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Informativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário no Estado do Espírito Santo - Ano XIII - Nº 53 - Abril/Maio/Junho de 2012 SINDICATO TEM QUE SER FORTE PARA SER RESPEITADO Viagens em busca de reestruturação Prestação de contas à categoria Diretoria segue com viagens às Comarcas Pág. 15 Pág. 14 Pág. 07 ENCONTRO DE DELEGADOS SINDICAIS EM PEDRA AZUL D elegados Sindicais e suplentes discuram demandas da categoria em um Encontro realizado nos dias 21 e 22 de abril, na Pou- sada Eco da Floresta, em Aracê, Distrito de Domin- gos Marns. No evento foram discudos temas como “Reestruturação Administava do Judiciário capixaba” (tema apresentado pelo Secretário Geral do Tribunal de Jusça – representando o Presidente Pedro Valls Feu Rosa) José de Maga- lhães Neto; “Previdência Social” (ministrado pelo Gerente Jurídico Previdenciário do IPAJM – indi- cado pela Presidência do Instuto – Rafael Pina de Souza Freire) e “Enquadramento e Promoção” (ministrado pelo Diretor Administravo Financeiro do Sindijudiciário – Francisco Manoel Bitencourt). O presidente do Sindijudiciário, Carlos Thadeu Teixeira Duarte iniciou o evento dando informes sobre demandas, falando sobre a dificuldade na implantação imediata da Reestruturação Admi- nistrava e jusficando a ausência do Presidente do TJ, Des. Pedro Valls Feu Rosa. De acordo com Thadeu, 90% das proposições reradas no En- contro Anual dos Delegados Sindicais realizado em Guarapari em 2011 foram conseguidas. Entre as demandas que ainda não foram alcançadas está a isonomia. Segundo o próprio presiden- te do Sindicato, um dos maiores objevos do encontro foi elaborar o Planejamento Estra- tégico do Sindijudiciário e elencar prioridades do Sindicato no ano de 2012. Mais na pág. 04

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Informativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário no Estado do Espírito Santo - Ano XIII - Nº 53 - Abril/Maio/Junho de 2012

SINDICATO TEM QUE SER FORTE PARA SER RESPEITADO

Viagens em busca de reestruturação

Prestação de contasà categoria

Diretoria segue com viagens às Comarcas

Pág. 15Pág. 14Pág. 07

ENCONTRO DE DELEGADOS SINDICAIS EM PEDRA AZUL

Delegados Sindicais e suplentes discutiram demandas da categoria em um Encontro realizado nos dias 21 e 22 de abril, na Pou-

sada Eco da Floresta, em Aracê, Distrito de Domin-gos Martins. No evento foram discutidos temas como “Reestruturação Administativa do Judiciário capixaba” (tema apresentado pelo Secretário Geral do Tribunal de Justiça – representando o Presidente Pedro Valls Feu Rosa) José de Maga-lhães Neto; “Previdência Social” (ministrado pelo

Gerente Jurídico Previdenciário do IPAJM – indi-cado pela Presidência do Instituto – Rafael Pina de Souza Freire) e “Enquadramento e Promoção” (ministrado pelo Diretor Administrativo Financeiro do Sindijudiciário – Francisco Manoel Bitencourt).

O presidente do Sindijudiciário, Carlos Thadeu Teixeira Duarte iniciou o evento dando informes sobre demandas, falando sobre a dificuldade na implantação imediata da Reestruturação Admi-nistrativa e justificando a ausência do Presidente

do TJ, Des. Pedro Valls Feu Rosa. De acordo com Thadeu, 90% das proposições retiradas no En-contro Anual dos Delegados Sindicais realizado em Guarapari em 2011 foram conseguidas. Entre as demandas que ainda não foram alcançadas está a isonomia. Segundo o próprio presiden-te do Sindicato, um dos maiores objetivos do encontro foi elaborar o Planejamento Estra-tégico do Sindijudiciário e elencar prioridades do Sindicato no ano de 2012. Mais na pág. 04

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E D I T O R I A L

Informativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário no Estado do Espírito Santo

Rua Neves Armond, 20 – Praia do Suá Vitória ES - CEP: 29052-280 - Tel.: (27) 3357-5000

www.sindjud.com.brhttp//sindjud.blogspot.com

Presidente Carlos Thadeu Teixeira Duarte

Diretor de Organização e Planejamento Rômulo Lopes Bernabé

Diretor Administrativo e de FinançasFrancisco Manoel Bitencourt

Diretor de Assuntos JurídicosPaulo Antônio Rocha Ferrari

Diretor de Política SindicalJosé Carolino Costa

Diretora de Imprensa e Divulgação Adda Maria Monteiro Lobato Machado

Diretor de Saúde, Previdência, Aposentados e Pensionistas Wanderley José do Carmo

Jornalista Responsável André Barros – ES 01028/JP

Editoração Eletrônica Comunicação Impressa

ImpressãoGráfica e Editora 4 Irmãos

Tiragem2100 exemplares

Chegamos a mais um fechamento do nosso Jornal, e, como sempre, o Edi-torial é o grande desafio. Gostaríamos

de publicar uma matéria especial sobre a Isonomia e a Reestruturação com a divulgação de um excelente interstício, mas ainda não foi dessa vez. Acreditamos que brevemente comemoraremos essas vitórias, porém, isso não significa que não temos nada a celebrar.

A matéria sobre os precatórios nos mostra que muitos avanços já aconteceram e que o velho sonho de receber os precatórios já começa a se delinear com mais nitidez.

Como também temos avançado nas nego-ciações com a Direção do Tribunal de Justiça em relação ao Plano de Reestruturação, de-

pois de apresentarmos as propostas, fruto da parceria com os servidores, iniciamos agora a fase de visitas aos Tribunais e Cartórios em vários estados brasileiros, onde já foi implan-tado o PJe – Processo Judicial Eletrônico, que acredito, será o divisor de águas na história do Judiciário Capixaba.

As conquistas com as remoções também nos encheram de alegria, pois muitos não acreditavam que sairia, embora alguns en-traves que ainda não foram resolvidos, já é uma realidade em nosso meio. O Encontro dos Delegados Sindicais foi realmente um grande sucesso, com grande alegria vimos os representantes da categoria participando ativamente das discussões e sugerindo me-

didas a serem adotadas para reivindicar as demandas da categoria.

Quero aproveitar para agradecer o cari-nho com que fomos recebidos nas Comarcas de Piúma, Rio Bananal, Linhares e também Anchieta. Realmente essas viagens nos tem dado a oportunidade de mantermos um con-tato mais direto com os colegas, dentro da realidade de cada um.

Quero dizer aos colegas que não temos poupado tempo e esforços para fazer o me-lhor em favor da categoria e espero continuar contando com o apoio que tenho recebido.

Muito obrigada!

Adda Maria Monteiro Lobato MachadoDiretora de Imprensa e Divulgação

CURTASPESQUISA PROCESSOS

GREVES

POSSE

VEM AÍ O IX CONJUD

O CNJ lançou um sistema de dados que possibilitará aos cidadãos acessarem informa-ções sobre processos e bens dos brasileiros. Uma espécie de “google da Justiça”. A central irá fornecer dados via internet sobre a existência ou não de ações contra as pessoas e de imóveis. Na primeira fase será possível pesquisar de forma integrada mais de 30 milhões de processos, indisponibilidades de bens, protestos cambiais e ocorrências imobiliárias. O endereço para fazer as pesquisas é www.cnj.jus.br/cnipe. (Fonte: CNJ)

Segundo o DIEESE, o número de greves aumentou em 2009 e 2010, e foi a maior desde 2004. Além disso, as paralisações estão mais propositivas (para conquistar direitos) do que defensivas (para manter os já existentes). De acordo com o estudo, a maioria das greves tem duração relativamente curta (até cinco dias) e a maior parte delas é no setor público. Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram de greves em cada ano. O estudo mostra que uma das causas para as paralisações no setor público é a falta de uma data-base para renovação das normas que regem as relações de trabalho. Assim, a greve é, muitas vezes, um “instrumento” para pressionar a abertura das negociações com o empregador. (Fonte: DIEESE)

Tomou posse no dia 15 de maio último a nova Diretoria da AJUDES. O Sindijudiciário cumprimenta e parabeniza toda a referida Diretoria, na pessoa de seu Presidente Marcos Antônio Lemos Fabre que com seu empreendedorismo e capacidade de administração, com certeza conduzirá a AJUDES ao sucesso trazendo grandes benefícios aos associados. Pela primeira vez um servidor que não é da Capital foi eleito presidente da entidade.

Prezado sindicalizado, o IX CONJUD será realizado nos dias 26, 27 e 28 de outubro (em local ainda a ser definido) e a “correria” para organizá-lo já começou. Contamos com seu auxílio para elaborarmos um Encontro satisfatório para os sindicalizados. Para tanto, precisamos saber quais os temas de palestras que o trabalhador do Judiciário gostaria que fossem abordados no evento. As respostas poderão ser enviadas para os e-mails [email protected], [email protected] e [email protected].

DIA BRANCO“A insuportável violência no trabalho através do assédio moral”.

Muito se tem falado através de palestras, campanhas de mobilização, junto aos servidores, sobre o tema “ASSÉDIO

MORAL”. E pouco se tem alcançado de resultado, principalmente, em sensibilizar o Governo com a edição de lei específica, que puna com rigor e eficácia os assediadores.

Daí decorre, sem dúvida, aquela enorme interrogação na cabeça de todos. Será medo de ser punido? Quem são os maiores assediadores? Será que eles são passíveis de punição? Ou será que a lei poderá vir de encontro a mim mesmo? Diversas perguntas são feitas e sem resposta, criam uma celeuma em torno do “porquê” da inexistência de lei que combata o assédio moral.

Não vejo, particularmente, algo de tão anor-mal e/ou de tão burocrático para edição de lei específica sobre o tema. Principalmente, para os servidores públicos do nosso Estado, pois vários estados e municípios já criaram as suas próprias leis para combater o “ASSÉDIO MORAL” em suas esferas administrativas.

Onde está o entrave? Vivo me perguntando, não consigo achar a resposta. Sabemos que o “ASSÉDIO MORAL”, muitas vezes, vem de cima para baixo, quando: se impõe metas impossíveis de cumprir; impõe horários diferenciados (como trabalhar além da jornada ou da carga de trabalho diária); ridiculariza subordinados e desdenha da capacidade do servidor.

Ocorre também entre colegas de trabalho, quando de forma aberta um põe em dúvida a capacidade do outro ou; os demais se afastam do companheiro publicamente humilhado.

Venho recebendo reclamações das mais diversas, mas, infelizmente, quando é necessário formalizar a representação de “assédio”, o ser-vidor se retrai e fica com medo de retaliações. Pensa: “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”. São perseguições detectadas nos locais de trabalho, assim é papel do Sindicato prestar assistência ao servidor assediado diante dos absurdos cometidos.

Não podemos de forma alguma fazer ouvido de mercador. Não podemos deixar essa chama apagar, uma vez acesa deve permanecer como tal. Não podemos nos quedar diante do marasmo dos órgãos competentes. Não podemos nos calar diante de um assunto de tão grande relevância quanto a violência nas relações de trabalho, “lembre!” o próximo assediado poderá ser você, que está lendo este artigo. E se isso estiver acon-tecendo com você, denuncie.

A médica do Trabalho Margarida Barreto

recomenda que as empresas e os Sindicatos estejam sempre alertas a ocorrências de assédio moral no trabalho. Ela salienta que empregados agredidos podem se tornar menos produtivos e estão mais sujeitos a acidentes. “O assédio pode ser um problema individual, mas a reação deve ser coletiva: os demais trabalhadores também sofrem, firmando um pacto de silêncio ou evi-tando se misturar com o humilhado”.

COMO REAGIRAdiante, medidas que devem ser tomadas

por vítimas de assédio moral:w Anotar, com detalhes, todas as humilhações

sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunha-ram, conteúdo da conversa e o que mais achar necessário);

w Dar visibilidade ao fato, procurando ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhação do agressor;

w Não falar com o agressor sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou repre-sentante sindical;

w Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores, médicos ou advogados do sindicato, bem como ao Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina;

w Buscar apoio de familiares, amigos e colegas.w Se você é testemunha de cena de humilhação

no trabalho, seja solidário com seu colega. Você poderá ser a próxima vítima.

Você vem sendo vítima de assédio? Você denuncia, o Sindicato compra a briga.

Wanderley José do CarmoDiretor de Saúde, Previdência, Aposentados e Pensionistas

Fonte: www.assediomoral.org

TJ HOMENAGEIA TRABALHADORES

APOSENTADOSTrabalhadores aposentados do Judiciário

capixaba foram homenageados em uma ceri-mônia realizada na tarde do dia 04 de abril, na sala anexa à Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça. Além dos homenageados estiveram presentes alguns familiares destes, a equipe de Cerimonial do Tribunal de Justiça, o Presidente do TJ Desembargador Pedro Valls Feu Rosa, o Presidente da Amages, Juiz Sérgio Ricardo e o Secretário Geral do TJ, José de Magalhães Neto.

Em seu discurso, antes de distribuir placas comemorativas aos homenageados, o Desem-bargador Pedro Valls Feu Rosa afirmou que eles estavam recebendo aquela “singela” homenagem não pelo tempo de trabalho, ou pelo serviço bem feito, mas pelo que fizeram “além da obri-gação”, seja em um tempo a mais no trabalho além do expediente, ou em hora de almoço, e pela dedicação.

Para um dos homenageados, o Oficial de Justiça Silvanir Moulin Dardengo, a cerimônia realizada é o reconhecimento de uma vida de-dicada à Justiça do Estado. “É o reconhecimento desse longo período. Fiz muitas amizades tanto com servidores nos fóruns onde trabalhei e nesse Egrégio Tribunal de Justiça, como com juízes e desembargadores”, disse.

“Tenho orgulho de ser o primeiro Oficial de Justiça a receber essa homenagem. Isso vai ficar marcado para sempre na minha vida e de meus familiares”, finalizou.

Além de Silvanir também foram homena-geados os servidores aposentados Rosângela Rodrigues Tatagiba de Menezes, Elza Maria de Oliveira Mercandelle, Levy Martins Filho e Maria Inês Valinho de Moraes.

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DELEGADOS SINDICAIS DISCUTEM DEMANDAS DA CATEGORIA NA REGIÃO SERRANA

Delegados Sindicais e suplentes discutiram demandas da categoria em um Encontro realizado nos dias 21 e 22 de abril, na Pou-

sada Eco da Floresta, em Aracê, Distrito de Domin-gos Martins. No evento foram discutidos temas como “Reestruturação Administativa do Judiciário capixaba” (tema apresentado pelo Secretário Geral do Tribunal de Justiça – representando o Presidente Pedro Valls Feu Rosa) José de Maga-lhães Neto; “Previdência Social” (ministrado pelo Gerente Jurídico Previdenciário do IPAJM – indi-cado pela Presidência do Instituto – Rafael Pina de Souza Freire) e “Enquadramento e Promoção” (ministrado pelo Diretor Administrativo Financeiro do Sindijudiciário – Francisco Manoel Bitencourt).

O presidente do Sindijudiciário, Carlos Thadeu Teixeira Duarte iniciou o evento dando informes sobre demandas, falando sobre a dificuldade na implantação imediata da Reestruturação Adminis-trativa e justificando a ausência do Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Pedro Valls Feu Rosa. De acordo com Thadeu, 90% das propo-sições retiradas no Encontro Anual dos Delegados Sindicais realizado em Guarapari em 2011 foram conseguidas. Entre as demandas que ainda não foram alcançadas está a isonomia. Segundo o próprio presidente do Sindicato, um dos maiores objetivos do encontro foi elaborar o Planejamento Estratégico do Sindijudiciário e elencar prioridades a serem atacadas pelo Sindicato no ano de 2012.

“Nós já apresentamos propostas que foram levadas para discussão das comissões (que tra-tam da Reestruturação Administrativa). Nada impede que apareçam novas propostas no nosso encontro para futuras discussões”, disse Thadeu.

Em seguida Thadeu passou a palavra ao Diretor de Política Sindical, José Carolino Costa, que deu sequência aos trabalhos chamando para iniciar a palestra sobre Reestruturação Adminis-trativa do Judiciário capixaba, o Secretário Geral do Tribunal de Justiça, José de Magalhães Neto.

O palestrante iniciou dizendo que o Presiden-te do Tribunal de Justiça gostaria muito de estar no evento, mas, não pode por causa das questões envolvendo a Prefeitura de Presidente Kennedy. “O primeiro passo é saber aonde a gente quer chegar, quais os passos que daremos e quais os limitadores para que isso aconteça. O Sindicato tem uma relação de confiança e respeito com o Tribunal de Justiça que foi construída com muito esforço. O principal objetivo nosso é fazer o Judi-ciário funcionar. O objetivo é prestar um bom ser-viço à sociedade. E como isso funciona?”, indagou.

“A culpa não é de qualquer nenhum dos

nossos colegas. É por culpa da estrutura. Com dois servidores no cartório, que tenha quatro estagiários, é muito difícil trabalhar”, afirmou. Magalhães também falou a respeito da neces-sidade de padronização dos serviços prestados. “Nos últimos anos 90% do que foi investido no Poder Judiciário foi na 1ª Instância. Nós es-tamos consertando isso. Elegendo priorida-des. Temos que fazer valer os nossos direitos. Hoje nós temos um sindicato forte”, disse.

Durante a palestra, o Secretário Geral do Tribunal de Justiça ainda ouviu reclamações e sugestões dos trabalhadores. “Mexer com reestruturação é extremamente desgastante. Tem os interesses gerais, mas também há os pessoais. O Sindicato faz isso. Não tem jeito, é função dele. A Administração tenta equili-brar dentro das possibilidades”, afirmou.

“Nós temos que trabalhar com critérios objetivos. É matemática. Quando se passa a trabalhar com matemática, ninguém vai iludir ninguém. Não adianta ficar prometendo em cima de bases irreais. Por exemplo, está no nosso or-çamento o interstício, está no nosso orçamento implantar a estruturação do Tribunal entre a 1ª Instância até 2015, a isonomia parcial estava previsto, avançar na isonomia não estava pre-visto. Isso não quer dizer que a gente não possa avançar a discussão. Não tem como a gente avançar prometendo o impossível, seja no dis-curso político, seja no discurso técnico”, disse.

“O que não pode acontecer e está aconte-cendo agora é que estamos aumentando muito a despesa. Se aumenta a despesa, nós não podemos dar aumento para nós, não podemos melhorar a isonomia, melhorar o interstício”, finalizou.

Thadeu, como mediador dos debates, ini-ciou as discussões explicando que já não esta-

va tão satisfeito quanto como no início de seu mandato. “O que ele colocou é uma realidade. Pedimos que os delegados discutissem em suas comarcas e “viessem” com propostas para apre-sentarmos ao Tribunal de Justiça. Todo mundo reclama de condições de trabalho, todo mundo reclama de falta de servidor, mas as proposições que vieram foram somente de interesses finan-ceiros”, desabafou o Presidente do Sindicato.

DEBATESEm seguida os trabalhadores fizeram ques-

tionamentos e apresentaram propostas tais como a informatização de processos (o CPD foi o setor que mais cresceu na reestruturação do Tribunal passando de nove servidores para setenta e cinco servidores especializados em informática no Estado); treinamento de pessoal; que o Tri-bunal de Justiça “chame” os servidores a darem informações sobre suas comarcas, número de processos, servidores, infraestrutura; a divulgação do Guia de Práticas Cartorárias; entre outras.

O Presidente do Sindijudiciário voltou a pedir aos Delegados Sindicais que apresentas-sem proposições. “É um ano difícil. Se temos que apresentar proposições, que elas saiam hoje daqui. As propostas apresentadas já fo-ram aprovadas em Assembleia Geral”, disse.

Magalhães continuou respondendo questio-namentos dos participantes, entre eles o excesso de estagiários e o baixo número de servidores efetivos nas comarcas. “Enquanto não se redi-mensionarem os cartórios e efetivar novos ser-vidores, o estagiário é ‘um mal necessário’. Mas se quiséssemos acabar com o grande número de estagiários agora e promover novos concursos para efetivar mais servidores, poderíamos esque-cer a discussão de outras demandas”, afirmou.

05

PREVIDÊNCIA SOCIAL ABORDADA PELO IPAJM

Rafael Pina (IPAJM) em palestra no Encontro Anual dos Delegados Sindicais

O segundo tema tratado no Encontro

dos Delegados Sindicais, nos dias

21 e 22 de abril, na Pousada Eco da

Floresta, em Aracê, Domingos Martins foi

Previdência Social. O tema foi ministrado

pelo Gerente Jurídico Previdenciário do

IPAJM, Rafael Pina de Souza Freire. O me-

diador dos debates foi o Delegado Sindical

Marcos Fabre, então Diretor de Divulgação

e Eventos da Ajudes.

O palestrante, que já foi servidor do

Judiciário capixaba, iniciou sua explana-

ção esclarecendo alguns pontos acerca da

previdência do servidor público, fez um

breve histórico sobre previdência nacional,

estadual, algumas reformas que enxugaram

direitos do servidor, os benefícios aos quais

o servidor tem direito hoje e qual é o futuro

da previdência.De acordo com Rafael o marco inicial

da previdência no Brasil se deu na edição

da Lei Eloy Chaves, que criava uma caixa de

assistência para funcionários da Empresa

Ferroviária Nacional. Em seguida o pales-

trante falou sobre os Regimes de Previdên-

cia RGPS e RPPS. Segundo o palestrante, o

RPPS começou a funcionar efetivamente

desde a Constituição de 1891. Lá, só os

magistrados tinham direito à aposentado-

ria integral. Os demais servidores tinham

direito à aposentadoria por invalidez.

Entre as peculiaridades do regime pró-

prio Rafael citou o desconto de 11% todos

os meses no contracheque do servidor e o

repasse de 22% que o Estado faz ao Insti-

tuto. O Gerente Jurídico do IPAJM afirmou

que se considera que até hoje a Previdência

Social passou por quatro reformas devido

a quatro emendas constitucionais.

“Em 1998 no governo Fernando Henri-

que Cardoso aconteceu a primeira. Em 2003

foi editada a Emenda 41 (mais restritiva de

direitos). Em 2005 editou-se a Emenda 47 e,

por fim, em 2012, a Emenda Constitucional

70”, disse.Segundo o palestrante, a Emenda Cons-

titucional 70 trouxe novidades. Novas re-

gras para aposentadorias por invalidez. “A

aposentadoria por invalidez é calculada pela

média. O Congresso avaliando a questão e

vendo que a pessoa acometida por moléstia

grave, ou acidente de serviço, ou até mes-

mo doença sem gravidade, não passaria a

ganhar integralmente ou no cálculo anterior.

Ela passou então a ganhar pela média arit-

mética. Os parlamentares entenderam que

isso infringia muito o direito daquele que

estava custeando a própria aposentadoria.

Por isso, o Congresso fez essa alteração”,

disse.Entre as alterações feitas pelo Congres-

so Nacional estão a paridade para aposen-

tadorias e pensões e o prazo de 180 dias

para o RPPS providenciar as revisões dos

atos de aposentadoria por invalidez.

BENEFíCIoS

De acordo com o Gerente Jurídico do

IPAJM, entre os benefícios que os servido-

res públicos dispõem hoje da Previdência

estão: aposentadoria voluntária; aposenta-

doria por invalidez integral; aposentadoria

por invalidez proporcional; aposentadoria

por invalidez integral de acordo com a

Emenda 70; aposentadoria por invalidez

proporcional de acordo com a Emenda 70;

aposentadoria compulsória (aos 70 anos);

aposentadoria pela regra de transição;

aposentadoria pela regra de transição do

Artigo 2º (aqueles que ingressaram até

2003 aposentam pela média sem paridade);

aposentadoria pela regra de transição do

Artigo 3º (direito adquirido); aposenta-

doria pela regra de transição do Artigo 6º

(quem ingressou até 2003 tem proventos

integrais e paridade); a regra de transição

da Emenda 47 (quem ingressou até 1998

tem proventos integrais e paridade); apo-

sentadoria do Professor; aposentadoria

especial (deficiente físico, que exerçam

atividade de risco, aqueles cujas atividades

sejam exercidas sob condições especiais

que prejudiquem a saúde ou a integridade

física); aposentadoria do Policial Civil (Lei

Complementar 51/85); aposentadoria dos

Oficiais de Justiça, Assistentes Sociais e Co-

missários de Infância e Juventude); pensão

por morte para o cônjuge ou companheiro;

pensão por morte para filho, enteado e

curatelado; auxílio reclusão.

Ao final da palestra, Rafael Pina ouviu

dúvidas e respondeu questionamentos dos

participantes, tirou algumas dúvidas quanto

ao tempo restante para requerimento de

aposentadoria, dado a particularidade de

cada caso apresentado. Entre os questio-

namentos que surgiram houve a solicitação

para que o IPAJM disponibilize em seu site

um simulador de cálculo de aposentadoria.

Rafael respondeu que há a intenção de co-

locar no site o referido simulador, inclusive

o serviço já teria sido contratado.

06

A palestra de encerramento do Encontro Anual dos Delegados Sindicais 2012, “En-quadramento e Promoção”, foi ministrada

pelo Diretor Administrativo Financeiro do Sindi-cato, Francisco Manoel Bitencourt.

O Diretor iniciou sua explanação falando sobre a necessidade dos presentes atuarem como formadores de opinião junto ao restante da categoria. O palestrante começou informando sobre as leis que regulam o Plano de Carreira (7854/2004 e 9497/2010) e sobre o Ato que o regulamentou. “Por que as empresas criam o plano de carreiras? Para captar, obter talentos. Em princípio, deveria ser esse o objetivo do Po-der Judiciário ao implantar o Plano de Carreiras. Atrair pessoas que se interessem pelo concurso e que fiquem, isso é o mais importante”, disse.

Francisco relatou que recentemente, o en-tão Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Cezar Peluzzo, pediu reajuste de 56% nos vencimentos dos servidores da Justiça Fe-deral, justamente porque, segundo ele, o Poder Judiciário da União não estava conseguindo reter as “melhores cabeças”. Os servidores estavam fazendo outros concursos e saindo.

Entre os critérios básicos para promoção dos servidores o palestrante citou: ser efetivo e estável tendo cumprido estágio probatório; o servidor deve estar exercendo as reais atribuições do cargo exceto no exercício de função gratificada ou cargo em comissão, afastamento para exercí-cio de mandato sindical e à disposição do Poder Judiciário por Ato Administrativo do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado colocando o servidor à disposição de outro juízo, comarca ou setor do próprio Poder Judiciário do Estado, publicado no Diário da Justiça; não possuir falta injustificada no decorrer dos 24 (vinte e quatro) últimos meses que antecedem o processo de promoção; não ter sofrido pena de suspensão ou prisão (decorrente de sentença judicial com trânsito em julgado) no decorrer dos 24 (vinte

DIREToR FALA SoBRE ENQUADRAMENTo E PRoMoÇÃoe quatro) últimos meses que antecedem o pro-cesso de promoção; cumprir os demais critérios estabelecidos para cada modalidade e critérios de avaliação.

De acordo com o palestrante, outra pecu-liaridade da nova lei (9497/2010) é que depois dessa lei, os servidores, a partir do segundo pro-cesso de promoção que participarem, só poderão “andar quatro letras” na tabela de vencimentos. Durante a palestra os participantes seguiram fazendo questionamentos ao palestrante até o encerramento de sua explanação.

PROPOSTASNo final do Encontro, os Delegados e repre-

sentantes das comarcas presentes coletaram propostas de reivindicações a serem apresentadas ao Tribunal de Justiça e ao Governador do Estado no ano de 2012. Entre as propostas levadas ao TJ estão: a padronização do trabalho e das rotinas de trabalho com o consequente treinamento de acordo com o padrão implantado; treinamento obrigatório e contínuo de servidores de acordo com as especificidades do cargo; criação de Tabela única de vencimentos; adequação da força de trabalho (número de servidores) por número de processos e especificidades das competências das Varas; remoção periódica; modificação da compe-tência e critérios da permuta; formação de equipe multiprofissional para atuar no enfrentamento de grandes demandas em todo o Estado, mediante pagamento e livre opção dos servidores, inclusive os aposentados; transformação do cargo comis-sionado de Assessor de Juiz em cargo efetivo; regulamentação da aposentadoria especial para Oficiais de Justiça, Assistentes Sociais, Comissários da Infância e Juventude; aproveitamento das horas excedentes na CEPRO; rodízio da Chefia do Cartório, com abertura de vagas nos moldes do TRE, privilegiando os servidores lotados nas respectivas serventias; vistoria contínua dos es-paços físicos dos Fóruns; exclusão do Código de Normas do artigo que trata da obrigatoriedade de o Analista Judiciário Especial e/ou o Chefe de Secretaria fiscalizarem o prazo e a devolução dos mandados pelos Oficiais de Justiça; regulamentar as atribuições da função gratificada de Auxiliar de Juiz; definição das atribuições coincidentes entre Chefe de Secretaria e Assessor de Juiz; obrigatoriedade de cumprimento por parte dos Magistrados da Resolução n.º 121/2010 do Con-selho Nacional da Justiça (ferramenta e-jud); pagamento de seguro para todos os servidores que utilizam veículo próprio para o exercício de suas funções; realização de projetos contínuos para educação e prevenção do Assédio Moral,

doenças ocupacionais, entre outros relativos às condições de trabalho; realização de seminários contínuos nos moldes do orçamento participativo para coleta de informações dos servidores para apresentação de propostas para melhoria da prestação jurisdicional/reestruturação; redução dos cargos comissionados; revisão do cargo de Auxiliar Judiciário; criação de gratificação de atividade cartorária; criação de gratificação de Risco de Vida para os servidores lotados nas Varas Criminais, Família e Infância; gravação dos depoimentos de testemunhas e partes em mídia eletrônica, preferindo-se os sistemas que auto-maticamente reduzem a termo tais gravações; criação de banco de dados com diversos tipos de procedimentos cartorários (alvarás, ofícios, mandados, etc); utilização das rubricas 3, 4 e 5 da conta de custas destinando-os aos servidores cartorários como forma de incentivo de produ-tividade (alteração da Lei Complementar n.º 219, artigo 2.º, inciso II); inclusão da Comarca de Anchieta na região de Guarapari;

Entre as propostas a serem encaminhadas ao Governador do Estado estão: a alteração do artigo 60 da Lei Complementar n.º 282/2004 (O Presidente Executivo do IPAJM, que ocupará cargo em comissão com prerrogativas e subsídio equivalente ao de Secretário de Estado, deverá ter nível de escolaridade superior e será nomea-do para mandato que coincidirá com o do Chefe do Poder Executivo). (Parágrafo único. O cargo enumerado no caput deverá ser ocupado por ser-vidor público segurado do IPAJM”); alteração dos artigos 59, 61, 63, 64 e 67 da Lei Complementar n.º 282/2004; regulamentação da Aposentado-ria Especial dos Oficiais de Justiça, Comissários da Infância e Juventude, Assistentes Sociais e demais cargos que recebem a Gratificação de Risco de Vida (permitindo-se a participação do Sindijudiciário na sua elaboração)

o Diretor Francisco Bitencourt em palestra no Encontro

07

DIRETORIA SEGUE COM VIAGENS ÀS COMARCAS

A Diretora Adda Maria Monteiro Lobato Machado e servidores da Comarca de Piúma

Dando sequência ao projeto de visitas às comarcas em 2012, os Diretores Adda Maria Monteiro Lobato Machado (Impren-

sa e Divulgação) e José Carolino Costa (Política Sindical) resolveram agilizar os trabalhos e, em um mesmo jornal publicar visitas a comarcas nas Regiões Norte e Sul. As Comarcas visitadas foram: Piúma e Anchieta (Região Sul) e Rio Bananal e Linhares (Região Norte). Em todas as comarcas citadas, os Diretores foram bem recebidos pelos trabalhadores e prestadores de serviço daqueles fóruns.

No dia 18 de maio, a Diretora de Imprensa e Divulgação seguiu para Piúma onde conversou com trabalhadores do fórum da cidade e flagrou a grave situação já conhecida por todos: muitos pro-cessos (10.200 contabilizados até o dia 27/04/12) e o reduzido quadro de pessoal contando com um Contador (João Bosco); cinco Analistas Judiciários: (Cláudio Martins Nascimento, Alaimara Rodrigues Fiúza, Fabrício Paiva Charpinel, Jorge Luiz Schaider do Ó, Denise Moulin da Silva Schaider), além da servidora Lauci Giovanelli Moulin e três Oficiais de Justiça. Para darem conta dos 10.200 processos esses servidores contam com a ajuda de apenas seis estagiários cedidos pela prefeitura e duas voluntárias. A Comarca funciona em regime de Vara única. O Fórum Desembargador Demerval Lírio foi instalado em 26 de janeiro de 1994. A Juíza da Comarca é a Dra. Graciene Pereira Pinto.

UM POUCO DE HISTóRIANos registros oficiais, a colonização de Piúma

começa na segunda década do século XIX. Mas, nos relatos do Príncipe Maximiniano, que visitou essa região em 1816, “encanta-se com a presen-ça de uma ponte”, obra de caráter tipicamente europeu. A presença dessa ponte indica que a colonização de Piúma começou acidentalmente. A costa de Piúma devido a sua localização, no caminho para a capital da Província – Vitória – era região de grande tráfego marítimo. A história mostra grande quantidade de naufrágios que traziam às costas da região; as suas vítimas. Em 1565, o Padre José de Anchieta cria “reduções jesuíticas (termo usado na época, para designar redutos)” na Ilha de Piúma e no Vale do Orobó, que se localiza entre o município de Piúma e Iconha, na parte continental do município.

As concessões de terra às firmas inglesas Midosi e Rodacanak & Cia., aliados ao intenso desembarque de negros para servirem de mão-de-obra nas fazendas cafeeiras do sul do Estado, apesar da proibição ao tráfego, trouxeram grande desenvolvimento à região, ganhando destaque especial – o Porto.

Na segunda metade do século XIX, a coloni-zação intensificou-se incentivada pelo aumento de concessões de terras à famílias estrangeiras, principalmente as de origem italiana, estas se es-tabeleceram sobretudo, no Vale Orobó, especial-mente na porção iconhense do Vale. O município de Piúma foi instalado no dia 02/01/1891, tendo como sede a Vila de Piúma. Em 26/01/1895, foi elevada à categoria de Comarca tendo como primeiro Juiz de Direito, o Dr. Anésio Augus-to de Carvalho Serrano. Em 1900, suprimida a Comarca, passando a pertencer à Comarca de Anchieta, antiga Benevente. Mais tarde, já com o nome de Iconha, o município passou a perten-cer à Comarca de Alfredo Chaves, retornando à Comarca de Anchieta em 1939. Em 1944 a Co-marca passou a pertencer novamente a Alfredo Chaves pelo Decreto – Lei Estadual nº 15177, de 31/12/1943. A Comarca foi instalada em Iconha no dia 28/08/1964.

Apesar de ser um dos menores municípios capixabas, com uma área de 73,86 quilômetros quadrados, Piúma está em pleno desenvolvimen-to. Segundo os dados do último censo realizado

pelo IBGE, Piúma é, depois de Vila Velha, o maior município em crescimento demográfico do Es-pírito Santo. Esse crescimento justifica-se pelo enorme fluxo populacional migratório vindo de diversas regiões do país, sobretudo mineiros e cariocas, que vêem no município a esperança de melhorias individuais.

O município tem como principal fonte de renda – o turismo. A pesca, o artesanato em conchas (que chega a ser exportado para países da América do Sul, Estados Unidos e Europa) são outras fontes de renda que crescem espantosa-mente a cada ano.

O município de Piúma foi fundado em 24 de dezembro de 1963. Limita-se com os municípios de Anchieta, Iconha, Itapemirim e Rio Novo do Sul. A população de Piúma em 2010 era estimada em 18 123 habitantes, com densidade demográfica de 246,56 habitantes por quilômetro quadrado. Limita-se com Anchieta, Iconha, Itapemirim e Rio Novo do Sul. A distância até Vitória é de 90 quilômetros.

Fontes: www.piuma.es.gov.br www.wikipedia.org.br

08

Após visitar Piúma a Diretora de Imprensa e Divulgação, Adda Maria Monteiro Lo-bato Machado seguiu para a Comarca de

Anchieta. No local conversou com servidores e com o Juiz da Comarca, Dr. Romilton Vieira Jr. Lá, a Diretora pode constatar que Comarca de Anchieta necessita de novo fórum.

De acordo com o Juiz da Comarca, o Fórum hoje instalado em um prédio precário (que já não comporta o número de processos e servidores) será transferido inicialmente para a antiga Escola Maria Mattos (espaço cedido pela prefeitura municipal) até a construção de novo fórum em área já escolhida pelo Tribunal de Justiça e Cor-regedoria Geral de Justiça.

A Comarca, que foi fundada em 10 de outubro de 1895, conta até o dia 18 de maio de 2012 com 6.434 processos. A coleta de dados para contar a história da Comarca ficou prejudicada devido a um incêndio ocorrido no fórum da cidade, na madrugada do dia 26 de outubro de 2000, que destruiu grande parte do acervo de documentos dos processos que ali tramitavam.

O Fórum de Anchieta conta hoje com os seguintes servidores: na Contadoria - Moisés Araújo de Oliveira (Contador) e Ana Paula Alochio (Analista Judiciária II); no 3º Ofício – Vitor de Oli-veira Farizel (Agente de Serviço Básico), Cristiane Fernandes (Analista Judiciária II) e José Luiz de Oliveira (Analista Judiciário Especial na função Escrivão Judiciário); no 2º Ofício – Flávio Antônio (Analista Judiciário Especial na função Escrivão Judiciário) que está licenciado. O gabinete do Juiz

ANCHIETA CARECE DE NoVo FÓRUM

DELEGADO SINDICAL ACREDITA QUE NÚMERO DE PROCESSOS DOBRARÁ

O Delegado Sindical da Comarca de Anchieta, João Alfredo Martins, acredita que com os avan-ços e previsões de investimentos no município, o número de processos dobrará em curto prazo. Para tanto, é necessária a mudança do Fórum para novo local ou construção de uma nova sede.

“Os investimentos afetarão diretamente nós, os servidores. Anchieta vem crescendo a cada dia, os investimentos da Petrobrás, o investimento do Porto que vai vir para a cidade e essa siderúrgica. São grandes investimentos”, disse.

João Alfredo acredita que diretamente vai implicar em uma demanda judicial maior. “Hoje Anchieta tem 6.000 processos registrados (em fase crescente). Vai gerar no mínimo mais 100% do número de processos. A perspectiva para daqui a cinco anos é de mais cem mil morado-

res no município. Com essa estrutura defasada que temos não vamos conseguir acompanhar. Precisamos do apoio do Presidente do Tribunal para que envie mais servidores. Tem cartório em Anchieta que só tem o Escrivão, que é o Chefe de Secretaria. Hoje a solução para Anchieta se-ria mais Analistas Judiciários (Escreventes), no mínimo uma estrutura com quatro Oficiais de Justiça”, desabafou.

Segundo informações do titular da Comarca, Juiz Romilton Vieira Júnior, o Fórum, hoje instala-do em um prédio precário será transferido para a antiga Escola Maria Mattos (espaço cedido pela prefeitura municipal) até a construção de novo fórum em área já escolhida pelo Tribunal de Justiça e Corregedoria Geral de Justiça.

Para o Delegado Sindical ainda, a mudança

do Fórum para o Colégio Maria Mattos é positiva porque o local possui amplo estacionamento, 15 salas espaçosas, banheiros, enfim, capacita-do para atender o público. “Talvez a espera da construção de um novo fórum para daqui a cinco anos, seria tarde demais”, disse.

“Na última vez que representantes do Tri-bunal de Justiça estiveram em Anchieta, nós visitamos a Escola Maria Mattos, juntamente com a então Diretora do Fórum. O processo da transferência para o novo local está parado. Gostaríamos de saber isso não poderia ser agili-zado conforme já foi aprovado pela Presidência e Corregedoria do TJ. O proprietário do imóvel garantiu que o entrega limpo, pronto para uso, sem custo para o Tribunal. Seria importante isso, agilizar esse processo”, finalizou.

conta com o Agente de Serviço Básico – Cláudio César e Lorena (Comissionada). Na Secretaria do Juízo está Marilene Gomes. Como Oficiais de Justiça trabalham João Alfredo Martins e Carlos Roberto Teixeira.

PECULIARIDADESA cidade de Anchieta está no sul do Espírito

Santo a 82 quilômetros da capital Vitória. Em 2010 a população estimada era de 23.894 habitantes e o município tem densidade demográfica de 59,01 habitantes por quilômetro quadrado. Com uma área territorial de aproximadamente 420 quilômetros quadrados, o município limita-se com Guarapari, Alfredo Chaves, Piúma, e Iconha. Anchieta originou-se de uma aldeia de índios ca-

tequizada por padres jesuítas. O primeiro nome da cidade foi Rerigtiba, que, em tupy, significa lugar de muitas ostras.

Pela lei provincial número 6, de 12 de agosto de 1887, a Vila de Benevente foi elevada a cidade com a designação de Anchieta, nome que foi rati-ficado pela lei estadual 1307, de 30 de dezembro de 1921. Alguns historiadores falam em 1561, outros em 1567 e outros em 1569 (construção da Igreja), mas todos são unânimes ao afirmar que o dia da fundação da cidade foi 15 de agosto.

As manifestações culturais de Anchieta po-dem ser distribuídas em quatro grupos diferentes: religioso, folclórico, artístico e ecológico. No cam-po artístico destacam-se as fanfarras das escolas municipais, os grupos de teatros e as bandas de música. A economia local baseia-se em agrotu-rismo, que se fortalece a cada dia, agricultura familiar - entre as principais culturas destacam-se a banana, a mandioca, o milho, o arroz, o café e o feijão. No entanto, a maior receita do município vem das empresas na região. A Samarco Minera-ção S.A. é responsável pelo maior repasse, que de forma direta é proveniente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De forma indireta está a arrecadação através das empresas terceirizadas, por meio do Imposto sobre o Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN). O progresso constante demanda maior e melhor prestação jurisdicional, daí a necessidade da instalação de novo fórum.

Fontes: www.anchieta.es.gov.br www.wikipedia.org.br

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SERVIDORES SOBRECARREGADOS EM RIO BANANAL

Uma situação não muito diferente das encontradas na maioria das Comarcas do Estado é a sobrecarga de servidores por

vários motivos. Sejam por falta de trabalhadores concursados ou ainda devido a trabalhadores tomarem posse em uma determinada comarca e seguirem para outra, ou até mesmo para o Tribunal de Justiça onde ficam à disposição ou exercendo cargos comissionados. Em Rio Bananal, no Norte do Estado, a situação não é diferente.

No dia 25 de maio, os Diretores do Sindiju-diciário Adda Maria Monteiro Lobato Machado (Imprensa e Divulgação) e José Carolino Costa (Política Sindical) constataram a realidade vi-vida por servidores que trabalham naquela comarca.O Fórum de Rio Bananal funciona em regime de Vara única. O titular da Comarca é o Juiz Wesley Sandro Campana dos Santos. Ao todo são 1200 processos.

Entre os servidores do local estão a Secretá-ria do Juízo, Márcia Regina Pagotto Rodrigues; a Auxiliar Judiciária (Agente de Serviço), Luzimar Pardini Medeiros Boldrini; a Analista Judiciário na função Escrevente Juramentado, Maria da Penha Magnago; o Analista Judiciário Especial na função Escrivão Judiciário, Alexandre Sardi-nha; a Analista Judiciário na função Escrevente Juramentado, Sabrina Costa Mello Silva; Diogo Ozório do Nascimento (Oficial de Justiça – per-mutado); Flávio de Queiroz França (Analista Ju-diciário Especial na função Contador). Há ainda um Analista Judiciário na função Escrevente Juramentado que deveria estar trabalhando no Fórum da cidade e está à disposição ou exercendo cargo comissionado no TJ.

CURIOSIDADESRio Bananal faz parte da mesorregião Li-

toral Norte Espírito-Santense e fica incrustado na microrregião de Linhares. Está a 186 quilô-metros de Vitória. Por volta de 1929, chegam àquela região de mata fechada os colonizadores Pedro Ceolin, Pedro Rizzo, Abramo Caliman e Alcides Siqueira Campos, à procura de terras férteis. Seguindo o curso do rio, depararam-se com algumas bananeiras à margem. Nesse local criaram o primeiro núcleo de povoamento, nomeado de Santo Antônio do Rio Bananal.

Em 1933 chegou ao município o primeiro padre, Aníbal, que reuniu toda a população e celebrou a primeira missa. Para qualquer emer-gência ou mesmo para buscar suprimentos, os moradores se deslocavam montados até Colatina, que era o povoado mais desenvolvido. Tempos mais tarde, seguiam até as margens

da Lagoa Juparanã onde atravessavam em canoas para chegar à Linhares. Em 19 de abril de 1950 o novo distrito estava constituído pelos povoados de Santo Antônio e São Sebastião.

Em 1963 o desejo de progresso fomentou a tentativa de transformar o distrito em município. Mas, o pedido foi rejeitado. Em 1975 o sonho de desmembrar de Linhares volta a motivar a popula-ção. O projeto de Lei n° 155/75 foi aprovado, com o nome de Município de Nova Fátima. O projeto foi arquivado por ultrapassar o prazo constitucional estabelecido para a consulta popular. Em abril de 1979 é solicitado o desarquivamento do processo e em junho do mesmo ano a Assembleia Legislativa autoriza a realização do plebiscito, que acontece em 19 de agosto de 1979.

No dia 14 de setembro de 1979 o distrito é elevado à categoria de município, pela Lei n° 3293 de 14 de setembro de 1979. O ato de emancipação foi assinado pelo Governador Eurico Vieira de Re-zende, no pátio do Seminário em Rio Bananal. Em divisão territorial datado de 18 de agosto de 1988, o município é constituído do distrito sede. Pela lei n° 3982, de 27 de dezembro de 1987, é criado o distrito de São Jorge de Tiradentes e anexado ao município de Rio Bananal. Na divisão territorial, em 1995, o município foi constituído de dois distritos: Rio Bananal e São Jorge de Tiradentes, assim per-manecendo em divisão territorial datada de 2005.

De acordo com o Censo de 2010, Rio Bananal tem 17.538 habitantes, sendo: 9.076 homens

(51,8%) e 8.462 mulheres (48,2). Como foi colo-nizado por descendentes de italianos a maioria da população é branca (72%), seguida de pardos (23%) e negros (5%). A maioria (69,2%) vive na área rural: são 10.742 hab. Já a zona urbana possui 6.796 hab. (38,8%).

Rio Bananal tem área total de 645,4 quilôme-tros quadrados. A principal atividade econômica do município é a produção cafeeira, com destaque para o tipo conilon. Outras culturas também se desenvolvem como o coco, maracujá, mamão, pimenta do reino, milho, feijão, mandioca e ba-nana. A pecuária ganha espaço na região, com produção de gado leiteiro e de corte. Na área in-dustrial o movimento econômico está nas fábricas de cachaça, esquadrias de madeiras, produção de farinha de mandioca, móveis e sorvetes.

O turismo de Rio Bananal é focado nas bele-zas naturais. São dezenas de cachoeiras e represas próprias para banho, ambientes indicados para divertimento familiar. A lagoa Jesuína é uma delas. Festas tradicionais incrementam o movimento turístico de Rio Bananal.

A cultura de Rio Bananal é muito rica, exis-tindo muitas bandas e artistas locais, folia de reis, tradição religiosa, festas e bailes. Rio Ba-nanal limita-se com os municípios de Linhares, Governador Lindemberg, Sooretama, Vila Valério e São Domingos do Norte.

Fontes: www.wikipedia.org.br www.riobananal.es.gov.br

os Diretores Adda Maria, José Carolino e servidores da Comarca de Rio Bananal

10

NA CoMARCA DE LINHARES A SITUAÇÃo É GRAVE

Ainda no dia 25 de maio, os Diretores Adda Maria Monteiro Lobato Machado e José Carolino Costa estiveram na Comarca de

Linhares. O município em fase de constante cresci-mento econômico requer boa prestação de serviço jurisdicional. Mesmo tendo apenas metade do nú-mero de servidores de que necessita, o Fórum ainda consegue prestar bom atendimento ao público.

Até o dia 25 de maio o número total de pro-cessos era de 35.055. Somente no 1º Juizado Es-pecial Cível, onde quase todos os servidores estão adoecidos fazendo tratamento de fisioterapia e acupuntura há 3.768 processos. As demais varas e seus respectivos processos são: Fazenda Pública – 5741; 3ª Criminal – 3.894; 2º Criminal – 3.400; 1ª Cível – 3.374; 2ª Cível – 2.751; 1ª Criminal – 2.615; Juizado Especial Criminal – 2.400; 2º Juizado Cível – 2.100; Infância e Juventude – 1.720; 2º de Família – 1.700 e 1º de Família – 1.592.

De acordo com os trabalhadores do Fórum de Linhares, hoje aquela é a comarca que mais cresce. Para tanto seria necessária a duplicação do número de varas. Os servidores efetivos que ali trabalham o fazem de forma sobrecarregada.

Hoje o Fórum de Linhares trabalha com muitos servidores cedidos pela prefeitura (aos quais não se pode atribuir a mesma responsabilidade que um servidor efetivo do Poder Judiciário tem). Há ainda trabalhadores que passaram no concurso e tomaram posse para trabalhar, três deles, nomea-dos para Linhares estão À disposição ou exercendo cargos comissionados no TJ.

Os servidores da Vara da Infância e Juventude são os Analistas Judiciários II na função Comissá-rio de Infância e Juventude: José Carolino Costa; Roberto Gonçalves Furtado; Rosângela Aparecida Domingos; e Marilza Helena de Souza (que está afastada aguardando aposentadoria há mais de quatro anos). Também trabalham no local os se-guintes Analistas Judiciários na função Escrevente Juramentado: Leonardo Comério Fiorio; Beatriz Valadão Teixeira; Alexssander Alves Ferreira e Ede-nilson Camargos Sampaio.

Na 1ª Vara de Família estão os Analistas Judici-ários II na função Escrevente Juramentado: Márcia de Lourdes Carneiro; Jackeline Carvalho Magalhães e o Analista Judiciário I na função Escrevente Ju-ramentado: Adilson dos Santos Barbosa (déficit de um Analista Judiciário na função Escrevente Juramentado).

Na 2ª Vara de Família trabalham os seguintes Analistas Judiciários II na função Escrevente Jura-mentado: Emílio Carlos Ferraz Moulin; Evandro Martins Nobre; Aline Gabrielle Costa (déficit de um Analista Judiciário na função Escrevente Jura-mentado).

Na 1ª Vara Cível trabalham os Analistas Judici-ários II na função Escrevente Juramentado: Tiago Giordani Marques; Pablo Júlio de Jesus Souza (déficit de dois Analistas Judiciários na função Escrevente Juramentado. Um foi removido).

Na 2ª Vara Cível estão os Analistas Judiciários na função Escrevente Juramentado: Leony Antônio Callente Natali; Maria Rocha Carvalho e Marcelo Correa Silva. Na 3ª Vara Cível trabalham os Analistas Judiciários Rosângela Maria Alves Paraíso; Ronacio Alves e Alexandre Giacomin. Na Vara de Órfãos e Sucessões estão os Analistas Judiciários: Anderson Calmon Azevedo; Sabrina Bozio Calmon e Cristóvão de Castro Júnior. Há ainda uma Analista Judiciária que trabalha no gabinete do juiz.

Na 1ª Vara Criminal estão os Analistas Judiciá-rios: Cyro José Vivacqua; Carla Mileire Festa (Carla está lotada na 2ª Vara Criminal, mas está localizada na 1ª Criminal por portaria). Uma Analista Judiciária está à disposição no Fórum de Vila Velha. Existe uma vaga em aberto. O concursado foi nomeado, mas não tomou posse.

Na 2ª Vara Criminal estão o Analista Judiciário Especial na função Escrivão Judiciário: Silvio Roberto Vieira Louback, os Analistas Judiciários na função Escrevente Juramentado: Sandra Santos Souza Martins; Ianna Gomes de Oliveira Santos e o Técnico Judiciário Rudney Duarte de Freitas.

Na 3ª Vara Criminal estão localizados os Analis-tas Judiciários: Cinthya Tofano Cuzzuol; Tatiana Maria Bronzoto Nogueira e Rafael dos Santos Barreto. No Juizado Especial Cível trabalham os Analistas Judi-ciários: Rivane Maria Correia de Amorim; Márcio

Gabriel Amorim Bezerra; Elane Creone Ramos e Ana Camata Zucheto. No Juizado Especial Criminal estão os Analistas Judiciários: Adurizete Marta Rigo; Ewerton Santos Freitas e Dayla Meneghel Pereira.

No Setor de Cópias está o Auxiliar Judiciário na função Agente de Serviço Básico, Carlos Roberto Magevesky. Na Central de Mandados trabalha a Au-xiliar Judiciário na função Agente de Serviço Básico, Beatriz Fernandes Bosio. No Setor de Protocolo está a Auxiliar Judiciário na função Agente de Serviço Básico, Eliete Corrente Sepulcro. Na Contadoria do Fórum estão os Analistas Judiciários II na função Escrevente Juramentado: Gláucia Rosane de Araújo e Oliveira; Maria da Conceição Costa Paraíso e o Analista Judiciário Especial na função Contador, Jefferson Dettogni Piol. Na Secretaria do Juízo está o Analista Judiciário I Administrativo, Marcelo Tadeu Martins Vergosa.

Os Analistas Judiciários na função Oficiais de Justiça da Comarca são: Alexandre de Almeida Miranda; Carlos Henrique Helder da Silva Ferraz; Danilo Holzmeister Klipel; Darcileni Gama Gualberto Campos; Dulce Luiza Sathler Veiga; Gustavo Para-íso Dalvi; Isamar Ramos; Joel Domingos Pandolfi; Luciano Lemos Fraga; Marcos Rodrigues Saúde; Marcelo Augusto e Silva Amaro; Paulo Carvalho Calmon Netto; Roberto Rodrigues Saúde; Sinval Antunes Saúde; Thiago Durão Espindola; Tiziana Mereghetti Viana; Vilson Nedes da Silva e Welbert José Campana dos Santos.

A Comarca está com déficit de dois Oficiais de Justiça. Um está localizado no Fórum de Vila Velha e o outro em disponibilidade.

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NA CoMARCA DE LINHARES A SITUAÇÃo É GRAVE SINDIJUDICIÁRIO HOMENAGEIA MÃES SERVIDORASCURIOSIDADES

Linhares está no litoral Norte do Espírito Santo. Possui uma população de 141.254 habitantes (dados do IBGE até 2010) em uma área de 3.502 quilôme-tros quadrados. Sua densidade demográfica é de 40,34 habitantes por quilômetro quadrado. É hoje a cidade capixaba com maior extensão litorânea e maior extensão territorial. Nos anos de 1800, a vigiância ao tráfico de ouro através do Rio Doce deu origem ao Povoado de Coutins, onde foi implantado o Quartel Militar, com o mesmo nome, que fazia a proteção da navegação do Rio Doce. Os índios do grupo Botocudos, nação Gê ou Tapuia, primeiros habitantes daquelas terras, resistiam a quaisquer tentativas de colonização branca na área, mas fo-ram dizimados pelo poderio das armas de fogo. O primeiro povoado foi inteiramente destruído por ataques dos índios botocudos. Mas em 1809, outro povoado foi levantado no mesmo lugar, recebendo o nome de Linhares, em homenagem a Dom Rodrigo de Sousa Coutinho, o Conde de Linhares.

Em abril de 1833, o povoado é elevado à con-dição de Vila. A região que era coberta pela Mata Atlântica, aos poucos, no decorrer de um século, foi devastada dando lugar a povoamentos, pasto-reio e agricultura. No dia 31 de dezembro de 1943, por decisão do Governo do Estado, o município de Linhares foi restabelecido e desligado do município de Colatina. Hoje o município se subdivide nos Distritos: Linhares, Bebedouro, Desengano, São Rafael, Córrego Japira, Farias, Rio Quartel, Guaxe, Regência e Bagueira.

O maior produtor de mamão do Estado destaca-se ainda por sua indústria moveleira e as produções de álcool, cacau, petróleo e gás natural, e pelo pólo de confecções. Como cultura e lazer pode-se destacar na primeira semana de junho a Festa de Caboclo Bernardo, onde na Vila de Regência. O turismo natural é bastante explorado.

No município está localizada a Reserva de Goi-tacazes, além da reserva particular da Companhia Vale do Rio Doce, a Reserva de Sooretama. Devido a sua topografia extremamente plana, Linhares tem 69 lagoas, algumas de grande porte, como a Lagoa Juparanã, com 30 quilômetros de extensão por quatro a cinco quilômetros de largura.

As praias atraem turistas por serem ótimas para a prática de surf, pesca oceânica e tranquilidade junto à natureza. O litoral de Linhares possui uma unidade do Projeto TAMAR (tartaruga-marinhas), na vila de Regência. Linhares limita-se com os mu-nicípios de São Mateus, Jaguaré, Sooretama, Rio Bananal, Governador Lindenberg, Colatina, João Neiva, Aracruz e Marilândia.

Fontes: www.linhares.es.gov.br www.wikipedia.org.br

O mês de maio acabou e o Sindijudiciário não poderia deixar de lembrar e homenagear as mães servidoras. Para tanto, em Assembleia Geral realizada recentemente no Auditório do Sindicato, foram escolhidas algumas servidoras para responder a seguinte pergunta:

Quais os maiores desafios encontrados como mãe, trabalhando no Poder Judiciário?

O maior desafio foi conciliar o período de

amamentação com os horários de audiência, pois

na época não havia seis meses de licença maternidade,

que é uma grande conquista para as mães trabalhadoras.

(Marilandes Dias de oliveira – Auxiliar Judiciário – Iúna – Ajudes)

Não tive grandes dificuldades, pois residia

na Comarca e consegui conciliar bem o papel

de mãe e servidora.

(Giovana Roriz – Auxiliar Judiciário – João Neiva)

Foram muitos desafios encontrados.O maior deles foi ter que retornar à Comarca

distante da minha residência.(Marlene Leal Pereira – Comissária de Infância e Juventude –

Mãe – Ibiraçu)

Os maiores desafios encontradosforam conciliar a necessidade de se dedicar à famíliae desempenhar bem minhas funções. A dificuldade

de ter alguém para ajudar a cuidar dos filhos,creches muito caras... (Ângela Maria Gerlin Santos –

Analista Judiciária II – Vila Velha)

Acompanhar o desenvolvimento e a criação

dos filhos e trabalhar em horário integral foi

um grande desafio.

(Valdete Sá dos Santos Neves – Analista Judiciária Especial na

função Escrivã Judiciária – Vila Velha)

O período de amamentação e adoecimentoeram os mais difíceis, pois não havia a licençamaternidade, e muitas vezes tinha que ficar noFórum durante todo o dia.(Rosangela Barcelos Correa – Escrevente Aposentada –Mãe e avó – Vitória)

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A NOVELA DO PRECATóRIO DA TRIMESTRALIDADE

“Toda semana” ou digamos: “todo

dia” atendemos um servidor

ativo ou aposentado pedindo

notícias do precatório, assim mesmo, só

“precatório”. Nem precisamos dizer que o

precatório em questão é o da Trimestrali-

dade, aliás, nem o servidor precisa ser tão

específico, quando o assunto é precatório,

o precatório é o da Trimestralidade.

Você, servidor, que acompanha o jornal

do Sindicato, sempre se depara com algu-

ma notícia sobre o caso do precatório da

Trimestralidade, mas resolvemos fazer um

resumo (nem tão sintético) dessa “novela”

para recordar e atualizar os últimos acon-

tecimentos, ou devemos dizer os próximos

capítulos.Pois bem (pausa longa para suspirar),

tudo começou nos idos de 1987 quan-

do foram promulgadas leis estaduais que

garantiram reajuste trimestral dos venci-

mentos e proventos dos servidores civis e

militares, ativos e inativos de todos os Po-

deres. Essas leis foram conhecidas à época,

popularmente, por lei da Trimestralidade

ou lei do Gatilho, porque o reajuste era

concedido a cada três meses, automatica-

mente, com base em 60%, no mínimo, da

variação acumulada do IPC no trimestre.

Tudo ia bem, até que o Governo Esta-

dual da época passou a não reajustar os

vencimentos e proventos dos servidores em

dois trimestres de 1990: o primeiro a partir

de 01/06 e o segundo a partir de 01/09.

Tal fato acarretou a impetração de diversos

mandados de segurança que buscavam a

reposição garantida pelas leis em tempos

de inflação com índices impensáveis para

os tempos atuais. Nada mais justo!

Concedidas as seguranças, a batalha se

reiniciou nas execuções dos mandados de

segurança, onde o Estado passou a alegar

a inconstitucionalidade das leis estaduais

por se sustentarem em um índice federal

(IPC) para o reajustamento dos vencimen-

tos e proventos do seu funcionalismo. De

fato, duas leis de outros Estados foram

declaradas inconstitucionais, entretanto, é

importante registrar que as leis capixabas,

NÃO FORAM DECLARADAS INCONSTITU-

CIONAIS, mas sim, revogadas pelo próprio

Governo e nesse ponto, vale lembrar que

lei revogada não pode ser objeto de ADI.

A tese do Governo nas execuções

também foi superada pelos Tribunais Su-

periores e os processos transitaram em

julgado, gerando, posteriormente os famo-

sos “PRECATÓRIOS DA TRIMESTRALIDADE”

que foram incluídos na ordem cronológica

de pagamento, ordem esta que ficou pa-

ralisada por muitos anos por descaso dos

Governos anteriores.Assim, em 2007, o Governo iniciou um

processo de movimentação na listagem

cronológica, promovendo acordos com

deságio do valor devido. Muitos preca-

tórios de pequeno valor foram quitados

(conforme determinava a Constituição) e

isso dava uma sensação de que a Admi-

nistração Pública vinha fazendo alguma

coisa. De fato é importante pontuar que

a iniciativa do então Governo representou

um avanço considerável, especialmente, se

lembrarmos que nenhum precatório vinha

sendo pago à década.Paralelamente a essa política de apa-

rência vanguardista, o Governo preocu-

pado com o montante dos precatórios

da Trimestralidade interpôs 30 (trinta)

ações declaratórias de nulidade, retirando

a grande maioria da ordem, por meio de

liminares concedidas nos respectivos autos.

Vale recordar que a dívida total é estimada

em 8 bilhões, 898 milhões, 411 mil, 350

reais e 82 centavos.A partir daí o foco da luta precisou

ser modificado: não lutávamos mais para

que os precatórios fossem pagos, mas

sim que eles fossem legitimados e contra

esse movimento governista, as entidades

de classe se reuniram e criaram o Fórum

Permanente pelo Pagamento dos Precató-

rios com o objetivo de fomentar debates

críticos sobre o tema e principalmente fazer

um contraponto à política e estratégia do

Governo.Desde então, o Fórum já realizou se-

minários, debates e continua a se reunir

mensalmente para deliberar quanto às

ações a serem executadas frente à política

do Governo.Presentemente, existem 26 (vinte e

seis) ações declaratórias aguardando julga-

mento no Tribunal de Justiça e o refazimen-

to dos cálculos, e duas: SINDIJUDICIÁRIO e

SINDIPÚBLICOS aguardando a remessa dos

respectivos autos ao STJ para apreciação

dos recursos interpostos. Outros 03 (três)

processos aguardam julgamento no STJ,

sendo 02 (duas) ações declaratórias (uma

dos Procuradores do Estado e outra dos

Auditores Fiscais) e um recurso relativo a

uma execução de sentença.

Embora o resultado junto ao Tribunal

de Justiça ainda seja contrário à tese dos

servidores, no STJ esse entendimento vem

sendo modificado, mas provavelmente o

processo será decidido no STF.

Politicamente, o Fórum dos Precató-

rios tem trabalhado para desmistificar o

marketing do Governo de que o precatório

da Trimestralidade é impagável e que com-

prometerá programas na Educação e Saúde,

além de se movimentar para neutralizar a

atuação que o Governo tem feito junto ao

STJ e para isso, as entidades, por meio de

assembleias, deliberaram pela contratação

do Professor Barroso.A luta tem sido incansável e recente-

mente o Fórum conseguiu um compromisso

da Procuradoria para agilizar o recálculo

dos valores devidos nos precatórios da

Trimestralidade e um “início” de acordo

que em caso de vitória dos servidores nos

Tribunais Superiores, o Estado não mais

questionaria os valores revisados.

Como você pode ver servidor, a novela

é longa, em capítulos dignos da dramatur-

gia mexicana, mas o que não podemos é

desistir, pois o caso dos precatórios da

Trimestralidade pode abrir um precedente

perigoso e qualquer decisão judicial, mes-

mo que transitada em julgado e expedido

o precatório depois de mais de 10 (dez)

anos poderá ser relativizada.

Nós acreditamos em finais felizes

(construídos por meio da luta, é claro) e

isso nos faz recordar outra novela dirigida

pelo mesmo Governo que questiona um

direito conquistado pelos servidores: a dos

royalties. Sem nenhum tipo de vergonha,

plagiemos o slogan governista: “PRECA-

TÓRIOS DA TRIMESTRALIDADE: DIREITO

É PARA SER RESPEITADO!”

Mônica Perin Rocha e Moura é Assessora

Jurídica do Sindicato

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1. Como se deu o processo de remoção ocor-rido recentemente no Tribunal de Justiça? Saiu a contento do Sindicato? Com certeza foi uma das maiores conquistas da história do Sindijudiciário. Falta agora completarmos a remoção para os Analistas Judiciários na função Contadores e os Agentes de Serviço Básico, que deveremos concluir esse proces-so ainda nesse mês de junho. Tudo ocorreu de uma forma bem organizada e queremos aproveitar a oportunidade para agradecer às equipes que participaram dos processos de remoção. Evidentemente que muitas questões não contemplaram o desejo de todos os ser-vidores: uns queriam de um jeito, outros de outro modo. Existem casos que ainda estão sendo estudados pelo Sindicato e pelos setores competentes do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo, mas a avaliação final é de que foi uma grande vitória.

2. Como estão as negociações e andamento do processo de reestruturação do Judiciário capixaba? De uma forma que nós podemos caracterizar, em desacordo com os propósitos do Sindicato, lento. Recentemente fomos a uma audiência com o Presidente do Tribunal de Justiça com o objetivo de desmembrar o processo de reestruturação e o do Plano de Cargos e Salários, visando corrigir de imediato os salários dos servidores com a isonomia, os interstícios e a questão da função gratificada do Chefe de Secretaria que hoje recebe 40% de gratificação em função do cargo, enquanto que os demais cargos comissionados recebem 65%, entretanto, o Presidente não acolheu. O desejo dele é que a reestruturação e a melho-ria de salários sejam feitas em conjunto. Por isso estamos viajando hoje com a Comissão de Reestruturação (11/06) para visitar comarcas de outros Estados para ver o funcionamento e o resultado da reestruturação e a redis-tribuição de pessoal feitas nesses Estados. Outro ponto que visamos é o impacto dessas mudanças na questão da saúde do trabalhador e buscarmos meios de se evitar os prejuízos causados aos trabalhadores, que já temos ciência, tem ocorrido em alguns Estados.

PRESIDENTE FALA SoBRE REMoÇÃo E REESTRUTURAÇÃoO Presidente do Sindijudiciário, Carlos Thadeu Teixeira Duarte,

fala sobre reestruturação administrativa do Judiciário Capixaba e sobre osprocessos de remoção ocorridos recentemente.

3. Por que a reestruturação administrativa já não saiu há mais tempo? Primeiro, podemos fazer nossa mea culpa. Havia uma proposta do TJ de concluir o processo da reestruturação em março. Houveram alguns atrasos acarretados pela própria burocracia do sistema e a partir daí sofremos uma pressão muito grande: tivemos que visitar muitas comarcas para fazer as divisões de regiões e também isso acarretou certo atraso. Outro motivo dessa delonga eram os argumentos do Tribunal de que queria fazer uma coisa mais consistente para não ocorrer os mesmos problemas que já aconteceram em reformas anteriores.

4. Os maiores anseios da categoria são iso-nomia e os interstícios. Por que ainda não aconteceram? Como já dissemos a posição do Presidente do Tribunal de Justiça é fazer

a reestruturação como um todo, pois ele não teria como justificar junto à sociedade capixaba e o governador, um aumento de despesa sem apresentar uma contrapartida no serviço jurisdicional. Com isso ele não aceitou o desmembramento do processo do Plano de Cargos e Salários do processo de reestrutura-ção, porque a isonomia e interstícios fazem parte do primeiro. E aí, como também sempre foi um sonho dessa diretoria, nós queremos adequar a mão de obra em cada cartório, gerando um trabalho seja mais produtivo, diferente do que hoje acontece. Vejam a con-tradição existente: hoje, nós temos varas com 11 mil processos e apenas dois servidores, e outras varas com 400 processos e quase seis servidores. Achamos isso desumano e não é justo nem para os magistrados e nem para os servidores.

5. Quais as expectativas da Diretoria do Sin-dicato quanto ao futuro de negociações com o TJ? A nossa expectativa é de que possamos avançar após o processo de reestruturação. O servidor do Judiciário tem consciência que é necessário haver uma reestruturação ética e moral para todos os trabalhadores do Poder Judiciário. Necessariamente temos uma con-trapartida para isso aí. Temos consciência de que essa reestruturação é necessária porque já fizemos dois concursos onde entraram quase mil trabalhadores e não resolveram a problemática do Judiciário Capixaba. Há a necessidade que seja uma reestruturação séria, visando quantitativamente e qualitati-vamente a distribuição séria dos trabalhado-res. Para que isso ocorra, há a necessidade de uma contrapartida, como aconteceu em outros Estados. É bom frisar que o salário do Judiciário capixaba já foi classificado como um dos primeiros e hoje é um dos últimos. Esperamos, mesmo com os atrasos, que esse calendário divulgado pelo Tribunal de Justiça seja cumprido na íntegra, porque estamos visitando comarcas em outros Estados onde já foi implantado o PJE, para apresentarmos um relatório sério da realidade vivida nesses locais.

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Depois de aprovada pelo Conselho Delibe-rativo a proposta orçamentária do Sindi-judiciário para 2012, os trabalhadores e

o Conselho Fiscal reunidos em Assembleia Geral Ordinária aprovaram por unanimidade o Resulta-do Financeiro de 2011, o Balanço Patrimonial do Exercício 2011 e o Orçamento do Sindijudiciário para 2012.

Os documentos aprovados pela Assembleia Geral encontram-se no site do Sindijudiciário www.sindjud.org.br ou, quem estiver interessado, poderá verificar os referidos documentos na Sede Administrativa do Sindicato.

Contas de Receitas Orçada2011

Realizada2011

Orçada2012

REPASSES DE CONTRIBUIÇÕES 1.700.090,00 1.787.709,51 2.001.511,04RECEITA DA SEDE SOCIAL 4.600,00 3.473,00 3.250,00RECEITA EXTRAORDINÁRIA 2.000,00 10.226,33 2.000,00RECEITA FINANCEIRA 100.000,00 134.211,90 100.000,00REPASSES DE TERCEIROS 62,58RECEITA VENDA IMOBILIZADO 21.000,00 21.000,00 21.000,00Total dos recebimentos 1.827.690,00 1.956.683,32 2.127.761,04

Contas de Despesas Orçada2011

Incorrida2011

Orçada2012

ADM. 1.179.100,00 986.843,20 1.087.204,41PESSOAL 732.050,00 765.979,57 840.450,00FINANCEIRA 2.500,00 2.528,14 2.700,00TRIBUTÁRIA 7.000,00 6.900,85 7.500,00REP. TERCEIROS 6.000,00 9.620,46 10.000,00IMOBILIZADO MÓVEIS 120.000,00 88.241,78 62.000,00IMOBILIZADO IMÓVEIS 300.000,00 27.986,01 300.000,00Total dos pagamentos 2.346.650,00 1.888.100,01 2.309.854,41

Resultado Receita - Despesa -518.960,00 68.583,31 -182.093,37

SINDICATO DOS SERV. DO PODER JUDICIÁRIO NO ESTADO DO ESDESCRIÇÃo oRÇAMENTÁRIA DoS SERVIÇoS PoR ELEMENToS DE RECEITA E DESPESA PERíoDo 2011/2012

PRESTANDO CONTAS À CATEGORIA

AGRADECIMENTOO Sindijudiciário vem por meio desta agradecer ao Presidente do Sindicato

dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Paraíba, João Ramalho Alves da Silva, por recepcionar e “ciceronear com prestatividade” durante visita ao Judiciário paraibano, os representantes do Sindijudiciário na comissão para Reestruturação do Poder Judiciário do ES, Carlos Thadeu Texeira Duarte (Presidente do Sindijudici-ário), Adda Maria Monteiro Lobato Machado (Diretora de Imprensa e Divulgação) e Betina Dias Duarte (Delegada Sindical de Vitória).

O Sindijudiciário também agradece aos representantes do Judiciário nos Estados em que visitou, a forma como seus representantes foram recebidos nas ocasiões de aprendizado sobre os processos de reestruturação e implantação do PJe nesses respectivos locais.

OBS: OS SINDICALIZADOS QUE TIVEREM INTERESSE EM VERIFICAR AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 2011 E ORÇAMENTO FINANCEIRO DE 2012 APROVADAS EM ASSEMBLEIA DETALHADAMENTE PODERÃO VERIFICAR OS DOCUMENTOS NA SEDE DO SINDICATO.O Presente Demonstrativo foi aprovado pelo Conselho Fiscal, bem como, pela AGO realizada em 30/03/2012 e encontra-se também no site do Sindicato.

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Visando conhecer melhor (aprender com experiências de reestruturação em outros Estados) o Presidente do Sindijudiciário,

Carlos Thadeu Teixeira Duarte, a Diretora de Imprensa e Divulgação, Adda Maria Monteiro Lo-bato Machado, e a Delegada Sindical de Vitória, Betina Duarte Santos Basílio de Souza, estiveram entre os dias 11 e 14 de junho, visitando junta-mente com a Comissão de Reestruturação do Judiciário capixaba, várias comarcas dos Estados onde o PJe foi implantado.

Foram visitados os Estados de Paraíba, Per-nambuco e Distrito Federal. De acordo com o Presidente do Sindijudiciário, a comissão visitan-te foi muito bem recebida em todos os Estados em que esteve. “Na nossa avaliação, devemos intensificar essas visitas. É bom aprendermos. As informações de um Estado para o outro são bastante diversificadas. As realidades são dife-rentes”, disse Thadeu.

Cronograma Início Término

Marco 1 – Levantamento de dados da força de trabalho e de entrada de processos em todas as varas (sem tratar estoque) 05/06/2012 15/06/2012

1.1 Visita a Estados com PJE 05/06/2012 15/06/2012

Marco 2 – Minuta do Projeto e Projeção do Impacto 15/06/2012 22/07/2012

Marco 3 – Entrega da Minuta do Projeto para Análise do Sindijudiciário e da AMAGES 22/07/2012 23/07/2012

Marco 4 – Sugestões de emendas/ alterações do Sindijudiciário e da AMAGES. 23/07/2012 30/07/2012

Marco 5 – Ajustes do Projeto com nova Projeção de Impacto 30/07/2012 06/08/2012

Marco 6 – Projeto Final 06/08/2012 17/08/2012

VIAGENS EM BUSCA DA REESTRUTURAÇÃoAs visitas se justificam pelo desejo da Pre-

sidência do TJ em implementar o processo eletrônico no Judiciário capixaba, com efetiva melhoria na eficiência da prestação jurisdicional. O Sindijudiciário manifestou sua preocupação com as consequências na vida do servidor.

O Projeto de Reorganização Judiciária Ca-pixaba foi apresentado ao Sindicato e tem cro-nograma para ser executado. Entre os objetivos específicos do referido projeto estão: agilizar a tramitação de processos judiciais e administra-tivos; reduzir a taxa de congestionamento de processos; aumentar o índice de atendimento à demanda do 1º Grau; aumentar a eficiência administrativa do judiciário; aumentar a sa-tisfação dos clientes com serviços prestados pelo TJES; garantir a infraestrutura apropriada às atividades administrativas e judiciais; esta-belecer o quantitativo ideal de magistrados e servidores de acordo com critérios técnicos e

objetivos; organizar as comarcas do Espírito Santo em regiões judiciárias de acordo com critérios técnicos e objetivos; revisar e reordenar as competências de natureza material entre as varas; aprimorar a equipe de apoio ao magis-trado; revisar a quantidade de profissionais das equipes multidisciplinares de apoio às varas sociais (infância e juventude, família, criminal, violência doméstica) e implementar profissionais (administrador judicial) na vara de recuperação empresarial; estabelecer normas de transição para a implantação do projeto; interagir e trocar experiência com outros tribunais do judiciário nacional; aprovar lei complementar estadual para alterar o código de organização judiciária; estabelecer condições para que a nova organi-zação judiciária acompanhe mudanças futuras.

O cronograma do referido projeto foi pu-blicado no site do Sindijudiciário na seção “No-tícias” e segue abaixo.

Representantes do Sindijudiciário conhecendo a reestruturação em outros Estados Presidente do Sindicato Carlos Thadeu e a Diretora Adda Maria em reunião sobre PJe

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Nos dias 13, 14 e 15 de junho, o Diretor de Política Sindical, José Carolino Costa, participou do 3º CONTAJ, em Salvador,

Bahia. No 13 foram iniciados os trabalhos com a apresentação da executiva do SINTAJ – Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia, pela Coordenadora Geral, Elizabete Oliveira Rangel da Silva.

A realidade dos servidores do Poder Judici-ário do Estado da Bahia, em relação ao plano de cargos e salários, trabalho e convivência, deixou a entender que estão passando por um processo de dificuldades, porém com algumas evoluções.

Comparando com as negociações entre o Sindijudiciário X Administração do TJ/ES, po-demos dizer e até mesmo afirmar que estamos bem adiantados nas relações: plano de cargos e salários e até mesmo em outras conquistas.

No que se refere às relações, o que foi visto e

RELATÓRIo DE VIAGENS – PJe

RELATÓRIo DE PARTICIPAÇÃo No 3º CoNTAJpodemos tirar proveito, é ter em maior dinâmica na aproximação com magistrados que tenham interesse em orientar e transparecer os serviços da Justiça.

Nos debates realizados no encontro, o que chamou a atenção e podemos ter como “baliza” para nossas futuras convenções são:

1) Lei de Responsabilidade Fiscal (trazer um representante do Governo – Contador Geral), para falar não só da Lei, como funciona na ver-dade, mas também do Orçamento Participativo e despertar nos servidores interesse de participar dessa demanda.

2) Democratização do Judiciário (convidar uma defensora pública ou até mesmo um repre-sentante do Ministério Público)

Nas discussões anteriores, deve-se registrar que o grande jurista e escritor capixaba, João

Batista Herkenhoff, foi homenageado naquele Estado.

Ter sempre nos debates continuados o tema Assédio Moral, ver possibilidade de chamar (um magistrado e um promotor);

No congresso há a importância de convidar de convidar autoridades civis (padres, pastores, responsáveis por associações, educação, segu-rança pública, saúde) etc.

O foco em especial na legislação da Nego-ciação do Serviço Público X Lei de Greve (chamar um representante do DIEESE).

Por fim, acredito que foi muito proveitoso o congresso da Bahia. O mesmo nos dá parâmetros para propor mudanças e acertos nas demandas sindicais do Sindijudiciário e, até mesmo, levando propostas para a Administração do Tribunal.

José Carolino CostaDiretor de Política Sindical

No dia 12 de junho de 2012, acompanhados pelo Presidente do Sinjep-PB João Ramalho Alves da Silva, visitamos a Corregedoria Geral de Justiça daquele Estado. Fomos recebidos pelo Diretor Geral da Corregedoria, Dr. Carlos Eduardo Men-donça da Cunha que, gentilmente nos prestou informações importantes sobre o funcionamento do Judiciário no Estado e disponibilizou o exem-plar da Lei 9.316/2010 – Estrutura Organizacional Administrativa do TJPB e a Lei Complementar nº 96/2010 – Organização e Divisão Judiciárias do Estado. Embora a Corregedoria não participe diretamente da implantação do PJe, ele vê que a virtualização é inevitável. O Estado conta com 77 Comarcas. Apenas em quatro delas: Bayeux, Ita-baiana, Cabedelo e Santa Rita, já está implantado o PJe. O maior problema enfrentado é a falta de capacidade da internet para atender a demanda.

Em Bayeux fomos recebidos pelo Dr. Euler Paulo de Moura Jansen, Juiz da 3ª Vara Cível, grande entusiasta do programa (um dos respon-sáveis pela implantação do PJe), que repassou informações sobre o programa, ressaltando seus pontos positivos e negativos.

No Cartório da 3ª Vara Cível – na matéria de Família, o sistema ainda é misto, tendo 640 processos virtuais e 900 processos físicos, com um quadro de sete servidores efetivos. Para o Dr. Euler, o PJe acaba com a dificuldade de loca-lização de processos no Cartório, entre outras atividades. Há ainda dificuldades não superadas:

solução rápida dos problemas, o cartório não tem autonomia para solucionar as falhas ocorridas, quando isto acontece, a comunicação da falha é feita através do SISTEMA GIRA (software dis-ponibilizado pelo CNJ); no caso do segredo de justiça, o servidor não consegue ter acesso ao processo, somente o magistrado. Para o juiz e servidores da Vara, o sistema embora precise de alguns ajustes, é compensador, prático e rápido.

No TJ da Paraíba, participamos de uma reu-nião com Marciana Evelline das Neves Prudêncio e Halysson Rodrigues de Matos Torres, servidores efetivos da Diretoria de TI -Tecnologia de Infor-mática. Eles repassaram as informações sobre as medidas adotadas para melhor funcionalidade do sistema, vantagens e pontos que precisam ser trabalhados, e disponibilizaram o acesso ao Programa de Implantação do PJe no TJPB.

No dia 13 de junho estivemos no TJ de Per-nambuco, em uma reunião no Gabinete da Pre-sidência do TJPE com o Assessor, Carlos Rogério de Souza Silva e a Assessora de TI Marta Marques Agra, que nos apresentaram os procedimentos adotados para a implantação do PJe naquele Estado, e disponibilizaram cópias da Instrução Normativa que implantou o PJe nos Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo da Comarca do Recife e, da Portaria nº 34/2010, que instituiu o comitê gestor do projeto PJe. A meta é implantar a cada 15 dias em dois Juizados, hoje o sistema já está funcionando perfeitamente em

21 Juizados do Recife. Em seis meses já foram proferidas vinte e três mil decisões e por mês dão entrada cinco mil novas ações, com quatro servidores efetivos em cada Juizado.

Houve ainda uma reunião na Coordenadoria dos Juizados Especiais do Recife, com a Chefe do Núcleo de Gerência de Projetos Ioná Leite Mota, que nos mostrou a estratégia do TJPE na transição do processo físico para o eletrônico, bem como as medidas adotadas para maior celeridade do processo. Nos Juizados Especiais da Comarca de Umuzeiro, Recife, estivemos em uma reunião com a Coordenadora Chefe do Núcleo de TI, Marília Pontes, que nos mostrou o programa em funcionamento.

Por fim, no dia 14 de junho, participamos às 14 horas, de uma reunião do TJ do Distrito Federal com a presença dos Juizes Assistentes da Presidência do TJDF, Dr. Donizete Aparecido, Dr. James Eduardo Moraes de Olivera, Dr. Paulino José Lourenço, Juiz Assessor da Presidência do TJES, as assessoras de TI do TJDF Rosely Menezes e Emilia Nobrega, na oportunidade foi informado que aquele Tribunal está desenvolvendo um fluxo para o Agravo e a implantação está em apenas um Juizado. Os interessados em ler o relatório na íntegra poderão acessar www.sindjud.org.br no link "Notícias".

Adda Maria Monteiro Lobato MachadoBetina Duarte Santos Basílio de Souza