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Informativo Salette Santuário Nossa Senhora da Salette | Curitiba | www.santuariosalette.com.br | Maio/Junho 2017 | Ano XII | 84 Maio, mês que toca nosso coração. Mês em que celebramos o Dia das Mães, e entre todas elas, aque- la que é a mãe de Deus e também nossa Mãe, a Virgem Maria a quem amamos e reverenciamos com um carinho todo especial. No desejo de celebrar e meditar com dignidade tal mês convido-vos a acolher no coração uma reflexão que o Papa Francisco fez em uma de suas catequeses sobre a Igreja. Na ocasião tendo como base um ensinamento de Santo Ambrósio, o Papa nos convidou a olhar para Maria como imagem e modelo da Igreja a partir de três expressões: Maria como modelo de fé. Em que sentido Maria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem era a Virgem Maria: uma moça judia, que esperava com todo o coração a redenção do seu povo. Mas naquele coração de jovem filha de Israel havia um segredo que ela mesma ainda não conhecia: no desígnio do amor de Deus estava destinada a tornar-se a Mãe do Redentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus chama-a “cheia de graça” e lhe revela este projeto. Maria responde “sim” e daquele momento a fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus, o Filho de Deus que dela se fez carne e no qual se cumprem as promessas de toda a história da salvação. A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo, encarnação do amor infinito de Deus. Maria modelo de caridade. De que modo Maria é para a Igreja exemplo vivo de amor? Pensemos em sua disponibilidade para com a prima Isabel. Visitando-a, a Virgem Maria não lhe levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria plena. Isabel e Zacarias estavam felizes pela gravidez que parecia impos- sível em sua idade, mas é a jovem Maria que leva a eles a alegria plena, aquela que vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no partilhar, no ajudar, no compreender. Maria modelo de união com Cristo. A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria rezava, trabalhava, ia à sinagoga... Mas cada ação era cumprida sempre em união perfeita com Jesus. Esta união alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal e sobre a morte. Maio,mês de Maria

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Page 1: INFORMATIVO MAIO JUNHO - Santuário Nossa Senhora da … · Santuário Nossa Senhora da Salette ... Fátima, Montenegro, Auxiliadora, ... Estando presentes nos cinco continentes,

Informativo SaletteSantuário Nossa Senhora da Salette | Curitiba | www.santuariosalette.com.br | Maio/Junho 2017 | Ano XII | N° 84

Maio, mês que toca nosso coração. Mês em que celebramos o Dia das Mães, e entre todas elas, aque-la que é a mãe de Deus e também nossa Mãe, a Virgem Maria a quem amamos e reverenciamos com um carinho todo especial. No desejo de celebrar e meditar com dignidade tal mês convido-vos a acolher no coração uma reflexão que o Papa Francisco fez em uma de suas catequeses sobre a Igreja. Na ocasião tendo como base um ensinamento de Santo Ambrósio, o Papa nos convidou a olhar para Maria como imagem e modelo da Igreja a partir de três expressões:

Maria como modelo de fé. Em que sentido Maria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem era a Virgem Maria: uma moça judia, que esperava com todo o coração a redenção do seu povo. Mas naquele coração de jovem filha de Israel havia um segredo que ela mesma ainda não conhecia: no desígnio do amor de Deus estava destinada a tornar-se a Mãe do Redentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus chama-a “cheia de graça” e lhe revela este projeto. Maria responde “sim” e daquele momento a fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus, o Filho de Deus que dela se fez carne e no qual se cumprem as promessas de toda a história da salvação. A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo, encarnação do amor infinito de Deus.

Maria modelo de caridade. De que modo Maria é para a Igreja exemplo vivo de amor? Pensemos em sua disponibilidade para com a prima Isabel. Visitando-a, a Virgem Maria não lhe levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria plena. Isabel e Zacarias estavam felizes pela gravidez que parecia impos-sível em sua idade, mas é a jovem Maria que leva a eles a alegria plena, aquela que vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no partilhar, no ajudar, no compreender.

Maria modelo de união com Cristo. A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria rezava, trabalhava, ia à sinagoga... Mas cada ação era cumprida sempre em união perfeita com Jesus. Esta união alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal e sobre a morte.

Maio,mês de Maria

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Editorial 2

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA SALETTERua Lange de Morretes, 691Jardim Social - Curitiba – PR.

CEP: 82520-530 - Fone: (41) 3256-3625(41) 99684-4578

www. santuariosalette.com.br e-mail:

[email protected] REITOR

Pe. Renoir Juslei Dalpizol – MSVIGÁRIO PAROQUIAL

Pe. Anacleto Ortigara – MSDiácono: Honorival Carlos Magno

Ir. Carlos Guimarães Ir. Tarcísio Camilo

Ir. Henrique Aguiar

EXPEDIENTE DA SECRETARIADe segunda a sexta-feira

Das 8:00h às 18:00h e das 19:00h às 22:00hSábados

Das 8:30h às 11:30h e das 13:30h às 16:00hDomingos

Das 8:00h às 12:00h

HORÁRIO DE MISSASegunda feira: 16:30h Missa da saúde

Quarta feira: 07:00h Missa com novenaQuinta feira: 19:30h Adoração

20:00h Missa com benção do SantíssimoSábado: 10:30h Missa da Catequese

Sábado: 18:00hDomingo: 09:00h; 11:00h e 19:00h

MISSAS COM OUTROS HORÁRIOS1ª sexta feira: 16:30h

dia 19 de cada mês: 16:30hSe sábado: 10:30h e 18:00h

Se domingo: 09:00h, 11:00h e 19:00hCENTRO SOCIAL

Atendimento toda 4ª feira do mês das 13:30h às 16:30h

www.centrosocialsrl.com.br

IMPRESSÃOTopgraf Editora e Gráfi ca Ltda.

Fone: 41.3668-2326Tiragem: 2.000 exemplares***Os artigos assinados são de total

responsabilidade de quem os escreve***

PALAVRA DO REITORQueridos(as) Irmãos(ãs),A Paz de Cristo!Estamos adentrando nos meses de maio e junho.

O ano vai impondo seu ritmo e nós na alegria de sa-ber que o ressuscitado caminha conosco, vamos com renovado ardor dando vida e vigor à missão que as-sumimos.

Maio é o mês dedicado à Mãe de Deus e a todas as nossas mães. O segundo domingo do mês se torna especial, pois é dia de comemorar e celebrar com es-pecial alegria aquela que todos os dias do ano, todas as horas do dia, todos os minutos da hora e todos os segundos do minuto... será sempre e por toda a vida nossa Mãe. Um abraço e uma prece por todas elas! Mas também, neste mês (maio), honramos com ternura filial a Mãe de Deus – Maria. Uma devoção que se iniciou na Europa, pois lá se vive nesse tem-po o colorido e a alegria da primavera, portanto um mês dedicado a aquela que é a flor mais bela que Deus criou, Maria, concebida sem pecado original, e sem nenhum espinho de maldade tomou conta de sua vida e coração. Nosso informativo traz várias re-flexões sobre a Virgem Maria, a fim de que possamos perceber no modo de ser e de viver dessa mulher, o testemunho de um coração entregue a Deus e, a sua causa. O silêncio, a caridade, a fé e a esperança de Maria nos leva a imitar suas virtudes.

Junho tem suas particularidades... destaca-se por ser o mês dos eventos juninos. Na cultura popular brasileira destacam-se: Santo Antônio, dia 13; São Luiz Gonzaga, dia 21; São João Batista, dia 24; e São Pedro e São Paulo, dia 29. Essas festas religiosas integram nosso patrimônio cultural, nossa identidade religiosa e reforçam o sentimento de brasilidade, de norte a sul do país. Na alegria de celebrá-los, busque-

mos também nós, dia a dia, a santidade que envolveu cada um deles. Eles chegaram lá... nós estamos a caminho!

Bem sabemos que a Igreja no Brasil está em fes-ta! Por ocasião do Jubileu dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Apare-cida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano. Um tempo favorável para contemplar Maria como modelo de fé e seguimento do Cristo. Por isso, a Novena da Salette deste ano nos convidará a reacender a chama da fé e da esperança, a partir do SIM e do TESTEMUNHO da Virgem Maria. Terá como tema: No sim de Maria a alegria da Salvação e como lema “Ide e anunciai a todo o meu povo”. Em breve faremos a distribuição da mesma.

Fique atento(a) às nossas atividades destes dois meses:

• Celebraremos e prestaremos nossa homenagem a todas as mães de nossos catequizandos com um gostoso e animado café;

• Iniciaremos ainda, neste mês, a quarta fase das obras de revitalização. Esta fase compreende a substituição do forro, nova iluminação e, se tivermos recursos suficientes trocaremos o áudio e faremos algumas mudanças no presbitério. Em breve, apre-sentaremos maiores detalhes e relançaremos a cam-panha de arrecadação pelos carnês. Fique atento(a) e saiba que sua generosa contribuição mensal é de suma importância;

• Inauguraremos oficialmente nossa cozinha e as benfeitorias do Salão de festas com um suculento e saboroso churrasco;

• Iremos repetir, pelo terceiro ano consecutivo nos-sa feijoada assim como a festa junina;

Por fim, caminhemos a passos firmes, sem desa-nimar, pois estamos celebrando os 60 anos de nossa Comunidade e somos convidados a renovar nosso ar-dor missionário, a fim de continuarmos lançando as sementes do reino.

Que nossos sonhos, nossos projetos e desejos se realizem na graça de Deus.

Nossa Senhora, invocada este mês sob tanto títu-los; Fátima, Montenegro, Auxiliadora, Caravaggio, Vi-sitação, Medianeira de todas as Graças, abençoe-nos em nossa caminhada de fé.

Fraternalmente,Pe. Renoir Juslei Dalpizol, MS

Reitor do Santuário Salette de Curitiba - PR

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Informativo Salette Informativo Salette

Saletinidade 3

Uma Família InternacionalNo período entre 06 a 28 de fevereiro, aconteceu em Bangalore, Índia,

o Conselho de Congregação (CdC) dos Missionários de Nossa Senhora da Salette. Mas o que é um CdC?

O Conselho de Congregação é uma instância que tem como objetivo ampliar a participação no governo da Congregação e desenvolver um es-pírito de colaboração e de corresponsabilidade. é formado pelo Superior Geral, seus Conselheiros, os Superiores Provinciais e o Ecônomo Geral (RdV nº 248).

O encontro teve início com a celebração da Eucaristia, seguida de uma exposição do Pe. Roy (Provincial Indiano), sobre a realidade do país. O Superior Geral, Pe. Silvano Marisa, apre-sentou uma visão geral da Congregação, a partir de 16 pontos – desde o último CdC, em Luanda (África) em 2015.

No decorrer da semana, cada Províncial teve uma hora para apresentar os Aspectos signifi cativos da Pro-víncia, desde abril de 2015 até janeiro de 2017. Estavam presentes: Angola - Pe. Pedro/ Brasil - Pe. Edegard/ Índia - Pe. Roy/ Filipinas - Pe. Rosanno/ Madagascar - Pe Romualdo/ Polônia - Pe. André/ Argentina - Pe Al-fredo/ EUA - Pe. René/ França – Pe. Luís e também participou o Pe. Filipe de Mianmar. Juntou-se a nós, dois tradutores: Pe. Belarmino e Pe. Jonh.

Estando presentes nos cinco continentes, pode-se imaginar a diversidade que é a missão Saletina pelo mundo... Algumas dificuldades em comum, alguns avanços e muito caminho a percorrer! Também debruça-mo-nos no estudo para fazer “nascer” o novo Documento da Formação da Congregação, refletindo fragmentos de dois Documentos da Igreja e a discussão dos aspectos que se julgou serem necessários na hora da elaboração do texto. Será um longo percurso que deve desembocar no próximo Capítulo Geral em abril de 2018 em Termas/Argentina.

O mergulho na cultura Indiana aconteceu a partir do convívio com os que lá moram, nas celebrações sempre cantadas no ritmo indiano e, nos alimentos partilhados, com o toque e o sabor desta cultura tão diversa. Por fim, tivemos discussões de temas específicos, entre eles a missão de Pemba/Moçambique (África).

Ao redor de Maria da Salette, mãe de tantos rostos e culturas, queremos seguir Jesus Cristo.

Pe. Edegard Silva Junior

Encontr o de Reitores de Santuários Saletinos do Brasil

O Santuário Salette de São Paulo, acolheu entre os dias 27 a 29 de março de 2017, os Reitores dos diversos Santuários conduzidos pelos Missionários Saletinos no Brasil. O encontro contou com a coordenação do Superior Provincial Pe. Edegard Silva Junior.

O objetivo do encontro foi fazer com que os reitores partilhassem suas experiências e iniciativas em prol da evangelização e da divulgação do fato da Salette. Na ocasião o Pe. Daniel e Pe. Tiago, que estiveram representando os Missionários Saletinos no 22º Encontro Nacional de Santuários do Brasil, partilharam o tema e esclareceram como estão or-ganizados, a nível nacional, os Santuários do Brasil. Também foi oportu-nidade para retomar os documentos norteadores dos Santuários e firmar passos em conjunto.

Ao final do encontro, era visível a alegria de todos em participar des-se momento de unidade entre reitores. O próximo encontro ficou agen-dado para 2019 com local a ser definido.

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Igreja 4

São João Paulo II, na audiência de 23 de abril de 1997, se refere à Virgem Maria como Mãe da huma-nidade. O então Santo Padre iniciou a sua reflexão a partir destes versículos do Evangelho de São João: “Ao ver Sua mãe e junto dela o discípulo que Ele amava, Jesus disse à Sua mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí a tua mãe’” (Jo 19, 26-27). Esta é uma “cena de revelação”, pois nela se revelam os profundos sentimentos de Cristo agonizante e contém uma grande riqueza de significados para a fé e a espiritualidade cristã. No final da Sua vida terrena, ao dirigir a palavra à Sua Mãe e ao discípulo que Ele amava, Jesus Cristo cru-cificado estabelece uma nova relação de amor entre Nossa Senhora e os cristãos.

Essas palavras do Evangelho de João (cf. Jo 19, 26-27) são, às vezes, interpretadas unicamente como manifestação da piedade filial de Jesus para com a Sua Mãe, que é confiada ao discípulo ama-do. Todavia, essas expressões vão muito além da necessidade de resolver um problema de família. A reflexão atenta do texto bíblico, da dupla entrega de Jesus, confirmada pela interpretação de muitos Pa-dres da Igreja e pelo senso de fé dos cristãos, coloca--nos diante de um dos fatos mais importantes para compreender o papel da Virgem Maria no desígnio

da salvação.Essas palavras de Jesus na Cruz, na verdade, “re-

velam que o Seu primeiro intento não é o de confiar a Mãe a João, mas de entregar o discípulo a Ma-ria, atribuindo-lhe uma nova missão materna”. Ao chamar Nossa Senhora de “Mulher” (Jo 19, 26), como fez Jesus também nas Bodas de Caná (cf. Jo 2, 4), o Filho quer conduzir Maria para uma nova dimensão do seu ser Mãe. Ao dirigir-se dessa forma à Santíssima Virgem, as palavras do Filho de Deus mostram-nos que essas não são fruto de um simples sentimento de afeto para com sua Mãe, mas tem em vista colocá-la num plano mais elevado.

Essas palavras de Jesus na Cruz assumem o seu significado mais autêntico no interior da Sua missão de Salvador dos homens. Pronunciadas no momento do sacrifício redentor de Cristo, essas palavras adqui-rem, dessa circunstância sublime, o seu valor mais alto. O Evangelista João, logo depois das expressões de Jesus à Sua Mãe (cf. Jo 19, 26), diz estas pala-vras de significado muito forte: “Jesus, sabendo que tudo estava consumado…” (Jo 19, 28). Com essas palavras, João está “quase a querer ressaltar que Ele levou a termo o Seu sacrifício com a entrega da Mãe a João e, nele, a todos os homens, dos quais ela se torna Mãe na obra da salvação”.

Maria: Mãe da humanidade

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5Segundo São João Paulo II, “a realidade posta em

ato pelas palavras de Jesus, isto é, a nova mater-nidade de Maria em relação ao Discípulo, constitui um ulterior sinal do grande amor, que levou Jesus a oferecer a vida por todos os homens. No Calvário esse amor manifesta-se ao dar uma mãe, a Sua, que se torna assim também a nossa mãe”. Lembremos que, segundo a tradição, João é aquele discípulo que a Virgem Santíssima reconheceu como o seu filho, mas esse privilégio foi interpretado, desde o início pelo povo cristão, como sinal de uma geração espiri-tual que se refere à toda a humanidade.

A maternidade universal de Nossa Senhora, a “mulher” das Bodas de Caná e do Calvário (cf. Jo 2, 4; 19, 26), nos recorda Eva, a “mãe de todos os viventes” (Gn 3, 20). Todavia, enquanto Eva contri-buiu para a entrada do pecado no mundo (cf. Gn 3, 1-8), a nova Eva, a Virgem Maria, coopera para o evento salvífico da Redenção da humanidade (cf. Lc 1, 26-38). Na Mãe de Jesus, a figura da “mulher” é reabilitada e a maternidade assume a tarefa de difundir entre os homens a vida nova em Cristo.

Em vista dessa missão materna, a Maria é pedi-do o sacrifício, para Ela muito doloroso, de aceitar a morte do seu Filho Unigênito. A expressão de Jesus: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), permite à Virgem Maria intuir a nova relação materna que pro-

longaria e ampliaria a anterior sobre Jesus. O seu “sim” ao desígnio da salvação da humanidade (cf. Lc 1, 38) é uma aprovação do sacrifício de Cristo, que a Virgem de Nazaré aceita generosamente na adesão à vontade divina. “Ainda que no desígnio de Deus, a maternidade de Maria se destinasse, desde o início, a estender-se à humanidade inteira, só no Calvário, em virtude do sacrifício de Cristo, ela se manifesta na sua dimensão universal”.

Portanto, as palavras de Jesus na Cruz: “Eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), “realizam aquilo que ex-primem, constituindo Maria mãe de João e mãe de todos os discípulos destinados a receber o dom da Graça divina”. Na Cruz, Jesus não proclamou de modo formal a maternidade universal de Maria, mas instaurou uma concreta relação materna entre Ela e o Discípulo Amado. “Nessa escolha do Senhor pode--se divisar a preocupação de que essa maternidade não seja interpretada em sentido vago, mas indique a intensa e pessoal relação de Maria com cada um dos cristãos”. Que cada um de nós, por causa da concretude da maternidade universal da Virgem Ma-ria, reconheça plenamente na Mãe de Jesus a pró-pria Mãe, entregando-se com confiança ao seu amor materno. Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!

Natalino Ueda

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Rumo ao Jubileu de

DiamanteUm tempo de Graça

O sonho da Paróquia se torna realidade...A 28 de março de 1957, o Pe. Clorálio Caimi MS,

Primeiro Conselheiro Provincial, fez, a pedido do Superior Provincial e de seu Conselho, uma visita a Dom Manuel da Silveira D`Elboux, Arcebispo de Curitiba, para tratar da criação da nova Paróquia. Dom Manuel acatou a ideia, e acompanhou Pe. Caimi para verificar a área. Inicialmente, visitaram o local de uma projetada Paróquia na Vila Gua-íra, em Curitiba. De lá seguiram para o Bairro do Baca-cheri, onde visitaram a Capela em construção, local antes visitado pelo Pe. Luiz Biesek. Ao final da visita, Dom Ma-nuel deixou aos Missionários Saletinos plena liberdade de escolha de um dos dois lugares para organizarem a nova Paróquia e o Seminário, pedindo no entanto, urgência na decisão. A preferência pessoal de Pe. Caimi se voltou para o Bairro Bacacheri, como deixa claro no Relatório de via-gem encaminhado ao Superior Provincial.

Na verdade, a Província dos Missionários da Salette no Brasil estava sobremaneira interessada em se estabelecer em Curitiba, uma vez que tencionava erguer um centro de formação superior para seus seminaristas. O Seminá-

rio Maior, além de ser razão para a formação de uma auto-imagem positiva para a própria Província, tornava-se mais e mais uma exi-gência prática, dado o gradativo aumento do numero de candida-tos às fileiras da Congregação. Na época, os chamados Escolásticos, isto é, os Professos estudantes de Filosofia e Teologia, seguiam os cursos em Viamão, em sua maio-ria, e em Roma, um pequeno gru-po. Curitiba parecia ser o lugar ideal para tanto. Representaria também um alargamento e um

apoio para a obra já iniciada no interior do Estado do Pa-raná, especificamente em União da Vitória.

A questão foi levada ao Conselho Provincial. Em sua reunião de 30 de setembro de 1957, o Conselho decidiu enviar para Curitiba o Pe. João Neukirchen, MS para as-sumir a obra e dar andamento à organização da Paróquia, desejada pela Igreja Local de Curitiba.

Com essa garantia, Dom Manuel, a 12 de dezembro de 1957, assinou decreto criando a Paróquia sob o título de Nossa Senhora da Salette e Santa Rosa de Lima. Aos 15 dias do mesmo mês, Pe. João Neukirchen MS foi empos-sado como Pároco da nova Paróquia. A 18 de dezembro, Dom Manuel assinou contrato entre o Arcebispo de Curiti-ba e a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora da Salette, cedendo “in perpetuum, à mesma Congregação, a Paróquia de Nossa Senhora da Salette e Santa Rosa de Lima, já instalada nesta Capital, bem como o terreno doa-do à Mitra para esse fim e as benfeitorias nele existentes”.

Pe. João Neukirchen MS 1º Pároco

Decreto de criação da Paróquia - 1957

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Eu sou testemunha...“Tive o prazer de conhecer um especial casal de nosso Santuário: Sr.

Zoraido e D. Nilsa Baldissera. E nosso encontro foi assim... Eu telefonei para o Sr. Zoraido e disse que precisávamos de um testemunho sobre a vida da comunidade na década de 60. E ele respondeu: “Se o padre está precisando de mim, vou agora na Igreja conversar com ele.” E já era noite e ele foi às pressas e a pé. Nos encontramos na porta do Santuário e de lá fomos até sua casa em uma gostosa conversa pelo caminho. Isto porque ele fazia questão de que D. Nilsa participasse da conversa. Ela começou, mas o casal se intercalava de forma harmoniosa, alegre e com tom de saudade: “Chegamos aqui em 1964 e eu estava grávida. Naquele tempo até que muita gente já participava da comunidade. A Igreja era no barracão, onde hoje é o Salão Paroquial. Participamos das missões... naquele tempo os missionários vieram e nós íamos de casa em casa. Nós éra-mos distribuídos em setores. Cada grupo de missionários tinha seu setor para visitar e cuidar. Nossa função era essa: visitar as famílias e convidá-las para participar da comunidade. E como a gente fi cava feliz ao ver aquelas famílias que visitamos participando da missa. E tinha muita festa: barraquinhas, quermesse, almoço com churrasco e bingo. Precisava arrecadar fundos para as obras. Trabalhávamos juntos com os seminaristas e padres. As festas eram boas! Fizemos muito churrasco. Mas os bingos nem víamos como acontecia, pois, nossa missão era fazer o cachorro quente que era muito elogiado. Muitos voltavam para comprar mais dizendo que era gostoso. E assim fomos arrecadando fundos para as obras: festas, churrasco, bingo... e dízimo, né? O povo participava com o Dízimo.” E foram discorrendo sobre a alegria de fazer parte daquela comunidade que era nova ainda: “Meu fi lho fez catequese aqui com o Pe. Pedro (Pedrão, para mim... tinha o Pedrinho e o Pedrão). Depois virou bispo, adoeceu e morreu.” (um pequeno toque de tristeza na alegria da conversa) “Meu neto Guilherme (que fazia parte da conversa), foi o menino Jesus do Natal quando era bebê.” Ficaríamos muito tempo naquela cozinha, pois a conversa era gostosa. Perguntei o que eles diriam para os membros da comunidade hoje: “Vamos participar, gente. Principalmente os jovens. É muito importante os jovens terem fé e participarem da Igreja. Isso ajuda a formar boas famílias. A gente é feliz quando participa. Tem pouco jovem hoje na Igreja. Os jovens precisam vir mais.” Sr. Zoraido ainda disse: “Eu gosto de participar da missa da Catequese, sábado, junto com as crianças. E também na missa das 9h no domingo. Temos nosso lugar certi-nho. Todo mundo tem seu lugar na igreja. E quando não vai ou parte, sentimos falta... fi ca um vazio naquele lugar.” E para encerrar, me disseram como se sentem quando chegam no Santuário agora e vêem como está, o que foi construído e as novas obras: “Ah! É um orgulho e uma alegria! A gente ajudou a construir. Agora não ajudamos muito, mas estivemos no começo e se não tivesse o começo, não chegaríamos aqui. Estamos muito satisfeitos, pois a paróquia está muito bem administrada.” Emocionada, eu que aqui cheguei há apenas 9 anos, em nome de toda a comunidade, agradeci aquele casal que tem idade para ser meus pais, por tudo que construíram há 53 anos atrás, quando chegaram, tanto em obras materiais, quanto em espiritual, visitando as famílias e colocando a mão na massa para formar a comunidade. Obrigada por tudo e para sempre, pois hoje colho os frutos do trabalho dos que chegaram antes de mim!” Colaboração: Marluce Bely

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8Liturgia

Caros irmãos e irmãs, o Ano Litúrgico compreen-de dois tempos fortes, que também são chamados de Ciclos. São eles: 1) O Ciclo do Natal, que abrange o tempo do Advento e o seu prolongamento até a festa do Batismo do Senhor; 2) O Ciclo Pascal, que tem seu centro no Tríduo Pascal; a Quaresma, como tempo de preparação e o Tempo Pascal como prolon-gamento. Além desses dois, temos o Tempo Comum.

Aqui, vamos discorrer, um pouco, sobre o Tempo Pascal. Mas, o que é, de fato, o Tempo Pascal? 1) Nós estamos em pleno Tempo Pascal, vivendo suas alegrias e colhendo seus frutos de graça e salvação; 2) O Tempo Pascal, que tem duração de 50 dias, compreende o tempo entre o domingo da Ressurrei-ção até o domingo da Solenidade de Pentecostes; 3) A palavra Páscoa vem do hebraico, Pessach (pas-sagem), que significa a passagem do povo hebreu da escravidão para a liberdade. Para nós, significa a passagem da morte para a vida, do pecado para a graça, da escravidão para a liberdade dos filhos de Deus, cuja fé está alicerçada no Cristo Ressuscitado.

Quais são as características desse tempo litúr-gico?

- É um tempo fortemente caracterizado pela ale-gria e exultação. São 50 dias vividos e celebrados como um só dia de festa, ou seja, “um grande do-mingo”. É importante frisar que são dias de Páscoa e não período após a Páscoa.

- São 50 dias vividos na presença do Ressusci-tado, que nos prepara para receber o Espírito Santo prometido.

- É um tempo marcado pela cor litúrgica branca, símbolo da luz e que significa paz, pureza, alegria e glória.

- Todas as celebrações são iluminadas pela pre-sença e a luz que irradia do Círio Pascal. Tendo sido abençoado e aceso na noite da Vigília Pascal (Sába-do Santo), durante o Tempo Pascal é sinal e presen-ça do Cristo Ressuscitado no seio da comunidade cristã.

- Nos domingos do Tempo Pascal, o ato peni-tencial é substituído pela aspersão com água benta, cuja função é recordar à assembleia orante sua di-mensão batismal e convidá-la à purificação espiritual dos pecados.

- Nesse Tempo, o canto litúrgico é de alegria e exultação. Ressuscitados com Cristo, cantamos sua glória e sua vitória sobre a morte. O “Aleluia” volta a ressoar em nossos lábios, invadindo todo o nosso ser com ardor crescente, pois “as coisas antigas já se passaram, somos nascidos de novo”. E o canto do “Glória” é mais vibrante e radiante.

- Durante os domingos da Páscoa, temos o do-mingo da Misericórdia (2º domingo) e o domingo do Bom Pastor (4º domingo). Ouvimos a cada domingo, na primeira leitura, os relatos dos Atos dos Após-tolos. Nos Evangelhos, encontramos personagens

Tempo Pascal e suas características

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9importantes que têm muito a nos ensinar: Maria Madalena (1º domingo); Tomé (2º domingo); Os dis-cípulos de Emaús (3º domingo); Jesus Bom Pastor (4º domingo), e assim por diante. Acompanhe!

No Tempo Pascal celebramos também algumas Solenidades importantes, como: A festa da Ascen-são, que no Brasil é celebrada no 7º domingo da Páscoa. Essa solenidade tem duas dimensões: re-corda a glorificação do Senhor e a Igreja que recebe o mandato de continuar a missão de Jesus. Cele-bramos também a Solenidade de Pentecostes, que encerra o Tempo Pascal. É o “derramamento” do Es-pírito Santo sobre a Igreja. A manifestação da Igre-ja ao mundo. Também, em sintonia com as outras Igrejas Cristãs, no Brasil, realizamos a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”. Assim, portanto, encerramos o Tempo Pascal e adentramos no Tempo Comum.

Contudo, seguido do Tempo Pascal, temos ainda algumas Solenidades importantes, que vale ressaltar

aqui: a Solenidade da Santíssima Trindade – que nos recorda a dimensão Trinitária, a Igreja (é celebrada no primeiro domingo depois de Pentecostes). A Sole-nidade de Corpus Christi – do corpo e do sangue de Cristo (na quinta-feira depois do domingo da Trinda-de) e a Solenidade de São Pedro e São Paulo, após-tolos e mártires – considerados colunas da Igreja de Cristo. E, dessa forma, vai-se prosseguindo o Tempo Comum.

Assim, irmãos e irmãs, na luz do “Vivente”, que permanece conosco, vivamos e acolhamos os Misté-rios do Senhor que se manifestam na vida e em cada tempo litúrgico da Igreja. Termino com uma sauda-ção da Igreja primitiva, que por ocasião da Festa da Páscoa, quando um cristão encontrava o outro, um dizia: “Cristo ressuscitou”! O outro respondia: “Verdadeiramente, ressuscitou”! Desse modo, Cris-to Ressuscitou... Feliz Tempo Pascal!

Ir. Tarcísio Camilo de Santana, MS

MAIO03 - Reunião do CPP05 - Missa votiva do Sagrado Coração de Jesus às 16:30 h06 - Reza do Terço na Praça Nossa Senhora da Salette – 09:00 h06 - Encontro de Pais e Padrinhos para Batismo – das 14:00h às 17:00 h06 - IV Domingo da Páscoa – Missas as 10:30h e 18:00h07 - IV Domingo da Páscoa – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h08 - Missa da saúde com Unção dos Enfermos às 16:30h13 - Café da manhã em homenagem ao dia das Mães13 - V Domingo da Páscoa – Missas às 10:30h e 18:00h14 - V Domingo da Páscoa – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h19 - Dia da Reconciliação:

• Con� ssões durante o dia todo; Hora Santa às 10:00h• Missa de Nossa Senhora da Salette às 16:30h

20 - VI Domingo da Páscoa – Missas as 10:30h e 18:00h20 - Encontro de Noivos das 16:00h às 19:00h21 - VI Domingo da Páscoa – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h21 - Almoço – Churrasco21 - Encontro de Noivos das 16:00h às 18:00h27 - VII Domingo da Páscoa – Missas às 10:30h e 18:00h27 - Encontro de Noivos das 16:00h às 18:00h28 - VII Domingo da Páscoa – Missas às 09:00h/11:00/19:00h28 - Encontro de Noivos das 16:00h às 18:00h

JUNHO

02 - Missa votiva do Sagrado Coração de Jesus às 16:30h03 - Reza do Terço na Praça Nossa Senhora da Salette – 09:00h03 - Encontro de Pais e Padrinhos para Batismo – das 14:00h às 17:00 h03 - Solenidade de Pentecostes – Missas as 10:30h e 18:00h04 - Solenidade de Pentecostes – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h05 - Missa da saúde com Unção dos Enfermos às 16:30h07 - Reunião do CPP10 - Solenidade da Santíssima Trindade – Missas as 10:30h e 18:00h10 - Feijoada 11 - Solenidade da Santíssima Trindade – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h15 - Solenidade de Corpus Christi – Missa 09:00h17 - XI Domingo do Tempo Comum – Missa as 18:00h18 - XI Domingo do Tempo Comum – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h.19 - Dia da Reconciliação:

• Con� ssões durante o dia todo; Hora Santa às 10:00h• Missa de Nossa Senhora da Salette às 16:30h

23 - Sagrado Coração de Jesus – Missa as 16:30h24 - XII Domingo do Tempo Comum – Missas as 10:30h e 18:00h24 - Festa Junina25 - XII Domingo do Tempo Comum – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h25 - Festa Junina

Agenda

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Bíblia 10

Os 11 Apóstolos deixaram o Jardim das Oliveiras com pesada tristeza pela saída visível de Jesus. Vol-taram para Jerusalém e subiram ao cenáculo (sala da ceia).

Eram “Pedro, João, Tiago, André, Felipe, Tomé, Bar-tolomeu, Mateus, Tiago, o filho de Alfeu – Simão, o Ze-lote e Judas, irmão de Tiago. Todos perseveravam una-nimes na oração com as mulheres e com Maria, mãe de Jesus e os irmãos dele” (At 1, 12-15).

É silenciosa a presença de Maria na novena que an-tecede o nascimento da Igreja, como uma nova criação. Será a presença sagrada da mãe de Jesus no meio do povo. Formam a Igreja todos os que seguem a Jesus e ninguém mais que Maria entende e segue o próprio Filho.

Maria sabia ficar no seu lugar à sombra.Sempre viveu como Serva, não como “Rainha dos

Apóstolos”, em atitude superior, centralizadora. Ela não presidiu nenhuma reunião dos Apóstolos. Foi citada só uma vez no livro Atos.

Certamente não foi guia, conselheira, nem presiden-te do grupo, não tomou a palavra, não fez milagres nem saiu pregando. Isso é papel dos Apóstolos sob a orien-tação de Pedro. Maria se coloca em segundo plano, de maneira despretensiosa. Nós lhe damos tantos títulos que certamente a fazem sorrir pelo nosso carinho.

Todos gostavam de Nossa Senhora e ainda mais agora que o Filho a encarregou oficialmente de ser mãe

deles (Jo 19, 25-27), que ela conhecia dos quais Jesus lhe falara, porque o bom filho fala dos seus amigos à sua mãe.

Com certeza Maria orou por eles e até chorou mui-tas noites. Rezou, pensou e chorou por Judas... O amor de Deus permanece, mesmo que tudo desmorone.

A estima e o apego à Mãe de Jesus eram tantos que um texto apócrifo (falso) diz que no velório dela, todos os Apóstolos estiveram lá, avisados e ajudados, milagrosamente em qualquer parte do mundo. É claro que não foi assim, mas o livro quis dar a entender que os Apóstolos amavam Maria.

Ela morava na casa de João. Pedro certamente pe-diu desculpas a ela por ter negado Jesus e, quem sabe, a consultou sobre a Igreja nascente. Tiago, irmão de João, foi assassinado por ser amigo e seguidor do Filho dela. Será que ela não recolheu o corpo do Apóstolo, como ela fizera com seu filho? A maior alegria de quem trabalha com Jesus é ser como Nossa Senhora: presta-tivo até o fim.

Por Maria, Deus se aproximou da gente e se fez “igual a nós”, menos no mal. Em Maria, nós e Deus nos alcançamos.

Nosso Creio foi compendiado a partir do ensino dos 12. Este símbolo da fé contém o essencial que está nos Evangelhos de Mateus (1, 18-25) e Lucas (1, 26-38) quanto à referência de Maria.

“Nós pregamos Jesus Cristo” Maria nunca foi – des-de os Apóstolos – o tema fundamental da pregação da Igreja. Sempre foi Cristo. Só é difícil pregar Cristo sem ter uma palavra sobre Maria.

Penso que era assim (e devia ser hoje): se falassem 1 minuto de Maria, deviam falar 10 de Jesus.

Todas as decisões da Igreja durante 2 mil anos to-cam em Maria, todos os títulos a ela atribuídos, todas as imagens, hinos, livros e monumentos são simples descobertas da riqueza moral e espiritual na Mãe de Jesus. Tudo tem raiz na frase: “Nasceu da Virgem Ma-ria”. Ela tem essa riqueza porque é “cheia de graça” (Lc 1, 26-28), como a chamou o anjo da Anunciação. Sendo assim, os Apóstolos eram mais discípulos do que Mestres de Maria. Nas entrelinhas dos 4 Evangelhos, aparece esta influência discreta de Maria.

O Espírito Santo tem a maior influência e importân-cia fundamental na formação e acompanhamento da Igreja. Ele é enviado pelo Pai para nos lembrar o que Jesus disse e fez (Jo 14, 26 e 16, 13). Quando Cristo se encarna, Maria fica “à sombra dele” e no Pentecostes está com eles “no meio”.

Criou-se uma união profunda entre aqueles homens eleitos, Maria e o Espírito Santo. Esta mesma união e entre ajuda continua hoje na Igreja. O Espírito Santo é a força do povo, do padre, do bispo, do papa, do cate-quista, do líder... de você!

Pe. Anacleto Ortigara - MS

Por que gosto de Nossa Senhora?

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EspiritualidadeEspiritualidade 11

Santo Antônio de Pádua, frei franciscano, um dos mais populares santos de nossa devoção, nasceu em Lisboa (Portugal), mas viveu boa parte de sua vida e missão em Pádua (Itália). Conhecido como pro-tetor dos pobres, auxílio na busca de objetos ou pessoas perdidas e amigo nas causas do coração, trocou o conforto de uma família abastada pela vida religiosa. Doutor da Igreja, é conhecido também como “Arca do Testamento” e “Martelo dos Hereges”, pois em suas eloquentes pregações, combatia as heresias e pregava o Evangelho com palavras e a vida. Para vivermos bem os meses de maio e junho, vejamos o que ele tem a nos dizer sobre a Virgem Maria: “Na Virgem Maria vemos representada a alma fi el: ‘virgem’ pela integridade da fé. [...] ‘Maria’, isto é, estrela do mar, pela profi ssão da própria fé. [...] Essa virgem mora em Nazaré da Galiléia, quer dizer, ‘na fl or da emigração’. A fl or é a esperança do fruto. Com efeito, a alma fi el espera ‘emigrar’, passar da fé à visão, da sombra à verdade, da promessa à realidade, da fl or ao fruto, do visível ao invisível. [...] A essa virgem é enviado o anjo Gabriel, cujo nome signifi ca ‘Deus me confortou’. Nele é indicada a infusão da graça divina e sem o seu conforto a alma desfalece. [...] por isso ela merece ouvir dizer: ‘Ave!’ O nome de Eva que quer dizer “ai” ou desgraça. Lido ao contrário fi ca Ave. A alma que se encontra no pecado mortal é Eva, ou seja, “ai” e desgraça, mas se ela se converte à penitência e ouve dizer-lhe Ave, quer dizer “sem ai”. ‘Cheia de graça’. Quem derrama ainda alguma coisa numa vasi-lha cheia perde tudo aquilo que nela coloca. Assim também na alma, se ela for cheia de graça, não pode entrar nela a sujeira do pecado. A graça penetra todos os espaços e não deixa nenhum pedacinho vazio em que possa entrar e fi car aquilo que lhe é contrário. [...] ‘O Senhor é contigo’. [...] Por isso ao humilde ele promete: “Tu és o meu servo: mesmo que tiveres que atravessar as águas eu estarei contigo e os rios não te submergirão. Se tiveres que atravessar o fogo, não te queimarás, a chama não poderá te queimar” (Is 43,2). [...] O servo, isto é, a pessoa humilde com quem está o Senhor, passa ileso através das sugestões do diabo[...] ‘Tu és bendita entre as mulheres’. Lê-se na História Natural que as mulheres sentem compaixão bem mais intensamente do que os homens, derramam lágrimas bem mais do que os homens e possuem uma memória muito mais duradoura do que os homens (Aristóteles).Nessas três qualidades são indicadas a piedade com o próximo, a devoção das lágrimas, a lembrança da paixão do Senhor. [...] Bem-aventuradas aquelas almas que possuem essas três qualidades. Entre elas é bendita, com o privilégio de uma bênção especial, a alma fi el e humilde, rica de obras de caridade. E em mérito a essa bênção, conti-nua: ‘Eis que conceberás e darás à luz um fi lho e lhe porás o nome de Jesus’. [...] E a esse fruto dará o nome de “salvação” (Jesus), porque tudo o que faz é em vista da salvação. É a intenção – foi dito – que qualifi ca a obra. A alma fi el age para agradar a Deus, para obter o perdão dos pecados, edifi car o próximo e alcançar a salvação. Digne-se conceder a salvação também a nós Aquele que é bendito pelos séculos dos séculos. Amém.”

Vale a pena conhecermos mais sobre a vida desse santo, não só pe-los milagres e fatos extraordinários, mas por sua santidade no ordinário da vida. Sob o olhar de Santo Antônio, caminhamos com Jesus para crescermos em graça, contando com a intercessão de Maria. Santo Antônio, rogai por nós! Virgem Maria, intercedei a Deus por nós! Colaboração: Marluce Bely

Um santo que nos oferece o pão de sua pregação!

1Fragmentos da Tradução: Frei Geraldo Monteiro, OFMC - Sermões de Santo Antônio Ed. Messaggero – Padova,1979 – Volume III, pp158-161

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