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Ministério da Educação
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Hidráulica e Saneamento (DHS)
Disciplina: TH 030 – SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICO-SANITÁRIOS
PROFESSORA: SELMA CUBAS
Sistemas Prediais Hidráulico-Sanitários
ÁGUA FRIA
Instalações Prediais Hidráulico-Sanitários ÁGUA FRIA
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1. Objetivos de uma instalação de água fria:
Conforto – Fornecer água em quantidade suficiente, para amenizar os problemas
provenientes de interrupções dos sistemas de abastecimento e ruídos;
Higiene – Fornecer água para os aparelhos sanitários;
Segurança – Garantir o atendimento dos padrões de potabilidade da água
(Portaria nº 1469);
Economia – Dimensionamento adequado, minimizando os custos das instalações
(NBR 5626);
2. Projeto de uma instalação de água fria:
Etapas
Concepção: Finalidade da Edificação, distribuição arquitetônica dos
cômodos hidrosanitários, caixa de água, determinação das peças de
utilização, sistema de abastecimento e distribuição das colunas;
Determinação das vazões: Determinação das vazões dos trechos através
de tabelas da norma;
Dimensionamento hidráulico: Hidráulica x Norma
Desenvolvimento: O projeto deverá ser desenvolvido em conjunto com os
outros projetos, arquitetônico, estrutural, fundações, etc.;
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Componentes do projeto:
Memorial descritivo e justificativo;
Memorial de Cálculo;
Norma de execução;
Especificação dos materiais e equipamentos;
Plantas;
Desenhos isométricos;
Detalhes;
Relação de materiais e equipamentos
3. Partes Componentes de um Sistema predial de Água Fria
• Alimentador predial – tubulação entre o ramal predial e o reservatório;
• Barrilete – conjunto de tubulações que se origina no reservatório e da qual
partem as colunas de distribuição;
• Coluna de distribuição – tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar
ramais;
• Extravasor – escoamento do excesso de água;
• Inspeção – qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e
tubulações;
• Instalação elevatória – conjunto de tubulações, equipamentos destinados a elevar
a água até o reservatório de distribuição;
• Peça de utilização – dispositivo ligado a um, sub-ramal para permitir a utilização
da água (pia, lavatório, chuveiro);
• Ponto de utilização – extremidade de jusante do sub-ramal;
• Sub-ramal – tubulação que liga o ramal à peça de utilização;
• Ramal – tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os
sub-ramais;
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• Ramal Predial - tubulação entre a rede pública de abastecimento e a instalação
predial;
• Rede Predial – conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de
distribuição, ramais e sub-ramais;
• Reservatório superior – reservatório ligado ao alimentador predial ou à
tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial;
• Reservatório inferior – reservatório intercalado entre o alimentador predial e a
instalação elevatória, destinado a reservar a água e funcionar como poço de
sucção da elevatória;
• Trecho – comprimento de tubulação entre duas derivações;
• Tubulação de recalque – tubulação entre a saída da bomba e o ponto de descarga
no reservatório de distribuição (superior);
• Tubulação de Sucção – tubulação entre o ponto de tomada no reservatório
inferior e a entrada da bomba
4. Sistemas de Captação
Rede Pública – Concessionária (SANEPAR, CASAN, etc.);
Fonte Particular – poços, nascentes, etc.
Garantir a potabilidade da água a partir de exames (periódicos) em laboratórios, que
atestem o atendimento à portaria nº 1469;
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5. Sistema de Abastecimento
a. Sistema Direto de Abastecimento
Figura 01: Sistema de Abastecimento Direto
Fonte: BOTELHO, 1998
Neste tipo de sistema alimentação dos aparelhos se dá diretamente pela rede
pública, distribuição ascendente. Utilizado quando há pressão suficiente e não ocorre
interrupção no abastecimento;
Vantagens
• Água de melhor qualidade (cloro residual);
• Maior pressão disponível (Pressão mínima na rede é igual a 10 mca);
• Menor custo da instalação.
Desvantagens
• Falta de água em caso de interrupção do sistema público;
• Variações de pressão ao longo do dia;
• Pressões elevadas nos prédios situados em trechos baixos da cidade;
• Maior consumo devido à maior pressão
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b. Sistema Indireto de Abastecimento sem Bombeamento
Figura 02: Sistema de Abastecimento indireto sem bombeamento
Fonte: BOTELHO, 1998
A alimentação dos aparelhos se dá através de reservatório superior, o qual é
alimentado pela rede pública, distribuição descendente. Utilizado em residências de até
dois pavimentos, quando há pressão suficiente mas não ocorre continuidade no
abastecimento;
Vantagens
Barato, não há custo de energia elétrica;
Absorve problemas de interrupção no fornecimento de água pela rede pública.
Desvantagens
Pressão menor, altura do reservatório pequena;
Menor qualidade da água que fica armazenada (cloro).
c. Sistema Indireto de Abastecimento com Bombeamento
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Figura 03: Sistema de Abastecimento indireto com bombeamento
Fonte: BOTELHO, 1998
A alimentação dos aparelhos se dá através de reservatório superior, o qual é
alimentado por um reservatório inferior (cisterna) através de um sistema de recalque,
distribuição descendente. Utilizado em grandes edifícios, quando não há pressão
suficiente e não ocorre continuidade no abastecimento;
Vantagens
Absorve variações no abastecimento;
Dois reservatórios (inferior e superior) gerando maior quantidade de água
armazenada;
Desvantagens
Consumo de energia elétrica;
Custo de instalação, operação e manutenção de equipamentos;
Menor qualidade da água dos reservatórios (cloro);
Menor pressão no caso de reservatórios pouco elevados.
d. Sistema de Abastecimento Misto
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Figura 05: Sistema de Abastecimento Misto
Fonte: BOTELHO, 1998
Parte da distribuição é feita pela rede pública e parte indiretamente, sendo este
sistema mais utilizado em residências de até dois pavimentos, onde a pia de cozinha,
lavatórios, chuveiros possuem duas torneiras, uma abastecida pela rede pública e outra
por reservatório;
Vantagens
• Abastecimento direto: Água de melhor qualidade;
• Abastecimento contínuo.
Desvantagens
• Instalações de torneiras duplas.
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6. Consumo Diário (Cd)
Para o cálculo do consumo primeiramente temos que estimar a taxa de ocupação da
edificação, da seguinte maneira:
Residências:
Cada quarto social: 2 habitantes;
Cada quarto de serviço: 1 habitante.
Demais edificações:
Utilizar a tabela 01 – Taxas de Ocupação.
Tabela 01 - Taxas de Ocupação
Local Taxa de Ocupação
Bancos
Escritórios
Pavimentos Térreos
Lojas - Pavimentos Superiores
Museus e Bibliotecas
Salas de Hotéis
Restaurantes
Salas de Cirurgia
Teatros, Cinemas e Auditórios
1 habitante/ 5,0 m2 de área
1 habitante/ 6,0 m2 de área
1 habitante/ 2,5 m2 de área
1 habitante/ 5,0 m2 de área
1 habitante/ 5,5 m2 de área
1 habitante/ 5,5 m2 de área
1 habitante/ 1,4 m2 de área
8 habitantes
1 cadeira/ 0,7 m2 de área
Fonte:- Hélio Creder, 1995
OBS: Conhecida a ocupação podemos calcular consumo diário pela Tabela 02
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7. Consumo per capita
A Tabela 02 apresenta o consumo per capita (L/hab.dia) por tipo de edificação,
mas este valor pode ser estimado, o exemplo a seguir apresenta o cálculo do consumo per
capita de uma residência de uma família com cinco pessoas:
Tabela 02 - Consumo Predial ou Consumo Diário
Prédio Consumo ( l )
Alojamentos provisórios
Casas populares ou rurais
Residências
Apartamentos
Hotéis sem cozinha e sem lavanderia
Hospitais
Escolas - internatos
Escolas - externatos
Escolas - semi-internatos
Oficinas de costura
Orfanatos, asilos, berçários
Quartéis
Edifícios públicos ou comerciais
Escritórios
Cinemas e teatros
Templos
Restaurantes e similares
Garagens
Lavanderias
Mercados
Matadouros - animais de grande porte
Matadouros - animais de pequeno porte
Fábricas em geral - uso pessoal
Postos de serviço para automóvel
Cavalariças
Jardins
Ambulatórios
Creches
80
120
150
200
120
250
150
50
100
50
150
150
50
50
2
2
25
50
30
5
300
150
70
150
100
1,5
25
50
per capita
per capita
per capita
per capita
por hóspede
por leito
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
por lugar
por lugar
por refeição
por automóvel
por kg de roupa seca
por m2 de área
por cabeça abatida
por cabeça abatida
por operário
por veículo
por cavalo
por m2
per capita
per capita
Fonte:- Hélio Creder, 1995
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Exemplo 1:
Em uma casa vivem 6 pessoas: 1 casal, 3 filhos e 1 empregada, o consumo mensal
de um ano na casa está descrito na tabela abaixo, considerando, para efeitos de cálculo e
por estar a favor da segurança, que o mês é de trinta dias estime o consumo per capita da
família.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo
m3
32 26 21 23 22 20 21 20 23 25 30 32
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8. Volume de Reservação
Em nosso país o sistema de abastecimento deve ser considerado deficiente, por tal
motivo o abastecimento direto é pouco usual fazendo com que em geral façamos uso de
reservatórios para garantir a regularidade do abastecimento.
A Norma NBR 5626/98 estabelece que o volume total a ser armazenado não deve
ser inferior a uma vez o Cd e nem superior a três vezes. Usualmente o valor de
armazenamento para projetos é de 2 vezes o Cd, porém a SANEPAR recomenda a
utilização do máximo estabelecido pela norma, ou seja 3 vezes o Cd. Do volume total 2/5
(40%) devem ser armazenados no reservatório superior e 3/5 (60%) no inferior (cisterna),
quando da existência do mesmo. Os reservatórios superiores sejam compartimentados,
quando o volume dos mesmos for superior a 3000 L. Deve-se lembrar que quando houver
a necessidade de projeto de prevenção contra incêndio por hidrantes devemos computar o
volume de água necessário para proteção contra incêndios, cujo qual poderá ser calculado
através da norma de prevenção contra incêndios do corpo de bombeiros, que possui um
item específico sobre o assunto, sendo que este volume deverá estar no reservatório
superior.
Volume de Reservação (Resumo)
• Projetos que seguem recomendação da Norma NBR 5626: V = 2xCd
• Projetos que seguem recomendação da SANEPAR: V=3xCd
• Edificação nº de pavimentos ≥3
• Edificações com área ≥ 600 m² e nº de aparelhos >15
• Edificação com nº de economias > 3
• Postos de serviço para veículos automotores
• Piscinas com volume > 100m³
• Projetos que necessitam prevenção contra incêndio: V = 3xCd+Vi
• Volume prático, apenas para estimativa, de prevenção contra incêndio: Vi
= 10 ou 20% de Cd, o volume correto deverá seguir o que diz a norma de
Prevenção contra incêndios do Corpo de Bombeiros.
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Corpo de Bombeiro de Curitiba prevê mínimo variando com a Classe de Risco:
RL = 10,0 m3
RM = 15,0 m3
RE = 27,0 m3
9. Funções dos Reservatórios
Os reservatórios possuem função primordial nas Instalações Prediais de Água, sendo
as seguintes:
• Reservatório Inferior (RI) – Armazenar parte da água destinada ao
abastecimento, sua existência só se justifica quando o RS não for abastecido
diretamente pela rede pública e quando o volume de água a ser armazenado for
grande;
• Reservatório Superior (RS) – Atuar como regulador de distribuição e
pressurizador da rede de distribuição, para isso deve ter capacidade adequada e
altura suficiente.
Aspectos Construtivos dos Reservatórios
• Material de qualidade comprovado e estanque;
• Materiais empregados na construção e/ou impermeabilização não podem poluir a
água;
• Não podem atuar como ponto de drenagem de águas residuárias ou águas paradas
ao seu redor;
• Superfície superior externa deve ser impermeabilizada e com declividade mínima
de 1:100 (1%) no sentido das bordas;
• Abertura de inspeção permitindo fácil acesso ao seu interior para inspeção,
manutenção e limpeza. Abertura deve ter tampa.
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10. Sistema de Distribuição
Vazão das peças de Utilização:
As peças de utilização deverão funcionar com uma vazão igual as constantes na
Tabela 03.
Tabela 03 - Vazão das Peças de Utilização
Peça de Utilização Vazão ( l/s ) Peso
Bacia sanitária com caixa de descarga
Bacia sanitária com válvula de descarga
Banheira
Bebedouro
Bidê
Chuveiro
Lavatório
Máquina de lavar prato ou roupa
Mictório auto-aspirante
Mictório de descarga contínua, por metro ou
por aparelho
Mictório de descarga descontínua
Pia de despejo
Pia de cozinha
Tanque de lavar roupa
0,15
1,90
0,30
0,05
0,10
0,20
0,20
0,30
0,50
0,075
0,15
0,30
0,25
0,30
0,3
40,0
1,0
0,1
0,1
0,5
0,5
1,0
2,8
0,2
0,3
1,0
0,7
1,0
Fonte:- NBR 5626, 1982
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11. Sistema de Distribuição – Dimensionamento das Tubulações
11.1 Diâmetro dos Sub-ramais:
Os sub-ramais possuem diâmetros mínimos, a Tabela 04 apresenta estes
diâmetros.
Tabela 04 - Diâmetros Mínimos dos Sub-Ramais
Peças de Utilização Diâmetro
(mm) (pol)
Aquecedor de baixa pressão
Aquecedor de alta pressão
Bacia sanitária com caixa de descarga
Bacia sanitária com válvula de descarga
Banheira
Bebedouro
Bidê
Chuveiro
Filtro de pressão
Lavatório
Máquina de lavar pratos ou roupa
Mictório auto-aspirante
Mictório de descarga contínua
Pia de despejo
Pia de cozinha
Tanque de lavar roupa
20 ¾
15 ½
15 ½
32 1 ¼
15 ½
15 ½
15 ½
15 ½
15 ½
15 ½
20 ¾
25 1
15 ½
20 ¾
15 ½
20 ¾
Fonte: NBR 5626, 1982
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Exemplo 2:
Dimensionar os sub-ramais das peças de utilização conforme planta abaixo:
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11.2 Diâmetro dos Ramais:
Os Ramais podem ser dimensionados por dois processos:
a. Consumo Máximo Provável:
Somente em instalações onde os horários são rígidos, como quartéis, escolas etc.,
nós teremos o uso simultâneo de todas as peças de utilização, caso contrário isto nunca
ocorre. Partindo-se desta afirmação é razoável assumir que podemos obter uma economia
no dimensionamento das tubulações.
Por exemplo, se uma pessoa utiliza a banheira para o banho, nós poderemos ter o uso
simultâneo do vaso sanitário ou do lavatório, a escolha é subjetiva, mas opta-se pelo pior
caso, ou seja, o uso simultâneo do vaso sanitário e da banheira.
b. Consumo Máximo Possível:
Por este método utiliza-se o método das seções equivalentes, onde todos os
diâmetros são expressos em função da vazão obtida com a tubulação de ½ polegada
(Tabela 06).
Método do consumo Máximo Provável
NBR 5626 – Vazão provável em função dos pesos:
Onde:
Q = Vazão (l/s);
C = coeficiente de descarga = 0,30 l/s;
Δ P = Soma de pesos de todas as peças de utilização alimentadas pelo trecho considerado
(Tabela 05).
Q = C (Δ P )1/2
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Determinada a vazão entra-se no ábaco 01 e daí extrai-se o diâmetro
correspondente.
Tabela 05 - Possibilidade de uso simultâneo dos Aparelhos Sanitários
sob condições normais
Fator de Uso
Número de Aparelhos Aparelhos Comuns
(%)
Aparelhos com Válvulas
(%)
2
3
4
5
6
7
8
9
10
20
100
80
68
62
58
56
53
51
50
42
100
65
50
42
38
35
31
29
27
16
Fonte:- Hélio Creder, 1995
Exemplo 3:
Dimensionar a tubulação (ramal), que alimenta um banheiro com as seguintes
peças: 1 vaso sanitário, um lavatório, 1 banheira e 1 chuveiro.
Para se dimensionar uma tubulação que irá atender diversas peças de tubulação deve-se
utilizar a Tabela 05 e o ábaco 01.
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Exemplo 4:
Calcular a capacidade de reservação e ramal de alimentação em PVC de um sobrado
unifamiliar contendo 3 dormitórios, 1 dependência de empregada e 1 garagem para 2
carros.
Exemplo 5:
Dimensionar a coluna que irá alimentar 20 banheiros iguais ao do exemplo anterior: vaso
sanitário 1,9L/s, banheira 0,30L/s.
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Método do consumo Máximo Possível
Para se dimensionar uma tubulação através deste método utiliza-se a Tabela 06.
NO CASO DE RESIDÊNCIAS DE 1 OU 2 PAVIMENTOS CONSIDERA-SE
O USO SIMULTÂNEO DE TODAS AS PEÇAS, POIS A ECONOMIA OBTIDA É
MÍNIMA.
Tabela 06 - Seções Equivalentes
Diâmetro dos tubos
(pol)
½ ¾
1 1 ¼ 1 ½
2 2 ½
3 4
No de tubos de ½
com mesma
capacidade
1
2,9
6,2
10,9
17,4
37,8
65,5
110,
5
189
Fonte:- Hélio Creder, 1995
Exemplo 6:
Dimensionar um ramal que irá alimentar as seguintes peças, imaginadas, de uso
simultâneo: Pia de cozinha (½”), Vaso Sanitário (1 ¼”), lavatório (½”) e Tanque de Lavar
(¾”).
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11.3 Diâmetro das Colunas
Método de HUNTER
Cuidados a serem tomados:
1. Devem-se desenhar as colunas que atenderão as diversas peças de utilização,
nomeando cada trecho a montante e jusante através de letras, levando em
consideração que é sempre preferível, em vez de ramais muito longos, a criação
de novas colunas, e também evitar colocar na mesma coluna vasos sanitários e
aquecedores ou chuveiros. É recomendável ter uma coluna atendendo somente
válvulas e outra as demais peças, para o caso de edifícios, para residências é
aceitável o atendimento de vasos sanitários e lavatórios. (queda de pressão nas
peças quando a válvula é acionada);
2. Os diâmetros das colunas podem variar de trecho para trecho, no caso de
abastecimento descendente o diâmetro da coluna vai diminuindo a medida que se
aproxima os pavimentos inferiores, essa modificação de diâmetro para as colunas
traz uma economia significativa em edifícios;
O dimensionamento das colunas deve obedecer à seguinte seqüência:
Numerar a coluna e marcar com letras os trechos em que há derivação para os
ramais;
Somar os pesos acumulados nos trechos;
Determinar as vazões (Ábaco 01);
Adotar o d (mm) encontrado como primeira tentativa;
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Obter os outros parâmetros hidráulicos (Ábaco 02 ou 03 – função do material
utilizado na tubulação)
V (velocidade) (m/s);
J (perda de carga) (m/m);
Com d e vazão verificar a velocidade e pressão
Se V < 2,5 m/s (ruído) - OK;
Se V > 2,5 m/s – adotar novo diâmetro imediatamente superior ao
adotado;
Pressão Mínima de funcionamento das peças (Tabela 07);
Pressão ≥ Tabela 07 – OK;
Se Pressão < Tabela 07 - adotar novo diâmetro
imediatamente superior ao adotado, ou elevar o
reservatório.
12. Definições relacionadas à pressão
1. Pressão Estática ou disponível (Pdisponível): Altura da coluna de água da altura
média do volume de água, no reservatório ao ponto considerado (água sem
movimento);
2. Pressão dinâmica ou pressão no ponto ou pressão a jusante (Pj): Pressão estática
menos as perdas de carga decorrentes do movimento da água na tubulação (água em
movimento);
2.1. Perda de carga Unitária (J): é a perda de carga em metros de coluna de água
por metro de tubulação (m/m) (Ábacos 02 e 03);
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2.2. Comprimento equivalente Lequivalente: O comprimento equivalente é a
representação das perdas de cargas ocasionadas pelas diversas conexões (Tabelas
10, 11 e 12), as perdas de cargas nas conexões são denominadas perdas de
cargas localizadas e são em função do material da tubulação;
2.3. Perda de carga Total: É a soma do comprimento real da tubulação e o
comprimento equivalente multiplicada pela perda de carga unitária referente às
diversas conexões:
H = (Ltubulação + Lequivalente) x J (m.c.a)
Pressão dinâmica ou pressão no ponto ou pressão a jusante (Pj)
Pj = Pdisponível – H (m.c.a)
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Exemplo 7:
Dimensionar as colunas 1, 2 e 3, de um edifício residencial de 4 pavimentos, que atendem
as seguintes peças por pavimento:
Coluna 01: Banheira, Lavatório e Chuveiro;
Coluna 02: Vaso sanitário com válvula de descarga;
Coluna 03: Pia, Tanque, Chuveiro e Vaso sanitário com caixa acoplada.
Dados:
• Pé direito: 3 m;
• Altura Estática disponível no último pavimento: 5,5 m
• Comprimento da tubulação até a ligação do ramal do último pavimento: 10,50 m
• Conexões no 4º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 RG, 3 joelhos 90º e 1 Tê de saída
lateral;
• Conexões no 3º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 Tê de saída lateral;
• Conexões no 2º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 Tê de saída lateral;
• Conexões no 1º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 joelho 90º.
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13. Diâmetro do Barrilete
O Barrilete é a tubulação responsável de ligar as colunas à caixa d´água. Existem dois
tipos:
Ramificado – solução mais econômica, porém espalha muito os registros das
colunas;
Concentrado – concentra os registros em uma única região, e com isso exige um
espaço mais amplo.
A NBR 5626 determina o calculo do barrilete da maneira mostrada a seguir:
1. Determina-se a vazão através do somatório dos pesos SP, pela seguinte fórmula:
Q = 0,3 ( P )1/2
2. Assume-se uma perda de carga unitária de J = 0,08 m/m;
3. De posse dessa perda de carga e da vazão determina-se o diâmetro (Ábaco 02 ou
03);
4. Encontrado o diâmetro calcula-se a pressão em cada derivação para coluna, da
mesma forma que o dimensionamento para as colunas;
Na prática, o diâmetro mínimo do barrilete deve ser igual a 1” (25 mm)
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14. Velocidade Máxima e Mínima
As velocidades Máximas não devem ultrapassar os valores:
- Norma 5626
V máx < 2,5 m/s
- Tabela 7 – Velocidades Máximas
V máx < 14 x (D)1/2, onde D (m)
Velocidades máximas: fixadas para que o ruído causado pelo escoamento da água no
interior das tubulações não perturbe o repouso ou o desenvolvimento normal das
atividades no interior dos edifícios.
Velocidades mínimas: não são fixadas, permitindo que a tubulação possa ser projetada
para funcionar como um reservatório.
Tabela 7 - Velocidades e Vazões Máximas em função dos Diâmetros
Diâmetro
(mm) (pol)
Velocidade Máxima
(m/s)
Vazão Máxima
(l/s)
13 ½
19 ¾
25 1
32 1 ¼
38 1 ½
50 2
63 2 ½
75 3
100 4
125 5
150 6
1,60
1,95
2,25
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
0,20
0,60
1,20
2,50
4,00
5,70
8,90
12,00
18,00
31,00
40,00
Fonte:- NBR 5626, 1982
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15. Pressões Máximas e Mínimas
Em edifícios altos, onde a pressão ultrapassa os valores propostos pela norma
(Tabela 8) é preciso provocar quedas de pressão;
Para que ocorra queda de pressão é preciso aumentar a perda de carga através de
dispositivos com esta finalidade, como: Válvulas redutoras de pressão e Reservatórios
intermediários.
OBS.: Algumas empresas abastecem os edifícios altos, de forma ascendente até um
determinado pavimento, ou seja, diretamente pela rede, e o restante dos pavimentos
superiores, de forma descendente, a partir do reservatório superior.
Tabela 8 - Pressões Estáticas e Dinâmicas Máximas e Mínimas nos
Pontos de Utilização ( mca )
Aparelho P Máxima P Mínima
Estática Dinâm. Estática Dinâm.
Aquecedor elétrico de alta pressão
Aquecedor elétrico de baixa pressão
Aquecedor a gás de baixa pressão
Aquecedor a gás de alta pressão
Bebedouro
Chuveiro de ½”
Chuveiro de ¾”
Torneira
Torneira-bóia de caixa de descarga de ½”
Torneira-bóia de caixa de descarga de ¾”
Torneira-bóia para reservatório
Válvula de descarga de 1 ½”
Válvula de descarga de 1 ¼”
Válvula de descarga de 1”
40,0
5,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
40,0
4,0
5,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
6,0
15,0
40,0
1,0
1,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2,0
-
-
0,5
0,5
1,0
1,0
2,0
2,0
1,0
0,5
1,5
0,5
0,5
1,2
3,0
10,0
Fonte:- NBR 5626, 1982
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16. Instalações Mínimas
A Tabela 9 de origem americana, fixa as exigências mínimas das peças de utilização,
fornece dados para o dimensionamento das dependências destinadas às instalações
sanitárias.
Tabela 9 - Previsões de Instalações Mínimas
(*) Fonte: “ Uniform Plumbing Code – 1955”
(**) Bebebouros não devem ser instalados em compartimentos sanitários.
(***) 1 tanque para residência ou 2 para cada 10 aparelhos.
1 Pia de cozinha para cada residência ou apartamento
(****) Onde houver contaminação da pele com germes ou matérias irritantes, prever 1
lavatório para cada 5 pessoas.
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Observações:
1. A aplicação desde quadro em bases puramente numéricas pode resultar em uma
instalação inadeguada às necessidades individuais das ocupações. Devem-se
prever, também, as facilidades de acesso aos aparelhos.
2. Nas instalações provisórias, prever: 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 30
operários.
3. Para instalações regulamentadas, consultar as posturas municipais que
regulamentam o asunto
17. Altura dos pontos de utilização
A Tabela 10 apresenta as alturas padronizadas dos pontos de utilização.
Tabela 10 - Altura dos Pontos de Utilização
Peça de Utilização Altura (m)
Válvula de descarga
Caixa tipo Montana
Caixa acoplada ao vaso
Banheira
Bidê
Chuveiro
Lavatório
Máquina de lavar
Tanque
Filtro
Pia de cozinha
1,10
2,00
0,50 - 0,55
0,55
0,30
2,00 - 2,20
0,60
0,75
0,90
2,00
1,00
18. Hidrômetros
São aparelhos que medem e indicam o volume de água escoado da rede de
abastecimento ao ramal predial. Devem ser dimensionados de acordo com a vazão
mensal, da edificação, através da tabela do Manual de Procedimentos da SANEPAR.
19. Ramal Predial
Utiliza-se, normalmente, o mesmo diâmetro do hidrômetro. O diâmetro mínimo
usualmente utilizado é igual a ¾.
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TABELA 11: Perdas de carga localizadas: Comprimentos equivalentes em metros de
canalização de aço galvanizado, conexões de ferro maleável classe 10.
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Tabela 12: Perdas de carga localizadas: Comprimentos equivalentes em metros para
bocais e válvulas.
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Tabela 13: Perdas de carga localizadas: Comprimentos equivalentes em metros de
canalização de PVC rígido ou cobre.
Ábaco 01: Ábaco para cálculo das Tubulações
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Ábaco 02: Ábaco para encanamento de aço galvanizado e ferro fundido
Fonte: Creder (1995 )
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Ábaco 03: Ábaco para encanamento de cobre e PVC
Fonte: Creder (1995 )
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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- Instalações hidráulicas e sanitárias. - Livros
CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC,
1991. 404 p. ISBN 85-216-0345-2
- Instalações hidráulicas: - Livros
MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações hidráulicas: prediais e industriais. 3 ed.
Rio de Janeiro: LTC, 1996. 739 p. ISBN 85-216-1044-0
BIBLIOGRAFIA -COMPLEMENTAR
- Manual técnico de instalação hidráulicas e sanitárias. - Livros
TIGRE. Manual técnico de instalação hidráulicas e sanitárias. 2 ed. São Paulo: PINI,
1987. 92 p.
- Instalações hidráulicas prediais, feitas para durar: - Livros
BOTELHO, Manoel Henrique Campos; RIBEIRO JÚNIOR, Geraldo de Andrade.
Instalações hidráulicas prediais, feitas para durar: usando tubos de PVC. São Paulo:
Pró Editores Associados, 1998. 238 p.