institutions for macro stability in brazil

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José Roberto R. Afonso International Research Network on Brazil and Africa Research Workshop Columbia Global Centre, Rio de Janeiro, 6/5/2014 INSTITUIÇÕES PARA ESTABILIDADE MACRO NO BRASIL: RESPONSABILIDADE FISCAL

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Page 1: Institutions for macro stability in Brazil

José Roberto R. Afonso

International Research Network on Brazil and Africa Research Workshop

Columbia Global Centre,

Rio de Janeiro, 6/5/2014

INSTITUIÇÕES PARA ESTABILIDADE

MACRO NO BRASIL:

RESPONSABILIDADE FISCAL

Page 2: Institutions for macro stability in Brazil

Sumário

Experiência brasileira com definição de instituições fiscais e sua

contribuição para a estabilidade macroeconômica

Mudança histórica de padrão de gestão da indisciplina generalizada para

um ajuste fiscal duro e duradouro depois do Real e das crises externas

Dualidade é marca mais característica das políticas e práticas:

• Organizados e sofisticados sistemas tributário, de orçamento,

contabilidade, e gestão, culminou na edição em 2000 de abrangente

e flexível Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

• Distorções e desvios na tributação pesada e de má qualidade,

endividamento não computado e não limitado, estratagemas

crescentes para gerar artificialmente recursos e resultados

Desafio maior é reconquistar confiança na política fiscal e econômica que

pode requerer novo ciclo de reformas institucionais

Page 3: Institutions for macro stability in Brazil

Cronologia

1920 – Código de contabilidade pública

Meados anos 60 – Estruturados novos sistemas de orçamento e

contabilidade, tributário, administração púbilca e financeiro (ditadura militar)

Meados anos 80 – Redefinidas funções das autoridades e das contas

monetárias versus fiscais

1988 - Constituição da redemocratização – descentralização da receita

tributária e reestruturação do orçamento

1994 – Moeda do Real criada sem plano ou medidas fiscais

Final anos 90 – Reformas estruturais, como desestatização, rolagem das

dívidas subnacionais e LRF, e ajuste via aumento de carga tributária

Século XXI – Bonança do crescimento e esquecida agenda de reformas

Crise global – Crise de crédito enfrentada via endividamento público

Page 4: Institutions for macro stability in Brazil

Carga Tributária e Ajuste Fiscal

Page 5: Institutions for macro stability in Brazil

Federação Descentralizada

Governo Geral – Receita Tributária versus Despesa, sem Serviço da Dívida

Page 6: Institutions for macro stability in Brazil

Lei de Responsabilidade Fiscal

Lei Nacional– Lei complementar aplicada a todos os níveis de governo

Natureza – Código de boas condutas mesclado com limites e regras

Restrições – Controle da dívida (limite pelo Senado mas nenhum para

governo central) e de gastos com pessoal (diferencia por nível e poder)

Metas fiscais – Flexível e móvel pois cada governo fixa anualmente na lei

de diretrizes (LDO) metas para próximo ano e revisa dois seguintes. LRF não

obriga geração superávit primário (salvo se dívida extrapola limite)

Transparência – Exigidos relatórios bimestrais (resumo da execução do

orçamento), quadrimestral (cumprimento de limites) e anuais (consolidação

de balanços publicados nacionalmente)

Gestão singular – Não há meta e nem gestão nacional em federação

democrática com grande autonomia dos entes federados: governo central

resta agir via transferências voluntárias e, sobretudo, ao centralizar

empréstimos (renegociados do passado e novos via garantias)

Page 7: Institutions for macro stability in Brazil

Resultado Fiscal & Dívida Pública

Page 8: Institutions for macro stability in Brazil

Perspectivas & Desafios

Estratégia – sem plano nacional e respostas às circunstâncias…

o Histórico longo de mudanças institucionais fortes e frequentes para

combater crises econômicas e mesmo em federação democrática

o Experiência mais recente de abandonar agenda de reformas,

aproveitar crescimento econômico, expandir dívida pública pós-crise

global e, sempre, com crescente carga tributária

o Política fiscal perdeu credibilidade com estratagemas para melhorar

resultados e não completada regulamentação da LRF

Desafios – retomar agenda de mudanças institucionais para reformar ou

substituir sistemas alicerçados há 50 anos, como orçamentos e tributos

Experiência brasileira - pode ser paradigma ou referencial para outros

países em desenvolvimento?

Page 9: Institutions for macro stability in Brazil

José Roberto Afonso é economista, doutor pela UNICAMP, consultor técnico do Senado, pesquisador da FGV/IBRE e especialista em finanças públicas

As opiniões são exclusivamente do autor e não das instituições citadas.

Felipe de Azevedo deu suporte às pesquisas.

Mais trabalhos, próprios e de terceiros, no seu portal: www.joserobertoafonso.com.br