informativo jucerja 60_digital_jul13

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Page 1: Informativo jucerja 60_digital_jul13

Informativo JUCERJANúmero 60 | Junho 2013 www.jucerja.rj.gov.br

A fim de simplificar e integrar os processos de aber-tura e de fechamento de microempresas e empresas de pequeno porte, o Governo do Estado do Rio de Janeiro sancionou, em 5 de abril, a lei 6426, que possibilita a comunicação e a troca de dados entre os órgãos e enti-dades evolvidos no processo de registro mercantil, com-partilhando procedimentos e informações e evitando a duplicidade de exigências.

Atualmente, a média de tempo de abertura de empre-sas na Jucerja é de três dias úteis e quatro para fecha-mento. Até o momento, 62 municípios do Rio de Janeiro estão integrados ao sistema Regin (Registro Mercantil Integrado). “O nosso objetivo é que todos utilizem o sistema para concessão da licença municipal, tornando mais fácil e ágil o processo de legalização de empresas”, diz Carlos de La Rocque, presidente da Jucerja.

A lei 6426 estabelece, entre outras obrigações, a ra-cionalização e padronização dos requisitos de segurança sanitária, controle ambiental e prevenção contra incên-dios, considerando o grau de risco da atividade, o porte e a localização do estabelecimento.

As vistorias necessárias para emissão de licenças, certificações ou autorizações de funcionamento poderão ser realizadas após o início da operação, quando a ativi-dade do negócio for considerada de baixo risco.

A lei também trata da entrada única de dados cadas-trais, com emissão de guias, acompanhamento de proces-sos e notificações por meio eletrônico e das atribuições do Comitê Gestor de Integração de Registro Empresarial (Cogire), o qual deverá propor, orientar, acompanhar e avaliar a implantação das disposições contidas na norma.

A Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), que presidirá o Cogire, acredita que além de agilidade, ha-

verá mais transparência nos processos. “Compete ao Cogire propor estratégias para simplificar e racionalizar os processos de abertura e baixa de empresas, mas para que isso ocorra é fundamental a integração ao Regin de todos os órgãos envol-vidos no processo de legalização. Precisamos conscientizar principalmente as prefeituras das facilidades e transparência com o uso do Regin e para tanto é de suma importância a participação dos contadores”, ressalta Carlos de La Rocque.

O Cogire será composto por representantes de diver-sos órgãos e entidades, além de outros nomeados a crité-rio do Poder Executivo, entre eles a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ), Secretaria de Es-tado de Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Se-cretaria de Estado do Ambiente (SEA), Sebrae, Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas com jurisdição no Estado do Rio de Janeiro, Associação Estadual dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro (Aemerj), Fe-deração do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fe-comércio) e Sindicato das Empresas de Serviços Contá-beis, Assessoramento, Perícia, Informações e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Sescon).

O Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro dis-ponibilizará, na internet, o Portal Estadual de Informa-ções, com orientações e serviços sobre as etapas e os requisitos para processamento dos registros, licenças, inscrições, certificações, alterações e baixa de empresá-rios e de pessoas jurídicas.

As informações e orientações poderão ser integra-das e consolidadas aos sistemas da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empre-sas e Negócios (REDESIM), instituída pela Lei Federal 11.598 de 2007.

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

Menos burocracia para abrir e fechar eMpresas

Governo do estado do rio de Janeiro aprova leique possibilita a integração de dados entreórgãos envolvidos no registro empresarial

A Empresa Individual de Responsabilidade Li-mitada EIRELI foi criada para conceder ao empre-sário individual a possibilidade de limitar a própria responsabilidade. A EIRELI dá a condição de pes-soa jurídica distinta da pessoa física do respectivo titular, com autonomia jurídica, patrimonial e capa-cidade própria, podendo praticar atos e toda sorte de negócios que não lhe sejam vedados, conforme a lei 12.441/2011. Vale lembrar que a constituição de EIRELI é restrita às pessoas naturais, conforme Enunciado nº 468 do Conselho da Justiça Federal e Instrução Normativa nº 117/2011 do Departamento do Registro do Comércio (DNRC).

* Ronald A. Sharp Junior é Vogal da Jucerja e mestrando em Direito da Empresa, Trabalho e Propriedade Intelectual pela UERJ.

Ronald A. Sharp Junior*

a utilização da eirelicoMo holding

Informativo JUCERJA é uma publicação daJUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIROAv. Rio Branco, 10 | Centro | 20090-000 | Tel.: 21 2334-5400Produção Editorial: MPF Comunicação - Midiática: Palavra & FocoProjeto Gráfico e Diagramação: GFD marketing designColaborou nesta edição: Álvaro Peixoto

SECRETARIA DE ESTADO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICOENERGIA, INDÚSTRIA E SERVICOS

Confira os endereços e horários das delegacias da Jucerja em:www.jucerja.rj.gov.br/servicos/delegacias.asp

Antes de mais nada, uma ligeira observação so-bre a correta pronúncia da expressão EIRELI . Por ser uma sigla (ou acrônimo) pronunciável - permite a leitura como uma palavra -, EIRELI deve ser pro-nunciada segundo as regras do idioma. Gramatical-mente, toda palavra terminada em “i” ou em “u”, seguida ou não de qualquer consoante, é oxítona. Portanto, a sílaba tônica recai sobre o final da sigla EIRELI, isto é, “li”.

Entre as perspectivas de utilização da EI-RELI, está a de funcionar como sociedade de participação, também conhecida como holding. Os artigos 997, inc. I, e 1.054 do Código Civil Brasileiro, ao disporem expressamente que o contrato social contenha a descrição dos sócios (pessoas físicas ou jurídicas), permitem que pessoas jurídicas em geral figurem como sócias em sociedades. Desse modo, a EIRELI estaria apta a cumprir a função de holding, cujo objeto consiste em deter participação no capital social e controlar outras sociedades.

Se a pessoa natural pode ser sócia em várias sociedades, nada impede que ela o faça median-te a constituição de uma EIRELI e que esta ad-quira a posição de holding, realizando a ativida-de de integração de comando e de ordenação do funcionamento do agregado de pessoas jurídicas. Tecnicamente falando, não se teria a formação de um grupo de sociedades, mas simplesmente de um grupo empresarial, já que a EIRELI, embora pessoa jurídica, não é sociedade, conforme enten-dimento fixado do Enunciado nº 469 do Conselho da Justiça Federal.

Sendo assim, o titular da EIRELI controlaria indiretamente todas as sociedades integrantes do conjunto de empresas. É a EIRELI sendo constitu-ída e operando na condição de uma autêntica hol-ding empresarial.

Para saber mais sobre EIRELI, leia os infor-mativos da Jucerja números 44 e 45, disponíveis em: http://www.jucerja.rj.gov.br/informativos/informativo.asp.