injeção eletrônica - sensores e atuadores

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PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE MINAS GERAISDEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA DISCIPLINA MANUTENO MECNICA

Manuteno MecnicaSensores e atuadores

Alysson Renato Bento Ana Rafaela Diego Arthur Miranda Lucas Henrique Cruz Gomes Reynaldo Gonalves Bruck Prof Leonardo Vinicius Belo Horizonte, Junho de 2008

ndice1 INTRODUO...........................................................................................................................3 1.1 TIPOS DE MANUTENO..................................................................................................4 1.1.1 MANUTENO CORRETIVA...................................................................................4 1.1.2 MANUTENO PREVENTIVA.................................................................................4 1.1.3 MANUTENO PREDITIVA.....................................................................................5 1.1.4 MANUTENO DE MELHORIA...............................................................................5 2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................6 2.1 OBJETIVO............................................................................................................................6 2.2 CRONOGRAMA...................................................................................................................7 2.2.1 PASSO 1........................................................................................................................7 2.2.2 PASSO 2......................................................................................................................11 2.2.3 PASSO 3......................................................................................................................17 3 CONCLUSO...........................................................................................................................19

1

INTRODUO

De acordo com a Norma Brasileira ABNT - NBR - 5462/1981, Manuteno o conjunto de aes destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual ele pode executar a funo requerida. At 1914, a manuteno tinha importncia secundria, e era executada pelo mesmo efetivo de operao, afirma Tavares (1999). Com a Primeira Guerra Mundial e a implantao da linha de montagem em srie por Henry Ford, a manuteno precisou criar equipes e desenvolver mtodos e tcnicas para atender s exigncias do sistema produtivo e garantir a funo dos equipamentos, uma vez que uma falha nos equipamentos implicava na paralisao da produo, elevando os custos, reduzindo a produtividade e o lucro. Nesta fase, a necessidade de uma maior produo e a confiabilidade dos equipamentos blicos das naes em conflito durante a guerra, tambm contribuiu para a evoluo da Manuteno. Segundo Coral Neto (1992), a partir de 1914, podem ser destacadas cinco fases de mudanas organizacionais com reflexos na manuteno. Na primeira fase, entre os anos de 1914 e 1930, surge a Manuteno Corretiva, ocupando uma posio hierrquica organizacional bem baixa. A Manuteno Corretiva constitui um mtodo que se caracteriza pela interveno no equipamento ou ativo da empresa na ocorrncia de falha, restabelecendo a sua funo, afirma Pinto e Xavier (2001). Na segunda fase, entre os anos 1930 e 1947, deu-se o aparecimento da Manuteno Preventiva, j ocupando uma posio hierrquica organizacional equiparvel produo. A Manuteno Preventiva caracteriza-se pela interveno no equipamento, bloqueando com antecedncia as causas potenciais de falhas atravs de aes em intervalos fixos de tempo, afirma Pinto e Xavier (2001). No final da dcada de 40, surge com destaque na indstria, um rgo de assessoramento da manuteno, a Engenharia de Manuteno com a finalidade de Planejar e Controlar as atividades de manuteno, alm de analisar causas e efeitos das avarias. O surgimento da Engenharia de Manuteno foi impulsionado pelos esforos psguerra, progresso da mecanizao industrial com conseqente falta de mo-de-obra qualificada, e aumento da demanda de mercadorias. Esta terceira fase se encerra em 1960. De 1960 a 1972, a Manuteno passou a adotar modernos mtodos de controle em decorrncia do advento do computador e expanso internacional das empresas. Nesta quarta fase observa-se, tambm, a necessidade da profissionalizao gerencial. A partir de 1973, evidencia-se uma evoluo da manuteno preventiva que, at ento, baseava-se no tempo, para uma manuteno preventiva fundamentada na performance e no desempenho dos equipamentos. Por meios de tcnicas que forneciam o diagnstico preliminar de falhas dos equipamentos, nesta quinta fase evidencia-se o uso do mtodo da preveno da manuteno. Nas ltimas dcadas, as organizaes vm passando por transformaes rpidas e profundas, impulsionadas pelo aumento da competitividade e pelo desenvolvimento tecnolgico, levando as empresas a uma verdadeira

revoluo nos seus sistemas produtivos. Parte desta revoluo est associada aos equipamentos de produo que vm sendo submetidos a metas cada vez mais desafiadoras em termos de qualidade dos produtos, custos e produtividade, levando estes equipamentos a uma complexidade maior, implicando em grandes transformaes nos sistemas de manutenes e a um novo enfoque sobre a organizao da manuteno. Conforme Pinto e Xavier (2001), nos ltimos 20 anos a atividade de manuteno tem passado por mais mudanas do que qualquer outra atividade. No estgio atual, Tavares (1999) defende a manuteno como um elemento to importante no desempenho dos equipamentos quanto ao que vinha sendo praticado na operao.

1.1 TIPOS DE MANUTENOSegundo Martins e Laugeni (2000), historicamente a manuteno classificada em preventiva e corretiva. Mas recentemente surgiram os conceitos da Manuteno Preditiva e Manuteno de Melhoria, j utilizados em vrias empresas e classificadas como Tcnicas de Manuteno Preventiva.

1.1.1

MANUTENO CORRETIVA

a atuao para correo da falha ou do desempenho menor que o esperado do equipamento, afirma Pinto e Xavier (2001). Caracteriza-se pela ao, sempre aps a ocorrncia da falha, que aleatria, e sua adoo leva em conta fatores tcnicos e econmicos. Do ponto de vista do custo de manuteno, a manuteno corretiva mais barata do que prevenir falhas nos equipamentos, porm pode causar grandes perdas por interrupo da produo, afirma Xenos (1998). comum a adoo da manuteno corretiva para algumas partes menos crticas dos equipamentos, porm preciso dispor dos recursos necessrios peas de reposio, mo-deobra e ferramental para agir rapidamente.

1.1.2

MANUTENO PREVENTIVA

a atuao realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo, segundo Pinto e Xavier (2001). Caracteriza-se pela busca sistemtica e obstinada para evitar a ocorrncia de falhas procurando prevenir, mantendo um controle contnuo sobre os equipamentos, efetuando operaes julgadas convenientes. A manuteno preventiva, considerada o corao das atividades de manuteno, envolve algumas tarefas sistemticas tais como as inspees, reformas e principalmente troca de peas, afirma Xenos (1998). O custo da manuteno preventiva elevado, tendo em vista que peas e componentes dos equipamentos podem ser substitudos antes de atingirem seus limites de vida til. Conforme Pinto e Xavier

(2001), para adoo de uma poltica de manuteno preventiva devemos considerar fatores tais como: impossibilidade da adoo de manuteno preditiva, aspectos de segurana pessoal ou da instalao, equipamentos crticos de difcil liberao operacional, riscos de agresso ao meio ambiente, sistemas complexos ou de operao contnua. As manutenes preventivas podem ser divididas em: - Programada ou sistemtica quando os servios de Manuteno so efetuados de forma peridica, isto , em intervalos pr-estabelecidos, dias de calendrios, ciclos de operaes, horas de operaes e outros desprezando as condies dos componentes envolvidos. - Rotina so as Manutenes preventivas feitas com intervalos predeterminados e de tempos reduzidos, com prioridades claramente definidas e curtas durao de execuo, na maioria das vezes apoiada apenas nos sentidos humanos, sem causar a indisponibilidade da instalao ou equipamento. Geralmente so conhecidas como inspees e verificaes sistemticas apoiadas pelo uso de check list e programao desenvolvida pela prpria equipe de Manuteno ou inspetores.

1.1.3

MANUTENO PREDITIVA

tambm conhecida como Manuteno Sob Condio ou Manuteno com Base no Estado do Equipamento, segundo Pinto e Xavier (2001), pode ser definida como a atuao realizada com base em modificaes de parmetros de condio ou desempenho do equipamento, cujo acompanhamento obedece a uma sistemtica. Caracteriza-se pela previsibilidade da deteriorao do equipamento, prevenindo falhas por meio do monitoramento dos parmetros diversos, com o equipamento funcionando. Conforme Nepomuceno (1989), Manuteno Preditiva a execuo da manuteno preventiva no momento adequado, antes que o equipamento quebre. Ela tem a finalidade de estabelecer quais so os parmetros que devem ser escolhidos em cada tipo de mquina ou equipamento, em funo das informaes que as alteraes de tais parmetros sobre o estado mecnico de um determinado componente. Para adoo da poltica de manuteno preditiva, devemos levar em considerao fatores, tais como: segurana, custos e disponibilidade dos equipamentos. Os custos de instrumentao e aparelhos de medies, bem como os de mo-de-obra envolvidos nesta poltica, no so significativos, se comparados aos resultados, tanto sob o aspecto tcnico, quanto econmico. No tocante produo, a manuteno preditiva a que oferece melhores resultados, pois intervm o mnimo possvel na planta, de acordo com Pinto e Xavier (2001).

1.1.4

MANUTENO DE MELHORIA

a interveno que visa implantar um melhoramento contnuo dos equipamentos e servios, com o intuito de reduzir o ndice de indisponibilidade,aumento de performance,

aumento do ciclo de vida e segurana, atravs da aplicao de novos dispositivos, bem como a adoo de novas tcnicas de trabalho. Esta interveno pode ocorrer antes do surgimento do defeito e deve ser informada ao projetista do equipamento ou sistema envolvido, a fim de efetuar as modificaes necessrias j na concepo do projeto. Nesta linha de melhoria tem-se o kaisen. A palavra de origem japonesa, a qual significa na prtica melhoria continua que podem ser obtidas com mudanas pequenas no processo e padro existente, atravs do uso da criatividade das pessoas envolvidas no sistema.

2

DESENVOLVIMENTO

2.1 OBJETIVOO objetivo do trabalho a apresentar um plano de manuteno para o centro de usinagem no intuito de reduzir o nmero de quebras no centro de usinagem, Heller, aumentando a confiabilidade do equipamento.

Fig. 1 Centro de Usinagem HELLER

2.2 CRONOGRAMAA tabela 1 mostra um cronograma das atividades a serem executadas durante a manuteno do equipamento

Tabela 1 Passos para manuteno

2.2.1

PASSO 1

O passo 1 consiste em identificar os tipos de quebras obtendo um sistema de coleta de dados para os quais se possa analisar e ter um histrico dos indicadores de desempenho. Definimos quebra como sendo a parada ou interrupo do processo produtivo por uma falha mecnica ou eltrica, quando a mquina ou componente deixa de desempenhar a sua funo e o reparo feito por um manutentor.

Tabela 2 Tabela de quebras/ componentes HELLER

A Tabela 2 mostra todos os componentes que tiveram ou demonstraram alguma falha no perodo de coleta de dados. Na Tabela 3 esto focados dois componentes, eixo Z e cabeote nos quais esto concentrados 80% dos problemas.

Tabela 3 Tabela de quebras/ componentes do eixo z e cabeote

Analisando os dados histricos (indicadores de desempenho), contidos na tabela acima, verificamos que o nmero de quebras foi igual a 70 no perodo de janeiro a novembro de 2007, obtendo uma disponibilidade tcnica de 96%.

Com foco no eixo z e no cabeote estratificaremos os problemas em sub-componentes conforme mostrado abaixo:

2.2.2

PASSO 2

No segundo passo estabeleceremos as condies bsicas de trabalho das reas crticas e definiremos padres os quais devem ser seguidos e mantidos.

1

1

2

1

2

2

No intuito de facilitar o controle do processo de padronizao e manuteno se fez necessrio algumas melhorias no equipamento

Antes

Depois

Dentre essas melhorias foram realizadas a limpeza e etiquetagem do equipameto.

A durao deste servio foi de 6 horas.

O equipamento passou melhorias como insero de manmetros, troca da polia, proteo do eixo z, entre outros, melhorando assim a manuteno do equipamento reduzindo a tempo de manuteno.

Manmetro Sist. Hidrulico

Polia

Conector Eletrovlvula

Manmetro Sist. Lubrif.

Proteo Trocador Pallet

Proteo Eixo Z

Proteo Magazine Ferramentas

Adicionou-se um check-list de inspeo e lubrificao, o qual dever ser preenchido pelo operador diariamente conforme mostrado abaixo:

VIDE MANUTEN O AUTN OMA

Os pontos a serem inspecionados e lubrificados pelo operador foram numerados conforme mostrado na figura abaixo. Aps a execuo de cada tarefa o operador dever preencher a tabela check-list de auto manuyeno mostrada acima.

Alem da criao do check-list de inspeo e lubrificao tambm se encontra disponibilizado um check-list para limpeza do equipamento.

VIDE MANUTENO AUTNOM A

Analogamente ao check-list anterior os pontos de limpeza tambm foram enumerados e identificados como mostrado no quadro abaixo:

Para se restabelecer todos os padres operativos necessrio analisar as paradas das reas crticas do perodo da coleta de dados, janeiro 2007 a novembro 2007, com objetivo de identificarmos o que no houve a influencia de mtodo e mo de obra nas ocorrncias.

2.2.3

PASSO 3

Atacar as quebras repetitivas.

Definio e implementao de contramedidas

Implementao das contramedidas.

Substituio de Guia das caixas da proteo do Eixo Z.

Melhoria no cilindro de abertura da pina do mandril.

Incluso no plano preventiva a verificao da polia com calibrador do Eixo Z.

Substituio da polia e correia do Eixo Z.

Monitoramento das falhas repetitivas

Conforme mostrado no quadro acima verificamos a reduo de falhas, assim podemos afirmar que as modificaes foram bem sucedidas. Seguindo os passos acima manteremos em controle as quebras repetitivas que foram identificadas, mas a tarefa de coleta de dados se matem, afim de detectar com as quebras espordicas, a descoberta de uma possvel nova falha repetitiva.

3

CONCLUSO