inovaÇÕes na construÇÃo e no controlo de … · homogeneidade espessura % compactação ......
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IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO E NO CONTROLO DE ATERROS DE ESTRADAS E DE CAMINHOS
DE FERRO DE ALTA VELOCIDADEPARTE 2
IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
A. Gomes Correia – Universidade do Minho
Eduardo Fortunato - LNEC
Universidade do Minho
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
PLATAFORMAFUNDAÇÃO
PLATAFORMAFUNDAÇÃO
ESTRUTURA DA VIA FÉRREA
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Camadas de apoio do pavimento e da via férrea
FunçãoFunção
Fase de construçãoTraficabilidade Capacidade de suporteProtecção das terraplenagens
Fase de exploraçãoCapacidade de carga do pavimento/via
Redução de tensões para a plataforma
Impermeabilização da plataforma
Drenagem das águas zenitais
Drenagem das águas subsuperficiais
Filtro e separação balastro/plataforma
Protecção contra o gelo
ExigênciasExigências
ExecuçãoExecução
Mat
eria
is; e
spes
sura
de
cam
adas
; téc
nica
s con
stru
tivas
Materiais
Camadas
Geometria
granulometriaplasticidadecaracterísticas das partículas
inclinaçõescotasregularidade
homogeneidadeespessura% compactaçãomódulo Ev2
ExploraçãoExploração
Camada de desgasteBalastroDrenagemPlataformaTerraplenagens
Conservação / Reabilitação
Homogeneidade (longo trecho)Variabilidade reduzida(condições climáticas)
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Controlo da qualidade de construção de aterros e de camadas de apoio de pavimentos e de vias férreas
Por exemplo da rigidez da estrutura, procedendo à sua avaliação, pontualmente ou em contínuo, através de:
• Especificações baseadas no desempenho – estabelecimento de valores mínimos de grandezas mecânicas que caracterizam as estruturas.
• Especificação por produto – problemas relacionados com a representatividade dos ensaios;
ex: dmax > 19mm;
ex: energia de compactação em campo muito distinta da utilizada em laboratório;
Ensaio de Carga com Placa (ECP)Deflectómetro de Impacto Pesado (FWD) e Portátil (DIP)Medidor de capacidade de suporte em contínuo (MCSC)Soil Stiffness Gauge (SSG)Análise Espectral de Ondas de Superfície (SASW, CSW)
• Especificação por procedimentos – problemas relacionados com a variação dos materiais e das condições de construção;
Load
Surface
Base
Subgrade
Load
Terreno natural
Camadas betuminosas / balastro
agregados
carga cargaelevada rigidez baixa rigidez
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Dados
e sub-balastro
Ev2 topo terraplenagem
Ev2 material sub-balastro
Ev2 material leito
Admite-se
E topo do sub-balastro
Modelo de comportamento
Condições de fronteira
Determina-see camada de leito
Dimensionamento das camadas de reforço de
plataformas ferroviárias (LNEC, 2000)
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
ENSAIOS DE CARGA TRIAXIAL CÍCLICA
Deformabilidade de agregados britados:
•várias compacidades; vários teores em água
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0. 01 0. 1 1 10 100
% M
ater
ial p
assa
do
D iâm etro das partículas (m m )
0/60/25
0/37, 5( )
⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−+⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅+
−+
+= ∗
∗
∗
∗∗−
pq
.Gγ
pqγ
.Gn
.Kγ.ppε
aaa
nnav 3
1218
13
22
1
( )⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛++⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅−
−+
−= ∗
∗
∗
∗∗−
pq
.Gγ
pqγ
.Gn
.Kγ.ppε
aaa
nnaq 6
12118
13
132
21
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−+
⋅⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅
⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−=
−
max
max
max
max
0
011
11:
pq
psm
pl
NN.εε
n
a
Bpp
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Alguns resultados de ensaios realizados durante a renovação da plataforma ferroviária da Linha do Norte
Com os objectivos de avaliar:
• a qualidade da obra construída;
• a facilidade de utilização e o rendimento dos equipamentos;
• a repetibilidade dos valores obtidos em cada local;
• a sensibilidade dos valores às condições de ensaio;
• a relação entre os valores obtidos e os valores do módulo de deformabilidade obtidos pelo ECP (Ev2 – φ=600 mm, σvmax=250 kPa);
• a possibilidade de estes equipamentos contribuírem para o estabelecimento da energia de compactação necessária;
• a possibilidade de estes equipamentos permitirem detectar zonas com comportamento distinto, de forma muito mais fácil e económica do que recorrendo ao ECP.
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Métodos utilizados
Portancemètre
SASWSSG
FWD
ECP
DIP
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Camada de 30 a 45 cm de enrocamento calcárioPlataforma das terraplenagens em más condições
ZONA A – Renovação da plataforma ferroviária
Leito de via: 20 a 35 cm de material calcário britado com granulometria 0/37,5 mm + Sub-balastro: 0,15 m de material de granítico de granulometria (0/37,5 mm)
Ev2 min = 40 MPaLeito de via e sub-balastro ambos construídos com material agregado britado de granulometria extensa numa espessura total de 0,35 m.
ZONA B – Plataforma ferroviária nova
Ev2 min = 120 MPa
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0.01 0.1 1 10 100
% M
ater
ial p
assa
do
Diâmetro das partículas (mm)
Cu=95,2Cc=1,8
Exemplo do controlo da compactação num trecho de 10 km
94
96
98
100
102
104
106
-4 -3 -2 -1 0 1 2w-wopt (%)
Cr (
%)
Leito (calcário) Cr med = 99,2% cv = 10%
94
96
98
100
102
104
-4 -3 -2 -1 0 1 2w-wopt (%)
Cr (
%)
Sub-balastro (granítico) Cr med = 98,7% cv = 1%Compactação
relativa elevada;
Maior dispersão no leito;
Compactação do lado seco.
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Aumento significativo de EV2 com a construção do leito (30% a 300%);Dispersão relativamente elevada; R2 baixo.
y = 0.6302x + 73.048R2 = 0.3427
60
80
100
120
140
160
180
200
20 40 60 80 100 120EV2 Fundação existente (MPa)
EV2 L
eito
(MPa
)ECP
(φ=600)
y = 0.705x + 53.751R2 = 0.7413
60
80
100
120
140
160
180
200
60 80 100 120 140 160 180EV2 Leito (MPa)
EV2 S
ub-b
alas
tro (M
Pa)
Aumento importante de EV2 no domínio dos valores mais baixos, com a construção do sub-balastro (10% a 70%, com um valor máximo de cerca de 40 MPa)
R2 relativamente elevado.0
10
20
30
40
50
[0.0;1.0] [1.0;1.2] [1.2;1.4] [1.4;1.6] [1.6;1.8] [1.8;2.0] [2.0;2.2] [2.2;2.4] [2.4;2.6]EV2/EV1
Freq
uênc
ia (%
)
Sub-balastroLeitoFundação
1 < EV2/EV1 < 2,5;valores médios: 1,5 (F); 1,4 (L); 1,3 (SB);materiais distintos => distintas relações;resposta mais adequada da camada de
sub-balastro em relação à de leito e desta em relação à fundação existente.
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Valores do módulo de deformabilidade medidos com o ECP e o com DIP e calculados pelo MEF, no topo das camadas de leito e de sub-balastro na Zona A.
LeitoE DIP = 1.2 E ECP
R2 = 0.9
Sub-balastroE DIP = 1.1 EECP
R2 = 0.8
40
60
80
100
120
140
160
180
40 60 80 100 120 140 160 180EECP (MPa)
E DIP
(MPa
)
Medidos no topo do leito
MEF no topo do leito (E leito=300MPa)
Medidos no topo do sub-balastro
MEF no topo do sub-balastro (E sub=250; E leito=300MPa)
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0 200 400 600 800 1 000 1 200
Distância (m)
E (M
Pa)
Valor mínimo exigido (80 MPa)MCSCECP
(a) leito de via com 0,20 m de espessura(b) enrocamento com 0,30 m de espessura(c) geotêxtil(d) passagem inferior hidráulica
(b) (b)
(a)
(c)(d)
%12NE
EEN
1 ECP
MCSCECP
=
−∑
Módulo de deformabilidade obtido com o MCSC e com o ECP na Zona A no topo da camada de leito da via.
• 80 < EV2 (MPa)< 170•Efeito do número de passagens, detecção de zonas com anomalias; avaliação de soluções construtivas.
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Valores do modulo de deformabilidade obtidos com o MCSC e com o ECP na Zona B no topo do sub-balastro.
100
150
200
250
300
350
140 850 140 950 141 050 141 150 141 250 141 350 141 450 141 550 141 650 141 750 141 850 141 950
Local (km)
E (M
Pa)
MCSC ECP
Passagem inferior
PI
%9NE
EEN
1 ECP
MCSCECP
=
−∑
• 125 < EV2 (MPa)< 260
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
FWD/DIP/ECPSub-balastro da subestrutura na
zona B
Intervalos dos valores médios e coeficientes de variação do módulo de deformabilidade equivalente para uma probabilidade de 95%
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
141050 141100 141150 141200 141250 141300 141350
Local de ensaio (VD) (m)
E (M
Pa)
DIP 300 (4/01) FWD 300 (4/01) ECP 300 (4/01) DIP 300 (7/01) FWD 300 (7/01) ECP 300 (7/01)
Verãow med (%)
1,0 (h=0,0 m)0,9 (h=0,1 m)0,8 (h=0,3 m)
Primavera w med (%)
3,8 (h=0,0 m)2,6 (h=0,1 m)2,3 (h=0,3 m)
ΕDIP ≅ 1,42 EFWD
16925 a 1096ECP 7/01
141091 a 1189FWD 7/01
151120 a 1226DIP 7/01
11332 a 373ECP 4/01
15235 a 258FWD 4/01
7353 a 369DIP 4/01
Coef. de variação (%)E médio (MPa)Série
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
ECP e SSG sobre camadas de sub-balastro em ABGE calcário (CS7) e granito (GS8) colocados sobre uma camada de balastro calcário misturado com solos.
y = 242.81x-0.68
R2 = 1.00
y = 395.49x-0.80
R2 = 0.97
y = 315.83x-0.89
R2 = 0.91
y = 258.76x-1.28
R2 = 0.95
0
40
80
120
160
200
0 1 2 3 4 5 6 7w (%)
EV (M
Pa)
ECP-CS7ECP-GS8SSG-CS7SSG-GS8
ESSG = 65% EECP
130 < EV2c (MPa) < 190 110 < EV2g (MPa) < 160
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Caracterização da plataforma com métodos das ondas sísmicas superficiais (SASW)
0.0
0.4
0.8
1.2
1.6
2.0
2.4
0 200 400 600 800 1000 1200 1400ESASW (MPa)
141270 VD141230 VD141200 VD141170 VD141140 VD141110 VD
wméd=1,4%
Plataforma nova
Zona B(diversos
locais)
0
1
2
3
4
5
0 100 200 300 400 500E SASW (MPa)
Prof
undi
dade
(m)
após desguarnecer
após escavar
sobre leito
sobre sub-balastro
Plataforma em
renovaçãoZona A
(diversas fases/cotas)
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Características gerais dos equipamentos utilizados:
Dificuldades:• distintas solicitações, distintas deformações, distintas áreas de influência• dificuldade em alterar condições de ensaio (estado dos materiais e tensões aplicadas)• exigência de mão-de-obra muito especializada e de equipamentos e programas de cálculo automático sofisticados em particular o SASW
Em particular:• MCSC – análise em contínuo e fácil detecção de zonas de comportamento distinto• SASW/CSW – permite a caracterização a elevadas profundidades• SSG e o DIP – grande portabilidade, facilidade de operação e baixo custo
• ensaios não destrutivos• grande mobilidade• fácil colocação em obra e fácil operação• conhecimento das grandezas em análise em tempo real• elevado rendimento => muitos dados => tratamento estatístico• pouca perturbação da obra
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
é desejável que o controlo de compactação das camadas de apoio das infra-estruturas de transporte, além de recorrer a especificações de produto, passe a recorrer também a especificações baseadas no desempenho;
EM CONCLUSÃO:
o valor do módulo de deformabilidade equivalente das camadas de apoio das infra-estruturas de transporte é um dos bons indicadores de desempenho e existem actualmente métodos que permitem fazer a sua determinação de forma sistemática;
a prática vai permitir estabelecer valores de referência a obter com os diferentes equipamentos.
Obrigado !
o valor do módulo de deformabilidade equivalente pode ser muitoinfluenciado pelo teor em água dos materiais que constituem as camadas das subestruturas; assim, a caracterização destas camadas deve ser feita nas condições mais adversas, nomeadamente para valores do teor em água próximos do máximo que os materiais poderão exibir durante a exploração da infra-estrutura; no caso das vias férreas esses valores não deverão ser muito distintos do valor do teor em água óptimo utilizado na compactação das camadas;
os valores do módulo de deformabilidade equivalente obtidos em diferentes condições de ensaio e com diferentes equipamentos podem ser muito distintos;
A. Gomes Correia ([email protected])Eduardo Fortunato ([email protected]) IV Congresso Rodoviário Português – Abril 2006
Garrafa de areia
Ensaio macro