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1 Infraestrutura Portuária no Brasil 1ª versão – Novembro 2010

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Infraestrutura Portuária no Brasil

1ª versão – Novembro 2010

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Sumário 1. Sumário Executivo ............................................................................................................. 4

2. ABREMAR – Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos.................................................. 5

3. Cruzeiros Marítimos no Brasil ............................................................................................ 7

4. Portos .............................................................................................................................. 10

4.1. Angra dos Reis ................................................................................................... 11

4.2. Búzios ................................................................................................................ 15

4.3. Cabedelo ............................................................................................................ 19

4.4. Cabo Frio ........................................................................................................... 23

4.5. Fernando de Noronha ........................................................................................ 26

4.6. Florianópolis ...................................................................................................... 28

4.7. Fortaleza ............................................................................................................ 31

4.8. Ilhabela .............................................................................................................. 35

4.9. Ilha Grande ........................................................................................................ 38

4.10. Ilhéus ............................................................................................................... 41

4.11. Imbituba .......................................................................................................... 44

4.12. Itajaí ................................................................................................................ 46

4.13. Maceió ............................................................................................................. 49

4.14. Natal ................................................................................................................ 53

4.15. Porto Alegre ..................................................................................................... 56

4.16. Porto Belo ........................................................................................................ 59

4.17. Recife ............................................................................................................... 62

4.18. Rio de Janeiro .................................................................................................. 68

4.19. Salvador ........................................................................................................... 71

4.20. Santos .............................................................................................................. 77

4.21. São Francisco do Sul ......................................................................................... 83

4.22. Ubatuba ........................................................................................................... 87

4.23. Vitória .............................................................................................................. 91

3

5. Taxas Operacionais .......................................................................................................... 93

5.1 Taxa Portuária (Head Tax) ................................................................................... 93

5.2 Praticagem ......................................................................................................... 96

5.3 Outros ............................................................................................................... 100

6. Considerações Finais ...................................................................................................... 103

7. Fontes ............................................................................................................................ 104

8. Glossário ........................................................................................................................ 105

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1. Sumário Executivo Este estudo é uma contribuição da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) para o aprimoramento da infraestrutura portuária no país. Produzido pelo Grupo de Estudos Técnicos de Infraestrutura da Abremar, traça um panorama das condições atuais dos portos brasileiros e das necessidades de cada um. A base deste trabalho, cuja elaboração começou no ano de 2009, está assentada nas verificações que especialistas do Grupo de Estudos Técnicos fizeram nos portos aqui descritos. As etapas incluíram o conhecimento do local, o levantamento das necessidades de cada porto para o desenvolvimento do turismo marítimo no Brasil e a sugestão de soluções. O mapeamento efetuado e documentado com fotografias permitiu a este trabalho trazer especificações técnicas importantes, entre elas estrutura receptiva, terminais, calado do píer, bacia de evolução e área de fundeio. Acreditamos que este material poderá ser um valioso auxiliar no possível planejamento dos investimentos para a melhoria dos portos brasileiros. Ricardo Amaral Presidente da Abremar 2010

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2. ABREMAR – Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos I - DIRETORIA E CONSELHO Presidente: Ricardo Amaral Vice-Presidente: Renê Hermann Vice-Presidente: Adrian Ursilli Vice-Presidente Executivo: André Pousada Diretor Internacional: Ilya Hirsch Assessor Jurídico: Joandre Ferraz Diretor de Relações Institucionais: Flávio Peruzzi Assessor de Comunicação: Gaudêncio Torquato II – GRUPOS DE ESTUDOS TÉCNICOS

1. Assuntos Governamentais & Relações Públicas

Coordenador: Ricardo Amaral Ricardo Amaral Abremar Gaudêncio Torquato GT Marketing e Comunicação Flavio Peruzzi Abremar

2. Infraestrutura e Operações

Coordenadora: Márcia Leite Márcia Leite MSC Cruzeiros Antônio Duarte MSC Cruzeiros Emilie Jahiel MSC Cruzeiros Marco Cardoso MCS Cruzeiros Diego Dantas Royal Caribbean Brasil Leticia Santos Royal Caribbean Brasil Ricardo Simões Costa e Ibero Cruzeiros

3. Assuntos Jurídicos e Tributários

Coordenador: Marcio Contini Marcio Contini Costa e Ibero Cruzeiros Fabio Trigo MSC Cruzeiros Marcos Dias Royal Caribbean Cruzeiros Joandre Ferraz Ferraz Advogados

4. Grupo de Capacitação e Pesquisa

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Coordenadora: Telma Brito Ilya Michael Hirsch Qualitours Estela Farina Firstar Telma Brito Navigare Fernanda Dominicis Royal Caribbean Claudia Del Valle Costa Edi Guerreiro MSC

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3. Cruzeiros Marítimos no Brasil O mercado brasileiro apresentou, em 2009/2010, crescimento de 38% em número de cruzeiristas em relação à temporada anterior e de mais de 2000% ao longo de 10 anos.

27,060 45,100 46,260 32,382

117,676175,990

276,374 290,868

521,983

720,621

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100,000

200,000

300,000

400,000

500,000

600,000

700,000

800,000

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

Número de cruzeiristas

O número de cruzeiros também aumentou: 62% na temporada 2009/2010 e 825% nos últimos 10 anos.

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11080 91 94

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2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

Número de cruzeiros

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A quantidade de navios teve uma média de crescimento anual de 38%.

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Navios

A expectativa para a temporada de 2010/2011 é de uma oferta de 884.937 leitos, distribuídos em 20 navios, 414* cruzeiros e fazendo escalas em 21 portos brasileiros.

ARMADORAS

NAVIOS TONELAGE

M (GRT) COMPRIMENT

O LEITOS

CRUZEIROS

TOTAL DE LEITOS NA

TEMPORADA

MSC ARMONIA 58,625 251,25 m 2,087 40 83,480

MSC LIRICA 59,058 251,25 m 2,069 17 35,173

MSC MUSICA 92,409 293,8 m 3,013 26 78,338

MSC OPERA 59,058 251,25 m 2,055 21 43,155

MSC CRUZEIROS

MSC ORCHESTRA 92,409 293,8 m 3,013 26 78,338

TOTAL 12,237 130 318,484

CVC BLEU DE FRANCE 37,301 200 m 700 45 31,500

CVC HORIZON 46,811 208 m 1,770 17 30,090

CVC IMPERATRIZ 48,563 208 m 1,850 17 31,450

CVC SOBERANO 73,192 268 m 2,684 15 40,260

CVC

CVC ZENITH 47,255 207 m 1,770 28 49,560

TOTAL 8,774 122 182,860

COSTA FORTUNA 102,587 272,2 m 3,470 15 52,050

COSTA SERENA 114,500 290 m 3,780 17 64,260 COSTA

CRUZEIROS COSTA VICTORIA 75,166 252,9 m 2,394 9 21,546

TOTAL 9,644 41 137,856

SPLENDOUR OF THE SEAS 70,000 264 m 2,076 21 43,596

VISION OF THE SEAS 78,000 278,8 m 2,435 22 53,570

ROYAL CARIBBEAN

MARINER OF THE 138,000 311 m 3,835 7 26,845

9

SEAS

TOTAL 8,346 50 124,011

GRAND CELEBRATION 47,626 224 m 1,896 16 30,336

GRAND HOLIDAY 46,052 222 m 1,848 17 31,416 IBERO

CRUZEIROS GRAND MISTRAL 48,200 216 m 1,700 29 49,300

TOTAL 5,444 62 111,052

AIDA AIDACARA 38,557 193,3 m 1,186 9 10,674

TOTAL 1,186 9 10,674

45631 414 884,937

* Foram considerados cruzeiros que tenham embarque ou desembarque em portos brasileiros. Não foram considerados os navios em trânsito.

Os principais portos a serem visitados são:

PORTOS NAVIOS ESCALAS TOTAL DE

PASSAGEIROS (projeção)

SANTOS * 17 311 694,711

RIO DE JANEIRO * 19 235 566,903

BUZIOS 18 199 417,987

ILHABELA 17 126 301,900

SALVADOR * 17 105 278,691

MACEIO * 7 63 123,658

ILHEUS 9 41 121,310

PRAIA PARTICULAR (CVC) 5 58 102,317

RECIFE * 13 52 93,320

UBATUBA 4 29 72,497

ILHA GRANDE 11 29 67,937

ANGRA DOS REIS 5 36 67,640

PORTO BELO 7 25 67,608

SÃO FRANCISCO DO SUL 5 34 63,031

VITORIA 5 34 62,459

ITAJAI 4 33 56,916

CABO FRIO 5 17 28,818

NATAL 1 29 28,681

FERNANDO DE NORONHA 1 25 24,725

FORTALEZA * 4 8 15,846

RIO GRANDE 1 1 2,736

PARATY 1 1 2,736

CABEDELO (JOÃO PESSOA) 1 1 989

*Portos de escala de cruzeiros transatlânticos. Os portos em negrito não são alfandegados.

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4. Portos

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4.1. Angra dos Reis

Infraestrutura Pier Santa Luzia – Balcão de informações turísticas e banheiros Pier Pirata’s Mall (privativo) – Em frente ao shopping Porto Angra dos Reis – não possui terminal de passageiros

Pier Porto Angra dos Reis – 10 metros de profundidade e 400 metros de comprimento – 2 berços de atracação

Canal de Acesso Porto Angra dos Reis – 14 metros de profundidade Possui duas barras de entrada: uma a leste e outra a oeste da Ilha Grande, com larguras de 12 km e 17 km, respectivamente. A primeira tem profundidade de 25 metros e a segunda, de 35 metros. Do mesmo modo existem dois canais de acesso, um denominado do Sul e outro do Norte, com as seguintes características: Canal do Sul, com comprimento de 8 km, largura de 1,6 km e profundidade de 14 metros; e Canal do Norte, com 11 km de comprimento, largura de 1,5 km e a mesma profundidade de 14 metros.

Bacia de Evolução Porto Angra dos Reis – 10 metros de profundidade e 320 metros de largura

Amplitude de maré Até 1,1 metro

Pier Santa Luzia

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Pier do Pirata’s Mall (privativo)

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Porto de Angra dos Reis

Diagnóstico Apesar do forte apelo turístico que faz ser tão conhecida a região de Angra dos Reis, o potencial e os produtos turísticos são exclusivamente marítimos, sendo necessária a utilização de embarcação para se chegar aos destinos das excursões, praias ou mesmo Ilha Grande. O passeio mais atrativo seria de escuna para 2 ou 3 destinos, alcançando no máximo 300/400 lugares. Com uma escala de um navio de médio porte de 2000 passageiros, haveria uma lacuna para 1600 passageiros que não teriam opções ao desembarcar. Para o cruzeirista desembarcar no porto de Angra dos Reis, no pier de Santa Luzia e mesmo no Shopping Pirata, as opções de lazer são limitadas, apesar da ampla disponibilidade de taxis, vans e ônibus. O Porto de Angra dos Reis é o porto base do local, não utilizado para navios de passageiros por só ter 2 berços para terminais privados alfandegados. Conforme a Portaria-MT nº 1.037, de 20/12/93 (D.O.U. de 22/12/93), a área do porto organizado de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, é constituída: a) pelas instalações portuárias terrestres existentes na cidade de Angra dos Reis, na Baía da Ilha Grande, localizadas entre a extremidade norte da enseada de São Bento e a extremidade sul da enseada de Santa Luzia, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviária e ferroviária, bem como os terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de Angra dos Reis ou sob sua guarda e responsabilidade; b) pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" acima, existentes ou que

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venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público. Em suma, há dois locais na região específicos: o porto em si, alfandegado, com berços para navios de carga e que no momento não atende ao mercado de cruzeiros marítimos pelos motivos já expostos, e o outro local somente para fundeio, com estrutura de terra, e dois píeres (Piratas e Santa Luzia) que não são alfandegados obviamente por não serem portos. Recomendações para melhorias Para o desenvolvimento da cidade de Angra dos Reis como destino viável de navios de cruzeiros é necessária a criação de uma estrutura de receptivo com produtos formatados para se oferecer, além de passeios de escuna (capacidade pequena), alternativas de praias e pontos turísticos aos cruzeiristas.

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4.2. Búzios

Infraestrutura Toldos Defensas móveis (de pneu)

Pier Pier Porto Veleiro (privativo) – de madeira, 3 posições para tenders Pier Municipal – de concreto, 1 metro de profundidade (maré baixa), 20 metros de extensão e 5 metros de largura – 2 posições para tenders

Canal de Acesso ao Pier

9 metros de profundidade

Área de fundeio 18 a 20 metros de profundidade, 4 pontos de fundeio recentemente homologados

Amplitude de maré 1 metro em média

Pier Municipal

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Pier Porto Veleiro (privativo)

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Projeto – Pier Porto Veleiro

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Diagnóstico Búzios tem grande atração turística e é um dos destinos no Brasil com maior número de escalas de navios de cruzeiro. Tem forte apelo como destino e é local estratégico na elaboração de itinerários por parte das armadoras. Recomendações para melhorias O Porto Veleiros está em reforma, mas precisa melhorar a estrutura urgentemente para aumentar a recepção de tenders devido às coincidências dos navios, que são frequentes. O Pier Central fica mais próximo da Rua das Pedras e é administrado pela Prefeitura. Mas também recebe escunas e lanchas de turismo e tem tráfego intenso. Portanto, é necessária maior organização oficial do Píer Central para formalizar os espaços exclusivos aos tenders para que não haja conflitos com os barcos locais, fazer uma reforma e também oferecer segurança na entrada do pier. É necessário manter os 3 pontos de fundeio (A, B e C). Importante manter e organizar os 2 píeres (Porto Veleiro e Pier Central) devido às coincidências dos navios.

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4.3. Cabedelo

Infraestrutura Cia. Docas da Paraíba Não possui terminal de passageiros 1 edificação cedida para ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Polícia Federal, Ministério da Agricultura e arquivo 2 edificações cedidas ao órgão gestor da mão de obra do porto 2 subestações elétricas 1 prédio administrativo Abastecimento de água Defensas fixas

Píer 7 a 11 metros de profundidade DHN; cais acostável público, com 602 metros de comprimento, dividido em 4 berços de atracação

Canal de Acesso permite navios de até 9,14 metros de calado, 6 km de extensão e 150 metros de largura

Bacia de Evolução mesma profundidade do canal de acesso, 700 metros de extensão e 300 metros de largura

Amplitude de maré Até 2,7 metros

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Diagnóstico É um dos destinos com maiores possibilidades de desenvolvimento do turismo de cruzeiros marítimos. Oferece um porto e dois destinos, sendo talvez o único disponível com esta combinação na América do Sul. A qualidade dos produtos turísticos, belezas naturais e culturais, tanto de Cabedelo como de João Pessoa, são impressionantes. Basta mencionar que trata-se de um porto que tem como vizinho um forte holandês do século 16, localizado no marco zero da Transamazônica, e com atrações turísticas únicas, tais como o pôr do sol do Jacaré e as praias mundialmente famosas. Um dos grandes desafios do Porto de Cabedelo é a alta variação de maré, que cria uma dificuldade de escalas com horários programados e limitação de calado, problema este localizado em um trecho relativamente pequeno para uma futura dragagem. Cabedelo seria, também, uma grande alternativa como porto de entrada no Brasil para os cruzeiros de transatlântico provenientes da Europa e/ou Estados Unidos, devido à enorme possibilidade de oferta turística para passageiros estrangeiros. Serviria, inclusive, como alternativa ao porto do Recife, normalmente utilizado como porto de entrada e que sofre de certo congestionamento no caso dos cruzeiros transatlânticos por acontecerem praticamente na mesma época. No momento, o porto não possui infraestrutura para embarque/desembarque e tem apenas um berço para a atracação de navio de passageiros, porém possui certificado ISPS code.

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Recomendações para melhorias Necessita de um trabalho de dragagem e melhorias no terminal (galpão) utilizado pelos passageiros, de forma a oferecer infraestrutura para embarque e desembarque. Uma capacitação do receptivo condizente com a variedade de belezas naturais que a cidade oferece também seria importante.

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4.4. Cabo Frio

Infraestrutura Terminal Cabo Frio Banheiros com acessibilidade Restaurante e lanchonete Salas para Receita, Polícia Federal, ANVISA, agente marítimo e operador Ambulância completa nos dias de operação Segurança privada na área do terminal e acesso exclusivo a passageiros, staff e autoridades na área do píer Estacionamento em área reservada para até 50 ônibus e 150 carros ou vans Defensas móveis (de pneu)

Pier De concreto (área de desembarque) e madeira (passarela), 1,5 metro de profundidade (maré baixa), 30 metros de extensão e 15 metros de largura – 3 posições para tenders

Canal de Acesso 4 metros de profundidade e 25 metros de largura

Área de fundeio 30 metros de profundidade – 3 pontos de fundeio homologados, somente 1 ponto abrigado

Distância da Área de fundeio ao pier

1,5 a 2 km, aproximadamente 30 minutos.

Amplitude de maré Média de 1 metro

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Diagnóstico O Pier de Cabo Frio está entre os que possuem a melhor infraestrutura receptiva para tenders no Brasil. É amplo, tem lojas, banheiros e segurança na entrada do acesso, além de ficar a 10 minutos, a pé, da avenida principal da cidade. As autoridades locais também têm muita vontade de receber navios de cruzeiros e a cidade oferece inúmeras opções de praias, excursões, restaurantes e lojas. O destino, porém, tem alta taxa de cancelamento de escalas por causa das condições meteorológicas e pela falta de um quebra-mar. Dependendo da maré e dos ventos, a entrada no canal fica praticamente impossível. Recomendações para melhorias É necessário um estudo de viabilização de implantação de um ponto de fundeio abrigado (quebra-mar) para oferecer segurança para a ancoragem dos navios, facilitar o embarque/desembarque dos hóspedes nos tenders, assim como diminuir o tempo de navegação entre o navio e o píer. É preciso, também, elaborar um estudo ambiental do canal até o píer de passageiros para possível dragagem e aprofundamento.

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Cabo Frio é um destino que merece investimentos para viabilizar maior número de escalas. Também recomendamos um trabalho de recuperação da orla da praia do Forte, que foi seriamente danificada no segundo trimestre deste ano.

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3.5. Fernando de Noronha

Píer De madeira, 15 metros de profundidade, 200 metros de comprimento

Distância da Área de fundeio ao píer

5,5 km

Área de fundeio 20 a 30 metros

Amplitude de maré Até 1,7 metros

Diagnóstico Excelente estrutura receptiva, apesar do pequeno espaço disponível para a movimentação de veículos independentes ou organizados pelo navio. Devido à pequena distância entre o píer e a Vila dos Remédios, o sistema de transporte (táxis) funciona muito bem.

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Há muitas possibilidades de excursões em veículos/embarcações no píer e também no costado do navio para diferentes destinos (normalmente é emitida a autorização para barcos de passeios organizados pelo navio embarcarem na plataforma de tender). É inviável para navios de grande porte porque é permitido o desembarque de no máximo 800 passageiros por vez. O tempo máximo permitido para fundeio é de 24 horas. Porém, é um porto seguro e de alto interesse turístico. Há risco de mar agitado nos meses de janeiro e fevereiro. Porto não alfandegado. Recomendações para melhorias Flexibilização da lei ambiental de restrição de visitantes para viabilizar a ida de navios de grande porte e construção de um píer para operação de 2 tenders simultaneos.

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4.6. Florianópolis

Pier De madeira, sustentado por estacas de concreto, aproximadamente 3 metros de profundidade, 94 metros de extensão e 3,3 metros de largura. Área de 20 metros coberta por telhado.

Local de fundeio Dados não confiáveis devido aos aterramentos nas últimas 2 décadas

Distância do ponto de fundeio ao pier

Aproximadamente 4,2 km

Amplitude de maré Até 1,5 metro

Pier de Canasvieiras

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Projeto

Diagnóstico Dificuldades meteorológicas atrapalham a operação dos tenders no porto por causa da falta de um quebra-mar.

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Florianópolis possui um plano de implantação de um píer com terminal e demais facilidades de apoio para passageiros e turistas embarcados, destinado à recepção turístico-náutica na Praia de Canasvieiras, na capital, ao norte da Ilha de Santa Catarina. O projeto inclui a reurbanização da praia, tem custo estimado em R$ 5.000.000,00 e prazo de conclusão previsto para 6 meses. O píer fixo, construído em concreto e com formato em “J”, deverá ter largura média de 6 m, sendo reservados dois passeios laterais de 1,3 m e faixa central de 3 m para permitir a passagem de pequenos veículos de apoio operacional às atividades previstas para a estrutura e, ainda, espaço para guarda-corpo. O comprimento total ocupado pelo píer é de aproximadamente 180 m do final da passarela ao extremo norte do mesmo (correspondente às bordas externas das plataformas fixas), perfazendo uma área total de aproximadamente 225 m de extensão. A “cabeça” do píer, que é o final do “L”, terá larguras variadas, aumentando para 10 e até 15 m, justamente no ponto de desembarque. O formato em “L” permite a criação, em conjunto com os atenuadores de ondas apostos ao píer e situados a Norte, Nordeste e Leste, do necessário perímetro abrigado para os tenders e embarcações de recreio que estiverem de passagem. A altura mínima de segurança do píer deverá superar em dois metros a maré máxima verificada no local. O perímetro deverá receber guarda-corpo de madeira (ipê ou similar), com altura de 1,1 m. Escadas negativas e rampas para deficientes físicos deverão ser consideradas, tanto na extremidade externa (N) quanto na parte interna da mesma, permitindo desembarques simultâneos e evitando filas de tenders, atrasos e riscos. Recomendações para melhorias É necessário implantar o projeto para o Pier de Canasvieiras, assim como um estudo para a implantação de um quebra-mar que ofereça ponto de fundeio abrigado e dragagem para fundeio de navios de porte maior.

Também é necessário elaborar um estudo ambiental para a construção de um porto com terminal de passageiros.

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4.7. Fortaleza

Infraestrutura Docas do Ceará – Porto de Mucuripe Terminal simples (dentro do prédio administrativo) Banheiros Polícia Federal Defensas fixas

Píer 5 a 11,5 metros de profundidade, cais comercial 3 berços de atracação para 200 metros.

Canal de Acesso 10 metros de profundidade e 150 metros de largura

Bacia de Evolução 11,5 metros de profundidade e 500 metros de largura

Amplitude de maré Até 2,6 metros

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34

Diagnóstico O porto tem um bom terminal de passageiros, porém com capacidade limitada para embarque/desembarque. Utiliza o ISPS code, proibindo a saída/entrada de passageiros no porto caminhando, o que obriga a colocação de ônibus no sistema shuttle (pago pela armadora) para o trânsito entre o navio, quando não atracado em frente ao terminal, e o portão do porto. A frota de ônibus é pequena e antiga (média de 10 anos de uso), sendo necessário, por vezes, a utilização de vans para esse serviço de shuttle, o que torna a operação em Fortaleza cara e lenta, com muitas filas de espera. Para navios de grande porte (mais de 2700 passageiros) não há ônibus suficientes na cidade para as excursões e o serviço de shuttle. A dificuldade da operação e transporte das malas até o costado é enorme devido à proibição da entrada de veículos particulares e táxis, criando um alto custo na operação de embarque/ desembarque, pois o correto seria a utilização de caminhões para o transporte das malas até o costado (custo do armador). É possível utilizar os ônibus do sistema shuttle para o embarque de malas. No entanto, apenas quando o número de embarques é pequeno. Boa estrutura receptiva de táxis e sistema de transporte independente (equipamentos antigos, mas funcionais). Bom espaço para movimentação de ônibus e hóspedes no costado do navio. Porém, devido aos buracos no costado, é perigoso para os hóspedes circularem pelo local. O porto é desabrigado, o que dificulta a operação com ventos fortes (em certa ocasião dois cabos se romperam durante uma escala e o navio teve que partir antes do previsto). O berço de atracação mais próximo do terminal de passageiros é prioritário para carga a granel. Recomendações para melhorias É necessário um trabalho de aproximação entre os armadores e as empresas locais que prestam serviço para os navios, tais como taxistas, operadores locais, guias, etc (através da Secretária de Turismo), pois muitas vezes eles desconhecem as expectativas dos cruzeiristas, bem como o serviço oferecido a bordo de navios de cruzeiros. Também é necessário um estudo para a implantação de um quebra-mar, melhorias no terminal e no costado (estas, urgentes) e colocação de novas defensas.

Montar no terminal existente uma infraestrutura para embarque e desembarque de passageiros (check-in, Raio X de bagagem, sala de espera etc.)

Preferência de atracação aos navios de passageiros em frente ao terminal, para agilizar a operação.

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4.8. Ilhabela

Infraestrutura Restaurantes Acesso à internet Toldos

Pier Flutuantes de concreto, 3,2 metros de profundidade (maré baixa), 43,31 metros de comprimento, 3,81 metros de largura e 3 posições para tenders

Canal de Acesso 23 metros de profundidade

Área de fundeio 18 a 23 metros de profundidade, capacidade para 3 navios simultaneamente

Distância da área de fundeio ao pier

Entre 800 e 1500 metros (8 a 15 minutos)

Amplitude de maré 0,68 metros

Pier da Vila

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Projeto

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Diagnóstico Local de grande atração turística, porém com problemas para a recepção dos tenders nos dias de coincidência de navios. Só existem 3 pontos de fundeios homologados. O receptivo está com aparência mais atrativa. Há televisor de LCD e balcões em madeira para as empresas de receptivo (financiado pela Editoria Abril em parceria com a prefeitura). Apesar da melhoria estética, a qualidade na prestação de serviços como ambulância e apoio policial caíram em relação às temporadas passadas. A proibição do uso de microônibus também aumentou os custos das excursões em Ilhabela, inviabilizando a comercialização das principais, pois os operadores são obrigados a utilizar vans com menos assentos. Ilhabela é um local de fundeio e consequentemente não alfandegado apesar do porto de São Sebastião ficar em frente e ser alfandegado, o que até permitiria uma liberação para navios vindos do exterior, se fosse o caso. Cabe salientar que o procedimento de cobrança de tarifa é totalmente na contramão do setor de cruzeiros, cujos reajustes ocorrem no meio da temporada e em valores de moeda estrangeira para arrecadação de receita municipal. Recomendações para melhorias Foi parcial a execução das obras prometidas para melhorias no píer. Faltam guarda-corpo flutuante do lado direito para embarque das excursões e, principalmente, melhoria nas escadas que dão acesso aos tenders (a obra de melhoria das escadas foi de emergência e corre o risco de se tornar permanente). Existe um risco de segurança enorme no desembarque no píer, principalmente em dias de chuva. Segundo a Secretaria de Turismo, 3 flutuantes de concreto serão posicionados em frente ao pier, lado faceado ao fundeadouro dos navios. Após a introdução dos novos flutuantes, o Pier da Vila estará apto a receber até 8 tenders simultanemante.

Também é necessário um estudo para viabilizar mais um ponto de fundeio.

A Prefeitura e os operadores precisam montar uma logística de passeios que viabilize a venda aos turistas. Também é necessário um treinamento aos prestadores de serviços na Ilhabela.

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4.9. Ilha Grande

Píer De madeira, 2 posições para tenders

Bacia de evolução 10,5 metros de profundidade e 315 metros de largura

Área de fundeio profundidade de 14 metros aproximadamente

Amplitude de maré Até 1,1 metro

Pier do Abraão

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Diagnóstico A ilha tem forte apelo turístico por fazer parte de Angra dos Reis, mas deixa a desejar no que diz respeito à estrutura, pois tudo ainda é bastante rústico e precário. O Pier do Abraão também serve a barcos pequenos e escunas. Por vezes, estes tomam os berços dos tenders. Não há toldos locais para abrigar os hóspedes em espera ao sol ou sob chuva. Para a entrada de navios de grande porte no porto há restrição de acesso. Porém, é utilizada uma área de fundeio para a liberação de entrada no país dos navios vindos do exterior. O pier está interditado pela Defesa Civil desde março de 2010, o que levou alguns navios a cancelarem 8 escalas previstas para o porto em referência, que foram transferidas para Ubatuba, perdendo com isso todo o apelo de venda vinculado a Ilha Grande e gerando insatisfação aos hóspedes. O começo das obras estava previsto para maio passado, com previsão de conclusão para meados de outubro, mas elas ainda não foram iniciadas.

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Recomendações para melhorias A conclusão das obras de melhorias do pier é urgente e vital para futuras operações de navios de cruzeiro. É necessário que o pier possa atender, no mínimo, 2 tenders simultâneos. Também é necessária maior organização oficial do píer para formalizar os espaços exclusivos aos tenders nos dias de operação, a fim de evitar conflitos com os barcos locais.

Colocar cestos de lixo espalhados pela Ilha e, principalmente, na área do píer.

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4.10. Ilhéus

Infraestrutura CODEBA Não possui terminal de passageiros Abastecimento de água Defensas fixas

Píer 10,3 metros de profundidade, 2 berços de atracação de 216 metros de extensão cada O cais de atracação dos cruzeiros é o comum comercial, existindo uma norma do CAP que assegura apenas um trecho disponível e exclusivo por dia. Podem ocorrer duas escalas simultâneas se houver disponibilidade no trecho de carga

Canal de Acesso 9,5 metros de profundidade

Bacia de Evolução 10 metros de profundidade e 350 metros de largura

Amplitude de maré Até 2,3 metros

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Diagnóstico De acordo com a Codeba, o porto de Ilhéus recepciona navios de cruzeiros desde 1992, mas até hoje o poder público, os agentes receptivos, os armadores e os operadores portuários não desenvolveram esforços para melhorias e ampliações ou mesmo para adequações a essa atividade. Na temporada 2009/2010 eles conseguiram reunir o prefeito do município, a Codeba, o setor de transportes de passageiros (representantes de vans, táxis e ônibus) e empresas de receptivos em terra, com interveniência da Câmara de Vereadores, para firmar um termo de compromisso. O objetivo é que na temporada de 2010/2011 se criassem condições fora do porto para recepcionar os passageiros, tendo em vista a impossibilidade de acessos desses veículos no interior do porto conflitando com as operações portuárias e contrariando o código de segurança portuário implantado (ISPS code). O termo foi firmado e cabe à prefeitura local tomar as providências necessárias. O termo foi firmado e cabe à Prefeitura local tomar as providências necessárias. O porto permitirá o transporte interno específico para os passageiros se deslocarem sem nenhum inconveniente até esse local de receptivo (localizado ao lado do porto). A distância do porto até o centro da cidade é de aproximadamente 2 km, em vias urbanas de qualidade. Existe, ainda, uma grande disputa local entre taxistas, operadores de vans e empresas. Na temporada 2009/2010 houve protestos de taxistas e proprietários de vans quanto à quantidade de excursões que eram vendidas a bordo (em 3 ocasiões os ônibus de excursão tiveram a passagem bloqueada pelos taxistas e proprietários de vans no centro de Ilhéus, tendo sido necessária a intervenção da polícia para a liberação). Taxistas e proprietários de vans exigem que os navios comercializem menos excursões a bordo. Na última temporada as empresas de navios receberam uma notificação da Prefeitura informando o seu apoio à reivindicação dos taxistas. Recomendações para melhorias É necessário um trabalho de aproximação entre armadores e empresas locais que prestam serviço para os navios, tais como taxistas, operadores locais, guias, etc., através da Secretaria de Turismo. Isso porque esses prestadores de serviço desconhecem por completo as expectativas dos cruzeiristas e o serviço oferecido a bordo dos navios de cruzeiros. Devido à grande movimentação de cargas, especialmente cacau e soja, o porto precisa ser limpo em dias de atracação de navios de passageiros. Rever a Resolução do CAP, que limita a atracação de apenas um navio de passageiros por dia.

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4.11. Imbituba

Infraestrutura Cia. Docas de Imbituba Alfândega Imigração Segurança Abastecimento de água

Pier 10,5 a 10,8 metros de profundidade e 4 berços

Bacia de Evolução 10,5 metros de profundidade (em fase de dragagem para 12 metros) e 300 metros de extensão

Amplitude de maré Até 1,5 metro

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Diagnóstico Não é necessária a atracação de navios de passageiros para os procedimentos de vistorias a bordo. Os navios devem fundear dentro da barra, com o auxilio do prático, que permanece em "stand by" até a finalização da vistoria. Porto alfandegado e com certificado ISPS code. Porto em obras de dragagem e extensão dos berços 1 e 2.

Recomendações para melhorias O porto não é utilizado para escalas de turismo, somente para escalas técnicas, porém tem potencial para o desenvolvimento de estrutura turistica receptiva. Isso se deve à proximidade de cidades de interesse turístico, mas que apresentam difícil acesso. É necessária uma integração da Prefeitura e de operadores para viabilizar passeios aos cruzeiristas.

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4.12. Itajaí

Infraestrutura Píer Turístico (Pier Municipal) Expansão (previsão Nov. 2010) 2 salões 2 banheiros Receita Federal Polícia Federal Acesso à internet Abstecimento de água Não há estacionamento para ônibus e táxis, mas a avenida em frente é fechada para ônibus de excursão no período da manhã e vans e táxis ficam disponíveis na praça em frente

Pier Píer Turístico – 10 metros de profundidade, 8,8 metros de largura e 77,8 metros de extensão de plataforma com 2 dolfins de amarração distanciados entre si por 250 metros - 1 berço de atracação

Canal de Acesso 11 metros de profundidade, 120 a 150 metros de largura e aproximadamente 3 kilômetros de comprimento

Bacia de Evolução

11 metros de profundidade e 400 metros de largura

Amplitude de maré Até 1 metro

Pier Municipal

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Porto Comercial

Diagnóstico A Prefeitura de Itajaí procurou a ABREMAR para apresentar o projeto de expansão do Pier Turístico e pedir sugestões. O pier terá uma excelente estrutura receptiva, mas só poderá recepcionar embarcações de até 240 metros de comprimento, o que ainda é pouco para navios de grande porte. Existe também a opção do Porto Comercial, com 2 berços. Nesse caso, o porto disponibilizaria ônibus do pier ao centro da cidade (5 min.) Tanto o porto comercial como o pier de passageiros são alfandegados, possibilitando o embarque e o desembarque de passageiros nacionais e estrangeiros.

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Recomendações para melhorias Continuidade e apoio ao projeto da Prefeitura e ampliação da área de giro do canal, a fim de viabilizar a escala de navios de grande porte.

Ampliação/construção de um berço maior (mínimo de 400 metros).

Também seria importante ter Raio X de bagagem de porão e de mão para viabilizar embarques e desembarques no porto.

É necessária, ainda, uma revisão nas taxas portuárias, que estão muito acima da média.

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4.13. Maceió

Infraestrutura CODERN Não possui terminal Abastecimento de água e diesel Defensas fixas

Píer 11 metros de profundidade, 3 berços com 220 metros cada

Canal de Manobra 10,3 metros de profundidade

Amplitude de maré Até 2,1 metros

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Diagnóstico O porto não possui um terminal exclusivo de passageiros, o que limita a capacidade de embarque/desembarque. Estrutura receptiva deficiente, pois a disputa local entre taxistas, operadores de vans e empresas organizadas é enorme. Na temporada 2009/2010 dois protestos dos taxistas, com a participação de cerca de 200 pessoas, fecharam a saída do porto por duas horas e meia durante a escala de um navio de grande porte (mais de 3000 passageiros). As possibilidades de excursões são excelentes, mas esbarram na falta de organização da autoridade portuária que altera o local de estacionamento dos ônibus aleatoriamente, o que provoca uma operação confusa no desembarque. Por tratar-se de porto ISPS code é necessária a colocação de ônibus sistema shuttle (custo do armador) até o portão principal, onde estão localizados os taxistas. A falta de uma política clara de operação de ônibus resulta num serviço desorganizado, com longas filas. A restrição ao uso das hélices de propulsão lateral dos navios no porto, em virtude do comprometimento estrutural de alguns pontos do pier, encarece as manobras com a utilização de rebocadores que nem sempre têm capacidade em HP para sustentar embarcações com alta superfície vélica.

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Recomendações para melhorias É necessária a fiscalização de taxistas e vans que oferecem serviços de transfer, por não possuírem carros registrados, bem como a regulamentação clara de critérios de navios em trânsito.

Ampliação/reforma estrutural dos berços de atracação, com colocação de novas defensas.

É necessário, também, um terminal próprio para passageiros ou uma adaptação do espaço já existente, como foi feito em Vitória (ES). É mais um porto no qual vale a pena investir.

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4.14. Natal

Infraestrutura CODERN Galpão adaptado dentro do porto 1 banheiro Abastecimento de água e diesel Defensas móveis

Pier 11,5 metros de profundidade, 540 metros de extensão, 3 berços – 2 de 200 metros de comprimento e 12 de largura

Canal de Acesso 10 metros de profundidade, 3 km de extensão e 100 metros de largura

Bacia de Evolução 10 metros de profundidade, 540 metros de extensão e 250 metros de largura

Amplitude de maré Até 2,8 metros

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Diagnóstico Atualmente, Natal não dispõe de um terminal específico para passageiros. Tendo em vista a Copa de 2014, na qual Natal será uma das cidades-sede, a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) desenvolveu um projeto para a construção de um terminal marítmo de passageiros para receber os turistas de cruzeiros. Isso, consequentemente, exige a construção de instalações adequadas para recepção e atendimento dessas pessoas. O projeto está orçado em R$ 40 milhões e esse investimento já está previsto no PAC 2 para aprovação no OGU de 2011. A previsão de conclusão das obras é de até 15 meses, após a aprovação. O projeto, com dois pavimentos, prevê espaços para todos os órgãos federais e estaduais ligados ao embarque e desembarque de turistas, obedecendo às normas internacionais, além de infraestrutura de serviços, tais como agente receptivo, lojas de produtos regionais, praça de alimentação, agência de câmbio, serviços de táxi, locação de buggies e carros de passeio, espaços multiuso e artesanato, dentre outros. Contemplará, também, área para estacionamento. Hoje, o porto recebe, em média, 30 navios turísticos por temporada (de novembro a março), num total de 15 mil passageiros. Ao desembarcar, o passageiro dispõe de ônibus de turismo e táxi, os quais são liberados à entrada no porto para oferecer maior comodidade e segurança. Também é instalada uma estrutura com quiosques de artesanato dentro do porto durante a permanência dos turistas na cidade. Por não possuir um terminal de passageiros, o embarque e desembarque é difícil. O porto iniciou a obra de dragagem de aprofundamento do canal de acesso e de ampliação da bacia de evolução, passando dos atuais 10 metros para 12,5 metros, possibilitando, assim, a entrada de embarcações maiores.

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Para navios maiores de 200 metros, a bacia de evolução e canal de acesso são estreitos por falta de profundidade na margem em frente ao cais (tecnicamente, não sabemos se pode ser dragado). A área é utilizada para que navios maiores possam efetuar seu giro. Em si, o calado atual do canal e do cais comporta navios cujas construções mais modernas registram calados de no máximo 8 metros, mas com o citado estreitamento os grandes navios podem até entrar, porém toda a manobra de saída seria de ré, portanto demorada e trabalhosa. Para navios maiores em largura e altura (não em comprimento), a ponte rodoviária na entrada do canal pode ser um obstáculo a ser vencido não só nas dimensões (alguns navios conseguem até passar) como em relação aos fortes ventos. Para navios de grande superfície vélica o risco de abalroamento em alguma estrutura da ponte aumenta caso não possuam os recursos modernos de hélices de propulsão laterais. Sobre este assunto pouco pode-se fazer. Na manobra de qualquer navio que precise passar entre as colunas da ponte do Porto de Natal, dotado ou não de hélices de propulsão laterais, a prevenção está ligada aos rebocadores. De acordo com o apurado, os rebocadores na área têm potência inferior aos usuais 3.000 KW que cada hélice (2 x 3.000 =6.000 KW) dos modernos navios de passageiros. A compulsoriedade de utilização é um custo desnecessário absorvido pelos armadores. Recomendações para melhorias É necessário estudo para garantir a segurança da passagem dos navios sob a ponte, incluindo rebocadores de potência superior aos navios, e de viabilidade de dragagem da margem em frente ao cais para permitir o giro de embarcações de grande porte.

Reforma do terminal de passageiros e infraestrutura com Raio X de bagagem e reforma dos berços, com a locação de novas defensas.

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4.15. Porto Alegre

Infraestrutura Projeto TERMINAL PORTUÁRIO TURÍSTICO (ainda sem previsão de conclusão) Saguão de embarque e desembarque Área de pré-embarque Circuito fechado de televisão Climatização Sistema de esteira para despacho de bagagens Acesso dos terminais de ônibus para o terminal turístico portuário e vice-versa Acesso do terminal turístico ao terminal da linha do metrô Check-in automatizado Carrinhos à disposição dos passageiros Sistema de escadas rolantes para ascenso-descenso de passageiros Elevadores para áreas com segundo ou mais pisos Acessibilidade nas áreas que permitam deslocamento de pessoas portadoras de necessidades especiais em todos os seus pisos Pontos para ligação de linhas telefônicas e cabos para bordo Locais destinados às facilidades de serviços e de órgãos públicos (Receita Federal, Juizado de Menores, Polícia Federal, Saúde dos Portos, Delegacia de atendimento ao turista, Ministério da Agricultura) Locais destinados às facilidades de apoio comercial Serviço de atendimento médico Sala de recepção Setor de bagagens no terminal Área própria para estacionamento de veículos de visitantes Abastecimento de água potável e combustível

Píer 6 metros de profundidade

Canal de Acesso 5 a 14 metros de profundidade e 85 metros de largura

Bacia de Evolução 6 metros de profundidade, 500 metros de largura e 5 km de extensão

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Diagnóstico As profundidades são bastante inferiores aos calados dos navios de grande porte (a partir de 7,3 metros). Estrutura receptiva inexistente, sendo necessário um trabalho de desenvolvimento junto a Secretária de Turismo e a autoridade portuária. Recomendações para melhorias É preciso um estudo para dragagem, a fim de comportar navios de maior porte.

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4.16. Porto Belo

Infraestrutura Pier Municipal (projeto) Área para receptivo Banheiros Estacionamento para ônibus e vans Defensas fixas Pier Iate Clube (privativo) Lanchonete Banheiros Estacionamento para ônibus de excursão

Pier Pier Municipal – de concreto (após conclusão do projeto), 1,8 metros de profundidade, 19 metros cada berço, 4 posições para tenders Pier Iate Clube – de madeira, 2 posições para tenders

Canal de Acesso 9,5 metros de profundidade e 400 metros de extensão

Área de fundeio 10 a 13 metros de profundidade em área abrigada

Distância da área de fundeio ao pier

Aproximandamente 2 km

Amplitude de maré Até 2 metros

Pier Municipal

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Projeto – Pier Municipal (em andamento)

Pier Iate Clube (privativo)

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Diagnóstico A liberação do navio precisa ser feita em Imbituba ou Rio Grande, quando ele vem do exterior, o que dificulta e encarece a operação. Porto Belo já solicitou o serviço de alfândega, mas o pedido ainda está em análise. Ainda não está especificada a quantidade de navios autorizados na área de fundeio. O Píer do Iate Clube tem bom espaço para a movimentação de ônibus por tratar-se de área privativa de grande extensão. Porém, não oferece um bom sistema de transporte para hóspedes independentes, pois os táxis disponíveis não são suficientes para um navio de porte médio. Para ir ao centro da cidade eles têm que pagar um ônibus (jardineira). O projeto do novo Pier Municipal é excelente e a princípio adequado para atender às necessidades dos passageiros de navios de cruzeiro. Contempla um bom píer, área para receptivo, banheiros, estacionamento para táxis e vans e alteração do trânsito na avenida em frente. Recomendações para melhorias É necessário um sistema de transporte mais adequado e gratuito do Pier do Iate Clube para o centro da cidade.

O projeto deve ser desenvolvido, assim como o alfandegamento do porto.

Também é preciso definir os pontos de fundeio e fazer uma dragagem do canal de acesso até os píeres.

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4.17. Recife

Infraestrutura Porto do Recife S.A. Terminal de Passageiros Nelcy Campos Balcões para check in/out Banheiros químicos Telefones públicos Toldos Estacionamento de táxis Estacionamento para 80 veículos e 20 ônibus Abastecimento de água Novo Terminal – Armazem 7 (2010/2011)

Pier 10 metros de profundidade, berços 7, 8 e 9, somados fazem 500 metros

Canal de Acesso 11 metros de profundidade e 130 metros de largura

Bacia de Evolução 11 metros de profundidade e 400 metros de largura

Amplitude de maré Até 3,11 metros

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Projeto Salão Pernambuco

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Diagnóstico Recife é um local com forte apelo turístico, mas não possui um terminal de passageiros adequado. O fato limita o número de passageiros para embarque/desembarque. O terminal localizado no Marco Zero entrou em reforma no meio da temporada devido às condições precárias e foi substituído por uma outra estrutura mais próxima da entrada do porto, que facilitou as operações de shuttle (custo da armadora). O porto decorou o local e, para atender aos hóspedes, colocou sofás, poltronas e balcões. Apesar das dificuldades e condições, o porto se mostrou disponível e cooperativo, sendo possível fazer um embarque limitado de hóspedes. A forma de tarifação imposta recentemente não corresponde à estrutura física do local, neste momento. Segundo o administrador do porto, paga-se para melhorias e para a construção de um terminal, mas isso depende de verba (parece que já aprovada) vinda do PAC do governo federal. Recomendações para melhorias Recife é um porto que merece investimento para se adequar às necessidades dos navios de cruzeiro e especialmente por ser um cartão de visitas, o porto de entrada no país. Na maioria

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dos cruzeiros transatlânticos, Recife é o primeiro porto no Brasil a ser visitado, o que traz muitos estrangeiros para a cidade. O projeto do novo terminal no Armazém 7 necessita de estudo para dragagem em frente ao pier, caso contrário será necessário o serviço de shuttle para levar os passageiros do terminal ao navio, o que não é confortável para eles, além de tornar a operação mais lenta e mais custosa. É necessária uma reforma no costado e a colocação de novas defensas.

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4.18. Rio de Janeiro

Infraestrutura Píer Mauá Onibus para transporte de passageiros entre o terminal e o navio Ambulatório completo e ambulância UTI 24 horas por dia Balcões para check-in e informações turísticas Lanchonetes e lojinhas Cabines telefônicas para ligações locais e internacionais Acesso à internet Serviço de Imigração e Polícia Federal Alfândega Autoridade Sanitária Aparelhos de raio x para bagagem despachada e bagagem de mão Heliporto Abastecimento de água Estacionamento amplo e localizado ao lado do terminal (até o final da temporada 2010/2011) Defensas fixas e móveis (para alugar)

Pier 6 a 12 metros de profundidade, 550 metros de extensão (cabeços 36 ao 58 do cais comercial) e berços para até 5 navios - Comporta navios com calados de até 10,3 metros

Distância do pier até a saída

De 50 a 200 metros

Canal de Acesso 20 a 37 metros de profundidade

Bacia de Evolução 10 a 37 metros de profundidade e 1.150 metros de largura

Amplitude de maré Até 1,3 metros

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Projeto (previsão 2014)

Diagnóstico

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O Rio de Janeiro é um local de alto apelo turístico, tanto que recebe muitos estrangeiros, especialmente nos cruzeiros transatlânticos. É, também, um dos portos fundamentais de embarque para algumas armadoras. O serviço de shuttle oferecido aos navios atracados distantes do terminal não condiz com o número de seus passageiros. Muitas vezes os hóspedes têm que aguardar no pier, debaixo de chuva, até 15 minutos por um microonibus ou van. O projeto de reforma da área hoje utilizada como estacionamento irá interditar o espaço para as obras até o final da temporada 2010/12011. Os navios ficarão sem local para que os ônibus de excursão estacionem (são cerca de 30 por embarcação), bem como os carros de passageiros que irão embarcar. Recomendações para melhorias Como a área do porto reservada para navios de cruzeiro é exclusiva, os hóspedes deveriam poder ter a opção de ir caminhando para o terminal pelas calçadas dos armazéns. O porto também não possui uma área de espera (para visitantes e passageiros que vão embarcar), o que deixa o terminal muito cheio, confuso e desconfortável para os passageiros. É necessário alargar a calçada na entrada do porto e criar um salão específico para espera no terminal já existente. As reformas recentes nos primeiros armazéns oferecem muito espaço para viabilizar essas alterações. Outra dificuldade é o pequeno recuo em frente ao terminal de bagagens. Uma sugestão é permitir a entrada dos carros na área entre os Armazéns 1 e 2 para o desembarque seguro das malas e dos passageiros. Também se fazem necessárias outras medidas: uma área alternativa para estacionamento de ônibus de excursão, não confirmar eventos nos armazéns nas datas de operação de navios, melhorar a logistica nas coincidências de vários navios e colocar “ lockers”, principalmente para a bagagem de estrangeiros.

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4.19. Salvador

Infraestrutura CODEBA Terminal pequeno e simples Banheiros Abastecimento de água e diesel Defensas fixas

Pier 8 a 10,5 metros de profundidade e 5 berços (384, 300, 250, 200 e 175 metros)

Distância do pier até a saída

De 20 a 100 metros

Canal de Manobra 12 metros de profundidade

Bacia de Evolução 8,4 a 10 metros de profundidade e 450 metros de largura

Amplitude de maré Até 2,8 metros

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Diagnóstico Apesar de existir um terminal de passageiros e ser o 5º em número de escalas no Brasil, o porto de Salvador ainda tem uma estrutura carente e, por isso, possibilita um embarque limitado de passageiros. Toda a parte de comunicação visual e de estrutura de apoio (separadores de fila, microfone, toldos para cobrir a área do desembarque, etc.) é fornecida pelas armadoras e não pelo porto. Há enormes dificuldades de movimentação de ônibus para hóspedes em trânsito, principalmente para escalas de transatlânticos, quando um navio de mais de 3.000 passageiros uitiliza aproximadamente 30 ônibus de excursão. Os ônibus estacionam na avenida ao lado, fora do porto, em fila, e com isso cria-se um corredor pequeno para o trânsito de hóspedes embarcando nesses veículos. Também há muitas reclamações de hóspedes a respeito do forte odor de urina na área, principalmente na calçada. Em algumas ocasiões é feita uma limpeza com a utilização de um carro pipa da Prefeitura momentos antes da chegada do navio, mas a ação não é eficaz, pois se dá rapidamente e não elimina o odor. Os hóspedes (principalmente estrangeiros) embarcando são um desafio, pois a autorização para que os ônibus entrem no porto para descarregar as malas é difícil e muitas vezes negada (tem que ser feita, então, na rua). A operação de embarque e desembarque de cruzeiros de cabotagem é extremamente difícil devido à falta de espaço no pequeno terminal para a entrega

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das malas (os carros também têm que parar na rua para retirar as malas) e para a movimentação de check-in, provocando enormes filas no lado de fora do terminal, debaixo de sol. Isso aumenta o risco de assaltos e os seguranças disponibilizados pelo porto não são em número suficiente para tal fim. Falta organização e controle de segurança do terminal durante as escalas dos navios. Qualquer pessoa que quiser entrar no terminal e ir até o navio poderá fazê-lo com tranqüilidade, sem mostrar nenhuma identificação. Nas escalas de carnaval é introduzido um ônibus no serviço de shuttle entre os navios mais distantes, criando um caos nos horários de pico (chegada, saída dos navios e no final da tarde, quando os hóspedes saem para o carnaval). O custo deste shuttle é da armadora, que não recebe nenhum desconto na atracação, apesar de estar numa posição mais distante da saída.

Recomendações para melhorias São necessárias a ampliação do terminal de passageiros (com raio X para bagagem de porão e de mão) e a melhoria da segurança do lado de fora e no acesso ao terminal, não permitindo a entrada/circulação de vendedores ou visitantes na área do costado. A calçada do lado de fora do terminal também precisa de uma ampliação ou modificação de trânsito em dias de embarque para oferecer mais espaço e segurança para os passageiros desembarcarem e circularem no local. Também deveria haver uma reformulação na taxação dos navios no porto. Osnavios que chegam mais tarde têm que se posicionar mais longe do terminal e ainda arcar com o custo do shuttle. É necessária, ainda, uma reforma no costado e a substituição de algumas defensas já danificadas. Um projeto de terminal de passageiros que oferecesse toda a estrutura necessária para embarque/desembarque poderia tornar o Porto de Salvador um local estratégico para cruzeiros dedicados à região Nordeste e, também, possíveis operações durante o ano todo.

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4.20. Santos

Infraestrutura Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini – CONCAIS 1 salão de espera 6 salões para embarque e desembarque 1 salão para recepção de bagagens Sistema de comunicação audio-visual Lojas de conveniência Lanchonetes Cafeterias Sanitários Telefones públicos Ambulatórios Acesso à internet Geradores próprios Alfândega (Sec. Receita Federal) Polícia Federal Receita Federal Codesp (Autoridade portuária) Guarda Portuária Delegacia do Porto Polícia Militar Vigilância Sanitária Ministério da Agricultura Ministério do Trabalho Sec de Turismo de Santos Aparelhos de Raio X no terminal de bagagem e no terminal de Concais 72 plataformas para ônibus e vans Onibus para transporte de passageiros entre o terminal e o navio Abastecimento de água Estacionamento com serviço de valet, vigilância, monitoramento por câmeras de TV durante 24 horas e seguro contra incêndio e roubo Defensas Yokohama (alugadas) – Concais Defensas fixas (Codesp) – Demais berços

Pier Concais – 9,3 metros de profundidade e 305 metros de comprimento – 2 berços em frente ao terminal CONCAIS, espaço entre cais e armazéns de 25 metros. Total de 37 berços públicos e 12 privados – mas somente 7 são usados por navios de passageiros

Canal de Acesso Média de 12,9 metros de profundidade Barra até entreposto de pesca – 13,3 metros de profundidade Entreposto de pesca até Torre Grande – 13,3 metros de profundidade

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Torre Grande até Alamoa – 12,2 metros de profundidade

Amplitude de maré até 1 metro em relação ao Zero DHN

Distância do pier ao terminal

Concais: 20 metros Armazém 15: 800 metros Armazém 23: 200 metros Armazém 30/31/32/33: 1,5 km (aproximadamente)

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Diagnóstico O Terminal possui uma boa infraestrutura mas, devido à grande quantidade de navios que atracam no porto, ela se torna deficitária, pois não há condições de receber mais de 3 navios de médio e grande porte no mesmo dia. O número de passageiros se aproximaria de 19.000. Os pontos negativos verificados no terminal são os seguintes: -Transporte dos passageiros do berço de atracação ao terminal, devido aos navios estarem atracados em outros berços no porto; -Embarque e desembarque de grande número de passageiros; -Os salões de espera muitas vezes são utilizados para o embarque e/ou desembarque; -Tráfego intenso e desordenado na área externa do terminal de passageiros, ainda dentro dos limites de responsabilidade da Concais, e nas vias públicas; -A área destinada aos pedestres dentro do terminal de passageiros é ocupada com as bagagens; - A logística do terminal é ineficiente e deve ser melhorada. - Falta de funcionários da Concais no terminal que agilizem a entrada de visitantes, como agentes de viagem e parentes de tripulantes, previamente autorizados pela Polícia Federal e armadoras. Isso retarda a sua entrada e ocasiona enormes filas de espera e atrasos para a visita/trabalho ao navio; - Falta de placas de sinalização dentro do terminal. Não bastam apenas os televisores.

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As Autoridades, tais como a Alfândega, Policia Militar e Policia Federal, tem cooperado muito com as armadoras para que possa ser realizado um trabalho de embarque e desembarque mais ágil e tranquilo. O terminal iniciou obras para a ampliação de parte de alguns salões (totalizando um aumento de 20% em sua área total), com previsão de entrega no início de novembro. Recomendações para melhorias -Ampliação do terminal, com um segundo pavimento; -Alteração do sistema de visitas ao navio; -Construção de um “bolsão” para os ônibus que trazem e levam os passageiros nos dias de embarque e desembarque; -Maior número de placas de sinalização nas vias públicas de Santos (as existentes são confusas e insuficientes); -Colocação de defensas no berço 25/Concais (hoje, o custo é assumido pelos armadores); -Colocação de “ lockers”, principalmente para bagagem de estrangeiros; -Ampliação do terminal de bagagens, que hoje é pequeno e não atende a dmenada nas datas de coincidências.

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4.21. São Francisco do Sul

Infraestrutura Terminal Marítimo de Passageiros 4 salas destinadas à Polícia Federal, ANVISA, câmbio etc. 2 banheiros 2 torres, com dois andares cada, onde atualmente funcionam a Secretaria de Turismo e a Fundação Cultural da cidade Posto de informações turísticas Amplo espaço disponível para a comercialização de pacotes, check in e check out (ainda sem balcões) Local para a concessão de um coffee shop Internet wi-fi Espaço para ambulatório

Pier 8 a 16 metros de profundidade, 780 metros de extensão, 12 de largura e 5 berços.

Canal de Acesso 13 metros de profundidade e 150 metros de largura

Bacia de Evolução 10 metros de profundidade e 250 metros de largura

Amplitude de maré Até 2 metros

Distância do pier ao terminal

300 metros

84

85

Diagnóstico A alternativa imediata - TESC (Terminal Alfandegado) - é a utilização de uma parte dele para atração. Projeto com Terminal de Passageiros Previsão de construção de um pier exclusivo para atracação de navios de passageiros (aproximadamente, extensão de 250 metros do navio até o terminal). Haveria o aproveitamento do local do pier atual em frente ao antigo terminal de cargas. O projeto tem como premissa atender navios com até 265 metros de comprimento. Calado no local: 11 metros. Entre o local de atracação do navio e o terminal está prevista a implantação de uma marina pública com cerca de 30 vagas, utilizando a estrutura do Píer mas com acesso diferente, ou seja, separado dos hóspedes dos navios de cruzeiros. O antigo terminal de cargas, restaurado, com previsão de ser climatizado em breve, será ideal para atender passageiros (atualmente é utilizado para exposições de quadros, conforme fotos em anexo). A Anvisa, Polícia Federal e Receita já têm as suas salas previstas no local para futuras operações. A ligação com a margem será atraves de uma ponte prinicipal com 96 m de extensão e 8 m de largura e um acesso secundário para a entrada de veículos autorizados com 46 m de extensão e 8 m de largura.

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Segundo a Secretaria de Turismo e Lazer de São Francisco do Sul, atualmente existem três condições de operação para embarcações. A primeira diz respeito à utilização da estrutura do terminal marítimo de passageiros, o qual faz parte de um projeto macro intitulado Portal Turístico Naval. Além das dependências do terminal, contempla um píer para a atracação dos navios e uma marina pública. Atualmente, os navios que operam nessas condições usam o apoio dos tenders que trazem os turistas até um píer flutuante, enquanto a embarcação fica fundeada na Baía Babitonga. As outras duas opções referem-se à atracação do navio no porto, havendo a opção de terminais público e privado. Nesta situação ou existirá um serviço de shuttle ou então os turistas percorrerão um caminho que conecta o porto ao Museu Nacional do Mar por meio de uma passarela/ponte, onde o receptivo estará montado com informações turísticas, serviços de táxi, pacotes etc. O porto é alfandegado e todas as estruturas localizam-se no centro histórico, permitindo que o turista conheça uma das principais regiões da cidade sem ao menos precisar de táxi. O Portal Turístico Naval prevê, também, demais ações que se refletirão diretamente na qualidade dos receptivos, como sinalização turística, qualificação de mão-de-obra e capacitação de agentes de viagens, englobados no projeto “Preparando São Chico para receber o turista”. Recomendações para melhorias É necessário apoio e investimento para a continuação do projeto descrito acima.

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4.22. Ubatuba

Pier De madeira, 1,5 metro de profundidade, 500 metros de extensão e 2,5 metros de largura – 1 posição para tender por vez

Canal de Acesso 10 metros de profundidade em média

Área de fundeio Baía de Itaguá, 8,8 a 10,2 metros de profundidade, acomoda até 2 navios

Distância da área de fundeio ao pier

2 km aproximadamente (18 minutos)

Amplitude de maré 0,68 metros

Terminal Marítimo Comodoro Magalhães (pertencente ao Tamoios Iate Clube)

88

Projetos

89

Diagnóstico Ubatuba é um dos locais mais conhecidos do litoral Norte pelos hóspedes paulistas. A cidade precisa ser mais divulgada e, para tanto, é necessária uma parceria com os navios para atrair hóspedes de outras regiões. As autoridades locais têm grande interesse em receber navios de passageiros, o que é muito positivo para que as operações tenham sucesso.

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Apesar de ter uma estrutura receptiva aparentemente simples, é de excelente qualidade, com boa disponibilidade de transporte público e avenida interditada para o estacionamento de ônibus e vans. Em todas as escalas estão presentes ambulância é veículos da Polícia Militar e Federal. Ubatuba dispõe de um único píer, com restrição de aproximação, necessitando de sinalização náutica e sem, ainda, especificação de área de fundeio. Existem melhoramentos em planejamento por meio de parceria entre a Prefeitura local e o Tamoios Iate Clube. A grande extensão entre o flutuante de desembarque e o receptivo (sem cobertura) é o grande empecilho de Ubatuba (por volta de 500 metros). Recomendações para melhorias É necessário apoio e investimento para a continuação do projeto de melhorias do pier.

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4.23. Vitória

Infraestrutura CODESA Terminal Estação Porto Telefone Internet City tour Táxis Locadoras de automóveis Postos de informações turísticas Lojas de artesanato Cafeteira Banheiros Área para check in/out Serviços de segurança Estacionamento em frente Abastecimento de água Defensas fixas

Pier Cais Comercial – 2 berços: berço 101 tem 177,5 metros de comprimento (do cabeço 24 ao 32) e profundidade de 7,7 metros e 8 metros (com flutuantes). O berço 102 tem 174,5 metros de comprimento (do cabeço 16 ao 24) e profundidade de 7 metros e 7,7 metros (com flutuantes).

Canal de Acesso Profundidade até a 3ª Ponte de 13,5 metros e dentro do Canal de 12,5 metros. 7,5 km de extensão e 120 metros de largura.

Bacia de Evolução Aproximadamente 150 metros de raio e 10,67 metros de profundidade

Amplitude de maré Até 1,5 metro

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Diagnóstico A restrição básica para este porto é a largura do canal de acesso e da bacia de evolução, que dificulta a escala de navios de grande porte. Excelente estrutura receptiva, organizada pelas autoridades locais. O problema é a falta de espaço para a movimentação de ônibus, táxis e vans, pois a saída do porto está localizada praticamente no centro da cidade de Vitória. A estrutura de receptivo é temporária já há alguns anos, com a utilização de containers e barracas adaptadas. Mesmo com as dificuldades, é um excelente porto para navios de pequeno porte. Segundo a Codesa, estão previstas obras de dragagem, derrocagem e ampliação do cais comercial. Ao final da dragagem e derrocagem do canal de acesso ao Porto de Vitória, a profundidade será de 14 metros e o calado de 12,5 metros. A obra de ampliação do cais comercial do porto, orçada em R$ 125 milhões, está com o contrato assinado e o início dos trabalhos depende da liberação da licença ambiental. Recomendações para melhorias É necessário efetuar as obras mencionadas pela Codesa, construir um terminal específico para passageiros, bem como efetuar uma dragagem e alargamento na bacia de evolução. A Prefeitura de Guarapari formalizou interesse em criar uma infraestrutura para receber navios de cruzeiro em seu litoral.

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5. Taxas Operacionais O alto custo das taxas operacionais pode ser definitivamente um entrave para futuras decisões de itinerários que contemplem os portos brasileiros. As bases de cálculo inicialmente formuladas para os navios de carga foi adaptada aos navios de cruzeiros após um acelerado crescimento do setor na última década. Em algumas ocasiões, tal adaptação foi feita com métricas que não condizem com as utilizadas para a elaboração das mesmas tarifas em outros países. Abaixo, está um estudo de algumas das principais taxas da operação dos navios no Brasil em comparação a outros portos no mundo. 5.1 Taxa Portuária (Head Tax) Tarifa cobrada pelos portos por passageiro embarcando, desembarcando ou em trânsito, considerando que o mesmo utilize de estrutura oferecida para finalidade turística.

A) Taxas Portuárias no Brasil

Valores em Reais, por passageiro em trânsito advindo de portos brasileiros.

PORTO POR PASSAGEIRO

EM TRÂNSITO POR PASSAGEIRO

DESEMBARCANDO POR PASSAGEIRO

EMBARCANDO

RIO DE JANEIRO * 42,07 51,99 51,99

ITAJAI 37,00 50,00 50,00

SANTOS 35,00 38,00 112,00

VITORIA 30,00 30,00 30,00

RECIFE 12,53 18,80 18,80

CABO FRIO ** 10,95 - -

NATAL 10,00 - -

SALVADOR 8,16 16,00 16,00

CABEDELO (JOÃO PESSOA) 8,00 8,00 8,00

ILHEUS 6,00 12,00 12,00

BUZIOS ** 5,93 6,20 6,20

ILHABELA ** 5,55 (US$ 3,00) - -

MACEIO 4,00 8,00 8,00

* Há também uma taxa de 20% para a CODERJ ** Pier para tenders.

94

O gráfico abaixo ilustra as discrepâncias de valores cobrados nos portos em referência e não leva em consideração as diferenças estruturais entre eles.

HEAD TAX - por passageiro em trânsito

05

1015

2025303540

RIO D

E JANEIR

O

ITAJA

I

SANTOS

VITORIA

RECIFE

CABO FRIO

NATAL

SALVADOR

CABEDELO

ILHEUS

BUZIOS

ILHABELA

MACEIO

Portos de atracação

Portos de fundeio (pier) B) Taxas Portuárias no Brasil e no Mundo

Os gráficos abaixo representam média de valores em vigor até a data de finalização deste estudo (novembro 2010).

95

Taxas de Embarque e Desembarque por passageiro

398%

266% 266%

192% 190%

140%

50%

Civita

vecc

hia

Tunes

Bari

Salv

ador

Barcelo

na

Gênova

Rio d

e Ja

neiro

Santos

Leia-se: As taxas cobradas no porto de Santos são 398% maiores que as cobradas em Civitavecchia, na Itália; e para os demais portos, respectivamente.

96

Taxas por passageiro em Trânsito

188%

156%

108%

86%75% 70%

23%

Bari

Gênova

Salvador

Civita

vecchia

Tunes

Barcelo

na

Santo

s

Rio de Janeiro

Leia-se: As taxas cobradas no porto do Rio de Janeiro são 188% maiores do que as cobradas em Bari, na Itália; e para os demais portos, respectivamente. 5.2 Praticagem Os serviços de praticagem são definidos no Capítulo III da Lei 9.537/2007 como “atividades profissionais de assessoria ao Comandante requeridas por força de peculiaridades locais que dificultem a livre e segura movimentação da embarcação”. A NORMAM 12/DPC, no item 0116, adiciona que tal serviço “é constituído do Prático, da Lancha do Prático e da Atalaia (Estação de Praticagem)”. Tais serviços devem ser executados por práticos devidamente habilitados, em uma das seguintes formas de prestação de serviços: (a) individualmente; (b) organizados em associações; ou (c) contratados por empresas. De acordo com Parecer da Secretaria de Direito Econômico, “o serviço de praticagem é obrigatório em vários portos do Brasil. Tal serviço se faz necessário para garantir que o navio que chega ou deixa o porto possa atracar/desatracar e navegar por canais, lagoas e rios em segurança. Além disso, a praticagem tem como uma segunda finalidade minimizar os danos causados pelas embarcações ao meio ambiente”.

A) Praticagem no Brasil

97

Valores em Reais, por manobra, em vigor até a data de finalização deste estudo (novembro 2010). Amostragem para navios de 70.000 GRT.

PORTO PRATICAGEM (amostra para navios de

68.668 GRT - valores em R$ por manobra)

IMBITUBA 19.350,00 ou 5,320.00 (para fundeio)

SANTOS 18.952,37 ou 15.656,30 **

ITAJAI 18.389,00

SALVADOR 18.200,00

ILHABELA 16.754,99

ILHEUS 16.154,00

MACEIO 13.550,00

RECIFE 12.041,00

SÃO FRANCISCO DO SUL 11.789,00

ANGRA DOS REIS 10.504,00

ILHA GRANDE 10.504,00

RIO DE JANEIRO 10.014,00

VITORIA 7.848,77

* Valor depende da área de atracação no porto.

PRATICAGEM

0.00

5,000.00

10,000.00

15,000.00

20,000.00

IMBIT

UBA

SANTO

S

ITAJA

I

SALV

ADOR

ILHABELA

ILHEU

S

ANGRA DOS R

EIS

MACEI

O

RIO D

E JANEI

RO

RECIFE

S. FR

ANC. DO

SUL

VITORIA

Quando a tonelagem do navio aumenta passa de 100.000 GRT – navios mais modernos, com mais facilidades de manobras – o valor da praticagem aumenta significativamente.

98

PRATICAGEM

valor por manobra

0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

SANTOS SALVADOR RIO DE

JANEIRO

100.000 GRT 70.000 GRT

B) Praticagem no Brasil e no mundo

Os gráficos abaixo representam a média de valores em vigor até a data de finalização deste estudo (novembro 2010). Amostragem para navios de 70.000 GRT.

99

PRATICAGEM NO MUNDO - Navios de 70.000 GRT

2979%

1117%1017%

859% 852%

736%670%

571%492%

405%

306% 293% 270% 262%170%

69%

1779%

643%582%

485% 481%410%

370%309%

261%208%

148% 140% 126% 121%65%

3%

Port Said

, Egit

o

Santo

rini,

Grécia

Dubrovn

ik, C

roácia

Valletta

, Malta

Atenas (

Pireus),

Gré

cia

Roma (C

ivita

vecchia

), Itá

lia

Monte

vidéu, U

ruguai

Nápole

s / C

apri,

Itália

Barcelo

na, Esp

anha

Helsinki, F

inlâ

ndia

Punta D

el Est

e, Uru

guai

Veneza, I

tália

São P

eters

burgo, R

ússia

Lisboa, P

ortuga

l

Paris

/ Norm

andia (L

e Havre

), Fra

nça

Buenos Aire

s, Arg

entina

Santos Rio de Janeiro

Leia-se: O valor de praticagem cobrado no porto de Santos é 2979% maior do que o valor cobrado em Port Said, Egito; e para os demais portos respectivamente.

100

5.3 Outros Os gráficos abaixo representam média de valores em vigor até a data de finalização deste estudo (novembro 2010). Amostragem para navios de 92.000 GRT.

Taxas de Coleta de Lixo por m3

687%

258% 258%

195% 195% 184%

36%

Tunes

Civita

vecchia

Barcelo

naBari

Salvador

Gênova

Santo

s

Rio de Janeiro

Leia-se: O valor cobrado por metro cúbico para a retirada de lixo no porto do Rio de Janeiro é 687% maior que o valor cobrado em Tunes, na Tunísia; e para os demais portos respectivamente.

101

Taxa de Água por m3

677%

493% 471%

195%169%

15%

Gênova

Civita

vecchia

Barcelo

naBari

Santo

s

Rio d

e Janeiro

Salvador

Leia-se: O valor cobrado por metro cúbico de água no porto de Salvador é 677% maior que o valor cobrado em Gênova, na Itália; e para os demais portos respectivamente.

102

Taxas de Bagagem por passageiro

424%

231%

92%

36%

Bari Salvador Civitavecchia Santos

Rio de Janeiro

Leia-se: O valor cobrado por passageiro para o deslocamento de bagagem no porto do Rio de Janeiro é 424% maior que o valor cobrado em Bari, na Itália; e para os demais portos, respectivamente.

103

6. Considerações Finais O estudo aqui apresentado teve por objetivo apresentar o cenário que se configura nos principais portos brasileiros, visando a operação da atividade dos cruzeiros marítimos no país. De forma objetiva, estão apresentadas questões que permearam o inventário técnico e estrutural de cada porto, bem como as necessidades físicas que devem constar no planejamento da infraestrutura local, vislumbrando melhorias futuras. Da mesma forma, o estudo possibilitou a exposição dos altos custos operacionais da atividade que se originam, muitas vezes, a partir de regulamentações ou práticas que não estão alinhadas ou mesmo respeitem as características e idiossincrasias presentes no setor de cruzeiros marítimos no mundo. Afora as questões relativas às elevadas taxas portuárias, que destacam o Brasil como um dos destinos com maior custo operacional. Basicamente, pôde-se observar que, para cada porto, foi estabelecido um padrão de análise que permitiu apontar, além da infraestrutura disponível, o diagnóstico de cada localidade portuária. Assim, o presente estudo se configura enquanto documento referencial do setor, permitindo objetivas e atualizadas consultas para os mais diversos fins. No entanto, é importante salientar que este material é dinâmico no tocante às suas contínuas e necessárias atualizações, sendo esta primeira versão que representa uma fotografia do momento atual. A Abremar, Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, considera o presente estudo um marco referencial para o setor no tema relativo à infraestrutura portuária e sua adequação à operação dos cruzeiros marítimos no país. Com este trabalho, espera-se contribuir com o poder público, em todas as suas esferas e âmbitos, bem como com a iniciativa privada, de forma a, cada vez mais, permitir a pavimentação de caminhos gradativamente mais profícuos e oportunos para o desenvolvimento do setor de cruzeiros marítimos no Brasil.

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7. Fontes http://www.apsfs.sc.gov.br/ http://www.cdiport.com.br/index.htm http://www.codeba.com.br/index.php http://www.codern.com.br/portonatal_porto.php http://www.codesa.gov.br/site/ http://www.concais.com.br/index.php http://www.docas.pb.gov.br/ http://www.docasdoceara.com.br/ http://www.piermaua.com.br/portugues/port_of_rio.htm http://www.portodemaceio.com.br/ http://www.portodesantos.com.br/ http://www.portodorecife.pe.gov.br/ http://www.portoitajai.com.br/ Brasil Cruise CODEBA CODERN CODESA D.A. McNeill Agência Marítima Ltda DOCAS DO CEARÁ Inchcape Shipping Services Marinas do Brasil Oceanus / Lachmann Agência Marítima Porto de Itajaí Porto do Recife S.A. Positiva Consultoria Prefeitura de Porto Belo Secretaria de Turismo de Ilhabela Vitória Serviços Marítimos Ltda.

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8. Glossário Algumas definições importantes para o entendimento deste estudo: Área/Ponto de fundeio – Área onde o navio baixa a âncora e desembarca os passageiros com o uso de tenders. Armadora – Companhia de navios de cruzeiro. Bacia de evolução – Área onde o navio realiza manobras para mudar de direção. Berços ou Berços de atracação – Área designada para parada de navios em um porto. Calado – Distância entre a quilha do navio e a linha de flutuação; espaço ocupado pelo navio dentro da água. Defensas – Estruturas de segurança, fixas ou móveis, que protegem o píer contra o choque de embarcações. Fundeio – É quando o navio ancora em um porto ou baía. GRT – Gross Registered Tonnage. ISPS Code – “International Ship and Port Facility Security Code” Medidas de Segurança Marítima e Portuária baixadas pela Organização Marítima Internacional –IMO. Em sua essência, o código parte do princípio de que garantir a segurança de navios e das instalações portuárias é uma atividade de gestão de riscos, para a qual a determinação das medidas apropriadas é decorrência de uma avaliação de riscos em cada caso particular. O objetivo do código é fornecer estruturas padronizadas e consistentes para avaliações de riscos, capacitando governos à previsão de alternativas de ameaças e modificações na vulnerabilidade de navios e de instalações portuárias. Neste documento, ao quando utilizamos o termo ISPS Code, estamos tratando, principalmente, de controle e monitoramento do acesso ao porto. Quebra-mar – Molhe, ou outra construção que recebe e rechaça o ímpeto das ondas ou das correntes, defendendo as embarcações que se recolhem num porto, baía ou em outro ponto da costa. Shuttle – Ônibus que transporta passageiros do navio para o terminal ou do terminal para o centro da cidade. Tender – Lancha do navio para o transporte de passageiros aos portos que não oferecem atracação.