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INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL RELATÓRIO FINAL DE IMPACTE AMBIENTAL EN221 – BENEFICIAÇÃO ENTRE A ESTAÇÃO DO FREIXO E BARCA D´ALVA VARIANTE AO FREIXO PROJECTO DE EXECUÇÃO VOLUME I – RESUMO NÃO TÉCNICO

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INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL

RELATÓRIO FINAL DE IMPACTE AMBIENTAL

EN221 – BENEFICIAÇÃO ENTRE A ESTAÇÃO DO FREIXO E BARCA D´ALVA

VARIANTE AO FREIXO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME I – RESUMO NÃO TÉCNICO

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INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL

RELATÓRIO FINAL DE IMPACTE AMBIENTAL

EN221 – BENEFICIAÇÃO ENTRE A ESTAÇÃO DO FREIXO E BARCA D´ALVA

VARIANTE AO FREIXO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME I – RESUMO NÃO TÉCNICO

PREÂMBULO

O presente Relatório Final do Estudo de Impacte Ambiental foi realizado pela ECOSERVIÇOS – Gestão

de Sistemas Ecológicos Lda., para o IEP.

Este estudo foi efectuado de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio relativo à

Avaliação de Impacte Ambiental e respectiva Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril e Caderno de Encargos

do IEP.

O presente volume é relativo ao Resumo Não Técnico do Estudo de Impacte Ambiental do projecto

mencionado em epígrafe.

Lisboa, 19 de Julho de 2004

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ÍNDICE

Pág.

Introdução.................................................................................................................................................1

I – Descrição do Projecto .........................................................................................................................3

I.1 – Localização do Projecto ...................................................................................................................3

I.2 – Descrição do Projecto ......................................................................................................................4

II – Caracterização da Situação Actual, Avaliação dos Impactes e Medidas de Minimização

Propostas ...........................................................................................................................................7

II.1 – Considerações Gerais.....................................................................................................................7

II.2 – Clima ...............................................................................................................................................8

II.3 – Geologia ..........................................................................................................................................8

II.4 – Solos................................................................................................................................................9

II.5 – Recursos Hídricos .........................................................................................................................10

II.6 – Qualidade do Ar.............................................................................................................................11

II.7 – Ambiente Sonoro...........................................................................................................................11

II.8 – Ecologia.........................................................................................................................................12

II.9 – Componente Social .......................................................................................................................13

II.10 – Património ...................................................................................................................................13

II.11 – Paisagem e Ocupação do Solo...................................................................................................14

II.12 – Planeamento e Gestão do Território ...........................................................................................14

II.13 – Programa de Monitorização .......................................................................................................15

III – Avaliação Global dos Impactes .......................................................................................................16

IV – Conclusões .....................................................................................................................................22

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ECOSERVIÇOS EN221 – Variante ao Freixo IEP 2004.384.RNT-Volume I ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

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INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL

RELATÓRIO FINAL DE IMPACTE AMBIENTAL

EN221 – BENEFICIAÇÃO ENTRE A ESTAÇÃO DO FREIXO E BARCA D´ALVA

VARIANTE AO FREIXO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME I – RESUMO NÃO TÉCNICO

INTRODUÇÃO

O presente volume diz respeito ao Resumo Não Técnico do Relatório Final de Impacte Ambiental

mencionado em epígrafe.

O Resumo Não Técnico descreverá de forma sucinta e numa linguagem perceptível para o público em

geral todos os aspectos relevantes, contidos no Relatório Base, dando ênfase aos impactes significativos

previstos e às medidas de minimização a implementar.

O objectivo principal deste estudo foi avaliar os impactes nas várias vertentes ambientais, definir a

possibilidade da sua minimização caso sejam impactes negativos ou da sua potenciação, caso sejam

impactes positivos, e permitir aos decisores a tomada de decisões com o conhecimento dos efeitos que

serão causados no ambiente pela via em estudo.

O objectivo fundamental desta variante será permitir desviar o tráfego, evitando a sua circulação pelo

interior da povoação de Freixo de Espada à Cinta.

A variante em estudo permitirá melhorar as condições de circulação e de segurança, quer ao nível

rodoviário, quer ao nível da população de Freixo de Espada à Cinta.

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ECOSERVIÇOS EN221 – Variante ao Freixo IEP 2004.384.RNT-Volume I ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

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Para a tomada de decisão é importante que o público em geral e a população mais directamente

interessada participe no processo de consulta pública, por forma que a decisão final englobe a sua

opinião.

O relatório técnico do EIA designado como Volume II – Relatório Base do Relatório Final de Impacte

Ambiental, engloba toda a informação técnica que sustenta o presente documento. A Câmara Municipal

de Freixo de Espada à Cinta possui o Relatório Final de Impacte Ambiental completo. A junta de

freguesia atravessada – Freixo de Espada à Cinta – possui somente o Resumo Não Técnico.

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CAPÍTULO I

DESCRIÇÃO DO PROJECTO

I.1 – LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO

O projecto em análise reporta-se à Variante ao Freixo, que se desenvolve no concelho de Freixo de

Espada à Cinta e interceptando a freguesia de Freixo de Espada à Cinta.

Nas Figuras I.1 e I.2 apresenta-se o enquadramento do projecto a nível nacional e regional com a

freguesia e concelho interceptadas pelo corredor em análise já mencionadas, e a rede viária envolvente.

MELGACOMONCAO

VALENCA

ARCOS DE VALDEVEZ

BRAGANCA

VINHAIS

VILA NOVA DE CERVEIRAPAREDES DE COURA

MONTALEGRE

CAMINHA

CHAVES

PONTE DA BARCA

PONTE DE LIMA

VIANA DO CASTELOTERRAS DE BOURO

BOTICAS

VALPACOS

VILA VERDE

MIRANDELA

MACEDO DE CAVALEIROSVIMIOSO

AMARES

VIEIRA DO MINHO

MIRANDA DO DOURO

BARCELOS

POVOA DO LANHOSO

RIBEIRA DE PENA

VILA POUCA DE AGUIAR

ESPOSENDE BRAGA CABECEIRAS DE BASTO

GUIMARAES

FAFE

MURCA

MONDIM DE BASTOCELORICO DE BASTOVILA NOVA DE FAMALICAO

MOGADOUROALFANDEGA DA FE

POVOA DE VARZIM

VILA DO CONDEVILA REAL VILA FLOR

FELGUEIRAS

SABROSA

ALIJOSANTO TIRSO

AMARANTELOUSADA

CARRAZEDA DE ANSIAES

PACOS DE FERREIRA

TORRE DE MONCORVO

MAIASANTA MARTA DE PENAGUIAOMATOSINHOSVALONGO

PAREDES

MARCO DE CANAVEZES

FREIXO DE ESPADA A CINTA

BAIAOPESO DA REGUA

PENAFIEL SAO JOAO DA PESQUEIRAGONDOMAR

MESAO FRIO

VILA NOVA DE FOZ COA

PORTO

TABUACOARMAMARLAMEGOVILA NOVA DE GAIA RESENDE

CINFAES TAROUCACASTELO DE PAIVAPENEDONO

FEIRA MOIMENTA DA BEIRA

FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGOMEDA

ESPINHO

SERNANCELHECASTRO D'AIREAROUCA

OVAR

PINHEL

VILA NOVA DE PAIVA

OLIVEIRA DE AZEMEIS SAO PEDRO DO SUL TRANCOSO

SAO JOAO DA MADEIRA

VALE DE CAMBRA

AGUIAR DA BEIRASATAO

VISEU

ESTARREJAMURTOSA

OLIVEIRA DE FRADESSEVER DO VOUGA

ALMEIDA

ALBERGARIA-A-VELHA

FORNOS DE ALGODRESVOUZELA PENALVA DO CASTELO

AVEIROCELORICO DA BEIRA

GUARDA

AGUEDAILHAVO MANGUALDE

TONDELA

OLIVEIRA DE FRADES

GOUVEIA

NELASVAGOS OLIVEIRA DO BAIRRO

SABUGALSEIA

CARREGAL DO SALMIRAMORTAGUA

ANADIA

OLIVEIRA DO HOSPITALCANTANHEDE

SANTA COMBA DAO MANTEIGAS

TABUA BELMONTEMEALHADA

COVILHAPENACOVA

PENAMACORFIGUEIRA DA FOZ

COIMBRAMONTEMOR-O-VELHOARGANIL

VILA NOVA POIARES

Lagoaca

Fornos

Mazouco

Ligares

Poiares

Freixo de Espadaa Cinta

Figura 1.1 – Enquadramento Nacional e Regional

Traçado em Estudo

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Figura I.2 – Rede Viária na Envolvente do Projecto

No Desenho VF-PE-RNT-01 apresenta-se o Esboço Corográfico do projecto em análise por forma a

facilitar a sua visualização.

I.2 – DESCRIÇÃO DO PROJECTO

O projecto em estudo contempla a construção duma variante à povoação de Freixo de Espada à Cinta

através da construção dum troço de raiz e do aproveitamento da actual EN325-1.

O traçado em estudo tem uma extensão total de 3.295,655 metros.

O projecto tem o seu início cerca de 2 Km a Poente de Freixo de Espada à Cinta, imediatamente após o

entroncamento de acesso ao Espaço Industrial na EN221, terminando cerca de 1 Km a Sul desta

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povoação, no entroncamento da EN325-1 com aquela estrada. Globalmente, a variante em análise

contorna a povoação de Freixo de Espada à Cinta pelo lado Poente.

Na generalidade, a via apresenta orientação Norte-Sul nos primeiros 1700 metros, inflectindo em

seguida para Nascente e passando a ocupar terrenos da plataforma da actual EN325-1 até ao fim do

traçado.

Ao longo do seu desenvolvimento, o traçado prevê a existência de duas rotundas e um entroncamento

que visam garantir um movimento e funcionamento fluido do tráfego. Uma rotunda localiza-se no início

para articulação com a actual EN221 e a zona Norte de Freixo de Espada à Cinta, e a outra no final para

articulação com a actual EN221 e a zona Sul de Freixo de Espada à Cinta. O entroncamento permitirá

ligação com a actual EN325-1.

A estrada será vedada desde o seu início até à ligação com a EN325-1.

O perfil transversal tipo previsto é de 1x1 vias, apresentando uma plataforma com uma largura efectiva

de 10 metros.

No que respeita aos volumes de tráfego esperados, apresenta-se no quadro seguinte o tráfego médio

diário anual para os anos de 2005 (ano início do projecto), 2015 (ano intermédio) e 2025 (ano horizonte)

e para o cenário optimista.

De salientar que, na zona do traçado, foram alvo de particular atenção os restabelecimentos de

caminhos de serventia para acessos a propriedades e passagens agrícolas para ligarem terrenos

situados em lados opostos da estrada no troço onde se prevê que a estrada seja vedada.

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Cenário Optimista

Ano Troço VL VP Total

Troço Coincidente

com a EN325-1 623 16 639

Novo Troço 278 12 290

Actual EN221 a Sul

de FEC 822 30 851

2005

Actual EN221 a Norte

de FEC 866 76 942

Troço Coincidente

com a EN325-1 968 19 987

Novo Troço 431 14 446

Actual EN221 a Sul

de FEC 1276 36 1312

2015

Actual EN221 a Norte

de FEC 1345 91 1436

Troço Coincidente

com a EN325-1 1366 22 1388

Novo Troço 608 17 625

Actual EN221 a Sul

de FEC 1800 42 1842

2025

Actual EN221 a Norte

de FEC 1897 107 2004

Legenda: VL veículos ligeiros; VP veículos pesados; FEC Freixo de Espada à Cinta

Fonte: Estudo de Tráfego

Quadro I.1 – Tráfego Médio Diário Anual de Ligeiros e Pesados Previstos para o Projecto em Estudo

(Cenário Optimista)

Relativamente à movimentação de terras, prevêem-se 64 000 m³ de escavação e 26 500 m³ de aterro,

verificando-se um excesso de materiais da ordem dos 37000 m³, que terão que ser levados a depósito

final.

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CAPÍTULO II

CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ACTUAL, AVALIAÇÃO DOS IMPACTES E

MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO PROPOSTAS

II.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Neste relatório foi realizada a identificação das vertentes ambientais potencialmente mais afectadas e

que são:

Ecologia – este descritor foi analisado com bastante cuidado uma vez que o traçado se desenvolve

dentro da área do Parque Natural do Douro Internacional, e no limita da Zona de Protecção Especial

“Douro Internacional e Vale do Rio Águeda” e Rede Natura 2000 “Douro Internacional” , as quais

apresentam elevada riqueza de espécies de fauna e de flora .

Ocupação do Solo – ao longo do corredor prevê-se a afectação de várias áreas agrícolas,

nomeadamente prado, olival e vinha.

Quanto aos descritores que apresentam uma menor sensibilidade, e nos quais se prevêem impactes

com menor grau de significância, destacam-se:

• Clima;

• Geologia;

• Solos;

• Recursos Hídricos;

• Qualidade do Ar;

• Ambiente Sonoro;

• Componente Social;

• Património;

• Planeamento e Gestão do Território.

A seguir apresenta-se a caracterização da situação actual para as vertentes ambientais mencionadas e

avaliam-se os impactes que o traçado provoca em cada uma dessas vertentes.

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No Desenho VF-PE-RNT-02 apresenta-se a Carta Síntese de Condicionantes.

Após identificação e avaliação dos impactes, são propostas medidas de minimização para os impactes

negativos mais significativos.

II.2 – CLIMA

O clima da região em análise sofre influência Continental pela sua localização, apresentando um clima

onde se registam elevadas amplitudes térmicas anuais e níveis de precipitação baixos.

Apresenta uma temperatura média mensal de 12,3ºC e uma precipitação média anual de 590,7 mm.

Quanto aos ventos, sopram predominante das direcções Sudoeste e Nordeste.

As características morfológicas da envolvente não são propícias de provocar situações microclimáticas

relevantes nem susceptíveis de impactes significativos.

Não foram identificados impactes negativos significativos neste descritor.

II.3 – GEOLOGIA

A região apresenta relevo acidentado, consequência da tectónica frágil e erosão diferencial, que

proporcionaram o encaixe do rio Douro e dos seus afluentes. O corredor em análise desenvolve-se, no

entanto, em planalto, com o traçado a iniciar-se à cota de 547m. Depois de atravessar várias linhas de

água de encaixe suave, termina a Sul de Freixo de Espada à Cinta, a cerca de 532m de altitude.

A zona onde se desenvolve o traçado apresenta xistos.

Os impactes identificados neste descritor prendem-se essencialmente com alterações do relevo presente

e consequente instabilização dos materiais presentes.

Tendo em conta o relevo da zona, não se prevêem zonas de escavação e aterro significativas nem a

ocorrência de instabilidade dos respectivos taludes. Relativamente a este aspecto, recomenda-se,

mesmo assim, a instalação de coberto vegetal nas superfícies expostas no sentido de consolidar os

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taludes e evitar deslizamentos. Na fase de exploração da estrada a manutenção destes taludes tem de

ser assegurada.

Relativamente à movimentação de terras, existe um excesso de terras que terá que ser levada a

depósito embora haja um reaproveitamento de parte dos materiais.

De um modo geral, prevêem-se impactes negativos, pouco significativos, directos permanentes e

irreversíveis na geologia.

II.4 – SOLOS

A área em estudo é bastante homogénea do ponto de vista do tipo de solos presentes, dominando os

solos de fraca aptidão agrícola.

Nas zonas mais planas associadas às linhas de água encontram-se os solos de moderada a elevada

aptidão agrícola (Regossolos e Fluvissolos) que se localizam entre os km 0+000-0+245 e 1+590-1+700.

Relativamente aos solos pertencentes à Reserva Agrícola Nacional (RAN), estes apresentam elevada

aptidão para a prática da agricultura, localizando-se entre os km 0+155-0+245 e 1+590-1+700.

Os impactes no solo decorrentes da construção e exploração da via em análise estão principalmente

associados à ocupação directa e irreversível de áreas significativas, assim como a possíveis alterações

da aptidão do uso do solo.

Na fase de construção, para além dos solos que serão ocupados irreversivelmente pela plataforma e

pelos taludes, ocorrerá também a ocupação temporária de solos na envolvente do traçado, devido à

movimentação de terras, à execução de acessos provisórios à obra e à instalação de estaleiros. Para

minimizar os impactes nos solos decorrentes desta ocupação temporária, após o término recomenda-se

o seu arejamento bem como o restabelecimento da sua vegetação, o mais rápido possível, para evitar o

aumento do risco de erosão.

Para além destas normas, as actividades inerentes à obra não deverão ser localizadas em solos com

aptidão agrícola nem áreas pertencentes à RAN.

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Em termos gerais, os impactes identificados ao nível dos solos prevêem-se negativos mas pouco

significativos tendo em conta a extensão do traçado.

II.5 – RECURSOS HÍDRICOS

As principais linhas de água atravessadas pelo traçado em estudo são afluentes da ribeira da Canada e

da ribeira do Mosteiro ou dos Cágados, de regime torrencial. As linhas de água interceptadas

apresentam características torrenciais, apresentando água unicamente durante a época das chuvas.

Relativamente à qualidade da água superficial, dada a ausência de fontes de poluição significativas,

estima-se que esta apresenta valores aceitáveis.

Os principais impactes nos recursos hídricos decorrentes da fase de construção ocorrem devido ao

arrastamento de materiais sólidos para as linhas de água. Pode igualmente verificar-se o derramamento

de óleos, lubrificantes e combustíveis (materiais necessários para o funcionamento das máquinas), que

podem ser transportados para os cursos de água por intermédio do escoamento superficial, ou

contaminar as águas subterrâneas por infiltração, mas esta situação será pouco provável.

Durante a fase de exploração verificou-se que ocorrerá um acréscimo dos poluentes para as linhas de

água mas que não serão níveis superiores aos permitidos pela legislação, para os afluentes da ribeira da

Canada e da ribeira do Mosteiro ou dos Cágados.

As medidas de minimização relativamente à protecção dos recursos hídricos devem procurar reduzir os

efeitos de erosão, nomeadamente proceder-se ao revestimento vegetal dos taludes e zonas

abandonadas. Recomenda-se, ainda, a correcta manutenção dos taludes e limpeza das zonas de

acumulação de modo a evitar a obstrução das linhas de água.

Em termos gerais, os impactes identificados ao nível dos recursos hídricos prevêem-se negativos mas

pouco significativos.

II.6 – QUALIDADE DO AR

Na envolvente em análise, existem algumas infra-estruturas rodoviárias, nomeadamente a EN221 e a

EN325-1. Na envolvente destas vias é de prever que estas gerem uma concentração de poluentes

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atmosféricos, embora assumindo alguma significância apenas na área imediatamente envolvente às

faixas de rodagem.

Durante a fase de construção ocorrerão impactes na qualidade do ar decorrentes dos trabalhos de

movimentação de terras, maquinaria pesada e pavimentação, actividades estas que levam à emissão de

poeiras. Estes impactes, apesar de negativos, são temporários e minimizáveis através da aspersão da

via com água e da instalação de dispositivos de redução de emissões poluentes nos equipamentos das

centrais betuminosas e de betão.

As zonas de estaleiros devem ser localizadas o mais distanciadas possíveis das áreas habitacionais.

Durante a exploração da via, e de acordo com os volumes de tráfego esperado, pode-se dizer que não é

expectável que o impacte negativo na qualidade do ar da região em questão se venha a traduzir num

impacte significativo.

Quanto à povoação de Freixo de Espada à Cinta, a retirada do tráfego do seu centro, permitirá a

melhoria da qualidade do ar, prevendo-se um impacte positivo significativo.

II.7 – AMBIENTE SONORO

No âmbito deste estudo foram realizadas medições de ruído. Os níveis de ruído presentes no corredor

em estudo permitem concluir que se está perante um ambiente sonoro pouco ruidoso, sendo a EN325-1

a fonte emissora de ruído mais significativa.

Durante a fase de construção a movimentação de maquinaria pesada na zona do traçado implicará um

aumento do ruído, não se prevendo um impacte negativo significativo, tendo em conta a fraca densidade

da ocupação urbana.

Durante a fase de exploração da via e apesar do aumento de tráfego previsto, os níveis sonoros nas

edificações mais próximas do traçado não serão significativos. Não se propõem medidas de minimização

do ruído.

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II.8 – ECOLOGIA

A ecologia foi dos aspectos mais aprofundados neste estudo dado que o traçado se desenvolve por

completo dentro do limite do Parque Natural do Douro Internacional, e a partir do km 1+700 desenvolve-

se na fronteira da Zona de Protecção Especial “Douro Internacional e Vale do Rio Águeda” e da Rede

Natura 2000 “Douro Internacional”.

Para o levantamento da situação actual, além de várias visitas de campo realizadas para identificação de

espécies e de habitats foram consultadas várias associações e biólogos com conhecimento profundo da

área.

Na zona em estudo, os elementos da paisagem que dominam são as zonas agrícolas.

Na zona em análise, em termos de flora e vegetação, dominam os olivais a vinha e a cultura de cereais.

No que se refere às aves, a envolvente apresenta grande riqueza em termos de espécies. Mas não se

encontraram ninhos de aves na proximidade dos traçados.

Encontram-se também várias espécies de anfíbios, como o sapo-parteiro-ibérico e o sapo-corredor.

Entre as espécies de répteis que ocorrem, destaca-se a presença da cobra-de-ferradura.

A construção da estrada consistirá num impacte negativo mas pouco significativo na vertente ecológica,

uma vez que parte do traçado já existe.

Como medida fundamental para protecção das espécies animais no troço vedado, a vedação é em

malha progressiva, que é um tipo de rede adequada para a protecção da fauna.

II.9 – COMPONENTE SOCIAL

O concelho de Freixo de Espada à Cinta localiza-se numa zona muito interior do país.

O seu grau de interioridade reflecte-se, em parte, pela evolução da distribuição da sua população ao

longo dos últimos anos. Assim, esta zona tem sofrido uma redução da sua população residente. Verifica-

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se ainda que todo o concelho se encontra fortemente envelhecido não se prevendo que seja contrariada

esta tendência sem a tomada de medidas que incentivem a fixação e a criação e constituição de

famílias.

Quanto a actividades económicas, é notória a dominância do sector primário, onde a agricultura ainda

representa um papel fundamental na economia concelhia.

Na fase de construção ocorrerá um aumento da incomodidade na população localizada ao longo do

corredor, devido às actividades inerentes à obra, nomeadamente degradação do ambiente sonoro e

qualidade do ar, interrupção pontual do abastecimento de água, energia e degradação das condições de

circulação. Nestas zonas os impactes serão negativos pouco significativos devido à fraca densidade

populacional da envolvente.

A nova via constituirá um elemento de elevada importância no que diz respeito à segurança rodoviária e

das populações locais, uma vez que vai retirar transito de passagem da localidade de Freixo de Espada

à Cinta consistindo um impacte positivo, significativo.

II.10 – PATRIMÓNIO

Apesar do concelho de Freixo de Espada à Cinta apresentar uma grande abundância de vestígios

arqueológicos, alguns dos quais de grande valor científico e patrimonial, na área em estudo não estão

identificados quaisquer valores arqueológicos, situando-se os mais próximos a mais de 1Km do corredor

em análise. Deste modo, não se prevêem impactes neste descritor.

Como medida de minimização propõe-se o acompanhamento da obra por um arqueólogo, por forma a

detectar possíveis vestígios não identificáveis nesta fase.

II.11 – PAISAGEM E OCUPAÇÃO DO SOLO

O traçado em análise desenvolve-se na margem direita do rio Douro, numa paisagem de relevo

homogéneo, praticamente plano, sem declives acentuados marcado por linhas de água de

características torrenciais.

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Na paisagem domina a ocupação agrícola, nomeadamente prado, olival e vinha. Esta paisagem é dotada

de grande beleza pela sua enorme variedade cromática.

Na primeira metade do traçado domina os campos agrícolas em retalhos assimétricos, onde a variedade

de culturas proporciona elevado valor estético à paisagem. Na segunda metade a paisagem é

semelhante ao troço inicial, mas a existência da actual EN325-1 relativiza os impactes do projecto em

estudo. Neste troço destacam-se algumas acácias e amendoeiras.

De referir um espaço industrial previsto no início do traçado e a existência de um campo de futebol no

final do traçado.

Os impactes provocados na paisagem resumem-se à existência da barreira física na paisagem original e

alteração do uso do solo.

Uma vez que o projecto em análise contempla a beneficiação da actual EN325-1 já existente e que no

troço novo não estão previstos aterros de grande altura, o efeito barreira na paisagem será pouco

significativo.

Será desenvolvido um projecto de integração paisagística para a nova estrada

Face à natureza da ocupação do solo, prevêem-se localmente impactes negativos significativos dado

que principalmente entre o km 1+590 e 1+700 sensivelmente será interceptada uma exploração agrícola,

prevendo a inviabilização da exploração agrícola (sementeira de aveia, vinha e olival equipada com

sistema de rega) de pelo menos uma parcela que constitui a exploração.

II.12 – PLANEAMENTO E GESTÃO DO TERRITÓRIO

As áreas regulamentares com relevância no presente EIA dizem respeito à Reserva Agrícola Nacional

(RAN), à Reserva Ecológica Nacional (REN) e às áreas protegidas existentes.

Em termos de instrumentos de planeamento e gestão do território, de acordo com a informação recebida

por parte da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, não existem na envolvente Planos de

Pormenor ou de Urbanização que interfiram ou inviabilizem o projecto em análise.

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Da informação compilada refere-se a existência de um espaço industrial previsto no início do traçado,

não afectado. No final do traçado, na zona do actual campo de futebol, está previsto pela autarquia um

Complexo Desportivo, cujo projecto contempla a futura via.

Quanto a serviços atravessados, destacam-se uma rede eléctrica de média e alta tensão e um cabo

aéreo de telecomunicações, não se prevendo a afectação destas infra-estruturas.

Quanto às áreas protegidas, o traçado desenvolve-se por completo dentro do limite do Parque Natural do

Douro Internacional, e a partir do km 1+700 desenvolve-se na fronteira da Zona de Protecção Especial

“Douro Internacional e Vale do Rio Águeda” e da Rede Natura 2000 “Douro Internacional”.

Neste descritor os impactes serão negativos pouco significativos.

Como medidas de minimização propõe-se a redução ao mínimo de ocupação temporária na fase de

construção e o controlo em termos de ordenamento durante a exploração da via.

II.13 – PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO

Na sequência da análise dos impactes para as várias vertentes ambientais e com o objectivo de

acompanhar a evolução da situação ambiental na área em análise, foi proposto um Plano de

Monitorização Ambiental.

Este programa de monitorização incidirá apenas sobre o descritor da Ecologia, permitindo acompanhar

possíveis alterações nas formações vegetais e respectivas comunidades florísticas e faunísticas, na área

do projecto.

O programa de monitorização permitirá também verificar a eficácia das medidas de minimização

propostas.

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CAPÍTULO III

AVALIAÇÃO GLOBAL DOS IMPACTES

Ao longo do presente Estudo de Impacte Ambiental foram caracterizados e avaliados os potenciais

impactes no ambiente provocados pela construção da Variante ao Freixo, com base na evolução da

situação de referência e para a fase de construção e de exploração.

Importa referir que numa fase preliminar deste estudo foi realizado um levantamento da situação de

referência, para a identificação dos descritores ambientais potencialmente mais afectados e aos quais

deveria ser dada particular atenção, quer na fase de levantamento e recolha de informação da situação

de referência, quer no aprofundamento da avaliação dos impactes.

Por forma a facilitar a análise global de todos os impactes expectáveis decorrentes da construção e

exploração deste projecto e tendo presente os descritores mais afectados que foram tidos em conta

neste estudo, foi elaborado um quadro síntese dos impactes, Quadro III.1.

Para uma melhor visualização dos impactes ao longo do corredor em análise foi elaborada a Carta

Síntese de Impactes apresentada no Desenho VF-PE-RNT-03.

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CARACTERÍSTICAS DOS IMPACTES DESCRITOR

IMPACTE FASE DE

OCORRÊNCIA SENTIDO/

SIGNIFICÂNCIA AMPLITUDE

GEOGRÁFICA REVERSIBILIDADE DURAÇÃO GRAU DE CONFIANÇA

EFEITO SINERGÉTICO

GEOLOGIA • Movimentação de terra e alteração da morfologia do terreno – instabilidade de taludes e construção de obras de contenção • Possibilidade de utilização de materiais de escavação • Uso de explosivos

Construção Construção Construção

Negativo Pouco Significativo Positivo Significativo Negativo Significativo

Local Local Local

Irreversível Irreversível Reversível

Permanente Permanente Temporário

Certo Certo Incerto

Sim (Solos, Paisagem)

⎯ Sim (Componente Social)

SOLOS • Ocupação de solos pela via • Ocupação de solos por estaleiros • Ocupação de solos com potencial agrícola • Contaminação por materiais poluentes

Construção / Exploração Construção Construção / Exploração Construção Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Significativo

Local Local Local Local Concelhio

Irreversível Reversível Irreversível Reversível Reversível

Permanente Temporário Permanente Temporário Temporário

Certo Certo Certo Incerto Incerto

Sim (Componente Social e uso do solo ) Sim (Componente Social e Recursos Hídricos)

Quadro III.1 – Quadro Síntese dos Principais Impactes

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CARACTERÍSTICAS DOS IMPACTES DESCRITOR

IMPACTE FASE DE OCORRÊNCIA

SENTIDO/ SIGNIFICÂNCIA

AMPLITUDE GEOGRÁFICA REVERSIBILIDADE DURAÇÃO GRAU DE

CONFIANÇAEFEITO

SINERGÉTICORECURSOS HÍDRICOS • Aumento de materiais sólidos para as linhas de água • Contaminação das linhas de água por materiais de construção • Alteração no escoamento superficial • Poluição das águas superficiais e subterrâneas

Construção Construção Construção / Exploração Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo

Local Local Local Concelhio

Reversível Reversível Irreversível Reversível

Temporário Temporário Permanente Temporário

Certo Incerto Incerto Incerto

⎯ ⎯ ⎯

Sim (Solos e Componente Social)

QUALIDADE DO AR • Emissão de poluentes e poeiras devido a: movimentações de terra; desmatação; máquinas e tráfego. • Concentração de poluentes emitidos pelo tráfego

Construção Exploração Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo

Positivo Significativo

Local Local Local (Freixo de Espada à Cinta)

Reversível Irreversível Irreversível

Temporário Permanente Permanente

Certo Certo Certo

Sim (Componente Social) Sim (Componente Social) Sim (Componente Social)

Quadro III.1 – Quadro Síntese dos Principais Impactes (cont.)

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CARACTERÍSTICAS DOS IMPACTES DESCRITOR IMPACTE FASE DE

OCORRÊNCIA SENTIDO/

SIGNIFICÂNCIA AMPLITUDE

GEOGRÁFICA REVERSIBILIDADE DURAÇÃO GRAU DE CONFIANÇA

EFEITO SINERGÉTICO

AMBIENTE SONORO • Ruído produzido pelas actividades em estaleiros •Ruído produzido pelas máquinas e equipamentos afectos à obra • Circulação de veículos afectos à obra • Circulação de veículos

Construção Construção Construção Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo

Local Local Local Local

Reversível Reversível Reversível Irreversível

Temporário Temporário Temporário Permanente

Certo Certo Certo Certo

Sim (Componente Social) Sim (Componente Social) Sim (Componente Social) Sim (Componente Social)

ECOLOGIA • Destruição directa do coberto vegetal (diminuição da fotossíntese) e do solo • Aumento do Risco de Incêndio • Atropelamento de animais • Aumento do ruído e poluição atmosférica • Destruição dos Habitats

Construção / Exploração Construção / Exploração Construção / Exploração Construção / Construção / Exploração

Negativo Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo pouco Significativo Negativo Significativo Negativo pouco Significativo

Local Local / Concelhio Local Local Local

Irreversível Irreversível Irreversível Reversível Irreversível

Permanente Não Aplicável Permanente Temporário Permanente

Certo Incerto Incerto Certo Certo

Não Sim (Componente Social) - -

Quadro III.1 – Quadro Síntese dos Principais Impactes (cont.)

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CARACTERÍSTICAS DOS IMPACTES DESCRITOR IMPACTE FASE DE

OCORRÊNCIA SENTIDO/

SIGNIFICÂNCIA AMPLITUDE

GEOGRÁFICA REVERSIBILIDADE DURAÇÃO GRAU DE CONFIANÇA

EFEITO SINERGÉTICO

SOCIO-ECONOMIA • Dificuldade de circulação na via actual • Situações de Incómodo • Destruição de parcelas agrícolas • Melhoria das condições de circulação e qualidade de vida • Incremento das condições de desenvolvimento socio-económico

Construção Construção Construção/ Exploração Exploração Construção/ Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Significativo Positivo Significativo Positivo pouco Significativo

Local / Concelhio Local Local Concelhio Local

Reversível Reversível Irreversível Irreversível Irreversível

Temporário Temporário Permanente Permanente Permanente

Certo Certo Certo Certo Certo

Não Não Não Sim (Qualidade do Ar e Ambiente Sonoro) Não

PATRIMÓNIO • Interferência com as ocorrências de interesse patrimonial

Construção / Exploração

Sem Significado

PAISAGEM E OCUPAÇÃO DO SOLO • Instalação de estaleiros e acessos à obra • Movimentação de terras e desmatação • Alteração da paisagem pela via e infraestruturas adstritas • Afectação de culturas

Construção Construção Construção Construção/ Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Significativo Negativo Significativo

Local Local Local Local

Reversível Reversível Irreversível Irreversível

Temporário Temporário Permanente Permanente

Certo Certo Certo Certo

Não Sim (Solos e Recursos Hídricos) Não Sim (Componente Social)

Quadro III.1 – Quadro Síntese dos Principais Impactes (cont.)

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CARACTERÍSTICAS DOS IMPACTES DESCRITOR

IMPACTE FASE DE OCORRÊNCIA

SENTIDO/ SIGNIFICÂNCIA

AMPLITUDE GEOGRÁFICA REVERSIBILIDADE DURAÇÃO GRAU DE

CONFIANÇAEFEITO

SINERGÉTICO PLANEAMENTO E GESTÃO DO TERRITÓRIO • Ocupação de áreas de RAN • Ocupação de áreas de REN • Interferência com o Parque internacional do Douro • Melhoria de acessibilidades e enquadramento no ordenamento

Construção/ Exploração Construção/ Exploração Construção/ Exploração Construção/ Exploração

Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Pouco Significativo Negativo Significativo

Local Local Concelhio Concelhio

Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível

Permanente Permanente

Permanente Permanente

Certo Certo Certo Certo

Sim (Solos, Componente Social) - - Sim (Componente Social)

Quadro III.1 – Quadro Síntese dos Principais Impactes (cont.)

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CONCLUSÕES

Tendo em atenção o objectivo final desta via, que é retirar o tráfego do centro da povoação de Freixo de

Espada à Cinta e melhorar o nível de qualidade de vida da sua população, o impacte global do presente

projecto será positivo, tanto mais que vai ao encontro das expectativas da população local e da autarquia

que contempla esta via na sua Planta de Ordenamento, embora o traçado agora apresentado não se

desenvolva dentro do espaço canal patente no PDM, pelas razões já apresentadas ao longo do presente

EIA.

Os impactes negativos mais significativos identificados reportam-se à Ocupação do Solo, tendo em

conta que as parcelas agrícolas que serão parcialmente ocupadas inviabilizando para algumas delas a

exploração agrícola das mesmas.

Na zona predominam as áreas agrícolas que ainda têm algum peso na economia dos agregados

familiares. Na primeira metade do traçado, até cerca do km 1+700, a estrada irá atravessar e destruir

irreversivelmente parte das parcelas agrícolas ocupadas maioritariamente por prado, olival e vinha. Na

segunda metade do traçado, a intervenção resume-se ao alargamento da actual EN325-1, implicando a

destruição marginal de algumas parcelas. O impacte a este nível considera-se negativo significativo

tendo em conta a importância económica associada.

Relativamente à vertente da Ecologia, todo o traçado se desenvolve dentro do limite do Parque Natural

do Douro Internacional e faz fronteira com a Zona de Protecção Especial “Douro Internacional e Vale do

Rio Águeda” e Rede Natura 2000 Sítio de 1ª Fase “Douro Internacional”. Estas áreas apresentam-se

como áreas sensíveis que, devido à presença de espécies faunísticas e florísticas de elevado valor,

merecem especial atenção. No entanto devido ao facto de parte da estrada já existir e que a envolvente

imediata se encontra intervencionada do ponto de vista humano devido às práticas agrícolas, os

impactes devidos à presença da via actualmente já existem, não havendo por isso uma alteração

significativa em relação à situação actual.

Da análise realizada verifica-se que os impactes durante a fase de construção da estrada serão, além de

temporários, pouco significativos uma vez que a envolvente ao corredor em estudo é pouco povoada,

sendo a povoação mais próxima Freixo de Espada à Cinta. Deste modo, as actividades com maior grau

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de incomodidade para as pessoas são relativizadas pela quase inexistência de habitações na envolvente

próxima. Na fase de exploração, os impactes dizem respeito à ocupação irreversível de terrenos

agrícolas e ao efeito barreira criado pela presença da via, mas que são pontuais.

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PEÇAS DESENHADAS

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ESBOÇO COROGRÁFICOgestão de sistemas ecológicos, lda

Número

Nº OrdemFolhaData

DesignaçãoEscalas Substitui

Substituído por

1

VFA-PE-RNT-01

1/1JULHO 2004

1/25000

Estudo de Título Complementar

Desenho de

ecoserviçosCONSULTADORIA, ESTUDOS E PROJECTOS DE ENGENHARIA, LDA

DE ESPADA À CINTA

EN221 - VARIANTE A FREIXO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

Instituto das Estradas de Portugal

IEPSEOP

MOPTC

ORIGEM DA VARIANTE AO FREIXO

Km=0+000.000

1+000

2+000

3+000

FIM DA VARIANTE AO FREIXO

Km=3+295.655

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SÍNTESE DE CONDICIONANTES

gestão de sistemas ecológicos, lda

Número

Nº OrdemFolhaData

DesignaçãoEscalas Substitui

Substituído por

1

VFA-PE-RNT-02

1/1JULHO 2004

1/25000

Estudo de Título Complementar

Desenho de

ecoserviçosCONSULTADORIA, ESTUDOS E PROJECTOS DE ENGENHARIA, LDA

EN221 - VARIANTE A FREIXO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

DE ESPADA À CINTAInstituto das Estradas de Portugal

IEPSEOP

MOPTC

ORIGEM DA VARIANTE AO FREIXO

Km=0+000.000

1+000

2+000

3+000

FIM DA VARIANTE AO FREIXO

Km=3+295.655

LEGENDA:

- REN

- RAN

Fonte: PDM de Freixo de Espada à Cinta

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CARTA SÍNTESE DE IMPACTES

gestão de sistemas ecológicos, lda

Número

Nº OrdemFolhaData

DesignaçãoEscalas Substitui

Substituído por

1

VFA-PE-RNT-03

1/1JULHO 2004

1/25000

Estudo de Título Complementar

Desenho de

ecoserviçosCONSULTADORIA, ESTUDOS E PROJECTOS DE ENGENHARIA, LDA

EN221 - VARIANTE A FREIXO

DE ESPADA À CINTA

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

Instituto das Estradas de Portugal

IEPSEOP

MOPTC

ORIGEM DA VARIANTE AO FREIXO

Km=0+000.000

1+000

2+000

3+000

FIM DA VARIANTE AO FREIXO

Km=3+295.655

LEGENDA:

- REN

- RAN

- COMPONENTE SOCIAL /

/ OCUPAÇÃO DO SOLO (PARCELAS AGRÍCOLAS)