inovação nos mares · sumário pesquisa no ano em que a wilson sons realiza sua primeira pesquisa...

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Uma publicação do Grupo Wilson Sons Dezembro 2015 | ano 12 | nº 61 Entrevista O CEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião, comenta a evolução do alinhamento estratégico da empresa Inovação nos mares Wilson Sons Estaleiros entrega primeiro ROVSV construído no Brasil

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Page 1: Inovação nos mares · Sumário Pesquisa No ano em que a Wilson Sons realiza sua primeira pesquisa de ... responsável pela unifica-ção e aplicação da pesquisa. O trabalho começou

Uma publicação do Grupo Wilson Sons Dezembro 2015 | ano 12 | nº 61

EntrevistaO CEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião, comenta a evolução do alinhamento estratégico da empresa

Inovação nos maresWilson Sons Estaleiros entrega primeiro ROVSV construído no Brasil

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2 Dezembro 2015 NEW,S

Giro pela WSEditorial

Compromisso com a inovaçãoA inovação move uma empresa. É a capacidade de criar algo novo que garante a evolução do negócio. E na nos-sa área de atuação não é diferente. Ao longo de nossa história, muitas vezes vimos as inovações proporciona-rem saltos na maneira como as companhias trabalham. Novos combustíveis, novos meios de transporte e novas tecnologias f izeram com que a logística chegasse ao pa-tamar de hoje.

Nos últimos anos tivemos diversas conquistas nesse sentido: fomos o primeiro estaleiro no Brasil a construir PSVs (Platform Supply Vessels) com motor diesel-elétrico e outro passo importante foi a criação da Central de Ope-ração de Rebocadores (COR), ferramenta que rastreia as embarcações da companhia e permite melhor planeja-mento das ações.

A entrega do ROVSV (Remotely Operated Vehicle Support Vessel) Fugro Aquarius, assunto de destaque nesta edição da NEW,S, é mais uma prova desse compromisso. A embar-cação, montada no estaleiro Guarujá II, é a primeira des-se tipo construída no Brasil e uma das mais modernas e arrojadas do país.

A inovação é um tema fundamental para o Grupo Wilson Sons e faz parte do nosso planejamento. Por isso mesmo, nesta NEW,S, concedi uma entrevista para falar

do nosso alinhamento estratégico, que ao longo de 2015 atingiu uma nova etapa com as reuniões dos Comitês de Alinhamento e os Painéis de Contribuição.

Esta edição apresenta ainda os resultados da primeira pesquisa de satisfação de clientes, uma ferramenta im-portante para gerar indicador no mapa estratégico cujo objetivo é entregar produtos e serviços com alta quali-dade percebida pelo cliente. A NEW,S conta ainda a trajetória da velejadora Gabriella Kidd, apoiada pela Wilson Sons, e a relação da companhia com a industria-lização do Brasil na década de 1950.

Boa leitura!

Cézar BaiãoCEO do Grupo Wilson Sons

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NEW,S Dezembro 2015 3

Expediente

NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Corporativa. Jornalista responsável | Ludmilla Totinick

Edição | Daniel Cúrio

Redação | Daniel Cúrio e Andréia Gomes Durão

Revisão | Liciane Corrêa e Leonardo Alves

Diagramação | Traço Design

Fotos | Divulgação IBRC (página 5), Divulgação Gabriella Kidd (páginas 15 a 17) e Arquivo Wilson Sons

E-mail | [email protected]

GRupO WilSON SONS – CEOCézar Baião CFO e Relações com investidores Felipe Gutterres Vice-presidente de Rebocadores, Offshore Agenciamento e EstaleirosArnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e logísticaSérgio FischerCoordenação editorialComunicação & Sustentabilidade

Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores.Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.

Rua da Quitanda, 86 - 5º andar Centro | Rio de Janeiro | RJ Cep: 20091-005T 55 21 3504-4222 www.wilsonsons.com.br

empresa associada

Sumário

PesquisaNo ano em que a Wilson Sons realiza sua primeira pesquisa de satisfação unificada, procuramos um especialista no assunto para explicar a relevância desse tipo de levantamento e qual o impacto de seu resultado no planejamento da empresa.

EntrevistaO CEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião, volta a conversar com a NEW,S sobre o alinhamento estratégico da empresa. Ele garante que o cenário econômico desafiador não altera a estratégia da companhia e conta como está o andamento do trabalho.

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Construção navalCom 83 metros de comprimento, 18 metros de boca e 1,9 mil toneladas de porte bruto, o novo marco da indústria naval brasileira atende pelo nome de Fugro Aquarius. A embarcação, entregue pela Wilson Sons Estaleiros, é o primeiro ROVSV construído no Brasil.

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TAmBém NESTA EDiçãO

Giro pela WSCompanhia recebe prêmios importantes de segurança e gestão de pessoas

PerfilA velejadora Gabriella Kidd conta sua trajetória e os desafios do esporte

MemóriaA contribuição da Wilson Sons para a industrialização do Brasil na década de 1950

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A opinião do clienteGrupo Wilson Sons realiza primeira pesquisa unificada de satisfação. Tendência vem se fortalecendo nos últimos anos, segundo instituto especializado.

O planejamento de uma compa-nhia leva em conta diversos fatores, e, sem dúvida, um dos mais impor-tantes é a visão do cliente sobre os produtos e serviços prestados. Para garantir que o trabalho está sendo conduzido pelo caminho certo, as empresas têm realizado cada vez mais pesquisas de satisfação com seus clientes. Para Alexandre Diogo, presidente do Instituto Ibero-Bra-sileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), especializado nes-se tipo de estudo, as pesquisas são fundamentais para que a compa-nhia sobreviva em um mundo onde as relações empresariais mudam constantemente.

“Fico muito feliz de ver diver-sas companhias colocando no Ma-pa Estratégico, como diretriz bá-sica, a qualidade percebida pelos clientes. E isso só pode ser medido por pesquisa”, explica Diogo. De acordo com ele, um dos primeiros passos essenciais para as empresas evoluírem é entenderem que não sabem tudo sobre o cliente. “Mes-mo empresas com tradição, soli-dez e experiência no mercado precisam ter a humildade de bus-car uma ferramenta técnica para compreender os clientes.”

O presidente do IBRC conta que essa agenda vem se fortalecen-do dentro das empresas no decorrer dos últimos anos, com maior busca de conhecimento do foco dos

clientes. No setor de logística, des-taca ele, isso vem crescendo de ma-neira expressiva.

Alexandre Diogo comenta tam-bém que, para uma empresa que tem várias marcas, como é o caso do Grupo Wilson Sons, o desafio e a importância desse trabalho são ainda maiores. “Levamos, às vezes, seis meses mergulhados na empre-sa, entendo as características de ca-da marca ou negócio. A pesquisa precisa ser única, mas de modo a respeitar a individualidade de cada marca”, diz o especialista.

Por ter acompanhado diversas empresas em seus esforços para en-tender a visão do cliente, o repre-sentante do IBRC af irma que é frequente encontrar companhias que, após a pesquisa, descobrem que estavam fora do caminho ideal no relacionamento com os clien-tes. “Às vezes, a empresa tem me-tas e estratégias que não estão em sintonia com o que se espera dela. E é muito bom ver quando essas companhias estão dispostas a ajus-tar seus planejamentos para aten-der às expectativas da melhor ma-neira possível.”

Ele conta o caso de uma compa-nhia que interrompeu um processo de substituição de equipamentos por conta do resultado da pesquisa. “Seria um investimento pesado, mas a mudança planejada não agre-garia valor aos olhos do cliente. A

empresa optou, então, por um ajus-te que os usuários do serviço indi-caram como mais importante. No fim, o resultado foi bastante positi-vo para a imagem da companhia.”

ViSãO uNiFiCADAEm 2015 a Wilson Sons realizou pela primeira vez uma pesquisa unif icada para todo o Grupo. A ge-rente de Gestão da Qualidade da Wilson Sons Rebocadores, Juliana de Freitas Calomeni, explica que antes cada empresa realizava suas próprias pesquisas, com metodolo-gias distintas entre si, e que não era possível gerar um indicador único integrando os resultados.

“A pesquisa foi essencial para monitorarmos o desempenho do nosso objetivo estratégico de entre-gar produtos e serviços com alta qualidade percebida pelos clientes. Para nós é vital conhecermos a opi-nião deles, e essas avaliações vão nortear nossos esforços na busca constante pela excelência”, explica a gerente, responsável pela unif ica-ção e aplicação da pesquisa.

O trabalho começou no f inal do ano passado. A companhia contratou o Instituto Ibero-Brasi-leiro de Relacionamento com o Cliente para conduzir as entrevis-tas, que foram realizadas entre maio e julho deste ano. A pesquisa envolveu 530 clientes atendidos pelos negócios de agenciamento

Giro pela WSPesquisa

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marítimo, rebocagem, terminais, logística e estaleiros.

Após essa etapa de entrevistas, os dados coletados foram consolidados pelo IBRC e apresentados aos dire-tores de cada negócio. “Tivemos o cuidado de fazer apresentações per-sonalizadas para cada área, já que as pesquisas respeitaram as característi-cas de cada uma delas. Agora, os ne-gócios vão internalizar os resultados e iniciar os esforços em busca de me-lhorias”, explica. “Construir planos de ação será nosso ‘dever de casa’ pa-ra garantir notas melhores na próxi-ma pesquisa e, consequentemente, maior satisfação de nossos clientes.”

Juliana Calomeni relata que a pes-quisa gerou três indicadores impor-tantes para o Grupo Wilson Sons: indicador de satisfação geral espon-

tâneo (ISGE), indicador de satisfa-ção geral induzido (ISGI) e net pro-moted score (NPS), que mede a f idelidade dos clientes. Para cada um, a pesquisa atribuiu notas de acordo com o negócio, que pauta-rão os planos de ação. O desafio pa-ra o próximo levantamento é me-lhorar esses índices.

“A princípio, vamos repetir a pesquisa em 2017. Esses dois anos de intervalo serão relevantes para trabalharmos os resultados interna-mente e buscarmos ferramentas pa-ra melhorar. O ideal é chegarmos a 2022 com notas no patamar mais alto em todos os negócios.”

Apesar de os resultados ainda da-rem margem a melhorias, alguns dados animaram bastante a equipe que acompanhou a pesquisa. Den-

tro do Grupo, as empresas mais bem avaliadas foram a Wilson Sons Rebocadores e a Brasco. Juliana conta que todos os negócios ficaram com nota máxima no quesito ética dos profissionais da Wilson Sons.

A gerente af irma que alguns clientes poderão ser procurados novamente para discutir pontos comentados no levantamento. “Nossos clientes se dedicaram e dispuseram horas para nos ajudar nesse processo, então é importante que eles percebam o valor que da-mos a esse trabalho. Isso será fun-damental para garantir a adesão deles à nossa próxima pesquisa”, diz Juliana.

Alexandre Diogo, do IBRC: empresas precisam ter a humildade de buscar ferramentas para compreender os clientes

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6 Dezembro 2015 NEW,S

Entrevista

NEW,S | Nós já falamos na NEW,S, edição 55 (junho de 2014) sobre o alinhamento estra-tégico da Wilson Sons. O quanto esse trabalho evoluiu desde então?Cézar Baião | No ano passado, estávamos bem no início deste pro-cesso. Tínhamos definido o Mapa Estratégico, que torna mais clara e tangível toda a estratégia do Grupo e nos permite acompanhá-la de maneira integrada, disciplinada e organizada.

De lá para cá, o trabalho evo-luiu bem. Desde janeiro do ano passado, os Comitês de Alinha-mento vêm se reunindo periodi-camente para se dedicar ao avanço dos objetivos estratégicos do Ma-pa. Esses Comitês f izeram uma análise profunda dos indicadores propostos, além de fazer um le-vantamento do que já existia na companhia e do que ainda preci-sava ser estruturado. Essa etapa foi fundamental para que os integran-tes pudessem definir as metas para cada indicador.

Também foi importante a for-mação de Painéis de Contribui-ção nos negócios – que é como as áreas e os negócios contribuem para cada objetivo do Mapa. Até agora, já implementamos e con-cluímos os Painéis do Tecon Sal-vador e da Wilson Sons Estaleiros, que nos ofereceram um grandioso aprendizado.

J á se passou um ano e meio desde que o CEO do Grupo Wilson Sons,

Cézar Baião, conversou com a NEW,S sobre o alinhamento

estratégico da empresa. Na época, ele pontuou que o grande desafio

do projeto era manter a disciplina para garantir um bom desempenho.

Agora, o executivo volta a conceder entrevista para detalhar o quanto

esse trabalho evoluiu.

“No ano passado, estávamos bem no início deste processo. Tínhamos

definido o Mapa Estratégico, que torna mais clara e tangível toda a

tática do Grupo e nos permite acompanhá-la de maneira integrada,

disciplinada e organizada”, conta Baião. “Desde janeiro do ano passado,

os Comitês de Alinhamento vêm se reunindo periodicamente para se

dedicar ao avanço dos objetivos estratégicos do Mapa.”

O CEO destaca ainda que os cenários desafiadores, como a crise

econômica que o Brasil vive neste ano, não alteram a estratégia da

Wilson Sons. “A estratégia empresarial bem definida também permite a

busca por alternativas que não estejam originalmente contempladas no

Mapa Estratégico toda vez que isso for necessário.”

Para os próximos meses, Cézar Baião explica que o trabalho continua

nos Painéis de Contribuição, formados nos negócios para se cumprir o

planejamento. Ao todo, são nove painéis em andamento. A companhia

desenvolve, ainda, iniciativas a fim de atingir suas metas, que englobam

ações administrativas, de contato com clientes, segurança, gestão de

pessoas e opor tunidades. Pelo visto, a estratégia está andando bem.

Estratégia em movimentoCEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião faz balanço da evolução do alinhamento estratégico na companhia

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NEW,S Dezembro 2015 7

NEW,S | E quais são as perspec-tivas para os próximos meses? Cézar Baião | O trabalho com os Painéis de negócios continua. Além dos dois já realizados, iniciamos recen-temente em outros cinco negócios (Tecon Rio Grande, Brasco, Wilson Sons Rebocadores, Wilson Sons Agência e Wilson Sons Logística) e em duas áreas de apoio (Finanças e Tecnologia da Informação e Desenvol-vimento Organizacional).

NEW,S | Com todas as mudanças que ocorreram no cenário econô-mico brasileiro nos últimos meses, foi necessário adaptar a estratégia da companhia?Cézar Baião | Uma estratégia de longo prazo consistente não se alte-

ra por cenários de curto prazo. Ce-nários desafiadores, como o que estamos vivendo neste ano, exigem ainda mais atenção aos movimentos de mercado, à forma como eles afe-tam os nossos negócios e ao estudo de alternativas para cumprirmos nossos compromissos. Em momen-tos como esse, ter uma gestão bem--definida da estratégia é funda-mental e contribui para a análise das ações a serem executadas.

A estratégia empresarial bem--definida também permite a busca por alternativas que não estejam originalmente contempladas no Mapa Estratégico toda vez que isso for necessário. Ou seja, em função do atual momento econômico do país, podemos buscar alternativas

“O principal desafio é incorporar a agenda de

alinhamento estratégico no dia a dia dos

executivos. É necessário conciliar as agendas,

falando de futuro e operando o presente”

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para alcançar os resultados de curto prazo pretendidos sem, necessaria-mente, mudar a nossa estratégia de longo prazo.

NEW,S | De que maneira os co-laboradores têm abraçado esse pla-nejamento?Cézar Baião | A proposta do ali-nhamento estratégico é, justamente, englobar toda a companhia nesse pro-cesso. Cada colaborador é fundamen-tal para que o Grupo Wilson Sons atinja suas metas. O que observa-mos é que em todos os negócios e em todas as áreas da companhia, as equipes estão cada vez mais engajadas.

NEW,S | Os Painéis já abrangem todo o Grupo Wilson Sons? O que a companhia já conseguiu colher dos Painéis que foram realizados?Cézar Baião | Com a implemen-tação desses sete novos Painéis em 2015, totalizando nove Painéis de Contribuição, já alcançamos todos os negócios e áreas de apoio do Grupo Wilson Sons. O mais im-portante é que eles possuem os mesmos componentes do Mapa Es-tratégico – objetivos, indicadores, metas e iniciativas –, permitindo que, em conjunto, a companhia atinja seus objetivos.

NEW,S | Quais iniciativas do Grupo foram desenvolvidas como resultado da discussão do Mapa?Cézar Baião | Para dar apoio ao nosso trabalho de alinhamento es-tratégico, formamos na companhia sete Comitês de Alinhamento, que são responsáveis por criar e reco-mendar iniciativas e discutir e ana-lisar o desempenho de cada objeti-vo estratégico do Mapa. Cada um deles desenvolveu iniciativas para contribuir com os objetivos da

companhia. O Comitê de Back Office (departamentos administra-tivos de uma empresa) se dedicou à elaboração da Plataforma de Servi-ços, que busca centralizar os servi-ços comuns a todos os negócios e, assim, trazer eficiência e eficácia para os processos de Back Office. No Comitê de Front Office (que lida diretamente com os clientes), a proposta foi o desenvolvimento de um modelo único de pesquisa de satisfação dos clientes para todo o Grupo, que contribui para monito-rarmos de forma singular a percep-ção da qualidade de serviços e pro-dutos entregues aos clientes. O resultado trará insumos para a con-quista de outros objetivos. Uma ini-ciativa que surgiu nas reuniões do Comitê de Oportunidades foi o uso de um Customer Relationship Ma-nagment (CRM) para todos os ne-gócios. A ferramenta traz uma visão integrada dos clientes da Wilson Sons e suas relações com cada unidade da empresa.

No caso do Comitê de Seguran-ça, Meio Ambiente e Saúde (SMS), em vez de se desenvolver uma ini-ciativa, optou-se por trazer para a pauta do Grupo o já bem estrutura-do programa de segurança WS+, que visa à mudança comportamen-tal dos colaboradores. Caminho se-melhante tomou o Comitê de Pes-soas, que absorveu como iniciativa um programa que já estava em an-damento – a Nova Gestão de De-sempenho. Estamos implementan-do uma metodologia inovadora que favorece o ambiente meritocrático e contribui para a promoção de lí-deres atuais e futuros, que agem de acordo com a cultura e a estratégia da Wilson Sons.

NEW,S | Com o alinhamento es-tratégico, ficou mais fácil para ca-

“Uma estratégia de longo prazo consistente

não se altera por cenários de curto prazo. Cenários desafiadores,

como o que estamos vivendo neste ano, exigem ainda mais

atenção aos movimentos de mercado, à forma como eles afetam os

nossos negócios e ao estudo de alternativas

para cumprirmos nossos compromissos”

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da negócio compreender de que maneira pode colaborar para a es-tratégia global do Grupo?Cézar Baião | Ao analisar o Mapa Estratégico a partir de seus Painéis, o negócio ou a área de apoio da com-panhia pode perceber melhor como contribuir para cada item. Esse tra-balho é essencial também para ob-servarmos de que maneira cada uma dessas unidades está se desenvolven-do. Mensalmente, os pontos focais de cada Painel participam de uma reunião para acompanhar o desem-penho dos indicadores e, eventual-mente, discutir o resultado de algum negócio cuja a performance não seja a esperada.

NEW,S | Qual o principal desa-fio desse trabalho?Cézar Baião | O principal desa-fio é incorporar a agenda de ali-nhamento estratégico à rotina dos executivos. É necessário conciliar as agendas, falando de futuro e operando o presente. Outro im-portante desafio enfrentado pelos Comitês de Alinhamento é propor iniciativas estratégicas que mudem o patamar do Grupo. Precisamos aliá-las com o crescimento orgâni-co da companhia. Dessa maneira, alcançaremos nossos objetivos esta-belecidos para 2022.

NEW,S | Quais são os resultados percebidos até aqui? É possível fa-zer um breve balanço?Cézar Baião | Todo esse movi-mento reforça a necessidade de dis-ciplina que existe na definição e no cumprimento de todos os nossos ri-tuais de gestão. Além disso, nossos projetos e iniciativas nascem cada vez mais integrados e priorizados. Também é possível perceber muito mais clareza no desdobramento da estratégia para os negócios.

Fique por dentro

ESTRATéGiAÉ a forma como a organização irá atingir sua visão de futuro, ou seja, é a descrição

do que a organização pretende conquistar no longo prazo.

mApA ESTRATéGiCOO Mapa é a representação visual da estratégia da organização por meio de um con-

junto de objetivos estratégicos.

COmiTÊS DE AliNHAmENTOSão responsáveis por criar e recomendar iniciativas, bem como discutir e analisar o

desempenho de cada objetivo estratégico do Mapa.

pAiNéiS DE CONTRiBuiçãOOs Painéis são um modelo que contém as contribuições de um negócio para o cum-

primento da estratégia do Grupo. Possui os mesmos componentes do Mapa Estraté-

gico (objetivos, indicadores, metas e iniciativas).

Iniciativas que contribuem com a estratégia:

plATAFORmA DE SERViçOSIniciativa proposta pelo Comitê de Back Office, a Plataforma de Serviços busca

centralizar os serviços comuns a todos os negócios e, assim, trazer eficiência e efi-

cácia para os processos dos departamentos administrativos.

pESQuiSA DE SATiSFAçÂO DE CliENTESUm modelo único de pesquisa de satisfação de clientes foi a proposta do Comitê de

Front Office. A iniciativa contribui para o monitoramento, de forma padronizada,

da percepção da qualidade de serviços e produtos entregues aos clientes; e seus re-

sultados fornecerão insumos importantes para a conquista de outros objetivos.

CRmO Comitê de Oportunidades sugeriu o uso de uma ferramenta que trouxesse visão

integrada dos clientes da Wilson Sons e suas relações com cada negócio da empresa

– o Customer Relationship Managment (CRM).

WS+Programa que surgiu em 2010, o WS+ visa à mudança comportamental dos colabo-

radores e caiu como uma luva para as necessidades do Comitê de Segurança, Meio

Ambiente e Saúde (SMS).

NOVA GESTãO DE DESEmpENHOO Comitê de Pessoas absorveu como iniciativa estratégica a Nova Gestão de De-

sempenho, projeto baseado na metodologia 9box, que favorece o ambiente merito-

crático e contribui para a promoção de líderes.

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Construção naval

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NEW,S Dezembro 2015 11

Pense em uma embarcação de su-porte a pesquisas em águas profun-das extremamente plural e de tecno-logia altamente complexa. Agora pense nessa embarcação alinhada a importantes exigências de sustenta-bilidade. A verdade é que, mesmo com muita criatividade, é difícil imaginar um navio como o ROVSV (Remotely Operated Vehicle Support Vessel) Fugro Aquarius, desenvolvido pela Wilson Sons Estaleiros e entre-gue no último mês de novembro.

Quem contempla seu projeto, en-comendado pela holandesa Fugro, nunca mais vê as operações de um estaleiro como antes. A embarcação é única em cada um dos seus deta-lhes, desde a idealização e o processo de desenvolvimento, incluindo fun-ções, aplicabilidade, organização de inventário e até mesmo a responsabi-lidade em um momento futuro de descarte, inaugurando um novo mercado. “Trata-se de um pioneiris-mo não apenas para a Wilson Sons,

mas para o Brasil. Uma embarcação offshore de prospecção e pesquisa, com capacidade de transportar car-gas e executar tarefas subaquáticas e manutenção de equipamentos, e que terá bandeira brasileira”, destaca José Carlos Massonetto Jr., gerente de projetos da Wilson Sons.

Com investimento de aproxima-damente US$ 83 milhões e proje-tado pela Damen, o Fugro Aquarius impressiona pela complexidade da tecnologia embarcada, sendo um dos navios mais arrojados já desen-volvidos no país, com ferramentas de automação e controle extrema-mente precisas e amplo diálogo en-tre os sistemas. A todos os desaf ios ainda se soma o mérito do estaleiro em preservar 60% de conteúdo lo-cal em um projeto tão grandioso.

O navio já impressiona pela plura-lidade. A embarcação é destinada a serviços irrestritos, podendo contri-buir de diversas formas no suporte a atividades de pesquisa realizadas em

Fugro Aquarius: um divisor de águas em inovaçãoEmbarcação surpreende por complexidade tecnológica epelo comprometimento com práticas sustentáveis

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12 Dezembro 2015 NEW,S

“Trata-se de um pioneirismo não apenas para a Wilson Sons, mas para o Brasil”

José Carlos Massonetto, gerente de projetos da Wilson Sons

águas de até 3 mil metros de profun-didade. Por isso, dispõe de sistemas de posicionamento mais sofisticados, guindastes especiais de cargas com capacidade para suportar equipa-mentos de até 10 toneladas em águas profundas, sonares e até um ROV (Remotely Operated Vehicle), um robô submarino operado remotamente.

Idealizado para o suporte a pes-quisas, o ROVSV tem capacidade de acomodação de até 60 passageiros – entre tripulação e profissionais espe-cializados – e autonomia superior a 60 dias. Dispõe de heliponto para o embarque e desembarque das equipes durante as atividades, o que torna ainda mais complexo seu desenvolvi-mento. “Todas essas especificidades

se revelaram um importante aprendi-zado para a equipe e em especial para o projetista e o estaleiro, porque fo-ram muitas as adequações ao longo do processo e um constante trabalho para redimensionar o projeto origi-nal”, enfatiza o gerente de projetos.

Mesmo que ainda não seja uma prática muito comum no Brasil ou no mundo, salvo nos países nórdicos, a embarcação atende à Convenção Internacional de Hong Kong sobre a Reciclagem Segura e Ecológica dos Navios, adotada pela Organização Marítima Internacional, e conquis-tou a nota Green Passport, o que, mais do que indicar uma estrutura ecologicamente correta, revela o ní-vel de exigência da equipe da Wilson Sons Estaleiros em todas as suas esfe-ras. “A especificação envolve todo o processo, demandando componentes e fornecedores certificados, além da encomenda de produtos e equipa-mentos com os chamados selos ver-des, uma vez que na maioria das ve-zes não se encontram disponíveis no

mercado para aquisição imediata pela equipe de compras e podem demorar até oito meses para serem concluí-dos”, explica Massonetto.

“Para a Fugro, a nota Green Pass-port é um avanço que demonstra o comprometimento da companhia e seu alinhamento com a indústria de reciclagem de navios, e incentiva a redução dos riscos de saúde, segu-rança e meio ambiente relacionados ao descarte de embarcações. O Gre-en Passport também ajuda na gestão dos riscos de saúde a que a tripula-ção a bordo está sujeita durante a vida operacional do navio”, destaca Hans van der Wiel, gerente de pro-jetos da Fugro.

A convenção foi adotada em 2009 e desenvolvida com a colaboração de estados-membros da IMO (Interna-tional Maritime Organization). A ado-ção da legislação só acontece 24 me-ses após sua ratificação por 15 estados, que representam 40% de to-da a frota mercante mundial. Mesmo antes da entrada em vigor, contudo,

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a empresa decidiu aplicá-la na cons-trução do navio a fim de estar prepa-rada para o futuro. “O Fugro Aquarius será o primeiro ROVSV projetado que fortalece e amplia os serviços da companhia a fim de satisfazer as mais recentes exigências estabelecidas por seus clientes”, completa Wiel.

Atendendo à norma, o navio apresenta uma descrição detalhada de todos os materiais e equipamen-tos, para promover uma destinação futura sempre adequada e garantir que não sejam utilizados produtos com substâncias contaminantes du-rante os processos diretos e indire-tos de construção do navio – como seguir o padrão IMO para pintura

dos tanques de lastro. “Mais do que envolver a equipe da Wilson Sons e a cadeia produtiva, as especif icações demandaram um maior acompa-nhamento de todo o processo, in-cluindo um sistema de gestão mais robusto, preparação de lideranças e melhor atendimento junto ao clien-te, o que confirma que nos torna-mos uma equipe ainda mais bem preparada a cada novo projeto”, conta Massonetto.

O navio é equipado com propul-são diesel-elétrica, com porte bruto de 1,9 mil toneladas. Medindo 83 metros de comprimento e 18 me-tros de boca, suas dimensões tam-bém exigiram das estruturas do es-taleiro, uma vez que foi a maior embarcação já construída no Gua-rujá II, em São Paulo. O estaleiro foi inaugurado em 2013 e dobrou a capacidade de produção da empresa na fabricação de rebocadores e em-barcações de apoio offshore, sendo o primeiro a construir PSVs (supri-mento para plataformas de petró-leo) com sistema diesel-elétrico. Com um dique seco de 26 metros

de boca e 140 metros de compri-mento, é possível construir ali essas embarcações maiores e mais com-plexas, como PSVs, AHTSs (movi-mentação e posicionamento de ân-coras e rebocagem oceânica), PLSVs (lançamento de tubulação e cabos submarinos), RSVs (apoio à pesqui-sa e coleta de dados), WSVs (esti-mulação de poços) e OSRVs (reco-lhimento de óleo).

Nunca há um dia como o outro na Wilson Sons Estaleiros. A cada novo projeto, a Wilson Sons avança, au-mentando aprendizados, treinamen-tos, especializações, aperfeiçoamentos, qualificações, adaptações de estrutura e equipamentos. Se as atividades desse negócio pudessem ser traduzidas em uma só palavra, esta seria inovação. Nesse sentido, a entrega do Fugro Aquarius inaugura mais um estágio nesse constante processo de superação.

Com contrato f irmado em de-zembro de 2011 e depois de um longo processo de estudos até o iní-cio efetivo da construção, o RO-VSV Fugro Aquarius foi lançado ao mar no ano passado e entregue no último mês de novembro. Outras experiências, ainda que não apre-sentem a mesma dimensão do RO-VSV Fugro Aquarius, ratif icam a ca-pacidade inovadora da companhia. A Wilson Sons Estaleiros tem pre-visão de entrega nos próximos me-ses do OSRV (Oil Spill Recovery Vessels) Jim O’Brien, encomendado pela OceanPact. Com investimen-to de aproximadamente US$ 40 milhões e somando cerca de 20 meses de montagem, o Jim O’Brien tem comprimento de 67,1 metros por 14 metros de largura e é espe-cializado na recuperação de resídu-os e no combate a incêndios, reve-lando-se mais um novo produto para o estaleiro, que se empenha em se f irmar uma referência nacio-nal na construção de workboats.

“O Fugro Aquarius (...) fortalece e amplia os serviços da companhia a fim de satisfazer as mais recentes exigências estabelecidas por seus clientes”

Hans van der Wiel, gerente de projetos da Fugro

Festa na entrega do Fugro Aquarius: da esquerda para a direita, o vice-presidente de Rebocadores, Offshore, Agenciamento e Estaleiros do Grupo Wilson Sons, Arnaldo Calbucci; a presidente da Fugro, Mathilde Scholtes; a advogada da Fugro, Geisa Campos; e o diretor executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza.

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14 Dezembro 2015 NEW,S

Giro pela WSGiro pela WS

Pelo quarto ano consecutivo, o Grupo Wilson Sons ficou entre os vencedores do Prêmio DuPont. A companhia conquistou a segunda co-locação na categoria Gestão em Saúde e Segurança do Trabalhador, com um case sobre a perenização do programa de segurança corporativa WS+. Com esse resultado, a Wilson Sons tornou--se a maior vencedora da história do Prêmio DuPont nessa categoria, com a primeira colocação em 2012 e a se-gunda em 2013, 2014 e neste ano. Ao longo dos cinco anos, o prêmio já contou com quase 500 cases inscritos, de empresas de diversos segmentos.

“Estar entre os premiados pelo quarto ano consecutivo mostra a

consistência e a evolução do trabalho que realizamos na Wilson Sons. Va-mos continuar trabalhando intensa-mente para garantir a segurança de nossas equipes e buscar padrão de excelência na área”, comenta o ge-rente corporativo de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) da Wilson Sons, João David Santos.

O Programa WS+, voltado à trans-formação da cultura de segurança das empresas do Grupo Wilson Sons, co-meçou a ser implantado em 2011. O piloto foi realizado na Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá (SP), e, em se-guida, reproduzido nas demais em-presas do Grupo. O objetivo é criar uma cultura de SMS com base no re-

conhecimento das responsabilidades de cada colaborador; disciplina no cumprimento das regras; conceito de dono; engajamento das lideranças e administração dos desvios.

Os resultados do programa são muito expressivos. De 2010 (ano ante-rior ao início da implantação do pro-grama) a 2014, a taxa de ocorrência de acidentes de trabalho foi reduzida em 75%. Houve também uma redução significativa na taxa de gravidade dos acidentes com afastamento. Entre 2013, ano em que o índice passou a ser monitorado, e 2014, a queda foi de 59%, passando de 140 para 57 dias de trabalho perdidos para cada 1 milhão de horas de exposição a risco.

As conquistas não ficaram apenas na área de SMS. O programa Reconheço Você, de incentivos não pecuniários (em que não há re-compensas financeiras), ficou em primeiro lugar em premiação orga-nizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ). O case concorreu na categoria mé-dias e grandes empresas do Prêmio Ser Humano, que reconhece anu-almente instituições cuja atuação diferenciada e práticas inovadoras

em gestão com pessoas tenham al-cançado significativos resultados quantitativos e qualitativos, que possam ser consideradas uma refe-rência no mercado.

“Depois da conquista do Prêmio DuPont, de segurança, temos mais um motivo para comemorar”, desta-ca a diretora de Desenvolvimento Organizacional (DO), Aléa Fiszpan. “O programa Reconheço Você, em pouco tempo, mudou a dinâ-mica de trabalho em nossos escri-tórios, dando mais visibilidade ao trabalho de nossos colaboradores e contribuindo com o seu engaja-mento. Esses resultados só foram

possíveis com a participação e sen-so de responsabilidade de nossos colaboradores. Juntos somos muito melhores!”

Desenvolvido pela Gerência de Recompensa e Planejamento de Desenvolvimento Humano e Orga-nizacional (DHO) da Wilson Sons, o Reconheço Você teve início há dois anos, com o objetivo de esti-mular atitudes e comportamentos que se identifiquem com os valores da companhia. À frente desse pro-grama está o gerente de Recompensa e Planejamento, Antonio Linhares, que representou a companhia na en-trega do prêmio.

Companhia ficou pela quarta vez consecutiva entre os finalistas do prêmio Dupont

Wilson Sons é a maior vencedora em prêmio de segurança

ABRH-RJ premia Reconheço Você

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NEW,S Dezembro 2015 15

Perfil

Uma das principais promessas da ve-la no país, a jovem atleta Gabriella Kidd, de apenas 18 anos, já tem muita história para contar. Há três anos atu-ando como profissional, ela já cole-ciona um significativo número de

conquistas nos campeonatos disputa-dos – e isso é só o começo. A veleja-dora que se divide entre os treinos e o estudo, mira nos Jogos Olímpicos de 2020 e tem a Wilson Sons como uma de suas apoiadoras nessa jornada.

“Eu comecei com seis anos de idade, mas desde que tinha dois meu pai já me levava para velejar. Fui me apaixonando aos poucos pelo espor-te. Aos 15 anos ingressei em uma classe olímpica, mas na época era um barco em dupla. Nove meses

depois, fui para um barco do tipo Laser, que é individual”, conta.

Gabriella explica que optou pela classe Laser – que ficou famosa no Brasil por conta do bicampeão olím-pico Robert Scheidt – por se tratar de um barco que permite maior con-trole. “O 49er FX, que utilizei quan-do treinava em dupla, era bem radi-cal, e eu ficava pendurada. Cheguei a quebrar um dedo”, diz a atleta, que afirma ter amadurecido bastante nos três últimos anos.

Os bons ventos do esporteCom o apoio da Wilson Sons, Gabriella Kidd se destaca entre os jovens velejadores brasileiros

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16 Dezembro 2015 NEW,S

Recentemente, Gabriella Kidd foi nona colocada no Mundial Jú-nior de 2015, no Canadá – um re-sultado muito bom, já que estava competindo com outras 59 atletas de diversos países. Ela foi também vice-campeã da Copa da Juventude deste ano, realizada em São Paulo, que define os velejadores que dis-putarão os campeonatos Mundial ou Sulamericano de praia. Com a segunda posição, ela garantiu vaga no Sulamericano, realizado agora em dezembro, no Peru.

Seu currículo inclui também a quinta colocação geral no Campe-

“Vivi momentos em que pensava que

não aguentava mais velejar e outros em

que sabia que amava esporte. Acho que

ter conquistado boas posições em campeonatos me

ajudou a ter certeza de que eu queria mais”

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Wilson Sons apoia atletas e projetos

O apoio à velejadora Gabriella Kidd é parte de um conjunto de ações

realizadas pelo Grupo Wilson Sons, que dá suporte a atletas e projetos

na busca por ajudar a construir uma sociedade melhor.

Outro atleta que recebe o apoio da empresa é o corredor Vladimi

dos Santos, que foi assunto de um perfil na edição 59 da NEW,S.

Vladimi é deficiente visual, mas não deixou que essa limitação o

abatesse. Até perder a visão em 2003, aos 33 anos, Vladimi era fun-

cionário do Tecon Rio Grande. Desde então, ele se dedica ao espor-

te e a colecionar conquistas. Tornou-se ultramaratonista e participou

de diversas competições, como os Jogos Olímpicos de Pequim, a Ma-

ratona d’Europa, a Meia Maratona do Rio e a Maratona de Genebra

para deficientes. Atualmente, disputa provas do 4DesertsRace Series,

que percorre ao longo do ano os desertos do Atacama (Chile), de Gobi

(China), do Saara (Egito) e Polar (Antártica).

Na área ambiental, a companhia é parceira do projeto Brigada Mi-

rim Ecológica de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, que visa à preser-

vação da natureza e à conscientização da importância do meio am-

biente junto à população.

A Wilson Sons apoia também projetos sociais, como a Escola de

Gente, que promove a inclusão de grupos sociais vulneráveis, princi-

palmente pessoas com deficiências, e o projeto Salvador Esporte e Ci-

dadania, da Bahia, que incentiva o esporte, a educação, a cultura e o

lazer, voltado para crianças e adolescentes de comunidades carentes.

onato Brasileiro de 2015, sendo a campeã da categoria sub-19, e o primeiro lugar no Campeonato Es-tadual do Rio de Janeiro de Laser 4.7 de 2014. “Vivi momentos em que pensava que não aguentava mais velejar e outros em que sabia que amava esporte. Acho que ter conquistado boas posições em cam-peonatos me ajudou a ter certeza de que eu queria mais.”

A velejadora ressalta que não são apenas os bons resultados que a mo-tivam. “Eu era apontada como a fa-vorita da Copa da Juventude, mas fiquei com o segundo lugar, por um

erro de decisão. Esses erros me aju-dam a aprender. Eu sinto ‘raiva’ para buscar ser melhor”, brinca.

Para garantir seu melhor desem-penho, Gabriella encara uma rotina pesada: treina cinco vezes por se-mana e também frequenta uma academia. Neste ano, ela ainda pre-cisa conciliar sua vida de velejadora com a faculdade de jornalismo, que começou a cursar recentemente. “Sempre viajei muito para os cam-peonatos e me acostumei a essa ro-tina na época de escola.”

Concentração e respeito são fun-damentais nos períodos de competi-

ção, segundo a atleta. Ela conta que, durante um campeonato, pode pas-sar até oito horas por dia na água. Sozinha, em seu barco, ela precisa estar no controle da embarcação e da vela e tomar as decisões corretas.

Ainda bastante jovem e atuando em um esporte que não exige apo-sentadoria cedo, Gabriella Kidd tem ainda muitos mares à sua frente. Ela já sonha em competir nos Jogos Olímpicos daqui a quatro anos, em Tóquio, no Japão. “Em 2020, quem sabe, estarei representando o Brasil nos Jogos”, torce a velejadora. E que os ventos soprem a favor!

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18 Dezembro 2015 NEW,S

Memória

Em muitos momentos da história do Brasil, o governo foi funda-mental para dar aquele “empurrão-zinho” e garantir o progresso. Po-rém, o que muitos livros deixam de fora é que, sozinho, o Estado não teria capacidade de tornar seus planos realidade. Sem o apoio da iniciativa privada, alguns projetos f icariam no papel.

Com trajetória de 178 anos, não é de admirar que a Wilson Sons tenha participado ativamente em muitos momentos. Durante a industrializa-ção do Brasil na década de 1950 não foi diferente.

Para entender melhor a situação, precisamos voltar mais algumas dé-cadas no tempo. Entre o século XIX e a primeira metade do século XX, a indústria brasileira foi pouco expres-siva para a economia nacional. O presidente Getúlio Vargas foi o prin-cipal responsável pela primeira gran-de iniciativa governamental em prol da industrialização do país, com a instalação de indústrias de base ou indústrias pesadas na década de 1930, incumbidas da produção de equipa-mentos e matérias-primas para ou-tras indústrias.

Essa política de industrialização teve continuidade ao longo do go-verno do presidente Juscelino Ku-bitschek, que, a partir dos estudos da Comissão Mista Brasil-EUA (1951-

1953) e do Grupo Misto CEPAL--BNDES (1952-1960), elaborou um programa voltado para a eliminação dos grandes gargalos que cerceavam o desenvolvimento da economia na-cional. Esse projeto reuniu 31 metas, que podem ser subdivididas em seis grupos: energia, transportes, ali-mentação, indústrias de base, educa-ção e a construção de Brasília, a nova capital do país.

Para a sua execução, foi impres-cindível a importação de equipa-mentos que não eram produzidos – ou eram em uma escala muito pequena – no âmbito nacional. Foi nesse contexto que a Wilson Sons

Parceria na industrialização do BrasilA Wilson Sons foi fundamental para o desenvolvimento dos segmentos de energia, transportes e indústrias de base, na década de 1950

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atuou como trading company, intermediando as trocas comerciais entre fabricantes estrangeiros e indústrias nacionais e contribuindo de maneira signif icativa com três das seis frentes: energia, transportes e indústrias de base.

Cooperando com a execução de uma das metas, que previa a ampliação da produção de energia elé-trica, a Wilson Sons comercializou cabos e condu-tores elétricos da British Insulated Callender’s Ca-bles Ltd., postes tubulares de aço para iluminação e tubos para usinas hidrelétricas da Stewarts and Lloyds Ltd., além de turbinas hidráulicas, transfor-madores, usinas geradoras, retificadores para subes-tações, motores elétricos, estações distribuidoras e quadros de distribuição da The British Thomson--Houston Export Co. Ltd. Dessa mesma empresa, comercializou também retificadores para estradas de ferro, equipamentos completos para eletrifica-ção ferroviária e locomotivas, suprindo as deman-das oriundas dos trabalhos de reaparelhamento e construção de ferrovias.

Outra das metas do governo orientou o projeto de revitalização da indústria naval, que, de fins do

século XIX ao despontar da década de 1950, esteve volta-da para o reparo de embarcações. Essa meta previu a in-corporação de novas técnicas, matérias-primas e equipa-mentos à construção de embarcações em pleno contexto marcado pela concentração de esforços no suprimento da indústria automobilística, criada no mesmo período. Foi visando prover a moderna indústria de construção naval nascente que a Wilson Sons comercializou os motores ma-rítimos da inglesa Crossley Brothers Ltd. no Brasil.

Ao f inal do governo Kubitschek, a capacidade insta-lada de produção de energia elétrica havia alcançado a marca de 4.770 quilowatts, 826 quilômetros de ferro-vias estavam construídos e a indústria de construção naval atingiu a capacidade de 158 mil deadweights por ano, tendo o seu primeiro navio lançado em 7 de no-vembro de 1960. As bases sobre as quais se dariam a expansão da indústria nacional haviam sido implanta-das com êxito, e o Plano de Metas foi considerado um verdadeiro sucesso.

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