informativo das cebs - outubro 2012

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VIII - Outubro de 2012 - Nº 83 CEBs no Brasil LEIA + NA PÁGINA 3 3 Juventude! Desafio ou Missão? LEIA + NA PÁGINA 5 5 Aconteceu LEIA + NA PÁGINA 6 6 Irá Acontecer LEIA + NA PÁGINA 7 7 Encontro Diocesano das CEBs LEIA + NA PÁGINA 8 8 Palavra do Assessor LEIA + NA PÁGINA 2 2 Outubro mês Missionário “Brasil Missionário, Parlha a tua Fé” Que o Divino Espírito Santo ilumine e inspire a Igreja a viver em estado permanente de missão. Oração Missionária 2012 Ó Deus, derramai a vossa bênção sobre a obra da evangelização. Acompanhai vossos missionários e despertai em nós maior solidariedade na parlha da nossa fé com todos os povos, construindo o vosso Reino. Isto vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.

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Informativo das CEBs - Outubro 2012

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Page 1: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores 1

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES

Lá vem o Trem das CEBs...Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VIII - Outubro de 2012 - Nº 83

CEBs no BrasilLEIA + NA PÁGINA 33

Juventude!Desafio ouMissão?LEIA + NA PÁGINA 5

5 AconteceuLEIA + NA PÁGINA 66 Irá Acontecer

LEIA + NA PÁGINA 77

EncontroDiocesanodas CEBsLEIA + NA PÁGINA 88Palavra

do AssessorLEIA + NA PÁGINA 2

2

Outubro mês Missionário“Brasil Missionário, Partilha a tua Fé”

Que o Divino Espírito Santo ilumine e inspire a Igreja aviver em estado permanente de missão.

Oração Missionária 2012Ó Deus, derramai a vossa bênção sobre a obra daevangelização. Acompanhai vossos missionários e

despertai em nós maior solidariedade na partilha danossa fé com todos os povos, construindo o vossoReino. Isto vos pedimos por Cristo nosso Senhor.

Amém.

Page 2: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores2PALAVRA DO ASSESSOR Foto: Bernadete Mota

A Igreja é, por sua natureza, missioná-ria. Com o objetivo de recordar aos cristãos essa identidade, todos os anos, no mês de outubro, realiza-se a Campanha Mis-sionária. O tema deste ano é “Brasil Mis-sionário, partilha a tua fé”, um apelo para que não guardemos somente para nós o que recebemos. O tema está em sintonia com a proposta do 3º Congresso Missio-nário Nacional, realizado em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho e com o 4º Congres-so Missionário Americano e 9º Congresso Missionário Latino-Americano (CAM4/Comla9), que acontecerá em 2013, na Ve-nezuela. A fé se fortalece na medida em que é partilhada e o amor é a expressão máxima daquilo que professamos. Hoje o Brasil conta com a presença atuante de quase 2.000 missionários e missionárias espalhados por diversos países de todos os continentes. Isso representa um grande gesto de partilha, mas não podemos achar que é suficiente. O convite a partilhar a fé, nos recorda que a tarefa missionária conti-nua urgente e sem fronteiras. Pela sua po-tencialidade, o Brasil pode dar muito mais.

Para ajudar a refletir e conhecer mais

Mês das Missõessobre a Missão, todos os anos, as Pontifí-cias Obras Missionárias (POM), preparam um roteiro para a Novena Missionária, um DVD com diversos testemunhos, cartazes, orações dos fieis e envelopes para a coleta no Dia Mundial das Missões, celebrado no penúltimo domingo de outubro desde 1927. As dioceses remetem as coletas para as POM que envia ao Fundo Universal de Solidarie-dade Missionária, em Roma, e, dali, os re-cursos são distribuídos para atender às neces-sidades missionárias no mundo inteiro. A partir de 2010, no Brasil, a Campanha Missionária passou a ser feita em conjunto com a Comis-são para a Amazônia, da CNBB.

A origem da Missão se encontra em Deus que confia seu Plano de Salvação a Cristo, no Espírito Santo. Jesus escolhe e

chama discípulos para estar com ele, for-mar comunidade na unidade com o Pai e o Espírito (cf. Mc 3,13) e para os enviar até os confins da terra. Eles recebem do Mes-tre a ordem de continuar a mesma obra como Igreja. Os que acolhem o Evangelho

reúnem-se em comu-nidade e, pelo batismo assumem a obra de Jesus (At 2, 41). Nesse sentido, quem aceita a sua mensagem, não pode guardá-la para si. A ordem é: “Ide, pregai a Boa Nova a toda cria-tura” (Mt 28), a todos os povos e culturas de todos os tempos. Essa é agora a Missão da Igreja.

Após 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, urge que a Igreja reencontre “o

mesmo impulso apostólico das primeiras comunidades cristãs que, pequenas e in-defesas, foram capazes de difundir o Evan-

gelho no mundo inteiro”, afirma o Papa Bento XVI na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2012. O papa recor-da ainda que o Concílio e o Magistério da Igreja insistem “sobre o mandato missio-nário que Cristo confiou aos seus discípu-los e que deve ser compromisso de todo o Povo de Deus, bispos, sacerdotes, diáco-nos, religiosos, religiosas e leigos”. Ao falar sobre a atualidade da Missão, Bento XVI insiste: “também hoje a missão ad gentes deve ser o constante horizonte e o paradig-ma por excelência de toda atividade ecle-sial, porque a própria identidade da Igreja é constituída pela fé no mistério de Deus, que se revelou em Cristo para nos trazer a salvação, e pela missão de testemunhá-lo e anunciá-lo ao mundo, até o seu retorno”. Nessa perspectiva, faz sentido levar a sério o tema da Campanha: “Brasil Missionário, partilha a tua fé”.

Pe. Jaime C. Patias, IMC, é Secretário Nacional da União Missionária e asses-

sor de comunicação das POM.Fonte: www.pom.org.br

Olá queridos amigos e amigas das Co-munidades Eclesiais de Base.

“Deixa-me ser jovem, não me impeça de buscar, pois a vida me convida uma missão realizar...”

A Campanha da Fraternidade de 2013 será sobre Juventude. Oxalá a juventude da Igreja Católica e de outras Igrejas, e pessoas de boa vontade deem as mãos e unam os corações para que a Opção Pre-ferencial pelos Pobres e pelos Jovens se torne uma realidade palpável entre nós, na atualidade, no Brasil.

É preciso unir forças e fé para acolher os necessitados da Palavra e do Pão. E se preciso for, deixemos de lado nossos ce-lulares, iphone, iphed, iphod, pois nosso povo pede para ser ouvido, pede nossa companhia, pede muitas vezes, apenas um sorriso, e nós podemos se aproximar deles, levando aquilo que temos como maior tesouro – Jesus Cristo.

Juventude e MissionariedadeMeus amigos e irmãos em Cristo, se-

jamos mais naturais do que eletrônicos, vamos oferecer nossos sentimentos às pessoas, vamos nos aproximar das pesso-as, vamos usar da nossa criatividade para construir relações sadias, valores e prin-cípios à luz do Evangelho, e que os meios eletrônicos sejam suportes para fortalecer estas relações, que sejam meios e não fins.

Neste mês celebramos o Dia Nacional da juventude e, como Missionários de Je-sus Cristo, somos interpelados a acolher a dor dos empobrecidos, fazendo-se cada vez mais solidários aos Jovens que estão abandonados, excluídos e separados da sociedade.

Em nosso tempo é visível, no rosto dos nossos jovens, uma ira santa diante de toda e qualquer injustiça acontecida contra qualquer pessoa (ou ser vivo) e em qualquer parte do mundo. Logo, acredito na Juventude que se levanta para lutar por

vida e liberdade para todos e para tudo. Para refletirmos sobre a Missão dos Jo-

vens, é preciso considerar a Missão – ou as missões – dos Jovens com relação a várias dimensões que envolvem nossa vida. Jo-vem não deve desenvolver sua missão só dentro das Igrejas, ele é chamado para o mundo, e é no mundo que ele revela sua identidade Cristã.

É preciso ser luz, sal e fermento na so-ciedade e em todos os ambientes. Deve-mos perguntar: Qual a missão dos Jovens diante da Espiritualidade? E da afetividade e da sexualidade desregrada? E das ques-tões ambientais? E diante da violência que assola a sociedade, fere e mata milhares de Jovens? E na Pastoral nas Igrejas e a partir das Igrejas? E com relação à Comu-nicação?

Enfim, qual a missão dos Jovens a par-tir da Bíblia? Mas, antes, qual a Identida-de dos Jovens, hoje? Pensemos e vamos

construir juntos as respostas para essas questões.

Um abraço e minha bênção a todo o povo de Deus que faz parte das Comuni-dades Eclesiais de Base, e especialmente à Juventude.

Pe. Fabiano Kleber Cavalcante do AmaralAssessor Diocesano das CEBs

Texto adaptado: Juventude e Missiona-riedade: o que fazer e como? Gilvander Luís Moreira. Belo Hori-zonte, MG, Brasil, 16 de julho de 2012, dia de N. Sra. do Carmo.

Page 3: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores 3IDENTIDADE DAS CEBs Fotos: Maria Matsutacke

I. PRESENÇA DAS CEBs

1. Presença das CEBs no meio do Povo de Deus no campo e na cidade.

2. Presença das CEBs nas Paróquias, Foranias ou Comarcas ou Regiões.

3. Presença das CEBs nas Igrejas Parti-culares (Dioceses).

4. Presença das CEBs nos subregio-nais da CNBB.

5. Presença das CEBs nos Regionais da CNBB.

II. AMPLIADA NACIONAL DAS CEBs

A Ampliada Nacional das CEBs tem como missão a articulação das CEBs em nível nacional. Ela é composta por:

2 representantes de cada regional da CNBB.

2 assessores/as por regional da CNBB.1 Bispo acompanhante das CEBs em

nível nacional.1 Bispo anfitrião do Intereclesial.2 assessores/as em nível nacional.2 evangélicos.1 representante do Conselho Indige-

nista Missionário (CIMI).Membros do Secretariado Nacional

das CEBs, que funciona na diocese Anfi-triã (o número de participantes é variá-vel, pois não há um número fixo).

III. AS CEBs NAS GRANDESREGIÕES DO BRASIL

Para facilitar a organização das CEBs no Brasil, a Equipe Ampliada Nacional das CEBs tem trabalhado com a divisão em Grandes Regiões:

• NORTÃO: Amazonas, Roraima, Ama-pá, Pará, Rondônia, Acre.

• NORDESTÃO: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Piauí, Maranhão.

• LESTÃO: Rio de Janeiro, Minas Ge-rais, Espírito Santo.

• SULÃO: Rio Grande do Sul, Santa Ca-tarina, Paraná, São Paulo.

• OESTÃO: Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Distrito Fe-deral.

Esta divisão tem funcionado para os encontrões das Grandes Regiões, como também para o funcionamento das reu-niões da Equipe Ampliada Nacional das CEBs que escolhe, para coordenar as reu-niões, um representante de cada Grande Região.

Desta mesma divisão, com o acrés-cimo de alguns nomes relacionados a outras funções, saem também os repre-sentantes do Brasil para a Articulação Continental das CEBs.

IV. ARTICULAÇÃOCONTINENTAL DAS CEBs

REGIÕES PAÍSES

Norte México, Estados Unidos

AméricaCentral

Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá.

CaribeVenezuela, República

Dominicana, Haiti, Cuba

AndinaColômbia, Bolívia,

Peru, Equador

Cone SulArgentina, Chile,

Paraguai, Uruguai

Brasil Brasil

Representantes (atuais) do Brasil na Articulação Continental das CEBs:

Como estamos divididos em Gran-des Regiões, temos um representante para cada grande região. Deste modo, o NORTÃO - ficará com a representação da MAGDA GONÇALVES DE MELO ([email protected]); no SULÃO: Pe. JOIMAR SELLA ([email protected]); no OESTÃO: MARIA DA SILVA COSTA ROSSE ([email protected]); no NORDESTÃO: ANA MARIA DE FREI-TAS ([email protected] ); no LESTÃO:

COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE (CEBs) NO BRASIL

LEILA REGINA ([email protected]). Articulado com o Projeto Memória e Caminhada: Ir. RENATO THIEL ([email protected] e [email protected] ); articulados com a CNBB: SÉRGIO RICARDO COUTINHO DE LIMA ([email protected] ), do Setor CEBs-CNBB e Pe. NELITO DORNELLAS ([email protected] ). Como assessores da Ampliada Nacio-nal: BENEDITO FERRARO ([email protected] ) e uma assessora ainda não indicada. Por ocasião dos Encontros la-tino-americanos e caribenhos das CEBs, normalmente, são convidados o bispo acompanhante das CEBs em nível nacio-nal e o bispo anfitrião do Intereclesial.

V. ARTICULAÇÃO MUNDIAL

A partir do encontro da Articulação no Chile (abril/2011) e com o trabalho realizado pela Equipe do Pe. José Ma-rins em vários países do mundo todo, inicia-se a preocupação com uma arti-culação mundial das CEBs, na medida em que elas estão presentes em vários países de todos os continentes. A pers-pectiva é a de se levar em consideração uma agenda mundial das CEBs.

Pe. Benedito Ferraro

Page 4: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores4

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida” (Jo 15,13). Foi em 11 de outubro de 1976, por oca-sião das festividades de Nossa Senhora Aparecida, que Pe. João Bosco Penido Burnier derramou seu sangue na terra de Ribeirão Bonito, hoje Ribeirão Cas-calheira, defendendo a dignidade de Dona Margarida e Dona Santana. Seu martírio nos ensina a refletir sobre as causas indígenas e da terra, contra toda ditadura e torturas, convertendo-nos a fazer memória permanente a todos os mártires de nossa América Latina.

Padre João Bosco estava na Prelazia de São Félix do Araguaia, por ocasião do Encontro Indigenista anual. Como membro do CIMI, empenhou-se profun-damente na busca de princípios sólidos e verdadeiros para atuar junto aos ín-dios. Nesta busca, Pe. João Bosco con-seguiu nos seus últimos anos de vida uma conversão profunda. Ele escreveu:

“Temos que nos aculturar ao índio para poder transmitir o Evangelho, ou descobrir na vida deles os valores evan-gélicos; queiramos ou não, não nos desvencilhamos totalmente do nosso contexto cultural, por mais esforços que façamos; enfim, os índios (a maior parte pelo menos) dos que são evangelizados

“VIDAS PELA VIDA”O Martírio do Padre João Bosco Penido Burnier

por nós, já estão sofrendo um impac-to aculturativo (ou como quer que se chame: mudança cultural, fricção ét-nica etc.) de enormes proporções...”.

Após o encontro, Pe. João perma-neceu mais alguns dias com seu amigo Dom Pedro Casaldáliga, acompanhando--o a Ribeirão Bonito.

Era final de tar-de, quando Dom Pedro Casaldáliga e Pe. João Bosco resolveram ir à de-legacia para interce-derem pela vida de duas mulheres que gritavam por socor-ro. Foram recebidos por vários policiais. Os dois religiosos tentaram dialogar. Pe. João disse que denunciaria aos su-periores deles o que estava acontecendo no local, então o soldado Ezy deu-lhe uma bofetada no rosto, Dom Pedro pediu que fossem embora, mas já era tarde, o soldado atingiu Pe. João com um golpe de revolver e um tiro fatal no seu crânio. Ele foi levado até o ambulatório da Prela-

zia, mas lá havia poucos recursos e ape-nas por volta das 22 horas, conseguiram levá-lo até um táxi aéreo que o removeu até um hospital em Goiânia, mas foi inú-til. Durante sua agonia, Pe. João ofereceu várias vezes seu sofrimento pelos índios e pelo povo. Tentando em vão levantar-

-se disse solene: “Dom Pedro, acaba-mos a nossa tarefa!”

Ao celebrar a mis-sa do sétimo dia de Pe. João, o povo ex-pressou todo o seu sofrimento, sua sede de liberdade, angús-tia e indignação. Um trecho do texto de acolhida dizia: “Que esta celebração nos torne mais conscien-tes da nossa própria força. Nos torne mais conscientes que so-mos nós e só nós

mesmos que vamos conseguir nossa li-bertação. Que o sangue derramado pelo Pe. João Bosco nos comprometa nessa caminhada.” Após a missa, as mulhe-res que haviam sido torturadas e todo o povo levaram uma cruz ao lugar do mar-

tírio. A cruz tinha os seguintes dizeres: “Aqui no dia 11 -10-1976 foi assassinado pela polícia o Pe. João Bosco defenden-do a liberdade.” Em seguida resolveram abrir as portas da cadeia e a destruíram com muita indignação e sede de justiça.

No primeiro aniversário do martí-rio do Pe. João Bosco, a Prelazia de São Félix do Araguaia realizou sua assem-bleia em Ribeirão Bonito, iniciando, num trabalho de mutirão, a construção do Santuário dos Mártires da caminhada Latino-Americana, para fazer memória ao Pe. João Bosco e a todos os mártires que deram e vêm dando sua vida, fren-te às ditaduras, contra o capitalismo, o latifúndio, injustiças e segregação.

O martírio de Pe. João Bosco Penido Burnier é celebrado anualmente em Ri-beirão Cascalheira, onde também acon-tece a cada cinco anos a grande Romaria dos Mártires da Caminhada, que une companheiros e companheiras da mes-ma esperança, reacendendo o compro-misso: “Vidas pela vida, vidas pelo reino.”

Daniele RebeloConselheira Tutelar em Jacareí e Membro da Irman-

dade dos Mártires da Caminhada Latino-Americana. Referência: Martírio do Pe. João Bosco Penido Bur-

nier, Pedro Casaldáliga, Edições Loyola, 2006.

As CEBs são sementeiras de lide-ranças em sua identidade missionária e profética. Em que nos baseamos para fazer esta afirmação? No Projeto de so-ciedade e de Igreja que temos, na Espi-ritualidade que nos anima e impulsiona na caminhada, na Metodologia própria, o nosso jeito de Ser Igreja, antigo e sem-pre novo! Como Romeiras do Reino as CEBs alimentam o compromisso de ser “fermento na massa” da comunida-de e da própria Igreja. A exemplo dos discípulos de Emaús, buscam sinais, gestos e o calor que lhes faça arder os corações e reconhecer a presença de Jesus na sua caminha-da e na vida de todos. Como Se-menteiras de Lideranças, reavivam o caminho, pois é nele que a vida ressuscita e se revela. “Jesus ressus-

citado caminha ao lado dos discípulos de Emaús”. É no caminho que a vida se nos revela plenamente. “Na caminhada se constrói a identidade.” É no caminho que se encontra, se faz e se vive a esperança. “Esperança e fé caminham lado a lado.” A fé une o ser humano a Cristo, a espe-rança abre essa fé para o vasto futuro de Cristo. Querido(a) animador(a), avante, coragem diante dos desafios, lembre-se

CEBs: Romeiras do Reinoda promessa de Jesus: “Eu esta-rei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (MT 28,20)

Maria das Graças Bustamante Farias

Coordenadora ParoquialParóquia Santuário São Judas

Tadeu.

Fotos: Maria Helena Moreira

Page 5: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores 5JUVENTUDE

Diante da conjuntura atual e em ple-na preparação para a jornada mundial da juventude voltamos o nosso olhar para a juventude e o nosso olhar é de preo-cupação... A família mudou a busca pela sobrevivência e a luta pela igualdade de direitos trouxe muitos benefícios para a sociedade mas também teve suas per-das. Mães saem para trabalhar deixando seus filhos aos cuidados de outras pesso-as, filhos de pais separados são criados na maioria das vezes pelas mães sozinhas que tem que ser pai e mãe ao mesmo tempo, crianças às vezes ficam sozinhas e na rua são vulneráveis ao assédio e ao primeiro contato com os vícios. O exter-mínio de jovens é constante. Os meios de comunicação todos os dias noticiam a morte deles, por acidentes de carro as-sociado ao uso de álcool, assassinados violentamente geralmente por envolvi-mento com uso de drogas. Ficamos as-sustados com tantas situações de van-dalismo, roubo e violências envolvendo nossos jovens. Alguns mimados demais, outros sofridos demais, jovens sem limi-tes e sem senso de direção, muitos sem carinho não sabem dar carinho, sem amor não sabem dar amor... Em algum momento da vida faltou carinho, pulso, direção, faltou amor... Por outro lado temos uma multidão de jovens esforça-dos que mesmo pobres lutam, estudam e tentam conseguir uma vida digna com

honestidade e traba-lho. Muitos são mem-bros ativos e atuantes nas comunidades, nas pastorais, na cateque-se etc.. O nosso País está envelhecendo, a nossa Igreja está enve-lhecendo. A qualidade de vida melhorou por conta das descobertas científicas, dos antibi-óticos, das vacinas; o homem está vivendo mais, por outro lado hoje há menos nascimento por causa do controle da natalidade, dos métodos con-traceptivos e das esterilizações. O mundo aí fora oferece diferentes atrativos para os jovens os quais podem levá-los por ca-minhos nem sempre corretos e felizes. E quais são os atrativos que a Igreja ofere-ce aos nossos jovens? Será que estamos sendo convincentes o suficiente para conquistá-los, acolhê-los e orientá-los para que tenham uma fé viva e compro-metida com a vida, a luta e a causa do rei-no de Deus? O jovem tem muita energia, muito potencial, muita alegria e capaci-dade de criar , mas é preciso que alguém motive e embale seus sonhos e objetivos. Sua energia precisa ser direcionada para o bem. Chega de alienação, de oba oba e auê precisamos de

jovens comprometidos e motivados a exemplo do jovem Jesus Nazareno que mudou as estruturas de uma sociedade excludente e nos mostrou que um outro mundo é possível. Um mundo de justiça e paz. Há que se cuidar do broto para que a vida dê flor e frutos. Pense nisso - você é Igreja. Olhe para o jovem ao seu lado com olhar diferente. E que a jornada mundial da juventude seja momento de reflexão, de estudo, de acolhida e de ajuda para o crescimento e o amadurecimento dos nossos jovens em uma fé comprometida e atuante na história. E viva a juventude!

Maria de Fatima SilvaVice coordenadora Diocesana das CEBs

Jesus foi o primeiro missioná-rio. Hoje, cada cristão batizado é chamado a ser um discípulo missio-nário, ser profeta em sua família, comunidade, ou melhor, onde quer que esteja.

O cristão comprometido com a missão deve lutar constantemente pela promoção do outro, buscando condições, para que todos sejam respeitados e incluídos na socieda-de.

As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), iluminadas pela Palavra de Deus, são espaços privilegiados para vivenciar esta missão, sobretu-do, buscar, resgatar todas as pessoas que vivem no “quentinho da barriga da baleia” e ainda não conhecem o Cristo, para torná-lo conhecido e que façam parte do rebanho.

Por meio do batismo fomos cha-mados e, consequentemente envia-dos. Assim, todo cristão deve sentir--se responsável, cada um no seu estado de vida, a dar sua contribui-ção para o anúncio do Reino. Não há necessidade de ir muito longe, parti-cipe da vida da sua família, comuni-dade e, acima de tudo, participe das CEBs da sua rua.

Abraços fraternos.Rosinete Muniz dos Santos

“Missão:vOCAçãO DE tODOS”

UM DEsAFio oU UMA MissãosE

R Nos DiAsDE HoJE?

Fotos: Bernadete Mota

Page 6: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores6ACONTECEU

Compromissos assumidos no 9º encontro deCEBs Latino Americano e do Caribe/junho de 2012

No VIII encontro na Bolívia nos com-prometemos em relançar as CEBs; isso teve resultados positivos na formação, na articulação, na reanimação das CEBs e na participação em lutas e movimen-tos sociais.

Nas CEBs há um compromisso pro-fético para com a sociedade e a própria Igreja que se alimenta da centralidade da Palavra de Deus, dos mártires, da mística, da articulação (entre si e com os movimentos sociais) e da missão permanente em viver um modelo eco-lógico, samaritano, missionário e pas-cal.

Como debilidades constatamos: - é preciso aprofundar o diálogo inter-re-ligioso e contar com os fundamentos teóricos do ecumenismo; - avançar no papel da mulher na Igreja e na memó-ria histórica das CEBs.

Entre os vazios ou aspetos não tra-balhados suficientemente estão: - a in-tegração de crianças e jovens, a arte, a religiosidade popular, o planejamento estratégico (a nível continental, regio-nal e nacional), e a assessoria interdis-

ciplinar. Face a esta realidade as CEBs as-

sumem o compromisso de: Fortalecer e consolidar os resultados alcançados com o relançamento das CEBs. Propos-tas de ação: 01. Garantir a formação bíblica e teoló-gica para animadoras/es e as bases 02. Estabelecer processos de formação concretos com temas como: • Centralidade no Jesus histórico. In-tensificar o seguimento de Jesus de Nazaré e a vivência do Reino na opção pelos pobres.• Identidade comunitária e o exercício colegial dos ministérios e serviços• Compromisso político e participação cidadã• O desenvolvimento humano pessoal e comunitário. 03. Impulsionar a Espiritualidade ecle-sial centrada na Palavra 04. Promover liturgias mais vivas, que tenham em conta a realidade da comu-nidade. 05. Sistematizar os materiais que te-mos.

06. Promover a arti-culação entre todos os níveis das CEBs. Participar nas di-ferentes instâncias eclesiais. 07. Realizar alian-ças e vínculos com grupos e organiza-ções afins para uma maior projeção e in-cidência. 08. Trabalhar por um ecumenismo mais profundo e efe-tivo. 09. Promover a missão com uma ver-tente social: família, comunidade, bair-ro, região, país. 10. Análise político-social em dimensão global. 11. Afirmar nossa identidade de CEBs. Assumir a existência e buscar como su-perar o antagonismo entre dois mode-los de Igreja.12. Formação de novos assessores e líde-res.

Fotos: Pe. Vileci Vidal - 13° Intereclesial

Page 7: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores 7

IRÁ ACONTECER

Gregorio IriarteCochabamba, BolíviaO “Bem Viver” é um antigo paradig-

ma que nos mostra a sabedoria ances-tral dos povos indígenas americanos, como também, sua identidade.

- O Bem Viver ou Viver Bem contém uma mensagem universal e esperanço-sa diante de um mundo que vai perden-do seus valores morais mais profundos e importantes.

O Bem Viver nos é apresentado como uma alternativa ao «viver me-lhor» da cultura ocidental. Nós relacio-namos o «viver melhor» com as entra-das e ganhos pessoais, o consumo e as satisfações que nos oferece a tecnologia moderna. O Bem Viver tem relação com a harmonia para com todos os nossos irmãos, com culturas diferentes, com Deus e com a natureza.

- Ante a modernidade com sua fé cega no progresso, o Bem Viver (Suma Qamaña em aymara e Sumak Kawsay em quechua) oferece viver de modo diferente, abertos a todo o mundo e a todas as pessoas, em busca de uma so-ciedade mais fraternal, igualitária e jus-

ta. É um novo paradigma, com uma lógica muito distinta da mentalidade “pós-mo-derna”, tremendamente individualista e economicista.

- O Bem Viver pode nos ajudar a per-ceber a realidade e os mitos ancestrais, não de um modo rígido segundo as nos-sas categorias e sim, como um incentivo ao diálogo aberto com as distintas cultu-ras. É um convite a se relacionar de um modo diferente com “o outro”, aceitando e respeitando tanto a igualdade como as diferenças.

Este novo paradigma coloca em dúvi-da os grandes projetos da modernidade. Bem Viver propõe outro estilo de vida fundamentado na ética da convivência com base em pactos e alianças.

- Também nos convida a dar o prota-gonismo em favor dos novos atores para construir, além dos dogmatismos políti-cos e da corrupção imperante, uma so-ciedade onde estejam presentes o bem comum, a solidaridade, a subsidiarieda-de, a equidade, a convivência pacífica, etc.

- Implica também uma reformulação de todo o projeto educativo para uma au-

têntica formação. Poderíamos nos servir, como uma atualização em nosso meio, dos quatro princípios básicos propostos pela UNESCO: a) aprender a aprender. B) aprender a ser, c) aprender a fazer, e d) aprender a conviver.

- Viver bem se traduz num impera-tivo ético e numa rede de solidaridade para superar as desigualdades, devolver a dignidade a todas as pessoas e elevar a autoestima dos que se encontram de-primidos. É lutar para tornar possível a grande Utopia da fraternidade universal entre todos os povos e raças.

- No entanto, nem tudo é tão simples. Estamos rodeados também por muitas ambigui-dades. Está presente, por exemplo, o paradoxo ay-mara: por uma parte um forte sentido comunitá-rio, mas, por outro lado, um crescente individua-lismo que enfraquece e até anula os vínculos de solidariedade.

- É evidente que o que nos propõe o viver bem está

muito longe de ser uma realidade con-creta de nossas comunidades aymaras. É um ideal, um grande projeto cultural que pode nos levar a uma interpelação ética diante da crise de valores de nossa cultura moderna.

Fonte: “Latino-americana mundial” 2012, p. 41; disponível também

em http://servicioskoinonia.org/agenda/archivo/portugues/obra.

php?ncodigo=380

Bem viver, o grande paradigma indígena

Com muita alegria e satisfação esta-mos comemorando nosso primeiro ano de Paróquia. E nesta caminhada, a Paró-quia Nossa Senhora Aparecida, com suas Pastorais, Movimentos, Comunidades, Setores, e todo povo de Deus caminha-mos com firmeza e objetividade, saben-do que dar os primeiros passos tem que ter sempre muita atenção. Começamos a fazer nosso próprio caminho e de modo especial saber escutar o Senhor e nos co-locar a disposição Dele. A alegria, o entu-siasmo, a formação, as celebrações, e os momentos de Fé, nos ajudaram a man-termos firmes neste objetivo. Aumentan-

do a nossa devoção em Nossa Senhora, e correspondendo aos anseios do Senhor. Deste modo somos gratos a todos que nos ajudaram a fazer e a continuar este caminho. Que Deus nos abençoe em sua infinita bondade, e que seja o primeiro ano de Graças de muitos que esta anima-da paróquia há de consolidar. Continua-mos firmes, pois temos um longo cami-nho a percorrer. Deus nos acompanhe hoje e sempre. Amém.

Pe. Alexsandro Ramos - Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Parque Interlagos

A Novena da paróquia irá acontecer de 03 a 11 de outubro.acesse o site da paróquia para saber a programação:

www.paroquiansasjc.org.br

Encontro Celebrativodas CEBs

Dia 25 de novembroHorário: dia todo

Local: Capela São João BatistaJardim Santa Inês II

São José dos Campos - SP

Participe!

Foto: Bernadete Mota

Page 8: Informativo das CEBs - Outubro 2012

CEBs - Informação e Formação para animadores8

ÀsComunidades da diocese de José dos CamposQue cada uma possa na comunidade eclesial, de fé e de

luta buscar viver o Evangelho e ser sinal e anúncio de tempos novos. Animem uns aos outros. Fortaleçam a prática que pro-move igualdade, unidade e comunhão. Desejo ardentemente que vocês vivam o projeto da mesa, do pão partilhado.

Rafael Rodrigues da Silva - Teólogo e Biblistado CEBICentro de Estudos Bíblicos

Sugestões, críticas, artigos, envie para Bernadete.Av. Ouro Fino, 1.840 - Bosque dos Eucalíptos CEP 12.233-401 - S. J. Campos - SP

E-mail do informativo: [email protected]

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Publicação Mensal das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos – Diretor: Dom Moacir Silva – Diretor Técnico: Pe. Fabiano Kleber Cavalcante Amaral - Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28496 – Equipe de Comunicação das CEBs: Coordenadora: Maria Bernadete P. Mota de Oliveira - Vice Coordenador: Luiz Antonio de Oliveira - Integrantes: Paulo José de Oliveira, Maria Helena Moreira e Ângela Ferreira - Colaboradores: Madalena das Graças Mota e Celso Correia Diagramação: Maria Bernadete de Paula Mota Oliveira - Correção: Maria Lairde Lopes de Siqueira Ravazzi - Revisão: Pe. Fabiano Kleber Cavalcante Amaral - Arte Final e Impressão: Katú Editora Gráfica - Tiragem: 6.200 Exemplares

Esperamos seu contato!

Encontro diocesano das CEBsNo dia 16 de setembro aconteceu o encontro diocesano das CEBs na Capela Santo Expedito no Residencial União, com a participação de 280 animadores e animadoras. Mensagens dos participantes:

“Coragem levanta - te ele te chama”. Marcos - 10Estudar a Bíblia, refletir, ouvir quem a contextualiza e esclarece, clareia, nos faz ver Jesus e nos provoca. Ajuda-nos a refletirmos nossa vida de comunidade de discípu-los e missionários de Jesus

Regina Célia - Paróquia São Francisco de Assis em Jacareí - Região pastoral VII

Esta formação foi um encontro de irmãs e irmãos, motivados pelo dinamismo do assessor Rafael, nem o calor nos tirou o ânimo. Rafael demonstrou um grande conhecimento bíblico e nos proporcionou uma catequese, baseada no evangelho de Jesus Cristo escrito por são Marcos, fechando o encontro com a seguinte afirmação: “Para sermos comunidade de acordo com a proposta de Jesus, precisamos estar de olhos abertos, seguir caminhando na contra mão como os discípulos” . Espero que formações como esta possam acontecer novamente. Parabéns CEBs diocesana pela qualidade da formação.

Graça Maria - Paróquia N. Sra. do Paraíso – Jacareí

Acolhida, alegria, participação, encontros e re-encontros, motivação, aprendi-zagem, ensinamentos, trocas de experiência, festa, partilha, oração, celebração da vida, foram sentimentos e significações que nos envolveram e encheram de sentido o dia de Formação Diocesana das CEBs, que aconteceu no dia 16\09 na Comunidade Santo Expedito, Residencial União.

Com os ensinamentos do assessor Rafael Rodrigues da Silva fomos provocados a pensar e a viver a Espiritualidade das CEBs a partir da cartilha da comunidade de Marcos: formando comunidades e sendo promotores de um ensinamento novo, reintegrando os que estão à margem da sociedade, colocando-se a serviço com ale-gria e vivendo a partilha e a oração. Uma comunidade que busca viver a unidade na diversidade e com consciência e clareza construir um projeto comum de uma sociedade nova.

Rosinha - Paróquia São Vicente de Paulo - Região Pastoral IV

Poucos presentes, mas conscientes... No mínimo, com intenção de assumirem a causa que Deus também assume (leia Tg 2, 5); o Grito dos Excluídos. Não deve-mos inventar gritos dentro de nós. Se faz necessário, de fato, escu-tarmos os gritos daqueles e daquelas que sofrem todo tipo de discrimina-ção e de exclusão, sobre-tudo na dimensão sócio--pol í t ico-econômico. Isto deve inquietar-nos, desinstalar-nos, tirar-nos da vida cômoda, criar-mos atitudes coerentes

com o Evangelho e com sua mensagem... Mais ainda, com o Evangelho que é uma Pessoa, e que viveu absolutamente a op-ção pelos pobres: Jesus Cristo.

Grito dos Excluídos Paroquial A VOz DA COMUNIDADEGrupo da Fraternidade - Igreja São

João Batista - Jacareí – SP. Semanalmen-te nos reunimos e meditamos o livro “A Palavra de Deus na vida do povo”.

Maria Virginia R. BronzattoCoordenadora do Grupo Fraternidade

ACONTECEU

Pe. Ronildo Aparecido da RosaPároco da Paróquia Nossa Senhora do

Perpétuo Socorro – Campo dos Alemães

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