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Informavo Mensal da Cooperava dos Suinocultores de Encantado Ltda. - ano 39 - edição nº 04 - Abril de 2015 - distribuição gratuita FATURAMENTO ULTRAPASSA R$ 1 BILHÃO AGO e AGE foram realizadas com aprovação de contas no mês de março PÁGs. 10 e 11 Fotos: Carina Marques FORMATO DIFERENCIADO Dália produz feno em lavoura de Palmas, Arroio do Meio, proxi- mo ao Complexo Industrial Lácteo. Confira na orien- tação técnica PÁG. 12 CRIANÇA DÁLIA Projeto, que agora conta com um fundo, entrega equipamentos e mobília para hospitais de Progres- so, Boqueirão do Leão e Marques de Souza PÁG. 03 e 11 REPORTAGEM COM O ASSOCIADO Leite: Jovem casal dá exem- plo em Venâncio Aires PÁG. 14 DÁLIA SETE DÉCADAS Projeto de pesquisa avança mais uma etapa PÁG. 06 Suínos: Em Roca Sales, organização é a palavra de ordem PÁG. 15 FUNCIONÁRIO DO MÊS Conheça o assessor jurídico Reinaldo Cornelli PÁG. 17

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Informativo Mensal da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado Ltda. - ano 39 - edição nº 04 - Abril de 2015 - distribuição gratuita

FATURAMENTO ULTRAPASSAR$ 1 BILHÃO

AGO e AGE foram realizadas com aprovação de contas no mês de março

PÁGs. 10 e 11

Fotos: Carina Marques

FORMATODIFERENCIADO

Dália produz feno em lavoura de Palmas, Arroio do Meio, proxi-

mo ao Complexo Industrial Lácteo. Confira na orien-

tação técnica

PÁG. 12

CRIANÇA DÁLIA

Projeto, que agora conta com um fundo, entrega equipamentos e

mobília para hospitais de Progres-so, Boqueirão do Leão e Marques

de Souza

PÁG. 03 e 11

REPORTAGEM COMO ASSOCIADO

Leite: Jovem casal dá exem-plo em Venâncio Aires

PÁG. 14

DÁLIA SETE DÉCADAS

Projeto de pesquisa avança mais uma etapa

PÁG. 06

Suínos: Em Roca Sales, organização é a palavra

de ordem

PÁG. 15

FUNCIONÁRIO DO MÊS

Conheça o assessor jurídico Reinaldo Cornelli

PÁG. 17

EDITORIAL

DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 20152

1ª edição em 1976

SETOR SOCIAL:[email protected]

Assessoria de Imprensa e Editoração:

Jornalista: Carina [email protected]

(51) 3751.9009 / Ramal 271

Revisão:Ledi T. Giongo

Impressão:Indústria Gráfica BT

Encantado-RSEdição mensal

Tiragem: 4.200 exemplaresDistribuição gratuita

COOPERATIVA DOS SUINOCULTORESDE ENCANTADO LTDA.(COSUEL)

Fundada em 15 de junho de 1947

Rua Guerino Lucca, 320Caixa Postal 14CEP: 95960-000Encantado-RS-BrasilTELEFONE: (51) 3751.9000FAX: (51) 3751.3030

[email protected]

CNPJ: 89.305.239/0001-83I.E.: 037/0001605

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTE: Gilberto Antônio Piccinini

Vice-presidente: Pasqual Bertoldi

CONSELHEIROS DE ADMINISTRAÇÃO:• Região de Anta Gorda: Silvano Berté

• Região de Arroio do Meio: Rubino Rahmeier• Região de Candelária: Eusébio Morsch• Região de Encantado: Pasqual Bertoldi

• Região de Guaporé: Genésio Buffon• Região de Júlio de Castilhos: Belquer U. S. Lopes

• Região de Progresso: Idalmir Nicolini• região de serafina corrêa: Lidenor Giliotto

CONSELHO FISCALEFETIVOS: Adriano Feronatto, Moisés Formentini e

José Carlos Fabris

SUPLENTES: Eloir Lohmann, Antônio Salva e Fio-rentino Moresco

PRESIDENTE EXECUTIVO:Carlos Alberto de Figueiredo Freitas

GERENTES:• divisão produtos Lácteos (dpL)

Antonio Maria Salazar Leivas• divisão produção Agropecuária (dpA)

Igor Estevan Weingartner• divisão controle da Qualidade (dcQ)

Ivane Giacobbo• divisão com. e Marketing-prod. suínos

Paulo Roberto Weingartner• divisão Administrativo Financeira (dAF)

Rene Luiza C. Gianisella• divisão produtos suínos (dps)

Roberto Luiz Crippa• divisão com. e Marketing-prod. Lácteos

Rudimar Piccinini• divisão Varejo (dV)

Daniel Martin Weingartner

Encerrado o primeiro trimestre de 2015 e com ele também encerrado um importante capítulo do planejamento da Dália Alimentos: o processo as-semblar, com a realização da assembleia geral or-dinária, que ratificou as contas e o balanço relati-vos ao exercício 2014. Esse, certamente, foi um ano histórico, porque a Dália Alimentos cruzou a linha divisória de um bilhão de reais em faturamento.

Há, ainda, um tópico relativo a 2014 para ser apresentado e avaliado: os trabalhos dos Grupos de Controle da Qua-lidade, formados por profissionais da empresa, que se reúnem mensal-mente e, de forma organizada, utilizando as ferramentas adequadas, estudam e resolvem os problemas existentes em suas áreas de traba-lho. Esses Grupos, atualmente em número de 27, envolvendo 152 com-ponentes, indiscutivelmente, elevam o nível de desempenho e atuação das equipes de trabalho, tanto nas indústrias quanto na administração.

Afora isso, há que se manter atenção especial com o mercado do leite, cujo início do período da entressafra sempre ocasiona uma majoração nos preços. Porém, a excessiva alta pode representar, a curto prazo, uma pequena queda, para uma posterior retomada de crescimento mais lento.

Quanto ao mercado de suínos, as dificuldades podem ser temporárias, já que no período que antecede a Páscoa a preferência se concentra no consu-mo de peixes. Porém, a retração do mercado, que já atingiu a comercializa-ção de bens duráveis, poderá estender-se aos itens da alimentação, sinali-zado pela estabilização do preço do suíno vivo durante todo o mês de março.

Contudo, ao longo dos anos, a Dália Alimentos conquistou uma estabi-lidade econômico-financeira que nos permite estabelecer um controle, se não sobre as ações e influências externas, pelo menos sobre as alternativas que permitem adaptar as estratégicas ao novo cenário. Mas em nenhum momento, as dificuldades representam empecilhos para a busca de nos-sos objetivos. Pelo contrário, nosso Planejamento Estratégico é o instru-mento que nos norteia para o crescimento contínuo e organizado e que nos fornece o embasamento seguro para o cumprimento de nossa missão.

Assim, o cenário que se nos apresenta para este ano exigirá maior atenção para a busca da rentabilidade necessária aos nossos negó-cios, conduzindo-nos para a transformação desses obstáculos em oportunidades, munidos das condições básicas para tal: nossas cren-ças e nossos valores, que nos permitirão superar os desafios globais, com atualização tecnológica e crescimentos rentável e sustentável.

Carlos Alberto de Figueiredo Freitas

* Presidente Executivo

Como enxergar além das incertezas que o momento nos impõe para traçar no-vas estratégias e novas oportunidades?

Vivemos um momento onde tudo parece estar errado, equivocado, fora do eixo, o que nos transporta para uma realidade repleta de dilemas e dúvidas. Convivemos com um perí-odo de crise política, que interfere no âmbi-to econômico, com instabilidade no país, em função da apuração de muitos problemas e

sucessivos escândalos e nos deparamos com situações de muitas in-certezas. Enfim, chegamos a um período em que já não sabemos a quem creditar nossos anseios, sonhos e projetos e temos a desagra-dável sensação de que o mundo do mal interferiu no mundo do bem.

Na verdade nosso país, que por longos anos viveu sob o domí-nio da ditadura militar, enfrenta uma crise justamente em um perío-do de franca democracia. Sentimos o sabor do crescimento e do ele-vado consumo interno e, agora, precisamos dar um salto tanto em capacidade quanto em qualidade. Porém, não podemos ficar na de-pendência só de nossas lideranças políticas, para conquistarmos a tão almejada estabilidade econômica, que nos proporcionará melhores condições socioeconômicas. Precisamos buscar alternativas e oportu-nidades, embasadas em uma infraestrutura sólida de competitivida-de e ganhos de produtividade. E nisso a Dália Alimentos tem atuação forte e relevante, porque tem bem definidas ações e estratégicas que visam à melhoria da produtividade e da escala de produção viável.

Ao longo dos anos, passamos por inúmeras transformações: re-formas estatutárias, introdução de novas culturas e novas tecno-logias no campo e na indústria. Por isso, situações como estas, de insegurança e de crise, concluímos serem passageiras, mas im-portantes para tomarmos as decisões que irão interferir, em mé-dio e longo prazos, nas estratégias a serem implementadas.

Prova disso são os produtores associados que há dez anos toma-ram a decisão de investir em suas propriedades, aumentaram a es-cala de produção e, por extensão, sua renda; hoje estão usufruindo os resultados positivos dessas decisões. O mesmo vale para as empresas, pois as que não se atualizaram, não se prepararam e não buscaram novos horizontes, deixaram de existir ou estão em sérias dificuldades.

A lição que fica é que todos façamos deste período transitó-rio, quando vigora a insegurança político-econômico, um tem-po para, mais uma vez, afirmar convicções, planejar, ajustar custos de produção, aumentar a produtividade e obter maior competiti-vidade. Enfim, estabelecer as diretrizes da continuidade da organização.

Gilberto Antônio Piccinini

* Presidente do Conselho de Administração

3DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

PARA OS HOSPITAIS

projeto Criança Dália fazdoação a hospital de Progresso

Equipamento no valor de R$ 6.389,00 foi adquirido com recursos do projeto mantido pela cooperativa e pelos associados

O Hospital Santa Isa-bel de Progresso conta, agora, com

um berço hospitalar com fototerapia. O equipamen-to, no valor de R$ 6.389,00, foi doado à casa de saúde pelo Projeto Criança Dália, com recursos oriundos da contribuição dos associa-dos da região de Progresso e da própria cooperativa.

A entrega foi realizada no dia 5 de março pelo presi-dente do Conselho de Admi-nistração da Dália Alimentos, Gilberto Antônio Piccinini, pelo presidente Executivo, Carlos Alberto de Figuei-redo Freitas, e pelo conse-lheiro da região, Idalmir Ni-colini, à diretora da casa de saúde, Maria Inês Brancher Schmitt, ao diretor técnico,

Vito Iorra e ao enfermei-ro, Guilherme Mantovani. Também participaram da entrega o delegado da coo-perativa André Guaragni, o conselheiro fiscal Adriano Feronatto, além de associa-dos e filhos de associados do município e da região.

O berço está sendo uti-lizado para o tratamento de icterícia neonatal, que

dá aparência amarelada ao bebê. Conforme Maria Inês, o equipamento atende a uma das demandas do hospital. “Estamos muito contentes e agradecemos à Dália pela doação, que foi de extrema importância para a nossa comunidade, tendo em vis-ta que já estava em nossos planos fazer a aquisição do berço”, coloca, informando

que o hospital conta com 50 leitos e registra uma média de dez nascimentos por mês.

Freitas reitera o foco do Projeto Criança Dália, que visa beneficiar crianças de todos os municípios onde a cooperativa está presen-te. “A Dália e suas famílias de produtores associados, através do projeto, sente-se realizada em poder con-tribuir com a saúde, com o bem-estar e com a qualidade de vida das crianças que são beneficiadas pelas ações do projeto”, comenta, adianta-do que, caso seja aprovado em assembleia no próximo dia 20, o Projeto Criança Dália passará a ter um fun-do próprio para a execução de ações nas oito regiões de abrangência da cooperativa.

Piccinini endossa o mani-festo de Freitas e frisa o com-prometimento que a Dália Alimentos e o quadro social têm com as crianças. “Um dos princípios do cooperati-vismo é estar presente na co-munidade, e quando a pre-sença se materializa através de projetos como o Criança Dália, que neste momento fez a doação a entidades im-portantes como os hospitais, estão de parabéns os associa-dos e a cooperativa”, conclui.

Fotos: Carina Marques

Entrega de berço foi realizada com a presença de filhos de associados, da direção da Dália Alimentos e do hospital de Progresso

MArQues de souzA e BoQueirão do Leão

O Projeto Criança Dália também contribuiu com a Asso-ciação Hospitalar Marques de Souza. A casa de saúde recebeu dois equipamentos destinados ao banho dos recém-nascidos.

Uma banheira destinada à primeira higienização do bebê na sala de parto e outro equipamento destinado à higiene enquanto a criança per-manece no berçário foram adquiridos com recursos do projeto. O inves-timento total foi de R$ 6.631,23 e a entrega oficial está sendo agendada.

Segundo a administradora da associação, Maria Célia de Siqueira e a secretária, Reny Rother, os bebês já estão usufruindo das doa-ções. “Estamos muito felizes, porque era um sonho antigo do nos-so hospital a reforma e a aquisição de novos equipamentos para o berçário. Agradecemos muito à Dália por este maravilhoso ato”, salienta Reny, informando que os primeiros banhos já ocorreram.

No município de Boqueirão do Leão, através do mesmo pro-jeto, foi doado ao Hospital Dr. Anuar Elias Aesse dois apare-lhos de split, dois capacetes de oxigênio, uma poltrona para a maternidade e um armário, no valor total de R$ 4.535,00.

Guilherme, André, Carlos Alberto, Gilberto, Maria Inês, Idalmir e Adriano na entrega do berço

4 DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

CAPACITAÇÃO TRIMESTRAL

DCQ repassou informações quanto ao transporte do produto da propriedade até a indústria

CCS e CBT pautam encontrocom transportadores de leite

A Dália Alimentos reali-zou, no dia 11 de março, na sala de reuniões da In-

dústria de Lati cínios do Bairro Ai-moré, em Arroio do Meio, uma ca-pacitação que reuniu cerca de 50 transportadores que efetuam a coleta e o transporte de leite para a cooperati va.

Os temas abordados pela geren-te da Divisão Controle de Qualidade (DCQ), Ivane Giacobbo, e pela super-visora de Laboratórios, Lilian Vanessa Pirott a, foram “Mudança no Pagamen-to do Leite ao Produtor” e “Boas Prá-ti cas de Coleta do Leite a Granel.” O

encontro teve o objeti vo de descrever as especifi cações para a amostragem, a coleta e o transporte do leite resfriado. “Trata-se de orientações para as ações dos transportadores ou motoristas so-bre as etapas que envolvem o proces-so de coleta de leite”, explica Ivane.

Foi realizado um apanhado acerca dos assuntos que fazem parte do coti -diano dos transportadores, tais como: Contagem de Células Somáti cas (CCS); Contagem Bacteriana Total (CBT); políti -ca de preço do leite; cuidados com o ca-minhão; rotas, procedimentos de cole-ta e entrega do leite in natura; amostras

e Instrução Normati va (IN) 62/2011.Os transportadores também fo-

ram alertados sobre a mudança que a Dália Alimentos está implemen-tando, incluindo bonifi cação ou pe-nalização na tabela de preço do leite ao produtor. Conforme Ivane, tudo com base nos resultados das amos-tras do controle ofi cial relati vos à CCS e à CBT. “O papel do transportador é fundamental para que o resultado da amostra seja correto, pois é ele o res-ponsável pela coleta na propriedade e deve seguir o padrão na íntegra”, in-forma Ivane, destacando a importân-

cia do produtor acompanhar a coleta.A Dália Alimentos realiza capacita-

ções trimestrais com os transportado-res de leite in natura. São em torno de 70 profi ssionais que prestam serviço à cooperati va de forma terceirizada. Diariamente, nas duas indústrias em Arroio do Meio, a Dália recebe apro-ximadamente 900 mil litros de leite.

Além do grupo em Arroio do Meio também foram capacitados com informações os transportado-res que levam o produto até o Pos-to de Recebimento e Resfriamento de Leite no município de Vera Cruz.

MUDANÇAS EM VISTA

Hoje, o padrão de CBT exigido pelo Ministério da Agricultu-ra é de 300 mil/UFC/mL e de CCS é de 500 mil/CS/mL. A par-tir de julho de 2016 este número passará a ser de 100 mil/UFC/mL e 400 mil/CS/mL, respectivamente. Por isso, a equipe téc-nica da Dália já está alertando para as mudanças que implica-rão em melhores cuidados com o manejo da atividade leiteira.

Segundo Ivane, para melhorar os índices de CBT é simples: “basta possuir uma boa higiene no momento da ordenha e com os equipa-mentos e resfriar imediatamente o leite. Já para as CCS é necessário cuidar da sanidade dos animais, principalmente com relação à mastite.”

Para a gerente, o leite de qualidade é obtido de vacas sadias e bem alimentadas, que tem características nutritivas e composi-ção original garantidas e preservadas ao longo de todo o proces-so de produção, transporte e bene� ciamento. Que seja livre de re-síduos (medicamentos, pesticidas e micotoxinas), adulterantes, microrganismos patogênicos (que causam mal à saúde), de for-ma a não oferecer riscos ao ambiente, ao animal e ao ser humano.

Ivane, à esquerda, também falou aos transportadores que esti veram reunidos para aperfeiçoar o conhecimento sobre o transporte do produto

Foto: Carina Marques

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5DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

PROJETO SUCESSÃO FAMILIAR

Experiências e histórias de vida com-partilhadas no formato de bate-pa-po marcaram o encontro que reuniu

os pais dos jovens participantes do Projeto Sucessão Familiar da Dália Alimentos. O mo-mento em que ocorreu a troca de experiên-cias entre diferentes pais, de diversos muni-cípios, ocorreu no dia 11 de março, no Centro de Cultura da Dália Alimentos, em Encantado.

Participaram pais dos jovens que integram a Turma 2 do projeto idealizado pela coopera-tiva, com dois momentos, sendo que um dos pontos altos da tarde foi a conversa mediada pelo presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini. Através de seu rela-to de vida, pautado na história de sucessão fa-miliar, ele estimulou a conversa entre o grupo.

Piccinini iniciou os trabalhos fazendo um apanhado de sua trajetória, destacan-do a antiga ligação entre a família e a co-operativa, as dificuldades enfrentadas e o papel de gestor que precisou desempe-nhar ao assumir os negócios agrícolas ini-ciados pelo avô e depois conduzidos pelo pai no interior do município de Roca Sales.

Também fez um apanhado da época em que deixou a propriedade para seguir a car-reira de bancário na capital. “Tinha 24 anos, gostava de trabalhar na cidade, mas minha vocação era o trabalho na agricultura. Foi então que depois de algum tempo em Por-to Alegre voltei para casa, o que foi bastan-te comemorado pela minha família”, lembra.

A partir de seu retorno, Piccinini, junto aos outros cinco irmãos, deu início às tratativas acerca da participação de cada um na proprie-dade e de que maneira seria feita a divisão da área de terras. “Foi uma conversa franca, quan-do optamos que eu ficaria responsável pelos meus pais e que administraria a propriedade.”

Ele recorda que houve bastante diálogo e que as decisões foram acordadas com a apro-vação de todos. “Antes da sucessão de patri-mônio é preciso fazer a sucessão de ideias”, observa. Desde então, Piccinini administra a propriedade em que hoje a mãe e um tio vi-vem. O pai faleceu recentemente, no dia 20 de fevereiro, deixando o legado de tudo o que aprendeu nos 87 anos de vida aos filhos e, principalmente, a Piccinini, seu sucessor.

Pais de jovens compartilhamexperiências em encontro

Presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, interagiu com as famílias, querelataram aspectos relacionados ao cotidiano das propriedades

:: OS RELATOS ::

Com o relato de sua história, Piccinini estendeu a conversa que contou com a explanação de cada pai pre-sente no encontro. Unânimes, todos afirmaram que tra-balham para que os filhos sejam os sucessores da pro-priedade. Muitos dos filhos já são associados da Dália Alimentos e reiteram o desejo de seguir com os negócios iniciados pelos pais no gerenciamento da propriedade.

O casal do município de Vista Alegre do Prata, Dar-ci (51) e Ironi Magoga (45), é pai do jovem partici-pante do Projeto Sucessão Familiar Jucimar (18), e também de Fabiana (16). Com 650 cabeças de suínos em terminação, a família pretende duplicar o número de animais alojados, com a construção de uma nova granja. Aliás, este também é o projeto de conclusão das atividades de Jucimar no projeto da Dália, que en-cerrará as aulas da Turma 2 em junho. Para o pai, que é delegado da cooperativa, a participação do filho nas aulas é motivo de comemoração e continuidade do trabalho. “Antes não tínhamos uma noção exata de quanto gastávamos, nem do que tínhamos em casa em bens. Com as aulas foi possível fazer todo este cálcu-lo, um balanço que surpreendeu até a nós”, frisa o pai.

A mãe estimula o filho na participação das aulas, que são mensais, e ressalta o quanto foi gratificante participar do momento dedicado somente aos pais. “Foi excelente, uma oportunidade muito boa para dividirmos nossas histórias com outros pais e de sabermos como é nas ou-tras propriedades. Foi uma tarde muito válida e que de-verá ser repetida, porque gostamos muito”, opina Ironi.

PREPARAR UM HERDEIRO OU UM SUCESSOR?

Na primeira parte do encontro, o professor que ministra as aulas do projeto, Lucildo Ahlert, expla-nou sobre o relacionamento entre pais e filhos. En-fatizou que ambos devem ter direitos e deveres e que o diálogo deve prevalecer nas relações. “Os pais precisam estimular seus filhos a conversarem mais. O diálogo é a melhor aproximação com os pais.” E com-

plementa: “antes de você falar, faça o seu filho falar.”Conforme o docente, no passado o filho era de-

pendente do pai até o casamento, porém, hoje, essa situação mudou. Na visão do professor, os filhos se tornaram mais independentes e precisam ser os su-cessores, com noção de gerenciamento, de organiza-ção e fluxo de caixa, com gastos e custos. “O importan-te não é pagar um salário, mas sim inserir os filhos no negócio e permitir-lhes o recebimento de uma

participação. Os jovens devem ser empreendedores e os pais precisam estimular este lado em cada jovem.”

Por fim, Ahlert questionou os pais sobre qual perfil querem reconhecer em seus filhos. “Deve-mos preparar um herdeiro ou um sucessor?”, in-dagou e, com base nisso, apresentou dados de uma pesquisa realizada em 2005 em proprieda-des do Vale do Taquari, a qual indicava que apenas um terço das propriedades possuía um sucessor.

Fotos: Carina Marques

Pais reuniram-se com o presidente Gilberto para uma rodada de conversa sobre sucessão familiar

6 DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

SETE DÉCADAS EMBELEZAMENTO DO JARDIM

Casal Knobloch com o técnico da Dália Danilo Rissini: flores embelezam propriedade no interior de Colinas

Com flores, até a granja fica mais bonita

Foto: Carina Marques

Flores de várias tonalidades, cores e tamanhos e árvo-res de diversas espécies colorem e embelezam o jar-dim da propriedade com 26 hectares da família Kno-

bloch, em Linha Westfália, interior do município de Colinas. A grama bem aparada e as flores coloridas plantadas em va-

sos ou no chão harmonizam o cenário rodeado por montanhas e composto pela residência e pela granja do casal Rudi (66) e Irm-gard (63). Aliás, a casa é um dos destaques da propriedade agrí-cola. Datada de 1925, foi totalmente restaurada, preservando os traços típicos da cultura alemã, característica daquela região.

Pais da engenheira civil que mora na Nova Zelândia, Carmem (42); e da arquiteta e urbanista que mora em São Leopoldo, Cristi-na (40), Rudi e Irmgard se dedicam integralmente à atividade suiní-cola. Associado à Dália Alimentos desde 1972, o casal administra a propriedade que obteve gradativos crescimento e desenvolvimento.

Knobloch recorda o início, quando trabalhava no sistema par-ceria com 90 suínos, passando para 280, depois para 520, au-mentando para 600, mais tarde para mil cabeças até chegar ao número atual, de 1.350 suínos alojados no sistema terminação.

A evolução da família está também atrelada à modernização das instalações e dos equipamentos. Knobloch lembra que no início a granja possuía piso maciço, o que demandava realizar a higieni-zação do pavilhão manualmente. Hoje, a instalação conta com piso vazado e a frequência da limpeza é efetuada somente entre os lotes.

Quanto à alimentação, conta que era oferecida aos animais em comedouros modelo calha e que hoje é totalmente automa-tizada, minimizando bruscamente a mão-de-obra. Tais aspec-tos contribuem para que o casal alcance bons resultados nos lotes. “A gente precisa caprichar e cuidar muito bem da pro-priedade, porque é o nosso negócio, o nosso sustento. É preci-so cuidar da granja como se cuida da nossa casa”, concluem.

Em Colinas, com dedicação e cuidado, família Knobloch dedica-se ao embelezamento da propriedade rural

projeto dália Memória, Cultura e Conhecimento avança mais uma etapa

O Projeto Dália Memória, Cultura e Conheci-mento chegou à sua terceira fase de implan-tação. Após a finalização das entrevistas com

18 associados e dois delegados, a equipe de pesquisa, composta por Tânia e Charles Tonet, parte para cole-tar as vivências e memórias dos sócios-fundadores, clientes e fornecedores mais antigos da cooperativa.

Também estende a pesquisa aos funcionários com maior tempo de trabalho e ainda em ativi-dade na empresa, bem como àqueles que teste-munharam os primeiros anos da Dália Alimentos.

Segundo Charles, essa etapa do projeto demandará um tempo maior de execução em virtude do maior espectro de fontes a serem consultadas e, também, pela expecta-tiva de captar com exatidão a filosofia e o espírito que le-vou a cooperativa a ser fundada. “Essa fase, igualmente, marcará um registro histórico fundamental, uma vez que resgatará a memória dos pioneiros e de todos que fize-ram parte na construção desta história de sete décadas.”

:: SAIBA MAIS ::

O Projeto Dália Memória, Cultura e Conhecimento consiste em uma pesquisa histórico-antropológica que dará origem a um livro comemorativo às sete décadas de fundação da Cooperativa dos Suinocultores de Encan-tado Ltda. (Cosuel), detentora da marca Dália Alimen-tos, a serem comemoradas no dia 15 de junho de 2017.

Tânia é filósofa, museóloga e pós-graduada em Fol-clore, História e Gerenciamento de Projetos; e Char-les é jornalista, pós-graduado em Gestão Empresa-rial e mestrando em Letras, Cultura e Regionalidade. Mãe e filho são proprietários da empresa Três Tem-pos Memória Corporativa, de Caxias do Sul, e estão no segundo trabalho desenvolvido para a cooperativa.

O primeiro foi a estruturação do Memorial Cosuel, em 2006, espaço localizado no Parque Dália, junto à sede administrativa da cooperativa em Encantado.

Pesquisa levantará dados históricos da cooperativa. Na foto, caminhão com a logomarca da época destinado à entrega dos produtos Dália

Foto: Acervo Dália Alimentos

7DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

REFORÇO NA REGIÃO DURANTE TODO MÊS

Foto: Carina Marques/Arquivo

Escola do Leite com novas aulas em abril na região de Anta Gorda

Dez módulos serão oferecidos pela Dália Alimentos durante todo o mês aos produtores que não puderam frequentar todas as aulas

Para os produtores associados que não tiveram oportuni-

dade de frequentar todos os encontros e módulos da Escola do Leite da Dália Ali-mentos, dez aulas extras se-rão oferecidas durante todo o mês de abril nos municí-pios de Relvado, Putinga, Anta Gorda e Arvorezinha.

A região recebeu o pro-jeto itinerante e que substi-tui o modelo de assistência técnica tradicional durante todo o ano de 2014. Foram dez módulos com conteúdo enfocando a atividade lei-teira. Os temas foram abor-dados pela equipe técnica da Divisão Produção Agro-pecuária (DPA) da Dália Ali-mentos, incluindo zootec-nista, médicos veterinários e técnicos em agropecuária.

Os novos encontros na re-

gião serão realizados a par-tir do dia 1º de abril, com o objetivo de proporcionar um reforço para os participantes ausentes a algum módulo

ministrado no ano passado. A participação está aberta aos cerca de 300 produto-res de leite associados da cooperativa nos municípios

de Anta Gorda, Arvorezinha, Doutor Ricardo, Ilópolis, Ita-puca, Relvado e Putinga.

De acordo com o supervi-sor do Setor Gado Leiteiro da

Dália Alimentos, Fernando Oliveira de Araujo, será uma nova oportunidade para que os associados participem de todos os módulos e recebam o certificado de conclusão da Escola do Leite. “A Dália Alimentos quer oferecer um reforço e proporcionar aos associados o acesso a to-dos os módulos do projeto.”

No mês de maio, a Escola do Leite atenderá aos produ-tores da região de Progresso. O projeto envolve uma Sprin-ter equipada com sistema de áudio e vídeo, que percor-rerá diversas propriedades com uma sala de aula iti-nerante. O projeto consiste em aulas com conteúdos da cadeia leiteira e substitui o modelo tradicional de assis-tência técnica, que demanda a visita do técnico em agro-pecuária a cada propriedade.

cronoGrAMA dAs AuLAs (data, conteúdo e local):

>> Dia 1º: Gestão e Planejamento da Atividade Leiteira | Propriedade: Edimar Turatti, de Relvado;

>> Dia 2: Qualidade do Leite e Manejo de Ordenha | Propriedade: João Carlos Favini, de Putinga;

>> Dia 7: Controle de Mastites | Propriedade: João Carlos Favini, de Putinga;

>> Dia 9: Melhoramento Genético | Propriedade: João Carlos Favini, de Putinga;

>> Dia 14: Produção de Alimentos Volumosos | Propriedade: Ismael Andre-olli, de Anta Gorda;

>> Dia 16: Criação de Terneiras e Novilhas | Propriedade: Ismael Andreolli, de Anta Gorda;

>> Dia 22: Conforto e Bem-Estar de Vacas Leiteiras | Propriedade: Edimar Turatti, de Relvado;

>> Dia 23: Manejo Nutricional do Rebanho | Propriedade: Luis Carlos Marche-se, de Arvorezinha;

>> Dia 28: Sanidade | Propriedade: Ismael Andreolli, de Anta Gorda;

>> Dia 30: Reprodução de Vacas Leiteiras | Propriedade: Luis Carlos Marche-se, de Arvorezinha.

8 DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

GERAL RECONHECIMENTO

Coelhos na recepção do Dália Supermercados

Fotos: Carina Marques

Dália Supermercado de Arroio do Meio

O clima da Páscoa está presente e exalando no Dá-lia Supermercados de En-cantado e Arroio do Meio.

Todos os clientes que frequentarem os estabe-lecimentos, em ambos os municípios, serão recep-cionados por uma famí-lia de coelhos, lembran-do a chegada da Páscoa.

A decoração foi orna-mentada pelo décor Rafael Fachini que escolheu, além de coelhos, ovos, flores e até blocos de feno para embelezar e dar um toque ainda mais especial à data.

O local também pode ser utilizado para o registro de fotogra-fias junto ao coelhinho.

ClassiDália>> Vendem-se: oito novilhas, sendo quatro

cobertas confirmadas. O valor pode ser negociado e o telefone para contato é o (51) 9894-5077, com

Dalva ou Eraldo Knies de Candelária.

>> Vendem-se: 15 novilhas das raças Jersey e Holandês, entre três e oito meses de prenhez. Con-tato pelo (51) 9945-5219, com Juliano Tonezer, de

Capitão.

A Dália Alimentos recebeu do Sistema OCB uma corres-pondência parabenizando pelo conteúdo do periódico mensal “Dália em Notícias.” O documento foi remetido

e assinado pelo presidente da entidade Márcio Lopes de Freitas. Para o presidente do Conselho de Administração da Dá-

lia Alimentos, Gilberto Antônio piccinini, o reconhecimento é motivo de orgulho para a cooperativa e todos que contribuem para a elaboração do jornal dália em notícias. “Ficamos ex-tremamente felizes em receber este reconhecimento. Afinal, trata-se da entidade máxima das cooperativas no país. Acre-ditamos que este respaldo seja fruto de um trabalho desen-volvido ao longo do tempo e também pautado na transpa-rência, seriedade e credibilidade com que a dália Alimentos conduz sua atuação e no verdadeiro sentido do cooperativismo.”

>> SAIBA MAISA organização das cooperativas Brasileiras (ocB) é o órgão

máximo de representação das cooperativas no país. Foi criada em 1969, durante o iV congresso Brasileiro de cooperativis-mo. A entidade veio substituir a Associação Brasileira de Coo-perativas (ABCOOP) e a União Nacional de Cooperativas (Unas-co). A unificação foi uma decisão das próprias cooperativas.

entre suas atribuições, a ocB é responsável pela promoção, pelo fomento e pela defesa do sistema cooperativista, em to-das as instâncias políticas e institucionais. É de sua responsa-bilidade também a preservação e o aprimoramento desse sis-tema, o incentivo e a orientação das sociedades cooperativas.

Dália em Notícias éreconhecido pela OCB

Dália Supermercado de Encantado

9DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

GRUPOS DE CONTROLE DA QUALIDADE

PROGRAMAS DE SUINOCULTURA E BOVINOCULTURA LEITEIRA

Seminário dos GcQ’s será no dia 18Grupos apresentarão projetos desenvolvidos em diversas áreas da cooperativa

Está agendada para o dia 18 de abril a reali-zação do Seminário dos Grupos de Con-trole da Qualidade (GCQs) da Dália Ali-

mentos. O evento ocorrerá em sua 10ª edição, a partir das 9h30min, na sede da AABB, em Encantado.

Como de praxe, haverá a apresentação de seis, de um total de 27 grupos, que se destacaram durante o ano de 2014 com trabalhos que resultaram em me-lhorias para a empresa, em um aspecto geral. Cada grupo terá o tempo de 10 minutos para apresentar o seu projeto e as ações desenvolvidas, bem como os resultados atingidos. Para os três melhores colo-cados será concedida uma premiação em dinheiro.

O trabalho é coordenado pela Divisão Controle da Qualidade (DCQ) e consiste na estruturação de grupos que têm a oportunidade de trabalhar, de forma par-ticipativa, em diversas ações para melhorias dentro de suas respectivas áreas ou setores de trabalho. “O evento serve para destacar os trabalhos com maior envolvimento da equipe, domínio da metodologia, au-tenticidade e relevância, e incentivar os grupos na con-tinuidade destes trabalhos constantes de melhoria”, explica o supervisor da Qualidade, Gianmarco Barzotto.

Os grupos são compostos por funcionários da Dália Alimentos, todos voluntários, capacitados sobre o método de gestão PDCA, MASP (metodologia de análise e solução de problemas) e sobre o uso das Ferramentas da Qua-

lidade. O conteúdo aprendido é aplicado em reuniões men-sais, que visam a identificar e solucionar problemas, gerando melhorias contínuas em suas respectivas áreas de atuação.

No total, são 27 GCQ’s que

somam aproximadamente 140 colaboradores de várias áre-as. Barzotto ressalta que estes grupos surgiram na empresa em 1997, época em que eram chamados de “Times da Qua-lidade” e, diferentemente de

hoje, eram estruturados para solucionar problemas específi-cos e não tinham continuidade.

No ano 2000 foram efe-tivadas as equipes perma-nentes, as quais receberam a denominação de GCQ’s.

Foto: Divulgação/Arquivo

No seminário do ano passado, 1ª colocação ficou com o grupo “Ação pela Qualidade”, com integrantes dos setores da industrialização, embala-gem e limpeza noite da Divisão Produtos Suínos (DPS)

:: SAIBA MAIS ::

10 DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

AGO E AGE

com crescimento de 25%, Dália apresenta faturamento histórico

e superior a R$ 1 bilhão

Com um crescimento de 25% em relação ao ano de 2013, a

Dália Alimentos apresentou, no dia 20 de março, o balanço do exercício relativo a 2014.

O encontro com os 148 delegados ocorreu no Au-ditório Itália do Centro Ad-ministrativo de Encantado, durante a realização da As-sembleia Geral Ordinária (AGO) e Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Houve apreciação e aprovação das contas e do balanço, além de alterações no Estatuto So-cial que rege a cooperativa.

As assembleias foram con-duzidas pelo presidente do Conselho de Administração da Dália Alimentos, Gilberto Antônio Piccinini, e pelo pre-sidente Executivo, Carlos Al-berto de Figueiredo Freitas. Também compuseram a mesa dos trabalhos o vice-presiden-te, Pasqual Bertoldi; o auditor externo, Delano Colombo; e o conselheiro fiscal, Adria-no Feronatto. O contador da empresa, Ivo Dirceu Villa, fez a explanação dos resultados.

Com o maior faturamen-to em 67 anos de história, a Dália Alimentos atingiu a ci-fra de R$ 1.025.778.538,00 de receita operacional bru-

ta. O número bilionário re-presenta um crescimento na ordem de 25% em relação ao mesmo período de 2013.

As sobras também regis-traram uma elevação na or-dem dos 26%, totalizando R$ 57.198.120,00. Deste valor, R$ 16.773.116,00 serão dis-tribuídos ao quadro social, sendo 50% na conta corrente e os outros 50% na conta ca-pital. “É mais um ano em que a Dália deposita na conta de cada associado um valor bas-tante significativo, fruto de um trabalho transparente e de gestão que vai ao encon-tro da missão da cooperativa, que é promover o desenvol-vimento econômico e social dos associados e funcioná-rios”, considera Piccinini, in-formando que o valor aos as-sociados estará disponível a partir da sexta-feira, dia 27.

Os funcionários também serão contemplados pelo ano exitoso da cooperativa, sen-do a eles destinado o valor de R$ 2.760.083,00. “Cada funcionário receberá um 14º salário já no dia 7 de abril”, frisa Freitas, reiterando o compromisso e o reconheci-mento que a empresa tem em relação aos seus quadros de associados e de funcionários.

SEGUNDA MAIOR COOPERATIVA DO RS

Com este faturamento, a Dália Alimentos avançou no ranking das maiores empresas-cooperativas do Rio Grande do Sul, ocupando a se-gunda colocação no Estado. Piccinini sustenta que o desempenho histó-rico é fruto de um trabalho executado de forma planejada, com trans-parência, ética e coerência. “A Dália Alimentos conquistou, nos últimos anos, uma estabilidade econômico-financeira que se reflete em um cres-cimento sustentável, tanto em nível de produção no campo quan-to em nível de produção industrial, seja no segmento leite ou suínos.”

E acrescenta: “tudo isso foi possível porque as famílias associadas têm dado respostas seguras e entendido, de forma correta, a política e a estratégia que a cooperativa vem implantado ao longo dos anos, com programas de produção eficientes, estruturados no fornecimento de in-sumos necessários à produção, rigorosamente a preço de custo”, conclui.

Na avaliação de Freitas, o crescimento da cooperativa se deve aos novos investimentos realizados, ao aumento no volume da produção industrial, aos programas de produção e ao número de novos associados no campo. “É um investimento contínuo, pautado na qualificação dos recursos huma-nos, visando uma maior eficiência e produtividade, como também na ma-nutenção de investimentos na área industrial e nos programas de produ-ção, com vista aos ganhos de escala e de produtividade”, justifica Freitas.

Cartão verde e contas aprovadas por unanimidade

Em pé, Piccinini na condução dos trabalhos. Sentados, compondo a mesa (e/d), Ferronato, Bertoldi, Freitas e Colombo

11DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

AGO E AGE

com crescimento de 25%, Dália apresenta faturamento histórico

e superior a R$ 1 bilhão

Uma das novidades da assembleia foi a aprovação do Regula-

mento do Fundo Criança Dália. Com votação favorável, ficou estabelecida a destinação de 1,5% das sobras líquidas pro-venientes do ato cooperativo de cada ano ao Projeto Social Criança Dália, totalizando o

valor em caixa de R$ 578 mil.O recurso será aplicado e di-

recionado a ações voltadas às crianças nos municípios em que a Dália Alimentos está presen-te, seja com famílias associadas, clientes ou consumidores. Para isso, será constituída uma comis-são que fará o planejamento da destinação da verba do projeto.

Cartão verde e contas aprovadas por unanimidade

Fotos: Carina Marques

Em pé, Piccinini na condução dos trabalhos. Sentados, compondo a mesa (e/d), Ferronato, Bertoldi, Freitas e Colombo

NOvOS DELEGADOS

Ainda na assembleia, Piccinini reforçou a proximidade da eleição dos novos delegados, realizada a cada quatro anos e que neste ocorrerá nos meses de abril e maio, com posse em junho. “O delegado precisa ser alguém participativo, com perfil de liderança, pois é o elo entre a cooperativa e o associado”, salientou, su-

gerindo a presença de jovens e de mulheres no novo quadro.

FUNDO CRIANÇA DÁLIA

CONSELHO FISCAL

Nesse dia também foi realizada a eleição do Conselho Fiscal para o exercício de 2015. Os novos conselheiros elei-tos e efetivos são: José Carlos Ziliotto, de Serafina Corrêa;

Moisés Formentini, de Roca Sales; e Marcos Raimundo Marchi, de Progresso.

Os suplentes são: Eloir Lohmann, de Arroio do Meio; Luiz Carlos Valdameri, de Putinga; e Carlos Augusto de

Quadros, de Vale Verde.

José Carlos, Moisés, Marcos Raimundo, Eloir, Carlos Augusto e Luiz Carlos

12 DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

ORIENTAÇÃO TÉCNICAFoto: Carina Marques

A conservação e o ar-mazenamento de forragens são ati-

vidades prioritárias de um sis-tema de produção de bovinos.

O propósito da fenação é obter uma forragem desi-dratada de alta qualidade.

Aliás, qualidade é a com-binação das propriedades química, física e biológica que afetam o consumo, a digestão e a utilização da forragem.

Para produzir um feno de alta qualidade, pelo menos duas condições são necessá-rias: a forragem a ser cortada deve ser de boa qualidade e a secagem deve ser realizada com um mínimo de perda de nutrientes, o que se consegue com uma secagem rápida, que leva a planta a sua inatividade.

O processo de fenação en-volve a remoção de grande quantidade de água da planta. De um modo geral, uma forra-geira, durante a fase de cres-cimento vegetativo e em con-dições normais de umidade no solo, apresenta de 75 a 85% de água (15 a 25% de matéria seca). Durante a fase de flora-

ção este índice varia entre 65 a 75% de água e na fase de sementes maduras é de 55%.

Por outro lado, o estágio de crescimento da planta é que determina o seu valor nutritivo. Plantas forragei-ras, durante o crescimento vegetativo, apresentam alto valor nutritivo e, à medida que passam do crescimen-to vegetativo para o repro-dutivo (floração), este valor decresce acentuadamente.

O processo de secagem ini-cia-se quando a planta é cor-tada. Alterações mecânicas no tecido aumentam a taxa de secagem pela ruptura dos tecidos (células), facilitan-do o movimento de água e aumentando a superfície de evaporação. Portanto, seca-gem mais rápida, por um ou outro processo, determinará menores perdas na respira-ção e, consequentemente, obtêm-se uma forragem con-servada com valor nutritivo mais elevado. Hoje, existem equipamentos que permi-tem a quebra dos tecidos mais fibrosos da forragem.

Feno foi produzido em lavora da Dália ao lado da unidade de lácteos de Palmas

Exemplo disso é o que ocorre na lavoura da Dália Alimentos, loca-lizada nos fundos do Complexo In-dustrial Lácteo de Palmas, no mu-nicípio de Arroio do Meio. O espaço concentra uma plantação com Tif-ton 85, dedicado exclusivamente à produção de feno. Todo o serviço prestado é terceirizado, com equipa-mentos específicos, como cegadeira, ancinho, enleidor e enfardadeira.

A novidade fica por conta da

enfardadeira, com fardos redon-dos, medindo 1,25 x 1,00 metro e pesando em torno de 140 quilos, o que melhora o rendimento e faci-lita a mão de obra, antes realizada de forma braçal e hoje mecânica.

Informações: Técnico em Agro-pecuária e encarregado da Nutri-ção do Setor de Gado Leiteiro da dália Alimentos, paulo roman

Feno e Fenação

Roman mostra feno confeccionado no formato arredondado, um diferencial

LAvOURA DA DÁLIA

13DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

MEIO AMBIENTE

O Dia Mundial da Água foi comemorado em 22 de março. Simbólica no ca-

lendário, a data é apenas lembrada, mas na Dália Alimentos é respeitada, com execução de ações na prática.

A cooperativa mantém um cui-dado especial com a preservação deste recurso natural, seja nas in-dústrias ou nas propriedades rurais dos associados que fazem parte dos programas que a cooperativa dis-ponibiliza, evitando desperdícios e utilizando a água de forma racional.

NA INDúSTRIA – Conforme a quí-mica industrial, Graziela Botega, para controlar a qualidade da água utilizada nas indústrias e produzir alimentos se-guros, a empresa conta com profissio-nais capacitados para realizar diversos

monitoramentos no momento da che-gada da água, seja na indústria (nas estações de tratamento de água), após seu tratamento na rede de distribuição; nos laboratórios internos e; semestral-mente, conforme exigência da Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde, em laboratório credenciado, onde são rea-lizadas diversas análises para aprofun-dar os resultados. Todas essas ações têm por objetivo assegurar que a água esteja de acordo com os padrões adequados à produção de alimentos.

NO CAMPO – De acordo com a en-genheira ambiental, Andrieta Anater Werner, para determinar a qualidade da água utilizada para a dessedentação dos animais, a Dália Alimentos realiza, desde 2010, amostragem e respectiva análise periódica em todas as proprie-

dades dos associados que integram os programas de suinocultura (UPL, cre-che e terminação). Essas análises são realizadas anualmente, a partir do mês de setembro e tem validade de um ano.

De posse dos dados analíticos (mi-crobiológicos e físico-químicos) das águas por propriedade, é realizada uma análise criteriosa, item a item, compa-rando os resultados com o limite de to-lerância para detectar se está ou não de acordo com os padrões. Quando se encontram itens em desconformidade com o limite de tolerância, o técnico agrícola da região, junto com o pro-dutor, realiza um plano de ação para a devida correção e posterior manuten-ção da água em condições potáveis.

A primeira ação realizada é ob-servar, in loco, o sistema de proteção

adotado nas fontes das diferentes origens da água. Isso, para assegurar que não está ocorrendo uma possí-vel contaminação entre o ponto de captação e a entrada da caixa d’água.

Além desse cuidado, ações preven-tivas e corretivas são indispensáveis para garantir e assegurar a qualidade da água fornecida aos animais, princi-palmente a limpeza, a vedação da caixa d’água e o funcionamento do clorador.

Tal acompanhamento garante ao rebanho uma água de boa qualidade para o consumo, evitando problemas sanitários e perda de desempenho. Essa prática de fornecimento de água de qualidade e quantidade disponível está diretamente ligada ao bem-es-tar animal e à biossegurança, fato-res priorizados pela Dália Alimentos.

Água: tratamento correto e responsável na indústria e no campo

Dália Alimentos, atenta à preservação dos recursos hídricos, desenvolve ações dentro e fora da cooperativa

Na indústria – análises de água realizadas no Laboratório da Matriz No campo – condições corretas desde a localização das caixas d’água. Casal com a engenheira Andrieta e o técnico Eliseu

Fotos: Carina Marques

Os cuidados com a qua-lidade da água interferem no desempenho de um bom lote, bem como no bem-es-tar dos animais alojados. Por isso, na propriedade do casal Ademar Luis (38) e Su-siana Maurer (35), em Linha Welp, interior do município de Teutônia, a água é tra-tada com bastante cuidado.

A granja com 1,2 mil suínos em sistema de cre-che é abastecida pela água proveniente de um poço ar-tesiano, cujo recurso hídrico

é armazenado em dois re-servatórios: um com capa-cidade para dez mil litros e outro para mil litros. Um terceiro, também com capa-cidade para dez mil litros, será instalado em breve.

Segundo o casal, o menor é utilizado somente para a aplicação do medicamento aos suínos, enquanto o outro é utilizado para a finalidade de alimentar os animais. Instalados à sombra, os re-servatórios mantêm a tem-peratura ambiente, assegu-

rando água fresca aos suínos todos os dias. A cada encer-ramento de lote, as caixas d’água são higienizadas, o que também assegura uma água de maior qualidade.

Outro fator que auxi-lia no bom desempenho do lote é a regulagem dos bebedouros, que, segundo o técnico Eliseu Provensi, devem permanecer acima do dorso do animal. “Caso fiquem mais baixos, a água será desperdiçada”, explica. Além disso, a rede hidráu-

lica deve receber atenção especial para que não ocor-ra desperdício de água.

Para o casal, os cuidados com relação ao recurso hí-

drico são seguidos à risca, o que garante que os suí-nos tenham sempre água fresca e de boa qualidade à disposição nos bebedouros.

cuidAdos reVertidos eM BeM-estAr dos AniMAis

Granja localizada em Linha Welp, em Teutônia

14 DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

REPORTAGEM COM O ASSOCIADO > BOvINOCULTURA LEITEIRA

Juntos há sete anos, Ângelo Batista Reis (30) e Lisane Franck (20) estão noivos. Para um futuro próximo pre-

tendem formalizar a união e já pensam na construção da casa própria. A moradia de-verá ser edificada em terreno que avizinha com o free stall que os jovens gerenciam na comunidade de Linha Harmonia, distante 12 quilômetros do Centro de Venâncio Aires.

Jovens e repletos de entusiasmo, os dois dão exemplo no cuidado e na dedicação com a atividade leiteira. Ângelo é associado da Dá-lia Alimentos e visionário quando se trata em prosperar no segmento leite. Filho dos agri-cultores Alcido e Maria Clotilde, cresceu no meio rural, observando e ajudando os pais na extinta plantação de fumo, que somava 40 mil pés, além de sempre conviver com as vacas.

Dedicado, recorda que aos 14 anos saía da cama às 5h da manhã para auxiliar a mãe na or-denha dos animais. Depois de ajudar em casa, percorria dois quilômetros a pé até a parada mais próxima para, então, embarcar no ônibus que o levaria à escola. “Eu ajudava e com o pas-sar do tempo comecei a ganhar uma mesada do meu pai. Eram R$ 60 que eu recebia todo mês, o que, na época, era uma fortuna”, recorda.

Todo este interesse pela atividade leiteira idealizado na infância veio a se transformar em realidade e num projeto de vida nos anos seguintes. Em 2012, Ângelo começou a proje-tar a construção de um free stall, cuja obra foi iniciada em 2013 e concluída no ano seguinte. Na época, o investimento foi de R$ 120 mil.

As poucas vacas começaram a ser duplicadas e triplicadas, aumentando o volume de animais e também de litros de leite produzidos diaria-mente. “Sempre gostei de trabalhar com leite, desde criança, de tirar o leite quando era balde ao pé, de ajudar meus pais no trato dos ani-mais. Hoje vejo que a atividade é algo bastante gratificante e que pode render dinheiro, caso seja feita com dedicação”, comenta o jovem.

Foco no melhoramento e na qualidade do leite

norteia propriedade

Fotos: Carina Marques

Jovem casal de Linha Harmonia demos-tra entusiasmo com a produção de leite

e projeta futuros investimentos

Ângelo e Lisane: casal é jovem e com perspectivas de tornar a atividade leiteira ainda mais rentável

CENÁRIO ATUAL

Com uma produção de 220 litros de leite/dia, o jovem casal conta com um rebanho com-posto por 35 animais, sendo dez vacas em lactação, cinco secas, dez novilhas e o mesmo número de terneiras. A proje-ção para curto e médio pra-zos é adquirir outras dez vacas para, gradativamente, aumen-tar o volume de leite produzido.

Com melhoramento genético em andamento há cinco anos, além dos cuidados em relação à higiene da ordenha, o rebanho em produção atinge uma média de 24,5 litros/leite/vaca/dia, sendo que este volume atinge 31 litros/leite/vaca/dia na época de inverno. Também existe o me-lhoramento da nutrição da pas-tagem, incluindo maior cuidado com todo o processo de elabora-ção da silagem e dieta balancea-

da, o que garante os bons índices de produtividade por animal.

A propriedade do jovem tam-bém apresenta bons resultados em relação à Contagem de Cé-lulas Somáticas (CCS) e à Con-tagem Bacteriana Total (CBT), sendo 431 mil e quatro mil, res-pectivamente. “Já chegamos a atingir 190 mil de CCS. Temos bastante cuidado com a higiene na ordenha, realizamos o pré e pós-dipping e qualquer alte-ração que surge procuramos tratamento imediato”, explica.

Ângelo revela que pretende fazer parte do Programa Vale dos Lácteos da Dália Alimen-tos, o que permitirá qualificar a produção e a produtividade: dentre os benefícios do progra-ma, destaca-se a visita mensal de médico veterinário para acompanhamento na parte de reprodução, a fim de reduzir o intervalo entre os partos; o

controle leiteiro mensal e ofi-cial da Gadolando; a qualidade do leite através do teste de cada vaca (CCS, gordura, proteína, etc.); e a valorização da genéti-ca na propriedade, através do registro junto às associações.

O técnico que atende a região é Volnei Zarth

(40). Com cinco anos de atuação na Dália Alimentos, atende a 190 produtores nos municípios de Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul.

Para o técnico, o grande diferencial na propriedade de Ângelo está na eficiência que o casal busca dia após dia. “Eles estão sempre abertos à troca de conhecimento, à informa-ção, à busca de novas tecnologias, visando produzir leite com maior qualidade, o que o mercado consumidor exige”, finaliza Zarth.

PERFIL DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Sala de ordenha: limpeza e organização

15DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015 15

REPORTAGEM COM O ASSOCIADO > SUINOCULTURA

Organização garante excelentes índices em granja de Roca Sales

Casal Kummer duplicou produção de suínos em Linha Júlio de Castilhos

Detalhista e sempre atento a qualquer irregularidade, o

produtor de suínos associado da Dália Alimentos, Celso Luiz Kummer (50), mantém a gran-ja na propriedade em Linha Júlio de Castilhos, interior do município de Roca Sales, com excelentes índices, além de organização e muito capricho.

Kummer e a esposa Su-zane (46) trabalham no ge-renciamento e no cuidado dos mil leitões alojados no sistema creche. Construído em 2007, o primeiro pavilhão surgiu como uma alterna-tiva para diversificar a pro-priedade com 12 hectares e também para buscar uma estabilidade para o período de seca que castigou a agri-cultura naquele ano. “Tínha-mos vacas leiteiras e quería-mos diversificar a produção e também nos precaver da seca com uma atividade que não dependesse da lavoura. Então, investimos na suino-cultura”, explica Kummer.

Inicialmente, o casal alo-jou 500 suínos. Porém, ao observar o bom desempenho, no ano de 2009, o técnico em agropecuária da região, Da-nilo Rissini, sugeriu a dupli-cação da produção, passan-do de 500 para mil cabeças. Um pouco relutante, o casal aceitou o desafio e, em 2011, edificou o segundo pavilhão.

Antes disso, no entanto,

a família passou por um mo-mento difícil. Suzana foi diag-nosticada com lúpus, chegou a pesar apenas 36 quilos e hoje toma um coquetel de nove medicamentos para combater a doença que a im-pede de se expor ao sol. “Foi um momento muito compli-cado, meses sem saber o que eu tinha e uma batalha para descobrir o motivo que me le-vava a sentir fortes dores nas juntas e febre que não passa-va. Mas graças à vontade de

Deus tudo deu certo e hoje estou bem”, lembra Suzane.

Embora a doença, ela nunca abandonou o traba-lho na propriedade e, com apoio do esposo, superou as dificuldades e hoje trabalha normalmente. Suzane evita a exposição ao sol, utiliza pro-tetor solar fator 50 e desem-penha as funções internas na granja. Pais de Juliana Regi-na (25) e Henrique Luiz (19), o casal não obteve êxito na sucessão familiar. A filha é

casada e vive no interior de Roca Sales com o marido e o filho, apesar de ainda mo-rar na propriedade, trabalha em Lajeado no ramo da en-genharia civil, cujo segmen-to pretende seguir carreira.

Com um trabalho intenso e em dupla, o casal demostra satisfação e entusiasmo com a atividade suinícola, que diz ser rentável, se seja exerci-da com zelo, organização e comprometimento. “Estamos contentes, é um ramo em que

gostamos de trabalhar. Porco é um ótimo negócio”, afirma Kummer. Suzane complemen-ta argumentando que o suces-so e os bons resultados tam-bém dependem dos cuidados com as condições do empre-endimento e com os animais. “É um animal que precisa ter um local limpo, água, ração e todas as condições para viver bem. Por isso, cuidados para que nada falte e que eles te-nham um local limpo, areja-do e bem cuidado para ficar.”

Com 32 anos de expe-riência na cooperativa, o técnico em agropecuária Danilo Rissini (53) é quem presta assistência técnica às famílias dos municípios

de Roca Sales, Colinas, Muçum, Imigrante e Ves-pasiano Corrêa, totalizando 71 produtores.

Ele é o técnico a campo mais antigo da empre-sa, tendo sua carreira iniciada na região de Anta Gorda seguindo, logo após, para as regiões de Se-rafina Corrêa, Encantado e, agora, Roca Sales.

PERFIL DAASSISTÊNCIATÉCNICA

Suzane e Celso Luiz: mão de obra do casal é que toca propriedade com mil leitões. Na foto abaixo com o técnico Danilo no quadro mural

Fotos: Carina Marques

cApricho e orGAnizAção

Conforme Rissini, esta é uma das granjas mode-lo na região, com exce-lentes índices de conver-são alimentar. O técnico atribui o êxito na criação dos leitões ao manejo, à higiene, à limpeza, à sa-nidade e ao capricho do casal Kummer com o em-preendimento suinícola.

Destaca, ainda, a or-ganização do escritório, das planilhas, da docu-mentação e do quadro mural. “Tudo isso se deve

à eficiência na execução do programa, que vai desde à boa limpeza e à desinfecção entre os lotes, até o aquecimen-to adequado dos ani-mais, à boa alimentação, com atenção especial aos animais menores, à qualidade da água ofe-recida e ao bom mane-jo de cortinas”, opina.

Rissini salienta, ain-da, a organização do escritório, cujo local os produtores devem fi-

xar, em espaço visível, a licença de operação, a ficha de acompanha-mento de lote, a guia de transporte dos animais, o certificado das análi-

ses de água, o controle de roedores e as orien-tações técnicas. “São documentos vitais anali-sados pelas missões em visitas às propriedades.”

DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 201516

Informe VAMos reALizAr A ordenhA e CONTROLAR MASTITES?

1) o Que É?

A mastite é uma patolo-gia de grande perda econô-mica para a bovinocultura leiteira. O elevado impacto econômico evidencia a ne-cessidade de monitoramento da doença para redução dos prejuízos por ela causados.

Para evitar a contami-nação de animais sadios por vacas que apresentam ou já apresentaram problemas de mamite - que ocorre pelo uso de utensílios e do próprio ordenhador - recomenda-se a observação da seguin-te sequência de ordenha:

1º - Ordenhar vacas de primeira lactação;

2º - Em seguida, vacas mais velhas que nunca tive-ram mamite;

3º - Após, vacas que já tiveram mamite, mas foram curadas;

4º - E, finalmente, vacas com mamite.

Recomendações:a) utilizar luvas du-

rante a ordenha, sendo importante trocá-las a cada lote de vacas ou sem-pre que estiverem sujas.

b) realizar teste da ca-

neca de fundo preto, com remoção dos três primeiros jatos, porém nunca descar-tá-los no chão, para evitar contaminações do ambiente. Retire três jatos na caneca e visualize a presença ou não de grumos. Este teste con-tribui para a identificação de casos de mastite clínica.

2) TESTES PARA DIAGNÓSTICO DE MASTITE SUBCLÍNICA:

O diagnóstico de mastite subclínica é realizado principalmente com o teste Califórnia Mastite Teste (CMT) e a Contagem de Células Somáticas (CCS). Deve-se realizar o teste de CMT ou CCS pelo me-nos uma vez por semana e, na ausência desta rotina, realizá-lo duas vezes por semana para identificar situações crônicas nos animais.

O CMT é o teste mais comum e de fácil realização, sendo neces-sário utilizar uma raquete própria e a solução CMT para fazê-lo, utensílios que podem ser adquiridos nas AGROPECUÁRIAS DÁLIA.

Para realizar o teste CMT, coleta-se o leite de cada teto em cada um dos compartimentos da raquete. Em seguida, incli-na-se a raquete até que o leite atinja a marca inferior (indica-da no compartimento e que corresponde a 2ml de leite). De-pois, adiciona-se a solução CMT até atingir a marca superior (aproximadamente 2ml). Feito isso, deve-se realizar movimen-tos circulares com a raquete para promover a mistura do lei-te com a solução CMT para, em seguida, fazer a leitura do teste.

TESTE DA RAQUETE, GRAU CMT E REAÇÕES OBSERVADAS NA MISTURA DO LEITE COM A SOLUÇÃO CMT:

- Negativo: 0 – 300,000 CCS. Não há forma-ção de gel na mistura do leite com a solução CMT;

- Traço (falso positivo): 200,000 – 400,000 CCS. Há instantâ-nea formação de gel na solução, desaparecendo muito rápido. Não há alteração na consistência da solução. (exige tratamento);

- Fracamente positivo (+): 400,000 – 1.200,000 CCS. Há rápida for-mação de gel no centro da solução, que desaparece em seguida. Há uma leve alteração na consistência da solução (Gel). (exige tratamento);

- Positivo (++): 1.200,000 – 5.000,000. Há formação de gel bem visível na solução, tendendo ficar mais fraca se continuar agitan-do. Há alteração na consistência da solução. (exige tratamento);

- Fortemente positivo (+++): Acima de 5.000,000. Há forte forma-ção de gel na solução, não desaparecendo, mesmo após algum tempo. Há forte alteração na consistência da mistura. (exige tratamento).

3) PRODUTOS:

A eficiência dos pro-dutos utilizados é de fundamental importân-cia para o sucesso da atividade leiteira, sendo um ponto crítico para o controle da mastite. A maneira mais eficaz de controle é a preven-ção por meio de assepsia e de testes de monitoramento pe-riódicos (teste da caneca com fundo preto e raquete CMT).

Em relação à contaminação, o pré-dipping pode re-duzir em até 90% a presença de bactérias na pele, bai-xando o risco de contaminação. O uso correto do pré-dipping pode reduzir em 50% as novas infecções in-tramamárias causadas por microrganismos ambientais.

As soluções util izadas na antissepsia que fazem parte do portfólio da AGROPECUÁRIA DÁLIA são os seguintes: Agri-sept (pré), Xenon ( pré e pós), Dermisan (pré) e Prefoan (pré).

A atividade germicida depende da concentra-ção indicada pelo fabricante, da estabilidade química e do tempo de contato dos produtos com os tetos, que deve ser, no mínimo, de 30 segundos, para que tenha a ativi-dade germicida e bactericida o mais eficiente possível.

4) CUIDADOS:Para minimizar a perda da

eficácia dos antissépticos, são necessários alguns cuidados:

- Correto armazenamen-to: os antissépticos devem ser armazenados em local limpo, fresco, seco e ao abrigo do sol. A incidência de luz direta so-bre os produtos diminui seu poder desinfetante. A falta de tampa e/ou vedação nos re-cipientes de produtos clora-dos permite a evaporação do cloro, o que diminui sua con-centração e ação bactericida;

- Prazo de validade: não uti-lizar produtos fora da validade;

- Condições do ambiente: tetos sujos devido à presen-ça de substâncias orgânicas (esterco, lama, barro, cama) no ambiente de permanên-cia das vacas nos períodos entre ordenhas prejudicam a eficácia do pré-dipping, sendo indicada a lavagem com água sem pressão ape-nas nos tetos sujos. As suji-dades dificultam a ação dos desinfetantes, úbere não se lava e nem teto limpo.

- Correta aplicação do produto: todo o teto deve ser submerso. A cobertura parcial do teto não proporciona o efeito máximo do desinfetante;

- Frascos sem retorno: recipientes sem retorno evi-tam a contaminação da solução que ainda não foi utilizada;

- Higienização dos frascos: os frascos devem ser es-vaziados e limpos sempre após cada ordenha;

A secagem dos tetos deve ser feita com papel toalha descar-tável, após 30 segundos da aplicação do desinfetante, utilizando uma ou mais toalhas por teto. Nunca utilizar a mesma toalha para mais de um teto. Para o uso do dermisan (toalhas não descartáveis), a indicação é usar uma toalha por vaca e, após a ordenha, higienizar as toalhas para o próximo procedimento. É importante observar a data de valida-de das toalhas e renová-las sempre que necessário.

>> A roti na de ordenha, seguindo as boas práti cas na produção e as recomendações, traz inúmeros benefí cios para a produção de leite. As masti tes clínica e subclínica

(maiores vilãs das perdas na produção de leite), devem ser controladas, pois os animais são assintomáti cos, ou seja,

não apresentam sintomas. Desta forma, o controle e a execução dos testes de

roti na para identi fi car estes sintomas e tratá-los é a melhor forma de evitar perdas na produção de leite. Menor o

número de tratamentos, menor tempo e melhores índices de cura para os animais acometi dos.

Nas próximas edições do DÁLIA EM NOTÍCIAS será abordado o manejo da ordenhadeira e o pós-dipping como ferramentas para minimizar a Contagem Bacteriana Total

(CBT) e a Contagem de Células Somáti cas (CCS).Mais informações junto à AGROPECUÁRIA DÁLIA.

Informações: Médico Veterinário e Zootecnista, Eduardo Caminha E-mail: [email protected]

Cel.: (51)95519922

Teste da raquete e, acima, teste da caneca de fundo preto

17DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

FUNCIONÁRIO DO MÊS > REINALDO CORNELLI

Cavalos é uma das paixões de Reinaldo Cornelli (47). É com eles que o assessor jurídico da Dá-lia Alimentos busca refúgio, descanso e alívio

para o estresse do dia a dia, quando não está na em-presa. Cornelli, então, substitui as roupas formais, com terno e gravata, pela pilcha gaúcha, com bota e bom-bacha, para se dedicar aos animais que cria em sua ho-telaria para equinos no Bairro Lambari, em Encantado.

Este é o programa do advogado nos finais de sema-na, porque de segunda a sexta-feira, em horário de expe-diente, os compromissos burocráticos de supervisor do Setor Jurídico na Dália Alimentos são outros. Tão intenso quanto o galopar dos cavalos que doma, o trabalho na empresa exige perspicácia e amplo domínio da legislação.

Mas isso Cornelli domina com afinco, pois já são qua-se três décadas de trabalho na Dália Alimentos, a serem completadas em setembro, sendo 17 anos dedicados ao trabalho na assessoria jurídica da cooperativa. “Sou advo-gado da empresa desde a minha formatura, no segundo semestre de 1998. Mas antes disso, em 1996, eu já fazia petições na condição de estagiário do Direito”, recorda.

A história de Cornelli na Dália Alimentos começou a ser escrita no ano de 1985, época em que começou a trabalhar como ecônomo na SCREC, sociedade de funcionários, que, no passado, era vinculada à cooperativa. “Minha infância sempre foi ligada à cooperativa. Meus avós e pais eram associados e, como pequenos produtores, vendiam toda a produção de suínos para a Cosuel”, recorda. E conclui: “Como a propriedade era pequena, tinha que buscar tra-balho fora. Foi então que comecei a trabalhar na SCREC.”

Na sociedade, o então menino com apenas 17 anos de-sempenhava diversas funções: cuidava do jardim, de toda a estrutura da entidade e lembra até hoje das árvores que plantou e que hoje fazem sombra na sede da SCREC, que fica defronte de sua residência, no Bairro Lambari.

Transcorreu um ano e, em 1986, Cornelli passou de empregado da SCREC a funcionário da fábrica de rações da cooperativa. Com ênfase na parte burocrática, de-sempenhava a função de auxiliar administrativo da fá-brica e, passados seis meses, surgiu a oportunidade de migrar para o setor de Recursos Humanos, onde teve o primeiro contato com o universo jurídico, atuando di-retamente com processos reclamatórios trabalhistas.

Inspirado no trabalho do cotidiano, Cornelli deu iní-cio ao curso de Direito e, no ano de 1998, concluiu a graduação em São Leopoldo. “A empresa me deu todo o suporte e apoio, me liberava um dia por semana para conseguir estudar. Isso foi um grande facilitador para eu concluir o curso.” Neste período de estudos traba-lhou junto ao advogado, que na época, prestava asses-soria à cooperativa, Celso Luiz Herold e depois, à equi-pe, juntaram-se Alex Sandro Herold e André Pretto.

Cornelli está na Dália há quase três décadas eocupa a função de assessor jurídico

Por dentroda lei e dotradicionalismo

Foto: Carina Marques

Cornelli está na cooperativa há quase 30 anos, tendo iniciado as atividades na SCREC. Hoje é o assessor jurídico da empresa

Cornelli é enfático ao firmar que o Direito ficou mais dinâmico e menos engessado ao longo dos anos e que as relações interpessoais e comerciais mudaram. Quanto ao trabalho na co-operativa, argumenta que o foco prin-cipal está na atuação preventiva, na tentativa de evitar que se criem pas-sivos. “A área do Direito é de extrema importância para a empresa como um todo, porque demanda conheci-

mento de várias áreas que envolvem todas as atividades da cooperativa.”

Em 1991, com o aumento da demanda de trabalho na área jurídica, foi criado o Setor Jurídico. Hoje o departamento conta com um supervisor, duas advo-gadas – Nathalia Cezar Menezes e Elisa Cláudia Sott –, uma auxiliar administra-tiva e estudante de Direito – Alessandra da Luz –, e um estagiário e também aca-dêmico da área – Maurício Cobalchini.

A veia tradicionalista está presente em toda a família de Cornelli. Sua paixão pelos cavalos (relatada no início da reportagem) teve início ainda quando criança e adoles-cente e foi aguçada depois que a filha Maya-ra, hoje com 26 anos e advogada, passou a fazer parte de uma entidade tradicionalista do município, da qual, mais adiante, Cornelli passaria a ser o patrão por duas gestões.

A paixão pela cultura do Rio Grande se manifestou em toda a família, sendo que a esposa Rosangela administra, há 11 anos, um comércio dedicado à ven-da de artigos campeiros. A filha caçu-la Laura, com 16 anos, também faz par-te da entidade e hoje se prepara para, futuramente, seguir a carreira de médica.

Também com relação à famí-lia, Cornelli supervisiona e assesso-ra o Escritório Cornelli Advogados As-sociados, onde a filha Mayara atua.

DIREITO DE ONTEM E DE HOJE

TRADICIONALISMONA FAMÍLIA

Foto: Arquivo Pessoal

Paixão pelos cavalos e pela vida tradicionalista

DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 201518

19DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 2015

Coluna da Ledi*Ledi T. Giongo - Secretária Executi va da Dália Alimentos

PRESÍDIOS: UM DEPÓSITO DE (DES)HUMANOS?

PARABÉNSEssa simpática garotinha é Laura Luiza Henicka, que no dia 12 de abril completará 3 anos de vida. Ela recebe todo carinho dos pais Leandrin e Deonise Henicka, que são asso-ciados da Dália Alimentos.

FORMATURA IO dia 28 de março foi especial

para a associada de Formiguei-ro Marisa de Lima Vasconcelos,

que se formou em Ciências Contábeis. Ela recebe as home-nagens de felicidade e sucesso do esposo Geisson Vasconcelos e dos Sogros Jusinei e Ilva Vas-

concelos, também associados da Dália Alimentos.

FORMATURA IIFormou-se no curso de Ad-

ministração de Empresas pela Univates Diego Sattler. A

formatura ocorreu no dia 7 de março. Ele recebe os votos de sucesso dos pais Jair e Justina

Ines Sattler.

Está aqui um assunto nada prazeroso para se abor-dar: os depósitos de gente em que se transformaram os presídios brasileiros. Há quem diga que “essa gente” está lá porque é “bicho ruim” e, portanto, merece o castigo de passar por esse calvário.

Penso que esse não é o caminho. Concordo que os presos cometeram crimes e, portanto, precisam ser afas-tados do convívio social, mas isso não significa que tenham que viver em condições subumanas. O primeiro passo para se tentar (observem o verbo grifado) recuperar um delinquente é lhe apre-sentar uma realidade diferente da qual está habituado.

Então, uma situação razoável seria que os presídios fossem administrados como uma família, isto é, com responsabilidades, limites, obrigações e respeito. Esses quatro quesitos deveriam ser o suporte para um pro-grama de recuperação dos presos que, obviamente, en-volveria trabalho. Este é uma função social que todo ser humano tem a necessidade e o direito de exercer. Sen-do assim, é justo que os detentos trabalhem enquanto pagam sua dívida à sociedade. Dessa forma, cumprem seu dever e, ao mesmo tempo, têm um direito assegu-rado. Aliás, a chance de recuperação será bem maior, mesmo que a atividade seja uma forma de punição.

Digo isso porque acredito que punir para recuperar é um caminho que pode apresentar resultados positivos. E, se não recupera, foi punido em uma parte de sua vida, quando foi obrigado a seguir regras, teve limites, obrigações e res-ponsabilidades. Em contrapartida, viveu com dignidade.

Alguém ainda crê que nosso sistema prisional recupera alguém? Educa alguém? Partilhar um cubículo sujo, mal cheiroso, com péssima comida, certamente contribui para aumentar a revolta de quem já chegou lá em condições de desiquilíbrio social. Quando vejo as mães em frente ao pre-sídio esperando o horário de visita, me auto recrimino por não ter vocação política para lutar por um sistema prisio-nal que realmente busque a recuperação desses infelizes.

Nossos governantes precisam entender, com urgên-cia, que esse também é um problema que começa com o parco sistema educacional que temos. Pitágoras, filóso-fo grego que viveu 500 a.C., disse a célebre frase: Edu-cai as crianças e não será preciso punir os homens.

Pelo visto, nossos governantes nada entendem de filósofos e Pitágoras, porque sequer consideram a necessidade de educar; aliás, desconhecem o ver-dadeiro sentido da educação, assim como seus refle-xos e suas consequências. Educação envolve o aper-feiçoamento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, disciplinamento, instrução e en-sino. Está lá, no dicionário, na definição de educação.

E a lei, o que diz? A Lei nº 9.394 de 20/12/1996, Título II, Dos princípios e fins da educação nacional, em seu artigo 2º diz: “A educação, dever da família e do Es-tado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exer-cício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

Ah!!! Só para registro, essa é a lei brasileira e, como muitas, “de papel”.

FELICIDADESDagmar Conzatti Piccinini ani-versariou no dia 17 de março. Ela recebe as felicitações da família e dos amigos que dese-jam alegria, sucesso e felicidade nesta nova etapa de sua vida. Parabéns!

ANIVERSÁRIOCompletou 3 aninhos no dia 24 de fevereiro a gatinha Laura Macha-do dos Santos Vasconcelos. Ela é

neta de Jusinei e Ilva Vasconcelos, associados da Dália Alimentos.

Também recebe as felicitações dos pais Jusiel e Raquel e dos tios Geis-son e Marisa, também associados da cooperativa no município de

Formigueiro.

FORMATURA IIINo dia 7 de março Aline Antonelo

colou grau em Administração pela Univates. Os pais Nelson e Nedi Antonelo e a irmã Valeria

estão muito orgulhosos pela con-quista. “Parabéns pela formatura e aproveite muito esta nova fase,

pois acompanhamos sua luta e as batalhas que você enfrentou para conquistar esse diploma.

Amamos muito você e nos orgu-lhamos pela sua conquista!”MAIS UM ANO

Quem completará mais um ano de vida no dia 12 de abril é Amanda Tomiozzo Bussetti. Ela é filha de Sidnei Bussetti e Carina Tomiozzo, associados da Dália Alimentos no município de São Valentim do Sul, e estará completando 10 anos.

COMEMORAÇÃOCompletou 15 anos no dia 9 de abril Milena de Abreu, de Canu-dos do Vale. Ela é homenageada pelo pai e associado da Dália Alimentos, Claudir de Abreu, pela mãe Marlise de Abreu, pela irmã Mirela e demais familiares.

DIA DELEO garotão

da foto é Elias Rosa da Rocha, que com-pletará 4

anos no dia 24 de abril.

Ele recebe o carinho da mãe Edileusa, do

pai Gilmar, que trabalha no se-tor de Abate da Dália Alimen-

tos, e da avó Maria.

POSSETomou posse no dia 7 de março

a nova patronagem do GAN Anita Garibaldi. Dentre as

integrantes está a gerente da DCQ da Dália Alimentos, Ivane

Giacobbo, que assumiu como 1ª sota capataz ou 1º secretária.

DÁLIA EM NOTÍCIAS - Abril de 201520