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Editorial DISCRIMINAÇÃO “A essência da Medicina é o cuidar, atender com zelo e dedicação, lutar contra a enfermidade e pela vida dos pacientes, utilizando todo o conhecimento científico em favor da saúde dos enfermos.” Causou celeuma e acirrada discussão a notícia de que uma pediatra gaúcha teria decidido interromper o tratamento de uma criança, alegando como motivo o fato de a mãe do pequeno enfermo ser filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores). Vieram à tona considerações sobre a ética da profis- são médica, o dever do médico de cuidar dos enfermos, a autonomia profissional, as razões que podem justificar a atitude do esculápio de se declarar sem condição de prosseguir tratando de determinado pa- ciente, a vedação de o médico discriminar o ser humano. Sem entrar no mérito do caso específico, cuja análise, sob o prisma ético, é da alçada do Conselho Regional de Medicina do Estado onde a médica citada exerce seu trabalho, a ocorrência dá oportunidade a que sejam repassados alguns conceitos basilares da moral médica. O Código de Ética Médica, no Capítulo I, inciso I, dos Princípios Fun- damentais, estabelece: “A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discrimi- nação de nenhuma natureza”. A carta magna da ética médica também registra que “o médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente” (Código de Ética Médica, Princípios Fundamentais, inciso VII). Já no artigo 36, insere-se a vedação de o médico abandonar paciente sob seus cuidados. Esta é a regra. Porém está prevista a exceção. No parágrafo 1º do artigo 36, lê-se: “Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho pro- fissional, o médico tem o direito de renunciar ao atendimento, desde que comunique previa- mente ao paciente ou a seu representante legal, assegurando-se da continuidade dos cuidados e fornecendo todas as informações necessárias ao médico que lhe suceder”. Existiria, em termos axiológicos, hierarquia entre as normas citadas? Ou seriam vistas como de peso assemelhado e igualmente capazes de embasar e direcionar a conduta dos esculápios? Algumas analo- gias foram lembradas e merecem a análise dos praticantes da arte médica. Estaria agindo eticamente o médico que expurgasse da relação dos seus pacientes os que fossem negros, ou homossexuais, ou testemunhas de Jeová, ou alguém acusado de ter come- tido um crime? Tal exclusão encontraria guarida no conceito de autonomia profis- sional? Ou seria considerada um atentado à ética médica e à Constituição do Brasil? A essência da Medicina é o cuidar, atender com zelo e dedicação, lutar contra a enfermidade e pela vida dos pacientes, utilizando todo o conhecimento científico em favor da saúde dos enfermos. O acirra- mento de ânimos, o radicalismo e a paixão política não podem nem devem justificar a ruptura com todo o legado humanista e solidário da profissão médica. A postura inquisitorial assumida por alguns, indepen- dente da coloração política que tenham, causa preocupação nos que defendem o diálogo sereno como a via mais adequada para dirimir diferenças de opinião. Numa sociedade democrática, não parece saudável a adoção do pensamento único. É de todo imprescindível que as paixões ideológicas, políticas, ou de qualquer outra ordem deem lugar ao equilíbrio e à racionalidade. E que a prática hipocrática se oriente pelos postulados milenares do respeito ao ser humano e pelo esforço incessante para amenizar a dor e o sofrimento dos doentes. Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 116 - MAR/ABR DE 2016 Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8 PARA USO DOS CORREIOS MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM____/___/___ ___________________ Fechando a Edição: mar/abr Atividades Conselhais -Jurídico/Ementas -Manifesto em Defesa da Democracia e da Ética -CFM e CRM-MG fazem ato para cobrar solução para desaparecimento de crianças e adolescentes -Acolhida -Curso de Preparação para Instrução de Sindicância e Processos Ético-Profissionais -Reunião com Direção de Hospitais SAMU Ceará 192 Artigo: Dolores Nova Sede do CREMEC

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Page 1: INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO … · de que o tratamento com câmara hiperbárica ... de influir em seu trabalho, ... médica é um ato médico e não pode ter seu

EditorialDISCRIMINAÇÃO

“A essência da Medicina é o cuidar, atender com zelo e dedicação, lutar contra a

enfermidade e pela vida dos pacientes, utilizando todo o conhecimento científico

em favor da saúde dos enfermos.”

Causou celeuma e acirrada discussão a notícia de que uma pediatra gaúcha teria decidido interromper o tratamento de uma criança, alegando como motivo o fato de a mãe do pequeno enfermo ser filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores). Vieram à tona considerações sobre a ética da profis-são médica, o dever do médico de cuidar dos enfermos, a autonomia profissional, as razões que podem justificar a atitude do esculápio de se declarar sem condição de prosseguir tratando de determinado pa-ciente, a vedação de o médico discriminar o ser humano. Sem entrar no mérito do caso específico, cuja análise, sob o prisma ético, é da alçada do Conselho Regional de Medicina do Estado onde a médica citada exerce seu trabalho, a ocorrência dá oportunidade a que sejam repassados alguns conceitos basilares da moral médica.

O Código de Ética Médica, no Capítulo I, inciso I, dos Princípios Fun-damentais, estabelece: “A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discrimi-nação de nenhuma natureza”. A carta magna da ética médica também registra que “o médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente” (Código

de Ética Médica, Princípios Fundamentais, inciso VII). Já no artigo 36, insere-se a vedação de o médico abandonar paciente sob seus cuidados. Esta é a regra. Porém está prevista a exceção. No parágrafo 1º do artigo 36, lê-se: “Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho pro-fissional, o médico tem o direito de renunciar ao atendimento, desde que comunique previa-mente ao paciente ou a seu representante legal, assegurando-se da continuidade dos cuidados

e fornecendo todas as informações necessárias ao médico que lhe suceder”. Existiria, em termos axiológicos, hierarquia entre as normas citadas? Ou seriam vistas como de peso assemelhado e igualmente capazes de embasar e direcionar a conduta dos esculápios? Algumas analo-gias foram lembradas e merecem a análise dos praticantes da arte médica. Estaria agindo eticamente o médico que expurgasse da relação dos seus pacientes os que fossem

negros, ou homossexuais, ou testemunhas de Jeová, ou alguém acusado de ter come-tido um crime? Tal exclusão encontraria guarida no conceito de autonomia profis-sional? Ou seria considerada um atentado à ética médica e à Constituição do Brasil?

A essência da Medicina é o cuidar, atender com zelo e dedicação, lutar contra a enfermidade e pela vida dos pacientes, utilizando todo o conhecimento científico em favor da saúde dos enfermos. O acirra-mento de ânimos, o radicalismo e a paixão política não podem nem devem justificar a ruptura com todo o legado humanista e solidário da profissão médica. A postura inquisitorial assumida por alguns, indepen-dente da coloração política que tenham, causa preocupação nos que defendem o diálogo sereno como a via mais adequada para dirimir diferenças de opinião. Numa sociedade democrática, não parece saudável a adoção do pensamento único. É de todo imprescindível que as paixões ideológicas, políticas, ou de qualquer outra ordem deem lugar ao equilíbrio e à racionalidade. E que a prática hipocrática se oriente pelos postulados milenares do respeito ao ser humano e pelo esforço incessante para amenizar a dor e o sofrimento dos doentes.

Dr. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do Conselho Regional de

Medicina do Estado do Ceará

INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 116 - MAR/ABR DE 2016

Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8

PARA USO DOS CORREIOS

MUDOU-SEDESCONHECIDORECUSADOENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO

FALECIDOAUSENTENÃO PROCURADOINFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL

EM____/___/___ ___________________

Fechando a Edição:mar/abr

Atividades Conselhais

-Jurídico/Ementas

-Manifesto em Defesa da Democracia e da Ética

-CFM e CRM-MG fazem ato para cobrar solução para desaparecimento de crianças e adolescentes

-Acolhida-Curso de Preparação para Instrução de Sindicância e Processos Ético-Profissionais-Reunião com Direção de Hospitais-SAMU Ceará 192

Artigo: Dolores

Nova Sede do CREMEC

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[email protected] Jornal Conselho

JURÍDICO/EMENTAS

AVISO IMPORTANTE: emissão de documento por meio eletrônico. O Conselho Regional de Medicina do Ceará informa que os seguintes documentos estão disponíveis no site

do CREMEC (www.cremec.org.br): 1- Segunda via de boleto de anuidade;2- Certidão de quitação de pessoa física e jurídica.

PARECER CREMEC N.º 06/2015ASSUNTO: Uso de câmara hiperbárica no

tratamento do autismoPARECERISTA: Cons. Helvécio Neves

FeitosaEMENTA: Não há evidências científicas

de que o tratamento com câmara hiperbárica (oxigenioterapia) traga benefícios para os pacientes autistas. A pesquisa experimental envolvendo seres humanos só é permitida mediante aprovação prévia da documentação (protocolo de pesquisa, termo de consentimento livre e esclarecido) por um comitê de ética em pesquisa (CEP) e/ou pela CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa)

PARECER CREMEC N.º 07/2015ASSUNTO: Perícia Cível por Médico

Perito-LegistaPARECERISTA: Cons. Helvécio Neves

FeitosaEMENTA: O médico perito-legista (ou

qualquer outro médico) tem a obrigação de realizar Perícia Cível mediante nomeação judicial. Entretanto, poderá excusar-se do encargo alegando motivo legítimo, a ser avaliado pelo magistrado. A resposta aos quesitos solicitados deverá ser feita de acordo com o grau de certeza do médico, com base nos dados do exame pericial. O médico fará jus à justa remuneração pelos serviços prestados, que deverá ser previamente acordada entre as partes.

PARECER CREMEC N.º 08/2015ASSUNTO: Prontuário em Serviço de

Atendimento DomiciliarConsulente: Empresa PrivadaPARECERISTA: Conselheiro Alberto

Farias FilhoEMENTA: O prontuário é documento

único e deve estar sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente. Os prontuários dos pacientes em assistência domiciliar devem ser guardados em arquivo próprio na instituição que assiste o paciente.

PARECER CREMEC nº 09/2015ASSUNTO: Atividade médica pericialRELATORES: Cons. Alberto Farias Filho

+ Cons. José Albertino SouzaEMENTA: O médico não pode ser perito

de pessoa com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho, devendo atuar com a necessária isenção; inteligência dos artigos 93 e 98 do CEM. O médico perito previdenciário tem plena autonomia para subsidiar tecnicamente a decisão para a concessão de benefícios, através do exame clínico, analisando documentos, provas e laudos referentes ao caso, cabendo ao mesmo valorar os elementos apresentados. A perícia médica é um ato médico e não pode ter seu resultado determinado por programa de informática, pois isto fere a autonomia profissional.

PARECER CREMEC Nº 10/2015ASSUNTO: Número de Pacientes

Atendidos por Turno de TrabalhoPARECERISTA: Conselheiro Lúcio Flávio

Gonzaga SilvaEMENTA – A consulta médica compreende

a anamnese, o exame físico e a elaboração de hipóteses ou conclusões diagnósticas, solicitação de exames complementares, quando necessários, e prescrição terapêutica, não podendo ter seu tempo ordenado por regramentos institucionais. Portanto, não há como delimitar o seu número em função do turno de trabalho do médico.

PARECER CREMEC N.º 11/2015ASSUNTO: Interface Enfermagem e

Obstetra na Assistência ao Parto NormalPARECERISTA: Cons. Helvécio Neves

FeitosaEMENTA: De acordo com a legislação

pátria, o(a) enfermeiro(a) pode prestar assistência ao parto enquanto integrante de uma equipe de saúde, e não privativamente, o que pressupõe a supervisão do médico. Na ausência do médico no momento do parto, os profissionais com diploma de enfermeiro(a) obstétrico(a) ou certificado de obstetriz deverão estar habilitados à

identificação de distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico. A assistência ao parto deve ser norteada pelas melhores evidências científicas. Conflitos entre profissionais devem ser resolvidos em âmbito administrativo. Na assistência ao parto, que pode ser compartilhada entre médicos e enfermeiros(as), cada profissional responderá junto às instâncias competentes pelo que fez ou deixou de fazer.

PARECER CREMEC Nº 1/2016ASSUNTO: TelemedicinaPARECERISTA: Conselheiro Lúcio Flávio

Gonzaga SilvaEMENTA: Na consulta compartilhada,

envolvendo o médico do local onde está o paciente e o médico à distância, devem ser respeitados todos os itens de segurança quanto à preservação dos dados clínicos e a guarda do sigilo profissional. A responsabilidade profissional do atendimento cabe ao médico assistente, compartilhada solidariamente com os demais profissionais envolvidos, na medida da participação de cada um. Inteligência das Resoluções 1.639/2002 e 1.643/2002, do Conselho Federal de Medicina, que normatizam a Telemedicina, com ênfase nos cuidados com o sigilo, a guarda e a transmissão dos dados referentes ao atendimento médico.

PARECER CREMEC N.º 2/2016ASSUNTO: liberação de cópias de

prontuárioPARECERISTA: Cons. Helvécio Neves

FeitosaEMENTA: A obtenção de cópias do

prontuário médico é um direito inalienável do paciente. Cabe ao médico responsável pela direção técnica da instituição providenciar a cópia do prontuário médico do paciente, quando por este solicitada ou por seu responsável legal (estando o paciente com a autonomia comprometida), mediante comprovação por escrito de tal condição. O formulário de petição e as cópias dos documentos que comprovam a legitimidade do peticionário deverão ser guardados pelo mesmo prazo dos prontuários médicos.

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Jornal Conselho [email protected]

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Fátima SampaioCREMEC: Rua Floriano Peixoto, 2021 - José Bonifácio

CEP: 60.025-131Telefone: (85) 3230.3080

Fax: (85) 3221.6929www.cremec.org.br

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Projeto Gráfico: WironEditoração Eletrônica: Júlio Amadeu

Impressão: Gráfica Ronda

CONSELHEIROS

Alberto Farias Filho Ana Lúcia Araújo Nocrato

Carlos Leite de Macêdo Filho Cláudio Gleidiston Lima da Silva Erico Antonio Gomes de Arruda

Flávio Lúcio Pontes Ibiapina Francisco Alequy de Vasconcellos Filho

Francisco de Assis Almeida Cabral Francisco Dias de Paiva

Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho Gentil Claudino de Galiza Neto

Helly Pinheiro Ellery Inês Tavares Vale e Melo

João Nelson Lisboa de Melo José Ajax Nogueira Queiroz

José Albertino Souza José Carlos Figueiredo Martins

José Fernandes Dantas José Huygens Parente Garcia José Málbio Oliveira Rolim José Roosevelt Norões Luna

Maria Neodan Tavares Rodrigues Marly Beserra de Castro Siqueira

Régia Maria do S. Vidal do Patrocínio Régis Moreira Conrado

Renato Evando Moreira Filho Ricardo Maria Nobre Othon Sidou Roberto Wagner Bezerra de Araújo

Roger Murilo Ribeiro Soares Stela Norma Benevides Castelo

Sylvio Ideburque Leal Filho Tânia de Araújo Barboza

Valéria Góes Ferreira Pinheiro

OUVIDORRoberto Wagner Bezerra de Araújo

DIRETORIAIvan de Araújo Moura Fé Helvécio Neves Feitosa

Lino Antonio Cavalcanti HolandaFernando Queiroz Monte

Lúcio Flávio Gonzaga SilvaRafael Dias Marques Nogueira

Regina Lúcia Portela Diniz

REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO

SECCIONAL DA ZONA NORTEArthur Guimarães Filho

Francisco Carlos Nogueira ArcanjoFrancisco José Fontenele de AzevedoFrancisco José Mont´Alverne Silva

José Ricardo Cunha NevesRaimundo Tadeu Dias Xerez

End.: Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará

SECCIONAL DO CARIRICláudio Gleidiston Lima da SilvaGeraldo Welilvan Lucena Landim

João Ananias Machado FilhoJoão Bosco Soares SampaioJosé Flávio Pinheiro VieiraJosé Marcos Alves Nunes

End.: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro

Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - CearáSECCIONAL CENTRO SULAntonio Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo ArraesEnd.: Rua Professor João Coelho, 66 - Sl. 28

Cep: 63.500-000 - Iguatu/CearáLIMOEIRO DO NORTE

Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA ÉTICAO Brasil passa atualmente por um período de grave

crise sócio-política e econômica. Destacam-se sucessivas denúncias de irregularidades com impacto negativo na manutenção da vida e da saúde dos brasileiros.

Diante dos últimos acontecimentos, o Conselho Fede-ral de Medicina (CFM), comprometido com os princípios da moral, da ética e da justiça, entende que: 1) as decisões do Judiciário devem ser mantidas durante as investigações de ilícitos nas esferas pública e privada, permitindo a con-secução dos interesses de cidadania, contrários à cultura da impunidade na República; 2) as conquistas alcançadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser ampliadas e asseguradas com a criação de uma carreira de Estado para médicos e outros profissionais da saúde, adequado

financiamento, uso competente dos recursos disponíveis e sistema de controle e avaliação eficaz; 3) com a carga tributária já existente, erradicação dos desvios de verbas e competência administrativa, torna-se desnecessária a instituição da Contribuição Provisória sobre a Movimen-tação Financeira (CPMF), que onera a cadeia produtiva e aumenta o desemprego.

Nestas observações, o CFM ressalta a importância do combate à corrupção e a relevância da segurança jurídica na construção de um futuro melhor para a Nação.

Brasília, 24 de fevereiro de 2016.CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

Doze crianças desaparecem por dia em Minas Gerais. Entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2016 foram registrados cerca de 10 mil casos de menores que sumiram. Em ato que marcará a Semana Nacional de Mobilização para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) mobilizam a socie-dade para combater o drama que afeta milhares de famílias brasileiras.

A meta é reunir o maior número de cidadãos e insti-tuições para dar apoio e estímulo à cruzada de famílias que perderam seus filhos. O ato na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, às 16h, destacará o trabalho com a busca dos desaparecidos e cobrar respostas efetivas das autoridades. A atividade contará com apresentações como a do cantor Pedro Moraes e da banda Power Trip.

Na oportunidade, será apresentada aos mineiros inicia-tiva do CFM, por meio de sua Comissão de Ações Sociais, que pretende envolver médicos e outros profissionais da saúde na prevenção e no combate ao desaparecimento de crianças e adolescentes. Uma campanha neste sentido foi iniciada em 2011 e está sendo objeto de atividades nos estados para garantir o engajamento dos profissionais.

O presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Fábio Guerra, destaca a rele-vância e urgência da redução destes números: “apoiamos essa causa importantíssima e convocamos todas as entidades médicas e população a participar do ato em Belo Horizonte. Pequenas atitudes e colaborações podem ajudar a reduzir a incidência de desaparecimentos de crianças e adolescentes no país”, ressalta.

O problema do desaparecimento - Em Minas Gerais, segundo dados da Polícia Civil, as cidades com maior número de menores desaparecidos são Belo Horizonte (1.653), Uberlândia (534), Contagem (529), Betim (428), Ribeirão das Neves (416) e Juiz de Fora (309). Os dados, referente a janeiro de 2014 a fevereiro de 2016, potencia-lizam o problema, já que a maioria, até o momento, não teve desfecho do caso.

O caso nacional é ainda mais grave por conta da falta de políticas públicas. No Brasil, são registrados, em média, 50 mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes por ano. O estado de São Paulo detém 25% desse número, representando o maior índice, seguido do Rio de Janeiro e

Minas Gerais. Estima-se, ainda, que quase 250 mil estejam desaparecidos no país.

Membro da Comissão de Ações Sociais do CFM, Ricardo Paiva, aponta que um dos principais problemas é a falta de um cadastro nacional. Há grande expectativa em relação ao seu funcionamento efetivo, após ter sido criado por lei em dezembro de 2009. Segundo ele, sua ausência deixa as famílias sem suporte oficial. “O País precisa urgen-temente de uma ação estratégica sociedade avançar unida no combate a esta mazela. Não se fala de esforços onerosos ou complexos. Medidas simples ajudariam a reduzir a in-cidência de desaparecimentos de crianças e adolescentes.”, afirmou.

Para auxiliar na busca, o CFM defende políticas públi-cas no setor. Segundo Paiva, para uma garantia de uma busca imediata destes menores, todos os boletins de ocorrência com registro de desaparecimento devem ser notificados – pela autoridade policial - obrigatoriamente ao Ministério da Justiça, por meio eletrônico, ao site oficial, junto com a foto do desaparecido. “Da forma que é proposto hoje não funciona: não dá para aguardar os pais ou responsáveis da vítima incluir o caso no site oficial do governo, isso deve ser feita compulsoriamente por um policial”.

Orientações à sociedade e aos médicos – “Não fale com estranhos” e “não aceite caronas”. Todo mundo já ouviu o quanto é importante repassar esta orientação para as crianças. Os números nacionais, no entanto, demons-tram a necessidade de reforçar o alerta. Outra orientação é deixar com a criança um cartão de identificação com o nome, telefone e endereço dos pais.

O CFM aposta ser possível reverter esta realidade. Por isso, desenvolve junto à categoria uma campanha de conscientização desde 2011. Por meio da Recomendação nº 4/2014, os profissionais médicos e instituições de trata-mento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar foram orientados sobre como o quê observar e fazer para ajudar neste esforço contra o desaparecimento de menores.

O documento orienta os médicos a prestarem atenção nas atitudes desses pequenos pacientes: como observar se ele se comporta com o acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada. "Acreditamos que os médicos podem ser um canal para encontrar essas crianças, uma vez que elas podem passar por um consultório”, aponta o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima.

CFM E CRM-MG FAZEM ATO PARA COBRAR SOLUÇÃO PARA DESAPARECIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

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4 Jornal Conselho [email protected]

ACOLHIDA

Acolhida de novos médicos; auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, em 29 de janeiro de 2016. No flagrante fotográfico da esq. os conselheiros Renato Evando e Roberto Wagner doutrinam em nome do CREMEC. Também presente à solenidade a presidenta do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, Dra. Mayra Isabel Pinheiro.

REGISTRO FALECIMENTO

REUNIÃO COM DIREÇÃO DE HOSPITAIS

Registramos, com pesar, o falecimento do médico JOÃO POMPEU LOPES RANDAL (04/01/1932 – 08/04/2016), Conselheiro do CREMEC no período de 1974 a 1978.

Dra. Filadélfia Passos Rodrigues Martins (Diretora do Hospital de Messejana) e Ivan Moura Fé , presidente do CREMEC

Conselheiros Regina Portela, Neudan Tavares, Renato Evando e Fernando Monte Da esq. p/ dir. Francisco Sérgio Rangel Pessoa (Diretor Médico do HGF), Dr. Romero de Matos Esmeraldo (Diretor do HGF), conselheira Ana Lúcia Araújo Nocrato (Diretora Técnica do

Hospital de Messejana), Maria de Lurdes da Mota Lima (Diretora Administrativa do HGF) e Eliene Romero da Frota Pessoa (Diretora Técnica do HGF)

Diretores do Hospital de Messejana e HGF reuniram-se com a diretoria

do CREMEC; em pauta, demissões em ambos os hospitais e problemas

administrativos decorrentes; Plenário do CREMEC, 14 de abril de 2016.

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[email protected] Jornal Conselho 5

Curso de Preparação Para Instrução de Sindicância e Processos Ético-Profissionais

samu ceará 192

O presidente Ivan Moura Fé ladeado pelo secretário geral, Lino Antonio, dá início aos trabalho do curso

Conselheiro Renato Evando discorre sobre seu tema Conselheiro Albertino Sousa fala sobre Instrução de PEP Participação do Dr. Antonio de Pádua Moreira, da Assessoria Jurídica do CREMEC.

Assistência conselhal Assistência

A diretoria do CREMEC tendo em vista o aprimoramento das atividades judicantes dos membros da entidade, promoveu Curso de Pre-paração para Instrução de Sindicância e Processos Ético-Profissionais, com o temário a seguir: Instrução de Sindicância (conselheiro Renato Evando Moreira Filho), Instrução do PEP (conselheiro José Albertino Sousa) e Importância Jurídica (Antonio de Pádua de Farias Moreira, advogado da Assessoria Jurídica do CREMEC), auditório do CREMEC, 15 de abril de 2016

O SAMU-Ceará 192 solicitou representação do CREMEC em reunião que se realizou no município do Eusébio e na presença também de representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará e do Sindicato dos Enfermeiros do Ceará. A referida reunião foi dirigida pelo Cel. João Vasconcelos e tratou de questões administrativas da instituição, como organograma, regimento interno e comissões de ética. Também presente ao evento o Diretor Técnico do SAMU, Dr. André Santiago. O CREMEC foi representado, por indicação da Diretoria, pelo Dr. Dalgimar B. de Menezes; auditório do SAMU, 14 de abril de 2016.

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6 Jornal Conselho [email protected]

Artigo

Em meio ao curso de um golpe aos di-reitos democráticos, empreendido pela Casa Grande e seus Capitães-do-Mato: A mídia e a pseudo-justiça brasileiras , quando os vampiros afinam os dentes para tomar conta do Banco de Sangue; um fato, nesta semana, nos remeteu aos tempos da Inquisição. No Rio Grande do Sul, a pediatra Maria Dolo-res Bressan enviou uma mensagem, a uma cliente, informando que não mais atenderia o filho desta, seu paciente desde tenra idade, pela gravíssima razão de o menino ser filho de uma militante do PT e de um filiado do PSOL. Ariane Leitão, a mãe do pimpolho, é vereadora em Porto Alegre e foi Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres. Injuriada com a atitude preconceituosa da profissional, procurou a justiça e di-vulgou seu desapontamento nas Redes Sociais. Em tempos de acirramento dos conflitos de classes, quando o retorno à era pré-1888 volta a ser o grande sonho da elite brasileira, estabeleceu-se uma polêmica digna do velho faroeste. O presidente do Sindicato dos Médicos gaúcho deu entrevista justificando plenamente a atitude da Dra. Dolores e mais afirmando que ela precisa se orgulhar da decisão tomada. Embasou seu parecer no Código de Ética Médi-co ( inciso VII, dos Princípios Fun-damentais) , que reza : salvo casos de emergência, o médico pode se negar a atender pacientes que não lhe interesse o atendimento. O Conselho Regional do Rio Grande do Sul, o fórum especí-fico para julgamento de ilícitos éticos, aparentemente não comunga desta mesma ideia.

A atitude da Dra. Dolores me pare-ceu estapafúrdia, típica desses tempos sombrios em que vivemos. Se o Sindi-cato saca o Código de Ética em defesa, o que me parece mais preocupante do que o destempero da profissional, bastaria olhar o inciso I , que abre os mesmos Princípios Fundamentais do Código : “A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza” ou a proibição expressa, claramente, do Art. 23 : “Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob

qualquer pretexto.” E nem precisa lembrar, aqui, o famoso Juramento de Hipócrates que a Dra. Dolores, com os olhos marejados de lágrimas, deve ter, mão estendida, rezado na sua formatura: “Não permitirei que questões de religião, nacionalidade, raça, política partidária ou situação social se interponham entre o meu dever e meu paciente”. Num tempo em que os códigos éticos foram substituídos pelo Código de Barras de que valem essas palavras ritualís-ticas e milenares? A rigor , na visão estreita do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul, qualquer médico poderá se recusar a atender um paciente invocando razões como : “Eu não atendo pacientes pretos!”; “Eu me nego a

medicar homossexuais!”; “Aleijado? mongol ? Atendo nada! Xô ! Procurem a APAE”.

Mesmo se nos detivermos apenas nos possíveis ou inexistentes ilícitos éticos na con-duta da Dra. Dolores é sempre bom lembrar que há preceitos acima dos simples códigos regulatórios. A Constituição e leis federais criminalizam discriminações de quaisquer espécies. A Declaração Universal dos Direitos

Humanos, já no seu segundo artigo preceitua : “Todos os seres humanos podem invocar os direi-tos e as liberdades proclamados na presente De-claração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.” E é sempre bom lembrar que D. Ariane Leitão, a mãe do menino rejeitado, não se enquadra naquele perfil típico dos que, dia-a-dia, são levados ao pelourinho pela Casa Grande : é branca, olhos claros, deve ter plano de saúde, vem de classe média alta e transita nas hostes políticas. Imaginem o que sofrem, no dia a dia, os negros, pobres, nordestinos,

homossexuais nos Centros de Saúde, Brasil afora!

Ao médico não deve interessar a que partido seus pacientes são filiados, se são honestos ou marginais, casados ou ama-siados, se são budistas ou islâmicos, se são ricos ou pobres, a não ser, claro, que esta informação tenha alguma relevância na história clínica. Quando opero na urgên-cia um bandido perigoso tenho que ter com ele o mesmo desvelo que teria com um santo; o julgamento devo remeter aos tribunais e a Deus. Somos sacerdo-tes e não técnicos, somos médicos e não juízes. Todos devem ser tratados, com o mesmo cuidado e deferência, mesmo que esta meta esteja distante, ela tem que ser perseguida compulsivamente. No caso específico da Dra. Dolores e do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul que me parecem cúmplices, existe ainda um agravante, o paciente que foi rejeitado é uma criança que não tem filiação partidá-ria e que está sendo punida simplesmente por conta do exercício democrático dos seus pais. Hitler e Torquemada possivel-mente teriam sido mais piedosos.

Em tempos em que a Democracia parece um estorvo; em que a abolição dos escravos é tida como um excrescência;

em que as larvas são convocadas para curar a ferida; a atitude da Dra. Dolores pareceu normal e até elogiável. Podem me chamar de velho e obsoleto, demente e louco, mas é preciso sonhar neste crepúsculo com uma aurora que já raiou e que, quem sabe, volte a encher o horizonte com seus raios, espargindo para longe tanta e tanta escuridão.

Crato, 31/08/16

DOLORESJ. Flávio Vieira

Seccional do Cariri do CREMEC

Dalgimar B. de Menezes Ideia de Dioniso Lajes. Desenho de Zinho da Gangorra, mão esquerda, 7 anos

Eis a fogueira de livros, inclusive. do Código de Ética Médica. Faltam agora vir, a Kristallnacht – e outras.

FASCIS PYRAM

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[email protected] Jornal Conselho 7

NOVA SEDE DO CREMEC

Cobertura / Salão de Atividades Festivas

4º Andar / Fiscalização

Plenário / Julgamento

Mezanino / Área de Lazer

Entrada Principal / Secretaria

5º Andar / Processos

Secretaria / Administração

Parte da fachada pela Av. Antonio Sales

Fachada e dependências da nova sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará situada, entre a Av. Antonio Sales e as ruas João Brígido e Antônio Augusto, a ser inaugurada no segundo

semestre do ano em curso.

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8 Jornal Conselho [email protected]

FECHANDO A EDIÇÃO - MAR/ABR - 2016

ATIVIDADES CONSELHAISSOLENIDADE DE POSSE

O conselheiro José Fernandes Dantas representou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará na Solenidade de Posse da Di-retoria do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Capítulo Ceará; biênio 2016/2017. Auditório da Faculdade Christus, 04 de fevereiro de 2016.

AUDIÊNCIA PÚBLICA Conselheiro Érico Antonio Gomes de Arruda representou o CREMEC em Audiência Pública para Debater Ações de Combate à Epidemia

pelo vírus Zika e Discutir Políticas Públicas de Prevenção e Enfrentamento da Microcefalia no Estado do Ceará. Assembléia Legislativa do Ceará, auditório do Complexo das Câmaras Técnicas Deputado Aquiles Peres Mota, 24 de fevereiro de 2016.

I ENCONTRO NACIONAL O conselheiro federal Lúcio Flávio Gonzaga Silva representou o Conselho de Medicina do Ceará no I Encontro Nacional dos Conselhos

Regionais de Medicina de 2016, promovido pelo Conselho Federal de Medicina, na cidade de Natal, RN, 04/03/2016.

CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MÉDICOS DO HOSPITAL DE MESSEJANA A conselheira Régia Maria Vidal do Patrocínio representou o CREMEC na solenidade de Criação da Associação dos Médicos do Hospital

de Messejana. Auditório da Associação Médica Cearense, 29 de fevereiro de 2016.

COLAÇÃO DE GRAU DE CONCLUDENTES A conselheira Valéria Góes Ferreira Pinheiro representou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará na Solenidade de Colação

de Grau dos Concludentes do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará 2015.2. Concha Acústica da Universidade Federal do Ceará, 07/03/2016.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR O médico Jáder Carvalho representou o CREMEC na Audiência Pública para Debater a Cobrança de Honorários por parte de Médicos Con-

veniados de Plano de Saúde - Taxa de Disponibilidade, promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará; Complexo das Câmaras Técnicas Deputado Aquiles Peres Mota; 09 de março do ano corrente.

I ENCONTRO NACIONAL DE SECRETÁRIOS-GERAIS E FUNCIONÁRIOS O conselheiro Lino Antonio Cavalcanti Holanda e os servidores Fátima Maria Sampaio de Barros, Raimundo Miranda Ribeiro da Silva,

Manoel Bezerra Granja Neto e Rênia Nunes de Meneses participaram do I Encontro Nacional de Secretários-Gerais e Funcionários Pessoa Física e Pessoa Jurídica dos Conselhos de Medicina do País. Auditório do Conselho Federal de Medicina, 09/03/2016.

DOENÇAS RARASDr. Dalgimar Beserra de Menezes representou o CREMEC na Audiência Pública Doenças Raras e a Portaria Federal nº 199, na Assembléia

Legislativa do Ceará, dia 29 de fevereiro de 2016.

LANÇAMENTO

O livro Pajeú em Chamas do vice-presidente CREMEC Helvécio Feitosa foi lançado no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, dia 15 de fevereiro do ano em curso. A obra foi apresentada pelo conselheiro presidente, Ivan de Araújo Moura Fé.

A memória constitui uma genuína for-ma de resgatar o passado, iluminando

o presente e prevendo o futuro. Este ma-jestoso Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras põe a roda da história social do Nordeste brasileiro em movimento sobre homens rudes e valentes em meio às aspe-rezas da caatinga, impondo uma justiça a seus modos, nos séculos XIX e XX.Nomes decantados emergem feito visagem em feiras interioranas e cordéis, desenhan-do episódios rubros de sangue, e assim se perpetuam figuras como Jesuíno Brilhante (1844 – 1879), Antônio Silvino (1875 – 1944), Virgulino Ferreira da Silva - Lam-pião – (1898 -1938) e Sebastião Pereira e Silva - Sinhô Pereira (1896 – 1979).Muitos escritores regionais se debruça-ram sobre o variegado e pedregoso tema do Cangaço como Franklin Távora (1842 – 1888), Leonardo Mota (1891 – 1948), Luiz Câmara Cascudo (1898 – 1986), Ariano Suassuna (1927 – 2014), Nertan Macedo (1929 – 1989) e Napoleão Ne-ves da Luz (1927 – 2005).Agora vem à lume, numa análise madura e serena, rica e depurada pelo justo coador do tempo, a saga de Sinhô Pereira, neste magistral “Pajeú em Chamas: o Canga-ço e os Pereiras”, das calejadas mãos de um nobre filho das telúricas paragens dos Inhamuns, o curador de almas, poe-ta, folclorista, e Doutor em Bioética pela Universidade do Porto, Helvécio Neves Feitosa. As palavras amorosamente arru-madas em verdades nuas e ásperas como o adusto solo da vasta caatinga do Nor-deste do Brasil servem de húmus para todos que cultuam a verdadeira e heroica História de nossa gente.

FRANCISCO JOSÉ COSTA ELEUTÉRIO

HELVÉCIO NEVES FEITOSA, nasceu na fazenda Olho d’Água, Parambu-CE, aos 29 de novembro de 1957. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (1977-1982). Fez residência médica em Gineco-logia e Obstetrícia pelo Hospital Geral Dr. César Cals (1983-1985) da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Serviu ao Exér-cito Brasileiro como Oficial Médico (1985). Foi médico do Instituto de Previdência do Estado do Ceará (IPEC), entre 1984-1993. Médico do Ministério da Saúde, lotado na Clínica Obstétrica do Hospital Geral de Fortaleza (1985-atual), sendo preceptor do Internato e da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. Fez Mestrado em Obstetrícia (1989-1990) e Doutorado em Medicina – área de Obstetrícia (1991-1992) pela Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo). Foi Presidente da Associação Cearense de Gi-necologia e Obstetrícia (SOCEGO), no período de 1995-1997 e Presidente da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Norte e Nordeste (SOGINNE), no período de 1996-1998. Presidente do XX Congresso da SOGINNE (1988). Conse-lheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará desde 1998 (atual Vi-ce-Presidente). Foi médico legista da Perícia Forense do Estado do Ceará (2006-2011). É professor do Curso de Medicina da Uni-versidade de Fortaleza (desde a criação do Curso, em 2006) e professor do Departa-mento de Saúde Materno-Infantil (DMSI) da Faculdade de Medicina da Universida-de Federal do Ceará a partir de 2011. Fez Doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portu-gal (2009-2014). É Membro Fundador Vi-talício da Academia Cearense de Médicos Escritores (Cadeira n° 10).

Podemos afirmar que, nos dias de hoje, escrevendo sobre cangaço, qualquer autor corre o risco de cair

em repetições. O tema já foi por demais estudado, discu-tido, descrito, documentado, filmado, enfim, quase im-possível novidades em um assunto que, além de história, tornou-se lenda. Helvécio, contrariando esta afirmação lógica, traz-nos um livro sobre o tema e o faz de modo bem diferente, utilizando-se de muitos detalhes ouvidos da própria família Pereira, pessoas que conviveram com o lendário Sinhô Pereira.

Geraldo BezerraAcademia Cearense de Médicos Escritores

Agora vem à lume, numa análise madura e serena, rica e depurada pelo justo coador do tempo, a saga de Sinhô

Pereira, neste magistral “Pajeú em Chamas: o Cangaço e os Pereiras, conversando com Sinhô Pereira”, das calejadas mãos de um nobre filho das telúricas paragens dos Inhamuns, o curador de almas, poeta, folclorista, e Doutor em Bioética pela Universidade do Porto, Helvécio Neves Feitosa. As pa-lavras amorosamente arrumadas em verdades nuas e ásperas como o adusto solo da vasta caatinga do Nordeste do Brasil servem de húmus para todos que cultuam a verdadeira e he-roica História de nossa gente.

Francisco José Costa EleutérioAcademia Cearense de Médicos Escritores

15 DE FEVEREIRO | 19hsAUDITÓRIO DO CREMEC

O conselheiro presidente Ivan Moura Fé representou o CREMEC na Solenidade de Posse dos 117 novos médicos concursados que irão atuar no Instituto José Frota e Frotinhas. No detalhe, o prefeito de Fortaleza, Roberto Claúdio e autoridades representativas da cate-goria. Auditório da Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará, 12 de março de 2016.

117 NOVOS MÉDICOS