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Editorial INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 77 - SETEMBRO/OUTUBRO DE 2009 Impresso Especial 2015/2005-DR/CE CREMEC Julgamento Simulado Medalha de Honra ao Mérito Profissional Diploma de Mérito Ético - Profissional Artigo: A Revisão do Código de Ética Médica: A Caminho de um Código de Deveres Lançamento do Livro: Concurso de Monografias Prof. Dalgimar Beserra de Menezes Pág. 2 Pág. 3 Pág. 4 Pág. 6 Pág. 8 Mesa de Abertura do V Congresso Científico e Ético do CREMEC. Da esq. para dir.: José Maria Pontes, Valéria Góes, Inácio Arruda, José Raimundo Arruda Bastos, Francisco Pinheiro, Ivan Moura Fé, Edson de Oliveira Andrade, Heládio Feitosa, Florentino Cardoso e Paulo Picanço. N o dia 24 de setembro de 2009, foi publicado no Diário Oficial da União o novo Código de Ética Médica. O documento mantém, em sua quase totalidade, a linha conceitual contida no código de ética anterior. Assim, lemos entre os princípios fun- damentais que a Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza; que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional; que o médico guardará absoluto respeito pela vida humana e jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do se humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade. Formulações que refletem as linhas mestras do caráter solidário e humanista da Medicina ao longo da história. Ademais, o novo código reafirma a posição dos médicos brasileiros contra a pena de morte, a tortura e os procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis. Valoriza a autonomia do paciente e firma o dever do médico de obter o consentimento deste para a realização de qualquer ato médico, com exceção das situações de risco iminente de morte. Postula que o médico exerce- rá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência, além de que não poderá renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho. O médico tem o direito de se recusar a exercer a profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais, devendo, nesse caso, comunicar imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina. Sendo assim, o que traz de novo o código de ética médica recentemente publicado? Afora algumas modifi- cações menores, podemos assinalar os seguintes pontos: 1) O princípio XXII pontua que, nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados. Evitará, assim, empreender ações inúteis ou obstinadas, mas levará sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal, nos termos do artigo 41 do novo código. Nessas cir- cunstâncias, o médico tem o dever de continuar dando assistência ao paciente, no sentido de mitigar a dor, a dispnéia, a angústia ou outros sintomas presentes, de forma a confortar o enfermo em seus últimos momentos. Lembrando, ademais, que um dos grandes temores dos pacientes é o de ser abandonado, de ter que enfrentar, além da doença, a solidão e o desamparo. 2) O artigo 15 aborda a questão da procriação medicamente assistida e explicita que esta técnica não pode ser utilizada para criar embriões geneticamente modificados, nem para criar embriões para investigação ou para finalidades de escolha de sexo, eugenia ou para originar híbridos ou quimeras. 3) O artigo 16 veda ao médico intervir sobre o genoma humano com vista à sua modificação, exceto na terapia gênica, excluindo-se qualquer ação em células germinativas que resulte na modificação genética da descendência. 4) É dada uma ênfase toda especial ao prontuário médico, o qual deve ser legível e conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem crono- lógica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no CRM, conforme se lê no artigo 87. Por sua vez, continua assegurado o direito de acesso do paciente ao prontuário, do qual pode solicitar cópia, e que lhe sejam dadas explicações necessárias à sua compreensão, como preceitua o artigo 88. O novo Código de Ética Médica é composto de 25 princípios fundamentais do exercício da Medicina, 10 normas diceológicas (os Direitos dos Médicos), 118 normas deontológicas (as vedações, proibições cujo desrespeito dará margem à instauração de processo ético-profissional contra o médico acusado) e entra em vigor cento e oitenta dias após a data de sua publi- cação, ou seja, no final de março de 2010. Seu texto completo está disponível no endereço eletrônico do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, www.cremec.com.br. Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do CREMEC O NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA

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Editorial

INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 77 - SETEMBRO/OUTUBRO DE 2009

ImpressoEspecial2015/2005-DR/CE

CREMEC

JulgamentoSimulado

Medalha deHonra ao Mérito Profi ssional

Diploma de Mérito Ético - Profi ssional

Artigo: A Revisão do Código de Ética Médica: A Caminho de um Código de Deveres

Lançamento do Livro: Concurso de Monografi asProf. Dalgimar Beserra de Menezes

Pág. 2 Pág. 3 Pág. 4 Pág. 6 Pág. 8

Mesa de Abertura do V Congresso Científi co e Ético do CREMEC. Da esq. para dir.: José Maria Pontes, Valéria Góes, Inácio Arruda, José Raimundo Arruda Bastos, Francisco Pinheiro, Ivan Moura Fé, Edson de Oliveira Andrade, Heládio Feitosa, Florentino Cardoso e Paulo Picanço.

No dia 24 de setembro de 2009, foi publicado no Diário Ofi cial da União o novo Código de Ética Médica. O documento mantém, em sua

quase totalidade, a linha conceitual contida no código de ética anterior. Assim, lemos entre os princípios fun-damentais que a Medicina é uma profi ssão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza; que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profi ssional; que o médico guardará absoluto respeito pela vida humana e jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do se humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade. Formulações que refl etem as linhas mestras do caráter solidário e humanista da Medicina ao longo da história.

Ademais, o novo código reafi rma a posição dos médicos brasileiros contra a pena de morte, a tortura e os procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis. Valoriza a autonomia do paciente e fi rma o dever do médico de obter o consentimento deste para a realização de qualquer ato médico, com exceção das situações de risco iminente de morte. Postula que o médico exerce-rá sua profi ssão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência, além de que não poderá renunciar à sua liberdade profi ssional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a efi ciência e a

correção de seu trabalho. O médico tem o direito de se recusar a exercer a profi ssão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profi ssionais, devendo, nesse caso, comunicar imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.

Sendo assim, o que traz de novo o código de ética médica recentemente publicado? Afora algumas modifi -cações menores, podemos assinalar os seguintes pontos:

1) O princípio XXII pontua que, nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados. Evitará, assim, empreender ações inúteis ou obstinadas, mas levará sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal, nos termos do artigo 41 do novo código. Nessas cir-cunstâncias, o médico tem o dever de continuar dando assistência ao paciente, no sentido de mitigar a dor, a dispnéia, a angústia ou outros sintomas presentes, de forma a confortar o enfermo em seus últimos momentos. Lembrando, ademais, que um dos grandes temores dos pacientes é o de ser abandonado, de ter que enfrentar, além da doença, a solidão e o desamparo. 2) O artigo 15 aborda a questão da procriação medicamente assistida e explicita que esta técnica não pode ser utilizada para criar embriões geneticamente modifi cados, nem para criar embriões para investigação ou para fi nalidades de

escolha de sexo, eugenia ou para originar híbridos ou quimeras. 3) O artigo 16 veda ao médico intervir sobre o genoma humano com vista à sua modifi cação, exceto na terapia gênica, excluindo-se qualquer ação em células germinativas que resulte na modifi cação genética da descendência. 4) É dada uma ênfase toda especial ao prontuário médico, o qual deve ser legível e conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem crono-lógica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no CRM, conforme se lê no artigo 87. Por sua vez, continua assegurado o direito de acesso do paciente ao prontuário, do qual pode solicitar cópia, e que lhe sejam dadas explicações necessárias à sua compreensão, como preceitua o artigo 88.

O novo Código de Ética Médica é composto de 25 princípios fundamentais do exercício da Medicina, 10 normas diceológicas (os Direitos dos Médicos), 118 normas deontológicas (as vedações, proibições cujo desrespeito dará margem à instauração de processo ético-profi ssional contra o médico acusado) e entra em vigor cento e oitenta dias após a data de sua publi-cação, ou seja, no fi nal de março de 2010. Seu texto completo está disponível no endereço eletrônico do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, www.cremec.com.br.

Dr. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do CREMEC

O NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA

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[email protected] JORNAL CONSELHO

Já está disponível no Portal Médico a ficha de recadastramento para que todos os médicos efetuem a atualização dos seus dados e fiquem aptos a receber a nova Carteira de Identidade Médica.

O recadastramento foi baseado na ex-periência do CREMESP que atualizou os quase 90 mil médicos do estado. O pro-cesso atende o estabelecido pela resolução CFM.

O Conselho prevê a emissão de novas células de identificação para evitar a ocor-rência de fraudes, protegendo a sociedade e

a classe médica contra a atuação criminosa de quem falsifica as carteiras dos médicos com intuito de praticar o exercício ilegal da profissão.

Leia as instruções para o recadastra-mento:

- Apenas as inscrições PRIMÁRIAS deverão sofrer o recadastramento. Seus dados serão transferidos para os Conselhos Regionais de Medicina onde e caso possua inscrições secundárias.

- Após concluir o seu recadastramento, dirija-se ao seu Conselho Regional para

assinar a ficha de coleta, levando uma fo-tografia colorida, 3x4cm, fundo branco ou cinza-claro, sem qualquer tipo de mancha, alteração, retoque, perfuração, deformação ou correção.

Não serão aceitas fotografias em que o portador utilize óculos, bonés, gorros, chapéus ou qualquer item de vestuário ou acessório que cubra parte do rosto ou da cabeça.

O médico receberá um aviso para retirar a sua nova carteira, assim que estiver dis-ponível no seu Conselho Regional.

RECADASTRAMENTO

Julgamento Simulado: Abortamento de Anencéfalo

Atividade de Educação Continuada como parte da programação do V Congresso Científi co e Ético do CREMEC

Julgadores: Dra. Aldaíza Marcos Ribeiro, Dr. Gil Pacífi co Tognini, Raphael Dias Marques Neto (estudante)e Elana Couto de Alencar (estudante).

Presidente: Dr. Pedro Pablo Magalhães Chacel, do Conselho Federal de Medicina

Relator: Dr. Helvécio Neves FeitosaEm primeiro plano, o prof. Roberto Wagner Bezerra de Araújo, organizador da atividade

Denunciante: pela ausência da parte representante atuou como advogado o Dr. Renato Evando Moreira Filho

Denunciado: pela ausência da parte fi gurou comoadvogado o Dr. José Mauro Mendes Gifoni

Atividades do Julgamento Simulado. Ao fundo, poster com retrato do padre Leonard Martin, homenageado

“ in memoriam”

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JORNAL CONSELHO [email protected]

Abertura do V CongressoCientífi co e Ético do CREMEC

Medalha de Honra ao Mérito Profi ssional

O presidente Ivan de Araújo de Moura Fé, discursa na abertura do evento

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, entrega medalha ao Dr. Geral-

do de Sousa Tomé

O conselheiro Lúcio Flávio medalha o Dr. Renan Magalhães Montenegro

Renan Magalhães fala em nome dos homenageados

O conselheiro Ivan de Araújo de Moura Fé e a homenageada Teresinha Braga Monte

A conselheira Valéria Góes, Presidente do V Congresso Científi co e Ético do CREMEC, faz seu discurso

V CongressoCientífi co e Ético do CREMEC

O Conselho Regional de Medicina re-alizou de 09 a 12 de setembro de 2009, o V Congresso Científi co e Ético do CREMEC, juntamente com o V Congresso das Câmaras Técnicas e Comissões de Ética do CREMEC e a IV Jornada Cearense de Medicina de Família e Comunidade. Eventos exitosos.

Na cerimonia de abertura, que contou com a presença do Presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Edson de Oliveira Andrade, foram homenageados com a me-dalha Honra ao Mérito Profi ssional os Drs. Renan Magalhães Montenegro, Geraldo de Sousa Tomé e Teresinha Braga Monte, e com o Diploma de Mérito Ético-Profi ssional, os Drs. Airton Fontenele Sampaio Xavier, Arlindo de Almeida Simões, Francisco de Assis Barroso, Hiran dos Santos Monteiro, José de Aguiar Ramos, Orlando Jorge Cavalcante, Raimundo Adjafre de Souza Roriz, Severino de Medeiros Filho e Wilcar Cavalcante Gondim.

Presidiu o Congresso a Conselheira Va-léria Goes Ferreira Pinheiro, a qual também coordenou uma mostra de painéis sobre as atividades do CREMEC, em todos os níveis, ao longo dos últimos 50 anos. Os painéis foram expostos no foyer do Ponta Mar Hotel.

As principais atividades contemplaram áreas básicas de Cirurgia, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, e Ética e Bioética; as salas receberam os nomes ilustres de Paulo Marcelo Martins Rodrigues (Clínica Médica), Maria do Socorro Silva Nobre (Pediatria), Haroldo Gondim Juaçaba (Cirurgia), Joserisse Hortêncio dos Santos (Ginecologia e Obste-trícia), Joaquim Eduardo Alencar (Medicina de Família e Comunidade) e Padre Leonard Martin (Ética e Bioética).

A programação científi ca do Congresso constou de Sessões Interativas, Conferências, Mesas Redondas, Julgamento Simulado e Sessões de Política de Saúde, abordando temas candentes da atualidade.

Dentre as atividades relacionadas efetiva-mente com Ética e Bioética, em que o Padre Le-onard Martin foi homenageado, realizou-se um Julgamento Simulado sobre Abortamento de Anencéfalo, com a participação de convidados de outros Conselhos de Medicina, do Conselho Federal e de estudantes de medicina do Ceará.

No transcurso do evento, foi lançado o livro do Concurso de Monografias do CREMEC, volume 4, referentes aos anos de 2005, 2006 e 2007.

Dalgimar Beserra de Menezes

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Diploma de Mérito Ético - Profi ssional

Airton Fontenele Sampaio Xavier recebe diploma das mãos da conselheira Regina Lúcia Portela Diniz

Mestre Aguiar Ramos recebe sua honraria das mãos do conselheiro Lino Antonio

Lino Antonio, em nome do homenageado Arlindo de Almeida Simões, recebe o diploma das mãos do conselheiro Francisco de Assis Clemente

Dr. Wilcar Cavalcante Gondim, fala em nome dos homenageados e agradece a honraria

Conselheiro Urico Gadelha de Oliveira Neto entrega odiploma do médico Francisco de Assis ao seu fi lho,

Felipe dos Reis Barroso

Conselheiro Fernando Queiroz Monte ladeado pelo médico diplomado Wilcar Cavalcante Gondim

Conselheiro José Ajax Nogueira Queiroz entrega diploma ao Dr. Severino de Medeiros Filho

A conselheira Aldaíza Marcos Ribeiro entrega o diploma ao médico Hiran dos Santos Monteiro

O conselheiro José Albertino Souza diploma o Dr. Orlando Jorge Cavalcante

Atividades do V Congres

so

Científi co e É

tico do CREMEC

4 JORNAL CONSELHO [email protected]

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Atividades do V Congresso Científi co e Ético do CREMEC

Dr. Anastácio Queiroz, refl ete sobre a gripe H1N1 Dr. Gil e Dr. Pablo Chacel (do CFM), participam do Julgamento Simulado

Atentos os ouvidos e os olhos

Dra. Rosângela Brandão do Conselho Regional de Medicina do Pará e Dr. Lúcio Flávio

Dr. Milton Lima, conselheiro Alequy e Dr. George Linard

Dra. Rosângela e Dr. Dalgimar - No painel ri, bondoso e irônico o padre Leonard Martin

Dras. Carolina Emília e Lúcia de Fátima Maranhão Dra. Vanda e Conselheiros Helly e Alequy Conselheiro Alequy e Dr. Ricardo Pereira

Conselheiros Málbio, Alequy e Dr. Camerino Dr. Fernando Antonio Buarque do Conselho Regional de Medicina de Alagoas e Dr. Hiroki Shinkai

Dr. Erivaldo Guimarães da FENAM, Dr. José Maria Pon-tes, Dr. Ivan e Dr. Florentino Cardoso - Lideranças do Ceará

Dr. Romel Araújo e Conselheiro Albertino - Atestados Médicos e Prontuários

Conselheiro Luna e Dr. Alexandre - Política de Saúde Conselheiro Francisco Monteiro e Deputado Federal Raimundo Gomes de Matos - Política de Saúde - Lideranças

[email protected] JORNAL CONSELHO 5

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ARTIGO

Aldaíza Marcos RibeiroAlessandro Ernani Oliveira Lima

Dagoberto César da SilvaDalgimar Beserra de Menezes

Erika Ferreira GomesEugênio de Moura CamposFernando Queiroz Monte

Francisco Alequy de Vasconcelos FilhoFrancisco das Chagas Dias Monteiro

Francisco de Assis ClementeFrancisco Dias de Paiva

Francisco Flávio Leitão de Carvalho FilhoHelena Serra Azul Monteiro

Helly Pinheiro ElleryHelvécio Neves FeitosaIvan de Araújo Moura Fé

José Ajax Nogueira QueirozJosé Albertino Souza

José Fernandes DantasJosé Gerardo Araújo PaivaJosé Málbio Oliveira Rolim

José Roosevelt Norões LunaLino Antonio Cavalcanti Holanda

Lucio Flávio Gonzaga SilvaLuiz Gonzaga Porto Pinheiro

Maria Neodan Tavares RodriguesOrmando Rodrigues Campos Junior

Rafael Dias Marques NogueiraRegina Lúcia Portela Diniz

Régis Moreira ConradoRenato Evando Moreira FilhoRoberto César Pontes IbiapinaRoberto da Justa Pires Neto

Roberto Wagner Bezerra de AraújoRômulo César Costa Barbosa

Sylvio Ideburque Leal FilhoTales Coelho Sampaio

Urico Gadelha de Oliveira NetoValéria Góes Ferreira Pinheiro

REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO

SECCIONAL DA ZONA NORTEARTHUR GUIMARÃES FILHO

FRANCISCO CARLOS NOGUEIRA ARCANJOFRANCISCO JOSÉ FONTENELE DE AZEVEDO

FRANCISCO JOSÉ MONT´ALVERNE SILVAJOSÉ RICARDO CUNHA NEVES

RAIMUNDO TADEU DIAS XEREZEndereço:

Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará

SECCIONAL DO CARIRICLÁUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA

GERALDO WELILVAN LUCENA LANDIMJOÃO ANANIAS MACHADO FILHO

JOÃO BOSCO SOARES SAMPAIOJOSÉ FLÁVIO PINHEIRO VIEIRAJOSÉ MARCOS ALVES NUNES

Endereço: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro

Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - CearáLIMOEIRO DO NORTE

Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

IGUATUEfetivo: Dr. Antônio Nogueira VieiraSuplente: Dr. Ariosto Bezerra Vale

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Urico GadelhaFrancisco Alequy de Vasconcelos Filho

(Suplente)CREMEC

Rua Floriano Peixoto, 2021 - José BonifácioCEP: 60.025-131

Telefone: (85) 3221.6607 Fax: (85) 3221.6929

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Colaborou nesta edição: Fátima Maria Sampaio de Barros

Projeto Gráfi co: WironEditoração Eletrônica: Júlio Amadeu

Impressão: Expressão Gráfi ca Fone: (85) 3464.2222

CONSELHEIROS

Em setembro de 2009 o Conselho de Medici-na do Estado do Ceará

completará 50 anos; desde então estiveram em vigência três Códigos de Ética Médica. Cada um deles representou um aspecto da vida profissional médica. O primeiro Código possuía características que refletiam a atividade liberal e per-durou até a década de setenta. Nos início dos anos oitenta esteve em vigor por pouco tempo um Código que foi chamado de Deontologico, que já trazia em seu bojo os dilemas da prática médica assalariada e as mudanças da prática médica. No final dos anos oitenta construiu-se o primeiro Código de Ética Médica de cunho democrático, com a par-ticipação de variados segmentos da categoria médica e que incorporou os avanços do nascente conhecimen-to chamado de bioética. Fruto de uma nova relação-médico-paciente-sociedade, o novo Código trouxe grandes avanços no que se refere aos direitos dos pacientes, na re-lação dos médicos com os planos de saúde e incorporou direitos aos médicos .Passados pouco mais de 20 anos sentiu-se a necessidade de rever o Código de 1988 o que foi feito em definitivo na reunião da IV Conferencia Nacional de Ética Médica que aconteceu em São Paulo em agosto de 2009. Mais de 2000 propostas foram avaliadas em confe-rências anteriores com participação da categoria médica e entidades de classe o que redundou em um Novo Código de Ética Médica que passará a apresentar as seguintes caracterís-ticas:1- Deverá ser um Código que

conterá os princípios basilares que norteiam o exercício profissional e as características da medicina, como o anterior de 1988, com a diferença de que o profissional não poderá ser enquadrado do ponto de vista administrativo, por infração aos mesmos. 2- deverá ser um Código mais aproximado de um Código de deveres do que de sanções ou veda-ções – ficando evidente a diferença entre um dever e uma obrigação

nos variados artigos que vão ser o substrato do enquadramento jurí-dico. 3- Os artigos novos receberam forte influência de Pareceres e Re-soluções dos Conselhos refletindo na realidade um Código de Moral Prática. Percebe-se também, que o novo Código foi influenciado, principalmente no que se refere ao aspecto da responsabilidade,

pelo debate que ora vivenciam os operadores do direito em relação as correntes doutrinárias da res-ponsabilidade objetiva presente no Código de Defesa do Consumidor e no novo Código Civil, ficando evidente que a medicina não pode se enquadrar como uma prática de consumo, tese defendida pelo desembargador Kfouri, o que traz para as ações de responsabilidade a necessidade de que o julgador ava-lie a responsabilidade do médico à luz da responsabilidade baseada na culpa, sendo portanto pessoal e que necessita ser provada. O número de ações envolvendo responsabilidade médica tem crescido muito no país e este tema recebeu uma atenção não só nas Conferencias de Ética, como no capitulo do novo Código de Ética Médica. Novas práticas médicas baseadas na tecnologia da reprodução assistida também foram abordadas no novo Código, assim como problemas relativos à pesquisa com seres humanos e o ensino mé-dico. Aparentemente, não haverá mudanças essenciais em relação ao Código anterior, porém os novos artigos atualizam alguns temas que ficaram defasados pelo avanço tec-nológico ou por estarem regulados apenas por Resoluções necessitando ser inseridos na nova Carta Ética a qual espera-se permaneça por pelo menos mais 20 anos como ocorreu com o Código, que nos próximos meses deixará de vigorar. Resta a tarefa para os Conselhos de divul-gar e discutir com os mais amplos segmentos da categoria facilitando a compreensão das mudanças e es-clarecendo a sociedade.

Roberto Wagner Bezerra de Araujo – Professor da UFC

A Revisão do Código de Ética Médica:A Caminho de um Código de Deveres

Os artigos novos receberam forte infl uência

de Pareceres e Resoluções

dos Conselhos refl etindo na realidade um

Código de Moral Prática.

Atividades do V Congresso Científi co e Ético do CREMEC

Dr. Vladimir Távora proprietário da empresa (Reunir), responsável pela organização do

Congresso

Assistência das atividades Apoio lógistico de funcionários do CREMEC, da esq. para dir.: Clealdo, Regina Yale, Die-go, Aline, Fátima Sampaio, Regina Holanda

e Luciana Capelo

6 JORNAL CONSELHO [email protected]

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ARTIGO

O menino tem uns sete anos. Mora com seus pais a alguns quilômetros da sede do município, na Serra de Baturité.

Família de agricultores. Uma hortaliça no quintal; diárias ocasionais a doze ou quinze reais nos vizinhos a capinar, a retirar lenha para fogão caipira. Ganho apenas para o sustento mínimo. Dieta pobre e limitada: feijão, arroz, ovo, fari-nha, banana verde no feijão, uma penosa magra nos dias maiores. Cheiro-verde à mão, mas, por tradição dos locais, alimento esquisito, não faz parte do apetite; melhor é a “sustança” das gor-duras, tal um pirão de mocotó. Água de beber de uma cacimba suspeita. Casinha de tijolos nus, baixinha, sem forro, goteiras, chão irregular e úmido a sofrer os rigores do frio da serra.

Pobreza, desinformação, analfabetismo. Tabus e mitos consagrados: Manga com febre, estupora; comida reimosa atrapalha a menstru-ação; banho logo depois do almoço dá ramo...

Diante do médico, o pai se queixa e explica:- Esse menino doutor, dá uns passamentos,

pisca e fi ca assim meio esquisito, dá um lerdo lá nele, os olhos desmaiados, várias vezes por dia; mas não cai; a gente fala com ele, ele não responde.

E o médico, interessado, esmiúça, quer mais informações: É uma ou mais crises por dia? Quando começou? Está tomando algum remé-dio? Está estudando? É inteligente? E a gestação? O parto? Chorou logo ao nascer? Falou e andou com que idade?

O pai, muito limitado, pouco esclarece, pouco coopera com a sequência técnica do in-terrogatório.

O médico se esforça, procura pistas que con-duzam ao diagnóstico mais provável: é por certo epilepsia do tipo pequeno mal. O tratamento já poderia ser iniciado. Elabora a receita. Novo empenho e repetidas explicações. O pai parece ter compreendido. Mas na próxima consulta constata-se: a dosagem estava aquém do ensinado e o remédio acabou. “O senhor só passou dois vidros, doutor”!

- Melhorou?- Pouca melhora, doutor! Nova orientação. Pedido do exame eletroen-

cefalograma. Somente dois meses depois o mé-dico tem à mão o laudo do exame, que descreve: Atividade epileptiforme do tipo generalizado, a 3Hz. Dá-se o ajuste da dosagem. Trinta dias depois, volta o pai, que exclama, taxativo e in-satisfeito:

- Aquelas crises passaram, doutor! Os olhos não fi cam mais lerdos, ele entende o que a gente fala. Mas o remédio causou uma esquisitice, ele está pior! É que ele deu de fi car assistindo, por muitas horas, ao programa da televisão. Abando-na os cadernos, abandona os estudos. Lá, ele fi ca a imitar as fi guras do desenho animado, espicha os braços, imita tudo o que vê, grita e esperneia. É o remédio que está errado, não é doutor?

J. Cláudio Bezerra de Menezes

Cremec 1766Sítio Brejinho, Guaramiranga, Ceará.

Epilepsia e Ignorância

Atividades do V Congresso Científi co e Ético do CREMEC

Em destaque, na foto, o Dr. Antonio Tadeu Uchôa Filho, representando a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública

Conselheiro Tales Coelho Sampaio preside mesa de discussão sobre Políticas Médicas

Dr. Alexandre Mont’Alverne, Secretário de Saúde de Fortaleza Os presidentes Ivan Moura Fé e Valéria Góes Ferreira Pinheiro ofi cializam o encerramento do V Congreso Científi co e Ético do CREMEC

[email protected] JORNAL CONSELHO 7

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Concursode Monografias

Prof. Dalgimar Beserra de Menezes

Lançamento do Livro:

Títulos e autoresPrograma de Saúde da Família e EducaçãoMédica na GraduaçãoAna Cecilia Neiva Gondim

Programa de Saúde da Família (PSF) e Educação MédicaAttila de Melo Campos

Infl uências Internacionais na Implantação do Programa Saúde da Família e sua Relação com a Educação Médica BrasileiraJose Roberto Pereira de Sousa

O Programa Saúde da Família e a Capacitação Médica no CearáMarcelo Gurgel Carlos da SilvaFernando dos Santos Rocha Filho

Programa de Saúde da Família e Educação Médica: Contribuições para o DebateNathan Mendes SouzaPedro Gomes Cavalcante Neto

O Resgate da Cidadania AmeaçadaLeonardo Augusto Negreiros Parente Capéla SampaioAbertura de Novas Escolas Médicas: As Repercussões de uma Política NeoliberalBreitner Gomes ChavesMarcelo Gurgel Carlos da Silva

Novas Faculdades de Medicina: Uma Conquista ou um Desafi o?Elaine Crystine Vieira de Assis

Novas Faculdades de Medicina: Problema de TodosLeonardo Augusto Negreiros Parente Capéla Sampaio

A Sustentabilidade do Curso de Medicina da UECEMarcelo Gurgel Carlos da Silva

Profi ssão: CuidadoNathan Mendes Souza

Novas Escolas Médicas: Perspectivas sobre a Formação Profi ssional e o Mercado de Trabalho.Caio César Furtado FreireA Mercantilização da Medicina e o Papel Social do MédicoHaroldo Heitor Ribeiro Filho

Novas Faculdades de MedicinaJorge Augusto de Oliveira Prestes

Das Vagas de Internato no Estado do Ceará: Um Estudo SituacionalLeandro Augusto Menezes Rêgo

Abertura de Novas Escolas Médicas: Análise de DadosSávio Samuel Feitosa Machado

Da esq. para dir.: em primeiro plano Dr. Roberto D’Avila, Dr. Marcelo Gurgel, Dr. Fernando dos Santos Rocha Filho

Dra. Valéria Góes e Autores Drs. Medeiros e Fernando dos Santos Rocha Filho

Formação Médica e Dengue: Avaliação do Novo Currículo Frente a Problema de Saúde PúblicaRafael Costa Lima Maia Paulo Ricardo Ávila BezerraBruno Costa MonteiroMarcelo Silveira MatiasSilvio Melo TorresBruno Roberto da Silva FerreiraCarlos Augusto B. da Silveira Barros

Trabalhos refe

rentes

aos concu

rsos d

os

anos 2005, 2

006 e 2007

8 JORNAL CONSELHO [email protected]