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Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas Livro de Referência Março de 2005

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Iniciativa de Transparência nasIndústrias Extractivas

LLiivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

Março de 2005

Este Livro de Referência foi produzido pelo Secretariado Internacional da EITI doDepartamento de Desenvolvimento Internacional (DFID) do Reino Unido. O Livrode Referência será revisto à luz de experiência posterior. Para obter informaçõesmais detalhadas favor dirigir-me por e-mail a: [email protected] ou consultar owebsite da EITI: www.eitransparency.org.

Publicado pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional

A sede do DFID fica situada em:1 Palace StreetLondon SW1E 5HEReino Unido

E em:Abercrombie HouseEaglesham RoadEast KilbrideGlasgow G75 8EAReino Unido

Tel: +44 (0) 20 7023 0000Fax: +44 (0) 20 7023 0016Website: www.dfid.gov.ukE-mail: [email protected]ção ao público: 0845 3004100ou +44 1355 84 3132 (se estiver a telefonar do estrangeiro)

© Copyright da Coroa 2005

Imagem da capa: © Yola Monakhov/Panos.Os direitos autorais da tipografia e design é propriedade da Coroa. Estapublicação (excluindo o logótipo) pode ser reproduzida gratuitamente emqualquer formato ou meio, desde que seja reproduzida com exactidão e nãoutilizada em qualquer contexto conducente a interpretação errada. O materialdeve ser reconhecido como direitos autorais da Coroa e o título e fonte dapublicação devem ser especificados.

Publicado pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional. Impressono Reino Unido, em 2005, em papel reciclado, contendo 80% de resíduospós-consumo e 20% de polpa de papel virgem isenta de cloro.

Referência do produto: PD 042

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

SSuummáárriioo

Introdução 2

Capítulo 1: Princípios e Critérios da EITI 4A EITI em contexto 4Partes interessadas na EITI 5Princípios e critérios da EITI 7

Capítulo 2: Guia ilustrativo para países ricos em recursos 10

Visão Geral 10Fases da implementação 10Resumo das acções sugeridas e adicionais 13Iniciação 17

A. Adesão 17B. Estabelecimento 19C. Desenvolvimento de processos 23

Implementação 26D. Divulgação e publicação 26E. Disseminação e debates públicos 34

Revisão da Implementação da EITI 36F.Revisão 36

Capítulo 3: Guia ilustrativo para empresas de indústrias extractivas 38

Visão Geral 38Resumo das acções e acções adicionais sugeridas às empresas 38Endosso 41

A. Adesão 41B. Apoio internacional 42

Apoio nacional 42C1. País implementador 43C2. País não-implementador 45

Glossário 46

Anexo 49

Exemplos de modelos de relatórios para os sectores do petróleo,gás e exploração mineral 49

IInnttrroodduuççããoo

2

IInnttrroodduuççããoo

OO qquuee éé aa EEIITTII??

Em muitos países, o dinheiro do petróleo, gás e exploração mineral estáassociado à pobreza, ao conflito e à corrupção. Geralmente designada como a“maldição dos recursos”, esta situação caracteriza-se muitas vezes por uma faltade transparência e de responsabilização relativamente aos pagamentos que asempresas efectuam aos governos e às receitas que os governos recebem dessasempresas.A Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas (EITI) procurasanar a ausência de transparência e responsabilização. É uma iniciativavoluntária, apoiada por uma coligação de empresas, governos, investidores eorganizações da sociedade civil. Juntamente com outros esforços destinados amelhorar a transparência nas práticas orçamentais do governo, a EITI inicia umprocesso mediante o qual os cidadãos podem responsabilizar os respectivosgovernos pela utilização dessas receitas.

EEssttee lliivvrroo ddee rreeffeerrêênncciiaa

Este livro de referência, baseado nas experiências da fase-piloto da EITI, é umguia ilustrativo para auxiliar os países que desejem implementar a iniciativa, bemcomo empresas e outras partes interessadas que desejem apoiar aimplementação.

O Capítulo 1 apresenta uma breve descrição do desenvolvimento da EITI, desdeo seu lançamento na Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável em2002, passando pela fase-piloto (Junho de 2003 – Março de 2005) até à

Transparência e desenvolvimento no caso de São Tomé e PríncipeSão Tomé e Príncipe é um dos mais recentes produtores de petróleo em África.Grande parte da sua população vive actualmente na pobreza, mas o Governoreconheceu que, se for gerido com transparência, o petróleo tem o potencialpara fazer uma diferença real na vida das pessoas. Em Dezembro de 2004, oPresidente Fradique de Menezes assinou uma lei que rege o recebimento,investimento e utilização dos pagamentos do petróleo para promover da melhorforma o progresso económico e social do país. A lei prevê o acesso público àinformação sobre todos os depósitos no fundo. Por ocasião da assinatura, oPresidente afirmou: “Nada será escondido, nada será desperdiçado.”

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presente fase de implementação (a partir de Março de 2005). Define também osPrincípios e Critérios da EITI no centro da implementação da EITI para todos ospaíses participantes.

O Capítulo 2 fornece exemplos de acções tomadas por países durante a fase-piloto que são coerentes com os Princípios e Critérios da EITI e reflectem ascircunstâncias específicas dos países.

O Capítulo 3 apresenta exemplos semelhantes para empresas que estão a apoiara implementação da EITI.

CCAAPPÍÍTTUULLOO 11 Princípios e critérios da EITI

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AA EEIITTII eemm ccoonntteexxttoo

CCaappííttuulloo 11Princípios e critérios da EITI

Estimulando uma maior transparência e responsabilidade nos países dependentesdas receitas do petróleo, gás e exploração mineral, os potenciais impactosnegativos da má gestão das receitas podem ser atenuados, tornando-se estasreceitas um importante motor do crescimento económico de longo prazo quecontribua para o desenvolvimento sustentável e redução da pobreza.

Os países ricos em recursos, as empresas do sector extractivo e a comunidadeinternacional têm um interesse comum em apoiar os esforços de aumento datransparência e da responsabilidade. Muitos países já fizeram progressossignificativos nesta área, e comunidade internacional apoia estes esforços. Ospaíses do G8 emitiram a Declaração sobre a Luta contra a Corrupção e o Aumentoda Transparência em Evian, em 2003. Em Sea Island, em 2004, os “Pactos sobreTransparência” foram acordados com quatro países. O FMI promoveu atransparência fiscal em Estados membros por meio do Código de Boas Práticas deTransparência Fiscal e do respectivo manual, sendo a implementação do códigomonitorizada pela da elaboração de Relatórios sobre a Observância das Normas eCódigos (ROSCs). Tanto o FMI como o Banco Mundial promovem uma gestão maiseficaz das receitas provenientes dos recursos naturais por meio de assessoriapolítica, empréstimos baseados em políticas, empréstimos para projectos eassistência técnica.

A EITI foi lançada por Tony Blair em Setembro de 2002 como complemento destesesforços de melhoramento de governação. A EITI proporciona um bom ponto departida para um trabalho mais amplo e para uma discussão da gestão de receitas.

Desde o início, a EITI tem recebido apoio internacional generalizado, mas oenfoque da iniciativa é de nível nacional. A adesão do país à EITI e a participaçãoempresarial na iniciativa oferecem um sinal, nos níveis tanto nacional como

O que é um país rico em recursos?

O projecto de Guia para a Transparência das Receitas dos Recursos Naturais,do Fundo Monetário Internacional (FMI) (Dezembro de 2004), define os paísesricos em hidrocarbonetos e/ou recursos minerais com base nos seguintescritérios: (i) uma quota média de arrecadação fiscal proveniente doshidrocarbonetos e/ou recursos minerais de, no mínimo, 25% do total daarrecadação fiscal nos últimos três anos; ou (ii) uma quota média das receitastotais de exportação provenientes dos hidrocarbonetos e/ou recursos mineraisde, no mínimo, 25% nos últimos três anos.

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internacional, de um compromisso com elevados padrões de transparência eresponsabilização na vida pública, na governação e nos negócios.

Os benefícios para os países implementadores são principalmente concretizadoscomo ponto inicial ou como parte de esforços mais intensos no sentido demelhorar a governação. Uma melhor administração das receitas de recursospermitirá a sua melhor gestão e deverá promover uma maior estabilidadeeconómica e política. Isto, por sua vez, pode ajudar a prevenir conflitos centradosnos sectores do petróleo, mineração e gás. A implementação contribuirá tambémpara um melhor clima de investimento, pois os investidores e as instituiçõesfinanceiras internacionais lerão claramente os sinais de que o governo estáempenhado numa maior transparência.

Os benefícios para as empresas e os investidores decorrem da atenuação dos riscospolíticos e à reputação. A instabilidade política de uma governação opaca representauma ameaça óbvia aos investimentos. Nos sectores extractivos, nos quais osinvestimentos requerem capital intensivo e dependem da estabilidade de longoprazo para gerar retornos, a redução dessa instabilidade é benéfica. A transparênciapode também contribuir para um clima de igualdade para as empresas e, ao tornarpúblicos os seus pagamentos a um governo, uma empresa pode ajudar a demonstraro contributo que os seus investimentos estão a fazer ao país.

Os benefícios para a sociedade civil provêm do maior volume de informação nodomínio público sobre as receitas que os governos administrem em nome doscidadãos, responsabilizando assim mais os governos.

PPaarrtteess iinntteerreessssaaddaass nnaa EEIITTII

No nível nacional, a EITI é uma iniciativa liderada pelo governo. Contudo, osPrincípios os e Critérios da EITI exigem a participação activa de outros parceirosda sociedade em geral. A liderança e participação locais amplas são essenciais eserá necessário o envolvimento activo do público constituído por diversas partesinteressadas.

Uma parte interessada é definida como um indivíduo, comunidade, grupo ouorganização com interesse nos resultados da EITI, incluindo os que são afectadospor ela (positiva ou negativamente) e os que têm a capacidade de a influenciar(positiva ou negativamente). As partes interessadas provêm de órgãos públicos ,do sector privado e da sociedade civil. Há partes interessadas essenciais e partesinteressadas em geral, definidas em função do seu interesse e do grau deinfluência sobre a implementação. O agrupamento variará de país para país,contudo é provável que participem actores semelhantes em todos os países.

CCAAPPÍÍTTUULLOO 11 Princípios e critérios da EITI

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Quem poderá estar incluído no grupo de partes interessadas da EITI?

• Órgãos públicosn Executivo

– Órgãos responsáveis pela gestão dos recursos naturais– Órgãos responsáveis pela arrecadação e gestão de receitas– Órgãos responsáveis pelo desenvolvimento económico, pela

regulamentação do sector privado e pela administração pública

n Legislativo – Comités orçamentais e/ou de recursos naturais– Níveis subnacionais do governo

n Instituições superiores de auditoria

• Sector privadon Empresas que operam no país

– Empresas estatais nacionais– Empresas estatais internacionais– Empresas privadas nacionais– Empresas privadas internacionais

n Investidoresn Associações comerciais

• Sociedade civil n Organizações comunitáriasn Organizações não-governamentais (ONGs) nacionaisn ONGs internacionais e suas afiliadas locaisn Mídia, sindicatos, instituições académicas e de investigação e

organizações de base religiosa

• Implementadores da EITIn Administradores, auditores e/ou agências de divulgação

• Parceiros internacionaisn Instituições internacionais (FMI, Banco Mundial, Nações Unidas)n Dadores

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PPrriinnccííppiiooss ee CCrriittéérriiooss ddaa EEIITTII

Um grupo diverso de países, empresas e organizações da sociedade civilparticiparam da Conferência de Lancaster House, em Londres (2003), organizadapelo Governo do Reino Unido, na qual foi acordada uma Declaração de Princípiostendo em vista aumentar a transparência relativa a pagamentos e receitas nosector extractivo. Estes ficaram conhecidos como os Princípios da EITI econstituem a pedra angular da iniciativa.

Após a Conferência de Lancaster House, a EITI continuou a receber apoio nonível internacional por parte de governos, importantes empresas multinacionais,investidores institucionais representando quase USD 7 triliões de activosabrangendo gestão, organizações não-governamentais e instituições internacionais.

E, o que é mais importante, vários países – nomeadamente, o Azerbaijão,República do Congo, Gana, República do Quirguistão, Nigéria, São Tomé ePríncipe, Timor-Leste e República de Trindade e Tobago – começaram a interpretare implementar os Princípios, desempenhando assim um papel decisivo namoldagem da EITI. Esta foi uma importante fase-piloto para a EITI. Ao trabalharcom os Princípios, os países implementadores inseriram a EITI no contexto dasoutras iniciativas nacionais, elaboraram planos de trabalho e estabeleceramprocedimentos para um processo próprio do país.

Durante esta fase, a diversidade de experiências na implementação da EITIaumentou a riqueza da iniciativa. Contribuiu também para um debate mais amplosobre a necessidade de uma orientação clara na implementação que respeitesimultaneamente a natureza voluntária da iniciativa e a implementação específicado país.

Ao ultrapassar a fase-piloto e ampliar a EITI de forma a incluir outros países ricosem recursos, existe a necessidade de acordar mutuamente um conjunto deCritérios da EITI para todos os países que a desejem implementar.

Na Conferência da EITI de 2005, em Londres, os participantes da EITI aprovaramos critérios, mas instaram também os países a ir para além destes requisitosmínimos, na medida do possível. Reconheceram ainda o valor de aproveitar aslições aprendidas na fase-piloto a fim de ajudar os países implementadores e asempresas que prestam apoio. Acolheram também a orientação em boas práticasoferecida pelo Código de Boas Práticas para a Transparência Fiscal e pelo Manualsobre Transparência Fiscal do FMI. Os participantes acolheram também o Livro deReferência da EITI como guia ilustrativo adicional para a implementação.

CCAAPPÍÍTTUULLOO 11 Princípios e critérios da EITI

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Os Princípios da EITI

1. Partilhamos a convicção de que a utilização prudente da riqueza provenientedos recursos naturais deve constituir um motor importante para ocrescimento económico sustentável que contribua para o desenvolvimentosustentável e redução da pobreza, porém, se não for devidamente gerida,poderá criar impactos económicos e sociais negativos.

2. Afirmamos que a gestão da riqueza proveniente dos recursos naturais embenefício dos cidadãos de um país é uma atribuição dos governos soberanosa ser exercida no interesse do seu desenvolvimento nacional.

3. Reconhecemos que os benefícios da extracção de recursos ocorrem na forma defluxos de receitas ao longo de muitos anos e podem depender muito dos preços.

4. Reconhecemos que uma compreensão pública das questões das receitas edespesas do governo poderá, com o tempo, ajudar o debate público einformar a escolha de opções apropriadas e realistas para odesenvolvimento sustentável.

5. Destacamos a importância da transparência por parte dos governos e dasempresas nas indústrias extractivas e a necessidade de melhorar a gestão eresponsabilização das finanças públicas.

6. Reconhecemos que a realização de uma maior transparência deve inserir-seno contexto de respeito pelos contratos e leis.

7. Reconhecemos que a transparência financeira proporciona um ambientemelhor para o investimento directo tanto nacional como estrangeiro.

8. Acreditamos no princípio e prática da responsabilização governamental pelatutela dos fluxos de receitas e pela despesa pública perante todos oscidadãos.

9. Estamos empenhados em estimular elevados níveis de transparência eresponsabilização na vida pública, na governação e no comércio.

10.Acreditamos que é necessária uma abordagem globalmente coerente eprática para a divulgação de pagamentos e receitas que seja simples deexecutar e utilizar.

11.Estamos convencidos de que a divulgação de pagamentos num determinadopaís deveria envolver todas as empresas do sector extractivo que operamnesse país.

12.Acreditamos que, ao procurar soluções, todas as partes interessadas têmcontributos importantes e relevantes a fazer – incluindo os governos e osseus órgãos, empresas do sector extractivo, empresas de serviços,organizações multilaterais, organizações financeiras, investidores eorganizações não-governamentais.

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Os Critérios da EITI

1. A publicação regular de todos os pagamentos materiais relativos a petróleo,gás e exploração mineral efectuados pelas empresas aos governos(“pagamentos”) e todas as receitas materiais recebidas pelos governos dasempresas dos sectores do petróleo, gás e exploração mineral (“receitas”)para uma vasta audiência de forma publicamente acessível, abrangente ecompreensível.

2. Se essas auditorias não existirem, os pagamentos e as receitas estarãosujeitos a uma auditoria credível e independente, aplicando-se normasinternacionais de auditoria.

3. Os pagamentos e as receitas são reconciliados por um administradorcredível e independente, aplicando-se normas internacionais de auditoria epublicando-se o parecer do administrador sobre essa reconciliação,incluindo eventuais discrepâncias, caso sejam identificadas.

4. Esta abordagem é extensível a todas as empresas, incluindo as estatais.5. A sociedade civil está activamente envolvida como participante na

concepção, monitorização e avaliação deste processo e contribui para odebate público.

6. O governo anfitrião desenvolve um plano de trabalho público efinanceiramente sustentável para todos os elementos acima, comassistência das instituições financeiras internacionais quando necessário,incluindo metas mensuráveis, um cronograma de implementação e umaavaliação das potenciais limitações em termos de capacidade.

CCaappííttuulloo 22 Guia ilustrativo para países ricos em recursos

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VViissããoo GGeerraall

CCaappííttuulloo 22Guia ilustrativo para países ricos em recursos

Insta-se a todos os países com indústrias extractivas de alcance significativo aaumentar a transparência da sua gestão das receitas do petróleo, gás eexploração mineral. Instam-se também os países ricos em recursos a ir para alémdo apoio aos princípios EITI e a implementar a própria iniciativa.Aimplementação da EITI requererá compromissos tanto políticos como financeirospor parte dos governos de forma a assegurar a sustentabilidade daimplementação. Haverá também apoio técnico e financeiro para reforçar aimplementação inicial, prestado pelo Secretariado Internacional da EITI,organizações internacionais e entidades de desenvolvimento.

Após decidir participar na EITI, cada país e sector deverão desenvolver o seumodelo de implementação próprio. No entanto, algumas lições gerais emergiramda experiência da fase-piloto.

FFaasseess ddee iimmpplleemmeennttaaççããoo

Como mostra o diagrama abaixo, as três fases principais da EITI são a iniciação,a implementação e a revisão. Cada fase representa um marco-chave naconsecução da transparência relativamente às receitas.

Após o apoio à EITI, o país passa então – em consulta com as principais partesinteressadas – à iinniicciiaaççããoo, estabelecendo estruturas de governação para atomada de decisão, delineando um plano de trabalho e providenciando odesenvolvimento de capacidades e o financiamento sustentável de programas.A fase seguinte, a iimmpplleemmeennttaaççããoo, constitui o núcleo da EITI. O governo, asempresas e as organizações da sociedade civil desempenham todos um papelimportante na divulgação, disseminação e discussão das receitas reportadas.Conseguir consenso neste processo é inestimável para aumentar a confiança.A

INITIATE IMPLEMENT

REVIEW

EITI

ENDORSE

IMPLEMENTAR

REVER

INICIARA PO IAR

11

terceira fase consiste na rreevviissããoo do processo de implementação. Nesta fase sãolevadas em consideração as preocupações e oportunidades de melhoramentopara informar decisões e acções futuras.

Nesta fase, a principal responsabilidade pelo progresso compete ao governo, quedeverá assegurar que as estruturas e processos de governação, o pessoal e osmecanismos de financiamento estejam disponíveis. Estes não exigirãonormalmente medidas ou custos extraordinários. O governo deve envidar todos osesforços para colaborar com organizações da sociedade civil e com a indústriadesde a fase mais inicial. Um país terá iniciado a EITI quando as principais partesinteressadas da EITI tiverem acordado colectivamente os objectivos do processo, asrealizações e o futuro plano de trabalho de um país que deseja implementar a EITI.

Um país implementará a EITI quando demonstrar que existe um ciclo regular dedivulgação, disseminação e discussão das receitas do sector extractivo, com aplena participação dos principais interessados.Todos os países implementadoresdeverão fazer isto de acordo com os Princípios e Critérios da EITI, embora omodelo exacto de implementação num determinado país reflicta os quadrosculturais e jurídicos desse país.

A implementação da EITI deverá ser melhorada com o tempo, tendo em conta aexperiência. Os governos devem viabilizar este processo oferecendo as condições eestruturas necessárias para assegurar que o feedback informe os planos futuros. Asorganizações da sociedade civil terão que trabalhar em estreita colaboração com ogoverno e a indústria para oferecerem uma supervisão complementar do processo.A revisão da implementação da EITI pode, por exemplo, levar à reformulação doprocesso de tomada de decisão da EITI, alterando os representantes das partesinteressadas e ajustando os programas de desenvolvimento de capacidade.

Revisão: Há planos estabelecidos para feedback anual das partesinteressadas sobre o processo de implementação?

Implementação: Os pagamentos e receitas do sector extractivo sãopublicados de forma credível e compreensível?

Iniciação: Foi alcançado consenso quanto ao desenvolvimento e planeamentoda iniciativa?

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RReessuummoo ddaass aaccççõõeess ssuuggeerriiddaass ee aaddiicciioonnaaiiss

A tabela abaixo apresenta um guia para os países que implementam os Critériosda EITI. Utiliza lições aprendidas da implementação na Nigéria,Azerbaijão, Ganae República do Quirguistão.

As acções sugeridas (em azul escuro) são as consideradas importantes para aimplementação eficaz, enquanto que as aaccççõõeess aaddiicciioonnaaiiss (em azul) sereferem a actividades complementares que poderão ser realizadas para melhorara implementação.

AAccççõõeess ssuuggeerriiddaass AAccççõõeess aaddiicciioonnaaiiss

Iniciação

A. Adesão

A3. O governo publicou a informaçãoexistente sobre receitas no seuwebsite?

3. O governo reviu o quadro jurídicopara identificar quaisquer potenciaisobstáculos à implementação da EITI?

2. O governo emitiu uma declaraçãopública inequívoca da sua intençãode implementar a EITI?

A1. O governo empreendeu umaavaliação formal das partesinteressadas e identificou os factoresdeterminantes, a viabilidade e oimpacto da implementação da EITI?

1. O governo identificou as principaispartes interessadas da EITI?

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BB.. EEssttaabbeelleecciimmeennttoo

11. Foram envidados esforços porparte do governo para aumentar asensibilização com relação à EITI entreos órgãos governamentais e outraspartes interessadas principais e partesinteressadas em geral da EITI?

A10. O governo identificou apoioinicial apropriado de entidadesinternacionais?

10. O governo identificou eestabeleceu fontes de financiamentosustentável para a implementação daEITI?

9a. O governo identificou eestabeleceu mecanismos parachegar a uma selecção mais vastade partes interessadas?

A9. Há prova de representaçãoempresarial e da sociedade civil dealto nível nos comités da EITI?

9.A composição dos comités oficiaisreflecte um equilíbrio dos interessesdas partes interessadas?

8. O governo confirmou um plano detrabalho para a Implementação daEITI?

7. O governo estabeleceu umaestrutura de governação claramentedefinida para as tomadas de decisãoreferentes à EITI?

6. O governo comprometeu-se aoferecer liderança governamental dealto nível em matéria de EITI?

5. O governo designou pessoal dealto nível de ministérios e órgãoscompetentes para participar dosorganismos decisores da EITI?

4. O governo nomeou um indivíduopara dirigir a implementação da EITI?Essa noemação foi anunciadapublicamente?

CCaappííttuulloo 22 Guia ilustrativo para países ricos em recursos

14

CC.. DDeesseennvvoollvviimmeennttoo ddee pprroocceessssooss

Implementação

DD.. DDiivvuullggaaççããoo ee ppuubblliiccaaççããoo

17c. Como é que os governos e asempresas apresentarão relatórios?

17b. Como se assegurará quetodas as empresas apresentemrelatórios?

A17a. Existem fluxos de benefíciosadicionais que possam ser declaradosvoluntariamente?

17a. Que fluxos de benefíciosserão declarados?

17. O que será divulgado, quem ofará e como?

16. Existem planos estabelecidos paraproporcionar programas formais einformais de desenvolvimento decapacidade antes da divulgação?

15. Foram identificadas asnecessidades de capacidade dasprincipais partes interessadas da EITI?

14. Existem planos estabelecidos paraproporcionar financiamentosustentável para o cargo deadministrador?

13. Foi nomeado um administradorque seja considerado pela maioriadas principais partes interessadas daEITI pessoa de confiança e imparcial?

A12. Foram feitos planos para ajudaras partes interessadas a compreendere preencher os modelos de relatório?

12.A maioria das principais partesinteressadas da EITI estão satisfeitascom o processo de concepção dosmodelos de relatórios?

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15

EE.. DDiisssseemmiinnaaççããoo ee ddeebbaattee ppúúbblliiccooss

A22. O debate foi estendido às partesinteressadas em geral?

22. Houve um debate dos resultadosdas receitas e pagamentosdeclarados envolvendo as principaispartes interessadas?

21a. Há procedimentosestabelecidos para disseminaramplamente os resultados?

21. O Relatório sobre a EITI éacessível e compreensível?

20a.A publicação do Relatóriosobre a EITI deve ser efectuadanum formato agregado oudesagregado?

20. Como o Relatório sobre a EITIserá divulgado?

A19b. Há planos estabelecidos paraproporcionar uma auditoriaindependente das cifras declaradas seisso for solicitado pela maioria dasprincipais partes interessadas da EITI?

A19a. Foi identificada uma margemde erro aceitável para o processo depreparação do relatório?

19. Como o administrador prepararáo relatório sobre a EITI?

18a. Se tais auditorias ainda nãoexistirem, foram identificadas umaempresa ou empresas de auditoriaque conduzam uma auditoriacredível e independente depagamentos e receitas?

18. Os relatórios apresentado sobrepagamentos e receitas são credíveis?

CCaappííttuulloo 22 Guia ilustrativo para países ricos em recursos

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Análise

FF.. AAnnáálliissee

24.A concepção da tomada dedecisão e de outros processos foiinfluenciada pelos mecanismos defeedback?

A23a. Existe um mecanismo deavaliação formal independente?

A23b.As lições aprendidas forampartilhadas com outros países epartes interessadas?

23. Existem planos estabelecidos paramonitorizar e avaliar a EITI?

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IInniicciiaaççããoo

A. Adesão

Os Princípios da EITI reconhecem que todas as partes interessadas – incluindoos governos e os seus órgãos, as empresas do sector extractivo, as empresasde serviços, as organizações multilaterais, as organizações financeiras, osinvestidores e as organizações não-governamentais – têm contribuído de formaimportante e relevante para a implementação. É importante que as principaispartes interessadas e as partes em geral da EITI sejam identificadas logo desdeo início do processo. Isto variará de país para país, mas deve incluir todas aspessoas cuja participação seja necessária para uma implementação bem-sucedidada iniciativa.

A identificação antecipada destas partes interessadas e a interacção com elas éessencial para uma implementação eficaz. Os níveis de compromisso,responsabilidade assumida e credibilidade que um país dedica à EITI serãofortemente influenciados pelo grau de satisfação das principais partesinteressadas relativamente aos benefícios e oportunidade da iniciativa.

Em alguns países, o número de partes interessadas poderá ser relativamentebaixo e estas poderão ser fáceis de identificar. Contudo, em muitos países otamanho e a complexidade do sector levaram a uma proliferação de partesinteressadas. Nestes casos, uma análise formal e mais completa destas partes edos factores determinantes da implementação da EITI ajudará a informar adecisão de um país sobre a forma de implementação da EITI.

Para iniciar o processo de sensibilização pública, o governo deve fazer umadeclaração pública inequívoca, inclusivamente na mídia local, sobre o seucompromisso com os princípios e implementação da EITI.

Acção sugerida 2: O governo emitiu uma declaração públicainequívoca da sua intenção de implementar a EITI?

Acção adicional A1: O governo empreendeu uma avaliação formal das partesinteressadas e identificou os factores determinantes, a viabilidade e o impactoda implementação da EITI?

Acção sugerida 1: O governo identificou as principais partesinteressadas da EITI?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 11Na Nigéria, os 28 membrosdo National StakeholdersWorking Group (NSWG -Grupo de TrabalhoNacional das PartesInteressadas) representamas principais partesinteressadas identificadas.São as seguintes: asociedade civil (2), a mídia(1), a assembleia nacional(2), as assembleias estatais(2), as empresaspetrolíferas indígenas emultinacionais (3), o sectorprivado organizado (4) e ogoverno federal (14).

CCaappííttuulloo 22 Guia ilustrativo para países ricos em recursos

18

A declaração de compromisso com a implementação vai para além do apoio àEITI e deve indicar também as medidas que o governo tomou ou tomará dentrode um prazo razoável (e definido) para atender aos Critérios da EITI.Adeclaração deve ser emitida pelo Chefe de Estado ou por um representantegovernamental com a delegação de poderes apropriada.

Seria conveniente o governo estabelecer um website nacional para a EITI, noqual colocaria esta declaração. Uma cópia da declaração deve ser enviada aoSecretariado Internacional da EITI para inclusão no seu website.

A EITI deve inserir-se confortavelmente no contexto jurìdicode uma administraçãofiscal em bom funcionamento, acompanhada de mecanismos de controlo fiscal.Como tal, a EITI não deve colocar exigências extraordinárias ao governo.

Contudo, em alguns casos, poderá ser necessário inserir a EITI na lei; criar novaspolíticas e legislação sobre a transparência, as receitas e a indústria; ouintroduzir alterações nas políticas e legislação relacionadas com a EITI jáexistentes. Se forem necessárias medidas jurídicas adicionais, o governo deverásempre começar por rever a sua legislação existente a fim de assegurar a clarezae consistência. Os governos poderiam considerar assegurar que a transparênciana gestão das receitas das indústrias extractivas se reflicta em leis contra acorrupção ou seja complementada por leis que incluem medidas anti-suborno ouprotecção jurídica para os funcionários governamentais que levantem questõespreocupações de interesse público.

Embora incompleta, a publicação das receitas disponíveis – de preferência dosector extractivo – serviria como ponto de partida para avaliar o progresso nomelhoramento da qualidade dos dados. Do ponto de vista ideal, o governodeveria colocar esta informação no seu website, com um link claro para o seuwebsite nacional sobre EITI. Esta apresentação antecipada do relatório sobrereceitas das indústrias extractivas demonstrará de forma tangível o compromissodo governo com a transparência.

Acção adicional A3: O governo publicou a informação existente sobre receitasno seu website?

Acção sugerida 3: O governo reviu o quadro jurídico para identificarquaisquer potenciais obstáculos à implementação da EITI?EEssttuuddoo ddee ccaassoo 22

Na República doQuirguistão, é necessárialegislação específica parapermitir a auditoriaindependente dasempresas estatais.No Azerbaijão, não sãonecessárias mudançaslegislativas, mas umMemorando de Acordo(MA) entre as várias partesinteressadas da EITI temvalidade legal.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 33Na Nigéria, uma Lei da EITIcomplementa a legislaçãoproposta sobreresponsabilidadefinanceira e liberdade deinformação.

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BB.. EEssttaabbeelleecciimmeennttoo

O governo deve nomear um indivíduo para liderar a implementação da EITI quetenha nível suficientemente alto e em quem todas as partes interessadas possamconfiar. Como a implementação da EITI exige normalmente a colaboração devários ministérios e órgãos, esse indivíduo deverá esgtar capacitado para gerireste processo.

Até esta data, tais indivíduos provieram de ministérios ou órgãos competentes. Oindivíduo poderá necessitar do apoio de um assistente e funcionários auxiliares,embora não seja necessária a criação de uma unidade especial. Em todos oscasos, deverá haver tarefas claramente definidas para o coordenador e liberdadepara as realizar sem influência política indevida. Se for estabelecido um websitenacional da EITI, os nomes e dados de contacto do indivíduo deverão estarfacilmente disponíveis no site para assegurar a responsabilidade ampla doindivíduo e do governo.

Reconhecemos que o tempo do pessoal de alto nível é limitado. Contudo, a EITIrequer a colaboração de vários ministérios e órgãos públicos, nos níveis tantono central como regional. Portanto, é importante que o governo confirme arepresentação nos comités oficiais de um grupo dedicado de pessoal de alto nível.

A contínua liderança política de alto nível tem muitas vezes sido útil para mantera dinâmica da EITI e para resolver problemas à medida que surgem durante aimplementação.

Acção sugerida 6: O governo comprometeu-se a oferecer liderançagovernamental de alto nível em matéria de EITI?

Acção sugerida 5: O governo designou pessoal de alto nível deministérios e órgãos competentes para participar das entidadesdecisórias da EITI?

Acção sugerida 4: O governo nomeou um indivíduo para liderar aimplementação da EITI? Esta nomeação foi anunciada publicamente?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 44No Gana, foi desenvolvidauma atribuição de funçõespormenorizada para oSecretariado da EITI. Esta éuma unidade especialestabelecida no Ministériodas Minas, que serve deponto de coordenaçãocentral.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 55Na República doQuirguistão, os membrosdo comité da EITI incluemassessores de alto nível doPrimeiro-Ministro, assimcomo funcionários do maisalto nível dos ministériosdas Finanças, Comércio eIndústria e AssuntosEstrangeiros, bem como doDepartamento Jurídico.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 66Na República doQuirguistão, o Primeiro-Ministro preside o ComitéConsultivo da EITI,cabendo aoMinistro dasFinanças Adjunto apresidência do Comité deImplementação da EITI e aliderança toda a iniciativa.

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A EITI é uma iniciativa que requer que as decisões sejam tomadas em consultacom diversas partes interessadas, organizações, representantes e parceiros dosector. Seja qual for a estrutura de administração escolhida para aimplementação da EITI, o governo deve assegurar que as funções eresponsabilidades de tomada de decisão sejam claramente definidas e que aconsulta e a tomada de decisão sejam bem coordenadas.

É importante que, para demonstrar o seu compromisso com a implementação daEITI, o governo acorde um plano de trabalho para a implementação da EITI comas principais partes interessadas da EITI e disponibilize esta informação aopúblico. Um plano de trabalho para a implementação continuada deve cobrir, porexemplo, o reforço institucional do governo, da indústria e das ONGs locais,assim como medidas para ajudar a reconciliar pagamentos e receitas e amedição das realizações em relação às metas para cada actor, com custos eprazos acordados.

É preferível que este plano de trabalho seja colocado no website nacional da EITIpara que todas as partes interessadas estejam cientes antecipadamente dasacções e procedimentos planeados, especialmente os relacionados com odesenvolvimento de capacidade, relatórios e disseminação de resultados.

Como o número de partes interessadas será provavelmente elevado e o númerode participantes de um comité de coordenação será necessariamente limitado,será necessário tomar uma decisão pragmática acerca dos membros –reflectindo a diversidade, a inclusividade e a representação das partesinteressadas.

Acção sugerida 9:A composição dos comités oficiais reflecte umequilíbrio dos interesses das partes interessadas?

Acção sugerida 8: O governo confirmou um plano de trabalho para aImplementação da EITI?

Acção sugerida 7: O governo estabeleceu uma estrutura de governaçãoclaramente definida para as tomadas de decisão sobre a EITI?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 77No Gana, o Comité deImplementação (CI) de 17pessoas é constituído por12 representantesgovernamentais, umaassociação industrial emrepresentação dasempresas, os dadores e umgrupo da sociedade civil.Por sua vez, o CI convocauma mesa-redonda paradiscutir as váriasperspectivas sobre a EITI etransmitir os comentáriosao CI.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 88No Azerbaijão, foi assinadoum Memorando de Acordoentre as partesinteressadas, o qualsalienta os respectivosdireitos e obrigações. Estememorando foi colocadono website nacional da EITI:http://www.oilfund.az/doc/memorandum_en.doc

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O alto nível dos representantes da sociedade civil e das empresas nos comitésda EITI difere de país para país, reflectindo as motivações das diversas partesinteressadas e os resultados esperados da implementação. Pensa-se, contudo,de uma maneira geral que a eficácia dos comités é aumentada com umarepresentação de alto nível da sociedade civil e do sector privado.

Além de a representação ser de um nível apropriado, é também convenientemanter a consistência dos membros do comité ou, caso tal não seja possível,as organizações devem responsabilizar-se por apresentar aos respectivos novosrepresentantes uma informação completa.

O governo deverá assegurar que todas as partes interessadas identificadasdurante a fase de adesão disponham de um canal para representar os seusinteresses no quadro do desenvolvimento da EITI. Será em particular importanteassegurar a inclusão de empresas mais pequenas e organizações da sociedadecivil e ir para além da capital e incluir organizações com base regional.

Tal como foi notado antes, valeria a pena o governo estabelecer um websitenacional para a EITI. Toda a informação sobre a organização do processo,administração e inclusividade da EITI poderia ser publicada no website.

Para assegurar a sustentabilidade do processo de implementação gradual,o governo deveria identificar, logo que possível, uma fonte nacional definanciamento sustentável. Uma opção é a de o governo financiar os custos daEITI com receitas do petróleo ou minério, possivelmente após um período inicialdefinido, por exemplo, dos três primeiros ciclos de relatórios.

Acção sugerida 10: O governo identificou e estabeleceu fontes definanciamento sustentável para a implementação da EITI?

Acção sugerida 9a: O governo identificou e estabeleceu mecanismospara chegar até a uma selecção mais vasta de partes interessadas?

Acção adicional A9: Há prova de representação empresarial e da sociedadecivil a alto nível nos comités da EITI?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 99A Nigéria procurou ter umaampla representação nogrupo de trabalho daspartes interessadas eexpandiu assim o númeroinicial de participantespara incluir a mídia, ossindicatos e um advogado.Os membros deverãodemonstrar a credibilidadee credenciais necessárias aeles atribuídas pelos seusconstituintes.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1100Algumas partesinteressadas consideramque o Comité deImplementação no Ganadeveria ser ampliado eincorporar representantesde pequenas empresas. Paraconseguir a participaçãodeste grupo, talvez sejanecessário procurar a suarepresentação por meio deuma associação industrial.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1111Na Nigéria, foi proposta naLei sobre a EITI uma linhaorçamental para apoiar aimplementação da EITI.ARepública do Quirguistãoutilizou uma pequenaparcela dos lucros davenda da participação dogoverno numa mina parapagar a auditoria da EITIde uma empresa mineralestatal. No Azerbaijão, asempresas e o governopagarão os custosalternadamente.

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As organizações internacionais e alguns países comprometeram-se aproporcionar apoio financeiro, técnico ou diplomático adequado a países da EITInas fases iniciais do desenvolvimento da EITI. Este apoio externo poderá incluir amediação em reuniões entre os parceiros na EITI ou fornecer consultores técnicospara apoiar a implementação. O apoio não deve minar a responsabilidade peloprocesso por parte do governo anfitrião e deve ter-se em consideração a formacomo o apoio será mantido para além da fase inicial.

Como a EITI é um processo de responsabilidade do governo, é importante queo governo assegure a sensibilização para a EITI primeiro nos órgãos públicoscompetentes (por exemplo, nos ministérios do petróleo ou mineração, finançasou na instituição superior de auditoria). Os órgãos públicos competentes devemassegurar que as questões das receitas dos recursos naturais sejam amplamenteincluídas nos Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza e em discussõese consultas que informam esses documentos. Simultaneamente, o governo deveiniciar um programa sustentável de reforço institucional junto às partesinteressadas da EITI. Em muitos países, o conhecimento sobre as questões dasreceitas das indústrias extractivas pode ser limitado ou erróneo (ver o Estudo decaso 13). Em países que estão actualmente a implementar a EITI, os governosempreenderam uma série de programas de sensibilização e reforço institucionalpara um conjunto mais amplo de partes interessadas. Isto poderia, por exemplo,incluir o envolvimento da mídia no lançamento da EITI, a formulação de umaestratégia para o ministério em questão ou a integração da aprendizagem dosignificado das receitas dos recursos e da responsabilização governamental nocurrículo das escolas públicas.

Acção sugerida 11: O governo envidou esforços no sentido de aumentara sensibilização a respeito da EITI entre os órgaõs públicos e outrasprincipais partes interessadas e partes interessadas em geral da EITI?

Acção adicional A10: O governo identificou apoio inicial apropriado deentidades internacionais?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1122No Gana, o DFID apoiouuma importanteconferência de lançamentoda EITI que:• Deu mais destaque e

divulgação aos perfil e àposição da EITI no país.

• Serviu para partilharinformação sobre aactual situação da EITInoutros países-piloto.

• Determinou o actualestado daimplementação da EITIno país.

• Identificou oportunidadese limitações ao progressoda EITI.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1133Durante uma sondagemsobre a percepção daspartes interessadasrealizada na Nigéria,perguntou-se aosrespondentes (incluindotrabalhadores do sector dopetróleo, empresários eprofessores): “Quem ganhao quê de um barril depetróleo?” Segundo aopinião geral, se um barrilde petróleo custar USD 30,custará cerca de USD 5para produzir, o governoobteria USD 5 e osrestantes USD 20 iriampara a empresa.

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CC.. DDeesseennvvoollvviimmeennttoo ddee pprroocceessssooss

Foram desenvolvidos exemplos de modelos de relatório (amostras destes modelosfiguram anexas ao Livro de Referência) para a divulgação de receitas nos termosda EITI. Durante a implementação da EITI, os países deverão rever e expandir estesmodelos de forma a reflectir situações e requisitos específicos do país e do sector.

Em alguns países, um indivíduo ou uma organização poderão ser encarregues decoordenar as alterações aos modelos. Nestes casos, é importante que não sejamapenas tecnicamente competentes como também mereçam a confiança dasprincipais partes interessadas e sejam a elas acessíveis.

A discussão e revisão do âmbito dos modelos de relatório têm sido por vezeslimitadas devido à falta de capacidades técnicas para interpretar os detalhes defluxos de receitas diferentes do petróleo e da exploração mineral e a melhormaneira de contabilizá-los.

Será necessário nomear um administrador para recolher e avaliar os dados dereceitas fornecidos pelas empresas e pelo governo. É essencial que as partesinteressadas confiem na imparcialidade e competência do administrador. Oadministrador pode ser uma empresa de auditoria privada, um indivíduo ou umórgão existente ou especialmente criado e universalmente considerado comoindependente do governo e imune à sua influência.

Os conflitos de interesse ou a percepção da sua existência poderão serproblemáticos. Se, por exemplo, o administrador nomeado for uma empresa deauditoria que já esteja a auditar uma das empresas declarantes, isto poderia ser

Acção sugerida 13: Foi nomeado um administrador considerado deconfiança e imparcial pela maioria das principais partes interessadasda EITI?

Acção adicional A12: Foram feitos planos para ajudar as partes interessadas acompreender e preencher os modelos de relatório?

Acção sugerida 12:A maioria das principais partes interessadas da EITIestão satisfeitas com o processo de concepção dos modelos derelatórios?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1144No Azerbaijão, foi formadoum comité ad hoccomposto porrepresentantes do governo,empresas e ONGs paragerir o processo de licitaçãoe nomear um administradorindependente (uma funçãoque está a serdesempenhada por umaempresa de auditoria) paraarrecadar pagamentos efazer a contabilidade dasreceitas.

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considerado um conflito, podendo o mesmo ocorrer se existir uma relação comalguém do governo encarregado dos fluxos de receitas.

Dependendo do nível de pormenor exigido pelas partes interessadas, coligir ouauditar os dados sobre as receitas de todas os órgãos públicos e de todas asempresas das indústrias extractivas pode ser um processo bastante elaborado.Este trabalho implicará custos e, mesmo que o financiamento inicial venha deuma fonte externa, é importante que o governo encontre uma fonte definanciamento sustentável desde o início.

Os relatórios EITI deverão ter um formato facilmente compreensível queminimize o desenvolvimento de capacidade exigida pelos potenciais utilizadoresdos relatórios. No entanto, as principais partes interessadas da EITI deverãocompreender os processos envolvidos nos relatórios a fim de estabelecer acredibilidade do processo.

O desenvolvimento de capacidade não deve ser apenas visto em termos deaptidões de monitorização ou auditoria. O governo, as organizações da sociedadecivil e, em alguns casos, as partes interessadas da indústria, expressaram umanecessidade de reforçar a sua capacidade de trabalho em rede, logística, técnicae de tomada de decisão a fim de estarem atentas às transacções do sector e àforma de exporem os seus pontos de vista às partes interessadas do governo e dosector respectivo.

O atendimento das necessidades de capacidade identificadas levará tempo edeverá ser iniciado o quanto antes possível.Antes da implementação, devem ser

Acção sugerida 16: Existem planos estabelecidos para proporcionarprogramas formais e informais de desenvolvimento de capacidadeantes da divulgação?

Acção sugerida 15: Foram identificadas as necessidades de capacidadedas principais partes interessadas da EITI?

Acção sugerida 14: Existem planos estabelecidos para proporcionarfinanciamento sustentável para o cargo de administrador?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1155Na Nigéria, as necessidadesde desenvolvimento decapacidade identificadasaté esta data incluem:• Desenvolvimento de

capacidade técnica paraorganizações dasociedade civildesempenharem as suasfunções maiseficazmente.

• Desenvolvimento decapacidade técnica paraas entidades declarantespreencherem os seusmodelos.

• Desenvolvimento decapacidade logística parao governo racionalizar ossistemas de execução.

• Desenvolvimento dacapacidade de trabalhoem rede do governo paraassegurar uma melhorcoordenação de esforços.

• Desenvolvimento decapacidade técnica paracompreender as receitasdo sector petrolífero emineral, assim comoquestões, cargos eresponsabilidades degestão financeira básica.

• Melhoramento dascompetências de tomadade decisão e criação deconsenso para as ONGs eas empresas.

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iniciados programas apropriados para áreas significativas da sensibilização edesenvolvimento de capacidade para a EITI.

Isto melhorará o processo desde o início, para além de representar uma “vitóriarápida” para os países que desejarem demonstrar o seu empenhamento naimplementação.Tal como para a própria implementação, será importanteidentificar um financiamento sustentável para estes programas.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1166Na Nigéria, 90% dofinanciamento dasociedade civil para odesenvolvimento decapacidades para apoiar aimplementação da EITI atéesta data proveio dedadores internacionais.Contudo, as organizaçõesda sociedade civilcompreendem anecessidade de fontes derendimento sustentáveis eestão interessadas emreceber assistência paradesenvolver campanhas definanciamento locais.

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IImmpplleemmeennttaaççããoo

DD.. DDiivvuullggaaççããoo ee ppuubblliiccaaççããoo

Durante a iniciação, terá sido acordado o processo para o desenvolvimento demodelos de relatório para as empresas e os governos e terá sido identificado umadministrador para elaborar o relatório sobre a EITI. No início da implementação,será importante definir o âmbito e a natureza precisos da divulgação a incluirnos modelos de relatório.

A capacidade de todas partes interessadas terá que ser desenvolvida para lhespermitir participar nesta discussão. Embora as partes principais sejamprovavelmente o governo e as empresas, recomenda-se que sejam envidadostodos os esforços para conseguir a participação de todas as partes.

A decisão sobre o alcance dos relatórios será provavelmente tomada com baseno regime fiscal, que em muitos casos será o contrato de partilha de produçãoaplicável. Se as partes interessadas considerarem que certos custos legítimosdeveriam ser incluídos (por exemplo, de segurança, formação e infra-estrutura),estes poderão ser pormenorizados nas notas do relatório. De um modo maisgeral, os Relatórios EITI poderiam descrever de forma útil em que medida oscustos associados às fontes de benefícios foram sujeitos a auditoriasindependentes.

Os fluxos de benefícios são definidos como qualquer fonte potencial debenefícios económicos que um governo anfitrião recebe de uma indústriaextractiva. Presume-se que não incluam benefícios económicos indirectos, taiscomo a construção de infra-estruturas ou o emprego de pessoal local.

Todos os fluxos de benefícios materiais devem ser declarados. Um fluxo debenefícios é material se a sua omissão ou declaração errónea puder distorcer orelatório final sobre a EITI.

Acção sugerida 17a: Que fluxos de benefícios serão declarados?

Acção sugerida 17: O que será divulgado, quem o fará e como?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1177Questões do âmbito domodelo de relatório naNigéria:• Os custos não técnicos,

tais como os custos desegurança, estãoincluídos?

• Como as taxas dededução serãoreflectidas numaauditoria nos casos emque algumas empresasretêm 3% para pagar odesenvolvimento infra-estrutural necessário?

• Os custos pagos pelasempresas nodesenvolvimento deescolas e centros desaúde e no pagamentode outros salários sãoreflectidos como um“custo de produção” oucomo um investimentosocial da empresa?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1188No Gana acordou-se que aorganização declarantepublicaria semestralmenteos valores referentes àsreceitas. Os fluxos dereceitas incluíram royalties,imposto sobre sociedades,imposto com retenção nafonte (PAYE), Imposto deReconstrução e outrosimpostos. Para além disso,os parceiros empresariaisdecidiram publicar os seuscontributos para acomunidade desde 2002,discriminado por sectorestais como a educação,saúde e infra-estrutura.

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Recomenda-se que um fluxo de benefícios seja considerado material:

Alternativa 1: se representar mais de A% do valor total de produçãoestimado do governo para o período do relatório;

Alternativa 2: se representar mais de B% do valor total de produçãoestimado da empresa no país anfitrião para o período do relatório; ou

Alternativa 3: se for superior a USD C milhões [ou D milhões na moedanacional].

Os fluxos de benefícios poderão incluir:

Os acordos relativos a royalties diferirão entre osregimes dos governos anfitriões.

As disposições em termos de royalties podem incluir aobrigação de uma empresa de vender toda a produçãoe de entregar uma proporção das receitas de venda.

Noutros casos, o governo anfitrião tem um interessemais directo na produção e trata das disposições devenda independentemente do titular da concessão.Estes royalties são mais similares aos direitos deprodução de um governo anfitrião.

Royalties

Impostos sobre os lucros das actividades de exploraçãoe desenvolvimento petrolíferos de uma empresa.

Impostos sobre oslucros

Esta é a parcela da produção total da empresa estatalnacional. Estes direitos de produção derivam daparticipação accionista da empresa estatal nacional.Este fluxo também pode ser em dinheiro ou emespécie.

Direitos deprodução daempresa estatalnacional

Esta é a quota da produção total atribuída ao governoanfitrião. Estes direitos de produção podem sertransferidos directamente para o governo anfitrião oupara a empresa estatal nacional.Além disso, este fluxopode ser em dinheiro ou em espécie.

Direitos deprodução dogoverno anfitrião

Descrição pormenorizadaFluxo de benefícios

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Para alcançar uma transparência total, cumpre dispensar atenção especial àavaliação de fluxos de benefícios em espécie, nos quais, caso contrário, poderãoocorrer discrepâncias significativas. Por exemplo, a República do Congo utiliza o“preço fiscal” (um preço acordado por barril) para converter “custos emdólares” em “custos em barris” a fim de calcular os barris de lucro a serempartilhados nos termos dos contratos de partilha da produção.A utilização de um

Estes fluxos de benefícios incluem impostos aplicadossobre o rendimento, produção ou lucros das empresas.Estes excluem impostos sobre o consumo, tais como oimposto sobre o valor agregado, impostos sobre orendimento de pessoas físicas ou impostos sobre vendas.

Outros benefíciossignificativos paraos governosanfitriões

Pagamentos ao governo anfitrião e/ou à empresaestatal nacional para:

• Receber e/ou começar a prospecção e/ou para amanutenção de uma licença ou concessão (taxas delicença/concessão);

• Realizar trabalho de prospecção e/ou de recolha dedados (taxas de entrada). Estes são provavelmenteefectuados na fase de pré-produção.

• Locação ou arrendamento da área de concessão oulicença.

Taxas de licença,taxas de locação,taxas de entrada eoutrasconsideraçõesrelativas a licençase/ou concessões

Pagamentos relacionados com bónus pelo seguinte eem consideração do seguinte:

• Adjudicações, concessões e transferência de direitosde extracção;

• Consecução de certos níveis de produção ou certasmetas; e

• Descoberta de reservas/depósitos minerais adicionais

Bónus (tais comode assinatura,descoberta ouprodução)

Os dividendos pagos ao governo anfitrião comoaccionista da empresa estatal nacional relativamente aacções e outras distribuições de lucros referentes aqualquer forma de capital para além do capital dedívida ou empréstimo.

Dividendos

Descrição pormenorizadaFluxo de benefícios

preço de referência desta natureza nos modelos de relatório deveria seracompanhada por notas descrevendo quem vendeu o petróleo, quem beneficiouda venda, que preços foram obtidos e a comparação desses preços com ospreços de referência.Além disso, as notas poderiam apresentar a comparaçãodos preços de referência com os preços de referência internacionalmente aceites.

Pode haver fluxos de benefícios não significativos, mas que as empresas ou osgovernos anfitriões desejem declarar voluntariamente. Se tais fluxos de benefíciosforem identificados, será importante assegurar que a sua declaração não exerçaimpacto sobre a forma como a informação declarada é compreendida.

Os governos terão que considerar qual é a melhor forma de assegurar que todasas empresas apresentem os seus relatórios de forma oportuna e utilizando osmodelos de relatório acordados. Embora em alguns países isto possa seralcançado por meio de acordos voluntários com as empresas, noutros países istopoderá requerer o estabelecimento de um quadro jurídico. Os governos queimplementam a EITI deverão esgotar as suas possibilidades jurídicas para obrigaras empresas a cooperar. Para além disso, os governos deveriam considerar tornara colaboração com a EITI uma condição de qualquer contrato com uma empresanova ou existente.

Os relatórios EITI devem aplicar-se a todas as empresas das indústrias extractivas(incluindo as empresas internacionais, nacionais e estatais) a operar nesse país.Uma entidade só deveria ser isenta de apresentar o respectivo relatório sepudesse demonstrar com um elevado grau de certeza que os montantes adeclarar seriam em qualquer caso insignificantes.

Seria conveniente que os governos apresentassem um relatório sobre o conjuntode benefícios dessas pequenas empresas. Quando este montante representaruma parte significativa das receitas totais recebidas, deverá ter-se o cuidadoespecial de assegurar que o limiar tenha sido fixado num nível adequado.

Acção sugerida 17b: Como assegurar que todas as empresas elaboremrelatórios?

Acção adicional 17a: Existem fluxos de benefícios adicionais que possam serdeclarados voluntariamente?

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O acordo sobre os modelos de projecto de relatório deverão abarcar os princípiose tratamentos contabilísticos a aplicar aos relatórios no âmbito da EITI, de formaa permitir a comparação da informação da empresa e do governo anfitrião.

As diferenças nos períodos, moedas e unidades contabilísticos podem causardiscrepâncias legítimas entre os valores agregados de receitas do governo e osvalores agregados do contributo da empresa que excederem em muito asmargens de erro normalmente acordadas. Para reduzir as discrepâncias legítimase as demoras no processo de divulgação, é necessário padronizar estas variáveispor meio de um processo contabilístico mutuamente acordado.

Quanto mais experiência de implementação for adquirida, mais esta orientaçãoserá aperfeiçoada.

Sistema contabilístico: Como os governos anfitriões não estãonormalmente numa situação que lhes permita estimar acréscimos dereceitas previstas de empresas relativamente a qualquer períodoespecífico, recomendamos que a contabilidade seja efectuada por todasas entidades com base no sistema de contabilidade de caixa.

Como os relatórios regulares das empresas serão baseados nas receitase despesas, poderia solicitar-se aos auditores que proporcionem umareconciliação integrada no seu relatório. Isto reconciliaria os pagamentosem dinheiro com o conteúdo dos seus demonstrativos financeiros.

Moeda do relatório: Os governos e as empresas deverão acordar a moedados relatórios.

Recomendamos que, no sector da exploração mineral, no qual a maiorparte dos fluxos de benefícios são pagos em moeda nacional, seja esta amoeda da contabilidade; e, para o sector do petróleo e do gás, no qual opreço de mercado é cotado em dólares dos Estados Unidos, que seja estaa moeda da contabilidade.

Acção sugerida 17c: Como os governos e as empresas elaborarão osrelatórios?

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Contudo, os países poderão decidir publicar os pagamentos e receitas norelatório sobre a EITI tanto em moeda nacional como em dólares dosEstados Unidos –por exemplo, para ajudar a população local acompreender as declarações.

No caso de transacções conduzidas noutras moedas que não seja amoeda de contabilidade, recomendamos que seja utilizada a médiamensal ou trimestral da taxa de câmbio para as converter na moeda dorelatório.

Período contabilístico: Como a maior parte das empresas de petróleos,gás e exploração mineral produz relatórios internos mensais outrimestrais e relatórios externos anuais, será preciso chegar a um acordosobre quais destas periodicidades são as mais apropriadas para asentidades declarantes.

Os relatórios sobre a EITI devem ter uma periodicidade pelo menosanual, embora em alguns casos possam ser mais convenientes osrelatórios semestrais.

Apresentação de modelos de relatório preenchidos: Recomenda-se que asempresas e o governo apresentem os modelos preenchidos aoadministrador, tão simultaneamente quanto possível, para assegurar acredibilidade do processo.

Os relatórios deverão ser executados oportunamente. Quanto mais tempolevar a elaboração dos relatórios menos relevantes eles serão para osdebates políticos sobre os pagamentos e receitas declarados.

A credibilidade do processo da EITI depende da credibilidade dos dados sobre ospagamentos e as receitas apresentados ao administrador pelas empresas e pelogoverno.

Acção sugerida 18: Os relatórios submetidos sobre pagamentos ereceitas são credíveis?

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Recomenda-se que o processo se baseie o mais possível nos procedimentos einstituições existentes e nas normas internacionais. Um processo prático poderiaincluir o seguinte:

• As empresas devem obter do seu auditor externo um parecer de que ainformação que estão a planear apresentar para a EITI seja coerente com o seubalanço anual. Este podia ser um pedido de “procedimentos especiais” anexoaos termos de referência da auditoria externa. Estes auditores confeririam acontabilidade de caixa declarada pelas empresas com a sua contabilidadebaseada no exercício. Este processo deve ser efectuado de acordo com normasinternacionais de auditoria adequadas.

• Para além disso, deverá ser solicitado ao auditor do governo que emita umparecer sobre a exactidão das declarações do governo.

Todos os pagamentos e receitas declarados no âmbito da EITI devem ser sujeitosa uma auditoria credível e independente. Quando as empresas apresentampagamentos verificados pelo próprio auditor independente, nenhuma outraauditoria será normalmente necessária. Quando tais auditorias não tiverem sidofeitas, ou quando a auditoria não for considerada credível, haverá a necessidadede proceder a uma auditoria. Poderá ser apropriado nomear o auditor de formacompetitiva e independente.

O administrador identificado durante a iniciação receberá os relatórios dasempresas e do governo e tentará reconciliar os valores apresentados pelaempresa com os valores apresentados pelo governo. Isto servirá de base doRelatório sobre a EITI para o país implementador. O Relatório sobre a EITIpoderia ser apresentado a um auditor externo para um parecer.

Acção sugerida 19: Como o administrador elaborará o relatório sobrea EITI?

Acção sugerida 18a: Nos casos em que tais auditorias ainda nãoexistam, foi identificada uma empresa ou empresas de auditoria queconduzam uma auditoria credível e independente dos pagamentos ereceitas?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 1199No Azerbaijão, asatribuições do Auditorestabelecemprocedimentos para gerirdiscrepâncias einconsistências queexcedam a margem de erroacordada:(a) Se existiremincoerências, o comitéfornecerá à empresa deauditoria uma análisepormenorizada domontante agregado e umdesdobramento porempresas individuais.(b) Se isto não resolver asincoerências identificadas,a empresa de auditoria aslevará à atenção dasentidades contabilísticascompetentes, solicitando-lhes depois queapresentem documentaçãode suporte dos valoresindicados.

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

33

Deveria ser acordado um procedimento para tratar de qualquer discrepância ouincoerência encontrada no Relatório sobre a EITI. Se a reconciliação exigiralterações nos valores, estes deverão ser aprovados pelo auditor externo daempresa ou pelo auditor do governo. Deverão ser consideradas as medidas aserem tomadas caso subsistam discrepâncias significativas.

Após acordar um processo de relatório padronizado, mas antes daimplementação, deverá ser acordada uma margem de erro aceitável pelasprincipais partes interessadas no tocante a qualquer discrepância descobertapelo administrador entre os contributos das indústrias extractivas e as receitasextractivas recebidas pelo governo anfitrião.

Dado que as fases iniciais de qualquer novo programa ou iniciativa são muitasvezes caracterizadas por diversos erros, algumas partes interessadas da EITIargumentam que a margem de erro aceitável no primeiro ciclo de relatóriosdeveria ser maior ou que deveria ser feito um relatório “de ensaio” nãopublicável a fim de identificar e gerir “discrepâncias legítimas” e evitar assimcontrovérsia pública desnecessária.

Em alguns países as preocupações sobre a credibilidade das auditorias existentesou sobre o processo dos relatórios poderá levar as partes interessadas a solicitara nomeação de um auditor independente que recolha e avalie os dados sobrepagamentos e receitas fornecidos pelas empresas e pelo governo.

Mesmo se for tomada uma decisão de não realizar uma segunda auditoria derelatórios já auditados, isto não deve de forma alguma impedir o administradorde ter acesso aos dados da empresa ou do governo, se tal for necessário parareconciliar discrepâncias nos relatórios de pagamentos e receitas.

Acção adicional A19b: Há planos estabelecidos para proporcionar umaauditoria independente dos números declarados se tal for solicitado pelamaioria das principais partes interessadas da EITI?

Acção adicional A19a: No processo de apresentação do relatório foiidentificada uma margem de erro aceitável?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2211Na Nigéria, tendo em vistafomentar a confiança dopúblico, todas as partesconcordaram em que ospagamentos declarados noâmbito da EITI estejamsujeitos a auditoria.Chegou-se a um acordosobre o processo deselecção de um auditor efoi procurado um auditorindependente por meio deconcurso público.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2200A Câmara de Contas naRepública do Quirguistãoacordou que a margem deerro para a discrepânciaentre os valores dogoverno e da indústria nãodeveria exceder 1%.

CCaappííttuulloo 22 Guia ilustrativo para países ricos em recursos

34

As partes interessadas deverão acordar quem será responsável pela divulgaçãodos resultados da implementação da EITI. Em alguns casos, o administradorpoderá também ser responsável pela divulgação, mas até esta datanormalmente tem sido nomeada uma organização diferente.

Independentemente da organização nomeada para divulgar os resultados, éimportante que a pessoa ou organização seja considerada pela maioria dasprincipais partes interessadas como sendo de confiança e imparcial. Para alémdisso, a pessoa ou organização deve ter a capacidade de divulgar os resultadosde forma compreensível e de divulgar os resultados de uma forma acessível aosdestinatários.

As partes interessadas terão de acordar se os relatórios das empresas e dogoverno anfitrião deverão ser disponibilizados ao público em formato agregadoou desagregado.A decisão final competirá ao governo anfitrião.

A divulgação agregada seria um único valor revelado para cada fluxo debenefícios. Neste caso, dever-se-ia dispensar atenção especial para assegurar queo processo de agregação seja percebido como confiável.

A divulgação desagregada seria o valor global desdobrado por empresas e /oupor licença. Neste caso particular, seria necessária atenção especial para garantirque os números desagregados sejam comparáveis e significativos.

Um princípio da EITI é o reconhecimento de que a consecução de maiortransparência deve ser enquadrada no contexto do respeito pelos contratos e leisexistentes. Deve-se dispensar cuidado especial a equilibrar a presunção dedivulgação nos termos da EITI com as preocupações das empresas relativamenteà confidencialidade comercial.

Acção sugerida 20a:A publicação do Relatório sobre a EITI deve serefectuada num formato agregado ou desagregado?

Acção sugerida 20: Como o relatório sobre a EITI será divulgado?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2244As partes interessadas naNigéria sugeriram que aorganização divulgadoraproporcione uma série deprogramas abrangendotanto a divulgação como asensibilização para a EITI,incluindo debates natelevisão, programas derádio em língua local,websites, folhetos eseminários em escolas euniversidades.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2233 No Azerbaijão,preocupações sobre ascláusulas deconfidencialidade dasempresas resultaram nautilização de umaabordagem de agregaçãono primeiro ciclo derelatórios. Na República doQuirguistão, a questão daagregação é menosproeminente devido aodomínio do sector por umaúnica empresa.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2222Na República doQuirguistão, a divulgação éda responsabilidade daComissão Estatística e noAzerbaijão é daresponsabilidade daComissão Nacional da EITI.Na Nigéria, a decisão serátomada pelo Grupo deTrabalho Nacional dePartes Interessadas.

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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EE.. DDiisssseemmiinnaaççããoo ee ddiissccuussssããoo ppúúbblliiccaass::

A plena implementação da EITI exige a divulgação de todos os pagamentos ereceitas a um vasto público de forma publicamente acessível, abrangente ecompreensível.

Em muitos países, o Relatório sobre a EITI deveria ser publicado no websitenacional da EITI, recomendado na fase de iniciação.

Diferentes partes interessadas acederão à informação de formas diferentes e oprocesso de disseminação dos resultados deve reflectir isto. Isto poderá implicara utilização de uma ampla gama de mídia diferente, incluindo jornais, televisão,rádio e workshops locais.

Para a implementação da EITI num país não se limitar a ser um exercício técnicode divulgação, será importante que haja uma disseminação generalizada dosresultados que insira as receitas recebidas do petróleo, gás e exploração mineralno contexto das questões de gestão financeira mais amplas. Insta-se de modoespecial os governos a compreender os princípios da abertura na elaboração,execução e apresentação de relatórios dos orçamentos constantes do Código deBoas Práticas sobre Transparência Fiscal do FMI e a complementar isto com umacampanha de divulgação popular bem direccionada.

A maioria dos países que começaram a implementar a EITI estão a planear arealização de várias sessões e workshops de informação – nos níveis tantonacional como local – para estimular relatórios responsáveis sobre estasmatérias. O idioma será uma questão importante a considerar ao tornar osresultados compreensíveis para as partes interessadas – incluindo a traduçãopara os idiomas locais, quando necessário.

Acção sugerida 21a: Há procedimentos estabelecidos para disseminaramplamente os resultados?

Acção sugerida 21: O Relatório sobre a EITI é acessível ecompreensível?

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2255Segundo as directrizes pararelatórios sobre a EITI doGana, os resultados devemser “facilmentecompreensíveis parautilizadores comconhecimentos razoáveis dosector da mineração... edispostos a estudar ainformação com diligênciarazoável”. O grupo detrabalho consultivo daNigéria afirma que osresultados devem ser“factuais, nãointerpretativos e simples” esugeriu, tal como o fez acoligação no Azerbaijão, queos resultados devem seracompanhados por umfolheto explicativo.

EEssttuuddoo ddee ccaassoo 2266Na República doQuirguistão, o Ministériodas Finanças está aconsiderar a criação de umdepartamento decomunicações para ajudara transmitir e a receberfeedback sobre a suagestão financeira junto aopúblico.

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CCaappííttuulloo 22 Guia ilustrativo para países ricos em recursos

Uma vez que os resultados estejam no domínio público, é importante que ogoverno seja proactivo em providenciar um debate público sobre as receitasreportadas. Para que a EITI seja eficaz, as principais partes interessadas devemser capazes de discutir, avaliar e interpretar os resultados. Esta discussãoassinalará a vontade do governo de ser responsável e prestar contasrelativamente às receitas das indústrias extractivas.

Poderá haver outras partes interessadas cuja participação na fase de discussãoenriqueça o processo. Sempre que possível, será importante fornecermecanismos para que estas partes interessadas possam expressar pontos devista essenciais e ajudar a interpretar os números declarados.A oferta de ummecanismo para incorporar o seu feedback poderá ajudar a generalizar o apoio ea reforçar a legitimidade do processo e das instituições participantes.

Acção adicional A22: O debate foi estendido às partes interessadas em geral?

Acção sugerida 22:Tem-se discutido os resultados das receitas epagamentos declarados com a participação dasprincipais partesinteressadas?

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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RReevviissããoo ddaa iimmpplleemmeennttaaççããoo ddaa EEIITTII

FF.. RReevviissããoo

Uma revisão do processo da EITI ajudará o país a avaliar os benefícios daimplementação, mostrará a terceiros o progresso alcançado pelo país nesta áreae colocará o enfoque no melhoramento futuro da implementação. É importanteassegurar que as principais partes interessadas estabeleçam os termos darevisão e também que participem (por meio de inquéritos ou entrevistas) daprópria revisão. Esta fase representa uma importante oportunidade para asorganizações da sociedade civil trabalharem em estreita colaboração com ogoverno, oferecendo uma supervisão complementar do processo.

A vantagem de ter um mecanismo de avaliação formal independente é que esteconferirá credibilidade ao processo da EITI tanto junto a partes interessadasnacionais como internacionais. Um assessor independente pode apresentar umrelatório independente que chegue ao cerne de questões importantes, tais como“o processo será sustentável?” e “que lições podem ser aprendidas paramelhorar os papéis do governo, da indústria e da sociedade civil?”

O intercâmbio de lições aprendidas com outros países que estão a implementarou a considerar implementar a EITI não só ajudará esses países como permitirátambém ao país que partilha as lições obter reconhecimento pelas reformas queempreendeu. O Secretariado da EITI funcionará como “central de recursos” daslições aprendidas – por meio de workshops regionais e globais, da revisão dolivro de referência e do website da EITI.

A implementação da EITI continuará a melhorar à luz da experiência. É umprocesso de “aprender na prática”.A implementação eficaz e sustentável precisaincorporar e utilizar o feedback apropriado das partes interessadas.

Acção sugerida 23: Existem planos estabelecidos para monitorizar eavaliar a EITI?

Acção adicional A23a: Existe um mecanismo de avaliação formalindependente?

Acção adicional A23b:As lições aprendidas foram partilhadas com outrospaíses e partes interessadas?

Acção sugerida 24:A concepção da tomada de decisão e de outrosprocessos foi influenciada pelos mecanismos de feedback?

CCaappííttuulloo 33 Guia ilustrativo para empresas das indústrias extractivas

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DDeessccrriiççããoo GGeerraall

CCaappííttuulloo 33Guia ilustrativo para empresas das indústrias Extractivas

A responsabilidade pela implementação da EITI compete ao respectivo país ricoem recursos. Contudo, a EITI reconhece que as empresas também têm um papelcrítico a desempenhar, assegurando que os seus objectivos sejam alcançados.Aorientação dada não distingue actualmente entre empresas internacionais,nacionais, estatais ou privadas, embora algumas das acções adicionais sugeridasnão se apliquem a determinadas empresas. (Estes aspectos serão maisdesenvolvidos em futuras edições do Livro de Referência.)

Este guia abrange os vários papéis que as empresas das indústrias extractivaspodem desempenhar. Separa o papel das empresas no apoio à EITI do papel deapoio no nível do país (tanto em países implementadores como não-implementadores).

RReessuummoo ddaass aaccççõõeess ee aaccççõõeess aaddiicciioonnaaiiss ssuuggeerriiddaass ààss eemmpprreessaass

Reconhecendo a natureza voluntária da EITI, mas reconhecendo também odesejo das empresas das indústrias extractivas (e outras partes interessadas) deidentificar as acções que as empresas podem realizar para apoiar a EITI, esteguia identifica acções (em verde escuro). Insta-se às empresas que apoiam aimplementação da EITI a realizarem essas acções a fim de melhorar aimplementação.Tais acções apoiarão os resultados definidos no guia ilustrativopara países ricos em recursos.

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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AACCÇÇÕÕEESS DDAASS EEMMPPRREESSAASS AACCÇÇÕÕEESS AADDIICCIIOONNAAIISS DDAASS EEMMPPRREESSAASS

Apoio

AA.. AAddeessããoo

BB.. AAppooiioo iinntteerrnnaacciioonnaall

26.A empresa nomeou umindivíduo para liderar aimplementação da EITI?

A25.A EITI está integrada napolítica e nos relatórios internosda empresa?

25.A empresa emitiu umadeclaração inequívoca da suaintenção de apoiar aimplementação da EITI?

• conferências• Falar em conferências internas e

externas sobre o tópico datransparência/gestão de receitas e aEITI

• Comentário a revisões dedocumentos-chave que orientam aimplementação da EITI

• Ajudar na recolha de exemplos deboas práticas de EITI edisseminação dos mesmos a nívelglobal

• Abordar a EITI com o governonacional (ou quaisquer outrosgovernos) no âmbito da suainteracção estratégica

• Envolvimento proactivo com osaccionistas para estimular atransparência nas receitas

CCaappííttuulloo 33 Guia ilustrativo para empresas das indústrias extractivas

40

AAppooiioo nnoo nníívveell nnaacciioonnaall

CC11.. PPaaííss iimmpplleemmeennttaaddoorr

C2. País não-implementador

• Discutir a transparência com osdadores e as IFIs

• Realizar workshops.

30.A empresa participouplenamente da revisão da EITI nospaíses implementadores em queopera?

29.A empresa participouplenamente da implementação daEITI nos países implementadoresem que opera?

28.A empresa participouplenamente da iniciação da EITInos países implementadores emque opera?

A27.A empresa estimulou outrasempresas a apoiarem uma maiortransparência?

27.A empresa é auditada deacordo com as normasinternacionais?

• Apoiar a aplicação generalizada dasabordagens EITI nas boas práticas edirectrizes da indústria e cooperarcom esses esforços quando a EITIestiver implementada.

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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AAppooiioo

Insta-se todas as empresas das indústrias extractivas a apoiarem os Princípios eCritérios da EITI e a indicarem a sua disposição de apoiar os países quedecidirem implementar a EITI. Como a responsabilidade primária pelaimplementação compete ao próprio país, as empresas devem evitar pressionar ospaíses anfitriões.

A declaração deve provir do presidente ou director-geral ou de um representantedevidamente autorizado para isso; deve ser publicada no website da empresae/ou num relatório anual. Uma cópia da declaração deve ser enviada aoSecretariado Internacional da EITI para inclusão no website da EITI.A declaraçãopoderia incluir uma lista dos países nos quais a empresa se mantém activa etenciona apoiar a implementação da EITI.

Uma empresa poderá reflectir os Princípios e Critérios da EITI nas própriaspolíticas e relatórios internos, bem como poderia informar o seu pessoal arespeito da forma como apoia a implementação da EITI nos paísesimplementadores em que opera.

A empresa deve nomear um indivíduo de nível suficientemente alto para liderara implementação da EITI e a sensibilização para a mesma na empresa. Poderátambém considerar a publicação do nome do líder da iniciativa no seu website,incluindo os respectivos dados de contacto.

Acção da empresa 26:A empresa nomeou um indivíduo para liderar aimplementação da EITI?

Acção adicional da empresa A25:A EITI está integrada na política enos relatórios internos da empresa?

Acção da empresa 25:A empresa emitiu uma declaração inequívoca dasua intenção de apoiar países que decidam implementar a EITI?

AA.. AAddeessããoo

CCaappííttuulloo 33 Guia ilustrativo para empresas das indústrias extractivas

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BB.. AAppooiioo iinntteerrnnaacciioonnaall

Na sede e/ou a nível internacional, as empresas podem apoiar odesenvolvimento ou aperfeiçoamento da EITI por meio de várias acções. Estaspoderão incluir as seguintes:

• Falar em conferências internas e externas sobre o tópico da transparência dereceitas e a EITI.

• Comentário sobre revisões de documentos-chave que orientam aimplementação da EITI.

• Ajudar na recolha de exemplos de boas práticas de EITI e disseminação dosmesmos em âmbito global.

• Sensibilizar o governo nacional para a EITI (ou quaisquer outros governos) noâmbito da sua interacção estratégica.

• Envolvimento proactivo com os accionistas para estimular a transparência nasreceitas.

• Apoiar a aplicação generalizada das abordagens EITI nas boas práticas edirectrizes da indústria e cooperar com esses esforços quando a EITI estiverimplementada.

AAppooiioo nnoo nníívveell nnaacciioonnaall

Espera-se que as empresas internacionais observem os requisitos de transparênciae divulgação exigidos pela auditoria nos termos dos Princípios de Boa GovernaçãoEmpresarial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico(OCDE). Para além disso, estas empresas ver-se-ão normalmente obrigadas, peloseu estatuto de empresas cotadas na bolsa, a respeitar normas de contabilidadee auditoria internacionalmente aceites incluindo, por exemplo, as PráticasRecomendadas pelo Comité de Contabilidade da Indústria do Petróleo (2001).

Acção da empresa 27:A empresa é auditada de acordo com as normasinternacionais?

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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O Projecto de Guia do FMI recomenda que as empresas nacionais e estataisdevem ser também sujeitas aos requisitos padrão de auditoria empresarial e quepoderá justificar-se a supervisão por uma instituição superior de controlo dasfinanças públicas quando esta tenha a autoridade para auditar empresas estatais.

Uma empresa deve responder positiva e publicamente a quaisquer iniciativas demaior transparência por parte dos governos anfitriões. Sempre que apropriado,tal deveria ocorrer em parceria com outras empresas a operar no país.

Algumas empresas poderão estar numa posição que lhes permita estimularoutras empresas a operar nestes países a responder positivamente às iniciativasdo país anfitrião, demonstrando assim a plena contribuição do sector para aeconomia do país anfitrião. Isso pode ser resultado da sua posição no país ou aoseu papel em joint ventures. Quando um país implementador decidirimplementar a EITI, as empresas mais familiarizadas com a EITI devemdesempenhar um papel na educação de outras empresas a operar no país queainda não conheçam a Iniciativa.

CC11.. PPaaííss iimmpplleemmeennttaaddoorr

Um dos Princípios da EITI é que os relatórios devem envolver todas as empresasdas indústrias extractivas a operar num país implementador. Os paísesimplementadores decidirão qual é a melhor forma de garantir a entrega oportunados relatórios por todas as empresas. Dependendo das circunstâncias do país, istopoderá efectuar-se por meio de um acordo voluntário ou do estabelecimento deum quadro jurídico [acção sugerida ao país, 17b].

Se um país no qual uma empresa estiver a operar tiver decidido implementar aEITI, a empresa poderá esperar participar dos esforços do país neste sentido desdeo início. As responsabilidades principais da empresa serão o preenchimento dosmodelos de relatório acordados [ver as acções sugeridas ao país nas secções C eD – desenvolvimento de processos]. Como partes interessadas no processo, amaior parte das empresas deveria participar de outros aspectos da implementação.

Acção adicional da empresa A27:A empresa estimulou outrasempresas a apoiar uma maior transparência?

CCaappííttuulloo 33 Guia ilustrativo para empresas das indústrias extractivas

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A plena participação na iniciativa poderá incluir o seguinte:

• A empresa identificou e fez provisões para os custos associados com a suaparticipação no preenchimento dos modelos de relatório EITI e outroenvolvimento similar no processo de EITI [acção sugerida ao país, 15]? Estespoderão incluir custos directos e capacidade de desenvolvimento e custosindirectos, tais como custos com o pessoal.

• A empresa participou da identificação de um administrador e/ou de umauditor [acção sugerida ao país, C13]?

• A empresa interagiu com as partes interessadas para aumentar a suacompreensão da transparência sobre receitas [apoio à acção sugerida ao país, 11]?

• A empresa interagiu com as partes interessadas para avaliar as necessidadesde desenvolvimento de capacidades; decidiu que tipo de apoio poderiaoferecer [acção sugerida ao país, 16]?

A plena participação na implementação poderá incluir o seguinte:

• A empresa participou de um diálogo com o governo sobre o desenvolvimentodos modelos de relatório [acção sugerida ao país, 12]?

• Foi tomada uma decisão sobre se a divulgação será efectuada em formatoagregado ou desagregado [acção sugerida ao país, 20a]?

• Chegou-se a um acordo sobre que fluxos de benefícios serão declarados[acção sugerida ao país, 17a]?

• Chegou-se a um acordo sobre o desdobramento: por níveis de governo e portipos de pagamento (direitos de produção, royalties, taxas, etc.) [acçãosugerida ao país, 17a]?

Acção da empresa 29: [Implementação no país]:A empresa participouplenamente da implementação da EITI nos países implementadores emque opera?

Acção da empresa 28: [Iniciação no país]: A empresa participou plenamentena iniciação da EITI nos países implementadores em que opera?

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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• A informação da empresa é apresentada num formato acordado – porexemplo, de acordo com o sistema, periodicidade, base e unidades acordados[acção sugerida ao país, 17c]?

• A empresa acordou com o seu auditor externo a auditoria (sistema decontabilidade de caixa) dos pagamentos declarados para os paísesimplementadores [Critério 2 da EITI]?

• A empresa participou na nomeação de uma entidade de confiança e imparcialpara a divulgação [acção sugerida ao país, 20]?

• A empresa participou na disseminação e debate públicos dos resultados[acção sugerida ao país, 22]?

A plena participação na revisão poderia incluir o seguinte:

• A empresa participou no estabelecimento das condições para a revisão [acçãosugerida ao país, 23]?

• A empresa formulou e partilhou as lições aprendidas com a sua participaçãona EITI, nos níveis tanto nacional como internacional [acção sugerida ao país,23 e acção adicional sugerida ao país,A23b]?

CC22.. PPaaííss nnããoo iimmpplleemmeennttaaddoorr

• Como grande parte do diálogo sobre a transparência ocorrerá provavelmentede governo para governo ou em discussões regulares entre os governos ouorganizações internacionais, a empresa poderia considerar levantar a questãoda transparência junto a dadores e organizações internacionais parademonstrar que a empresa apoia as iniciativas em prol da transparência.

• Uma empresa poderia participar ou ajudar a realizar um workshop paradiscutir as opções e os passos seguintes com uma gama de partesinteressadas, incluindo a sociedade civil.

Acção da empresa 30: [revisão no país]: A empresa tem participadoplenamente na revisão da EITI nos países implementadores em que opera?

GGlloossssáárriioo

46

GGlloossssáárriioo::

Termo Definição

Contabilidade deexercício

Entidade administrativa(ou administrador)

Auditoria

Fluxo de benefícios

Contabilidade de caixa

Indústrias extractivas

Relatório sobre a EITI

País anfitrião

O sistema de contabilidade tipicamente utilizado pelasempresas no qual as receitas são reconhecidas quandosão ganhas e as despesas são reconhecidas quando sãoincorridas. Difere da contabilidade de caixa, quereconhece as transacções quando o pagamento érecebido ou feito em dinheiro.

Um organismo terceiro responsável por agregar e analisaros relatórios apresentados pelas empresas e pelos paísesanfitriões.

Uma inspecção da contabilidade de uma organização,normalmente por um órgão independente.

Uma potencial fonte de benefícios económicos que ogoverno anfitrião recebe da indústria extractiva.

Benefícios económicos indirectos, tais como a construçãode infra-estruturas e o emprego de pessoal local, não sãoconsiderados fluxos de benefícios para efeitos deste guia.

O sistema de contabilidade tipicamente utilizado pelosgovernos – e recomendado para os relatórios da EITI –que regista apenas os pagamentos e recibos de valoresmonetários relativos a transacções efectuadas por umaempresa em vez de quando o dinheiro é ganho ouquando as despesas são incorridas, tal como nacontabilidade de exercício.

As indústrias extractivas são as indústrias envolvidas nadescoberta e remoção de recursos naturais não-renováveis situados na crosta terrestre ou próximos dela.Recursos naturais não-renováveis são os que não podemser restituídos ao seu estado original por seres humanos.

O relatório sobre pagamentos e receitas elaborado peloadministrador como parte da implementação da EITI.

Os limites territoriais sobre os quais um país anfitrião temjurisdição e dentro dos quais uma empresa tem interesseseconómicos na indústria extractiva.

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

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Termo Definição

Governo anfitrião

Empresa internacional

Licença

Empresa nacional

Empresa estatal nacional

Os regimes de governação e as instituições de um estadodentro de cujos limites territoriais as indústriasextractivas operam. O governo anfitrião incluirepresentantes locais, regionais, estaduais e federaisdestes regimes, instituições e entidades controlados porestes regimes e instituições, mas exclui as empresasestatais nacionais.

Para efeitos deste livro de referência, uma empresainternacional inclui:

• Empresas públicas e privadas que operam nasactividades de exploração e desenvolvimentopetrolíferos das indústrias extractivas fora dos limitesterritoriais do país no qual estão sediadas.

• Empresas estatais que operam fora dos limitesterritoriais do governo que as controla.

Um acordo entre uma empresa da indústria extractiva e ogoverno anfitrião relativo a uma área geográfica ougeológica e a operações minerais específicas. Para efeitosdeste livro de referência, o termo licença é tambémutilizado para definir uma autorização, uma área deconcessão, uma área de contrato, um leasing ou umbloco.

Para efeitos deste livro de referência, uma empresanacional inclui empresas públicas e privadas a operar nasactividades de exploração e desenvolvimento petrolíferosdas indústrias extractivas dentro dos limites territoriais dopaís no qual estão sediadas.As indústrias extractivas sãoas indústrias envolvidas na descoberta e remoção derecursos naturais não-renováveis situados na crostaterrestre ou próximos dela. Recursos naturais não-renováveis são os que não podem ser restituídos ao seuestado original por seres humanos.

Empresa controlada pelo governo anfitrião que conduz asactividades de exploração e desenvolvimento petrolíferosnas indústrias extractivas do país anfitrião. Ao determinarse uma empresa é controlada, utiliza-se o seguintecritério: a capacidade do governo anfitrião para controlaras políticas financeiras e operacionais da empresa deforma a obter benefícios das suas actividades.

GGlloossssáárriioo

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Termo Definição

Pagamentos

Acordo de partilha deprodução

Entidade declarante

Modelos de relatório

Receitas

Actividade de exploração edesenvolvimentopetrolíferos

Para efeitos da EITI, os pagamentos definem-se comotodos os pagamentos materiais de petróleo, gás eminérios efectuados pelas empresas aos governos.

Um acordo entre o governo anfitrião e um investidor,concedendo ao investidor direitos exclusivos paraprocurar, desenvolver e extrair minérios em troca de umaquota da produção.

As empresas e governos que preenchem e apresentam osmodelos de relatório.

Os modelos que as empresas internacionais, nacionais eestatais nacionais e os governos anfitriões apresentam aoadministrador como parte da implementação da EITI.

Para efeitos da EITI, as receitas definem-se como todas asreceitas materiais recebidas pelos governos das empresasde petróleo, gás e exploração mineral.

A actividade de exploração e desenvolvimentopetrolíferos inclui todas as actividades relacionadas coma exploração, desenvolvimento e produção de activosminerais até os minerais extraídos estarem em estadocomerciável sem processamento adicional.

49

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

AAnneexxoo::Exemplos de modelos de relatório

EExxeemmppllooss ddee mmooddeellooss ddee rreellaattóórriioo::

Estes modelos de relatório foram elaborados para a EITI em 2003. Outrosexemplos e informação adicionais sobre os modelos estão disponíveis emhttp://www.eitransparency.org/reportingguidelines.htm

AA.. MMooddeelloo ddee rreellaattóórriioo ppaarraa aa eennttiiddaaddee ddeeccllaarraannttee ddoo ggoovveerrnnooaannfifittrriiããoo ((ppeettrróólleeoo ee ggááss))

Relatório do país anfitrião sobre:

Período do relatório:

i

i

1 Fluxo de benefícios de empresas internacionais apenas

1a) Direitos de produção do governo anfitriãoprovenientes de empresas internacionaisi) Fluxo de produção – em espécie* [especificar natureza da produção e unidades]* [especificar natureza da produção e unidades]ii) Fluxo de produção – em dinheiro

2 Fluxo de benefícios de empresas estatais nacionais

2a) Direitos de produção do governo anfitrião provenientes de empresas estatais nacionais i) Fluxo de produção – em espécie*[especificar natureza da produção e unidades]*[especificar natureza da produção e unidades]ii) Fluxo de produção – em dinheiro

Linha Directrizes Volume Valorref secção 6

ref

Âmbito 1 – Fluxos de benefícios

50

AAnneexxoo:: Exemplos de modelos de relatório

AAssssiinnaaddoo ppeelloo ggoovveerrnnoo aannfifittrriiããoo

Reconhecemos a nossa responsabilidade pela correcta apresentação do modelo de relatório, deacordo com as orientações para a elaboração de relatórios, com a excepção dos itens seguintes:••••

4 Fluxos de benefícios – âmbito 2 (divulgação voluntária):

Linha Directrizes Volume Valorref secção 6

Âmbito 2 – Fluxos de benefícios

iiiiv

vvivii

viii

3 Fluxos de benefícios provenientes de empresas estatais internacionais e nacionais

3a) Impostos sobre lucros 3b) Royalties

– em dinheiro – em espécie

3c) Dividendos 3d) Bónus de assinatura e bónus de produção3e) Taxas de licenciamento, taxas de locação,

taxas de entrada e outras considerações paralicenças/concessões

3f) Outros pagamentos aos países anfitriões,especificados como:

Linha Directrizes Volume Valorref secção 6

ref

Âmbito 1 – Fluxos de benefícios (continuação)

51

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

BB.. MMooddeelloo ddee rreellaattóórriioo ppaarraa eennttiiddaaddeess ddeeccllaarraanntteess ddee eemmpprreessaass((ppeettrróólleeoo ee ggááss))

Nome da empresa:

Relatório do país anfitrião sobre:

Período do relatório:

i

i

i

i

1 Fluxo de benefícios a ser declarado apenas por empresas internacionais

1a) Direitos de produção do governo anfitriãopara o governo anfitriãoi) Fluxo de produção – em espécie* [especificar natureza da produção e

unidades]* [especificar natureza da produção e

unidades]ii) Fluxo de produção – em dinheiro

1b) Direitos de produção do governo anfitriãopara empresa estatal nacionali) Fluxo de produção – em espécie* [especificar natureza da produção e

unidades]* [especificar natureza da produção e

unidades]ii) Fluxo de produção – em dinheiro

2 Fluxo de benefícios a ser declarado apenas por empresas estatais nacionais

2a) i) Quota de participação de empresas estataisnacionais nos direitos de produção dogoverno anfitrião – em espécie* [especificar natureza da produção e

unidades]* [especificar natureza da produção e

unidades]ii) Quota de participação de empresas estatais nacionais nos direitos de produção do governo anfitrião – em dinheiro

2b) Produção recebida por empresa estatal nacional

Linha Directrizes Volume Valorref secção 6

ref

Âmbito 1 – Fluxos de benefícios

52

AAnneexxoo:: Exemplos de modelos de relatório

iiii

ii

i

iiiiv

vvivii

viii

2c) Direitos de produção de empresa estatal nacional1

i) Direitos de produção – em espécie * [especificar natureza da produção e

unidades]* [especificar natureza da produção e

unidades]ii) Direitos de produção – em dinheiro

2d) Direitos de produção recebidos em nome dogoverno anfitriãoi) Fluxo de produção – em espécie * [especificar natureza da produção e

unidades]* [especificar natureza da produção e

unidades]ii) Direitos de produção recebidos em nome

governo anfitrião – em dinheiro

3 Pagamentos ao governo anfitrião empresa estatal nacional

3a) Impostos sobre lucros 3b) Royalties

– em dinheiro – em espécie

3c) Dividendos 3d) Bónus de assinatura e bónus de produção 3e) Taxas de licenciamento, taxas de locação

taxas de entrada e outras considerações paralicenças/concessões

3f) Outros pagamentos aos países anfitriões,especificados como:

Linha Directrizes Volume Valorref secção 6

ref

Âmbito 1 – Fluxos de benefícios (continuação)

1 Os direitos de produção da empresa estatal nacional relacionam-se com a sua quota de produção enquanto partecontratante, por exemplo, quando a empresa possui interesses numa licença/concessão, além dos direitos de produçãodo governo anfitrião.

53

Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas LL iivvrroo ddee RReeffeerrêênncciiaa

AAssssiinnaaddoo ppeellaa ddiirreeccççããoo

Reconhecemos [ou Em nome da direcção (ou órgão similar),reconhecemos] a nossa responsabilidade pela correcta apresentação domodelo de relatório, de acordo com as orientações para a elaboração derelatórios, com a excepção dos itens seguintes:

• __________________________• __________________________• __________________________• __________________________

4 Fluxos de benefícios – âmbito 2 (divulgação voluntária):__________________________________________________________________________________________________________________________________

Linha Directrizes Volume Valorref. secção 6

ref.

Âmbito 2 – Fluxos de benefícios

54

AAnneexxoo:: Exemplos de modelos de relatório

CC.. MMooddeellooss ppaarraa eemmpprreessaass aaggrreeggaaddaass ((eexxpplloorraaççããoo mmiinneeiirraa))

Relatório do país anfitrião sobre:

Período do relatório:

iii

iii

viviiiv, v, vii

1 Fluxos de benefícios provenientes deempresas estatais internacionais e nacionais1a) Impostos sobre lucros 1b) Royalties

– em dinheiro – em espécie

1c) Taxas de licenciamento, taxas de locação,taxas de entrada e outras considerações paralicenças/concessões

1d) Bónus de assinatura e bónus de produção 1e) Dividendos 1f) Outros pagamentos aos países anfitriões

incluindo pagamentos efectuados por meio de produção), especificados como:

______________________________________________________________________________________________________

Linha Directrizes Volume Valorref secção 6

ref

Âmbito 1 – Fluxos de benefícios