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Ingá mirim - inga marginata Nomes populares Ingá-mirim, angá, ingá, ingá-amendoin, ingá-dedo, ingá-feijão, ingá-miúdo Nome científico Inga marginata Willd. Basionônio Sinônimos Feuilleea marginata (Willd.) Kuntze Inga excelsa Poepp. Inga guayaquilensis G. Don Inga leptostachya Benth. Inga microcoma Harms Inga odorata G. Don Inga puberula Benth. Inga pycnostachya Benth. Inga sapida Kunth Inga semialata (Vell.) Mart. Inga tysonii T. s. Elias Mimosa semialata Vell. Família Fabaceae Tipo Nativa, não endêmica do Brasil.

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Nomes Populares – Nome Científico – Basionômio – Sinônimos – Família – Tipo – Descrição – Característica – Floração/Frutificação – Dispersão – Hábitat – Distribuição Geográfica – Etimologia – Propriedades – Fitoquímica – Fitoterapia – Fitoeconomia – Injúria – Comentários – Bibliografia – Fotos da Espécie

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Page 1: Ingá Mirim - inga marginata - Ervas e Frutas Comestíveis do Bioma Mata Atlântica – Ficha Completa Ilustrada

Ingá mirim - inga marginata

Nomes populares

Ingá-mirim, angá, ingá, ingá-amendoin, ingá-dedo, ingá-feijão, ingá-miúdo, ingaí, ingazeiro

Nome científico

Inga marginata Willd.

Basionônio

Sinônimos

Feuilleea marginata (Willd.) Kuntze

Inga excelsa Poepp.

Inga guayaquilensis G. Don

Inga leptostachya Benth.

Inga microcoma Harms

Inga odorata G. Don

Inga puberula Benth.

Inga pycnostachya Benth.

Inga sapida Kunth

Inga semialata (Vell.) Mart.

Inga tysonii T. s. Elias

Mimosa semialata Vell.

Família

Fabaceae

Tipo

Nativa, não endêmica do Brasil.

Descrição

Árvores 3 – 12 m alt., ramos cilíndricos a levemente angulosos, glabros ou glabrescentes quando jovens, tornando-se glabros quando maduros, densa ou esparsamente lenticelados, lenticelas pouco proeminentes esbranquiçadas, às vezes verrucosas; estípulas pubescentes a glabras, lanceoladas ou oblongas, 6 – 15 X 1,2 – 2,5 mm, estriadas longitudinalmente, caducas. Folhas pecioladas, pecíolos 1 – 2,3 cm compr., cilíndricos ou com alas vestigiais, glabros; raques foliares aladas, 2,3 – 11 cm compr., glabras, alas terminais 2 – 7mm larg., cuneadas; folíolos 2 –3 pares, elíptico-lanceolados a elípticos, raramente lanceolados, folíolos apicais 7 –

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15,5 X 1,7 – 6 cm, raramente maiores, basais 3,5 – 10 X 1,0 – 3,2 cm, ápices acuminados ou acuminado-apiculados; superfícies foliolares glabras; apêndice terminal folioso, setoso, ca. 5 mm compr., caduco, ausente na maioria dos exemplares; nectários foliares sésseis, cilíndricos, 1 – 2 mm diâm. Inflorescências espiciformes cilíndricas, sem adensamento, axilares, 1 – 4 por axila; pedúnculos pubescentes a glabros, 0,8 – 2,5 cm compr., raramente maiores; raques florais 5 – 11 cm compr., brácteas diminutas, apiculadas, 0,5 – 1,5 mm compr., glabras, caducas. Flores sésseis ou curto-pediceladas, pedicelos até 0,5 mm compr., ca. 40 31 – 100 por inflorescência; cálices campanulados, sépalas 5, de 1 – 2,2 mm compr., glabros ou pubescentes, lacínios irregulares, triangulares ou denticulados; corolas infundibuliformes, pétalas 5, de 3 – 6 mm compr., glabras, lacínios triangulares, regulares ou irregulares; estames ca. 30 – 40, brancos, 10 – 16 mm compr., tubo estaminal exserto na mesma proporção em relação à corola; gineceu 1 – carpelar, ovários sésseis; estiletes pareados ou curto exsertos em relação aos estames, glabros; estigmas funiliformes. Frutos sésseis, coriáceos, glabros, verde-amarelados quando maduros, lineares, secção transversal elíptica, 7 – 15 X 0,9 – 1,2 X 0,8 – 1 cm, margens estreitas levemente constritas entre as sementes, faces amplas, constritas entre as sementes; sementes verdes, quase circulares; sarcotesta adocicada comestível (POSSETTE, 2008, p. 30).

Característica

Floração / frutificação

Floresce e frutifica quase o ano todo.

Dispersão

Zoocórica

Hábitat

No Brasil pode ser encontrada na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual, geralmente em matas úmidas e várzeas.

Distribuição geográfica

É uma das espécies mais comuns e amplamente distribuídas do gênero. Está presente no sul do México e em quase toda a América do Sul, nos Andes, Bolívia, norte da Argentina, Paraguai e Brasil.

Norte (Amapá, Pará, Amazonas, Acre), Nordeste (Ceará, Bahia), Centro-Oeste (Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Catarina, Rio Grande do Sul) (GARCIA, 2010).

Etimologia

Propriedades

Fitoquímica

As saponinas presentes na planta possuem aplicações na bioquímica como antibacteriana e fungicida.

Fitoterapia

Na medicina popular possui aplicações no tratamento de úlceras vaginais. O decocto da casca é adstringente e hemostático.

Fitoeconomia

Árvore com uso potencial para fins ornamentais na arborização urbana de parques. Planta apícola, produtora abundante de néctar e pólen. Se utilizada como forragem, apresenta bom teor de proteína bruta e tanino. A polpa dos frutos (sarcotesta) é comestível e de sabor agradável, apesar da pequena dimensão dos frutos, produz abundantemente, e o arilo solta-se facilmente das sementes, facilitando o consumo. Muito importante como espécie para recuperação de áreas degradadas, não só pelo alimento para a fauna que fornece, mas também por auxiliar na fertilização do solo e contribuir na recuperação de solos pobres ou esgotados pelo cultivo. Antigamente a madeira era utilizada para obras internas, caixotaria, carpintaria, lenha e carvão. A casca contém de 10 a 20 % de tanino, produto utilizado para curtir couro.

Injúria

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Comentários

Para sua germinação, não é necessária a quebra de dormência das sementes.

Bibliografia

Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -

Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <

FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.

GARCIA, F.C.P., Fernandes, J.M. 2010. Inga in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (

HOEHNE, F. C. Frutas Indígenas. Instituto de Botânica; Publicação da série “D”; Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio. São Paulo, SP, 1946. 96 p. il. Disponível em: <http://www.4shared.com/file/92677564/77782eb7/Frutas_Indgenas_-_1946_-_F_C_H.html>.

KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.

LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf

MARQUES, T. P. Subsídios à Recuperação de Formações Florestais Ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a Partir do Uso Espécies Fontes de Produtos Florestais Não-madeiráveisUniversidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 244p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14027/1/disserta%C3%A7%C3%A3o%20Themis%20Piazzetta%20Marques%20PDF.pdf

MORIM, M. P.; BARROSO, G. M. Leguminosae Arbustivas e Arbóreas da Floresta Atlântica do Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil: Subfamílias Caesalpinioideae e Mimosoideae423-468. 2007.  Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig58_2/52-06.pdf>.

PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.

POSSETTE, R. F. S. O Gênero Inga Miller (Leguminosae – Mimosoideae) no Estado do Paraná, Brasil. <http://www.botanica.org.br/acta/ojs/index.php/acta/article/view/579/313>.

PRUDENCIO, M; CAPORAL, D.; FREITAS, L. A. Espécies Arbóreas Nativas da Mata Atlântica: Produção e Manejo de Sementes<http://www.microbacias.sc.gov.br/abrirConsultaGeral.do>.

STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <

ZUCHIWSCHI, E. Florestas Nativas na Agricultura Familiar de Anchieta, Oeste de Santa Catarina: Conhecimentos, Usos e Importância193p. il. Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/tedesimplificado/tde_arquivos/44/TDE-2008-06-17T142512Z-287/Publico/dissertacao_Elaine.pdf

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