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Editorial CRISE NA SAÚDE É um imperativo ético que a dignidade da atenção aos enfermos seja restaurada, criando- se condições para que os serviços de saúde funcionem como locais de acolhimento, com atendimento humanizado e resolutivo dos agravos à saúde. INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 111 - MAI/JUN DE 2015 Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8 PARA USO DOS CORREIOS MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM____/___/___ ___________________ PROVAB Coletiva de Imprensa Fechando a Edição: maio /junho Atividades Conselhais Jurídico / Ementas Repasses Federais Concurso de Monografias Prof. Dalgimar Beserra de Menezes Curso de Reanimação Cardiopulmonar Cerebral Sobre o Sylvio Julgamento Simulado Como Atividade Educativa/ UNIFOR As macas, finalmente, adquiriram visibi- lidade. Doentes em longas filas de espera, ou superlotando os corredores dos hospitais públicos de Fortaleza, passaram a ocupar o noticiário da imprensa cearense de uma forma mais dramática do que anteriormente. O angustiante cenário de numerosos pacientes aguardando, em condições inóspitas, socorro para males os mais diversos foi- -se tornando demasiado incômodo, insuportável. O ápice da crise foi atingido com a publicação, pela imprensa, de fotos de pacientes atendidos no chão do maior hospital de emergência de Forta- leza, matéria que imediatamente se transformou em manchete nacional. Convém ser ressaltado que tal quadro é, há muitos anos, do conhecimento de médicos e demais profissionais de saúde que trabalham nos serviços de urgência da metrópole alencarina. O caos na saúde não começou hoje, nem se restringe ao Estado do Ceará, constatação que não ameniza o problema nem traz consolo para ninguém. Parece, no entanto, que agora a insatisfação com tal estado de coisas se ampliou, passando o tema saúde a ser o foco das conversas e preocupações de grande parte da população. O que é um fato alvissareiro. Existe a clara reivindicação da população de que o setor saúde deva receber tratamento prioritário. E somente com mobiliza- ção social serão alcançadas mudanças estruturais e avanços na concretização dos direitos da cidadania, entre os quais se insere o direito à saúde. Os gestores estaduais e municipais, ante a negativa repercussão dos desacertos da assistência à saúde, agendaram reuniões, com a participação do Conselho Regional de Medicina do Ceará, Sindicato dos Médicos e Associação Médica Cearense, em busca de soluções saneadoras. O Prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio, anunciou a realização de concurso público para 110 médicos, no intuito de preencher as carências mais imediatas das escalas no Instituto Dr. José Frota (IJF) e nos Frotinhas de Parangaba, Mes- sejana e Antonio Bezerra. Acrescentou o prócer municipal a decisão de autorizar licitação para ampliação e reforma dos Frotinhas, com ênfase no Frotinha de Parangaba, que passaria a ter mais 55 leitos. Ademais, foi divulgada a contratação de leitos de retaguarda, além da aquisição de equipa- mentos para melhorar a capacidade dos Frotinhas de dar bom atendimento no campo cirúrgico e de diagnóstico. Por fim, houve a notícia de que será construído o IJF 2, significando um acréscimo de 226 novos leitos. Simultaneamente, as entidades médicas cea- renses se reuniram com o Governador do Estado, Dr. Camilo Santana, ocasião em que foi cobrada a realização de concurso público para a contratação de médicos, lembrando que o último concurso estadual para esculápios ocorreu em 2006. Por sinal, no período eleitoral de 2014, em debate que o então candidato ao governo do Estado teve com os médicos, houve promessa neste sentido. Na época, foi anunciado pelo atual governador que um grande concurso para a área da saúde teria lugar nos primeiros meses da gestão estadual ora em curso. Outro pleito trazido à memória de sua excelência foi o da construção de um hospital universitário no campus da UECE, assunto que também fora discutido com o Dr. Camilo no período pré-eleitoral referido. A importância de tal iniciativa para a boa formação dos médicos da universidade estadual do Ceará é indiscutível. É sabido que o financiamento da saúde no Brasil tem sido, ao longo de muitos anos, o nó górdio a ser desatado. É necessário que sejam alocadas mais verbas federais para ampliar a capacidade dos Estados e dos municípios no equacionamento dos graves problemas de saúde. Torna-se evidente que é extremamente difícil que sejam alcançados melhores resultados sani- tários com o montante financeiro atualmente destinado ao setor saúde. Impõe-se, no entanto, que esteja sempre presente o cuidado em aplicar com sabedoria os recursos disponíveis e realizar regularmente processos de avaliação e controle do funcionamento do sistema de saúde, buscando aprimorar a gestão do SUS. É um imperativo ético que a dignidade da atenção aos enfermos seja restaurada, crian- do-se condições para que os serviços de saúde funcionem como locais de acolhimento, com atendimento humanizado e resolutivo dos agravos à saúde. Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do CREMEC

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Editorial

CRISE NA SAÚDE

“É um imperativo ético que a dignidade da

atenção aos enfermos seja restaurada, criando-

se condições para que os serviços de saúde

funcionem como locais de acolhimento, com

atendimento humanizado e resolutivo dos agravos à

saúde.”

INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 111 - MAI/JUN DE 2015

Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8

PARA USO DOS CORREIOS

MUDOU-SEDESCONHECIDORECUSADOENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO

FALECIDOAUSENTENÃO PROCURADOINFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL

EM____/___/___ ___________________

PROVAB

Coletiva de Imprensa

Fechando a Edição:maio /junho

Atividades Conselhais

Jurídico / EmentasRepasses Federais

Concurso de Monografias Prof. Dalgimar Beserra de Menezes

Curso de Reanimação Cardiopulmonar Cerebral

Sobre o Sylvio

Julgamento Simulado Como Atividade Educativa/UNIFOR

As macas, finalmente, adquiriram visibi-lidade. Doentes em longas filas de espera, ou superlotando os corredores dos hospitais públicos de Fortaleza, passaram a ocupar o noticiário da imprensa cearense de uma forma mais dramática do que anteriormente. O angustiante cenário de numerosos pacientes aguardando, em condições inóspitas, socorro para males os mais diversos foi--se tornando demasiado incômodo, insuportável. O ápice da crise foi atingido com a publicação, pela imprensa, de fotos de pacientes atendidos no chão do maior hospital de emergência de Forta-leza, matéria que imediatamente se transformou em manchete nacional. Convém ser ressaltado que tal quadro é, há muitos anos, do conhecimento de médicos e demais profissionais de saúde que trabalham nos serviços de urgência da metrópole alencarina. O caos na saúde não começou hoje, nem se restringe ao Estado do Ceará, constatação que não ameniza o problema nem traz consolo para ninguém. Parece, no entanto, que agora a insatisfação com tal estado de coisas se ampliou, passando o tema saúde a ser o foco das conversas e preocupações de grande parte da população. O que é um fato alvissareiro. Existe a clara reivindicação da população de que o setor saúde deva receber tratamento prioritário. E somente com mobiliza-ção social serão alcançadas mudanças estruturais e avanços na concretização dos direitos da cidadania, entre os quais se insere o direito à saúde.

Os gestores estaduais e municipais, ante a negativa repercussão dos desacertos da assistência à saúde, agendaram reuniões, com a participação do Conselho Regional de Medicina do Ceará, Sindicato dos Médicos e Associação Médica Cearense, em busca de soluções saneadoras. O Prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio, anunciou a realização de concurso público para

110 médicos, no intuito de preencher as carências mais imediatas das escalas no Instituto Dr. José Frota (IJF) e nos Frotinhas de Parangaba, Mes-sejana e Antonio Bezerra. Acrescentou o prócer municipal a decisão de autorizar licitação para ampliação e reforma dos Frotinhas, com ênfase no Frotinha de Parangaba, que passaria a ter mais 55 leitos. Ademais, foi divulgada a contratação de leitos de retaguarda, além da aquisição de equipa-

mentos para melhorar a capacidade dos Frotinhas de dar bom atendimento no campo cirúrgico e de diagnóstico. Por fim, houve a notícia de que será construído o IJF 2, significando um acréscimo de 226 novos leitos.

Simultaneamente, as entidades médicas cea-renses se reuniram com o Governador do Estado, Dr. Camilo Santana, ocasião em que foi cobrada a realização de concurso público para a contratação de médicos, lembrando que o último concurso

estadual para esculápios ocorreu em 2006. Por sinal, no período eleitoral de 2014, em debate que o então candidato ao governo do Estado teve com os médicos, houve promessa neste sentido. Na época, foi anunciado pelo atual governador que um grande concurso para a área da saúde teria lugar nos primeiros meses da gestão estadual ora em curso. Outro pleito trazido à memória de sua excelência foi o da construção de um hospital universitário no campus da UECE, assunto que também fora discutido com o Dr. Camilo no período pré-eleitoral referido. A importância de tal iniciativa para a boa formação dos médicos da universidade estadual do Ceará é indiscutível.

É sabido que o financiamento da saúde no Brasil tem sido, ao longo de muitos anos, o nó górdio a ser desatado. É necessário que sejam alocadas mais verbas federais para ampliar a capacidade dos Estados e dos municípios no equacionamento dos graves problemas de saúde. Torna-se evidente que é extremamente difícil que sejam alcançados melhores resultados sani-tários com o montante financeiro atualmente destinado ao setor saúde. Impõe-se, no entanto, que esteja sempre presente o cuidado em aplicar com sabedoria os recursos disponíveis e realizar regularmente processos de avaliação e controle do funcionamento do sistema de saúde, buscando aprimorar a gestão do SUS.

É um imperativo ético que a dignidade da atenção aos enfermos seja restaurada, crian-do-se condições para que os serviços de saúde funcionem como locais de acolhimento, com atendimento humanizado e resolutivo dos agravos à saúde.

Dr. Ivan de Araújo Moura Fé

Presidente do CREMEC

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[email protected] Jornal Conselho

Artigo JURÍDICO / EMENTASPARECER CREMEC Nº 01 /2015

ASSUNTO: Cirurgia de Urgência e Sala de Recuperação Pós-AnestésicaPARECERISTA: Dr. Lino Antonio Cavalcanti HolandaEMENTA: O paciente que necessita de procedimento cirúrgico de urgência deve ser atendido. Impõe-se a assistência pós-anestésica e pós-cirúrgica do paciente no local onde foi realizado o procedimento médico, na sala de recuperação pós-anestésica, ou no centro (unidade) de terapia intensiva, conforme o caso. Entendimento das Resoluções CFM 1.802/2006 e CREMEC 44/2012.

PARECER CREMEC Nº 02/2015ASSUNTO: Coleta e solicitação de exame de citologia oncótica de colo uterino por enfermeiro

PARECERISTA: Cons. Helvécio Neves FeitosaEMENTA: O enfermeiro pode realizar a coleta do conteúdo cervical uterino e solicitar o exame de citologia oncótica, desde que sejam preenchidos, simultaneamente, os seguintes requisitos: seja integrante de uma equipe de saúde em programa de saúde pública; haja rotina de prevenção do câncer ginecológico aprovada pela instituição de saúde; a solicitação do exame seja feita sob supervisão médica.

PARECER CREMEC Nº 03/2015ASSUNTO: Solicitação de Exames SubsidiáriosPARECERISTA: Cons. Alberto Farias Filho EMENTA: Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a

serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente. A competência do fornecimento dos formulários específicos é um assunto eminentemente administrativo.

PARECER CREMEC Nº 18/2014ASSUNTO: Direito de Acesso ao Prontuário MédicoPARECERISTA: Conselheiro Roger Murilo Ribeiro SoaresEMENTA: O médico assistente e os demais profissionais que compartilham do atendimento têm garantido o acesso ao prontuário; qualquer médico que não esteja dentre as categorias citadas não deverá ter acesso ao prontuário, salvo autorização expressa do paciente ou determinação legal.

Defasagem na Tabela SUS afeta maioria dos procedimentos hospitalares

Mais de 1.500 procedimentos hospitalares incluídos na Tabela SUS, padrão de referência para pagamento dos serviços prestados por estabelecimentos conveniados e filantrópicos que atendem a rede pública de saúde, estão defasados. A lista poderia ser ainda maior se considerados os atendimentos ambulatoriais, não apontados neste levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a perda acumulada no período de 2008 a 2014, com base em dados do Ministério da Saúde.

Por procedimentos mais frequentes, como a realização de um parto normal, por exemplo,

as unidades hospitalares receberam, em 2008, cerca de R$ 472,00 a cada Autorização de Internação Hospitalar (AIH) aprovada. Sete anos depois, o valor passou para R$ 550,00 – quase 60% inferior ao que poderia ser pago se corrigido por índices inflacionários como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Se o fator de correção fosse o salário mínimo, o montante chegaria a R$ 823,00.

Situação semelhante acontece no paga-mento pelo tratamento de pneumonias. Em 2008, cerca de R$ 707,00 eram pagos a cada internação. No ano passado o valor médio passou para R$ 960,00 cifra defasada em 90%

quando comparada com os principais índices de inflação acumulados no período. Aplicados estes índices, estima-se que o pagamento por despesas com este tipo de internação alcançasse até R$ 1.234,00.

Os dados foram coletados junto à base de dados Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH/SUS, gerido pelo Ministério da Saúde. Além da quantidade de procedimentos autorizados a cada ano, foram confrontados os valores totais e médios pagos em cada um dos procedimentos.

Assessoria de Imprensa do CFM

REPASSES FEDERAIS

AVISO IMPORTANTE II: emissão de documento por meio eletrônico. O Conselho Regional de Medicina do Ceará informa que os seguintes documentos estão disponíveis no site

do CREMEC (www.cremec.org.br): 1- Emissão de segunda via de boleto de anuidade;2- Certidão de quitação de pessoa física e jurídica.

AVISO IMPORTANTE I: Resolução CFM nº 2.108/2014: Fixa os valores das anuidades e taxas para o exercício de 2015 e dá outras providências.

Maiores Informações: www.portalmedico.org.br

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Jornal Conselho [email protected]

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Fátima SampaioCREMEC: Rua Floriano Peixoto, 2021 - José Bonifácio

CEP: 60.025-131Telefone: (85) 3230.3080

Fax: (85) 3221.6929www.cremec.org.br

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Projeto Gráfico: WironEditoração Eletrônica: Júlio Amadeu

Impressão: Gráfica Cearense

CONSELHEIROS

Alberto Farias Filho Ana Lúcia Araújo Nocrato

Carlos Leite de Macêdo Filho Cláudio Gleidiston Lima da Silva Erico Antonio Gomes de Arruda

Flávio Lúcio Pontes Ibiapina Francisco Alequy de Vasconcellos Filho

Francisco de Assis Almeida Cabral Francisco Dias de Paiva

Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho Gentil Claudino de Galiza Neto

Helly Pinheiro Ellery Inês Tavares Vale e Melo

João Nelson Lisboa de Melo José Ajax Nogueira Queiroz

José Albertino Souza José Carlos Figueiredo Martins

José Fernandes Dantas José Huygens Parente Garcia José Málbio Oliveira Rolim José Roosevelt Norões Luna

Maria Neodan Tavares Rodrigues Marly Beserra de Castro Siqueira

Régia Maria do S. Vidal do Patrocínio Régis Moreira Conrado

Renato Evando Moreira Filho Ricardo Maria Nobre Othon Sidou Roberto Wagner Bezerra de Araújo

Roger Murilo Ribeiro Soares Stela Norma Benevides Castelo

Sylvio Ideburque Leal Filho Tânia de Araújo Barboza

Valéria Góes Ferreira Pinheiro

DIRETORIAIvan de Araújo Moura Fé Helvécio Neves Feitosa

Lino Antonio Cavalcanti HolandaFernando Queiroz Monte

Lúcio Flávio Gonzaga SilvaRafael Dias Marques Nogueira

Regina Lúcia Portela Diniz

REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO

SECCIONAL DA ZONA NORTEArthur Guimarães Filho

Francisco Carlos Nogueira ArcanjoFrancisco José Fontenele de AzevedoFrancisco José Mont´Alverne Silva

José Ricardo Cunha NevesRaimundo Tadeu Dias Xerez

End.: Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará

SECCIONAL DO CARIRICláudio Gleidiston Lima da SilvaGeraldo Welilvan Lucena Landim

João Ananias Machado FilhoJoão Bosco Soares SampaioJosé Flávio Pinheiro VieiraJosé Marcos Alves Nunes

End.: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro

Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - CearáSECCIONAL CENTRO SULAntonio Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo ArraesEnd.: Rua Professor João Coelho, 66 - Sl. 28

Cep: 63.500-000 - Iguatu/CearáLIMOEIRO DO NORTE

Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

MONOGRAFIASCONCURSO DE

Prof. Dalgimar Beserra de Menezes

Tecnologia Médica e ÉticaTema 2015:

Cons. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará

Promoção:

Os candidatos deverão apresentar uma monografia de 10 (dez) a 30 (trinta) laudas, digitadas em fonte arial tamanho 12 e com espaço duplo de um único lado da folha tamanho ofício( incluir cds).

Os trabalhos deverão ser inéditos; podendo conter ilustrações. Cada autor deverá apresentar no máximo 02 (dois) trabalhos.

Poderão se inscrever no concurso os médicos em geral e estudantes de medicina do Ceará e de todos os outros estados brasileiros.

O julgamento dos trabalhos será feito por uma comissão indicada pelo CREMEC.

Os candidatos deverão inscrever-se sob pseudônimo e juntar ao trabalho envelope lacrado com o nome verdadeiro.

Os conselheiros do CREMEC poderão participar, ser classificados, mas não farão jus aos prêmios.

Os trabalhos deverão ser entregues em 03 (três) vias na sede do CREMEC, à rua Floriano Peixoto nº 2021 - bairro José Bonifácio, até o dia 27 de outubro de 2015.

Os trabalhos submetidos não serão devolvidos; passarão a ser propriedade do CREMEC e poderão ser publicados. Na eventualidade de publicação, a comissão julgadora do concurso poderá excluir trabalhos que achar não qualificados.

Quatro (04) prêmios serão conferidos, dois (02) para médicos e dois (02) para estudantes de medicina; o primeiro lugar dos médicos receberá R$ 2.000,00 (dois mil reais), o segundo R$ 1.000,00 (um mil reais); o prêmio do primeiro lugar para estudantes será de R$ 1.000,00 (um mil reais) e do segundo de R$ 500,00 (quinhentos reais).

A premiação do concurso de monografias ocorrerá em 27 de novembro de 2015.

CURSO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR CEREBRAL

Com carga horária de 08 horas aula o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará promoveu o II Curso de Reanimação Cardio Pulmonar Cerebral. O curso, com coordenação e instrução de Cristiano Walter Moraes Rôla Júnior (Kit Rôla) teve a seguinte programa-ção teórico prática: Reanimação Cardiopulmonar Básica no Adulto, Desfibrilação Externa Automática, Obstru-ção das Vias Aéreas por Corpo Estranho, Demonstração

de Desfibrilador Externo Automático, Suporte Básico de Vida, Manobras de Desobstrução por Corpo Estranho, Reanimação Cardiopulmonar Avançada, Formação das Equipes de Reanimação, Cuidados Pós-PCR, Intubação Orotraqueal, Suporte Avançado de Vida e Cuidados Pós--Parada. O II Curso de Reanimação Cardiopulmonar foi ministrado no auditório do CREMEC, dias 28 e 30 de abril de 2015.

Cristiano Walter Moraes Rôla Júnior (Kit Rôla) durante aula do curso

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4 Jornal Conselho [email protected]

DR. Sylvio Ideburque Leal Filho 23.06.44 / 03.05.15

- 1972 Faculdade Medicina - Universidade Federal do Ceará - 1973-1975 Especialização em Oftalmologia - Universidade

Federal de Minas Gerais - Coordenação Dr. Hilton Rocha- 1975 Doutorado em Oftalmologia - Universidade Federal de

Minas Gerais - Tese: “Estudo Biométrico da Córnea e Câmara em Pacientes

Glaucomatosos.”- 1976-1977 Assistente Estrangeiro no Serviço da Clinique

Ophtalmologique do Prof. M. Bonamour na Université Claude Ber-nard - Academie de Lyon - France. - 1976 Membro Titular de La Société Française d’Ophtalmologie.

Organização da matéria: Fátima Sampaio, Maria das Dores Goes Moura, Erick Jonathan Adriano de Oliveira, Manoel Brito Júnior, Manoel Bezerra Granja Neto e Dalgimar Beserra de Menezes.

Sylvio, Cidadão, na luta pela democracia

Informativo do Centro Médico Cearense - junho de 1984

Facebook: Urico Gadelha: A PARTIDA SÚBITA DO DR. SILVIO LEAL DEIXA UM IMENSO VAZIO NA MEDICINA DO CEARÁ.

PROFISSIONAL REFERÊNCIA DE DIGNIDADE, HONESTIDADE E UMA INABALÁVEL FRANQUEZA

SUA PARTIDA DEIXA EM MIM UM SENTIMENTO DE ORFANDADE.

Prezado Urico, vou transformar seus substantivos em adjetivos, com um único propósito: digno, honesto, franco e...LEAL. Não gosto de adjetivos clichês, nem de adjetivos em geral, mas desta vez...

O Profissional

O MédicoSra. Maria Aparecida Leal: conforme solicitação, seguem os

dados do Conselheiro Sylvio Ideburque Leal Filho, meu marido:

Sobre o SylvioComo Presidente do Conselho Regional

de Medicina, cabe-me, neste momento, expressar a enormidade da perda que significa o passamento do nosso preclaro conselheiro, Dr. Sylvio Ideburque Leal Filho. Membro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará desde 1983, o Dr. Sylvio Leal, considerando suas qua-lidades morais, éticas e profissionais, deixa uma lacuna difícil de ser preenchida.

Sobre o Sylvio, o conselheiro José Roo-sevelt Norões Luna fez algumas observações bem pertinentes:

Fazia jus ao nome: Leal. Era leal à famí-lia, aos amigos, aos pacientes. Nunca disse um não parecido com um sim, e nunca disse um sim parecido com um não.

Desta forma, o Sylvio foi bíblico. No texto sagrado, encontramos que o homem deve falar apenas, sim, sim, ou não, não. E que tudo o mais vem do maligno. Nas sessões do CRM, geralmente o Sylvio falava pouco. Mas, quando o fazia, era de forma incisiva, afirmativa, sem tergiversar, de modo que não ficava a menor dúvida sobre o que ele pensava a respeito do assunto em discussão, qualquer que fosse a dificulda-de da matéria em análise ou debate. Esta característica, assim como a integridade, a honradez, a postura ética e a competência profissional foram as marcas que ficaram do nosso prezado amigo, médico de vários dos conselheiros, admirado por todos os que o

conheciam. A medicina cearense perdeu um dos seus maiores vultos.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, por sua Diretoria e por todos os Conselheiros, presta neste mo-mento reverência à memória do Dr. Sylvio Ideburque Leal Filho, ao mesmo tempo em que manifesta sentimentos de pesar e de solidariedade à família enlutada.

Fortaleza, 4 de maio de 2015

Cons. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do CREMEC

Adendo à Formação

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[email protected] Jornal Conselho 5

Nos dias 05 e 06 de maio de 2015 aconteceu o “V Fórum de Ética Médica da Universidade de Fortaleza”, cujo tema foi “Sigilo x Crime”, uma iniciativa do PET (Programa de Educação Tuto-rial)-Medicina, com o apoio da LIEME (Liga de Ética Médica do Curso de Medicina da UNIFOR) na organização do evento.

A atividade de encerramento do Fórum cons-tou de um Julgamento Simulado, seguindo todo ritual das Sessões de Julgamento de Processos Éti-co-Profissionais do CREMEC. O caso em pauta (fictício) abordou a história de uma paciente com um quadro de abortamento supostamente provo-cado. O médico, ao realizar o exame de admissão da paciente, encontrou vestígios de comprimidos na vagina, que supôs ser medicação abortiva. Realizou o procedimento de curetagem uterina e, ao encerrar o plantão, dirigiu-se à Delegacia de Polícia, fazendo um B.O. (queixa crime) contra a paciente. Esta passou a responder inquérito poli-cial, mas denunciou o esculápio no Conselho de Medicina. O Conselheiro Sindicante concluiu o seu

Relatório de Sindicância apontando: “(...) possível infração ao artigo 18 do Código de Ética Médica, o qual estabelece ser vedado ao médico desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conselhos Federal e Regio-nais de Medicina, tendo como foco possível desrespeito ao Art. 3º da Resolução CMF n° 1.605/2000, que determina que “Na investigação da hipótese de cometimento de crime o médico está impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo criminal”, por ter o médico denunciado a paciente à autoridade policial. Da mesma forma, a investigação

deve ser aprofundada com vistas a possível desrespeito ao Art. 73 do CEM, por revelação de fato que teve conhecimento em virtude do exercício profissional, ressaltando ainda o item “c” do parágrafo único do mesmo artigo, o qual determina que “na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal”. A Câmara de Julgamento Sindicâncias do Conselho, por maioria de votos, seguiu o voto do Conselheiro Sindicante, sendo aberto Processo Ético-Profissional em desfavor do médico denun-ciado nos dois artigos elencados. Após a Instrução Processual, marcou-se o Julgamento.

Na Sessão de Julgamento houve rica discussão entre os presentes quanto ao mérito (culpabilidade ou inocência do médico), com a participação ativa dos alunos da plateia, além dos alunos e professo-res julgadores. Os advogados de acusação e defesa atuaram com brilhantismo, travando rico embate nas “Sustentações Orais” e nas “Alegações Finais”.

O Júri foi composto por: 1) Professores - Hel-vécio Neves Feitosa (Presidente da Sessão de Julga-mento), Gentil Claudino de Galiza Neto (Relator do Processo), Rafaela Vieira Corrêa (Revisora), Dalgimar Beserra de Menezes (convidado), Carlos Clayton Torres Aguiar, Fernanda Martins Maia, Paola Colares de Borba e Adriana de Holanda Mafaldo Diógenes; 2) Alunos: Bárbara Matos Almeida Queiroz, Daniel Araújo Kramer de Mes-quita, Giovana Bastos de Castro, Matheus Costa Bessa e Thais Saraiva Leão. A aluna Ana Larissa

Florêncio de Góis Pereira atuou como denunciante (paciente) e o Dr. Renato Evando Moreira Filho como o seu procurador (advogado de acusação). O papel de médico denunciado foi exercido pelo aluno Paulo Victor Ferreira Gomes Araújo, tendo como procurador o Dr. Urico Gadelha de Oliveira Neto (advogado de defesa).

Como resultado do Julgamento, houve apena-ção do médico denunciado, por 11 votos a um, com a pena prevista na alínea “c” do artigo 22 da Lei 3.268/57, ou seja, “censura pública em publi-cação oficial”.

Na nossa avaliação, a atividade de Julgamento Simulado (já utilizada em várias oportunidades pelo CREMEC), tem se constituído numa estra-tégia rica de discussão e de ensino da ética médica.

Helvécio Neves Feitosa

JULGAMENTO SIMULADO COMO ATIVIDADE EDUCATIVA/UNIFOR

Da esq. para a dir.: Gentil Claudino de Galiza Neto (relator do processo), Helvécio Neves Feitosa (presidente da sessão de julgamento) e Rafaela Vieira Corrêa (revisora)

Ana Larissa Florêncio de Góis Pereira (no papel de paciente)e Renato Evando Moreira Filho (advogado de acusação)

Paulo Victor Ferreira Gomes (fazendo as vezes de médico denunciado) e Urico Gadelha de Oliveira Neto (advogado de defesa).

Assistência do Julgamento

Organização e participantes

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6 Jornal Conselho [email protected]

Entrevista PROVABPergunta: Que demandas ensejaram a

criação do Programa de Valorização do Pro-fissional de Atenção Básica – PROVAB?

Resposta: Na barriga do Programa, en-tão gestando, Mais Médicos Para o Brasil; ini-ciou-se em 2011, o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB), com objetivo de “estimular” e com intuito mais de “valorizar” que de reconhecer o valor de pro-fissionais de saúde para atuarem na Estratégia de Saúde da Família, alocando-os em áreas re-motas e/ou de maior fragilidade. O programa prevê que os profissionais permaneçam 12 me-ses no município, com carga horária semanal de 32 horas para atividades práticas nas Uni-dades Básicas de Saúde e 8 horas destinadas à realização de curso de especialização em (ABS) Atenção Básica em Saúde ministrado pela (UNA-SUS) Universidade Aberta do SUS. Vimos que o mercado ofereceu tão somen-te novos postos de trabalho, melhor pago para um recém-formado com pouca expe-riência, especialmente na ABS. Hoje estou certo que trouxe e vem trazendo algum benefício para a população antes preterida. Sobre outras demandas, comentaremos no “Mais Médicos para o Brasil”

Pergunta: Que benefícios, trás o PROVAB, para o médico recém-formado?

Resposta: Uma resposta direta e ob-jetiva seria basicamente a bolsa de cerca de dez mil reais, um curso de especialização em ABS ministrado pela Rede UNA-SUS (a distancia) culminando com um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso/projeto de intervenção) e pontuação de 10% nas provas de residência médica (de especialidades). Quiçá uma expe-riência profissional generalista com sensibilização relacionado à empatia relacionada aos pacientes ou designadamente para decidirem sobre a espe-cialidade de Medicina de Família e Comunidade.

Pergunta: Qual a diferença, ou diferenças, entre o PROVAB e o Mais Médicos.

Resposta: O Programa Mais Médicos é maior, foi instituído pela Lei Nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, e tem como objetivo funda-mental a formação de recursos humanos na área médica para o Sistema Único de Saúde (SUS), bem mais específico para o que se pretende, ao contrario do PROVAB. Neste sentido, tece o futuro, engrena diversas frentes, que vão das

políticas educacionais nos cursos de medicina (Novas Diretrizes Curriculares, 2014), estímulo à pesquisa aplicada ao SUS e alocação de médicos em regiões prioritárias para o SUS, a médio e lon-go prazo, alargar o número de vagas nos cursos de medicina, além de expandir o número de curso em áreas remotas ou onde a densidade médica for pequena, priorizando a fixação do médico oriun-do de sua própria região; entre outras conheço pessoalmente Caicó, Paulo Afonso, Parnaíba e Coari, a 400Km de Manaus. Enfrenta-se ainda a instituição de vagas de residência médica para todos. Justificou-se o Programa pela observação da enorme desigualdade da relação de médicos/mil habitantes entre os estados brasileiros. Para além da questão distributiva, enfrentava-se (e ainda enfrenta-se) ao mesmo tempo uma carência

na oferta de médicos. Outras medidas, de curto prazo também foram seguidas para amparar as regiões mais necessitadas do País e causar impac-tos sobre seus indicadores de saúde. Para tanto, o polemico Projeto Mais Médicos para o Brasil que incentiva médicos brasileiros e estrangeiros a atuarem nessas áreas, levando a alguns debates jurídicos e éticos, especialmente relacionados aos médicos estrangeiros. Paralelamente ainda ocorre o REVALIDA, O Programa Nacional de Reva-lidação de Diplomas de médicos formados fora do Brasil, por meio de provas de conhecimento e raciocínio no topo da escala da pirâmide de Miller e de avaliações de situações praticas.

Pergunta: “O PROVAB é mais uma das iniciativas destinadas a enfrentar a falta de médicos nas regiões mais carentes do Bra-sil”. O que pode ser formulado a partir da afirmação do ex-ministro da Saúde, Alexan-dre Padilha.

Resposta: O que observo que possa ter motivado esta revolução no país é fato antigo, ou plural. Vejo de forma técnica sem julgamento de valores pessoais ou políticos partidários. De acor-do com o Relatório Mundial de Saúde, o estresse e a insegurança têm aumentado entre os trabalha-dores da saúde em todo o mundo devidos à com-binação complexa das velhas e novas demandas e problemas. A implementação de novos modelos de cuidados de saúde, a introdução de novas tecnologias e mudanças no perfil epidemiológico impactaram diretamente nas necessidades de trabalhadores de saúde. A globalização, o enve-lhecimento populacional e recentes e crescentes expectativas dos consumidores podem, da mesma forma ter levado as demandas a profissionais de saúde. Por outro lado, como parte da política

global de economia, começando na década de 90, houve um significativo aumento da migração internacional dos médicos e dos enfermeiros, buscando oportunidades de postos de trabalho e de segurança financeira. Antes ainda, consequências negativas de ajustes financeiros de programas apoiados pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial na década de 80, culminaram com uma importante redução da capacidade de gastos em áreas sociais importantes como saúde e educação. Em adição, a emergência de novas doenças ou reemergência de doenças com um grande

impacto sobre a população, além da aceleração da epidemia de HIV/AIDS ao mesmo tempo, pode ter contribuido de forma desastrosa para o aumento das necessidades de mais profissionais de saúde, além de outros aparelhos de saúde. Este contexto pode ter sido a origem ou parte do que se chamou de crise pessoal de saúde global, caracterizado por uma escassez global estimada em quatro milhões de profissionais de saúde e escassez de varias regiões e setores na distribuição e no acesso aos profissionais de saude, de uma maneira geral. O Brasil não ficou de fora.

Prof. FC Medeiros, MD, MsC, PhD.Coordenador do Módulo de

Ginecologia e Obstetrícia da UFCVice-Diretor da

Faculdade de Medicina da UFCSupervisor do PROVAB

Visita domiciliar a uma paciente geriátrica por um médico do PROVAB na zona rural de um município cearense

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[email protected] Jornal Conselho 7

coletiva de imprensa O presidente cons. Ivan de Araújo

Moura Fé, acompanhado do secretário geral Lino Antônio Cavalcanti Holanda e das conselheiras Regina Portela e Maria Neodan, concederam entrevista coletiva a jornais, televisões e rádios acerca do agravamento das condições da Saúde no Ceará e cidade de Fortaleza. Cons. Ivan deu início à coletiva afirmando que a saúde em nosso estado está piorando. Se-gundo o presidente há superlotação dos hospitais, doentes em macas nos corre-dores, filas imensas de pacientes à espera

de cirurgias, desabastecimento, múltiplos casos de sarampo e dengue, cortes nos recursos, subfinanciamento da saúde e má gestão. Ainda segundo Ivan Moura Fé, no maior hospital do estado, o HGF, faltam insumos (luvas, máscaras, sonda, fio ci-rúrgico, atadura, seringas gazes, material para curativos especiais) medicamentos (anti-hipertensivos, antibióticos e analgé-sicos), e nos laboratórios faltam reagentes para exames como TAP, TPTA, válvulas de oxigênio e ar comprimido e a vácuo. O presidente do CREMEC finalizou sua

preleção inicial ressaltando a atuação do Conselho Regional de Medicina na fisca-lização dos hospitais, policlínicas, UPAs, unidades de saúde e o Programa Saúde da Família, e ainda observou que todos os relatórios das fiscalizações realizadas pelo CREMEC são encaminhadas para a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Secretaria de Saúde do município visto-riado, Promotoria de Defesa da Saúde Pública e, quando é o caso, Promotoria da cidade visitada e Vigilância Sanitária, para conhecimento e adoção das providências.

O presidente Ivan lembrou finalmente que é proibido ao médico trabalhar em condições indignas para os doentes ou para os médicos.

Após a contextualização do presidente Ivan para as razões da convocação da Cole-tiva de Imprensa, o doutor Lino Antônio, secretário geral do CREMEC, relatou as más condições do trabalho médico no Ceará e o que vem sendo pelo Conselho

no âmbito da fiscalização e providências. As conselheiras Maria Neodan Tavares Rodrigues e Regina Lúcia Portela Diniz explanaram sobre as péssimas condições de alguns hospitais públicos do municí-pio de Fortaleza, mostrando fotos para exemplificar as precariedades existentes. Após as explicações iniciais, os jornalistas fizeram perguntas e indagações, no que foram atendidos pelos representantes do

Conselho de Medicina do Ceará na cole-tiva de Imprensa. Presentes os seguintes veículos de mídia (eletrônica e impressa) : Jornal O Povo, Jornal Diário do Nordeste, TV Ceará, TV Verdes Mares, TV Jangadei-ro, TV O Povo, TV Diário do Nordeste, Jornal Tribuna do Ceará, Rádio Verdes Mares... A atividade jornalística ocorreu no Plenário do CREMEC, na manhã do dia 13 de maio de 2015.

Da esq. p/ dir.: Regina Portela, Ivan Moura Fé, Lino Antonio e Maria Neodan.

Flagrantes da Coletiva

Profissionais Cinegrafistas

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8 Jornal Conselho [email protected]

AUDIÊNCIA PÚBLICA Lino Antônio Cavalcanti Holanda,

secretário geral do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, representou a entidade na Audiência Pública: Discutir Panorama Atual e as Questões Relativas ao Sistema Atual de Saúde do Estado do Ceará. Assembléia Legislativa do Ceará, 15 de abril de 2015.

OITAVA REUNIÃO Conselheiro Federal Lúcio Flávio Gon-

zaga Silva representou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará na Oitava Reunião da diretoria do Conselho Federal de Medicina com os presidentes dos Con-selhos de Medicina do Brasil; auditório do CFM, 06 de maio de 2015.

UNIDADES BÁSICAS Régia Maria do S. Vidal, conselheira

do CREMEC, representou a entidade em Audiência para discutir a Situação das Unidades Básicas de Saúde da Regional V; auditório da Promotoria de Justiça de De-fesa da Saúde Pública, 14 de maio do ano em curso.

COMISSÃO ESTADUAL DE HONORÁRIOS MÉDICOS

A conselheira Régia Maria do S. Vi-dal do Patrocínio representou o Conselho Regional de Medicina na Reunião da Co-missão Estadual de Honorários Médicos, acontecida no auditório da Associação Médica Cearense, em 11 de maio de 2015.

REUNIÃO COM O PREFEITO DE FORTALEZA

Os conselheiros Ivan de Araújo Moura Fé e Lino Antônio Cavalcanti Holanda, res-pectivamente presidente e secretário geral do CREMEC, representaram a entidade em reunião com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra. Em pauta: agudização da crise na saúde em Fortaleza e Estado do Ceará; Auditório do

Instituto José Frota, 15 de maio de 2015.

GABINETE DO PREFEITOO conselheiro presidente, Ivan de

Araújo Moura Fé, representou o CREMEC em mais uma reunião para discussão da crise da saúde no estado do Ceará; Gabinete do prefeito Roberto Claúdio Rodrigues

Bezerra, em 20 de maio de 2015.

REUNIÃO COM OS DIRETO-RES DOS HOSPITAIS PÚBLICOS

Conselheiro Francisco Alequy de Vas-concellos Filho representou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará na Reunião com os Diretores dos Hospitais Públicos de Fortaleza; em pauta, a discussão da crise da saúde em nosso Estado; auditó-rio da Secretaria de Saúde do Ceará - Bloco C, em 20 de maio de 2015.

AUDIÊNCIA COM O GOVERNADOR

Ivan de Araújo Moura Fé, presidente do Conselho Regional de Medicina do

Estado do Ceará, esteve presente à audi-ência com o governador do Ceará, Cami-lo Sobreira de Santana; em pauta, a crise na saúde no Estado do Ceará. Auditório do Palácio do Governo, em 21 de maio de 2015.

SUPERLOTAÇÃO E PRECARIEDADE

Conselheiro Lino Antônio Cavalcanti Holanda representou o Conselho Regional de Medicina do Ceará na Audiência Públi-ca: A Superlotação e Precariedade de Atendi-mento em Unidades de Saúde de Fortaleza, auditório da Defensoria Pública do Estado do Ceará; 26 de maio de 2015.

CONGRESSO O vice-presidente do CREMEC,

Helvécio Neves Feitosa, representou a entidade na abertura do XIX Congresso

da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica; Fábrica de Negócios, 27 de

maio de 2015.

AUDIÊNCIA II O conselheiro Ivan de Araújo Moura

Fé, presidente do CREMEC, participou de audiência com o prefeito de Fortaleza Roberto Claúdio Rodrigues Bezerra; em pauta a Atenção Básica (PSF) e as Condi-ções de Trabalho dos Médicos do SAMU. Gabinete do prefeito, 29 de maio do ano em curso.

MEIO AMBIENTE Francisco Alequy de Vasconcellos Fi-

lho, conselheiro do CREMEC, represen-tou a entidade na comemoração da Sema-na Mundial do Meio Ambiente; Plenário 13 de Maio da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, 03 de junho de 2015.

FECHANDO A EDIÇÃO - MAIO/JUNHO - 2015ATIVIDADES CONSELHAIS

crédito da foto: Assessoria de imprensa da PMF

crédito da foto: Assessoria de imprensa do Governo do Estado do Ceará