informativo da produção de leite · pdpl/pcepl-ufv, desde 1988, visita do tobias ao produtor... 3...

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EdiçãEdição 330 Ano XXV Janeiro de 2017 Viçosa-MG Veja também nesta edição 6 5 2 3 Visita do Tobias ao produtor: Informativo da Produção de Leite Qualidade do Leite: Dica do Agronomo: Diferença da silagem de milho e silagem de sorgo na alimentação de ruminantes José Maria de Barros Fazenda Itapeva Minhas vacas estão expressando todo o potencial produtivo? A importância da mão de obra na qualidade do leite Christiano Nascif Zootecnista Mercado de Trabalho Aquecido Nos dias 20/01 e 27/01 deste ano, 2017 aconteceram as cerimônias de colação de grau dos estudantes de graduação da Universidade Federal de Viçosa. Dentre todos os formandos, 13 eram egressos do PDPL/PCEPL-UFV, estudantes dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia. Desses 13 ex-estagiários dos nossos Programas, uma zootecnista seguirá a carreira acadêmica ingressando no mestrado no Departamento de Zootecnia da UFV, outra zootecnista e um agrônomo, retornarão para as suas cidades com o objetivo de assumirem os negócios empresariais de suas famílias. Contrariando as tendências, o mercado de trabalho continua aquecido para os egressos do PDPL/PCEPL-UFV. As empresas Danone, Embaré, Vigor e Lactalis do Brasil, cada uma contratou um profissional egresso do PDPL/PCEPL, para atuarem nas áreas de política leiteira, qualidade de leite e assistência técnica e gerencial aos produtores de leite. A Cooperativa Agropecuária de Uberlândia, mais conhecida como CALU, contratou um médico veterinário ex-PDPL/PCEPL-UFV para ser o consultor responsável pelo grupo de produtores de leite cooperados, que com os quais desenvolve junto ao Sebrae-MG o Projeto Educampo. A fundação RENOVA também contratou mais um egresso dos nossos Programas, que se juntará a vários outros que já estão atuando junto aos produtores rurais atingidos pelo rompimento das barragens de rejeitos de mineração, ocorrido na região de Mariana-MG em 05/11/2015, através do trabalho de assistência técnica e extensão rural. A nossa importante parceira CCPR/Itambé contratou mais três profissionais egressos do PDPL/PCEPL-UFV para o seu quadro de colaboradores. Uma zootecnista foi contratada para atuar na área de Nutrição Animal junto à CCPR rações e dois egressos que fizeram o curso de Medicina Veterinária irão atuar nas áreas de política, qualidade do leite e gestão de projetos agropecuários de fomento aos produtores de leite cooperados da CCPR. A novidade deste ano ficou para a empresa de sementes Riber/KWS, que contratou um zootecnista para atuar na área comercial na região da zona da Mata Mineira e Rio de Janeiro. É o PDPL/PCEPL-UFV ampliando a sua capilaridade para maior empregabilidade. Ficamos orgulhosos com o sucesso de nossos ex-estagiários, que com certeza irão representar com muita competência a histórica eficiência da UFV na formação de profissionais, verdadeiros agentes de transformação do agronegócio brasileiro, capacitados sob a tríade do Ensino, Pesquisas e Extensão princípios norteadores do sucesso da nossa estimada Universidade Federal de Viçosa. Maria Izabelle CCPR/Itambé Pablo Paglioto CCPR/Itambé Aline Naime Mestranda Stefânio Castro Riber/KWS Emerson Simão Danone Lídia Vidigal Lactalis do Brasil Felipe Trevisan Educampo/Calu Lincohn Lacerda Fundação Renova Augusto Campos Jr. Assumiu os negócios da família Jéssika Bitencourt CCPR rações Igor Tostes Embaré/Educampo

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EdiçãEdição 330 Ano XXV Janeiro de 2017 Viçosa-MG

Veja também nesta edição

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Visita do Tobiasao produtor:

Informativo da Produção de Leite

Qualidade do Leite:Dica do Agronomo:Diferença da silagem demilho e silagem de sorgo

na alimentação de ruminantes

José Maria de BarrosFazenda Itapeva

Minhas vacas estão expressando todo o potencial

produtivo?

A importância da mão de obra na qualidade do leite

Christiano NascifZootecnista

Mercado de Trabalho AquecidoNos dias 20/01 e 27/01 deste ano, 2017 aconteceram as cerimônias de

colação de grau dos estudantes de graduação da Universidade Federal de Viçosa.

Dentre todos os formandos, 13 eram egressos do PDPL/PCEPL-UFV, estudantes dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia. Desses 13 ex-estagiários dos nossos Programas, uma zootecnista seguirá a carreira acadêmica ingressando no mestrado no Departamento de Zootecnia da UFV, outra zootecnista e um agrônomo, retornarão para as suas cidades com o objetivo de assumirem os negócios empresariais de suas famílias.

Contrariando as tendências, o mercado de trabalho continua aquecido para os egressos do PDPL/PCEPL-UFV.

As empresas Danone, Embaré, Vigor e Lactalis do Brasil, cada uma contratou um profissional egresso do PDPL/PCEPL, para atuarem nas áreas de política leiteira, qualidade de leite e assistência técnica e gerencial aos produtores de leite.

A Cooperativa Agropecuária de Uberlândia, mais conhecida como CALU, contratou um médico veterinário ex-PDPL/PCEPL-UFV para ser o consultor responsável pelo grupo de produtores de leite cooperados, que com os quais desenvolve junto ao Sebrae-MG o Projeto Educampo.

A fundação RENOVA também contratou mais um egresso dos nossos Programas, que se juntará a vários outros que já estão atuando junto aos produtores rurais atingidos pelo rompimento das barragens de rejeitos de mineração, ocorrido na região de Mariana-MG em 05/11/2015, através do trabalho de assistência técnica e extensão rural.

A nossa importante parceira CCPR/Itambé contratou mais três profissionais egressos do PDPL/PCEPL-UFV para o seu quadro de colaboradores. Uma zootecnista foi contratada para atuar na área de Nutrição Animal junto à CCPR rações e dois egressos que fizeram o curso de Medicina Veterinária irão atuar nas áreas de política, qualidade do leite e gestão de projetos agropecuários de fomento aos produtores de leite cooperados da CCPR.

A novidade deste ano ficou para a empresa de sementes Riber/KWS, que contratou um zootecnista para atuar na área comercial na região da zona da Mata Mineira e Rio de Janeiro. É o PDPL/PCEPL-UFV ampliando a sua capilaridade para maior empregabilidade.

Ficamos orgulhosos com o sucesso de nossos ex-estagiários, que com certeza irão representar com muita competência a histórica eficiência da UFV na formação de profissionais, verdadeiros agentes de transformação do agronegócio brasileiro, capacitados sob a tríade do Ensino, Pesquisas e Extensão princípios norteadores do sucesso da nossa estimada Universidade Federal de Viçosa.

Maria IzabelleCCPR/Itambé

Pablo PagliotoCCPR/Itambé

Aline NaimeMestranda

Stefânio CastroRiber/KWS

Emerson SimãoDanone

Lídia VidigalLactalis do Brasil

Felipe TrevisanEducampo/Calu

Lincohn LacerdaFundação Renova

Augusto Campos Jr.Assumiu os negócios da família

Jéssika BitencourtCCPR rações

Igor TostesEmbaré/Educampo

Diferença da silagem de milho e silagem de sorgo na alimentação de ruminantes.

Informativo da Produção de Leite

PDPLPrograma de Desenvolvimento

da Pecuária Leiteira

PCEPLPrograma de Capacitação de

Especialistas em Pecuária Leiteira

Equipe PDPL/PCEPL-UFV:

Adriano Provezano GomesCoordenador Geral

André Navarro LobatoMédico Veterinário

Christiano NascifZootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Regiane Valéria MagalhãesAuxiliar Administrativa

Rita M. M. de JesusAuxiliar Administrativa

Endereço do PDPL:Ed. Arthur da Silva Bernardes

Subsolo/Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa-MG

Telefax: (31)3899-5250E-mail: [email protected]: www.pdpl.ufv.br

Facebook: PDPL Minas Gerais

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Dica do Agronômo

Tabela 1: proximidade das análises bromatológicas

Padrões BromatológicosUma silagem de alta qualidade, sugere-se

SILAGEM MS(%) PB(%) FDN(%) FDA(%)

NDT(%)Milho

Sorgo

30-35

30-33

6-8

6-8

38-45 23-28 >65

>6025-3040-48

MS: matéria seca; PB: proteína bruta; EE: extrato etéro; FDN: fibra em detergente neutro; FDA: fibra em detergente ácido, NDT: nutrientes di-gestíveis totais.

A pecuária no Brasil em sua maior parte é extensiva, tendo como base as pastagens como volumoso. Mas com a grande sazonalidade existente no país, na época seca do ano, enfrentamos uma escassez da oferta de pasto e uma alternativa pra esse problema seria a utilização de silagem. Dois volumosos bastante utilizados são o milho e sorgo.

Esses dois volumosos tem sua composição bastante parecidas e

vão resultar em silagem de excelente qualidade quando o manejo do plan-tio até a ensilagem for bem feito. O sorgo tem 90% do valor nutricional do milho. Pode-se observar na tabe-la abaixo a proximidade das análises bromatológicas.

Com a silagem de milho, na mai-oria das vezes, tem-se um aproveita-mento melhor pelo animal pelo fato de no processo de ensilagem conse-guir “machucar” mais facilmente o grão de milho e dessa forma vai ter uma maior digestibilidade do amido pelo trato digestório. Como o grão de sorgo é bem menor, na ensilagem não se consegue ferí-lo, e com isso,

muitos grãos passam inteiros e saem nas fezes, não sendo aproveitados pelos animais. Dessa maneira um animal com uma dieta a base de sila-gem de milho terá um potencial maior de produção de leite. Mas também temos que levar em consi-deração que o sorgo tem um custo de produção abaixo do milho, além de em regiões ou épocas do ano que existe certa restrição hídrica, a cul-tura do sorgo se desenvolve melhor, sendo uma melhor opção de volu-moso a ser utilizado pelo produtor na forma de silagem. Ocorrendo o reajuste correto da dieta, com um aumento na utilização de concentra-

do, a produção de leite pode ser a mesma de animais recebendo sila-gem de milho. Deve ser bem anali-sado bem os dois lados da moeda e entender que os dois são boas opções para serem fornecidos aos animais na época da seca, como com-plemento na alimentação ou sendo utilizado o ano todo para o rebanho.

Nós, como técnicos, devemos saber orientar o produtor qual o melhor volumoso a ser usado em cada época ou situação, deve-se analisar qual a situação e qual volu-moso se encaixa melhor para que o produtor tenha um maior retorno técnico e financeiro.

Ensilando milhoEnsilando sorgo

Lucas FonsecaEstudante de Agronomia

O estágio na fazenda Lazy J em Wolsey, nos Estados Unidos, nos proporciona grandes oportunidades de expandir o nosso conhecimento, explorar novas tecnologias, conhe-cer diferentes métodos que auxili-am e agilizam o trabalho. Além disso, notamos como os proprietári-os gerenciam e monitoram cada setor da propriedade, controlando informações e planejando futuras tomadas de decisões. Nossa rotina

de trabalho engloba serviços gerais, como manejo alimentar, sanitário e reprodutivo, manejo de lavouras, higiene das instalações, operação de máquinas e tratores.

A Jéssica é responsável pela alimentação, higiene e pela parte sanitária do setor de cria. Cuida da sanidade e reprodução das vacas como aplicação de medicamentos, hormônios para protocolos reprodu-tivos, inseminação e algumas palpações. O Daniel é responsável por toda a alimentação das vacas e

novilhas, manuseio de máquinas e equipamentos.

Vivenciamos como as tecnologi-as, como o uso de microchip nos animais e uso de softwares, ajudam a identificar qualquer alteração da rotina do rebanho e monitorar a fazenda.

Além da convivência com os funcionários Mexicanos e fazendei-ros Americanos, que nos permite conhecer diferentes culturas, compartilhar novas experiências e diferentes idiomas.

Experiência Internacional do PDPL/PCEPL-UFVJéssica Anacleto e Daniel CoelhoEstudantes de Med. Veterinária e Agronomia

Jessica , Janet e Russell Jungemann(proprietários da fazenda) e Daniel

Inseminação das vacas

Hidratação de bezerros

Jéssica, Daniel e funcionários mexicanos.

Vista da Fazenda

Daniel retirando uma porção de silagem

2-3

NDT(%) EE

PDPL/PCEPL-UFV, desde 1988,

Visita do Tobias ao Produtor...

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“Aôo pessoal!” Eu sou o Tobias, faço parte da equipe

do PDPL/PCEPL-UFV.

Olhá aí nossos “guias”!Patrícia Moreira e Igor Oliveira,

estagiários da fazenda.

Vamos começar 2017 com um agradável passeio na Fazenda Itapeva,

na cidade de Presidente Bernardes.

aliando teoria à prática!

Esses são o Sr José Maria de Barros, proprietário da fazenda e seu filho Tiago que não medem esforços

para que a propriedade evolua. O Sr. José Maria iniciou a atividade leiteira em 1985. O Tiago

tomou frente dos negócios da família em 2008, iniciando o

projeto com o PDPL/PCEPL-UFV em agosto de 2011.

Desde então, obtiveram melhoras de: 318L/dia e 24 vacas em lactação antes da assistência para

560L/dia e 35 vacas em lactação nos dias atuais.

Ademar

Para ajudar a conduzir as tarefas diárias eles contam com a

ajuda do Cândido, irmão de criação do Tiago e dois diaristas,

Valério e Ademar.

A propriedade possui 52ha e é

autossuficiente na produção de volumosos.

Além de silagem de milho, o produtor conta

como complemento da dieta o capim elefante, a

cana-de-açúcar e as pastagens de braquiária.

Na fazenda, há separação de lotes de

vacas de acordo com o DEL e

produção para que as exigências

sejam atendidas.

Loteamento de vacas para alimentação

no cocho.

4

Patrícia MoreiraEstudantes de Agronomia

Igor OliveiraEstudante de Zootecnia

Até a próxima!Um forte abraço.

Muito obrigado ao Sr. José Maria por compartilhar um pouco

da sua história de sucesso.

Vacas presasao canzil.

Para facilitar o manejo e

manter os animais limpos com o

intuito de reduzir a CCS, o trato é

passado logo cedo e após a ordenha

as vacas já são presas aos canzis.

Agora vou

mostrar para vocês a evolução

ao longo dos anos de assistência do

PDPL/PCEPL-UFV.

Bezerro no abrigo

individual.

2011 2017

84,40% 85,80%

39,50% 40,10%

0,59 0,76

13,85 L/vaca/dia 17,79 L/vaca/dia

6,32% 12,78%

4,30% 8,42%Taxa de retorno do capital com terra

Índices

Vacas em lactação/ total de vacas

Vacas em lactação/ total do rebanho

Vacas em lactação/ área da pecuária

Produção/vaca em lactação

Taxa de retorno do capital sem terra

Olhem que beleza!!

Para o ano de 2017 foram traçadas metas para a propriedade como a construção de um novo bezerreiro, lote

pré parto e colocação do lote reprodutivo de novilhas em piquete próximo ao curral para facilitar observações de cio.

Esperamos que essa parceria, entre produtor e PDPL/PCEPL-UFV,

continue sendo essencial para o crescimento e sucesso da fazenda.

Os técnicos e estagiários do PDPL/PCEPL-UFV ajudaram nas decisões da propriedade focando sempre na melhoria dos

índices zootécnicos e econômicos bem como o conforto da mão de obra e praticidade da

execução das tarefas diárias.

Produção diária 386 L 640L

Minhas vacas estão expressando todo o potencial produtivo? Otávio AlmeidaEstudante de Medicina Veterinária

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Com a especialização da pecuária leiteira as vacas vêm ficando cada vez mais exigentes com relação ao conforto térmico, pois animais de alta produção tendem a sofrer mais com as altas temperaturas. O conforto é essencial, pois animais em estresse liberam um hormônio chamado cortisol, o qual é antagônico à prolactina que é o hormônio responsável pela produção de leite, além de afetar muito a reprodução.

Uma maneira de provar o fato de que o conforto térmico dos animais é essencial na produção de leite, é contrastando a produção média do verão com a produção média do inverno (gráfico 1). Na propriedade do senhor José Afonso obteve-se a média de 19,34l/animal/dia no verão e 20,27l/animal/dia no inverno, demonstrando a influência do calor sobre a produção de leite, embora não muito grande, com o mesmo DEL nos períodos comparados.

Procurando amenizar o problema de estresse térmico na propriedade o produtor fez a ampliação do curral e instalou ventiladores nos lotes da fazenda Chácara, bem como a construção de sombrites. Esses pontos amenizaram um pouco o problema, mas não resolveram de maneira integral.

É importante lembrar ainda que nessa média os animais ainda sofrem por estresse térmico no inverno, pois as vacas tem como temperatura de conforto térmico abaixo de 18ºC. Com isso, se houvesse uma situação de conforto o contraste seria ainda maior. No gráfico 1 ainda podemos observar que a diferença entre inverno e verão acontece de forma mais evidente nos animais até 150 dias de DEL, pois esses são os mais produtivos. No inverno as vacas apresentam pico de produção médio de 27 litros, enquanto que no verão esse pico médio cai para 22litros.

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0-50 51-100 101-150 151-200 201-250 251-300 301-350 351-400 >400

PR

OD

ÃO

PRODUÇÃO INVERNO X VERÃO

INVERNO VERÃO

Gráfico 1- Nesse gráfico podemos observar a importância do fator climático na produção leiteira.

Além do conforto outro fator que influencia muito na produção leiteira é a reprodução, visto que animais com DEL (dias em lactação) muito alto se distanciam do pico de produção (gráfico 2), portanto o DEL médio do rebanho deve estar bem ajustado para que mais animais estejam no seu pico de produção. Para conseguir alcançar bons resultados reprodutivos, o conforto dos animais também influencia muito, bem como os doenças reprodutivas e o manejo reprodutivo como um todo.

Gráfico 2- Nesse gráfico podemos observar a curva de lactação das vacas da fazenda Chácara, dando ênfase ao fato de a maior produtividade do animal se concentrar no primeiro terço da lactação.

Levando em conta os 0,93 litros perdidos/animal/dia de diferença do inverno para o verão, e que o produtor possui cerca de 150 animais em lactação atualmente, podemos estimar que há uma perda de pelo menos 139 litros por dia, resultando em uma perda de aproximadamente 20850 litros por ano no verão.

Comparando-se o DEL médio atual (245 dias aproximadamente) a produção está em torno de 20l/vaca em lactação/dia, já com o manejo corrigido seria possível estarmos em torno de 23l/vaca em lactação/dia, ou seja, 3l/vaca em lactação/dia. Sendo assim, estamos deixando de ganhar 164250l/ano pela perda no reprodutivo mais 20850l/ano na diferença de verão x inverno, totalizando 185100l/ano. Com o leite valendo em média R$1,30/litro, teríamos R$240630/ano de renda. Por isso outra medida que ele visa adotar é a construção de um confinamento para realocar os animais para um local bem ventilado, melhorando o conforto dos animais e como pode-se notar pela renda, está deixando de ganhar uma boa quantia, portanto o retorno do valor investido seria rápido.

Observando os gráficos em questão podemos inferir que se propiciarmos aos animais um bom conforto, vamos agir diretamente em uma das principais causas de perda na produtividade, bem como melhorar os indicadores reprodutivos aumentando a produção da fazenda e a rentabilidade.

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PR

OD

ÃO

DE

LE

ITE

DIAS EM LACTAÇÃO

CURVA DE LACTAÇÃO FAZENDA CHÁCARA (JOSÉ AFONSO FREDERICO)

DE

L m

édio

ide

al

DE

L m

édio

atu

al

Sombrite e ventiladores na propriedade Chácara (José Afonso Frederico)

(l/dia)

DEL (dias)

DEL (dias)

(l/d

ia)

Qualidade do Leite

Nayara MagalhãesEstudante de Medicina Veterinária

Ord. Produtores Município Produção

1 Antônio Maria Araújo Cajuri 156.701

2 Hermann Muller Visconde do Rio Branco 78.8483 Juninho Cabral Dores do Turvo 78.487

4 Lúcio Flávio Valente Dores do Turvo 69.5475 Rafaela Araújo Guaraciaba

41.8056

João Alberto Duarte Ubá 31.7687Paulo Cupertino Coimbra

44.609

8 Áureo de Alcantara Guaraciaba 31.176

9 Geraldo Aleixo Porto Firme 30.204

10 João Bosco Diogo Porto Firme 27.432

As 10 maiores produções do mês de dezembro de 2016

6

Ord. Produtores Município

1 Antônio Maria Araújo Cajuri 21,02

Cléber Magalhães Divinésia 16,6

3 Rafaela Araújo Guaraciaba 18,8

4

Lúcio Flávio Valente Dores do Turvo 16,6

5

João Alberto Duarte Ubá 16,86

Rogério Barbosa Ponte Nova 16,1

7

João Bosco Diogo Porto Firme 18,3

8

Áureo de Alcântara Guaraciaba 20,4

9 Antônio Moreira Presidente Bernardes 16,510

Marcos Paulo Canaã 17,3

As 10 maiores produtividades do mês de dezembro de 2016

25,7

18,1

24,0

21,7

19,3

20,9

21,3

22,6

19,8

17,3

Produtividade por vaca em lactação

Produtividade por vaca total

A importância da mão de obra para a qualidade do leite

O que traz a excelência de uma fazenda são os funcionários, mas o que é que traz a inspiração aos funcionários de quererem proporcionar o seu melhor?

Um professor universitário da década de 40 chamado Maslow, procurou entender quais fatores estavam ligados a satisfação das pessoas e ele chegou a conclusão que existem necessidades que se não atendidas levam a insatis-fação e infelicidade.

As necessidades são classificadas em:Básicas: receber um salário de acordo com o mercado com o tipo e horá-

rio de trabalho, disponibilidade de residência, educação dos filhos, assistên-cia médica e odontológica.

Segurança: percepção da força da empresa, de andamento dos negócios e estabilidade de emprego.

Sociais: sentimento de fazer parte de um grupo/equipe, ter família e ami-gos, possuir relacionamentos acolhedores e saudáveis entre colegas e com seus superiores.

Autoestima: sentir-se valorizado e reconhecido sendo tratado com res-peito.

Autorrealização: participar das decisões, ser consultado para definir a forma de fazer as coisas, possuir responsabilidades e autoridade compatíve-is.

Em diversas propriedades, independente do sistema adotado ou nível de tecnologia, é muito comum ouvirmos “o problema é a mão de obra”, entre-tanto quando analisamos a fundo, percebemos que não existe diálogo entre funcionário e patrão, desta forma, como o produtor espera um bom desem-penho se ele não tem o conhecimento do que pode estar influenciando no trabalho de seu funcionário?

Os funcionários de uma fazenda estão diretamente relacionados com o sucesso ou insucesso da produção. O potencial humano, criativo e inovador dos funcionários, devem ser sempre explorados pelos proprietários/gerentes das fazendas de leite.

Tecnologia a serviço do produtor

Estudante de ZootecniaThiago Ribeiro

Aplicativos prometem otimizar atividades nas fazendas.

A tecnologia cada vez mais vem sendo aplicada ao campo trazendo benefícios para toda a cadeia pro-dutiva. Seja no manejo do rebanho ou na gestão da propriedade, apli-cativos ajudam o produtor a se organizar e administrar melhor a fazenda.

Atualmente, quem mora ou trabalha na zona rural, está melhor servido de meios para se comuni-car, facilitando a aquisição de dis-positivos como smartphones ou tablets que podem vir a auxiliar na lida do dia a dia. Esse auxilio vem através de aplicativos que ofere-cem informações sobre gerencia-dores de tarefas e de produtivida-des.

Esses aplicativos podem servir para alavancar a produtividade e o lucro dos pequenos, médios e gran-des produtores de leite, por ser uma tecnologia relativamente barata, com baixo custo de obtenção e sem desembolso para manutenção. Eles podem ser utilizados para as mais diversas atividades: monitorar animais, gerenciar o rebanho, ava-liar a produção individual do ani-mal, avaliar a qualidade do leite, controlar a vacinação, analisar os dados de saúde, ter acesso a bancos de inseminação, gerenciar custos e lucros. Pode ser utilizado também para auxiliar o produtor durante o plantio, controle de pragas, aduba-ção e regulagem de máquinas.

O produtor rural que aplica estas tecnologias a seu favor pode vir a se destacar no mercado, na medida que esses aplicativos têm a

função de otimizar os processos de produção, reduzir custos e valori-zar a qualidade do produto.

Aplicativos sugeridos:

Bovcontrol: Gerencia dados de cada animal do seu rebanho, como inseminações, produção de leite e ganho de peso.

Fields Area Measure: Funciona como um GPS, para medições de áreas e distâncias.

Adama Alvo: Aplicativo sugeri-do pra identificação de pragas, doenças e plantas invasoras para as culturas do milho, cana-de-açúcar, soja e outras.

Vet Smart: Aplicativo sugerido para ajudar na decisão de qual medicamento utilizar na proprie-dade.

Rebanho Leiteiro: Gerencia dados de cada animal do seu rebanho, como inseminações, produção de leite e ganho de peso.

Avaliação de Plantio: Avalia a qualidade do plantio de milho, avaliando o estande de plantas e a distribuição do plantio.

O fator humano é uma ferramen-ta estratégica utilizada para agregar valor ao processo e isso transforma o ambiente de trabalho. Já há diversas reportagens que mostram estudos comprovando que em todo e qual-quer tipo de empresa, um funcioná-rio satisfeito é mais produtivo. Em resumo, um funcionário feliz faz um proprietário feliz com seu desempe-nho e produtividade.

Rep

rodu

ção

Rep

rodu

ção