ingrid betancourt

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“A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar, é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós.” Jean-Yves Leloup

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Page 1: Ingrid Betancourt

“A fé é um conhecimento para o qual é preciso despertar,

é Deus conhecendo-se a Si mesmo em nós.”

Jean-Yves Leloup

Page 2: Ingrid Betancourt

A lufada de vento arranca folhas

das plantas.

Page 3: Ingrid Betancourt

Entrego-me à causa que é esperança.

Page 4: Ingrid Betancourt

Uma saudade.

Funda, farta, forte, fértil.

Page 5: Ingrid Betancourt

Seis anos,Quatro meses,

Nove dias.

Page 6: Ingrid Betancourt

À noite segue o dia.

Não há tribulação sem consolação.

Page 7: Ingrid Betancourt

O reencontro.

Page 8: Ingrid Betancourt

O abraço e o riso,a comemoração.

Page 9: Ingrid Betancourt

Um toque, uma palavra,um olhar.

Page 10: Ingrid Betancourt

A mãe, e a filha.

Page 11: Ingrid Betancourt

O tão esperado beijo, após a mais longa e penosa espera.

Page 12: Ingrid Betancourt

“Esses filhos são minha luz, minha lua, minhas estrelas.”

Page 13: Ingrid Betancourt

“Por eles encontrei coragem para enfrentar a selva, para voltar a vê-los.”

Page 14: Ingrid Betancourt
Page 15: Ingrid Betancourt

As lágrimas.

Feitos de barro e sopro,

somos um feixe de surpreendentes

emoções.

Page 16: Ingrid Betancourt

O amor dos filhos.

E o amor dos pais.

Page 17: Ingrid Betancourt

Ingrid Betancourt nasceu no dia de Natal, em dezembro de 1961.

Como todos os pais, sua mãe e seu pai desejam à filha

recém-nascida todo o bem do mundo.

Page 18: Ingrid Betancourt

“Que encontre na felicidade uma constante companheira,

filha amada.

Saiba que se te machucares,

Nós também iremos

nos ferir...”

Page 19: Ingrid Betancourt

cabe aos pais conduzir os passos dos filhos pelo

melhor dos caminhos.

Diante do oceano de possibilidades da vida,

Page 20: Ingrid Betancourt

E Ingrid teve nos seus pais um vivo exemplo

de generosidade, de integridade,

e de amoroso serviço ao próximo necessitado.

Page 21: Ingrid Betancourt

A mãe de Ingrid, dona Yolanda Pulecio, sempre

esteve envolvida em causas sociais.

Ainda no ano de1958, criou o Albergue

Infantil de Bogotá, instituição destinada a

acolher menores carentes em situação de risco social.

Page 22: Ingrid Betancourt

Yolanda Pulecio, em 1958.

Page 23: Ingrid Betancourt

Ao longo de mais de cinco décadas

de existência, aproximadamente

12.000 crianças encontraram abrigo

na instituição.

Page 24: Ingrid Betancourt

Hoje, ao caminhar pela capital colombiana, dona Yolanda não raramentese depara com algum

ex-aluno da instituição, já adulto, que a abraça e agradece todo o carinho

e cuidado recebidos, tratando-a carinhosamente

por “Máma Yolanda”.

Page 25: Ingrid Betancourt

E, no exemplo da sua querida mãe,

encontrou Ingrid a lição da importância

do cuidado e da compaixão.

Page 26: Ingrid Betancourt

O olhar da mãe e o olhar da filha.

Missão, dever, destino.

O que é que torna plena uma vida?

Page 27: Ingrid Betancourt

A Caridade, a Compaixão e a Justiça.

Os movimentos da alma.

A leveza proporcionada pela conscientização

do dever a ser cumprido,– a promoção da

dignidade humana.

Page 28: Ingrid Betancourt

“A vida, para ser bela, deve estar cercada

de verdade, de bondade, de liberdade.

Essas são as coisas pelas quais vale a pena morrer.”

Rubem Alves

Page 29: Ingrid Betancourt

O pai de Ingrid,Gabriel Betancourt, dedicou a sua vida a

outra causa igualmente nobre, – a promoção

da educação e da cultura.

Page 30: Ingrid Betancourt

Atuou, inicialmente, como ministro da Educação,

na Colômbia, sendo posteriormente

designado embaixador colombiano na Unesco,

o que motivou a mudança da família para a França,

quando Ingrid ainda era pequena.

Page 31: Ingrid Betancourt

A residência da família era um local de encontro

para renomados pensadores e artistas latino-americanos,

como Pablo Neruda, Fernando Botero e

Gabriel García Márquez.

Page 32: Ingrid Betancourt

Dentre as recordações de Ingrid desta época figuram as tardes que

ela, adolescente, passava lendo poesia ao lado de Pablo Neruda.

Page 33: Ingrid Betancourt

Certa vez, perguntaram ao poeta qual a coisa

mais importante do mundo, ao que

ele respondeu:

“Tratar de que o mundo seja digno para todas as vidas humanas, não só

para algumas.”

Page 34: Ingrid Betancourt

E Ingrid cresce ouvindo os conselhos de seu pai:

“Foi graças à Colômbia que você conheceu

a Europa, frequentou as melhores escolas e viveu

um esplendor cultural que colombiano algum

dificilmente conhecerá...”

Page 35: Ingrid Betancourt

“Todas essas possibilidades de que você se beneficia

fazem com que hoje você tenha uma dívida

com o país.

Não se esqueça disso.”

Page 36: Ingrid Betancourt

E com tais palavras em mente, Ingrid se forma

em Ciências Sociais, pelo Instituto de Estudos

Políticos de Paris.

Em 1983, casa-se com o diplomata francês

Fabrice Delloye, com quem tem dois filhos, Mélanie,

nascida em 1985, e Lorenzo, nascido em 1988.

Page 37: Ingrid Betancourt

Aos 29 anos de idade, depois de conhecer

as vantagens de uma vida confortável e privilegiada na capital francesa,

Ingrid Betancourt resolve fazer o inimaginável.

Page 38: Ingrid Betancourt

Lança-se de corpo e alma, disposta a contribuir

na plena medida de suas forças para o resgate

de seu país de origem, a Colômbia.

Page 39: Ingrid Betancourt

Um país mergulhado num cenário explosivo,

caracterizado pelopoder dos narcotraficantes, a corrupção de autoridades, e o terror dos paramilitares

de extrema direita.

Page 40: Ingrid Betancourt

Uma jovem mulher, com os seus sonhos e as suas esperanças.

O que seria de nós, se não sonhássemos?...

Page 41: Ingrid Betancourt

Em 1994, aos 33 anos, é eleita Deputada,

com a maior votação registrada no país.

Incansável militante, torna-se uma árdua

promotora da justiça social e da educação,

elegendo-se posteriormente Senadora, outra vez com amaior votação já registrada para o cargo no país.

Page 42: Ingrid Betancourt

Uma vez que a causa que abraça,

– o combate à corja de políticos corruptos e ao narcotráfico –,

defronta muitos interesses escusos,

não tarda até que comece a receber seguidas

ameaças de morte.

Page 43: Ingrid Betancourt

Tais ameaças, no entanto, apenas reforçam a sua

convicção da necessidade de seus esforços e da validade

da causa pela qual luta.

Ingrid mantém a sua agenda, sendo que a única mudança

na sua rotina é o colete à prova de balas, que passa

a usar constantemente.

Page 44: Ingrid Betancourt

Uma jovem mulher,com a sua fé

e a sua coragem.

Page 45: Ingrid Betancourt

Coragem significa arriscar o conhecido em nome

do desconhecido,

o familiar pelo não familiar,

o que é confortável pela peregrinação

desconfortável e árdua rumo a outro destino.

Page 46: Ingrid Betancourt

Não é possível saber se conseguiremos fazer a travessia ou não.

É uma aposta.

Mas apenas os que apostam sabem o que é a vida.

Page 47: Ingrid Betancourt

E em 2002, aos 40 anos de idade, Ingrid Betancourt

resolve se candidatar à presidência da Colômbia.

Page 48: Ingrid Betancourt

23 de fevereiro de 2002Foto tirada minutos antes de seu sequestro.

Page 49: Ingrid Betancourt

Em plena campanha presidencial, vestindo uma camiseta que leva o slogan da sua campanha – “Colombia Nueva”.

Page 50: Ingrid Betancourt

Durante o deslocamento para o vilarejo de San Vicente, a emboscada, o sequestro, a violência.

Page 51: Ingrid Betancourt

Ingrid é arrancada do veículo, e

levada prisioneira para o desconhecido.

Uma guerrilha tão sangrenta, quanto imprevisível.

O cruel cativeiro nas densas florestas

colombianas.

Page 52: Ingrid Betancourt

A fragilidade feminina diante do cruel

encarceramento.

A sua fragilidade, e a sua força...

Page 53: Ingrid Betancourt

Um cativeiro localizado em meio à densa vegetação, sob várias camadas de sombras

formadas pela copa das árvores,

tornando praticamente impossível a sua

localização por aeronaves que porventura

sobrevoassem a área.

Page 54: Ingrid Betancourt

Sombras sobre sombras,

fazendo com que por vezes os reféns fiquem vários dias sem ver a luz do sol.

Page 55: Ingrid Betancourt

E apenas um mês após osequestro, o pai de Ingrid, em meio

ao desespero, vem a falecerem decorrência de problemas

cardio-respiratórios.

Page 56: Ingrid Betancourt

A família lança um apelo humanitário, para que Ingrid seja liberta, de modo a poder

participar do enterro do pai.

O pedido é ignorado.

Page 57: Ingrid Betancourt

As durezas da rotina nos acampamentos, as longas marchas mata adentro,

todas as privações, humilhações, torturas.

Os constantes deslocamentos, visando dificultar possíveis operações de localização

e resgate.

Page 58: Ingrid Betancourt

Num vídeo gravado como prova de vida, Ingrid afirma:

“Estou bem, estou viva.

Só peço a Deus que me ajude a colocar um pé na frente do outro para poder

andar dia após dia.”

Page 59: Ingrid Betancourt

Numa entrevista concedida após a sua libertação, Ingrid recorda:

“Nós (os sequestrados) levávamos a dor

do mundo em todas as suas dimensões.

Em todas as suas expressões”.

Page 60: Ingrid Betancourt

“A floresta é um lugar hostil. Tudo dói nela.

A pele não é um espaço de proteção, mas de dor.

Comer dói, ir ao banheiro dói, tomar banho dói,

viver dói, respirar dói.

Não ver o céu dói.

Não ver as pessoas que a gente ama dói”.

Page 61: Ingrid Betancourt

“Os incessantes sons macabros dos animais,e, à noite, o som dos gemidos

dos companheiros que choravam dormindo e gritavam seus pesadelos”.

“Um deserto de afeição,

de solidariedade, de afeto.”

Page 62: Ingrid Betancourt

“Como reféns, passávamos por uma humilhação constante.

Éramos vítimas de total arbitrariedade.

Você passa a conhecer o pior que pode existir numa alma humana.”

Page 63: Ingrid Betancourt

“O que me permitiu passar portamanho sofrimento foi o sentimento

de que Deus estava ao nosso lado.

Não fosse por este sentimento, dificilmente

conseguiria suportar as penas impostas

no cativeiro.”

Page 64: Ingrid Betancourt

Desce a tarde.

No céu, luz sutilíssima, quase invisível, está

o primeiro sinal da lua.

Page 65: Ingrid Betancourt

E por cinco vezes, Ingrid tenta fugir

do cruel cativeiro.

Em uma das ocasiões, passa três dias perdida

na selva antes de ser recapturada.

Page 66: Ingrid Betancourt

Ela conta que durante os dias que passou

perdida na selva,

era motivo de alívio e tranquilidade sentir-se livre, a salvo dos olhares

vigilantes dos guardas, das armas e das correntes.

apesar de todos os riscos e das incertezas a que estava exposta,

Page 67: Ingrid Betancourt

Acrescenta que parte da noite buscava

uma clareira em meio à densa vegetação,

e ao se deitar contemplava, em liberdade, a lua e

as estrelas antes de dormir.

Page 68: Ingrid Betancourt

E, em meio ao desconhecido,não sabia para que lado ir,

se encontraria algo com que pudesse se alimentar, ou mesmo se sairia viva

daquela situação.

Sabia, porém, que estava livre, e isto lhe bastava.

Page 69: Ingrid Betancourt

“Durante os anos de cativeiro, descobri que a liberdade é tão vital

quanto o oxigênio.

Ingrid Betancourt

Ela é a principal chave para a dignidade humana.”

Page 70: Ingrid Betancourt

“Liberdade,essa palavra que o sonho

humano alimenta,

Cecília Meireles

que não há ninguém que explique

e ninguém que não entenda...”

Page 71: Ingrid Betancourt

O alvorecer de mais um dia, recebido na frágil liberdade que a fuga concedera.

Page 72: Ingrid Betancourt

O incessante caminhar, até o fim das forças ao cair da noite.

Page 73: Ingrid Betancourt

A serena beleza do horizonte

só encontra sentido quando se está livre.

O côncavo do céu, e a interrogação

das estrelas.

Page 74: Ingrid Betancourt

E após cada captura, o castigo redobrado.

A fragilidade de um corpo, diante das garras do agressor.

As correntes cada vez mais pesadas,as privações e humilhações

cada vez mais severas.

Page 75: Ingrid Betancourt

Não raro, os carcereiros executam os fugitivos que são recapturados, de modo a servir

de lição, e desencorajar os demais reféns.

Ingrid Betancourt, no entanto, é considerada uma moeda de troca de

alto valor, o que faz com que sua vida seja poupada.

Page 76: Ingrid Betancourt

Embora lhe poupem a vida, não lhe

aliviam os castigos,

cada vez mais severos após cada tentativa de fuga.

Page 77: Ingrid Betancourt

Numa ocasião, ela é acorrentada pelo pescoço a uma árvore.

Por três dias é forçada a permanecer em pé,

sob o jugo do cruel castigo,até que resolvam lhe

abrandar a pena.

Page 78: Ingrid Betancourt

Em outra ocasião, Ingrid tem as

botas confiscadas.

Page 79: Ingrid Betancourt

Outra punição para os fugitivos capturados é atormentá-los durante o sono com tarântulas

e cobras.

Lembrando-lhes que a selva que os cerca está infestada

destes e outros perigos.

Page 80: Ingrid Betancourt

A fragilidade de uma mulher

e a sua fortaleza.

A sua fé, e o seu calvário...

Page 81: Ingrid Betancourt

Certa vez, determinaram que Ingrid deveria reparar e costurar os uniformes

gastos e rasgados.

Além da pilha de uniformes velhos, entregaram-lhe também

material de costura.

Page 82: Ingrid Betancourt

Foi nessa ocasião que ela confeccionou,

com linhas, botões e alguns gravetos,

o rosário que viria a acompanhá-la durante

as duras penas do cativeiro.

Page 83: Ingrid Betancourt

Um símbolo de fé.

Um símbolo de resistência.

Page 84: Ingrid Betancourt

Um símbolo de fé.

Um símbolo de resistência.

Page 85: Ingrid Betancourt

“Na selva eu perdi a infância de meus filhos...

e ganhei Deus, ganhei humildade

e muito amor pelo mundo.”

Page 86: Ingrid Betancourt

Tribulações podem ser joias para

a alma,uma ocasião para

a elevação do espírito.

Page 87: Ingrid Betancourt

Quantas lágrimas não regaram o solo do cativeiro em meio à selva fechada?

Page 88: Ingrid Betancourt

A ilimitada resignação necessária quando a fé é testada até o extremo.

Page 89: Ingrid Betancourt

Na nossa caminhada pela vida terrena, há momentos em que somos obrigados a peregrinar por terras candentes e áridas.

Page 90: Ingrid Betancourt

Há momentos em que constatamos que, salvo a nossa fé e a nossa esperança,

tudo mais nos foi roubado, tudo mais perdemos.

Page 91: Ingrid Betancourt

E é neste instante que descobrimos que tudo ainda possuímos...

Page 92: Ingrid Betancourt

Salvo a Fé, o Amor e a Esperança,tudo mais perece.

Page 93: Ingrid Betancourt

São os sonhos dos homens que sustentam o mundo em sua órbita.

Page 94: Ingrid Betancourt

Que seria de nós, se não sonhássemos?...

Page 95: Ingrid Betancourt

Um antigo ditado ensina:

“Quanto mais intenso o inverno,

mais bela aprimavera floresce ...”

Page 96: Ingrid Betancourt

Um antigo ditado ensina:

“Quanto mais intenso o inverno,

mais bela aprimavera floresce ...”

Page 97: Ingrid Betancourt

02 de julho, 2008.O milagre do resgate.

Page 98: Ingrid Betancourt

02 de julho, 2008.O milagre do resgate.

Page 99: Ingrid Betancourt

O tão aguardado abraço.

Page 100: Ingrid Betancourt

Quem algum dia sondará o que se passou no coração desta mãe, e no coração da sua filha?...

Page 101: Ingrid Betancourt
Page 102: Ingrid Betancourt

Feitos de barro e sopro,

somos um feixe de surpreendentes

emoções.

Page 103: Ingrid Betancourt

Não há tribulação sem consolação,

já diziam os povos antigos.

Page 104: Ingrid Betancourt

A supressão do tempo na dilatação

amorosa do espírito.

Há momentos em que o Amor

derrama-se abundante,

gratuito, fundo e forte.

Page 105: Ingrid Betancourt

E nos dias de cativeiro,a constante

lembrança dos filhos

– Mélanie e Lorenzo,

de quem fora apartada ainda

pequenos.

Page 106: Ingrid Betancourt

Mélanie contava, então, com dezesseis

anos de idade, e Lorenzo, com

apenas treze.

Page 107: Ingrid Betancourt

O tempo que corre sem cessar.

E que transforma crianças

e adolescentes em jovens adultos.

Page 108: Ingrid Betancourt

Lacunas a serem preenchidas.

Page 109: Ingrid Betancourt

Lembranças e histórias a serem compartilhadas...

Page 110: Ingrid Betancourt

Diante da pergunta se o dia mais feliz

da sua vida foi o dia da sua libertação,

Ingrid, sem hesitar por um segundo,

responde...

Page 111: Ingrid Betancourt

...que não,

acrescentando que os dias mais felizes da sua vida foram as datas em que seus filhos tão

amados nasceram.

Page 112: Ingrid Betancourt

E ao ser questionada sobre a carreira

política interrompida,

ela responde que a sua experiência político-partidária

a fez perder as esperanças de que as mudanças necessárias

possam advir da arena política.

Page 113: Ingrid Betancourt

Acrescenta que abandona

a política partidária,

mas não a Política.

A Política com “p” maiúsculo, que move, que mobiliza,

que impulsiona rumo ao Amor,

à Justiça, e à Solidariedade.

Page 114: Ingrid Betancourt

A Política do Amor.

A Políticada Compaixão.

A Políticada Fraternidade.

Page 115: Ingrid Betancourt

E apenas poucas semanas após a sua libertação, Ingrid inicia uma série de visitas a presidentes e autoridades,

com o intuito de agradecer o apoio que resultou na

sua soltura,...

Page 116: Ingrid Betancourt

...e, principalmente, de mobilizar as lideranças para a urgente necessidade de se buscar saídas

para o impasse dos tantos que aindase encontram sequestrados e

mantidos cativos nas selvas colombianas.

Page 117: Ingrid Betancourt

A incansável caminhada – agendas, encontros, reuniões.

A utopia de um outro

mundo possível.

Page 118: Ingrid Betancourt

Brasil

Page 119: Ingrid Betancourt

Chile

Bolívia

Page 120: Ingrid Betancourt

Equador

Venezuela

Page 121: Ingrid Betancourt

Espanha

México

Page 122: Ingrid Betancourt

Argentina

Page 123: Ingrid Betancourt

Peru

Colômbia

Page 124: Ingrid Betancourt

França

Page 125: Ingrid Betancourt

Título de “Cidadã de Honra”, conferido pela Prefeitura de Paris.

Page 126: Ingrid Betancourt

“Ontem chorava lágrimas de tristeza,hoje, lágrimas de alegria...”

Page 127: Ingrid Betancourt

Na Sede da Organização das Nações Unidas (ONU)

Nova York, EUA

Page 128: Ingrid Betancourt

Troféu “Pellegrino di Pace” (“Peregrino da Paz”)

Roma, Itália

Page 129: Ingrid Betancourt

Na cerimônia de encerramento da conferência “A Civilização da Paz: Diálogo entre Culturas e Religiões”, Ingrid dirigiu-se aos participantes:

Page 130: Ingrid Betancourt

“É preciso acreditar num mundo melhor, que o bem sempre vence o mal, e que nos próximos dias

haveremos de testemunhar o início do tempo do espírito, tão esperado por nós.”

Page 131: Ingrid Betancourt

“Os valores da nossa civilização devem mudar, com a sede de poder e a ganância dando lugar

ao serviço e à doação.”

Page 132: Ingrid Betancourt

“A verdadeira mudança deve começar em cada um de nós. É a partir do somatório

das mudanças individuais que poderemos construir um mundo melhor.”

Page 133: Ingrid Betancourt

“Nós somos os construtores de um tempo novo, aqueles que inauguram um tempo novo do espírito,

um tempo oportuno para que os sonhos se tornem realidade.”

Page 134: Ingrid Betancourt

“Com a fé tudo é possível.”

Page 135: Ingrid Betancourt

Evento promovido pela comissão

organizadora do Prêmio Nobel da Paz.

Page 136: Ingrid Betancourt

Ao lado de Bono Vox, ativista com trabalhos

humanitários na África.

Page 137: Ingrid Betancourt

O emocionante reencontro com o policial colombiano Pinchao, ex-companheiro de cativeiro.

Page 138: Ingrid Betancourt

Depois de oito anos no cativeiro, Pinchao conseguiu fugir, em 2007, do acampamento onde era mantido refém,

deixando-se levar, durante uma tempestade, para a liberdade pela correnteza de um rio,

seguido de dezoito dias de caminhada pela selva.

Page 139: Ingrid Betancourt

Recordando os tempos difíceis de cativeiro, e o apoio recebido em tais horas, ele afirma:

“Ingrid foi minha luz, meu caminho, meu guia nos momentos em que estava na escuridão”.

Page 140: Ingrid Betancourt

Prêmio “Mulher do Ano 2008”

Viena, Áustria

Page 141: Ingrid Betancourt

Encontro “Como construir um mundo melhor”

Page 142: Ingrid Betancourt

Ao lado de Luis Eladio Pérez, ex-congressista colombiano, que aborda em seu livro, intitulado

“Inferno Verde”, os sete anos em que permaneceu confinado no cárcere das Farc.

Page 143: Ingrid Betancourt

Durante o lançamento do livro de seu ex-colega de cativeiro,

Ingrid, com a voz embargada e chorando em alguns momentos, lembrou os reféns que

ainda permanecem cativos na selva,

à espera de resgate:

Page 144: Ingrid Betancourt

“Sou muito feliz...

mas meu coração ainda está preso nas árvores da

floresta...”

Page 145: Ingrid Betancourt
Page 146: Ingrid Betancourt

A importância dos vínculos afetivos.

Page 147: Ingrid Betancourt

“Minha terapia é o amor de minha família, com eles eu volto a ser feliz”,...

Page 148: Ingrid Betancourt

...afirma Ingrid, cercada dos filhos, da mãe, da irmã, Astrid, e do sobrinho.

Page 149: Ingrid Betancourt

Uma família feliz nada mais é que o paraíso antecipado.

Page 150: Ingrid Betancourt

Entrega do Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia 2008.

Cidade de Oviedo,Espanha.

Page 151: Ingrid Betancourt

Um reconhecimento “da dignidade e da coragem” de Ingrid diante do cativeiro.

Page 152: Ingrid Betancourt

Segundo o júri, ela personifica todos aqueles no mundo que estão privados

de liberdadedevido à “defesa

dos direitos humanos e luta contra a violência,

a corrupção e o narcotráfico”.

Page 153: Ingrid Betancourt

Ingrid, após afirmar que não merece “semelhante distinção”, aceita receber o prêmio,

com “imensa emoção, muito respeito e humildade” em nome de seus antigos colegas de cativeiro,

vivos e mortos.

Page 154: Ingrid Betancourt

Dedica o prêmio à sua “amada Pátria, a Colômbia, sedenta de concórdia e paz”.

E, agradecendo a Deus, pede para que Ele a guie para “poder responder com altura e sabedoria às oportunidades

que se abrem para servir aos que sofrem, e ser a voz dos que não podem se expressar”.

Page 155: Ingrid Betancourt

“Atrevo-me a receber o prêmio em nome de meus companheiros sequestrados,

aqueles que estão esperando sua vez para a liberdade, e, com muito amor, em nome dos meus companheiros

que não voltarão, aqueles que morreram na selva”.

Page 156: Ingrid Betancourt
Page 157: Ingrid Betancourt

Cerimônia de entrega da medalha da

“Legião da Honra”, a mais alta condecoração

da França.

Page 158: Ingrid Betancourt

O mundo, e as voltas que ele dá.

Page 159: Ingrid Betancourt
Page 160: Ingrid Betancourt

A fragilidade e a força, a fé e a coragem de uma mulher.

A fragilidade e a força, a fé e a coragem

de todas as mulheres.

Page 161: Ingrid Betancourt

A fragilidade e a força, a fé e a coragem de uma mulher.

A fragilidade e a força, a fé e a coragem

de todas as mulheres.

Tema musical: La Vie Continue (Andre Rieu)

Formatação: [email protected]

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