informativo de luta - março/abril de 2011

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Oposição Sindical - Unicamp ...a linguagem do reitor Fernando Costa Campanha Salarial 2011 Reitoria rompe acordo e abre processo de punição aos trabalhadores grevistas! Nove trabalhadores sofrem um processo judicial aberto pela Unicamp. Com isto, a reitoria desconsidera o acordo de não-punição firmado ao final da greve de 2010 e põe lenha na fogueira da repressão aos movimentos sociais. A criminalização dos movimentos sociais é a ferramenta que os detentores do poder se utilizam para tentar acabar com as lutas dos trabalhadores. Foi assim nos anos 90: confrontos da polícia e do exercito contra a luta pela reforma agrária e às lutas dos movimentos grevistas. O mesmo ocorreu em 2009, na USP, quando o REItor Rodas mandou a PM reprimir violentamente as manifestações dos trabalhadores e dos estudantes, o que gerou dezenas de ações jurídicas contra o SINTUSP e a demissão de um diretor sindical. Em 2011, a criminalização dos movimentos sociais começou cedo: o movimento passe livre, dos estudantes, foi reprimido duramente pela polícia em São Paulo e, na UNICAMP, os trabalhadores que participaram do comando de greve estão sendo processados judicialmente. O cerco vem se fechando e ameaçando o nosso direito de discordar das políticas dos governos, que hoje são eleitos com grandes financiamentos privados de campanha. Eles usam seu poder jurídico e militar contra aqueles que reivindicam seus direitos. Com o tempo, o direito de greve e mesmo a estabilidade dos servidores públicos fica ameaçada, obrigando os trabalhadores a viverem um cotidiano irracional e servil. Coisa típica dos momentos mais retrógados da humanidade. Nossa democracia se parece cada vez mais com uma ditadura do setor privado (mercado) sobre os trabalhadores. Não podemos nos calar! O coletivo Vamos à Luta denuncia esta criminalização dos militantes sindiciais e buscará alianças cada vez mais amplas para exigir a retirada do processo. Para onde caminha nossa vida sem o direito de protestar? Que resposta daremos? Informativo de luta março/abril de 2011 http://vamosaluta.org No dia 23/03 ocorreu a primeira assembleia da campanha salarial 2011. Neste dia, discutimos que a inflação dos alimentos, dos transportes e a privatização dos serviços públicos estão corroendo fortemente o poder de compra dos salários. Além disso, indicamos a luta pela isonomia do reajuste salarial com os professores. Vamos à luta pelos 6% que deram aos docentes e nos negaram ano passado! ...saiba mais no nosso saite: vamosaluta.org

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Informativo de luta - março/abril de 2011 - Reitoria rompe acordo e abre processo de puniçao aos trabalhadores grevistas! - Para onde caminha nossa vida sem o direito de protestar? Que resposta daremos? - Campanha salarial 2011 - Perspectivas da carreira e a luta pela valorizaçao dos servidores - Campinas contra a privatizaçao - Caravanas de filiaçao

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Oposição Sindical - Unicamp

...a linguagem do reitor Fernando Costa

Campanha Salarial 2011

Reitoria rompe acordo e abre processo de punição aos trabalhadores grevistas!

Nove trabalhadores sofrem um processo judicial aberto pela Unicamp. Com isto, a reitoria desconsidera o acordo de não-punição firmado ao final da greve de 2010 e põe lenha na fogueira da repressão aos movimentos sociais.

A criminalização dos movimentos sociais é a ferramenta que os detentores do poder se utilizam para tentar acabar com as lutas dos trabalhadores. Foi assim nos anos 90: confrontos da polícia e do exercito contra a luta pela reforma agrária e às lutas dos movimentos grevistas. O mesmo ocorreu em 2009, na USP, quando o REItor Rodas mandou a PM reprimir violentamente as manifestações dos trabalhadores e dos estudantes, o que gerou dezenas de ações jurídicas contra o SINTUSP e a demissão de um diretor sindical. Em 2011, a criminalização dos movimentos sociais começou cedo: o movimento passe livre, dos estudantes, foi reprimido duramente pela polícia em São Paulo e, na UNICAMP, os trabalhadores que participaram do comando de greve estão sendo processados judicialmente.

O cerco vem se fechando e ameaçando o nosso direito de discordar das políticas dos governos, que hoje são eleitos com grandes financiamentos privados de campanha. Eles usam seu poder jurídico e militar contra aqueles que reivindicam seus direitos. Com o tempo, o direito de greve e mesmo a estabilidade dos servidores públicos fica ameaçada, obrigando os trabalhadores a viverem um cotidiano irracional e servil. Coisa típica dos momentos mais retrógados da humanidade. Nossa democracia se parece cada vez mais com uma ditadura do setor privado (mercado) sobre os trabalhadores.

Não podemos nos calar! O coletivo Vamos à Luta denuncia esta criminalização dos militantes sindiciais e buscará alianças cada vez mais amplas para exigir a retirada do processo.

Para onde caminha nossa vida sem o direito de protestar? Que resposta daremos?

Informativo de lutamarço/abril de 2011

http://vamosaluta.org

No dia 23/03 ocorreu a primeira assembleia da campanha salarial 2011. Neste dia, discutimos que a inflação dos alimentos, dos transportes e a privatização dos serviços públicos estão corroendo fortemente o poder de compra dos salários. Além disso, indicamos a luta pela isonomia do reajuste salarial com os professores. Vamos à luta pelos 6% que deram aos docentes e nos negaram ano passado!

...saiba mais no nosso saite: vamosaluta.org

Perspectivas da carreira e a luta pela valorização dos servidores

A UNICAMP nos impõe um quadro de defasagem salarial e de falta de perspectivas de ascensão e de mobilidade funcionais: mais de 80% do quadro

de servidores está nas referências iniciais da carreira PAEPE, segundo a DGRH.

Ao longo de 2010, a REItoria criou uma nova carreira, na qual todos seremos enquadrados em um único cargo amplo e uma nova avaliação de desempenho

obscura que escolherá quem receberá e quem não receberá parte da correção da defasagem salarial. Para tanto, no início deste ano, a REItoria organizou o processo de

avaliação de desempenho coincidindo com a nossa data-base, para tentar desmobilizar a nossa campanha salarial.

Esta avaliação dividiu os trabalhadores em dois segmentos: os servidores com mais de três anos de casa, que foram avaliados por critérios escolhidos pelas chefias, sem a garantia de um processo igual para todos, sem garantias de ganho de referências. O outro segmento, o dos funcionários ingressantes, não foi avaliado e, com base na GR34/2010 (estágio probatório), as chefias decidirão se esses trabalhadores permanecerão ou não como funcionários públicos da UNICAMP.

Em ambos os casos, os trabalhadores são avaliados por critérios obscuros, de aspectos de gerenciamento empresarial, com foco na visão de que o usuário do serviço público é um cliente, e não um cidadão. Nenhuma das questões aborda a qualidade da prestação do serviço público sob o olhar de uma política permanente de estado para a educação que vise o desenvolvimento da cidadania em todos os seus aspectos.

Todo esse processo se deu sem espaço para contribuições das CSAs e do conjunto da categoria. Tal situação é revoltante: queremos ser valorizados por nosso trabalho, experiência e estudo. Para tanto, uma carreira que valorize o servidor tem de se basear nos princípios básicos do setor público: a impessoalidade, a transparência e a eficiência.

O Vamos à Luta assina um manifesto junto com diversas outras entidades de trabalhadores de Campinas para defender o serviço público da privatização. O governo Hélio já tentou aprovar a regulamentação de entidades privadas para a saúde, educação, esporte e cultura da cidade, mas a mobilização dos trabalhadores conseguiu barrar!

Trata-se de um processo de privatização muito parecido com o que estão querendo fazer na área de saúde da Unicamp, Vamos nos manter espertos, porque a mesma maldade deve voltar a ser discutida com outro nome ou outra cára. Contamos com a sua participação na construção desta luta! Acesse nosso saite e assine a petição pública!

Campinas contra a privatizaçãoCaravanas de filiação

O Vamos à Luta está fazendo o importante trabalho de visitar as unidades e conversar com os trabalhadores sobre a importância de se filiar e se manter filiado ao STU.

Com todas as dificuldades, o sindicato é a única entidade que pode ser independente das trocas de favores entre os governos e os administradores da Unicamp. Filie-se! Vote na eleição e nos ajude a fazer do STU um forte instrumento da luta em defesa dos trabalhadores!

Visite http://campinascontraprivatizacao.blogspot.com

Entre em contato com o Vamos à Luta!Não deixe de convidar o coletivo para discutir algum tema relevante em sua unidade e ajudar os

trabalhadores a entender e intervir nos destinos da universidade.

saite http://vamosaluta.org :: e-mail [email protected] :: telefone (19) 9180-6503 - iuri