratórios conveniados de patologia clínica; um serviço conveniado de ultra-

sonografia; um serviço contratado de ultra-sonografia; um serviço especializado

contratado de odontologia (FOP); dois hospitais psiquiátricos com 1000 leitos de

crônicos (referência estadual); um hospital conveniado com leitos de clínica, pediatria,

cirurgia e obstetrícia (CAMARAGIBE, 2001).

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As equipes de saúde da família têm uma jornada de 40 horas semanais, sendo a

tarde da sexta-feira destinada a reunião de planejamento local das ações. As atividades

de visitas domiciliares são realizadas por todos os membros da equipe. Do ponto de

vista das instalações físicas as ESF funcionam em sua maioria em casas residenciais

alugadas, adaptadas, exibindo padrão variável de manutenção, com algumas Unidades

apresentando áreas físicas com dimensões e mobiliário inadequados e instalações

elétricas precárias. A Secretaria de Saúde de Camaragibe dispõe de uma videoteca, com

vídeos educativos referentes a temas da atenção básica, para cessão às equipes de saúde

da família, mediante agendamento prévio.

4.2 Desenho do Estudo

Procedeu-se uma pesquisa avaliativa do tipo análise de implantação com

aproximação do objeto através do estudo de caso único, com um nível de análise. De

acordo com Denis & Champagne (1997), a análise de implantação busca entender como

as intervenções influenciam a produção dos efeitos mediante o estudo de três

componentes: 1) os determinantes contextuais no grau de implantação; 2) as variações

da implantação na sua eficácia; 3) a interação entre o contexto da implantação e a

intervenção nos efeitos observados. Nesse estudo trabalhou-se o segundo componente

da análise de implantação. Para a avaliação do grau de implantação das áreas

estratégicas mínimas da atenção básica pelas equipes de saúde da família, foi realizada

uma avaliação normativa, tomando como base as áreas estratégicas mínimas da atenção

básica e as responsabilidades e atividades preconizados pela NOAS-SUS 01/02.

O estudo de caso é uma estratégia de pesquisa utilizada para a análise de

implantação de uma intervenção (DENIS & CHAMPAGNE, 1997). É definido como a

“investigação empírica de um fenômeno que pode dificilmente ser isolado ou dissociado

do seu contexto” (YIN, 2001).

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31

A estratégia “estudo de caso único” aplica-se em três situações: 1) para avaliar

uma teoria bem estruturada, onde o pesquisador confronta um modelo teórico com uma

realidade empírica; 2) para estudar um fenômeno de baixa incidência, o estudo de um

programa que se apóia em abordagens inovadoras de intervenção e pode produzir

informações importantes; e, 3) para estimular o interesse sobre um novo tipo de

problema como a análise de implantação do funcionamento de um programa. Desta

forma, optou-se pelo estudo de caso único, pela identificação dessa metodologia com as

três situações.

A riqueza da estratégia do estudo de caso é que o processo de avaliação em si

pode ser tão importante quanto as conclusões advindas, por promover um melhor

entendimento das atividades que estão sendo avaliadas (FELISBERTO, 2001).

O estudo de caso único, se bem conduzido oferece um potencial elevado de

validade interna. Todavia, a observação de apenas um caso limita a possibilidade de

fazer generalizações, comprometendo a validade externa (YIN, 2001).

Nesse estudo, Camaragibe é o município caso e as ESF são as unidades de

análise, com enfoque na implantação da atenção básica nas áreas de saúde da mulher,

saúde da criança, controle da hipertensão, controle da diabetes mellitus, controle da

tuberculose, eliminação da hanseníase, e saúde bucal. O estudo é desenvolvido em um

nível de análise, esfera municipal. Para a construção do grau de implantação

considerou-se os percentuais de cumprimento das atividades de cada área estratégica

conforme a avaliação técnico-normativa.

4.3 População do Estudo

O caráter censitário do estudo, abrangendo a totalidade das equipes de saúde da

família do município caso, para a avaliação do grau de implantação da atenção básica, e,

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a análise dos indicadores de saúde das áreas estratégicas da atenção básica referentes ao

município como um todo, remetem o estudo a toda população de Camaragibe.

4.4 Variáveis de Análise

As variáveis utilizadas para avaliar o grau de implantação da atenção básica

foram as áreas estratégicas mínimas da atenção básica, com suas respectivas

responsabilidades e atividades, conforme descrição no Quadro 3. Para avaliar os

resultados intermediários e finalísticos foram selecionados um conjunto de indicadores

correlatos a cada área, cuja definição e método de cálculo se encontram no Quadro 4.

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33

Quadro 3 Variáveis para o Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica, segundo documentos utilizados para a elaboração do instrumento, técnicas de coleta e tipo de dado

Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica

Componentes Responsabilidades Atividades Documentos utilizados para elaboração do instrumento

Técnicas de Coleta

Tipo do Dado

Pré-Natal

Diagnóstico da gravidez Cadastramento gestante 1º trimestre Classificação risco gestacional 1ª consulta Suplementação alimentar gestante baixo peso Acompanhamento pré-natal baixo risco Vacinação antitetânica Avaliação puerpério Realização/ referência exame laboratorial de rotina Alimentação e análise de sistema de informação Atividades educativas de promoção da saúde

Prevenção de Câncer Cérvico –Uterino

Rastreamento de câncer de colo de útero – Coleta de material para exame de citopatologia Realização/referência exame citopatológico Alimentação dos sistemas de informação

Saúde da

Mulher

Planejamento Familiar Consulta médica e de enfermagem Fornecimento de medicamentos e de métodos anticoncepcionais Realização/ referência para exames laboratoriais

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Ações de Saúde da Mulher (BRASIL, 2002a) Instrumento Gerencial da Saúde da Mulher adotado pelo Ministério da Saúde (adaptado pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (BRASIL, 1995)

Assistência pré-natal: Manual Técnico (BRASIL, 2000a)

Entrevista Primário

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34

Vigilância Nutricional

Acompanhamento do CD Promoção do Aleitamento Materno Realização/referência exames laboratoriais Combate às carências nutricionais Implantação e Alimentação regular do SISVAN

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Ações de Saúde da Criança (BRASIL, 2002a)

Instrumento Gerencial da Saúde da Criança adotado pelo Ministério da Saúde (adaptado pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (BRASIL, 1995)

Entrevista Primário

Imunização

Realização Esquema Vacinal Básico de Rotina Busca de faltosos Realização de Campanhas e intensificações Alimentação e acompanhamento dos sistemas de informação

Saúde da Criança

Assistência às doenças prevalentes na infância

Assistência às IRA em < 5 anos Assistência às DD em < 5 anos Assistência a outras doenças prevalentes Atividades educativas de promoção da saúde e prevenção de doenças Garantia de acesso a referencia hospitalar e ambulatorial especializadas Realização / referência exames especializados

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35

Diagnóstico de casos Diagnóstico Clínico

Cadastramento dos portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Busca ativa de casos Medição de PA de usuários Visita domiciliar

Tratamento dos casos Acompanhamento ambulatorial e domiciliar Fornecimento de medicamentos Acompanhamento domiciliar de pacientes com seqüelas de AVC e outras complicações

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Controle da Hipertensão (BRASIL, 2002a)

Cadernos de Atenção Básica-Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus – Protocolo (BRASIL, 2001c)

Entrevista Primário

Diagnóstico precoce das complicações

Realização / referência exames laboratoriais complementares Realização / referência ECG Realização / referência RX tórax

1ª Atendimento de urgência

1º atendimento crises hipertensivas e outras complicações Acompanhamento domiciliar Fornecimento de medicamentos

Controle da Hipertensão

Arterial Sistêmica

Medidas preventivas Ações educativas de controle das condições de risco (obesidade, vida sedentária, tabagismo) e prevenção de complicações

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36

Diagnóstico de casos Investigação em usuários com fatores de risco

Cadastramento dos portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Busca ativa de casos Visita domiciliar

Tratamento dos casos Acompanhamento ambulatorial e domiciliar Educação terapêutica em diabetes Fornecimento de medicamentos Curativos

Monitorização dos níveis de glicose

Realização de glicemia capilar pelas Unidades de Saúde

Diagnóstico precoce das complicações

Realização / referência laboratorial para apoio ao diagnóstico de complicações Realização / referência ECG

1º atendimento de urgência 1º atendimento às complicações agudas e outras intercorrências Acompanhamento domiciliar

Encaminhamento de casos graves para outro nível de complexidade

Agendamento do atendimento

Controle da

Diabetes Mellitus

Medidas preventivas e de promoção da saúde

Ações educativas de controle das condições de risco (obesidade, vida sedentária); Ações educativas para prevenção de complicações (cuidado com os pés, orientação nutricional, cessação do tabagismo e alcoolismo; controle de PA e das dislipidemias); Ações educativas para auto-aplicação de insulina

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Controle da Diabetes Mellitus (BRASIL, 2002a) Cadernos de Atenção Básica-Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus-Protocolo (BRASIL, 2001c)

Entrevista Primário

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37

Busca ativa de casos Identificação de Sintomáticos Respiratórios (SR)

Diagnóstico clínico de casos

Exame clínico de SR e comunicantes

Cadastramento de portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Acesso a exames para diagnóstico e controle: laboratorial e radiológico

Realização / referência para baciloscopia Realização / referência para exame radiológico em SR com baciloscopias negativas (BK-)

Tratamento de casos BK+ (supervisionado) BK- (auto-administrado)

Tratamento supervisionado dos casos BK+ Tratamento auto-administrado dos casos BK- Fornecimento de medicamentos Atendimento às intercorrências Busca de faltosos

Controle da Tuberculose

Medidas preventivas Vacinação BCG Pesquisa de comunicantes Quimioprofilaxia Ações educativas

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Controle da Tuberculose (BRASIL, 2002a) Tuberculose - Guia de Vigilância Epidemiológica (BRASIL, 2002b)

Entrevista Primário

Busca ativa de casos Identificação de Sintomáticos Dermatológicos entre usuários

Diagnóstico clínico de casos

Exame clínico de Sintomáticos Dermatológicos e comunicantes de casos Classificação clínica dos casos (multibacilares e paucibacilares)

Controle da Hanseníase

Cadastramento de portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Eliminação da Hanseníase (BRASIL, 2002a) Guia para o Controle da Hanseníase – Cadernos de Atenção Básica Nº 10 (BRASIL, 2002c)

Entrevista Primário

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38

Tratamento supervisionado dos casos

Acompanhamento ambulatorial e domiciliar Avaliação dermato-neurológica Fornecimento de medicamentos Curativos Atendimento às intercorrências

Controle das incapacidades físicas

Avaliação e classificação das incapacidades físicas Aplicação de técnicas simples de prevenção e tratamento de incapacidades Atividades educativas

Medidas preventivas Pesquisa de comunicantes Divulgação de sinais e sintomas da hanseníase Prevenção das incapacidades físicas Atividades educativas

Prevenção dos problemas odontológicos, prioritariamente, na população de 0 a 14 anos e gestantes

Procedimentos coletivos: Levantamento epidemiológico Escovação supervisionada e evidenciação de placa Bochechos com flúor Educação em saúde bucal

Cadastramento de usuários Alimentação e análise dos sistemas de informação

Tratamento dos problemas odontológicos, prioritariamente, na população de 0 a 14 anos

Consulta e outros procedimentos odontológicos

Ações de Saúde Bucal

Atendimento a urgências odontológicas

Consulta agendada

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Ações de Saúde Bucal (BRASIL, 2002a) Instrumento de Monitoramento e Avaliação das Ações de Saúde Bucal pelas ESF (BRASIL, 2002d)

Entrevista Primário

Fonte: Adaptado de Frias, P.G. Análise de Implantação do Projeto de Redução da Mortalidade Infantil em dois Municípios de Pernambuco com Semelhantes Condições de Vida. Recife, 2001. Dissertação (mestrado) Centro de Ciências da Saúde da UFPE

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39

Quadro 4 Elenco de variáveis e indicadores utilizados

Áreas Estratégicas Variável Definição Indicador Cálculo dos Indicadores

Fonte Tipo de Dado

Áreas Estratégicas Mínimas da

Atenção Básica(AEM – AB)

Implantação das AEB - AB

Corresponde a integralidade das ações de saúde da criança, da mulher, controle da hipertensão arterial, da diabetes mellitus, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e ações de saúde bucal

Grau de Implantação por ESF por área estratégica Grau de Implantação por Conglomerado de ESF e área estratégica Grau de Implantação AEM-AB municipal

(Nº de respostas positivas por ESF e área estratégica) / Total de perguntas por área estratégica) x 100 (Nº respostas positivas do Conglomerado ESF e área estratégica ) / Total de perguntas por área estratégica x 36) x 100 (Nº respostas positivas das AEM-AB municipal) / Total de perguntas AEM-AB municipal) x100

Questionário para Avaliação do Grau de Implantação das AEM-AB

Primário

Óbito materno

Óbito feminino por causa materna

Coeficiente de mortalidade materna

(Nº de óbitos femininos por causas maternas- obstétricas diretas, indiretas e não especificadas / Nº de nascidos vivos) x 100.000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito de mulheres em idade fértil investigados

Óbitos de mulheres de 10 a 49 anos investigados

Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados

(Nº de óbitos de mulheres de 10 a 49 anos investigados / Nº de óbitos de mulheres 10 a 49 anos de idade) x 100

SIM SMS Camaragibe

Secundário

Mãe sem consulta de pré-natal

Mães sem consultas de pré-natal

Proporção de nascidos vivos de mães que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal

(Nº de nascidos vivos de mães que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal / Nº de nascidos vivos) x 100

Sinasc Secundário

Mãe com 4 - 6 consulta de pré-natal

Mães com 4 - 6 consultas de pré-natal

Proporção de nascidos vivos de mães com 4 -6 consultas de pré-natal

(Nº de nascidos vivos de mães com 4 -6 consultas de pré-natal / Nº de nascidos vivos) x 100

Sinasc Secundário

Saúde da Mulher

Mãe com 7 ou mais consultas de pré-natal

Mães com 7 ou mais consultas de pré-natal

Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal

(Nº de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal / Nº de nascidos vivos) x 100

Sinasc Secundário

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40

Pré-natal precoce Pré-natal com início no 1º trimestre

Proporção de gestantes com pré-natal iniciado no 1º trimestre

(Nº de gestantes com início de pré-natal no 1º trimestre / Nº de gestantes acompanhadas) x 100

Siab Secundário

Gestante acompanhada no pré-natal

Gestantes acompanhadas pelas ESF no pré-natal

Proporção de gestantes acompanhadas

(Nº de gestantes acompanhadas pelas ESF no pré-natal / Nº total de gestantes cadastradas) x 100

Siab Secundário

Caso de tétano neonatal

Casos confirmados de tétano neonatal em crianças menores de 1 ano

Nº absoluto de casos confirmados de tétano neonatal em crianças menores de 1 ano

Nº absoluto de casos confirmados de tétano neonatal em crianças menores de 1 ano

Sinan Secundário

Óbito por câncer de colo de útero

Óbito por câncer de colo de útero

Taxa de mortalidade por câncer de colo de útero

(Nº de óbitos por câncer de colo de útero / Nº total de mulheres) x 100.000

SIM IBGE

Secundário

Exame citopatológico cérvico-vaginal

Exame citopatológico cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos

Razão entre exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos e a população feminina nesta faixa etária

Nº de exames citopatológicos cervico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos / Total de mulheres de 25 a 59 anos

Siscolo IBGE

Secundário

Internação por parto e aborto na adolescência

Internação por parto e aborto na adolescência (10 a 19 anos)

Coeficiente de hospitalização por parto e aborto na adolescência (10 a 19 anos)

(Nº de internações de mulheres de 10 a 19 anos por aborto (curetagem) e parto / População feminina de 10 a 19 anos) x 100

SIH IBGE

Secundário

Natalidade Nascidos vivos por mil habitantes

Taxa bruta de natalidade (Nº de nascidos vivos / População total) x 1000 Sinasc IBGE

Secundário

Fecundidade Filhos nascidos vivos por mulher

Taxa de fecundidade total Nº de filhos nascidos vivos de mães residentes, de 15 a 49 anos de idade / População feminina na mesma faixa etária

Sinasc IBGE

Secundário

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41

Óbito infantil Óbito não fetal de menores de 1 ano

Coeficiente de Mortalidade Infantil

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito infantil por causas mal definidas

Óbito de crianças menores de 1 ano por causas mal definidas

Proporção de óbitos em crianças menores de 1 ano por causas mal definidas

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por causas mal definidas / Nº óbitos em crianças menores de 1 ano) x 100

SIM

Secundário

Aleitamento materno exclusivo

Aleitamento materno exclu-sivo em crianças menores de 4 meses de idade

Proporção de crianças menores de 4 meses de idade com aleitamento materno exclusivo

(Nº de crianças menores de 4 meses de idade com aleitamento materno exclusivo/ Nº de crianças menores de 4 meses de idade) x 100

Siab Secundário

Baixo peso ao nascer

Nascido vivo com peso inferior a 2500 gramas

Proporção de nascidos vivos com baixo peso

Nº de nascidos vivos com peso < 2500 gramas / Total de nascidos vivos x 100

Sinasc Secundário

Criança pesada Criança menor de 2 anos pesada

Proporção de crianças menores de 2 anos pesadas

(Nº de crianças menores de 2 anos pesadas / Nº de crianças menores de 2 anos) x 100

Siab Secundário

Criança desnutrida Criança menor de 2 anos desnutrida

Proporção de crianças menores de 2 anos desnutridas

(Nº de crianças menores de 2 anos desnutridas / Nº de crianças menores de 2 anos pesadas) x 100

Siab Secundário

Criança com vacinas em dia

Crianças menores de 1 ano de idade com vacinas em dia

Proporção de crianças menores de 1 ano de idade com as vacinas em dia

(Nº de crianças menores de 1 ano de idade com vacinas em dia / Nº de crianças menores de 1 ano de idade) x 100

Siab Secundário

Cobertura vacinal com vacina tetrava lente (DPT+Hib) no 1º ano de vida

Crianças menores de um ano de idade com esquema básico completo para DPT+Hib

Cobertura vacinal no 1º ano de vida com vacina tetravalente (DPT+Hib) em crianças menores de um ano

(Nº de crianças menores de um ano de idade com esquema básico completo para DPT + Hib / População da faixa etária de crianças menores de um ano de idade) x 100

SI /PNI-API IBGE

Secundário

Óbito por doenças imunopreveníveis

Óbito de menores de cinco anos por doenças imunopreveníveis

Mortalidade proporcional de menores de 5 anos de idade por doenças preveníveis

(Nº de óbitos de menores de 5 anos por doenças imunopreveníveis / Nº total de óbitos de menores de 5 anos) x 100

SIM Secundário

Doença imunoprevenível

Casos confirmados de doenças imunopreveníveis em crianças menores de cinco anos

Casos confirmados de doenças imunopreveníveis em menores de cinco anos

Nº absoluto de casos confirmados de doenças imunopreveníveis em menores de cinco anos

Sinan Secundário

Saúde da Criança

Óbito por Infecção Respiratória Aguda (IRA)

Óbitos de menores de 1 ano por IRA

Proporção de óbitos de menores de 1 ano de idade por IRA

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por IRA / Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano) x 100

Siab Secundário

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42

Óbito por Doença Diarréica (DD)

Óbitos de menores de 1 ano por DD

Proporção de óbitos de menores de 1 ano de idade por DD

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por DD / Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano) x 100

Siab Secundário

Internação por Infecções Respiratórias Agudas-IRA

Internações por Infecções Respiratórias Agudas-IRA em menores de 5 anos de idade

Taxa de internações por IRA em menores de 5 anos de idade

(Nº de internações por IRA em crianças menores 5 de anos / População de crianças menores 5 anos) x 1000

SIH

IBGE

Secundário

Internação por desidratação

Internações por desidratação menores de 5 anos de idade

Taxa de internações por desidratação em menores de 5 anos de idade

(Nº de internações por desidratação em crianças menores de 5 anos / População de crianças menores 5 anos) x 1000

SIH

IBGE

Secundário

Óbito infantil por algumas doenças infecciosas e parasitárias

Óbitos de crianças menores de 1 ano por algumas doenças infecciosas e parasitárias

Coeficiente de mortalidade infantil por algumas doenças infecciosas e parasitárias

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por algumas doenças infecciosas e parasitárias / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito infantil por doenças do aparelho respiratório

Óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças do aparelho respiratório

Coeficiente de mortalidade infantil por doenças do aparelho respiratório

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças do aparelho respiratório / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito infantil por doenças endócrinas nutricionais metabólicas

Óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças endócrinas nutricionais metabólicas

Coeficiente de mortalidade infantil por doenças endócrinas nutricionais metabólicas

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças endócrinas nutricionais metabólicas / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

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43

Caso de Hipertensão

Pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mm Hg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg

Prevalência de hipertensão em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de hipertensos cadastradas / população acima de 20 anos) x 100

Siab Secundário

Hipertenso acompanhado

Hipertensos acompanhados pelas ESF

Proporção de hipertensos acompanhados

(Nº de hipertensos acompanhados pelas ESF / Nº de hipertensos cadastrados) x100

Siab Secundário

Internação por acidente vascular cerebral (AVC)

Internação por acidente vascular cerebral (AVC) (AIH apresentada)

Taxa de internações por acidente vascular cerebral (AVC)

(Nº de Internações por acidente vascular cerebral (AVC) / População de 40 anos e mais) x 100.000

SIH IBGE

Secundário

Controle da Hipertensão

Arterial Sistêmica

Óbito por doença cérebro vascular

Óbito por doença cérebro vascular CID-10: I64, I65, I66, I67, I69

Taxa de mortalidade por doenças cérebro vasculares

(Nº de óbitos por doenças cérebro vasculares / População de 40 anos e mais) x 100.000

SIM IBGE

Secundário

Caso de Diabetes Mellitus

Glicemia de jejum acima de 126 mg/dl;Glicemia pós-prandial maior ou igual a 200 mg/dl; e glicemia ao acaso maior ou igual a 200 mg/dl com sintomas clássicos

Prevalência de diabetes mellitus em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de casos de diabetes mellitus / População acima 20 anos) x 100

Siab Secundário

Diabético acompanhado

Diabéticos acompanhados pelas ESF

Proporção de diabéticos acompanhados

(N º de diabéticos acompanhados pelas ESF / Nº de diabéticos cadastrados) x100

Siab Secundário

Internação por cetoacidose e coma diabético

Internação por cetoacidose e coma diabético

Proporção de internações por cetoacidose e coma diabético

(Nº de internações por cetoacidose ou coma diabético / Total de internação por diabetes mellitus) x 100

SIH Secundário

Internação por diabetes mellitus

Internação por diabetes mellitus (AIH apresentada)

Proporção de internação por diabetes mellitus

(Nº de internações por diabetes mellitus / Total de hospitalizações (exceto partos) x 100

SIH Secundário

Controle da Diabetes Mellitus

Óbito por diabetes mellitus

Óbito por diabetes mellitus Taxa de mortalidade por diabetes mellitus

(Nº de óbitos por diabetes mellitus / Nº total de óbitos) x 100.000

SIM Secundário

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44

Caso de tuberculose Casos de tuberculose na população (todas as formas)

Prevalência de tuberculose em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de pessoas com tuberculose cadastradas / Nº pessoas acima de 20 anos) x 100

Siab Secundário

Caso de tuberculose acompanhado

Casos de tuberculose acompanhado pelas ESF

Proporção de casos de tuberculose acompanhados

(Nº de pessoas acima de 20 anos com tuberculose acompanhadas pelas ESF / Nº pessoas com tuberculose cadastradas) x 100

Siab Secundário

Caso de tuberculose estimado

Casos de tuberculose estimados (todas as formas)

Nº absoluto de casos de tuberculose estimado (todas as formas)

Total de casos do ano anterior (todas as formas) x 1,10

Sinan Secundário

Caso de tuberculose detectado

Casos de tuberculose detectado (todas as formas)

Nº absoluto de casos de tuberculose diagnosticados (todas as formas)

70% dos casos de tuberculose estimados Sinan Secundário

Incidência de pulmonar bacilífera

Casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera

Taxa de incidência de tuberculose pulmonar bacilífera

(Nº de casos novos de tuberculose BK+ confirmados / População total) x 100.000

Sinan IBGE

Secundário

Cura de tratamento de tuberculose pulmonar BK +

Casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera curados

Percentual de casos de tuberculose pulmonar bacilífera curados

(Nº de casos novos de tuberculose BK+ curados / Total de casos novos diagnosticados de tuberculose BK +) x 100

Sinan Secundário

Abandono de tratamento de tuberculose pulmonar BK +

Casos novos de tuberculose encerrados por abandono

Percentual de abandono de tratamento de tuberculose

(Nº de casos novos de tuberculose encerrados por abandono / Total de casos novos de tuberculose BK + diagnosticados) x 100

Sinan Secundário

Controle da Tuberculose

Óbito por tuberculose

Óbitos por tuberculose CID-10: A15; A16; A17; A18 e A19

Taxa de mortalidade por tuberculose

(Nº de óbitos por tuberculose / População total) x 100.000

SIM IBGE

Secundário

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45

Caso de hanseníase Caso de hanseníase na população (todas as formas)

Prevalência de hanseníase em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de pessoas com hanseníase cadastradas / Nº de pessoas acima de 20 anos) x 100

Siab Secundário

Caso de hanseníase acompanhado

Casos de hanseníase acompanhados pelas ESF

Proporção de pessoas com hanseníase acompanhadas

(N º pessoas com hanseníase acompanhadas pelas ESF / Nº pessoas com hanseníase cadastradas) x 100

Siab Secundário

Detecção anual de caso de hanseníase

Casos novos de hanseníase notificados

Taxa de detecção da hanseníase (Nº de casos novos de hanseníase, todas as formas, confirmados em residentes / População total residente) x 10.000

Sinan IBGE

Secundário

Prevalência de hanseníase

Casos de hanseníase em registro ativo

Taxa de prevalência da hanseníase

(Nº de casos existentes residentes, em registro ativo, em 31/12 / População total residente) x 10.000

Sinan IBGE

Secundário

Abandono de tratamento de hanseníase

Casos ativos de hanseníase que abandonaram o tratamento ou em situação ignorada em 31/12 do ano de avaliação

Proporção de abandono de tratamento de hanseníase

(Nº de casos novos dignosticados nos anos das coortes que abandonaram o tratamento ou em situação ignorada em 31/12 do ano de avaliação / Total de casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes) x 100

Sinan Secundário

Cura de tratamento de hanseníase

Casos novos de hanseníase curados

Proporção de cura dos casos novos diagnosticados

(Nº de casos novos diagnosticados nos anos das coortes e curados até 31/12 / Total de casos novos diagnosticados nos anos das coortes) x 100

Sinan Secundário

Eliminação da

Hanseníase

Grau de incapacidade física avaliado

Pacientes com incapacidade física no momento do diagnóstico

Proporção de casos novos diagnosticados com grau de incapacidade física avaliado

(Nº de casos novos diagnosticados no ano com grua de incapacidade avaliado / Total de casos novos diagnosticados no ano) x 100

Sinan Secundário

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Primeira consulta odontológica

Primeira consulta odontológica código do SIA/SUS: 03.021.01-7

Cobertura de primeira consulta odontológica

(Nº total de primeiras consultas odontológicas / População total) x 100

SIA IBGE

Secundário

Procedimentos odontológicos coletivos

Procedimentos odontológicos coletivos código do SIA/SUS: 03.011.01-1

Razão entre os procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14 anos

Média anual de população coberta por procedimentos odontológicos coletivos / População de 0 a 14 anos de idade

SIA IBGE

Secundário Ações de Saúde Bucal

Exodontia Exodontias de dentes permanentes Código SIA/SUS: 03.041.02-6

Proporção de exodontias em relação às ações odontológicas básicas individuais

(Proporção de exodontias de dentes permanentes /Total de ações básicas individuais em odontologia) x 100

SIA Secundário

Fonte: Adaptado de Frias, P.G. Análise de Implantação do Projeto de Redução da Mortalidade Infantil em dois Municípios de Pernambuco com Semelhantes Condições de Vida. Recife,2001. Dissertação (mestrado) Centro de Ciências da Saúde da UFPE

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47

4.5 Instrumento para Avaliação do Grau de Implantação

O instrumento utilizado para a coleta dos dados primários foi um questionário

elaborado especificamente para o estudo, haja vista a inexistência de um modelo

previamente construído contemplando as responsabilidades e o elenco de atividades das

áreas estratégicas mínimas da atenção básica expressas no Anexo 1 da NOAS-SUS

01/02.

4.5.1 Construção do Instrumento para Avaliação do Grau de Implantação

4.5.1.1 Primeira Etapa: Pesquisa de instrumentos existentes, análise e

compatibilização com as responsabilidades e atividades da NOAS-SUS 01/02

Inicialmente, procedeu-se uma investigação exaustiva junto às áreas técnicas,

sobre os instrumentos de avaliação e normas existentes nas áreas de saúde da mulher, da

criança, de controle da hipertensão e da diabetes mellitus, de controle da tuberculose,

eliminação da hanseníase e ações de saúde bucal. Apenas as áreas de controle da

hipertensão e controle da diabetes não dispunham de instrumentos de avaliação. As

demais áreas possuíam uma matriz normativa de avaliação, destacando que nas áreas de

saúde da mulher e da criança esses instrumentos elaborados pelo Ministério da Saúde

eram utilizados desde 1995 (BRASIL, 1995). O passo seguinte foi a análise e

compatibilização desses instrumentos com as responsabilidades e atividades da atenção

básica descritas na NOAS-SUS 01/02.

A formulação das questões foi precedida de consulta às normas técnicas de cada

ação programática. Para a saúde da mulher e da criança, utilizou-se parcialmente o

Instrumento Gerencial da Saúde da Mulher e da Criança adaptado pelo Instituto

Materno Infantil de Pernambuco – IMIP (BRASIL, 1995), ajustados aos requerimentos

da NOAS-SUS 01/02. Ainda em relação à saúde da mulher utilizou-se Manual Técnico

de Assistência Pré-Natal (BRASIL, 2000a). As demais áreas foram subsidiadas pelas

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publicações do Ministério da Saúde: Cadernos de Atenção Básica - Hipertensão Arterial

Sistêmica e Diabetes Mellitus - Protocolo (BRASIL, 2001c); Tuberculose - Guia de

Vigilância Epidemiológica (BRASIL, 2002b); Guia para o Controle da Hanseníase -

Cadernos de Atenção Básica nº. 10 (BRASIL, 2002c); e instrumento do Ministério da

Saúde para Monitoramento da Implantação das Equipes de Saúde da Família - Roteiro

de Observações para Equipe de Saúde Bucal (BRASIL, 2002d), utilizado pela

Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco - Núcleo de Acompanhamento e

Avaliação das Ações de Saúde Bucal. Essa etapa culminou com a construção de um

questionário preliminar.

4.5.1.2 Segunda Etapa: Apreciação do questionário por especialistas

O questionário foi apreciado por especialistas de cada uma das áreas, a fim de

identificar, a partir de critérios implícitos, aspectos não abordados e validar as questões

consideradas.

4.5.1.3 Terceira Etapa: Realização do teste piloto

O teste piloto foi aplicado em quatro Equipes de Saúde da Família, da Secretaria

de Saúde do Recife, conveniadas com o IMIP, no período de 1 a 3 de março de 2004,

com o objetivo de validar o instrumento e auscultar as observações dos profissionais

com experiência e formação especializada que trabalham nas equipes de saúde da

família.

4.5.1.4 Quarta Etapa: Readequação do instrumento

Após o teste piloto, o questionário foi ajustado a partir das observações dos

profissionais entrevistados, todavia não houve necessidade de retornar aos especialistas

anteriormente consultados.

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49

4.5.2 O Instrumento Utilizado

O questionário foi composto por uma parte introdutória abordando questões

gerais; um núcleo central com perguntas específicas relativas à estrutura e aos processos

dos cuidados em saúde nas áreas estratégicas; e um bloco final, comum a todas as áreas,

denominado “questões complementares”. Ao todo foram 199 questões, sendo 14 para a

parte introdutória, 42 para as ações de saúde da mulher, 44 para as ações de saúde da

criança, 21 para o controle da hipertensão e 21 para o controle da diabetes mellitus. Para

o controle da tuberculose, a eliminação da hanseníase e as ações de saúde bucal, foram

elaboradas 22, 21 e 14 perguntas, respectivamente. Utilizou-se regras de decisão e

critérios para classificar as respostas positivas, que foram explicitados ao final de cada

pergunta (Anexo 1).

4.5.3 Validade de Conteúdo

Os procedimentos de consulta aos especialistas das áreas técnicas, bem como

aos médicos e enfermeiros das equipes de saúde da família, contribuíram para aumentar

a validade de conteúdo do questionário, haja vista que houve convergência das várias

fontes consultadas sobre o objeto de estudo.

4.6 Coleta de Dados

4.6.1 Referente ao Grau de Implantação das ESF

A coleta dos dados primários foi precedida de reunião com a Secretária de Saúde

de Camaragibe para esclarecimento dos objetivos da pesquisa, e apresentação, por

solicitação, da declaração de aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa em

Seres Humanos, do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Em seguida

houve reunião com a equipe central para planejamento do trabalho de campo. Na

primeira semana, as entrevistas foram agendadas pela equipe da Diretoria de Atenção à

Saúde que também acompanhou a pesquisadora até as Unidades de Saúde da Família.

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50

O trabalho de campo foi desenvolvido no período de 12 de abril a 03 de maio de

2004 mediante a aplicação do instrumento, utilizando-se a técnica de entrevista junto

aos profissionais das 36 equipes de saúde da família: médico, enfermeiro, e cirurgião-

dentista, onde havia equipes de saúde bucal. Foram entrevistados 20 médicos, 16

enfermeiros e quatro cirurgiões-dentistas das 36 equipes de saúde da família de

Camaragibe.

As entrevistas foram realizadas pela pesquisadora e uma enfermeira sanitarista

com domínio teórico e prático do instrumento. A preparação da colaboradora incluiu

leitura e discussão do questionário para familiarização e uniformização de conceitos,

seguida de exercício de observação de entrevista com preenchimento simultâneo do

questionário e confronto de respostas. Não obstante o questionário ser longo e a duração

das entrevistas oscilar entre uma hora e quinze minutos à uma hora e trinta minutos, a

receptividade das equipes mereceram destaque.

4.6.2 Referente aos Indicadores de Resultados

Os dados secundários referentes aos indicadores de saúde para cada área

estratégica foram organizados de forma desagregada, para os anos de 2001, 2002 e

2003, segundo as variáveis (numerador e denominador) que os constituem, a fim de

verificar a estabilidade dos dados no período. Buscou-se os dados dos vários bancos

nacionais: SIM, Sinasc, Sinan, SIA, SIH, Siab, Siscolo, além de dados demográficos do

IBGE referentes ao município (IBGE, 2003), com o objetivo de construir os indicadores

e também de verificar a coerência entre indicadores similares, porém construídos com

bases de dados distintas. O período utilizado para a obtenção dos dados foi dois meses e

considerou-se as características de encerramento dos bancos de dados. No estudo em

tela foram utilizados os indicadores referentes ao ano de 2003.

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51

4.7 Confiabilidade

4.7.1 Referente ao Grau de Implantação

Para testar a confiabilidade das respostas, após a conclusão dessa etapa, foram

sorteadas quatro equipes, aproximadamente 10% do total, para repetir a operação.

Todavia, para efeito do processamento dos dados, considerou-se a primeira resposta.

Essas entrevistas ocorreram nos dias 26 e 27 de maio de 2004 e os entrevistadores se

alternaram em relação às primeiras entrevistas. O consolidado das divergências entre a

1ª e a 2ª resposta dos questionários, em dois momentos distintos, das quatro equipes

sorteadas, a fim de verificar a consistência das respostas, revelou uma divergência

global de 4,8%.

No entanto ressalta-se que apesar de algumas atividades terem pequenas

alterações, em nenhuma das ações programáticas as mudanças possibilitaram a alteração

quanto à classificação do grau de implantação.

4.7.2 Referente aos Indicadores de Resultados

Em relação à confiabilidade dos indicadores de resultados, independente dos

sistemas de informações que os originaram, obedeceu a dois critérios, o primeiro foi a

construção de uma série histórica de três anos para identificar as flutuações grosseiras

dos dados, e o segundo, a sua validação a partir da apresentação dos resultados a

profissionais das áreas técnicas. Em algumas áreas observou-se divergência entre

indicadores correlatos.

Especificamente em relação ao coeficiente de mortalidade infantil, foi realizada

uma busca ativa de óbitos de menores de um ano não fetais relacionados no Sistema de

Informação sobre Mortalidade (SIM), no Sistema de Informação da Atenção Básica

(Siab), nas Equipes de Saúde da Família e por intermédio dos Agentes Comunitários de

Saúde. Para a verificação da procedência das informações fornecidas pelos profissionais

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de saúde consultados e sistemas de informação em saúde (SIM e Siab), procedeu-se à

investigação da totalidade dos casos listados.

As investigações foram realizadas nos domicílios e em todas as unidades de

saúde que prestaram assistência à criança durante o evento que levou ao óbito, e nos

casos de morte neonatal, naquelas unidades que realizaram a atenção à gestante. A

investigação domiciliar foi realizada por meio de entrevista semi-estruturada, com

instrumento proposto pelo Ministério da Saúde, ocasião em que se investigou a história

de adoecimento e morte da criança associada às informações quanto aos serviços

procurados durante o evento. As investigações nas Unidades de Saúde da Família,

Centros de Saúde, Hospitais e Maternidades utilizou instrumento específico para este

tipo de investigação, que contém questões para serem levantadas nos prontuários e

fichas de atendimento, proposto pelo Ministério da Saúde. As investigações foram

realizadas por enfermeira com Residência em Saúde da Família, previamente treinada.

A adoção destes procedimentos permitiu identificar que dos 46 óbitos de

menores de um ano notificados ao Siab e dos 31 notificados ao SIM apresentavam

problemas importantes quanto a erros de digitação (Siab), à transcrição dos documentos

(Siab), ao local de residência dos casos notificados (óbitos do município de São

Lourenço, Recife e Triunfo), a erros de classificação do tipo de óbito (fetal e não fetal) e

ao ano de ocorrência do evento (óbitos do ano anterior).

O número final, após o processamento dos dados, identificou 32 óbitos de

menores de um ano não fetais ocorridos em 2003. Apesar do número ser muito próximo

ao encontrado no SIM, os casos não foram, necessariamente, os mesmos. Se o

coeficiente de mortalidade infantil mudou pouco, a mortalidade por componentes e

causas não teve o mesmo comportamento. Estes procedimentos objetivaram garantir

maior confiabilidade aos dados e maior potência explicativa ao estudo.

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Em relação à mortalidade materna, considerando que a Secretaria Municipal de

Saúde procedeu a investigação de todos os óbitos de mulheres em idade fértil, não se

adotou procedimentos de verificação da confiabilidade face ao processo

institucionalizado no município.

4.8 Processamento dos Dados

Os questionários foram codificados e duplamente digitados em bancos de dados

construídos utilizando-se o programa Epi-Info versão 6.04d (Dean et al, 1994), em

seguida validados com aplicação do teste de validade e subseqüente correção dos erros,

finalizando em um único banco. Os relatórios foram emitidos em listagem por equipe e

tabelas de distribuição de freqüências simples.

4.9 Plano de Análise

A análise dos resultados foi desagregada, por área estratégica, responsabilidade,

e atividade, mediante as respostas e percentuais de positividade, pelo conglomerado das

equipes e por cada equipe em particular, a partir de que foi construído o grau de

implantação.

A análise dos dados seguiu a seqüência estabelecida nos objetivos específicos:

1. Percentual de respostas positivas pelo conglomerado de equipes de saúde da família

em relação às atividades de cada área estratégica;

2. Percentual de respostas positivas por equipe de saúde da família, para todas as

atividades e áreas estratégicas;

3. Construção do Grau de Implantação para cada área estratégica, por equipe de saúde

da família, conglomerado de equipes e conjunto de todas as áreas estratégicas

mínimas da atenção básica no município;

4. Avaliação dos indicadores de resultados intermediários e finalísticos relacionados às

áreas estratégicas mínimas da atenção básica;

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5. Relação entre o grau de implantação das áreas estratégicas mínimas da atenção

básica e os indicadores de resultados encontrados para o ano de 2003.

4.10 Critérios utilizados para a definição do grau de implantação

Para construir o grau de implantação das equipes de saúde da família por área

estratégica, tomou-se como base o número de respostas positivas de cada ESF e área

estratégica em relação ao total de perguntas da área. Para o conglomerado de equipes

seguiu-se a mesma lógica, número de respostas positivas de todas as equipes em relação

ao número total de perguntas das 36 equipes; e, para a o conjunto de todas AEM-AB em

escala municipal, o total de respostas positivas de todas as equipes e áreas estratégicas

em relação ao total de perguntas de todas as equipes e áreas.

As expressões matemáticas dessa formulação estão explicitadas abaixo:

GI por ESF por área estratégica =

Nº. de respostas positivas por ESF e área estratégica x 100

Total de perguntas por área estratégica

GI por Conglomerado de ESF e área estratégica =

Nº. respostas positivas do Conglomerado ESF e área estratégica x 100

Total de perguntas por área estratégica x 36

GI AEM-AB municipal =

Nº. respostas positivas das AEM-AB municipal x 100

Total de perguntas AEM-AB municipal

Onde:

GI - Grau de Implantação

Áreas estratégicas - saúde da mulher, saúde da criança, controle da hipertensão,

controle da diabetes mellitus, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase, de

saúde bucal

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Conglomerado ESF – 36 Equipes de Saúde da Família

AEM-AB municipal – conjunto de todas as áreas estratégicas

Algumas particularidades foram consideradas para a construção do grau de implantação

do controle da tuberculose e de saúde bucal, exigindo uma relativização para efeito de

cálculo.

No controle da tuberculose, em três equipes que nunca tiveram casos, 30

perguntas relativas a tratamento foram excluídas do cálculo.

Em relação à saúde bucal considerou-se as respostas positivas tanto para as ESF que

tinham as equipes de saúde bucal como para as ESF assistidas por essas equipes.

O Quadro 5 descreve o número de questões formuladas para cada área

estratégica por ESF e conglomerado de ESF.

Quadro 5

Distribuição do número de questões por Área Estratégica, ESF e Conglomerado de ESF Nº. de questões Área Estratégica Por ESF No Conglomerado de ESF

Saúde da Mulher 42 1512 Saúde da Criança 44 1584 Controle de Hipertensão 21 756 Controle da Diabetes Mellitus 21 756 Controle da Tuberculose 22 762 Eliminação da Hanseníase 21 756 Saúde Bucal 14 504 Total AEM-AB 185 6.630

A classificação do Grau de Implantação adotou os seguintes pontos de corte:

Entre 80 e 100% de respostas positivas por área estratégica: Implantado,

representado pela cor verde;

Entre 60% ├ 80% de respostas positivas por área estratégica: Parcialmente

Implantado, representado pela cor amarela;

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56

Abaixo de 60% de respostas positivas por área estratégica: Não Implantado,

representado pela cor vermelha.

4.11 Considerações Metodológicas

Considerando que os indicadores de saúde selecionados se referem ao ano de

2003 e a coleta dos dados primários para avaliação do grau de implantação das ações

estratégicas mínimas da atenção básica foi realizada em abril de 2004, observa-se uma

defasagem de 4 meses entre a coleta dos dados e o ano base. Contudo esse aspecto foi

relativizado porquanto não houve alteração do número de equipes de saúde da família,

mudanças na equipe gerencial, nem investimentos expressivos que pudessem alterar a

dinâmica do processo de trabalho e influenciar os resultados. Em suma, avaliou-se que o

campo de estudo no momento da coleta dos dados era semelhante ao final do ano

anterior.

4.12 Aspectos Éticos

Este Projeto de Pesquisa foi aprovado em 15 de setembro de 2003 pelo Comitê

de Ética e Pesquisa em Seres Humanos, do Instituto Materno Infantil de Pernambuco

(IMIP), em cumprimento à resolução nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

Acompanhou o projeto um termo de compromisso assinado pelo pesquisador

responsável, em que se comprometeu a utilizar os materiais e dados coletados

exclusivamente para os fins previstos no protocolo e outro termo de compromisso

assinado pela Secretaria Saúde de Camaragibe, autorizando a execução da pesquisa.

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Quadro 3 Variáveis para o Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica, segundo documentos utilizados para a elaboração do instrumento, técnicas de coleta e tipo de dado

Áreas Estratégicas Mínimas da Atenção Básica Componentes Responsabilidades Atividades

Documentos utilizados para elaboração do instrumento

Técnicas de Coleta

Tipo do Dado

Pré-Natal

Diagnóstico da gravidez Cadastramento gestante 1º trimestre Classificação risco gestacional 1ª consulta Suplementação alimentar gestante baixo peso Acompanhamento pré-natal baixo risco Vacinação antitetânica Avaliação puerpério Realização/ referência exame laboratorial de rotina Alimentação e análise de sistema de informação Atividades educativas de promoção da saúde

Prevenção de Câncer Cérvico –Uterino

Rastreamento de câncer de colo de útero – Coleta de material para exame de citopatologia Realização/referência exame citopatológico Alimentação dos sistemas de informação

Saúde da

Mulher

Planejamento Familiar

Consulta médica e de enfermagem Fornecimento de medicamentos e de métodos anticoncepcionais Realização/ referência para ex. laboratoriais

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Ações de Saúde da Mulher (BRASIL, 2002a) Instrumento Gerencial da Saúde da Mulher adotado pelo Ministério da Saúde (adaptado pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (BRASIL, 1995) Assistência pré-natal: Manual Técnico (BRASIL, 2000a)

Entrevista Primário

Saúde da Criança

Vigilância Nutricional

Acompanhamento do CD Promoção do Aleitamento Materno Realização/referência exames laboratoriais Combate às carências nutricionais Implantação e Alimentação regular do SISVAN

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Ações de Saúde da Criança (BRASIL, 2002a) Instrumento Gerencial da Saúde da Criança adotado pelo Ministério da Saúde (adaptado pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (BRASIL, 1995)

Entrevista Primário

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Imunização

Realização Esquema Vacinal Básico de Rotina Busca de faltosos Realização de Campanhas e intensificações Alimentação e acompanhamento dos sistemas de informação

Assistência às doenças prevalentes na infância

Assistência às IRA em < 5 anos Assistência às DD em < 5 anos Assistência outras doenças prevalentes Atividades Educativas de promoção da saúde e prevenção de doenças Garantia de acesso a referencia hospitalar e ambulatorial especializadas Realização / referência exames especializados

Diagnóstico de casos Diagnóstico Clínico

Cadastramento dos portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Busca ativa de casos Medição de PA de usuários Visita domiciliar

Controle da Hipertensão

Tratamento dos casos Acompanhamento ambulatorial e domiciliar Fornecimento de medicamentos Acompanhamento domiciliar de pacientes com seqüelas de AVC e outras complicações

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Controle da Hipertensão (BRASIL, 2002a) Cadernos de Atenção Básica-Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus – Protocolo (BRASIL, 2001c)

Entrevista Primário

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Diagnóstico precoce das complicações

Realização / referência exames laboratoriais complementares Realização / referência ECG Realização / referência RX tórax

1ª Atendimento de urgência

1º atendimento crises hipertensivas e outras complicações Acompanhamento domiciliar Fornecimento de medicamentos

Medidas preventivas Ações educativas controle condições de risco (obesidade, vida sedentária, tabagismo) e prevenção de complicações

Diagnóstico de casos Investigação em usuários com fatores de risco

Cadastramento dos portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Busca ativa de casos Visita domiciliar

Tratamento dos casos Acompanhamento ambulatorial e domiciliar Educação terapêutica em diabetes Fornecimento de medicamentos Curativos

Controle da

Diabetes Mellitus

Monitorização dos níveis de glicose

Realização de glicemia capilar pelas Unidades de Saúde

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Controle da Diabetes Mellitus (BRASIL, 2002a) Cadernos de Atenção Básica-Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus-Protocolo (BRASIL, 2001c)

Entrevista Primário

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Diagnóstico precoce das complicações

Realização / referência laboratorial para apoio ao diagnóstico de complicações Realização / referência ECG

1º atendimento de urgência 1º atendimento às complicações agudas e outras intercorrências Acompanhamento domiciliar

Encaminhamento de casos graves para outro nível de complexidade

Agendamento do atendimento

Medidas preventivas e de promoção da saúde

Ações educativas controle de condições de risco (obesidade, vida sedentária); Ações educativas para prevenção de complicações (cuidado com os pés, orientação nutricional, cessação do tabagismo e alcoolismo; controle de PA e das dislipidemias); Ações educativas para auto-aplicação de insulina

Busca ativa de casos Identificação de Sintomáticos Respiratórios

Diagnóstico clínico de casos

Exame clínico de SR e comunicantes

Cadastramento de portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Controle da Tuberculose

Acesso a exames para diagnóstico e controle: laboratorial e radiológico

Realização / referência para baciloscopia Realização / referência para exame radiológico em SR com baciloscopias negativas (BK-)

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Controle da Tuberculose (BRASIL, 2002a) Tuberculose - Guia de Vigilância Epidemiológica (BRASIL, 2002b)

Entrevista Primário

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40

Tratamento de casos BK+ (supervisionado) BK- (auto-administrado)

Tratamento supervisionado dos casos BK+ Tratamento auto-administrado dos caos BK- Fornecimento de medicamentos Atendimento às intercorrências Busca de faltosos

Medidas preventivas Vacinação BCG Pesquisa de comunicantes Quimioprofilaxia Ações educativas

Busca ativa de casos Identificação de Sintomáticos Dermatológicos entre usuários

Diagnóstico clínico de casos

Exame clínico de Sintomáticos Dermatológicos e comunicantes de casos Classificação clínica dos casos (multibacilares e paucibacilares)

Controle da Hanseníase

Cadastramento de portadores

Alimentação e análise dos sistemas de informação

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Eliminação da Hanseníase (BRASIL, 2002a) Guia para o Controle da Hanseníase – Cadernos de Atenção Básica Nº 10 (BRASIL, 2002c)

Entrevista Primário

Tratamento supervisionado dos casos

Acompanhamento ambulatorial e domiciliar Avaliação dermato-neurológica Fornecimento de medicamentos Curativos Atendimento às intercorrências

Controle das incapacidades físicas

Avaliação e classificação das incapacidades físicas Aplicação de técnicas simples de prevenção e tratamento de incapacidades Atividades educativas

Medidas preventivas Pesquisa de comunicantes Divulgação de sinais e sintomas da hanseníase Prevenção das incapacidades físicas Atividades educativas

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Prevenção dos problemas odontológicos, prioritariamente, na população de 0 a 14 anos e gestantes

Procedimentos coletivos: Levantamento epidemiológico Escovação supervisionada e evidenciação de placa Bochechos com flúor Educação em saúde bucal

Cadastramento de usuários Alimentação e análise dos sistemas de informação

Tratamento dos problemas odontológicos, prioritariamente, na população de 0 a 14 anos

Consulta e outros procedimentos odontológicos

Ações de Saúde Bucal

Atendimento a urgências odontológicas

Consulta agendada

Anexo 1 da NOAS 01/02 – Ações de Saúde Bucal (BRASIL, 2002a) Instrumento de Monitoramento e Avaliação das Ações de Saúde Bucal pelas ESF (BRASIL, 2002d)

Entrevista Primário

Fonte: Adaptado de Frias, P.G. Análise de Implantação do Projeto de Redução da Mortalidade Infantil em dois Municípios de Pernambuco com Semelhantes Condições de Vida. Recife, 2001. Dissertação (mestrado) Centro de Ciências da Saúde da UFPE

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Quadro 4 Elenco de variáveis e indicadores utilizados

Áreas Estratégi

cas

Variável Definição Indicador Cálculo dos Indicadores Fonte Tipo de Dado

Áreas Estratégi

cas Mínimas

da Atenção Básica

(AEM – AB)

Implantação das AEB - AB

Corresponde a integralidade das ações de saúde da criança, da mulher, controle da hipertensão arterial, da diabetes mellitus, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e ações de saúde bucal

Grau de Implantação por ESF por área estratégica Grau de Implantação por Conglomerado de ESF e área estratégica Grau de Implantação AEM-AB municipal

(Nº de respostas positivas por ESF e área estratégica) / Total de perguntas por área estratégica) x 100 (Nº respostas positivas do Conglomerado ESF área estratégica ) / Total de perguntas por área estratégica x 36) x 100 (Nº respostas positivas das AEM-AB municipal) / Total de perguntas AEM-AB municipal) x100

Questionário para Avaliação do Grau de Implantação das AEM-AB

Primário

Óbito materno

Óbito feminino por causa materna

Coeficiente de mortalidade materna

(Nº de óbitos femininos por causas maternas- obstétricas diretas, indiretas e não especificadas / Nº de nascidos vivos) x 100.000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito de mulheres em idade fértil investigados

Óbito de mulheres de 10 a 49 anos investigados

Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados

(Nº de óbitos de mulheres de 10 a 49 anos investigados / Nº de óbitos de mulheres 10 a 49 anos de idade) x 100

SIM SMS Camara gibe

Secundário

Mãe sem consulta de pré-natal

Mães sem consultas de pré-natal

Proporção de nascidos vivos de mães que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal

(Nº de nascidos vivos de mães que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal / Nº de nascidos vivos) x 100

Sinasc Secundário

Mãe com 4 - 6 consulta de pré-natal

Mães com 4 - 6 consultas de pré-natal

Proporção de nascidos vivos de mães com 4 -6 consultas de pré-natal

(Nº de nascidos vivos de mães com 4 -6 consultas de pré-natal / Nº de nascidos vivos) x 100

Sinasc Secundário

Mãe com 7 ou mais consultas de pré-natal

Mães com 7 ou mais consultas de pré-natal

Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal

(Nº de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal / Nº de nascidos vivos) x 100

Sinasc Secundário

Saúde da Mulher

Pré-natal precoce

Pré-natal com início no 1º trimestre

Proporção de gestantes com pré-natal iniciado no

(Nº de gestantes com início de pré-natal no 1º trimestre / Nº de gestantes acompanhadas) x 100

Siab Secundário

21

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1º trimestre Gestante acompanhada no pré-natal

Gestantes acompanhadas pelas ESF no pré-natal

Proporção de gestantes acompanhadas

(Nº de gestantes acompanhadas pelas ESF no pré-natal/ total de gestantes cadastradas) x 100

Siab Secundário

Caso de tétano neonatal

Casos confirmados de tétano neonatal em crianças menores de 1 ano

Nº absoluto de casos confirmados de tétano neonatal em crianças menores de 1 ano

Nº absoluto de casos confirmados de tétano neonatal em crianças menores de 1 ano

Sinan Secundário

Óbito por câncer de colo de útero

Óbito por câncer de colo de útero

Taxa de mortalidade por câncer de colo de útero

(Nº de óbitos por câncer de colo de útero / Nº total de mulheres) x 100.000

SIM IBGE

Secundário

Exame citológico cérvico-vaginal

Exame citológico cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos

Razão entre exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos e a população feminina nesta faixa etária

Nº de exames citopatológicos cervico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos / Total de mulheres de 25 a 59 anos

Siscolo IBGE

Secundário

Internação por parto e aborto na adolescência

Internação por parto e aborto na adolescência (10 a 19 anos)

Coeficiente de hospitalização por parto e aborto na adolescência (10 a 19 anos)

(Nº de internações de mulheres de 10 a 19 anos por aborto (curetagem) e parto / População feminina de 10 a 19 anos) x 100

SIH IBGE

Secundário

Natalidade Nascido vivo por mil habitantes

Taxa bruta de natalidade (Nº de nascidos vivos / População total) x 1000 Sinasc IBGE

Secundário

Fecundidade Filho nascido vivos por mulher

Taxa de fecundidade total Nº de filhos nascidos vivos de mães residentes, de 15 a 49 anos de idade / População feminina na mesma faixa etária

Sinasc IBGE

Secundário

Óbito infantil Óbito não fetal de menores de 1 ano

Coeficiente de Mortalidade Infantil

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito infantil por causas mal definidas

Óbito de crianças menores de 1 ano por causas mal definidas

Proporção de óbitos em crianças menores de 1 ano por causas mal definidas

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por causas mal definidas / Nº óbitos em crianças menores de 1 ano) x 100

SIM

Secundário

Aleitamento materno exclusivo

Aleitamento materno exclusivo em crianças menores de 4 meses de idade

Proporção de crianças menores de 4 meses de idade com aleitamento materno exclusivo

(Nº de crianças menores de 4 meses de idade com aleitamento materno exclusivo/ Nº de crianças menores de 4 meses de idade) x 100

Siab Secundário

Saúde da Criança

Baixo peso Nascido vivo com peso Proporção de nascidos Nº de nascidos vivos com peso < 2500 gramas / Sinasc Secundário

22

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ao nascer inferior a 2500 gramas vivos com baixo peso Total de nascidos vivos x 100 Criança pesada

Criança menor de 2 anos pesada

Proporção de crianças menores de 2 anos pesadas

(Nº de crianças menores de 2 anos pesadas / Nº de crianças menores de 2 anos) x 100

Siab Secundário

Criança desnutrida

Criança menor de 2 anos desnutrida

Proporção de crianças menores de 2 anos desnutrida

(Nº de crianças menores de 2 anos desnutrida / Nº de crianças menores de 2 anos pesadas) x 100

Siab Secundário

Criança com vacinas em dia

Crianças menores de 1 ano de idade com vacinas em dia

Proporção de crianças menores de 1 ano de idade com as vacinas em dia

(Nº de crianças menores de 1 ano de idade com vacinas em dia / Nº de crianças menores de 1 ano de idade) x 100

Siab Secundário

Cobertura vacinal com vacina tetravalente (DPT+Hib) no 1º ano de vida

Crianças menores de um ano de idade com esquema básico completo para DPT + Hib

Cobertura vacinal no 1º ano de vida com vacina tetravalente (DPT+Hib) em crianças menores de um ano

(Nº de crianças menores de um ano de idade com esquema básico completo para DPT + Hib / População da faixa etária de de crianças menores de um ano de idade) x 100

SI /PNI-API IBGE

Secundário

Óbito por doenças imunopreveníveis

Óbito de menores de cinco anos por doenças imunopreveníveis

Mortalidade proporcional de menores de 5 anos de idade por doenças preveníveis

(Nº de óbitos de menores de 5 anos por doenças imunopreveníveis / Nº total de óbitos de menores de 5 anos) x 100

SIM Secundário

Doença imunoprevenível

Casos confirmados de doenças imunopreveníveis em crianças menores de cinco anos

Casos confirmados de doenças imunopreveníveis em menores de cinco anos

Nº absoluto de casos confirmados de doenças imunopreveníveis em menores de cinco anos

Sinan Secundário

Óbito por Infecção Respiratória Aguda (IRA)

Óbitos de menores de 1 ano por IRA

Proporção de óbitos de menores de 1 ano de idade por IRA

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por IRA / Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano) x 100

Siab Secundário

Óbito por Doença Diarréica (DD)

Óbitos de menores de 1 ano por DD

Proporção de óbitos de menores de 1 ano de idade por DD

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por diarréia / Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano) x 100

Siab Secundário

Internação por Infecções

Internações por Infecções Respiratórias Agudas-IRA

Taxa de internações por IRA em menores de 5 anos

(Nº de internações por IRA em crianças menores 5 de anos / População de crianças menores 5

SIH IBGE

Secundário

23

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Respiratórias Agudas-IRA

em menores de 5 anos de idade

de idade anos) x 1000

Internação por desidratação

Internações por desidratação menores de 5 anos de idade

Taxa de internações por desidratação em menores de 5 anos de idade

(Nº de internações por desidratação em crianças menores de 5 anos / População de crianças menores 5 anos) x 1000

SIH IBGE

Secundário

Óbito infantil por algumas doenças infecciosas e parasitárias

Óbitos de crianças menores de 1 ano por algumas doenças infecciosas e parasitárias

Coeficiente de mortalidade infantil por algumas doenças infecciosas e parasitárias

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por algumas doenças infecciosas e parasitárias / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito infantil por doenças do aparelho respiratório

Óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças do aparelho respiratório

Coeficiente de mortalidade infantil por doenças do aparelho respiratório

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças do aparelho respiratório / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Óbito infantil por doenças endócrinas nutricionais metabólicas

Óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças endócrinas nutricionais metabólicas

Coeficiente de mortalidade infantil por doenças endócrinas nutricionais metabólicas

(Nº de óbitos de crianças menores de 1 ano por doenças endócrinas nutricionais metabólicas / Nº de nascidos vivos) x 1000

SIM Sinasc

Secundário

Caso de Hipertensão

Pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mm Hg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg

Prevalência de hipertensão em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de hipertensos cadastradas / população acima de 20 anos) x 100

Siab Secundário

Hipertenso acompanha do

Hipertenso acompanhado pelas ESF

Proporção de hipertensos acompanhados

(Nº de hipertensos acompanhados pelas ESF / Nº de hipertensos cadastrados) x100

Siab Secundário Controle da

Hiperten são Internação

por acidente vascular cerebral (AVC)

Internação por Acidente Vascular Cerebral (AVC) (AIH apresentada)

Taxa de internações por acidente vascular cerebral (AVC)

(Nº de Internações por acidente vascular cerebral (AVC) / População de 40 anos e mais) x 100.000

SIH IBGE

Secundário

24

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Óbito por

doença cérebro vascular

Óbito por Doenças Cérebro Vasculares CID-10: I64, I65, I66, I67, I69

Taxa de mortalidade por doenças cérebro vasculares

(Nº de óbitos por doenças cérebro vasculares / População de 40 anos e mais) x 100.000

SIM IBGE

Secundário

Caso de Diabetes Mellitus

Glicemia de jejum acima de 126 mg/dl; Glicemia pós-prandial maior ou igual a 200 mg/dl; e glicemia ao acaso maior ou igual a 200 mg/dl com sintomas clássicos

Prevalência de diabetes mellitus em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de casos de diabetes mellitus / População acima 20 anos) x 100

Siab Secundário

Diabético acompanhado

Diabético acompanhado pelas ESF

Proporção de diabéticos acompanhados

(N º de diabéticos acompanhados pelas ESF / Nº de diabéticos cadastrados) x100

Siab Secundário

Internação por cetoacidose e coma diabético

Internação por cetoacidose e coma diabético

Proporção de internações por cetoacidose e coma diabético

(Nº de internações por cetoacidose ou coma diabético / Total de internação por diabetes mellitus) x 100

SIH Secundário

Internação por diabetes mellitus

Internação por diabetes mellitus (AIH apresentada)

Proporção de internação por diabetes mellitus

(Nº de internações por diabetes mellitus / Total de hospitalizações (exceto partos) x 100

SIH Secundário

Controle da

Diabetes Mellitus

Óbito por diabetes mellitus

Óbito por diabetes mellitus

Taxa de mortalidade por diabetes mellitus

(Nº de óbitos por diabetes mellitus / Nº total de óbitos) x 100.000

SIM Secundário

Caso de tuberculose

Ocorrência de caso de tuberculose na população (todas as formas)

Prevalência de tuberculose em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de pessoas com tuberculose cadastradas / Nº pessoas acima de 20 anos) x 100

Siab Secundário

Caso de tuberculose acompanhado

Caso de tuberculose acompanhado pelas ESF

Proporção de casos de tuberculose acompanhados

(Nº de pessoas acima de 20 anos com tuberculose acompanhadas pelas ESF / Nº pessoas com tuberculose cadastradas) x 100

Siab Secundário Controle da

Tubercu lose Caso de

tuberculose estimado

Caso de tuberculose estimado (todas as formas)

Nº absoluto de casos de tuberculose estimado (todas as formas)

Total de casos do ano anterior (todas as formas) x 1,10

Sinan Secundário

25

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Caso de tuberculose detectado

Caso de tuberculose detectado (todas as formas)

Nº absoluto de casos de tuberculose diagnosticados(todas as formas)

70% dos casos de tuberculose estimados Sinan Secundário

Incidência de pulmonar bacilífera

Caso novo de tuberculose pulmonar tuberculose bacilífera

Taxa de incidência de tuberculose pulmonar bacilífera

(Nº de casos novos de tuberculose BK+ confirmados / População total) x 100.000

Sinan IBGE

Secundário

Cura de tratamento de tuberculose pulmonar BK +

Caso novo de curados de tuberculose pulmonar bacilífera curado

Percentual de casos de tuberculose pulmonar bacilífera curados

(Nº de casos novos de tuberculose BK+ curados / Total de casos novos diagnosticados de tuberculose BK +) x 100

Sinan Secundário

Abandono de tratamento de tuberculose pulmonar BK +

Casos novos de tuberculose encerrados por abandono

Percentual de abandono de tratamento de tuberculose

(Nº de casos novos de tuberculose encerrados por abandono / Total de casos novos de tuberculose BK + diagnosticados) x 100

Sinan Secundário

Óbito por tuberculose

Óbitos por tuberculose CID-10: A15; A16; A17; A18 e A19

Taxa de mortalidade por tuberculose

(Nº de óbitos por tuberculose / População total) x 100.000

SIM IBGE

Secundário

Caso de hanseníase

Ocorrência de caso de hanseníase na população (todas as formas)

Prevalência de hanseníase em pessoas com mais de 20 anos

(Nº de pessoas com hanseníase cadastradas / Nº de pessoas acima de 20 anos) x 100

Siab Secundário

Caso de hanseníase acompanhado

Caso de hanseníase acompanhado pelas ESF

Proporção de pessoas com hanseníase acompanhadas

(N º pessoas com hanseníase acompanhadas pelas ESF / Nº pessoas com hanseníase cadastradas) x 100

Siab Secundário

Detecção anual de caso de hanseníase

Caso novo de hanseníase notificado

Taxa de detecção da hanseníase

(Nº de casos novos de hanseníase, todas as formas, confirmados em residentes / População total residente) x 10.000

Sinan IBGE

Secundário Elimina ção da

Hansení ase

Prevalência de hanseníase

Caso de hanseníase em registro ativo

Taxa de prevalência da hanseníase

(Nº de casos existentes residentes, em registro ativo, em 31/12 / População total residente) x 10.000

Sinan IBGE

Secundário

26

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Abandono de tratamento de hanseníase

Caso ativo de hanseníase que abandonou o tratamento ou está em situação ignorada em 31/12 do ano de avaliação

Proporção de abandono de tratamento de hanseníase

(Nº de casos novos dignosticados nos anos das coortes que abandonaram o tratamento ou estão em situação ignorada em 31/12 do ano de avaliação / Total de casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes) x 100

Sinan Secundário

Cura de tratamento de hanseníase

Caso novo de hanseníase curado

Proporção de cura dos casos novos dignosticados

(Nº de casos novos diagnosticados nos anos das coortes e curados até 31/12 / Total de casos novos diagnosticados nos anos das coortes) x 100

Sinan Secundário

Grau de incapacidade física avaliado

Paciente com incapacidade física no momento do diagnóstico

Proporção de casos novos diagnosticados com grau de incapacidade física avaliado

(Nº de casos novos diagnosticados no ano com grua de incapacidade avaliado / Total de casos novos diagnosticados no ano) x 100

Sinan Secundário

Primeira consulta odontológica

Primeira consulta odontológica código do SIA/SUS: 03.021.01-7

Cobertura de primeira consulta odontológica

(Nº total de primeiras consultas odontológicas / População total) x 100

SIA IBGE

Secundário

Procedimen to odontológi cos coletivo

Procedimentos odontológicos coletivos código do SIA/SUS: 03.011.01-1

Razão entre os procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14 anos

Média anual de população coberta por procedimentos odontológicos coletivos / População de 0 a 14 anos de idade

SIA IBGE

Secundário Ações de

Saúde Bucal

Exodontia Exodontias de dentes permanentes Código SIA/SUS: 03.041.02-6

Proporção de exodontias em relação às ações odontológicas básicas individuais

(Proporção de exodontias de dentes permanentes /Total de ações básicas individuais em odontologia) x 100

SIA Secundário

Fonte: Adaptado de Frias, P.G. Análise de Implantação do Projeto de Redução da Mortalidade Infantil em dois Municípios de Pernambuco com Semelhantes Condições de Vida. Recife,2001. Dissertação (mestrado) Centro de Ciências da Saúde da UFPE

27

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INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO P ROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MATERNO-INFANTIL

AVALIAÇÃO DO GANHO PONDERAL EXCESSIVO EM GESTANTES ATENDIDAS NO PRÉ-NATAL DO

CAM / IMIP, RECIFE -PE

LUCIANA MARQUES ANDRETO

RECIFE

INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO MESTRADO EM SAÚDE MATERNO-INFANTIL

Recife 2004

Luciana Marques Andreto

Avaliação do ganho ponderal excessivo em gestantes atendidas em um serviço público de pré-natal

Recife -PE

A viúva, 1997. Óleo sobre tela de Botero (203 x 169)

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LUCIANA MARQUES ANDRETO

AVALIAÇÃO DO GANHO PONDERAL EXCESSIVO

EM GESTANTES ATENDIDAS EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE PRÉ-NATAL, RECIFE -PE

Linha de pesquisa:

Diagnóstico e tratamento dos distúrbios nutricionais na gestação.

Orientadora: Ariani Impieri de Souza

Co-orientador: José Natal Figueiroa

Dissertação apresentada ao Mestrado em

Saúde Materno Infantil do Instituto

Materno Infantil de Pernambuco, como

requisito parcial à obtenção do grau de

Mestre.

RECIFE

2004

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F i ch a ca ta l o gr á f i ca

Preparada pela Biblioteca do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP, Ana Bove

Andreto, Luciana Marques Avaliação do ganho ponderal excessivo em gestantes atendidas no serviço

público de pré-natal, Recife, PE. / Luciana Marques Andreto. -- Recife: O autor, 2004.

52 p. il. (figura, tabelas e quadro)

Dissertação (mestrado) -- Colegiado do Curso de Mestrado em Saúde Materno Infantil do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP.

Área de concentração: Saúde da mulher Orientadora: Ariani Impieri de Souza Co-orientador: José Natal Figueiroa

DESCRITORES: 1. Avaliação nutricional 2. Estado nutricional 3. Nutrição materna 4. Ganho de peso 5. Cuidado pré-natal I. Souza, Ariani Impieri de, orientadora II. Figueiroa, José Natal, co-orientador III. Título IV. Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP

NLM WA309

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“A metafísica do corpo se entremostra nas imagens. A alma do corpo modula em cada fragmento sua música

de esferas e de essências. Além da simples carne e simples unhas.

Em cada silêncio do corpo identifica-se a linha do sentido universal.

Que a forma breve e transitiva imprime. À solene marca dos deuses e do sonho.

Em que se revela o ser, na transparência do invólucro perfeito.”

(Carlos Drumond de Andrade)

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Ana Maria e Luiz

Antonio Andreto, pelo dom da vida, a quem

devo minha formação intelectual, meus

valores éticos e morais.

A minha avó Mariazinha que adoçou

meus momentos de amargura com seus sábios

conselhos.

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AGRADECIMENTOS A Deus, que me guiou e deu força para superar todas as dificuldades

encontradas nesta longa caminhada e principalmente pela certeza da vitória;

A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, apoiaram-me e contribuíram

para a realização deste trabalho, especialmente:

A Dra Ariani Impieri de Souza, minha orientadora, por dividir seus

conhecimentos e experiências de vida, bom humor, valorização das idéias e,

principalmente, pela sua simplicidade e seus conselhos nos momentos difíceis;

Ao Prof. José Natal Figueiroa, meu co-orientador, pela paciência e disposição de

ensinar os enigmáticos caminhos da estatística;

A minha mãe, Ana Maria, pela execução de “tarefinhas” que foram de valiosa

contribuição;

A Coordenação de Enfermagem do IMIP, pelo reconhecimento e oportunidade

oferecida de aperfeiçoar meus conhecimentos.

As amigas:

Cristina Figueira por dividir seus “lanchinhos” e ensinar a teoria que tudo se

resolve numa regra de três;

Maria Celina Morimura pela sua sinceridade e simplicidade desde a minha

época de acadêmica e por me ensinar a “abafar” o caso em algumas

oportunidades;

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Eliane Mendes Germano pela teoria de que “se os outros fazem nós também

podemos”;

Lannuze Gomes pela sua determinação;

Rossana Paula pelos seus comentários sempre pertinentes;

E principalmente por vocês compartilharem alguns momentos com seus

“príncipes” e “princesas”.

As colegas do mestrado, principalmente Maria das Graças Cavalcanti que

emana serenidade, paz e tranqüilidade a todos ao seu redor.

Aos meus amigos, especialmente Maria Rosário e Elias Apolinário, que

compreenderam a importância do meu trabalho e perdoaram meu estresse e a

minha ausência nos almoços de quarta-feira.

Aos funcionários do Serviço de Arquivo Médico do CAM/IMIP, que me

ajudaram na procura dos prontuários e principalmente aos funcionários da

triagem obstétrica que entenderam minha ausência.

A uma pessoa muito especial que me “encontrou” num momento conturbado

da minha vida, “achou” o meu manual de instrução e que caminha, hoje e

sempre, ao meu lado. Leonardo Nogueira, ou simplesmente “Léo” tu non fate il idea

quanto sono felice al lato tuo. Io te voglio bene.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CAM Centro de Atenção à Mulher

CD Compact Disc

CDC Centers for Disease Control and Prevention

cm Centímetro

CNS Conselho Nacional de Saúde

CONEP Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

DP Desvio Padrão

DUM Data da última menstruação

EPI-INFO Programa de Epidemiologia para Microcomputadores

EUA Estados Unidos da América

g Grama

g/dl Gramas por decilitros

Hb Hemoglobina

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IG Idade Gestacional

IMC Índice de Massa Corpórea

IMIP Instituto Materno Infantil de Pernambuco

IOM Institute of Medicine

Kg Quilograma

OMS Organização Mundial de Saúde

OPAS Organização Panamericana de Saúde

PNSN Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição

RMR Região Metropolitana do Recife

RN Recém-nascido

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SISVAN Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional

WHO World Health Organization

X² Qui quadrado

X Média aritmética

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LISTA DE QUADRO, TABELAS E FIGURA págQuadro 1 - Ganho de peso total recomendado e limite superior de ganho ponderal semanal durante a gestação, segundo o estado nutricional inicial.

22

Tabela 1- Características biológicas, sociodemográficas e reprodutivas das gestantes atendidas no pré-natal do CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 30 Tabela 2- Distribuição das gestantes de acordo com algumas morbidades associadas. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 31 Tabela 3- Média do ganho ponderal total e semanal das gestantes segundo o trimestre gestacional. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 31 Tabela 4- Média do ganho ponderal total e semanal das gestantes de acordo com o estado nutricional inicial, segundo o trimestre gestacional. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 32 Tabela 5- Associação entre as variáveis de análise e o ganho ponderal excessivo no segundo trimestre. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 35 Tabela 6- Associação entre as variáveis de análise e o ganho ponderal excessivo no terceiro trimestre. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 37 Tabela 7- Modelo de regressão logística múltipla relacionado ao ganho de peso semanal excessivo no segundo trimestre gestacional. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 38 Tabela 8- Fatores associados ao ganho de peso semanal excessivo no segundo trimestre gestacional de acordo com o modelo de regressão logística múltipla. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 38 Tabela 9- Modelo de regressão logística múltipla relacionado ao ganho de peso semanal excessivo no terceiro trimestre gestacional. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 39 Tabela 10- Fatores associados ao ganho de peso semanal excessivo no terceiro trimestre gestacional de acordo com o modelo de regressão logística múltipla. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 39 Figura 1- Freqüência do ganho de peso semanal excessivo de gestantes, segundo o trimestre gestacional considerando o estado nutricional inicial. CAM/IMIP. Recife, PE, 2000/01. 33

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RESUMO

s recomendações nutricionais durante a gestação devem ser direcionadas

tanto para o suprimento energético adequado da mãe e feto como para o

ganho de peso da gestante. Atualmente o ganho excessivo de peso tem sido, junto com o

ganho insuficiente, objeto de preocupação das autoridades de saúde, visto que ambas as

situações podem estar associadas a resultados desfavoráveis tanto para a mãe como para

a criança. OBJETIVOS: Avaliar a evolução do ganho ponderal excessivo durante a

gestação e a influência de fatores biológicos (idade e estado nutricional inicial), sócio-

demográficos (procedência, escolaridade, situação marital e ocupação), comportamental

(tabagismo), reprodutivos (número de gestações e intervalo intergestacional) e

morbidades associadas (anemia e parasitose intestinal). MÉTODOS: Foi realizado um

estudo longitudinal tipo coorte descritivo em 240 gestantes de baixo risco obstétrico,

acompanhadas durante o pré-natal. Os dados foram obtidos de um banco pré-existente

cuja coleta foi realizada no período de maio de 2000 a julho de 2001. RESULTADOS:

Na avaliação inicial, 48,3% de gestantes eram eutróficas, 25,4% baixo peso e 26,3%

tinham sobrepeso/obesidade, de acordo com o método de Atalah. A maioria das

gestantes (60,4%) possuía mais de 8 anos de estudo, 57,0% estavam na primeira

gestação e entre as que já tinham tido filhos o intervalo intergestacional de 2 anos ou

mais foi observado em 74,5% delas. Duzentos e vinte duas gestantes (92,5%) moravam

com o companheiro. A média do ganho de peso total do segundo e terceiro trimestres

foi de 11,06 (±4,27) kg para o conjunto das gestantes. Não houve diferença entre a

média do ganho de peso semanal do segundo (490g ± 190) e do terceiro trimestre (510g

± 290). O percentual de ganho de peso semanal excessivo (acima do recomendado pelo

A

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Instituto of Medicine) apresentou uma tendência de elevação diretamente proporcional

ao estado nutricional inicial, dentro de cada trimestre, mas não houve diferença entre o

segundo e terceiro trimestres, mesmo quando se controlou por estado nutricional inicial.

Após a análise de regressão logística múltipla, apenas o estado nutricional inicial

apresentou associação (p=0,006) com o ganho de peso semanal excessivo no segundo

trimestre. No terceiro trimestre as variáveis que apresentaram associação com o ganho

de peso semanal excessivo foram a escolaridade acima de 8 anos de estudo (p=0,008) e

as gestantes com companheiro (p=0,013). CONCLUSÕES: A freqüência de ganho de

peso semanal excessivo foi alta (46,0%) nas gestantes estudadas. O estado nutricional

inicial teve significativa influência no ganho de peso semanal excessivo durante o

segundo trimestre, enquanto que no terceiro trimestre da gestação o ganho de peso

semanal excessivo foi mais fortemente influenciado pela escolaridade e a situação

marital.

Palavras-chave: 1. Avaliação nutricional 2. Estado nutricional 3. Nutrição materna 4. Ganho de peso 5. Cuidado pré-natal.

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ABSTRACT

N utritional recommendations during pregnancy should address adequate

energy provision for both mother and fetus, as well as the weight gain of

the expectant mother. Currently, both excessive weight gain and insufficient weight

gain have been the object of concerns on the part of health authorities, as both situations

may be associated to unfavorable results as much for the mother as for the child.

OBJECTIVES: Assess the evolution of excessive weight gain during pregnancy and the

influence of biological factors (age and initial nutritional state), socio-demographic

factors (origin, schooling, marital status and occupation), behavioral factors (smoking

habits), reproductive factors (number of pregnancies and inter-gestational interval) and

associated illnesses (anemia and intestinal parasitosis). METHODS: A descriptive,

longitudinal cohort study was carried out with 240 expectant mothers with low risk of

obstetric complications, accompanied during the prenatal period. Information was

obtained from a pre-existing databank for which collection was carried out from May

2000 to July 2001. RESULTS: During the initial evaluation, 48.3% of the expectant

mothers were eutrophic; 25.4% were underweight; and 26.3% were overweight or

suffered from obesity in accordance to the method described by Atalah. The majority of

expectant mothers (60.4%) had more than 8 years of schooling; 57.0% were in their first

pregnancy; among those that had previously given birth, an inter-gestational interval of

over 2 years was observed among 74.5%; and 222 expectant mothers (92.5%) lived with

their companions. Average weight gain in the second and third trimesters was 11.06

(±4.27) kg among the total of expectant mothers. There was no difference between the

average weekly weight gain in the second and third trimesters (490g ± 190 and 510g ±

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290, respectively). The percentage of excessive weekly weight gain (values above the

recommendations of the Institute of Medicine) exhibited a tendency of elevation

directly proportional to the initial nutritional state within each trimester. There was,

however, no difference between the second and third trimesters, even after controlling

for initial nutritional state. After the multiple logistic regression analysis, the initial

nutritional state alone presented an association (p=0.006) to excessive weekly weight

gain in the second trimester. In the third trimester, the variables that presented an

association to excessive weekly weight gain were schooling, with over 8 years of study

(p=0.008), and expectant mothers with companions (p=0.013). CONCLUSIONS:

Excessive weekly weight gain was high (46.0%) among the expectant mothers studied.

The initial nutritional state had a significant influence on excessive weekly weight gain

during the second trimester. Excessive weekly weight gain in the third trimester was

strongly influenced by schooling and marital status.

Key-words: 1. Nutrition assessment 2. Nutrition status 3. Maternal nutrition 4.Weight gain 5. Prenatal care.

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SUMÁRIO Pág

LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ι

LISTA DE QUADRO, TABELAS E GRÁFICO ιιι

RESUMO ιν

ABSTRACT νι

1. INTRODUÇÃO 02

1.1 Definição e Magnitude do problema 02

1.2 Alteração Nutricional na gestação 04

1.3 Repercussões do ganho insuficiente 05

1.4 Repercussões sobre o ganho excessivo 07

1.5 Avaliação do ganho de peso na gestação 09

2. HIPÓTESES 16

3. OBJETIVOS 18

4. MÉTODOS 20

4.1 Desenho do estudo 20

4.2 Local e População do estudo 20

4.3 Amostra 20

4.4 Período do estudo 21

4.5 Variáveis de análise 21

4.6 Procedimento e técnica 25

4.7 Procedimentos para coleta de dados 26

4.8 Processamento e análise dos dados 26

4.9 Aspectos éticos 27

5. RESULTADOS 29

6. DISCUSSÃO 41

7. CONCLUSÕES 54

8. RECOMENDAÇÕES 56

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58

ANEXOS

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89

6. DISCUSSÃO

A discussão utilizará a abordagem do enquadramento lógico, que permite

identificar os elos causais esperados na cadeia de resultados: processos de trabalho,

resultados intermediários e resultados de impacto (BANCO MUNDIAL, 2004). Desta

forma, pretende-se relacionar as atividades desenvolvidas por cada área estratégica à

respectiva classificação do grau de implantação e aos resultados intermediários e

finalísticos alcançados.

6.1 Saúde da Mulher

6.1.1 Pré-Natal

O pré-natal se encontra uniformemente estruturado nas 36 equipes de saúde da

família. O fluxo de atendimento e as rotinas bem estabelecidas contemplam as

dimensões de promoção, prevenção e assistência à saúde; bem como a dimensão

gerencial e de estruturação de rede assistencial hierarquizada mediante a articulação

com o 1º nível da média complexidade no âmbito do município.

As atividades preconizadas pelo Anexo 1 da NOAS-SUS 01/02 (BRASIL,

2002a): diagnóstico de gravidez; cadastramento de gestantes no 1º trimestre;

classificação de risco gestacional desde a 1ª consulta; acompanhamento de pré-natal de

baixo risco; vacinação anti-tetânica; avaliação de puerpério; exames laboratoriais de

rotina; alimentação de sistemas de informação e atividades educativas de promoção à

saúde, são desenvolvidas por 97,2% a 100,0% das equipes.

A atividade de suplementação alimentar para gestantes com baixo peso foi

respondida por apenas uma equipe fazendo supor que não houve entendimento correto

da pergunta, ou existe alguma atividade em curso nesse sentido que não foi explorada.

A mudança do modelo de atenção à saúde tem como um dos eixos prioritários a

articulação e parcerias interinstitucionais e intersetoriais, devendo constar das políticas,

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90

planos e orçamentos, no sentido de enfrentar os múltiplos determinantes do processo

saúde-doença (CONASS, 2004). Em relação ao pré-natal, a incorporação dessas práticas

ainda é muito incipiente e limitada a escolas e creches em apenas quatro equipes

(11,1%).

O pré-natal se encontra implantado em todas as equipes de saúde da família; em

25 equipes (69,4%), atingiu percentuais de 88,9% de cumprimento das atividades

preconizadas. No conglomerado municipal de ESF esse percentual é de 88,3%. Ao

analisar o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), enquanto um

dos componentes do projeto de redução da mortalidade infantil, nos municípios de Bom

Conselho e Brejo da Madre de Deus (FRIAS, 2001), verificou que o pré-natal estava

implantado em 46,2% das Unidades de Saúde de Brejo da Madre de Deus e em

nenhuma Unidade em Bom Conselho. Em Camaragibe, as atividades de pré-natal que

necessitam ser fortalecidas são as de suplementação alimentar para gestantes com baixo

peso e a articulação com outros setores do governo e ONG. A primeira depende

diretamente de financiamento de programas sociais pelo governo federal vinculados às

ações de saúde, não excluindo a possibilidade de intervenções do poder local,

condicionado à relevância do problema. A construção de parcerias passa por um

processo mais complexo e elaborado de mudança de práticas que se inicia a partir da

elaboração dos instrumentos constitucionais de planejamento e se materializa no

aprendizado de um fazer integrado, inaugurando uma nova cultura institucional que

rompe com a dimensão setorial corporativa e competitiva.

Os indicadores de saúde relacionados às ações de pré-natal revelaram à primeira

vista, coerência entre si e com o grau de implantação, demonstrando sintonia entre as

várias fontes de informação pesquisadas. Conforme as informações do Siab, nas áreas

assistidas pelas ESF, 824 gestantes iniciaram o pré-natal no 1º trimestre (82,6%) e 998

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91

gestantes foram acompanhadas (98,6%) em relação às 1.012 gestantes cadastradas. Por

sua vez, o Sinasc informou a proporção de nascidos vivos de mães que realizaram entre

4 e 6 consultas de pré-natal de 38,7%, e de mães que tiveram sete consultas e mais de

pré-natal, 52,9%, correspondendo a 920 e 1257 nascidos vivos, respectivamente,

totalizando 91,6% de nascidos vivos de mães que tiveram 4 consultas e mais de pré-

natal, num total de 2.375 nascidos vivos. O pacto da atenção básica (BRASIL, 2003b)

estabelece uma concentração de quatro consultas de atendimento pré-natal como

parâmetro mínimo de consultas de pré-natal. Em valores percentuais, os 91,6% de

nascidos vivos de mães que tiveram 4 consultas e mais apresentam-se relativamente

próximos dos 98,6% de gestantes acompanhadas. No entanto, os números absolutos

apresentam-se bastante diferentes nas duas bases de dados, 2.375 nascidos vivos pelo

Sinasc, e 1.012 gestantes cadastradas pelo Siab. Não obstante as fontes de informação

serem diferentes, o número de gestantes cadastradas deveria expressar uma

aproximação com o número de nascidos vivos, em se tratando de um município com

94% da população coberta por equipes de saúde da família. A diferença de 1.363

gestantes expressa um importante sub-registro de gestantes no pré-natal, ou que as

gestantes fizeram pré-natal em outro município. A proporção de nascidos vivos de mães

que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal foi de 1,2%, significando que 29

nascidos vivos foram de mães que não tiveram nenhuma consulta de pré-natal. Estudo

realizado no estado de Pernambuco em 1997, considerando a ausência de consultas pré-

natal em mães de crianças menores de cinco anos apontou uma situação mais

desfavorável do que a observada em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife

chegava a 9,9%, enquanto no interior variava de 33,6% a 11,5% para a zona rural e

interior urbano, respectivamente (LOW e colaboradores, 2001). Dados mais recentes, do

ano de 2003, da cidade do Recife apontam para 3,2% dos nascidos vivos sem pré-natal.

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92

(Recife, 2004). Os óbitos de mulheres em idade fértil foram 100,0% investigados,

refletindo uma boa capacidade do sistema de vigilância epidemiológica do município.

O coeficiente de mortalidade materna foi 42,1/100.000 nascidos vivos em 2003

apresentando um óbito por causa materna. Nos anos anteriores de 2002 e 2001, foram,

respectivamente, 0,0/100.000 e 40,2/100.000 nascidos vivos, também com um óbito

materno. A mortalidade materna é um indicador de condições de vida da população e da

qualidade da atenção á saúde da mulher, tendo sido proposto por alguns autores como

um evento sentinela (RUTSTEIN, 1976).

Esse indicador apresenta um sub-registro de 50,0% (LAURENTI et al., 1990).

Confirmam essa informação o estudo realizado por Alves et al., (2003) no município de

Camaragibe, em 2001, para identificar mortes maternas entre os óbitos femininos. A

partir da utilização de uma nova ficha de notificação demonstrou-se que esse método foi

capaz de obter mais informações relacionadas ao óbito feminino.

Considerando a população do município, a ocorrência de um óbito materno

eleva este coeficiente de 0,0/100.000 nascidos vivos para 42,1/100.000 nascidos vivos,

e, portanto, superior ao parâmetro da OMS (RIPSA, 2002), que considera elevado um

coeficiente de mortalidade materna acima de 20 óbitos maternos por 100.000 nascidos

vivos. A interpretação desse indicador, considerando que 100% dos óbitos de mulheres

em idade fértil foram investigados, poderia estar associada à melhoria da qualidade da

informação. Calculando-se a mortalidade materna a partir de uma série histórica de três

anos, 2001 a 2003, a fim de obter maior estabilidade estatística, esse coeficiente passa a

28,0 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos. Informações recentes (BRASIL,

2003c), apontam um coeficiente de mortalidade materna para o Brasil, referente ao ano

de 2001, de 63,8 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos. Para as regiões Sudeste e

Sul, os coeficientes foram, respectivamente, 41,9 e 52,2 óbitos maternos por 100.000

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93

nascidos vivos. No Recife, a mortalidade materna referente ao triênio 2000-2002, foi de

56,2 óbitos por 100.000 nascidos vivos (RECIFE, 2004). Não houve casos de tétano

neonatal em 2003.

6.1.2 Prevenção de Câncer Cérvico-Uterino

A prevenção de câncer cérvico-uterino se encontra estruturada nas 36 equipes de

saúde da família e contempla as dimensões de promoção, prevenção e assistência à

saúde; bem como a dimensão gerencial e de estruturação de rede assistencial

hierarquizada mediante a articulação com o 1º nível da média complexidade no âmbito

do município.

A prevenção de câncer cérvico-uterino se encontra implantada no conglomerado

das ESF e em 29 ESF (80,5%), sendo que três equipes ficaram no limiar do ponto de

corte para atingir o grau de implantação superior a 80% . Frias (2001), ao proceder a

avaliação das ações do PAISM em dois municípios do agreste pernambucano, Brejo da

Madre de Deus e Bom Conselho, constatou que a prevenção de câncer cérvico-uterino

estava não implantada em ambos os municípios.

Os aspectos que mais fragilizaram o desempenho dessa ação programática

concentraram-se na entrega dos resultados com mais de 30 dias após a coleta, a

inexpressiva parceria com outros setores do governo e ONG e a insuficiente capacitação

das equipes. Destes, a intervenção mais imediata para conferir a implantação da

prevenção do câncer cérvico-uterino em 100,0% das equipes seria a criação de

mecanismos para agilizar a entrega dos resultados em menos de 30 dias após a coleta.

Quanto aos indicadores de resultados, foram selecionados os dois que integram o

instrumento nacional de monitoramento e avaliação da atenção básica – Pacto dos

Indicadores da Atenção Básica (BRASIL, 2003b). A razão de 0,20 entre exames

citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos e a população feminina

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94

nesta faixa etária, revela que os esforços dirigidos ainda não foram suficientes para

assegurar um impacto dessa ação na população alvo. Dados do estado de Pernambuco

coletados em 1997 apontam que o exame citopatológico, foi realizado por apenas 15,7%

no interior rural, 24,5% no interior urbano e 45,5% na Região Metropolitana do Recife

(BATISTA FILHO et al., 2002).

A pergunta que não foi incluída no questionário seria sobre a realização de busca

ativa da população alvo para a coleta de material para exame de secreção cérvico-

vaginal. Ao que indica, essa busca não é feita com a intensidade necessária no conjunto

das atividades educativas, ou há intermitência na coleta por falta de material, ou outras

razões que precisariam ser investigadas. Rossi & Freeman (1993) distinguem dois tipos

de cobertura: a potencial, relacionada à oferta, e a real relacionada à utilização dos

serviços. Para a prevenção de câncer cérvico-uterino o município apresenta boa

cobertura potencial, no entanto, precisa garantir a utilização do serviço oferecido.

A taxa de mortalidade por câncer do colo de útero, como um indicador de

avaliação da qualidade e acesso à assistência à saúde da mulher, de 8,5 óbitos por

100.000 mulheres situa-se em patamar superior às taxas descritas para o Brasil,

referente a 2001, de 4,8/100.000; e para as regiões Norte (5,0/100.000), Nordeste

(4,1/100.000), Sudeste (4,9/100.000), Sul (6,0/100.000) e Centro-Oeste (4,9/100.000)

em 2001 (BRASIL, 2003c). Em relação a Pernambuco, essa taxa foi de 5,3/100.000

mulheres em 2001; e em Recife, 7,0/100.000 mulheres em 2003 (RECIFE, 2004).

Dessa forma, a despeito das ações estarem implantadas considera-se que não

houve compatibilidade entre o grau de implantação para a prevenção de câncer cérvico-

uterino e os indicadores de resultados alcançados, sugerindo que as ações desenvolvidas

ainda são insuficientes.

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95

6.1.3 Planejamento Familiar

As atividades de planejamento familiar são desenvolvidas pelas equipes de

saúde da família com abordagem simultânea para as doenças sexualmente

transmissíveis (DST).

Não obstante o planejamento familiar esteja implantado no conglomerado

municipal de ESF, apresentou-se parcialmente implantado em 6 ESF, sendo que três

destas não atingiram o ponto de corte para a categoria implantado por uma resposta

negativa. As atividades que mais contribuíram para isto foram a insuficiente capacitação

das equipes, a ausência de normas técnicas e insuficiência de parcerias

interinstitucionais; na única equipe em que o planejamento familiar foi considerado não

implantado, além dos aspectos citados acima, somam-se a falta de material educativo e

a inexistência de referência laboratorial de apoio ao planejamento familiar. Em relação a

esta última atividade, pode ter havido um entendimento equivocado por parte do

entrevistado haja vista ser a única equipe que respondeu negativamente a esta questão.

No estudo realizado por Frias (2001), o planejamento familiar estava parcialmente

implantado em 61,5% das Unidades de Brejo da Madre de Deus, e não implantado em

38,5%; e não implantado em 100,0% das Unidades de Bom Conselho. Em nenhuma

Unidade de ambos os municípios a ação planejamento familiar estava implantada.

Embora o planejamento familiar integre as ações programáticas do PAISM,

implantado em meados dos anos 80 (LOW et al., 2001 e BRASIL, 2002e) dispõe-se

apenas de um indicador operacional para avaliação e monitoramento dessa

responsabilidade, descrito no Manual para a Organização da Atenção Básica no SUS:

coeficiente de hospitalização por parto e aborto na adolescência (10 a 19 anos), por

local de residência (BRASIL, 1998).

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96

Em 2003, esse coeficiente foi de 1,6%; em 2001 e 2002, foi 2,1% e 2,0%,

respectivamente. O Pacto dos Indicadores da Atenção Básica, não contempla

indicadores nessa área. A Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS-96),

realizada em 1996, apontou no país a predominância dos métodos contraceptivos,

esterilização cirúrgica e a pílula, responsáveis por 40 e 21% respectivamente. Os demais

métodos apresentaram baixa adesão o que indica a limitada percepção das mulheres

potencialmente usuárias quanto a diversidade de opções para regular a fecundidade e/ou

associada a insuficiente oferta de métodos (BRASIL, 2002e)

Complementando, selecionou-se, os indicadores demográficos de natalidade e de

fecundidade, em que pese não avaliarem especificamente a ação do planejamento

familiar e apresentarem tendência declinante. A taxa de fecundidade total, principal

determinante da dinâmica demográfica, cujo parâmetro mínimo é 2,1 filhos por mulher,

para que se assegure a reposição populacional (RIPSA, 2002), foi de 1,8 filhos por

mulher em 2003. Os dados do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil em relação

a Camaragibe, demonstrou que essa taxa variou de 2,55 para 2,18 filhos por mulher no

período intercensitário de 1991 a 2000 (PNUD, 2004). Segundo o IDB, a taxa de

fecundidade total de Pernambuco em 2002 foi de 2,1 filhos por mulher (BRASIL,

2003c). A taxa bruta de natalidade em Camaragibe foi de 17,2 /1000, no ano de 2003.

Em Pernambuco, no ano de 2002, essa taxa foi de 18,7/1000 (BRASIL, 2003c),

enquanto que Recife em 2000 apresentava valor de 18,3/1000 (RECIFE, 2002).

6.2 Saúde da Criança

6.2.1 Vigilância Nutricional

A vigilância nutricional compreende principalmente as atividades de

acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno, e o combate

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às carências nutricionais (BRASIL, 2002a). Não obstante enfocar a prática da vigilância

da saúde (promoção, prevenção e assistência), as intervenções concentram-se

eminentemente no campo da promoção à saúde e prevenção de doenças, onde o

componente educativo assume papel relevante e constitui o eixo central da maioria das

atividades preconizadas. A captação de crianças para o acompanhamento do

crescimento e desenvolvimento a partir da demanda referenciada maior que a demanda

espontânea reflete uma boa estruturação da atividade. A demanda espontânea para o

acompanhamento do crescimento e desenvolvimento ocorre na dependência de fatores

ligados à mudança de endereço da população. Apesar da importância do componente

educativo para a vigilância nutricional (BRASIL, 2002f), cinco equipes realizavam

apenas a abordagem individual, que enquanto estratégia isolada considera-se

insuficiente pelo caráter repetitivo e do ponto de vista pedagógico promove poucas

possibilidades de trocas de conhecimento. Essas equipes, não receberam capacitação

para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, quatro delas não

dispunham de material educativo para o acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento, três não receberam capacitação para o incentivo ao aleitamento

materno e duas não tinham normas técnicas, o que faz supor que aspectos ligados à

estrutura podem contribuir para a limitação das atividades. Em contraposição, 18

equipes que não possuíam alguns destes atributos realizavam pelo menos duas

estratégias educativas. Essa observação confirma o dizer de Vuori (1991) de que “na

atenção à saúde a estrutura está claramente afastada dos resultados. Mesmo as melhores

pré-condições podem ser mal usadas enquanto que a excelência profissional pode

resultar em benefícios, mesmo em precárias condições de trabalho”.

O Programa bolsa alimentação referido por 88,9% das equipes, é

operacionalizado por outra Secretaria Municipal sem que haja vinculação efetiva com a

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Secretaria de Saúde. Não obstante a vigilância nutricional esteja implantada no

conglomerado municipal de ESF, ultrapassou o ponto de corte em apenas 0,7% e,

portanto, algumas atividades precisam ser implementados para aproximar-se da situação

ideal aproximando-se de 100%. Em relação às equipes de saúde da família em per si,

observou-se que das 15 equipes com a vigilância nutricional implantada, 11

apresentaram uma posição entre 89,5% a 100%. E as 21 ESF parcialmente implantadas,

10 encontravam-se próximos ao limiar de 80% com 78,9%. O estudo de avaliação do

grau de implantação da ação de incentivo ao aleitamento materno e orientação para o

desmame realizado por Bezerra (2002), em 84 Equipes de Saúde da Família e 42

Centros de Saúde na Cidade do Recife, concluiu que essa ação programática estava

implantada em 7,1% das ESF e não implantada nos Centros de Saúde. De um modo

geral, as atividades que influenciaram negativamente o grau de implantação foram: o

insuficiente processo de articulação intersetorial, a insuficiência de material educativo,

de capacitação da equipe e de normas técnicas para o acompanhamento do crescimento

e desenvolvimento.

Em relação aos indicadores de resultados relacionados à atividade de vigilância

nutricional destacaram-se a proporção de menores de 4 meses de idade com aleitamento

materno exclusivo, fazendo a ressalva que esse indicador vem aumentando anualmente,

em Camaragibe: 64,3% em 2001, 64,3% em 2002 e 67,6%, em 2003. Em que pese as

diferentes formas de cálculo dos indicadores, os dados do Siab parecem excessivamente

elevados para os padrões de regiões metropolitanas do nordeste relatados em outros

estudos (BATISTA FILHO et al., 2002).

A proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer, de 9,0%, embora não

tenha relação causal com a vigilância nutricional, e sim com a assistência pré-natal,

representa um importante fator de risco para a morbimortalidade neonatal e infantil

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99

constituindo clientela prioritária para o acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento e incentivo ao aleitamento materno. Em Recife, no período de 1995 a

2000, o baixo peso ao nascer variou de 8,2 a 9,2% (RECIFE, 2002) enquanto para o

estado de Pernambuco foi de 7,9%, sendo 4,9% para o setor rural e 10,6% na Região

Metropolitana do Recife para o ano de 1997 (BATISTA FILHO et al., 2002).

Considerando a informação do Sinasc, esse grupo formado por 215 recém-

nascidos de baixo peso deveria integrar o numerador do indicador “proporção de

menores de 2 anos desnutridos”. Todavia, observa-se uma subenumeração da variável

número de crianças desnutridas, haja vista que o Siab informou 38 crianças menores de

um ano de idade desnutridas e 76 entre um e dois anos de idade desnutridas, totalizando

114 crianças menores de 2 anos desnutridas e portanto representando 53% dos recém-

nascidos de baixo peso.

Por sua vez, comparando a informação do Sinasc, de que nasceram 2.375

crianças em 2003, com as informações do Siab, de que 1.939 crianças foram pesadas em

relação às 2.204 crianças menores de um ano, verifica-se uma boa aproximação entre as

informações do Sinasc e do Siab quanto à base populacional de menores de um ano de

idade, significando que 92,8% dos nascidos vivos são do conhecimento das equipes de

saúde da família, sendo essa informação o primeiro passo para traçar o perfil nutricional

desse grupo e implementar as intervenções necessárias. Contudo, se houve discordância

entre algumas das variáveis que compõem os indicadores “proporção de nascidos vivos

com baixo peso” (Sinasc) e “proporção de crianças menores de 2 anos de idade

desnutridas” (Siab), não houve óbitos de crianças menores de um ano de idade por esta

causa.

Em 2002, Camaragibe apresentava uma prevalência de desnutrição em crianças

menores de 2 anos de 5,6%, comparativamente inferior à prevalência de desnutrição do

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100

Recife (15,8%), de Pernambuco (12,7%), do Nordeste (12,7%) e do Brasil (9,6%).

Todavia, a menor prevalência de desnutrição em Camaragibe, não apresenta

consistência considerando a possível subenumeração de crianças nascidas com baixo

peso (BRASIL, 2004c).

6.2.2 Imunização

A responsabilidade “imunização” está estruturada nas 36 ESF em conformidade

com as normas do Programa Nacional de Imunizações – PNI (BRASIL, 2001d). Ainda

não há uniformidade em relação ao fichário com cartão de aprazamento de vacinas

implantado em 77,8% das equipes, dado concordante com o achado de Macêdo (2004)

para a cidade do Recife no ano de 2002 (MACÊDO et al., 2004). Nas equipes onde não

existe esse cartão, os ACS controlam o aprazamento das vacinas com o cartão espelho,

que corresponde a uma cópia do cartão de vacina da criança (BRASIL, 1998b).

Não obstante ser uma atividade consolidada do ponto de vista da organização de

serviços, o grau de implantação da imunização no conglomerado municipal de ESF foi

parcialmente implantado, com realização de 78,7% das atividades. Em 17 equipes a

atividade foi considerada implantada. Nas 18 equipes em que foi considerado

parcialmente implantada, os aspectos que mais comprometeram foram: a insuficiente

capacitação das equipes, a não realização de atividades educativas nos termos das regras

de decisão, a inexistência de material educativo em 13 equipes e a inexpressiva parceria

com outras instituições. Houve uma equipe em que a imunização foi considerada não

implantada, devido à falta de ficha de aprazamento de vacinas, capacitação insuficiente

da equipe, não realização das atividades educativas, inexistência de material educativo e

ausência de normas técnicas. No tocante à capacitação das equipes, o município tem

promovido oportunidades de treinamentos direcionados principalmente ao enfermeiro,

por considerar a divisão do trabalho no âmbito da equipe, em que a atividade de

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101

imunização fica sob a responsabilidade desse profissional, bem como a especificidade

da capacitação em sala de vacina, dirigida prioritariamente ao enfermeiro. Sendo assim,

o instrumento de avaliação foi rigoroso ao considerar resposta positiva quando houver a

participação do médico e do enfermeiro.

Os indicadores de resultados alcançados em imunização revelaram certa

coerência nas informações coletadas nos sistemas Siab e SI-PNI. A proporção de

menores de 1 ano de idade com as vacinas em dia, foi de 95,6 %, e a cobertura vacinal

no 1º ano de vida com vacina tetravalente (DPT+Hib) 97,8 %. Ao desagregar as

variáveis de cada indicador, observou-se que no indicador do Siab foram consideradas

2.108 crianças menores de um ano de idade com as vacinas em dia, num universo de

2.204 crianças menores de um ano de idade. No do SI-PNI, 2.500 crianças menores de

um ano de idade com esquema básico completo para DTP + Hib em relação à população

estimada de 2.557 (IBGE, 2003) crianças menores de um ano de idade. No primeiro

caso, a base populacional foi a população de crianças menores de um ano cadastrada no

território das ESF; e, no segundo caso foi a população de crianças menores de um ano

estimada pelo IBGE. Apesar de serem de bases de dados distintas, os indicadores

apresentaram-se semelhantes. Não houve óbitos por doenças imunopreveníveis em

crianças menores de cinco anos de idade.

6.2.3 Assistência às Doenças Prevalentes da Infância

A organização de serviços para a assistência às doenças prevalentes da infância

define as ESF como porta de entrada do sistema. Porém, do ponto de vista de fluxo de

atendimento, ainda não existe definição quanto à garantia de acesso a referência

ambulatorial especializada ou hospitalar, quando necessário, de forma programada e

negociada, com mecanismos de regulação. Ainda não há uma rede hierarquizada para a

assistência aos casos graves das doenças prevalentes da infância. Destacaram-se como

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102

aspectos positivos, a utilização dos sinais preditivos para classificar os casos de

pneumonia, a garantia de atendimento aos casos que precisam retornar, o suprimento de

medicamentos para as infecções respiratórias agudas e disenteria/cólera e o

envolvimento multiprofissional. Entre os aspectos que compromete a assistência às

doenças prevalentes da infância destacaram-se a baixa realização de atividades

educativas, dificuldades na disponibilidade de alguns insumos e a inexpressiva parceria

intersetorial.

Com esse perfil de atividades, a assistência às doenças prevalentes da infância

apresentou grau de implantação no conglomerado municipal de ESF parcialmente

implantado, com 69,2% dos requisitos presentes; a análise por ESF revelou que cinco

equipes apresentaram grau de implantação implantado; 24 parcialmente implantado e

sete não implantado. O estudo realizado por Macêdo (2002), referente ao grau de

implantação das ações programáticas do PAISC nas equipes de saúde da família do

Recife, revelou que a ação estava implantada em 9,5% das equipes para o Controle das

Doenças Respiratórias Agudas; e em 4,8% para o Controle da Doença Diarréica. As

intervenções de responsabilidade exclusiva do município que incrementaria

imediatamente o grau de implantação da assistência às doenças prevalentes da infância

seriam: recuperação dos nebulizadores; instalação de tomadas trifásicas; suprimento

adequado de medicamentos, entre estes o soro fisiológico; implementação da TRO na

própria unidade; capacitação das equipes, intensificação das atividades educativas e

suprimento adequado de material educativo. A implantação de uma cultura de

articulação intersetorial, bem como, de uma rede hierarquizada de complexidade

crescente, são tarefas imprescindíveis para a consolidação do modelo de atenção à saúde

na lógica da vigilância da saúde, porém são iniciativas que transcendem a esfera

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103

municipal e exige articulações e negociações com a esfera estadual e sociedade civil

organizada e um tempo maior para se perceber os efeitos dessas intervenções.

No tocante aos indicadores de morbidade relativos à assistência às doenças

prevalentes na infância, a taxa de internação por IRA em menores de cinco anos foi

14,5/1000 em 2003; nos anos de 2001 e 2002, essa taxa foi 9,5/1000 e 16,1/1000,

respectivamente. A taxa de internação por desidratação em menores de cinco anos nos

anos de 2001, 2002 e 2003 foram 0,9/1000, 1,4/1000 e 1,6/1000, respectivamente.

Por outro lado, não houve óbitos em menores de um ano por doenças

respiratórias e doenças diarréicas registrados no SIM, nem no Siab, demonstrando

convergência de informações entre os dois sistemas, a despeito da ocorrência de dois

óbitos por doenças infecciosas e parasitárias.

O coeficiente de mortalidade infantil, indicador de impacto das ações de saúde

da criança, apresentou dados contraditórios, 13,0/1000 pelo SIM e 21,8/1000 pelo Siab,

com 31 e 46 óbitos de menores de um ano, respectivamente. Essa divergência foi objeto

de um estudo realizado em Camaragibe por SILVA (2004) com o objetivo de verificar a

intersecção do número total de óbitos infantis entre os sistemas SIM e Siab. Não houve

óbitos em menores de um ano por causas mal definidas, revelando a capacidade do

sistema de vigilância epidemiológica do município.

Essa análise reflete melhoria dos indicadores relacionados às ações de saúde da

criança e relaciona-se com o grau de implantação parcialmente implantado tendo 76,8%

das atividades para o conjunto das ações de saúde da criança desenvolvidas pelas

equipes de saúde da família. Acresce a este fato, a possível contribuição na redução da

mortalidade infantil associada à melhoria nos indicadores sócio-ambientais que atuam

como determinantes do processo saúde-doença (educação, acesso a serviços e bens de

consumo), segundo as informações do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil

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104

(PNUD, 2004), apresentado no perfil municipal de Camaragibe (Quadro 1 do capítulo

Métodos).

6.3 Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica

As bases para a implantação do controle da hipertensão e da diabetes mellitus

foram estabelecidas mediante portaria específica que aprovou o Plano de Reorganização

da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus (BRASIL, 2002g). Em

Camaragibe o controle da hipertensão arterial sistêmica foi institucionalizado em abril

de 2002, quando o município assinou o Termo de Adesão ao Programa Nacional de

Assistência Farmacêutica para a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. A assinatura

desse Termo significa assumir os compromissos de cadastrar e acompanhar os

portadores dessas doenças mediante a utilização do instrumento de gestão Sishiperdia,

de forma a assegurar aos pacientes cadastrados o recebimento dos medicamentos

padronizados prescritos (BRASIL, 2002h).

As atividades de controle da hipertensão são desenvolvidas em todas as ESF.

Algumas equipes não têm clareza se seria sua atribuição a realização de procedimentos

de urgência, vez que o município tem estruturado serviços de atendimento de

urgência/emergência. As ações educativas para o controle das condições de risco e

prevenção de complicações são realizadas por todas as equipes de saúde da família e as

estratégias pedagógicas mais utilizadas são a abordagem individual e o trabalho com

grupos, apesar da inexistência de material educativo em todas as equipes.

Diante do elevado percentual de cumprimento das atividades pelas ESF de

85,8%, o controle da hipertensão foi considerado implantado. No detalhamento, estava

implantado em 31 equipes, embora apenas uma tenha realizado 100% das atividades; a

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105

maioria (20 ESF) cumpriu entre 85,7% e 90,5%; e parcialmente implantado em cinco

equipes, destas, três atingiram o limite superior possível de 76,2%.

Nas ESF com grau de implantação parcialmente implantado, os aspectos que

influenciaram negativamente foram: a pequena parceria intersetorial, a insuficiente

capacitação das equipes, a insuficiência de medicamentos para o 1° atendimento às

urgências, a precária manutenção dos equipamentos, a não realização da busca de

faltosos, e, a insuficiência de material educativo.

No tocante aos indicadores de avaliação, as informações do Siab revelaram uma

prevalência de hipertensão de 12,0%, na população acima de 20 anos, das áreas de

abrangência das equipes de saúde da família, representando 11.720 hipertensos

cadastrados; destes, 82,4 % foram acompanhados pelas equipes. Nos anos anteriores,

2001 e 2002, foram cadastrados, respectivamente, 9.578 e 10.546 hipertensos. A

internação por AVC vem apresentando um comportamento decrescente na população

acima de 40 anos, tomando por base uma série de três anos, de 2001 a 2003, com taxas

de 431,6/100.000; 370,2/100.000; e, 235,9/100.000, respectivamente.

Do mesmo modo, a mortalidade por doenças cérebro-vasculares na população

acima de 40 anos também vem reduzindo, no mesmo período, com taxas de

269,7/100.000; 267,4/100.000; e, 230,2/100.000. A taxa de mortalidade por doenças

cérebro-vasculares no município em relação a toda população, de 58,1/100.000

apresenta-se maior que a taxa do Brasil, 50,1/100.000 em 2001, e de Pernambuco,

52,2/100.000, no mesmo ano (BRASIL, 2003c). Em se tratando de uma doença crônica,

o impacto das ações não ocorre de forma imediata, sobretudo porque as intervenções

implicam em mudanças no estilo de vida da população, e exigem um tempo para a

incorporação de novos hábitos. Todavia, esses indicadores apontam para uma

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106

convergência entre o grau de implantação do controle da hipertensão e os resultados

alcançados.

6.4 Controle da Diabetes Mellitus

A exemplo do controle da hipertensão, o controle da diabetes mellitus foi

institucionalizado em Camaragibe, em abril de 2002 (BRASIL, 2002g e BRASIL,

2002h).

O diagnóstico da diabetes mellitus é realizado por todas as ESF, a partir de

critérios clínicos e laboratoriais e a busca ativa de casos mediante consulta médica,

visita domiciliar, campanhas e mutirões. Os pacientes são cadastrados nos sistemas de

informação. O tratamento dos casos envolve acompanhamento ambulatorial e

domiciliar, fornecimento de medicamentos preconizados, busca dos pacientes faltosos e

monitorização dos níveis de glicose do paciente na unidade. Não existe problema de

oferta para a realização dos exames laboratoriais de rotina, e o acesso ao ECG está

condicionado à disponibilidade de cotas. O primeiro atendimento de urgência às

complicações do diabetes mellitus é realizado por 61,1% das ESF. Uma grande

dificuldade é a inexistência de agendamento dos casos graves para níveis mais

complexos da atenção. Apenas 30,6% das equipes referenciam informalmente os

pacientes graves para serviços de maior complexidade. As medidas preventivas e de

promoção à saúde são realizadas principalmente adotando as estratégias da abordagem

individual e trabalho com grupos, os quais são realizados em conjunto com os

hipertensos.

De acordo com o percentual de cumprimento das atividades pelas ESF o

controle da diabetes foi classificado como implantado, atingindo 80,0%, limite mínimo

do preconizado. Todavia, a análise desagregada por equipes demonstrou uma situação

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107

heterogênea do grau de implantação: implantado em 24, parcialmente implantado em

10 e não implantado em duas equipes. Nas equipes implantadas nenhuma atingiu 100%

das atividades, e apenas duas atingiram os maiores percentuais, 95,2%.

Os aspectos que mais fragilizaram o controle da diabetes mellitus foram: a

ausência de referência para o atendimento dos casos graves, a insuficiência de parcerias,

a baixa realização de glicemia capilar pelas equipes e do 1º atendimento de urgência, o

insuficiente fornecimento de medicamentos e a insuficiente capacitação das equipes.

Os indicadores de saúde relativos ao controle da diabetes mellitus demonstraram

uma prevalência de 2,6% na população acima de 20 anos assistida pelas ESF,

correspondendo a 2.528 diabéticos cadastrados; destes 87,4% foram acompanhados

pelas equipes de saúde da família. As internações por diabetes mellitus vêm diminuindo

tanto em números absolutos como percentualmente em relação ao total de internações.

No período de 2001 a 2003, foram internados, respectivamente, 93, 86 e 74 casos de

diabetes; representando em relação ao total de internações, excetuando partos, 1,6%,

1,4%, e, 1,0%. Em relação à proporção de internações por ceto-acidose e coma

diabético, esses valores têm oscilado e apresentado uma proporção elevada. Excetuando

no ano de 2001, que foi de 0,21%, em 2002 e em 2003, foram, respectivamente 27,9% e

18,9%. Considerando que o denominador desse indicador são as internações por

diabetes, supõe-se que estão sendo internados, de fato, os casos mais graves, com a

possibilidade de estarem os casos menos graves sendo controlados pelas ações

desenvolvidas no município.

Quanto à mortalidade por diabetes mellitus, apresentou em 2003, uma taxa de

35,4/100.000, inferior à média do Brasil e de Pernambuco em 2001, de 40,6/100.000 de

55,3/100.000, respectivamente. Da mesma forma que para a ação “controle da

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108

hipertensão”, esses indicadores apontam para uma convergência entre o grau de

implantação do controle da diabetes mellitus e os resultados alcançados.

6.5 Controle da Tuberculose

O controle da tuberculose foi desenvolvido por todas as equipes de saúde da

família. Apenas 21,2% das equipes utilizam a estratégia de tratamento supervisionado

para pacientes com risco de abandono de tratamento. Em geral foi realizado o

tratamento auto-administrado. A quimioprofilaxia em grupos com alto risco de contrair

tuberculose e as ações educativas apresentaram necessidade de reforço. Em relação às

ações educativas, têm tido enfoque preferentemente individual e foram enfatizadas nos

dias nacionais.

Cumprindo 83,8% das atividades preconizadas, o controle da tuberculose pelas

equipes da saúde da família no município, foi classificado na categoria implantado,

embora mais próximo do ponto de corte inferior, significando que há aspectos a serem

implementados. Em 29 equipes, o controle da tuberculose estava implantado e em sete

parcialmente implantado. Nenhuma equipe cumpriu todos os requisitos. O perfil de

cumprimento das atividades pelas equipes com o controle de tuberculose implantado foi

de 81,8%.

Entre os aspectos que prejudicaram o desempenho das equipes destacaram-se o

baixo percentual de implantação do tratamento supervisionado, baixo percentual de

realização de quimioprofilaxia em grupos com alto risco de contrair tuberculose, pouca

ênfase às atividades educativas, insuficiente capacitação das equipes, e, ausência de

parcerias intersetoriais.

Os indicadores de processo demonstraram uma prevalência de 0,06% de

tuberculose na população acima de 20 anos assistida pelas ESF, correspondendo a 57

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109

casos cadastrados; destes 55 casos foram acompanhados pelas equipes de saúde da

família. O município confirmou que faz busca ativa de casos mediante a capacidade de

diagnosticar casos novos, tendo detectado 129 casos de tuberculose de todas as formas

correspondendo a 80,1% dos casos estimados, acima, portanto dos 70% preconizados

(BRASIL, 2004d).

A taxa de incidência de tuberculose bacilífera foi de 39,9/100.000, com 55 casos

novos pulmonares bacilíferos diagnosticados. A proporção de casos de tuberculose

pulmonar bacilífera curados foi de 52,7% e o percentual de abandono de tratamento

10,9%. Esses indicadores demonstram desacordo entre os parâmetros de avaliação

adotados de 85% para cura e 5% para abandono bem como em relação ao grau e

implantação (BRASIL, 2004d). Considerando a possibilidade de que possa ter havido

alguma perda de informações devido a uma característica inerente ao Sinan, admite-se

que possa haver divergência com a realidade das informações locais.

6.6 Eliminação da Hanseníase

As atividades de eliminação da hanseníase foram desenvolvidas por todas as

equipes de saúde da família. A avaliação das incapacidades foi realizada por 52,8% das

equipes de saúde da família. O município dispõe de um serviço de referência, Núcleo de

Reabilitação, que funciona como apoio as ESF para a avaliação das incapacidades

físicas.

As ações educativas utilizando mais de uma estratégia pedagógica para

divulgação dos sinais e sintomas da hanseníase foram realizadas por 50,0% das equipes.

Todas as equipes realizaram ações educativas individuais, enquanto as outras

metodologias foram utilizadas principalmente nos dias nacionais alusivos ao agravo.

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O grau de implantação da eliminação da hanseníase no município foi

considerado implantado com 86,1% das atividades realizadas pelas ESF. Foram 29

equipes com as atividades implantadas, sendo que uma cumpriu todos os requisitos; e

sete parcialmente implantadas. Destas, cinco atingiram o limite superior possível

(76,2%) em relação ao ponto de corte (parcialmente implantado), no qual com mais uma

resposta positiva, atingiria a classificação implantado.

Os indicadores do Siab, para avaliação da eliminação da hanseníase revelaram

uma prevalência de 0,12%, na população acima de 20 anos, nas áreas de atuação das

ESF, correspondendo a 120 casos, destes 113 (94,2% foram acompanhadas pelas

equipes.

No tocante aos indicadores epidemiológicos, a descoberta de 90 casos novos de

hanseníase foi responsável por uma taxa de detecção 6,5/10.000, considerada como uma

situação hiperendêmica, segundo parâmetros adotados pelo Ministério da Saúde (Ripsa,

2002). A taxa de prevalência da hanseníase de 35,4/10.000, com 488 pacientes em

registro ativo, também compatível com a situação hiperendêmica (Ripsa, 2002), sugere

problemas na operacionalização do programa.

Em relação aos indicadores de resultados, a proporção de cura dos casos novos

diagnosticados nos anos das coortes foi de 65,8%; a proporção de casos novos

diagnosticados com grau de incapacidade física avaliado, 72,2%, e a proporção de

abandono de tratamento de hanseníase entre os casos novos diagnosticados nos anos das

coortes, de 22,4%. Os parâmetros do Ministério da Saúde, para a avaliação de cura,

considera bom, quando o indicador é maior ou igual a 90%; regular, entre 75% a 90%; e

precário menor que 75%. Para o grau de incapacidade física, considera os mesmos

parâmetros utilizados para a cura. E, para medir o abandono de tratamento, considera

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111

bom quando o indicador é menor ou igual a 10%; regular entre 10% e 25%; e, precário

maior que 25% (Brasil, 2002).

A partir desses parâmetros, o programa de eliminação da hanseníase apresenta-

se precário em relação à cura; regular em relação à avaliação das incapacidades físicas

no momento do diagnóstico bem como em relação ao abandono de tratamento. Ressalta-

se, a exemplo do controle da tuberculose, que pode ter havido problemas na alimentação

do Sinan, e essas informações não correspondam à realidade local.

Diante dessas evidências, verifica-se um desacordo entre a medida do grau de

implantação e os indicadores operacionais levantados.

6.7 Saúde Bucal

A inclusão das ações de saúde bucal na estratégia do Programa de Saúde da

Família foi instituída pela Portaria ministerial Nº 1.444, de 28 de dezembro de 2000

(BRASIL, 2000c) e regulamentada pela Portaria 267, de 06 de março de 2001, mediante

a aprovação do Plano de Reorganização das Ações de Saúde Bucal na Atenção Básica.

Em linhas gerais, esse plano estabelece as bases para a organização das ações de saúde

bucal, a atribuição dos profissionais, atribuições das esferas de governo, financiamento,

instrumental e equipamentos odontológicos, e, elenco de procedimentos de saúde bucal

na atenção básica. O município de Camaragibe implantou as ações de saúde bucal em

agosto de 1998, precedendo a formulação dessa política pelo Ministério da Saúde.

As ações de saúde bucal foram implantadas em nove equipes de saúde da

família, por quatro equipes de saúde bucal, cobrindo 8.418 famílias, 23,8% do total de

famílias atendidas pelas equipes de saúde da família.

De acordo com o percentual de 42,5% de realização das atividades preconizadas,

as ações da saúde bucal foram consideradas não implantadas no município. O fator que

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112

mais contribuiu para a não implantação foi a insuficiente cobertura municipal de ESB.

Todavia, em seis das nove equipes de saúde da família que dispõem de ESB, as ações

de saúde bucal estavam implantadas, e duas cumpriram 100,0% das atividades, e em

três não implantadas. Nestas, os aspectos que mais influenciaram foram a insuficiência

de materiais e insumos odontológicos e de instrumental odontológico para exame

clínico, a inexistência de referência para níveis de maior complexidade e a insuficiente

capacitação das ESB.

Em se tratando de uma política recentemente implantada, a construção de

indicadores de avaliação mais específicos ainda estão sendo aprimorados. No momento,

o instrumento nacional de monitoramento e avaliação da atenção básica - Pacto dos

Indicadores da Atenção Básica utiliza a cobertura de primeira consulta odontológica,

razão entre os procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14 anos e

proporção de exodontias em relação às ações odontológicas básicas individuais

(BRASIL, 2003b).

A cobertura de primeira consulta odontológica foi 23,7%. Avalia o acesso da

população aos serviços de saúde bucal e mede a tendência de cobertura de tratamentos

odontológicos a partir da primeira consulta, para elaboração de um plano de tratamento.

(BRASIL, 2003). Nos anos de 2001 e 2002, foram, respectivamente, 20,0 % e 30,9%.

Os atendimentos de urgências e emergências foram excluídos do cálculo.

A razão entre os procedimentos odontológicos coletivos (levantamento

epidemiológico, escovação supervisionada, evidenciação de placa, e fluorterapia

intensiva), e a população de 0 a 14 anos, dimensiona o acesso da população às ações de

prevenção de saúde bucal. A razão de 0,39 significa uma oferta limitada dos serviços,

posto que numa situação mais favorável, esse indicador estaria mais próximo de 1.

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113

A proporção de exodontias em relação às ações odontológicas básicas

individuais, de 13,2%, reflete o modelo de atenção em curso e a participação dos

procedimentos mutiladores em relação aos restauradores, conservadores e preventivos.

Nos anos de 2001 e 2002 esse indicador foi 9,1%, e 15,0%, respectivamente.

Em função da baixa cobertura das equipes da saúde da família pelas ESB, os

indicadores selecionados são compatíveis com a classificação do grau de implantação.

6.8 O Conglomerado das ESF

O grau de implantação do conglomerado das ESF parcialmente implantado para

o conjunto das áreas estratégicas mínimas da atenção básica e os indicadores de saúde

demonstrando visível melhoria da situação de saúde do município, endossam a opção do

município de construir um novo modelo da atenção à saúde. Por outro lado, revela que o

processo não está concluído, havendo necessidade de empreender esforços no sentido de

superar os aspectos críticos, na certeza que se trata de uma construção permanente.

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114

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Os principais achados desse estudo refere-se ao grau de implantação das áreas

estratégicas mínimas da atenção básica e a sua influência na situação de saúde do

município. De antemão, vale ressaltar o caráter dinâmico dessa construção e que a relação

entre o grau de implantação e os resultados nem sempre se apresenta de forma linear.

O grau de implantação das áreas estratégicas mínimas da atenção básica foi

considerado parcialmente implantado. Em relação aos componentes apresenta-se

implantado nas áreas de saúde da mulher (pré-natal, prevenção de câncer cérvico-uterino e

planejamento familiar), controle da hipertensão, controle da diabetes, controle da

tuberculose, e eliminação da hanseníase. Vale destacar na área de saúde da mulher, o

componente pré-natal como o que mais avançou, tanto pelo percentual de realização das

atividades como pela homogeneidade com que está implantado em todas as ESF. Para as

ações de saúde da criança o grau de implantação foi parcialmente implantado, excetuando

para o componente vigilância nutricional que se apresentou implantado, porém no limite

dos 80%. Ao contrário da saúde da mulher que está implantada em 83,3% das ESF, a saúde

da criança se encontra implantada em 30,6%. Um ponto crítico na área de saúde da criança

é inexistência de referência ambulatorial e hospitalar especializada, programada e

pactuada, com mecanismos de regulação. Por outro lado, o grau parcialmente implantado

concernente à imunização, deve ser relativizado, por conta do critério adotado de

considerar capacitada a equipe apenas quando o médico e enfermeiro fossem capacitados;

dado que em imunização os treinamentos são preferentemente dirigidos ao enfermeiro, a

mudança do critério elevaria o grau para implantado. A área de saúde bucal considerada

não implantada repercutiu negativamente no consolidado geral do grau de implantação.

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115

Com referência à compatibilidade entre o grau de implantação e os resultados

alcançados verifica-se coerência entre o grau de implantação e os indicadores de resultados

das ações de saúde da mulher - pré-natal e planejamento familiar; saúde da criança -

vigilância nutricional e imunizações, considerando a mudança da regra de decisão; controle

da hipertensão, controle da diabetes e ações de saúde bucal. Considerou-se relevantes os

seguintes indicadores:

Em relação à saúde da mulher - pré-natal e planejamento familiar: elevada

proporção dos nascidos vivos de mães que tiveram mais de quatro consultas de pré-natal,

100,0% dos óbitos de mulheres em idade fértil investigados, o coeficiente de mortalidade

materna no período 2001-2003 menor que a média do Brasil, em 2001 e do Recife, no

triênio 2000-2002, ausência de casos de tétano neonatal e valorizou-se a diminuição do

único indicador disponível para o planejamento familiar, coeficiente de hospitalização por

parto e aborto em adolescente, no triênio 2001-2003.

Em relação à saúde da criança - vigilância nutricional e imunização: aumento da

proporção de menores de quatro meses com aleitamento materno exclusivo, elevado

percentual de crianças de crianças pesadas, ausência de óbito infantil por doenças

endócrinas nutricionais metabólicas, elevada cobertura vacinal no 1º ano de vida e ausência

de óbitos em menores de cinco anos por doenças imunopreveníveis.

No controle da hipertensão: proporção acima de 80% de hipertensos

acompanhados, redução da taxa de internações por AVC na população acima de 40 anos,

bem como redução da taxa de mortalidade por doenças cérebro-vasculares nessa faixa

etária.

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116

Quanto ao controle da diabetes: proporção acima de 80% de diabéticos

acompanhados, redução da taxa de internação por diabetes, mortalidade por diabetes

inferior à média do Brasil e de Pernambuco.

A área de saúde bucal, classificada como não implantada está compatível com os

indiadores selecionados, e reflete a insuficiente cobertura.

No outro extremo, não houve concordância entre o grau de implantação e os

indicadores de resultados das áreas de saúde da mulher - prevenção de câncer cérvico-

uterino; saúde da criança - assistência às doenças prevalentes da infância; controle da

tuberculose e eliminação da hanseníase.

Em relação à saúde da mulher - prevenção de câncer cérvico-uterino verificou-se

uma baixa cobertura de exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59

anos.

A saúde da criança de uma forma geral, incluindo a assistência às doenças

prevalentes da infância apresentam os resultados bem superiores ao grau de implantação,

com destaque para o coeficiente de mortalidade infantil, de 13,0/1000 nascidos vivos,

compatível com o de países maior desenvolvimento ou organização social.

O controle da tuberculose e eliminação da hanseníase apresentam indicadores

insuficientes em relação à cura e ao abandono de tratamento.

Outros aspectos a merecer destaque são: a insuficiência das articulações

interinstitucionais quer no âmbito governamental e não governamental; a necessidade de

capacitações específicas nas várias áreas estratégicas, não obstante 2/3 das ESF terem

médicos e enfermeiros com Especialização em Saúde da Família; e, ênfase às atividades de

educação em saúde principalmente dirigidas ao controle da tuberculose, a eliminação da

hanseníase e a assistência às doenças prevalentes da infância.

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117

Essa conclusão não reflete uma resposta exata e sim uma aproximação da realidade

pois além da subjetividade decorrente das respostas para a construção do grau de

implantação, verificou-se desencontros na base de dados de vários indicadores correlatos,

porém oriundos de fontes distintas. Nesse caso optamos pelos indicadores que julgamos

mais confiáveis para fazer o juízo de valor. Algumas informações fornecidas pelo Siab

apresentaram-se frágeis, ora apresentando sub-registro, ora duplicidade de registro como

foi o caso da mortalidade infantil. Esses achados em que há convergência entre o grau de

implantação e os resultados sugerem a contribuição do setor saúde para a melhoria da

situação de saúde. Por sua vez, as divergências, indicam a necessidade de aprofundar as

análises em relação às intervenções e aos efeitos, no sentido de identificar os aspectos que

precisam ser aprimorados.

Deste estudo, depreende-se alguns aspectos não ligados diretamente aos objetivos

geral e específicos, porém implícitos à concepção do Saúde da Família, abaixo destacados:

A organização da atenção básica mediante a estratégia do Saúde da Família foi

o eixo estruturador do sistema de saúde, na perspectiva de substituição do

modelo tradicional de saúde;

O PSF não apenas como extensão de cobertura, mas na perspectiva de trabalhar

as dimensões de promoção, prevenção, assistência e recuperação à saúde;

A concepção de atenção básica ampliada, integral e hierarquizada se reflete na

maneira como está imbricada com o 1º nível da média complexidade como se

fosse um bloco indissociável, no âmbito do município;

A articulação intermunicipal para referência aos níveis de maior complexidade

não consolidada devido a não implantação da Programação Pactuada e

Integrada;

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118

Trabalho efetivo da vigilância epidemiológica mediante a busca ativa para o

controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis, envolvendo

diagnóstico e acompanhamento de casos em tratamento, vigilância de óbitos de

grupos alvo (óbitos infantis e de mulheres em idade fértil);

O município superou o grande desafio de implantar o PSF em centros urbanos

com mais de 100.000 habitantes.

Diante das conclusões apresentadas e não obstante os inequívocos avanços que

refletem o elevado patamar de implantação das áreas estratégicas mínimas da atenção

básica, praticamente no limite entre o parcialmente implantado e o implantado,

recomenda-se envidar esforços pelas três esferas de governo no sentido de:

Aprimorar a estrutura e os processos de trabalho, visando dar maior estabilidade

à implantação da atenção básica e alcançar patamares mais elevados de

realização das atividades.

Expandir as ações de saúde bucal para todas as ESF.

Realizar capacitação nas áreas estratégicas mínimas da atenção básica, para os

profissionais das ESF, promovidas tanto pelo município como pela SES.

Iniciar processos para estimular as parcerias intersetoriais. Implantar a Programação Pactuada e Integrada pela SES para assegurar as

referências intermunicipais.

Assegurar incentivos financeiros do governo estadual para a atenção básica a

exemplo de alguns estados.

Realizar cooperação técnica ao município para monitoramento e avaliação da atenção básica.

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ANEXO 1

Questionário para Avaliação do Grau de Implantação das Áreas Estratégicas Mínimas da

Atenção Básica, pelas Equipes de Saúde da Família, no município de Camaragibe, em

2004

Número do Questionário: _____________

Data da entrevista:_____/_____/_____

Entrevistado

1. médico 2. enfermeiro 3. cirurgião-dentista

CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF)

1. Nome da Unidade: __________________________________________________________

2. Endereço da USF: ___________________________________________________________

3. Território: ________

4. Data de implantação da USF______/______/______

EQUIPE DE SAÚDE 1. Sim 2. Não

5. A equipe está completa?

Considerar resposta positiva se tiver no mínimo 1 médico, 1 enfermeiro, 1 aux. de

enfermagem, 4 a 6 agentes comunitários de saúde (ACSs)

6. A USF é assistida por equipe de saúde bucal (ESB)?

7. Há quanto tempo a ESB está implantada?

1. um ano

2. dois anos

3. três anos

4. acima de três anos

8. Essa ESB está ligada a quantas Unidades de Saúde da Família?

1. uma

2. duas

3. três ou mais

9. Modalidade de Habilitação:

modalidade I (CD+ACD)

modalidade II (CD + ACD + THD)

Considerar resposta positiva se for habilitado em qualquer modalidade

10. O equipamento odontológico está localizado na USF?

ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA

1

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11. Nº. de famílias cadastradas pela USF

|__| |__| |__| |__|

11a. População da área de abrangência

|__| |__| |__| |__|

12. Nº. de famílias cadastradas pela ESB? (Perguntar apenas nas ESF que têm ESB)

|__| |__| |__| |__|

12a. População da área de abrangência da ESB

|__| |__| |__| |__|

CAPACITAÇÃO GERAL 1. Sim 2. Não

13. Curso de Especialização em Saúde da Família

médico

enfermeiro

cirurgião-dentista

14. Treinamento Introdutório

médico

enfermeiro

cirurgião-dentista (CD)

auxiliar de enfermagem

técnico de higiene dental (THD)

auxiliar de consultório dentário (ACD)

agente comunitário de saúde (ACS)

SAÚDE DA MULHER 1. Sim 2. Não

PRÉ-NATAL

1. Realiza/referencia teste imunológico para diagnóstico da gravidez?

2. Realiza cadastramento de gestantes no 1º trimestre de gravidez?

3. Realiza classificação de risco gestacional desde a 1ª consulta?

4. Realiza suplementação alimentar para gestantes com baixo peso?

5. Realiza acompanhamento pré-natal de baixo risco mediante:

consulta médica

consulta de enfermagem

visita domiciliar por ACS

vacina anti-tetânica

Considerar resposta positiva se realizar no mínimo três procedimentos

6. Realiza avaliação do puerpério?

7. Realiza/referencia exames laboratoriais de rotina?

a. grupo sangüíneo e fator Rh

2

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b. sorologia para sífilis (VDRL)

c. sumário de urina

d. hemoglobina

e. glicemia de jejum

f. citologia oncótica (se necessário)

g. teste anti-HIV

Considerar resposta positiva se realizar os exames a, b, c, d, e, g

8. Utiliza os instrumentos de registro:

cartão da gestante

ficha perinatal ou prontuário da gestante

Considerar resposta positiva se tiver os dois instrumentos

9. Existe referência para ultra-sonografia obstétrica?

10. Existe referência para o pré-natal de alto risco?

11. Existe referência para o parto hospitalar?

12. Realiza atividades educativas para promoção à saúde dirigidas ao pré-natal?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

PREVENÇÃO DE CÂNCER CÉRVICO-UTERINO

13. Realiza a coleta de material para exame citopatológico?

14. Tem laboratório para a realização do exame citopatológico?

15. O resultado é entregue em até 30 dias?

16. Faz busca ativa dos casos positivos?

17. Realiza consulta médica para o tratamento da cérvico- colpite?

18. Há referência formal para os casos positivos?

19. Realiza atividades educativas dirigidas à prevenção de câncer cérvico-uterino?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

3

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grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

PLANEJAMENTO FAMILIAR

20. Realiza consulta médica e/ou enfermagem sobre planejamento familiar?

21. Orienta sobre métodos contraceptivos?

naturais

barreira

hormonal

DIU

Considerar a resposta positiva quando orientar sobre todos os métodos

22. Há fornecimento de medicamentos e de métodos anticoncepcionais?

condom

contraceptivos hormonais

DIU

diafragma

Considerar a resposta positiva quando houver estoque de no mínimo dois métodos

diferentes

23. Existe referencia para exames laboratoriais em planejamento familiar?

24. Realiza atividades educativas dirigidas ao planejamento familiar?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

QUESTÕES COMPLEMENTARES

25. Houve capacitação da equipe para:

pré-natal

prevenção de câncer cérvico-uterino

planejamento familiar

Considerar resposta positiva quando pelo menos o médico e o enfermeiro forem

capacitados

26. Existem normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos, fluxogramas) do

Ministério da Saúde para a realização do:

pré-natal

4

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prevenção de câncer cérvico-uterino

planejamento familiar

27. Faz registro diário dos atendimentos (sistema de informação, livro de registro, prontuário)

de:

pré-natal

prevenção de câncer cérvico-uterino

planejamento familiar

28. Dispõe de material educativo (folder, álbum seriado, bonecas, kits educativos, fitas de

vídeo) para o:

pré-natal

prevenção de câncer cérvico-uterino

planejamento familiar

29. Há envolvimento multiprofissional para a realização de:

pré-natal

prevenção de câncer cérvico-uterino

planejamento familiar

Considerar resposta positiva quando houver o envolvimento de pelo menos três

categorias profissionais

30. Há alguma ação referente à saúde da mulher desenvolvida em parceria com outros

setores/ONG?

pré-natal

prevenção de câncer cérvico-uterino

planejamento familiar

SAÚDE DA CRIANÇA 1. Sim 2. Não

VIGILÂNCIA NUTRICIONAL

1. Faz captação de crianças para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD)?

demanda espontânea para qualquer procedimento

visita domiciliar

Considerar resposta positiva quando utilizar as duas formas

2. Dispõe dos insumos/equipamentos para acompanhamento de CD?

balança antropométrica para adultos

balança pesa bebê

régua antropométrica

fita métrica

cartão da criança

ficha de desenvolvimento

5

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Considerar resposta positiva tiver pelo menos quatro dos insumos mencionados

3. Utiliza o cartão da criança (gráfico) para o acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento?

4. Agenda consulta de puericultura?

5. Há na ESF algum Programa de Combate às Carências Nutricionais?

vitamina A

anemia

bolsa alimentação

outro

Considerar resposta positiva quando tiver pelo menos um dos programas mencionados

6. Faz orientação sobre o aleitamento materno durante o pré-natal?

7. Incentiva o aleitamento materno exclusivo desde o nascimento?

8. Realiza visita domiciliar à puérpera/bebê na 1ª semana pós-parto?

9. Realiza atividades educativas dirigidas à vigilância nutricional (CD, aleitamento materno)?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

IMUNIZAÇÃO

10. A ESF dispõe das vacinas preconizadas pelo PNI?

BCG

anti-Hepatite B

tetravalente (DPT + Hib)

sabin

tríplice Viral (MMR)

Considerar resposta positiva se tiver todas as vacinas

11. A geladeira é de uso exclusivo para as vacinas?

12. Há tabela de controle diário da temperatura fora da geladeira?

13. As vacinas do dia ficam em caixas de isopor?

14. Tem fichário com cartão de aprazamento das vacinas?

15. Há busca de faltosos?

16. Realiza atividades educativas dirigidas à imunização?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

6

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pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

ASSISTÊNCIA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA

17. Utiliza os sinais preditivos para classificar os casos de Pneumonia?

respiração rápida (RR)

tiragem sub costal (TSC)

Considerar resposta positiva se responder RR e TSC

18. Há medicamentos para o atendimento aos casos de IRA?

amoxicilina

cefalexina

eritromicina

sulfametoxazol+trimetropim

dipirona ou paracetamol

salbutamol ou similar

ß adrenégico (ß 2) para nebulização

soro fisiológico

Considerar resposta positiva se tiver pelo menos um antibiótico, um analgésico, um ß 2

19. Tem nebulizador em funcionamento?

20. Há garantia de atendimento para os casos que precisam retornar?

21. Faz TRO em crianças na Unidade, se necessário?

22. Há medicamentos disponíveis para o tratamento da disenteria/cólera?

ácido nalidíxico

sulfametoxazol+ trimetropim

furazolidona

amoxicilina

eritromicina

Considerar resposta positiva, quando existir pelo menos dois dos medicamentos acima.

23. Há garantia de acesso à referência ambulatorial especializada ou hospitalar quando

necessário, programada e negociada, com mecanismos de regulação?

24. Realiza atividades educativas dirigidas às doenças prevalentes (Controle da Doença

Diarréica - CDD, Infecções Respiratórias Agudas - IRA)?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

7

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pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

QUESTÕES COMPLEMENTARES

25. Houve capacitação da equipe para:

crescimento e desenvolvimento

aleitamento materno

imunização

assistência às doenças prevalentes da infância

Considerar resposta positiva quando pelo menos o médico e o enfermeiro forem

capacitados

26. Existem normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos, fluxogramas) do

Ministério da Saúde para a realização do:

crescimento e desenvolvimento

aleitamento materno

imunização

assistência às doenças prevalentes da infância

27. Dispõe de material educativo (folder, álbum seriado, bonecas, kits educativos, fitas de

vídeo) para o:

crescimento e desenvolvimento

aleitamento materno

imunização

assistência às doenças prevalentes da infância

28. Há envolvimento multiprofissional para:

crescimento e desenvolvimento

aleitamento materno

imunização

assistência às doenças prevalentes da infância

Considerar resposta positiva quando houver o envolvimento de pelo menos três

categorias profissionais

29. Há alguma ação referente à saúde da criança desenvolvida em

parceria com outros setores/ONG?

crescimento e desenvolvimento

8

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aleitamento materno

imunização

assistência às doenças prevalentes da infância

CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)

1. Sim 2. Não

DIAGNÓSTICO DE CASOS

1. A ESF realiza o diagnóstico clínico da HAS?

2. Dispõe de material para o diagnóstico?

tensiômetro

estetoscópio

balança antropométrica para adulto

Considerar resposta positiva se tiver todos os insumos citados

3. Existe manutenção periódica dos equipamentos?

CADASTRAMENTO DE PORTADORES

4.Os portadores de HAS são cadastrados nos sistemas de informação, livro de registro,

prontuário?

BUSCA ATIVA DE CASOS

5. Realiza medição da pressão arterial (PA) de usuários?

demanda espontânea para qualquer procedimento

visita domiciliar

campanhas/mutirões

Considerar resposta positiva quando utilizar pelo menos duas estratégias

TRATAMENTO DOS CASOS

6. Realiza acompanhamento dos pacientes com HAS?

ambulatorial

domiciliar

Considerar a resposta positiva se acompanhar os casos nas duas instâncias

7. Fornece medicamentos para o controle da HAS?

a. hidroclorotiazida

b. furosemida

c. alfametildopa

d. clonidina

e. propranolol

f. captopril

g. adalat

9

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h. outros

Considerar resposta positiva quando tiver a, e, f

8.Acompanha sistematicamente em domicílio os pacientes com seqüela de AVC e outras

complicações?

9.Realiza busca sistemática dos pacientes faltosos?

DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS COMPLICAÇÕES

10. Realiza ou referencia os exames laboratoriais complementares:

glicemia de jejum

colesterol total /HDL/LDL

triglicerídeos

uréia

creatinina

hematimetria (Hg + Ht)

Considerar resposta positiva se realizar todos os exames

11. Tem referência para ECG?

12. Tem referência para Rx de tórax?

1º ATENDIMENTO DE URGÊNCIA (aumento súbito da pressão arterial não associada

a quadros clínicos agudos como obnubilação, vômitos, dispnéia, e que não apresentam

risco imediato de vida ou dano em órgão alvo.)

13. Realiza o 1º atendimento de urgência hipertensiva na ESF?

14. Dispõe de medicamentos para o atendimento de urgência?

15. Os casos de urgência hipertensiva, após controle, são acompanhados em domicílio?

MEDIDAS PREVENTIVAS

16. Desenvolve ações educativas para o controle de condições de risco (obesidade, vida

sedentária, tabagismo) e prevenção de complicações?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares).

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

17. Existe material educativo (folder, álbum seriado, kits educativos, fitas de vídeo) para o

controle da HAS ou promoção de hábitos saudáveis?

QUESTÕES COMPLEMENTARES

18. Houve capacitação da equipe para a implantação do controle da HAS?

10

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Considerar resposta positiva quando pelo menos o médico e o enfermeiro forem

capacitados

19. Existem normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos, fluxogramas) do

Ministério da Saúde para o controle da HAS?

20. Há envolvimento multiprofissional na operacionalização do Controle da HAS?

Considerar resposta positiva quando houver o envolvimento de pelo menos três

categorias profissionais

21. Há alguma ação referente ao controle da HAS desenvolvida em parceria com outros setores

/ONG?

CONTROLE DA DIABETES MELLITUS (DM)

1. Sim 2. Não

DIAGNÓSTICO DE CASOS

1. A ESF realiza investigação do diabetes mellitus em usuários com fatores de risco (história

familiar, obesidade, HAS, história obstétrica)?

2. O diagnóstico de DM é feito com base em:

sintomas clássicos de DM

valores de glicemia de jejum

Considerar resposta positiva se o diagnóstico usar ambos os critérios

CADASTRAMENTO DE PORTADORES

3.Os portadores de DM são cadastrados nos sistemas de informação, livro de registro,

prontuário?

BUSCA ATIVA DE CASOS

4. A ESF realiza busca ativa de casos?

demanda espontânea para qualquer procedimento

visita domiciliar

campanhas/mutirões

Considerar resposta positiva quando utilizar pelo menos duas estratégias

TRATAMENTO DOS CASOS

5. Realiza acompanhamento dos pacientes com DM?

ambulatorial

domiciliar

Considerar a resposta positiva se acompanhar os casos nas duas instâncias

6. Fornece medicamentos para o controle da DM?

a. clorpropramida

b. glibenclamida

c. glipizida

11

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d. gliclazida

e. glimepirida

f. metformina

g. insulina

Considerar resposta positiva quando tiver b, f, g

7. Realiza busca sistemática dos pacientes faltosos?

MONITORIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE GLICOSE DO PACIENTE

8. A monitorização do paciente é feita através da glicemia capilar pela ESF?

DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS COMPLICAÇÕES

9. Realiza ou referencia os exames laboratoriais para apoio ao diagnóstico de complicações:

a. glicemia de jejum

b. hemoglobina glicosilada

c. colesterol total/HDL/LDL

d. triglicerídeos

e. uréia

f. creatinina

g. hematimetria (Hg +Ht)

Considerar resposta positiva se realizar a, c, b, d, e, f, g

10. Tem referência para ECG?

1º ATENDIMENTO DE URGÊNCIA (coma hiperosmolar ≥300mg/100ml e/ou

descompensação acentuada da glicemia; infecção em pé diabético; hipoglicemia)

11. Realiza o 1º atendimento de urgência às complicações agudas e outras intercorrências em

diabetes na ESF?

12. Há acompanhamento domiciliar dos pacientes que tiveram atendimento de urgência?

ENCAMINHAMENTO DE CASOS GRAVES PARA OUTRO NÍVEL DE

COMPLEXIDADE

13. Os casos graves são agendados para atendimento em outro nível de complexidade com

garantia de atendimento?

MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROMOÇÃO À SAÚDE

14. Desenvolve ações educativas para o controle de condições de risco (história familiar,

controle do peso, hipertensão, história obstétrica, orientação alimentar, atividade física)?

15. Desenvolve ações educativas para prevenção de complicações (conhecimento sobre a

doença, cuidados com os pés, cessação do tabagismo e do alcoolismo, Controle da hipertensão

e das dislipidemias)?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

12

Page 182: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

16. Desenvolve ações educativas para a auto-aplicação de insulina?

17. Existe material educativo (folder, álbum seriado, kits educativos, fitas de vídeo) para o

controle da DM ou promoção de hábitos saudáveis?

QUESTÕES COMPLEMENTARES

18. Houve capacitação da equipe para a implantação do controle da DM?

Considerar resposta positiva quando pelo menos o médico e o enfermeiro forem

capacitados

19. Existem normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos, fluxogramas) do

Ministério da Saúde para o controle da DM?

20. Há envolvimento multiprofissional na operacionalização do Controle da DM?

Considerar resposta positiva quando houver o envolvimento de pelo menos três

categorias profissionais

21.Há alguma ação referente ao controle da DM desenvolvida em parceria com outros

setores/ONG?

CONTROLE DA TUBERCULOSE 1. Sim 2. Não

BUSCA ATIVA DE CASOS

1. Faz identificação de sintomáticos respiratórios (SR)?

demanda espontânea para qualquer procedimento

visitas domiciliares

investigações epidemiológicas de casos conhecidos

Considerar a resposta positiva se utilizar no mínimo duas estratégias

DIAGNÓSTICO CLÍNICO DOS CASOS

2. Realiza exame clínico dos:

sintomáticos respiratórios (SR)

comunicantes de casos

Considerar a resposta positiva se realizar o exame em um dos grupos

ACESSO A EXAMES PARA DIAGNÓSTICO E CONTROLE LABORATORIAL E

RADIOLÓGICO

3. Realiza ou referencia baciloscopia para diagnóstico?

4. Realiza ou referencia baciloscopia para controle, no 2º, 4º e 6º mês ?

5. Existe referência para exame radiológico em SR com baciloscopias negativas?

13

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CADASTRAMENTO DE PORTADORES

6. A Unidade faz a notificação dos casos?

7. Os pacientes são cadastrados nos sistemas de informação, livro de registro (livro preto),

prontuário?

TRATAMENTO DOS CASOS

8. Realiza o tratamento para TB na própria unidade?

9. Realiza tratamento supervisionado em pacientes BK+ com risco de abandono de tratamento?

10. Realiza tratamento auto-administrado nos casos BK -?

11. Há garantia de medicamento para o tratamento dos casos?

12. Realiza atendimento às intercorrências do tratamento?

13. Realiza busca aos pacientes faltosos?

MEDIDAS PREVENTIVAS

14. Realiza vacinação BCG?

15. Realiza quimioprofilaxia em grupos com alto risco de contrair tuberculose?

16. Realiza acompanhamento clínico dos comunicantes?

17. Realiza atividades educativas com divulgação dos sinais e sintomas da tuberculose?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação ( rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

18. Existe material educativo (folder, álbum seriado, kits educativos, fitas de vídeo) para o

Controle da Tuberculose?

QUESTÕES COMPLEMENTARES

19. Houve capacitação da equipe para a implantação do Controle da Tuberculose?

Considerar resposta positiva quando pelo menos o médico e o enfermeiro forem

capacitados

20. A Unidade dispõe de normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos,

fluxogramas) do Ministério da Saúde padronizadas para o Controle da Tuberculose?

21. Há envolvimento multiprofissional na operacionalização do Controle da Tuberculose?

Considerar resposta positiva quando houver o envolvimento de pelo menos três

categorias profissionais

22. Há alguma ação referente ao Controle da Tuberculose desenvolvida em parceria com

14

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outros setores/ONG?

ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE 1. Sim 2. Não

BUSCA ATIVA DE CASOS

1. Faz identificação de sintomáticos dermatológicos entre os usuários?

demanda espontânea para qualquer procedimento

visitas domiciliares

investigações epidemiológicas de casos conhecidos

Considerar a resposta positiva se utilizar no mínimo duas estratégias

DIAGNÓSTICO CLÍNICO DOS CASOS

2. Realiza exame clínico de:

sintomáticos dermatoneurológicos

comunicantes de casos

Considerar a resposta positiva se realizar o exame em um dos grupos

3. Realiza classificação clínica dos casos (multibacilares e paucibacilares)?

CADASTRAMENTO DE PORTADORES

4. A Unidade faz a notificação dos casos?

5. Os pacientes são cadastrados nos sistemas de informação, livro de registro), prontuário?

TRATAMENTO SUPERVISIONADO DOS CASOS

6. Realiza acompanhamento dos casos?

ambulatorial

domiciliar

Considerar a resposta positiva se acompanhar os casos em ambas as instâncias

7. Realiza avaliação dermatoneurológica dos casos em tratamento?

8. Há garantia de medicamento para o tratamento dos casos?

9. Realiza atendimento às intercorrências?

10. Realiza a busca aos pacientes faltosos?

11.Realiza curativos nos pacientes em tratamento, quando necessário?

CONTROLE DAS INCAPACIDADES FÍSICAS

12. Avalia e classifica as incapacidades físicas?

diagnóstico

tratamento

Considerar a resposta positiva se classificar nos dois momentos

13. Realiza aplicação de técnicas simples de prevenção e tratamento de incapacidades?

15

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MEDIDAS PREVENTIVAS

14. Realiza acompanhamento clínico dos comunicantes?

15. Realiza vacina BCG nos comunicantes?

16. Realiza atividades educativas com divulgação dos sinais e sintomas da hanseníase?

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consultas médicas, de enfermagem e visitas domiciliares)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

17. Existe material educativo (folder, álbum seriado, kits educativos, fitas de vídeo) para a

Eliminação da Hanseníase?

QUESTÕES COMPLEMENTARES

18. Houve capacitação da equipe para a implantação do Programa de Eliminação da

Hanseníase?

Considerar resposta positiva quando pelo menos o médico e o enfermeiro forem

capacitados

19.A Unidade dispõe de normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos,

fluxogramas) do Ministério da Saúde padronizadas para o Programa de Eliminação da

Hanseníase?

20. Há envolvimento multiprofissional na operacionalização do Programa de Eliminação da

Hanseníase?

Considerar resposta positiva quando houver o envolvimento de pelo menos três

categorias profissionais

21. Há alguma ação referente o Programa de Eliminação da Hanseníase desenvolvida em

parceria com outros setores/ONG?

SAÚDE BUCAL 1. Sim 2. Não

PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS ODONTOLÓGICOS, PRIORITARIAMENTE, NA

POPULAÇÃO DE 0 A 14 ANOS E GESTANTES

1. A Unidade realiza os seguintes procedimentos coletivos (todas as ESF)

levantamento epidemiológico

escovação supervisionada

evidenciação de placa

16

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fluorterapia intensiva

Considerar resposta positiva nas ESF com ESB quando realizar todos os procedimentos

coletivos

Considerar resposta positiva nas ESF sem ESB quando realizar até dois dos

procedimentos coletivos

2. Realiza atividades educativas em saúde bucal (todas as ESF)

Considerar resposta positiva se utilizar no mínimo duas das estratégias mencionadas,

pelo menos uma vez ao mês

abordagem individual (consulta odontológica)

abordagem familiar (visita domiciliar)

palestras (sala de espera, comunidade, escolas)

meios de comunicação (rádio, vídeo)

grupos

abordagem alternativa (teatro, dramatização)

3. Existe material educativo (folder, álbum seriado, kits educativos,

fitas de vídeo) para a saúde bucal?

CADASTRAMENTO DE USUÁRIOS

4. A ESB registra suas atividades em sistemas de informação, livro de registro, prontuário?

TRATAMENTO DOS PROBLEMAS ODONTOLÓGICOS, PRIORITARIAMENTE,

NA POPULAÇÃO DE 0 A 14 ANOS E GESTANTES

1. Sim 2. Não 3. Sem condições de uso

5. A ESB dispõe em sua Unidade dos seguintes materiais e equipamentos

a. aparelho fotopolimerizador

b. amalgamador (obrigatório)

c. equipo odontológico completo (cadeira, compressor, unidade auxiliar, mocho,

refletor)

d. caneta de alta rotação (obrigatório)

e. micro-motor (obrigatório)

f. autoclave/Estufa (obrigatório)

Considerar resposta positiva se tiver os seguintes materiais/equipamentos b, c, d, f,

1. Sim 2. Não 3. Insuficiente

6. A ESB dispõe dos seguintes materiais e insumos na USF:

EPIs e material de Biosegurança

material odontológico de consumo

17

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material educativo para a população

formulário e fichas de atendimento

Considerar resposta positiva se tiver todos os materiais/insumos

7. A ESB dispõe do seguinte instrumental para atendimento da população:

instrumental para exame clínico

instrumental para dentística

instrumental periodontal básico

instrumental cirurgico básico

instrumental para urgência (básica)

Considerar resposta positiva se tiver todos os instrumentais mencionados

8. Quais procedimentos odontológicos são realizados:

consulta odontológica

restauração de dentes decíduos ou permanentes

remoção de tártaro

exodontia (extração do elemento dental) e remoção de resto radicular

tratamento de alveolites, de hemorragias

Considerar resposta positiva se realizar todos os procedimentos mencionados

9. Tratamentos especializados disponíveis para a população (REFERÊNCIAS):

a) tratamento endodôntico ( canal)

b) serviços de reabilitação ( prótese)

c) serviços de periodontia ( gengiva )

d) ortondontia preventiva ( aparelhos )

e) serviços de urgência e emergência

Considerar resposta positiva se referenciar os procedimentos a, c, e

ATENDIMENTO A URGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS

10. Realiza atendimentos de primeiros cuidados nas urgências odontológicas não agendadas?

QUESTÕES COMPLEMENTARES

11. Houve capacitação da equipe de saúde bucal (ESB) para a implantação da atividade?

Considerar resposta positiva quando a equipe de saúde bucal for capacitada

12. A Unidade dispõe de normas (protocolos, manuais, livros, cartazes explicativos,

fluxogramas) do Ministério da Saúde padronizadas para saúde bucal?

13. Há envolvimento multiprofissional da ESB com os demais membros da ESF?

14. Há alguma ação referente à saúde bucal desenvolvida em parceria com outros setores /

ONG?

18

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ANEXO 2

ATIVIDADES DE PRÉ-NATAL NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S.Fr

anci

sco

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I/

II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Diagnóstico de gravidez

Cadastramento de gestantes no 1º trimestre

Registro diário dos atendimentos

Classificação de risco gestacional desde a 1ª consulta

Suplementação alimentar para gestantes com baixo peso

Acompanhamento pré-natal de baixo risco

Avaliação do puerpério

Exames laboratoriais de rotina

Cartão da gestante, ficha perinatal ou prontuário da gestante

Ultra-sonografia obstétrica

Pré-natal de alto risco

Parto hospitalar

Atividades educativas para promoção à saúde

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o pré-natal

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

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ANEXO 2

ATIVIDADES DE PRÉ-NATAL NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S.Jo

ão S

. Pau

lo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Diagnóstico de gravidez

Cadastramento de gestantes no 1º trimestre

Registro diário dos atendimentos

Classificação de risco gestacional desde a 1ª consulta

Suplementação alimentar para gestantes com baixo peso

Acompanhamento pré-natal de baixo risco

Avaliação do puerpério

Exames laboratoriais de rotina

Cartão da gestante, ficha perinatal ou prontuário da gestante

Ultra-sonografia obstétrica

Pré-natal de alto risco

Parto hospitalar

Atividades educativas para promoção à saúde

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o pré-natal

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

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ANEXO 3

ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DE CÂNCER CÉRVICO-UTERINO NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S.Fr

anci

sco

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I/

II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Coleta para citopatológico

Laboratório para citopatológico

Resultado até 30 dias

Busca ativa casos positivos

Tratamento da cérvico- colpite

Referência formal casos positivos

Registro diário dos atendimentos

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para a prevenção de câncer cérvico-uterino

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

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ANEXO 3

ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DE CÂNCER CÉRVICO-UTERINO NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S.Jo

ão S

. Pau

lo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Coleta para citopatológico

Laboratório para citopatológico

Resultado até 30 dias

Busca ativa casos positivos

Tratamento da cérvico- colpite

Referência formal casos positivos

Registro diário dos atendimentos

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para a prevenção de câncer cérvico-uterino

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 192: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 4

ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S.Fr

anci

sco

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I/

II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Consulta médica e/ou enfermagem sobre planejamento familiar

Orienta sobre métodos contraceptivos

Medicamentos e de métodos anticoncepcionais

Exames laboratoriais

Registro diário dos atendimentos

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o planejamento familiar

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 193: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 4

ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S.Jo

ão S

. Pau

lo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Consulta médica e/ou enfermagem sobre planejamento familiar

Orienta sobre métodos contraceptivos

Medicamentos e de métodos anticoncepcionais

Exames laboratoriais

Registro diário dos atendimentos

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o planejamento familiar

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 194: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 5

ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S.Fr

anci

sco

Bur

rion

e/E

xp.T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I/

II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Acompanhamento do CD

Insumos/equipamentos para acompanhamento de CD

Cartão da criança para o acompanhamento do CD

Consulta de puericultura

Programa de Combate às Carências Nutricionais

Aleitamento materno durante o pré-natal

Aleitamento materno exclusivo desde o nascimento

Visita domiciliar à puérpera/bebê na 1ª semana pós-parto

Atividades educativas dirigidas à CD e AM

Material educativo para CD

Material educativo para AM

Capacitação da equipe para CD

Capacitação da equipe para AM

Normas para CD

Normas para AM

Envolvimento multiprofissional CD

Envolvimento multiprofissional para AM

Parceria com outros setores/ONG para CD

Parceria com outros setores/ONG para AM

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 195: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 5

ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S. J

oão/

S. P

aulo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Acompanhamento do CD

Insumos/equipamentos para acompanhamento de CD

Cartão da criança para o acompanhamento do CD

Consulta de puericultura

Programa de Combate às Carências Nutricionais

Aleitamento materno durante o pré-natal

Aleitamento materno exclusivo desde o nascimento

Visita domiciliar à puérpera/bebê na 1ª semana pós-parto

Atividades educativas dirigidas à CD e AM

Material educativo para CD

Material educativo para AM

Capacitação da equipe para CD

Capacitação da equipe para AM

Normas para CD

Normas para AM

Envolvimento multiprofissional CD

Envolvimento multiprofissional para AM

Parceria com outros setores/ONG para CD

Parceria com outros setores/ONG para AM

Resposta Positiva Resposta Negativa

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ANEXO 6

ATIVIDADES DE IMUNIZAÇÕES NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S.Fr

anci

sco

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I/

II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Vacinas preconizadas pelo PNI

Geladeira de uso exclusivo para as vacinas

Controle diário da temperatura

Vacinas do dia em caixas de isopor

Fichário com cartão de aprazamento

Busca de faltosos

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para imunização

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 198: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 6

ATIVIDADES DE IMUNIZAÇÕES NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S. J

oão/

S. P

aulo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Vacinas preconizadas pelo PNI

Geladeira de uso exclusivo para as vacinas

Controle diário da temperatura

Vacinas do dia em caixas de isopor

Fichário com cartão de aprazamento

Busca de faltosos

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para imunização

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 199: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 7

ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA ÀS DOENÇAS PREVALENTES DA INFÂNCIA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

T

imbi

S.Fr

anci

sco

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd.C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I/

II

Pq.S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Sinais preditivos para classificar os casos de Pneumonia

Medicamentos para IRA

Nebulizador em funcionamento

Garantia de atendimento casos que precisam retornar

TRO na Unidade

Medicamentos para disenteria/cólera

Garantia de acesso ambulatorial/ hospitalar, com regulação

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para a assistência às doenças prevalentes da infância

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 200: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 7

ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA ÀS DOENÇAS PREVALENTES DA INFÂNCIA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S. J

oão/

S. P

aulo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Sinais preditivos para classificar os casos de Pneumonia

Medicamentos para IRA

Nebulizador em funcionamento

Garantia de atendimento casos que precisam retornar

TRO na Unidade

Medicamentos para disenteria/cólera

Garantia de acesso ambulatorial/ hospitalar, com regulação

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para a assistência às doenças prevalentes da infância

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 201: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 8

ATIVIDADES DE CONTROLE DA HIPERTENSÃO NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S. F

ranc

isco

Bur

rion

e.E

ep.T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S Pe

dro/

S. P

aulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I

/ II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Diagnóstico clínico da HAS

Material para o diagnóstico

Manutenção periódica dos equipamentos

Portadores de HAS cadastrados

Medição da pressão arterial de usuários

Acompanhamento dos pacientes

Medicamentos para o controle da HAS

Acompanhamento em domicílio dos pacientes com seqüela

Busca dos pacientes faltosos

Exames laboratoriais complementares

Referência para ECG

Referência para Rx de tórax

1º atendimento de urgência hipertensiva

Medicamentos para o atendimento de urgência

Acompanhamento dos casos de urgência hipertensiva

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o controle da HAS

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 202: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 8

CONTROLE DA HIPERTENSÃO NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S. J

oão

/ S. P

aulo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Diagnóstico clínico da HAS

Material para o diagnóstico

Manutenção periódica dos equipamentos

Portadores de HAS cadastrados

Medição da pressão arterial de usuários

Acompanhamento dos pacientes

Medicamentos para o controle da HAS

Acompanhamento em domicílio dos pacientes com seqüela

Busca dos pacientes faltosos

Exames laboratoriais complementares

Referência para ECG

Referência para Rx de tórax

1º atendimento de urgência hipertensiva

Medicamentos para o atendimento de urgência

Acompanhamento dos casos de urgência hipertensiva

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o controle da HAS

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 203: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 9

ATIVIDADES DE CONTROLE DA DIABETES MELLITUS NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S.Jo

ão/S

. Pau

lo

Sta.

Mª/S

taT

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

iro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Investigação do diabetes mellitus em usuários

Diagnóstico de DM

Portadores de DM cadastrados

Busca ativa de casos

Acompanhamento dos pacientes

Medicamentos para o controle da DM

Busca dos pacientes faltosos

Monitorização através da glicemia capilar

Exames laboratoriais para apoio ao diagnóstico de complicações

Referência para ECG

1º atendimento às complicações agudas

Acompanhamento domiciliar

Agendamento do atendimento

Atividades educativas de promoção

Atividades educativas de prevenção

Atividades educativas para a auto-aplicação de insulina

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o controle da DM

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 204: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 9

CONTROLE DA DIABETES MELLITUS NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S. F

co.

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I

/ II

Pq. S

. Fco

.

Vila

Ric

a

Ara

çá

Investigação do diabetes mellitus em usuários

Diagnóstico de DM

Portadores de DM cadastrados

Busca ativa de casos

Acompanhamento dos pacientes

Medicamentos para o controle da DM

Busca dos pacientes faltosos

Monitorização através da glicemia capilar

Exames laboratoriais para apoio ao diagnóstico de complicações

Referência para ECG

1º atendimento às complicações agudas

Acompanhamento domiciliar

Agendamento do atendimento

Atividades educativas de promoção

Atividades educativas de prevenção

Atividades educativas para a auto-aplicação de insulina

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o controle da DM

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 205: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 10

ATIVIDADES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S. F

ranc

isco

Bur

rion

e.E

xp.T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S.Pe

dro/

S.Pa

ulo

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I

/ II

Pq. S

. Fco

.

Vila

Ric

a

Ara

çá

Identificação de sintomáticos respiratórios

Exame clínico dos sintomáticos respiratórios e comunicantes

Baciloscopia para diagnóstico

Baciloscopia para controle *

Exame radiológico em SR com baciloscopias negativas

Notificação dos casos *

Cadastramento dos pacientes *

Tratamento na própria unidade *

Tratamento supervisionado em pacientes BK+ *

Tratamento auto-administrado nos casos BK- *

Garantia de medicamento

Atendimento às intercorrências *

Busca aos pacientes faltosos *

Vacinação BCG

Quimioprofilaxia em grupos com alto risco *

Acompanhamento clínico dos comunicantes *

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o controle da tuberculose

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa * Equipe que nunca tive caso

Page 206: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 10

CONTROLE DA TUBERCULOSE NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S. J

oão/

S.Pa

ulo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Identificação de sintomáticos respiratórios

Exame clínico dos sintomáticos respiratórios e comunicantes

Baciloscopia para diagnóstico

Baciloscopia para controle * *

Exame radiológico em SR com baciloscopias negativas

Notificação dos casos * *

Cadastramento dos pacientes * *

Tratamento na própria unidade * *

Tratamento supervisionado em pacientes BK+ * *

Tratamento auto-administrado nos casos BK- * *

Garantia de medicamento

Atendimento às intercorrências * *

Busca aos pacientes faltosos * *

Vacinação BCG

Quimioprofilaxia em grupos com alto risco * *

Acompanhamento clínico dos comunicantes * *

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o controle da tuberculose

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa * Equipe que nunca tive caso

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ANEXO 11

ATIVIDADES DE ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S. F

co.

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

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S. P

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Céu

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eiro

Naz

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Val

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drei

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B. E

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Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I

/ II

Pq. S

. Fco

.

Vila

Ric

a

Ara

çá

Identificação de sintomáticos dermatológicos

Exame clínico de sintomáticos dermatológicos e comunicantes

Classificação clínica dos casos

Notificação dos casos

Cadastramento dos pacientes

Acompanhamento dos casos

Avaliação dermatoneurológica

Garantia de medicamento

Atendimento às intercorrências

Busca aos pacientes faltosos

Curativos nos pacientes em tratamento

Avalia e classifica as incapacidades físicas

Técnicas simples de prevenção e tratamento de incapacidades

Acompanhamento clínico dos comunicantes

Vacina BCG nos comunicantes

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o Programa

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

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ANEXO 11

ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE A

sa B

ranc

a

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S.Jo

ão/S

. Pau

lo

Sta.

Mª/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

iro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Prim

aver

a I

Sant

ana

Identificação de sintomáticos dermatológicos

Exame clínico de sintomáticos dermatológicos e comunicantes

Classificação clínica dos casos

Notificação dos casos

Cadastramento dos pacientes

Acompanhamento dos casos

Avaliação dermatoneurológica

Garantia de medicamento

Atendimento às intercorrências

Busca aos pacientes faltosos

Curativos nos pacientes em tratamento

Avalia e classifica as incapacidades físicas

Técnicas simples de prevenção e tratamento de incapacidades

Acompanhamento clínico dos comunicantes

Vacina BCG nos comunicantes

Atividades educativas

Material educativo

Capacitação da equipe

Normas para o Programa

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores / ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 209: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 12

ATIVIDADES DE SAÚDE BUCAL DE NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Asa

Bra

nca

N. S

. Car

mo

João

Pau

lo II

Via

na

Tab

atin

ga C

entr

o

Bor

ralh

os

Oite

nta

Est

ação

Nov

a

Are

inha

S. J

oão

/ S. P

aulo

Sta.

Mar

ia/S

ta T

erez

.

Lot

. S. J

orge

Alto

S. A

ntôn

io

Are

eiro

Paul

o A

fons

o

Prim

aver

a II

Pri

mav

era

I

Sant

ana

Procedimentos coletivos

Atividades educativas

Material educativo

Cadastramento de usuários

Equipamentos e instrumentais odontológicos necessários na atenção básica

Materiais e insumos odontológicos necessários na atenção básica

Instrumental odontológico para exame clínico, dentística, periodontal básico, cirurgico básico, e urgência

básica

Procedimentos odontológicos básicos

Referencia para tratamentos especializados

Primeiros cuidados nas urgências odontológicas não agendadas

Capacitação da equipe

Normas para saúde bucal

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa

Page 210: INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO – IMIP · Aos colegas da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, pela demonstração de sensibilidade e compromisso com a produção

ANEXO 12

ATIVIDADES DE SAÚDE BUCAL DE NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, CAMARAGIBE, 2004

ESF

ATIVIDADE

Tim

bi

S. F

ranc

isco

Bur

rion

e/E

xp. T

imbi

Sta.

Môn

ica

Jd. C

amar

agib

e

Alto

B. V

ista

Car

mel

itas

S. P

edro

/S.

Paul

o

Céu

Azu

l

Cel

eiro

Naz

aré

Val

e Pe

drei

ras

B. E

stad

os

Vila

Fáb

rica

Tab

atin

ga I

/ II

Pq. S

. Fra

ncis

co

Vila

Ric

a

Ara

çá

Procedimentos coletivos

Atividades educativas

Material educativo

Cadastramento de usuários

Equipamentos e instrumentais odontológicos necessários na atenção básica

Materiais e insumos odontológicos necessários na atenção básica

Instrumental odontológico para exame clínico, dentística, periodontal básico, cirurgico básico, e

urgência básica

Procedimentos odontológicos básicos

Referencia para tratamentos especializados

Primeiros cuidados nas urgências odontológicas não agendadas

Capacitação da equipe

Normas para saúde bucal

Envolvimento multiprofissional

Parceria com outros setores/ONG

Resposta Positiva Resposta Negativa