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INSTITUTO INFOCOSInstituto de Formação do Cooperativismo Solidário

CRESOL BASERCooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária

Central Cresol Baser

CURSO AVANÇADO PARA CONSELHEIROS DE ADMINISTRAÇÃO

Francisco Beltrão – PR 2014

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FICHA TÉCNICA Curso Avançado para Conselheiros de Administração

CRESOL BASER – Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária

Diretoria Executiva

Alzimiro Thomé – Presidente

Luiz Ademar Panzer – Vice-Presidente

Edson Vieira – Diretor Financeiro

Luiz Levi Tomacheski – Diretor Secretário

Jairo Lofi – Primeiro Secretário

INSTITUTO INFOCOS – Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário

Diretoria Executiva

Wilmar Salésio Vandresen – Presidente em exercício

Luiz Levi Tomacheski – Diretor Financeiro

Organização do Material

Armando João Henn – Analista de Relações Sociais

Andressa Castro – Assessora Jurídica

Edenilson Giachini – Analista de Gestão

Hans Cristian Koch – Auditor Interno

José Carlos Vandresen – Analista de Formação

Rosane Aparecida Guimarães Zanco - Pedagoga

Rosiane Dalacosta Caragnato - Pedagoga

Colaboração

Eloibiso Schadeck de Siqueira – Engenheiro Agrônomo

Lucas Reichembach – Auditor Interno

Diagramação e ArteINSTITUTO INFOCOSCENTRAL CRESOL BASER

Fotos Acervo – CENTRAL CRESOL BASERAcervo – INSTITUTO INFOCOS

ImpressãoGrafisul Gráfica e Editora

Tiragem600 Exemplares2014

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO. ..............................................................................................................03História e Contos do Cooperativismo. .........................................................................05 O Milho Premiado. ...........................................................................................................05O Galo que cantava para fazer o sol nascer.................................................................06

1. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES LEGAIS E ESTATUTÁRIAS....08 1.1 Introdução e Questões para debate. ..................................................................08

1.2 Estudo de Casos. (Fictícios). ..............................................................................08 1.2.1 Documento 1 – Carta Ouvidoria................................................................09

1.2.2 Documento 2 – Denúncia a Comissão de Ética e Conduta.....................101.2.3 Documento 3 – Carta de Repúdio ..............................................................14

1.3 Lei do Cooperativismo nº 5764/71.......................................................................16 1.4 O Estatuto Social das Cooperativas do Sistema Cresol.......................................16

2. O PAPEL DO COMITÊ DE CRÉDITO E AS ALÇADAS DE LIBERAÇÃO...23 2.1. A Composição do Comitê de Crédito. ....................................................................24 2.1.1 – Comitê de Crédito da Cooperativa Singular.......................................24 2.1.2 - Comitê de Crédito da Base Regional...............................................24 2.1.3 – Comitê de Crédito da Central.....................................................25 2.1.4 - Registro das Deliberações do Comitê de Crédito............................25 2.1.5 - Documentos que formam o Dossiê..............................................25 2.2. Alçadas de liberação. .........................................................................................26

3. RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO................................................................29 3.1 Inadimplência...............................................................................................29 3.2 Inclusão e Exclusão do SERASA........................................................................30 3.3 Conciliação Extrajudicial...................................................................................30 3.4 Ação Judicial.................................................................................................30 3.5 Recebimento de Bens em Pagamento......................................................................30

4. AUDITORIA INTERNA. ......................................................................................31 4.1 Auditoria Interna Do SISTEMA CRESOL BASER. ...........................................32 4.1.1 Relatório de Auditoria Interna. ............................................................33 4.1.2 Plano de Auditoria, Pontuação de Risco e Reincidências.....................37

4.2 Mudanças Implantadas. ................................................................................40 4.2.1 Divulgação do Plano de Auditorias....................................................40 4.2.2 Aviso de Agendamento........................................................................40 4.2.3 Implantação de Metodologia da Auditoria Contínua.........................40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................41 ANEXOS I......................................................................................................................43 Resolução Nº 183...................................................................................................43

ANEXOS II......................................................................................................48 Comunicado Nº 2740................................................................................................48

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APRESENTAÇÃO

O Cooperativismo Solidário visa o aprimoramento do Ser Humano em todas suas dimensões: social, econômica, cultural, e preocupa-se com a qualidade de seus produtos e serviços, o cuidado com o meio ambiente e busca construir uma sociedade mais democrática e sustentável.

Neste sentido, o Cooperativismo é reconhecido como o sistema mais participativo e democrático, indicado para atender às necessidades e interesses específicos dos trabalhadores, sendo assim, é um Sistema que propicia o desenvolvimento integral do indivíduo por meio do coletivo.

As Cooperativas do Sistema Cresol Baser reconhecem a importância desta participação e buscam constantemente meios para que Dirigentes, Colaboradores e os Cooperados (as) qualifiquem o seu trabalho.

O Conselho de Administração é um Órgão Estatutário que tem como principal função a representação do quadro social da Cooperativa.

Representar a Assembleia requer conhecimento e habilidade para alinhar as demandas dos Sócios para que sejam transformadas em ações orientadas pelos princípios e valores que nos direcionam.

Orientados pelo Quinto Princípio do Cooperativismo – Educação, Formação e Informação, a CENTRAL CRESOL BASER, junto com o INSTITUTO INFOCOS, organizaram este Curso Avançado para os Conselheiros Administrativos, que buscam refletir algumas questões, como o debate e o conhecimento relacionado às Suas Responsabilidades, o Jurídico e a Gestão das Cooperativas.

Este Curso será ministrado pelos Assessores ou Gestores de Administração, com a contribuição dos Assessores Jurídicos, e o auxilio dos Coordenadores de Formação das Bases Regionais e/ou da Central Cresol Baser.

Todos os Conselheiros Administrativos das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária são os convidados especiais desta formação, para juntar a experiência dos que estão no cargo há mais tempo, com os Conselheiros Novos Eleitos que estão iniciando suas atividades neste ano.

O curso tem por objetivo contribuir com a formação dos Dirigentes, a fim de, fortalecer a atuação dos Conselhos de Administração e dar sequência ao trabalho de gestão democrática e transparente.

Participe e Bom Curso!

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Anotações

Curso Avançado para Conselheiros de Administração

História e Contos do Cooperativismo

Um conto, uma história, assim como uma música, os poemas são escritos por pessoas. Essas por sua vez, têm histórias de vida diferentes e estão inseridas em contextos diversos.

Portanto, as histórias revelam sentidos e significados próprios do autor e retratam realidades que, poderão ser diferentes das nossas. Com isso as histórias, principalmente, não servem de parâmetros ou instrumentos de medida para algo ou para alguém.

Pelo contrário, existem e foram construídos para serem lidos, sentidos e nos proporcionarem uma “viagem” pelo mundo da vida. Apreciá-los nos faz bem, gera energia e elementos para a reflexão e para a criatividade. Na perspectiva de embalar sonhos e utopias, para a luta e o prazer de aninhar o encanto pelo saber, com as delícias do bem querer e da cooperação. É também, importante olharmos para esses escritos a partir dos tempos e espaços que vivemos. Nesta perspectiva segue a história..., com os encantos, os sonhos as utopias, e tudo mais.

O MILHO PREMIADO

Conta-se uma história, de que um Agricultor bem sucedido, ano após ano, ganhava o troféu “Milho

Gigante”, na Feira da Agricultura do Município. Não dava outra: ele chegava à exposição com seu milho e saia com a faixa premiada no peito, por seu produto cada vez

melhor.Em uma dessas ocasiões, um repórter ao

entrevistá-lo após um prêmio, ficou intrigado com a confissão do Agricultor, de que partilhava a semente de seu milho – de melhor qualidade – com seus vizinhos.

Por que o Senhor compartilha a sua semente de superior qualidade com seus vizinhos, quando todos os anos eles estão competindo com seu produto? – indagou o repórter.

O Agricultor respondeu: Você não sabe, mas o vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo em campo. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior, a polinização atingirá seguidamente a qualidade do meu milho. Por isso, se eu quiser cultivar milho bom, de qualidade, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivarem milho bom e de qualidade boa também.

O Agricultor estava atento à conexão da vida: o milho cultivado só

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poderia melhorar se o produto do vizinho também tivesse a qualidade melhorada.Esse exemplo vale para todos, e em diversas dimensões da vida. Quem escolhe estar em paz, é

convidado a fazer com que seus vizinhos também estejam em paz.Quem quer viver bem, precisa ajudar os outros para que também vivam bem. E quem quer ser feliz,

deve ajudar os outros a encontrar a felicidade. O bem estar de cada um está ligado no bem estar de todos. E que todos consigam ajudar seus vizinhos a cultivarem um milho cada vez melhor.

(Autor Desconhecido).

O GALO QUE CANTAVA PARA FAZER O SOL NASCER

Era uma vez um galo que acordava bem cedo todas as manhãs e dizia para a bicharada do galinheiro:

- Vou cantar para fazer o sol nascer...Ato contínuo, subia até o alto do telhado, estufava o peito, olhava para o

nascente, cantava: - Co-có-ri-có-có... E ficava esperando...Dali a pouco a bola vermelha começava a aparecer, até que se mostrava

toda, acima das montanhas, iluminando tudo. O galo se voltava, orgulhoso, para os bichos e dizia:

- Eu não falei?E todos ficavam boquiabertos e respeitosos ante o poder tão

extraordinário conferido ao galo: cantar pra fazer o sol nascer. Ninguém duvidava. Tinha sido sempre assim. Também o galo-pai cantara para fazer o sol nascer, e o

galo-avô...Tal poder extraordinário provocava as mais variadas reações. Primeiro, os próprios galos não

estavam de acordo. E isto porque não havia um galo só. Quando a cantoria começava, de madrugada, ela ia se repetindo pelos vales e montanhas. Em cada galinheiro havia um galo que pensara a mesma coisa e julgava todos os outros uns impostores invejosos. Além do que não havia acordo sobre a partitura certa para fazer o sol nascer. Cada um dizia que a única verdadeira era a sua, todas as outras não passando de falsificações e heresias. Em cada galinheiro imperava o terror. Os galos jovens tinham de aprender a cantar do jeitinho do galo velho, e se houvesse algum que desafinasse ou trocasse bemóis por sustenidos, era imediatamente punido. Por vezes, a punição era um ano de proibição de cantar. Sendo mais grave o desafino, ameaçava-se com o caldeirão de canja do fazendeiro, fervendo sobre o fogão de lenha.

- Ou você cocorica direito, como deve, ou o denuncio ao fazendeiro...A ameaça era suficiente para fazer tremer e obedecer os mais rebeldes.Depois, havia grande ansiedade entre os moradores do galinheiro. E se galo ficasse rouco? E se

esquecesse da partitura? Quem cantaria para fazer nascer o sol? O dia não amanheceria. E por causa disso cuidavam do galo com o maior cuidado. Ele, sabendo disso, exigia um tratamento de primeira.

E aconteceu, como era inevitável, que certa madrugada o galo perdeu a hora e não cantou para fazer o sol nascer. Mas o sol nasceu sem o seu canto.

O galo acordou com o rebuliço no galinheiro. Todos falavam ao mesmo tempo.- O sol nasceu sem o galo... O sol nasceu sem o galo...O pobre galo não podia acreditar naquilo que os seus olhos viam: a enorme bola vermelha, lá no alto

da montanha. Como era possível?Teve um ataque de depressão ao perceber que o seu canto não era tão poderoso como sempre pensara. E a vergonha era grande!

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Anotações

Passou-se muito tempo sem que se ouvisse o cantar do galo de deprimido e humilhado que ele estava. O que era uma pena: porque é tão bonito. Canto do galo e sol nascente combina tanto. Parece que nasceram um para o outro.

Até que numa bela manhã, o galinheiro foi novamente despertado de novo com o canto do galo. Lá estava ele, no alto do telhado, peito estufado...

- Está cantando pra fazer o sol nascer? Perguntou o peru em meio a uma gargalhada.

- Não, respondeu o galo. Antes, eu cantava pra fazer o sol nascer, eu era doido varrido. Mas agora, eu canto porque o sol vai nascer. O canto é o mesmo. E eu virei poeta!

(ALVES, Rubem. Estórias de bichos. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 1990. p. 22-25).

Cooperar é aprender a conviver. Não é fácil aceitar o outro, com suas características únicas, seus defeitos incorrigíveis, suas manias que nos incomodam. Cooperar é fazer um esforço pela convivência em harmonia.

Fazer o esforço da convivência, da cooperação é, sobretudo, amar. É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios. É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar. É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração. É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor. É fácil sentir o amor, difícil é conter sua corrente.

Que possamos nos aproximar uns dos outros com amor e serenidade de tal forma que nossos espinhos não firam as pessoas que mais amamos tanto no trabalho, na escola, em casa, no campo ou na cidade.

Interagindo- Que lições podem extrair do texto acima?- Existe relação entre a história e as Entidades que você

participa e/ou conhece?

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1. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES LEGAIS E ESTATUTÁRIAS

Dois elementos definem o caráter de uma Cooperativa: os fins para os quais foi criada e os meios para alcançá-los. Os meios são constituídos pela estrutura da organização e pelas normas ou regras de conduta que determinam o processo administrativo.

A estrutura estabelece o papel de cada membro no interior da organização. Desta forma, é importante destacar o papel do Conselho de Administração nos atos de gestão da Cooperativa que possuem legislação específica e organização, baseada nos seus respectivos Estatutos Sociais, o que torna sua estrutura mais sólida e sua gestão mais democrática e transparente.

É nesta perspectiva que se coloca a questão da participação e do trabalho do Conselheiro Administrativo, fortalecendo a prática da gestão. O Conselho de Administração precisa conhecer da obrigatoriedade legal e respeitar atribuições e responsabilidades Estatutárias.

Diante do exposto é importante olhar a realidade das Cooperativas Singulares e verificar como se realiza a Gestão e Administração das mesmas. Queremos a partir das dificuldades encontradas e vividas aperfeiçoar o nosso aprendizado e qualificar as nossas ações de administração.

Por isso, neste primeiro momento, vamos analisar alguns “casos fictícios” sem explicitar nomes e localização, mas tratando da problemática do conteúdo e dos fatos verídicos. Olhamos a realidade, os acontecimentos e os fatos para melhor compreender a importância e o sentido das normas e regras das organizações sociais, da função do Conselho de Administração, para as Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária, por isso metodologicamente começamos perguntando:

1.1 Introdução eQuestões para debate

1. Por que a Cooperativa chegou nesta situação? 2. Quais as ações que o Conselho de Administração poderia ter feito, previamente, para

não chegar nessa situação?3. Em que medida o Conselho Administrativo descumpriu a Legislação e/ou o

Estatuto Social?4. Que ações devem ser realizadas pelo Conselho de Administração para prevenir esse

tipo de situação em nossas Cooperativas?5. Quais são os procedimentos para fazer uma denúncia?6. Quantas pessoas estavam envolvidas neste caso?7. Como avaliar o posicionamento dos Colaboradores e Associados?

1.2 - Estudo de Casos (Fictícios)

A Cooperativa Girassol, Município de Pedra do Rio-AM teve uma situação denunciada envolvendo o Vice-Presidente e integrante do Conselho de Administração na Ouvidoria da Central Maravilha. Tendo recebido a denúncia, a Ouvidoria encaminhou o procedimento investigatório para a Base das Flores ao qual procedeu a apuração dos fatos:

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Anotações

1.2.1 Documento 1 – Carta Ouvidoria 276/2012 (Fictício)

Ao Conselho de Administração da Cooperativa Girassol e Base Regional das Flores.Classificação: ReclamaçãoFormato de formulação: Utilização do DDG 0800 da Ouvidoria do Sistema Maravilha.Data do registro: 10/11/2012Protocolo: 2548765585Senhor Administrador venho através desta, realizar o repasse da reclamação formulada através do serviço de Ouvidoria do Sistema Maravilha por reclamante que optou pela prerrogativa da não identificação.Os assuntos da reclamação seguem abaixo na descrição pessoal do reclamante.“Como sócia da Cresol quero reclamar, pois ontem estava na fila do caixa e o Sr. Pé de Feijão que era o vice-presidente estava sendo atendido quando começou a gritar, bater nas mesas, e empurrou o computador, derrubou no chão, nem sabemos se quebrou. Ficou muito feio, virou comentário por ser cidade pequena, mas o problema é que somos sócios, pagamos por aqueles computadores, se ele quebrou a tela, no mínimo ele deverá pagar. No momento, a Cooperativa estava cheia, tinha idosos e crianças que ficaram assustados. Tomem providências por favor.”

As respostas e ações de correção referente à reclamação acima registrada deverão ser retornadas a esta ouvidoria por escrito no prazo máximo de 08 dias, sendo esta encaminhada diretamente aos Ouvidores ou Diretor Ouvidor da Central Maravilha conforme descrito no Manual de Ouvidoria.

Alertamos ainda que as ações de correção da reclamação registrada, bem como o retorno a esta ouvidoria, deverão ser acompanhadas e ter a anuência da Base Regional das Flores a que esta Cooperativa esta vinculada.

Caso a Cooperativa não proceda ao retorno com ações corretivas, bem como defesa se for o caso, a referida reclamação será encaminhada a executiva desta Central para posteriores resoluções e punições conforme determina o Estatuto.

Atenciosamente, Zé Colméia Ouvidor

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1.2.2 Documento 2 – Denúncia a Comissão de Ética (Fictício)

SENHOR (A) PRESIDENTE DA COMISSÃO E COMITÊ DE ÉTICA DA CENTRAL MARAVILHA.

A COOPERATIVA DA BASE REGIONAL DAS FLORES, inscrita no CNPJ nº 13.458.901/0111-27, neste ato representado, pelo seu Diretor-Presidente, Diretor Financeiro, Gestor Regional, bem como por meio de sua Assessoria Jurídica, comparece perante esta respeitável Comissão e/ou Comitê de Ética e Conduta da Central Maravilha, para:

COMUNICAR VIOLAÇÕES AO CÓDIGO DE ÉTICA, NA FORMA DE DENÚNCIA.

Em face do Sr. JOÃO PÉ DE FEIJÃO, atual Vice-Presidente e membro do Conselho de Administração da COOPERATIVA GIRASSOL, inscrito no CPF 125.000.000-12, residente e domiciliado na Rua Tupiniquins, Pedra do Rio/AM, expondo os fatos que seguem e ao final formulando requerimentos, nos seguintes termos:

I - Breve relato dos fatos Primeiramente, importante destacar, que a Cooperativa GIRASSOL de Pedra do

Rio, inscrita no CNPJ 25.013.745/0110-88, vem enfrentando sérios problemas no que tange a sua Diretoria. A saber:

O ex-presidente, ora denunciado, figurou no cargo por 07 anos e atualmente está investido no cargo de Vice-Presidente. No entanto, lamentavelmente, a sua conduta como Associado e Dirigente, não tem sido condizente com os regramentos do Estatuto Social, bem como tem infringido diversos preceitos internos, conforme estará demonstrado com a instauração do processo investigatório, que se espera seja inaugurado por esta distinta Comissão de Ética e Conduta.

O fato que especialmente motiva a presente DENÚNCIA ocorreu no dia 10/11/2012, em pleno expediente, o Sr. João Pé de Feijão, ocasionou um incidente demonstrando total falta de ética, zelo e respeito com funcionários, usando de atos de agressividade deferidos contra a funcionária MARIA DAS FITAS, em razão desta ter requerido que o mesmo reconhecesse firma da assinatura de sua esposa em um contrato onde o casal figurava como Avalista, haja vista que o contrato havia sido levado para a mesma assinar em sua residência.

O contrato em questão era de titularidade do cunhado do Denunciado, Sr. BARBA AZUL.

Naquela ocasião, irritado com a exigência, que na prática da Cooperativa é imposta a todos dos cooperados, o mesmo insultou a FUNCIONÁRIA, gritando a pergunta de “quem teria criado aquela regra”, constrangendo a mesma para que falasse, usando de palavras ofensivas, intimando corporalmente ao ficar em pé na frente de sua mesa, e por fim, derrubando o computador da mesa sobre a FUNCIONÁRIA, que por muito pouco não foi atingida, além de telefones e os outros objetos que estavam na mesa.

Após a cena, o Vice-Presidente entrou para uma das salas da parte interna da Cooperativa, e conforme as testemunhas no local, o Diretor continuou a gritar, esbravejar, quebrar e bagunçar os materiais e após isso iniciou uma suposta crise de choro.

Os funcionários ficaram amedrontados com a situação e optaram por não acionar a Polícia, em razão de preservar a imagem da Cooperativa perante a sociedade, sendo que,

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Anotações

acalmados os ânimos, o PRESIDENTE TIO PATINHAS, compareceu a Delegacia de Polícia e Registrou de Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia, nos seguintes termos:

DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Relata o noticiante de que é Presidente da Cooperativa Girassol que no dia 10 de novembro de 2012, a pessoa de João Pé de Feijão, o qual é Vice-Presidente da mesma Cooperativa, foi até a unidade e por motivos de regras interna da cooperativa acabou se exaltando e irritando e batendo as mãos na mesa de atendimento, derrubando vários objetos, inclusive um monitor, o qual segundo notificante não teve perdas significativas embora possa ter ocorrido algum problema, que não deseja representar no momento.

Há de ser frisado que o episódio acima, apenas foi mais um no histórico do Acusado, registre-se que em ABRIL deste ano de 2012, no dia da posse da nova Diretoria do Conselho de Administração, este também fez escândalo dentro da Cooperativa, quando o mesmo, se comportou de maneira totalmente descontrolada, gritando e fazendo reclamações voltadas aos seus interesses pessoais, justamente na área pública de atendimento aos Cooperados.

Porém, dessa vez, a sua AGRESSIVIDADE colocou em risco a integridade física de pessoas, funcionários e cooperados, a imagem da Cooperativa perante a sociedade bem como, inclusive, o patrimônio material da mesma, o que não pode mais ser admitido à luz da natureza das relações cooperativistas, bem os princípios que sustentam o SISTEMA MARAVILHA.

Nesse sentido, a COOPERATIVA MARAVILHA, vem sofrendo com problemas originados pela conduta por aquele que deveria ser um dos principais apoiadores de suas atividades.

Diante disso, fica a pergunta: Como é possível continuar confiando os poderes citados no Estatuto Social ao Vice-Presidente que, nos seus atos demonstra total desequilíbrio e que sua conduta conflita diretamente com os interesses da Cooperativa?

Dessa forma, latente é a preocupação da BASE REGIONAL DAS FLORES, ora denunciante, quanto a Cooperativa em questão, com a continuidade da sua credibilidade como instituição financeira no ramo de crédito rural, com a segurança de seus sócios cooperados e todo quadro de funcionários e colaboradores que estão sujeito ao constrangimento e intimidações desarrazoadas do seu então Vice-Presidente.

II – Das Disposições Estatutárias da Cooperativa e Código de Ética do Sistema Maravilha.

a) Quanto à extinção do vínculo social por meio da eliminação do sócio Sr. JOÃO PÉ DE FEIJÃO. Vê-se inicialmente que o comportamento do acusado, conforme acima

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relatado, vem trazendo inenarráveis prejuízos à cooperativa de modo que, tal conduta enseja a extinção do seu vínculo como associado, através da sua imediata eliminação do quadro societário.

Portanto, no que tange a condição de associados, resta claro que a mesma não deve ser mantida, sob pena de estarem sendo ignoradas as prerrogativas estatutárias.

No presente caso, o acusado JOÃO PÉ DE FEIJÃO, possui um capital social no valor de R$ 33.215.00 (Trinta e três mil, duzentos e quinze reais), sendo que o valor devido à Cooperativa Girassol é de R$ 15.090,29 (quinze mil, noventa reais e vinte e nove centavos) na data de 01/11/2012, do modo que a diferença desse valor deverá ser restituída ao mesmo, nas condições a serem estipuladas pelo Conselho de Administração, ficando sugerida a restituição em uma única parcela.

b) Quanto à destituição do Sr. JOÃO PÉ DE FEIJÃO do cargo de Vice-Presidente e membro do Conselho de Administração. Igualmente no que tange a continuidade do acusado no cargo de Vice-Presidente, esta se torna inadmissível, eis que os incidentes ocasionados pelo mesmo demonstraram a falta dos requisitos indispensáveis para o exercício de um cargo de gestão no âmbito de uma Cooperativa.

Note-se que, conforme restará provado, o então Vice-Presidente, quis fazer uso de seu cargo, para não atender ao requisito imposto para liberação do crédito. Isso porque, o contrato que o mesmo “forçou” a liberação, e do qual é avalista, é de titularidade de BARBA AZUL (conta 1883), e teve parte do valor transferido para a conta deste, JOÃO PÉ DE FEIJÃO (conta 85). (informações cobertas pelo manto do sigilo bancário).

Nesse sentido, tendo em vista a necessidade de afastamento em definitivo do acusado das atividades, a competência para tanto, é exclusiva das Assembleias Gerais, Ordinárias ou Extraordinária.

Não obstante, é importante ressaltar a existência no Estatuto, de dispositivos que prevê, “Os casos omissos ou duvidosos serão resolvidos de acordo com a lei e os princípios cooperativistas, ouvidos os órgãos de fiscalização do Cooperativismo”. Naturalmente porque é impossível prever no bojo do Estatuto casa circunstância que pode ocorrer nas relações cooperativistas.

No caso em comento se emerge a aplicação do Código de Ética, eis que é o instrumento que resguarda as premissas maiores no que tange aos princípios e fundamentos do sistema cooperativista.

III – Das condutas do acusado que violaram o Código de Ética Diante do exposto, as condutas típicas que violaram direta ou indiretamente o

Código de Ética são:a) Má conduta nos relacionamentos de ambiente de trabalho;b) Falta de zelo com a imagem da instituição, a qual possui cargo de Vice-

Presidente e membro do Conselho de Administração;c) Conduta desrespeitosa com subordinados com atos de agressividade;d) Abuso do poder e suposto prestígio como Vice-Presidente;e) Desrespeito com os Cooperados (que são razão e objetivo do trabalho da

Cooperativa);f) Conflito de interesses (interesse próprio que se sobrepõe aos interesses da

Cooperativa);

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g) Tentativa de usar do “prestigio” de seu cargo para benefício próprio ou de outras pessoas.

h) Deixar documentos expostos a visão geral (notificações não entregues, o que também é choque de interesse, por não querer se indispor com devedores, possivelmente seus amigos, conhecidos).

i) Agir de desacordo com as práticas relacionais trabalhista, praticando assédio moral com funcionários, abrindo precedentes para que a Cooperativa tenha que responder processo trabalhista;

j) Outras ocorrências: Ainda, pelo histórico do acusado, existem outras condutas a serem investigadas, dentre elas estariam supostas inconsistências de contratos verificados em fase de auditoria, os quais, em tese, contaram com o consentimento do Denunciado, na qualidade de Presidente da época.

Constatadas as condutas acima, temos a infringência dos dispositivos do ESTATUTO SOCIAL e violação do CÓDIGO DE ÉTICA:

Agregando ainda a carta de repúdio de iniciativa da equipe de funcionários que tem exigido mais segurança por parte da Cooperativa, e ainda, não menos importante a Carta da Ouvidoria 276/2012 de reclamação de cooperado encaminhada em 05/10/12, da mesma forma requerendo providências, é que a presente Denuncia é formulada.

IV - Dos Pedidosa) Requer pelo recebimento pela Comissão de Ética, da

presente Comunicação de Violação a Dispositivos, na forma de DENÚNCIA do Sr. JOÃO PÉ DE FEIJÃO, atual Vice-Presidente e membro do Conselho de Administração da COOPERATIVA GIRASSOL;

b) A abertura de processo investigatório, com base nas alegações e provas aqui apresentada, sem prejuízo de demais provas a serem produzidas.

c) Encaminhamento da presente DENÚNCIA ao Comitê de Ética, dada a gravidade das alegações;

d) Seja determinado, tão logo ocorra o recebimento desta com as provas que lhe acompanham requer como medida de segurança o AFASTAMENTO TEMPORÁRIO DO INVESTIGADO de todas as suas funções laborais ou diretivas, até a conclusão dos trabalhos desta ilustre Comissão e Comitê de Ética.

e) POR FIM, requer pelo regular processamento e deferimento do pedido de ELIMINAÇÃO do quadro de sócio e DESTITUIÇÃO do Sr. JOÃO DE PÉ FEIJÃO do cargo de Vice-Presidente, membro do Conselho de Administração, requerendo a Comissão e/ou Comitê que convoque o Conselho de

Anotações

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Administração para que cumpra a decisão, e/ou convoque AGE, produzindo assim seus legais efeitos, nos termos do Estatuto Social.Termos em que, pede deferimento.Pedra do Rio/AM, 20 de dezembro de 2012.

Donald da Silva Michey MouseDiretor Presidente Diretor Financeiro

Homem Elástico Senhor da Lei

Gestor Regional Assessor Jurídico OAB/AM 36.218

1.2.3 – Documento 3 – Carta de Repúdio (Fictício)

INTERAGINDO

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Anotações

Em 1903, surgiu o primeiro decreto mencionando o Cooperativismo no Brasil, a partir daí diversos decretos e leis se alternaram até a promulgação da Lei que rege as Cooperativas no país até hoje. Qual é esta Lei?

( ) Lei nº 4.948/25( ) Decreto nº 5.893/43( ) Lei nº 5.764/71( ) Decreto-Lei nº 8.401/45( ) Nenhuma destas

Esta Lei respalda as ações desenvolvidas nas Cooperativas. Dê a sua opinião sobre os seguintes pontos:

Quais as responsabilidades políticas e administrativas dos Diretores (as) das Cooperativas Cresol?Quais as funções e responsabilidades do Conselho de Administração?

O Conselheiro de Administração é eleito para representar o quadro social, que deposita confiança nos mesmos, a fim de que estes desempenhem suas atribuições no desenvolvimento dos Programas Estratégicos e de Formação, no respeito à legislação vigente, as normativas do Banco Central e aos regramentos internos do Sistema Cresol Baser, bem como, aos princípios éticos e morais.

Os atos de gestão dos Conselheiros de Administração devem visar o bem da sociedade Cooperativa, sendo inadmissíveis atos de privilégio pessoal, atos fraudulentos ou de má gestão.

O Conselho de Administração é responsável por realizar os atos de Gestão da Cooperativa, que engloba o relacionamento com o Associado, relacionamento com Entidades de Classe e Órgãos Públicos e Comunidade em geral, responsabilidade sobre os funcionários, análise de crédito, realização de atos de recuperação de crédito, zelar pela imagem e patrimônio da Cooperativa, entre outros.

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1.3 - A Lei do Cooperativismo nº 5764/71

A Lei do Cooperativismo nº 5764/71 dispõe em seu artigo 47 que: A sociedade será administrada por uma Diretoria ou Conselho de Administração, composto exclusivamente de associados eleitos pela Assembléia Geral, com mandato nunca superior a 4 (quatro) anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do Conselho de Administração.

§ 1º O estatuto poderá criar outros órgãos necessários à administração.Nos seus atos, o Conselho de Administração deve sempre ter presente a

importância e obrigatoriedade legal de respeitar o sigilo das operações financeiras a que tiver acesso, nos moldes da Lei Complementar Nº 105/2001 que dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e dá outras providências.

1.4 – O Estatuto Social das Cooperativas do Sistema Cresol

Em relação ao Conselho de Administração, o Estatuto Social das Cooperativas do Sistema Cresol estabelece que:

Art. 37. A Cooperativa será administrada por um Conselho de Administração composto de um Presidente, um Vice-Presidente, um Secretário e mais “X” Conselheiros.

§ 1º. Não poderão compor o Conselho de Administração, parentes entre si, até o segundo grau, em linha reta ou colateral.

§ 2º. Os administradores que participarem de ato ou operação social em que se oculte a natureza da sociedade poderão ser declarados pessoalmente responsáveis pelas obrigações em nome dela contratadas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Art. 38. O mandato dos membros do Conselho de Administração será de três anos, sendo

obrigatória, no término de cada período, a renovação de, no mínimo, um terço de seus componentes.

Parágrafo único - O mandato dos membros do Conselho de Administração estender-se-á até a posse dos novos eleitos em Assembleia Geral.

Art. 39. São inelegíveis, além das pessoas impedidas por lei, os condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade.

§ 1º. Os componentes do Conselho de Administração e Fiscal, assim como os liquidantes, equiparam-se aos administradores das sociedades anônimas para efeitos de responsabilidade criminal.

§ 2º. Sem prejuízo da ação que possa caber a qualquer associado, a Cooperativa, pelos seus administradores, ou representada por associado escolhido em Assembleia Geral, terá o direito de ação contra os administradores para promover a sua responsabilidade.

Art. 40. O Conselho de Administração rege-se pelas seguintes normas: a) reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês, e extraordinariamente, sempre que

necessário, por convocação do Presidente, da maioria do próprio Conselho, ou ainda, por solicitação do Conselho Fiscal;

b) delibera, validamente, com a presença da maioria dos seus membros, reservado ao Presidente o exercício do voto de desempate.

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Anotações

§ 1º. Nos impedimentos não eventuais, desde que inferiores há noventa dias, o Presidente será substituído pelo Vice-Presidente, este, pelo Secretário, o qual poderá ser substituído por qualquer dos demais Conselheiros de Administração, por deliberação do Conselho de Administração, por maioria simples, e em caso de empate, por ordem decrescente de idade.

§ 2º. Em caso de vacância de cargo, os membros do Conselho de Administração poderão trocar de cargos entre si sem necessidade de autorização da Assembleia, por deliberação de maioria simples do próprio Conselho de Administração.

§ 3º. Nos impedimentos maiores do que noventa dias, os substitutos passarão automaticamente à condição de titulares observadas a ordem estabelecida no parágrafo primeiro.

§ 4º. Na hipótese do Conselho de Administração ficar reduzido a apenas quatro membros, por conta de renúncia, impedimento superior a noventa dias ou perda de mandato, deverá ser convocada Assembleia Geral para preenchimento dos cargos vagos.

§ 5º. Os eleitos pela Assembleia Geral para recomposição do Conselho de Administração terão seus mandatos findos com os demais Conselheiros remanescentes.

§ 6º. Perderá o cargo, automaticamente, o membro do Conselho de Administração que, sem justificativa, faltar a três reuniões ordinárias consecutivas, ou a sete reuniões durante o ano.

§ 7º. Perderá o cargo automaticamente o membro do Conselho de Administração que for eliminado, excluído ou pedir demissão do quadro social da cooperativa, depois de findo os procedimentos previstos neste Estatuto, sendo que, enquanto os procedimentos de eliminação forem realizados o mesmo fica suspenso do cargo.

Art. 41. O Conselho de Administração poderá contratar Assessores Executivos, integrantes ou não do quadro social, atribuindo-lhes prerrogativas e atribuições específicas, desde que não sejam parentes entre si ou dos membros do Conselho de Administração e Fiscal, até o segundo grau em linha reta ou colateral.Parágrafo único – Não poderão ser atribuídos aos Assessores Executivos contratados na forma deste artigo os poderes e atribuições específicas, inerentes aos administradores, decorrentes de mandato.

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Conforme o Art. 16 do Regimento Interno da Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária – CRESOL. - Poderão ser atribuídas ao Assessor Executivo, algumas das seguintes responsabilidades:a) Ser o elo entre as áreas operacionais e a Diretoria Executiva;b) Coordenar as ações internas da cooperativa de cunho administrativo e operacional;c) Conferir e assinar a blocação diária;d) Realizar o planejamento e orçamento das unidades;e) Assinar documentos internos, cabendo ao Conselho de Administração especificar em ata quais;f) Realizar a gestão interna de pessoal;g) Deliberar sobre concessão de crédito de acordo com as alçadas de liberação do Sistema Cresol, previstas e resolução interna.h) Responsabilizar-se pela gestão de liquidez, gestão financeira, gestão do risco e gestão patrimonial;i) Controles internos;j) Acompanhar a auditoria interna e responder/implementar os apontamentos do relatório;k) Realizar ações de gestão da carteira de crédito e recuperação de crédito;l) Responsabilizar-se pela segurança em geral das unidades de atendimento;m) Responder as denúncias, sugestões e reclamações da ouvidoria;n) Participar de reuniões operacionais promovidas pela Central Cresol Baser e Base Regional.

Art. 42. Compete ao Conselho de Administração, dentro dos limites da lei e deste Estatuto Social, e atendidas às decisões das Assembleias Gerais, planejar e por em prática as operações e serviços da Cooperativa e ainda controlar os seus resultados.

§ 1º. No desempenho de suas atribuições, cabe-lhe:a) adquirir, receber em dação em pagamento, alienar e/ou onerar bens imóveis, sem necessidade de autorização da Assembleia Geral, desde que o preço da transação do bem seja de até 15% do Patrimônio da Cooperativa, este apurado no último balanço patrimonial publicado; e adquirir, receber em dação em pagamento, alienar e/ou onerar bens móveis sem necessidade de deliberação em Assembleia Geral.b) deliberar sobre a admissão, eliminação ou exclusão de associados;c) contratar os serviços de auditoria independente;d) contrair, transigir e/ou liberar obrigações em nome da Cooperativa, podendo delegar estes poderes ao Presidente, ou ao seu substituto legal, para que este atue em conjunto com o Vice-Presidente ou com o Secretário, sobre matérias específicas;e) estabelecer normas de controle das operações, verificando mensalmente, no mínimo, o estado econômico-financeiro da Cooperativa e o desenvolvimento geral, através de balancetes da contabilidade e demonstrativos específicos;f) formular os planos anuais de trabalho e respectivos orçamentos.

No Sistema Cresol, existem Colaboradores contratados que desempenham o papel de “Assessor Executivo”. Estes Colaboradores respondem diretamente ao Diretor Liberado e ao Conselho de

Administração da Cooperativa.

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Anotações

g) responsabilizar-se pelos serviços atinentes ao cadastro, contabilidade e estatísticas; h) formular os orçamentos anuais;i) coordenar todos os setores de crédito ativo e passivo da Cooperativa; j) responsabilizar-se pelo treinamento dos operadores de crédito rural, assistentes e assessores técnicos em nível de carteira;k) fazer cumprir todas as instruções emanadas das autoridades monetárias, bem como os preceitos legais e normativos atinentes à prática de crédito especializado e sua política, inclusive a fiscalização dos imóveis beneficiados pelo crédito rural e o controle de sua aplicação; l) formular convênios para prestação de assistência técnica no nível de carteira e controlar a execução dos trabalhos a eles relativos.

No Sistema Cresol, além destas atribuições previstas em Lei, compete ao Conselho:

- Garantir uma dinâmica de relação permanente com o quadro social, discutindo o desenvolvimento local por meio de reuniões nas comunidades, apresentando as ações sociais, os produtos e serviços;

- Participação de espaço de incidências em Políticas Públicas locais e regionais;

- Garantir a realização dos Programas Sociais do Cresol Comunidade (Novos Sócios, ATER, HabitaSol, Gênero e Geração, Um Olhar Para o Futuro), e Cooperativa Escola (Cursos para dirigentes e colaboradores).

- Garantir a compreensão do Cooperativismo Solidário na comunidade local e regional, fortalecendo a identidade social e econômica da Cresol. Exemplo: Promovendo palestras, encontros, seminários com profissionais específicos para a formação do quadro social.

- Verificar se a Diretoria Executiva (Presidente, Vice-Presidente e Secretário) estão cumprindo com suas funções estatutárias.

Em sua opinião, quais outras ações são de responsabilidades do Conselho de Administração?

Art. 43. Além das atribuições discriminadas no artigo anterior, o Conselho de Administração poderá receber da Assembleia Geral competências especiais para praticar todos os atos da gestão, inclusive aqueles relativos a transigir e contrair obrigações, empenhar bens e direitos, bem como a contratação de operações de financiamento ou refinanciamento com toda e

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qualquer instituição financeira oficial ou privada, nacional ou internacional, destinadas ao financiamento das atividades rurais dos associados, após autorização da Assembleia Geral.Parágrafo único - Para efetivação dos financiamentos citados neste artigo, fica o Conselho de Administração investido de poderes para autorizar o Presidente ou o seu substituto legal, em conjunto com o Vice-Presidente ou Secretário ou Executivo contratado, ou ainda mandatário com poderes especiais, a assinar propostas, orçamentos, contratos de abertura de crédito, cédulas rurais, menções adicionais, aditivos de retificação e ratificação dos contratos celebrados, elevação dos critérios, reforços, substituição ou remissão de garantias, bem como emitir e endossar cheques, cédulas de crédito rural, notas promissórias rurais, letras de câmbio e outros títulos de crédito, dar recibos e quitações.

Art. 44. Ao Presidente compete, entre outras, as seguintes atribuições:a) supervisionar a administração geral e as atividades da Cooperativa, junto com o Vice-Presidente, com o Secretário e com os demais Conselheiros;b) convocar e presidir as reuniões do Conselho de Administração e as Assembleias Gerais, quando for o caso;c) representar ativa e passivamente a Cooperativa em juízo ou fora dele;d) apresentar à Assembleia Geral Ordinária os documentos aludidos no Art. 33 deste Estatuto Social;e) assinar, em conjunto com o Vice-Presidente ou com o Secretário, balancetes, contratos de abertura de créditos, aditivos, as menções adicionais, cédulas rurais, recibos ou ordens, dar quitações, emitir e endossar cheques, duplicatas rurais e mercantis, notas promissórias rurais, letras de câmbio, bem como outros documentos derivados da atividade normal da gestão;f) aplicar as penalidades que forem deliberadas pelo Conselho de Administração ou pelas Assembleias Gerais;g) outras atribuições previstas no Regimento Interno ou que o Conselho de Administração, através de Resolução, haja por bem lhe conferir.h) comandar e coordenar todos os serviços administrativos da Cooperativa;i) Participar do comitê de crédito;

O Presidente tem a responsabilidade de fazer acontecer às atribuições do Conselho de Administração, tendo-o como líder do Conselho de Administração.

Art.45 – Ao Vice-Presidente compete, entre outras, as seguintes atribuições:a) substituir o Presidente em seus impedimentos eventuais;b) assinar, em conjunto com o Presidente ou com o Secretário, todos os documentos relacionados na alínea “e” do artigo anterior, de conformidade com o Regimento Interno e com a delegação de autoridade que lhe for estabelecida e aprovada pelo Conselho de Administração;c) Poderá, a critério do Conselho de Administração, participar do comitê de crédito da cooperativa;

Art. 46. Ao Secretário compete, entre outras, as seguintes atribuições:a) Substituir o Vice-Presidente em seus impedimentos eventuais;b) Assinar, em conjunto com o Presidente, todos os documentos relacionados na alínea “e”

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Anotações

do Art. 44 deste Estatuto Social, de conformidade com a delegação de que lhe for estabelecida em Regimento Interno, ou através de Resolução, aprovada pelo Conselho de Administração;c) Elaborar as atas das reuniões do Conselho de Administração da Cooperativa.d) Poderá, a critério do Conselho de Administração, participar do comitê de crédito da cooperativa;

Art. 47. Os membros do Conselho de Administração ficam proibidos de intervir no estudo, deferimento e controle ou liquidação de qualquer negócio ou empréstimo, que eventualmente pretendam ou contratem junto à Cooperativa, e daqueles que, direta ou indiretamente, sejam de interesse de sociedade que tenham controle ou participação superior a dez por cento do capital social, ou ainda de cuja administração participe ou tenham participado em época imediatamente anterior a de sua investidura no cargo. Parágrafo único - A concessão de créditos e garantias aos integrantes de órgãos estatutários, assim como a pessoas físicas ou jurídicas que com eles mantenham relações de parentesco ou negócio, deve observar, pelo menos, procedimentos de aprovação e controle idênticos aos dispensados às demais operações de crédito.

É da competência do Conselho de Administração a decisão sobre assuntos de interesse da Cooperativa e de seus Associados nos termos da legislação, do Estatuto Social e das determinações das Assembleias Gerais.O Conselho de Administração supervisiona e orienta a Diretoria Executiva no gerenciamento dos negócios da Cooperativa. Ou seja, importantes decisões executivas – como o financeiro – dependem de aprovação do Conselho de Administração.Desta forma, é importante que os Conselheiros tenham o conhecimento de todas as ações que ocorrem na Cooperativa, visando realizar e obter um diagnóstico da situação atual - os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. A partir daí, surgem valores e normas que moldam o comportamento do ambiente organizacional que por sua vez influenciará na gestão, definindo o modo como à Cooperativa conduzirá os seus trabalhos.

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Para participar é preciso aprender a conviver.Então, temos que lidar com a diversidade,

como

Aprender a aproximar-se dos outros utilizando hábitos de sauda-ção e regras de conduta da cultura local;

Aprender a ouvir o outro com o propósito inicial de, ao interpre-tar suas ações, compreender o seu modo de encarar o mundo, as razões que fundamentam o seu modo de ser. O desafio, neste caso, é aprender a colocar-se no lugar do outro, o que, por sua vez, propicia o desenvolvimento de atividades de respeito e solidarie-dade e capacita para conviver com as diferenças;

Aprender a propor sem impor, explicando razões;

Aprender a lidar com as diferenças. Considerar que os opositores não são inimigos e que é possível conviver com eles, fazendo acor-dos para resolver as discordâncias e conflitos, sem romper a con-vivência, trabalhando juntos por uma vida melhor, isto significa também aprender a ceder sem se sentir perdedor;

Compreender que os conflitos são inerentes ao processo demo-crático e que, se bem administrados, podem clarear e fortalecer princípios, construindo avanços importantes;

Aprender a encarar a diferença como uma vantagem que permite conhecer e compartilhar outros modos de pensar, sentir e atuar: “o outro, por ser diferente, pode-me complementar, ao mesmo tempo em que eu tenho a mesma oportunidade em relação a ele, o que resulta em maior enriquecimento para os dois”.

Fonte: CENPEC. ONG parceira da Escola. São Paulo:

UNICEF/Cenpec/ Fundação Intaú Social, 2003. P. 26.

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Anotações

2. O PAPEL DO COMITÊ DE CRÉDITO E AS ALÇADAS DE LIBERAÇÃO

“As possibilidades do desenvolvimento cooperativo, e a

qualidade de seu desempenho como movimento econômico e social depende de

seus líderes, homens e mulheres, que articulem a visão de um mundo melhor”. (Roberto Rodrigues, Livro - A segunda onda cooperativa; ). Confebras, 2004

INTERAGINDO

FILME – Recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.

A diversidade da Agricultura Familiar vem sendo reconhecida pela sociedade como uma das principais fontes alimentares e econômicas presentes no cenário brasileiro. O filme apresenta alguns pontos principais que são necessários para o Agricultor Familiar ter acesso ao crédito.

Quais são eles? (Deixar relembrar)

Ao longo de toda a história econômica, o instrumento do crédito tem sido o grande impulsionador da geração de emprego e renda.

O Conselho de Administração trabalha em prol da atividade econômica, para que todos os seus parceiros prosperem. A Cooperativa de Crédito presta serviços financeiros, claro, mas a sua finalidade também vai além da economia. Ela oportuniza o desenvolvimento de cada associado e da sociedade como um todo, combinando interesses econômicos e sociais.

Nas Cooperativas Cresol o crédito só deverá ser concedido ao cooperado que necessite e que tenha condições de suportá-lo numa situação de normalidade. Do contrário, estará colocando em risco não apenas a situação do cooperado, mas também a da Cooperativa e do Sistema.

Todos os cuidados devem ser observados, desde a análise de limite individual do cooperado, a capacidade de empréstimo da Cooperativa, como também a documentação a ser formalizada na concessão de créditos.

Ainda, é necessário que as Cooperativas observem as regras referentes às alçadas de liberação de crédito, as quais são estabelecidas pelo Sistema Cresol.

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2.1 A Composição do Comitê de Crédito

Ao Comitê de Crédito compete analisar e dar parecer técnico sobre as operações de Crédito, conforme respectiva alçada de liberação.

A importância do papel desempenhado pelo Comitê de Crédito se fundamenta na segurança com que as operações de crédito serão firmadas, uma vez que o órgão colegiado possui condições de realizar análise detalhada da capacidade de endividamento do cooperado, do histórico do cooperado na cooperativa, e da capacidade de empréstimo da Cooperativa.

O retorno do crédito concedido é consequência de um bom projeto técnico elaborado por profissional responsável e da análise criteriosa do Comitê de Crédito, anteriormente a liberação dos valores, o que vem refletir diretamente no índice de inadimplência da Cooperativa.

2.1.1 Comitê de Crédito da Cooperativa Singular

O Comitê de Crédito da Cooperativa Singular será composto por no mínimo 3 membros, sendo sempre obrigatória a participação de um Diretor Liberado, um Diretor de Crédito, e um Coordenador da Cooperativa.

Além do Diretor Liberado, Diretor de Crédito e do Coordenador da Cooperativa, pode compor o Comitê de Crédito da Cooperativa Singular, outros funcionários designados pelo Conselho para tal função, ficando a formação do comitê registrada em ata do Conselho de Administração.

Quando a Cooperativa não possuir um Diretor de Crédito, deve fazer a sua nomeação, lavrando em ata do Conselho de Administração.

O Comitê de Crédito da Cooperativa deve nomear um Coordenador e um Secretário.

O quórum mínimo para instalação se dará com a presença de 3 membros.

Comitê de Crédito AmpliadoO Comitê de Crédito Ampliado da Cooperativa Singular será composto de no

mínimo 07 membros, sendo estes integrantes do Conselho de Administração da Cooperativa.

O Conselho de Administração poderá ainda, nomear membros do Conselho Fiscal para integrarem o Comitê de Crédito Ampliado, sendo sempre registrada em ata do Conselho de Administração sua composição.

O Comitê de Crédito Ampliado da Cooperativa Singular deve nomear um Coordenador e um Secretário, contudo, estes não podem ser os mesmos nomeados como Coordenador e Secretário do Comitê de Crédito da Cooperativa Singular.

O quórum mínimo para instalação se dará com a presença de 5 membros.

2.1.2 Comitê de Crédito da Base Regional

O Comitê de Crédito da Base Regional será composto, no mínimo, pelo Coordenador da Base Regional e Analista de Gestão, ficando a formação do comitê

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Anotações

registrada em ata do Conselho de Administração.O Comitê da Base Regional deve nomear um Coordenador

e um Secretário.Quando a análise do Crédito for da Diretoria da

Cooperativa Singular do Coordenador, outro Diretor da Executiva da Base Regional deve participar desta deliberação.

O quórum mínimo para instalação se dará com a presença dos 2 membros.

2.1.3 Comitê de Crédito da Central

O Comitê de Crédito da Central será composto de 07 membros, sendo o Diretor-Presidente, o Diretor da Carteira Operacional da Central, Assessor Institucional da Central e Assessor Institucional das Bases e três integrantes da equipe interna da Central.

Os membros da equipe interna da Central serão eleitos pela Diretoria Executiva, formalizando em ata.

O Comitê de Crédito será coordenado pelo Diretor da Carteira Operacional da Central, e na sua ausência pelo Assessor Institucional da Central.

Os trabalhos serão secretariados por um Secretário(a) Executivo(a), especialmente convocado(a).

Sempre que a matéria demandar análise que implique na opinião de setores/áreas específicas ou Assessores da Central, o Coordenador convocará estes para que contribuam no debate.

O quórum mínimo para instalação se dará com a presença de 3 membros.

2.1.4 Registro Das Deliberações Do Comitê De Crédito

Todos os atos deliberados pelo Comitê de Crédito deverão ser lavrados em ata, arquivadas em sequência cronológica, para verificação e/ou fiscalização. Além da necessidade de registrar o parecer deliberativo na respectiva proposta de crédito.

Os membros deverão ainda fazer as votações por meio de seus usuários e senhas no sistema operacional, de acordo com as deliberações tomadas no Comitê.

2.1.5 Documentos Que Formam o Dossiê

O dossiê deve conter a documentação mínima constante na lista específica para cada linha de crédito ou investimento.

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2.2 Alçadas de Liberação O Sistema Cresol possui processo de análise de crédito automatizado via Score, para as Cooperativas que operam com o Sistema Colmeia, que parametriza as análises de acordo com critérios do cooperado e da operação, conforme normativas do Banco Central através da Resolução 2.682, que são: Critérios considerados da Resolução 2.682:

Informações excludentes ou ocorrência de restritivos;Situação socioeconômica;Patrimônio;Endividamento;Histórico de pagamentos;Setor de atividade econômica;Avaliação da operação.

O Sistema Colmeia através do SCORE pratica a política da seguinte forma: 1. Restritivos: Serão validados automaticamente pelo Sistema Colmeia, tanto

informações internas quanto externas (SERASA, SCR) que possam configurar restritivos, seja do cooperado ou de seu grupo familiar ou econômico, dentre eles:

Pendências SERASA; Dividas no sistema financeiro em atraso ou prejuízo (SCR); Empréstimos em atraso na cooperativa; Aval de operações inadimplentes; Número de cheques devolvidos.

2. Situação socioeconômica do cooperado: Avalia questões de perfil, tais como:Idade;Situação de moradia;Estado civil;Filhos;Tempo de cooperado.

3. Patrimônio: Avalia o histórico do cooperado e sua capacidade de capitalização (capacidade de poupar), diferenciados por estagio da vida (idade).

4. Endividamento: Avalia o Nível de endividamento do cooperado em relação a:Endividamento sobre patrimônio;Comprometimento da renda com parcelas de empréstimos.

5. Histórico de pagamentos: Avalia o comportamento de crédito do cooperado, tanto interno quanto externo;

Comportamento em relação ao cheque especial (caso possua);Pontualidade em honrar compromissos de crédito na cooperativa;Histórico relacionado a renegociações ou prejuízos;Histórico no mercado financeiro fora da cooperativa (SCR).

6. Setor de atuação e experiência profissional:Profissão e alternativas de rendas (diversidade fontes rendas rurais);Tempo de experiência na atividade.

7. Operação: Visa avaliar as características e ponderar eventuais riscos de acordo com:Natureza e finalidade;Prazo e periodicidade de pagamentos;

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Anotações

Garantias;Adequação a capacidade de pagamento (% comprometimento da renda na parcela);Parecer Gerencial (opinião do analista de crédito sobre a operação, sistema já sugere a última classificação).

Importante: As informações sobre as políticas, bem como resultados apurados de cada cooperado são de uso restrito e interno, sua divulgação caracteriza conduta inadequada e pode caracterizar quebra de sigilo ou infrações ao código de ética.

Pelo Comunicado nº 2740 a Diretoria Executiva da Central Cresol Baser, baseado nas discussões do Seminário de Sustentabilidade de 2013 e a necessidade de aprimorar a metodologia de liberação de crédito bem como agilizar o processo de aprovação de crédito para as cooperativas que utilizam o Sistema Colmeia, resolve que:

As Cooperativas poderão incluir mais três alçadas além das cinco já existentes, alçadas essas que antecedem a alçada do diretor liberado.

A autorização da concessão de empréstimos deve ser emitida conforme a alçada, e desde que atendido o limite de crédito individual, levando em consideração o risco da operação e o risco do cooperado.

A primeira alçada será a do analista de negócio da cooperativa.

A segunda alçada será a do coordenador da unidade de atendimento.

A terceira alçada será do Assessor Executivo, que deve ter seu cargo aprovado e referendado em ata do conselho de administração.

A primeira, segunda e terceira alçadas são opcionais, cabendo ao Conselho de Administração da cooperativa tal deliberação.

A quarta alçada será a do Diretor Liberado, sendo que, se a cooperativa possuir mais de um Diretor Liberado, o Conselho de Administração da cooperativa escolherá um deles e lhe atribuirá a alçada de concessão de crédito, lavrando em ata.

A quinta alçada será do Comitê de Crédito da Cooperativa Singular, o qual será composto de no mínimo 3 membros, os participantes devem ser os diretores liberados e funcionários.

A sexta alçada será do Comitê de Crédito Ampliado da Cooperativa Singular, o qual será composto por todos os membros

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do Conselho de Administração da Cooperativa, quando a cooperativa tiver mais que 7 membros, o número mínimo de integrantes pode ser 7.

A sétima alçada será do Comitê de Crédito da Base Regional, o qual será composto de, no mínimo, 3 membros, quais sejam: dois diretores da Base Regional e um Analista de Carteira de Crédito, ficando a formação do comitê registrada em ata do Conselho de Administração da Base Regional.

A oitava alçada será do Comitê de Crédito da Central, o qual será composto de 7 membros, sendo dois Diretores Executivos da Central e cinco integrantes da equipe interna da Central.

O Comitê de Crédito da Central poderá ser simples, com a presença de 4 membros.O Comitê de Crédito simples, de quórum mínimo de 4 membros, somente poderá

deliberar acerca de operações de créditos que dependam de avaliação técnica, como garantias suficientes para satisfazer a obrigação, histórico de vencimentos do tomador do empréstimo junto a cooperativa, renda e patrimônio para satisfazer a obrigação.

O parâmetro de análise das alçadas de liberação de crédito é o percentual de comprometimento de renda bruta mensal do cooperado, também levará em conta o nível de risco (SCORE), calculada por meio do software colmeia, seguindo os percentuais da tabela abaixo:

N. Risco Analista Coord.PAC Assessor Ex. Diretor Comitê Conselho Base Baser

A 20% 25% 30% 5% 37% 42% 45% 55%

B 15% 20% 25% 30% 33% 35% 40% 50%

C 8% 12% 20% 25% 27% 32% 37% 40%

D 0 0 0 20% 23% 25% 30% 35%

As operações de nível superior a D serão de alçada exclusiva do Comitê de Crédito da Central Cresol Baser.

A Cooperativa, através de seu Conselho de Administração, poderá reduzir os percentuais da tabela supracitada, para a primeira, segunda e terceira alçadas, lavrando em ata tal deliberação e encaminhando uma cópia para o Comitê de Crédito da Central.

Para o cadastramento dos membros das alçadas criadas por este comunicado, as cooperativas deverão lavrar em ata do conselho de administração o nome e qual alçada irá compor, após deverão abrir chamado na intranet anexando cópia da ata, o caminho é: COLMEIA > ALÇADAS > CONFIGURAR ALÇADAS. (Conforme Comunicado Nº 2740 da Diretoria Executiva da Central Cresol Baser em anexo).

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Anotações

3. RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

O crédito só deverá ser concedido ao cooperado que realmente necessite e que tenha condições de suportá-lo numa situação de normalidade. Do contrário, estará colocando em risco não apenas a situação do cooperado, mas também da Cooperativa e do Sistema.

Todos os cuidados devem ser observados, especialmente quanto à documentação a ser formalizada na concessão de créditos.

Mesmo tomando todos os cuidados, a probabilidade de inadimplência existe, assim, seguem algumas orientações de como se deve proceder na tentativa de recuperar o crédito.

O Sistema Cresol tem um sistema de controle automatizado das ações de recuperação do crédito, possibilitando aos operadores terem gestão das situações que demanda atenção de recuperação de crédito.

3.1 Inadimplência

Consideram-se como inadimplentes os cooperados que possuem operações de crédito contratadas junto a Cooperativa, e não adimplidas nos seus respectivos vencimentos.

3.1.1. Ações a serem adotadas pelas cooperativas

Visando rápida regularização da operação de crédito inadimplida, deverão ser adotados os seguintes procedimentos, conforme manual de recuperação de crédito, do qual o sistema de controle gestiona de forma automatizada os processos alertando as etapas aos operadores:

Dia de atraso

Ações

dia

-

Contatar o devedor via telefone para imediata regularização do débito.

15º

dia

-

Enviar

notificação ao devedor e garantidores (avalistas ou fiadores)

pelos Correios com Aviso de Recebimento -

AR, onde conste também a

possibilidade de inclusão nos órgãos restritivos de crédito.

25º

dia

-

Visitar o devedor a fim de verificar as possibilidades de regularização

da dívida, levando nova notificação.

30º

dia

-

Registrar o devedor e garantidores (avalistas ou fiadores) no SERASA,

mesmo antes de retornar o AR do Correio, relativa à notif icação que deve

ser enviada no máximo com 15 dias de atraso.

90º dia

-

Esgotadas as tentativas de conciliação amigável, junto ao devedor e

garantidores (fiador e avalista), deve-se iniciar a cobrança judicial (observar

as regras de ação judicial do manual de recuperação de crédito).

- Acompanhar periodicamente, em conjunto com o advogado

contratado, o andamento do processo judicial.

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Dia de atraso Outras restrições

1º dia - Restringir a liberação de crédito e suspe nder a entrega de talonários

de cheques aos devedores.

30º dia

- Recomenda-se que somente sejam realizadas restrições descritas

abaixo, depois de decorrido 10 dias contados da notificação dos

garantidores. - Restringir a liberação de crédito e suspender a entrega de talonários

de cheques aos garantidores (avalistas ou fiadores), desde que já tenham

sido notificados extrajudicialmente.

3.2 Inclusão e Exclusão Do Serasa

A inclusão dos cooperados no SERASA se dá de maneira automática após o 30º dia do vencimento. Após o cooperado efetuar o pagamento da operação em atraso, ocorre automaticamente à retirada do nome no SERASA.

3.3 Conciliação Extrajudicial

A Cooperativa, verificando a dificuldade de cobrança, poderá utilizar da tentativa de promover acordo extrajudicial nas dependências da cooperativa, com ou sem acompanhamento de advogado.

Poderá ser realizadas tentativas de conciliação dos débitos em atraso, e para tanto, deve ser enviando para os Inadimplentes, e respectivos avalistas ou fiadores, notificação extrajudicial, convocando-os a comparecer na sede da Cooperativa no dia e horário determinado para fins de realização de acordo.

3.4 Ação Judicial

Anteriormente, ao envio de um contrato para cobrança judicial, deve ser analisada a viabilidade dessa cobrança. O devedor e os garantidores devem possuir renda ou patrimônio para arcar com a dívida, caso contrário a ação judicial não terá êxito.

3.5 Recebimento de Bens em Pagamento

Este procedimento deve ser evitado, contudo, caso não haja outra possibilidade de recebimento, que seja feito dentro dos trâmites previstos no manual de recuperação de crédito.

Para que a Cooperativa possa aceitar um bem (móvel ou imóvel) como forma de quitação de um débito, é necessária prévia aprovação do Conselho de Administração da respectiva da Cooperativa. Parecer este que deverá ficar armazenado com os demais documentos do dossiê, arquivados na pasta do associado.

A formalização da entrega do bem deverá ser preferencialmente, acompanhada e supervisionada por advogado, que poderá auxiliar na elaboração dos documentos.

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Anotações

4. AUDITORIA INTERNA

Conceitualmente, na definição do Instituto dos Auditores Internos - IIA, a auditoria interna é “uma atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela auxilia uma organização a realizar seus objetivos a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controle e governança”.

A atividade de auditoria interna presta serviços para a própria organização e seu objetivo principal é avaliar se os riscos estão devidamente identificados e mensurados e se os controles são adequados para garantir que tais riscos não impactarão de forma negativa no cumprimento dos objetivos da organização. Para tanto, a atividade de auditoria interna utiliza-se de metodologias de avaliação, técnicas e ferramentas próprias que visam avaliar a eficácia e eficiência dos processos de gerenciamento de riscos, governança e controles, promovendo também recomendações para melhoria de tais processos.

Atualmente, a auditoria interna está assumindo uma posição menos “policialesca e repressiva” e adotando uma função de assessoramento e consultoria à alta administração da organização. Attie (2007, p. 4) cita que cabe à auditoria interna “convencer a alta administração e seus executivos de que pode auxiliá-los na melhoria de seus negócios, identificando áreas problemáticas, sistemas, controles, métodos, etc., e sugerir correção, para prover apoio necessário ao desenvolvimento de prestação de serviço a toda empresa e permitir que os fatos e ocorrências dentro da organização se desenvolvam num clima adequado sem riscos ou preocupações”. Cabe, para que seja alcançado o sucesso nesta empreitada, que a atividade de auditoria interna forneça análises, avaliações, recomendações, assessoria e informações relativas às atividades que foram objeto de análise.

Por outro lado, para que a atividade de auditoria interna seja desenvolvida de forma eficaz, o suporte gerencial adequado, prestado pela alta administração, deve garantir: independência funcional e organizacional; acesso irrestrito aos registros, funcionários e propriedades físicas relevantes; realização de exames regulares; reporte oportuno; garantia de realização de correções apropriadas; recursos suficientes e apropriados ao tamanho e complexidade das atividades da organização.

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Por fim, Attie (2007, p. 11) afirma que “para que a função de auditoria interna encontre a ressonância na organização, é preciso que esteja firmemente escorada, de um lado, na aceitação dos administradores e, de outro lado, pela execução de um serviço contínuo e imaginativo que possa o auditor fornecer à administração”.

4.1 Audidoria Interna no Sistema Cresol Baser

O Sistema Cresol Baser possui um Departamento de Auditoria Interna que presta serviços de auditoria para as cooperativas filiadas, empresas coligadas, empresas controladas e cooperativas parceiras.

Os serviços prestados incluem: auditorias ordinárias, auditorias extraordinárias, auditorias de coligadas e controladas, auditorias especiais para propostas de fusão/incorporação, serviços de auditoria interna para sistemas ou cooperativas parceiras e também auditorias para avaliação de propostas de filiação.

O Departamento de Auditoria |Interna é vinculado à Área de Supervisão e Controle, reporta-se técnica e operacionalmente ao Assessor responsável pela Área e administrativamente ao Diretor Financeiro da Central Cresol Baser.

A aprovação do plano anual de Auditoria e avaliação dos trabalhos de auditoria interna são responsabilidades do Comitê de Auditoria. Sempre que identificados fatos ou situações que demandam análise por parte do Comitê de Auditoria, conforme descrito no regimento próprio do comitê, o departamento de auditoria interna encaminha-os para análise do colegiado.

Além dos objetivos elencados, advindos de uma bem estruturada atividade de auditoria interna, cumprem-se exigência do Banco Central do Brasil (BACEN) que define que a atividade de auditoria interna deve compor o sistema de controles internos, conforme Resolução 2.554 de 1998.

A Resolução 2.554, no artigo 3º, trata ainda que “o acompanhamento sistemático das atividades relacionadas com o sistema de controles internos deve ser objeto de relatórios, no mínimo semestrais”, e em seus incisos está definido que neste relatório constarão:

I. As conclusões dos exames efetuados; II. As recomendações a respeito de eventuais deficiências, com o

estabelecimento de cronograma de saneamento das mesmas, quando for o caso;

III. A manifestação dos responsáveis pelas correspondentes áreas a respeito das deficiências encontradas em verificações anteriores e das medidas efetivamente adotadas para saná-las.

Na Circular 3.400, de 2008, o BACEN determinou que as Cooperativas Centrais devem, entre outras ações desenvolvidas para cumprir suas obrigações especiais, promover inspeções diretas e periódicas em suas singulares, acompanhamento ao resultado dos trabalhos de auditoria realizados nas filiadas, acompanhamento indireto e sistemático das operações das filiadas.

Na mesma normativa, elencou que o processo de inspeção periódica deve contemplar, minimamente:

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Anotações

I. Adequação das políticas institucionais; II. Regras e práticas de governança; III. Adequação das estruturas e processos de gerencia-

mento de riscos;IV. Adequação da situação econômico-financeira; V. Adequação dos sistemas de controles internos;VI. Atendimento dos dispositivos legais e regulamenta-

res.

Na Carta-circular 3.337 o BACEN detalha as atividades que deverão ser objeto de avaliação nos processos de inspeção periódica direta e indireta e monitoramento, elencando alguns itens mínimos que deverão ser avaliados e monitorados.

Tomando por base os objetivos estratégicos da atividade de auditoria interna e juntando-os com as exigências e determinações do BACEN, percebe-se que os relatórios produzidos nos processos de inspeção e monitoramento são importantes ferramentas de apoio à gestão.

Durante a execução da auditoria interna são avaliados, de forma obrigatória, os itens mínimos tratados pelo BACEN, mas também são avaliadas atividades que apresentam características específicas em decorrência do tipo de negócio desenvolvido pela organização.

4.1.1 Relatório de Auditoria Interna

Pela análise das evidências contidas nos relatórios de auditoria, é possível ter ciência sobre o nível de aderência da Cooperativa Singular aos regramentos internos e externos. Além disso, é possível avaliar a eficácia e a eficiência dos controles internos adotados para a correção de irregularidades encontradas em etapas de auditoria anteriores (existência ou não de reincidências).

A análise ao teor do relatório de auditoria é item de pauta permanente para as reuniões do Conselho Fiscal. Tem-se recomendado para que figure também como pauta permanente das reuniões do Conselho de Administração.

O relatório de auditoria permite saber, por meio da evidência (fato constatado), qual a irregularidade encontrada, as ações a que a singular se propôs para correção e prevenção, o prazo de regularização e o responsável pela execução das ações.

Desta forma, a administração da auditada, o Conselho Fiscal e o responsável pela execução das ações acompanham e fiscalizam a regularização dos fatos constatados.

O relatório final de auditoria é dividido em três partes:

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(1) Objetivo dos trabalhos de auditoria; (2) Conclusões gerais da auditoria (pontuação de risco, conclusões,

recomendações e comentário de feedback da singular);(3) Resultado dos trabalhos. O resultado dos trabalhos possui três seções: (A) Fatos constatados; (B) Sumário

dos indicadores econômico-financeiros e (C) Quadro analítico de níveis de risco por categoria.

Nas imagens a seguir constam exemplos das três seções que compõem a terceira parte do relatório de auditoria

Seção “A”

Seção “B”

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Anotações

Seção “C”

O Sistema de Auditoria possui informações relativas às evidências cadastradas, de forma que tanto auditores, comitê de auditoria e Conselho de Administração, quanto à singular auditada tenham maior clareza para proceder com o controle adequado sobre as evidências.

Os itens abaixo permitem melhor compreensão da auditoria:

· Status evidência: Campo somente alterado pelo auditor responsável, indica que a auditoria está em processo de execução (Em edição) ou liberada para a singular auditada (Aguardando regularização).

· Prioridade: Foram criados quatro níveis de prioridade, sendo Baixa, Média, Alta e Urgente. A prioridade é definida pelo auditor responsável em função da relevância ou gravidade da evidência, bem como, do resultado do indicador medido. Para 2014, com base na prioridade do fato serão calculados os prazos de resposta e regularização da e

Os itens abaixo, que fazem parte da Seção “A” do relatório, apresenta informações que permitem maior clareza e controle adequado sobre as evidências:

· Status evidência: Campo somente alterado pelo auditor responsável, indica que a auditoria está em processo de execução (Em edição) ou liberada para a singular auditada (Aguardando regularização).

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· Prioridade: Foram criados quatro níveis de prioridade: Baixa, Média, Alta e Urgente. A prioridade é definida pelo Auditor responsável em função da relevância ou gravidade de evidência, bem como, do resultado do indicador medido.

· Tipo constatação: Este campo refere-se ao tipo de falha ou irregularidade encontrada, relacionada a um processo ou procedimento que não está sendo executado da maneira adequada ou não possui controles adequados. A partir do segundo semestre de 2013 as reincidências passaram a ser calculadas com base no tipo de constatação cadastrado.

· Data constatação: Data em que a evidência foi cadastrada. · Reincidência: Este campo apresenta a quantidade de reincidências para o tipo

de constatação cadastrado, a partir da data da primeira evidência.· Papel de trabalho (Anexo): Codificação para o papel de trabalho que o auditor

utilizou como base para obter as informações que originaram a evidência.· Constatação: A evidência (fato constatado) propriamente dita. Neste campo, o

auditor descreve qual a falha ou irregularidade encontradas.· Base de Regulamentação: Base normativa utilizada para avaliar determinado

processo, ou procedimentos (leis, resoluções do BACEN, Manuais Internos, Código).· Status da regularização: Campo, quando disponível para a singular auditada,

indica que a singular está elaborando o plano de ações (Em edição), revisando as ações redigidas (Em edição) revisando as ações redigidas (Em revisão) ou finalizou o preenchimento dos planos de ação (Respondido). Após a singular confirmar o preenchimento dos planos de ação, o auditor avalia as ações propostas e, aprovando tais ações, altera o status para Aprovado.

· Responsável: É a pessoa para a qual a singular atribuiu a responsabilidade sobre a regularização da evidência, ou seja, controle e execução das ações propostas.

· Prazo Para Resposta e Prazo Para Solução: Estes prazos são calculados de forma automática com base na prioridade definida pelo auditor (vide item Prioridade).

· Ação Corretiva e Preventiva: Neste campo são descritas as ações que a singular se propõe a executar para, essencialmente, corrigir a situação encontrada, corrigir os processos ou procedimentos deficitários e evitar que novas situações voltem a ocorrer. A partir de 2013, as ações corretivas e preventivas devem ser descritas em apenas um campo no relatório.

Na imagem a seguir visualizam-se todos os campos da evidência.

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Anotações

Há possibilidade de que o auditor inclua pessoas de

diferentes instâncias para ter ciência (permissão de Leitura) ou para

contribuir na elaboração dos planos de ação (permissão de Edição),

podendo também ser solicitada destas pessoas a aprovação dos

planos de ação antes de a Singular encerrar o processo de respostas

(permissão de Aprovação).

Desta forma, os Administradores da Singular, os Gestores

Regionais, a Base Regional, os Contadores, os Assessores

Institucionais, entre outros, participarão de forma ativa na

elaboração aprovação das ações corretivas e preventivas.

As pessoas envolvidas constarão na guia Envolvidos, a qual

pode ser visualizada pela singular durante o preenchimento dos

planos de ação (vide figura abaixo).

Auditoria Interna, os quais podem ser acessados assim que finalizado o processo de aprovação das ações corretivas e preventivas.

4.1.2 Plano de Auditoria, Pontuação de Risco e Reincidências

As Cooperativas Singulares filiadas são avaliadas seguindo o mesmo plano de trabalho, de forma a evitar disparidades. Ao final de cada etapa de auditoria, a Singular recebe uma pontuação de risco calculada por meio da ponderação entre indicadores econômico-financeiros e itens operacionais (questionário).

Cada uma das ferramentas possui áreas específicas, atividades ou processos, como por exemplo: carteira de crédito, captação, segurança, entre outros. Cada área é composta por questões ou grupos de questões específicas para avaliação dos controles, como cumprimento de alçadas, limites de exposição por cliente, procedimentos adicionais de segurança, entre outras, formando a base para a análise do auditor.

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Cada questão possui um peso individual dentro do grupo ou dentro da área onde está subordinada, a soma do peso individual das questões representa 100% da área ou grupo. As áreas, por sua vez, possuem um peso específico dentro da ferramenta na qual está vinculada, a soma do peso de todas as áreas representa 100% da área ou grupo. As áreas, por sua vez, possuem um peso específico dentro da ferramenta na qual estão vinculadas, a soma do peso de todas as áreas representa 100% da ferramenta. As ferramentas, por fim, possuem um peso máximo de 50% em relação à pontuação total que pode ser atingida.

A nota (conceito) se dará pela média simples, entre a pontuação alcançada nos indicadores e no questionário.

O conjunto de ferramentas, áreas, grupos e questões forma o plano anual de auditoria. Tanto as áreas, quanto as questões, e seus respectivos pesos, são reavaliados anualmente antes do início das inspeções. No quadro abaixo, apresentamos um exemplo acerca da estrutura do plano de Auditoria.

Para o ano de 2014, estão sendo utilizadas e analisadas as seguintes ferramentas, áreas

e grupos:Ferramenta Área

Grupo Indicador Gestão econômica/financeira

Desempenho e evolução dos recursos Limites operacionais Basiléia, Imobilização e Liquidez

Qualidade dos ativos

Questionário

Gestão econômica/financeira

Qualidade dos ativos

Carteira de crédito

Análise documental

Análise geral da carteira

Recuperação de crédito

Bens não de uso próprio

Disponibilidades

Disponibilidades

Captação

Depósitos à vista

Depósitos a prazo

Conselhos e Diretoria Executiva

Conselhos e Diretoria Executiva

Recursos humanos

Recursos humanos

Seguros/segurança e organização interna

Seguros/segurança e organização interna

Fatores gerais de risco

Fatores gerais de risco

Formação

Formação

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Conforme a pontuação de risco atingida, a Cooperativa

Singular é então classificada em uma faixa de risco. As faixas de

risco são as seguintes:

Ordem Risco Valor mínimo Valor máximo 1

Minimizado

0,00

24,99

2

Aceitável

25,00

37,49

3

Médio

37,50

49,99

4

Alto

50,00

100,00

Ao final de cada etapa de Auditoria, as Singulares são ranqueadas com base na pontuação de risco atingida, esta informação é divulgada ao Conselho de Administração da Central Cresol Baser e ao BACEN.

Na imagem abaixo temos um exemplo de pontuação de risco atingida e texto que compõe a conclusão do relatório, com base nas evidências cadastradas e no resultado final da análise do auditor:

As evidências que permanecerem como não regularizadas a cada etapa de auditoria, são classificadas como reincidentes. A cada reincidência o peso individual da evidência é acrescido em 25%, levando a um aumento na pontuação de risco da Singular.

Uma evidência reincidente indica que as ações corretivas e/ou preventivas não foram suficientes para adequar o processo ou procedimento que apresentava deficiências em sua execução e/ou controle.

Durante a elaboração dos planos de ação, as Singulares

Anotações

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devem empregar atenção especial aos fatos reincidentes e adotar ações que promovam, efetivamente, as correções necessárias.

4.2 Mudanças Implantadas

4.2.1 Divulgação do Plano de Auditorias

A partir do ano de 2013, o Plano de Auditorias esta sendo divulgado aos Gestores que participam do 'Fórum Mensal dos Gestores', para que estes, o repliquem para as Cooperativas Singulares acompanhadas, de forma que as Cooperativas Filiadas tenham acesso às questões e indicadores que serão avaliados pela Auditoria. Essas ações, possibilitam às Singulares ter ciência sobre os controles que serão avaliados Auditoria Interna,podendo desenvolver atividades proativas na correção e adequação de controles deficitários.

4.2.2 Aviso de Agendamento

A partir do segundo semestre de 2013, o aviso de agendamento das Auditorias Ordinárias está sendo feito de forma automática por meio do software de Auditoria. O aviso é enviado diretamente para o e-mail da Cooperativa Singular e não mais por comunicado, garantindo privacidade em relação à divulgação das datas de realização das visitas.

4.2.3 Implantação de Metodologia da Auditoria Contínua

As Auditorias executadas de forma contínua serão efetuadas de forma ininterrupta, onde indicadores e processos são validados e monitorados continuamente, conforme configurações individuais para cada validação efetuada. Frente a isso, evidências poderão ser cadastradas a qualquer instante, no momento em que o auditor se deparar com alguma falha ou irregularidade.

Com a implantação da Auditoria contínua, as visitas às Cooperativas Singulares auditadas foram reduzidas para apenas uma visita anual para Cooperativas com risco Minimizado, Aceitável ou Médio. Para as Cooperativas Singulares que apresentarem risco Alto, a quantidade e a periodicidade das visitas será definida pelo Comitê de Auditoria.

Mesmo com a implantação da metodologia de Auditoria Contínua, permanecerá a elaboração de dois relatórios de Auditoria no decorrer do ano civil, conforme exigências do Banco Central do Brasil.

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REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

ATTIE, W. Auditoria interna. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

Banco Central do Brasil. Carta-circular 3.337: Divulga procedimentos mínimos

necessários para o desempenho do estabelecido pela Circular 3.400, de 2008, no

cumprimento das atribuições especiais das cooperativas centrais de crédito previstas no

Capítulo IV da Resolução 3.442, de 2007. Brasília, 2008.

Banco Central do Brasil. Circular 3.400: Estabelece procedimentos para as cooperativas

centrais de crédito, relativamente ao cumprimento das atribuições especiais previstas no

Capítulo IV da Resolução nº 3.442, de 2007, e dá outras providências. Brasília, 2008.

Banco Central do Brasil. Resolução 2.554: Dispõe sobre a implantação e

implementação de sistema de controles internos. Brasília, 1998.

BERGEVIN, J. O cooperativismo no Canadá e no Quebec: retrato sumário. In:

Seminário Cresol Central. Dez. 2009. Florianópolis

GUARESCHI, Pedrinho A. Sociologia crítica: alternativas de mudanças. 6ª Ed.

Porto Alegre; Edipucrs, 2007.

GLEIM, I. N., Cia Review: Parte I, O Papel da Auditoria Interna na Governança, Risco

e Controle. 14ª Ed. Gleim Publications, 2001. São Paulo

MACIEL, I. S. R. Avaliação do financiamento da agricultura familiar na produção,

ocupação e renda. (Dissertação de Mestrado). Fortaleza: Banco do Nordeste, 2009.

Home-page

Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Definição de Auditoria Interna.

Disponível em http://www.iiabrasil.org.br/new/IPPF.html. Acesso em 08/08/2013.

Portal de auditoria. Auditoria interna. Disponível em

http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/Auditoria-Interna.asp. Acesso

em 08/08/2013.

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ANEXO - I Resolução Nº 183 Francisco Beltrão, 24 de Setembro de 2013.

Dispõe sobre readequações de normativos internos para concessão de empréstimos – substitui a resolução n. 176.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA COOPERATIVA CENTRAL DE CRÉDITO RURAL COM INTERAÇÃO SOLIDÁRIA – CENTRAL CRESOL/BASER, CNPJ 01.401.771/0001-53, com sede à Rua Nossa Senhora da Glória, n° 524-A, Bairro da Cango, Francisco Beltrão, Paraná, em reunião realizada no dia 12 de setembro de 2013,

CONSIDERANDO, a necessidade de aprimoramento dos procedimentos relacionados as operações de crédito;CONSIDERANDO, as atribuições que o BACEN remete a Central de supervisão auxiliar das Cooperativas Singulares, dentre elas: estabelecer e fazer cumprir procedimentos que assegurem um ambiente adequado para o gerenciamento de riscos e controles internos, recomendar ou impor ações corretivas às Singulares, enviar ao Banco Central programa anual de supervisão e relatório consolidado das ações implantadas, comunicar ao Banco Central questões relevantes;CONSIDERANDO as deliberações do III Seminário de Sustentabilidade do Sistema Cresol Baser;

RESOLVE: DA ANÁLISE DOS DOSSIÊS PELA CENTRAL

Artigo 1º - Determinar que a partir de 15/08/2013 todas as operações de crédito (Custeio, Investimentos, Cresolcap/Socialcap), cujas fontes de recursos sejam de agentes financeiros externos (BNDES, BRDE, BB, SAFRA, BRADESCO, BIC BANCO, CEF, entre outras), tenham o dossiê digitalizado, sendo armazenado na Central Cresol Baser por meio do GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos).Parágrafo Primeiro: A Central Cresol Baser fará revisão integral dos dossiês sendo que, as operações nas quais houver qualquer inconsistência, serão reprovadas cabendo a Singular organizar o dossiê de forma completa e conforme regras específicas de cada linha de crédito, digitalizar novamente a operação para nova análise da Central.Parágrafo Segundo: Somente será encaminhada a solicitação do recurso ao agente financeiro externo após o dossiê da operação estar completo e de acordo com os normativos específicos da linha de crédito.Parágrafo Terceiro: Em caso de operações do BRDE, antes do encaminhamento dos documentos físicos, será necessário digitalizar o dossiê através do GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos). Somente após a Central Cresol Baser se manifestar sobre a total regularidade do dossiê é que a Cooperativa Singular deverá remeter o Dossiê físico a esta Central para que a mesma possa remeter ao BRDE. A Cooperativa deverá manter uma via original do dossiê em arquivo físico conforme orientações de arquivamento.

Artigo 2º - Todas as operações de crédito de valores superiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), antes da liberação do crédito, passarão por análise técnica de profissionais capacitados

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na Central Cresol Baser (Profissional de Ciências Agrárias e Jurídico), sendo que estes poderão solicitar análise de documentos adicionais relacionados à operação, e após emitirão parecer técnico. Quando houver dúvida serão as operações remetidas ao comitê de crédito da Central Cresol Baser que dará o parecer final.

DAS GARANTIAS

Artigo 3º - Determinar que sejam observadas as seguintes regras para garantias de operações de Investimento BNDES/ BRDE/BB Repasse:Parágrafo Primeiro: Todas as operações de Investimento BNDES/BRDE/BB Repasse, de valores superiores a R$40.000,00 terão a obrigatoriedade de possuir garantia real assegurando a operação.Artigo 4º – Determinar que sejam observadas as seguintes regras para garantias de operações de recurso próprio:Parágrafo primeiro: Todas as operações Recurso Próprio, de valores superiores a R$ 100.000,00 terão a obrigatoriedade de possuir garantia real.

Artigo 5º – Todo cooperado com endividamento total superior a R$ 300.000,00 terá a obrigatoriedade de ofertar garantia real em todas as operações de crédito que vier a formalizar.

Artigo 6º - Para as operações mencionadas no artigo 3º, 4º e 5º, serão aceitas garantias reais de bem imóvel e bem móvel, sendo que, em relação aos bens móveis deve ser observado obrigatoriamente as regras abaixo:a) Bem móvel objeto do financiamento deve ser o bem ofertado em garantia de penhor ou alienação fiduciária, conforme o caso;b) Quando o bem móvel ofertado em garantia não seja o objeto do financiamento, somente serão aceitos bem móveis veículos automotores com até 05 anos e caminhões com até 10 anos, casos em que os demais bens móveis (trator, colheitadeira, semoventes, etc) não serão aceitos.c) A validade da garantia deverá ser compatível com a vigência do contrato.Parágrafo primeiro: Em relação às garantias reais, poderão ser aceitas hipotecas de outros graus mediante análise de viabilidade financeira pelo jurídico da Central Cresol Baser.Parágrafo segundo: O bem ofertado em garantia real deverá possuir laudo de avaliação emitido por profissional habilitado, e deverá corresponder no mínimo a:a) 130% do valor da operação de crédito se a garantia for bem imóvel.b) 100% do valor da operação de crédito se a garantia for bem móvel novo financiado.c) 200% do valor da operação de crédito se a garantia for bem móvel usado.Parágrafo terceiro: Em caso de penhor de bens móveis ou de alienação fiduciária de bens móveis, é obrigatório bem possuir seguro vigente durante toda a vigência do contrato sob pena de antecipação do vencimento do contrato.Parágrafo quarto: Em caso de operações de BRDE não pode ser objeto de garantia os bens móveis usados.

Artigo 7º - A Cooperativa deve observar o endividamento familiar para fins de endividamento/garantias.Parágrafo primeiro: Será considerado Grupo Familiar, para fins de análise de garantias e

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concessão da operação de crédito quando presentes um ou alguns dos seguintes elementos:a) relação de parentesco formal ou informal entre diversos tomadores de crédito que aplicam o crédito na (s) mesma (s) propriedade (s) ou empreendimento;b) a mesma unidade de produção como local de aplicação do crédito obtido por vários contratantes em operações individuais;c) existência de garantia de aval cruzado, ainda que indireto, entre os diversos tomadores de crédito;Parágrafo segundo: Será considerado Grupo Econômico, para fins de análise de garantias e concessão da operação de crédito, quando presentes um ou alguns dos seguintes elementos:a) sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiver sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica;b) a caracterização de grupo econômico não se restringe às relações interempresariais hierárquicas e assimétricas, bastando a existência de uma relação de coordenação entre as diversas empresas.c) relação de solidariedade entre pessoas jurídicas, como cooperativas solidárias entre si, filiadas ou não a uma Central, incluindo, se for o caso, esta Central.d) empresas com matriz e filial.

DO INSTRUMENTO DE CONSTITUIÇÃO DE GARANTIA

Artigo 8º - Determinar que as Cooperativas Singulares façam uso do instrumento de constituição de garantia (por escritura pública ou por instrumento particular conforme o caso) para que sejam vinculadas diversas operações de crédito na mesma garantia constituída, nos moldes de formalização dos regramentos internos.

DA INCLUSÃO E EXCLUSÃO AUTOMÁTICA NO SERASA

Artigo 9º - A partir de 15/09/2013 a inclusão no SERASA será automática, por meio do CRM (Sistema integrado ao SIC), e se efetivará após o trigésimo dia posterior ao vencimento, não tendo a Cooperativa Singular autonomia em definir ou não pela inclusão.Parágrafo único: A baixa do CPF/CNPJ do SERASA também será automática, cabendo a cooperativa realizar monitoramento e conferência após as liquidações.

AUDITORIA DE CAMPO

Artigo 10º - Determinar a implantação permanente da auditoria de Campo (operações Custeio e Investimento), a qual será realizada pela Central Cresol Baser.Parágrafo Primeiro: Sempre que houver inconsistência nos dossiês e/ou não aplicação dos recursos haverá antecipação do vencimento das operações e serão notificados os mutuários e avalistas pela Central Cresol Baser para realizarem o pagamento junto a Singular de forma antecipada.Parágrafo Segundo: Sempre que houver inconsistência nos dossiês a responsabilidade será apurada e atribuída diretamente àquele que deu causa ao erro, que sofrerá sanções administrativas. Haverá ainda a responsabilização do Diretor Liberado e Conselhos de Administração e Conselho Fiscal da Cooperativa singular, nos limites de suas atribuições.

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Parágrafo Terceiro: Sempre que for identificado por meio de auditoria desvio de finalidade, sem prejuízo das liquidações das operações, haverá reavaliação do limite de crédito junto a Central, podendo haver redução e/ou suspensão do limite pelo Comitê de Crédito e Conselho de Administração da Central Cresol Baser.Parágrafo Quarto: As punições relativas às inconformidades previstas nos parágrafos 1º a 3º do artigo 9º, quando identificadas serão analisadas pelo comitê de auditoria e encaminhadas ao Comitê de Ética e/ou Conselho de Administração.

Artigo 11º - Determinar a intensificação da auditoria de Proagros, ampliando as visitações inloco.

Artigo 12º - Sempre que for identificada conivência de peritos, técnicos, e outros profissionais que atuam em parceria com a Cresol, a Central Cresol Baser irá proceder a denuncia dos mesmos junto ao órgão de classe a qual o mesmo pertence, aplicar as sanções do código de ética, proceder ao descredenciamento do mesmo e executar as penalidades do contrato de prestação de serviços.

Artigo 13º - Determinar a implementação da análise de risco do cooperado e da operação até a data de 31/12/2013.

Artigo 14º - Sempre que houver operações de crédito e/ou aval de Presidentes, Vice-Presidentes, Secretários, Diretores Liberados e Funcionários, as operações deverão ser remetidas para análise e aprovação da Base Regional, exceto operações de cresolcap ou quando o saldo devedor total das operações individuais não ultrapasse cinco mi reais.Parágrafo único: Sempre que as pessoas mencionadas no caput forem sócias de empresas e essas demandarem empréstimos aplica-se a mesma regra.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

Artigo 15º - Determinar que as Cooperativas Singulares implementem até 31/12/2013 (contratação interno ou externa), os procedimentos de assistência técnica e extensão rural – ATER, sob pena de revisão de limites BNDES e demais agentes financeiros após a referida data.Parágrafo único: As operações de Crédito Rural deverão obedecer no que tange a ATER, os itens 01.05 e 10.1.2 do Manual de Crédito Rural.

DO PARECER DO ADVOGADO DA BASE REGIONAL SOBRE GARANTIA DE BENS IMÓVEIS

Artigo 16º. As operações de crédito BNDES acima de R$ 40.000,00, com garantia real de bem imóvel (HIPOTECA), precisarão parecer do advogado sobre a viabilidade econômico e jurídica da garantia ofertada. As operações com garantia de bem móvel (penhor e alienação fiduciária de bem móvel) ficam dispensadas do parecer do advogado da Base Regional.Parágrafo único: Após a formalização da operação de crédito, em havendo necessidade de substituição de garantia mediante aditivo, tal ato deve preceder de parecer do advogado.

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Artigo 17º. As operações de crédito de Recursos Próprios acima de R$ 100.000,00, com garantia real de bem imóvel (HIPOTECA), precisarão parecer do advogado sobre a viabilidade econômico e jurídica da garantia ofertada. As operações com garantia de bem móvel (penhor e alienação fiduciária de bem móvel) ficam dispensadas do parecer do advogado da Base Regional.Parágrafo único: Após a formalização da operação de crédito, em havendo necessidade de substituição de garantia mediante aditivo, tal ato deve preceder de parecer do advogado.

Artigo 18º. As operações de crédito cujo endividamento individual ou do grupo familiar, tanto de Recursos Próprios com de BNDES, que sejam acima de R$ 300.000,00, com garantia real de bem imóvel (HIPOTECA), precisarão parecer do advogado sobre a viabilidade econômico e jurídica da garantia ofertada. As operações com garantia de bem móvel (penhor e alienação fiduciária de bem móvel) ficam dispensadas do parecer do advogado da Base Regional.Parágrafo único: Após a formalização da operação de crédito, em havendo necessidade de substituição de garantia mediante aditivo, tal ato deve preceder de parecer do advogado.

Artigo 19º. Toda a base regional deverá possuir um advogado para realizar a análise das garantias.

Artigo 20º. O advogado não é membro do Comitê de Crédito, sendo que ao advogado incumbe a tarefa de apresentar parecer com a análise de viabilidade da garantia (econômica e jurídica).Parágrafo primeiro: pela análise jurídica compreende-se: se o bem é próprio, bem de terceiro, em condomínio, em usufruto; necessidade de anuência de terceiros; estado civil do proprietário constante no contrato confere com a qualificação da matrícula; benfeitorias; existência de ônus/gravame; alerta de execução, entre outros.Parágrafo segundo: pela análise econômica compreende-se: capacidade do bem garantir o empréstimo (graus de hipoteca x avaliação do bem fornecida por laudo emitido por profissional habilitado).

Artigo 21º. A análise da garantia pelo advogado deve ser posterior ao parecer do analista da cooperativa, e anterior a análise e votação do Comitê de crédito (conforme alçada competente),.Parágrafo primeiro: O parecer do advogado sobre a garantia deve ser seguido pelo Comitê de Crédito. Em sendo negativo o parecer do advogado deverá ser realizada substituição da garantia/ou adequação se for o caso.Parágrafo segundo: Caberá a Central, quando da análise de liberação do crédito, realizar a análise do contrato/cédula formalizada pela cooperativa e confrontar com o parecer do advogado, o qual integrará o chek list de envio de documentos pelo GED.

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ANEXO - II

Comunicado Nº 2740 Francisco Beltrão, 14 de Abril de 2014. Dispõe sobre inclusão de novas alçadas de liberação de crédito para cooperativas que utilizam o Sistema Colmeia.

A Diretoria Executiva reunida na data de 14/04/2014, baseado nas discussões do seminário de sustentabilidade de /2013e a necessidade de aprimorar a metodologia de liberação de crédito bem como agilizar o processo de aprovação de crédito para as cooperativas que utilizam o Sistema Colmeia, resolve que:

As cooperativas poderão incluir mais três alçadas além das cinco já existentes, alçadas essas que antecedem a alçada do diretor liberado.

A autorização da concessão de empréstimos deve ser emitida conforme a alçada, e desde que atendido o limite de crédito individual, levando em consideração o risco da operação e o risco do cooperado.

A primeira alçada será a do analista de negócio da cooperativa.A segunda alçada será a do coordenador da unidade de atendimento.A terceira alçada será do Assessor Executivo, que deve ter seu cargo aprovado e

referendado em ata do conselho de administração.A primeira, segunda e terceira alçadas são opcionais, cabendo ao Conselho de

Administração da cooperativa tal deliberação.A quarta alçada será a do Diretor Liberado, sendo que, se a cooperativa possuir

mais de um Diretor Liberado, o Conselho de Administração da cooperativa escolherá um deles e lhe atribuirá a alçada de concessão de crédito, lavrando em ata.

A quinta alçada será do Comitê de Crédito da Cooperativa Singular, o qual será composto de no mínimo 3 membros, os participantes devem ser os diretores liberados e funcionários.

A sexta alçada será do Comitê de Crédito Ampliado da Cooperativa Singular, o qual será composto por todos os membros do Conselho de Administração da Cooperativa, quando a cooperativa tiver mais que 7 membros, o número mínimo de integrantes pode ser 7.

A sétima alçada será do Comitê de Crédito da Base Regional, o qual será composto de, no mínimo, 3 membros, quais sejam: dois diretores da Base Regional e um Analista de Carteira de Crédito, ficando a formação do comitê registrada em ata do Conselho de Administração da Base Regional.

A oitava alçada será do Comitê de Crédito da Central, o qual será composto de 7 membros, sendo dois Diretores Executivos da Central e cinco integrantes da equipe interna da Central.

O Comitê de Crédito da Central poderá ser simples, com a presença de 4 membros.

O Comitê de Crédito simples, de quórum mínimo de 4 membros, somente poderá deliberar acerca de operações de créditos que dependam de avaliação técnica, como garantias suficientes para satisfazer a obrigação, histórico de vencimentos do tomador do empréstimo junto a cooperativa,renda e patrimônio para satisfazer a obrigação.

O parâmetro de análise das alçadas de liberação de crédito é o percentual de comprometimento de renda bruta mensal do cooperado, também levará em conta o

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nível de risco (SCORE), calculada por meio do software colmeia, seguindo os

percentuais da tabela abaixo:

Nível Risco Analista Neg. Coord PAC Assessor Ex. Diretor Comitê Cons. Base Baser A 20% 25% 30% 35% 37% 42% 45% 55% B 15% 20% 25% 30% 33% 35% 40% 50% C 8% 12% 20% 25% 27% 32% 37% 40% D 0 0 0 20% 23% 25% 30% 35%

As operações de nível superior a D serão de alçada exclusiva do Comitê de Crédito da Central Cresol Baser.

A Cooperativa, através de seu Conselho de Administração, poderá reduzir os percentuais da tabela supracitada, para a primeira, segunda e terceira alçadas, lavrando em ata tal deliberação e encaminhando uma cópia para o Comitê de Crédito da Central.

Para o cadastramento dos membros das alçadas criadas por este comunicado, as cooperativas deverão lavrar em ata do conselho de administração o nome e qual alçada irá compor, após deverão abrir chamado na intranet anexando cópia da ata, caminho COLMEIA > ALÇADAS > CONFIGURAR ALÇADAS.

Atenciosamente, Alzimiro Thomé Luiz Ademar Panzer

Diretor Presidente Vice Presidente

Luiz Levi Tomacheski Edson VieiraDiretor Secretário Diretor Financeiro

Jairo LofiPrimeiro Secretário

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